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Resumo
Este trabalho mostra como o ensino da química pelo professor, e, ou, o aprendizado desta
ciência pelos alunos, que estuda a matéria e suas transformações pode se tornar a ambos uma
experiência muito prazerosa. Utilizando metodologias de aprendizagem muitas vezes simples,
mas com uma eficácia demonstrada nas avaliações e relatórios científicos destes. Pensando de
maneira geral a didática sendo uma contextualização teoria e prática, conforme nos mostra
Valente, 2009, na química esta contextualização tem que ser uma relação direta com o
cotidiano, demonstrando esta proximidade. Serão mostradas algumas propostas de técnicas
para serem praticadas nas aulas de química. O Objetivo do trabalho é demonstrar que através
de metodologias ativas de aprendizagem podem fazer o discente aprimorar-se e interessar-se
pelo estudo da química, experimentos feitos em sala de aula comprovaram que a forma lúdica
de ensinar um conceito complexo como ocorre na ciência química, é significativa na relação
ensino-aprendizagem, fazendo o discente adquirir a competência de entender e contextualizar
conceitos antes irreais ou abstratos em sua mente como, átomo, modelos atômicos, densidade,
entre outros agora tangíveis de compreensão por estes. Embasando o trabalho, referencia-se
aos seguintes autores: Valente (2009) explicando a didática, Menezes (2012) mostrando como
deve-se planejar as aulas, principalmente ao fato de que as turmas de alunos geralmente são
heterogêneas, Bruni (2012) e Usberco (2007) mostram que no ensino-aprendizagem, deve-se
sempre trazer o cotidiano para sala de aula. Priess, Souza, Veiga acreditam em diversas
técnicas de aprendizagem todas ativando e motivando o pensar dos alunos, como defende
Lucca, porém nem todas podem ser usadas no aprendizado da Química, algumas destas
técnicas, como, por exemplo, estudos de casos, pesquisa em artigos e posterior apresentações
de seminários tem se mostrado como técnicas que auxiliam muito o docente desta área,
provocando os alunos e estimulando-os a pensar e a debruçar sobre o estudo. Desta forma
aqueles alunos que iniciam uma disciplina de química, seja no ensino médio ou no superior
aprendem a não ter um preconceito com a Química, mudando o seu jeito de entender a
disciplina e seus conteúdos muito importantes para entender o cotidiano. Práticas
significativas que não consideram o decorar um bom processo, ajudam aos alunos que
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Doutora em Química pela Universidade Federal do Paraná – UFPR. Pós Graduada pela Unisociesc em
Educação com ênfase em Metodologia e Didática do Ensino. Professora titular da Faculdade Sociesc de Curitiba
- FSC - Mantenedoura Centro Universitário Sociedade Educacional de Santa Catarina – UNISOCIESC.
Coordenadora de curso de Engenharia Química, Tecnologia em Polímeros e Tecnologia em Processos Químicos.
E-mail: alessandra.berton@sociesc.com.br.
ISSN 2176-1396
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Introdução
Começamos o ano planejando o trabalho com cada turma, tendo por base a
expectativa média sobre maturidade, habilidades e conhecimentos anteriores dos
futuros estudantes. No entanto, o previsto será continuamente reformulado porque o
aluno médio é uma abstração que raras vezes corresponde à variedade encontrada
nas salas de aula. Por isso, é melhor nos prepararmos para turmas heterogêneas, em
lugar de as lamentarmos. Levar em conta sua diversidade é condição para poder
ensinar. (MENEZES, 2012)
Neste caso esta estratégia de resolver problemas e desafios para o ensino da química
também é muito válida e incentiva os discentes a trabalhar em consonância com os
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estratégia retrógrada para ensinar, apenas utilizam como exemplo, professores que tiveram no
passado.
