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CAPíTULO IV :1 ';1

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A família em fase
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este período vivenciado pela família, ':li\1 ~1
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:: ;,;<:~-::':"Adotamosesse conceito a fim de redefinir tal etapa do ;W
:~~~7tidb,de'vida familiar, como o momento específIco em que, ~~~,;

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por umlàdo,€, fIlhos experimentam a adolescência enquan-
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'''Üepéiíodo de transição, transformação e mudanças em dire-
":\'ão',,à idade adulta, com características bastante peculiai~ , !;';;hn
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,,,,,que perpassam as diferenças culturais e regionais de cada " JJ\ ,.
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,S,I~iiâ;como asíh!iterações físicas e hormona]i)(Osório, 1989), llthl: I
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'.i" Assim, €
pais passam a rever sua própria adolescência t::1
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\ "e.os aspectos que podem ser resgatados de uma juventude f;!ii' I
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, ainda presente diante déSl)Os pais, portanto, experimentam 1''I'":H"
,I I~'l:i.
aqui um novo período de transição, que conviemos batizar de
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78 Família e ciclo vital fi jámi/ia emfau adolescente 79

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'Segunda Ad"les"êIlcia'. 'Divididos entre os cuidados para ue faz questãd e precisa junto à turma ficar musculoso,
com a geração mais velha (pais, sogros), que começa a. qtlétiCO ou até mesmo propositalmente 'desengonçado',
requerer atenção diferenciada em sua fase tardia de vida, seja a uitas vezes leva esse pai à aqtdemia, esporte, cooper, etc.
\na saúde, fmanceiramente, seja como rede de apoio e as m ~'crises' relatadas pelos pais nessa etapa do ciclo de
i' tarefas e funções específicas de educar adolescentes com a' vida estão repletas de preocupação com a aparência, com o
suficiente flexibilid5fundamental às mudanças vorazes' eceio e temOr da velhice e das perdas, o que nos leva a ver
'\deste final de milênio. ' r ue essa fase é tão complexa para eles como para seus fi!9
Aqui, o casal, que se encontra em torno da chamada, q Esse processo de adolescer junto com os filhos sugere-
meia-idade, passa a ter internalizada a vulnerab1l1dade do os assim como dissemos no início, uma 'segunda adoles-
tempo - a passagem já não é mais tão lenta como na etapa ~ên~ia'.
anterior, em que 'os pequenos' exigiam tanto',gue o tempo, se ..,.. O objetivo deste capítulo será considerar o período
passasse depressa, era mais bem-vindo .. J~ãº. necessários. :vivenciado pela família com filho(s) na adolescência, ora
agora novOS balanços conjugais e individuais. Os conflitoS.::'defJnido pelo conceito de 'ciclo de vida familiar ccim fllhos na
experimentados pelas novas relações com os filhos revelam' :adolescência'. Assim, poderemos caracterizar esse momento,
também que é preciso mudar, enquanto há tempo ... lVIaspara ~siiasprincipais implicações no desenvolvimento de cada um
o~ • 'c:'deseus membros, levando em conta:
Um olhar para a família de classe média 'adolescente' da',
nossa realidade nos mostra, na maioria das vezes, jovens que-:: ~q~estões específicas do indivíduo adolescente, segundo
_,
..
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se parecem com milhares de outros nas roupas, nos acessó,,:~ ......alguns autores (Erickson, Carter & lVIcGoldrick e
rios, no linguajar, nas atitudes, queixas e reivindicações. O; '; 'cFishman);
trajar 'despojado' revela a camiseta e o jeans da moda, o tênis~ questões do sistema familiar diante da experiência de
impomelos padrões da turma, etc.:: adolescer do(s) fllho(s): a visão de transformação de três
(furessão para a uniformização é imensa intragrupo ~ ..gerações;
o adolescente não pode ser 'diferente', apesar de necessito., '.famílias com filhos adolescentes: processo emocional de
todo o tempo dessa 'diferenciaç~ .i, ;.transição - princípios-chave;
As mães desses adolescentes, chamadas por eles de;: :' tarefas da adolescência;
'ridículas' quase o tempo todo, precisam manter-se jovens,' .' .• intervenções clínicas a famílias com adolescentes;
até para acompanhar os fJlhos. Isso implica usar, às vezes, as,! ,', questões de implicação do sistema socioeconômico e
roupas mais joviais, ser mais esbeltas, cuidadas e fazer trocas:, • cultural (dados de realidade da família brasileira).
de peças com as filhas. '
Os pais, por sua vez, têm que encarar a voz mais grossa
dos filhos, o aparelho de barbear que eles têm de usar,lO olhar,
crítico desse filho para o seu traje, seu carro, seu emprego e'
assim por dianiDA comparação física com o adolescente,

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Adolescência .'
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pais muito jovens e &:tremam.ente ansiosos que esperam que
seu bebê comece logo a caminhar com as próprias pernas,

