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Que alegria estar aqui escrevendo um pouco mais sobre a MINHA UMBANDA e aprendendo muito mais sobre as VERDADES

ESPIRITUAIS. É muito bom ter


mais esse espaço para divulgarmos a Umbanda em todo seu contexto espiritual e religioso e não como fenômeno de incorporação, pronto socorro espiritual,
solução milagrosa e imediata, culto, seita ou até mesmo como somente manifestação
espiritual. É muito bom poder falar sobre a Umbanda como religião. Aquela que sustenta,
que direciona, que cura e que nos alimenta em todos os sentidos da vida. Aquela que é
capaz de nos mostrar o caminho e de trazer as repostas para as perguntas mais
pertinentes do nosso espírito, perguntas como: De onde vim? O que faço aqui? Para onde
vou?…

Aquela capaz de cessar e ativar todos os nossos carmas dentro da Lei Divina e da Lei de
Pemba. Capaz de nos colocar diante do Sagrado em um estado luminoso, ou seja, um
estado de criatura pura e simples, um estado de alma que é muito mais profundo que a
razão pura e que vai além da emoção chegando a um verdadeiro “Sentimento Religioso”.
Um Sagrado majestoso e sublime que causa arrepios, choros e que ao mesmo tempo é
maravilhoso, sedutor, fascinante e DIVINO.

Esse é o Meu Sagrado, que atua através de mim e que é manifestado na MINHA
UMBANDA. Uma Umbanda de emoção, sentimento, razão, responsabilidade, coragem, determinação e MUITO AMOR. Um amor enraizado na disciplina, na
dedicação e no perdão. Um amor que não julga mas que TRABALHA incansavelmente pelas Verdades Divinas. Verdades em que acredito, que sinto e que me
fazem aprender a cada dia. Verdades das quais não abro mão e nem negocio.

Convido a todos para compartilharem e participarem comigo dessa maravilhosa oportunidade de evolução espiritual e humana.

Sejam todos bem vindos!

Que a Luz de Oxalá nos ilumine e que as Forças de Oxum nos unam na Fé em Olorum!

OGUM NÃO FAZ POR MIM, ELE FAZ COMIGO !

Acredito que hoje a incorporação com inconsciência ou semiconsciência é algo que se conquista com o tempo e, também, que todos têm a
possibilidade de atingir este nível de mediunidade. Claro que a consciência, assim como a semiconsciência, são oportunidades únicas e divinas que temos
para aprender o que é compaixão e para exercer a nossa real reforma íntima. No entanto a inconsciência
parece ser o “sonho de consumo” para muitos médiuns e para eles nada melhor do que o tempo. Mas por que
o tempo? Porque com o tempo aprendemos a entender o plano astral e a confiar na Espiritualidade e nos
Guias Espirituais que nos sustentam mas, principalmente, aprendemos a amar. Entender o plano astral é
fundamental e quando isso não acontece bloqueamos as informações do próprio astral. O fato é que se não
conhecemos, por exemplo, as ações maléficas de um egum não as reconheceremos a nível energético ou
espiritual e, com certeza, as ações do Guia, assim como a comunicação dele conosco, será muito difícil e
duvidosa pois a insegurança e o medo serão alimentados pela nossa falta de conhecimento.

Também é fundamental confiar nos Guias Espirituais e para isso é importante conhecê-los. É importante
saber quais são suas afinidades com as ervas ou com as pedras, seus pontos de força, suas vestimentas, suas
armas e seus símbolos astrais. Conhecer suas formas de trabalho como, por exemplo, se são curadores,
demandadores ou doutrinadores, assim como saber se a nossa ligação com este Guia é cármica, missionária,
temporária (com a finalidade de aprendizado para ambos) ou se Ele é nosso protetor. E por aí vai! São
informações simples mas que fazem toda a diferença pois servem para que se criem laços “de baixo para
cima”, afinal os laços de cima para baixo já existem, além de facilitar muito todo o trabalho espiritual e a própria
incorporação.

A partir daí o medo e a insegurança começam a diminuir e, com certeza, as coisas ficam muito mais simples.
Uma frase que sempre digo é que “não se pode amar aquilo que não se conhece” e a Umbanda, assim como
os queridos Guias Espirituais, necessitam de nosso amor. Um amor de alma, que se manifesta na hora de
alegria mas, principalmente, na hora da dor. Quando falamos em amar falamos em não julgar. Aí está a verdadeira manifestação do ser como “instrumento”,
manifestação essa tão solicitada pelos Guias Espirituais e que muitas vezes somos testados pelo próprio plano astral. Um bom exemplo disso é quando
ouvimos dos consulentes erros idênticos àqueles que convivemos ou combatemos em nosso dia a dia junto à nossa família, nossos amigos ou conosco
mesmo. Nesse momento somente um verdadeiro instrumento de Deus. ou seja, um médium confiante na espiritualidade e com amor incondicional para
realizar uma boa consulta junto com o Guia, sem julgar ou interferir.

Claro que podemos acelerar esse tempo e para isso temos duas necessidades: Primeiro a de estudar a doutrina Umbandista e segu ndo a de exercitar aquilo
que conscientemente ouvimos dos Guias Espirituais de Luz. Necessidades essas que, na verdade, representam todo um processo de Fé, Amor, Compaixão e
Caridade e que devem ser exercitadas por todos os Umbandistas incondicionalmente. Aos que galgam a inconsciência para terem F é, para se esconderem
atrás dela se isentando de suas responsabilidades ou para fazerem dela suas muletas de ego e vaidade, saibam que é muito mais honroso a realização de um
bom trabalho no limite da consciência ou semiconsciência do que uma manifestação grandiosa mas inconsciente.

Axé a todos ! Bom final de semana !

Muito se fala sobre o UNIVERSALISMO ESPIRITUAL e falam como sendo algo utópico, algo muito
além e muito distante de nossa realidade. Mas será que o Universalismo Espiritual está tão distante
assim? Para responder a isso precisamos primeiro saber o que é universalismo, então vamos
lá! Universalismo: relativo à universal que pertence a todo o universo, ao cosmos; que se estende a
tudo ou por toda a parte; comum a todos os homens; que é aplicável a tudo; que advém de todos; que
não se atem a uma especialidade; que abrange por inteiro um campo de conhecimento; que
é adaptável ou ajustável de modo que possa atender a diferentes necessidades; ecumênico. E agora, o Universalismo Espiritual está distante de nós? É claro
que não! E, na minha opinião, ele é a essência da Umbanda.
A Umbanda é uma religião Universalista, onde não se admite racismo, preconceito ou intolerância religiosa. Ela está, assim como a própria
representação de Oxalá, de braços abertos recebendo, agregando e amparando todo e qualquer espírito que queira evoluir e mani festar a Força de Deus. Na
Umbanda manifestam-se espíritos vindos de todas as outras religiões e regiões do planeta: são hindus, árabes, judeus, budistas, cristãos, índios brasileiros,
negros africanos e até grandes magos ou sacerdotes. Esses espíritos dotam-se de nomes simbólicos e são identificados perante as qualidades dos Orixás.
Assim, vemos hoje na Umbanda, por exemplo, um antigo e sábio hindu se manifestando como um Caboclo, ou um renomado doutor se manifestando como um
Preto-velho, ou ainda um grande mago ou sacerdote se manifestando como Exu, sem preconceito algum, apenas trabalhando e manifestand o as qualidades e
atributos específicos da Divindade Suprema – Deus – transcendendo todas as religiões espalhadas no plano material e sustentando a evolução de toda a
humanidade de forma única e universalista.
A Umbanda surge aberta a toda e qualquer entidade que queira ou precise se manifestar, independente daquilo o que tenha sido em vida “todos serão ouvidos
e nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos os que souberem menos e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não”.
Estas são palavras do espírito que se apresentou como Sr. Caboclo das Sete Encruzilhadas, fundador da Umbanda no plano material ao oficializar, em 1908, o
primeiro centro umbandista, a Tenda Nossa Senhora da Piedade. E ele continua: “pois da mesma forma que Maria amparou nos braços o seu filho querido,
também serão amparados os que socorrerem a Umbanda”.
A Umbanda é uma religião Espírita, pois como define Alan Kardec, no Livro dos Médiuns: “Espírita, é aquele que crê no espírito e nas suas manifestações”. Ou
seja, todo aquele que acredita na manifestação de espíritos, segundo o próprio Kardec, é espírita! A Umbanda também é uma religião Cristã, pois a Umbanda
acredita e aceita a existência de Jesus Cristo como o maior médium que já existiu, seguindo seus ensinamentos e seu mandamento maior: “Amar a Deus
sobre todas as coisas e ao próximo como a um irmão, não fazendo a esse irmão aquilo que não queremos que façam conosco”. A Umbanda nasceu em meio
aos Cultos de Nação e ao Candomblé, mas cultua Orixá de forma diferente. No Candomblé os Orixás têm aspectos humanos, são relacionados a lendas e
cultuados com grandes festas, com muita dança, canções e comida. Na Umbanda é uma heresia comparar Orixás a seres humanos tor nando-os ruins e
punitivos, justificando, assim, erros e desequilíbrios próprios do homem. Na Umbanda, Orixás são manifestadores dos Mistérios de Deus e em suas
incorporações realizam todo um trabalho Divino em auxilio à comunidade. Resumindo, no Candomblé se cultua os Orixás e na Umba nda se “trabalha” com os
Orixás.
Jêjes, nagôs, ketos, minas, bantos, indígenas, católicos, espíritas e muitos outros povos e religiões contribuíram com a Umbanda, não importando se creem
em Orixás, Voduns, Nkisis, Pajés, Santos etc.
Na Umbanda Espíritos de Luz não são eguns e não se apresentam como mentores ou doutores, mas sim como Guias Espirituais. Exus não são escravos, não
trabalham fora da Lei Divina e obedecem a uma única ordem: a dos Sagrados Orixás, são espíritos de tanta luz e de tanta sabed oria quanto os Pretos Velhos
ou Caboclos. Na Umbanda não se utiliza do sacrifício de animais e não é através do jogo de búzios que conseguimos respostas e conselhos espirituais. O
Ritual da Umbanda é simples e até impressiona como se é realizado. A onipresença dos Sagrados Orixás é percebida por todos da corrente mediúnica e
através dessa presença, do amor, da caridade, da bondade, da fraternidade, da dedicação, da disciplina e do estudo é que TUDO se realiza, atributos esses
necessários a todos que queiram sentir e se beneficiar dessa Onipresença Divina.
Uma Umbanda esclarecida e estudada em conceitos universais é a união de todas as correntes astrais e de todas as linhas de pensamentos que têm norteado
a humanidade e harmonizado todas as religiões. O médium que não entende a Religião de Umbanda como a mais ecumênica das religiões e que não respeita
todas as outras religiões, não é um verdadeiro médium de Umbanda. Uma Umbanda esclarecida e estudada em conceitos universais é a melhor garantia de
que um “papa” não criará seu trono particular dentro da Umbanda e que não ditará dogmas que assegurarão o domínio da fé e da mente de muitas pessoas.
A Umbanda é única, é o micro realizando o macro.
Axé a todos que conseguem trabalhar e aceitar a Umbanda sem distinção espiritual e como uma religião eclética e Divina.

A Umbanda deve crescer e ser praticada pelo conhecimento, divulgação


e compreensão, tudo com bases sólidas na Lei Divina. Por isso, vamos mostrar a
todos que o caminho da Umbanda é o do amor. Vamos fazer entender que não
existem Umbandas, existe apenas uma que é a Umbanda da bondade, da caridade,
do aprendizado, da seriedade para com a vida, do respeito ao próximo e à natureza.
Vamos humildemente evoluir com a eterna busca da verdade pois somente ela pode
fazer a mudança da vida, a mudança para o caminho do amor universal.

Vamos conhecer, falar e praticar a Umbanda com amor. Mas, como amar
maltratando ou sacrificando animais? Como amar cobrando pela caridade,
prejudicando o próximo ou interferindo na evolução? Como amar prejudicando a
natureza, não praticando a verdade, abusando da vaidade ou incentivando o
preconceito? Essas atitudes não fazem parte da Umbanda. Devemos estar sempre
estudando e nos interessando pelos trabalhos espirituais, não devemos nos
acomodar nas bases em que crescemos pois elas também mudam e evoluem. Nós
devemos seguir essa evolução, mas sempre com os pés no chão e humildade.

A Umbanda não quer fé cega, ela quer fé sustentada pelo amor e só se pode amar aquilo que realmente se conhece. Saiba que tudo é amor: vida é o amor
existencial, razão é o amor que pondera, estudo é o amor que analisa, ciência é o amor que investiga, verdade é o amor que se eterniza, ideal é o amor que se
eleva, religião é o amor que busca Deus, fé é o amor que se transcede, esperança é o amor que sonha, caridade é o amor que auxilia, fraternidade é o amor
que se expande, sacrifício é o amor que se esforça, renúncia é o amor que se depura, simpatia é o amor que sorri, altruísmo é o amor que se engrandece e
trabalho é o amor que se constrói.

Assim como, em contrapartida: indiferença é o amor que se esconde, desespero é o amor que se desgoverna, paixão é o amor que se desequilibra, ciúme é o
amor que se desvaira, egoísmo é o amor que se animaliza, orgulho é o amor que enlouquece, sensualismo é o amor que se envenena, vaidade é o amor que
se embriaga e, finalmente, o ódio, que julgamos ser o oposto do amor, nada mais é que o próprio amor que adoeceu gravemente.

O amor não cobra, não exige e não pede. O amor dá! O amor transcende os vícios do ser humano e chaga ao Alto. O amor é dedicação, disciplina e cuidado.
O amor é estado de espírito e assim deve ser sentido pelos Umbandistas, que não devem estar na Umbanda e sim SER Umbanda na grandeza do amor.
Ser Umbanda é ser amor de corpo, mente e alma. É ser convicto das forças dos Orixás e ser abnegado às forças da Lei e da Justiça.

Não sejamos como os cometas que são lindos mas passageiros, apenas mostrando sua luz para aqueles que se dispuserem a olhar para o céu. Que
possamos ser como as estrelas que são a luz do universo a atingir todas as pessoas, sem distinção de cor, credo ou tamanho do saldo bancário, mas com o
calor que pode aquecer os corações de quem precisa da energia do amor!

Axé a todos e bom final de semana.


Continuando nosso estudo sobre fundamentos e práticas Umbandistas, vamos hoje falar um pouquinho sobre
outro ritual básico que é vital para a Umbanda: os banhos de ervas. Muitas pessoas têm duvidas sobre
como preparar os banhos, se eles devem ser jogados na cabeça, que ervas podem ser utilizadas, se toda
erva tem o mesmo efeito, e por aí vai. Vale lembrar que este é um assunto muito vasto e que cada caso é um
caso, mas em geral podemos seguir algumas regrinhas e recomendações básicas. Vamos lá:

Os banhos de ervas são, de uma maneira geral, rituais onde utilizamos elementos da natureza com o intuito
de que haja uma troca energética entre o indivíduo e esses elementos naturais utilizados. Os banhos de ervas
servem principalmente para limpar as energias negativas, afastar influências negativas, reequilibrar, aumentar
a capacidade receptiva do aparelho mediúnico e desobstrução dos chacras. Não somente os médiuns ativos
na Umbanda devem tomar banhos de ervas, mas todos em geral podem e devem se beneficiar deste poder
natural.

Os banhos de ervas secas devem ser preparados por infusão, ou seja, essas ervas devem ser colocadas em
uma vasilha com água fervente que será tampada e permanecerá assim por pelo menos 15 minutos.
Lembrando que ervas secas não devem ser fervidas e que precisam ser ativadas antes de serem utilizadas. A
ativação de ervas secas se faz amassando-as e apertando-as um pouquinho entre as mãos. Os banhos de
ervas frescas devem ser preparados por maceração, ou seja, as ervas frescas devem ser colocadas em um
recipiente com água e maceradas por alguns minutos. Caules, raízes mais grossas e talos duros (como as
espadas) devem ser fervidos por um período médio de 30 minutos. Os banhos de ervas devem ser tomados
depois do banho higiênico, podem ser coados e devem ser preparados sempre com um número ímpar de
ervas. Para potencializar o poder energético dos banhos podemos utilizar águas naturais como água de chuva, de cachoeira, de rio ou de mar.

Existem algumas categorias de banhos:

• Banho de Descarrego: Serve para livrar o indivíduo de cargas energéticas negativas. Estamos o tempo todo em contato com diversas pessoas e
ambientes onde o mal e as energias negativas são abundantes. Por mais que nos vigiemos ora ou outra baixamos nosso nível vibratório e imediatamente
estamos entrando nessa egrégora de energia negativa. Se não nos cuidarmos vamos adquirindo doenças, distúrbios e podemos até ser obsediados, por isso o
banho de descarrego é fundamental. Há dois tipos de banho de descarrego: o banho de sal grosso, que lava toda a aura desmagnetizando a pessoa (Este
banho é muito eficiente para descarrego, porém não deve ser jogado na cabeça e após este banho deve se tomar imediatamente um banho de ervas para
equilibrar as energias, uma vez que ele realmente é capaz de tirar toda a energia da aura) e o banho de ervas de descarrego, que tem efeito mais duradouro e
consequências maiores que o banho de sal grosso pois algumas ervas são naturalmente descarregadoras e sacodem energeticamente a aura de uma pessoa
eliminando grande parte das larvas astrais e miasmas. Para preparar este tipo de banho devemos utilizar ervas quentes como arruda, guiné, aroeira, folhas de
fumo, entre outras.

• Banho de Defesa: Serve para a manutenção energética dos chacras impedindo que eles se impregnem de energias nocivas em determinados
rituais como, por exemplo, em oferendas em campo de força ou quando vamos conhecer um novo terreiro. As ervas utilizadas para preparar este tipo de
banho são aquelas relacionadas ao Orixá regente da pessoa ou aquelas que uma entidade receitar.

• Banho de Energização: Reativa os centros energéticos e refaz o teor positivo da aura. É um banho que devemos utilizar regularmente e que
devemos tomar antes ou até mesmo depois de uma gira espiritual. Para o preparo deste tipo de banho devem ser utilizadas ervas mornas como pétalas de
rosas brancas ou amarelas, alecrim, alfazema, levante, entre muitas.

• Banho de Fixação: É utilizado para trabalhos ritualísticos e deve ser tomado apenas por médiuns que irão realizar um trabalho aprofundado e
entrar em contato com entidades elevadas. Este banho abre todos os chacras aguçando a percepção mediúnica e as ervas utilizadas nele devem ser as
indicadas pelo chefe de terreiro ou pela entidade.
Além deste há também os banhos específicos que são preparados com ervas frias e trabalham em um determinado campo de energias como, por exemplo, os
banhos atratores que podem ser preparados com malva, canela ou rosas vermelhas; os banhos energéticos que podem ser feitos com girassol, guaraná ou
emburana; os banhos calmantes que podem ser preparados com capim cidreira, melissa ou erva de São João; entre outros.

Espero que aproveitem!

Paz de Espírito não tem preço, não tem tempo e não tem dono. A Umbanda não é milagre, não se vende e é função do Sacerdote de Umbanda esclarecer e
principalmente combater quem cultiva esses princípios.

Podemos começar esclarecendo que alguns sacerdotes estimulam nos consulentes a


prática do ‘milagre’. Precisamos incutir aos consulentes a noção da Religiosidade na
Umbanda. Que ele venha participar de nossa assistência por gostar, por comungar, por se
sentir bem dentro daquela energia, que venha até nossa casa “somente” para cantar, tomar
um passe e recarregar as baterias, sem pedir nada e sem necessidades específicas. Abrir
os trabalhos em dias e horários irregulares estimula os consulentes a procurarem outros
locais por mera curiosidade. Caso o Terreiro, por suas razões, esteja impossibilitado de
abrir semanalmente a Gira para a caridade então que o Sacerdote realize cultos,
doutrinações, orações e não a consulta propriamente dita onde induz, e pior, acostuma o
consulente a só pedir.

Devemos COMBATER frases ditas por sacerdotes como “é só pedir, pedir com coração
que Exu dá”, “a Umbanda tem que cobrar sim, é um trabalho e trabalho se cobra, a frase
‘dai de graça o que de graça recebestes’ quer dizer que a inteligência é o que recebemos
de graça mas o trabalho deve ser cobrado”, “ consulta espiritual com hora marcada é
normal dentro da Umbanda e é ainda muito mais eficaz”, e muitos outros absurdos que estão sendo ditos e até praticados por formadores de opiniões e de
religião, atos estes extremamente errados que são contra a Lei de Deus e contra a Lei da Umbanda.

Sacerdotes de Umbanda, sejam, acima de tudo, bons e honestos com os Orixás, com vocês e com os médiuns que vêm lhes pedir ajuda. Não mintam, não
enganem, não prometam coisas que a Umbanda não pode oferecer. Cuidem de seus médiuns como seus filhos espirituais, ampare-os, oriente-os, trate-os
espiritualmente, é seu dever e sua missão. Ame a Umbanda e não o Poder ou Você. Cuidado com a vaidade e com o ego. Cuidado com as bajulações que
fazem a você e principalmente com as bajulações que você faz ao Poder. Saiba: a Umbanda não está à venda e não aceita oportunistas e vigaristas.
Sacerdote de Umbanda, será que você tem Paz de Espírito?

Que benção é Ser Umbanda de corpo, alma e mente,


Que benção é Ser Umbanda e me colocar perante o Caboclo como o Dono de minha Vida.
Que benção é Ser Umbanda no passado, no presente e no futuro.
Que benção é Ser Umbanda comungando, amando e se reverenciando com as Forças Divinas.
Que benção é poder dar sem receber.
Amar sem cobrar.
Fazer sem reclamar.
Ser e não estar.
Que benção é Ser Umbanda,
Que benção é Ser Sacerdote,
Que benção é Ter Paz de espírito,
Que benção é Ter a missão cumprida.
Que Oxalá me abençoe e me ampare na sua Fé,
Que Ogum me guarde e me conduza na sua Lei,
Que Oxossi me dê à sustentação mental e Oxum a emocional,
Que Exu segure a minha porteira com vigor e Lei,
Que Olorum olhe pela minha querida Umbanda hoje e sempre. Salve a Umbanda.

Axé a todos e um ótimo final de semana !

Muitas pessoas nos escrevem fazendo perguntas ou pedindo referências literárias sobre fundamentos, rituais e práticas Umbandistas. Sei que é muito difícil
praticar aquilo que não se entende e que é impossível amar aquilo que não se conhece. Pensando nisso e no fato de que só podemos ser bons médiuns se
amarmos a Umbanda, resolvi iniciar hoje uma série de artigos que serão publicados de tempos em tempos visando o estudo e um maior conhecimento sobre
os fundamentos básicos da Nossa Religião. Sendo assim, nada melhor do que começar pelo
começo, não é mesmo? Então vamos hoje falar sobre defumação!

Nenhuma ação de limpeza ambiental é mais completa que uma boa defumação pois o ar
concentrado de energias elementais entra e penetra em todos os cantos e brechas da casa
envolvendo as paredes, o teto, o chão, os móveis, enfim, tudo. Além disso a defumação
também descarrega o corpo mediúnico das pessoas e sutiliza suas vibrações tornando-as
receptivas às energias de ordem positiva fazendo, assim, com que a comunicação com o Plano
Astral Superior se torne mais fácil e em perfeita harmonia. Tudo isso facilita a imantação
positiva que as Entidades de Luz irradiam sobre o nosso corpo físico, irradiação esta capaz de
eliminar as doenças de fundo espiritual e material.

É comum o uso religioso das defumações pelos Sacerdotes pois um Terreiro, um Centro, um
Templo e até uma Igreja são locais onde as pessoas vão para descarregar seus emocionais.
Chegam da rua com pensamentos negativos, vibrações pesadas, sentimentos rancorosos e o
forte magnetismo existente nesses recintos desagrega os acúmulos das auras das pessoas
que ficam retidos no interior desses locais religiosos. Então a defumação torna-se necessária e
até obrigatória pois ela visapurificar o ambiente e dissipar as condensações ali
acumuladas, sem contar que quando queimamos incensos naturais nossos pensamentos
ficam claros e de alguma maneira estamos agradecendo à Mãe Terra pelo ar fresco e ajudando a clarear o pensamento individual e planetário.

O segredo da defumação por parte das entidades espirituais que utilizam os cachimbos, os charutos e até cigarros são variados e dependem do caso em
questão. É importante que fique bem claro que as entidades não fumam, isso quer dizer que não são viciadas nem viciam o médium como muitos pensam.
Eles apenas utilizam o charuto, por exemplo, como elemento concentrador vegetal do fumo acompanhado do seu sopro que pode ser quente, frio,
desagregador, harmonizador ….. mas isso tudo é assunto para um outro artigo !

Infelizmente incensos comerciais raramente contêm resinas ou óleos naturais pois são feitos com essência sintética e derivados de petróleo que na verdade
não trazem benefício algum. Portanto, para fazer uma boa defumação é preciso um turíbulo cheio de carvão em brasa sobre o qual vai se derramando ervas
secas e resinas. Todas as janelas e portas deverão ser fechadas deixando apenas uma aberta para a saída de “todo o mal”. Manuseie seu defumador de
maneira que a fumaça aromática envolva tudo: todas as pessoas da sua casa, os móveis, os armários (abrindo suas portas), as camas (embaixo e em
cima), não esquecendo dos animais de estimação. É importante fazer a defumação sempre em oração podendo também cantar, afinal quem canta os males
espanta! É sempre recomendado que as pessoas da casa tomem um banho de ervas depois da defumação afinal não basta somente limpar o ambiente temos
que limpar também o nosso campo áurico.

Alguns pequenos exemplos de ervas que podem ser usadas nas defumações (sempre secas):

• limpeza: casca de alho ou cebola, orégano, arruda, guiné, quebra demanda

• prosperidade: canela, folhas ou grãos torrados de café, eucalipto, colorau

• harmonia: anis estrelado, camomila, alecrim, alfazema, sálvia

• meditação: sândalo, mirra, olibano, sangue de dragão


Uma semana de muito axé para todos !

Muitas pessoas me perguntam o que significam e o motivo pelo qual fazemos as habituais
saudações quando chegamos ao terreiro. A assistência, médiuns iniciantes e até mesmo alguns
mais antigos têm muitas duvidas sobre o assunto e às vezes acabam copiando gestos de outras
pessoas ou fazendo tudo no automático. Na realidade este ato de saudar quando se entra em
um terreiro deve ser feito com muito respeito e, principalmente, com muita sinceridade pois
neste momento estaremos saudando as Forças que sustentam aquela casa, todos os trabalhos
realizados ali e o próprio médium. É por isso que é bom prestar bastante atenção neste ato
aparentemente simples mas que faz toda a diferença, e é por isso também que acho importante entendermos um pouco mais sobre ele. Vamos lá?

Primeiramente, logo na entrada do terreiro, devemos saudar as Forças dos Senhores Guardiões e das Senhoras Guardiãsassentadas na Tronqueira. É
neste momento que agradecemos a permissão de nossa entrada naquela Casa Santa, o recolhimento e encaminhamento de espíritos negativos que é
realizado no ato desta “simples” saudação, agradecemos também a guarda, a força e a proteção que Eles realizam. Em um segundo momento Saudamos o
Congá e o Altar, local Sagrado de um Centro que deve ser respeitado pois é onde se realiza a grande troca de energia, vale lembrar que as Ir radiações
Divinas estão sendo projetadas sobre todos aqueles que reconhecem o Poder Divino. O ato de “Bater Cabeça” não deve ser um costume mas sim uma atitude
de reverência diante do Sagrado, afinal de contas, é nessa hora que comungamos com nossos papais e mamães Orixás pedindo que mantenham nossos
olhos e ouvidos fechados para o ciúme, o egoísmo, a inveja, a intriga e a curiosidade que alimenta a fofoca, mas que mantenham nossos corações e mentes
abertos para o amor, a fé, a compaixão, a esperança, o discernimento, a sabedoria e a paciência, que mantenham também nosso espírito purificado e
iluminado para que assim possamos ser bons instrumentos de Deus, da Lei e da Justiça. É o momento de agradecer por essa oport unidade única e excelsa
que temos de estar diante do Poder Divino.

Feito isso o médium deve saudar e tomar a benção de seu Pai ou Mãe Espiritual, ou de ambos se for o caso. Quando isso ocorre, o filho está
reconhecendo seu Pai Espiritual como o detentor dos conhecimentos da Lei de Umbanda e como seu orientador, aquele que o conduzirá, sustentará e
protegerá dentro da doutrina religiosa umbandista. Tomar a Benção é um procedimento de reconhecimento de Grau e de respeito à hierarquia, uma vez que o
Pai Espiritual é a voz, a força, o representante e o intermediário dos Orixás aqui no plano material. É escolhido e preparado pelas próprias Forças Divinas pois,
se assim não fosse, não conseguiria sustentar uma gira ou realizar um desenvolvimento. Cada Centro tem a sua forma de saudar o Pai Espiritual, mas a
saudação mais comum é aquela em que o médium toma entre suas mãos a mão de seu Pai Espiritual, a beija respeitosamente, leva-a até a sua testa e a beija
novamente. Este ato representa que o médium reconhece aquelas mãos como sagradas e o seu desejo de que estas mãos preparadas o conduzam aos
serviços de Deus ajudando-o a adquirir conhecimentos sagrados. No momento em que o médium pede “Daí-me, Pai, a sua benção” ele está saudando acima
de tudo a Trindade Divina e sendo abençoado por Olorum, por Oxalá e por Ifá.

As mesmas atitudes e saudações devem ser realizadas ao sair do Terreiro, uma vez que após todo um trabalho estaremos saindo do sagrado em direção
ao profano.

E aí, dá pra continuar no automático? Não né!

Uma excelente semana a todos e muito Axé!

Em teoria todo mundo sabe o que é um descarrego, tem pessoas que até gostam dele e ficam felizes quando passam por um no terreiro. Mas quem sabe
como ele funciona, como pode ser feito e quais as implicações para o médium? E diferenciar um descarrego de
um transporte, quem sabe? Pois é sobre isso que falaremos hoje. Vamos lá?

Bom, transporte é quando um médium desenvolvido e capacitado, por determinação do astral, incorpora
uma Entidade Espiritual de outro médium, talvez um consulente, que por ainda não ser desenvolvido é incapaz
de incorporar este espírito. Podemos dizer que um transporte é feito, por exemplo, quando um Guia Espiritual
precisa dar algum recado ao seu médium como a solicitação de uma oferenda; ou quando há a necessidade de
um Guia se apresentar para aquele ainda imaturo médium fazendo-se assim mais presente na vida espiritual
deste que cheio de duvidas dificulta seu desenvolvimento; ou ainda quando o Guia daquele médium ainda não
desenvolvido precisa de ectoplasma, que é a energia vital presente só em seres encarnados, para se energizar ou
curar seu corpo astral de ferimentos decorridos de ataques astrais negativos.

Já descarrego é quando a incorporação tem o intuito de limpeza espiritual ou descarga energética. Pode
ocorrer de diferentes modos através da incorporação de Exus ou de espíritos negativos. No caso em que o
descarrego é feito com a incorporação de um Exu, o médium pode incorporar seu próprio Exu de trabalho para
fazer limpeza de energias negativas, para vitalizar o consulente ou para fazer negociações com outros Exus; o
médium pode também incorporar o Exu do consulente, normalmente médium em desenvolvimento, para que ele
possa fazer a defesa do seu médium, se fortalecer ou pedir uma oferenda para ter instrumentos e elementos de
negociação; pode ainda acontecer do médium incorporar um Exu Cósmico ativado pela Lei que, por
processo negativo do próprio mental do consulente, é atraído para cumprir sua função paralizadora,
desvitalizando ou punindo aquele consulente diante da Lei e da Justiça Divina. Neste caso é a atuação da Lei,
quando for permitido e só quando o consulente evoluir espiritualmente, que definirá quando essa atuação se encerra.

No caso em que o descarrego é feito com a incorporação de Espíritos negativos que acompanham o consulente pode acontecer do médium incorporar
espíritos sofredores, espíritos doentes e com grande sofrimento, que nos trazem dor, angustia e desanimo; Eguns que são espír itos perdidos no tempo e que
por afinidade, simbiose ou ação obsessiva nos negativam; ou Quiumbas, espíritos com maior poder mental negativo que por pagamento de “magias negras” ou
por desejo de destruição de um médium ou de um centro atacam de forma poderosa e negativa.

Em todos esses casos o trabalho de descarrego só acontece por permissão da Lei e é a partir de um trabalho religioso, de médiuns preparados onde o único
intuito é a caridade, que se tem a grande oportunidade de encaminhamento destes irmãos que necessitam de nossa ajuda para um redirecionamento evolutivo
espiritual.

Mas como cuidado é sempre bem vindo, para que se realize um bom trabalho de transporte ou descarrego algumas regras devem ser cumpridas:

1º Todo transporte deverá ser realizado em um templo religioso, pois somente ali haverá uma tronqueira assentada. A tronqueira é um ponto religioso e é a
partir deste ponto que Exus atuam religiosamente na vida das pessoas e onde fazem suas negociações.

2º A curiosidade é proibida pois esta é uma das maiores brechas que o próprio médium abre para os ataques do baixo astral. Quando, por envolvimento
emocional, o médium quer saber mais do que lhe é permitido surge a curiosidade que é fatal pois o médium se afiniza com aquel a vibração e se torna uma
isca fácil para espíritos negativos.

3º Exageros como tombos e gritos são descontrole do médium e além de causar constrangimento para muitos o próprio médium poderá se machucar, sendo
ele o único prejudicado.

4º Em qualquer dos casos toda oferenda solicitada deve sempre ser dirigida ao guia espiritual que está sustentando aquele trabalho. É ele quem dará
consentimento e autorização para a realização da oferenda.
5º Cuidado com a mão, não há nenhuma necessidade do médium colocar a mão no consulente na hora do descarrego, podendo ele até se prejudicar por
cargas energéticas. Quando o médium e o consulente forem de sexo oposto o cuidado deverá ser redobrado para evitar um grande constrangimento e com
isso denegrir a imagem do centro espiritual e do trabalho da Umbanda.

Conseguiram entender as diferenças? Ficou claro ou sugiram duvidas? Pensem e comentem com suas opiniões, complementos ou questões.

Uma semana de muito axé e cheia de conquistas a todos!

Todo Umbandista já deve ter ouvido a frase “Umbanda é pé no chão”. Mas será que todos sabem o porque de ficarmos descalços em nossos
terreiros? São três motivos principais. O primeiro é que o solo representa
a morada dos nossos antepassados e quando estamos descalços tocando
com os pés no chão estamos entrando em contato com estes ancestrais e,
consequentemente, com todo o conhecimento e a sabedoria que esse
passado guarda. O segundo motivo pelo qual tiramos os calçados é o
respeito ao solo sagrado do terreiro. Imagine que vir da rua com os
sapatos sujos e entrar com eles onde nossos trabalhos espirituais são
realizados seria como alguém entrar em nossa casa carregando uma
montanha de lixo que vai caindo e se espalhando por todos os cantos.
Diante desta situação você diria o quê? No mínimo que essa tal pessoa
não tem respeito por você ou pela sua casa. O terceiro motivo é o fato de
que naturalmente nós atuamos como “para-raios” e ao recebermos
qualquer energia mais forte, se estivermos descalços sem nenhum
material isolante entre nosso corpo e o chão, ela automaticamente se
dissipa no solo. É uma forma de garantir a segurança do médium para que
não acumule ou leve determinadas energias consigo. Além de tudo isso
podemos dizer também que realizar nossos trabalhos espirituais descalços
é uma forma de representar a humildade e a simplicidade do Rito
Umbandista.

Vale lembrar que no início este costume, nos cultos de origem africana, tinha outro significado. Os pés descalços eram um símbolo da condição de
escravo, de coisa,uma vez que o escravo não era considerado um cidadão e estava, por exemplo, na mesma categoria do gado bovino das fazendas. Quando
liberto a primeira coisa que o negro procurava fazer era comprar sapatos que eram o símbolo de sua liberdade e, de certa forma, faziam com que ele fosse
incluso na sociedade formal. O significado da “conquista” dos sapatos era tão profundo que muitas vezes eles eram colocados em lugar de destaque na casa
para que todos os vissem. No entanto, ao chegar ao terreiro, espaço que havia sido transformado magisticamente em solo africano, os sapatos tornavam-se
novamente apenas um símbolo de valores da sociedade branca e eram deixados do lado de fora. Ali os negros sentiam-se de novo na África e podiam retornar
à sua condição de guerreiros, sacerdotes, príncipes, caçadores, etc.

Tenho certeza que agora entrar descalço no terreiro terá um outro valor e sentido. Não é mesmo?

Um excelente final de semana a todos e muito axé!

Axé, pessoal! Hoje vamos conversar um pouquinho sobre os Cordões Energéticos. Vocês sabem o que são esses tais cordões? Sabem como eles
acontecem? Então vamos lá:

Os cordões energéticos nada mais são que ligações eletromagnéticas que se estabelecem em nível espiritual,
ou melhor, são ondas magnéticas projetadas por espíritos encarnados e desencarnados. Na prática podemos
dizer que os cordões energéticos são projeções emocionais e dependendo da intensidade desse
sentimento ou pensamento projetado ações imediatas e fortíssimas são provocadas. Portanto, se as projeções
que enviamos para determinada pessoa forem positivas “axé”, mas se forem negativas terão a capacidade de
destruir um projeto de vida. Isso é muito sério! Os cordões energéticos podem acontecer entre espíritos
encarnados e desencarnados, entre desencarnados e encarnados, entre encarnados e encarnados e entre
desencarnados e desencarnados, ou seja, é só um ser sentir e pensar que está projetando e recebendo
cordões, esteja ele encarnado ou desencarnado.

Acredito que ninguém vai ficar preocupado se estiver recebendo algum tipo de cordão positivo, não é mesmo?
Mas e os cordões negativos? Já sabemos que eles podem ser perigosos, então como fazer para cortá-los?
Infelizmente, os cordões negativos podem ser mais difíceis de cortar do que a ação de uma magia negra
propriamente dita. Essa dificuldade existe pois para cessar cordões negativos é necessário que o receptor de
tais cordões tenha duas atitudes bastante simples na teoria mas que poucas pessoas estão dispostas ou
conseguem verdadeiramente colocar em prática.

A Primeira atitude a ser tomada é o PERDÃO, ou seja, o amor incondicional. Sempre que sentirmos uma ação
negativa deste nível é necessário projetarmos a mais pura compaixão a fim de positivar o emocional da
pessoa emissora do cordão, seja ela quem for, sem julgamento e sem um sentimento de obrigatoriedade. Só o
amor é capaz de transformar. A segunda atitude é o EQUILÍBRIO, pois, como diz a Lei Universal da Afinidade,
só recebemos aquilo que merecemos ou que estamos em afinidade. Se o receptor estiver em boa vibração e em bom equilíbrio não há cordão negativo que
consiga envolvê-lo, é uma questão de magnetismo, portanto só depende mesmo de nós.

Saibam que nossos chacras são os polos eletromagnéticos captadores e emissores de energias e é por eles que enviamos ou recebemos as ondas vibratórias
que dão origem aos cordões energéticos. Por isso é importante que nossos chacras estejam limpos e desobstruídos para serem bons receptores e emissores.
Podemos limpá-los com bons banhos de ervas, por exemplo.

Alguns tipos de cordões podem energizar ou retirar energias, estimular ou paralisar, curar ou adoecer, magnetizar ou desmagnetizar, e assim por diant e. Na
quinta-feira falaremos um pouco mais sobre cordões energéticos e vocês conhecerão os tipos de cordões existentes. Mas antes disso gostaria que vocês
pensassem em algumas coisas: Que tipo de cordões você está projetando, negativos ou positivos? Você já pensou que talvez possa estar prejudicando a
vida de outras pessoas “apenas” com pensamentos? Se você sentir que neste momento determinada pessoa está te enviando um cordão negativo será fácil
praticar as duas atitudes capazes de cortar este cordão?

Pensem, façam comentários, perguntem, criem sugestões para minimizar este problema. Vamos discutir este assunto pois realmente vale a pena !!

Até quinta-feira com a segunda parte deste artigo.

Olá, pessoal! E aí, pensaram? Refletiram? Espero que tenham conseguido entender que nosso bem estar e harmonia dependem somente de nós mesmos, da
nossa capacidade de nos manter em equilíbrio. Mais do que isso, espero que tenham
absorvido que somente o perdão verdadeiro e o amor incondicional são capazes de nos
livrar dos piores males projetados contra nós. Quanto aos cordões energéticos que
projetamos para as outras pessoas, espero que daqui pra frente sejam todos positivos, de
muita bondade e amor, afinal de contas nenhum ser religioso e em busca do seu
crescimento espiritual prejudicaria a vida de alguém enviando cordões negativos, não é
mesmo? Lembrem-se:a luz chega pelo positivismo de pensamentos e sentimentos.

Agora, continuando nosso estudo, vamos conhecer os principais tipos de cordões


energéticos. São eles:

Cordões Divinos: Surgem a partir de vibrações íntimas de sentimentos virtuosos e ligam


mentalmente uma pessoa à sua Divindade. É este o cordão que projetamos aos nossos
Guias e Orixás nos momentos de oração. É um dos mais importantes cordões mas também
é um dos mais frágeis, pois é só falhar com a fé ou esquecer da espiritualidade que ele se
rompe automaticamente, lembrando que isso pode acontecer segundos depois de uma
oração. Se os sentimento virtuosos deixarem de vibrar estes cordões rompem-se naturalmente.

Cordões Cósmicos: Surgem a partir da vibração íntima de sentimentos viciados. São cordões punitivos, bloqueadores e desestimuladores que liga m
mentalmente as pessoas aos polos magnéticos negativos. São ativados pela Lei Maior a fim de equilibrar o emocional que está viciado e só se rompem
quando o ser deixar de alimentar e vibrar tais sentimentos negativos.

Cordões Naturais: Surgem para direcionar as energias geradas em excesso pelas pessoas. Quando essas energias são positivas a pessoa que as gerou
torna-se uma doadora, já quando são negativas tornam-se portais de criaturas negativas. É a Lei da Atração! Estes cordões também só se rompem caso as
pessoas deixem de vibrar tais sentimentos.

Cordões Magnéticos: Surgem a partir de vibrações magnéticas mentais negativas e ligam seres ou espíritos magneticamente poderosos a outras pessoas ou
espíritos. Este tipo de cordão surge pelo aspecto negativo ativado conscientemente. Nesse caso, a pessoa emissora torna-se um verdadeiro portal negativo e
um instrumento do baixo astral. Novamente, é a Lei da Afinidade. Este cordão só se rompe pela atuação da Lei Maior e da Justiça Divina.

Cordões Energéticos: Projetados por meio de magias, têm o objetivo de vitalizar ou desenergizar pessoas e até espíritos presos em cadeias mágicas astrais.
Só se rompem por magias positivas ou através de evocações mágicas às Divindades.

Muito Axé a todos e um excelente final de semana!

Dentro das várias ritualísticas que se desenvolvem nos terreiros de Umbanda é comum vermos, principalmente no início e término dos trabalhos espirituais, o
corpo mediúnico com os joelhos no chão. Alguns veem esta postura como arcaica e sem sentido, porém, nunca se deram ao trabalho de analisarem
detidamente tal comportamento.

É de conhecimento geral que as primeiras religiões do globo terrestre já inseriam a genuflexão em seus rituais como exterioriza ção de
respeito junto ao Criador e também manifestação de humildade que todos devem ter , seja para com o Divino, seja para com o pr óximo.
Da mesma forma, o ato de postar-se faz ver aos fieis que assistem uma manifestação de religiosidade a seriedade, o respeito e a
simplicidade do sacerdote e dos médiuns frente ao plano espiritual superior. A implantação do ajoelhar-se tem como finalidade
mostrar a Deus e à Espiritualidade todo o nosso carinho, obediência, respeito e amor, além do quanto somos pequeninos diant e do
universo criado por Ele. Também serve para passar à assistência que aquele espaço de caridade tem a exata noção do papel que
desempenha como instrumento de trabalho dos bons espíritos.

Infelizmente, é do conhecimento de todos que ao lado de criaturas humildes, simples, meigas e caridosas que estão sempre dispostas a
dar seu suor à Umbanda existem outras tantas orgulhosas, vaidosas e “auto suficientes” que procuram a todo custo imporem-se aos
demais, maximizando suas “qualidades” e minimizando as virtudes alheias. Ostentam falsas conquistas querendo submeter todos aos seus caprichos. Contudo
nada mais doloroso e incomodo para essas pessoas do que ficar em posição de subserviência e aparente inferioridade. Tal postura lhes sangra a alma e lhes
oprime o pétreo coração. Suas visões ofuscadas não conseguem enxergar que tal rito é para o seu próprio bem, para sua própria libertação dos sentimentos
mesquinhos e posterior elevação espiritual, pois auxilia na quebra da vaidade e da soberba.

Alguns até podem dizer que ao postar-se de joelhos o médium pode ter em mente pensamentos diametralmente opostos àquela posição. Mas aí, meus irmãos,
é que se inicia o processo de assepsia e lapidação dos arrogantes e vaidosos, levados a efeito pelos amigos de Aruanda que, a ssim, dão luz a estas pessoas
reconduzindo-as ao rebanho Divino. Joelhos ao chão sim !!

Boa semana a todos e até quinta feira! Muito axé!

Para Kardec, a ação magnética produzida pelo agente encarnado (magnetizador), tanto pode produzir
uma modificação nas propriedades da água, quanto no tocante aos fluidos orgânicos (ex: bile, linfa,
líquido cefalorraquidiano, saliva, suco gástrico, sangue total, etc). O Espírito Lísias explica para André
Luiz , que “… a água é veículo dos mais poderosos para os fluidos de qualquer natureza. Aqui (em
Nosso Lar), ela é empregaguaada sobretudo como alimento e remédio”. Para o Espírito Bezerra de
Menezes, “A água, em face da sua constituição molecular, é elemento que absorve e conduz a
bioenergia que lhe é ministrada. Quando magnetizada e ingerida, produz efeitos orgânicos compatíveis
com o fluido de que se faz portadora”.

NA UMBANDA, é um dos elementos naturais mais receptivos com uma energia altamente atratora e
condutora, ela é utilizada nas quartinhas, nos copos de firmeza dos Anjos de Guarda, no batismo, em
muitos rituais da Umbanda e principalmente pelos Guias Espirituais nos momentos onde há a necessidade de realizar grande limpeza, purificação e
energização de nosso corpo astral e de nossa casa, afinal existem cargas e energias maléficas que somente esse elemento natural é capaz de desfazer,
limpar e equilibrar.

ÁGUA DE MAR

Ótima para descarrego e para energização, batida contra as rochas e as areias da praia, vibra energia, por isso nunca se apanha água do mar quando o
mesmo está sem ondas. A energia salina do mar “queima” as larvas e miasmas astrais, principalmente sob a vibração de Yemanjá. Podemos ir molhando os
chacras à medida que vamos adentrando no mar, pedindo licença . No final, podemos dar um bom mergulho de cabeça, imaginando que estamos deixando
todas as impurezas espirituais e recarregando os Corpos de sutis energias. Ideal se realizado em mar com ondas. Saudemos Mamãe Yemanjá e todo o Povo
do Mar.

ÁGUA DE CACHOEIRA

Com a mesma função do banho de mar, só que executado em águas doces. A queda d’água provoca um excelente “choque” em nosso co rpo, restituindo as
energias, ao mesmo tempo em que limpamos toda a nossa alma, é água batida nas pedras, nas quais vibra, crepita e livra-se de todas as impurezas. Além
disso, é nas águas das cachoeiras que conseguimos retirar qualquer impregnação de sangue projetada em nosso corpo etérico. Ideal se tomado em
cachoeiras localizadas próximas de matas e sob o sol. Saudemos Mamãe Oxum e todo Povo d’água.

ÁGUA DE RIOS E LAGOAS

Tem também grande propriedade curadora e equilibradora. Se o rio tiver pouco movimento, quase parado, assim como a lagoa ou mangue, essa água tem
uma energia decantadora e curadora. Saudemos Nanã Buruquê. Se o rio for bem movimentado com corredeiras, a energia da água é energética, equilibradora
e reparadora. Saudemos Mamãe Oxum.

ÁGUA MINERAL

Água da pureza, do equilíbrio, da harmonização e da paz. Envolve nossos chacras desobstruindo-os e equilibrando- os. É uma água muito fácil de se
encontrar, por isso aproveitem esse Axé. Saudemos Oxalá.

ÁGUA DE POÇO

É excelente nos casos de doenças, tanto no corpo espiritual como no corpo astral, pois tem uma grande energia transmutadora. Essa água está em contato
com a terra, que é o agente mais poderoso de regeneração física absorvendo a energia ruim da área afetada colocando em seu lugar uma energia boa. A cura
se processa graças a uma troca de energia devido a interação entre os componentes físico, químico e energético que a terra oferece. Saudemos Obaluayê.

ÁGUA DE CHUVA

É altamente energética e purificadora. É a água que entrou em estado de vaporização e absorve toda a energia do ar, quando novamente entra em outro
estado de mudança e retorna ao estado liquido, caindo do céu sobre a terra. Por isso é utilizada justamente nos momentos em que precisamos de mudança. A
água da chuva, quando cai é benéfica e pura, porém, depois de cair no chão, torna-se pesada, pois atrai as vibrações negativas do local, sendo ótima também
para banhos de descarrego e limpeza de ambientes, pois é ela que limpa as ruas e as encruzas carregando todas as vibrações do s trabalhos arriados nesses
locais. Saudemos Yansã, Dona do tempo e das tempestades.

Um excelente final de semana a todos e muito Axé !!

Constantemente falo sobre a importância do Conhecimento responsável,


fundamentado e ativo. Penso que só com o Conhecimento chegaremos a uma
Unidade, chegaremos a um senso comum, construiremos um único caminho e
chegaremos a um único Deus. Observo como a ignorância incentiva a
diversidade e como, sutilmente, mascarada de “boa vontade”, de “democracia” e de
“livre arbítrio”, a diversidade incentiva a guerra, o pré-conceito, a intolerância e o
julgamento.

Estudando a obra “A arte de formar-se”, de João Batista Libânio, fiquei ainda mais
convicta de que o que penso sobre a importância do conhecimento não é absurdo,
muito pelo contrário, fica claro que o conhecimento é fundamental para o
crescimento do Ser humano como pertencente a um todo. E não falo apenas na
questão sócio-cultural mas também, e principalmente, na questão religiosa, pois é
esta que envolve e sustenta todas as outras questões. Vejam só, Libânio diz em seu
livro que precisamos “Aprender a Conhecer” e “Aprender a Pensar” e esclarece: “O
segredo de aprender a conhecer é saber relacionar e contextualizar”. Entendo com
essa frase que o conhecimento pertence a todo um conjunto de informações, como
um mosaico maravilhoso e complexo (complexidade não significa dispersão, mas conexão: plexo = entrelaçamento; com + plexas = tecidas juntas). Essas
informações, depois de compreendidas, devem se relacionar, se unir, criarem uma Unidade e, quem sabe, uma Unidade Transcendente.

