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Boa Vista
2019
EVOLUÇÃO DAS INSTITUIÇÕES E DO PENSAMENTO POLITICO NA
ANTIGUIDADE E IDADE MÉDIA
Boa vista
2019
1 - O IMPÉRIO ROMANO E O PODER DO IMPERADOR
A Civilização Romana nasceu no centro da Península Itálica, por volta do século VIII
a.C. Os historiadores consideram que Roma teria sido fundada em 753 a.C. Progressivamente,
os romanos foram conquistando toda a Península Itálica e os arredores. Roma apresentou três
períodos na sua evolução política: a Realeza (753 a 509 a.C.), a República (509 a 27 a.C.) e o
Império (27 a.C. a 476 d.C.).
Nos primeiros dois séculos de nossa era, encontramos em toda a parte do mundo que
contorna o Mar Mediterrâneo uma única realidade política que se impõe sobre todas as regiões.
Trata-se do Império Romano (imperium-dominium) de Roma. Os impérios são perecíveis e se
torna quase impossível para nós, que vivemos numa época diferente, compreender tudo o que
realmente significou o Império de Roma.
O Império Romano em sua maior extensão no tempo do Imperador Trajano (98-117
d.C.) chegou a abranger quase seis milhões de quilômetros quadrados, estendendo-se do
Atlântico até ao sul da Rússia e à Pérsia. Unificado pela língua e pela cultura helenística, pelo
sistema administrativo e por uma admirável rede de estradas, todo o mundo mediterrâneo
chegou a constituir, nessa época, uma civilização única. Veremos que este aspecto, se por um
lado facilitou a expansão do cristianismo nascente, ao mesmo tempo permitiu as perseguições
oficiais estendidas a todo o Império e entravou em parte a sua aceitação pelos povos vizinhos,
inimigos de Roma.
A vida religiosa dos romanos foi bastante influenciada pela religião dos gregos e dos
etruscos. E, à medida que dominavam outros povos, os romanos conheciam novos deuses e
novos cultos, que passavam a ser permitidos em Roma.
A primeira fase do Império inicia com o governo de Otaviano, que não aboliu
completamente a forma republicana, mas reduziu o poder do Senado, centralizando o poder em
suas mãos. Tem-se aí a fase chamada Principado, caracterizada pelo fortalecimento do poder
imperial, fundamentado na necessidade de garantir a ordem contra as revoltas de escravos e
camponeses. Segue-se a fase dos Césares, os doze sucessores de Augusto César e,
posteriormente, o período chamado dos Antoninos, devido ao nome do Imperador Antonino
Pio. Durante o governo de Marco Aurélio (161-180), os povos bárbaros começaram a ameaçar
as fronteiras do Império. Nos governos de Nero e Diocleciano, aconteceram as maiores
perseguições aos cristãos, uma vez que o cristianismo já havia conseguido um grande número
de adeptos. Entre os últimos imperadores destacaram-se Diocleciano (284-305), Constantino
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(306-337) e Teodósio (379-395). Sobre esses imperadores, veremos informações mais adiante
quando tratarmos das perseguições aos cristãos e dos editos. Após apresentarmos algumas
características do maior Império da Antiguidade, veremos a figura e o poder do Imperador
Romano que, de certa forma, será o espelho para os governantes civis da Idade Média O
Cristianismo e o poder do papa
2. ANTIGUIDADE
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distribuição das tarefas especializadas. Como Platão, Aristóteles admitiu a escravidão e
sustentou que os homens são senhores ou escravos por natureza. Concebeu três formas de
governo: a monarquia, governo de um só, a aristocracia, governo de uma elite, e a democracia,
governo do povo. A corrupção dessas formas daria lugar, respectivamente, à tirania, à
oligarquia e à demagogia. Considerou que o melhor regime seria uma forma mista, no qual as
virtudes das três formas se complementariam e se equilibrariam.
Os romanos, herdeiros da cultura grega, criaram a república, o império e o corpo de
direito civil, mas não elaboraram uma teoria geral do estado ou de direito. Entre os intérpretes
da política romana destacam-se o grego Políbio e Cícero, que pouco acrescentaram à filosofia
política dos gregos.
3. IDADE MÉDIA
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misto com as virtudes das três formas de governo, monarquia, aristocracia e democracia. Na
Summa teologica, justifica a escravidão, que considera natural. Em relação ao senhor, o escravo
“é instrumento, pois entre o senhor e o escravo há um direito especial de dominação”.
4. REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS
STREFLING, Sérgio Ricardo. A filosofia politica na idade média. Pelotas: NEPFIL online,
2016.