G. Checchm, durante o BnefTherapy C::0nference, re-!, pulando a etapa do engatmhar. Esquecem ou desconhecem a
j
alizado por Workshopsy, em São Paulo, em Julho de 1996, \; fundamental importância do que ela significa em termos de
expressou seu pensamento na conferência "Construindo i fortalecimento da musculatura, na maturação neurológica e
!
Psicoterapia com Adolescentes", seg.undo o qual a fa~~lia ~ na preparação, portanto, do desenvolvimento neuropsi-
com filhos adolescentes pode ser consIderada como uma fa- i comotor de uma cnança que, primeiro, necessita conhecer o
mília que estâ adolescendo", pOis,{£Ssimcomo o adoles~ente, t mundo em sua horizontalidade, para somente depois adqui-
a família aos poucos se transforma em adulto responsavel e,i rir segurança global para começar a experimentar o mundo
capaz de resolver seus próprios problemas. A família, antes
na fase de pais com crianças pequenas, vê seus f!lhos crescen-
If na sua forma vertical.
. Infelizmente, as própr,ias teorias psicológicas e socioló-
do e tornando-se adolescentes que agora desa~am os 'paIS, J gI~asparecem t:r contnbUldo pa:a a formação de .crenças e
mostrando a eles os problemas que eles (Pais) nao resolvSiiJ,~ mItos que relacIOnam a adolescenCla a problemas e crises
.,
,
Trava-se uma luta em que o poder é desafiado como no jogo ~ indissolúveis. Muuss, 1973, considera que:
da corda (cabo-de-guerra), que é o mais freqüente: ,de um.~
para a psicologia, a adolescência é uma 'situação marginal'
lado puxam os adultos, e de ol.\tro puxam os jovens. E nesse k
na qual novos ajustamentos, que distinguem o comporta-
momento, em que os pais não suportam maiS a luta ou um ~
mento da criança do comportamento adulto em uma de-
pouco antes de pensarem que estão prestes a p~rder a bata-te
ª
lha, que família resolve buscar uma pSIcoterapia, com o de- £
terminada sociedade, têm que ser feitos. Sociologicamen-
te, como um período de transição da dependência infantil
seio de que o terapeuta resolva seus problemas familiares. ,'"
para a auto-suficiência adulta, e cronologicamente, o tem-
T~vez, o mais simples parece ser sempre esquecido, isto é, o

I
po que se estende de aproximadamente 12 ou 13 anos até
'jogo do judô': em que as forças atuam de um mesmo lado,
a casa dos 21 ou 22 anos, com grandes variações individu-
diminuindo com isso as resistências e produzmdo outroS re-
aisc culturais.(p. 16)
sultados, talvez mais satisfatórios (\Natzlawick, 1976).
fieqüente W2ª
a da confiança nessas famílias,
porque os adolescentes nho con~m seus pais como
Marcadoresde início e término da adolescência
aqueles que sabem tudo, e os pais não estão prontos para
absorverem e confiarem nas mudanças de seus filhos
Muuss (1973) define adolescência como "o período que
adolescentes. Os pais pedem a todo instante provas e mais
se estende desde a puberdade (aproximadamente aos 12-13
provas da responsabilidade e critérios adultos de resolução de
anos) até atingir o estado adulto pleno" (p. 27).
problemas de seus filhos adolescentij) lil,
Osório (1989) define a adolescência, diferenciando-a
Parece que auxiliar o filho pequeno a tornar-se um
da p'ube!:f!!!ge.Esta última é compreendida por processos
adulto mais depressa confere aos pais o certificado de 'missão
biológicos de mudança corForal, marcada pela menarca e
cumprida' na tarefa de educar; o que nos remete a lembrar de
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Familia , cicloViloi

Afam(/ia ,m fas' aJo/,rem" 83
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outros caracteres sexuais secundários na mulher, e a primeira I' Com essa derkição, podemos pensar que para esse •
ejaculação e caracteres sexuais secundários no homem. A .' autor o término da adolescência é marcado pela saída do
própria expressão 'puberdade' é relativa ao surgimento d~ 'ovem da casa dos pais. I
pêlos. J No sentido legal, a maioridade é considerada como tér- j