O Conhecimento não deve ser algo vertical, reservado e restrito, pelo contrário, deve ser algo global, abrangente e aberto horizontalmente como uma
exposição no varal. Na frase: “Aprender a Conhecer é inserir todo conhecimento no varal do passado, percebê-lo na atualidade do presente e vislumbrá-lo em
sua densidade de futuro” Libânio tenta nos passar uma ideia cujo significado já conhecemos: o presente não existe, ele acabou de se tornar passado e esse
minuto passado vai interferir no seu minuto futuro. Futuro este que é o reflexo pontual do Ontem e do Agora, portanto, somos herdeiros ativos de nosso
passado! Está aí a resposta para aqueles que buscam incansavelmente conhecer o futuro ou para aqueles que reclamam de sua vida presente. É só
pensar…

Alias, Libânio também enfatiza que “Pensar é analisar e sintetizar, separar e unir”, ações que estão cada vez mais escassas em nosso dia a dia, pois a busca
pelas respostas fáceis está cada vez mais frequente nos seres humanos e é importante saber que onde há respostas prontas, feitas e fixadas não há espaço
para pensar. “Os exageros, os fanatismos, os dogmatismos originam-se por causa da incapacidade de distinguir e unir, analisar e sintetizar” afirma Libânio,
portanto aprender a conhecer e pensar nesse mundo significa abandonar todo o dogmatismo (dogmatismo quer dizer não aberto ao diálogo, de ideias
autoritárias, refratária ao diálogo). Aprender a Conhecer e a Pensar é mudar de atitude diante das coisas e da vida.
Não devemos mais negar a necessidade do estudo em nossas vidas, tanto no contexto social como religioso. Sabemos disso e ensinamos isso às nossas
crianças, por que então, nós adultos, já mais esclarecidos e capacitados, não praticamos o que falamos? A necessidade do estudo religioso é um fato real e
isso está latente em todas as outras religiões, doutrinas e filosofias de vida como a Seicho No Ie, o kardecismo, a Igreja católica, protestante, etc. Será que só
na Umbanda o estudo não é necessário? Será que o umbandista tem maior capacidade religiosa, cultural, humana, social e espiritual que as pessoas
seguidoras de outras religiões por isso não lhe é necessário o estudo religioso? Creio que não!

Precisamos avaliar nossas atitudes perante nossas responsabilidades religiosas, caso contrário, não poderemos reclamar do pré-conceito, da falta de respeito
e da falta de entendimento que sofremos. E para ficar mais fácil a busca pelo Conhecimento, estamos com o Jornal de Umbanda Carismática – JUCA –
disponível a todos que queiram aproveitar de uma boa leitura. É só mandar uma mensagem para leiaojuca@umbandacarismatica.org. br e solicitar o jornal via
e-mail.

Aliás, esse mês o JUCA completa três anos de divulgação e distribuição gratuita e está super especial com belas matérias e ainda com um grande
presente a todo povo umbandista: conquistamos o apoio do GREENPEACE. E relacionar o nome da Umbanda com o Greenpeace é, sem dúvida, um ato
significativo a todos nós, pois coloca a Nossa Umbanda junto a uma instituição inegavelmente reconhecida por seu trabalho no mundo inteiro. Um fato histórico
e, claro, um brilho ainda maior para a Nossa Umbanda que, cada vez mais, mostra seu real valor perante a sociedade.

Um final de semana de muito estudo a todos !! Axé !!

Muitas pessoas, assim como muitos médiuns umbandistas, batem no peito com a maior
convicção de Fé. No entanto, percebe-se que não existe a Crença, ou, ao contrario, estão
cheios de crença, mas falta-lhes a Fé. Sei que Fé e Crença parecem a mesma coisa, no
entanto há uma diferença significativa e, mais que isso, uma serve de base e de
complemento à outra. É como a delicada, mas fundamental engrenagem de um relógio, ou
seja, a Fé só existe na sua totalidade se baseada na Crença e vice-versa.

Vejamos, a Fé é o que vivenciamos, é a experiência sentida como verdade, é o valor do


“Sentir Absoluto”, é a absoluta confiança sem ao menos precisarmos de uma prova. A Fé
está diretamente ligada ao sentido de acreditar, confiar ou apostar, portanto ter Fé em algo
ou alguém é acreditar, confiar e apostar nesse algo ou nesse alguém incondicionalmente.
No entanto esses sentidos devem ser nutridos pelo sentimento de afeição e amor, caso
contrário a Fé verdadeira e plena não existe e não existirá.

Já a Crença é o valor do “Saber Absoluto”, é o que se lê, ouve e aprende. É o que se acredita num estado mental ver dadeiro. A Crença, o crer verdadeiro
acontece através da certeza que se tem em algo ou em alguém devido a um conjunto de fatores que fundamentam, sustentam e atestam a veracidade do fato.
É a partir da Crença que acontece o posicionamento individual, que estimula a ação e a atitude do Ser. Acreditar é ação! Fé é a verdade interna; Crença é a
verdade externa. Ter Fé em Deus é sentir plenamente que Ele existe a ponto de acreditar e confiar por inteiro na sua magnitude apostando e e ntregando
totalmente a vida em suas mãos. Crer em Deus, é acreditar plenamente que Ele existe através do reconhecimento das inúmeras provas que Ele dá e, além
disso, é agir de acordo com o que se aprende Dele e sobre Ele.

Com esses esclarecimentos, vale a pena refletir sobre nossa condição religiosa e sobre a nossa condição e responsabilidade como umbandista. Fica claro que
a base da Crença é o Saber e a base da Fé é o Sentir. Uma sustenta e depende da outra e tanto uma como a outra se conquista com certezas e essas
certezas se conquistam através do estudo. Pensem comigo: quando sabemos ‘o que é’ ou ‘como acontece’ a entrega é maior, a partir dai, o medo, aquele
sentimento paralisante, se dissipa e a certeza cresce, a entrega se torna maior e quanto mais entrega mais certeza e assim progressivamente como uma
grande simbiose. Percebemos que o princípio de tudo é a busca, é o esforço, é o agir para se adquirir o Conhecer, um Conhecer que se fundamenta através
do racional e da lógica e não um Conhecer emocional, sistemático, por repetição, por adivinhação, por indução ou por intuição. Portanto, é de nossa
responsabilidade a busca pelo Conhecer, pelo Saber, pela Fé e pela Crença.

Pensem nisso!

Muitas pessoas confundem tudo onde acontece a incorporação como sendo Umbanda. Existe muito terreiro de pura feitiçaria comandado pelo baixo astral;
lugares onde se cobra pelo trabalho realizado; casas onde são feitas amarrações, demandas e
magias negativas; locais que prometem milagres e comercializam a fé alheia … e para tudo
isso é usado o nome da Umbanda! Por esse motivo o povo umbandista é descriminado,
ironizado e ridicularizado. Somos julgados e analisados a todo momento pois as pessoas nos
olham com medo, insegurança e desconfiança já imaginando “o perigo” que será a convivência
com um umbandista.

Tais fatos nos levam, muitas vezes, a negar a Umbanda, afinal, ser “espírita” ou católico é mais
fácil e não causa tantos arrepios. Médiuns com grande capacidade espiritual costumam fugir
dos centros umbandistas ou quando assumem sua religiosidade dentro da Umbanda enfrentam
o medo do novo, a contrariedade da família e ainda precisam estar todo tempo atentos aos
ataques do baixo astral que não quer, entre outros motivos, a evolução espiritual do médium.

Precisamos mudar essa imagem negativa da Umbanda e para isso temos todos que ter sempre
em mente que a Umbanda é uma religião que prega as mesmas verdades e busca a mesma
paz de espírito que todas as outras religiões. Umbanda é reforma íntima, respeito, dedicação,
disciplina e superação. Umbanda é pureza, simplicidade, força, é a conscientização sobre o
Bem e o Mal. Umbanda não é milagre, mas merecimento. É estudo e consciência e não
comodismo ou achismo. É respeito à natureza, pois Umbanda é natureza. Umbanda é fé, amor,
conhecimento, justiça, lei, evolução, geração e a prática da caridade em todas as formas. É a conscientização de que cada pessoa é responsável por suas
atitudes, que o ato cometido sempre gera uma reação resultando em um Bem ou um Mal tanto para quem pratica como para quem recebe. Umbanda é a
consciência de que o sentido da vida é a busca da perfeição espiritual e material e de que o melhor caminho para alcançarmos essa perfeição é a prática de
boas atitudes ao próximo.

Ser umbandista é para poucos, é para os fortes e determinados!

Eu me orgulho de ser umbandista e bato no peito com toda a convicção, amor e respeito pois sou filha de Orixá e Eles estão em mim assim como eu estou
Neles.
Axé a todos os umbandistas que assumem, amam e respeitam nossa bela religião e os Sagrados Orixás!

Muitos conhecem, cantam ou já ouviram o Hino da Umbanda, uma canção que fala de paz
e de amor, que faz com que nosso corpo se arrepie de emoção. Mas, infelizmente, sua
origem é desconhecida por grande parte dos Umbandistas. Sendo assim, vamos aprender
um pouquinho mais falando hoje sobre o surgimento desta obra prima.

O Hino da Umbanda foi composto na década de 60, há cerca de 46 anos, por um cego que
em busca de sua cura foi procurar a ajuda do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Embora não
tenha conseguido a cura por ser sua cegueira cármica, ficou apaixonado pela religião e
escreveu uma canção para mostrar que poderia ver o mundo e nossa religião de outra
maneira. Apresentou a composição ao Caboclo das Sete Encruzilhadas que gostou tanto
que resolveu apresentá-la como Hino da Umbanda, o qual em 1961, no 2º Congresso de
Umbanda, foi oficializado para todo o Brasil.

É importante saber que não se deve repetir a ultima estrofe do hino; que em sinal de amor
e respeito pela religião coloca-se a mão direita sobre o peito e que, como para qualquer hino, não se deve bater palmas ao final de sua execução, as palmas
acontecem quando saudamos a Umbanda

Refletiu a luz divina


com todo seu esplendor
É do reino de Oxalá
onde há paz e amor.

Luz que refletiu na terra


Luz que refletiu no mar
Luz que veio de Aruanda
Para tudo iluminar.

A Umbanda é paz e amor,


é um mundo cheio de luz,
é a força que nos dá vida
e a grandeza nos conduz.

Avante filhos de fé,


como a nossa lei não há,
levando ao mundo inteiro
a bandeira de Oxalá!

Uma semana de muita paz e amor a todos! Axé!

Existe uma enorme diferença entre cobrar e pedir ajuda. A Umbanda é uma religião sem preconceitos, mas sofre
pelo preconceito. E esse sofrimento se dá pela falta de respeito em todos os sentidos e, claro, a questão mais
polêmica é a financeira. Vamos começar salientando que Umbanda é caridade que não se paga, é amor que
não se mede e é dedicação que não se discute. Por isso a Umbanda ajuda, mas não cobra e pede, mas não
exige. Mas o que mais acontece é que quando um dirigente fala em ajuda material tem consulente que já sente
um arrepio e logo pensa: “Estava demorando! Eu sabia que essa coisa de umbanda é macumba mesmo! Imagina,
o pai de santo quer que eu pague suas contas!”, e logo vai embora falando horrores do terreiro e da Umbanda. O
problema é que este consulente esquece que ele lavou as mãos, que deu descarga no banheiro, que o chão está
limpo, que as luzes estão acesas, que há velas no altar, que ele é defumado, que existe um imóvel pelo qual se
paga impostos, aluguel, contador, faxineira… Nossa, uma infinidade de coisas! E na próxima semana o Centro
estará lá: novamente de portas abertas com o chão limpo, as luzes acesas, velas no altar…
Não se percebe que há necessidades básicas para se realizar um trabalho espiritual e que o consulente
também tem o dever de colaborar e não de julgar, afinal de contas ele se aproveita também materialmente do
local. O entendimento de que a ajuda financeira também é obrigação da assistência, e não somente do corpo
mediúnico, é necessário e deve ser encarado naturalmente sem nenhum tipo de constrangimento, tanto por parte
dos dirigentes espirituais, que devem pedir pois se não pedirem poucos colaboram, quanto por parte do corpo
mediúnico e da assistência.
Observem: A igreja católica pede e incentiva o dízimo com agradecimentos públicos e visitas particulares e
ninguém xinga o padre. Nos centros kardecistas as pessoas doam com muito orgulho casas, sítios, terrenos, etc.
Os pastores desafiam os fiéis a “dar uma prova de fé” e as igrejas evangélicas estão aí, tornaram-se uma potência
religiosa. Pessoas vendem milagres a preços exorbitantes e prometem rapidez no resultado do trabalho e esses
são os bons aos olhos dos clientes, pois nestes casos não existe a Vontade de Deus, nem a religiosidade. Mal sabem os que pagam por isso que realmente
conseguem o que querem por terem ativado forças negativas poderosíssimas que aceitam o pagamento, mas que cedo ou tarde se voltam contra o próprio
“cliente”.
Tudo muito natural, não? Para eles sim, mas para os dirigentes espirituais quando há a necessidade de pedir morrem de vergonh a e são taxados de
macumbeiros, trambiqueiros e caras de pau. Conclusão: o dirigente e os médiuns literalmente pagam para abrir as portas do Centro Umbandista, pagam para
fazer a caridade e pagam para ajudar o assistido que é o maior beneficiado e também quem mais fala mal da nossa querida Umbanda tão maltratada e tão mal
falada. Essa Umbanda que não cobra nada, mas necessita de tudo. Necessita de ajuda, amor, dedicação e principalmente de respeito.
A Umbanda precisa de ajuda, de pagamento não. A Umbanda pede, mas não cobra.
Axé a todos!
Vamos hoje falar um pouquinho sobre este elemento fundamental nos rituais umbandistas: as velas. Por que acendemos velas? O que elas representam e
como atuam? Acho que muitas pessoas já se fizeram estas perguntas e outras nunca pensaram sobre o
assunto. Como estamos buscando mais conhecimento e menos ações automáticas, acredito que este seja
um assunto bem relevante. Então vamos lá!

A vela significa luz, atua no éter de quem recebe suas irradiações ígneas e é um simples, mas poderoso
instrumento. Tal como o incenso, uma vela acesa altera o estado energético de um ambiente ou de uma
pessoa. Quando está acesa, durante o dia ou noite, além de enviar nossas intensões como luz que toca
outra luz em vário níveis, ela se torna uma energia contínua de nossas orações, ela se torna a vigília de
nossos pensamentos, pois sempre que passarmos por ela seu brilho chamará nossa consciência de volta
para o propósito de nossa solicitação ou pensamento e a sua luz atuará como um laser para concentrar a
energia de nossas intenções. Portanto ela ativa nossa fé nos mantendo em sintonia com o Plano Astral
Superior e é fato que uma vela acesa positivamente atrai os bons espíritos para perto. Na realização de
uma oferenda as velas acesas ativam e potencializam nossas intenções.

É importante saber também que uma simples vela consiste na união dos quatro elementos. O elemento
terra, ou energia telúrica, é representado pela parafina que vem do petróleo, das profundezas do planeta; o
elemento ar, com a energia eólica, é representado pela fumaça que a vela exala, ainda que tênue; o
elemento fogo, ou energia ígnea, é representado pela chama da vela e, finalmente, o elemento água, e a
energia mineral, é representado pela combustão dos materiais da vela onde se desprendem moléculas de
hidrogênio que se combinam com o oxigênio e formam a molécula de água no estado gasoso.

Além de todas essas vibrações, energias e elementos temos também a questão da pigmentação da vela onde a cor, com base na cromoterapia, mexe com
nossas vibrações mental e energética. Por exemplo: a vela branca, que representa a união de todas as cores, é purificadora, traz a sensação de limpeza,
claridade e estimula a criatividade; a vela amarela simboliza a alegria de viver e o alto astral; a vela cor de rosa abre o coração e estimula todas as formas de
inspiração e amor, traz conforto e aconchego à alma; a vela vermelha simboliza o dinamismo, a força e a coragem e é uma boa pedida para quem está
deprimido ou sem ânimo para nada; a vela azul clara traz paz e tranquilidade, estimula o crescimento pessoal e melhora o auto controle; a vela verde
representa a esperança e a abundância, estimula momentos de paz e cura, traz tranquilidade e acaba com as tensões.

Espero que vocês tenham conseguido entender um pouquinho deste importante fundamento umbandista, mas como conhecimento nunca é demais, saliento
que este é um assunto legal para se estudar mais afundo e detalhadamente.

Esse é um ponto que merece bastante atenção e um esclarecimento maior mas, na gigantesca maioria das vezes, observamos que esse medo é reflexo da
falta de conhecimento sobre o que é a mediunidade e como tratá-la. O primeiro ponto a ser
esclarecido é de que a mediunidade não é escravidão, mas uma grande oportunidade de
evoluir espiritualmente, visto que, não somos matéria mas sim espíritos em experiências no
Plano Material. Outro ponto importante a esclarecer é que aquelas frases que todo mundo
escuta, como: “é um caminho sem volta” ou “nunca mais poderá sair dessa vida” até têm
um certo sentido, mas estão sendo mal interpretadas. Pense comigo: ser médium não é
uma escolha atual ou uma determinação externa, mas uma opção e essa opção foi sua em
algum momento do passado, por isso, a mediunidade não surge de repente só porque você
está frequentando um Terreiro ou um Centro. Você optou por ser um intermediário
entre o plano espiritual e material, você foi, você é e você sempre será médium perante
os Planos Espirituais Superior e Inferior, por isso, a mediunidade é sim o seu caminho e,
querendo ou não, é sem volta pois não tem como apagar a sua Luz Interior, a Luz da
mediunidade que você tanto desejou, pediu e se esforçou para conquistar.

Então, olhe para o Alto, olhe para si e agradeça por ser eternamente Luz, pois é a sua conquista, é o seu dom dado por Deus. Saiba que essa Luz ninguém
lhe tira e ninguém apaga, portanto, assuma-a e deixe-a refletir com orgulho, alegria e toda a sua gratidão a Deus, afinal, é muito bom ser um instrumento Dele.
Saliento que a mediunidade só é uma escravidão ou punição quando não há conhecimento sobre o quê, como, quando e de que forma ser médium. Quando
não se sabe ‘abrir e fechar’ a mediunidade, quando não se tem todas as Forças Espirituais Superiores e Inferiores alinhadas, ordenadas e equilibradas, ou
ainda, quando se perde o amparo e a proteção do Plano Superior Divino.

Fico impressionada com a quantidade de médiuns que se recusam a desenvolver a sua mediunidade por medo, e aí esclareço que só através de um bom
desenvolvimento é que se adquire atributos como equilíbrio, ordenação e amparo. Observo que muitas pessoas têm medo de incorporar e acreditam que isso
é algo do outro mundo, mas mal sabem que muitas vezes estão incorporando em suas próprias casas ou em qualquer local sem nenhum cuidado ou
conhecimento. Isso acontece naquela hora da briga onde se perde o controle sobre os atos e sobre as palavras, acontece naquel e momento em que se fala o
que não se pensa ou quando se faz aquilo que não se quer, e aí vem a culpa, a sensação de “como pude fazer isso?” e o arrepen dimento. Vejam, nesses
momentos pode ter havido uma irradiação, uma influência e até mesmo uma incorporação do baixo astral, de espíritos zombeteiros ou vingativos que se
aproveitam do desequilíbrio e da negatividade do médium e fazem a festa. Acreditem: isso é muito comum de acontecer, só que ninguém tem medo, talvez por
não saberem que uma incorporação pode acontecer de forma tão sutil, só dependendo da afinidade que o ser tem em relação ao espírito desencarnado. O pior
é que isso pode acontecer a qualquer momento e em qualquer local, basta não ter domínio sobre a mediunidade e sobre si própri o.

Se todo esse medo da mediunidade acontece por falta de explicação ou conhecimento, então saiba que tudo é muito simples e se você se ajudar com um
pouco de boa vontade e dedicação aos estudos umbandistas, tudo fica ainda melhor. Acredite, é muito melhor ter esse Dom equilibrado do que viver
perturbado e sem prosperidade na vida, pois a espiritualidade traz sim a prosperidade, talvez não essa prosperidade financeira em que a maioria pensa,
mas a prosperidade de alma, e essa não se compra em lugar algum, somente se conquista. E se mesmo assim você ainda acha que a mediunidade é uma
escravidão, eu digo para você: “Prefiro ser escrava de Deus e dos queridos Guias Espirituais
do que ser escrava da doença, da miséria, do chefe, do vício, do marido, do dinheiro, da mãe
ou do que quer que seja.

Quem nunca tomou um bom banho de rosas? Mais do que isso, quem nunca utilizou estas
flores para decorar, harmonizar, perfumar ou romantizar um ambiente? Pois é, as rosas
expressam as emoções do amor e da vida e quando bem utilizadas podem nos proporcionar
enormes benefícios. Mas afinal, rosas de qual cor devem ser usadas e em que situações?
Vejam só:
Rosas Brancas trazem o sentido da Pureza e da Paz. Facilitam a paz interior e ajudam a entrar em conexão e contemplação com o eu interior. Protegem
contra energias negativas, purificam os sentimentos, acalmam e trazem o sentido da compaixão estimulando o perdão. São ligada à harmonia e à
espiritualidade superior. Podem ser usadas em crianças e até bebês. O banho com rosas brancas é eficaz contra alergias de pele e coceiras. Colocadas nos
ambientes atuam contra as energias maléficas e acalmam as pessoas que estão ao seu redor. A rosa branca esta ligada a Yemanjá e a Oxalá.

Rosas amarelas significam Felicidade e Amizade. Tanto em banhos como colocadas em ambientes trazem bem estar, alegria, sensação de leveza e
ajudam a ativar as energias universais da prosperidade. O banho equilibra o espírito e a mente e é excelente para limpeza espiritual. A rosa amarela esta
ligada a Oxum e Yansã.

Rosas cor de rosa estão ligadas à Amizade e ao Carinho. Facilitam a conexão com a chama trina e com a divindade interior. Desenvolvem sentimento
de amor próprio, humildade e passividade. Ajudam a reconhecer os erros e a perdoar os fatos negativos da vida. A rosa cor de rosa está ligada a Oxum e aos
Ibejis.

Rosas vermelhas significam Amor e Paixão, são um modo mais direto de dizer “Eu amo” alguém, algo, a vida, o trabalho, ou qualquer outra coisa. São
totalmente indicadas para as pessoas que perderam a paixão pela vida. Ajudam a desenvolver a sensualidade, e despertam a libido. É um banho estimulante
que tem o poder de desbloquear os chacras e livrar a aura de miasmas espirituais, deixando a pessoa “descarregada” de energias negativas. É ótimo contra
depressão. A rosa vermelha está ligada a Yansã, aos Ciganos e às Pombagiras.

Uma semana de muito banho de rosas a todos! Axé!

SER Umbanda é muito diferente de ESTAR Umbanda. Meus filhos espirituais, aos quais
oriento e ensino, sabem muito bem que este é um ponto que venho trabalhando há muito
tempo dentro do meu Terreiro, pois acredito que só entendendo e, mais do que isso,
sentindo essa diferença é que se pode sair da condição de médium e passar para a
condição de Instrumento de Deus. Tentarei aqui reproduzir em poucas palavras alguns dos
inúmeros ensinamentos que já ouvi de Guias Espirituais para que possamos refletir e
entender o que realmente é Ser Umbanda.

“O trabalho espiritual e de caridade foi gerado para que as pessoas pudessem ter a
grandeoportunidade de anular situações cármicas, ou pelo menos aliviá-las. Mas o que se
vê é exatamente o contrário: médiuns aumentando seus carmas dentro dos próprios
terreiros de Umbanda. Isso acontece devido ao abuso perante a espiritualidade, onde
‘médiuns’ aproveitam as incorporações para discutirem relações pessoais ou para dizerem
aquilo que não têm coragem de fazer pessoalmente. Isso acontece devido à priorização de
interesses pessoais pois observamos que muitos médiuns estão vestidos de branco realizando um “trabalho de caridade” mas esperando algo em troca, algo
como um emprego melhor, um namorado ou quem sabe até a solução de seu casamento. Acontece também, talvez devido à falta de interesse do ‘médium’
pelo Plano Astral ou até descaso, de ouvirmos que “ é o Guia quem trabalha, não eu, por isso não tenho a obrigação nem a necessidade de saber nada”. Outra
coisa que cansamos de ver é aquele médium que enche a boca para falar que “sexta-feira é dia de trabalho no Centro, é minha obrigação estar lá”. Quer dizer
que entrar para o lado Sagrado da Espiritualidade é OBRIGAÇÃO? Definitivamente não! Isso é uma OPORTUNIDADE ÚNICA, é um momento mágico e Divino
onde o Ser tem a permissão de fazer parte e conhecer. Não pode ser encarada como obrigação, mas feito com alegria, amor e satisfação. Observo que muitos
médiuns estão perdendo essa oportunidade única para irem à academias, passeios, jantares … e depois reclamam da vida! É lamentável e triste ver que
existem muitos médiuns aumentando seus carmas dentro dos Terreiros de Umbanda ao invés de eliminá-los. É lamentável.”

Sr. Exu Sete Catacumbas.

“ Quantos de vocês, médiuns, conseguem sentir o que é verdadeiramente um Orixá? Quantos de vocês conseguem realmente Ser umbandistas a ponto de
deixarem de rezar o Pai Nosso para falar com os Orixás? Não que rezar o Pai Nosso seja errado, mas é cômodo e sistemático. A força dos umbandistas são
os Orixás, que é o oculto, com energias próprias. SER UMBANDISTA é chegar a esse oculto através da mente e da fé, sem nada palpável ou provado,
somente sentido.”

Boiadeiro Quebra no Laço.

“Ser umbandista é saber trocar o medo e as preocupações pela Fé.”

Preto-velho Vô Bento

“Um bom exemplo para entender a vida é imaginar-se dentro de um ônibus onde tudo à sua volta passa, somente o condutor (teu Mentor Espiritual) e o
cobrador (a própria Lei) não desceram ou abandonaram os seus postos antes do tempo. As paisagens, as pessoas e as situações, tudo estará sempre em
movimento. Às vezes esse ônibus estará cheio e você terá que praticar a tolerância e a paciência até o próximo ponto, e olhe, é melhor não reclamar ou
esbravejar, pois se você criar muita confusão o ônibus terá que parar e demorará mais para chegar ao ponto final. Às vezes esse ônibus estará vazio e você só
terá o motorista e o cobrador para conversar e aí tem que saber aproveitar e não somente reclamar, caso contrário o desânimo e a solidão vêm e você não vê
a vida passar. Entender a vida é saber que a cada partida desse ônibus o ponto final fica mais perto, por isso anime-se a cada movimento e tenha esperança,
você nunca sabe o que poderá encontrar lá adiante no próximo ponto.”

Baiano Seu Zé

Que Oxalá abençoe a todos os umbandistas para que consigam realmente abrir suas mentes e seus corações e, assim, sentirem o que é um Orixá, não
através da incorporação simplesmente, mas através do Amor verdadeiro.

Muito Axé! E que cada um de nós possa, dia após dia, cada vez mais SER Umbanda !

P
Acredito que muitos já devem ter se perguntado isso: Qual o fundamento deste altar? De
onde vem essa energia? Qual a sua função perante a assistência? Sei como é difícil aceitar
e até utilizar de forma correta o que não se entende, portanto, hoje falaremos sobre um
ponto importantíssimo dentro dos terreiros: o Altar.

O Altar é um ponto de força e deve ser firmado e assentado corretamente, pois é o meio
pelo qual as Irradiações Divinas alcançarão todos os fiéis diante dele. A principal função de
um altar é criar um magnetismo, uma ligação entre “ o céu e a terra”, e é através dele que as irradiações verticais das Divindades – DO ALTO – descerão até o
altar e se espalharão na horizontal ocupando todo o espaço destinado às praticas religiosas. Os fundamentos específicos de um altar só podem ser explicados
por quem o fez, mas o Fundamento Divino de sua existência em um templo é que quando nos colocamos respeitosamente diante dele, estaremos bem
próximos de Deus e de Suas Sagradas Divindades.

As imagens que encontramos nos altares dos centros de Umbanda têm a função de impor um respeito único aos frequentadores induzindo uma postura
respeitosa, silenciosa e reverente. As imagens apenas representam os Orixás, uma vez que é muito utilizado também o sincretismo religioso, uma unificação
através da semelhança entre as características de um Orixá e as de um santo católico. É claro que Ogum não é São Jorge apenas se assemelha a ele em sua
qualidade guerreira e Oxalá não é Jesus Cristo apenas traz o mesmo sentido de paz, compreensão, amor incondicional, e assim segue para todos. Orixá não é
santo, pois santo foi um espírito humano que viveu no plano material e por boas atitudes foi canonizado pela igreja católica e também não é anjo, pois anjo é
um mensageiro de Deus. Orixá é Divindade de Deus, ou seja, é um ser Divino e um mistério de Deus, é uma exteriorização e representante exclusivo de Deus.
Por isso entendam: Orixá nunca encarnou, portanto não é santo, nem dá consultas, Orixá não é mensageiro de Deus mas sim representante de suas
qualidades, atributos e sentidos. Orixá vem da cultura africana Nagô – Yorubá. São Divindades criadas a partir de Olorun, que é o Deus Supremo onipresente,
onipotente e onisciente. Umbanda cultua Orixá através de suas qualidades, elementos e mistérios.

Umbanda é e está na Natureza e em seus elementos naturais. Por isso melhor que ter imagens nos altares, é ter elementos naturais que representem os
Sagrados Orixás, ou seja, trazer a força da natureza, “da Umbanda”, para dentro de nossa casa. Esses elementos podem ser as águas minerais ou cristalinas,
as ervas, flores ou plantas, as pedras ou os minérios, como também instrumentos simbolizando a força e o mistério do Orixá. Vejam alguns exemplos de
elementos que você pode colocar em seu altar de forma simples, bonita e muito poderosa:

• Oxalá – cristal transparente, taça de inox ou copo com vinho branco ou água mineral, girassóis, trigos.

• Oxum – pedras como quartzo-rosa, ametista, pirita, água doce de rio ou de cachoeira, rosas amarelas, flor chuva de ouro.

• Oxóssi – pedra como esmeralda ou quartzo verde, ervas como guiné, alecrim, espada de Oxóssi, copo de vinho, cipó.

• Xangô – pedras de otá ou jaspe, espada de Xangô, machados, cerveja preta.

• Ogum – pedras como granada ou rubi, cerveja clara, espadas, lanças ou escudo de ferro, espada de São Jorge.

• Obaluayê – pedras como ônix ou turmalina preta, taça de vinho tinto ou água mineral, crisântemo, palha da costa com búzios.

• Iemanjá – pedras como água-marinha ou madre-pérola, água do mar, estrela do mar, conchas, rosas brancas, alfazema.
Não podemos esquecer das velas em nosso altar, pois vela é mistério usado por todas as religiões do mundo. Quando é ativada religiosamente, se torna um
poderoso elemento mágico, energético e vibratório que atua no etérico de quem recebe sua irradiação ígnea, elas têm o poder de consumir as energias
negativas que são descarregadas pelos frequentadores do Templo.

LEMBRAMOS que não há mal algum em ter um altar em casa, só é preciso ter Respeito e Amor, pois não se pode montar um altar po r impulso ou tratar as
Divindades como elemento de “moda”. Umbanda tem fundamento e é preciso respeitar!

Será que agora dá pra olhar de modo diferente para os nossos altares?

Muito Axé a todos!

Mediunidade é a faculdade que uma pessoa possui e que, se desenvolvida de maneira


séria e correta, poderá servir de veículo de comunicação entre os dois planos: o espiritual e
o material. A mediunidade é um DOM e, assim como o médium, deve ser lapidada e
preparada para lidar com forças poderosíssimas e irradiações emanadas de Deus. Essa
lapidação só se realiza de forma ordenada se houver a dedicação do médium com os
estudos, com o desenvolvimento correto em dias próprios, com a mudança de maus
hábitos, com o reconhecimento e a reparação de erros e vícios, com a reforma íntima, com
a disciplina e o respeito … tudo isso entre uma porção de regras, deveres e muito trabalho.

Mas depois de saber de todas essas obrigações e necessidades, é possível dizer que é
bom ser médium? CLARO QUE SIM!!! A mediunidade é uma oportunidade única e excelsa
em nossa vida, é uma grande benção, pois é através dela que aceleramos nossa evolução
espiritual. É fato que ao nos educarmos mediunicamente nossa sensibilidade aumenta e ,
depois de um tempo, nos tornamos capazes de identificar as presenças espirituais tanto
positivas como negativas que adentram em nosso campo mediúnico, o que facilita nosso
entendimento sobre “os fatos” da vida material. Educando-nos mediunicamente alcançamos
a sintonização mental com nossos Mentores, Guias e os Orixás que nos auxiliam sempre
de forma positiva, equilibrando e harmonizando nossa vida e nos sintonizando com o que é
Divino.

Mediunidade não é provação, não é punição e não é escravidão. Mediunidade é alegria, é liberdade espiritual, é prosperidade … são bençãos, bençãos e
bençãos em nossas vidas. APROVEITE ESTA ENCARNAÇÃO! ACEITE, CRESÇA E EVOLUA!

E você? O que acha de ser médium? Te traz felicidades ou pesares? Refletir sobre situações da vida e, principalmente, sobre as nossas escolhas nos faz
fortes e convictos. Exercite!!!

Muito Axé e uma semana de bastante crescimento a todos.

Acredito que nós, umbandistas, temos uma grande deficiência literária e por consequência
uma bela dificuldade ou trabalho redobrado para suprir as necessidades de conhecimento
básicas de nossa religião. Existem perguntas específicas que são altamente pertinentes
aos trabalhos da Umbanda mas muitas vezes não se consegue as respostas dentro dos
Terreiros, o que deixa os médiuns umbandistas inseguros e, principalmente, sem a real
dimensão da espiritualidade em vossas vidas. Para conseguir respostas, quando não são
encontradas dentro dos Terreiros em estudos doutrinários, se faz necessário a busca em
outras doutrinas espíritas, e é ai que entram as codificações de Allan Kardec como sendo a literatura principal e a mais recomendada para os umbandistas que
tentam suprir suas necessidades culturais.

Mas, ao buscar em outras doutrinas os ensinamentos espirituais, é necessária a compreensão litúrgica e ritualística dentro da religião de Umbanda p ara que
não ocorra uma miscelânea religiosa, ou seja, alguns termos têm que estar bem claros, para que os umbandistas não criem novas Umbandas e nem a
misturem ainda mais. Portanto, é importante que os umbandistas saibam, por exemplo, que na Umbanda não existe umbral, colônia, obsessor, Exu fora da lei,
céu, inferno, pecado e muitos outros termos que são próprios de outras religiões e doutrinas, como também é importante que os umbandistas saibam absorver
somente o que há de bom nelas e adaptem os termos à sua religião. Só assim se conseguirá ter um melhor entendimento teórico, sem criar novos termos e
conceitos. A partir desses entendimentos não há nada de errado em aprender com as outras religiões e doutrinas, mas saliento que é importante que sejamos
convictos de nossa própria religião ao procurar outras para estudo e que o intuito seja de apenas nos melhorar dentro Dela.

Frases do tipo “se na sua Casa deu certo, então é Umbanda e está certo”, têm que ser sucumbidas de nossa religião, afinal, utilizar sangue animal dá certo,
mas ISSO NÃO É UMBANDA. Rezar para santo dá certo, mas ISSO NÃO É UMBANDA. Oferendar Exu e Pombogira para conseguir “determinadas”
necessidades próprias dá certo, mas ISSO NÃO É UMBANDA. Outra frase também, muito comum que deve ser reavaliada é: “se está fazendo a caridade, está
fazendo Umbanda”. Oras, não é só a Umbanda que faz a caridade! O simples fato de você dar um prato de comida a um mendigo já é caridade, independente
de sua conduta moral e religiosidade. Ou seja, a Umbanda não se caracteriza somente pela caridade, existem muitos outros pontos que estão presentes na
nossa religião e um muito importante é a reforma íntima e essa só se alcança com o conhecimento e com o entendimento do Plano Espiritual.

Um ótimo feriado a todos! Muito Axé!

Tenho observado bastante o quanto as pessoas se queixam por coisas que gostariam de ter mas não têm, pelo amor que se foi, pela atenção requerida, pelo
descanso merecido mas não conseguido, pelo filho que não faz visitas … Enfim, são tantas
lamentações que no fundo se baseiam em um único motivo que, infelizmente, é tendência do ser
humano, a mania de dar pouco e esperar muito quando a felicidade e fim da lamúria está em se
fazer exatamente o contrário: dar muito sem esperar nada em troca.

Tem um poema muito legal de Carlos Drummond de Andrade que fala um pouco sobre isso de
uma maneia única. Talvez ele nos ajude a refletir um pouco mais e a começarmos a mudar de
atitude.

“Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas
que foram sonhadas e não se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a
gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou
em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a
sofrer pela nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter
conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter
compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas
livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente
conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos
compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. Como
aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o
desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.”

Carlos Drummond de Andrade

Muito Axé e uma semana de muitas reflexões a todos!

Hoje trago a vocês um artigo que fala sobre um assunto muito interessante: as características dos filhos de
cada Orixá. É legal entendermos que apresentamos características pessoais e influências relacionadas ao
nosso Pai ou Mãe Orixá, mas que na maioria das vezes expressamos essas características de forma
contrária e negativa, fato que reflete nosso desequilíbrio emocional e espiritual. Um exemplo disso poderia
ser uma filha de Iemanjá que não pretende ou não gosta da ideia de ter filhos. Este “não querer” mostra o
desequilíbrio desta pessoa pois vai totalmente contra as características esperadas para uma filha que
Iemanjá, que é a Orixá que representa a geração e os laços familiares. Reconhecer esse nosso
desequilíbrio é o primeiro passo para conquistar uma vida harmoniosa, tanto em nosso dia a dia, como
dentro de nossa estrutura religiosa, a Umbanda, que tem os Orixás como Força Sustentadora e Divindades
Sagradas.

Características dos Filhos de Oxalá:


Mercê da própria presença soberana do Orixá Maior da Umbanda, os Filhos de Oxalá também marcam
naturalmente suas próprias presenças. Destacam-se com facilidade em qualquer ambiente, são cuidadosos
e generosos, e, dada sua exigência no sentido de conseguir sempre a perfeição, são também detalhistas ao
extremo. Curiosos, procuram saber detalhes, às vezes, chegando mesmo a tornarem-se aborrecidos por
isso. Pais excelentes. Mães amorosas. Dedicam-se com um carinho excepcional às crianças, com quem se
relacionam muito naturalmente e de quem não gostam de afastar-se. Relacionam-se com facilidade com
filhos de outros Orixás, todavia, têm sempre certa prevenção em relação às pessoas a quem não conhecem
muito bem. São um tanto inconstantes e se amuam ou se zangam com grande facilidade. Impõem sua
opinião até os extremos e não raramente por causa dessa característica se desentendem com filhos de Ogum, Inhançã e Xangô, principalmente. São,
também, pessoas de grande capacidade de mando, tornando-se, não raras vezes, líderes em suas comunidades. Por outro lado, são também ensimesmados,
tendo alguma dificuldade em expor problemas e/ou desabafar com estranhos e, às vezes, até mesmo com pessoas íntimas. A velhice tende a tornar os Filhos
de Oxalá irritados e rabugentos. Por paradoxal que pareça, a vaidade masculina encontra em seu mais alto ponto nos Filhos de Oxalá, sempre preocupados
em ostentar boa aparência e em serem agradáveis. As Filhas de Oxalá são boas mães e esposas, embora, às vezes, se mostrem um pouco dominadoras e
ciumentas. Também gostam de apresentar-se bem, embora discretamente.
Características dos Filhos de Inhaçã:
Nascidos da Luz da Manhã, os Filhos de Inhaçã são a própria majestade do Orixá. Sua principal característica exterior é ser sempre uma entidade dominante.
Ocupam naturalmente posição de destaque e nunca passam desapercebidos. Gostam de vestir-se sempre na moda e de estarem sempre atualizados, embora
haja sempre uma pitada de exagero em quase tudo o que fazem. Têm personalidade marcante, que dificilmente é esquecida. Brilha m em quase tudo o que
fazem. São temperamentais por excelência, mudam de opinião com facilidade, amando ou desprezando objetos e pessoas ou, ainda, coisas, absolutamente
sem motivos aparente. São inconstantes e sentimentais, arrependendo-se com facilidade por atos praticados, mas, também, esquecendo-os e, não raras
vezes, repetindo-os. O Filho de Inhaçã herda do Orixá suas características Guerreiras, empenha-se em discussões estéreis, às vezes, só pelo prazer de
contestar, não se preocupando absolutamente com os resultados finais. Todavia, quase em tudo o que toca consegue levar a bom termo. É também muito
dedicado e prestimoso e além de tudo, alegre.
As Filhas de Inhaçã são sempre extremadas: ou amam apaixonadamente ou simplesmente esquecem. Incapazes de odiar, não hesitam em se reaproximar de
alguém que lhes tenha magoado, sentindo, não raras vezes, uma real piedade e amor por essa mesma pessoa se, por qualquer razão, estiver em posição de
dor ou inferioridade. Não raras vezes, também, assumem as causas alheias, trazem parentes enfermos para dentro das próprias casas, depois, brigam com
maridos e filhos por causa desses parentes, posteriormente, invertem toda a situação, mandando embora quem haviam trazido e buscando a paz familiar,
como se nada tivesse acontecido. Fazendo tudo em escala maior, amam com intensidade, dão-se com facilidade, produzem ou promovem e depois, pura e
simplesmente, esquecem. Quer seja homem ou mulher, o Filho de Inhaçã será sempre alguém que dificilmente consegue passar desaperce bido. Será sempre
um temporal num copo d’água, passando da tranqüilidade de um lago sereno a incerteza de um mar tempestuoso. Sua principal característica positiva reside
na sua capacidade de não apenas perdoar quem eventualmente lhe haja ofendido, como principalmente, esquecer a ofensa. Talvez nenhum outro consiga
realmente esquecer o Filho de Inhaçã. Quando lideres em alguma atividade, quase sempre marcam, de maneira indelével, suas administrações, mesmo que
isso lhes custe sacrifícios. As Filhas de Inhaçã são extremadas como as chamadas “super mães”. Lutam pela felicidade e progresso de seus filhos e não
admitem erros ou faltas, embora, quase nunca tenham coragem de punir as crianças. Como pessoas são exageradamente ciumentas, às vezes, chegando a
infernizar a vida de seus companheiros por causa do ciúme.

Características dos Filhos de Cosme e Damião (Erês):


Alegria, sem sombra de dúvidas, é a principal característica dos Filhos de Cosme e Damião. Mesmo em circunstâncias difíceis parecem irradiar sempre
alegria. São simples, generosos, altruístas, embora um tanto inconstantes, sinceros e justos. Têm grande apego à família e aos amigos, não raramente
fazendo grandes sacrifícios para beneficiar os outros. Gostam de participar e dividir tudo o que têm e contentam-se com pouco. Não admitem não ser
considerados e magoam-se quando acham que não foram tratados com a devida consideração, embora não guardem rancor. Exigem um pouco de mimo, de
atenção, em quase tudo o que fazem. Adoram ver seu trabalho reconhecido e admirado. Os Filhos de Cosme e Damião são bons pais e maridos. Amantes do
lar, são, ainda, calmos e tranqüilos. As Filhas de Cosme e Damião são excelentes esposas e mães, embora, geralmente, muito dependentes. Costumam
estabelecer laços familiares muito fortes. Não raramente, mesmo com idade avançada, não tomam quase nenhuma atitude sem consultar seus pais e outros
parentes ascendentes.

Características dos Filhos de Iemanjá:


Iemanjá e Oxum se confundem com o Espírito Criador e muitas de suas características também se confundem. Representam a própri a instituição da família,
seus laços, suas dependências. O Filho de Iemanjá é empreendedor, ativo, um pouco sovina. Sonha com grandes progressos, embora, às vezes, de forma
ingênua, não tenha idéia de proporção, exagerado em suas aspirações. Raramente toma atitudes agressivas, excetuando-se, naturalmente, no plano familiar.
De temperamento dócil, sereno, pode também agitar-se por qualquer motivo. Dificilmente consegue esquecer uma ofensa recebida e custa muito a depositar
novamente confiança em que haja lhe ferido ou magoado. A mulher que é Filha de Iemanjá tem no marido e filhos seu principal objetivo. Costuma ser muito
exigente com os filhos, mas perdoa todas as suas faltas, não raramente, escondendo-as, para que as crianças não sejam punidas por mestres ou pais. Como
uma fera, briga com quem quer que se interponha entre os filhos e o lar. Também costuma ser desconfiada e não raro inferniza a vida do companheiro com
ciúmes doentios. Se necessário, ombreia-se com o marido para fazer frente às dificuldades da vida, dando tudo de si. Nunca deixa de fazer o que lhe pedem,
embora tenha uma grande tendência a reclamar de tudo. É empreendedora e ativa, vaidosa e coquete, gosta de adornos discretos e caros. Exige muitas
atenções e geralmente, embora realize com perfeição os deveres domésticos, parece não sentir grandes atrações para com a cozi nha, a não ser no que diz
respeito aos filhos. O Filho de Iemanjá parece estar sempre lutando para galgar um lugar de destaque, qualquer que seja o empreendimento a que se dedique.
É, por sua própria natureza, um lutador. Os Filhos de Iemanjá são profundamente emotivos, razão pela qual são chamados de chorões.

Características dos Filhos de Oxum:


Quase tudo o que foi dito sobre Iemanjá pode ser estendido a Oxum, cujo relacionamento com seus filhos se equivale por representarem ambas o Princípio
Criador. Também é aplicada aos Filhos de Oxum, ainda mais emotivos que os de Iemanjá, a denominação de chorões. A sensibilidade dos Filhos de Oxum é
ainda maior e, não raras vezes, chamados, principalmente as mulheres, de dengosas e flores de estufa, que fenecem ao menor mo tivo. Na verdade, os Filhos
de Oxum, essencialmente honestos e dedicados, esperam sempre merecer as atenções que procuram despertar e sentem-se desprestigiadas quando não
acontece. Um fato a ser considerado é o de que os Filhos de Oxum tendem a guardar por mais tempo alguma coisa que lhes tenha atingido e olham com muita
desconfiança quem os traiu uma vez. Por outro lado, menos vaidoso do que os Filhos de Iemanjá ou Inhaçã, aparentam, mesmo em roupas discretas, uma
certa realeza. Ternos e carinhosos, são conseqüentes e seguros e buscam sempre a companhia de pessoas de caráter. Preferem não impor suas opiniões,
mas detestam ser contrariados. Custam muito a se irritar, mas quando o fazem, também custam a serenar. Oxum parece ocupar no coração das pessoas o
espaço destinado à figura da mãe e esta característica faz com que seus filhos sejam naturalmente bem quistos e, não raras vezes, invejados. O homem e
mulher, Filhos de Oxum, são, a exemplo de Iemanjá, muito ligados ao lar e a família, em geral.

Características dos Filhos de Oxosse:


Oxosse representa a pureza das matas. Seus Filhos são honestos, desinteressados, altruístas e espontâneos. A sua principal característica é a honestidade
porque nunca esperam recompensa por aquilo que fazem espontaneamente. Têm um grande inconveniente: são inconstantes, não persistentes, seja qual for o
motivo. Com muita freqüência, após lutarem por um ideal, às vezes, às vésperas de consegui-lo desistem e partem para nova idéia. Geralmente, os Filhos de
Oxosse reúnem qualidades que são muito importantes. Se alguém está doente, ele é aquele que vai várias vezes visitar a pessoa, ver como está passando, se
interessa pelo bem-estar dos outros. Não se aborrecem com as reclamações e ouvem lamúrias dos outros sempre com muita atenção. Dão-se muito bem com
qualquer faixa de idade. Sentem-se mais à vontade em ambientes descontraídos. Não gostam de andar muito presos em roupas sociais. Não se sentem bem
em cerimônias muito formais. São dados a vida muito singela. Não são dados ao luxo; tem verdadeira ojeriza a tudo o que chama a atenção. Adoram andar,
gostam do ar livre, não gostam de ficar em ambientes fechados ou escuros. São muito complacentes com a aquisição de bens mate riais, sendo desligados de
tudo aquilo que se refira a luxo. O Filho de Oxosse costuma mudar de atividade com relativa facilidade, mas na possibilidade de lançar raízes em algum campo
de negócio, são profundos e seguros, jamais mudam. O chefe de família, Filho de Oxosse, é um tanto desligado do lar, não que ele não se interesse pelos
problemas familiares, é que prefere ser servido a servir. A mulher, Filha de Oxosse, tende a não ser muito boa dona de casa. Gosta das coisas bem feitas, mas
não de fazer, gosta das coisas em ordem, mas prefere mandar que os outros façam.

Características dos Filhos de Ogum:


Os Filhos de Ogum são tidos como brigões, mas é errôneo este pensamento. São mais intransigentes e obstinados do que propriamente brigões. Ogum
representa o Espírito da Lei e seus Filhos têm esta característica bem predominante. Raramente pondera as coisas: se o regulamento é este, então, tem que
ser seguido a qualquer custo. Toda Lei tem que ser estudada, para obter-se o seu verdadeiro sentido, para saber o seu espírito. Porém, para o Filho de Ogum,
ele é usada com parcimônia. Ele segue a Lei sem ligar se ela serve para este ou aquele caso. É a Lei, tem que cumprir, implacavelmente. O pai de família,
Filho de Ogum, não dá muitas chances de diálogo para seus filhos. É inflexível e radical. Usa uma lei para si e outra para os outros. É vaidoso, não gosta de
ser contrariado em suas opiniões. Raramente “arreda pé” de sua posição, mesmo quando não dá certo. Quer sempre fazer prevalecer o seu ponto de vista.
Não recua nenhuma vez em suas decisões. Tem sempre tendências para resolver as coisas para o seu lado, de qualquer forma. A mulher, Filha de Ogum é
mais querelante do que briguenta. É mais belicosa e de atitudes extremadas. É excelente mãe de família, porém, coitado do fil ho que não andar direito: ela é
do tipo que bate primeiro para depois perguntar onde foi o erro. O Filho de Ogum é dado a fazer conquistas, tem facilidade de relacionamento com o sexo
oposto de qualquer filiação de Orixá.

Características dos Filhos de Xangô:


O Filho de Xangô é, por excelência, calmo e muito ponderado. Costuma pesar os fatos com muito cuidado, procurando sempre pôr panos quentes em
qualquer disputa. Só toma decisões depois de pesar e analisar todos os ângulos dos problemas apresentados, procurando ser o mais justo possível. Dedica-se
de corpo e alma a tudo o que se propõe a fazer, mas desilude-se com muita facilidade também. É sonhador por excelência, acha sempre que tudo dará certo,
deixando-se levar, com muita freqüência, pela ilusão e pelo sonho. Sempre procura apresentar seus propósitos e planos de maneira mais bonita, mais
enfeitada, o mais claro possível, sem observar o que há de viável neles. Nunca procura ver se há realismo no que se propõe a fazer. Os Filhos de Xangô são
capazes, geralmente, de grandes sacrifícios, mas aborrecem-se profundamente se algo que programaram não dá certo. Não admitem mudanças de
programação, não só quando dependem deles a realização do plano programado. Costumam ficar roendo muito o que lhes acontece, ou o que não se realizou
com queriam. Separam, com muita freqüência, a realidade de si, levando seus pensamentos para altas esferas. Por serem muito honestos, magoam-se com
muita facilidade pela ingratidão das pessoas, achando que todo o mundo tem obrigação de ser honesto e preciso em suas decisõe s. A Filha de Xangô,
geralmente, é muito crédula, acredita em tudo o que lhe dizem. Magoa-se profundamente por coisas que não tenha feito ou que tenham dito que ela fez.
Guarda mágoas profundas, mas não consegue guardar raiva. Em relação ao lar, não gostam de sair de casa, preferem o aconchego do lar e são excelentes
mães de família, mantendo o lar em perfeita harmonia, não permitindo desavenças entre os familiares, dando possibilidades a t odos de se defenderem,
sempre que for necessário.

