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(MARINHA E EXÉRCITO)
Dispõe sobre a validação de métodos analíticos e dá outras providências.
ABRANGÊNCIA/ SE APLICA: a RDC nº 166/2017 deverá ser aplicada para os métodos analíticos empregados em
insumos farmacêuticos, medicamentos e produtos biológicos (IMUNOLÓGICOS) em todas as suas fases de
produção.
NÃO SE APLICA: Estão excluídos desta Resolução os métodos microbiológicos, para os quais deve ser apresentada
justificativa técnica para a abordagem escolhida, baseada na FB OU outros compêndios oficiais reconhecidos pela Anvisa.
ATENTAR QUE NA RDC Nº 899/03 ERAM ABRANGIDOS TESTES MICROBIOLÓGICOS.
Art. 15 O RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO, a depender do analito, deve conter os dados obtidos a partir de
técnicas aplicáveis à caracterização de cada substância química como, por exemplo, termogravimetria, ponto de fusão,
calorimetria
Exploratória diferencial, espectroscopia no infravermelho, espectrometria de massas, ressonância magnética nuclear,
análise elementar (carbono/hidrogênio/nitrogênio), difração de raio X, rotação óptica, métodos cromatográficos, entre
outras.
!!! PROVA ART. 18 NÃO É ADMITIDA A UTILIZAÇÃO DE SQT PARA FINS DE VALIDAÇÃO DE MÉTODO
ANALÍTICO.
(1)Nos casos em que foi conduzida a reprodutibilidade, não é necessário conduzir a precisão intermediária.
(2)Nos casos de ensaios de identificação, pode ser necessária a combinação de dois ou mais procedimentos analíticos
para atingir o nível necessário de discriminação.
(3)Pode ser necessário em alguns casos.
Da Seletividade
COMO AVALIAR? A seletividade do método analítico deve ser demonstrada por meio da sua capacidade de identificar
ou quantificar o analito de interesse, inequivocamente, na presença de componentes que podem estar presentes na amostra,
como impurezas, diluentes e componentes da matriz.
No caso de métodos cromatográficos, deve ser comprovada a pureza cromatográfica do sinal do analito,
exceto para produtos biológicos.
Deve ser utilizada a SQR na comparação com a resposta obtida para o analito.
Para gases medicinais, a seletividade deve ser demonstrada comparando- se o resultado da leitura da
amostra com a resposta da leitura da SQR
PROVA Art. 21 Para métodos quantitativos e ensaios limite, a seletividade deve ser demonstrada por meio da
comprovação de que a resposta analítica se deve exclusivamente ao analito, sem interferência do diluente, da matriz, de
impurezas ou de produtos de degradação.
§1° Para demonstrar ausência de interferência de produtos de degradação, é necessário expor a amostra a
condições de degradação em ampla faixa de pH, de oxidação, de calor e de luz. SÃO ISENTOS DESTAS CONDIÇÕES:
I.- produtos para os quais já foi demonstrada adequação à resolução que estabelece parâmetros para a notificação,
identificação e qualificação de produtos de degradação em medicamentos.
II.- métodos de desempenho;
III.- métodos não cromatográficos.
Da Linearidade
COMO AVALIAR? A linearidade de um método deve ser demonstrada por meio da sua capacidade de obter respostas
analíticas diretamente proporcionais à concentração de um analito em uma amostra.
PROVA !!!! Art. 25 Para o estabelecimento da linearidade, deve-se utilizar, no mínimo, 5 (cinco) concentrações
diferentes da SQR para as soluções preparadas em, no mínimo, triplicata.
As soluções utilizadas para avaliação da linearidade devem ser preparadas de maneira independente, podendo ser
utilizadas soluções diluídas de uma mesma solução mãe da SQR.