r Já adolescência é um processo biopsicossocial compre-i mino da adolescência, uma vez que nessa idade a lei suspen-
!
I endido pelas alterações experienciadas pelo jovem desde at de os últimos aspectos de proteção legal da 'imaturidade' e
" puberdade. Marcada por processos de mudanças de 'papéis, I concede ao jovem seus plenos direitos, sua independência le-
, exigências, interesses e relações dentro e fora da faml1la, em~ gol e responsabllidad~,;.
\ que o referencial sUcial é mais amplo, incluindo como grupo~ Entretanto,lJj;dolescência é o período de ajustamento
-' ~\
l,\~ , de referência os companheiros. i
sexual,social, ideológico e vocacional e de luta pela emanci-
Nes;e processo, a acentuada mudança de valo~essociai'l pa.çãodos pais. P:ico!ogi:am.ente portant~, o critério de tér-
e até POhtlCOStorna-se forte elemento p.ara posslve;s con-~ mrno da adoles:encla nao e tanto uma Idade cronológica
frontos com os paIs. Os valores da famlha, que ate então~ determrnada, como o grau em que se alcançaram tais ajusta-
eram mantidos sob intenso controle, passam agora pela con-~ me~gUma pessoa que se casa depois de formar-se no cur-
testação. ~ 50 secundário, consegue um bom emprego e se torna
- - Para esse autor brasileiro, o término do período de ado"~ auto-suficIente financeiramente tem mais probabilidade de
lescência pode ser considerado quando o joven: é auto-.'uf1-~ ter.atin!iido a maturidade do que s~u amigo que entra para a
ciente economicamente, sendo capaz de assumIr seu propr!9,~_.JI]1IVerSldadesustentado pela famíha. Além disso, uma pes-
sustentO por meio_de seu próprio trabalho ..Inclui aindaé::nãoi s?a pode ser ~elha no sentido cronológico, mas apresentar
culpablhzar, ou nao responsabihzar os paIs por seus proble-. amda, caractenstlcas SOCIaISe de comportamento próprias de
mas individuais. , ~ um adolescente. Contudo, se forem indispensáveis normas
Ao buscarmos uma possível compreensão para o termo~ aproxImadas de Idade, as seguintes, sugeridas por Hurlock,
'estado adulto pleno', fomos encontrar em Aylmer (1995)~. po~em ser ~propriadas, pelo menos nos Estados Unidos.
que: li' Pre-adolescencla, de 10 a 12 anos de idade; adolescência ini-
~ Clal:de 13 a 16 anos; adolescência terminal, de 16 a 21 anos
f£ de Idade. (Muuss, 1973, pp. 21-2)
o estágio de ciclo de vida do jovem adulto solteiro compre-
~!
ende o período de tempo em que o indivíduo deLxou sua fa- ~
mília de origem, em termos físicos, senão emocionais, mas t
Ciclo vital da família adolescente
ainda não estabeleceu uma família de procriação ... este está- ~
l,
gio inclui aqueles indivíduos na casa dos vinte anos, que es-
1] Vamos inicialmente compreender o termo família,
tão fisicamente separados, em pós-faculdade c/ou exército
t~ para depois buscar um entendimento do ciclo de vida fami-
ou trabalhando c vivendo fora da casados pais e financeira-
:: liar para daí então caracterizar o ciclo vital da família ado-
mente independentes ou quase .... Não inclui os filhos de :) lescente.
qualqueridadequejamaissaíramde casa.(p.169) '.;
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Fam(/ia e ciclo 'tIif.ttf Ajnmília em/are adolescente
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( A família é a mais antiga forma de sociedade e em seul subsistemaspermite1cxercerfunções únicas, trocar e ad-
-i:~no~e se agrupam pessoas com os mais diversos interesses t~ q~irirou~ras,c expr~ssar,desse(m,' .o, ~o, outros aspectos mais
~ntlmentos. J diferencIados de 51 mesmo. 'IJ;;JscJ¥ocesso de separa-
Ferreira (1986) defme família como "pessoas aparenta. i ção-individuaçãorequer quc a família passe por fases de
das, que vivem em geral na mesma casa, partic~larmente &i desorganizaç~o,na medida em que o equilíbrio de um es-
pai, a mãe e os fIlhos, pessoas do mesmo sangue. .i tágio é rompIdo cm...E££~ão para a mudança para um
Para Andolfi (1984), I
t
estágiomais adequado,(p,19l)
..-._.~
a família é um sistema ativo em constante transformaçao,
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,.i,.
Carter & McGoldrick (1995) fornecem uma I 'fi
,. . ~'. c as SI lca-
, ", 1 al 'li ção dos estaglOs de Clclo <;levIda das famílias americanas de
ou seja um orgamsmo comp exo que se tera com o pas- J" 'd' 'I ' , ,
, , 'd d ' • classe me la, nos u tlmos vmte e cmco anos do século vinte
sar do tempo para assegurar a conttnUl a e e o creSClmen- :,,'~- ._~:. I' '
, ' . ~e~:
to PSICossoCIalde seus membros componentes (p. 18). . :.

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, , _I 1) saind~ de casa:)ovens solteiros;
Cerveny (1994) ~crescenta a essas defimçoes o comen',1 2) a U~laOde fam!llas no casamento: o novo casal;
tário sobre a c~ 3) famllJas com filhos pequenos;
~ 4) famílias com adolescentes;
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dificuldade de conccitualizar a família brasileira, visto que os 5) lançando os f!lhos e seguindo em frente;
,.L,__~
II
estudos históricos sobre o assunto mostram que, sob a deno-
minação de família, existe urna pluralidade de composições
que fncluem laços sangüíneos, relações não formalizadas
:~ ' ,
'. 6)famílias no estágio tardio da vida,

~~ses estág~os do ciclo de vida familiar afastam-se da


~ descnçao soclOloglca tradIcional, como começando no na-
por parentesco, família conjugal extensa, núcleo doméstico
'il e família não legitimada juridicamente, entre outras (p. 20).
i1 ' moro ou casamento e terminando na morte de um dos côn-
S
juges, para considerar a família como a unidade emocional
~, operativa desde o berço até o túmulo d '- ,
Partindo dessas citações, podemos pensar que a ca~:, ,'cC I cC'd"'d r 'I' " escnçao em que o CI-
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I
cultura soóedade época ou perío d o em que d efi1111rmos ' a '~c
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C o e VI a Iaml lar começa no estáglO de 'J'ovens ad lt
dI" u os ' e
I: , , , 'I 'd 'esenvo ve-se com a resoluç'io de cada uma d t r
mília ela terá uma conotação dIferente, mc uSlve o momen',,! S d I-I' e suas areIas,
egun o J
I,