Características dos Filhos de Nanã:


Nanã é um Orixá velho. O mais velho dos Orixás femininos, talvez por isso seja, também, o mais amoroso e o mais egoísta. Os Filhos de Nanã são muito
possessivos e tendem a cercear seus amigos. São exclusivistas e não admitem dividir suas idéias. Dedicam-se sem reservas a seus amigos e parentes,
porém, procuram sempre criar barreiras para evitar que os mesmos encontrem novas amizades e novos caminhos. São rabugentos e costumam guardar em
seu íntimo tudo aquilo que lhe fazem. O Filho de Nanã jamais esquece o que lhe fazem, mesmo que depois lhe peçam desculpas. Sempre comenta e toca no
assunto quando há oportunidade. Gosta de estar rodeado de amigos, porém, não abre mão de sua presença, fazendo questão de que ela seja notada e
comentada. Veste-se muito bem e possui um pouco da intransigência de Ogum. Os Filhos de Nanã são resmungões e acham dificuldade em tudo o que
precisam fazer. Esperam sempre que os outros façam ou resolvam seus problemas. São muito ladinos, sempre acham uma forma dos outros fazerem suas
coisas. Por serem demasiadamente possessivos, não admitem que seus filhos ou familiares mais próximos tomem decisões sozinhos ou que seus
companheiros saiam sós.

Características dos Filhos de Abaluaiê:


Os Filhos de Abaluaiê são muito introvertidos, seu caráter, às vezes, são taciturnos, calados, fechados em si próprio; ás vezes, tem piques de alegria,
descontração, satisfação, indo de um pólo a outro, com muita facilidade e com muita freqüência.Os Filhos de Abaluaiê gostam d e ocultismo, têm certa
tendência para tudo o que é misterioso. Gostam e frequentemente estudam a vida dos astros. Gostam das artes e das pesquisas, dedicando-se muito a isso.
Convivem melhor com pessoas idosas do que com as mais jovens. Não têm a paciência necessária para suportar arroubos da mocidade. Mesmo os Filhos de
Abaluaiê com menos idade sempre procuram pessoas mais velhas para conviver. Não gostam de aglomerações, preferem isolamento, utilizando seu tempo
em coisas que consideram de maior utilidade. Raramente se abrem a respeito de seus problemas, preferindo “curtir” a mágoa ou a dor sem participar a
ninguém. Muito sentimentais e profundamente negativistas.

Nota Explicativa: Os Filhos de Fé não recebem influência de apenas um ou dois Orixás. Da mesma forma que nós não ficamos presos à educação e
orientação de um Pai ou Mãe Espiritual, também não ficamos sob a tutela de nosso Orixá de Frente ou Juntó. Frequentemente receb emos influências de
outros Orixás (como se fossem professores, avós, tios, amigos mais chegados na nossa vida material). O fato de recebermos essas influências não quer dizer
que somos filhos ou afilhados desses Orixás. Trata-se apenas de uma afinidade espiritual. Uma pessoa, às vezes, não se dá melhor com uma tia do que com
a mãe? Assim também é com os Orixás, podemos ser Filhos de Ogum ou Inhaçã e recebermos mais influência de Oxosse e Oxum. Posso ser Filho de
Obaluaiê e não gostar de trabalhar com Entidades que mais dizem respeito, preferindo trabalhar com Entidades das cachoeiras, o que, de forma alguma me
faz ser adotado por estes outros Orixás. O importante é que nos momentos mais decisivos de nossas vidas, suas influências benéficas se fazem presentes.
Quase sempre uma soma de valores e não apenas, e individualmente, a característica de um único Orixá.

Texto extraído da apostila do curso “Formação Sacerdotal de Umbanda – 25º Barco”,


ministrado pelo Babalaô Ronaldo Linares, Babá Dirce Paudette Fogo, Babá Tânia
Maria Simões e Babalaô Eurides Silva Costa através da Federação Umbandista
do Grande ABC.
Espero que gostem e aproveitem bastante. Bons estudos!

Este é um artigo especial que prometi aos alunos do Grupo de Estudo Religioso
Umbandista que realizo. Porém, como é um assunto de extrema importância e que traz
duvidas a muitos umbandistas resolvi aproveitar e publicá-lo aqui no blog para que ele
possa contribuir com o estudo de todos. Como o assunto é muito extenso, farei a
publicação em duas partes. Assim não fica cansativo, a assimilação é melhor e podemos
aproveitar para discutir e tirar duvidas conforme elas forem surgindo. Então vamos lá?

Nós umbandistas, sabemos que um dos atos ritualístico mais importantes para a nossa
religião são as Oferendasque realizamos aos Orixás e aos Guias Espirituais. Sabemos
também que a nossa maior benção é ter a força da natureza à nossa disposição, afinal ao
oferendar um Orixá em um ponto de força, além de ativar a Divindade, ativamos também as
forças elementais da natureza deste local em uma ação dupla de pura Força e Poder.
Portanto, além de termos uma grande responsabilidade com a preservação da natureza,
temos também a responsabilidade de saber onde, como e para quem pedir o amparo e a
sustentação em nossas dificuldades, assim não ativaremos forças contrárias ou
desnecessárias às nossas necessidades.

Vejam só a importância deste conhecimento: Imaginem que ‘Fulana’ está perdidamente apaixonada por um homem comprometido, que a tem como segundo
plano. Que Orixá ‘Fulana’ deve oferendar solicitando ajuda? A maioria responderia essa questão dizendo que a oferenda deveria ser feita à Orixá Oxum, mas
eu digo que, neste caso, ‘Fulana’ deve oferendar o Orixá Oxumaré. Calma, eu explico: como pedir a Oxum a união e a harmonia e ntre o casal se essa união é
errada? Afinal ele é comprometido! Não seria mais correto pedir a Oxumaré a diluição dos sentimentos viciosos e desequilibrados que envolvem os dois para
que assim, libertos do vicio da paixão, eles possam equilibrar seus sentimentos? Não seria mais correto pedir a Oxumaré uma renovação emocional abrindo
horizontes e energias mais puras? A mesma coisa é pedir movimento e direção na vida a Nanã, abertura de caminho a Oxalá ou paciência a Ogum! Não é que
as Forças Divinas não atenderão nossas solicitações, mas se podemos facilitar, agilizar, melhorar e, principalmente, direcionar nossas solicitações por
que não fazê-las? É uma questão de bom senso e sabedoria, não acham? Por isso, preparei um material de estudo bem resumido e de fácil compreens ão
para que todos possam direcionar ao máximo suas solicitações em oferendas, lembrando que, antes de tudo, o auto conhecimento, o respeito e a fé são
fundamentais.

OXALÁ – oferendamos Oxalá quando necessitamos fortalecer ou despertar em nosso íntimo os sentimentos de fé, paciência, tolerância, perdão e compaixão.
Quando precisamos colocar em nossas vidas mais esperança e confiança.

OYÁ – oferendamos Oyá quando necessitamos despertar ou equilibrar a religiosidade em nossas vidas, ou seja, é a Ela que clamamos quando nossa fé ou
nossa religiosidade está desvirtuada pelo fanatismo, quando está ausente ou até pela má utilização da fé. É Oyá quem absorve os excessos da fé. A Ela
também solicitamos envolver, purificar e redirecionar, com suas ondas espiraladas, os eguns perdidos no tempo, aqueles espíritos que ha muito tempo vagam
no astral, que já se encontram perdidos e com seus mentais vazios tornando-se alvos fáceis para as grandes quiumbas que os escravizam e os utilizam para o
mal. Além desses tipos de eguns, Ela também recolhe aqueles que nos acompanham desde muito tempo, de vidas passadas, e que por um sentimento de
vingança emocional nos envolvem desequilibrando-nos até hoje. Ela é a Dona do Tempo cronológico.

OXUM – oferendamos Oxum pedindo que Ela amoleça o nosso ou outros corações, a fim de se tornarem mais amorosos. Pedimos a Ela que estimule a união
através dos sentimentos de amor puro e fraternal. Só através do amor puro é que a verdadeira união acontece e essa união vale em todos os sentidos
(profissional, social, familiar, etc). Com essa união vem a felicidade, ou seja, a verdadeira prosperidade é concedida a nós. Portanto Ela é a Mãe da
Concepção, aquela que tudo concede quando há amor.

OXUMARÉ – oferendamos Oxumaré quando é necessário diluir sentimentos que estão desequilibrados. Por se tratarem de sentimentos viciados eles são ou
se tornarão dolorosos como, por exemplo, o sentimento da paixão ou do desejo. É importante salientar que algumas vezes não pe rcebemos o desequilíbrio
emocional em que nos encontramos, portanto, se fazem necessários o auto conhecimento, o verdadeiro querer melhorar e, principalmente, a fé. A Oxumaré
solicitamos também que renove o nosso emocional trazendo a pureza dos sentimentos pois este é o Orixá da renovação do amor na vida dos seres. Ao trazer
a cura emocional Ele é também capaz de, automaticamente, curar o físico, sendo assim, oferenda-se Oxumaré também para socilitar a cura.

OXOSSI – oferendamos Oxossi para que ele nos ajude no raciocínio consciente, ou seja, para que ele nos traga o conhecimento, o esclarecimento e a
sabedoria em todos os sentidos da vida. A Ele também solicitamos a coragem, a rapidez, o espírito caçador para as novas empreitadas. Pedimos que sustente
nossa caminhada espiritual com sabedoria e que cure nossos mentais desequilibrados. Oxossi é um Orixá guerreiro, que nos traz a força da atitude, a força da
vontade, enfim, é o Orixá que nos ajuda naquilo que mais precisamos para evoluir: O Conhecimento. É um Orixá que tem como domínio as matas e ervas e
por isso propicia também a cura energética e mental.

OBÁ – oferendamos Obá para pedir concentração mental e quietude racional, ajudando a boa memória e a capacidade de assimilação ment al. No entanto, a
Ela também solicitamos que nos ajude a eliminar pensamentos negativos ligado aos dogmas e conhecimentos errôneos, pedimos que nos ajude a esquecer
aquilo que nos negativa. Obá, com sua ação discreta e firme, estimula nossa interiorização favorecendo o auto conhecimento e paralisando todas as formas
viciadas de conhecimentos. Essa Orixá nos traz o sentido do “chão firme”, portanto, devemos clamá-la naqueles momentos em que nos encontramos sem
chão ou aéreos demais, precisando de concentração e firmeza de pensamento.

E aí? Conseguiram pegar o real sentido de como e por que oferendar um Orixá? Começaram a perceber a diferença entre a ação do Orixá Universal e do seu
respectivo Orixá Cósmico? E as dúvidas, surgiram? Se sim, podem perguntar que vamos tentando esclarecer.

Não se esqueçam que na quinta-feira colocarei a segunda parte e finalização do artigo e que na semana que vem falaremos sobre as características dos filhos
de cada Orixá, outro assunto muito interessante!

Muito Axé a todos e bons estudos!

Oi Pessoal! Como foi o estudo da primeira parte do artigo sobre as oferendas aos nossos Pais e Mães Orixás? Muitos questionamentos? Espero que não e,
conforme combinado, coloco hoje pra vocês a segunda parte e finalização
do artigo. Prontos?

XANGÔ – um dos Orixás mais temidos pelo fato de ser Ele o determinador
da Justiça e quem ativa a Lei em nossas vidas, fazendo valer o ponto que
diz “quem deve paga e quem merece recebe”. Portanto, oferendar Xangô
é muito forte e muito especial, é nesse momento que devemos baixar
nossas cabeças e permitir que seja feita a vontade de Deus e não a nossa.
E é esse o “espírito da coisa”: não se oferenda Xangô para pedir a nossa
justiça, mas a justiça Divina. Infelizmente, isso pouco acontece pois as
pessoas estão viciadas em seus desejos e julgamentos e vão logo aos pés
do Grande Rei Xangô pedir seus desejos, o que é um grande erro.
Devemos oferendar Xangô para buscar e pedir equilíbrio entre a razão e a
emoção, a justiça, a sensatez, a razão, a determinação e a coragem para
recebermos aquilo que merecemos. Pedimos a Ele que nos mantenha
sensatos e livres de quaisquer julgamentos, tanto os que emitimos quando
os que recebemos.

EGUNITÁ – mesmo sabendo que poucos conhecem ou cultuam essa


Orixá, vale a pena dizer que Ela é o fogo vivo e divino, portanto a oferendamos quando queremos que essa ação do fogo queime e consuma todas as energias
negativas, todos os excessos emocionais e todos os cordões negativos que nos envolvem e envolvem nossas casas. Ela também ajuda a consumir energias
de vícios.

OGUM – falar desse Orixá é falar de coragem, lei, ordem, ordenação, retidão e determinação, portanto oferendamos Ogum para receber e m nosso íntimo
esses atributos e para manifestá-los em todos os sentidos das nossas vidas, seja profissional, material, emocional ou espiritual. Quando o oferendamos
pedimos também que nos envolva com sua força guerreira, solicitamos a abertura de nossos caminhos e a proteção de seus Guardiões da Lei. Ogum não
julga nada nem ninguém pois esta atribuição pertence a Xangô. Ogum é quem aplica a Lei, portanto oferendar Ogum no sentido de submissão à Lei Maior e à
Justiça Divina (ou seja, submissão a Deus) é dar as costas para receber os “chicotes” da Lei. Esses doem, mas são necessários para cessar nossas dividas
cármicas acelerando nossa evolução espiritual. Feliz daquele que tem coragem, amor e fé suficientes para sentir tão grande Poder e Ação, fazendo valer o
ponto: “o que se ganha de Ogum só Ogum pode tirar”. É por isso que dizemos que Ogum é quem ativa nossas próprias demandas como também é o único
que tem o Poder de ordenar a quebra de nossas demandas, tudo pela determinação da Lei de Deus.

YANSÃ – oferendamos Yansã para pedir movimento e direção em todos os sentidos da vida, a Ela solicitamos que nos envolva com sua Força guerreira para
nos ajudar em nossas mudanças e conquistas, portanto, a oferendamos quando estamos com nossas vidas estagnadas, quando nos en contramos
depressivos, sem energia, sem direção, perdidos e cheios de dúvidas, afinal Yansã é a manifestação da alegria e da paixão pela vida e pelo que faz. Pedimos
também a força e o movimento de Yansã para que envolva e encaminhe todos os eguns, espíritos negativos que desvirtuam nossa caminhada material,
emocional e espiritual, direcionando-os aos domínios de Obaluayê ou Omulu onde serão conduzidos aos seus lugares de merecimento. Ela esgota os seres e
os redireciona, abrindo novos caminhos por onde evoluirão de forma menos emocional. Yansã é a orixá do Tempo climático, Senhora dos ventos, dos raios, do
movimento e da direção.

OBALUAYÊ – oferendamos este Orixá para pedir que Ele nos ajude em nossa evolução espiritual e que nos traga a sabedoria junto com a paci ência – a
sapiência. Ele é o Senhor das Passagens, portanto é ele quem permite a nossa passagem de um nível para outro, isso quer dizer que é ele quem nos conduz
e quem abre as porteiras em nossas mudanças de estágios ou graus espirituais, por isso é a Ele que clamamos quando nos encontramos estagnados e
paralisados. Também é Ele quem nos conduz nas mudanças de estado encarnado para desencarnado e vice-versa, ou seja, é ele quem acolhe os espíritos
que acabaram de desencarnar, assim como conduz os espíritos que irão reencarnar. A Ele pedimos estabilidade, proteção e sabedoria anciã. Também
pedimos para transmutar e transformar nossos sentimentos, portanto, é Ele quem permite e proporciona a cura da alma.

NANÃ – oferendamos Nanã para solicitar que Ela decante nossos sentimentos e lembranças negativas, que nos ajude a esquecer as mágoas, o rancor, a dor,
etc. A Ela pedimos maturidade e mobilidade para viver em harmonia e com sabedoria.

YEMANJÁ – a grande Mãe da Vida é ofertada quando precisamos de coisas novas em nossos caminhos, por isso pedimos a Ela que gere em nós a vontade
de viver, de crescer, de melhorar, etc. Pedimos que Ela gere em nós, e para nós, novas oportunidades em todos os sentidos da vida. Como grande Mãe que é,
Ela rege a família e portanto equilibra e apazigua os laços familiares e o sentido de “ser mãe”. Ela nos favorece suas qualidades geradoras, renovadoras e
criacionistas, ou seja, Ela nos permite buscar coisas novas, aguçando nossa criatividade e estimulando nossas percepções.

OMULU – sabemos que muitos identificam Omulu e Obaluayê como sendo o mesmo Orixá, no entanto, a ação de Omulu é muito mais ativa, pois é um Orixá
cósmico, ou seja, atua em nossa vida de forma ativa paralisando nossos desequilíbrios e punindo, caso seja necessário, as terríveis quiumbas que já se
encontram de forma super negativadas. Portanto solicitamos a Omulu, o grande Orixá do Fim, que coloque um fim nas ações do baixo astral, u m fim em
nossos desequilíbrios emocionais e espirituais, assim como um fim às dores da alma, do físico e da mente.

Alguns pontos que merecem ser destacados e devem ser lembrados no momento de oferendar:

• A melhor e mais poderosa de todas as oferendas é aquela que fazemos sem pretensão alguma, somente com o sentido de agradecimento. Essa
é a oferenda religiosa que tem como guia nosso coração e que pode ser realizada dentro da nossa casa a qualquer hora, é só ofertar ao Orixá o nosso amor e
a nossa fé. Pronto! Eis o segredo da felicidade.

• Tudo que for solicitado só será atendido diante da necessidade e do merecimento da pessoa, portanto, as oferendas não devem ser confundidas
com barganhas.

• Não adianta a pessoa oferecer uma feira inteira ao Orixá se não tiver Fé. Muito mais do que está sendo oferecido as Divindades esperam o amor,
o respeito, a fé e os sentimentos positivos do fiel no momento da oferenda.

• As Divindades não comem os elementos ofertados, Elas apenas absorvem as energias dos elementos e as conduzem aos seus fieis de forma
potencializada e divina, portanto, Ogum não bebe a cerveja, Oxalá não come a canjica, Oxossi não come as frutas, etc.

• Lembre-se sempre de preservar a natureza e o respeito à sociedade. Não deixe sujeira nos pontos de força. A Umbanda e a Natureza
agradecem.
E aí, pessoal? Ficou fácil agora saber que Orixá e quando oferendar? Espero que este estudo tenha sido esclarecedor e que ajude nos trabalhos de todos
daqui pra frente. Se surgirem dúvidas é só mandar que vamos tentando esclarecer!

Não se esqueçam que na semana que vem falaremos sobre as características dos filhos de cada Orixá, outro tópico muito interessante!

Bom final de semana a todos e muito Axé!

Pedras e rochas são partes desta terra antes de qualquer outra forma de vida e elas têm
presenciado a evolução deste planeta. Há muito tempo a humanidade utiliza do reino
mineral e é nele que estão as coisas mais valiosas e objetos de desejo para muitas
pessoas como o ouro, a prata, o petróleo e as pedras preciosas. As pedras têm o poder de
receber e transmitir energia, por isso vêm sendo utilizadas pelas mais diferentes
civilizações desde a antiguidade até os dias de hoje para curar, para proteção, para
transmutar vibrações, para meditação, entre muitas outras coisas. Elas possuem vibrações
variadas de luz e som e no xamanismo norte americano são chamadas de Seres Pedra,
pois são detentores dos registros da Mãe-Terra. As pedras possuem um espírito, um
talento e um poder específico. Amplificam pensamentos, expandem a consciência, auxiliam
nos processos de cura e protegem de energias negativas.

Na nossa Umbanda as pedras têm ligação com os Orixás e são colocadas nos altares,
utilizadas na confecção de guias, instrumentos em trabalhos de energização e cura e até
utilizadas pelos Guias Espirituais em seus trabalhos. Nada melhor do que agora conhecermos algumas dessa pedras e os benefícios que elas podem nos
trazer, não é mesmo? Então vamos lá:

AMETISTA: para meditação, tranquilizar os pensamentos, acalmar e trazer a paz. Ensinar humildade abrindo a mente para vibrações superiores.
ÂMBAR: é uma resina fossilizada. Para depressão, dores corporais, melhora o humor, protege crianças. Deve ser sempre limpo após o uso.
ABALONE: é uma concha. Utilizar na cerimônia de purificação e limpeza, representando o elemento água.
ÁGUA-MARINHA: harmoniza ambientes, desbloqueia a comunicação, reduz o stress, estabelece ligação com a natureza, alegria nos relaciona mentos.
AMAZONITA: reforça qualidades masculinas, acalma o sistema nervoso.
CORNALINA: conexão com a energia da Terra, traz segurança, abre caminho para o novo, aumenta a motivação, estimula pensamentos.
CRISOCOLA: é a pedra dos terapeutas holísticos. Alivia os medos, para parturientes, atenua as tristezas e raivas, equilibra emoções.
CRISOPRÁSIO: introspecção. Abre para novas situações, problemas mentais, acalma, torna as pessoas menos egoístas.
QUARTZO: reflete a pureza. É um coringa, usado para cura, para ampliação dos poderes xamânicos, é o mais utilizado nas suas d iversas formas.
QUARTZO AZUL : aumenta o conhecimento sobre a espiritualidade
QUARTZO ROSA : é a pedra do amor incondicional. Acalma as mágoas, equilibra emoções, atrai o perdão, o amor próprio, auxilia nos traumas de infância.
QUARTZO FUMÊ : purifica chacra o básico. Aumenta a esperança, trabalha a aceitação, o desapego.
QUARTZO VERDE: para a cura física (principalmente para o coração). Traz prosperidade. É conhecido também como aventurina.
CITRINO: liga-se com o Sol. Criatividade, dissipa emoções negativas, clarifica pensamentos, estimula a consciência cósmica.
ESMERALDA: para equilíbrio físico, emocional e mental. Para sabedoria, aumenta a capacidade psíquica, reforça a imunidade, traz renascimento. Não se
aconselha a usar com outras pedras.
GRANADA: informações de vidas passadas, paciência, amor e compaixão, coragem. Limpa pensamentos impuros

LÁPIS-LÁZULI: Para clarividência, intuição. Relaciona-se com a mente, paz, espiritualidade, iluminação, amplia o poder pessoal.
MALAQUITA: A preferida dos xamãs da África. É a pedra de cura. Para proteção, para as crianças dormirem em paz, relaxamento.
OBSIDIANA: ajuda a esquecer amores antigos, aguça as visões, ajuda a liberar raiva, ensina o desapego. Deve-se conhecer bem a pedra antes de usá-la.
PEDRA-DA-LUA: desperta o lado feminino, sensibilidade, conecta-se com o subconsciente, acalma as emoções, traz paz de espírito.
SODALITA: Para mudança de atitudes, equilibra o metabolismo, compreensão intelectual, equilíbrio yin e yang, fortalece a comunicação, desperta a terceira
visão.
TURMALINA NEGRA: repele energias negativas.
FENACITA: trabalha com os chacras superiores. Conecta-se com energias angélicas.
MOLDAVITA: harmonização com o Eu Superior, ajuda a dar “ground” equilibrando corpo e mente.

Todas as pedras devem ser limpas e energizadas após o uso. Para fazer a limpeza coloque-as em um recipiente com água e sal grosso por algumas horas e
para fazer a energização coloque-as, pelo menos pelo mesmo tempo em que ficaram no sal grosso, em água corrente ou recebendo as energias do sol, da
chuva, de plantas. Pedras pretas, ou pedras da noite, devem ser energizadas na terra ou à luz da lua.

Espero que aproveitem mais que a beleza, mas também o benefício energético das pedras.

A palavra religião nos remete ao religare, ou seja, tornar a ligar, isso significa União com o Pai ou Ligação ao Universo. Religião seria a atitude de devoção que
religa, que une de novo os homens a Deus. E a Umbanda faz isso: ela liga ou religa o ser a
Deus, que passa a crer na sua onipresença e onipotência. Ela faz o ser entender e crer na
Lei da Ação e Reação, na Lei da Atração e na Lei das Afinidades, que são “simplesmente”
as leis básicas que regem o Universo. Ela também determina o cumprimento do
mandamento ensinado por Cristo “Amai a Deus sob todas as coisas e ao próximo como a si
mesmo”, mandamento único que expressa em si mesmo o amor incondicional, a
compaixão, o perdão e a fé, qualidades e atributos necessários para um ser evoluir em
espírito.

Além disso, a Umbanda realiza atos ritualísticos maravilhosos como casamento, batismo,
pompa fúnebre, conversão religiosa, confirmação religiosa e etc. Todos sustentados pelo
Plano Astral e, quando corretamente realizados, esses atos adquirem valor civil
caracterizando, inconfundivelmente, a Umbanda como religião. Mas a Umbanda também é
a única que necessita do domínio interior e da reforma íntima do homem. Ela é a única que
necessita da consciência de si mesmo no mundo espiritual. Portanto, Ela é uma Religião
Espiritualizada e Divina.

Segundo o pensamento de Einstein: “O característico do homem religioso consiste no fato de se ter libertado das algemas do seu egoísmo, construindo, por
seu modo de pensar, sentir e agir, um mundo de valores supra-personais, aprofundando e ampliando cada vez mais o seu impacto sobre a vida … A religião
do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a Teologia. Abrangendo os terrenos material e esp iritual, essa religião será
baseada num certo sentido religioso procedente da experiência de todas as coisas, naturais e espirituais, como uma unidade expressiva ou com o a expressão
de uma Unidade”. Einstein continua: “Aceito o mesmo Deus que Spinoza chama de Alma do Universo. Não aceito um Deus que se preocupe com as nossas
necessidades pessoais”.

Muito Axé a todos !!!

Muitas pessoas me perguntam em cursos e grupos de estudos sobre a abertura de


terreiros, sobre o que fazer para para se tornar Pai ou Mãe e até mesmo se é possível
incorporar os Guias Espirituais para fazer sessões de atendimento em suas próprias
residências. Aproveito essa “curiosidade” geral das pessoas e o assunto constante para
trazer a conscientização e até mostrar a responsabilidade do que é abrir um Terreiro de
Umbanda.

Muitas pessoas acreditam que o Guia Espiritual tem o dever de tudo saber e tudo fazer,
ficando o médium isento de responsabilidades e cuidado. Pura Ignorância! É claro que os
Guias tudo sabem e nós temos muito que aprender comeles. Sabem de nossos erros, de
nossas preguiças, de nossa vaidade e de nosso egoísmo, sabem que muitas vezes,
médiuns sustentados por esses sentimentos viciados simplesmente “decidem” abrir sua
casa desconhecendo a seriedade e as suas próprias responsabilidades diante deste ato.
Abrir um Centro não é só incorporar e colocar tudo na mão do Guia Espiritual. Existem
obrigações, assentamentos e firmezas, fundamentos estes que devem ser cumpridos pelo
médium e não pelo Guia. Afinal um Centro Espírita é o local identificado por todo o plano espiritual como sendo um ponto de troca, de recarga, de cura e de
encaminhamento. E esse local não funciona somente no dia e hora da gira, mas sim continuamente como um Centro de Reabilitação entre o embaixo e o alto.
É como se encontrássemos em um mesmo local o delegado e seus policiais; o juiz e seus promotores; o médico e sua equipe; o professor e seus estagiários,
encaminhando cada espírito, 24 horas por dia todos os dias.

Diante de toda essa grandeza o local deve ter sua proteção com campos de irradiações específicas e pontos de descargas energé ticas para que nada fique
acumulado no ambiente e nas pessoas. Preparações essas que devem ser realizadas com conhecimento e não com achismos. Também não encontramos
esses ensinamentos na internet ou nos livros, mas na nossa ancestralidade, no conhecimento de Pais e Mães Espirituais, verdadeiros zeladores de Orixás
(aqueles que cuidam, conhecem e zelam pelo Orixá).

Infelizmente vemos hoje pessoas trabalhando em suas casas ou em seus escritórios terapêuticos sem nem mesmo saber diferenciar um assentamento de uma
firmeza, não sabendo nem realizar uma obrigação ou simplesmente não sabendo diferenciar ou até preparar um banho de fixação, de proteção, de
energização ou de descarrego sobrecarregando a casa, o escritório, o médium e toda a família. Médiuns não preparados vão cria ndo um Centro de ações
nocivas e com o passar do tempo o próprio médium culpa, julga e menospreza a Umbanda e os Guias Espirituais, esquecendo que a sua ignorância e a sua
vaidade foram as causadoras do negativismo em sua vida. Pura Irresponsabilidade! Não é o médium quem decide a abertura de um Centro, mas o Guia
Espiritual e essa determinação
vem do Alto. Afinal, só nos é permitida a evolução quando nos tornamos capacitados e responsáveis pelos nossos atos.

Muito Axé a todos e um ótimo final de semana!

Constantemente me perguntam se a “Umbanda funciona mesmo” e eu, mesmo impressionada com


tamanha manifestação de oportunismo e ignorância, respondo que SIM, desde que se trabalhe para
isso, afinal nem nosso intestino funciona sem que seja alimentado, sem que haja hábitos saudáveis e
contínuos. Umbanda funciona, assim como todas as outras religiões, no entanto é importante que haja
algo que impulsione, que faça acontecer, e esse algo é a FÉ. Fé no sentido da esperança, da
compreensão e da paciência. Esses são os pontos fundamentais para que a “Umbanda Funcione” em
nossas vidas. Esses são os ensinamentos que os Guias Espirituais tentam, incansavelmente, passar
para nós em suas sábias palavras.

Sei que muitas pessoas chegam na Umbanda em busca de Milagres, no entanto é importante ficar
bem claro que o milagre só acontece se houver essas três características mencionadas acima. Os
próprios Milagres de Jesus não eram espetáculos teatrais e não aconteciam deliberadamente. Jesus
exigia que ao buscar o Milagre a pessoa tivesse Fé, exigia a decisão sincera, e mais, requeria a
propagação dessa Fé, pois os Milagres aconteciam para que fossem pronunciados aos quatros cantos
envolvendo o maior número de pessoas e estimulando mais ainda a esperança e o amor. Jesus
também esperava que seus discípulos fizessem milagres, os censurou, os ensinou e os estimulou
dizendo: “pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a
esta montanha: Transporta-te daqui para lá, e ela irá; e nada vos será impossível.” Mateus 17,20.

Jesus não fez milagres para provar sua divindade e sua morte foi prova disso; ele fez milagres para
provar que era filho de Deus onipotente, onisciente e onipresente e que tudo podia naquele que o
fortalecia. Exatamente o que somos, como também filhos de Deus, e o que podemos como irmãos de Jesus. Sabendo então que a Umbanda é uma religião
cristã, pois segue os ensinamentos e os mandamentos de Cristo, fica claro que para a Umbanda funcionar e realizar milagres é preciso que seus adeptos
tenham a Fé sincera e que a propaguem.

Portanto, não adianta estar na Umbanda se não sentí-la pulsar em seu coração, não adianta querer sem primeiro Dar, não adianta frequentar se não aceitar,
se não cultivar, se não trabalhar seu interno, se não fizer força contínua para melhorar, mesmo porque não se abre uma porta sem que antes se tenha feito
força para girar a maçaneta. E, aproveitando o exemplo do intestino, vale comentar que se para ele funcionar bem é preciso fazer atividades físicas, consumir
líquidos, comer fibras, entre outros cuidados, imagine para resolver sua vida … Com certeza é preciso MUITO TRABALHO E FÉ. Então fica o convite: quer ver
a “Umbanda Funcionar”? Então venha disposto a TRABALHAR!

Que a Luz de Oxalá nos Ilumine e que as Forças de Oxum nos unam na Fé em Olorum!

Axé a todos! Um excelente final de semana e feriado!

“- Ah! Como é bom frequentar um terreiro!


- Nossa! Quanto conhecimento os Dirigentes do Centro têm, que maravilha e que grande
oportunidade de estudo e evolução espiritual.
- Nunca mais sairei deste lugar … aqui é minha Casa … me encontrei! ”
E na primeira advertência…
“- Está vendo, estou sendo perseguido, me passa seu telefone para conversarmos
melhor…”

E assim se dá o início de uma grande fofoca, mostrando o lado ignorante do Ser, que
acarretará em “ataques”, desequilíbrios e com certeza o afastamento desses médiuns da
Casa. É a MALDADE mascarada de amor, de boaintenção, de incompreensão e de
vitimismo. Logo em seguida vem o julgamento, a vaidade, a prepotência, a falta de lealdade
e de coragem de tratar de seus questionamentos com aqueles que lhe ergueram, ajudaram
e ampararam. Momento em que esquecem de tudo e de todos, do carinho, da atenção, do
cuidado, do tratamento, dos ensinamentos, das anulações negativas que envolviam as
suas vidas, das portas que lhes foram abertas e até mesmo aquilo que recebeu da
Espiritualidade através de um trabalho sério executado por seus Dirigentes, pelos Orixás e
Guias Espirituais que sustentam aquela Casa.

Naturalmente a energia torna-se intensamente negativa, o elo da corrente começa a se quebrar e apesar dos Dirigentes sempre serem os últimos a saber,
afinal não têm bolas de cristal, a Lei Divina existe e é onipresente. Os Caboclos, Pretos Velhos e Exus, como grandes Espíritos de Luz que são, começam a
avisar e a intuir os Dirigentes da Casa e chegam até a afastar as Entidades de Luz dos tais médiuns começando a permitir que os ‘quiumbas’ tomem conta
dele, é a “Lei da Afinidade”. E aí começa aflorar o lado obscuro de tais médiuns e percebemos o que é a ignorância do saber. A vaidade começa a se
sobrepor e nesse momento o médium julga-se o “mais sabido” do Terreiro, acreditando que tem um “Grau” acima, como se tudo isso fosse um grande
picadeiro de artistas e palhaços que precisam de aplausos para poder praticar uma boa ação, incapaz de realizar qualquer outro tipo de tarefa dentro da
grandeza que é o trabalho espiritual e de caridade.

“– Eu, Cambonar?!? Não! Então peço licença … “ Isso é o que os Dirigentes ouvem por tentar preservar o tal médium que está em total desequilíbrio, por
saberem da responsabilidade que é ter uma Casa cheia de consulentes que vêm em busca de ajuda e por conhecerem um pouco sobre o plano astral inferior.
Chegamos à conclusão de que tudo que lhe foi ensinado só serviu para bajulações e subordinações no momento de interesses próprios. Que adianta ter pilhas
de livros e anos de estudos para aprender a contar mentiras, ser egoísta, vaidoso e prepotente? Ser assíduo nos trabalhos espirituais não serve para nada se
o médium não for leal e verdadeiro consigo mesmo, com os irmãos, com os Dirigentes e principalmente com a Espiritualidade Divina. Espiritualidade essa que
ensina o que realmente se tem que aprender, é ela que nos momentos de consultas alheias mostra como se deve ser e agir e nem assim aprendem.

Quanta ingratidão! Que despreza e apedreja hoje quem os beneficiou ontem. Quanta ignorância do saber. Quantos índios julgando-se caciques. Quanta falta
de humildade, de verdade, de lealdade e de capacidade de respeitar aquilo que nos é Divino, a ESPIRITUALIDADE. Será que esses médiuns não sabem que
são os Orixás os verdadeiros donos do Terreiro? Será que não sabem que os Dirigentes são preparados por anos para agirem somente como instrumento dos
Orixás, e que por isso são intuídos 24 horas por dia de como devem proceder? Será que não sabem que podem mentir e enganar o quanto quiser os
Dirigentes, mas nunca a Espiritualidade? Será que não sabem que a Espiritualidade é sábia e nada passa despercebido por Ela?

Fica aqui minha indignação!

A todos de boa fé, Aranauam, Salve, Axé, Motumbá, Maná, Mucuiú e Saravá.

Há algum tempo me deparei com um filme curtinho que traz nas entrelinhas uma infinidade de mensagens que precisam ser pensadas, discutidas
e trabalhadas por todos nós. Hoje eu gostaria de dividir este filme com todos vocês. Vamos lá!

Hoje todos nós somos os “donos da alavanca” em nossas vidas, responsáveis não por um, mas por todos à nossa volta. Devemos ser capazes de aceitar,
permitir e realizar sacrifícios pensando sempre em um bem comum. O Sacrifício não deve ser entendido como coisa negativa e dolorosa, mas como um ofício
sagrado, um sacro ofício. E que sacro ofício é esse? É o da solicitude para com os outros e a negação dos desejos do nosso eu e, mais do que isso, pensando
sempre em propiciar e proporcionar vidas. Não importa o meu valor de vida, se ao meu lado estão pessoas desequilibradas ou prósperas o sacrifício é o
mesmo, seja interno ou externo, seja sacrificar um ente querido ou a mim mesmo, não importa … O importante é ter a certeza de que sou um espírito e, mais
do que isso, que todos são espíritos e portanto a matéria, o apego e o presente simplesmente não existem. Assim como também não existe o amor egoísta,
dominador, interesseiro e “meu”, afinal de contas, não somos donos do nosso próprio amor pois ele existe para ser dado às outras pessoas, para pertencer a
outras pessoas. O amor deve proporcionar o bem, gerar alegria e felicidade aos outros e não a nós mesmos.

Estudo e trabalho muito para que eu seja capaz de discernir e não julgar. Vigio meus passos, pensamentos e palavras para que eles não manifestem meu lado
negativo, natural em todo ser humano. Domino minhas emoções ao máximo com pensamentos de certezas espirituais e com plena aceitação das ‘Leis
Universais Cósmicas’. É tudo muito simples: eu sou responsável pelo meu EU e pelo meu ENVOLTA.

E você, qual a sua responsabilidade? Qual é o seu posicionamento diante da vida? É o responsável pela alavanca ou o sacrificado? Em que você acredita, na
vida em corpo ou na vida em espírito?Quantas pessoas você enxerga à sua volta e quantas você realmente vê? E para quantas você é capaz de
proporcionar Vida? O quanto seu sentimento de amor é SEU? O quanto você ainda precisa dele? Pense nisso…

SABEDORIA, CONVICÇÃO e AMOR, essa deveria ser a trindade da humanidade e essa deve ser a nossa busca. Plenitude de vida é resignação,
cumplicidade e amor à vida, seja em qual for o sentido. E para facilitar o Pensar e o Sentir de cada um envio para vocês, além do filme, um pequeno poema
para ser lido nas entrelinhas.

Saber Viver

Não sei… Se a vida é curta


Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:


Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,


É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira e pura… Enquanto durar

Cora Coralina

Muito Axé a todos e uma excelente semana !!

Nos meus 46 anos de vida, com mais de vinte anos na Umbanda, tenho observado
bem de perto o que é verdadeiramente evoluir perante a espiritualidade e venho
adquirindo experiência para poder discernir o certo do errado dentro de meus
conceitos espirituais. Nunca fui muito de escrever, mas tenho sido cobrado pela
espiritualidade superior a condição de explanar mais sobre minha vivência dentro dos
terreiros e, porque não dizer, junto à espiritualidade, sendo que nasci em berço
kardecista.

Me deparei estes dias com uma irmã em atendimento de quem, como médium semi-
consciente que sou, escutei a seguinte frase: “ouvi dizer que os dirigentes desta casa
são linha dura na Umbanda e é isto que estou procurando para minha vida
espiritual…”. Calmamente o Pai-Velho que me acompanha lhe respondeu: “Fia, não tem linha dura, mas sim SERIEDADE! Saiba que desses companheiros,
aqui neste pedaço de chão de terra, é exigida muita seriedade por nóis lá de cima, afinal, lá por cima, naquele pedaço de chão de estrelas, não tem ‘lero lero
que também quero’”. Refletindo sobre essa frase, sobre a Ação Espiritual empregada alí e, claro, sobre a condição e a responsabilidade religiosa dos médiuns,
só reafirmo a minha convicção ideológica de que a SERIEDADE É FUNDAMENTAL QUANDO SE TRATA DE ASSUNTOS REFERENTES À
ESPIRITUALIDADE. É necessária, portanto, a constante moralidade e disciplina espiritual.

Na Umbanda não pode ser diferente, a Seriedade e a Disciplina devem ser praticadas continuamente. Acredito, inclusive, que um bom sacerdote é aquele que
deixa de lado seus desejos humanos e mundanos para pensar primeiramente no espiritual. Percebo que, infelizmente, o ser human o anda pouco se
importando com isso, porque não entendeu ainda que para poder praticar um trabalho religioso espiritual dentro da Lei da Umbanda não basta apenas ter
vontade, é preciso deixar de lado as porcarias dos vícios emocionais e mentais e andar para frente, afinal, é logo “à frente” que encontraremos o significado da
tão procurada Evolução.

Pai-velho ainda disse: “Nóis aqui deste lado entendemos perfeitamente as dificurdades do povo dessa terra e tentamos dá o nosso mió perto do pió, porém fia,
se o chefe do terreiro não tiver purso firme não há tratamento que resorva e nem jeito que dê jeito, pois primeiro temos que lidá com o Ser encarnado que tem
o mardito do livre arbítrio, né fia?”. E é com estas palavras tão abençoadas e simples que chego à conclusão de que estamos no caminho certo e de que para
fazer parte da corrente mediúnica de Nossa Umbanda o médium tem que ter joelho marcado de tanto ajoelhar. Como diz um grande amigo: “É Umbandista?
Então mostre-me o joelho!”

Peço a benção dos mais velhos, aos quais devo muitas das minhas experiências; peço agô a meu Pai Xangô pelos meus erros e peço, principalmente,
guarnição ao Guerreiro que comanda Nosso Terreiro e é grande ancestre de minha companheira Mãe Mônica Caraccio.

“Um bom pastor é aquele que ajuda, respeita, direciona e cuida do seu rebanho. Para isso é necessário dedicação, conhecimento, regras e muita disciplina,
caso contrário haverá desordem e rebeldia, então muitas ovelhas se perderão e o caminho se tornará incerto e perigoso”

Sob inspiração de um Preto Velho de Angola 23/10/09

Paz e Luz!

O Ponto Riscado na Umbanda é Poder de Magia e traz toda a força misteriosa da escrita astral
que tem o poder de fechar, trancar, abrir, quebrar, direcionar, harmonizar, transformar e
equilibrar qualquer Energia, o Terreiro ou até os médiuns, pois atua em seus campos
energéticos e mediúnicos. Não pode existir um Terreiro sem o testemunho dos Pontos Riscados,
isto é, da Pemba. Assim pode-se afirmar, sem a menor dúvida, que a Pemba é o instrumento
mais poderoso da Umbanda, pois sem os pontos riscados nada se pode fazer com segurança.

Os pontos podem ser riscados em espaços fechados ou abertos. Se em espaço fechado a ação
é concentrada, delimitada e limitada, cria-se um verdadeiro campo de força. Usado em
solicitações específicas e nos pontos identificatórios. Quando riscado em espaço aberto a ação
é ampla, vasta, envolve a todos e a todo o Terreiro. Dentro de um Terreiro esse tipo de ponto só
é riscado pelo Pai ou Mãe Espiritual.

O Ponto Riscado pode ser Identificatório, que é uma das grandes provas para confirmar que o
médium está capacitado para conquistar um novo grau, uma vez que se a Entidade não estiver
realmente bem incorporada, e isso se deve somente à capacidade mediúnica do médium, ele
não saberá e não conseguirá riscar com firmeza e clareza o ponto que identificará o Guia
Espiritual entre os demais, é uma espécie de assinatura pessoal; pode ser Magístico ou
Simbólico, que tem várias funções pois pode ser energizador, protetor, irradiador, desagregador,
transmutador, entre muitas. O estudo formalizado desse tipo de ponto riscado não existe, pois esse conhecimento é de ‘poder do Astral Superior’, no entanto, é
importante seguir algumas bases e livros Sagrados milenares, assim como algumas bases cabalísticas para tentarmos compreender esse grandioso Mistério;
ou o ponto riscado pode ser ainda Simbólico, que tem um grande valor e poder mágico pois são sinais expressos em formas que dão a entender uma intenção,
uma ação, um verbo ou uma direção.

Outro interessante e poderoso ponto riscado é a estrela, que dependendo do numero de pontas tem uma energia e uma atuação. A estrela de quatro pontas se
assemelha a uma cruz e nos remete à estrela de natal, ao nascimento de Jesus e principalmente à finalidade de sua vinda. A estrela de cinco pontas é um
símbolo poderoso de proteção e equilíbrio. Cada uma de suas cinco pontas representa um dos cinco elementos manifestados (Fogo , Ar, Água e Terra) mais o
elemento unificador : o Espírito. A estrela de seis pontas é um símbolo potente que representa o macrocosmo (Deus, o Universo ou Energias mais altas) em
equilíbrio com o microcosmo (a raça humana, a Terra ou Energias Evidentes). O triângulo que aponta para cima é símbol o do elemento Fogo e representa a
aspiração de alcançar ou retornar ao Divino. O triângulo que aponta para baixo é símbolo do elemento água e significa o plano terreno. No encontro dos dois
triângulos temos o centro do hexagrama e aí está o ponto onde o equilíbrio e a beleza são alcançados. A estrela de sete pontas é símbolo de integração, tão
mistica quanto o número de suas pontas. Representa inteligência oculta, é associado aos sete planetas da astrologia clássica e a outros sistemas do Sete, tal
como os chacras do Hinduísmo. Por fim, a estrela de oito pontas é símbolo de plenitude e regeneração, está ligado a sistemas de oito pontas tal como
trigramas do I Ching, a roda pagã do ano e o “Ogdoad” do Egito antigo.

Cada ponto tem suas particularidades, seus elementos e seu modo de riscar onde absolutamente tudo tem
um significado diferente. Compreender e saber “ler” os pontos riscados é um dever de todo médium e uma
técnica que só se aprende com muito estudo, observação e trabalho.

Uma excelente semana a todos! Muito Axé!

Podemos e devemos falar sobre mediunidade sem termos a danada da vaidade. Meus filhos muitas vezes
me cobram estar mais elegante, mais esbelto, com uma aparência, digamos, mais dentro dos padrões
atuais, mas não me vejo usando roupas caras, tênis de ultima moda, sapatos de pelica … e olha que lá nos
meus anos dourados, ou seja, na época da brilhantina, não podia ficar de jeito nenhum fora de moda
…rsrsrs…. Hoje, mais maduro, me sinto muito bem calçando minha sandália da humildade, como brinca
meu filho, com roupas simples e muito pouco luxo. Não que eu não goste de ter uma vida tranquila, com
minhas contas pagas e as vezes fazer um passeio diferente, muito menos que deixe de ser cuidadoso com
minha aparência, minha higiene e meus modos, mas trabalho para me livrar do conceito e dos padrões de exigência do ser humano atual.

Vejo muitas vezes algumas pessoas virarem de ponta cabeça para serem o mais especiais possível, donos de seus luxos e, pior, da espiritualidade. Acham
mesmo que são proprietários da sua espiritualidade, se bobear com escritura e tudo! “Se tenho meus guias são eles quem mandam”, “Minhas entidades são
tudo perante o todo” e pior é que acham ser melhores que todos sendo individualistas e únicos, esquecendo do contexto de um terreiro e dos irmãos que estão
ao redor.

Diz um conto muito interessante do vaidoso que pensa fazer uma boa ação e depois tira proveito para si:
Uma donzela encontrou um sapo na floresta que disse-lhe:
– Se me beijar deixarei de ser sapo e me transformarei num competente professor.
Ela com a convicção de que estaria fazendo o melhor para os dois, afinal um professor para lhe ensinar tudo não seria nada mal, levou o sapo para casa e
passou a cuidar dele.
Algum tempo depois, o sapo perguntou-lhe:
– Você não vai me beijar para eu virar um professor?
– É claro que não! – respondeu ela. – Não preciso aprender mais nada com você pois já tenho o que eu queria . Posso ganhar muito mais dinheiro com um
sapo falante do que com um professor!

Bem, isto caracteriza a desvalorização da caridade e valorização da vaidade, do poder e do dinheiro, mas o enfoque aqui é outro. Quanta gente agradece o
pouco dinheiro que ganha e dignifica o trabalho que tem! Há pessoas que lutam dia e noite pela sobrevivência e nunca reclamam! A melhor explicação para
isso está na espiritualidade que conquistaram. Dizemos que os homens são como pássaros: voam de dia e voltam ao ninho à noite. O problema é que o ‘dia’,
às vezes, significa anos de escuridão para o ser humano. O importante, então, é disponibilizar tempo para a espiritualidade. Se estivermos envolvidos com
bons propósitos a chama de amor nunca se apagará. Porém se estivermos mascarados de bondade e admiração mas por trás tivermos a vaidade de querer
ser o melhor imaginando que ter conquistado um posto dentro de um terreiro significa que quem manda “sou eu e minhas entidades”, ledo engano, mais dia ou
menos dia tudo vai por água abaixo.

Costumo dizer à minha companheira que quando estamos fracos é que somos mais fortes e unidos! Com certeza, me refiro ao amor de nosso s Pretos Velhos
que nos congrega como irmãos. Costumo afirmar que, infelizmente, a doença deste século é a vaidade. Quando tudo dá certo, dizemos: “Eu fiz!“, e
desprezamos a graça dos Orixás e a ajuda de tantas entidades e aliados que, na fraqueza, são pilares para a nossa sobrevivência.

No século XIX, um grande pregador foi convidado a discursar para o rei e, quando ia começar a reflexão que havia preparado, simplesmente ‘deu branco’! Ele,
então, pregou falando de sua fraqueza e de como era pequena a sua sabedoria. Assim, realizou uma das melhores oratórias de su a vida e encantou a todos.
Pois é, sem vaidade, tudo flui melhor. Embora Aruanda não seja almejada somente por bons médiuns, é certo que lá chegará quem mais se aproximar de
Olorum aqui na Terra. Por exemplo: quem acolhe o próximo com amor e caminha na fé, sem ser individualista está próximo de Deu s. E Deus nos ama tanto
que não nos poupa de sofrimentos para crescermos em espiritualidade. Nas situações adversas, se desejarmos, acumulamos muitos tesouros em Aruanda.
Posso falar por mim que, com tantos dissabores familiares, sustos com a saúde daqueles que muito me são caros e tantos tropeços, aprendi grandes lições. E
as recompensas têm sido maravilhosas!

Mas, isso é valorizar a espiritualidade ou cultivar a vaidade? Se eu não fizer minha reforma intima e me policiar cada vez mais é possível cair em tentação e
inverter os valores. Pode até parecer estranha esta colocação: a vaidade e a mediunidade caminham muito próximas de nós a todo momento, porém, q uanto
mais crescermos em espiritualidade, mais nos afastamos da vaidade. Isso deveria ser o correto, mas será que é? É uma luta diária e constante!
Porém, senhores médiuns, não valorizem demais a sua super mediunidade esquecendo daqueles que lhes reergueram e de seus irmão s em Oxalá
imaginando que são super heróis de seu próprio ego. Em algumas fases da vida, fui muito vaidoso e arrogante também, mas superei lembrando daqueles que
me levaram à plenitude da espiritualidade. Hoje, a caminhada é mais fácil, amando aos sagrados Orixás sobre todas as coisas e testemunhando seu amor por
mim, através de um trabalho religioso pacifico, discreto e silencioso.

Peço a benção dos mais velhos, aos quais devo muitas das minhas experiências; peço agô ao meu Pai Xangô pelos meus erros e pe ço, principalmente,
guarnição ao Guerreiro que comanda Nosso Terreiro e é grande ancestre de minha companheira Mãe Mônica Caraccio.

