Os africanos vindos para o Brasil na condição de escravizados tinham histórias,
costumes, cultura e muita sabedoria. Eles não puderam trazer bagagens
visíveis mais trouxeram a bagagem dentro de si, na memória. Vamos começar pelas construções das primeiras vilas em torno das fazendas e pela própria fazenda. As casas eram erguidas por quem? Pelos portugueses que não eram. Todas as construções de casas, ruas, pontes, armazéns entre outras coisas eram erguidas pela mão-de-obra especializada escrava. Várias pessoas pertencentes aos mais diversos grupos étnicos trabalhavam nas construções em seus países de origem. Lá eles erguiam monumentos grandiosos, casas enormes e verdadeiras fortalezas nos diversos reinos espalhados pelo continente africanos. As mais variadas técnicas de manipulação de materiais foram trazidas pelos povos do continente africano, o barro, o junco, a madeira, a pedra, a lama e o uso do óleo de baleia para as ligas da argamassa nos edifícios. Vejamos como eram feitos os materiais para serem utilizados para erguer as construções: Adobe: é um tijolo de terra crua feito com a mistura de argila, fibra vegetal, estrume de gado e óleos vegetais ou animal; Taipa de pilão: utilizada para alicerce e para paredes, feita com uma massa misturando terra crua, esterco animal, fibras vegetais, óleos e sangue de animais, estes são emparelhados em formas de madeiras de onde vem o nome de taipa; Taipa de mão (pau a pique): feita com uma trama de galhos de árvores amarrados com arame, cipó ou fibra vegetal; Cantaria: pedras cortadas, aparelhadas e lavradas; Desta forma fica claro e evidente a participação dos grupos étnicos africanos na construção desse país.