I-I , , ," aley (1991) "d'


to do ciclo vital em que se encontre essa famílra dependeraq r ,I' " ".os estaglOs e cnse nas
'i"l , _ ',! ,amuJaSamencanas de classe media são:
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"

defimçao, ~
il" Com relação às fases do ciclo vital da família, algum;l 1) o período do namoro;
"
autores as fazem a partir de diferentes marcos da vid:'l 2) o casamento e suas conseqüências;
,,,, familiar, Para Andolfi (1984): ~ 3) parto e cuidado com o bebê;
,i" 'c; 4) dIficuldades no melO do casamento'
a capacidade de mudar, de deslocar-se de um lugar para ~ 5) desembaraçando pais e filhos' '
I outro, de participar, de separar-se, de pertencer a diversos ~
~ 6) aposentadoria e velhice . '
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Família e ciclo 'Vital 87
~.
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I Qp.estões específicas da adolescência odem leva-lo
,t. a apreseMar condutas disruptivas
. como o ~.
1 'k (1976) 11:: dI" " "aPballdono da escola ou trabalho, passar noites fora, entre
'd S egun d o E . E
.~,,' n son 'd '11: a
dul""N o escenCla
~ e o modo' : outraS COisas.A tua Imente, as questoef
. - como o álcool e as
d e VI a entre a In!anCla e,. a VI a a ta,
. """":' , essa Iase , ocorre o \ t d I t
d ogas encou ram no a o escen e uma presa lae. ~, il D e larta
~
que o autor
. define como cnse de Ide!l1ldade . , que e causada' oferta
t po d e represen t ar, em nossa 0plmão,
. . um re fúgio -
por b as!Camente quatro pontos: . ,airida
,,' que mUito.' rUim - para a eVltaçao
. • e as transformações 1
@O adolescente está em busca de mitos e idéias que necessárias à mudança, que lhe permitirão sentir-se mais
respondam sua necessidade de fé e crenças próprias.' coeso e capaz. Com freqüência,€: receio de ser julgado e
Paradoxalmente, experimenta conflitos internos que: ;}.;jncompreendido dentro de sua dinâmica pode levá-lo a
oscilam entre a autoconfiança cega (eu sei o que é me1ho!,:~ó">fecusarorientações e conselhos dos mais ve1h~No entanto,
para mim) e a angústia manifestada através de temor i;~~~\;'é'".de ,fundamental importáncia que um adequado
incerteza (e aí? tudo é o caos ... ). Esta ambigüidade', l![."encaminhamento psicológico seja realizado;([fim de te-
emocional acaba por conduzir ao que Erickson denomina; :bt':,significar-se este período e orientar novos rumos, não apen';s
;...., de 'uma desconfiança sonora e cínica'. ' ": ';F-:,a9.~_~()lescente"
mas também ao sistema familiar envolvido,
l.1W O adolescente procura uma oportunidade de decidir com: '" , ,como base e suporte à manutenção ou à transformação desse
livre assentimento sobre um dos rumos acessíveis de' " .indivíd~
£

dever e serviço. Ao mesmo tempo tem medo de se; "~_ Os adolescentes ajudam-se uns aos outros, formam tur-
I'
.,1:
forçado a atividades em que se sinta exposto ao ridíc o; ,. n;as,-estereotipam-se a si próprios, aos seus ideais e aos seus
ou à dúvida sobre si próprio. Contrariamente, preferina' :: inimigos, testam as capacidades mútuas para lealdades cons-
'""
agir despudoradamente aos olhos dos mais velhos, por! ,,' tantes.
sua livre escolha, a ser obrigado a atividades que lhe Por meio da ideologia (instituição social, guardiã da
seriam vergonhosas a seus próprios olhos ou aos dos mais'
velhos.
identidade), os sistemas sociais penetram na índole da gera-
• ; , ção seguinte.0;1dolescência
~)) A disposição do adolescente a oferecer vOluntariamente'-."!I'"T."-",,el1erg-ia'S'tanto~a
sua confiança àqueles pares e pessoas mais velhas que fa-:,
pode oferecer suas lealdades e
conservaçã~ daquilo que acha verdadeiro,
como na correçao revoluclOnana do que perdeu o seu signi-
I
cultam alto âmbito imaginativo às suas aspirações. Obje-, ,ficado regenera@
ta suas limitações às imagens que formou sobre S\I... .
De aco:do com Carter & McGoldrick (1995), o ciclo
próprio. 'I'
VItalda famlha com filhos adolescentes marca um período
@Aescolha de ~ma profissão as:ume um significado que,.,!, .' bastante diferente das outras etapas. Os desafios experimen-
excede a questao de remuneraçao e status. " tados tornam-se ainda maIOres, pela falta de ntuals que de-
I, • . " . . ~arquem o período e o definam de forma clara, tanto para o
As Idelas formuladas
;' por Enckson,
, . acrescentamos
. .: qU'I'" Jovem
', quanto para os iaml
~ '1'lares, proIongan d o a ad o IescenCla
- .
(Õ adolescen,te
. podera
,. expenmentar
_..... dUVida ou incapacidade,.",'
~,' num longo período ,on d e se d eseJa
. o lUlelOcomo
. -' o Ingresso
.
I em assumir papeis ou funçoes Imposfâ'> TaiS
:;;::::;- sensaço",. ,, para um novo mundo (pa'ls e filh)
I o. O fiIm parece marca d o de
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grupo para grupo como eventos. particular~s. Mas. o ad,Ole