Paz e Luz

Desde criança ouvimos nossos pais falarem em responsabilidade, crescemos reproduzindo essa
palavra e, supostamente, aprendendo e praticando o seu sentido. Buscamos em todos os
momentos de nossa vida o “Ser Responsável”. Quando falamos em religião, ou melhor, em
Umbanda, essa palavra é quase que um mantra sagrado e, as vezes, ameaçador. Sua verbalização
é constante e frases do tipo: “A responsabilidade é sua!; Você é responsável!; Seja responsável!;
Tenha responsabilidade!” fazem parte de nosso cotidiano religioso. Muitas vezes, inclusive, nos
colocamos e nos julgamos responsáveis. Responsáveis pela religião, pela Umbanda, pelo médium,
pela mediunidade, por vidas e assim por diante. No entanto, será que sabemos o que é
responsabilidade?

Se buscarmos a etimologia da palavra “Responsabilidade” encontraremos a seguinte definição: vem


do Latim RESPONSABILITAS, de RESPONSUS; particípio passado de RESPONDERE –
“responder, prometer em retribuição”; formado por RE – “de volta, para trás”; mais SPONDERE –
“comprometer-se, prometer”. Deriva do Grego SPONDE – “libação solene”; do Indo-Europeu
SPEND – “fazer uma oferta, cumprir um rito”. Confuso? Se formos ao dicionário Aurélio ele nos diz:
1. Situação de um agente consciente com relação aos atos que ele pratica voluntariamente.
2.Obrigação de reparar o mal que se causou a outros.

Conclusão: é muita responsabilidade falar de Responsabilidade! Esta é uma palavra dual que pode
representar o lado bom ou o lado mal do ser humano. Responsabilidade expressa consciência
absoluta voluntária, erro praticado que é necessário reparar e/ou compromisso acertado. É
importante ainda frisar que responsabilidade RESPONDE POR e RESPONDE A, e aí vem o “X” da questão.

É muito triste ver tanta irresponsabilidade dentro da Umbanda. São médiuns se aproveitando de seus dons mediúnicos, se colocando na frente da Entidade e
deixando aflorar o seu querer invejoso, vaidoso e autoritário, ou se recusando a cumprir suas missões espirituais, exteriorizando seu íntimo aproveitador e
egoísta. São Pais, Dirigentes e Sacerdotes colocando a nossa Umbanda em situações cada vez mais ridículas e ofensivas, desmerecendo todo o
encantamento, beleza e ação divina que a Espiritualidade Superior, incansavelmente, demonstra e realiza em nossas vidas. Falam em responsabilidade social,
religiosa, cultural, familiar e política. Falam que são responsáveis por isso ou aquilo, por aquele ou esse e, no entanto, muitas vezes estão manipulando a vida
das pessoas, prejudicando todo um conjunto, uma amplitude que vai além de nossos olhos, somente para que sejam feitas as suas vontades, aqui na Terra ou
no Céu, imaginando-se deuses na onipresença e onisciência divina.

O que será que estão querendo nos mostrar as Entidades de Luz de nossa querida Umbanda quando dizem aquelas frases acima menc ionadas? É
responsabilidade as ações dominadoras e ameaçadoras de “pais e mães espirituais” que, sustentados pela falsa ideol ogia da responsabilidade, usam e
abusam de seus médiuns e do próximo sem um pingo de amor ou coerência e com isso ao invés de reparar, erram ainda mais? É res ponsabilidade os líderes
religiosos transformarem o Altar, que é Sagrado e de sua responsabilidade consciente absoluta e voluntária, em comércio, plenários ou palcos, deixando de
lado a suas “obrigações” espirituais e religiosas? É responsabilidade os médiuns esquecerem de SEUS compromissos acertados no astral, com o próximo e
com eles mesmos, negarem seus dons mediúnicos e estarem na Umbanda querendo apenas receber? Será que Boa Intenção é Responsabilidade? Será que
Sensibilidade é Responsabilidade? No meu entender NÃO! Quem já não ouviu aquele ditado: ‘de boa intenção o inferno está cheio’ ou ‘mesmo chorando se
vai para o inferno’?

Reflitamos sobre nossas RESPONSABILIDADES, sobre nossas ações e sobre nossas promessas, pois se existe uma certeza nessa vida é a de que teremos,
mais dia, menos dia, que responder por… E responder a…

Axé a todos e boa semana !

Devido à uma série de acontecimentos históricos, à opressão sofrida pelos negros na época da escravidão e à imposição da reli gião católica dos fazendeiros
sobre seus escravos, hoje o sincretismo dos nossos Orixás com os Santos do Catolicismo é
muito presente na Umbanda. Muitas vezes este sincretismo e a presença de imagens
católicas em nossos terreiros torna-se muito importante para aquele consulente que não
conhece muito sobre a Umbanda e vai para um terreiro cheio de medo e desconfiança, mas
quando chega lá se sente confortável pois encontra algo que reconhece como sagrado.
Sendo assim, seja pela importância para os trabalhos ou pelo fato histórico em si, cabe a nós
conhecer e entender o sincretismo na Umbanda. Vamos lá ?

OXALÁ – Jesus Cristo, Nosso Senhor do Bonfim. O grande Pai da Umbanda. Senhor da
compaixão, do perdão, da sapiência e da fé. Saudação: Oxalá yê, meu pai! ou Exê Babá! –
significa: O Sr. Realiza! Obrigada Pai!
XANGÔ – São Jerônimo, São Pedro, São João. São Jerônimo foi quem traduziu alguns
livros da Bíblia do hebraico e do grego para o latim e São João pregava a conversão
religiosa e batizou Jesus. Xangô é o deus do trovão e da justiça. Saudação: Caô Cabecilê,
meu Pai! – significa: Permita-me vê-lo, Majestade!
OGUM – São Sebastião (BA), São Jorge (RJ). Orixá do ferro, fogo e tecnologia. Ogum é o
orixá guerreiro capaz de abrir caminhos na vida e quebrar nossas demandas. Saudação:
Ogum Yê, meu Pai! – significa: Salve o Sr. Da Guerra!
OXOSSI – São Sebastião (RJ), São Jorge (BA). Orixá da caça e da fartura. Senhor das matas, da verdade e do conhecimento. O grande caçador de almas
perdidas, grande curador e grande doutrinador. Saudação: Oke Arô, meu Pai! – significa: Dê seu brado, Majestade!
OBALUAYÊ – São Lázaro, São Francisco (BA). Senhor da cura, da evolução e da passagem. Saudação: Atotô, meu Pai! – significa: Peço quietude, meu Pai!
OMULU – São Roque, São Lázaro, São Bento. Senhor do fim, Senhor da paralização. Saudação: Atotô, meu Pai! – significa: Peço quietude, meu Pai!
OXUMARÉ – São Bartolomeu. Orixá da chuva e do arco-íris, o Dono das Cobras. Dilui e renova os sentimentos doentios e viciados. Saudação: Arroboboi,
meu Pai! – significa: Senhor da Águas Supremas!
IBEJI - São Cosme e São Damião. Pureza, leveza, alegria e doçura. Saudação: Salve a Ibejada!
YANSÃ – Santa Bárbara. Orixá guerreira, deusa dos raios, dos ventos e das tempestades. Liberdade, movimento e paixão pela vida essa g rande orixá nos
traz. Saudação: Eparrei, Yansã! – significa: Salve o raio, Yansã!
OXUM – Nossa Senhora da Conceição (RJ), Nossa Senhora das Candeias (BA). Orixá do amor puro e verdadeiro, orixá da alegria e da uniã o. Senhora da
águas doces e das cachoeiras. Saudação: Ora Yê iê, ô! – significa: Olha por nós, Mãezinha!
IEMANJÁ – Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora dos Navegantes. É a deusa dos grandes rios, mares e oceanos. A grande mãe da Umbanda e dos
Orixás. Representa vida e geração em todos os sentidos. Saudação: Odoyá Yemanjá! Adoci-yaba! – significa: Salve a Senhora da Água!
NANÃ – Sant’Ana. Senhora das águas paradas, do barro e da Sabedoria. Saudação: Saluba, Nanã! – significa: Salve a Sra. das águas Pantaneiras!
EGUNITA – Santa Sara de Kali. Senhora do Fogo vivo e divino. Sua maior qualidade é a purificação. Saudação: Kali Yê, minha Mãe! – significa: Salve a
Senhora negra, minha Mãe!
OBÁ – Santa Catarina, Santa Madalena. Obá é a orixá que aquieta o racional dos seres e esgota o conhecimento desvirtuado. Saudação: Akirô Oba Yê! –
significa: Eu saúdo o seu conhecimento, Senhora da Terra!
OYÁ – Joana D’arc. Orixá do Tempo, passado presente e futuro (tempo cronológico) e sua maior ação é no sentido religioso, onde ela atua como ordenadora
do caos religioso. Saudação: Olha o Tempo, minha mãe!
EXU -Santo Antônio, São Bartolomeu. Faz a guerra para trazer a paz. Atua sobre a dualidade do homem. Orixá guardião dos templos, e ncruzilhadas,
passagens, casas, cidades e das pessoas, mensageiro divino dos oráculos. Saudação: Laroyê Exu, Exu é Mojubá! – significa: Olhe por mim Exu, eu me curvo
a ti. Exu é poder de Orixá!

Muito Axé a todos e um ótimo final de semana!

Hoje começaremos a postar aqui uma série de artigos trazendo curiosidades, esclarecimentos e respostas a dúvidas muito comuns entre os médiuns
umbandistas. Estes artigos serão postados de tempos em tempos e sempre com o mesmo título. Vamos lá?

Você é Umbandista? Então faça o teste e descubra o quanto ainda não sabemos e o
quanto ainda precisamos estudar:

VOCÊ SABE A DIFERENÇA ENTRE LINHA, LEGIÃO E FALANGE DE UMBANDA?

LINHA – São grupos de Legiões que pertencem a uma determinada vibração – Orixá.
Como exemplo, temos todos os Caboclos pertencendo à vibração de Oxóssi, os
Marinheiros pertencendo à vibração de Iemanjá e assim por diante. Cada linha é
composta de várias Legiões.
LEGIÃO – É o agrupamento de vários espíritos que se afinizam ou são atraídos por
um espírito Missionário, o grande Chefe da falange, e ali aprendem e adquirem
posturas próprias de sua legião. Como exemplo temos na legião de Penas Brancas
que são vários espíritos com as mesmas características e atributos, assim como na
legião de Pai João de Angola, etc.
FALANGE – São todas as entidades que formam uma Legião e produzem o trabalho espiritual necessário.

VOCÊ SABE O QUE É AXÉ?

A palavra AXÉ é de origem iorubá e é muito usada nas casas de Candomblé. AXÉ significa “força e poder”, mas também é empregada para sacramentar
certas frases ditas entre o povo de santo, como por exemplo: Eu digo: – “Eu estou muito bem!” Outro responde: -“Axé!” Esse axé aí dito equivaleria ao Amém
(que Deus permita) do Catolicismo. Mas, o AXÉ ainda pode significar a própria casa de Candomblé em toda a sua plenitude. Daí uma Yalorixá também ser
chamada de Yalaxé (Iyálàse), ou seja, “Mãe do Axé” ou a pessoa responsável pelo zelo do Axé ou força da casa de Orixá. AXÉ ta mbém pode significar “Vida”.
E tudo que tem vida tem origem. Chamar a vida é chamar o Axé e as origens. Os Orixás são Axé, os Orixás são Vida. Na tradição dos Orixás, AXÉ também
pode significar a “força das águas, do fogo, da terra, das árvores, das pedras”.

AGORA, O QUE SERIA CONTRA-AXÉ?

O contra-axé são todas as estruturas de opressão e morte que destroem a vida das comunidades. O contra-axé ainda pode ser todas a quizilas dentro de uma
casa de orixá.

VOCÊ SABE PORQUE OS PRETOS VELHOS TÊM EM SEUS NOMES UMA MISCELÂNEA DE PALAVRAS PORTUGUESAS E AFRICANAS, COMO MARIA
CONGA OU JOSÉ DE ANGOLA?

Porque na época da escravatura esses negros eram obrigados a aprender e praticar os dogmas de seus feitores, não somente em r elação à religião, mas
também eram obrigados a receber outro batismo e agora com o nome de seus senhores, o que os forçava a esquecerem suas origens. As crianças escravas
também eram batizadas duas vezes, a primeira, ocultamente, na nação de que pertenciam seus pais, recebendo o nome de acordo com a seita (Angola,
Congo, Moçambique, etc). A segunda vez, na pia batismal católica, sendo esta obrigatória pelos senhores e nela a criança recebia o primeiro nome de seu
senhor e em alguns casos recebia também um sobrenome,que era da Fazenda onde nascera, por exemplo: Antônio da Coroa Grande.

VOCÊ SABE PORQUE BATEMOS PALMA, CANTAMOS E DANÇAMOS DENTRO DO RITUAL DE UMBANDA?

PALMAS – quando cadenciadas e ritmadas, criam um amplo campo sonoro cujas vibrações agudas alcançam o centro da percepção localizado no mental dos
médiuns. Isso predispõem-nos a vibrar ordenadamente, facilitando o trabalho de reajustamento de seus padrões magnéticos.
CANTO – a Umbanda recorre aos cantos ritmados que atuam sobre alguns plexos, os quais reagem aumentando a velocidade de seus giros. C om isso,
captam muito mais energias etéricas, que sutilizam rapidamente todo o campo mediúnico, facilitando a incorporação. Sem contar que quando cantamos
oramos em versos aos Sagrados Orixás e Guias Espirituais.
DANÇA – a dança favorece ao médium o desligamento de tudo e a concentração em uma ação em que o movimento cadenciado facilita seu envolvimento
mediúnico com os Orixás que são o próprio movimento de energia.

E aí ? É legal ir descobrindo cada vez mais os fundamentos tão cotidianos da nossa Umbanda, não é mesmo ?

Que todos tenham uma semana de muitas descobertas e de também de novas curiosidades! Axé !

Um dia desses, li uma frase que chamou muito minha atenção. Essa frase, se bem me lembro, estava no mural de um Terreiro e di zia: “se você quer trabalhar
fazendo a caridade então você precisa estar preparado para lidar com a ingratidão.” Pois é, no primeiro momento que li essa frase foi como se eu levasse um
soco no estômago, depois de minutos percebi a grandeza e a verdade dessas palavras.

Quem tem sob sua responsabilidade outras vidas, ou seja, o Sacerdote, Pai espiritual, Madrinha,
Dirigente, sabe muito bem o que essa frase representa, sabe muito bem o que é sentir e vivenciar a
ingratidão, afinal, o respeito, o carinho, o amor e a admiração duram até o pronunciamento do
primeiro NÃO. Simples, não?!? É só dizer NÃO que se perde o valor, a admiração e o Pai de Santo
‘já não presta mais’, aliás esse é um excelente teste de respeito e amor que pode ser feito em
qualquer situação: no convívio familiar, no trabalho, antes de formar uma sociedade, no
relacionamento amoroso etc, é só dizer NÃO à uma pessoa ou situação e aguardar o resultado. Ah,
mas não se preocupe pois o resultado é quase que imediato! O mimo, o vitimismo, o egocentrismo,
a prepotência e, porque não dizer, a infantilidade, estão tão enraizados no íntimo de alguns seres
humanos que o reflexo ao NÃO é quase que imediato mesmo que ainda inconsciente ou sutil. Mas
o pior é que esse reflexo muitas vezes é tão agressivo, é tão evidente e tão expressivo que acaba
contaminando pessoas próximas, acarretando a ‘saída’ em massa de médiuns de um Terreiro. É a
ingratidão coletiva! É triste ver isso acontecer! Mais triste ainda é ver todo um trabalho espiritual,
toda uma ação divina que estava atuando na vida do médium e dos médiuns ser agressivamente
rompida pelo egocentrismo humano.

É saber que o Pai de Santo só presta enquanto abaixa a cabeça e concorda com tudo, como que
se ele não tivesse direito de comandar seus médiuns e mandar em seu terreiro, como que se ele e
todos seus anos de preparo e experiência não representassem nada perto do “médium sabichão”. É índio querendo ser cacique. É ver lobo em pele de
carneiro fazendo e desfazendo aquilo que bem quer como se ninguém estivesse vendo, como se não houvesse uma Força Superior que tudo vê, tu do sabe e
tudo sente.

É perceber a tristeza das Entidades Espirituais que acompanham aqueles médiuns quando tomam uma atitude dessa. Afinal, nós temos o livre arbítrio, nós
podemos ir e vir, mas muitas Entidades não. Muitas vezes elas ficam entregues aos caprichos dos médiuns, pois têm como missão acompanhá-los por todas
suas passagens nesse plano. E ai? Será que é muito difícil para os médiuns pensarem nas Entidades que o acompanham nesse momento? Será que é muito
difícil pensar em algo maior, em algo que vai além do próprio umbigo?

É preciso sair do egocentrismo e saber que uma atitude pode influenciar muitas coisas, pessoas e espíritos. É importante pensar em um TODO, pensar na
capacidade e não no desejo pessoal. E é alicerçado nesse pensamento que
muitas vezes um Pai (e aí pode ser pai de santo, pai carnal ou pai espiritual) diz NÃO a um filho. Pena que esse filho está ainda tão acostumado com mimos e
ainda tão preocupado com seu desejo pessoal que acaba perdendo a grande oportunidade de sua vida de aprender, crescer e provar que já é capaz de pensar
no TODO.

E aproveitando a inspiração que me causam algumas frases, existem duas que sintetizam muito bem o que estou falando, uma é de um autor francês do
século XVIII, Charles Pinot Duclos, que diz: “A ingratidão consiste em esquecer, desconhecer ou reconhecer mal os benefícios, e se origina da insensibilidade,
do orgulho ou do interesse.” A outra é minha e me inspira diariamente: “Só nos é permitida a evolução quando nos tornamos capacitados e responsáveis pelos
nossos atos.” Portanto, saber OUVIR NÃO é uma grande oportunidade de provar respeito, carinho, amor, e, principalmente, provar que cresceu como ser
humano e como ser espiritual, que consegue pensar em todos, em possibilidades, em determinação, em persistência e humildade.

Aceitar “NÃO” é sair do desejo pessoal e entrar no mais importante estágio de evolução. Tenho certeza que os grandes líderes só se tornaram “grandes” e
“líderes” depois de terem ouvido muitos NÃOS.

Um ótimo final de semana a todos e que, a partir de agora, os nãos que surgirem em nossas vidas sejam interpretados de forma diferente !! Muito Axé !!

**A foto de capa do Juca chame-se “Misticismo” do fotógrafo Paulo Pinto, retirada do site www.olhares.com**
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Hoje encontrei um texto curtinho mas bastante expressivo que escrevi já tem algum tempo, para a edição número 4 do JUCA que saiu em novembro de 2006.
Como acredito que este seja um tema sempre atual e por tratar-se de uma ideia que vale a pena ser transmitida, resolvi colocar aqui, para vocês, este texto.
Espero que ele traga avaliações e, mais do que isso, que traga
fortalecimento de convicções.

Se você é um médium que, ao terminar os trabalhos, sente uma alegria


enorme não se importando se trabalhou incorporado ou se “apenas”
ajudou na organização da casa.

Se você sente-se honrado por ter a oportunidade de sentir a presença dos


maravilhosos Pretos Velhos que, com sua grande humildade e sabedoria,
conseguem recolher as lágrimas mais profundas de nossos irmãos; ou dos
Caboclos para quem emprestamos nossos singelos braços para que eles
possam abraçar nossos irmãos e assim torná-los fortes e guerreiros; ou
ainda por poder sentir o Senhor Ogum, “Rei das Demandas”, e segurar
sua Espada da Lei em nossas mãos…

Se você esforça-se para fazer sua reforma íntima antes de exigí-la dos
outros.

Se você acredita no merecimento (não em milagres), na Lei, na Justiça, no


carma, na reencarnação e na natureza como sendo a nossa força e o
nosso Axé.

Se você acredita ser responsável pelos trabalhos realizados pelos Guias Espirituais diante de sua condição de intermediário entre nós e o plano superior e se
busca o conhecimento.

Se você entende a Umbanda como religião com fundamentos, liturgias e doutrinas próprias e trabalha pela evolução e conscienti zação da “Religião Umbanda”
diante de toda a sociedade mostrando como a Umbanda é linda, simples e poderosa.

Então você realmente ama a Umbanda, afinal não se pode amar aquilo que não se conhece ou de que se envergonha. Mas se tudo isso e os fundamentos da
Umbanda servem para trazer discórdia, desânimo, peso, dúvida, cansaço, obrigação… então, reavalie sua vida espiritual…

Vestir o branco é um orgulho

É ser filho de Oxalá, é ser puro de alma diante dos Orixás!

Sei que muita gente fala sobre o uso de ervas em banhos e defumações, falam também sobre pedras como fonte irradiadora de energias e em água como
elemento de limpeza, no entanto percebo que muitas dessas falas são incoerentes e, pior, altamente prejudiciais para o Ser pois esses elementos naturais,
quando mal utilizados, atingem o corpo astral de forma agressiva prejudicando a
mediunidade, a saúde, o equilíbrio emocional e mental, além de que, quando usados
no ambiente, podem sobrecarregá-lo com energias densas causando brigas, irritação,
desanimo, etc. Ou seja, percebo as pessoas exercendo verdadeiros atos de suicídios
energéticos sem nem se darem conta disso. Percebo pessoas rompendo suas
próprias auras por causa de uma erva mal usada no banho, e olha que ao romper a
aura a pessoa fica totalmente vulnerável aos ataques do baixo astral. Percebo que
muitas pessoas deixam de jogar banhos de ervas na coroa, onde se localiza o
importantíssimos chacra coronário que é responsável pelo equilíbrio mental e
mediúnico do Ser, o que é uma pena pois se esse chacra está impregnado os
pensamentos, as ações espirituais e mediúnicas ficam deturpadas e difíceis. É um
desperdício uma vez que essa impregnação pode ser facilmente limpa com água
especifica ou ervas próprias. Percebo também o mal uso das ervas em defumações, o
que muitas vezes piora a energia do ambiente irritando ainda mais as pessoas.

Pior ainda é ver a infinidade de pessoas usando de forma inconsequente as pedras,


principalmente quando em pingentes, anéis, colares e pulseiras. Pedras são grandes
fontes de energias mas impregnam facilmente tornando-se polos de energias
deletérias prejudicando o organismo, os chacras e a aura das pessoas. Já vi pessoas que acordavam com fortes dores de cabeça em um sofrimento diário e
sem solução melhorarem definitivamente ao perceberem que ao lado de cama estava uma pedra impregnada de energias negativas. E olha que mesmo
aquela pedrinha jogada no fundo da gaveta do criado mudo atua de forma agressiva nas pessoas fazendo-as terem dores incuráveis pela medicina.

Ou seja, o uso das ervas, das pedras e das águas é COISA SÉRIA. E, mais do que isso, é coisa para gente inteligente. O uso desses elementos não pode ser
de qualquer forma e em qualquer situação, pois é energia pura e potencializada. É preciso bom senso, conhecimento e boa vontade.

• Conclusão: o Conhecimento não limita o Ser, mas a Ignorância sim.


E diante dessa necessidade de conhecimento disponibilizo algumas dicas de banho de descarrego e algo sobre a pedra quartzo rosa, mas tenham
consciência que isso é só um milésimo de tudo que as ervas, pedras e águas podem nos oferecer, portanto é imprescindível ESTUDAR!

Quando falamos em realizar um bom Banho de Descarrego. Uma opção é a utilização de ervas próprias para esse fim, que são as ervas quentes e agressivas
com grande poder de limpeza, como: folhas de bambu, eucalipto, dandá da costa, gotas de dendê, folhas de fumo, folhas de mamona, guiné, arruda, casca de
alho, peregum, folhas de amora, etc, no entanto essas ervas devem ser utilizadas com bom senso e equilíbrio. Não se deve tomar banho de de scarrego
continuamente e nem durante o dia. O cuidado também se estende ao jogar esse banho na “coroa”, visto que algumas ervas são desapropriadas podendo
desequilibrar a mediunidade.

Outra opção de banho de descarrego é o banho de Sal Grosso, mas este requer cuidado pois o sal tem propriedades higroscópicas , ou seja, a capacidade de
absorver todas as energias e neutralizá-las, tanto as boas quanto as más. Observamos este fato quando deixamos um copo com sal grosso em um ambiente
qualquer e com o passar do tempo acumula-se água nesse copo, isso acontece pois junto com a água são retiradas do ambiente todas as energias deletérias.
Por isso, o Sal Grosso como banho de descarrego pode ser prejudicial se for usado de forma errada.

Aproveite essas dicas:

• É importante tomar um banho de ervas após o banho de sal grosso, pois este banho vem com a função de repor as energias que foram
neutralizadas pelo sal.

• Deve-se tomar cuidado com a “coroa”, não jogando o sal grosso na cabeça, salvo orientação das Entidades Espirituais.

• Pode-se utilizar pedaços de carvão nas solas dos pés durante o banho de sal grosso. O carvão vem com a função de peneirar as energias,
deixando somente as energias más serem neutralizadas.
E quando falamos em MINERAIS muitas vezes nos limitamos somente às pedras, mas o Poder Mineral não está contido somente nelas mas também nas
Águas, nas Pembas e nos Minérios como cobre, ferro, alumínio, bronze, pratas, etc. São elementos Divinos e Poderosíssimos que fazem parte da magia de
nossa querida Umbanda. São elementos muito utilizados pelos Guias Espirituais mas muitas vezes, pela falta de conhecimento e entendimento, os médiuns
bloqueiam as informações enviadas pelo Astral deixando de se beneficiarem desse potente elemento.

AS PEDRAS são energias que trabalham por si. São autênticas fontes de luz, emanadoras de energias curadoras e de energias naturais elementais que
podem ser captadas e projetadas em nós ou em nosso ambiente. São Fontes Inesgotáveis de Energias, no entanto é preciso saber DIRECIONÁ-LAS,
PROGRAMÁ-LAS e ATIVÁ-LAS. E fazemos isso Mentalmente, Energeticamente, Magisticamente ou Ritualisticamente, cada uma com uma função e força
especifica.

O Quartzo Rosa, por exemplo, é energeticamente considerada a pedra do amor. Pode ser utilizada no quarto do casal pois colocando uma pedra sobre cada
criado mudo forma-se um campo energético suave, calmo e amoroso. Quando colocada sobre o cardíaco, pode ser até um “simples” pingente, alivia nossa
tristeza e solidão, tornando nossa alma mais leve e amorosa. No entanto é importante saber limpa-las e ativá-las com eficiência. Ela é ótima para presentear
pessoas agressivas, agindo como um selo de Paz. Na Litoterapia usa-se esta pedra para preparar a “ÁGUA COLORIDA / ROSA” que proporciona efeitos
curativos maravilhosos. Nos Rituais de Umbanda é uma das pedras de nossa querida MÃE OXUM, com a qual podemos preparar lindas guias de grande
Poder energético e consagrá-las à Orixá Oxum.

Estas são somente algumas dicas. O Universo Vegetal, assim como o Mineral, é imenso não se limitando nestas poucas informações, por isso, para que se
tenha um real aproveitamento destes Poderes Divinos e Naturais é necessário O ESTUDO, A DEDICAÇÃO E O AMOR.

Não se limite no simples ou no básico, abra sua mente e o seu espírito para o conhecimento e para a evolução.

É pessoal, estamos chegando ao fim do período da quaresma! Espero que todos tenham passado por maravilhosas experiências e que tenham conquistado
grandiosos feitos. Mesmo porque, nossa corrente de oração, aquela começada no
início da quaresma com o título ”UMA PROPOSTA A TODOS”, é uma grande benção,
são centenas de pessoas numa mesma vibração, num mesmo sentido e com o
mesmo intuito: FAZER O BEM.

Agora, que estamos chegando ao fim desse ciclo gostaria de fazer mais um desafio.
Talvez esse seja mais difícil, mesmo porque é mais importante que o primeiro:
VAMOS CONTINUAR!

Isso mesmo, vamos continuar rezando, nos esforçando e nos policiando. Vamos
continuar nos ligando às Forças Divinas, aos Orixás, aos Guias, enfim, a todos
nossos amparadores, seres espirituais divinos, que sempre têm uma palavra, um
sentido e uma vibração amorosa para conosco. Sei que não é fácil, é entrar em uma
disciplina de fé e de crença, com a racionalidade mais ativa e mais controlada, com o
propósito revivido diariamente e determinadamente.

É, não é fácil, ainda somos seres em evolução e não sabemos lidar com nossa fé, ou
melhor, não sabemos lidar com a PLENITUDE DA FÉ.

Estamos entrando na Sexta Feira Santa e podemos aproveitar o belo exemplo que Jesus nos deixou sobre a sua vivência, sua atitude e seu sentimento
manifestado PLENO DE FÉ.

Jesus foi perseguido, violentado, crucificado, assassinado, ou seja, foi morto pela Plena Fé em Seu Pai. Mesmo sob a tentação da riqueza, nos diversos
momentos de traição, na certeza da injustiça e no auge da dor, Jesus NUNCA deixou de SER PLENO NA SUA FÉ. E foi baseado nessa plenitude que sua cruz
foi erguida, que seus pulsos foram perfurados e espinhos encravados.

Refletindo sobre isso penso que rezar, que continuar rezando para o bem, é o mínimo que eu, filha do mesmo Pai de Jesus – Deus, portanto irmã de sangue
de Joshua – Jesus, posso fazer.

A Sexta Feira Santa, ou ‘Sexta Feira da Paixão’, é lembrada por muitos cristãos como o dia do julgamento, da crucificação, da dor e da morte. No entanto nós,
umbandistas, podemos marcar e viver essa data como o Dia do AMOR PLENO, da PLENITUDE DA FÉ e do PERDÃO VIVO E MANISFESTADO
PLENAMENTE. Assim sendo, penso que a Páscoa, festa religiosa que acontece três dias depois da Sexta Feira Santa e que celebra a libertação, a
prosperidade e a passagem, será vivenciada na sua máxima e na sua essência, trazendo todo esse sentido para a vida do Ser.
Acredito que esse amor forte, vivo, ativo, real e pleno que Jesus sentiu por seu Pai, eu também posso sentir por meu PAI. E acredito mais, também posso
sentir tudo isso por meus filhos, por meus amigos e inimigos, por meus Pais espirituais e carnais e por toda a humanidade, basta ESTAR e SER PLENA NA
FÉ.

E ai, VAMOS CONTINUAR?!?…

Poucos umbandistas têm esse conhecimento, mas como acredito que vale muito a pena, coloco aqui para vocês:

CONHECENDO JESUS

NASCIMENTO DE JESUS - em 6 a.c., o imperador Augusto publicou um decreto definindo o recenseamento da população. Por isso José e Maria teriam
viajado a Belém e Jesus nascido lá entre 6 a.c. e 4 a.c..

INFÂNCIA DE JESUS – Jesus levava uma vida simples, sustentando-se da agricultura e aprendendo o oficio de José, além de segui-lo como profissão.
Ajudava nos serviços domésticos e foi educado em casa (os meninos recebiam educação formal a partir dos 6 anos, já as meninas não). Jesus brincava
normalmente (arqueólogos encontraram na região bonecos, chocalhos e tabuleiros), nas horas de folga a família de Jesus, assim como era costume, ia à
sinagoga. Todos os anos seguia com seus pais a Jerusalém para a festa da Páscoa. Numa dessas viagens, aos 12 ou 13 anos, surpreendeu os líderes do
templo religioso ao mostrar grande conhecimento sobre as Sagradas Escrituras.

A CASA DE JESUS – Jesus morava em uma casa rudimentar: um grande bloco de forma cúbica pintado de cal, só com uma porta, cujos batentes eram
ornamentados por gravações com os mandamentos de Deus. Essa, aliás, era a única entrada de luz. Lá dentro havia só um cômodo, dividido em dois
ambientes: um lado ficava para o gado, o outro para a família, que o usava ao mesmo tempo como cozinha, sala de jantar e quarto para dormir.

O MILITANTE SOLTEIRÃO – À medida que crescia Jesus passara a questionar a hipocrisia dos líderes religiosos, que também controlavam a economia da
região. Com isso, começou a pregar nas redondezas a necessidade de os pobres buscarem uma mudança de vida. Essa militância certamente teria
contribuído para o fato de Jesus não ter se casado. “Embora a Bíblia fale do carinho de Maria Madalena (Lucas 7,37-38), ele era um solteirão” brinca o
professor Fernando Altermeyer Júnior, do departamento de Teologia da PUC de São Paulo. “Era um militante que viajava para pregar sua mensagem. Como
um Che Guevara.” No ano 27, quando segue para Cafarnaum, na Galiléia, é que começa de fato sua missão, falando às pessoas nas sinagogas e reunindo
multidões em busca de cura para suas doenças. Por tudo isso passou a ser perseguido tanto pelo Império Romano como pelos líderes religiosos judeus.

IDADE EM QUE JESUS MORREU – Segundo relatos de historiadores romanos, no ano 30 da era Cristã “morre Joshua (Jesus), filho de Youssef (José)”, ou
seja, Jesus teria morrido com idade entre 34 e 36 anos.

Pesquisa realizada por Mãe Mônica Caraccio com trechos retirados de texto publicado na Revista dos Curiosos edição 5 com auxílio do
professor Fernando Altermeyer Júnior do departamento de Teologia da PUC de São Paulo e das Faculdades Integradas Claretianas.
Um ótimo feriado a todos! Muita paz, muita prosperidade, muita renovação e muito AXÉ !!

Não é raro as pessoas me perguntarem o que significam determinados símbolos e riscos e


acredito que esse deva ser um assunto que traz duvida ou mesmo curiosidade a muitas
pessoas. Como os símbolos fazem parte da nossa Umbanda e de nossos trabalhos trago hoje
para vocês o significado de alguns deles. Saibam que este assunto, além de belo e
interessante, é muito vasto e vai além do que está colocado neste artigo. Espero que vocês
não parem por aqui e que esse aprendizado sirva como início de muito estudo e conhecimento.
Aproveitem!!

O CÍRCULO representa o espírito puro, simboliza o Criador, a consciência humana


reconhecendo a eternidade, o Universo e a perfeição. É um símbolo universal de unidade,
totalidade e infinito. Já um PONTO representa o ser Supremo, a energia concentrada.
A CRUZ é o símbolo que representa a fé e a submissão ao Sagrado, a LINHA
HORIZONTAL representa o corpo, a matéria – é o lado mundano – e a LINHA
VERTICAL representa a alma em busca do retorno ao Criador – é o lado Divino. LINHAS
SINUOSAS representam a vibração do mar, a regeneração e os mistérios da vida.

O QUADRADO representa os quatro elementos: terra, fogo, água e ar e


o TRIÂNGULO representa a força Divina, a trindade Pai, Filho e Espírito Santo ou Olorum,
Oxalá e Ifá.

O ARCO e FLECHA é a força espiritual, energia e potência, a ESPADA representa a alma em busca do Criador, a luta do trabalho, o guerreiro e
o CORAÇÃO representa almas em posições equilibradas, o amor e a doçura.

As estrelas são o símbolo da verdade, do espírito e da esperança. A ESTRELA DE QUATRO PONTAS se assemelha a uma cruz e nos remete ao nascimento
de Jesus e principalmente à finalidade da sua vinda: o amor incondicional. A ESTRELA DE CINCO PONTAS ou Pentagrama é um símbolo poderoso de
proteção e equilíbrio. Cada uma de suas pontas representa um dos quatro elementos manifestados – Fogo, Ar, Água e Terra – mais o elemento unificador: o
Espírito.

O Hexagrama ou ESTRELA DE SEIS PONTAS é formada por dois triângulos e representa todas as Forças do Espaço em equilíbrio. É um símbolo potente
que retrata o macrocosmo – Deus, o Universo ou Energias mais altas – em equilíbrio com o microcosmo – a raça humana, a Terra ou Energias Evidentes.
A ESTRELA DE SETE PONTAS ou Septagrama é um símbolo de integração e tão mística quanto o número de suas pontas. Representa a inteligência oculta,
é associado aos sete planetas da astrologia clássica e a outros sistemas do Sete, tal como os chacras do Hinduísmo. A ESTRELA BRANCA representa a luz
dos espíritos e a ESTRELA GUIA (com cauda) é o símbolo da capacidade de acompanhamento.

Um final de semana de muito estudo e descoberta a todos ! Axé !


Vemos nos terreiros vários objetos sendo usados como instrumentos de
trabalho, são poderosos elementos energéticos que facilitam a ação
espiritual beneficiando o assistido. Entre tantos elementos como águas,
charuto, pedras, ervas, velas, toalhas, quero chamar a atenção para a
PEMBA.

A pemba é um dos elementos de maior poder energético que a Umbanda


tem e é usada durante, antes e depois de uma gira espiritual acontecer,
além disso, é um elemento que representa e atua na Umbanda em todos
os sentidos e de várias formas. Não é à toa que nos referimos aos
médiuns umbandistas como “filhos de pemba”, não é à toa que a pemba
não pode faltar em qualquer ato ritualístico da Umbanda, seja casamento,
batizado, ato fúnebre ou mesmo nas giras assistenciais, não é à toa que,
antes do atendimento assistencial, pontos são riscados pelos guias e, com
certeza, conhecem coisas que nós nem fazemos ideia.

Quando ela é usada como pó junto com a energia do sopro, envolve todo
o ambiente e todos os espíritos encarnados e desencarnados de forma
poderosíssima, iniciando um trabalho de limpeza, harmonização ou até de
descarga; claro que isso depende da composição dos elementos
adicionados à pemba que está sendo utilizada e da forma que é soprada
essa pemba.

Quando usada nos Pontos Riscados, o símbolo riscado transforma-se em


um Símbolo Sagrado com grande Poder de Ação, traz toda a força
misteriosa da “Grafia dos Orixás” que são signos e símbolos magísticos que abrem ou fecham portais, que trazem ou repelem ene rgias, ativam ou desativam
forças astrais e da natureza, portanto têm o poder de fechar, trancar, abrir, quebrar, direcionar, harmonizar, transformar, equilibrar os Terreiros, assim como os
médiuns pois atuam em seus campos mediúnicos.

Importante comentar que a escrita mágica simbólica com seus infinitos signos e símbolos é tão antiga quanto a humanidade e são encontrados pelos
arqueólogos em construções antiquíssimas, em túmulos, dentro de templos religiosos, lugares de cultos, seitas. Mesmo porque a comunicação escrita surge
através de símbolos, traços, pontos e não através de letras como estudamos hoje. Portanto, essa escrita mágica simbólica, usada pelos guias espirituais, não
é propriedade da Umbanda e sim, é um bem colocado à disposição da humanidade pelos povos antigos e pelos seres espirituais superiores que dela muito
tem se servido no decorrer dos séculos.

A Pemba também é usada no médium como forma de Cruzamento, esse ato melhora a mediunidade, protege, potencializa o dom mediún ico etc. O
Cruzamento com Pemba é um ritual utilizado na Umbanda importantíssimo. Sabemos que um médium de incorporação antes de iniciar seus tr abalhos
espirituais tem que ser cruzado abrindo e fechando canais energéticos, magnéticos e divinos.

Claro que não para por aqui, mas acredito que com essas informações dá para se ter uma idéia de como é necessário o conhecimento e o bom senso, afinal é
necessário saber confeccionar e consagrar uma pemba, saber preparar as misturas e saber assoprá-las, saber o que representa, pelo menos alguns Símbolos
Sagrados e suas funções, direções, energias, pontos de entrada e saída.

Saiba que, infelizmente, têm muitas pessoas riscando pontos aleatoriamente sem um pingo de cuidado e conhecimento e, com isso, estão abrindo portais
negativos, ativando baixo astral e, pior, invertendo pontos Sagrados sem ao menos se darem conta do reflexo de suas ações. Saiba, o mau uso d a Pemba ou
do Ponto riscado pode levar a consequências imprevisíveis, comparáveis as de um leigo em assuntos de eletricidade, entrando numa casa de força e pondo-
se a manejar as chaves ou embaralhando os fios, o que acabará provocando curtos-circuitos, incêndios e eletrocussões em si e nos outros.

Não podemos esquecer que simbolicamente a PEMBA é a caneta da Umbanda, é com ela que registramos todas nossas ações no Livro Sagrado da Lei.

Espero que com isso esclarecido acenda-se a Luz do Conhecimento, da Responsabilidade e do Bom Senso sobre todos e que, acima de tudo, nos tornemos
capacitados para lidar com tantas coisas Sagradas e com tantas pessoas necessitadas.

Fica aqui meu apelo: ESTUDEM…


Chega de boas intenções. Precisamos SABER, ENTENDER e AGIR COM RESPONSABILIDADE E SABEDORIA.
Mesmo porque, de boas intenções o inferno está cheio…

Axé a todos, aproveitem essas poucas informações sobre a pemba e os pontos riscados e estimulem-se a estudar mais a Umbanda e seus fundamentos.

Para fechar, uma curiosidade:

COMO ERA FABRICADA A PEMBA


Era privilégio do sacerdote mais velho da tribo a direção dos trabalhos da fabricação da pemba, esta era feita por moças virgens em completo jejum presididas
pelo sacerdote, que durante a fabricação não podia tomar alimento de espécie alguma nem beber água, apenas fumava o seu cachi mbo, que era considerado
sagrado. Durante três dias e três noites e às vezes mais, era trabalhada a pemba, acompanhada por música de congo, as virgens cantavam sem cessar
preces à Virgem, para que ela transmitisse todas as suas virtudes às virgens. Depois de pronta a pemba era posta a secar sem que apanhe sol, guardada em
um terreno por virgens e guardas indígenas que impediam que algum ladrão viesse a se apoderar de algumas. Isto feito, a pemba era gua rdada em vasilhas
de palha para serem empregadas nas grandes cerimônias.

Trechos retirados da apostila “PONTO RISCADO & PEMBA NA


UMBANDA”, material didático que pertence ao grupo de estudo Ponto Riscado e
Pemba na Umbanda ministrado por mãe Mônica Caraccio no Centro Cultural e
Social de Umbanda Carismática

E aí pessoal, como estão sendo os dias de orações? Está ficando tudo mais tranquilo
e harmônico? E os trabalhos, estão mais calmos e centrados? Espero que sim! Bom,
para complementar essas bênçãos todas nada melhor que uma boa dose de estudo e
conhecimento, não é mesmo? Sendo assim trago hoje mais um artigo cheio de respostas e esclarecimentos para duvidas muito comuns tanto dos novos
umbandistas quanto dos não tão novos assim. Aproveitem!!

VOCÊ SABE POR QUE OS PRETOS VELHOS TÊM EM SEUS NOMES UMA MISCELÂNEA DE PALAVRAS QUE ESTÃO LIGADAS TANTO À ORIGEM
PORTUGUESA QUANTO A AFRICANA, COMO MARIA CONGA E JOSÉ DE ANGOLA?

Porque na época da escravatura esses negros eram obrigados a aprender e praticar os dogmas de seus feitores, não somente em r elação à religião, mas
também eram obrigados a receber outro batismo e agora ganhar o nome de seus senhores, o que forçava-os a esquecerem suas origens. As crianças
escravas também eram batizadas duas vezes, a primeira, ocultamente, na nação da qual pertenciam seus pais recebendo um nome d e acordo com a seita
(Angola, Congo, Moçambique, etc). A segunda vez, na pia batismal católica, era exigida pelos senhores e nesta a criança recebia o primeiro nome de seu
senhor e em alguns casos recebia também um sobrenome que o relacionava à Fazenda onde nascera, por exemplo Antônio da Coroa Grande.

VOCÊ SABE O QUE É CAMPO MEDIÚNICO?

O campo mediúnico pode também ser chamado de Campo Eletromagnético e não deve ser confundido com a aura. Ele é responsável pela captação de
energias Etéricas e pela ligação com o Plano Espiritual. Sua sede está no chacra coronário derramando-se em torno do corpo numa distância de 30 a 60 cm
dele. Nesse campo mediúnico estão as ligações com o plano espiritual e energias etéricas, que podem ser boas ou ruins depende ndo da condição mental do
Ser. Isso significa que se a pessoa estiver mentalmente positiva essa energia se refletirá em seu campo mediúnico que automaticamente atrairá para si
espíritos de energia positiva, agora se ela estiver negativada atrairá espíritos negativos. Isso não é mistério, é lei! É a famosa LEI DA AFINIDADE, tão mal
compreendida pelas pessoas. Todas as pessoas, independente de mediunidade, têm esse Campo Mediúnico que muitas vezes está sobrecarregado de
energias etéricas negativas refletindo no mental.

VOCÊ SABE DIFERENCIAR UM ASSENTAMENTO DE UMA FIRMEZA?

ASSENTAMENTO é a Força do Orixá trazida para dentro do Terreiro e que deverá estar iluminada e ser alimentada constantemente tornando-se um Ponto de
Força Divino captador e emissor de energias.

FIRMEZA é a emissão das irradiações do Guia ou do Orixá somente no momento em que se ilumina o ponto firmado. É aquela vela que acendemos com um
propósito bem definido, como para imantar um objeto ou solicitar proteção durante algum trabalho.

VOCÊ SABE O QUE REPRESENTA O CHIFRE?

Representa a fertilidade, a vitalidade, a sabedoria e a ligação com as energias do Cosmo, é Símbolo de honra e respeito. Você sabia que muitos Deuses
antigos como Cornífero, Baco, Pã, Dionísio e Quiron foram representados com chifres? Você sabia que quando o homem saía em busca de caça ao retornar à
sua tribo colocava os chifres do animal capturado sobre sua cabeça com a finalidade de demonstrar a todos da comunidade que ele vencera os o bstáculos e
que, graças a ele, todo o clã seria nutrido e a partir disso ele era considerado o “Rei”? Você sabia que na Babilônia o grau de importância dos Deuses era
medido em decorrência do número de chifres a Ele atribuído? Que Alexandre, o Grande, declarou-se Deus ao tomar o trono do Egito onde encomendou uma
pintura sua ornada de chifres? E mais, você sabia que até Moisés foi homenageado com chifres pelos seus seguidores em sinal de respeito aos seus feitos e
favores divinos? Como se pode perceber os chifres, desde tempos imemoráveis, são considerados símbolos de realeza, divindade, fartura e sabedoria.

Um excelente final de semana a todos! Muito Axé!

Que lindo ! Nossa, como é bom ver tanta gente se juntando a nós nessa linda corrente de orações. Como é bom ver tantas pessoas se dedicando, se doando
e fazendo a diferença por toda espiritualidade e pela nossa Umbanda. Não quero ver ninguém desistindo ou esmorecendo, lembrem-se: a Umbanda é para os
fortes e determinados, para os convictos e para aqueles que carregam dentro de si a missão
de fazer o bem sem olhar a quem. Fiquem atentos e nos acompanhem que durante este
período de quaresma postaremos aqui vários artigos ligados ao tema, assim como
depoimentos de fé enviados por pessoas que estão participando da nossa corrente de
orações.

Hoje, para complementar, trago a vocês a história, o significado ou os motivos de algumas das
orações que estamos fazendo. Acredito que esse seja um conhecimento que fará toda a
diferença no entendimento e prática dessas orações. Bom proveito!

Oração do Perdão – O perdão é um processo mental ou espiritual de cessar o sentimento de


ressentimento ou raiva contra outra pessoa ou até contra você mesmo. O simples ato de
perdoar tem a capacidade de limpar o coração, lavar a alma e livrar o espírito de muitas
angústias e pressões. Deve fazer parte da vida de todos aqueles que trabalham pela reforma
íntima e buscam a elevação espiritual, por isso mesmo todas as religiões ou doutrinas
possuem uma oração que pregue ou que se direcione ao ato de perdoar. Por essa importância
e relevância escolhemos a Oração do Perdão para ser a primeira da lista e o início de todo um
trabalho.

Prece aos Anjos Guardiões e aos Espíritos Protetores - Essa oração está contida em uma das obras básicas da doutrina Kardecista: O Evangelho
Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec. A prece aos Anjos Guardiões e aos Espíritos protetores deve ter por objetivo solicitar-lhes a intercessão junto a Deus,
pedir-lhes a força de resistir às más sugestões e que nos assistam nas contingências da vida.

Oração do Umbandista – Essa oração é uma adaptação da Oração de São Francisco de Assis para a realidade da Umbanda. Muito bela e harmoniosa
mostra o teor dos únicos pedidos que deveriam ser feitos pelos médiuns e traduz a missão e trabalho de todo Umbandista. Enche nossos corações de força e
vontade de trabalhar cada vez mais, excelente para a quarta feira que é o meio da semana.

Pai Nosso em Aramaico – É desta oração que se derivou a versão atual do “Pai-Nosso”. Ela está escrita em aramaico, numa pedra branca de mármore, em
Jerusalém, no Monte das Oliveiras, na forma que era invocada pelo Mestre Jesus. O aramaico é um idioma originário da Alta Mesopotâmia, ( séc VI ac), e era
a língua usual do povo, enquanto o hebraico era mais utilizado em ritos religiosos. Jesus sempre falava ao povo em aramaico. A tradução direta do aramaico
para o português, (sem a interferência da Igreja), nos mostra como esta oração é bela, profunda e verdadeira, condizente com o Mestre Jesus. A palavra final
Amém não faz parte do texto original, sendo incluída apenas por tradição.

Prece de Cáritas - A prece foi psicografada na véspera do Natal de 1873, há mais de 130 anos. “Cáritas” é um espírito que se comunicava através das
faculdades de uma das grandes médiuns de seu tempo: Madame W. Krell, no círculo espírita de Bordeux, na França de Allan Kardec.
Oração as Sete Linhas – Não tem muito que dizer, somente que é inspirador saudar pausadamente e amorosamente cada Orixá, confiando e se entregando
verdadeiramente a espiritualidade superior. Simplesmente inspirador!

Oração do Amanhecer – Esta também é uma oração psicografada. Foi transmitida pelo espírito de Irmão Antthony à médium Zita Marques Moreira de Souza.
Falando sobre o dia que acaba de nascer transmite a paz e a serenidade ideias para o término da semana e prepara para que o ciclo seja novamente
recomeçado.

Muito axé e uma boa sexta feira com a Prece de Cáritas a todos!

A Umbanda e o Candomblé têm tudo a ver com o período colonial brasileiro, ou seja, com a época que, para a vergonha de todos nós, o poder branco europeu
instituiu a escravidão dos negros para a salvação de suas almas. Dizia-se que escravizar era a forma de fazer com que os negros, e consequentemente suas
crenças nos Orixás africanos, se tornassem bons cristãos para salvarem suas almas. Com esse
pensamento hipócrita e depois de fracassarem nas tentativas escravizar os índios brasileiros, a Igreja
Católica Apostólica Romana, atendendo às solicitações do Bispo espanhol Dom Bartolomeu de Las
Casas, conseguiu do Papa a autorização para que se importassem da África os negros escravos,
alegando que a igreja de Cristo não permitia que se fizesse escravo um homem livre, mas nada tinha a
opor que se utilizasse (ou que se comprasse, como se fosse qualquer mercadoria) um homem que já
era escravo. Desta forma, contrariando o verdadeiro ensinamento de Cristo, a igreja importou milhões
de negros nos quatro séculos que durou a escravidão. Depois o Papa pediu perdão e ficou tudo por
isso mesmo …

Ironias e hipocrisias à parte, as cortes europeias, com o apoio dos padres, durante mais de
quatrocentos anos tentaram impor aos negros, mestiços e mesmo aos brancos desafortunados seus
valores e sua religião mesmo que, invocando Nosso Senhor Jesus Cristo, mantivesse a riqueza da
nobreza europeia à custa da dor, do sofrimento e do sangue destes infelizes africanos. Obrigados a se
tornarem cristãos, os negros tinham que renegar suas crenças ao tomarem nomes cristãos e ao
cumprirem todo o ritual cristão para não serem punidos pelos senhores brancos.

