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Departamento de Filosofia
PIC - Programa de Iniciação Científica
1. Resumo
Será apresentado aqui os caminhos pelos quais a pesquisa passou desde seu início: as
andamento, portanto, será apresentado somente conclusões parciais das atividades realizadas
2. Introdução
Esta pesquisa, desde seu início, passou por algumas transformações em relação ao seu
Espírito, de Hegel. No entanto, após apontamentos do meu orientador, prof. Marco Werle, e
algum tempo de reflexão, percebi que essa investigação apostava em uma temática
demasiadamente genérica, além de exigir que outras questões fossem elucidadas para que o
objeto pudesse ser devidamente investigado. Sendo assim, optei por outros caminhos, até que
naquilo que se refere ao método. Partia de premissas genéricas, em nada óbvias, ou seja,
carentes de explicação, e não se definia com precisão o objeto pesquisado, passando ao largo
do rigor metodológico que se espera em uma pesquisa. Além disso, o escopo também era
que medida podemos enxergar nesses capítulos uma epistemologia hegeliana e o que Hegel
3. Atividades Realizadas
Espinosa, ao qual Hegel, possivelmente, opõe seu conceito de sujeito, para então investigar o
Espírito. Acreditava, assim, que essas três noções compõem o núcleo do sujeito bem como
Além do livro base da pesquisa, Fenomenologia Do Espírito, foram feitas leituras de autores
como Jean Hyppolite, Slavoj Zizek, Robert Pippin, Gerard Lebrun entre outros. Porém, como
mencionado na introdução, surgiram dificuldades para uma boa delimitação do objeto, uma
vez que o conceito de sujeito encontra-se diluído ao longo de todo o livro. Também uma série
de pressupostos não esclarecidos tornavam a pesquisa inviável por esse caminho. Desse
Optei por começar a investigação nos primeiros anos de Hegel em Jena, quando ele
principais obras escolhidas para serem analisadas foram Diferença entre os Sistemas
período que vai de 1801 a 1803 através das três principais publicações de Hegel
Schelling sobre Hegel, mas uma afinidade entre a filosofia de ambos que tinha o mesmo
‘inimigo’ comum, o subjetivismo de Kant e Fichte. Foram lidos os capítulos iniciais dos
Fenomenologia do Espírito posteriormente consagrou. Entretanto, não foi buscado aquilo que
que aproximam Hegel de Schelling e que foram sendo abandonados ou transformados até a
publicação da Fenomenologia.
Uma vez que o objetivo da pesquisa era compreender o modo como as noções de
Jena, até atingirem a forma e o lugar que ocupam em seu sistema, através, talvez, do conceito
de “sujeito”, tal como exposto na Fenomenologia, mostrou-se imprescindível entender
suficientemente a construção de tais conceitos por meio das críticas que Hegel tinha às
Num segundo momento da pesquisa, a intenção era fazer a leitura de textos de Hegel
impraticável e precisou, mais uma vez, passar por uma reformulação a fim de conseguir
Por fim, após mais algum tempo de reflexão sobre os rumos da pesquisa, foi escolhido
o objeto que até hoje se mantém, como já mencionado: a consciência (Bewusstsein) em seu
seu livro Como Nasce o Novo, descobri, com isso, que a Introdução anunciava um projeto - o
mantidas, e mais que isso, levadas à cabo segundo um método singular que Hegel
encontra está em ler o primeiro capítulo, ‘a certeza sensível’, buscando reconstruir os passos
da consciência sensível nas suas primeiras abordagens ao objeto, àquilo que aparece para ela
como fenômeno exterior, na tentativa de elucidar o que significa para a consciência essa
4. Próximas Etapas
A próxima etapa da pesquisa será realizar a leitura dos capítulos II, III e IV, seguindo
o mesmo método que está sendo aplicado ao capítulo I. Então, posteriormente, feita essa
primeira leitura que tem o fito de se aproximar da forma e do conteúdo apresentados pelo
texto hegeliano, voltarei para o texto da Introdução para traçar e melhor definir em que
medida é possível enxergar nesses quatro primeiros capítulos a realização do que Hegel se
propõe na Introdução. Por fim, realizadas essas etapas, pretende-se refletir sobre a
epistemologia que encontramos nessa parte da obra e o que Hegel tinha em vista ao expressá-
Marcos Nobre em seu livro supracitado, da Filosofia do Espírito, de Hegel, que encontra-se
mostrarem adequados ao escopo da pesquisa, como por exemplo, Martin Heidegger e seu
Bibliografia secundária:
1. ADORNO, W. Theodor. Três estudos sobre Hegel. Editora UNESP. São Paulo,
2007.
2. GADAMER, H.G. Hegel Husserl Heidegger. Editora Vozes. São Paulo, 2012.
3. HENRICH, Dieter. Between Kant and Hegel. Harvard University Press.
Massachusetts, 2008.
4. _______________. Hegel en su contexto. Monte Avila Editores. Caracas, 1990.
5. HÖSLE, Vittorio. O Sistema de Hegel. O idealismo da subjetividade e o
problema da intersubjetividade. Edições Loyola. São Paulo, 2007.
6. HYPPOLITE, Jean. Gênese e Estrutura da Fenomenologia do Espírito de
Hegel. Editora Discurso Editorial, 2003.
7. INWOOD, Michael. Dicionário Hegel. Jorge Zahar Editor. Rio de Janeiro, 1997
8. JAMESON, Fredric. The Hegel Variations. Editora Verso. Londres, 2010.
9. KOJÈVE, Alexandre. Introdução à leitura de Hegel. Editora Contraponto. Rio
de Janeiro, 2014.
10. LEBRUN, G. A Paciência do conceito – Ensaio sobre o discurso hegeliano.
Editora UNESP. São Paulo, 2000.
11. LUKÁCS, G. O Jovem Hegel e os problemas da sociedade capitalista.
Editora Boitempo. São Paulo, 2018.
12. MALABOU, Catherine. The Future Of Hegel. Plasticity, Temporality and
Dialectic. Editora Routiedge. Nova Iorque, 2005.
13. NOBRE, M. Como Nasce o Novo. Editora Todavia. São Paulo, 2018.
14. PLANA, V. Ramón. Del yo al nosostros. Lectura de la Fenomenología del
Espíritu de Hegel. 3a Edição. Editora PPU. Barcelona, 1994.
15. PIPPIN, B. Robert. Hegel’s Idealism: Satisfactions of Self-Consciousness.
Cambridge University Press. Cambridge, 1989.
16. TAYLOR, Charles. Hegel e a sociedade moderna. Editora Loyolla. São Paulo,
2005