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..•::.•.•• !ue eu tenha a caplcidade de aceitar as ,coisas que não
cente permanece nesta, etapa por tempo mdefinldo, co~ jj;:;i.:~'posso mudar, a força para mudar as COIsasque posso
que 'esticando' alguma Imatundade, colaborado pela prot1\::~#,'(,J mudar,e a sabedorIapara perceber a diferença.
'1' ,]'h "',"'. i
ção f:amllar. , . . .,~ ;'>",>~_, . '
As gerações anteriores foram marcadas por ntuals.~: t~~"Por outro lado, fronteiras maisJlexíveis permitem a
passagem que definiam de fo;ma clara ,as mudanças q~~:~pio~imação do.adolesc.ente, sua dependência quando não se ! :.,
devem acompanhar certos penodos da Vida. Apenas co~ ''''serltircapaz de lidar sozmho com a Situação, s/multaneamen-
"

ilustração, a festa de debutantes ou o. alistamento ao ser~~~ô~t'{!l'.(jm4astamento para experimentar crescentemente graus


militar, e os preparativos para esse Importante~~menl~ ~7V:lfi1l'd6,s'deind.pendênciaquando se sentir preparado. Esse
servi'ram de marco às transformações necess.ana~, d~í':'fil'ãritenroexige esforços especiais de todos os' membros, para
;
privilégios às obrigações, à identidade p~ssoal e a aceltaçjlrmúilíbrio de seu novo star:'s, uns em .relação aos outros.
familiar e social, que formavam um conJunto coerente g'~,,,,:~q,j'elaclOnamento conJugaI expenmenta como evento
limites e permissões, defini~do papé:s e,atll:udes com c1ard~~iijr~,segundo as autoras, ~ "crise do meio da vida" de um .1f

Evidente que mUltas revoluçoes foram ope~adas~~~:l!lbos os membros. Ha, em geral, a exploração das, ,~

mundo à beira do próximo milêniO, astransformaç?es de:~"'sml('!5óese insàtisfações pessoais, profissionais e conjugais.
lores sociais, políticos e morais não permitem a Idela deq~~yrn: irJe~s~ renegociação do casament:1A1gumas vezes,
os mesmo rituais tenham o mesmo sentido. Mas defendell19' ~oCQrr'enLcl.lvorclOs nessa etapa.
que assim como sUQstiJuíl110salgu~~.cos!"Tes..,por ou:r~s: f'. """":.A-t.ej:iRia faiTIiliarpode ajudar as famílias'a reverem e,
tuais de passagem adequados a nossa ~ra e ao, repertonoJí@]Êif'ipr<:n: alguns valores em relação a si mesmas, faciJi-'
j
jovem ê"sua família têm tanta ou mais Importancla que os~~~~~adiferenciação e crescimento dos membros, propici-
tuais de out? ':"1' .• ao m
: amda a manutençao das frontenas e estruturas que
'Qj ado escentes tra,:em para a família ~,:,a gama de v~~ 'E[rt)ifern o desenvolvimento familiar continuado. .'
res, atitudes e idêiás no~~amílias mUltwg~ tendem at,:2;'t!-~tishman (1993) parece discordar das definições que
problemas e disfunções maIOres, expenmentando dlficulda~" :~r!f~(m"e'Carter & IvIcGoldnck atnbuem 'á a-dolescênCia;
ao identificar as novas necessidades e ao se readaptarem a ~~~' êgntraria também a visão de psicanalistas, autores sistêmicos
situações. São famílias que estão fixadas em valores antenof, ~2JJttos tantos. Ele defende que a adolescência não deverd
ao dá educação dos filhos. Ao buscar controle de todos ~s '1 ,ser"t!,~tadacomo uma entidade especial ou específica, que é
pectos num momento em. que isso élTIUlto pouco possJVei, u~.'períbdo ~a ~ida como outr?s., Para ele,. a. adolescência
nada viável, podem levar o Jovem a retrair-se e envolver-se c.~, ~,rg~l;lcomo entidade pSIcossocial, para satisfaZer uma ne-
aspecto~ próprios da etapa; por outro,lad.o,os própnos paiS P$ eessidadee é uma criação de forças sociais 'que operam em 111.
dem frustrar-se mediante sua Impotencla. " '\ nossacultura contemporânea. Assim não pode ser considera- I
Carter e McGoldrick citam aqui o Adágio dos Alco~qaseparadamente de seu contexto social. .,.1'j II
latras Anônimos 'como uma 'metáfora' que pode ser'enten~' ,- "A família é, portanto, para esse autor, o meio social do
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da como um lema bastante útil: : qualemerge o adolescente, é a fonte, de suas relaçÕes mais
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duradauras e seu primeiro sustenta ecanamlca. AssIm, a


existência de um adalescente cam pr~blemas, numa família"
i C21tanda a adallscente entra em canflita cam um das
pais, as esfarços para diminuir a. tensão. repetem antigas

cumpre a função. de eVldenctar que ha problemas na sIstema. padrões de re~aclOnamenta da famíl,ia de angem das pais.
~ Em famíhas cam adalescentes, geralmente as pais estão.
Um adolescente perturbado em uma família cumpre a ~ se apraximanda da meia-idade. Os avós enfrentam a apasen-
mesmafunção de um canário silenciosonuma gaiola. I tadaria e passíveis mudanças, coma doença e morte. Essas !
mudanças sugerem que a família entre em um processa de
Dessa forma, Fishman compreende que o adolescente reflexão de seus valores, de suas formas habituais de vida em

