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O novo sentido do trabalho para o sujeito pós-moderno: uma abordagem crítica1

Janaina Martins dos Reis

1 Contexto

O trabalho tornou-se essencial para construção da identidade e para inserção


social do individuo, se tornando prioridade de vida na atualmente. Como
conseqüência disso, tem-se a frustração de projetos de realização do individual.

2 Relevância e justificativa

Para academia colabora com Administração em geral, e ao campo dos


estudos organizacionais em particular. Busca-se ainda ampliar a compreensão da
nova subjetividade e os vínculos humanos na sociedade gerencial, viabilizando a
produção de métodos mais eficazes e humanizantes da prática de gestão de
pessoas nas organizações.

3 Objetivo geral

Neste artigo são analisadas as maneiras como a sociedade gerencial


desenvolve nas mentes uma representação do mundo e da própria pessoa humana.

4 Referencial teórico

A evolução do trabalho

No inicio, o trabalho se baseava na força bruta que tirava da natureza o


sustento por meio da caça e do plantio. Com surgimento do feudalismo na Idade
média os nobres detêm o poder da terra e os camponeses faziam o trabalho que
sustentava os feudos. Tudo sob olhos e o poder da Igreja Católica.
No final da Idade média, tem-se a Reforma Protestante, que põe o trabalho como
condição para obter salvação do homem. Nesta época, o artesão tinha posse de
suas ferramentas e do processo de produção.
Com a chegada da Revolução industrial as máquinas tomam o lugar do trabalho
manual. Surgindo o capitalismo onde o operário se vê obrigado a vender sua força
de trabalho, sob os domínios da burguesia.

Neste período, a população européia duplica em um século e o desenvolvimento cria


centros industriais onde se destina grande parte da população para viver na miséria,
ao lado da minoria burguesa cada vez mais rica.

Este crescimento acelerado e desorganizado das empresas compactua com o


surgimento da abordagem Clássica da Administração, inicialmente com Taylor e
Fayol. Esta abordagem tinha intuito de racionalizar o trabalho e aumentar a
produção.

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ROHM, Ricardo Henry Dias; LOPES, Natália Fonseca. O novo sentido do trabalho para o sujeito
pós-moderno: uma abordagem crítica. Cadernos EBAPE. BR, v. 1, n. 4, p. 332-345, 2015.
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O tayolorismo e o fordismo propunham uma produção em massa com aumento da


exploração do trabalho. No entanto, a teoria taylorista busca a racionalização do
trabalho e os incentivos saláriais para a obtenção do aumento da produtividade, não
permitindo a autonomia do trabalhador.

Enquanto na vigência do fordismo buscava-se a divisão do trabalho com funções


pré-determinadas em ambiente de hierarquizados, onde o produto passava por
estágios fragmentados de produção. Este sistema se abastecia de farta mão-de-
obra, na crescente fila de desempregados da época.

Na década de 70, toyotismo surge das inovações tecnológicas advindas da


microeletrônica que necessitava de novas técnicas de produção, que exigia maior
qualidade, controle sobre a mão-de-obra e flexibilização do trabalho. A mudança do
sistema produtivo e das relações de trabalho exigia cada vez mais do trabalhador, o
que contribuía para o desemprego, distinção salarial, informalidade e desvalorização
do trabalho.

Na década de 80 começa se repensar o trabalho. O trabalho é visto como saber


fazer algo capaz de transformar realidade. Portanto não mais como instrumento de
tortura, e sim, valorização e desenvolvimento do homem social. A partir das ideias
de Marx onde o trabalho se estende a concretização do conhecimento, permitindo a
estabilidade e o progresso do trabalhador, bem como, da sociedade na qual se
insere.

Vale ressaltar que ainda hoje, apesar de varias mudanças, o trabalho continua
sendo meio de sobrevivência, mas quando perde o seu sentido e torna-se apenas
uma atividade, logo, o trabalhador perde também a conexão com o real sentido da
vida.

A Gestão Contemporânea

No cenário atual de constantes mudanças sócias, econômicas e tecnológicas,


não sustenta as práticas gerenciais tradicionais, tais como as burocráticas. Torna-se
necessários novos processos de mudança organizacional, que sejam mais dinâmico
e descentralizado, permitindo uma administração inovadora, mais enxuta e
eficiente. Para isso, a inserção da Psicologia, Antropologia, Economia nas áreas
organizacionais tem a finalidade de ampliar e refletir sobre administração. Abrindo
espaço para multidisciplinar Teoria Crítica, que aborda a compreensão dos fatos
que impactam o dia-a-dia do trabalhador e favorece sua vida social.

A teoria crítica

A Teoria Crítica surgiu na Escola de Frankfurt, criada por maxistas que visam
à emancipação que condena a tirania e a opressão. Com intuito de denunciar a
repressão e o controle social, repulsando o totalitarismo, autoritarismo e a coerção.
Na busca de estabelecer a justiça, a liberdade e a democracia, através dos
fundamentos do sujeito visando o coletivismo.

O capitalismo estalado defende a liberdade e igualdade de mercado, porém, é


constituído na lógica da competição. Além disso, não permite que troca seja justa, já
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que os indivíduos e as organizações possuem recursos em escala e medidas


diferentes. Nesse contexto a ciência segue a lógica do capital, produzindo
conhecimento a serviço para o sistema. Nesse cenário de exploração, a constatação
do estresse e adoecimento de natureza psicossomática levam as empresa a adotar
programas gerencias para minimizar estes impactos no ambiente organizacional,
surgindo as técnicas de gestão contemporâneas, as novas tecnologias de controle
psicossocial e político por meio de discurso de dupla interpretação.