PROVA !!!! Art. 27 Para avaliação da linearidade, devem ser apresentados os seguintes dados:
I.- representação gráfica das respostas em função da concentração do analito;
II.- gráfico de dispersão dos resíduos, acompanhado de sua avaliação estatística;
III.- equação da reta de regressão de y em x, estimada pelo método dos mínimos quadrados;
IV.- avaliação da associação linear entre as variáveis por meio do coeficientes de correlação (r) e de determinação (r²);
V.- avaliação da significância do coeficiente angular.
§ 1º A homocedasticidade dos dados deve ser investigada para a utilização do modelo adequado.
§ 2º Nos testes estatísticos, deve ser utilizado um nível de significância de 5%.
§ 3º O coeficiente de correlação deve estar acima de 0,990.
§ 4º O coeficiente angular deve ser significativamente diferente de zero.
Do Efeito Matriz
COMO AVALIAR? O efeito matriz deve ser determinado por meio da comparação entre os coeficientes angulares das
curvas de calibração construídas com a SQR do analito em solvente e com a amostra fortificada com a SQR do analito.
As curvas devem ser estabelecidas da mesma forma que na linearidade para os mesmos níveis de concentração,
utilizando, no mínimo, 5 (cinco) concentrações diferentes em, no mínimo, triplicata.
Art. 30 O paralelismo das retas é indicativo de ausência de interferência dos constituintes da matriz e a sua
demonstração deve ser realizada por meio de avaliação estatística adequada.
Parágrafo único. Deve ser adotado o nível de significância de 5% (cinco por cento) no teste de hipóteses.
Da faixa de trabalho
COMO AVALIAR? A faixa de trabalho deve ser estabelecida a partir dos estudos de linearidade, juntamente com os
resultados de precisão e exatidão, sendo dependente da aplicação pretendida.
Parágrafo único. No caso de amostras sólidas e semissólidas, não é aceita a utilização de soluções diluídas
de uma mesma solução mãe.
ART.35 A PRECISÃO DEVE SER CALCULADA PELA DISPERSÃO DOS RESULTADOS, CALCULANDO-SE O
DESVIO PADRÃO RELATIVO (DPR) DA SÉRIE DE MEDIÇÕES CONFORME A FÓRMULA
"DPR=(DP/CMD)X100",
§1° No caso de impurezas conhecidas ausentes ou presentes em concentração menor que o limite da especificação na
amostra, esta deve ser fortificada com concentrações conhecidas do padrão de impurezas.
§2° No caso de impurezas desconhecidas, a amostra deve ser avaliada utilizando a resposta do ativo acrescido à matriz na
concentração correspondente ao limite da especificação estabelecido para a impureza, desde que se considere o mesmo
fator resposta para impureza e para o ativo.
I - avaliar as amostras sob as mesmas condições de operação, mesmo analista e mesma instrumentação, em uma
única corrida analítica.
II - utilizar, no mínimo, 9 (nove) determinações, contemplando o intervalo linear do método analítico, ou seja, 3 (três)
concentrações: baixa, média e alta, com 3 (três) réplicas em cada nível OU 6 (seis) réplicas a 100% (cem por cento) da
concentração do teste individualmente preparadas.
Art. 39 Os critérios de aceitação devem ser definidos e justificados de acordo com os seguintes aspectos:
I - objetivo do método;
II - variabilidade intrínseca do método;
III - concentração de trabalho; e
IV - concentração do analito na amostra.
SE F CALCULADO > F TABELADO Há diferença entre os resultados de precisão obtidos em diferentes laboratórios.
SE F CALCULADO < F TABELADO Não há diferença entre os resultados de precisão obtidos em diferentes
laboratórios.
OQUE É? É a proximidade dos resultados obtidos pelo método em estudo em relação a um valor adotado como
verdadeiro.
COMO AVALIAR? A exatidão deve ser verificada a partir de, no mínimo, 9 (nove) determinações, contemplando o
intervalo linear do método analítico, ou seja, 3 (três) concentrações: baixa, média e alta, com 3 (três) réplicas em cada
nível.
Art. 44 As amostras para avaliação da exatidão devem ser preparadas de maneira independente, podendo ser utilizadas
soluções diluídas de uma mesma solução mãe da SQR.
