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Universidade Estadual De Roraima

Curso Bacharel em Direito

Luiz André de Andrade Júnior

EVOLUÇÃO DAS INSTITUIÇÕES E DO PENSAMENTO POLITICO NA


ANTIGUIDADE E IDADE MÉDIA

Boa Vista
2019
EVOLUÇÃO DAS INSTITUIÇÕES E DO PENSAMENTO POLITICO NA
ANTIGUIDADE E IDADE MÉDIA

Trabalho orientado pela professora Mestre Ana


Paula Joaquim, professora da disciplina de Teoria
Geral do Estado e Ciência Política da
Universidade Estadual de Roraima (UERR),
visando pontuação e aprovação na disciplina para
o segundo semestre.

Boa vista
2019
1 - O IMPÉRIO ROMANO E O PODER DO IMPERADOR

A Civilização Romana nasceu no centro da Península Itálica, por volta do século VIII
a.C. Os historiadores consideram que Roma teria sido fundada em 753 a.C. Progressivamente,
os romanos foram conquistando toda a Península Itálica e os arredores. Roma apresentou três
períodos na sua evolução política: a Realeza (753 a 509 a.C.), a República (509 a 27 a.C.) e o
Império (27 a.C. a 476 d.C.).
Nos primeiros dois séculos de nossa era, encontramos em toda a parte do mundo que
contorna o Mar Mediterrâneo uma única realidade política que se impõe sobre todas as regiões.
Trata-se do Império Romano (imperium-dominium) de Roma. Os impérios são perecíveis e se
torna quase impossível para nós, que vivemos numa época diferente, compreender tudo o que
realmente significou o Império de Roma.
O Império Romano em sua maior extensão no tempo do Imperador Trajano (98-117
d.C.) chegou a abranger quase seis milhões de quilômetros quadrados, estendendo-se do
Atlântico até ao sul da Rússia e à Pérsia. Unificado pela língua e pela cultura helenística, pelo
sistema administrativo e por uma admirável rede de estradas, todo o mundo mediterrâneo
chegou a constituir, nessa época, uma civilização única. Veremos que este aspecto, se por um
lado facilitou a expansão do cristianismo nascente, ao mesmo tempo permitiu as perseguições
oficiais estendidas a todo o Império e entravou em parte a sua aceitação pelos povos vizinhos,
inimigos de Roma.
A vida religiosa dos romanos foi bastante influenciada pela religião dos gregos e dos
etruscos. E, à medida que dominavam outros povos, os romanos conheciam novos deuses e
novos cultos, que passavam a ser permitidos em Roma.
A primeira fase do Império inicia com o governo de Otaviano, que não aboliu
completamente a forma republicana, mas reduziu o poder do Senado, centralizando o poder em
suas mãos. Tem-se aí a fase chamada Principado, caracterizada pelo fortalecimento do poder
imperial, fundamentado na necessidade de garantir a ordem contra as revoltas de escravos e
camponeses. Segue-se a fase dos Césares, os doze sucessores de Augusto César e,
posteriormente, o período chamado dos Antoninos, devido ao nome do Imperador Antonino
Pio. Durante o governo de Marco Aurélio (161-180), os povos bárbaros começaram a ameaçar
as fronteiras do Império. Nos governos de Nero e Diocleciano, aconteceram as maiores
perseguições aos cristãos, uma vez que o cristianismo já havia conseguido um grande número
de adeptos. Entre os últimos imperadores destacaram-se Diocleciano (284-305), Constantino

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(306-337) e Teodósio (379-395). Sobre esses imperadores, veremos informações mais adiante
quando tratarmos das perseguições aos cristãos e dos editos. Após apresentarmos algumas
características do maior Império da Antiguidade, veremos a figura e o poder do Imperador
Romano que, de certa forma, será o espelho para os governantes civis da Idade Média O
Cristianismo e o poder do papa

2. ANTIGUIDADE

São escassas as referências a doutrinas políticas dos grandes impérios orientais.


