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HISTOLOGIA DA MUCOSA ORAL

• INTRODUÇÃO

Uma mucosa é uma estrutura formada por tecido epitelial que reveste as superfícies
úmidas do nosso corpo (trato respiratório e digestório, uretra, cavidade oral, vagina e etc). Na
boca, ela possui as funções sensorial, protetora e secretora. A mucosa oral tem dois espações
virtuais, o vestíbulo, que representa o espaço entre os dentes e a mucosa jugal (bochechas), e a
porção interna, correspondendo a cavidade oral propriamente dita. A mucosa oral é constituída
por dois elementos principais (figura 1), um epitélio (avascular) e uma lâmina própria de tecido
conjuntivo, que garante a nutrição do epitélio. Entre eles existe uma lâmina basal, constituída por
colágeno IV, ácido hialurônico, fibronectina, laminina, entactina, sulfato de heparan e sulfato de
condroitina. Todos esses componentes ajudam na histofisiologia do epitélio, como o reparo,
proliferação e diferenciação celular, filtração de moléculas, migração celular, barreira em
processos de invasão e entre outras.

A mucosa que reveste toda a cavidade oral, tem os mesmos componentes da pele que
reveste externamente o corpo, porém é desprovida de anexos, como unhas, pelos, glândulas
sebáceas (quando encontradas na cavidade oral, de forma ectópica, são denominadas Grânulos
de Fordyce) e sudoríparas. Em algumas regiões da boca, há uma submucosa, em que há glândulas
salivares e tecido adiposo.

Figura 1. Camadas do epitélio


da mucosa oral.
• DESENVOLVIMENTO DO EPITÉLIO DA MUCOSA ORAL

O epitélio da mucosa oral é derivado do ectoderma (folheto embrionário mais externo), e


a lâmina própria do ectomesêquima, advindo do mesoderma. Por volta da terceira semana do
desenvolvimento embrionário, antes da ruptura membrana orofaríngea, a cavidade oral primitiva
é revestida por um epitélio primitivo (figura 2), constituído por dois estratos: o basal, mais
profundo, por células altas e cúbicas, e o superficial, por células cúbica baixas e um pouco
achatadas.

Figura 2. Epitélio oral primitivo.


Notar a camada superior com
células mais achatadas e inferior
com células mais altas.

Por volta da quarta semana, o ectomesênquima passa a apresentar muitas indiferenciadas


em razão da migração de células das cristas neurais (multipotentes). Poucos dias depois, há a
formação da banda epitelial primitiva (figura 3), resultante da interação do epitélio primitivo e
do ectomesênquima. Posteriormente, a banda epitelial primitiva terá duas derivações: a lâmina
vestibular (originará o vestíbulo bucal – bochechas e lábios) e a lâmina dentária (figura
4)(originará os arcos dentais). Por volta da sétima semana, há a formação do sulco vestibular
(figura 4) (em razão da degeneração de parte da lâmina vestibular), o epitélio fica dividido entre
o que reveste fora do sulco (origina as bochechas e lábios) e o que reveste os arcos dentários
(palato, ventre de língua e assoalho bucal). O epitélio que origina o dorso da língua (figura 5) é
diferencia-se a parte, formando as papilas, as circunvalas e foliáceas na sétima semana, as
fungiformes na nona semana, e as filiformes na décima primeira.
Figura 3. Formação da banda
epitelial primitiva.

Figura 4. Derivações da banda


epitelial primitiva e formação do
sulco vestibular.
Figura 5. Início da diferenciação
do epitélio para a formação das
papilas do dorso lingual.

Nesta época (11° semana), as cristas palatinas se fundem e dão origem ao palato. Na
14° semana, o epitélio já está bastante estratificado, o que possibilita o processo de proliferação.
Durante as próximas semanas, no processo de maturação aparecem alguns grânulos de querato-
hialina (percussoras da queratina) nas áreas em que o epitélio será queratinizado (palato,
gengiva e língua). Por volta da 20° semana, epitélio já mostra características definitivas, como
áreas paraqueratinizadas e o aparecimentos de células de Langerhans e melanócitos. Próximo
dos 6 meses de vida após o nascimento, quando os dentes começam a erupcionar, o epitélio
paraqueratinizado perde sua continuidade, e o epitélio juncional (apenas ele) passa a se tornar
ortoqueratinizado nas áreas em que os dentes se encontram (figura 6).