ti
deve ser vist<:>.
com a família, pelo terapeuta, uma vez que oS,a grupo, de mudança de atitude e de normas. Essas famílias,
problemas que apresenta são uma forma de denúncia da r. por assim dizer, tornam-se 'famílias adolescentes'.
disfuncionalidade da sistema familiar. .:
Cabe-nps aqui ressaltar que a juventude tratada nos I
escritos de E. Erikson' é a dos anoS 60: uma juventude ( Famíliàs Co.m filho.s ado.lescentes
marcada pelo pós-guerra da geração anterior, que busca ~
ideais novos e está comprometida, profundamente, cam os~ Nessa etapa do ciclo de vida, a família com filhos
'd I j, adolescentes passa por um processa em acionai de transição..
aspectas I eo ógicos. ~
~nte esse processo, a família procura alterar alguns
ft\
li .~"c1rõesde relacianamento. Para que uma família cam filhos
A visão. de transfo.rmação. de três gerações ~ adolescentes mude esses velhos padrões, é precisa que
!¥.
aumentem a flexibilidade das fronteiras familiares para
r::- '" ., incluir a independência dos filhas e as fragilidades dos:iVOS)
\~Adalescência exige mudanças estruturais e rene.~
gociação de papéis nas famílias, que envalvem pelo menos ~ Co
Algumas mudanças de segunda ardem no status fami-
três gerações de parentes. Os adolescentes buscam nessa~ liar são necessárias para se prosseguir desenvolvimental-
renegociação maior autonomia e independência. ~ mente nessa fase.
As demandas dos adolescentes freqüentemente servem~ É precisa madificar as relacionamentas progeni-
coma catalisadares para reativar questões emocionais e~ tor-filho para permitir ao. adolescente movimentar-se para
acianam os triángulos existentes na famillil A luta para; dentro e para fara do sistema.
satisfazer essas demandas faz aflorar conflitos não resolvidos:; Há também um nava faca nas questões canjugais e
entre pais e avós, ou entre os próprios pais. i. profissionais do meia da vida. Surge nessa etapa do ciclo de
Os triángulos geralmente envolvem: .:( vida familiar uma nova atitude: a de ~uidar da.geração m!!.s
I~
" velha.
a) a adolescente, a pai e a mãe;
b) a adolescente, um dos pais e um avô;
c) o adolescente, um das pais e os amigos do adolescente.

._. -~
ç .

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Fam(lia e ciclo vital' Ajam(/ia emjase adolescente 93
92

Há ainda a precicupação com o alistamento militar e o ,


Tarefas da adolescência
~ . . que já. foi motivo de or.gulho ou status para as famílias
t (far~ estabelecer autonomia,. os adole~c."ntes precisam I.. brasilelms no_passado, h?Je pode ser percebido corno ameaça
:1, tornar-se responsáveis por suas propr~as deCl=-~. e ao mesmo, ou ant~cI?açao de carreira, adla~ento do ingresso no curso
~ tempo sentir a seguranç: d~ onentaçao dos p~Para conSe- ...
gUlrem malOr IndependenCla e garantir seu de:e~volvImen-
1..... universitano e a~nda como um ntual ?~ passagem arriscado,
eJl1que a proteçao e os valores da famIlla são ameaçados pela
to, os adolescentes precisam aumentar a flexibilIdade das r vida no quartel.
fronteiras familiares e modular a autoridade paterna. '. <:t\jcentu~da proteção que as famílias vêm procurando
.,"! São grandes e.vários os desaflOs e medos que normal-~. oferecer ao,s Jovens estende pelo menos ao final da
mente os pais e os adolescentes experienciam durante essa i universidade :U\1 ~~olescência, tornando-a mais tardia do que
transformação: I" . outrora. E nao e Incomum a permanência do jovem por
vários anos junt.o à família e seu retorno a esta nas primeiras
Sexualidade: transformação do EU físico _ situ.a~ã~de experiências de dificuldades ou separações
_ \conJu ais.
'Ás mudanças físicas e sexuais têm um efeito dramático F. ,)
sobre'ã maneira pela q~al os adole:centes se.descrevem e ava-
liam, e alteram a maneIra como sao percebIdos pelos out~;!_:fIlhos
i Nas famílias em que a informação sexual é aberta tor-
na-se mais fácil a aceitação da .~~~a.1id~umentada d~ seus
adolescentes, e, na medida em que os pais transmitem
Os pais preocupam -se com suas filhas pelo abusoJL a ac~tasão, há maiores possibilidades de estabelecer limites
sexual, o..estupro e a gravidez na adolescência. Não raro, uma I
realistas, sensíveis e de tolerar transgressões menores. Isso
adolesc~nte engravida, contrariando a pseudoliberdade~. proporciona ao adolescente urna estrutura de aceitação para
creditada aos anticoncepcionais, gerando conflitos que~. expressare experimentar esse novo aspecto de suas vidas.
variam entre a culpa do 'onde foi que eu errei' à indignaçãO; .. Se a sexualidade do adolescente for negada, ignorada ou
de ver uma história repetir-se. f, rejeItadapelos pa,s, o autoconceito sexual ficará prejudicado.
O marco diferencial enue as geraçõe: cria apoio aol-Isso fará com que aumentem os sentimentos de alienação do
nascimento da criança, que mUltas vezes sera educada pelos.~ adolescente. Outra possível conseqüência é aumentarem os
'il.
avós, para que a ado,lescente c~~c1u~ :eus estudo~ e seu:' riscosde. atividade sexual prematura, excessiva ou perigosa.
'cresCImento pessoal. Nas famIl,as ngldas, tentatIvas de \ Os Impulsos Incestuosos entre o adolescente e o progeni-
aborto, evitando quebrar uma promessa não confessada de 1: tor do sexo oposto provavelmente aumentarão com a se-
obediência aos padrões e cobranças, ameaçam então, com i. xuahdade dota) filho(a) adolescente. Os pais e os filhos do
freqüência, a vida íntima e a realização afetivo-sexuais l- mesmosexo tendem a se envolver em lutas mais competitivas.
futuras das garo tas. ; Identidade: transformação do EU