Art. 45 Para a determinação da exatidão, deve ser utilizada a abordagem mais adequada, de acordo com o método analítico
em estudo:
I.- para INSUMO FARMACÊUTICO ATIVO
a) aplicar o método proposto utilizando substância de pureza conhecida (SQR);
b) comparar os resultados obtidos com aqueles resultantes de um segundo método validado, cuja exatidão tenha sido
estabelecida; ou
c) no caso de analito em matriz complexa, realizar análise pelo método de adição de SQR no qual quantidades conhecidas
de SQR são acrescentadas à amostra.
II.- para produto terminado:
a) aplicar o método proposto na análise de uma amostra, na qual quantidade conhecida de SQR foi adicionada à matriz;
b) na indisponibilidade de amostras de todos os componentes do medicamento, pode ser realizada a análise pelo método
de adição de SQR, no qual quantidades conhecidas de SQR são acrescidas à solução do produto terminado; ou
c) comparar os resultados obtidos com aqueles resultantes de um segundo método validado.
Art. 47. Deve ser calculado o Desvio Padrão Relativo para cada concentração.
Do Limite de Detecção
COMO AVALIAR? Limite de detecção deve ser demonstrado pela obtenção da menor quantidade do analito presente
em uma amostra que pode ser detectado, porém, não necessariamente quantificado, sob as condições experimentais
estabelecidas.
Art. 50 A determinação do limite de detecção pode ser realizada por meio de método visual, da razão sinal-ruído, baseado
na determinação do branco ou em parâmetros da curva de calibração, considerando-se as particularidades do método
analítico utilizado.
Art. 51 Para métodos visuais, o limite de detecção é determinado pela menor concentração para a qual é possível constatar
o efeito visual esperado (mudança de cor, turvação).
Art. 52 Para métodos instrumentais, o limite de detecção pode ser determinado pela razão sinal-ruído.
§1° O método utilizado para determinação da razão sinal/ruído deve ser descrito e justificado.
§2° A razão sinal-ruído deve ser maior ou igual a 2:1.
Art. 53 Para a determinação baseada em parâmetros da curva analítica, o limite de detecção pode ser calculado pela
fórmula 2.
LD= 3,3 X DP
IC
DP: Desvio Padrão obtido à partir de 3 curvas de calibração construídas com concentrações do analito, próximo
ao limite de detecção.
IC: Inclinação da curva de calibração.
Do Limite de Quantificação
COMO AVALIAR? O limite de quantificação é a menor quantidade do analito em uma amostra que pode ser determinada
com precisão e exatidão aceitáveis sob as condições experimentais estabelecidas.
Art. 56 O limite de quantificação deve ser coerente com o limite de especificação da impureza.
Parágrafo único. Para produtos adequados à resolução que estabelece parâmetros para a notificação, identificação e
qualificação de produtos de degradação em medicamentos, o limite de quantificação deve ser menor ou igual ao limite de
notificação.
Art. 57 Para a determinação deste parâmetro USAR A FÓRMULA 2, sendo que a razão sinal/ruído deve ser no mínimo
de 10:1.
LD= 10 X DP
IC
Art. 60 Devem ser testadas precisão e exatidão nas concentrações correspondentes ao limite de quantificação.
Da Robustez
COMO AVALIAR? A robustez é um parâmetro tipicamente realizado no desenvolvimento do método analítico que
indica a sua capacidade em resistir a pequenas e deliberadas variações das condições analíticas.
Art. 66 Serão aceitas validações de método analítico em conformidade com a Resolução RE nº 899/2003, desde que
tenham sido finalizadas antes da vigência desta resolução e as petições que as contenham tenham sido protocoladas em
até 550 (quinhentos e cinquenta) dias corridos após a vigência desta resolução.
Em caso da necessidade de execução e reapresentação de um ou mais parâmetros da validação, desde que não seja
necessária a apresentação de nova validação, a empresa poderá seguir a Resolução RE nº 899, de 29 de maio, de
2003.