Figura 6. Localização do epitélio


juncional.

• ESTRUTURA DO EPITÉLIO ORAL QUERATINIZADO E NÃO QUERATINIZADO

O epitélio oral, como um todo, é do tipo estratificado pavimentoso. Por ter uma função
de proteção está constantemente se renovando (células lábeis), porém com velocidade
diferentes dependendo da região. As novas células se originam da camada mais profunda
enquanto as mais velhas se descamam na superfície. Por possuir várias camadas o epitélio
queratinizado e o não queratinizado possui vários estratos.
Epitélio queratinizado (estratos)

- Estrato basal: constitui a camada mais profunda do epitélio queratinizado (figura 7), em
contato íntimo com a lâmina própria de tecido conjuntivo. Ele é formado por uma a três
camadas de células, consideradas progenitoras do epitélio, podendo ser denominadas
basócitos. Várias junções intercelulares são observadas, especialmente desmossomos e
hemidesmossomos entre as camadas de basócitos. Quando há mais de uma camada de células
a mais profunda é denominada estrato basal propriamente dito, e a mais superficial de estrato
suprabasal.

Figura 7. Estrato basal.

- Estrato espinhoso: 2° estrato mais profundo (figura 8), é constituído de três a oito
camadas de células arredondadas e poliédricas. Comparado ao estrato basal, ele possui uma
quantidade maior de desmossomos, o que gera pequenas projeções nas células
circunvizinhas, dando um aspecto espinhoso a esse estrato. Algumas células também
apresentam grânulos, contendo pró-filagrina (percussora da filagrina).

Figura 8. Estrato espinhoso. Notar


pequenas projeções que dão um
aspecto de ponte ou espinho.
- Estrato granuloso: está localizado acima do estrato espinhoso (figura 9), eles apresentam
uma quantidade maior de grânulos de querato-hialina, contendo a proteína filagrina, e uma
camada de três a seis células. Os grânulos, além de filagrina contém glicoproteínas e enzimas
lisossomais. Esses elementos ao serem eliminados pelas células do estrato granuloso aos
espaços intercelulares, formam uma barreira impermeabilizante no estrato mais superficial.

Figura 9. Estrato granuloso.


Notar a disposição intermediária
entre os estratos córneo
(superior) e espinhoso (inferior).

- Estrato córneo: eles seguem a mesma disposição do estrato granuloso, porém as células
são mais achatadas, não há mais citoplasma ou grânulos de querato-hialina ou qualquer outra
estrutura intracelular, como núcleo e organelas, por isso são consideradas células
queratinizadas, elas são acidófilas (cor mais rosada em HE). As células queratinizadas
podem se mostrar de duas formas: ortoqueratinizadas (observar estrato córneo da figura 9),
quando a queratinização é completa, ou paraqueratinizado (figura 10), quando
queratinização ainda não está completa, neste caso, as células apresentam deposição de
queratina e núcleo picnótico, o que indica que a célula está em processo de apoptose.

Figura 10. Estrato córneo de epitélio


paraqueratinizado. Note a ausência de
núcleos nas células.
Epitélio não queratinizado (estratos)

O epitélio oral não queratinizado (figuras 11 e 12) apresenta o mesmo padrão de


estratificação que o epitélio queratinizado, contudo algumas diferenças são percebidas: as
células do estrato basal apresentam um tamanho menor, porém com a mesma morfologia, e as
células do estrato espinhoso apresentam menos desmossomos, perdendo o seu aspecto
espinhoso, o que dificulta um pouco a sua diferenciação com outros estratos. Além disso não
há estrato granular e nem córneo, pois este epitélio queratiniza, no lugar destes há o estrato
intermédio e superficial, respectivamente, que se tornam mais achatados na medida em que se
aproxima da superfície. No estrato intermédio há alguns grânulos, que quando liberados
conferem certa impermeabilidade celular. No estrato superficial, as células são nucleadas,
contendo glicogênio e tonofilamentos, diferentemente do estrato córneo.

Figura 11 e 12. Disposição dos estratos do epitélio oral não queratinizado.

Até agora apenas células epiteliais estão presentes, contudo, no epitélio não queratinizado
alguns outros tipos celulares também fazem parte, contudo, não é tão fácil observá-las, por isso
técnicas de imunomarcação e colorações específicas são usadas para diferencia-las das células
epiteliais.

