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Umberto Eco: biografia de um escritor e filósofo

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Saiba mais sobre a biografia de Umberto Eco, escritor, crítico literário, filósofo, semiólogo e professor universitário italiano. É
amplamente reconhecido por seu romance de 1980, Il nome della rosa (O Nome da Rosa). Trata-se de um romance de mistério
histórico que combina a semiótica na ficção com a análise bíblica, os estudos medievais e a teoria literária.

Umberto Eco nasceu em 5 de janeiro de 1932 na região de Piemonte, no norte da Itália. Seu pai, Giulio, foi contador e serviu em
três guerras ao longo de sua vida. Quando criança , Umb erto passava horas e horas no porão do avô. Neste lugar,
começou a absorver a literatura; lia a coleção do avô que incluía Júlio Verne, Marco Polo e Charles Darwin. Durante a ditadura de
Benito Mussolini, Umberto ganhou o primeiro prêmio em um concurso de redação para jovens fascistas.

Após a Segunda Guerra Mundial, Eco se juntou a uma organização católica de jovens. Em pouco tempo, se tornaria seu líder
nacional. No entanto, renunciou ao cargo em 1954 durante protestos contra as políticas conservadoras do Papa Pio XII, mas
manteve uma forte ligação com a igreja que se refletiu em sua tese de doutorado, já que o obteve em filosofia na Universidade
de Turim, em 1956, com uma tese sobre Tomás de Aquino.
Eco trabalhou como editor cultural para a emissora estatal Radiotelevisione Italiana (RAI). Além disso, foi professor na
Universidade de Turim (1956-1964). Durante seu trabalho na RAI, Eco se tornou amigo de um grupo de artistas de vanguarda.
Esse grupo de vanguardistas era conhecido como Gruppo 63, formado por músicos, pintores e escritores que se tornaram uma
influência fundamental na carreira literária de Umberto Eco.

O legado cultural da biografia de Umberto Eco


Como semiólogo, Umberto Eco interpretava as culturas através de signos e símbolos. Analisava tanto a linguagem

quanto ícones religiosos, cartazes, roupas, partituras musicais e até desenhos animados. Enquanto lecionava na Universidade da
Bolonha, publicou mais de 20 livros de não-ficção sobre essas questões.

A singularidade de seu trabalho literário se deve a ter conseguido imbuir seus romances com muitas de suas preocupações
acadêmicas. Eco encontrou uma maneira de manter sua vida acadêmica e seu trabalho como escritor de ficção unidos.

O sucesso de O Nome da Rosa, seu primeiro romance, não se repetiu em suas obras posteriores e nem em outros de seus
trabalhos. O Nome da Rosa foi originalmente publicado na Europa em 1980 e vendeu mais de 10 milhões de cópias em cerca de
30 idiomas. Houve também uma adaptação cinematográfica em 1986, dirigida por Jean-Jacques Annaud e protagonizada por Sean
Connery, uma obra que, da mesma forma, teve um sucesso notável.

“Acredito que o que nos tornamos depende do que nossos pais nos ensinam em pequenos momentos, quando não
estão tentando nos ensinar. Somos formados por pequenos pedaços de sabedoria”. -Umberto Eco-

Ao longo de sua vida, continuou lecionando filosofia e, posteriormente, semiótica na Universidade de Bolonha. Adquiriu uma
certa fama na Itália, seu país natal, por suas colunas semanais sobre cultura e política popular para a L’Espresso, a revista mais
importante do país.

Sua contribuição para a cultura dos meios de comunicação é imensa e podemos identificá-la através de ensaios como
Fenomenologia di Mike Bongiorno (Fenomenologia de Mike Bongiorno). A influência de Eco o levou a ser amplamente
reconhecido e, como resultado, foi homenageado com mais de 30 doutorados honorários de instituições renomadas e
respeitadas, como a Universidade de Indiana e a Universidade Rutgers.

O Nome da Rosa e outras obras literárias


Como já mencionamos, seu romance mais famoso, O Nome da Rosa, é ambientado em um mosteiro italiano do século XIV. O
local escolhido é o mais adequado para o enredo apresentado. Um mosteiro impenetrável, em tempos medievais, quase podemos
perceber o aroma de uma igreja, um lugar sagrado… Nesse ambiente sagrado, constrói-se uma tragédia; logo começam os
assassinatos; os monges morrem nas mãos de seus correligionários que se empenham em ocultar um tratado filosófico perdido
por Aristóteles.

