Sei sulla pagina 1di 3

A Missão da Umbanda Ramatís

Preâmbulo

Observamos na Umbanda praticada nesse Brasil-continente grandes magos, supremos


sacerdotes dos mistérios, regentes dos tronos, pai ou mãe donos dos orixás. E assim, este caboclo
atlante enfeixado na vibratória de Ogum olha para o fundo do terreiro e enxerga lá, sentadinho e
agachado num cantinho discreto, um preto(a) velho(a) iluminado que nunca encarnou na Terra dos
homens, espírito transmigrado de Sírius, como tantos outros humildemente escondidos atrás de
uma aparência frágil de negro curvado, adotando mais um nome simbólico de João, Benedito,
Tomé, Guiné, Maria Conga, Catarina, Benta..., que os colocam como mais um tio, vovô, tia ou
vovó, despersonalizando-os e liberando-os da escravidão do ego inferior. Esse discreto espírito que
se molda na forma de um pai velho derrama lágrimas geradas do amor que sente pela Divina Luz e
pelos descaminhos atávicos dos homens que se envaidecem no pequeno planeta azul.

Nesse momento pensamentos comuns se fixam fazendo-nos refletir em uníssono:

- umbanda não é grandiosidade de magos, é diminuição de vaidades frente às equânimes


leis evolutivas;

- umbanda não é mistério, é simplicidade;

- umbanda não tem magno trono, tem toco de preto velho;

- umbanda não tem cetro de poder, tem o balanço do caboclo;

- umbanda não dá curso pago, ensina gratuitamente os segredos;

- umbanda não tem pastor de rebanhos, conduz à auto-iniciação resgatando a criança divina
interna de cada um;

- umbanda não tem insígnia sacerdotal que exalta, sim vontade de servir o próximo que
iguala;

- umbanda é caridade e não mata pelo orixá, ela vivifica os seres na vibração de exu-
guardião;

- umbanda só tem um maioral, Jesus, o Mestre dos mestres, que se igualou aos excluídos
dos templos e religiões de outrora.

As lideranças da umbanda devem aprender a ouvir as muitas vozes de Aruanda que


expressam sua diversidade, sabendo interpretar a dinâmica de seu movimento, canalizando-o para
a convergência que unifica. As diferenças de ritos e formas não devem separar e excluir, e sim
aglutinar e incluir. Sua força sonora, unificadora, vem de baixo para cima, de todos os aparelhos e
terreiros para os líderes, por meio de centenas de milhares de espíritos que se comunicam pela voz
do canal da mediunidade, e que labutam pela caridade. Ao contrário, serão poucas vozes para

19
A Missão da Umbanda Ramatís

muitos ouvidos - do cume para o sopé da montanha -, tentando dominar, impor rituais, liturgias ou
doutrinas, gerando a divisão separatista em vez do respeito às diferenças, que os unem.

A umbanda dá oportunidade a todos para auxiliarem na caridade e também para evoluírem,


assim como permite que todas as raças, indistintamente, labutem em seus templos, seguindo um
compromisso recíproco que refulge sobre as frontes movidas pelo sentimento amoroso de amparo
ao próximo. A umbanda fica acima das temporalidades que separa, a favor da perenidade espiritual
que nos liga à grande fraternidade universal movida pela maior das religiões: o amor.

Essa religião não terá codificação ortodoxa. Cada vez mais terá verdades consagradas,
amplamente praticadas à luz da razão e do bom-senso, verdadeiros códigos de amor
fundamentados em uma ética universalista, coletiva e convergente. Não existe uma única verdade,
e a diversidade umbandista por enquanto não consegue interiorizar nos corações iludidos, em toda
a plenitude de sua psicologia convergente, a unidade do amor que não separa, e sim une nas
diferenças.

Faz-se sumamente importante o movimento de convergência, amainando as personalidades


e suas ilusões transitórias, mesmo que muitas consciências não sintam a inexorabilidade dessa
vibração cósmica, em uma repetição atávica de comportamentos do espírito, como condenaram os
que defendiam a translação da Terra no passado. As verdades universais não se apressam;
requerem o tempo necessário no plano da matéria para ser percebidas plenamente, e a quantidade
de encarnações do espírito será proporcional a essa compreensão.

A influência das práticas mágicas populares, tão arraigadas na relação com o "divino", é
atrito que imanta espíritos encarnados com o Astral, enredando-os em novelos de difícil solução,
diante do total descaso com as leis universais de causa e efeito. Trata-se do magismo
potencializado no aspecto negativo, em proveito próprio, contra o merecimento do próximo. Vale a
vontade de quem aluga a força mental do "grande" mago, a mão regiamente paga que segura a faca
afiada habilmente ceifadora da vida, imprimindo um corte fatídico no animal ofertado; é o
sacerdote quem derrama o sangue quente totalmente desrespeitoso diante do livre-arbítrio do irmão
ao lado, e aos verdadeiros orixás.