- Melanócitos: são células derivadas da crista neural (multipotentes), essas células penetram no
epitélio, alojando-se no estrato basal, eliminando vários prolongamentos dendríticos para as
camadas mais superficiais do estrato espinhoso, contudo, não há comunicação intercelular por
desmossomos. Os melanócitos (figura 13) possuem um citoplasma rico em retículo
endoplasmático granular (rugoso) e complexo de golgi bem desenvolvido, os quais originam
grânulos pré-melanossosmos, que transformam-se em melanossomos, compostos por melanina.
A melanina produzida é enviada para as outras camadas mais superficiais, contudo, apesar de
todos terem a mesma quase a mesma quantidade de melanócitos, a produção e transferência de
melanina é variável de pessoa para pessoa. A principal região pigmentada por melanina é a
gengiva inserida, contudo podemos encontrar pigmentos no palato duto, mucosa jugal e lingual.

Figura 13. Melanócito no estrato basal.


Observe os prolongamentos pelo estrato
espinhoso, e disseminação da melanina
pelos outros estratos.

- Células de Langerhans: assim como os melanócitos, as células de langerhans (figura 14)


apresentam um aspecto dendrítico, contudo não apresentam tonofilamentos e nem desmossomos, elas
se originam na medula óssea e localizam-se no estrato espinhoso. A sua função é apresentam antígenos,
o que a faz ter um importante papel na imunidade. São encontradas em todo o epitélio, exceto no
epitélio juncional, e são mais abundantes em regiões mais permeáveis, como assoalho bucal e ventre
de língua.

Figura 14. Células de Langerhans no estrato


espinhoso. Observe as pontes intercelulares
próximas a elas.
- Células de Merkel: diferentemente dos dois outros tipos celulares anteriormente citados, as células
de Merkel (figura 15) não apresentam longos prolongamentos. Apresentam alguns tonofilamentos e
desmossomos com as células epiteliais circunvizinhas no estrato basal. Acredita-se que essas células
possuem importante papel na função receptora nervosa, pois estão em íntimo contato com as
terminações nervosas amielínicas. Em seu interior, pode-se notar pequenas vesículas, contendo,
provavelmente neurotransmissores.

Figura 15. Célula de Merkel.

- Células sanguíneas: não são abundantemente encontrados como outros tipos celulares, porém há
alguns linfócitos, neutrófilos e mastócitos, independentemente de um processo inflamatória estar
presente ou não.

Lâmina própria de tecido conjuntivo

A lâmina própria (figura 16) está localizada abaixo da membrana basal. Ele possui duas
porções, a mais superficial é a papilar, constituída por tecido conjuntivo frouxo, apresentando papilas
características em contanto com o epitélio. A mais profunda é constituída por tecido conjuntivo frouxo,
com fibras colágenas dispostas paralelamente ao epitélio em forma de rede, por isso é denominada
reticular. Componentes da lâmina própria:

- Fibroblastos: são células fusiformes, alongadas e com finos prolongamentos citoplasmáticos. O


núcleo tem contorno elíptico. No citoplasma nota-se retículo citoplasmático rugoso, complexo de
Golgi e vesículas de secreção, todas bem desenvolvidas. Isso se deve ao fato dos fibroblastos (figura
16) serem células produtoras de colágeno, elastina, proteoglicanos e glicoproteínas. Quando os
fibroblastos cessam suas atividades se tornam fibrócitos, tornando-se menores, porém, quando
necessário podem retornar ao estado de fibroblastos.
Figura 16. Disposição das camadas
da lâmina própria e fibroblastos.

- Macrófagos: são células derivadas da medula óssea, participam das reações imunológicas
apresentando antígenos e fagocitose. Seu citoplasma tem formato de um rim, além disso, observa-se
vários lisossomos, fagossomos, vacúolos endocíticos, mitocôndrias e citoesqueleto.

- Mastócitos: são células de formato globular, no seu interior contém grânulos de heparina e
histamina, além de receptores IgE.

- Células sanguíneas: podem estar presentes na ausência ou presença de um patologia, são elas os
neutrófilos e eosinófilos.