Contudo, hoje o professor de Ciências em geral, tem muita tecnologia para conseguir
explicar, contextualizar e fazer a diferença nesta disciplina. Portanto Práticas como debates,
estudos de casos, demonstrações da química no dia-a-dia, estudos de artigos científicos sobre
os diversos assuntos abordados nos conteúdos essenciais da química, vídeos educativos e até
engraçados que faz com que o alunado entenda a essência do seu estudo. A internet hoje em
dia nos ajuda muito a incentivar a participação mais ativa dos alunos, por exemplo, quando
comentamos um conceito, eles procuram um texto um vídeo na internet e comentam e assim o
ensino-aprendizagem fica mais dinâmico.
Para o físico e professor da USP (Universidade de São Paulo) Menezes (2012), o
desafio se amplia, quando se tem mais de 40 estudantes em cada uma de suas várias classes,
ele não tem como prestar um atendimento individual. Se o docente estiver na dúvida se
apenas passará conteúdos ou se contribuirá para o desenvolvimento de cada um, a sugestão é
ter um critério divertido: “sempre que for possível se imaginar substituído por uma palestra
gravada e supervisionada por um vigia, seu trabalho não valorizará a diversidade humana”. A
expectativa do docente não é apenas que os discentes apenas ouçam, copiem, entreguem
lições individuais e façam provas, assim o resultado serão notas, isto é, números. Um bom
educador não pretende apenas que os discentes tirem nota, isto pode ser uma consequência do
bom aprendizado, mas principalmente que aprendam.
Segundo, Veiga (2012) as diferentes tecnologias usadas para o ensino da Química
proporcionam aos discentes e docentes desde pesquisas a simulações, e que é possível, que a
partir destas sejam confeccionar instrumentos de baixo custo que tornem o ensino-
aprendizagem na química mais interessante.
São descritas a seguir como foram realizadas algumas estratégias que já mostraram
eficácia com turmas variadas de Tecnologia em Polímeros, Tecnologia em Processos
Químicos, Tecnologia em Fabricação Mecânica, Engenharia de Produção e Engenharia
Química, Engenharia Civil, Engenharia Mecânica e Engenharia de Controle e Automação.
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Realizou-se uma gincana entre equipes de alunos com perguntas sobre os conceitos
ensinados, mas sempre incentivando ambas, e claro como professor você pode dar
dicas, assim os discentes relembraram os conceitos estudados ou ensinados em aulas
anteriores. Isto foi feito na véspera de avaliações, fazendo com que estes alunos
ficassem mais calmos e assim a química ficou mais divertida.
Para estudar as propriedades periódicas em seu conceito pediu-se para que equipes
representassem uma determinada propriedade (Energia de Ionização,
Eletronegatividade, Raio Atômico, ou Afinidade Eletrônica) e dramatizassem – na e
a outra equipe tentou adivinhar qual propriedade se referia, assim também houve um
incentivo a relembrar os conceitos ensinados anteriormente de forma divertida.
Para estudar as ligações químicas fez-se um teatro com os alunos usando da técnica
de mímica, alguns representaram elétrons (doados, recebidos ou compartilhados) e
outros o átomo com suas camadas, ou o núcleo, exemplificando de forma lúdica as
ligações iônicas e covalentes.
Com turmas com muitos alunos (turmas de Engenharias de diversas áreas), foram
feitos experimentos: de misturas miscíveis e imiscíveis, trabalhando conceitos de
densidade e polaridade, sempre com substâncias inócuas.
Em todas as aulas mesmo que teóricas foram levados materiais do dia-a-dia para
verificação e visualização das propriedades mecânicas, químicas ou físicas destes.
Existem diversos tipos de polímeros em forma de plásticos mais rígidos ou mais
flexíveis isto foi demonstrado em sala de aula com copos descartáveis, sacolas
plásticas e vasilhas para micro-ondas. Em outra ocasião mostrou que o plástico não
absorve água e o papel sim, mostrando o conceito de polaridade existente na
molécula da celulose (pela fórmula química) não no polietileno, influencia na
atração com a molécula de água. Desta forma o docente mostra aos discentes como a
química e às propriedades das substâncias se relaciona ao cotidiano e ao setor
profissional escolhido pelos educandos.