Admitiam como única forma de governo a monarquia absoluta e sua concepção de liberdade
era diferente da visão grega, que a civilização ocidental incorporou — mesmo quando
submetidos ao despotismo de um chefe absoluto, seus povos consideravam-se livres se o
soberano fosse de sua raça e religião.
As cidades da Grécia não se uniram sob um poder imperial centralizador e conservaram
sua autonomia. Suas leis emanavam da vontade dos cidadãos e seu principal órgão de governo
era a assembleia de todos os cidadãos, responsáveis pela defesa das leis fundamentais e da
ordem pública. A necessidade da educação política dos cidadãos tornou-se, assim, tema de
pensadores políticos como Platão e Aristóteles.
Em suas obras, das quais a mais importante é A república, Platão define a democracia
como o estado no qual reina a liberdade e descreve uma sociedade utópica dirigida pelos
filósofos, únicos conhecedores da autêntica realidade, que ocupariam o lugar dos reis, tiranos e
oligarcas. Para Platão, a virtude fundamental da polis é a justiça, pela qual se alcança a harmonia
entre os indivíduos e o estado. No sistema de Platão, o governo seria entregue aos sábios, a
defesa aos guerreiros e a produção a uma terceira classe, privada de direitos políticos.
Aristóteles, discípulo de Platão e mestre de Alexandre o Grande, deixou a obra política
mais influente na antiguidade clássica e na Idade Média. Em Política, o primeiro tratado
conhecido sobre a natureza, funções e divisão do estado e as várias formas de governo, defendeu
como Platão equilíbrio e moderação na prática do poder. Empírico, considerou impraticáveis
muitos dos conceitos de Platão e viu a arte política como parte da biologia e da ética.
Para Aristóteles, a polis é o ambiente adequado ao desenvolvimento das aptidões
humanas. Como o homem é, por natureza, um animal político, a associação é natural e não
convencional. Na busca do bem, o homem forma a comunidade, que se organiza pela

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distribuição das tarefas especializadas. Como Platão, Aristóteles admitiu a escravidão e
sustentou que os homens são senhores ou escravos por natureza. Concebeu três formas de
governo: a monarquia, governo de um só, a aristocracia, governo de uma elite, e a democracia,
governo do povo. A corrupção dessas formas daria lugar, respectivamente, à tirania, à
oligarquia e à demagogia. Considerou que o melhor regime seria uma forma mista, no qual as
virtudes das três formas se complementariam e se equilibrariam.
Os romanos, herdeiros da cultura grega, criaram a república, o império e o corpo de
direito civil, mas não elaboraram uma teoria geral do estado ou de direito. Entre os intérpretes
da política romana destacam-se o grego Políbio e Cícero, que pouco acrescentaram à filosofia
política dos gregos.

3. IDADE MÉDIA

O cristianismo introduziu, nos últimos séculos do Império Romano, a ideia da igualdade


entre todos os homens, filhos do mesmo Deus, uma noção que contestava implicitamente a
escravidão, fundamento social econômico do mundo antigo. Ao tornar-se religião oficial, o
cristianismo aliou-se ao poder temporal e admitiu a organização social existente, inclusive a
escravidão. Santo Agostinho, a quem se atribui a fundação da filosofia da história, afirma que
os cristãos, embora voltados para a vida eterna, não deixam de viver a vida efêmera do mundo
real. Moram em cidades temporais mas, como cristãos, são também habitantes da “cidade de
Deus” e, portanto, um só povo.
Santo Agostinho não formulou uma doutrina política, mas a teocracia está implícita em
seu pensamento. A solução dos problemas sociais e políticos é de ordem moral e religiosa e
todo bom cristão será, por isso mesmo, bom cidadão. O regime político não importa ao cristão,
desde que não o obrigue a contrariar a lei de Deus. Considera, pois, um dever a obediência aos
governantes, desde que se concilie com o serviço divino. Testemunha da dissolução do Império
Romano, contemporâneo da conversão de Constantino ao cristianismo, santo Agostinho
justifica a escravidão como um castigo do pecado. Introduzida por Deus, “seria insurgir-se
contra Sua vontade querer suprimi-la”.
No século XIII, santo Tomás de Aquino, o grande pensador político do cristianismo
medieval, definiu em linhas gerais a teocracia. Retomou os conceitos de Aristóteles e os adaptou
às condições da sociedade cristã. Afirmou que a ação política é ética e a lei um mecanismo
regulador que promove a felicidade. Como Aristóteles, considerou ideal um regime político

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misto com as virtudes das três formas de governo, monarquia, aristocracia e democracia. Na
Summa teologica, justifica a escravidão, que considera natural. Em relação ao senhor, o escravo
“é instrumento, pois entre o senhor e o escravo há um direito especial de dominação”.

4. REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS

STREFLING, Sérgio Ricardo. A filosofia politica na idade média. Pelotas: NEPFIL online,
2016.

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