Aproveitando-se do mistério e da ficção, Eco permite-se deixar espaço para o debate, inserindo capítulos inteiros dedicados à
discussões sobre teologia cristã e heresias. Essa ideia pode parecer brilhante, mas, ao mesmo tempo, é inevitável que se pense
na polêmica que pode gerar.

É realmente inteligente transformar uma obra concebida para o entretenimento em algo diferente, transformando-a em um
espaço para a reflexão e o debate. Contra todas as probabilidades, Eco conseguiu cativar uma audiência massiva com este
romance de suspense e mistério.

Nesta obra, Eco estabelece vários conflitos filosóficos paralelos: verdade absoluta vs. interpretação individual; arte

estilizada vs. beleza natural; predestinação vs. livre arbítrio; e, claro, espiritualidade vs. religião. Ou seja, uma série de

dicotomias fundamentais para o ser humano. Tudo isso, como resultado, provocando um diálogo constante entre o mundo
tradicional do cristianismo medieval e do pós-modernismo. Nesse diálogo, Eco consegue examinar os limites de cada um.

“Não há nada melhor do que imaginar outros mundos para esquecer o quão doloroso é o mundo em que vivemos”. -
Umberto Eco-

Seus romances posteriores contam com vários protagonistas que têm suas raízes na história. Por exemplo: um clarividente na
Idade Média, um náufrago dos anos 1600 e um físico do século XIX. Além disso, todos esses romances levaram os leitores a
absorver grandes doses de reflexões semióticas somadas a uma ficção convincente. Eco sempre trabalhou mantendo um
estranho equilíbrio entre história, realidade e fantasia na produção literária.

Umberto Eco: legado ao pensamento universal


Em setembro de 1962, se casou com Renate Ramge, uma professor de arte alemã com quem teve um filho e uma filha. Eco dividia
seu tempo entre um apartamento em Milão e uma casa de férias próximo a Rimini. Possuía uma biblioteca com 30.000 volumes
em sua residência milanesa e uma biblioteca com 20.000 volumes em Rimini. Eco morreu em casa em Milão em consequência de
um câncer de pâncreas na noite do dia 19 de fevereiro de 2016, com 84 anos de idade.
Em 1988, na Universidade de Bolonha, Eco criou um programa incomum intitulado Antropologia do Ocidente. Este programa foi
enormemente revolucionário para a época, uma vez que foi proposto a partir da perspectiva de nãoocidentais (acadêmicos
africanos e chineses).

A partir dessa iniciativa, Eco desenvolveu uma rede internacional intercultural em colaboração com o antropólogo francês Alain Le
Pichon. O programa de Bolonha resultou em uma série de palestras que seriam o princípio de Baudolino, uma obra em que Eco
levanta a questão de criação de conhecimento na China e na Europa.

Em suma, o erudito apontou a tendência generalizada de classificar símbolos, ideias e conceitos de culturas estrangeiras,
adaptando-as ao próprio sistema de referência cultural. O caso mais significativo citado por Eco é o de Marco Polo que, ao ver
um rinoceronte durante suas viagens pelo Oriente, imediatamente o identificou como um unicórnio. Marco Polo havia nomeado o
animal de acordo com a imagem ocidental do unicórnio: uma criatura com um chifre.

Este tipo de anedota pode ser visto refletido em textos medievais e nos primeiros livros de viagem; inclusive descobrindo a
América, vários viajantes afirmavam ter visto sereias ou falavam de lugares exóticos e fantásticos. Assim, podemos ver que o que
Eco propunha é uma consequência da nossa cultura; assim como Marco Polo, tentamos entender algo desconhecido,
adaptando-o ao filtro do conhecido.

Para concluir a biografia de Umberto Eco


Eco possuía um pensamento que o tornou pioneiro quando se trata de interpretar o mundo de acordo com a nossa cultura.
Assim, Umberto Eco fundou e desenvolveu uma das abordagens mais importantes da semiótica contemporânea, geralmente
chamada de semiótica interpretativa.
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