Cada uma destas práticas didáticas citadas acima, fizeram o alunado em sua maioria
aplicarem em avaliações, e descreverem em questões para demonstrar o seu aprendizado
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experimentos feitos pelo autor em sala de aula que demonstraram de forma lúdica as teorias
sobre a química, antes decoradas e não realmente aprendidas por estes discentes.
Fonte: http://educacaodareligiosidade.blogspot.com
Percebe-se que o docente desta área deve buscar em seu conhecimento e no querer
ensinar estratégias avaliativas que demonstrem que o aluno realmente aprendeu, mas isto
pode ser feito acompanhando a evolução deste passo-a passo.
Considerações Finais
Conclui-se com o presente trabalho que é possível fazer com que o ensino da Química
seja mais eficaz, mas ao mesmo tempo prazeroso para Docente e Discente. Os discentes antes
com preconceito desta disciplina podem além de entender e adquirir conhecimentos
importantes de Química para sua área de atuação profissional, podem também ter nesse
estudo direcionado apreender como a Química pode ser interessante e divertida. As formas
avaliativas também devem buscar entender o que aluno aprendeu e o que ainda tem dúvidas
para que no decorrer do ensino da química, estas possam ser sanadas pelo docente.
Existem muitas estratégias de ensino aprendizagem viáveis para ensinar Química,
como: aula expositiva e dialogada, dramatização (mímicas, dinâmicas e jogos), estudo de
textos e ou artigos, resolução de exercícios, seminário, pesquisas, estudo de casos, então
somente é necessário o docente inovar suas aulas ( usando estas técnicas e qualquer outra
metodologia ativa, como mostrar materiais típicos do dia – a dia para entendimento de
conceitos da estrutura química dos compostos ), fazendo com que o discente sinta vontade de
aprender esta ciência tão importante no seu cotidiano familiar, pessoal e em seu trabalho em
indústria, quando se trata de um profissional, por exemplo, de automação, mecânica, civil,
elétrica, que antes não entendia a importância deste aprendizado. Aprendendo porque os
materiais possuem suas diferentes características, devido a suas estruturas químicas, mesmo
se o trabalho for no comércio ou administrativo, aprenderá que é necessário ter
conhecimentos químicos na área de gestão ambiental e logística reversa de seus produtos ou
insumos.
Assim, neste relato de algumas técnicas didáticas realizadas pelo o autor é
demonstrado que a forma lúdica de ensinar é significativa no ensino-aprendizagem da
química, esta deixa de ser uma vilã aos estudantes e passa a ser uma aliada para todas as áreas
de trabalho, isto demonstrado em avaliações realizadas ao longo de um semestre em disciplina
de química ou afins.
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REFERÊNCIAS
BRUNI, A. T.; VELHO, J. A.; DE OLIVEIRA, M. F.- Fundamentos de Química Forense - Uma
Análise Prática da Química Que Soluciona Crimes, Ed. Millennium, 2012.
DERISIO, J.C. Introdução ao controle da poluição ambiental. 3. ed. São Paulo: Signus,
2007.
LUCCA, R. de, Sem Decoreba: A didática contemporânea enterrou as aulas automatas nas
escolas e hoje ensina os alunos a pensar e a desenvolver o senso crítico. Disponível em:
<http//planetasustentavel.abril.com.br/noticia/educação/conteúdo/301886.shtml>Acesso em:
16 fev.2013.
MENEZES, L.C. de, São tantos na classe, mas cada um é um. Por trás de cada olhar que
nos recebe no início do ano, há alguém singular em seu potencial. Por isso, toda turma é
heterogênea, Gentequeeduca, 2012. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/gestao-
escolar/sao-tantos-classe-cada-679010.shtml>. Acesso em: 16 fev. 2013.
USBERCO, J; SALVADOR, E. Química Essencial, volume único, Saraiva, São Paulo- SP,
2007.