Quatrocentos anos de escravidão tornaram o Brasil um país de mestiços. Cinquenta por cento, ou
mais, de sua população é de origem africana. Por isso é que, mesmo mantendo por todo esse tempo
sua verdadeira crença nos Orixás, foi preciso esconder suas práticas religiosas nos rituais cristãos.
Nosso Calendário Litúrgico é cristão, então, São Jorge passou a ser Ogum; Nossa Senhora virou Iemanjá, Oxum e assim por diante, sempre ocultando dos
brancos suas verdadeiras crenças pois sabiam que, se um dia conseguissem se libertar, só seriam aceitos de volta em sua terra se mantivessem seu próprio
idioma, suas crenças, seus hábitos e costumes. Como parte dessa cultura religiosa IMPOSTA ficou para nós o já elaborado Calendário Cristão e, como ponto
alto desse mesmo calendário, está a prática medieval de se observarem os quarenta dias de resguardo da Quaresma que antecedem a Sexta-Feira Santa e a
Páscoa.

A princípio a igreja se mantinha de luto por quarenta dias, começando na Quarta-Feira de Cinzas. Os altares e as capelas menores eram cobertos com panos
roxos (Nana?). Toda atividade artística alegre cessava e os Terreiros que funcionavam escondidos, temendo represálias por serem descobertos, cessavam
suas atividades. Considerando que as atividades com os chamados Guias de Luz e com os Orixás estão paradas valem-se disso os que trabalham nas
sombras, os espíritos dos malignos que aproveitam-se de estarem desprevenidos os homens bons para promoverem o mau.

A tradição de se fechar os Templos de Umbanda quando não havia liberdade de crença, não tem razão de ser no mundo atual. Muito ao contrário, é nessa
época que NÃO DEVEMOS PARAR, é nessa época em que a quimbanda maligna trabalha à vontade, que o Templo deve estar preparado p ara, com o auxílio
das Entidades de Luz, denunciar qualquer trabalho negativo que tenha sido feito para atrapalhar seus Filhos de Fé ou frequentadores. Atualmente, interromper
os trabalhos do Templo na Quaresma é descabido, é ingenuidade, é desconhecer que os inimigos trabalham nas trevas e que, se não temos o Preto- Velho, o
Caboclo ou qualquer entidade que possa nos avisar do mau feito, estaremos desprotegidos, descobertos, ou seja, nas mãos dos i nimigos. É preciso
URGENTEMENTE esclarecer que a Quaresma não é Afro, é hebraico-europeia, e que já não é preciso se esconder de ninguém, pois nossa Constituição nos
assegura o direito à liberdade de crença e os padres já não podem mais nos queimar nas fogueiras da inquisição.

Por isso, vamos abrir nossos Templos de Umbanda na Quaresma e cuidar com amor dos nossos Filhos de Fé.

Babalaô Ronaldo Antônio Linares


Federação Umbandista do Grande ABC

A palavra Quaresma vem do latim para quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecede a festa ápice do cristianismo: a
ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo de Páscoa, prática
esta que data desde o século IV. Na quaresma, que começa na quarta-feira de
cinzas e termina na quinta-feira da Semana Santa, os católicos realizam a
preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão e a conversão
espiritual, ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento
espiritual e é neste período, em especial, que os fiéis são convidados a fazerem uma
comparação entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta
comparação significa um recomeço, um renascimento para as questões espirituais e
de crescimento pessoal. O cristão deve intensificar a prática dos princípios essenciais
de sua fé com o objetivo de ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem para os
demais. Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os
cristãos se recolhem em oração e penitência a fim de preparar o espírito para a
acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa. Todas as religiões têm
períodos voltados à reflexão, eles fazem parte da disciplina religiosa e cada doutrina
tem seu calendário específico para seguir.

A Quaresma dura na verdade 47 dias, uma vez que no calendário litúrgico os domingos não são contados, perfazendo então 40 dias. A duração da Quaresma
está baseada no simbolismo do número quarenta na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material e os zeros que o seguem significam o tempo de
nossa vida na Terra, com suas provações e dificuldades. Nesta, fala-se dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo
deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400
anos que durou o exílio dos judeus no Egito…
Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por
volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias e assim surgiu a Quaresma. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que
significa luto e penitência, o que explica o fato das imagens católicas serem cobertas com um manto roxo nesse período. A Igreja católica propõe, por meio do
Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em
todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista a justiça, a paz e o amor em toda a humanidade.

Curiosidade: Você sabia que a data da quaresma e do carnaval é determinada pelo Vaticano? Sabemos que o carnaval e a quaresma caem todos os anos em
datas diferentes, pois são regidas pela Páscoa que é também uma data móvel. No entanto, poucos sabem que o dia de Páscoa é estabelecido pela Igreja há
séculos. No Brasil podemos conhecer essa data estabelecendo o primeiro domingo depois da primeira Lua Cheia de outono, que ocorre no dia ou depois de 21
março (a data do equinócio). Entretanto, a data da Lua Cheia não é a real, mas sim a definida nas Tabelas Eclesiásticas. É preciso localizar o primeiro
domingo depois da primeira lua cheia da primavera de Roma (hemisfério norte) usando os critérios gregorianos. A igreja, para obter consistência na data da
Páscoa, decidiu, no Conselho de Nicea em 325 d.C., definir a Páscoa através de uma Lua imaginária conhecida como a “lua eclesiástica”.

Sendo assim, levando em consideração esse estudo, chego à conclusão de que os Terreiros de Umbanda que fecham suas portas no período de quaresma
por seguirem uma conduta católico-cristã estão, no mínimo, agindo de forma equivocada pois se nesse período deve-se potencializar o sentido da oração, da
penitência e da caridade, então a lógica é, mais do que nunca, ABRIR as portas dos Terreiros e colocar tudo isso em prática. Afinal, sabemos que não há
momento de maior exteriorização e vivência da oração, da penitência (mesmo a Umbanda não tendo como prática a penitência) e da caridade do que dentro
de um Terreiro exercendo nossa religiosidade, espiritualidade e caridade, sem falar no trabalho que nos propusemos a realizar.

E aqueles Terreiros que fecham apenas por seguirem uma tradição ou pela oportunidade de ‘descanso’, saibam que, mais do que nunca, é nesse período que
as pessoas mais estão precisando da ajuda dos Guias Espirituais Superiores que são manifestados através dos médiuns umbandistas, afinal na festa de
carnaval acontecem muitos casos de uma verdadeira ativação do baixo astral e muitas vezes o próprio médium se permite atos profanos, desequilibrados e
extremamente negativos neste período.

E você, o que pensa sobre isso? Os terreiros devem fechar ou continuar com seus trabalhos normais no período da Quaresma?

Na semana que vem daremos continuidade a este tema publicando um artigo do querido Pai Ronaldo Linares, grande decano da noss a Umbanda, onde ele
dará sua opinião sobre o trabalho dos terreiros no período da Quaresma. Até lá vocês podem refletir, formar opiniões e comentarem nos contando em que
conclusão chegaram e o que pensam sobre o assunto.

Um ótimo final de semana a todos ! Muito Axé !

Fonte de pesquisa: CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil


Axé pessoal! Como no artigo anterior eu falei sobre São Jorge, a necessidade do sincretismo e a beleza das inspirações que envolvem nossa Umbanda, quero
hoje mostrar algumas coisas que, além de curiosas, também são
inspiradoras,envolventes e bem oportunas.

Vocês conhecem a LENDA DO DRAGÃO, que está na imagem atual de


São Jorge? Vejam como ela é cheia de simbologias:

A imagem atual do santo, sentado num cavalo com uma lança que
atravessa um dragão, está relacionada às diversas lendas criadas a seu
respeito, contadas de várias maneiras em suas muitas versões. A versão
mais corrente dá conta que um horrível dragão saía de vez em quando das
profundezas de um lago e atirava fogo contra os muros de uma longínqua
cidade do Oriente, trazendo morte com seu mortífero hálito. Para não
destruir toda a cidade, o dragão exigia regularmente que lhe entregassem
jovens mulheres para serem devoradas. Um dia coube à filha do Rei ser
oferecida como comida ao monstro. O monarca, que nada pôde fazer para
evitar esse horrível destino da sua filha, acompanhou-a com lágrimas até
as margens do lago. A princesa parecia irremediavelmente destinada a um
fim atroz, quando de repente apareceu um corajoso cavaleiro vindo da
Capadócia, montado num cavalo branco: São Jorge. Destemidamente,
enfrentou as perigosas labaredas de fogo que saíam da boca do dragão e as venenosas nuvens de fumaça de enxofre que eram expe lidas pelas narinas do
monstro. Após um duro combate, finalmente São Jorge venceu o terrível dragão, com sua espada de ouro e sua lança de aço. O mi sterioso cavaleiro
assegurou ao povo que tinha vindo, em nome de Cristo, para vencer o dragão e que eles deviam converter-se e serem batizados. Para alguns, o dragão (o
demônio) simbolizaria a idolatria destruída com as armas da Fé. Já a donzela que o santo defendeu, representaria a província da qual ele extirpou as heresias.

Sobre a LUA E SÃO JORGE, há uma lenda antiga que acabou virando crença para muitos. Diz a tradição que as manchas que aparecem na lua representam
os milagres do santo, onde ele estaria em permanente combate com o dragão, sempre com sua espada defendendo aqueles que pedem sua ajuda. O símbolo
da Lua Crescente, que é formado por dois semicírculos que representam a alma, o espírito ainda submetido às experiências da evolução, aprisionado nas
sombras da própria ignorância e no vendaval das paixões ainda não dominadas. É a vida sob o domínio da emoção e dos sentimentos.

NA UMBANDA, Ogum é o Orixá da Guerra, o guerreiro, general destemido e estratégico, é aquele que veio para ser o vencedor das grandes batalhas, o
desbravador que busca a evolução. É forte sua energia masculina, o que o faz necessitar da vibração feminina para que suas ações sejam menos vigorosas.
Temos ai a identificação de OGUM com a LUA.

O Orixá masculino, Ogum, se relaciona com a energia e com os Orixás femininos das águas como Iemanjá e Oxum, para lembrar da necessidade do equilíbrio
entre os opostos: masculino e feminino, pois são polaridades que não podem existir de forma exclusiva, sem a complementaridade do outro pólo. Além disso,
mostra que as demandas que Ogum enfrenta pertencem todas ao domínio das paixões, inclusive o ódio, a inveja, o ciúme e o egoísmo. E a lua representa
essa energia da paixão que está permanentemente em mudança. As fases da lua representam bem a instabilidade da alma humana, que é o campo de
batalha onde os instintos precisam ser vencidos para que brilhe a natureza solar.

Ogum, que carrega consigo tantas qualidades positivamente masculinas, como a força, a coragem, a energia do fogo e a carga de agressividade necessária
para qualquer realização, precisa da energia da receptividade, da doçura, da paciência e da devoção, atributos femininos dos orixás das águas. Sem essa
energia o resultado é o desequilíbrio.

Sobre Ogum:
OGUM YÊ! – Grito de saudação a Ogum. OG – Glória, Salvação; AUM – Fogo, Guerreiro; Yè do iorubá “está vivo”.

PATAKORI é uma das saudações feitas a Ogum. Do ioruba, ligado ao adjetivo pàtaki, que quer dizer ‘principal’.

PONTO DE FORÇA: todos os lugares ao ar livre: encruzilhadas, campos abertos, trilho de trem, caminho.

PEDRA: Granada (extremamente energizadora e regeneradora), Rubi (vigor, energia e equilíbrio, extremamente estimulante), Sardio (força e proteção)

OFERENDAS: Cerveja clara, vinho ou licor de gengibre, charuto, pano vermelho e branco, velas vermelhas, brancas e azul escuro, frutas vermelhas (de
preferência ácidas), flores vermelhas como cravo, palma, crista de galo.

INSTRUMENTOS:

· Ferro forjado, em número de sete, catorze, dezesseis, vinte e um ou quarenta e um, enfileirados em uma haste de ferro. Os sete principais instrumentos
são: alavanca, machado, pá, enxada, picareta, espada e faca, com as quais ajuda o homem a vencer a natureza.

· Franjas de folhas de palmeira desfiadas, denominadas mariwo pelos ioruba e azan pelos fon. Era o traje que Ogum usava outrora e a presença
dessas franjas, acima de uma porta ou de um lado ao outro na entrada de um caminho, basta, por sua presença, para evocá-lo e afastar as más influências.
Colocadas mais perto do chão, elas interditam a passagem. Prosseguir seria expor-se à cólera do deus.

· Espadas que abrem os caminhos do desconhecido, correndo para o bem estar e o avanço da comunidade. “Espada! Eis o braço de Ogum”.

· Bigorna – Peça de ferro, com o corpo central quadrangular e as extremidades em ponta cilíndrica, cônica ou piramidal, sobre a qual se malham e
amoldam metais.

Nossa, já é quinta feira!! Que Ogum continue em ronda nos iluminado e nos ordenando nessa caminhada de fé.

Muito Axé a todos !

E ai pessoal, como foi o começo da semana? Para mim foi e está sendo
MUITO especial! Espero que todos estejam, assim como eu,
VERMELHOS de tanta alegria e inspiração.

E por falar em inspiração, nossa Umbanda é comprovadamente cheia


de inspiração, não é mesmo?!? E uma prova disso é o sincretismo
religioso que existe até hoje dentro de nossa religião. Sincretismo é a
fusão de concepções religiosas diferentes ou a influência exercida por uma
religião nas práticas de uma outra. E foi essa fusão que o povo negro teve
necessidade de fazer com a igreja católica para que se mantivessem as
suas tradições, aliás, sem o sincretismo talvez não tivéssemos os traços
religiosos africanos que temos hoje.

Reginaldo Prandi, mestre em Sociologia pela USP; Professor do Curso de


Pós-Graduação em Sociologia da USP e Pesquisador do CNPq –
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-, diz
que: “Para se viver no Brasil, mesmo sendo escravo, e principalmente
depois, sendo negro livre, era indispensável, antes de mais nada, ser
católico. Por isso, os negros no Brasil que cultuavam as religiões africanas
dos orixás, voduns e inquices se diziam católicos e se comportavam como
tais. Além dos rituais de seus ancestrais, frequentavam também os ritos
católicos. Continuaram sendo e se dizendo católicos, mesmo com o
advento da República, quando o catolicismo perdeu a condição de religião
oficial”.

E dessa fusão nasceu Jesus Cristo sincretizado com Oxalá, Santa Barbara com Iansã, São Jorge com Ogum e tantos outros santos substituindo os otás e
ferramentas sagradas dos Orixás.

Até aqui percebemos a necessidade de um povo que, para não perder suas origens, sua memória e seu Sagrado, teve que usar o sincretismo religioso. Agora,
a inspiração fica clara quando percebemos as semelhanças de sentidos, significados, ações, qualidades e atributos entre o Santo e o Orixá.

Vejam a história de São Jorge, que é sincretizado com Ogum:

Em torno do século III d.e.c., quando Diocleciano era imperador de Roma, havia nos domínios do seu vasto Império um jovem sol dado chamado Jorge. Filho
de pais cristãos, Jorge aprendeu desde a sua infância a temer a Deus e a crer em Jesus como seu salvador pessoal. Nascido na antiga Capadócia, região que
atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe após a morte de seu pai. Lá foi promovido a capitão do exército romano devido
a sua dedicação e habilidade – qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde. Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial
em Roma, exercendo altas funções.

Por essa época, o imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decr eto imperial, Jorge levantou-
se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os ídolos adorados nos templos pagãos eram falsos deuses. Todos
ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defender com grande ousadia a fé em Jesus Cr isto como Senhor e
salvador dos homens. Indagado por um cônsul sobre a origem desta ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe que era por causa da VERDADE. O tal cônsul,
não satisfeito, quis saber: “O QUE É A VERDADE?”. Jorge respondeu: “A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, eu sou servo de meu
redentor Jesus Cristo, e nele confiando me pus no meio de vós para dar testemunho da verdade.”

Como Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o
imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos. Jorge sempre respondia: “Não, imperador! Eu sou servo de um Deus vivo! Somente
a Ele eu temerei e adorarei”. E Deus, verdadeiramente, honrou a fé de seu servo Jorge, de modo que muitas pessoas passaram a crer e confiar em Jesus por
intermédio da pregação daquele jovem soldado romano. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito em seu plano macabro, mandou de golar o jovem e fiel servo
de Jesus no dia 23 de abril de 303. Jorge se torna o Verdadeiro guerreiro da fé.

E vejam as qualidades e significados de São Miguel Arcanjo, que também é sincretizado com Ogum:

É um dos primeiros e mais eminentes dos espíritos celestiais, considerado o Príncipe dos Anjos. É o chefe dos anjos rebeldes, em defesa da autoridade de
Deus. É um espírito guerreiro, arauto de Deus, Príncipe e Chefe dos exércitos celestiais. É o patrono dos agonizantes, “o guia das almas para o céu”. Se pôs à
frente dos anjos fiéis contra Lúcifer.

A arte cristã o apresenta em armadura brilhante, com lança e espada, em voo como de mergulho sobre o dragão infernal, fazendo-o sentir o vigor irresistível
do pé vitorioso, arremessando-o às profundezas do inferno.

Pois bem, digam-me se não é muita inspiração esses sincretismos? Afinal de contas, será que quando começaram a acontecer os primeiros sincretismos os
negros sabiam das histórias dos santos com total clareza para que as associações ocorressem de forma tão perfeitas?

É, acho que Ogum já estava de ronda, ordenando nossa Umbanda!

Salve São Jorge Guerreiro

Salve São Miguel Arcanjo

Salve Ogum

Patacury Ogum!

Excelente quarta feira de Ogum a todos! Muito Axé!

AXÉÉÉÉÉ pessoal!

Que maravilha foi nosso primeiro dia de festa! Acredito que a segunda
feira tenha sido muito especial a todos. Foram depoimentos, comentários e
manifestações tão emocionantes que tenho certeza: fez a diferença para
muita gente!

Bom, hoje é terça feira e como esse é o dia da semana que se reza para
Ogum, irei falar um pouco sobre a energia que envolve especificamente a
Terça.

Vejam só, Terça feira – do latim “Tertia Feria” – era o dia em que os
pagãos antigos reverenciavam seus deuses, é também o dia da semana
que corresponde ao planeta Marte.

MARTE é o planeta chamado de ‘Planeta Vermelho’, sua coloração é


avermelhada devido ao alto conteúdo de óxidos de ferro e de basalto
vulcânico que tem em sua superfície. O nome do Planeta advêm da cultura
greco-romana, na Mitologia grega o Deus da fúria e da guerra chamava-se
Ares transformando-se em Marte após a suplementação de Roma sobre a
Grécia.Os chineses, coreanos e japoneses chamam esse planeta de
“Estrela de Fogo”. Os egípcios o conhecem como “Her Deschel” ou “O Vermelho”. E para os babilônios, Marte é “Nergal” ou “A Estrela da Morte”.
Astrologicamente, Marte representa a energia ativa e a coragem, tem a ver com a expressão do masculino. É o instinto de sobrevivência, é ativado quando o
indivíduo sente-se ameaçado. É com Marte que a pessoa tem energia e inteligência para enfrentar seus desafios e realizar seus propósitos. Marte rege os
signos de Áries e Escorpião

É um dia ideal para resolver pendências, solucionar demandas, enfrentar uma situação, vencer um obstáculo considerado intransponível e fazer as pazes.

Vejam que curioso: a terça feira para os japoneses chama-se “Dia de Fogo”; para alemães é chamada de Dienstag e representa “Dia de Tiwaz” e para os
ingleses é chamado de Tuesday que vem de “Tiw’s day”, dia de Tiw – ou Tyr, ou Tir – que é o Deus da guerra honrada.

Tudo a ver, não é mesmo? Ogum não recebeu o dia de terça feira à toa, existe toda uma energia que vai muito além da matéria.

Portanto é o dia ideal para tomar banhos com ervas específicas de Ogum e rezar a este Orixá.

Para quem não sabe, indico algumas ervas de Ogum: Açoita-cavalo; Arnica; Aroeira; Pau-santo; Losna; Porangaba; Sangue-de-dragão; São-gonçalinho;
Tanchagem; Babosa; Espada de São Jorge; Eucalipto; Jurubeba; Pitanga;Folhas de Manga; Abre-Caminho;Peregum; Pinheiro; Agrião; Carqueja e muito
mais.

E para quem quiser e puder, acenda uma vela para Ogum nesse dia, algo simples, mas de coração aberto.

As cores da vela podem ser:

VERMELHO a mais habitual, pois tem como função estimular uma energia ativa, viva, guerreira em nós. É a cor do fogo e o fogo é que limpa e transforma
tudo. Isso é Ogum ativo e em guerra contra as demandas da vida.

AZUL ESCURO, que tem como função estimular a energia ativa da fé. É a cor da espiritualidade que tem ligação com a energia do Ar. Isso é Ogum ativo e em
guerra pela retidão da Fé.

A reza pode ser a que sai do coração, mas se alguém precisar de inspiração

Oração a Ogum
Deus adiante paz e guia
Encomendo-me a Deus e a virgem Maria minha mãe ..
Os doze apóstolos meus irmãos
Andarei neste dia e nesta noite
Com meu corpo cercado vigiado e protegido
Pelas as armas de são Jorge
São Jorge sentou praça na cavalaria
Eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia
Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Para que meus inimigos tendo pés não me alcancem
Tendo mãos não me peguem não me toquem
Tendo olhos não me enxerguem
E nem pensamento eles possam ter para me fazerem mal
Armas de fogo o meu corpo não alcançará
Facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar
Cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar
Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge
Jorge é da Capadócia.

Salve Jorge!

Axé Pessoal! Fico muito feliz a cada nova edição do JUCA – Jornal de Umbanda Carismática – e
nesse mês, em especial, estamos com matérias especiais como Pontos Riscados na Umbanda;
Exu & Bombonjira; Ser Ogã é Ser Responsável; O Prazer de Servir; Ogum; entre outras. Acredito
que com esse tipo de material nossas percepções se expandem e saímos da incerteza, do
automático, da inconsciência e, porque não dizer, do comodismo. Isso mesmo, do comodismo!

Nossa Umbanda é tão rica, tem tantos simbolismos e fundamentos, tudo é tão claro e evidente, que
não devemos deixar passar despercebido, como acontece continuamente. Não devemos acomodar
nosso raciocínio e nosso sentido de lógica. Mesmo porque, nossa fé vai até onde nossa mente
permite, vai até onde obtemos respostas.

Acredito ser evidente a todos que quando não sabemos ou não entendemos algo, não acreditamos,
portanto fica impossível vivenciar ou compartilhar o seu sentido correto e sincero. Isso é ser
prisioneiro de si mesmo, é ser escravo do comodismo e da preguiça. Temos que sair das nossas
próprias Senzalas, parar de nos curvar às imposições dos Senhores da Irresponsabilidade que
existem dentro de nós e viver, vivenciar a Umbanda na sua plenitude. Conscientes de cada ato, de
cada movimento e de cada fundamento.

Acredito que poucas pessoas sabem o que acontece no astral e qual ponto específico está sendo
ativado quando um Guia estala os dedos. Acredito que poucos sabem porque um Guia manca ou
porque eventualmente é solicitado ao consulente acender uma vela na igreja. Acredito que poucos
médiuns sabem porque batemos palmas ou porque batemos a cabeça em nossos rituais.

Realmente é uma pena!

Por isso que o estudo é importante, ele traz lógica para as coisas e quando sabemos o que estamos fazendo fica tudo mais fácil, fica tudo mais claro e
simples, afinal, temos medo do desconhecido e isso faz parte de nosso instinto, de nosso ser. Toda mudança, toda dúvida, toda falta de resposta causa
insegurança, medo e enfraquece nossas ações conscientes e inconscientes.

Tenho certeza que quando o médium souber que ao estalar os dedos o Guia está ativando o Monte de Vênus (região da palma da mão próxima ao polegar)
que está ligado ao Chacra Frontal trazendo melhor racionalidade e controle sobre as emoções, propiciando uma poderosa descarga etérica, algo parecido com
bombas astrais que desimpregnam a aura do consulente, tudo ficará diferente, o sentido mudará, a fé se fortalecerá e os trabalhos espirituais melho rarão
muito.

E isso não é invenção minha, isso é LÓGICA. Clara, real e verdadeira. Assim como nossa UMBANDA É, basta buscar sua lógica.

E para que vocês não fiquem sem respostas, seguem pequenas explicações para os “porquês” mencionados acima. Mas esclareço: só irei apontar alguns
itens aqui, é importante que estudem, que se esforcem e que se dediquem à Umbanda, afinal só amamos aquilo que conhecemos, só temos fé naquilo que
acreditamos e só acreditamos naquilo que conhecemos, portanto só temos fé naquilo que amamos.

Porque um Guia manca – assim como as palmas das mãos e as orelhas, nossos pés se comunicam com todas as partes do nosso corpo, neles estão
terminais nervosos que se comunicam com nossos chacras e com nosso sistema nervoso, portanto quando o Guia manca ou bate o pé no chão ele está
ativando pontos energéticos específicos, está ativando chacras, mandando mensagem para nosso sistema nervoso, além é claro, de ativar a energia da terra
para descarregar o próprio médium. O mancar do Guia nada tem a ver com uma deficiência física, mesmo porque Ele não tem corpo físico.

Porque acender vela na igreja – as Entidades que fazem parte da estrutura religiosa umbandista conseguem atingir, atuar e trabalhar em todas as outras
religiões, doutrinas e cultos, portanto quando um Preto Velho, por exemplo, pede para um consulente ir à igreja acender velas para almas, ele está enxergando
um espírito que, possivelmente, está incomodando o consulente e que necessita de um direcionamento dentro de sua realidade religiosa, que não é a
Umbanda. Assim sendo, esse espírito é “levado” para sua realidade espiritual, nesse caso, para a realidade católica. Não adianta querer doutriná-lo, direcioná-
lo ou forçá-lo dentro da Umbanda, ele não entende, não se afiniza e, muitas vezes, não quer essa ajuda e quando ele recebe o amparo dentr o de sua
realidade, com a reza ou com o auxilio da igreja, com certeza o respeito e o livre arbítrio são exercidos sobre esse espírito.

Porque batemos palma – nossas mãos possuem uma quantidade enorme de terminais nervosos, que se comunicam com cada um dos chacras de nosso
corpo: Dedo Polegar: Chacra Esplênico (região do baço); Indicador: Cardíaco (coração); Anular: Genésico ou Básico (base da espinha); Médio: Coronal (alto
da cabeça); Mínimo: Laríngeo (garganta); na região quase central da mão: Chacra Solar (estômago); próximo ao monte de Vênus: Chacra Frontal (testa),
portanto quando batemos palmas ativamos todos esses chacras, portanto ativamos nossa energia interna, nossa capacidade de doar e receber ener gia,
também criamos ondas de energias vibrantes e estimulantes que envolvem todos que estão à nossa volta. Depois de uma sequência de palmas estamos com
maior facilidade de percepção espiritual, incorporamos, percebemos e sentimos mais facilmente o plano espiritual.

Porque batemos a cabeça – batemos a cabeça por três motivos: primeiro porque na terra é que foram enterrados os assentamentos dos Orixás quando os
negros ainda se encontravam na condição de escravos, tradição essa que continua até nos dias de hoje, ou seja, é na terra que estão assentadas as maiores
Forças de um Terreiro, portanto quando batemos a cabeça, estamos sobre os assentamentos, batendo cabeça às tradições, aos Orixás, nos reverenciando e
entregando nossa Coroa, nosso coração, nosso corpo e nosso espírito aos nossos ancestrais e aos Orixás; segundo: o elemento terra transmuta, cura e
energiza, ou seja, quando batemos cabeça transmutamos nossos pensamentos, curamos nosso emocional e energizamos nosso espírito; terceiro: é na terra
que estão enterrados nossos ancestrais e toda a sabedoria de nossos anciãos, portanto ao batermos nossa cabeça todo o conhecimento e sabedoria que
‘mora’ na terra tende a envolver nosso espírito.

Simplesmente Fascinante, Encantador e Divino!

Portanto, CHEGA DE COMODISMO! Estude e mude sua vida. Transforme sua Fé em algo grandioso como é Nossa Umbanda.

Iniciaremos em maio o “Grupo de Estudo Religioso Umbandista”, com aulas presenciais e pela internet (ao vivo) para aqueles que não
moram em São Paulo. Com certeza será um divisor de águas pois proporcionará uma maravilhosa mudança de vida, um imensurável fortalecimento
de fé.
Informem-se estudo@umbandacarismatica.org.br

Bom, pessoal, como no último artigo muitas pessoas comentaram ou me escreveram com dúvidas que
basicamente se resumem na existência ou não de uma relação entre Exu e magia negativa, resolvi me
estender um pouquinho mais no tema e esclarecer alguns pontos. O principal que quero que vocês
entendam hoje é que os Exus são espíritos altamente iluminados, benevolentes e corretos.

São ILUMINADOS pois além de atuarem em planos superiores, também atuam em faixas vibratórias
tão negativas e densas que somente sendo muito “especial”, muito preparado e muito sábio para
percorrer todo e qualquer tipo de antro e sair sem sofrer alguma deficiência, tanto energética quanto
espiritual. Exu só entra, percorre e sai da escuridão com total maestria por Ter e Ser Luz.

São BENEVOLENTES, ou seja, complacentes e condescendentes com todos indistintamente, pois são
Eles que atuam divinamente na vida do ser que está em desequilíbrio.

São Eles que, mesmo conhecendo os erros, as falhas, os desejos obsessivos e o fanatismo
inconsequente dos seres encarnados e desencarnados, atuam em todos os sentidos da vida ensinando
enfaticamente a ação da Lei da Afinidade, Lei da Ação e Reação e da Lei da Atração. Leis essas que
formam a Suprema Lei Divina e, portanto, devem ser entendidas por todos aqueles que querem evoluir
em espírito. Além disso, ajudam ativamente na eliminação dos desequilíbrios e vícios do seres, afinal,
são Eles, os Exus, que agem na vida do ser ativando o que é de merecimento e o que é necessário
para sua melhora, ainda que essa ação seja incompreensível e dolorida, mesmo porque muitos de nós
ainda precisam sentir dor para melhorar, precisam de desafios para superar, precisam vivenciar a
escuridão para enxergar a Luz, precisam perder para dar valor ao que têm e sentir desespero para
aprender a ter Fé.

São CORRETOS, e ao extremo, pois estão sob ordem de Ogum, Orixá da Lei, que está sob as
determinações de Xangô, Orixá da Justiça. São os EXECUTORES da LEI DIVINA.

Portanto, Exu é ativador de nossos merecimentos. É o que propicia nossas vitórias e nossas derrotas, pois nem sempre sabemos lidar com a vaidade, o ego, o
egoísmo e a soberbia que aflora de forma acentuada quando se conquista algo ou alguém. Exu é quem abre nossos caminhos, mas também fecha, tranca e
acorrenta nossa vida quando nos encontramos desequilibrados e viciados numa maldade e numa possessão sem fim. Isso é a Lei!

Exu é a força que atua sobre o negativo de qualquer pessoa tentando equilibrar essa ação. É aquele que faz o erro virar acerto e o acerto virar o erro. Exu
escreve reto em linhas tortas, escreve torto em linhas retas e escreve torto em linhas tortas.

Com tudo isso esclarecido fica fácil entender que Exu não precisa de vela branca para receber luz, Ele já é a própria LUZ. Exu não é Dual, pois só age de
acordo com a nossa dualidade e conforme a nossa necessidade ou merecimento, sempre respeitando a Lei de Ação e Reação. Exu não faz o que queremos,
faz o que a Lei Divina ordena e determina, sempre sob ordem de Ogum.

Exu não faz, não participa e não orienta nenhum tipo de magia negativa, Exu é Mago Realizador por excelência, e conhece absol utamente tudo sobre magia.
No entanto, conhece também a Lei Divina e a cumpre com perfeição a cada momento. Portanto, se algum Exu estiver orientando ou fazendo algum tipo de
magia negativa, saiba com toda a convicção que esse espírito NÃO É EXU. Mesmo porque Não existe ‘trabalho feito’ por Exu, o que existe e quem faz esses
trabalhos negativos são quiumbas e eguns se passando por exus, dando nomes de exus e aproveitando do desequilíbrio do médium para fazer e ensinar o
mal. Cobrando e ameaçando pessoas que por afinidade também querem se locupletar, usar, dominar outras pessoas e situações. Nesse caso, essas pessoas
atraem para si tormentos indissolúveis a pequeno e médio prazo, isso é fato.

Magia negativa é ação do homem que deseja mais do que pode, deve e merece. É o homem se achando deus, atraindo para si espíritos afins com seus vícios
e desejos. Exu dá e faz somente aquilo que for de merecimento e de necessidade para o Ser segundo a Lei Divina.

Digo sempre que ninguém nos ama mais que Exu porque são Eles quem lidam com o que há de mais negativo e asqueroso dentro de nós. São Eles quem vão
até as mais baixas profundezas para nos salvar. São Eles quem ouvem nossos pensamentos mais vaidosos e egoistas e ainda assim trabalham duro para que
nosos vícios sejam eliminados. São eles quem nos protegem apesar de nós, vez ou outra, esquecermos de poupá-los e protegê-los. São Eles quem nos amam
e lutam pela nossa evolução mesmo conhecendo detalhadamente e lidando com nosso pior lado.

Isso é Exu! Mojubá é Exu!

Laroiyê, Exu! Exu é Mojubá!

Muito Axé e uma semana com muito Amor de Exu a todos !


Hoje falarei um pouquinho sobre um tema bastante solicitado pelos nossos leitores: Exu! Não é à toa que muitos pedem para publicarmos artigos sobre Exu,
afinal é a representação do maior mistério, da maior fonte de controversas e da maior força da
nossa Umbanda. Costumo dizer que Exu faz a guerra para trazer a paz; que Exu é aquele que
tudo sabe, tudo vê, tudo ouve e que sem Exu não se pode fazer absolutamente nada.

Mas, enfim, quem é Exu?

EXÚ – palavra em yorubá (Èsù) pode ser traduzida como esfera. O simbolismo do círculo é
muito antigo e encontrado em várias culturas: ele representa o infinito, o que não tem começo
nem fim e está em todos os lugares.

Exú é um Deus da mitologia yorubá e afro-brasileira. É a divindade mais controversa do panteão


afro-brasileiro, talvez por ser o mais intrinsicamente humano de todos os Orixás. Ele é o
Mensageiro dos Deuses, seu poder é o de receber e transportar os pedidos e oferendas dos
seres humanos ao Orum, o mundo dos Deuses. É o Senhor dos caminhos, das encruzilhadas,
das trocas comerciais e de todo tipo de comunicação. Por isso, ele é o movimento inicial e
dinâmico que leva à propulsão, ao crescimento e à multiplicação.

Exu na Umbanda é Orixá, é Guardião e Guia, é força, energia e potência Divina que atua sob
ação da Lei Maior, ativando e cessando nossos carmas. São espiritos iluminados que, de forma
muito peculiar, conhecem nosso íntimo e nossa conduta muito mais que nós mesmos e através
desse conhecer amplo é que ativam em nossa vida nossas maiores provações.

Não são duais na concepção da palavra, mas atuam vigorosamente em nossa dualidade proporcionando-nos apenas o que nos é de merecimento e, claro,
que essa atuação é muitas vezes enxergada por nós como uma ação externa, como uma ação de Exu, e dificilmente como sendo nossa. Sendo assim, Exu
não faz o mal, muito menos faz o que queremos ou o que pagamos, Exu não é nosso escravo ou nosso serviçal, Exu não nos deve nada, nós é que devemos
a Ele.

Portanto, pedir algo a Exu, só se for proteção, proteção e proteção. Afinal, Ele já sabe o que merecemos.

DIA DA SEMANA – Segunda feira – é um dia propício para magias e rituais que invoquem paz, fertilidade, harmonia e meditação. A energia lunar do dia
favorece novos começos e confere poder.

CONTAS – pretas (neutraliza/absorve) e vermelhas (ativa/irradia), reafirmando a energia da contradição de Exu.

PADÊ – palavra yorubá que significa ENCONTRO ou REUNIÃO, durante a qual Exu é chamado, saudado, cumprimentado e enviado ao além com a intenção
de convocar outros deuses para a festa e, ao mesmo tempo, tem a função de afastá-lo para que não perturbe a boa ordem da cerimônia

OGÓ – bastão de Exu, é um bastão com cabaças que representa o falo. Espécie de cetro mágico com que ele se transporta aos lugares mais longínquos, tem
o poder de atrair pelo seu poder magnético. Do ioruba ògo, “porrete usado para defesa pessoal”.

FALO – representa a fertilidade da vida, o poder sexual, reprodutivo e gerativo. Nas “religiões da natureza”, o sexo é um ato sagrado. E se ele é sagrado, seus
frutos também são. A noção de pecado original seria uma aberração nesse sistema religioso; além disso, um dos ideais do estil o de vida iorubano era ter uma
família numerosa e, portanto, o culto a Exú fazia-se essencial.

TRIDENTE – tradicionalmente divino nas culturas pagãs anteriores ao Cristianismo, por isso a cultura católica fez questão de pregar o inverso, para facilitar a
conversão de seus fiéis com que esquecessem os mistérios a que tinham acesso direto. Agora o único acesso a qualquer mistério estaria na mão de um
Sacerdote Católico. Podemos citar ainda os tridentes de Netuno, Posseidon e Shiva, entre outros. Tridentes mostram o valor di vino concedido a eles; a
trindade; o alto, o meio e o embaixo; Céu, Mar e Terra; Luz, sombra e trevas;

ENCRUZILHADA – cruzamento vibratório, representa a dualidade, a escolha, as possibilidades e o livre arbítrio.

Vejam que expressivo este poema sobre Exu:

Exu para Jorge Amado

Por Mario Cravo – Salvador, 17 de maio de 1993

Não sou preto, branco ou vermelho


tenho as cores e formas que quiser.
Não sou diabo nem santo, sou Exu!
Mando e desmando,
traço e risco
faço e desfaço.
Estou e não vou
tiro e não dou.
Sou Exu.
Passo e cruzo
traço, misturo e arrasto o pé
sou reboliço e alegria
rodo, tiro e boto,
jogo e faço fé.
Sou nuvem, vento e poeira
quando quero, homem e mulher
sou das praias, e da maré.
Ocupo todos os cantos.
Sou menino, avô, maluco até
posso ser João, Maria ou José
sou o ponto do cruzamento.
Durmo acordado e ronco falando
corro, grito e pulo
faço filho assobiando
sou argamassa
de sonho carne e areia.
Sou a gente sem bandeira,
o espeto, meu bastão.
O assento? O vento!..
Sou do mundo,nem do campo
nem da cidade,
não tenho idade.
Recebo e respondo pelas pontas,
pelos chifres da nação
sou Exu.
Sou agito, vida, ação
sou os cornos da lua nova
a barriga da rua cheia!…
Quer mais? Não dou,
não tou mais aqui

Hoje gostaria de comentar com vocês que a igreja católica festeja a ressurreição de Cristo e a tem como ponto principal de sua crença pois é na ressurreição
que Cristo reaparece e prova em corpo a existência e o amor de Deus.

Nesse sentido, e agora trazendo essa informação para a nossa realidade,


fico pensando como nós médiuns somos privilegiados, nós ressuscitamos
diariamente e temos a manifestação do amor de Deus em cada segundo
de nossa s vidas! Isso mesmo, todos os dias ao acordar recebemos a
grande benção de ressuscitar no mesmo corpo, envolvidos pelas mesmas
pessoas e no mesmo lugar. Recebemos diariamente a oportunidade de
fazer diferente, de olhar a vida de forma mais plena e de manifestar o
verdadeiro amor.

Hoje, segunda feira, tido por nós umbandistas como Dia das Almas e Dia
de Exu, também é o terceiro dia depois da morte de Jesus, ou seja, HOJE
É O DIA em que Jesus ressuscita! Sendo assim, por que não
aproveitar esse dia tão ESPECIAL e vivenciar algo novo? Algo que
realmente valha a pena, algo que faça o coração bater mais forte…

Há um vídeo de que gosto muito, e que compartilho com vocês, em que


Maria Bethânia recita uma adaptação do “Poema do Menino Jesus” de
Fernando Pessoa. Se pudermos fechar os olhos, ouvir com a alma e sentir
a essência de cada palavra pronunciada acredito que teremos muita
inspiração para cada amanhecer e, portanto, para cada oportunidade de
recomeço.

Poema do Menino Jesus

Fernando Pessoa

Num meio-dia de fim de primavera eu tive um sonho como uma fotografia: eu vi Jesus Cristo descer à Terra.
Ele veio pela encosta de um monte, mas era outra vez menino, a correr e a rolar-se pela erva
A arrancar flores para deitar fora, e a rir de modo a ouvir-se de longe.
Ele tinha fugido do céu.

Era nosso demais pra fingir-se de Segunda pessoa da Trindade.


Um dia que DEUS estava dormindo e o Espírito Santo andava a voar, Ele foi até a caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro Ele fez com que ninguém soubesse que Ele tinha fugido; com o segundo Ele se criou eternamente humano e menino; e com o terceiro Ele
criou um Cristo eternamente na cruz e deixou-o pregado na cruz que há no céu e serve de modelo às outras.
Depois Ele fugiu para o Sol e desceu pelo primeiro raio que apanhou.
Hoje Ele vive na minha aldeia, comigo. É uma criança bonita, de riso natural.
Limpa o nariz com o braço direito, chapinha nas poças d’água, colhe as flores, gosta delas, esquece.
Atira pedras aos burros, colhe as frutas nos pomares, e foge a chorar e a gritar dos cães.
Só porque sabe que elas não gostam, e toda gente acha graça, Ele corre atrás das raparigas que levam as bilhas na cabeça e levanta-lhes a saia.
A mim, Ele me ensinou tudo. Ele me ensinou a olhar para as coisas. Ele me aponta todas as cores que há nas flores e me mostra como as pedras são
engraçadas quando a gente as tem na mão e olha devagar para elas.
Damo-nos tão bem um com o outro na companhia de tudo que nunca pensamos um no outro. Vivemos juntos os dois com um acordo íntimo, como a mão
direita e a esquerda.
Ao anoitecer nós brincamos as cinco pedrinhas no degrau da porta de casa. Graves, como convém a um DEUS e a um poeta. Como se cada pedra fosse todo
o Universo e fosse por isso um perigo muito grande deixá-la cair no chão.
Depois eu lhe conto histórias das coisas só dos homens. E Ele sorri, porque tudo é incrível. Ele ri dos reis e dos que não são reis. E tem pena de ouvir falar
das guerras e dos comércios.
Depois Ele adormece e eu o levo no colo para dentro da minha casa, deito-o na minha cama, despindo-o lentamente, como seguindo um ritual todo humano e
todo materno até Ele estar nu.
Ele dorme dentro da minha alma. Às vezes Ele acorda de noite, brinca com meus sonhos. Vira uns de pena pro ar, põe uns por cima dos outros, e bate
palmas, sozinho, sorrindo para os meus sonhos.
Quando eu morrer, Filhinho, seja eu a criança, o mais pequeno, pega-me Tu ao colo, leva-me para dentro a Tua casa. Deita-me na tua cama. Despe o meu
ser, cansado e humano. Conta-me histórias caso eu acorde para eu tornar a adormecer, e dá-me sonhos Teus para eu brincar.

Um feliz renascimento e recomeço a todos! Muito Axé!

Hoje é o dia da África e acredito que nós, pertencentes a uma religião que tem fortes influências africanas, não podemos deixar de falar um pouquinho sobre
este dia e sobre este continente encantador, misterioso e onde a ancestralidade tem enorme
valor.

No Brasil a escravidão durou pouco mais de 380 anos e neste período cerca de 4 milhões de
negros foram trazidos ao país. Junto com eles vieram também a cultura, os dialetos, a crença e
a sabedoria deste povo que influenciou bem mais que a cor da nossa pele, mas influenciou
também nossos costumes, as palavras que falamos, a comida que comemos, os remédios que
preparamos e a religião que cultuamos.

Na nossa Umbanda a influência direta dos africanos está nos Orixás e em toda a energia e
força que representam; está na magia que cura, que faz chover, que traz a caça e que afasta o
mal; está no dendê que protege, que ativa, que queima, que revela e que tempera; está no obi
e no orobô que fazem parte de nossos ritos fortalecendo, energizando e ligando o ori ao Orixá;
está no atabaque que cura, que realiza, que impulsiona e faz vibrar nosso corpo e nossa alma,
cada repique é um chamado, é um Orixá cobrindo seu filho de axé, é o acalento dos corações
aflitos que ouvem a voz da esperança e o grito do Ancestral. É, a influência negra está em
nossos corações e prova disso está no aquecer do peito, nas lagrimas que escorrem por
nossos rostos e no sorriso estampado em nossa face ao falarmos com um Preto Velho.

Poucas pessoas conhecem a grandiosidade que é o continente africano, pois saibam que a África tem cerca de 30 milhões de quil ômetros quadrados cobrindo
20,3% da área total da Terra e mais de 800 milhões de habitantes em 57 países, representando cerca de um sétimo da população do mundo. Possui cerca de
1500 idiomas locais, regionais e nacionais, sendo as vinculadas com as nações europeias reconhecidas como oficiais.

O continente africano, além de ser o berço da humanidade, é também o das civilizações. Foi na África que ocorreu a primeira revolução tecnológica da
humanidade, a passagem de caçador e coletor de frutos e raízes para a agricultura e pecuária. A agricultura africana, no vale do rio Nilo, tem cerca de 18 mil
anos e, por isso, é duas vezes mais antiga que no sudoeste asiático. A pecuária apareceu há 15 mil anos.

As diferentes etnias africanas utilizaram-se de veículos diversos para propagar seu saber, mas um grande número delas optou pela transmissão oral, uma de
suas marcas culturais. No entanto, as populações africanas presentes nos limites do deserto do Saara e do Sudão legaram a escrita à humanidade.
Comprovou-se que todo o conhecimento científico, religioso e filosófico da Grécia antiga teve origem no Egito. Elisa Nascimento, autora do livro “Lutas
africanas no mundo e nas Américas”, informa que Sócrates, Platão, Tales de Mileto, Anaxágoras e Aristóteles estudaram com sábios africanos. O saque
empreendido no continente africano e a destruição da biblioteca de Alexandria encobrem um processo de apagamento e descrédito dos conhecimentos
africanos tornando-os exóticos, místicos e míticos.

A técnica de cesariana foi encontrada no Mali e no Egito cerca de 4600 anos atras onde já se fazia a cirurgia para retirar tumores cerebrais, detinham também
o conhecimento acerca da vacinação e farmacologia. Isso mostra que as técnicas médica e terapêuticas africanas não estavam voltadas somente para o
mundo mágico, mas para conhecimento científico e observação atenta do paciente.

A astronomia era também uma área a grande conhecimento dos africanos. Há dados que informam que eles conheciam, 5 ou 7 século s antes da Era Cristã, o
sistema solar , a Via Láctea com sua estrutura espiral, as luas de Júpiter e os anéis de Saturno. Já compreendiam que o universo é habitado por milhões de
estrelas e que a Lua, deserta e inabitada reflete a luz do Sol à noite.

A matemática, a geometria e a engenharia são parte do conhecimento antigo africano e as pirâmides do Egito, por exemplo, revelam isso em sua
grandiosidade, formato projetado para durar e angulações perfeitas. Os yorubás também detinham um conhecimento matemático tradicional, baseado em
múltiplos de 20.

Não tem como não se orgulhar desse povo, não tem como negar o sangue negro correndo em nossas veias, em nossa crença e cultura, pulsando Amor,
Tolerância, Força e Coragem, atributos nada mais e nada menos que fundamentais para todo umbandista.

Foi em 25 de maio de 1963 que chefes de estados africanos, reunidos em Assis Abeba, na Etiópia, proclamaram a Organização da Unidade Africana (OUA)
com o objetivo de libertar o continente das garras do colonialismo e do Apartheid. Em 2002, a OUA deu lugar à atual União Africana. Nesta data, nos 53 países
independentes são realizadas atividades desportivas, culturais, conferências, exposições de arte e desfiles para comemorar o Dia da África.

E nós, é claro, comemoramos também!

Um feliz Dia da África a todos! E muito Axé !

Acredito que todos os umbandistas querem fazer algo especial pela


Umbanda, fazer algo que a valorize e que mostre a toda sociedade o
quanto a Umbanda é realizadora e divina, o quanto deve ser respeitada, e
que não tem nada a ver com trabalhos feitos, milagres vendidos ou magias
negras. Baseada nessa minha crença, penso continuamente como fazer
isso, como proporcionar esse tipo de estímulo e de conduta aos
umbandistas para que todos possam, de forma homogênea e clara, falar
da Umbanda para uma sociedade já com idéias tão preestabelecidas.

Percebo inclusive que falar de Umbanda é algo difícil para muitos


umbandistas, na maioria das vezes a fala contém uma incisiva conotação
defensiva e justificada, é quase automático esclarecer o porquê da escolha
dessa religião salientando sempre que na Umbanda não se faz matança e
assim por diante. É fato que muitas vezes esperamos uma reação
negativa ou irônica daquele que desconhece a Umbanda assim como
todos seus fundamentos e poder de realização. Chego à conclusão que só
existem duas formas de criar essa valorização religiosa tão necessária para a Umbanda: primeiro pelo EXEMPLO e segundo pelo SABER.

Isso mesmo! Acredito que um único exemplo vale mais do que mil palavras! Portanto se queremos mostrar que nossa religião é boa precisamos mostrar que
somos bons. Se quisermos falar que a Umbanda é coerente temos que mostrar nossa coerência. Se quisermos que respeitem nossa religião temos que
respeitar as outras religiões, afinal, a religião, entre tantas funções, tem também a de formar a moral e a índole de seus fiéis.

Acredito ser incoerente o médium umbandista dizer que a Umbanda não faz magia negra se seus pensamentos e atos desejam e fazem o mal ao próximo ou
se seus desejos são tão importantes que estão acima de qualquer coisa e de qualquer pessoa. Não dá para o umbandista falar que a Umbanda não faz e não
é milagre se o próprio “pede” continuamente soluções aos Guias Espirituais se isentando de qualquer responsabilidade. Pedir é Pedir em qualquer situação.
Como dizer que a Umbanda não pratica matança se tanto lixo é jogado nas ruas, praias, matas e cachoeiras? Afinal lixo mata! Inclusive o ser humano.

Acredito também que o Saber é fundamental para qualquer coisa que se queira valorizar. Se não sabemos o que é a Umbanda como falar da Umbanda? Se
não sabemos diferenciar um Guia de um Orixá, se não sabemos de nossas obrigações e deveres como médiuns umbandistas, se não sabemos responder as
perguntas pertinentes sobre a nossa religião como querer que o outro compreenda-a?

Estudar é fundamental e dar exemplos é essencial para vivenciar plenamente a Umbanda sem medo e sem constrangimento. Também é importante seguir
uma tradição religiosa, respeitar as hierarquias e a ancestralidade, afinal são pontos fundamentais de nossa Umbanda e devem ser compreendidos e
praticados com valor e respeito. Pensar em Umbanda é pensar em disciplina e postura. É compreender que o médium é a peça mais importante para a
manifestação da religião.

Portanto, a visão que as pessoas terão sobre a Umbanda será o reflexo das atitudes dos médiuns umbandistas, dentro e fora de uma gira de atendimento.
Somos nós, médiuns umbandistas, que precisamos fazer algo diferente e significativo pela Umbanda. Somos nós que temos que dar exemplo de sua ação em
nossa vida e somos nós que temos que responder as perguntas da sociedade, mesmo porque quando perguntarem algo sobre a Umband a não poderemos
incorporar o Preto Velho para dar a resposta em nosso lugar, não é mesmo?!?