" I
:
".
,
.,,\:::
I
:
Os pais de um menino preocupam-se com a possibili-t.,
dade de que seus interesses sexuais o distraiam de seus estu-
dos e prejudiquem seu futuro.
!t£
identidade pode ser definida como a opinião pessoal

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Familia e ciclo vital A jtunília em/pie ado.!pcenle 95


94
Fatoressocioculturais[influencianda a família
de alguém sabre quais traças e características a descrevem
melhqy
Para campreender esse pracessa, pademas nas basear,,- A classesacial, educaçãa, etnia, sexa e lacal de residên-
entre .outras, nas estudas de Freud (impulsas sexuais e da influenciama cicia de vida da fa:nília.
individuaçãa) e Eriksan (crise de identidade). Adalescentes de famílias pabres deixam a escola mais
Para Gilligan (1982), as mulheres dependem dOI cedopara p:o:urar emprego,.os pais têm dificuldades para
relacionamentos e conexões que ~stab~lece~, enquanto OI coma d.efimç:ode seus papéiS e ~ão conseguem proporcio-
homens enfatizam a separaçãa e md,v,duaçao. O medo do '. nar a onentaçao e con!role que ajudariam os filhos a domi-
conflito pode fazcr o ac!olescenteevitar fazer perguntas o"~"" narema adole,scência.E alta a possibilidade de envolvimento
compartilhar idéias, e isso cria ?~stanciamento e falta de!'.',;
..•.comcrimes,p:ostituiçãO,drogas e alcaolisma.
confiança no relacIOnamento familiar e soclal.it'. Os padroes de relacIOnamento são influenciados por
" ';i: valorese .atitudes étnic~s transmitidos através das gerações.
Autonomia: transformaçãa da tomada de decisões
.~r
O tipO de comumdade em que residem influencia os
~olescentes e suas famílias.

í!"
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i::
1'- (é9r autonomia podemos compreender quando urnJ
'odi.doo i' ",o , m•• "" dop"d,," do, p'" 'm
psicológi~~ e tem mais controle sobre a tamada de demo, ".
'"1~" . Outros fatares que influenciam podem ser o divórcio a

.
do=,fumm,,mpli,d,"o d, 00"0 g"p" d, 'p"'o,'

t' .
emsuav~ -; .
" O~ ad?lescente~ buscam mais autonomia em famíli~.I...
" ..ntervenções clínicas durante a adolescência
que são mais encorapdoras, tendem a segult o modelo
pais e buscam amigas que os pais aprovem.
d~l:
. ,ilf- . As famílias chegam à terapia confusas, zangadas e
, Adolescentes criados em famílias em que as demõeS!I,.. des.~ontroladas~
e apre.sentamproblemas que refletem a in'ca-
auto-regulação são limitadas tendem a ficar mais depende~r ; pacldadef~ma,ar de hdar com as tarefas da adalescência.
~s e menos seguros. - ; .'." , O obJetiVOpri~ário da terapia é ajudar essas famílias a ~
:1
1 encontrarem soluçoes que possam romper esses ciclos
Apego, separação e perdas durante a adolescência'. ..\:!;sencadeando uma mudança de segunda ordem. '

r---Ã transição da infância para ~ adolescência assinalaul.~' Reestruturandoas concepções de tempa da família
" perda para a família: a perda da cnança. ;, . .
I'!'
1
;1'
1"1i ',--____Toda
.• mudança implica aceitação da perda. ?
., 'I'j .. sltuaça obJetiVOdessa intervenção é liberar o sistema da
1
As dificuldades da tarefa de separação são malore! . o ~m que o tempo parou e identificar os pontos do
quando a famíli~ não está ~isponível ou não há adultos Q'11. Ciclode Vidaem que a família parece paralisada.
possam proporclOnar aSSlStenCla. ft
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j'a11lf/ia e~"!"asendolerrm/e
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Trabalhando. Co.msubsistemas' Rituais

Aqui, a tarefa é reestruturar e redefmir o.SrelaCio~a'I'.:.. Esta intervenção. favo.rece a dirvinuição. da ansiedade
mento.S quando. as famíl0s co.m ado.lescentes ficam parahsa., em relação. às mudanças, propo.rcio.nando. estabilidade.
das em termo.s desenvo.lvlmentms. . ',. Pro.po.ràs famílias que estão. paralisadas nessa transição.
. o planejamento de comemo.rações de alguns evento.s propo.r- !
Enco.ntro.s Co.mo.Spais :1.: . óona a oportumdade de assmalar o.crescimento. rumo. à ma-
o turidade.
'.