• DIFERENÇAS REGIONAIS DA MUCOSA ORAL

A mucosa oral apresenta algumas características particulares em relação a sua localização,


seja na morfologia ou na função. Dessa forma, podem ser encontradas três tipos de mucosas
orais: mucosa de revestimento, mucosa mastigatória e mucosa especializada.

Mucosa de revestimento

A mucosa de revestimento contém epitélio não queratinizado, ela é encontrada nas


regiões orais onde necessita-se de grande elasticidade como as mucosas labial, jugal e alveolar,
bem como o palato mole e o ventre lingual.
- Mucosa labial e jugal: essas duas mucosas são contínuas entre si, dessa forma constituem o
vestíbulo da boca. Elas se apresentam com uma superfície lisa e suave, rosa-pálido. Seu epitélio
é considerado um dos mais espessos, por isso o tempo de renovação é de aproximadamente 10 a
12 dias. As únicas diferenças entre a mucosa labial e jugal é que nos lábios, a partir do estrato
espinhoso as células permanecem arredondadas e vão achatando-se apenas no estrato superficial.
Já nas bochechas, as células achatam-se gradualmente (note a comparação na figura 17). Além
disso, a matriz extracelular das duas mucosas é rica em fibras elásticas, o que permite
elasticidade, bem como há também uma submucosa (figura 18), rica em glândula salivares
menore e um pouco de tecido adiposo e sebáceo (em excesso forma grânulos de fordyce). Na
submucosa passa um feixe de fibras colágenas que ligam a lâmina própria ao músculo respectivo.
Desse modo, apesar da mucosa ser elástica, ela não apresenta movimento (exceto quando
distendida por uma força externa), ela apenas acompanha os movimentos musculares. Por fim, o
vermelhão dos lábios é formado pela transição da mucosa e a epiderme (figura 19).

Figura 17.1. Mucosa jugal. Figura 17.1. Mucosa labial.

Figura 18. Submucosa


labial
Figura 19. Transição da pele
com a mucosa labial
(vermelhão do lábio).

- Mucosa alveolar: essa mucosa reveste o fundo de sulco vestibular e representa um limite
da mucosa labial e jugal com a gengiva inserida. Apresenta alto grau de mobilidade, podendo
ser , inclusive, ser distendida. A superfície é lisa, brilhante, de cor rosa avermelhado. Esse
tipo de mucosa quase não apresenta estrato espinhoso. Na região dos estratos e da submucosa
podemos encontrar fibras elásticas e colágenas, circundadas por glândulas salivares menores.

- Mucosa do palato mole: a mucosa que do palato mole (figura 20) é continuada
anteriormente pela mucosa do palato duto e posteriormente pela mucosa do trato respiratório
(orofaringe). Possui uma
superfície lisa, de um rosa
intenso brilhante. Possui
pouquíssimo estrato espinhoso.
Há alguns botões gustativos,
próximos ao palato duro. A
lâmina própria dessa mucosa é
altamente vascularizada e
moderadamente infiltrada por
células imunológicas. Na
submucosa, encontram-se
glândulas salivares menores,
nódulos linfáticos e algumas
fibras musculares.

Figura 20. Mucosa do palato


mole com submucosa.
- Mucosa do assoalho bucal: esta mucosa recobre o fundo de sulco lingual, interpondo-se
entre a gengiva inserida e a mucosa do ventre lingual. A superfície é lisa e brilhante, pois seu
epitélio é muito fino, o que permite a rápida absorção de medicamente sublinguais. A
submucosa está associada a glândula sublingual. Profundamente, a submucosa se relaciona
com a fáscia de revestimento do músculo milo-hióideo. A lâmina própria e a submucosa são
altamente vascularizados, devido as artérias lingual, submentual e facial, bem como a veia
sublingual.

- Mucosa do ventre de língua: assim como o assoalho bucal, a mucosa que reveste o ventre
lingual é formada por um epitélio muito fino e permeável, com várias células de largerhans,
porém com um estrato espinhoso pouquíssimo desenvolvido. Nela, não há submucosa (figura
21).

Figura 21. Mucosa do ventre de


língua.

Mucosa mastigatória

- Mucosa gengival: o epitélio gengival apresenta várias elevações e depressões, o que dá um


aspecto de casca de laranja. Ele pode ser ortoqueratinizado ou paraqueratinizado. O estrato
espinhoso representa cerca de metade do epitélio total, além disso, há um aumento gradual no
número de desmossomos desde a camada basal até a córnea. Células não epiteliais
frequentemente são encontradas, predominando os melanócitos. Não há submucosa.