Axé a todos!

Pensar em ervas, pedras e água dentro dos rituais umbandistas é pensar em elementos naturais poderosíssimos que ajudam no ree quilíbrio energético do
corpo astral e que transformam o magnetismo da aura. Na Umbanda
utilizamos ervas, flores e plantas em quase todos os rituais, inclusive em
nossas giras de atendimento à assistência e oferendas a Guias Espirituais
e Orixás, porém duas práticas bem comuns da nossa religião se utilizam
largamente das ervas: as defumações e os banhos.

Nenhuma ação de limpeza ambiental é mais completa que uma boa


defumação pois o ar concentrado de energias elementais entra e penetra
em todos os cantos e brechas da casa envolvendo as paredes, o teto, o
chão, os móveis, enfim, tudo. Além disso a defumação também
descarrega o corpo mediúnico das pessoas e sutiliza suas vibrações
tornando-as receptivas às energias de ordem positiva fazendo, assim, com
que a comunicação com o Plano Astral Superior se torne mais fácil e em
perfeita harmonia. Os banhos de ervas são, de uma maneira geral, rituais
onde utilizamos elementos da natureza com o intuito de que haja uma
troca energética entre o indivíduo e esses elementos naturais utilizados.
Os banhos de ervas servem principalmente para limpar as energias
negativas, afastar influências negativas, reequilibrar, aumentar a capacidade receptiva do aparelho mediúnico e desobstrução dos chacras.

Sendo assim as ervas, e também pedras e águas, devem ser entendidas como uma grande ferramenta divina e natural que nos auxilia e nos proporciona
enormes bens. É justamente por isso que acredito que a utilização desses elementos requer responsabilidade e conhecimento de nossa parte. Quem já não
passou verdadeiros apuros na hora de fazer uma defumação? Isso gera desanimo, stress e até briga, afinal é o carvão que não p ega, as ervas que caem, o
tempo que demora, o vizinho que reclama, isso quando não xinga… Quem já não deixou de fazer defumação em casa pois o filho tem problema de renite, ou
o marido tem tosse alérgica? Quem já não deixou de tomar banhos de ervas pois não encontrou uma das setes ervas tradicionais da nossa Umbanda? Quem
já não teve medo de jogar determinado banho na cabeça?

São tantos medos e tabus, são tantas “receitinhas milagrosas” que acabam prejudicando as pessoas, são tantos erros causados pela falta de conhecimento
que às vezes é melhor não fazer NADA. O que é uma pena!

A utilização das ervas, pedras e águas é algo simples quando se tem conhecimento, no entanto é uma bomba relógio negativa e poderosa quando não se
sabe o que está fazendo. E isso é mais sério ainda quando falamos no uso ritualístico destes elementos pois muitas regras devem ser conhecidas e
respeitadas. É o cuidado com a energia da Lua, com o horário, com o sentido, com a necessidade específica de cada um e assim por diante, mesmo porque
uma erva “boa” para um pode ser um tormento para outro.

Saiba que um banho de descarrego tomado em horário errado pode piorar uma situação espiritual. Uma pedra usada como jóia pode ser a causadora das
dores intermináveis. Uma defumação feita em sentido contrário pode, ao invés de limpar, atrair mais carga. Portanto sempre di go que estudar é fundamental, é
sair do automático, é sair do domínio dos dominadores e agir com bom senso e sabedoria. Sinceramente, acredito que nada substitui a sensação do Saber.

E pensando nisso, pensando em estimular o Saber, vejam essas ervas que ajudam a concentração mental e no estimulo do pensar: aniz estrelado; alecrim;
manjericão; peregum verde; alfavaca, agrião, couve, babosa e tapete de Oxalá. Essas ervas podem ser jogadas da cabeça para baixo e esse banho é mais
aconselhável ser tomado no horário da manhã.

As pedras indicadas para ajudar o raciocínio e o estudo são: quartzo verde, esmeralda, amazonita, ágata verde, lápis lazuli e, em especial, temos a Sodalita
que ativa o potencial para adquirir conhecimento, estimulando a memória e o raciocínio. Só não se pode esquecer que as pedras devem ser limpas,
energizadas e programadas constantemente, caso contrário tornam-se verdadeiras irradiadoras de energias negativas.

E para ajudar a potencia energética dos banhos e da limpeza das pedras, pode-se usar a água da fonte que tem energia harmonizadora e equilibradora, afinal
seu rumo natural passa por poderosos pontos da natureza.

Sei que falar de ervas, pedras e águas é muito mais do que isso, aliás, é impossível encerrar esse assunto em poucas linhas. É por isso que fica aqui a minha
dica, ou até, porque não dizer, o meu alerta: Vamos conhecer mais as potencias naturais que a Umbanda tem e que estão à nossa disposição na natureza.
Vamos sair do automático e das “roubadas” que muitas vezes nos encontramos por falta de conhecimento. Vamos Conhecer, Entender e Saber o que
aconteceu, o que está acontecendo e o que pode acontecer.

Tudo é uma questão de escolha, de ação e de determinação. Pense Nisso!

Bons estudos a todos e uma ótima semana! Axé!

Hoje é dia 13 de maio, dia de nossos queridos e amados Pretos Velhos!


Como deixar de falar sobre os espíritos tão iluminados e bondosos que
fazem parte dessa linha de trabalho? Como deixar de falar sobre a
sabedoria, amorosidade, paciência e humildade que esses espíritos
trazem para as nossas vidas todos os dias? Não dá pra deixar passar,
né? Então, vamos lá!

Os Pretos Velhos representam a humildade, força de vontade, a


resignação, a sabedoria, o amor e a caridade. São um ponto de referência
para todos aqueles que necessitam de ajuda pois curam, ensinam,
educam pessoas e espíritos. Não têm raiva ou ódio pelas humilhações,
atrocidades e torturas a que os negros foram submetidos no passado.
Com seus cachimbos, fala pausada, tranquilidade nos gestos, eles
escutam e ajudam àqueles que necessitam, independente de sua cor,
idade, sexo ou religião. São extremamente pacientes com os seus filhos e,
como poucos, sabem incutir-lhes o conceito de karma e ensinar-lhes a
resignação.

Não se pode dizer que em sua totalidade esses espíritos são diretamente
os mesmos negros que viveram na época da escravidão. Outros nem negros foram! O que podemos dizer é que, para ajudar aqueles que necessitam, esses
espíritos escolheram ou foram escolhidos para voltar à Terra em forma incorporada de Preto Velho. Este comentário pode deixar algumas pessoas meio
confusas imaginando que um Preto Velho pode não ter sido preto e nem velho. O que acontece é que esses espíritos assumem esta forma com o objetivo de
manter uma perfeita comunicação com aqueles que os vão procurar em busca de ajuda. O espírito que evoluiu tem a capacidade de assumir qualquer forma
pois ele é energia viva e conduzente de luz, a forma é apenas uma consequência do trabalho e da missão que eles realizam na Terra. Isso não é uma forma
de enganar ou má fé com relação àqueles que neles acreditam, muito pelo contrário, quando se conversa sinceramente eles mesmos nos dizem quem são,
caso tenham autorização.

Por isso, se você for falar com um Preto Velho, tenha humildade e saiba escutar, não queira milagres ou que ele resolva seus problemas como em um passe
de mágica. Entenda que qualquer solução tem o princípio dentro de você mesmo. Tenha fé, acredite em você, tenha amor a Deus e a você mesmo. Para
muitos os Pretos Velhos são conselheiros mostrando a vida e seus caminhos; para alguns são psicólogos, amigos, confidentes, mentores espirituais; para
outros são os exorcistas que lutam com suas mirongas, banhos de ervas, pontos de fogo, pontos riscados e outros elementos, apoiados pelos Exus,
desfazendo trabalhos. Também combatem as forças negativas (o mal), espíritos obssessores e quiumbas.

Sempre que falo em Preto Velho me lembro de uma mensagem muito bonita que o “Vô Bento” passou aos médiuns do terreiro através de mim. Já faz algum
tempo e um trechinho dessa mensagem diz:

“… ser médium é fácil, todos que passaram hoje por assistência são médiuns como vocês e para isso nada é exigido. O difícil é ser INSTRUMENTO DE DEUS
e é isso que vocês precisam ser, se realmente querem evoluir e fazer o bem. Para ser instrumento de Deus só precisa ter um CORAÇÃO LEVE, um coração
cheio de AMOR pela Espiritualidade e não interesse perante ela. Olhem para dentro de vocês e observem qual é o tipo de amor que vocês têm perante a
Espiritualidade. Observem qual é o lado do muro em que vocês estão agora, no lado da troca, onde se espera receber ‘também’, ou no lado do amor, onde se
é capaz somente de ‘dar’. Saibam que é do lado do amor é que estão os verdadeiros Instrumentos de Deus.”

Muito Axé a todos! E um final de semana de muita paz, caridade, humildade e amor a todos!

Um tema que muito ronda nosso meio umbandista e que de tempos em


tempos volta a ficar em foco é a ingratidão e falar sobre os erros que
alguém comete ao ser ingrato ou sobre o problema que esse sentimento
traz para um grupo é algo até que corriqueiro, eu mesma já comentei
sobre o tema aqui. Pois hoje eu quero ir em sentido contrário e falar com
vocês sobre a Gratidão!

A gratidão é um sentimento que traz junto de si uma série de outros


sentimentos: amor, ternura, fidelidade, amizade, cumplicidade… Mas
nunca submissão! É importante não confundir gratidão com atitudes de
lisonja ou bajulação pois não há hierarquias na gratidão e não há
diferenças. Aliás, o oposto da gratidão não é, como muitos pensam, o
ódio, mas sim a indiferença. Quem não ama (seja que tipo de amor for: de
pai, de mãe, de irmão, de namorado ou esposa) não é grato. Quem não
ama não é aquele que odeia, mas sim aquele que ignora, que é
indiferente. A falta de gratidão é resultado da incapacidade de dar e por
isso mesmo está ligada ao egoísmo e à insensibilidade, afinal agradecer é
dar, é dividir.

A gratidão não nos tira nada, ela é um dom de troca, é amor puro e verdadeiro e por isso ela se aproxima tanto da caridade, q ue seria como “uma gratidão
incoativa, uma gratidão sem causa, uma gratidão incondicional”. Há um quê de nobreza, de olho no olho, de igualdade e reconhecimento do espírito e do
pensamento daquele a quem devemos ou de quem somos alvo de gratidão.

A gratidão é um mistério, não pelo prazer que temos com ela, mas pelo obstáculo que com ela vencemos. É a mais agradável das virtudes, e o mais virtuoso
dos prazeres. A gratidão é, definitivamente, o caminho para trazer mais para sua vida, pois tudo em que pensar e agradecer será trazido a você. Pense nisso,
pense na gratidão. Pense nela, inclusive, como um sinal de maturidade e de harmonia. Pense e pratique!
Se você precisa de mais motivos para começar a agradecer, saiba que pesquisas no mundo da física quântica revelam o poder do pensamento, do sentimento
e da palavra. O ciêntista japonês Dr. Masaru Emoto investigou e provou o efeito da música, da palavra e da oração nas moléculas de água. Basicamente ele
capturou “expressões da água” em uma tecnica que consiste em congelar e fotografar cristais de água. Esses cristais eram fotografados após a água ficar
exposta a musicas, a palavras ou a orações.

O resultado é surpreendente e prova o quanto palavras, sentimentos e pensamentos afetam a água e se levarmos em consideração que grande parte do
nosso corpo é constituido por água as implicações de nossos pensamentos e palavras tornam-se espantosas. Observe as fotos abaixo, elas são exemplos de
como a nossa consciência afeta a água, de como a gratidão, o amor e oração transformam TUDO. Afinal, tudo reside dentro da nossa consciência.

Algumas pessoas rotulam garrafas de água com palavras como “Amor” e “Gratidão” e usam essa água para regar as plantas ou colocar flores. É comprovado
que as flores que ficaram nesta água rotulada com sentimentos virtuosos duram muito mais e que as plantas no jardim que foi r egado com essa água estão
muito mais radiantes.

Está convencido agora? Então pratique a gratidão e verá tudo à sua volta modificar. Um exercício poderoso para isso é acordar e dizer “Obrigado”, é colocar
os pés no chão e dizer “Obrigado”, é escovar os dentes e dizer “Obrigado”, é fazer todas as atividades do seu dia e não sentir que aquilo é algo rotineiro ou
obrigatório, mas sim algo único e especial, capaz de gerar aquela sensação boa de gratidão. Afinal de contas se VOCÊ É ÚNICO E ESPECIAL, por que as
coisas que você faz todos os dias não seriam?

Gratidão não faz mal a ninguém e não tem contra indicação. Para senti-la basta amar.

Muito amor e muita gratidão na vida de todos daqui pra frente! Axé!

Sabemos que todos nós somos médiuns, afinal estamos no “meio”,


estamos entre o céu e o inferno, entre as colônias e o umbral ou entre o
alto e o embaixo, influenciando e sendo influenciados por forças
superiores, tanto positivas quanto negativas. Ou seja, todos que se sentem
abençoados por Deus, iluminados pelos anjos, envolvidos pelos Orixás,
protegidos pelos Exus, guiados pelos Guias, atuados pelos quiumbas, …
estão recebendo influências superiores, assim como espirituais, portanto
são médiuns.

No entanto, quando nos colocamos de coração aberto diante de um Guia


de Luz, sentimos nosso corpo arrepiar e estremecer ao som do estalar de
dedos e de sua reza, percebemos o QUANTO somos médiuns, o
QUANTO recebemos a influência superior e espiritual e o QUANTO somos
abençoados. E a partir do momento em que nos aceitamos e nos
entendemos como médiuns compreendemos que a mediunidade é um
dom divino, pois é uma grande oportunidade de auxiliar ao próximo, seja
encarnado ou desencarnado.

Vivenciamos a maravilhosa experiência de ‘fazer o bem, seja lá a quem’ e


percebemos que só nos beneficiaremos desse dom se o exercermos na pura prática do bem. Além disso, somos capazes de vivenciar e sentir a força e a
determinação dos Caboclos, a paciência, o amor, a simplicidade e a humildade dos Pretos Velhos, a alegria e a sabedoria dos Baianos, a proteção e a
coragem dos Boiadeiros, a leveza e a pureza das Crianças, a mobilidade e a sensatez dos Marinheiros além, é claro, da força, determinação, paciência, amor,
simplicidade, humildade, alegria, sabedoria, proteção, coragem, leveza, pureza, mobilidade, sensatez e da execução da Lei Divina dos Senhores Exus e
Senhoras Pombagiras.

Simplesmente DIVINO!!!

Claro que para que tudo aconteça com harmonia o médium precisa ser disciplinado no cumprimento de suas obrigações e deveres. Isso mesmo, “ser médium”
todos são, algumas pessoas sob maior e outras sob menor influência, mas todos SÃO influenciados pela onipresença Divina. Agora, para ser um bom médium,
consciente e atuante em suas responsabilidades, vivenciando as bênçãos Divinas, sentindo a plenitude da Paz de Espírito e vivendo em har monia interna,
somente sendo disciplinado perante suas obrigações e seus deveres mediúnicos.

Quando falo em ‘obrigações’ quero dizer que os médiuns precisam conhecer e saber as técnicas mediúnicas, por exemplo: como distinguir os tipos de espíritos
por energia e fluido; como ocorre e como ter controle sobre desdobramento e incorporação; como controlar a mediunidade. Preci sam saber e conhecer as
suas responsabilidades mediúnicas, por exemplo: banhos, firmezas, apresentação aos Orixás, oferendas religiosas. Assim como é ‘dever’ do médium
conhecer e praticar a doutrina de sua religião. Não esquecendo que a moral e a reforma íntima são indispensáveis, são seus DEVERES e OBRIGAÇÕES
contínuos. Mesmo porque, ser um bom médium depende da capacidade de NÃO JULGAR e para tanto só com muita disciplina.

Gosto muito de um pequeno diálogo entre Chico Xavier e seu amigo espiritual Emmanuel que afirma o quanto a espiritualidade superior quer e necessita da
disciplina do médium. Vejam que simples, belas e fortes palavras:

O Espírito Emmanuel, no principio da mediunidade de Chico Xavier, orientou-o para o trabalho que deveria desempenhar e disse-lhe:
- Está você realmente disposto a trabalhar na mediunidade com Jesus?
- Sim, se os bons espíritos não me abandonarem… – respondeu o médium.
- Não será você desamparado – disse-lhe Emmanuel – mas para isso é preciso que você trabalhe, estude e se esforce no bem.
- E o senhor acha que eu estou em condições de aceitar o compromisso? – tornou o Chico.
- Perfeitamente, desde que você procure respeitar os três pontos básicos para o Serviço…
Porque o protetor se calou, o rapaz perguntou: – Qual é o primeiro?
A resposta veio firme: – Disciplina.
- E o segundo? – Disciplina.
- E o terceiro? – Disciplina

Não há como duvidar! Não há como não se emocionar e agradecer a oportunidade que os médiuns umbandistas têm. Afinal ser um médium umbandista
atuante, praticante, convicto, disciplinado e bom é sentir-se privilegiado e abençoado por Olorum e por todos os Orixás.

E aí, prontos para o trabalho? Muito Axé a todos e uma boa semana!
Bom, acho que nada melhor para fechar uma semana do que uma boa dose de estudo e conhecimento, não é mesmo? Por isso trago hoje a vocês mais um
artigo com respostas a dúvidas muito comuns entre os umbandistas.
Muitos dos fundamentos que seguem são praticados por nós toda semana
durante nossos trabalhos, mas poucos são aqueles que sabem o real
porquê dessas práticas. Sendo assim, seguem as respostas:

VOCÊ SABE O QUE SIGNIFICA O RITUAL DA TOALHA?

Este momento, que consiste no ato de bater a cabeça colocando-se de


bruços e deitado em frente e aos pés de seu Sacerdote, com a cabeça
voltada e prostrada na toalha, representa a solicitação da benção do seu
Pai Espiritual e do seu Orixá, sendo um ato de humildade, obediência e
resignação aos preceitos religiosos, devendo significar a aceitação
daquela Casa e de seus Mentores como seus condutores no caminho dos
serviços de Deus e de nossa religião. Neste momento as mãos voltadas
com as palmas para cima no mesmo nível da cabeça é que vão
complementar o recebimento das emanações vibratórias positivas de
Deus, dos Orixás cultuados na Umbanda e dos Orixás da Casa Sagrada
daquele filho de fé. Nesse instante deve o médium, em uma prece mental
rápida, pedir auxílio aos Guias espirituais, a Deus e aos Orixás, para um
melhor desempenho de suas funções mediúnicas, recebendo o axé dos
Orixás donos daquela Casa e Templo Sagrado. O respeito aos seus
Sacerdotes é fundamental e definitivo no caminho da espiritualidade, pois
são eles que vão ser os condutores de sua vida espiritual e religiosa. Não
insista em se achar uma exceção, porque não há exceções em um
caminho onde a humildade deve ser o precursor em busca do aprendizado
religioso.

O QUE É O PAÓ?

O Paó (pronuncia-se paô) é um gesto que serve como sinal de que é preciso comunicar alguma coisa, mas não se pode falar. Isso ocorre muito no candomblé
quando as iniciadas estão no roncó e não podem falar, daí batem com as palmas das mãos tentando dizer algo, se comunicar por algum motivo. É usado
também como saudação para Orixá e é diferente de Orixá para Orixá. É uma palavra em yorubá que significa: “pa” = juntar uma coisa com outra; “o” = para
cumprimentar. Essa palavra é uma contração de ìpatewó que significa aplauso.
É um preceito do candomblé e normalmente não se usa na Umbanda, é utilizado para pedir permissão para entrar, saudar e pedir licença.

POR QUE ALGUNS GUIAS CUMPRIMENTAM COM BATER DE OMBROS?

Quando um Guia cumprimenta um consulente ou um assistente com o bater de ombro significa que está se colocando em posição de igualdade, querendo
transmitir fraternidade e grande amizade.

O QUE SIGNIFICA O CUMPRIMENTO TRADICIONAL UMBANDISTA?

O cumprimento de mãos tradicional dos umbandistas que é feito envolvendo-se o polegar um do outro com um rápido fechamento das mãos, complementando
com a volta da posição normal de um cumprimento, era um código entre os escravos que o usavam para dizer que naquela noite ha veria o “Toque”. Como os
rituais eram proibidos pelos senhores e donos de escravos precisavam ser realizados às escondidas e o aviso de seu acontecimento nunca podia ser feito com
palavras.

Um Dia do Trabalho de muito trabalho a todos! Axé!

No artigo anterior falamos sobre duas personalidades que são exemplos


para todos nós de amor ao próximo, abnegação, comunhão e
solidariedade, independente da religião que praticamos. Como amanhã,
dia 30, faz oito anos que desencarnou Chico Xavier, não poderia deixar de
falar sobre esse grande médium, também exemplo de persistência, fé,
dedicação, desapego e amor.

Vale lembrar que um desejo de Chico era desencarnar em um dia em que


o país estivesse em festa, envolvido por muita alegria. Pois bem,Chico fez
sua passagem no mesmo dia em que o Brasil ganhava a copa mundial de
futebol. Será coincidência?

Para não ficar batendo na mesma tecla e falando o que todos já sabem,
coloco aqui um trecho do livro“Na Próxima Dimensão” de Carlos Alberto
Baccelli que fala como foi a passagem para o mundo espiritual desse tão
iluminado ser. Vejam que bonito, que festa, que clima de missão cumprida.
Realmente nos faz ver que todo o trabalho aqui realizado faz feliz muitos e
muitos espíritos que, como nós, também trabalham bastante em favor do
bem. Aproveitem a leitura!

“No Mundo Espiritual, nosso irmão Lilito Chaves veio ao nosso encontro e anunciou o que, desde algum tempo, aguardávamos com expectativa: a
desencarnação do médium Francisco Cândido Xavier, o nosso estimado Chico. O acontecimento nos impunha rápidas mudanças de planos, improvisamos
uma excursão à Crosta para saudar aquele que, após cumprir com êxito a sua missão, retornava à Pátria de origem. Assim, sem maiores delongas, Odilon,
Paulino e eu, juntando-nos a uma plêiade de companheiros uberabenses desencarnados, rumamos para Uberaba no começo da noite daquele domingo, dia
30 de junho. A caminho, impressionava-nos o número de grupos espirituais, procedentes de localidades diversas, do Brasil e do Exterior, que se
movimentavam com a mesma finalidade.
Todos estávamos profundamente emocionados e, mais comovidos ficamos quando, estacionando nas vizinhanças do “Grupo Espírita da Prece”, onde estava
sendo realizado o velório, com o corpo exposto à visitação pública, observamos uma faixa de luz resplandecente que, pairando sobre a humilde casa de
trabalho do médium, a ligava às Esferas Superiores, às quais não tínhamos acesso. Conversando conosco, Odilon observou:

- Embora, evidentemente, já desligado do corpo, nosso Chico, em espírito, ainda não se ausentou da atmosfera terrestre; os Benfeitores Espirituais que duran-
te 75 anos com ele serviram à Causa do Evangelho estarão com certeza à espera de ordens superiores para conduzi -lo a Região Mais Alta… De nossa parte,
permaneçamos em oração, buscando reter conosco as lições deste raro momento.

Aproximando-nos quanto possível, notamos a formação de duas filas imensas constituídas de irmãos encarnados e desencarnados que reverenciavam o
companheiro recém-liberto do jugo opressor da matéria: eram espíritos, no corpo e fora dele, extremamente gratos a tudo que haviam recebido de suas mãos,
a vida inteira dedicadas à Caridade, na mais fiel vivência do “amai-vos uns aos outros”. Mães e pais que por ele haviam sido consolados em suas dores; filhos
e filhas que puderam reatar o diálogo com os genitores saudosos escrevendo-lhes comoventes páginas do Outro Lado da Vida; famílias desvalidas com as
quais repartira o pão; doentes que confortara agonizantes em seus leitos; religiosos de todas as crenças que respeitosos, lhe agradeciam o esforço sobre-
humano em prol da fé na imortalidade da alma…

Não registramos nas imediações, é bom que se diga, um só espírito que ousasse se aproximar com intenções infelizes. Os pensamentos de gratidão e as
preces que lhe eram endereçadas formavam um halo de luz protetor que tudo iluminava num raio de cinco quilômetros; porém essa luz amarelo-brilhante
contrastava com a faixa de luz azulínea que se perdia entre as estrelas no firmamento. A cena era grandiosa demais para ser descrita e desafiaria a inspiração
do mais exímio gênio da pintura que tentasse retratá-la. Uma música suave, cujos acordes eu desconhecia, ecoava entre nós sem que pudéssemos identificar
de onde provinha, como se invisível coral de vozes infantis, volitando no espaço, tivesse sido treinado para aquela hora. Espíritos mais simples que passavam
rente comentavam:

- “Este é um dos últimos… Não sabemos quando a Terra será beneficiada novamente por um espírito de tal envergadura” ; “Este, de fato, procurava viver o
que pregava” ; “Quem nos valerá agora?”; “Durante muitos anos, ele matou a fome da minha família…; “Lembro-me de que, certa vez, desesperado, com a
ideia de suicídio na cabeça, eu o procurei e a minha vida mudou”; “Os seus livros me inspiraram a ser o que fui, livrando-me de uma existência medíocre”;
“Quando minha avó morreu, foi ele quem pagou seu enterro, pois, à época, éramos totalmente desprovidos de recursos”; “Fundei minha casa espírita sob a
orientação de Chico Xavier, que recebeu para mim uma mensagem de incentivo e de apoio”; “Comigo foi diferente: eu estava doente, desenganado pela
Medicina, ele me receitou um remédio de Homeopatia e fiquei bom”…

Os caravaneiros não cessavam de chegar, todos portando flâmulas e faixas com dizeres luminosos; creio sinceramente que, em nosso Plano jamais houve
uma recepção semelhante a um espírito que tivesse deixado o corpo após finda a sua tarefa no mundo; com exceção do Cristo e de um ou outro luminar da
Espiritualidade, ninguém houvera feito jus ao aparato espiritual que se organizara em torno do desenlace de Chico Xavier. Com dificuldade, logrando adentrar
o recinto do “Grupo Espírita da Prece”, reparamos que uma comissão de nobres espíritos, dispostos em semicírculo, todos trajando vestes luminescentes,
permanecia, quanto nós mesmos, em expectativa.

A tarefa de Chico Xavier – explicou Odilon emocionado – não tem fronteiras, raras vezes a Espiritualidade conseguiu tamanho êxito no campo do intercâmbio
mediúnico. No entanto, a força que o sustentava nas dificuldades vinha de Cima pois, caso contrário, teria sucumbido às pressões daqueles que, encarnados e
desencarnados, se opõem ao Evangelho. Chico, por assim dizer, ocultou-se espiritualmente em um corpo franzino e deu início ao seu trabalho, sem que
praticamente ninguém lhe desse crédito; quando as trevas o perceberam, já havia atravessado a faixa dos vinte de idade e em franco labor, tendo pronto o
“Parnaso de Além-Túmulo”, a obra inicial de sua profícua e excelente atividade psicográfica. Estávamos todos profundamente emocionados.

A multidão, dos Dois Lados da Vida, não parava de crescer e, assim como no Plano Físico os policiais cuidavam da organização, na Dimensão Espiritual em
que nos situávamos, Entidades diversas haviam sido encarregadas de disciplinar a intensa movimentação, sem que nenhum de nós se sentisse encorajado a
reclamar qualquer privilégio com o propósito de uma maior aproximação. Quase todos nós conservávamos em atitude de profundo silêncio e de reverência.
Olhando-me, significativamente, Odilon comentou:

- Quantas bênçãos a vida e a suposta morte de um verdadeiro homem de bem pode espalhar! Quantos não estarão sendo motivados à r enovação íntima ante
o episódio da desencarnação do nosso Chico! Ele que, no corpo, descerrou caminhos para tanta gente, ao deixar a vestimenta física prossegue orientando
com os seus exemplos os que se desnortearam além da morte. Faz-me recordar o que disse Jesus, no capítulo 12, versículo 24 das anotações de João: “Se o
grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto”…

Hoje gostaria de compartilhar com vocês belos e inspiradores


ensinamentos de duas pessoas que devemos ter como referência de vida
humana: Madre Tereza de Calcutá e Mahatma Gandhi. Ela um exemplo de
amor a Deus e de total cumplicidade aos ensinamentos de Jesus que
estão além de uma doutrina religiosa, exemplo de abnegação, de
humanidade, de simplicidade e compaixão ao seres humanos. Uma
mulher que dedicou a sua vida aos pobres, vivendo a plenitude do amor e
da esperança.

Ele um líder, um sábio, um persistente pacificador que vivencia e prova à


toda humanidade que a não violência é a solução para a verdadeira
liberdade, que o exemplo gera mudanças, que o amor cura, uni, nutri,
pulsa, educa, faz nascer, entusiasma, alivia, cultiva, mobiliza, possibilita a
vida, que só com amor somos capazes de conquistar a mais bela riqueza:
a Paz.

Conhecendo a conduta, o trabalho, o amor e a fé desses dois grandes


instrumentos de Deus fico pensando no quanto ainda temos que avaliar e reavaliar nossa conduta como religiosos, como formador es de opinião (seja em
nossa família, trabalho ou até em nosso meio religioso) ou simplesmente como Ser Humano. Penso se seríamos capazes de enxugar feridas, de jejuar em
favor da paz, lutar por direitos de pessoas que nem conhecemos, de ir preso dezenas de vezes ou ouvir calúnias só por falar em igualdade, liberdade, amor e
simplicidade e mesmo assim NÃO DESISTIR.

É, acho que temos muito o que pensar, mesmo porque também somos instrumentos de Deus, também somos capazes, também podemos mudar a vida de
muitas, muitas e muitas pessoas… basta querer, trabalhar e amar incondicionalmente como esses grandes espíritos.

Boa leitura, boa reflexão e grandes mudanças a todos. Aproveitem !


“A minha fé mais profunda é de que podemos mudar o mundo pela verdade e pelo amor.”
“A força não provém de uma capacidade física e sim de uma vontade indomável.”
“Dai-me um povo que acredita no amor e vereis a felicidade sobre a terra.”
“O único tirano que aceito nesse mundo é a pequena voz silenciosa que há dentro de mim.”
“Para mim, as diferentes religiões são lindas flores provenientes do mesmo jardim. Ou são ramos da mesma árvore majestosa. Portanto, são todas
verdadeiras.”
“É ocioso pensar sobre o justo e o injusto, o certo e o errado e os feitos passados. O útil é analisar e se possível extrair uma lição para o futuro.”
“Que a nossa mensagem seja a nossa própria vida. Se cuidarmos do hoje, Deus cuidará do amanhã.”

Gandhi

“Outro dia sonhei que estava nos portões do paraíso e São Pedro disse:’Volte para a Terra. Não existem favelas aqui’.”
“Quando vejo o desperdício, sinto raiva dentro de mim. Eu não aprovo eu mesma sentir raiva. Mas é algo que não se pode evitar de se sentir após vermos a
Etiópia.”
“Às vezes pensamos que a pobreza é apena fome, nudez e desabrigo. A pobreza de não ser desejado, não ser amado e não ser cuidado é a maior pobreza. É
preciso começar em nossos lares o remédio para esse tipo de pobreza.”
“Eu vejo Deus em cada ser humano. Quando limpo as feridas do leproso, sinto que estou cuidando do próprio Senhor. Não é uma experiência maravilhosa?”
“Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba. Não ame por admiração, pois um dia você se decepciona. Ame apenas, pois o tempo nunca pode acabar com
um amor sem explicação.”
“Nós mesmos sentimos que o que fazemos é uma gota no oceano. Mas o oceano seria menor se essa gota faltasse.”
“O milagre não é realizarmos esse trabalho, mas que sejamos felizes fazendo-o. A mais terrível pobreza é a solidão e o sentimento de não ser amado.”
“Se você julga as pessoas, não tem tempo de amá-las.”
“Tento dar aos pobres de amor o que os ricos conseguem com o dinheiro. Não, eu não trocaria um leproso por mil pounds, contudo, de boa vontade o curarei
pelo amor de Deus.”
“Encontrei um paradoxo, que se você amar até doer, não poderá haver mais dor, somente amor.”
“Não sei ao certo como é o paraíso, mas sei que quando morrermos e chegar o tempo de Deus nos julgar, Ele não perguntara quantas coisas boas você fez
em sua vida, antes ele perguntará quanto amor você colocou naquilo que fez.”
“Não ser desejado, não ser amado, não ser cuidado, ser esquecido por todos, isso acredito ser fome muito maior, uma pobreza muito maior do que a de uma
pessoa que não tenha nada para comer.”
“Não pense que o amor para ser genuíno tenha que ser extraordinário. O que é preciso é amarmos sem nos cansarmos de fazê -lo.”
“Tenha fé nas pequenas coisas, pois é nelas que a sua força reside.”
“Sei que Deus não me dará nada que eu não possa lidar. Apenas gostaria que Ele não confiasse tanto em mim.”
“Nesta vida não podemos realizar grandes coisas. Podemos apenas fazer pequenas coisas com um grande amor.”
“Não nos sintamos satisfeitos apenas dando dinheiro. O dinheiro não é suficiente, o dinheiro pode ser obtido, mas eles precisam de seu coração para amá-los.
Portanto, espalhe o seu amor por onde quer que vá.”

Madre Tereza de Calcutá

Como ultimamente muitas pessoas têm nos escrito em busca respostas para questões fundamentais sobre mediunidade resolvi colocar aqui, de forma bem
didática e enxuta, alguns pontos principais sobre o tema. Primeiramente quero
deixar claro que é natural que nos comuniquemos com os espíritos desencarnados e
eles conosco, uma vez que também somos espíritos, embora estejamos encarnados.
Sendo assim, todas as pessoas, recebem a influência dos espíritos.

MEDIUNIDADE É UMA FACULDADE NATURAL:

• É uma Faculdade porque permite sentir e transmitir a influência dos Espíritos entre
o mundo físico e o espiritual, e pode ou não ser usada.

• É Natural porque se manifesta espontaneamente, mas pode ser exercitada ou


desenvolvida. Sua eclosão não depende de lugar, idade, sexo, condição social
oufiliação religiosa. A maioria nem percebe o intercâmbio oculto em seu mundo
íntimo, na forma de pensamentos, no estado de alma, nos impulsos, nos
pressentimentos e etc. Mas há pessoas em quem o intercâmbio é ostensivo. Nelas,
os fenômenos são frequentes e marcantes, acentuados e bem característicos
(psicofonia, psicografia, efeitos físicos etc.), nesses casos percebemos que a
mediunidade está “aberta”, ou seja, a recepção de mensagens espirituais já se
manifestou de alguma forma. Essas pessoas denominamos médiuns.

MÉDIUM é uma palavra de origem latina; quer dizer medianeiro, que está no meio.
De fato o médium serve de intermediário entre o mundo físico e o espiritual, podendo
ser o intérprete ou instrumento para o espírito desencarnado. Para tanto, há
requisitos, direitos e deveres a serem cumpridos por todas as pessoas, esteja ela
com a mediunidade aberta ou não.

SAIBA:

• Todas as pessoas que sentem as influências dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade são Médiuns.

• Médium é intermediário, instrumento de que se servem os Espíritos desencarnados superiores ou inferiores;

• Essa manifestação atua na vida espiritual, portanto, atua durante essa vida, atuou na vida anterior, atuará depois da morte e até na próxima reencarnação.

• Ser um bom médium depende única e exclusivamente do poder de DAR e RECEBER , EMITIR e ASSIMILAR FLUIDOS DOS ESPÍRITOS.

• Ser médium não é privilégio no sentido da “vaidade”, mas é privilégio no sentido da grandiosidade que é possuir este Dom e, principalmente, ser médium é
ser privilegiado no sentido da oportunidade que temos para aprender, evoluir e resgatar nossos carmas.

QUEM APRESENTA PERTURBAÇÃO É MÉDIUM?


Muitas vezes, ao eclodir a mediunidade, a pessoa costuma dar sinais de sofrimento, perturbação, desequilíbrio. Firmou-se até um conceito errado entre o
povo: se uma pessoa se mostra perturbada deve ter mediunidade. Entretanto a mediunidade não é doença nem leva à perturbação, pois é uma faculdade
natural. Se a pessoa se perturba ante as manifestações mediúnicas é por sua falta de equilíbrio emocional e por sua ignorânci a do que seja a mediunidade, ou
porque está sob a ação de espíritos ignorantes, sofredores ou maus.

ALGUNS SINAIS QUE, SE NÃO TIVEREM CAUSAS ORGÂNICAS, PODEM INDICAR QUE A PESSOA TEM MEDIUNIDADE.

• sensação de “presenças” invisíveis;

• sono profundo demais, desmaios e síncopes inexplicáveis;

• sensações ou ideias estranhas, mudanças repentinas de humor, crises de choro;

• “ballonement” (sensação de inchar, dilatar) nas mãos, pés ou em todo o corpo, como resultado de desdobramento perispiritual;

• adormecimento ou formigamento nos braços e pernas;

• arrepios como os de frio, tremores, calor, palpitações.

O MÉDIUM DEVE SABER QUE:

Cada médium é uma linha de força e a interação dessas linhas irá formar um campo elétrico que será mais forte na medida em qu e as emissões dos médiuns
forem mais elevadas, ou seja as linhas de força dependem da intensidade de pensamentos bons e amoráveis do médium. O professor C. Torres Pastorino na
sua obra “Técnicas de Mediunidade ” compara o médium a um capacitor ou condensador elétrico, ou seja, ele é capaz de emitir e receber ondas
eletromagnéticas que podem ser de diferentes comprimentos, o que permite o contato com diferentes espíritos, portanto, quanto maior a capacidade do
médium em variar o campo de suas emissões mentais maior será a sua capacidade de comunicar-se com diferentes categorias de espíritos. Para ser um bom
médium é preciso ter talento, ou seja, ser bom, saber o que faz e o que é, como se cuidar, o que representa, conhecer a Lei de Ação e Reação, a Lei da
Atração, a Lei das Afinidades e seguir o mandamento de Cristo: “ Amar a Deus sob todas as coisas e ao seu irmão como a si mesmo”.

DESENVOLVER A MEDIUNIDADE

Desenvolver a mediunidade não é apenas dar comunicações e incorporar. É apurar e disciplinar a sensibilidade espiritual, a fi m de tê-la nas melhores
condições possíveis de manifestação, e aprender a empregá-la dentro das melhores técnicas e visando as finalidades mais elevadas.

OBRIGAÇÕES E DEVERES

O desenvolvimento mediúnico abrange obrigações e deveres. Não basta incorporar, é preciso evoluir em espírito e isso só acontece seguindo algumas regras
universais de natureza tríplice:

1 – Doutrinação e Evangelização (DEVER)

• Para doutrinar, basta o conhecimento intelectual. O médium precisa conhecer e compreender o Universo espiritual, a si mesmo e aos outros seres como
criaturas evolutivas, regidas pela lei de causa e efeito.

• Deverá compreender: o intercâmbio mediúnico, a ação do pensamento sobre os fluidos emissor e captador, a compreensão da natureza como fonte
inesgotável de energia, as situações dos espíritos no plano espiritual superior e inferior, perispírito/ espírito (estado de espírito) e suas propriedades na
comunicação mediúnica, tipos de mediunidade, etc.

• Para evangelizar é necessário que se tenha a Luz do Amor no íntimo, é preciso vibrar e sentir o ensinamento de Cristo e as Leis Universais.

2- Técnica (OBRIGAÇÃO) São os exercícios práticos para que o médium saiba:

• distinguir os tipos dos espíritos pelos seus fluidos e energias,

• como concentrar ou desconcentrar,

• como ocorre o desdobramento,

• como controlar-se as manifestações (saber abrir e fechar a mediunidade) e analisar o resultado delas.

3 – Moral. (DEVER E OBRIGAÇÃO) É indispensável a reforma íntima para que nos libertemos de espíritos perturbadores e cheguemos a ter sintonia com os
bons espíritos. Também vigilância, oração, boa conduta e a caridade para com o próximo são necessárias, o que atrairá para nós assistência espiritual
superior.

E aí, consegui dar uma clareada e mostrar a vocês um pouquinho mais sobre esse maravilhoso dom? Espero que sim !!

Uma ótima semana a todos e muito Axé !!

Compartilho hoje com vocês um texto fabuloso onde Leonardo Boff fala
sobre a Umbanda. Vejam a beleza das palavras e a grande lição que ele
nos proporciona, afinal é um olhar de fora, o olhar de uma pessoa que
praticamente não conhece a Umbanda mas que, no entanto, conhece bem
mais que muitos umbandistas.

É um olhar de quem, independente do seu Eu, consegue ver o Ser e o seu


envolta.

É um olhar de quem consegue ver o Sagrado e perceber a Sacralidade de


nossa querida Umbanda. Talvez sentidos que, infelizmente, andam
faltando em alguns dos médiuns umbandistas.
Vale a pena ler e ver com muito carinho.

O encanto dos Orixás

Quando atinge grau elevado de complexidade, toda cultura encontra sua expressão artística, literária e espiritual. Mas ao criar uma religião a partir de uma
experiência profunda do Mistério do mundo, ela alcança sua maturidade e aponta para valores universais. É o que representa a Umbanda, religião, nascida em
Niterói, no Rio de Janeiro, em 1908, bebendo das matrizes da mais genuína brasilidade, feita de europeus, de africanos e de indígenas. Num contexto de
desamparo social, com milhares de pessoas desenraizadas, vindas da selva e dos grotões do Brasil profundo, desempregadas, doentes pela insalubridade
notória do Rio nos inícios do século XX, irrompeu uma fortíssima experiência espiritual.

O interiorano Zélio Moraes atesta a comunicação da Divindade sob a figura do Caboclo das Sete Encruzilhadas da tradição indígena e do Preto Velho da dos
escravos. Essa revelação tem como destinatários primordiais os humildes e destituídos de todo apoio material e espiritual. Ela quer reforçar neles a percepção
da profunda igualdade entre todos, homens e mulheres, se propõe potenciar a caridade e o amor fraterno, mitigar as injustiças, consolar os aflitos e reintegrar
o ser humano na natureza sob a égide do Evangelho e da figura sagrada do Divino Mestre Jesus.

O nome Umbanda é carregado de significação. É composto de OM (o som originário do universo nas tradições orientais) e de BANDHA (movimento incessante
da força divina). Sincretiza de forma criativa elementos das várias tradições religiosas de nosso país criando um sistema coerente. Privilegia as tradições do
Candomblé da Bahia por serem as mais populares e próximas aos seres humanos em suas necessidades. Mas não as considera como entidades, apenas
como forças ou espíritos puros que através dos Guias espirituais se acercam das pessoas para ajudá-las. Os Orixás, a Mata Virgem, o Rompe-Mato, o Sete
Flechas, a Cachoeira, a Jurema e os Caboclos representam facetas arquetípicas da Divindade. Elas não multiplicam Deus num falso panteísmo mas
concretizam, sob os mais diversos nomes, o único e mesmo Deus. Este se sacramentaliza nos elementos da natureza como nas montanhas, nas cachoeiras,
nas matas, no mar, no fogo e nas tempestades. Ao confrontar-se com estas realidades, o fiel entra em comunhão com Deus.

A Umbanda é uma religião profundamente ecológica. Devolve ao ser humano o sentido da reverência face às energias cósmicas. Renuncia aos sacrifícios de
animais para restringir-se somente às flores e à luz, realidades sutis e espirituais.

Há um diplomata brasileiro, Flávio Perri, que serviu em embaixadas importantes como Paris, Roma, Genebra e Nova York, que se deixou encantar pela
religião da Umbanda. Com recursos das ciências comparadas das religiões e dos vários métodos hermenêuticos, elaborou perspica zes reflexões que levam
exatamente este título: O Encanto dos Orixás, desvendando-nos a riqueza espiritual da Umbanda. Permeia seu trabalho com poemas próprios de fina
percepção espiritual. Ele se inscreve no gênero dos poetas-pensadores e místicos como Alvaro Campos (Fernando Pessoa), Murilo Mendes, T.S. Elliot e o sufi
Rumi. Mesmo sob o encanto, seu estilo é contido, sem qualquer exaltação, pois é esse rigor que a natureza do espiritual exige.

Além disso, ajuda a desmontar preconceitos que cercam a Umbanda, por causa de suas origens nos pobres da cultura popular, esp ontaneamente sincréticos.
Que eles tenham produzido significativa espiritualidade e criado uma religião cujos meios de expressão são puros e singelos revela quão profunda e rica é a
cultura desses humilhados e ofendidos, nossos irmãos e irmãs. Como se dizia nos primórdios do Cristianismo que, em sua origem, também era uma religião de
escravos e de marginalizados, “os pobres são nossos mestres, os humildes, nossos doutores”.

Talvez algum leitor/a estranhe que um teólogo como eu diga tudo isso que escrevi. Apenas respondo:um teólogo que não consegue ver Deus para além
dos limites de sua religião ou igreja não é um bom teólogo. É antes um erudito de doutrinas. Perde a ocasião de se encontrar com Deus que se comunica
por outros caminhos e que fala por diferentes mensageiros, seus verdadeiros anjos. Deus desborda de nossas cabeças e dogmas.
Leonardo Boff cursou Filosofia em Curitiba-PR e Teologia em Petrópolis-RJ. Doutorou-se em Teologia e Filosofia na Universidade de
Munique-Alemanha, em 1970. Ingressou na Ordem dos Frades Menores, franciscanos, em 1959. Durante 22 anos, foi professor de Teologia
Sistemática e Ecumênica em Petrópolis, no Instituto Teológico Franciscano. Professor de Teologia e Espiritualidade em vários centros de estudo e
universidades no Brasil e no exterior, além de professor-visitante nas universidades de Lisboa (Portugal), Salamanca (Espanha), Harvard (EUA),
Basel (Suíça) e Heilderberg (Alemanha). Esteve presente nos inícios da reflexão que procura articular o discurso indignado frente à miséria e à
marginalização com o discurso promissor da fé cristã gênese da conhecida Teologia da Libertação. Foi sempre um ardoroso defensor da causa dos
Direitos Humanos, tendo ajudado a formular uma nova perspectiva dos Direitos Humanos a partir da América Latina, com “Direitos à Vida e aos
meios de mantê-la com dignidade”. Em 1984, em razão de suas teses ligadas à Teologia da Libertação, apresentadas no livro “Igreja: Carisma e
Poder”, foi submetido a um processo pela Sagrada Congregação para a Defesa das Fé, ex Santo Ofício, no Vaticano. Em 1985, foi condenado a um
ano de “silêncio obsequioso” e deposto de todas as suas funções editoriais e de magistério no campo religioso. Dada a pressão mundial sobre o
Vaticano, a pena foi suspensa em 1986, podendo retomar algumas de suas atividades. Em 1992, sendo de novo ameaçado com uma segunda
punição pelas autoridades de Roma, renunciou às suas atividades de padre e se auto-promoveu ao estado leigo. “Mudou de trincheira para
continuar a mesma luta”: continua como teólogo da libertação, escritor, professor e conferencista nos mais diferentes auditórios do Brasil e do
estrangeiros, assessor de movimentos sociais de cunho popular libertador, como o Movimento dos Sem Terra e as comunidades eclesiais de base
(CEB’s), entre outros. É autor de mais de 60 livros nas áreas de Teologia, Espiritualidade, Filosofia, Antropologia e Mística. A maioria de sua obra
está traduzida nos principais idiomas modernos.

Pois é pessoal, não é porque hoje é dia de jogo da Copa do Mundo de


futebol que vamos deixar de estudar e nos ligar à nossa querida Umbanda,
não é mesmo? Sendo assim, trago hoje a vocês mais um artigo que
esclarece duvidas sobre os fundamentos e as práticas básicas de nossa
religião. Prontos?

QUAL A DIFERENÇA ENTRE TENDA E TERREIRO?


A partir de 1904, começaram a surgir no Rio de Janeiro várias casas de
Umbanda denominadas de “tendas”. O termo Tenda era utilizado para
designar e distinguir a forma de culto adotado. TENDA era a casa de
Umbanda estabelecida em um sobrado, ou seja, no alto, pois era comum
naquela época realizar sessões nestes lugares. Como exemplo, Tenda do
Caboclo-Mirim, Tenda do Caboclo da Lua, Tenda de Ogun Megê e assim
sucessivamente. Já o termo TERREIRO foi adotado para designar aquelas
casas que eram estabelecidas no chão. Daí serem classificadas de
“Terreiro de Umbanda”. O terreiro foi muito mais difundido do que as
tendas devido ao próprio espaço oferecido para o culto e foi com esse tipo
de associação religiosa que a Umbanda conquistou sua posição no país.

O QUE SIGNIFICAM AS PALAVRAS SARAVÁ, AGÔ E MALEME?


Saravá é uma saudação dos Umbandistas que significa “salve”, de saudar
mesmo. Saravá é um mantra que dividido apresenta:
SA = FORÇA, SENHOR
RA = REINAR, MOVIMENTO
VA = NATUREZA, ENERGIA
Sendo assim, Saravá é força que movimenta a natureza

AGÔ significa Licença e MALEME é um pedido de socorro, perdão e misericórdia.

O QUE SÃO AS DIFERENTES FORMAS DE BATER COM AS PONTAS DOS DEDOS NO CHÃO?
Bater no chão com os dedos da mão esquerda e depois juntar as mãos cruzando os dedos, com as palmas voltadas para o solo, é saudação aos Senhores
Exus; Da mão direita fazendo uma cruz e depois fazendo a cruz no peito é saudação aos Pretos Velhos; Da mão direita e depois tocando a fronte, o lado
direito da cabeça e a nuca é saudação aos Orixás e Guias Espirituais; Da mão direita 3 vezes e depois tocando a fronte, o lado direito da cabeça e a nuca é
saudação a Obaluayê.

DEVEMOS UTILIZAR FÓSFORO OU ISQUEIRO?

Em muitos Terreiros existe uma recomendação para só se acenderem velas com palitos de fósforos, evitando acendê-las com isqueiro ou em outra vela acesa.
Isso acontece principalmente em terreiros que fazem uso de pólvora, chamada de fundanga em trabalhos de descarrego. A pólvora contém enxofre que
também está presente nos palitos de fósforo, ao entrar em combustão, a chama que se faz repentinamente, provoca uma reação psicológica muito eficiente.
Além de alterar momentaneamente a atmosfera ao seu redor, devido a sua composição química em contato com o ar, a mente do médium capta es sas
vibrações, que funcionam como um comando mental, autorizando-a a aumentar seu próprio campo vibratório promovendo, desta forma, uma limpeza psíquica
no ambiente. Portanto, nesse caso do uso do fósforo, a ação da pólvora é ativada pela mente do médium, sendo assim, não é só a pólvora que faz a limpeza
mas também a mente do médium se ele conseguir ativá-la para esse fim.

O QUE É A POSIÇÃO DE CORRENTE VIBRATÓRIA?

