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História e Cultura Afro brasileira e Africana

54 países, 30 milhões de km2 sendo dividida em Saariana (branca) e Subsaariana


(negra) a África se mostra um imenso continente com enorme carga cultural e
infelizmente muito manchada pelo eurocentrismo. É difícil ter real acesso a história da
África antes da colonização pois é tida como “o continente que deu tanto ao mundo” ao
ponto de ter suas raízes substituídas por culturas e conceitos recentemente criadas de
modo imposto tendo em vista uma objetificação do povo africano. Diversos
afrodescendentes do mundo inteiro vão atrás de suas histórias, arvores genealógicas ou
simplesmente da origem de seus sobrenomes e descobrem que tudo foi apagado e
muitas vezes substituído por histórias e sobrenomes ligados aos países e culturas de
destino de seus antepassados familiares.
No Brasil a cultura africana é mostrada como uma cultura afro-brasileira, a visão
eurocêntrica faz com que o próprio brasileiro não veja que o que realmente se conhece
como “cultura afro” seja apenas o que o africano teve de adaptar durante sua jornada
histórica, sendo constantemente coagido a largar qualquer traço por mínimo que fosse
de sua cultura/etnia natal. As religiões de matriz africana (como candomblé e umbanda)
assim como danças e lutas (como capoeira) são um grande exemplo das mudanças ao
decorrer dos tempos, partindo da conjunção de vários povos africanos no Brasil como
um modo de comunicação e conexão entre si e com seus países de origem até os dias
atuais prevalecendo como força e resistência de uma etnia/cultura no entanto mais
sofrendo menos a desvalorização do povo.
As famosas tranças afro (box braids) também são um grande exemplo de resistência,
na época as mulheres escravas escondiam sementes dentre as tranças para sempre terem
o que plantar e comer, criando uma certa autonomia na alimentação para seus povos.
Entre 1964 e 1983 foi quando realmente o afro-brasileiro demonstrou interesse e
crescimento para lutar a favor da representatividade e cultura negra, por 3 motivos
segundo Livio Sansone: 1: Defrontamento espontâneo com as barreiras de cor 2: Como
não eram mais escravos tinham mais dinheiro e tempo para se envolverem com
movimentos negros carnavalescos adquirindo mais reconhecimento na sociedade, 3:
Houve um crescimento da vida associativa criando condições mais favoráveis para as
organizações, sendo assim apenas por conta desta evolução e luta sabe-se a importância
das tranças afro ao ponto de criticar a apropriação cultural.
Atualmente a lei n° 10.639 estabelece a obrigatoriedade do ensino de “História e
Cultura Afro-brasileira” no entanto não há um real esforço para engajar os estudantes, a
falha no meio prático é inegável a partir do momento que levamos em consideração que
quando aprende-se sobre “cultura negra” surge um novo sinônimo do antigo conceito de
raça onde se enfatiza a cor e descendência. Sabe-se da necessidade do aprendizado da
história afro-brasileira, por isso deve-se enfatizar que o afro-brasileiro não é de uma
“raça” diferente dos demais brasileiros mas teve muitos obstáculos que devem ser
ultrapassados com equidade, e dar uma visão que contemple o real continente África,
incentivar intercâmbios para países africanos para desmascarar a visão eurocêntrica
dando um real sentido aos 30 milhões de km2 de belezas e encantos.

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