- Mucosa do palato duro: a maioria é ortoqueratinizada. Possui uma cor rosa pálido, muito
similar a gengiva inserida. No centro do palato duro e anteriormente não há submucosa,
apenas um pouco de tecido adiposo, apenas na porção posterior há uma submucosa,
predominando glândula salivares menores (figura 22).
Figura 22. Mucosa do palato duro.

Mucosa especializada

A mucosa que recobre o dorso da língua é queratinizada, porém as papilas gustativas são
consideradas mucosas especializadas, são elas:

- Papilas filiformes: são as mais abundantes na língua, macroscopicamente dão um aspecto


aveludado na língua. Seu epitélio é ortoqueratinizado e possui vários melanócitos e células
de langerhans. As papilas filiformes (figura 23) apontam para a região posterior da boca
(orofaringe), com o passar da idade o número de papilas decresce, tornando o dorso da língua
mais brilhante. Elas não possuem botões gustativos, porém apresentam várias fibras nervosas
amielínicas, representando uma delicada sensibilidade tátil.

Figura 23. Papila filiforme. Observe a curva


em direção à orofaringe.
- Papilas fungiformes: são encontradas em menor quantidade que as filiformes, porém são
bastante abundantes no dorso lingual, apresentando-se como pequenos pontos vermelhos
(devido à alta vascularização) entre o rosa das papilas filiformes (figura 24). Elas são
recobertas por epitélio paraqueratinizado, além disso, já é possível observar alguns botões
gustativos.

Figura 24. Mucosa do papila


fungiforme. Observar a queratina
recobrindo e o botão gustativo.

- Papilas valadas: também são conhecidas por calciformes ou circunvaladas (figura 25), elas
constituem o ‘V” lingual. São encontradas de 8 a 10 papilas valadas, circundadas por um sulco
circular. Na porção superior não há botões gustativos, ela é apenas recoberta por um epitélio
com um tecido conjunto frouxo altamente vascularizado e inervado. Os botões gustativos são
encontrados apenas nas superfícies laterais. Entre a porção superior e as laterais há um sulco,
nele são encontrados
glândulas salivares
menores de Von Ebner
(figura 26). As quais tem
uma particularidade: elas
secretam uma secreção
muito fluida, impedindo
que restos alimentares
obstruam os botões
gustativos.

Figura 25. Papila circunvalada.


Figura 26. Zoom em sulco de papila
circunvalada. Observe glândula de
Von Ebner.

- Papilas foliadas: também são conhecidas por papilas foliáceas, elas estão localizadas nas bordas
laterais de língua. Há sulcos que separam essas papilas umas das outras, o epitélio é não queratinizado.
Além disso, nas paredes dos sulcos há diversos botões gustativos.

• BOTÕES GUSTATIVOS

Os botões gustativos (figura 27 e 28) estão presentes no epitélio que reveste as


superfícies das papilas fungiformes, valadas e foliadas. Ainda há alguns deles na porção anterior
do palato mole. Eles surgem por volta da 9° ou 10° semana de vida, coincidindo com a formação
das papilas gustativas. Eles podem ser constituídos de 30 a 50 células, dependendo de sua
localização. As células são:

- Tipo I: são as células mais finas, localizadas na periferia do botão, elas secretam uma
substância que preenche a abertura dos poros e facilita a captação dos estímulos gustativos.
Além disso apresenta função de suporte.

- Tipo II: elas não possuem uma função conhecida. Aparentemente de suporte.

- Tipo III: são as células neuroepiteliais do botão gustativo, elas possuem um longo
prolongamento, através do qual estabelece um contato com a terminação nervosa, nela
observam-se pequenas vesículas contendo neurotransmissores.
CORRELAÇÃO CLÍNICA: os botões gustativos das papilas fungiformes respondem aos
sabores doces. Os sabores salgados são sentidos nas laterais e ponta da língua. O sabor ácido é
captado pelas papilas fungiformes e foliadas da borda lateral da língua. O amargo é sentindo
pelos botões gustativos das papilas circunvaladas. Os sabores ácidos e amargos também são
captados pelos botões gustativos no palato mole.

Figura 27. Células do botão gustativo.

Figura 28. Corte histológico do


botão gustativo.

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