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1. Introdução
1.1 Objetivo
O objetivo fundamental desse projeto é simular a transformação da glicerina, obtida
como subproduto da produção de biodiesel, em propileno glicol, já que esse é um produto
químico de maior valor agregado, que possui diversas aplicações e maior vantagem
econômica. A intenção é utilizar ferramentas tais como os softwares de AutoCAD e de
simulação, aplicando os conhecimentos obtidos ao longo da graduação do Curso de
Engenharia Química, para a elaboração do projeto.
1.2 Histórico
A glicerina obtida a partir dessa reação para gerar o biodiesel contém, em torno de
80% de glicerol, e outros contaminantes, ou impurezas, como água, álcool (metanol),
catalisador, e resquícios de biodiesel e glicerídeos. Nessa forma ela é considerada imprópria
para consumo no mercado consumidor e deve ser purificada para ser reutilizada na indústria
química (MOTA et al., 2009).
São produzidos cerca de 10m3 de glicerina para cada 90m3 de biodiesel. Os dados
mostram que são produzidas aproximadamente 100 mil toneladas de glicerina por ano em
2008, com a implementação do B3 e 250 mil toneladas anuais após 2013, com o surgimento
do B5 (MOTA et al., 2009). Além da obtenção da glicerina a partir do biodiesel, o glicerol
também é obtido como subproduto de outros dois diferentes processos: da fabricação de
sabão e da produção de ácidos graxos (CHUN et al., 2007).
De acordo com Mota et al. (2009), existe outra maneira de ser obtido esse produto:
por meio de uma reação de hidrogenólise do glicerol (1,2,3-propanotriol), em temperaturas
na faixa de 150-200ºC, utilizando-se de catalisadores ácidos.
Outra rota existente é a bioquímica, em que bactérias utilizam glicerol como fonte de
carbono para produzir 1,3-propanodiol, requerendo uma via oxidativa catalisada pelas
enzimas glicerol desidrogenase, e outra redutora que é catalisada pelas enzimas glicerol
desidratase, como mostra a Figura 3. Em seguida se faz necessária uma etapa de
purificação, consistindo da separação das impurezas residuais do processo de fermentação,
sendo essa uma etapa crítica do processo, apresentando grande complexidade e podendo
representar até 50% do seu custo. Esse é um processo simples, limpo e contêm menos
impurezas em relação ao 1,3-propanodiol sintetizados por rotas químicas, além disso
algumas empresas já são capazes de utilizar certos microrganismos para obter o 1,3-
propanodiol a partir de matérias primas renováveis como glicose de milho (Silva et al., 2014).
O propileno glicol pode ser obtido também pela hidrogenólise do glicerol, processo de
duas etapas demonstrado na Figura 2. Com relação a transformação química do glicerol,
esse é uma das reações químicas mais estudadas da literatura devido a grande
oportunidade de obtenção da matéria prima proveniente do processo de produção de
biodiesel e da grande aplicabilidade industrial do produto obtido (Domingues, 2014).
Os subprodutos resultantes do processo proposto por Chiu (2006) são, além de água,
etileno glicol e outros sete subprodutos desconhecidos de maior concentração. Visando a
redução do custo do processo do separação e purificação, é interessante que a produção
de subprodutos seja minimizada e por esse motivo o autor também apresenta um estudo da
variação da formação de subprodutos em função dos parâmetros de processo. Estudo esse
que será utilizado para tomadas de decisão em etapas futuras de simulação desse projeto.
1 - IDENTIFICAÇÃO
Nome do produto: PROPILENOGLICOL
Nome da empresa:
Endereço:
2 - IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS
Perigos mais importantes: Este material é NÃO É PERIGOSO segundo a definição do Comunicado
OSHA sobre Riscos. Líquido ligeiramente combustível. Não manuseie
próximo do calor, fagulhas ou chama aberta. Pode causar irritação aos
olhos. Altas concentrações de aerosol podem causar leve irritação nasal e
da garganta, bem como depressão do sistema nervoso central. Não deve
causar irritação à pele. Não deve ser sensibilizante
Efeitos do produto à saude
humana:
Olhos: Pode causar leve irritação transitória (temporária) nos olhos. É improvável
a ocorrência de lesão da córnea. Névoas do produto podem causar irritação
ocular..