O trabalho na pós-Modernidade

O trabalho na inicio da pós-modernidade adota conceitos de flexibilização,


com intuito de manter a lucratividade que sustenta o capitalismo. A base taylorista e
fordista passa ser substituído pelo toyotismo. Este é marcada pela produção flexível
e enxuta, que requer um trabalhador que associe pensamento e ação, e que
também possam criar e produzir conhecimentos úteis, que possam agregar valor
aos produtos e processos de produção e gestão.

Na modernidade, a cultura da organização imposta e internalizada pelo sujeito é dos


valores que buscam os resultados de interesse empresarial. Já na pós-modernidade,
o que tem importância real são os resultados e eficácia do trabalho e não os meios
para alcançá-lo. Este modelo exige um perfil de profissional subordinável, ágil e
adaptável e com e envolvimento emocional cada vez menor, o que dificulta a
internalização dos objetivos da organização. Logo, tem-se uma diminuição das
equipes, e para atingir os resultados as cargas de trabalho são aumentadas. Apesar
disso, o discurso organizacional predomina a valorização do trabalho em equipe,
mas o que acontece na realidade é um ambiente é hostil e competitivo.Nesse
ambiente, as formas controle são adotadas a partir das relações de subjetividade
dos trabalhadores, que procuram disseminar os jargões empresarias que atendam
os interesses da mesma.

Para otimizar os lucros, surgem então os contratos temporários, horário flexível,


redução de jornada e teletrabalho, que visam a atender organização deixando o
trabalhador cada vez mais isolado. A insegurança do trabalhador é enfatizada pela
possibilidade de ser trocado por outro profissional com remuneração inferior, que
passam a não reagir a estratégias de controle e dominação, para não perder o
emprego.

Para alinhar as diretrizes na empresa e garantir a ordem são usados diversos


mecanismos de controle, como o modelo ideal do fundador da empresa e o
funcionário modelo, que são usados como referência para o comportamento dos
demais. Além de comitês de avaliação do desempenho ou grupos de investigação
do padrão de qualidade. Como o sujeito não consegue realizar seus próprios
sonhos, passa a idealizar o ideal da empresa, para isso, abre mão da sua vida social
e passa ser um escravo moderno, fazendo parte da “família organizacional”.

5 Metodologia

A pesquisa bibliográfica por meio da revisão da literatura em ciências sociais


e na teoria crítica aplicada à análise da administração na atualidade.
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6 Resultados

Por uma Gestão mais Humana

A Teoria critica identifica as possibilidades capazes de entender como mundo


funciona e os obstáculos que devem ser rompidos. Para isso, a gestão deveria
considerar a sociedade, o lado humano e social, priorizando o desenvolvimento
sustentável, garantindo o a necessidade individual e coletiva. Rompendo com
paradigmas e colocando a gestão, a ciência e a pesquisa a serviço da sociedade em
detrimento da maximização do lucro. Oferecendo ao trabalhador um sentido de
realização ao invés de alienação.
A proposta de Gestão de Pessoas mais humana necessita ser conduzida pela
racionalidade substantiva, baseada nas obrigações éticas e morais. Que produza
métodos mais eficazes e humanizantes.

7 Considerações finais

O trabalhador da atualidade tem que se preparar para as mudanças


constantes de lugar, emprego, de modo de vida, se quiser manter-se empregado,
tendo uma postura mais flexível. Este trabalhador convive uma pressão que leva a
doença e sofrimento no trabalho, em mundo de um capitalismo devastador. Que
enfraquece laços fundamentais de relacionamento familiar, de amizade e
solidariedade, essencial à vida saudável do trabalhador.

8 Apreciação critica

O artigo faz uma revisão interessante sobre a evolução das teorias


organizacionais, que leva reflexão sobre o caminho que a gestão percorre da idade
média até a pós-modernidade. Porém em alguns trechos fica confuso sobre a
participação do autor sobre os textos ou não, já que não cita outras referências.

O trabalhador tem sido em sua historia, forçado a se adaptar as exigências de um


mercado regido por capitalismo unilateral e massacrante para os mais pobres.
Sobreviver como trabalhador implica deixar projetos pessoais a favor objetivos e
interesse organizacional. Nesse contexto, cresce o adoecimento e sofrimento no
ambiente empresarial com proporções inaceitáveis, a qual tem passado
despercebida pelas autoridades competentes.

No entanto, um vilão atual é situação econômica do país que eleva a o número de


desempregados. A insegurança instaurada aumenta o medo de ser demitido, e o
trabalhador sede a pressão de gestores e empresas que buscam o aumento do lucro
com exploração da mão-de-obra, se justificando na crise econômica e política que o
Brasil tem passado nos últimos anos.

Vale ressaltar que este tipo de sistema de exploração, deve ser coibido em favor da
manutenção das equipes e de profissionais qualificados capazes atender um
mercado cada vez mais exigente e competitivo. Assim, quando a cultura
organizacional abarca as necessidades individuais e sociais do trabalhador, ela
corrobora com manutenção e longevidade da empresa.
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