Esta posição é altamente eficaz para precipitar fluídos mediúnicos no Corpo Astral, ao mesmo tempo em que vitaliza suprindo as deficiências momentâneas de
um e de outro membro da egrégora, além de servir de descarga. Consiste em todos os médiuns darem as mãos formando um círculo ou semicírculo, sendo
que a mão direita fica espalmada para cima e a mão esquerda fica espalmada para baixo, isto é: a mão direita irradiando para alto, doando e irradiando
energias benéficas e positivas e a esquerda irradiando para a terra descarregando a si próprio e o companheiro ao lado. Esta é uma posição ativa, energética,
participativa e gera uma precipitação de fluídos para que se constitua o ambiente propício ao objetivo da caridade corrigindo qualquer deficiência, quer
mediúnica quer orgânica. É de grande eficiência e utilidade nas sessões de atendimento e nas de desenvolvimento. Convém lembr ar que essa posição, por
muitos chamada de Corrente Vibratória, sempre foi usada pelos séculos afora nas diversas escolas e rituais.
Acredito queNuma atividade de caridade espiritual, com ou sem consulta
com as Entidades Espirituais, não é correto a cobrança ou o pagamento
de qualquer quantia em dinheiro, pois não existe o porquê disso. Sou
radicalmente contra a cobrança de qualquer tipo de valor relativo ao
atendimento espiritual, até porque o exercício é realizado por outro Ser,
que pode ser uma Criança, um Caboclo, um Preto Velho, um Exu, ou
qualquer Guia Espiritual de Luz, que tem um único propósito: nos ensinar
o que é a Caridade. Eu acredito na máxima “daí de graça o que de graça
recebeste” e fico indignada com o “comércio” criado através da dor e do
desespero alheio ou quando observo a ilusão, a imaginação e a
exploração quando se fala em demandas. Tudo para se ter o domínio
sobre as pessoas menos esclarecidas e, claro, um rendimento financeiro
extra. Assim como fico indignada e envergonhada quando ouço um “pai de
santo” dizer que ‘todo trabalho deve ser cobrado, afinal de contas, é
trabalho’.

Acredito que as compensações só nos fazem bem quando as recebemos


do Divino, acredito que a segurança e a sustentabilidade só quem pode
nos dar é o Divino, portanto acredito que não há dinheiro que pague a
proteção, o amor, a força e as bênçãos que os Guias Espirituais podem
nos dar e para isso eles não cobram nada, somente disciplina e amor. No entanto, certa ou errada, existe a chamada “Lei de Salva” e cada um terá o
discernimento e o livre arbítrio de pagar ou receber. A Lei de Salva é utilizada nos trabalhos que envolvem Magia, exclusivamente voltada às questões que
exigem o combate a Magia Negativa e quando se exige do indivíduo o esforço físico ou intelectual. Mas para entendê-la melhor reproduzo em seguida as
palavras de Mestre Yapacani, no seu livro “Umbanda e o Poder da Mediunidade” (1987 – 3a. edição – Livraria Freitas Bastos p. 77-80), para que cada um
possa ter o seu discernimento e, claro, a sua opção de escolha.

“Mas o que é, em verdade, a lei de salva? Tentaremos explicar isso direitinho, pondo os pontos nos is, que é para tirarmos a máscara de muitos falsos “chefes-
de-terreiros”ou “babás”, ou que outro qualificativo lhes queiram dar, que fazem disso a “galinha dos ovos de ouro”… Essa lei de salva é tão antiga quanto o uso
da magia. Existe desde que a humanidade nasceu. Os magos do passado jamais se descuidavam de sua regra, ou seja, da lei de compensação que rege toda
ou qualquer operação mágica, quer seja para empreendimentos de ordem material, quer implique em benefícios humanos de qualquer natureza,
especialmente nos casos que são classificados na Umbanda como de demandas, descargas, desmanchos etc.

Dessa lei de salva, ou regra de compensação sobre os trabalhos mágicos, nos dão notícia certos ensinamentos esotéricos com a denominação de lei de
Amsra… Nenhum magista pode executar uma operação mágica tão somente com o pensamento e “mãos vazias” – isto é, sem os elementos materiais
indispensáveis e adequados aos fins… Essa história de pura magia mental é conversa para entreter mentalidades infantis ou não experimentadas nesse
mister. Qualquer ato ou ação de magia propriamente dita requer os materiais adequados, sejam eles grosseiros ou não. Vão dos vegetais às flores, aos
perfumes, aos incensos, as plantas aromáticas, às águas dessa ou daquela procedência até ao sangue do galo ou bode preto. A questão é definir o lado: – ou
é esquerda, ou é direita, negra ou branca. Ora, como toda ação mágica traz sua reação, um desgaste, uma obrigação ou uma responsabilidade e uma
consequência imprevisível (em face do jogo das forças movimentadas) é imprescindível que o médium-magista esteja coberto ou que lhe seja fornecida a
necessária cobertura material ou financeira a fim de poder enfrentar a qualquer instante essas possíveis condições… Então é forçoso que tenha uma
compensação.

Aí é que entra a chamada lei de salva, ou simplesmente SALVA… Mesmo porque, todo aquele que, dentro da manipulação das forças mágicas ou da magia,
dá, dá e dá sem receber nada, tende fatalmente a sofrer um desgaste, pela natural reação de uma lei oculta que podemos chamar de vam pirização fluídica
astral, que acaba por lhe enfraquecer as forças ou as energias psíquicas… E naturalmente o leitor, se é médium iniciado na Umbanda, nessa altura deve estar
interessadíssimo em saber como será essa compensação. Claro, vamos dizer como é a regra, para que você possa extrair dela o que seu senso de
honestidade ditar: DE QUEM TEM, PEÇA TRÊS, TIRE DOIS E DÊ UM A QUEM NÃO TEM; E DE QUEM NÃO TEM, NADA PEÇA E DE ATÉ DÊ SEU
PRÓPRIO VINTÉM. (…) É claro que essa lei de salva ou de compensação, própria e de uso exclusivo em determinados trabalhos de magia, não pode ser
aplicada em todos os “trabalhinhos” corriqueiros que se pretenda ser de ordem mágica.”

Como vimos, a lei de salva está totalmente imbricada com a honestidade de quem a aplica, com o discernimento ético, e principalmente com o uso adequado
da regra acima estabelecida. O uso indiscriminado e abusivo, como vemos existir em muitos lugares, de qualquer tipo, já não só de magia, mas para tudo e em
qualquer circunstância, inclusive até para se acender uma simples vela, é deplorável, desonesto e voltado exclusivamente para o enriquecimento ilícito do
cobrador, que se vale da necessidade alheia, do desespero de causa e da ingenuidade da maioria para explorar e garantir seu sustento e sobrevivência
através da Umbanda, que diz praticar e ser médium, chefe-de-terreiro, dirigente de casas abertas, sacerdotes e sacerdotisas “confiáveis” e de “credibilidade”.

A lei de salva é uma regra inviolável, ela também tem a sua contra-parte de retorno para aqueles que dela abusam. Como diz Mestre Yapacani: “É triste
vermos como a queda desses verdadeiros médiuns magistas é vergonhosa, desastrosa até… Começa acontecer cada uma a esses infelizes! Desavenças no
lar, separações, amigações, neuroses, bebida, jogo e uma série de “pancadarias” sem fim, inclusive o desastre econômico (…) e no final de tudo, verdadeiros
trapos-humanos (…).”

Um ótimo final de semana a todos e Muito Axé!

Penso o quanto é importante olhar para o interno e não apenas para o


externo ou para o outro. Olhar para os valores, os direitos, para a
criatividade, a tenacidade, a dignidade e a capacidade de emancipação e
liberdade. Sei que para isso é preciso acreditar em um talento real, é
preciso esforço e, principalmente, é preciso tomar cuidado com aqueles
que querem dominar e manter o ser dependente, alienado e amedrontado.
No entanto, como discernir? Como saber? Como fazer?

Temos ou não temos capacidade? Somos ou não somos possibilidades?


Podemos ou não podemos realizar? São tantas perguntas. Aliás, a vida
nos põe sempre de frente com perguntas, envolvidos em eternas reflexões
e necessitando de contínua busca. É fato que a vida está constantemente
exigindo escolhas, portanto, temos que estar sempre aptos a decidir e
quando isso não acontece perdemos o controle sobre as coisas e sobre a
própria vida e quase sempre caminhamos para um futuro frio e escuro, dentro de um quarto vazio e fechado.

Ter respostas é fundamental para a existência humana, é essencial para pertencer a uma tribo, para que se crie o sentido de pertença. Saber o que é certo ou
errado, o que devemos ou o que não devemos, o que é bom e o que é ruim… É fundamental ao ser, é provar que está vivo e que está em evolução. A vida é
uma eterna pergunta, está cheia de questionamentos e reflexões.

Agora, imagine ser capaz de saber as respostas, imagine saber o que é certo, o que se deve fazer, o que representam determinadas coisas. Imagine a vida
sem medo, dúvidas ou perturbações… Muito bom, não é mesmo?

Pois é, é o estudo que possibilita essa capacidade do Saber, é o estudo que possibilita a capacidade de capacitar, é com estudo que saímos da condição de
dominado, de alienado e de amedrontado.

Johann Gottlieb Fichte, filósofo alemão do século XVIII, diz que o ser humano está em permanente elaboração e em permanente escolha, diz que há seres
humanos de “consciência autônoma” e seres humanos de “consciência dispersa”. A consciência autônoma age a partir de si mesma, é independente. Essa
consciência preserva a identidade original da pessoa e afirma-se como centro de decisão. Já a consciência dispersa é dependente dos outros, é reflexo do
outro e não permite que o ser humano se realize em si e por si.

Com essas colocações, vale a pena mais uma pergunta para fazer parte daquele amontoado de perguntas: Qual é a sua consciência? E vale a pena estimular
mais uma reflexão e escolha para sua vida: De quem ou do que você é dependente? É só escolher: Ser sujeito Em Aprendizagem ou Ser sujeito de
Incapacidade.

Estudar é uma decisão, é muitas vezes renunciar, deixando para depois a família, passeios, amigos. É quase um ato solitário, e isso justifica a pequena
quantidade de pessoas interessadas e predispostas a estudar, pois muitas pessoas ainda estão apegadas às necessidades sociais e esquecem-se da
necessidade do Saber, do Compreender e de Evoluir.

Sei que muitas vezes não é fácil, principalmente quando falamos em estudar uma religião, e é assim mesmo que deve ser. A espiritualida de não quer
proporcionar capacidades para quem não é capaz, mesmo porque estudar não é inspiração, é transpiração! Estudar é trabal ho, é disciplina, é determinação e
conduta.

Estudar Umbanda então envolve muitas questões, envolve vida, moral e essência. Envolve religiosidade e não somente religião, envolve a vida muito mais que
o Terreiro, envolve o espírito muito mais que a matéria. Estudar Umbanda é importante pois é através da consciência e do saber religioso que nos tornamos
mais fortes e mais fiéis a respeito de nossas escolhas. Tem a ver com o sentido existencial da vida, portanto, é essencial a qualquer um que pretenda ser
considerado um religioso.

Estudar, discernir, escolher, responder é o principio da evolução. É nosso dever como religiosos e como seres humanos.

Não dá mais para se contentar com “o Guia sabe tudo”; não dá para se acomodar e aceitar respostas do tipo “é melhor aceitar o que Deus quer”, mesmo
porque se pensarmos assim sabemos que o que Deus mais quer é nos ver felizes, realizados e prósperos.

Portanto, Vamos Estudar!!! Axé a todos !

. As pedras, os cristais, as águas e os minérios são emanadores de energias naturais


elementais. São, portanto, portais naturais de fontes inesgotáveis de energias e podem
captar e projetar em nós ou em nosso meio essas poderosíssimas energias naturais.

OS MINERAIS têm suas auras próprias que puxam a energia Etérica das Divindades e
através deles podemos acessar qualquer energia, inclusive dos Orixás e dos Guias
Espirituais. Portanto pedras, cristais, águas e minérios são elementos mágicos por
excelência quando manipulados pelos Guias Espirituais e pelos Orixás, uma vez que
Eles possuem em Si o domínio sobre o Mistério Sagrado desses elementos. A
utilização dos minerais facilita em muito os trabalhos de descarga energética, de
equilíbrio e cura do corpo astral dos espíritos encarnados e desencarnados, como
também, ajudam na harmonização do ambiente.

Nos Assentamentos os minerais como pedras, ferramentas, espadas, águas, etc, são
afixados para ajudar energeticamente nos momentos de ataques do baixo astral pois
emitem energias naturais poderosíssimas para todo o Terreiro, servindo como um
ponto de força e pára-raios de energias. É importantíssimo utilizar sempre os
elementos afins aos Orixás, sempre atento ao bom senso e ao discernimento. Nem
preciso dizer que para fazer uma boa utilização dos minerais é necessário o
conhecimento, não é mesmo?

As Pedras, os Cristais e os Minérios consagrados aos Orixás para Assentamentos ou


para uso próprio do médium devem obedecer regras e Rituais Consagratórios
específicos como, por exemplo, oferendas nos Pontos de Força, sempre de forma
respeitosa e religiosa dentro dos Rituais da Umbanda Sagrada. Só assim esses elementos tornam-se ativos e capazes de IRRADIAR OU ABSORVER
energias elementares E NEUTRALIZAR irradiações do baixo astral projetada contra o Terreiro ou contra as pessoas de forma única e poderosa.

Vale a pena se aprofundar nos estudos sobre os minerais e fazer uso desses poderosos elementos de manipulação de energias naturais

Hoje quero compartilhar com vocês um texto muito bonito e bastante significativo para
a nossa doutrina Umbandista. Peço que leiam com bastante atenção, que procurem
significados nas entrelinhas e que reflitam a respeito de nossas ações e buscas
diárias. Qual é o seu Prazer em Servir?

“A inquietude de nossos dias é algo preocupante. As pessoas já não têm tempo para
nada, nem para elas mesmas. É um corre-corre, é um vai-lá-pra-cá sem fim. Tudo em
nome do dinheiro. Mas será que vale à pena toda essa correria, meus irmãos?
Há coisas na vida que necessitam ser devidamente ponderadas. Não é o dinheiro, tão
somente, que faz a felicidade das pessoas. Ele tem a sua importância, mas não é tudo, aliás, ele representa quase nada nos planos do Senhor. O que vale
mesmo, o que conta do lado de cá, é o bem que fazemos uns aos outros. Não é a quantidade de títulos ou patrimônio que interessa, é a consciência
tranquila de que fez o melhor que podia para o próximo. Não foi esta a recomendação maior de Nosso Senhor Jesus Cristo quando nos disse, não como um
alerta, mas como uma ordem: amai uns aos outros? (Jo 15,12)
Pois é, apesar desta certeza absoluta, de que o amor deve ser o centro das nossas vidas, e isto não é novo, que o homem teima em inverter e criar novos
valores para si, sobretudo o monetário. A importância do dinheiro é tão pequena do lado de cá, que mede apenas a quantidade de benefícios que você aferiu a
seu irmão tendo a sua posse e abundância. Sim, porque ter dinheiro na vida não é para qualquer um não. Até para ser rico é preciso saber ser rico senão, se
colocar na mão de quem não sabe administrá-lo bem, ele vai estoporar sua riqueza do dia para a noite.

A imensidão da casa do Senhor faz-nos pensar naquilo que devemos dar real importância. O dinheiro é um deles porque com ele se vive a ilusão do paraíso,
mas ele só vale mesmo na Terra, aqui os valores são outros. O que vale aqui é o bem, mas não uma caridade qualquer. Somente o bem que é produzido pelo
fundo do coração sem pretensões outras. Foi assim que o Nosso Senhor bem disse: “dai com uma mão sem que a outra perceba” (Mt 6,3). Mas ainda tem
tanta gente que dá com uma mão e quer que os flashes do mundo inteiro enxerguem os seus atos de benemerência. Que ilusão tola!Caridade pública não
tem valor, caridade só tem valor quando ofertada a Deus, como uma ajuda despretensiosa aos filhos do Senhor.
A caridade, meus irmãos, sobretudo aos pobres, é questão básica para o bem-viver. Só vive realmente bem aquele que se deixa impressionar pela dor do
outro, como se ela fosse a sua própria dor. É assim que a caridade nasce do fundo do coração, como sendo uma extensão da própria necessidade pessoal.

Queria, meus queridos irmãos, que todos sentissem em uníssono, a dor do próximo. Não ficaríamos jamais tranquilos em ver um irmão sofrendo e continuar de
braços cruzados. Quando enxergamos o próximo como um verdadeiro irmão, a dor dele nos incomoda. Mas, quando agiremos fraternalmente? Quando, penso
eu, deixaremos de lado os apegos às coisas da matéria, às coisas ilusórias da Terra, e nos preocuparemos com aquilo que é verdadeiro e eterno, o nosso lado
espiritual.
Quando o homem tiver uma noção exata do que ele realmente é, aí então ele vai se transformar por inteiro, enquanto isto não ocorre, ele perambula por aí, de
sofrimento em sofrimento, de ilusão em ilusão.

Não é assim a vida irmãos, a vida é o pulsar de Deus em nós mesmos, é ter a consciência como teve Nosso Senhor de reinventar-se a cada dia. De sair-se de
si a procura do outro. De tentar se redimir continuamente dos erros cometidos sem qualquer complexo de culpa porque o que foi feito está feito, não volta
mais, então é página virada, devemos ter o cuidado de não errar mais e ponto final. Nada de ficar revirando o passado, que isto não tem fim e não leva para
lugar algum.
Cuidemos de nós, é bem verdade, mas cuidemos de nós na perspectiva do outro, porque não vivemos sozinhos, vivemos em sociedad e, todos nós
dependemos um do outro. Ninguém subsiste sem o apelo de uma conversa amiga, de um carinho, de uma ternura, de um abraço gostoso daquele que
revigora até a alma, ninguém vive feliz, de fato, se está solitário. Para ser feliz, para se encontrar com Deus, é preciso se encontrar com o próximo, é preciso
ser solidário.

Meus queridos irmãos, a vida se enobrece quando se permite conhecer o outro. Vocês não sabem o quanto aprendi com os mais humildes. Com as donas
Marias e os seus Josés da vida que passaram pelo meu caminho. Benditos as Marias e os Josés que, nas suas simplicidades, me fizeram sentir responsável
por eles, não como um pároco, um sacerdote, mas como um irmão que continuamos todos a ser mesmo depois da morte. Os seus problemas, de alguma
forma, passaram a ser os meus problemas. As suas angústias passaram a ser as minhas angústias. Os seus receios passaram a ser os meus receios. Creiam,
irmãos, o quanto isto me foi importante no mundo de cá.

Portanto, preocupem-se em fazer a caridade. Caridade não como um depósito na poupança espiritual para depois da morte, mas como um instrumento da
própria alma na busca da alma do outro irmão.
Queira Deus, na sua imensa sabedoria, que saibamos reconhecer no irmão uma extensão das nossas necessidades e com ele poder vivenciar na vida eterna
o prazer do bem-servir.

Que Deus nos abençoe!”

Dom Helder Camara (Espírito)

Retirado do livro “Novas Utopias – Reflexões de um padre depois da morte” de Carlos Pereira
Que possamos enxergar no próximo um verdadeiro irmão em espírito. A partir daí nunca mais teremos problemas.

Um ótimo final de semana a todos e Muito Axé!

O corpo começa a estremecer, o coração bate mais forte e a coragem, a determinação,


a força, asabedoria, a seriedade e a alegria tomam conta do mental e do emocional do
médium que rapidamente gira começando a dançar e a movimentar seu chicote. Ao
gritar “Ô Boi!” demonstra o vigor e a força do Boiadeiro agora em terra. O plano astral
inferior estremece pois não tem mais como escapar do laço do Boiadeiro que
rapidamente envolve todos os seres negativos que perturbam o médium e a Casa
Santa. Com amparo de Ogum, seu Orixá protetor, o boiadeiro encaminha todos esses
malfeitores para o domínio da Lei, onde serãorefreados e redirecionados para o
cumprimento da Lei com a grande oportunidade de evolução, o que demonstra ser este
um grande trabalho de caridade e, principalmente, de amor ao próximo.

Os Boiadeiros vêm dentro da corrente de Oxóssi, dos Caboclos. Eles são entidades
que representam a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem
do sertão, “o caboclo sertanejo”. São os vaqueiros, boiadeiros, laçadores, peões,
tocadores de viola … é o mestiço brasileiro, filho de branco com índio, índio com negro
e assim vai. Para algumas correntes de pensamento umbandista, esses espíritos já
foram Exus e, numa transição de grau evolutivo, hoje se manifestam como caboclos boiadeiros.

Sofreram preconceitos como sendo os “sem raça” e sem origem mas ganharam a terra do sertão com seu trabalho e luta, sempre respeitando a natureza e
aprendendo um pouco com o índio e suas ervas que curam; um pouco com o negro e seus Orixás, mirongas e feitiços; um pouco com o branco e sua religião
que fala de Jesus e de Nossa Senhora com respeito e carinho.

Formam uma linha mais recente de espíritos, já que na primeira década da fundação da Umbanda, em 1908, não havia manifestação explícita dessa linha de
trabalho. No astral, porém, ela já se preparava para trazer seus ensinamentos, sua alegria e suas experiências, chegando em massa após os anos 20. Os
boiadeiros já conviveram mais com a modernidade, com a utilização da roda, do ferro, das armas de fogo e com a prática da magia na terra, e esse ponto
ajuda muito a diferenciá-los dos caboclos, que representam povos de costumes mais primitivos e conhecimentos mais naturais.

De modo geral os Boiadeiros usam chapéus de couro com abas largas para proteger do sol forte, calças com as barras arregaçadas e movimentam-se muito
rápido. O chicote e o laço são suas “armas espirituais”, verdadeiros mistérios, e com eles vão quebrando as energias negativas e descarregando os médiuns, o
terreiro e os consulentes. A corda é usada com sabedoria para laçar o “boi brabo”, para “pegar aquele que se afasta da boiada”, ou para “derrubar o boi para
abate”.

Dentro do campo mediúnico os boiadeiros fortalecem o médium, abrindo a porteira para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, como os
Exus. Da mesma maneira que os Pretos Velhos representam a humildade, os Boiadeiros representam a liberdade e a determinação que existe no homem do
campo e a sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de maneira simples mas com uma força e uma fé gigantescas.

Jetuê, Jetuá
Corda de laçar meu boi
Jetuê, Jetuá
Corda de meu boi laçar
Jetuê, Jetuá
Boiadeiro laçador
Jetuê, Jetuá
Meu boi fugiu, eu vou laçar ….

Salve os Boiadeiros! E um final de semana de muita força, muita coragem e muito Axé a todos!

Depois do artigo publicado sobre o azeite de oliva muitas pessoas me escreveram


perguntando também sobre o azeite de dendê. Para estender as explicações e o
conhecimento a todos, resolvi colocar hoje este artigo. Tomara que gostem e que ele
complete os estudos e o entendimento de cada um.

Produzido a partir do fruto da palmeira conhecida como dendezeiro é originário da Costa


Ocidental da África, mais precisamente do Golfo da Guiné, sendo encontrado desde
Senegal até Angola. O dendezeiro é conhecido também como palmeira de óleo africana,
aavora, palma de guiné, palmeira dendém, coqueiro de dendê e demdem (em Angola).
Chega a 15 m de altura, seus frutos são de cor alaranjada e a semente ocupa totalmente
o fruto.

As primeiras sementes de dendezeiro foram trazidas para o Brasil há mais de 3 séculos


pelos escravos africanos e se adaptaram bem ao clima tropical. Câmara Cascudo afirma
que “como era costume na África, rara seria a iguaria negra sem a participação do azeite
de dendê”, assim, juntamente com outras iguarias importantes como as bananas, os
quiabos, os inhames, o coco e as especiarias como a erva doce, o gergelim e algumas
pimentas, veio o dendê, tornando-se indispensável na culinária afro-brasileira.

O óleo de dendê é fonte natural de vitamina E e é riquíssimo em vitamina A. Tem 21 vezes mais vitamina A que a laranja, 400 vezes mais que o tomate e 14
vezes mais que a cenoura, por isso é tão vermelho. Quando o azeite é aquecido a vitamina A é destruída e o óleo fica branco. O rendimento do dendê é muito
grande, produz 10 vezes mais óleo que a soja, 4 vezes mais que o amendoim e 2 vezes mais que o coco. Faz muito bem à saúde, a firmam os especialistas.
Da amêndoa de seu fruto se extrai um óleo usado em cosmética, na fabricação de chocolate substituindo a manteiga de cacau e ainda é utilizado na indústria
de maioneses e margarinas.

No Candomblé a palmeira de dendê é uma árvore Sagrada, seu óleo é muito utilizado nas Comidas de Orixás e o coquinho é usado em um dos Oráculos de
Ifá.

Na Umbanda representa a SABEDORIA ANCESTRAL trazida pelos negros da África. Representa FORÇA, ENERGIA , VIDA , SABOR e FEITIÇO. O azeite
dendê tem a característica de “erva quente”, ou seja, tem energia agressiva , ativa e quando aquecido torna-se mais agitado, portanto precisa ser usado com
critério.

Utilizamos o óleo de dendê nas oferendas, principalmente para a Esquerda, com a função de desagregar qualquer tipo de carga ou energia negativa. Com os
coquinhos de dendê pode-se fazer guias que, após serem imantadas e consagradas pelos baianos, boiadeiros e até pelos caboclos, se tornarão fantásticos
instrumentos de trabalho e de proteção, pois são símbolos da Sabedoria trazida dos negros africanos.

Uma ótima semana a todos e muito Axé !

Poucos são os Terreiros de Umbanda que têm conhecimento e fazem uso do azeite de oliva consagrado em suas giras assistenciais ou mesmo para a própria
corrente mediúnica. Menor ainda é o número de médiuns e até de
dirigentes que entendem o que este azeite representa e porquê ele é
utilizado. Pensando nisso resolvi falar um pouquinho para vocês hoje
sobre a representação do azeite de oliva e sobre sua utilização na
Umbanda. Vamos lá ?

Várias lendas narram o nascimento da oliveira. Uma diz ser ela o resultado
de uma disputa entre Poseidon (Deus do Mar) e Atena (Deusa da
Sabedoria) por um pedaço de terra . Nessa disputa Poseidon fez nascer o
mar quando usou a força de seu tridente numa rocha. Atena, por sua vez,
fez brotar a oliveira da terra e, por isso mesmo, foi a vencedora da
contenda, segundo Zeus, assim ganhando a posse da terra. Daí em diante
os frutos dessa árvore serviriam de alimento e deles seria extraído um óleo
sagrado que alimentaria e fortificaria o homem aliviando suas dores e
suas feridas. Outra lenda, contada pelos hebreus, narra que a oliveira
nasceu no vale de Hebron quando Adão fez 930 anos e, pressentindo a
sua morte, lembrou que o Senhor lhe havia prometido o “óleo da misericórdia”. Então um querubim enviou-lhe a semente de oliveira que germinou em sua
boca após a sua morte.

A Bíblia tem muitas referências aos usos religiosos da oliveira e do óleo de oliva. A pomba que foi enviada por Noé e retornou com um ramo de oliveira
indicando a proximidade de terra, no Livro do Gênesis, se transformou no símbolo da paz. O maior significado religioso do óleo de oliva está documentado no
Livro do Êxodo, no qual o Senhor diz a Moisés como fazer uma unção com óleo de oliva e durante a consagração este óleo é derramado nas mãos de reis e
de sacerdotes católicos. Jesus, quando de Sua passagem em nosso mundo, falava que o bom samaritano recebeu óleo em suas feridas. A Unção dos
enfermos utiliza o óleo sagrado, como sinal de Cristo, que alivia a dor e restitui a vida. Cristo foi ungido com o óleo sagrado por Maria Madalena depois de sua
morte. Na antiguidade, o óleo estava associado à força de Deus e era utilizado para curar os doentes.

Na Umbanda o azeite de oliva é uma fonte de extremo poder pois é a somatória de forças regentes da Natureza. A raiz da oliveira chega a 6 metros de
profundidade com grande possibilidade de conter água, nasce sob qualquer condição e em qualquer lugar: vales, montanhas, entr e pedras. Mesmo estando
velha ou doente nunca deixam de nascer novos ramos, estando cortada ou queimada ainda assim novos ramos emergirão da raiz e demora aproximadamente
15 anos para fornecer a primeira colheita.

Por tudo isso podemos dizer que a oliveira tem características muitos próximas às do ser humano e que, simbolicamente, Deus compara a oliveira a nós. É
símbolo de excelência, de força, pureza, simplicidade e benção Divina.

Nos sacramentos da Umbanda, como batismo, confirmação e extrema-unção, o azeite de oliva é muito importante pois, além dessa maravilhosa simbologia,
ele tem a função de purificar o corpo astral, equilibrar os chacras e alinhar o nosso eixo magnético, equilibrando o fluxo energético e melhorando a percepção
espiritual, o que facilita a comunicação com o plano astral.

Sendo assim, é altamente aconselhável utilizar o azeite, principalmente quando consagrado ou cruzado por um Guia Espiritual, antes de um desenvolvimento
mediúnico ou de uma gira. Também é muito indicado no caso de dores no corpo, dores de cabeça e pancadas, principalmente aquelas que aparecem em
nosso corpo misteriosamente. Sua utilização se potencializa com o acréscimo de outros elementos como pedras, minerais, vegetais, raízes, energia solar,
lunar etc, uma vez que, com esses elementos adicionados, o azeite tem seu poder de ação ampliado.

O azeite também pode ser usado nos ambientes como, por exemplo, em batentes de portas e janelas, embaixo da cama, na soleira da entrada da casa, na
mesa do escritório etc. A forma apropriada de usar o azeite nesses pontos é fazendo o sinal da cruz criando campos de força que geram uma tela de proteção
capaz de absorver e diluir todo e qualquer negativismo que passar por ela, além de fechar buracos energéticos e portais magísticos negativos.

Como viram, o azeite de oliva é bastante importante e uma maravilhosa ferramenta de trabalho para os Guias Espirituais. Não deixem de utilizar este poderoso
elemento apenas por falta de conhecimento. Busquem, procurem, estudem e façam a diferença pela Umbanda, com fundamento, é claro!

Muito Axé a todos e um ótimo final de semana

Muito se fala sobre transporte e descarrego na Umbanda, mas poucos são os médiuns que sabem a diferença entre essas duas práticas tão comuns em
nossos trabalhos assistenciais. Foi pensando nisso que resolvi colocar
hoje para vocês, de maneira bem simples, o que é o transporte e o que é o
descarrego na Umbanda, para que todos possam entender como cada um
desses processos funciona e saber diferenciar um do outro.

O TRANSPORTE acontece quando um médium desenvolvido, capacitado


e firmado dentro de uma corrente mediúnica, por determinação do astral,
incorpora uma entidade espiritual de outro médium que no momento é
incapaz de incorporar, um exemplo disso é quando ocorre a incorporação
do Guia Espiritual de um consulente. Esse ato requer responsabilidade,
conhecimento e atenção, pois acontece por algumas necessidades
especificas que devem ser compreendidas proporcionando assim o
equilíbrio espiritual e energético de todos os envolvidos.

Alguns dos motivos para que o Transporte aconteça: para absorver a


energia prânica do médium, assim o corpo astral do Guia é vitalizado,
fortalecido e até curado; para solicitar algo específico e importante como
uma oferenda; para apresentação ou confirmação da existência de um
Guia.

Já o DESCARREGO acontece quando um médium desenvolvido, capacitado e firmado dentro de uma corrente mediúnica, por determinação do astral,
incorpora um espírito de baixa vibração energética, mental e emocional com intuito de “limpeza”.

Algumas situações que acontecem durante o Descarrego: médium incorpora “seu” próprio Exu de Trabalho para fazer limpezas energéticas, fazer negociações
e/ou vitalizar o consulente; médium incorpora o Exu do consulente para fazer limpezas energéticas, fazer negociações, vitalizar seu médium e/ou solicitar
oferenda especifica para que possa defender ou descarregar seu médium junto com elementos naturais e energéticos; médium inco rpora Exu ativado pela Lei
que, até então, atuava de forma punitiva e paralisadora retirando elementos energéticos e recolhendo espíritos que atuavam so b seu comando; médium
incorpora espíritos negativos (faixas vibratórias negativas) como sofredores, eguns, zombeteiros, vampirizadores ou quiumbas, nesses casos todo cuidado e
atenção são necessários, um exemplo disso é que para esses espíritos não se deve servir cigarro, vela, bebida etc, assim como não podem ser permitidas a
comunicação ou solicitação de oferendas.

Todas essas situações de descarrego acontecem por permissão da Lei Divina, e é a partir de um trabalho religioso, de médiuns preparados, ond e o único
intuito é a caridade, que se tem a grande oportunidade de encaminhamento destes irmãos, que necessitam de nossa ajuda para um redirecionamento
evolutivo.

Tanto o Transporte quanto o Descarrego, são práticas importantíssimas que permeiam as giras de Umbanda facilitando os trabalh os dos Guias Espirituais,
além disso, são práticas que requerem muita responsabilidade, disciplina e conhecimento, portanto ESTUDAR é fundamental para melhor agir, praticar e servir
dentro da Lei de Umbanda e da Lei Divina.

Compreenderam a diferença? Espero que sim !!

Uma ótima semana a todos e muito Axé !


Fico sempre muito feliz ao término de mais um JUCA, de mais um grupo de estudo, de mais uma gira ou mesmo depois de mais uma oportunidade de falar ou
manifestar a Umbanda com todo seu valor e sentido religioso. Claro que a sensação de que ainda é pouco percorre todos os meus sentidos, o que, graças a
Ogum, me inspira a novos desafios e ações.

Imagino que para muitos parece estranho esse meu caminhar um tanto ideológico, ativo e determinado, mas são tantas necessidades, são tantos espíritos em
sofrimento profundo, são tantas almas carentes e sedentas de informações, respostas, cuidados, carinho, atenção e orientação… É tanta falta de amor
envolvendo as pessoas e a religião que, dentro de meu raciocínio lógico, PARAR, NEGAR ou mesmo LIMITAR o agir do meu espírito seria a maior agressão
que eu poderia proporcionar a mim e, principalmente, ao próximo.

São muitas pessoas que, talvez por falta de conhecimento, de estudo ou de cuidados, se encontram perdidas dentro de seus Terr eiros, desistindo do seu
desenvolver mediúnico ou da Umbanda, passando por situações constrangedoras e dolorosas, e ficar isenta nessas situações, de braços cruzados, só
pensando e adiando uma atitude é ser, no mínimo, conivente ou até covarde. Entendo perfeitamente a necessidade do Agir, do Saber e do Bom Senso.
Entendo o sentido da mediunidade e de todas suas possibilidades. Entendo e sei os deveres e obrigações que comprometem todos os médiuns.

Sei que tenho capacidade, assim como todos os médiuns têm. Sei que posso ajudar, assim como todos os médiuns podem. Sei que sou um canal, assim
como todos os médiuns são… portanto, sei das minhas obrigações como médium, como espírito, como ser humano, como religiosa e como imagem e
semelhança de Deus. No entanto a pergunta é: O que estamos fazendo com nossas capacidades e possibilidades? Ou melhor, o que estamos fazendo com o
que temos, podemos e somos?

Entendo claramente que negar essas ações é o que propicia as piores dores e os maiores desequilíbrios em qualquer médium, afi nal, é agredir o próprio
espírito e toda sua capacidade. É uma prisão sem janelas, é se sentir sufocado, é a incapacidade e impossibilidade de enxergar a luz, sem saber se é dia ou
noite, sem ter a oportunidade de falar, de se comunicar, de escolher… Aliás, quantas pessoas não estão se sentido assim agora? Talvez milhares.

Portanto, não dá para Parar, não dá para Negar ou Limitar. Sou um grão de areia em um grande oceano mas sei que sou espírito e meu espírito tem que agir
em sua plenitude. Não dá para Parar, Negar ou Limitar meu trabalho religioso, meu estudo religioso, meu falar religioso e minha ação religiosa, pois sou a
manifestação, a materialização e a representação do Divino, e isso quer dizer que:

Falo e falarei de Umbanda;


Faço e farei pela Umbanda;
Estudo e estudarei a Umbanda;
Pratico e praticarei a Umbanda;
Luto e lutarei pela Umbanda;
Amo e amarei a Umbanda.

Mesmo porque, Ela sou Eu e Eu sou Ela, por isso vivo em paz, com minha consciência tranquila, com muito trabalho e com muita alegria, com muitos desafios
e muitas conquistas, fazendo diferente e a diferença.

E você, vai desistir de conquistar a sua plenitude? Vai deixar para depois?

Muito Axé e um feriado de muita reflexão a todos !

Lembro que em minha adolescência combinava com alguns amigos que


um dia iríamos rasgar nossos documentos e viveríamos como eremitas
isolados das obrigações diárias e de cidadania. Dávamos muita risada e
prosseguíamos nossas caminhadas de pequenos sonhadores. Com o
tempo a vida foi formando um caminho diferente, mais retilíneo, mais
contínuo e me trazendo o amadurecimento e a realidade de minha missão.
Digo algumas vezes aos meus filhos espirituais que um dia ainda
viveremos como uma grande comunidade rural, junto aos animais,
plantações, cachoeiras e muitas corredeiras, trabalhando em prol do
próximo e da natureza, claro que não sei se neste planeta ou após o
desencarne em minha realidade espiritual, imitando o filme ‘Amor Além da
Vida’.

Mas como ainda estou neste plano, por mais que eu não goste de
determinados políticos (que na maioria das vezes não foram escolhidos
por mim), de pagar impostos, de pegar filas e tantas outras coisas chatas
do cotidiano, vivencio e procuro cumprir com todas as minhas obrigações.

Em contra partida observo vários médiuns e consulentes que me levam a


seguinte conclusão: vários são aqueles que professam e mantêm uma fé
inabalável conseguindo assim caminhar diante do sagrado, porém, essa fé
está muito longe da evolução espiritual fundamental a qualquer ser
humano. Percebo que essas pessoas não professam com a inteligência e
com a coerência, insistem nos mesmos erros por pura teimosia,
acomodação ou mesmo ignorância.

O ser que caminha no sentido de sua evolução entende que precisa mudar seus vícios, hábitos e pensamentos egocêntricos para que, junto com sua fé, possa
exercer o real sentido da evolução que é, dentro de minhas convicções, ser responsável pelos atos praticados e preocupado com o futuro da humanidade.

Digo isso pois observo pessoas que se negam a exercer sua cidadania, a obedecer as leis vigentes de estado de direito, a cumprir com suas obrigações sejam
elas quais forem, que não dão o valor merecido às coisas da natureza e do cotidiano, deixando muitas vezes nas mãos dos Guias Espirituais como se eles
pudessem mudar nossas ações, como se eles fossem nossos serviçais e como se não tivessem mais nada o que fazer.

Entendam, viver em comunidade, seja no Astral ou aqui neste plano terreno, seja com nossa família carnal ou espiritual seja e m nossa casa, trabalho, escola
ou terreiro, implica em cumprimento à leis e regras, implica em respeito às hierarquias e implica em responsabilidade. Sem el as a Ordem, comandada pelo
Orixá mais cultuado da Umbanda, não seria um dos comportamentos mais ensinados pelos Guias.
Nos espelhemos em seus ensinamentos para que a evolução faça parte de nossas vidas terrenas e espirituais, e consequentemente possamos dar nossa
contribuição à evolução da humanidade.

Paz, Luz e Axé a todos!

Muitas vezes me perguntam porque os trabalhos religiosos da Umbanda acontecem, quase que na maioria às sextas-feiras. Afinal, o que envolve esse dia da
semana para que a maioria dos umbandistas e terreiros “oficializem” esse dia como Dia de Gira? Qual será o mistério?

Pois bem, em primeiro lugar é importante saber que o dia da semana em que o terreiro irá trabalhar caritativamente e religiosamente é, e deve ser, estipulado
pelo Guia Chefe do Terreiro, ou seja, aquele que se manifesta no Pai ou na Mãe Espiritual como Guia Chefe.

É Ele quem, com toda sua capacidade e grau espiritual, saberá o melhor dia de trabalho tanto para o plano Superior como para plano material. Deve-se
compreender que no dia de gira muitas coisas acontecem no astral, há toda uma preparação energética para que os trabalhos sejam bem sucedidos, a
exemplo temos os campos de proteções que são criados e estabelecidos, os portais entre esta e outras dimensões que são abertos, os elementais e
encantados da natureza que são direcionados e “usados” durante as giras, entre outras coisas. Além disso, e especialmente, temos ainda toda a ação
espiritual que comporta e compromete uma numerosa quantidade de espíritos que nos auxiliam durante toda a gira. São grupos de espíritos que asseguram o
bom desenvolvimento dos trabalhos espirituais, grupos de espíritos que atuam como enfermeiros e médicos responsáveis pelo encaminhamento e cura dos
espíritos doentes, grupos de espíritos que conduzem os assistidos para aquele Terreiro, grupos de espíritos que protegem os médiuns assegurando a chegada
deles ao Terreiro, grupos de espíritos aprendizes, além de todas as Linhas de Trabalho de nossa Umbanda, e isso quer dizer que em todas as giras,
independente da linha de trabalho do dia, teremos caboclos, pretos-velhos, baianos, boiadeiros, marinheiros, exus, entre outros, sustentando e trabalhando
espiritualmente, mesmo que para nós seja imperceptível. Portanto, abrir uma gira envolve uma imensa organização no astral para que todos possam realizar e
executar um excelente trabalho, e quem “organiza” toda essa estrutura é esse Guia Chefe que, com certeza, é um espírito altamente evoluído e sábio, um
grande missionário do Astral Superior que realiza “coisas” que só numa condição muito elevada se é capaz.

Com isso esclarecido fica descaracterizada a crença de que sexta feira é ou deve ser o ‘dia oficial de gira’, no entanto é importante saber que esse dia da
semana tem uma grande representação, um enorme significado e um expressivo valor sagrado para muitas religiões e culturas, in clusive para os
muçulmanos, que têm esse dia caracterizado como Dia Sagrado do Islamismo, pois é obrigação de todos os muçulmanos, tanto homens quanto mulheres,
realizarem pelo menos a oração do meio dia em comunidade na sexta feira. Ou ainda para os judeus que têm nas noites de sextas-feiras, após as 18 horas, o
inicio do Shabat, ritual mais importante que contempla os aspectos espirituais da vida. Nesse ritual são recitadas as bênçãos sobre as velas, vinho, pão entre
outros elementos, propõe o descanso e, principalmente, passar todo o tempo com a família em harmonia. Não podemos deixar de mencionar ainda que esse
dia também faz referência à morte de Jesus Cristo sinalizando a Salvação e o dia do encontro com o Pai. Podemos perceber então todo valor sagrado
relacionado com a sexta feira, principalmente nessas religiões que basicamente geraram ou influenciaram tantas outras religiões.

Fazendo relação com a energia dos planetas, maravilhosamente teremos o planeta Vênus influenciando nossas sextas feiras. A energia desse planeta nos
inspira a concretização do que é divino expressando que o espírito está acima da matéria, além de irradiar uma energia de harmonia, paz, alegria, amor e
afetividade. Tanto é que a civilização Maia elaborou um calendário religioso baseado nos ciclos de Vênus.

Agora, não podemos deixar de dizer que para nós, umbandistas, sexta feira é dia de Oxalá, considerado e cultuado como o Orixá mais sublime de nossa
Umbanda, é o Pai que exprime e nos ensina a vivenciar a serenidade, a compaixão e a caridade. Para alguns ainda, sexta-feira também é dia de Iemanjá, a
grande Mãe que nos ensina vivenciar a tolerância, o amor e a vida em sua plenitude.

Portanto, sexta-feira é um dia mais que especial para aqueles que querem vivenciar e manifestar seu lado Sagrado.

Um dia maravilhoso para vestir o branco e fazer o bem seja lá a quem.

Até que enfim chegou sexta-feira… uhu…

É fato que nossos pensamentos produzem, transformam e realizam qualquer coisa, energia ou situação. Sabendo disso pensei que seria muito, mas MUITO
bom mesmo, se conseguíssemos uma grande quantidade de
pensamentosdirecionados a um único sentido, com uma única vibração e
intenção, criando uma gigantesca e maravilhosa forma-pensamento
realizadora. Mesmo porque entre pensamento e ação não existe
separação, inclusive no sentido realizador os dois são iguais e devem se
relacionar entre si harmoniosamente.

Vale ressaltar que o valor do pensamento é fundamental e decisivo para


qualquer ação e criação e tanto é importante que as formas-pensamento
há muito tempo são estudadas por pesquisadores de todas as partes do
mundo, inclusive alguns já concluíram que os pensamentos são um tipo de
matéria plasmável originária do poder mental. A exemplo, Albert Einstein
fala que “Do conceito de que a matéria é um fantasma eletrônico, até a
ideia de que pensar é uma imagem-pensamento que se materializa, não
existe um grande passo”. Ainda temos, entre tantos outros, Annie Besant e
W. Leadbeater, estudiosos e escritores do livro “Formas de Pensamento”, afirmando que “O pensamento, ou seja, a atividade mental focalizada e intensificada
sobre um objetivo específico, é capaz de plasmar uma forma, uma porção de essência, respectiva àquele pensamento”.

Aliás, as leis básicas do pensamento são:

• Você se torna o que pensa.

• O que você mais pensa se manifestará em sua vida.

• Você atrai para si o que estiver pensando.

• Você só pode sentir o que pensa.


Se você tiver um pensamento negativo vai se sentir triste, deprimido; se tiver um pensamento positivo vai se sentir alegre, calmo, entusiasmado. Dessa forma
podemos perceber o poder incrível do pensamento, a força que, mesmo sutil, é vital e poderosa na materialização e realização de nossas ações.
Pensando nisso é que criamos o espaço chamado “Inspiração Diária” e é através dele que a partir de hoje colocarei todos os dias aqui no blog algo inspirador
para refletirmos e para ajudar a direcionar nossos pensamentos e atos. Algo que poderá acalentar nossas mentes, nossos corações e, quem sabe, trazer
algumas respostas.

Serão reflexões, propostas, ensinamentos de filósofos, estudiosos, religiosos … vamos inclusive aproveitar os belos ensinamentos dos Guias Espirituais que
muitas vezes acabam passando despercebidos ou sendo esquecidos.

Acredito que se conseguirmos internalizar o sentido de cada mensagem ou conduzir nossa mente para um pensamento único como irá propor a me nsagem,
algo como um exercício diário, tenho absoluta certeza que nossas vidas, as pessoas em nosso envolta e nossos sentimentos se transformarão totalmente em
alegria e amor.

Imagine centenas de mentes e corações pulsando e focando em um único sentido, criando uma única e potente corrente, sentindo uma única e amorosa
vibração, gerando uma única e realizadora forma-pensamento capaz de proporcionar a paz tão necessária para nosso espírito.

É, será simplesmente maravilhoso!

Conto com todos vocês sempre perto de nós, acompanhando as mensagens diariamente e se inspirando conosco.

Conto com todos vocês nessa corrente de criação e de esperança.

Conto com todos vocês para juntos realizarmos algo de diferente.

Conto com todos vocês unidos pelo Amor incondicional e pela Paz universal.

Vamos nos inspirar, todos os dias!!!

Muito Axé !

Os espanhóis dizem que foi o alecrim que protegeu a Virgem Maria na sua fuga para o Egito e que, quando o seu manto roçava as flores brancas, estas iam
ficando azuis.

Entre suas propriedades farmacológicas, podemos citar que é um tônico


geral da circulação sanguínea e do sistema nervoso, sendo indicado em
casos de esgotamento físico e mental. É ligeiramente diurético,
estimulando as funções renais. Atua sobre a secreção biliar. É digestivo,
atuando contra a formação excessiva de gases e também auxiliando na
digestão de gorduras. Possui ainda um efeito hepatoprotetor e uma
atividade anti-inflamatória, indicado contra afecções reumáticas e
articulares. Externamente, estimula a circulação local e alivia as dores. No
couro cabeludo, estimula a circulação e o crescimento capilar. Tem ainda
ação anticaspa e previne a queda de cabelo. É importante, no entanto,
ressaltar que seu uso durante a noite pode alterar o sono.

O alecrim é usado por cozinheiros e boticários desde os tempos mais


remotos. Com fama de reforçar a memória, logo se tornou o emblema da
fidelidade dos amantes. Costumava-se queimar alecrim resinoso no quarto
dos doentes para purificar o ar, e espalhar os ramos nos tribunais, a fim de
afastar a “febre das cadeias” (tifo).

Durante a peste, era transportado em bolsinhas em volta do pescoço, que se cheiravam quando se viajava por zonas suspeitas. Em algumas aldeias, põe-se a
roupa branca a secar em cima do alecrim para que o sol liberte o seu aroma, que repele as traças. Também é uma boa planta para vedação de jardim.

Além do alecrim comum, existem muitas variedades, incluindo uma nova e vigorosa, chamada Swyer´s Selections, com grandes flores malva-azuladas, que
pode atingir 2,5 metros em três anos. Há também uma variedade com as extremidades douradas e os textos antigos mencionam outra prateada. Atribuem-se
poderes místicos ao alecrim, “Planta que só nasce no jardim dos justos”.

Algumas dicas

• Chá: juntar água fervendo sobre as folhas e extremidades floridas na proporção de uma xícara de chá para 8 a 10 gramas de erva fresca, ou 4 a 5 gramas de
erva seca. Cubra e deixe repousar até chegar à temperatura adequada para ser ingerida.

• Infusão: Colocar de 100 a 500 gramas de folhas e/ou extremidades floridas num balde de água. Cozinhar de 20 a 40 minutos. Coar e despejar na água do
banho. Fortifica as crianças fracas e auxilia nos casos citados acima.

• Sumo: o sumo seco e o pó das folhas servem para cicatrizar feridas.

• Vinho: 1 litro de vinho, 25 gramas de folhas de alecrim, 20 gramas de sálvia e 15 gramas de mel. Aquecer em banho-maria por 20 minutos. Repousar até
esfriar. Tomar um cálice antes das refeições.

• Maceração: para cada copo de água, unir 10 gramas de folhas de alecrim, raízes de urtiga e bardana. Deixar em contato por no mínimo uma noite, no sereno
e, no máximo, 15 dias. Fazer fricções no couro cabeludo. Faz o cabelo crescer e escurecer.

• Essência: usada para afastar traças.

• Culinária: Condimento em patês, molhos, saladas e temperos

Retirado do livro “A dieta de Jesus – Os segredos da Bíblia para uma alimentação saudável” de Heloísa Bernardes
Na Umbanda
O Alecrim é um maravilhoso desimpregnador de larvas astrais, razão pela qual deve-se usá-lo na defumação, afasta a energia do mal olhado e harmoniza todo
o ambiente. Queimando o seu caule purifica-se, de forma acentuada, o ambiente onde se encontram pessoas doentes.

Nos banhos de ervas o Alecrim equilibra o emocional, ajuda a perdoar as mágoas e restitui rapidamente a energia perdida. É uma das ervas que ajudam na
depressão e estados permanentes de cansaço por problemas emocionais. É a planta chave da falta de auto estima e aumenta a capacidade de aprendizado
ativando o mental e o racional.

Erva da juventude eterna, do amor, amizade e alegria de viver. Ajuda as crianças com estrutura emocional em desarmonia e atua nos desconfiados, nos que
não acreditam em si mesmos, nos que não têm coragem de se lançar em novos projetos. É A ERVA DA CORAGEM.

Essa erva colocada debaixo do travesseiro afasta maus sonhos e usado em escalda pés tira todas as energias negativas acumuladas durante o dia.

Algumas dicas de Ervas para:

Ajudar Desenvolver da Espiritualidade – jasmim, anis estrelado, alfazema, sálvia, camomila, rosa branca, boldo, alecrim, salsinha.

Limpar os Ambientes de Energia Negativa – cânfora, comigo ninguém pode, guiné, arruda, alecrim, espada de São Jorge.

Proteger Contra a Magia Negra e Negatividade – alecrim, louro, jasmim, cenoura, violeta, hortelã pimenta, verbena, gerânio, manjericão, patchuli, noz
moscada.