Em uma recorrência cósmica e temporal da terceira dimensão, muitos dos que vieram para
a Terra há milhares de anos, [1] ficando alojados nos planos densos da subcrosta umbralina, agora
novamente irão para outro orbe mais atrasado, pois as faixas vibratórias do planeta estão se
alterando irremediavelmente, e isso denota a força da natureza em transformação.

[1] Exilados de outros orbes, que, enquistados na rebeldia contra a Lei da Evolução,
tornaram-se líderes das trevas, ensaiando sempre a dominação do planeta.

Quanto aos repetentes costumeiros da escola primária terrícola, as hostes espirituais da


umbanda intercedem nas sombras, clareando os charcos trevosos, fazendo ressoar as trombetas de
Ogum, que sinalizam a nova era que vibra no início do terceiro milênio, após o advento do Cristo-
Jesus. Haverá, irremediavelmente, remoções de ,comunidades umbralinas para outros orbes, assim
como outras chegam, mantendo equilibrados os ciclos e ritmos cósmicos, particularizados na aura
planetária de cada astro por sua freqüência eletromagnética específica.

20
A Missão da Umbanda Ramatís

O crescimento da umbanda, o processo de inclusão social do culto nascente, na coletividade


urbanizada após o período colonial, é movido por refinada psicologia do Astral superior.
Oportuniza indispensável refrigério para almas desafetas desde idos remotos - dominados e
dominadores, escravos torturados e senhores despóticos -, equilibrando a balança da justiça
cósmica, que determina o ciclo carnal como abençoado desbaste das inferioridades espirituais. O
que aos vossos olhos parece desventura, é justa experiência retificadora para espíritos rebeldes que
extrapolam as estreitas portas das religiões terrenas; são retalhos que estão vagarosamente sendo
costurados na colcha que religará os espíritos com o Eterno.

A compreensão da origem cósmica da umbanda, de seu esoterismo e gênese, fortalecerá a


convergência de todas as doutrinas na Terra, expressadas nas escolas orientais e ocidentais.
Mudam os nomes, permanecem por ora os preconceitos, mas a essência divina é uma só,
independentemente de como os homens a denominam em sua estreita religiosidade. Tudo se
transforma no Cosmo, e nada é definitivo. Cada vez mais os rituais externos voltam-se para o
interno. Por sua vez, os filhos da fé umbandista, interiorizando-se, descobrem aos poucos o Deus
vivo dentro de cada um, levando-os inexoravelmente a concluir que Ele em tudo está e tudo é. Esse
estado de consciência, de todos no Um e um no Todo, acalma as consciências, fazendo-as concluir
que só de mãos dadas, cultivando o amor, é possível se libertarem da prisão das reencarnações
sucessivas.

Ao mesmo tempo, do Alto, provindo do triângulo fluídico que sustenta a umbanda - formas
astrais de pretos velhos, caboclos e crianças -, condensam-se os sete raios cósmicos, ditos orixás,
aspectos do Incriado, espargindo suas vibrações divinas sobre todos os terreiros, manifestando-se
nos médiuns por intermédio dessas entidades estruturais e, ininterruptamente, abrigando no plano
oculto todas as formas utilizadas pelos espíritos para se manifestarem no meio denso. Os orixás
propiciam a manifestação do Incriado nos planos concretos das formas, interpenetrando e se
fazendo sentir por meio dos corpos sutis e chacras dos terrícolas, condição indispensável à
evolução da coletividade espiritual retida no Planeta Azul.

É missão da umbanda ser instrumento de iluminação e despertar o Cristo interno,


mostrando que a potencialidade para encontrar o caminho e a verdade do espírito imortal está
dentro de cada um de seus filhos de fé. Não se mostra como o único caminho, ou mais um tratado
doutrinário definitivo; serve sim como mediadora na Terra para auxiliar os que buscam a união
com o Divino.

Que esta humilde obra, A Missão da Umbanda, despretensiosa, porque não inclui nada de
novo além dos conhecimentos anotados nas letras dos homens, pelo canal mediúnico, ao longo da
história terrena, sirva como mais um singelo roteiro de estudo, para que se compreenda a formação
da consciência umbandista.

Umbanda, Luz Divina, constante e ininterrupta evolução!

Porto Alegre, 15 de novembro de 2005

Ramatís

21

Potrebbero piacerti anche