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Campo Grande, MS
2018
PATRICIA UES DA SILVA DELARISSA
Campo Grande, MS
2018
PATRICIA UES DA SILVA DELARISSA
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1
Patricia Ues da SilvaDelarissa. Graduada em Pedagogia, Licenciatura pelaUniversidade
Anhanguera Uniderp Campo Grande, MS, Brasil.
2
Prof.ª Mestra Perpétua Albuquerque Dutra.Mestra em Educação pela UCDB, professora e
orientadora pela Faculdade Novo Oeste. Campo Grande, MS, Brasil.
INTRODUÇÃO
3
No presente artigo utilizamos o termo “Público-Alvo da Educação Especial em referência ao Decreto n°
7.611, de 17 de novembro de 2011, o qual em seu artigo 1° define como PAEE “as pessoas com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e com altashabilidades ou superdotação” (Brasil,
2011, p. 1).
1 TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)
O que podemos perceber por meio do DSM-5 de 2014 que uma nova
nomenclatura começaria ser utilizada a partir de então, o espectro. Assim o
autismo é considerado conforme a sua gravidade, analisada de maneira
específica e conforme a necessidade de apoio que o indivíduo necessitará, os
níveis de comprometimento (leve, moderado ou grave) é a nova compreensão,
a partir disso não existe o autismo, e sim os autismos.
O TEA passou a ser diagnosticado por meio de especificadores, assim a
individualização do diagnóstico é mais precisa. O transtorno de Asperger, por
exemplo, passa a ser considerado transtorno do espectro autista, porém esse,
sem comprometimento da fala ou intelectual. O TEA é considerado a partir da
carência em iniciar e manter interação social recíproca e comunicação social, e
por uma sucessão de padrões repetitivos, restritos e inflexíveis de interesse e
de comportamento, as crianças com TEA, se interessam por contato social,
mas não conseguem mantê-los. (DSM-V, 2014); (SILVA; GAIATO; REVELES,
2012).
O que podemos perceber diante do exposto que, o diagnóstico do TEA é
sobre eminente clínico, e para descartar outras hipóteses de diagnóstico são
realizados exames de laboratório e de imagem. (SCHWARTZMAN, 2011).
Essa classificação é feita na área da saúde, por médicos psiquiatras ou
neuropsiquiatras. O sintoma produz a classificação, isso dá origem a um
indivíduo fora da norma, e nos remete a história de exclusão nos processos de
segregação e integração do considerado hoje PAEE.
Entretanto esse manual recebeu diversas críticas pois desconsiderava
as “[...] narrativas dos pacientes, das histórias de vida, das causas sociais e
psicológicas específicas que podem ter provocado determinado sofrimento
psíquico ou determinado comportamento.” (CAPONI, 2014). Essa mesma
autora ainda afirma que o DSM-V restringe-se a enumerar uma lista de
sintomas, levando-nos a uma tendência de normalização a qual não é o
objetivo proposto pela inclusão.
Assunto qual, encaminharemos esse texto, relevante se faz o apoio de
outros profissionais entre os quais psicólogos e psicopedagogos, e também o
apoio dos pais ou responsáveis servindo como suporte para esses
profissionais, ao relatar o desenvolvimento do comportamento da criança.
Lembrando que esse diagnóstico não deve ser um rótulo e sim um
direcionamento de intervenção para uma melhor qualidade de vida dessa
pessoa.
O TEA não é uma doença, mas sim um transtorno que se manifesta na
infância e continua durante a vida adulta.Manifestando-se geralmente antes
dos três anos de idade caracterizado como um transtorno global do
desenvolvimento infantil que manifesta-se por toda a vida. Engloba um
conjunto de sinais, esses por sua vez afetam algumas áreas de socialização,
comunicação e comportamento, entretanto a mais comprometida é a interação
social. (SILVA; GAIATO; REVELES, 2012).
É uma condição neurodivergente, de acordo com indícios científicos, o
Autismo tem como origem a combinação de vários genes, sendo assim impõe
uma forma de processamento neuronal em determinadas informações de
maneira usual. Como um neurodesenvolvimento atípico desencadeia um
prejuízo em três áreas: da comunicação com o uso de ecolalias por exemplo,
da interação social como em ser monotemático e interesses restritos e
movimentos repetitivos como a prática de rituais no dia a dia, e a frequência de
stims. (FERREIRA, 2018).
A Resolução n.º 4/2009 em seu artigo 9° versa que para o PEI acontecer
diversos profissionais e a família tem de estar envolvidos na sua elaboração e
execução:
A elaboração e a execução do plano de AEE são de
competência dos professores que atuam na sala de recursos
multifuncionais ou centros de AEE, em articulação com os
demais professores do ensino regular, com a participação das
famílias e em interface com os demais serviços setoriais da
saúde, da assistência social, entre outros necessários ao
atendimento. (BRASIL, 2009)
2 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A escola comum de ensino regular por meio das políticas públicas que
democratizaram o acesso ao público alvo da educação especial é o alicerce
para o desenvolvimento integral das crianças autistas. Ao analisarmos os
processos históricos percebemos que a exclusão era efetivada por meio de
políticas públicas e por meio das práticas educacionais reprodutoras dos
modos de produção da sociedade. Tradicionalmente a educação especial
caracterizou-se pela exclusão da pessoa com deficiência o que efetivava-se
pelos processos de segregação e integração.
Esse acesso foi democratizado pela política de inclusão, e materializa-se
no Atendimento Educacional Especializado por via das Salas de Recursos
Multifuncionais, destarte há barreiras no contexto educativo. Desse modo
consideramos que há inúmeros desafios ainda há percorrer a respeito dessa
temática e assim nosso estudo apresenta inúmeros desafios principalmente no
que se refere ao contexto educacional da pessoa com TEA, que apesar de
tantos entraves, há relevância em considerar o progresso na vida desses
sujeitos por meio da escola.
Concluímos a respeito da necessidade da parceria que precisa
estabelecer-se entre o AEE, pois a educação especial se promove pelo
mesmo, professores da sala de aula regular, escola e a família. É nessa
parceria que os estudantes com TEA tem a possibilidade da construção de
aprendizagem como um todo, não apenas na vida acadêmica.É relevante levar
em consideração as necessidades educacionais especiais e específicas
desses alunos no sentido de complementar ou servindo de apoio ao ensino
comum, além de fornecer apoio as mais variadas situações do cotidiano
escolar e social como um todo.
3 REFERÊNCIAS
ARAUJO, Á. C; LOTUFO NETO, F. A nova classificação americana para
ostranstornos mentais: o DSM-5. Rev. bras. ter. comport. cogn. São Paulo, v.
16, n. 1, abr. 2014. Disponível em:
<http://www.usp.br/rbtcc/index.php/RBTCC/article/view/659/406>. Acesso em
setembro de 2018.
OLIVEIRA, Ivone Martins de; VITOR, Sonia Lopes. Educação de crianças com
autismo: entre conhecimentos e práticas da medicina e da pedagogia. In:
VITOR, Sonia Lopes; VIEIRA, Alexandro Braga; OLIVEIRA, Ivone Martins de.
Educação Especial e Inclusiva:conceituações, medicalização e políticas.
Rio de Janeiro: Brasil Multicultural, 2017, 304p.