Ingestão: A toxicidade oral para uma única dose é considerada baixa. Nenhum perigo
é antecipado devido à ingestão acidental de pequenas quantidades durante
operações diárias de manuseio.
Inalação À temperatura ambiente a presença de vapores é mínima, devido às
propriedades físicas do produto. Névoas do produto podem causar irritação
do trato respiratório superior.
Efeitos sistêmicos: A ingestão repetida e excessiva pode causar efeitos ao sistema nervoso
central. .
Efeitos ambientais: Não descartar o produto em esgotos, superfície de água e sim em local
autorizado pela legislação..
7 - MANUSEIO E ARMAZENAMENTO
MANUSEIO
Medidas técnicas: Prever ventilação local exaustora onde os processos exigirem. Todos os
elementos do sistema em contato com o produto devem ser aterrados
eletricamente.
- Prevenção da exposição do Devem ser utilizados equipamentos de proteção individual (EPI) para evitar
trabalhador: o contato com a pele e mucosas com produto aquecido. Evitar respirar a
poeira ou fumos do processo.
10 - ESTABILIDADE E REATIVIDADE
Condições específicas
- Estabilidade química Estável em condições normais de uso.
- Condições a serem evitadas Evite o contato com materiais oxidantes, umidade, luz solar direta e
temperaturas elevadas.
Materiais incompatíveis Incompatível com anidrido acético, ácido clorídrico, ácido nítrico, ácido
hidrofluorídrico, nitrato de prata, materiais oxidantes ((risco de explosão),
alguns tipos de plástico (pode ser corrido), agentes redutores, acetaldeído
(violenta reação de condensação), percloreto de bário (formação de éster
perclórico muito explosivo no refluxo), cloro (formação muito explosiva de
hipocloreto alquílico), brometo dietil de alumínio (ignição espontânea),
óxido de etileno (possível explosão), hexametileno disocianato (possível
explosão), peróxido de hidrogênio mais ácido sulfúrico (possível explosão),
ácido hipocloroso (formação muito explosiva de hipocloretos alquílicos) e
isocianatos (possível explosão na ausência de solvente), hidreto de
alumínio e lítio (reação vigorosa), tetraóxido de nitrogênio (possível
explosão), ácido perclórico (aquecido - interação perigosa), ácido
permonosulfúrico (possível explosão no contato com álcoois primários e
secundários), tri-isobutil alumínio (reação violenta).
Produtos perigosos de Quando o suprimento de oxigênio é reduzido, como em um incêndio
decomposição ou quando aquecido à temperatura extremamente alta, monóxido de
carbono e outros compostos perigosos como aldeídos podem ser
formados.
11 - INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS
Toxicidade aguda
LD50 na pele em coelho: > 10.000 mg/kg
LD50 oral em camundongo: 22 g/kg
LD50 oral em coelho: 18.500 mg/kg
LD10 em coelho intramuscular: 6.300 mg/kg
TD10 parenteral-infantil: 10g/kg/3 dias contínuos
TD10 inalação em rato intermitente: 2.180 mg/m3 / 6h/90 dias
Produto classificado como não tóxico na absorção pela pele e por
ingestão.
LD50 (Letal Dose – 50%) = Dose letal a 50% da população testada.
Efeitos locais
- Inalação: Leve irritação na pele humana 500mg/7 dias
- Contato com a pele: Irritação moderada na pele humana 104 mg/3 dias e 10%/2 dias pele
- Contato com os olhos: Leve irritação nos olhos de coelho 100 mg e 500 mg/24 h
- Mutagênese: Com base na nossa experiência e nas informações disponíveis, não são
esperados efeitos adversos para saúde.
12 - INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS
Baseado na sua maioria ou completamente em informações para material
similar, ou seja, propileno glicol. A bioconcentração potencial é baixa
Mobilidade Bioacumulação: (BCF menor que 100 ou Log Pow menor que 3). Coeficiente de partição
Log octanol/água (Log Pow) é -0,92. Constante da Lei de Henry (H) é 1,2
E-8 atm.m3 /mol.
Baseado na sua maioria ou completamente em informações para material
similar, ou seja, propileno glicol. A bioconcentração potencial é baixa
(BCF menor que 100 ou Log Pow menor que 3). Coeficiente de partição
Log octanol/água (Log Pow) é -0,92. Constante da Lei de Henry (H) é 1,2
E-8 atm.m3 /mol.