Estes enco.ntras favarecem a criação. de uma atmasfel~:" .. ,.


mais segura para que as pais ~e sintam mais livres para seren\j>. Usos do. EU
mais abjetivas sabre seus papéis cama pms~ e explarematj(;:> ..
lutas que enfrentam em autras áreas de sua Vida. .;" .•;;.: Os terapeutas preci~am sentir-se livres para apaiar,
.. enfrentar au ul1lr-se a qualquer uma das gerações, quando.
Enco.ntros cam adalescentes lE".n,cessária.

Esta intervenção. praparciana ao. adalescente a aportu,


nidade para avaliar seus relacianamentas fara da sistema fa: Alguns dados sobre a adolescência brasileira
m~ '
" (Dadas da IBC E sabre a realidade da trabalha adales-
~ ...
Encontros com os l!maos . ;1I,cente na Brasil)

.,!"
O abjetiva."qui é ajudar a diminuir ~s medas e..crm.l... ~...7.,.5m

":
.. ilhões de trabalhadares brasileiros têm idade inferiar
apaia nesse subSistema, fartalecend? a caesaa e consequent~a': .. a.18 anas. Eles acupam 11,6% das empregas dispaníveis
autaprateçãa das membras na medida em que a troca de ex: na país.
periências tende a minimizar as canflttaspessaals
eianais entre si, e da grupo. para co.m as mais velhas.

Encantros Co.mo.utras elemento.s da família extensa


l
e rela...... • 55% das meninas trabalham coma empregadas damésticas;
. .' • 70% das memnas ganham melO salário. mínima;

~.
• 3 milhões estão. com idades variando. de 10 a 14 anas.

Esses números são. duas vezes a número. de aperárias


O terapeuta pracura facilitar a identificação. das pa.~ adultas da canstruçãa civil; quatro vezes a número de

II
, ."""'P">odo ""'0'1. I
drões que haviam aperada na geração. anteriar dessa famílilj: bancárias e cinco vezes a número de metalúrgicas.
A legalização. desse trabalha só se dá a partir das 12
anos de idade, em caráter de 'aprendizada'. (Na estatuto. da
criança e da adalescente, define-se coma 'aprendizagem' a

I ;~
I
}
I -----
<::: e "l

.1
Familia e ciclo vital Ajámi/ia emfase adDlescente 99
98

trabalho que possibilita ao pequeno empregado tornar-se AOIG,L. P. & T ARDE!Ll,R. '"Aspectos jurídicos da concepção
'especialista' .) de família na sociedade brasileira", in Rev. Bras. Des.
Segundo informações dos empregadores, os adolescen- Hum., São Paulo, IV(1), 1994,
tes são melhores trabalhadores que os adultos porque produ- CARTER,B. &MCGOLDRICK, M.As mudanças no ciclode vida
zem mais; são mais esforçados e mais disciplinados.
É comum encontrarmos adolescentes trabalhadores
.i familiar. Artes Médicas, Porto Alegre, 1995.
CERvENY,C. M. O. A família como modelo - Desconstruindo a
,
com histórias de vida semelhantes: perderam o pai como patologia. Psy, Campinas, 1994.
referência e o tratam como igual; param de estudar por não ERlCKSON, E.juventude e crise. Zabar, Rio de Janeiro, 1976.
terem forças após a jornada de trabalho (apenas 39% dos FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa,
2
adolescentes que trabalham terminaram o 1 grau}. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1986:'
FISHMAN,C. Tratamiento de adolescentes con Problemas.
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r- . . FRANÇA,
: V. & CARVALHO: J. "O suor dos pequenos", in Rev.
tQ..adolescent~ trabalhad~r bnnca quando pode, ~Iv~r-: . VEJA, 1407(35), Abnl, São Paulo. .
. te-se pouco, fantaSia menos, Vive uma reahdade que ~ao e a.:. GILLlGAN,C. In a dijferent VOlce:psycchologlcal theory and
dele. A menina, ao brincar com boneca,.trema habihdades.' . women's development. Cambridge, Mass.: Harvard
O menino brinca de sacar armas de plástiCO e com ISSOtesta ':" University Press, 1982.
seus medos e treina sua agressividadD .•(., . _BALEY,J. Terapia não-convencional. Summus, São Paulo,
Segundo o psiquiatra Haim Grunspun ,(SP), em entr~- .•. 1991.
vista à revista Veja,a criança que trabalha sera um adulto do- .. Muuss, R. Teorias da adolescência.Interlivros, Minas Gerais,
Prof. Raul Goraieb (USP), ' 1973.
também em entrevista à r.evista Veja, o trabal~o até pOde~. OSÓRIO,L. C.Adolescente hoje. Artes Médicas, Porto Alegre,
complementar a educação mfanttl, desde que n~o seja pes~'l. 1989.
do e haja tempo para brincar. Um adulto pleno nao pode dei'.I... WATZLAWICK,P., WEAKLAND, H., FISCH, R. Cambio:
xar de ter esse tempo. • jOrmaClóny soluc,ón de losproblemas humanos. Editorial
r Herder, Barcelona, 1976.

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vida familiar. Artes Médicas, Porto Alegre, 1995. .~
;~

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