- Fator de bioconcentração: Dada a consistência e a insolubilidade do produto na agua, não é provável
uma biodisponibilidade.
Impacto ambiental: Impedir o alastramento do produto derramado, evitando a contaminação
de rios e mananciais.
Ecotoxicidade:
Baseado na sua maioria ou completamente em informações para material
similar, ou seja, propileno glicol. O material é praticamente atóxico para
organismos aquáticos
em uma base aguda (LC50 maior que 100 mg/L para a maioria das
espécies sensíveis).
LC50 agudo para (Pimephales promelas) é na faixa de 46.000 a 54.900
mg/L
LC50 agudo para (Poecilia reticulada) é maior que 10.000 mg/L
LC50 agudo para (Daphnia magna) é na faixa de 4.850 a 34.000 mg/L
LC50 agudo para (Oncorhynchus mykiss) é 44ml/L (cerca de 44.000 mg/L)
- Resistência/Degradabilidade: Baseado na sua maioria ou completamente em informações para material
similar, ou seja, propileno glicol. A biodegradação sob condições de
laboratório aeróbicas estáticas é alta (BOD20 ou BOD28/ThOD maior que
40%). Espera-se que a biodegradação seja atingida em estações
secundárias de tratamento de resíduos industriais. A demanda bioquímica
de oxigênio para 5 dias (BOD %) é 1,16 p/p. A demanda bioquímica de 20
dias (BOD20) é 1,45 p/p. A demanda teórica de oxigênio (ThOD) é
calculada como 1,68 p/p. A concentração de inibição (IC50) no Teste de
Inibição Respiratória com lodo Ativado OECD (OECD Teste n. 209) é maior
que 1 mg/L. Degradação é esperada em um ambiente atmosférico em um
intervalo de minutos a horas.
13 - CONSIDERAÇÕES SOBRE DISPOSIÇÃO FINAL
- Produto e resíduos: Sempre que possível o produto deverá ser recuperado, quando não for
possível o descartar como resíduo do produto.
- Embalagens usadas: As embalagens poderão ser recicladas através de empresa licenciada e
aprovada ou descartadas como resíduo contaminado em áreas de aterros
oficialmente aprovados pelos órgãos ambientais locais.
Resíduo do produto O descarte poderá ser através de incineração ou estação de tratamento de
efluentes, através de empresa licenciada e aprovada, consulte a legislação
ambiental local. Nunca faça o descarte em rios, lagoas ou em mananciais
de água.
16 - OUTRAS INFORMAÇÕES
Outras informações NOTA 1: Esta FISPQ tem como base informações técnicas pesquisadas e
compiladas de fontes idôneas e capacitadas para emiti-las disponíveis no
momento, e que julgamos corretas, o que não significa que sejam as únicas
existentes, devendo servir somente como guia. Tais informações referem-
se a um produto específico e podem não ser válidas onde este produto
estiver sendo usado em combinação com outros.
7. Normas Técnicas
Para a segurança na construção, manuseio, operação e manutenção tanto da
fábrica, colaboradores e da sociedade vizinha a indústria algumas normas regulamentadoras
devem ser seguidas, com o intuito de proteger e fomentar a operação industrial.
Outra norma importante para a construção deste segmento industrial fala a respeito
do armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis, segundo a NBR 17505-2 (2006)
para a alocação de equipamentos que conterão líquidos inflamáveis o piso onde estes
equipamentos serão instalados deve ser constituído de concreto, alvenaria ou aço que
devem ter uma fundação firme e serem protegidos de intempéries e fogo.
Para alívio de pressão e vácuo, a NBR 7505 (2000) regula os tipos de dispositivos
que devem conter no tanques de forma a manter no interior do tanque os níveis e condições
adequadas as situações de operação tanto normais quanto emergenciais.
Além disso, para situações de incêndio deve ser seguida a NBR 17505-7 (2015),
que regula volume, qualidade e vazão da água a ser utilizada segundo os tipos de
equipamentos empregados na indústria.
Referencias
MONTASSIER, C. et al. Deactivation of supported copper based catalysts during polyol conversion in
aqueous phase. Applied Catalysis A: General, v. 121, n. 2, p. 231-244, 1995.