Harmonizar e Equilibrar – malva, alecrim, alfazema, jasmim, anis estrelado, sálvia, camomila, rosa branca, girassol, flor de laranjeira, hortelã, ipê amarelo, lírio,
melissa.

ATENÇÃO:

• Antes de usar qualquer erva de forma fitoterápica, consulte sempre seu médico.

• Antes de usar qualquer erva de forma energética, magnética, espiritual, religiosa, magística, consulte sempre seu Pai e/ou Guia Espiri tual que
cuida de você.
Afinal, mais do que ninguém, ele sabe o que é melhor ou pior para você. Entenda que de acordo com nosso estado energético e espiritual as ervas podem
causar ações e reações que são diferentes de pessoa para pessoa.

Um ótimo final de semana a todos e muito Axé !

Hoje quero compartilhar com vocês um texto fantástico de W.W. da Matta que já foi publicado no JUCA
– Jornal de Umbanda Carismática - há algum tempo. Conta uma historia e traz um ensinamento que,
como o autor mesmo diz, não têm endereço certo, mas que podem também ter inúmeros endereços.
Espero que gostem e que aproveitem cada detalhe contido aqui.

É força de pemba… é Lei


Se errou… se extraviou…
Ninguém pode dá caminho
Ninguém pode dá malei…
Só quem pode dá malei
É “preto-véio” de seu Conga
Assim mesmo é preciso
Que se endireite e volte cá…

Esse ponto nós o ouvimos (e jamais o esquecemos) de um certo “preto-velho”, num antigo e extinto
Terreiro de um amigo e irmão de lei (já falecido) — médium de fato e de direito, numa ocasião
memorável. Resumamos o caso em foco, para podermos dizer ou dar positivamente, certos conselhos
a certos médiuns…

“Preto-velho” estava firme no “reino” (o aparelho era bom mesmo — incorporava bem). Desde que
chegou, foi cantando, tirando sempre esse ponto acima. Os “cambonos” – gente viva de idéia,
traquejados, foram logo após algum tempo certificar-se do porquê desse ponto, com “preto-velho”. Ele
balançou a cabeça pra lá e pra cá, deu umas fumaçadas com seu “pito” e disse, usando o linguajar de
guerra, mais familiar a todos os entendimentos: -Uai gente, suncês nun tão alembrado daquele fio
daqui, o Fulano? Eles então logo lembraram desse caso e responderam: -Estamos sim, meu velho…

E “preto-velho” logo retrucou: – Pois bem, zi Fulano vem pur aí, ta case chegando nesse Conga de preto-véio… e acrescentou: – óia fios, arrecebam ele bem,
oviro? E pôs-se a repetir esse ponto acima grafado.

* Abramos um parêntese ligeiro, para recordarmos o tal caso de Fulano:

Como tantos outros em outros terreiros, nesse apareceu um filho-de-fé, doente, aflito, cheio de mazelas e confusões, principalmente na parte mediúnica
espiritual, porque realmente era médium (dentro de seu grau) e vinha sofrendo mais por falta de apoio e boa orientação. “Preto-velho” cuidou, tratou, reafirmou
suas condições mediúnicas, enfim, levantou-o de todo. Depois de muito tempo, já firme, fez o seu batismo de lei, ato que implica um juramento espontâneo,
consciente da lealdade à faixa espiritual que o acolheu, zelou e levantou.

Mas, é o caso corriqueiro de centenas e centenas de médiuns ou de irmãos que procedem assim, a certa altura começou a se envaidecer e a ter ambições
próprias de chefiar; tornou-se um tanto ou quanto arrogante, olhando os outros com superioridade. Começou a criar casos. A fazer sessões por conta própria
em sua casa, na casa dos outros médiuns mais ingênuos, etc. A “ovelha” estava se desgarrando do “aprisco”.

Aconteceu o que, forçosamente, acontece nesses casos. Um choque hoje, outro amanhã e o ambiente do terreiro vai ficando “irrespirável” para tal médium e
ele lá se foi, não obstante os conselhos de “preto-velho” — aos quais não deu muita importância porque “pensava estar seguro, pois também não tinha seus
protetores”?
Nesses casos, repetimos, que acontecem em profusão e não há Tenda que não se queixe disso, o médium extraviado segue sempre dois caminhos: ou abre
terreiro por conta própria ou começa a correr gira, de terreiro em terreiro, pois ele quer exibir seus “protetores”, suas artes mágicas.

Com esse aconteceu as duas coisas e nada deu certo para ele (como não tem dado para os outros também – se saíram de uma gira digna, honesta, sincera).
O terreiro que abriu, acabou fechando (quando não acaba fechando é porque descambou ou para o animismo estilizado ou para o vale-tudo) de tantos e tantos
“estouros” e contratempos astrais, intrigas e outras coisinhas mais. Daí começou a ficar desconfiado e se auto-interrogava de consciência pesada: “será que é
força de pemba?”. Quanto mais pensava, mais adquiria essa certeza. Mudou. Foi “correr gira”. Foi se apegar com outros.

Não deu certo e iniciou uma romaria de terreiro em terreiro. Fez preceito de toda ordem (sim, porque acabam caindo mesmo “nos tai s terreiros que de
umbanda só têm o nome”, até “camarinha” fazem), firmou “cabeça”, fez o santo várias vezes. Nada. Aqueles contatos positivos que tinha lá no terreiro de
“preto-velho” que ele traiu, nada… sumiram como por encanto.

As antigas confusões voltaram na vida, no lar, nos negócios etc. Aí ele medrou mesmo de verdade “será que é força de pemba, meu Deus?” – ruminava ele,
dia e noite, com sua mente apavorada, sugestionada, perturbada. Ainda suportou muito, por causa de sua vaidade, “de não querer dar o braço a torcer”
pensando na humilhação da volta. Porém, acabou sendo mesmo aconselhado por outrem que já tinha passado por essa situação e decidiu-se.

Foi quando, nessa noite, resolveu voltar, assim como quem estava com saudade, querendo rever os velhos companheiros de lá. E preto-velho cantava. Sabia
e cantava, esperando (ah! Velho de fato e de direito) quando apareceu ele, a “ovelha transviada”. Desconfiado, “cabreiro”, como se diz na gíria de terreiro.
Todos os companheiros antigos ficaram alegres (já estavam preparados), encorajaram-no apontando para o preto-velho: – Olha, Fulano, o velho tá te
esperando.

Emocionado, aproximou-se da entidade amiga, ajoelhou-se e não disse nada… não tinha o que dizer, ou melhor, disse tudo nesse gesto de ajoelhar. Preto-
velho disse para ele, lembramos bem: – Levante, meu fio, só se ajoeia quando se reza pra Zamby ou pra Oxalá e esse preto-véio não é merecedor disso. Deu-
lhe o “malei” que pedia; vários conselhos de conforto e voltou com outro pontinho (indefinível para muitos dos que ali estava m), com a mão por cima de sua
cabeça. Ei-lo:

“Na ladera de pilá


É… tombadô…
Bota fogo ni sapê
Pra nacê ôta fulô..”

Foi quando o médium arrependido não pôde e desabafou emocionadíssimo: – Eu sei, meu velho, foi força de pemba sim sinhô…

Significado oculto do pontinho que o tal médium logo aprendeu:

“Na ladera de pilá”, quis dizer: no caminho da vida espiritual mediúnica…

“É… tombadô…”, quis dizer: caiu, derrapou, se extraviou, errou, etc…

“Bota fogo ni sapê”, quis dizer: destrua sua mazelas morais, psíquicas, suas vaidades, seus erros…

“Pra nacê ôta fulô”, quis dizer: regenerar para criar outras forças novas, forças espirituais, morais, etc…

Assim, extraindo desse caso o saldo moral, vamos dar alguns conselhos, nesse sentido. Cremos ser oportuno.

a) Irmão médium: – se você anda por aí, às tontas, fazendo “cabeça”, se enterrando cada vez mais de “terreiro em terreiro”- não continue assim; volte para a
sua Tenda, de vez que você sabe que ela é digna, se pauta na linha justa da caridade, da moral, da humanidade e da sinceridad e. Por que fez isso? Cuidado!
Você está prestes a entrar, se já não entrou, “na força de pemba… sim sinhô”

b) Irmão médium: – você que saiu de sua Tenda ou terreiro, “fofocando” (desculpem o termo), cheio de vaidade, pensando ser o tal e até difamando o seu
médium-chefe ou dirigente – Cuidado com a força de pemba… sim sinhô!

c) Irmão médium – você foi causa de quizila, conscientemente, em sua Tenda e de lá saiu, cheio de empáfia, pensando já ter os conhecimentos de lei “para
abrir o terreiro ou agrupamento”? Você provou cisões por causa dessa sua imbecil vaidade? Pois saiba: você semeou maus ventos e vai colher tempestades…
se já não as colheu! Você foi desleal e ingrato? Se você foi isso e o fez em gira de “preto-velho”, você vai ver o que “é força de pemba… sim sinhô”

Traição, ingratidão, deslealdade, difamação, não têm perdão, assim como você pensa! Cuidado! “É na força de pemba… sim sinhô” que você vai ver quanto
está lhe custando ou vai custar tudo isso. Quizilas (que você semeou no terreiro) em família? Abandono de amigos e traições? Choques morais? Também
podem lhe acontecer, porque, “força de pemba é lei”, não “dorme” não senhor.

Você abriu terreiro? Com que ordens e direitos de trabalho? Cuidado com o astral inferior que, na certa, já sabe que você é faltoso, está errado e com toda
certeza já o envolveu e deu-lhe alguns “tombos”. Você caiu, machucou-se, quebrou costelas, pernas, pés, etc? Pensa que foi mero acidente? Coitado! Isso “é
força de pemba… sim sinhô” que o baixo astral aproveita pra lhe judiar, pois você está “desguarnecido”, essa é que é a verdade. Quem mandou trair os
sagrados compromissos que assumiu com “preto-velho”?

“Preto-velho” é a Lei, representa as Ordens e os Direitos de Trabalho da Sagrada Corrente de Umbanda. Mas, não é mau, nem castiga di retamente; mas sabe
que “força de pemba… é a lei” que você infringiu, traiu e que tem de processar o seu curso de ação e reação normal, ou seja: o que semeares, isso colherás. E
seus “guias e protetores”? Na certa que você pode pensar que lhe estão dando cobertura. Qual! Você está nessa altura é mesmo com um belo “quiumba”,
matreiro, velhaco, sugando-o, envolvendo-o, dominando-o, isso sim! Guias e Protetores de fato não acobertam erros, vaidade, quizila, ignorância e
deslealdade.

Observação: Isso tudo não tem endereço certo. É pura doutrina. É recado do astral que estamos dando. Nós não temos casos especiais que nos tenham
abalado a esse ponto. Nós estamos acima disso, graças a Deus. Somos completamente indiferentes a certas “águas passadas”.

Quando se diz que o médium faltoso está “pembado” é porque ninguém pode dar jeito na situação dele (ninguém que botar a mão na cumbuca); nenhum Guia
ou Protetor de outra “gira” pode interferir; socorrê-lo, pois “é força de pemba” mesmo que ele está enfrentando, é a lei interna moral-espiritual que infringiu e
portanto está sendo disciplinado.

Essa disciplina, às vezes, é sutil, porém, segura. O médium errado leva anos até debaixo dela, enfrentando certos impactos, certos tombos duros, de um lado
e de outro, sem se aperceber de que está “apanhando”, mesmo porque “força de pemba é lei… sim sinhô”.
Muitos médiuns, de acordo com a gravidade de seus erros e com a dureza de seus corações, vão até ao suicídio como já tem aconteci do por esses “Congás”
afora.

Na íntegra de “Segredos da Magia de Umbanda e Quimbanda” W.W. da Matta e Silva – Livraria Freitas Bastos S.A. – 1994

Para muitas pessoas pensar em Deus é pensar na Supremacia, no Divino, no


Sagrado, no Distante, no Intocável e assim por diante, não é mesmo?

No entanto, penso que Deus não está tão longe assim, não está tão Divino ou não
é tão intocável assim. Entendo que Deus é como ar, ar que nos envolve
continuamente e libentemente sem que precisemos pedir, pensar ou determinar.

É um respirar, um expirar, um inspirar, simples.

Pensando dessa forma, fico imaginando quantos de nós percebemos ou damos


importância para o ar que respiramos ou mesmo para nosso respirar. Fico
imaginando que importância, que sentido e que valor damos a cada expiração e
inspiração.

Infelizmente muitos não têm a mínima consciência do ato de respirar e só dão


valor ao ar no momento em que estão se afogando, envolvidos pelo mar da
solidão e da escuridão, envolvidos por um debater compulsivo e agressivo em
busca de um suspiro de esperança.

Observo quantos asmáticos espirituais existem dentro e fora dos Templos


religiosos, que só encontram alívio naquele ar artificial produzido pelo Homem e
armazenado dentro de uma bombinha.

É, às vezes vejo as pessoas tão insensíveis e tão distantes do ‘simples’, do ‘tudo’,


do ‘fundamental’, mas percebo que eu não posso respirar por ninguém.

Creio também, que Deus na sua onipotência, onisciência e onipresença, está no meu olhar, vendo tudo e me vendo através de mim mesmo e que se manifesta
em minhas atitudes. Cada ato meu é reflexo do MEU DEUS, e se roubo, minto, amo, falo mal, tolero, engano, aceito, julgo… É o meu “Sagrado”, é o meu Deus
agindo, é o meu Divino pensando, desejando e se manifestando.

Percebo então a importância de entender que o Sagrado, Deus, o Divino, os Orixás e os Guias Espirituais não estão tão distante assim, principalmente para
nós umbandistas atuantes e conscientes.

É fato que temos a manifestação diária do Transcendente em nossas vidas, é fato que consciente ou inconsciente os Guias e os Orixás se manifestam em nós
e através de nós, em todos os momentos e nos mínimos detalhes.

E posso exemplificar essas manifestações constatando que ao sorrir manifestamos a alegria, o entusiasmo e a vontade de agir de Yansã, que nas lágrimas,
salgadas como as águas do mar, temos Yemanjá se manifestando e gerando o novo, gerando o amor e a força para fazer diferente, que nos cabelos soltos, na
dança lenta, nas unhas pintadas, nos anéis, brincos e pulseiras, Oxum está atuando e incentivando a beleza da esperança e da doçura. Constato que nos
pensamentos lógicos é Oxóssi que se manifesta e alerta para a verdade e que nas atitudes corajosas e vibrantes é Ogum que se manifesta
proporcionando muito, muito trabalho.

Dessa forma, tiro o Divino, os Orixás do alto, do inacessível, do intangível e vivencio-os aqui, no meio de nós, através de nós e a favor de nós. Conhecê-los
através de seus sentidos e vibrações, de suas qualidades e atributos, de suas características e de suas marcantes personalidades é transformá-los em nós.

Pois bem, acredito que mais que pensar em Deus, nos Orixás ou nos Guias como fonte de TUDO, temos que pensar que tudo é fonte de nós mesmos, que
tudo depende de nós, QUE TUDO É, ABSOLUTAMENTE, TUDO QUE REALIZAMOS, PENSAMOS, SENTIMOS E SOMOS.

Nesse sentido, digo que uma poderosa e encantadora ferramenta que temos é conhecer as lendas e os mitos dos Orixás que podem ser um auxilio n esse
conhecer mais próximo e mais para dentro de nós, afinal nos mostram os Orixás como humanos e heróis, como sobrenaturais e ao mesmo tempo naturais do
nosso mundo.

Vale salientar que o mito é uma tentativa de explicar a realidade, que procura explicar os principais acontecimentos da vida, que nos auxilia inclusive a nos
conhecer melhor funcionando como ponto de equilíbrio entre o sagrado e o profano.

Faz toda diferença conhecer os Orixás, assim como nós!

Estamos sempre falando dos ataques espirituais, das ações do baixo


astral e de toda ação negativa que envolve um médium para afastá-lo do
caminho do bem, da evolução do espírito e da prática da caridade,
inclusive influenciando em toda estrutura e trabalho religioso de um
Terreiro. Aliás, acredito que todos têm suas histórias particulares sobre o
assunto, não é mesmo?

No entanto, percebo que normalmente nossa memória é curta demais e


pior, registramos somente pequenos pontos de interesses e facilmente
esquecemos fatos importantes e fundamentais para que não caiamos na
mesma situação.

Pensando nisso, quero reproduzir alguns trechos do livro “Aconteceu na


Casa Espírita” - pelo espírito Nora através do médium Emanuel Cristiano,
editora Allan Kardec - para que registremos e compreendamos de forma
mais expressiva a ação do baixo astral. Além disso, fica também a dica
para que periodicamente retornemos a ler, sem nenhuma dificuldade, esses pequenos trechos dessa importante obra.

Aproveite e reflita, olhe em volta e pense: qual a brecha que você está abrindo para o “agir” do baixo astral? Observe se você está sendo manipulado através
de situações “extraordinárias” ou se você está perdendo seus princípios religiosos.

Sei que mesmo com alguns cortes o texto está longo, mas garanto que vale MUITO a pena ler até o final, mesmo porque, caso você não consiga ou não se
interesse pelo assunto, você poderá estar sendo induzido sutilmente e fortemente pelo baixo astral. Fique atento!

……. Iniciando o Ataque


Os dias correram e o trabalho no Centro Espírita prosseguia em relativa tranquilidade. Nas zonas espirituais inferiores, porém, os adversários da verdade já
estavam prontos para o ataque.

Júlio César, qual doente mental, gritava palavras de ordem, seguidas destas orientações:

- Camaradas! Nossa hora chegou! Já fui informado de que os emissários da luz igualmente se organizaram, falando aos responsáveis encarnados da maldita
Instituição sobre os nossos planos. Já esperávamos por isso, espíritos fracos nos denunciaram; isso não vai nos impedir! O odioso Templo permanece
impregnado de fluidos amorosos. Nós, também, somos muitos e dispomos de poderosas vibrações negativas. Nosso momento chegou!

- Gonçalves!… Gonçalves! Gritou o infeliz, procurando entre a multidão seu capataz.

- Estou aqui, senhor, respondeu o servo diabólico.

- Já fez a verificação dos principais trabalhadores?

- Sim, aqui está o levantamento, dez dirigentes serão visitados por nós. Temos, por exemplo, os registros da… responsável pelo… atendimento fraterno. Veja:
o nome dela é Márcia Boaventura. Identificamos, após dias de observação, que é uma mulher dedicada ao trabalho espírita. Nos últimos cinco anos, dizem os
relatórios, nunca faltou nos dias de plantão. Promove periodicamente reuniões com seus cooperadores, está sempre disposta a ouvir sugestões, trata a todos
com afabilidade e doçura, evita os comentários menos edificantes, está distante das fofocas, trabalhando com espantosa seriedade, guardando e
recomendando absoluto sigilo sobre todos os casos de atendimento. Através dela não temos nenhum campo de ação, sem contar a proteção que angariou
pelo trabalho tão bem realizado, quase não oferece brecha, limitando a 1% nossa influenciação sobre ela. Entretanto, para nossa grande alegria, é casada
com um homem possuidor de densas vibrações, o que nos permitiu a aproximação e convivência em sua própria residência; avesso ao Espiritismo, o esposo
frequenta raramente os cultos de uma seita evangélica, carregando na mente a idéia de que a Doutrina Espírita é coisa do diabo.

- Isso! Interrompeu o mandante, eis aí o nosso homem! Incentive-o a continuar na igreja, acompanhe-o, ore com ele se for preciso! (risos)

- À igreja? Perguntou o serviçal admirado. Sabe mesmo o que está me mandando fazer? Insistiu o capataz completamente atordoado. Explique melhor,
senhor, quais são seus objetivos.

- Preste bem atenção, Gonçalves, disse o astuto Júlio César, aproximando-se do empregado, abraçando-o como se desejasse falar-lhe em secreto, guardando
brilho estranho nos olhos, retirando-se, a passos lentos, para local isolado, enquanto ditava, com voz soturna, aos ouvidos do tolo servidor das trevas este
triste plano: – Vamos atormentá-la, envolveremos de tal forma o infeliz do marido que ele fará da vida dela um inferno e, a pretexto de manter a harmonia do
lar, ela terá de abandonar as tarefas e aí, adeus à afabilidade e à doçura.

- Mestre, contra-argumentou Gonçalves, há, ainda, uma outra coisa, a considerar. O marido é dado à bebida, se o incentivarmos à igreja, as orientações, ainda
que fanáticas, ameaçando os adeptos com o fogo do inferno, poderá levá-lo a largar o álcool, impossibilitando-nos de utilizar mais este trunfo.

- Ora, respondeu o obsessor chefe, que trunfo melhor poderíamos ter senão o medo do inferno. Nós somos os próprios “demônios”, deixe que o infeliz pare de
beber; para nós o que importa é infernizá-la, irritá-la naquilo que possui de mais sagrado. Ela não aguentará os argumentos de um marido fanático e, além do
mais, poderemos fazer com que toda a economia doméstica seja, mensalmente, conduzida à igreja, “contribuindo com a obra do Senhor”, perturbando-lhe
ainda mais a vida financeira e a convivência familiar. Assim, ela será obrigada a procurar um emprego, a fim de suprir as necessidades básicas, afastando-se
definitivamente das tarefas no Centro Espírita.

Não se esqueça, continuou o perverso coordenador, de verificar na instituição alguém cujas vibrações denotem desejo ardente em assumir um cargo, veja
entre os próprios companheiros de Márcia se há brechas nesse campo, quem sabe um desejo escondido, uma pontinha de inveja etc . Incentive-os a cobiçar
esta colocação, aproveite um daqueles dias em que os trabalhadores demonstram natural irritação, ocasionada pelas atividades frenéticas da vida moderna,
fazendo com que alguns comecem a se aborrecer com as orientações da coordenadora. Faça brotar, entre eles, ideias de que a responsável pelas entrevistas
gosta de mandar, aparecer, dominar! Assim, quando nossa “querida irmã” abandonar o trabalho espírita, compelida pelo marido, outros estarão à disposição,
ávidos pela disputa do cargo de entrevistador-mor, e os que forem reprovados certamente se afastarão melindrados. Os que ficarem não terão a mesma
eficiência de nossa vítima, será o fim do atendimento fraterno bem organizado daquela Casa.

Plano perfeito!

______

(…) Os obsessores deixaram a cidade das trevas em direção à residência do casal Boaventura.

Márcia, tarefeira no campo das entrevistas, permanecia junto às atividades domésticas. O marido, criatura azeda e difícil, desenvolvia ondas de impaciência e
indignação pelo trabalho da esposa no Centro Espírita, argumentando:

- Mulher, você tem que parar com essas coisas de Espiritismo, é preciso pensarmos um pouco mais em nossa vida financeira. Quanto você recebe do seu
Centro pelas horas que empenha a serviço do Espiritismo?

- Recebo a consciência tranquila de ter realizado algo de bom em benefício dos semelhantes.

- Basta! Disse o marido visivelmente irritado. Diga, quem é que põe comida nesta casa? Quem é que paga as despesas domésticas, e além do mais, quem
financia o transporte coletivo que lhe conduz ao Centro?

- É você, meu bem, respondeu a esposa, procurando tolerá-lo. E contra-argumentou: Mas, veja, tenho cumprido com os meus afazeres, a casa permanece em
ordem, nada lhe falta, faço todas as suas vontades. Do que é que você se queixa? Só porque me dedico, algumas horas por semana, aos trabalhos voluntários
promovendo o bem?
O homem rude, de vibrações densas, vencido por palavras calmas, lúcidas e apoiadas na autoridade moral, calou-se pensativo. Foi nesse ínterim que os
adversários da verdade o envolveram com estes pensamentos: – À igreja, vá para a igreja, mostre a ela que você é mais caridoso. Se ela vai ao Centro, você
também pode ir aos cultos evangélicos. Deus precisa de você!

E sendo envolvido por pensamentos exteriores e porque desejasse sair de casa, desenvolveu as ideias que lhe chegavam vagarosas.

_____

(…) Os adversários da paz comemoravam!

Júlio César, conversando animadamente com o capataz, informou:

- Pronto! Só nos resta aguardar, a semente foi lançada e a terra é muito boa. Boaventura, de retorno ao lar, haverá de infernizar nossa “querida” Márcia,
efetuando a discórdia, retirando, naturalmente, a esposa do equilíbrio, o marido fanático haverá de massacrá-la, destruindo-lhe, pouco a pouco, a disposição
para trabalhos espíritas. A tarefa do atendimento fraterno perderá uma de suas melhores cooperadoras!

- E agora, mestre? Perguntou Gonçalves, desejando saber dos planos íntimos do mentor das sombras para a continuidade do processo de infiltração.

- Agora, meu caro, cabe-nos verificar os grupos de assistência espiritual!

- Mas, vamos abandonar o caso Márcia Boaventura? Questionou o servo da maldade.

- Não abandonaremos este processo, simplesmente precisaremos dar tempo ao tempo para que a semente do fanatismo, plantada na mente de Boaventura,
germine; mais tarde retornaremos à residência da coordenadora do atendimento fraterno para as devidas verificações. Esta operação , meu querido, requer
muita paciência. Todo cuidado é pouco, a organização e a cautela são a alma deste empreendimento. Toda infiltração começa pequena, quase imperceptível,
para, depois, ganhar volume causando dor, destruição ou, pelo menos, inúmeros prejuízos!

Caminhando lentamente ao lado do comparsa, com uma das mãos tocando a fronte, como que recapitulando os próprios pensamentos, Júlio César informou:
– Nossas atenções, doravante, estarão voltadas para os grupos de fluidoterapia. Deveremos fazer surgir entre eles a concorrência e a disputa!

- Mas, senhor, perguntou o secretário da maldade, como é que conseguiremos penetrar no Centro Espírita? Não dispomos de autorização. Como iremos
romper as barreiras protetoras do Centro? Como faremos para despistar os mensageiros da luz…

- Chega! Chega! Gritou o mandante. Não vê que me perturba com tantos questionamentos? Ora! Como vamos entrar? Aproveitaremos os desequilíbrios
humanos, as brechas, como o orgulho, a mesquinhez, o desejo de mando, a vaidade etc., etc., etc. Enquanto você marca os passos, eu já recebi valoroso
relatório dos nossos comandados que permanecem junto de muitos tarefeiros encarnados. Eles têm livre acesso na Instituição, por serem acompanhantes
usuais dos tarefeiros do Centro que não vivem a mensagem cristã, que fazem parte dos grupos de fofoca, dos que são sempre do contra, daqueles que
desejam reformar tudo e nunca estão satisfeitos com nada! Identificamos, em três grupos, passistas que nutrem desejo ardente em desenvolver a faculdade de
cura. Acreditam ser especiais, embora suas tendências para o fanatismo permaneçam controladas pela organização e o estudo dou trinário esclarecedor,
contendo certas ideias. Não possuem, nem de longe, a raríssima faculdade de curar instantaneamente as enfermidades.

- Mas e aí? Perguntou Gonçalves.

- Aí, meu amigo, nós vamos dar a eles a faculdade de cura!

- Como assim?

- Simples! Aproveitando a brecha de inúmeros tarefeiros, penetraremos na instituição. Dos assistidos que adentrarem a sala de passe e estiverem s ob um
processo obsessivo, e ainda, se esses obsessores fizerem parte de nossa extensa falange, solicitaremos que se afastem momentaneamente, causando uma
cura, instantânea, aparente. O resto, se eu conheço bem a criatura humana, acontecerá naturalmente.

- Não entendi, disse Gonçalves. O senhor pode explicar melhor?

- Fácil, meu querido, muitas pessoas não entendem o processo da mediunidade, não compreendem que os passistas são simples instrumentos, embora haja
sempre uma parcela do magnetismo humano, e por desejarem agradecer os recursos recebidos, logo, logo o endeusamento baterá às portas das salas de
fluidoterapia, fazendo com que os passistas disputem entre si, quem dispõe de maiores recursos magnéticos.

- Ah!… Mestre! O senhor é um gênio!

_____

(…) Iniciada a sessão de passes, uma senhora curvada, gravemente envolvida por uma turba de obsessores, sentou-se com muita dificuldade na cadeira onde
Maria haveria de ministrar a fluidoterapia. Os amigos espirituais envolveram quanto possível os obsessores, recolhendo-os amorosamente para o socorro
devido, contudo, outros, mais endurecidos, permaneciam ligados à enferma por estarem profundamente comprometidos com o seu passado delituoso. A
assistida somente se libertaria por completo através do esforço íntimo, pela transformação moral à qual, em verdade, não se dedicava.

Júlio César, analisando as vibrações do coordenador daquele caso, notou pertencer à sua categoria espiritual e, após as conversações preliminares,
acrescentou:

- O camarada certamente me conhece, não?

- Claro, Júlio César, claro! O que quer de mim?

- Pequenos favores.

- Favores? De graça?

- Não, meu amigo, será recompensado, digamos que será troca de gentilezas.

- Pode dizer, o que é?


- Preciso que você e sua equipe abandonem esta mulher.

- O quê? Nunca!

- Será momentâneo, é pela nossa causa. Conhece meus superiores! Em nome deles, estou me empenhando na destruição deste Centro e preciso de sua…

- Ah! Por que não disse antes? É para destruir esta Casa maldita? Então, tem todo meu apoio. Graças a este terrível templo de amor não consigo concluir o
meu plano. Se esta criatura continua em pé, é por causa destas energias e das preces que tem recebido desta odiosa instituição. Júlio, meu caro, terá toda
minha ajuda. Ficaremos longe dela… vejamos… seis meses, está bem? Nenhum dia a mais, está ouvindo? Mas em troca, continuou o obsessor mercenário,
após o vencimento deste prazo, você me cederá vinte trabalhadores seus bem treinados, pelo tempo equivalente à minha ausência junto a esta infeliz. O que
me diz?

- Negócio fechado, finalizou o arquiteto da maldade.

Enquanto o passe era transmitido, os espíritos perseguidores daquele caso saíam silenciosamente.

Os amigos espirituais atentos, também se retiraram discretamente, aproveitando a trégua interesseira dos malfeitores, para tentar libertá-los da ideia de
maldade e vingança. Mobilizaram, então, equipes socorristas, conseguindo encaminhar muitos adversários para o intercâmbio espiritual.

Porém, a mulher que adentrou a sala, curvada, recuperava a postura correta como que de imediato, readquirindo certa vitalidad e. Quando se viu liberta
daquelas influências, num desejo de agradecer, agarrou a mão da passista, beijando-a e lançando estas palavras de gratidão:

- Deus abençoe a senhora! Sua mediunidade é fantástica, agora eu sei! Estou livre, você é uma santa! Estas atitudes da assistida romperam as normas de
silêncio e discrição que a Casa Espírita solicitava, tumultuando momentaneamente o trabalho. O dirigente encarnado aproximou-se contendo os excessos,
imprimindo ordem e disciplina no ambiente.

Júlio César acompanhou o trabalho de Maria Souza durante várias semanas, fazendo com que casos semelhantes a estes fossem repetidos; para isso
oferecia cargos, favores e retribuições aos obsessores, provocando nela a certeza de que finalmente havia desenvolvido a faculdade de cura.

Em pouco tempo, certos cooperadores deixaram-se envolver e contaminar pelo ciúme, inveja e intolerância!

Maria Souza tornara-se valioso instrumento de atuação do obsessor chefe que a envolvia nestes pensamentos: – Você, realmente, é médium de cura e eu sou
o seu médico, seu mentor! Estamos nos colocando à disposição para um novo trabalho nesta Casa, desejamos desenvolver aqui grandes trabalhos de cirurgia
espiritual, você será famosa, seu nome será divulgado largamente e todos haverão de respeitá-la. Entretanto, muitos invejosos desejarão tirá-la da missão, por
isso afaste-se daqueles que quiserem analisar as suas produções. No resto, conta conosco.

A “médium curadora”, contaminada pela presunção, já espalhava aqui e acolá, suas novas “capacidades” e em pouco tempo os assi stidos já disputavam uma
vaga junto à sua cadeira para receber os passes “curadores”.

Na sala, a competição estava instalada. Vários companheiros invigilantes caíram na armação das trevas, esquecendo-se de que o trabalho em qualquer área
solicita discrição e fraternidade.

Alguns perdiam-se na indignação, afirmando que a “curadora”, na realidade, era anímica, vaidosa, orgulhosa e deveria ser banida do grupo.

Outros formavam pequenos grupos em favor da passista fascinada. Além das fofocas que percorriam, a galope, os corredores.

Era o início de uma séria perturbação espiritual, que daria muito trabalho à diretoria doutrinária do centro.

Espiritualmente, Júlio César permanecia eufórico, porque agora já havia lançado dúvidas e problemas em dois importantes departamentos.

O processo dedicado à destruição da Casa Espírita prosseguia. Os instrutores espirituais do agrupamento cristão permaneciam atentos, acompanhando o
caso de infiltração, respeitando, contudo, o livre-arbítrio dos trabalhadores encarnados, ensejando-lhes a oportunidade de colocar em prática os ensinos
cristãos.

O perseguidor, porém, continuava implacável. Após ter lançado a discórdia na equipe da fluidoterapia, continuava a se preparar para o envolvimento dos
grupos mediúnicos propriamente ditos. Agora, os médiuns ostensivos é que seriam experimentados.

_____

(…) E adentrando uma das salas de trabalhos mediúnicos, ligaram-se a dois participantes bastante receptivos aos pensamentos inferiores.

Sondando-lhes o mundo íntimo, notaram que um dialogador e uma das médiuns trocavam pensamentos sensuais.

- Senhor, disse Daniel, o discípulo de Mamom, trago a ficha. -Soraia Barreto e Sérgio Queiroz, candidatos ao adultério, o que diz?

- Excelente, será um escândalo formidável. Para seu primeiro trabalho num grupo profissional, está ótimo. Vamos ver, agora, quem é que pode mais! As
fofocas sobre o caso da médium e do dialogador adúlteros explodirão por estes corredores feito pólvora! Vamos! Vamos! Precisamos nos organizar, ainda
temos muito o que fazer para executar este novo plano.

Soraia e Sérgio eram trabalhadores de um grupo mediúnico. Ela, médium não muito educada, comparecia raramente às reuniões de estudos doutrinários de
orientação geral. Julgava-se, algumas vezes, privada das alegrias do mundo por causa do compromisso mediúnico. Casada com homem digno e respeitável,
não se sentia feliz diante da sagrada oportunidade do casamento.

O dialogador, igualmente consorciado, com dedicada esposa, digna de admiração e amparo espiritual.

Entretanto, ignorando as orientações espíritas, colocavam-se à disposição de entidades desequilibradas, gozando a vida de maneira irresponsável.

Ambos, os tarefeiros do socorro espiritual, abriam grandes brechas aos inimigos da verdade. Não se dedicavam à vivência mínima dos ensinos adquiridos,
permanecendo interessados apenas nas atividades fenomênicas. E, porque mantinham afinidade nas intenções, ligaram-se magneticamente por ondas
mentais.
Na reunião de intercâmbio pouco contribuíam, tornavam-se elementos isolados pelos mentores, pois que os pensamentos não atingiam regiões superiores
para ajuda na tarefa socorrista.

Todos estes dados eram de domínio dos invasores das sombras.

Os instrutores do Mais Alto, igualmente, sabiam deste possível envolvimento entre os cooperadores citados. Contudo, não podiam privá-los do convívio entre
os companheiros encarnados, junto à Casa Espírita.

Entretanto, orientações espirituais gerais exaltando a moral, o nobre objetivo do casamento, o esforço para domar as más tendências como ponto a identificar
o verdadeiro espírita, foram transmitidas através de vários medianeiros, mas nenhuma delas foi acatada pelos dois tarefeiros envolvidos, o que oferecia largo
campo de atuação para Júlio César e sua falange.

O inimigo da harmonia reuniu rapidamente os servidores à sua disposição, iniciando mais esta trama diabólica:

- Camaradas, eis que estamos avançando de maneira muito satisfatória. Agora haveremos de usar, mais uma vez, uma arma bastante delicada, a fascinação.

- E o campo de atuação será de novo a mediunidade? Perguntou um dos presentes.

- Não e sim, respondeu o maquiavélico. Não exploraremos a mediunidade em si, mas desejaremos atingir muitos médiuns. A fascinação, prosseguiu o
perverso arquiteto, será no campo da sensualidade, dos instintos humanos. Um trabalho pouco difícil, pois aqueles que envolveremos já vibram em nossa
sintonia, autorizando-nos a ação. Simplesmente teremos de estimular um pouco mais as suas tendências inferiores. Precisamos fazer com que estes tarefeiros
invigilantes e imprudentes se desequilibrem, comprometendo o bom andamento da reunião, abrindo-nos o campo para atingirmos o grupo todo.

- E os amigos superiores? Perguntou outro, muito preocupado. Não vão nos impedir? E se formos pegos como aconteceu com Gonçalve s? Não tentarão nos
afastar de nossos propósitos?

- Se caírem nas mãos dos responsáveis espirituais por esta Casa, preveniu o perseguidor cruel, finjam terem se transformado para livrarem-se da imantação
mediúnica; inventem, se necessário, histórias mirabolantes ou permaneçam mudos. Eles, os mensageiros do Cristo, prosseguiu o preceptor das trevas, não
podem nos expulsar. Trabalham pela tolice do amor. Isso representa um ponto positivo a nosso favor, porque preferem esperar p ela nossa transformação
moral em vez de nos destruírem. Enquanto aguardam nossa metamorfose no campo dos valores espirituais, que para nós é impossível, nosso plano avança.

- Estou com muito medo, continuou o camarada prudente, levando outros a concordarem. Não será melhor desistirmos? Estamos na toca do inimigo. E se os
emissários da luz estiverem com a verdade?

Estas palavras finais mexeram intensamente com Júlio César, fazendo-o perder a razão:

- Como ousa querer desistir?

E aproximando-se do obsessor temeroso, fitou-o de maneira profunda, agarrando-o fortemente pelos andrajos em atitude agressiva, e, chacoalhando-o
violentamente por várias vezes, acrescentou irado:

- Experimente abandonar esta missão! Tente render-se aos falsários do amor! Deseje por um único minuto levantar um movimento contra meus propósitos e
verá o que lhe acontecerá! Se eu souber de uma tentativa sequer, de sua parte ou de alguém da minha equipe para mudar de lado, será sumariamente
confinado nas prisões de nossa cidade por tempo indeterminado.

E além do mais, continuou o malvado perseguidor aterrorizando e ameaçando os obsessores, sei que muitos de vocês ainda têm entes queridos encarnados;
experimentem abandonar nossos propósitos e verão o que acontecerá aos seus. Não despertem minha ira, muito menos a dos nossos superiores!

E, continuando, disse-lhes:

- Prestem atenção: os espíritos bondosos não poderão nos impedir, pois que estaremos ligados aos pensamentos e emoções de Soraia e Sérgio. Por isso,
coragem. Pessoas fracas não convivem comigo!

_____

(…) – Gonçalves!

- Pois não, senhor!

- Qual o resumo do nosso trabalho? Como estão as tarefas dos outros camaradas?

- Vejamos as anotações, respondeu o secretário. Já atingimos: – a responsável pelo atendimento fraterno, comprometendo as tarefas nesta área; – um grupo
de fluidoterapia, causando desconfiança e concorrência; – este agrupamento de socorro espiritual, que está em andamento, cujo objetivo é provocar
escândalos e consequentemente a fofoca destruidora.
Outros camaradas sob as suas ordens já realizaram: – o afastamento de um entrevistador, coordenado por Márcia Boaventura, das tarefas das noites de
segunda, terça e quarta-feira. Seguindo suas orientações, o envolvemos a fim de que julgasse fosse preciso melhorar a vida material. Fizemos com que se
inscrevesse em seu terceiro curso universitário. O mundo ganhará mais um inútil acadêmico e perderá valoroso cooperador do bem.

- cinco expositores, dos mais variados cursos de Espiritismo espalhados pela Casa, tiveram promoção no emprego, sob nossa influência, tendo
obrigatoriamente de abandonar as tarefas a fim de cumprirem os compromissos materiais.

- três dirigentes de grupos mediúnicos pediram licença, atendendo a caprichos familiares, fazendo longa viagem, também sob nossa atuação.

- os eruditos espíritas não foram esquecidos; com a vaidade sobre excitada, estamos sugerindo que reformulem todos os trabalhos na Casa, toda a área
doutrinária. Isso sim é que vai gerar uma grande fofoca. Desejamos fazer com que entrem em confronto com a organizada diretoria de doutrina.

- estamos, ainda, fazendo com que modismos de toda ordem apareçam por aqui, trazidos pelas pessoas eufóricas;

- trezentos processos de obsessão simples foram implantados, junto àqueles que nos oferecem brechas, a pretexto de atrapalhar diversos trabalhos espíritas.
Estes, num mecanismo em cadeia, exatamente como o senhor planejou, haverão de triplicar as irritações, abrindo nossos caminhos.
- verificamos as obras assistenciais e notamos estarem passando por várias dificuldades financeiras. Envolvemos alguns responsáveis, que entraram em
nossa esfera de ação por conta do pessimismo, nervosismo exagerado, falta de fé, por terem esquecido do ideal espírita e prenderem-se simplesmente à
questão de organização, agindo com frieza, distantes do amor. Com isso, podemos desestimulá-los intensamente e, agora, estão prestes a abandonar as
funções.

- nas promoções beneficentes, igualmente tivemos boa infiltração, pois que os cooperadores, verificando estarem fora das reuniões mediúnicas, da seriedade
dos estudos, entregaram-se às piadas, às brincadeiras, à maledicência, à competição, à inveja e ao ciúme. Isso tem afastado vários trabalhadores
matriculados nestas obras.

- no pequeno coral, inspiramos-lhes músicas mais agitadas, fazendo com que se oponham à direção da Casa em querer divulgar o Espiritismo pela canção.
Sugerimos-lhes outros ritmos a fim de atordoar-lhes e confundir-lhes o pensamento. O regente, praticamente um dos nossos, tendo levado “sua” ideia à
direção doutrinária e esta, obviamente, solicitando a retomada do trabalho com músicas que elevem a criatura humana, conduzindo mensagens de
transformação moral, tal como é o objetivo do Espiritismo, fez com que o condutor das vozes espíritas se irritasse, quase desistindo das tarefas.

- ainda temos o grupo de teatro que certamente nos atenderá às mesmas solicitações, melindrando-se certamente quando a pureza doutrinária lhes solicitar
evitar, no Centro, a propagação de obras não espíritas.

- temos procurado, diante dos agrupamentos de estudos, estimular os contestadores natos, fazendo com que estejam especialmente alterados, conseguindo,
com isso, atrapalhar vários participantes.

E muitas outras reuniões estão recebendo a visita de nossa falange. Falta, ainda, atingirmos definitivamente o presidente e o diretor doutrinário da Instituição.

Seguindo suas ordens, continuou Gonçalves, colocamos cerca de dez espíritos adversários com cada um, esperando que ofereçam brechas de atuação, mas
eles desfrutam de proteção espiritual admirável, por conta do esforço que empenham na conduta reta e pelo trabalho sério que executam. Contudo, senhor,
nosso labor permanece difícil! Pois não faltam aqueles que são verdadeiras rochas morais, os que têm atraído impressionante proteção espiritual pelas
atitudes cristãs. Esse processo tem exigido muito dos nossos cooperadores, já tivemos de renovar nossas turmas por cinco vezes. Nossos trabalhadores
sentem-se fracos ao entrarem em contato com certos ambientes amorosos, que obrigatoriamente têm de visitar, com objetivo de atormentar e desviar os
encarnados da bondade. E sobre estes, nossa influência tem sido praticamente nula. Não sei se nossa equipe conseguirá ir até o fim. Acredito estejamos
andando devagar demais.

- Nada disso, meu caro, acrescentou o mandante, os pontos principais estão sendo atingidos, aguarde e verá o excelente resultado. Quanto aos responsáveis
pela Instituição, haveremos de visitá-los pessoalmente em breve. Primeiro, vamos atormentá-los e preocupá-los, desestruturando as tarefas, depois, quando
se tiverem irritados com o mau desempenho dos departamentos, os escândalos, as fofocas, os pegaremos em cheio.

…….
Espero que tenha valido a pena pessoal! Espero também que todos tenham conseguido chegar até o final dessa leitura e que se inspirem para continuar
nessa luta entre o Bem e o Mal, entre a Paz e a Guerra e entre o Amor e a Dor.

Que esses pequenos trechos sirvam de incentivo à leitura completa e periódica dessa obra, assim como aos estudos doutrinários religiosos contínuo s e que
possamos perceber o quanto somos responsáveis por tudo que nos acontece, nos envolve e nos atinge, que possamos perceber qu e só existe um caminho,
uma fé, uma verdade, um amor e uma única força que sustenta a todos.

Que sejamos capazes de não nos desviarmos desse caminho.

Fiquemos atentos!

Na Umbanda a pipoca é usada nas oferendas para os Orixás Obaluayê,


usando só as pipocas brancas, e Omulu, usando também as pipocas
queimadas (pretas). Os banhos de pipoca são rituais importantes e
poderosíssimos para os médiuns. Em banhos de cura e harmonização as
pipocas são feitas sem óleo e sem sal; nos banhos de descarrego o milho
é estourado com azeite de dendê (nesse caso o banho deve ser feito
sempre em campo aberto); nos banhos de fixação de força o milho deverá
ser estourado na areia da praia.

A pipoca também é elemento vegetal transformador e transmutador,


portanto é muito usada nos rituais de cura, além disso os Guias fazem
verdadeiras mandingas com apenas um punhado de pipoca nas mãos,
favorecendo o corpo astral dos consulentes.

Para falar um pouco mais sobre este elemento tão poderoso da nossa
Umbanda quero compartilhar com vocês um texto muito bonito e muito
expressivo. Espero que gostem e que consigam absorver todo o
significado das palavras e todas as mensagens nas entrelinhas.

PIPOCA PARA RUBEM ALVES

“A culinária me fascina. De vez em quando eu até me atrevo a cozinhar. Mas o fato é que sou mais competente com as palavras do que com as panelas. Por
isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-me a algo que poderia ter o nome de “culinária literária”. Já escrevi sobre as mais variadas
entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nobis, picadinho de carne com tomate feijão e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos.

Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma meditação sobre o filme “A Festa de Babette” que é uma celebração da comida como
ritual de feitiçaria. Sabedor das minhas limitações e competências, nunca escrevi como chef. Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e teólogo — porque a
culinária estimula todas essas funções do pensamento. As comidas, para mim, são entidades oníricas. Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca
imaginei, entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu.

A pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimensões metaf ísicas ou psicanalíticas.
Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas idéias começaram a
estourar como pipoca. Percebi, então, a relação metafórica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de
forma inesperada e imprevisível.

A pipoca se revelou a mim, então, como um extraordinário objeto poético. Poético porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se pôs a dar
estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela. Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem.

Para os cristãos religiosos são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria,
não é vida…). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas. Lembrei-me, então, da lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia
poderosa do Candomblé baiano: que a pipoca é a comida sagrada do Candomblé…

A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido. Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos graúdos aparecessem aquelas espigas nanicas,
eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto de vista de tamanho, os milhos da pipoca não p odem competir com os milhos
normais. Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a idéia de debulhar as espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo,
esperando que assim os grãos amolecessem e pudessem ser comidos.

Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém jamais poderia ter imaginado. Repentinamente os grãos
começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grã os duros quebra-dentes se
transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação
culinária, em uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças. É muito divertido ver o estouro das pipocas!

E o que é que isso tem a ver com o Candomblé? É que a transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação porque devem
passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro.
O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer, pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa —
voltar a ser crianças! Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para
sempre.

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida
inteira. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosa. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de
repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho,
ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão — sofrimentos cujas causas ignoramos. Há
sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua
casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não
imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: PUF!! — e ela aparece como outra coisa,
completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.

Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É
preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro. “Morre e transforma-te!” — dizia Goethe.

Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas, descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que
era gozação minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser forçado a me valer do Aurélio para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho
de pipoca que se recusa a estourar.

Meu amigo William, extraordinário professor pesquisador da Unicamp, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da
pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia, as explicações científicas não valem. Por exemplo: em Minas
“piruá” é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: “Fiquei piruá!” Mas acho que o poder
metafórico dos piruás é maior.

Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito
delas serem. Ignoram o dito de Jesus: “Quem preservar a sua vida perdê-la-á”. A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O
destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro
alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.

Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira…”

Rubem Alves

Que todos nós possamos passar pelo fogo da vida para, enfim, nos transformar em pipocas !

Um dia desses, passeando em um shopping, vi uma cena que me vez refletir:

um vendedor, no meio do corredor, em frente à loja que trabalhava,


apertava as mãos das pessoas aleatoriamente, puxando um assunto
qualquer econvidando-as a entrarem. Vi que algumas pessoas entravam
na loja e percebi que essas não tinham poder de argumentação já que
entravam quase que sem noção do que estava acontecendo, outras se
assustavam e reclamavam dizendo que aquilo era um ato invasivo e que
os limites deviam ser respeitados.

Observando, fiquei a imaginar quantas vezes agimos dessa forma ou nos


expomos pedindo e puxando as pessoas para dentro de nós e de nossas
vidas, ou invadimos vidas sem ao menos perguntar se é isso que querem.
Pensei em quantas vezes nos puxam para dentro de situações que nem
pretendíamos vivenciar ou quantas vezes pessoas que mal conhecemos
invadem nossa vida, nosso espaço e nossa energia sem ao menos
perguntar: Posso? Quer? Devo?…
Com essa situação diante de meus olhos parei para pensar o que é ‘dar as mãos’ e percebi que as mãos são potentes fontes de energia, mesmo porque, se
assim não fosse, não seriam o principal meio de emanação de energia usado pelos Guias, não seria tão fundamental defumá-las, não seria tão importante
lavá-las com ervas, não seriam o principal instrumento nos trabalhos de cura energética, física e espiritual, não seriam usadas para “chamar” um Orixá na
batida ritmada do paó, não seriam usadas para cruzar o solo Sagrado de um Terreiro, não é mesmo?

Portanto, entendo que devemos observar com mais atenção esse belo, simples e amoroso ato que é ‘dar as mãos’ pois, além desse s maravilhosos
predicados, ‘dar as mãos’ pode significar a entrada de energias negativas que podem percorrer todo nosso corpo, nossos sentidos e nossas sensações, afinal
sabemos que nas palmas de nossas mãos existem pontos de entrada e de saída de energia que se relacionam com os chacras, que são vórtices captadores,
emanadores e reguladores de energias, boas ou más, positivas ou negativas.

Sei que para algumas pessoas é difícil compreender esse ponto de vista mas, se pensarmos quantas vezes entramos em lugares e nos sentimos mal, quantas
vezes nos aproximamos de alguém e nos sentimos sobrecarregados, quantas vezes só de falar, pensar ou olhar para alguém já sentimos tonturas, tensões ou
enjôos, perceberemos que o simples fato de uma presença, de uma aproximação ou de uma sensibilidade já nos traz fortes transtornos energéticos, o que
reflete no físico, no emocional e no espiritual. Consequentemente, seguindo essa linha de raciocínio, concluiremos que ‘dar as mãos’, por ser um ato que mais
do que presença, É UM TOQUE; que mais do que aproximação, É UM CONTATO DIRETO; que mais do que sensibilidade, É UM FIRMAR, COMPARTILHAR
E COMUNGAR ENERGIAS, pode SIM trazer reflexos bem piores envolvendo nossos sentidos de forma muito mais direta e expressiva.

Compreendam que não estou fazendo apologia ao individualismo, à indiferença, à diferença ou à soberania, mas acredito que devemos ponderar com mais
cuidado e responsabilidade sobre “ como” e “em que momento” estamos dando as mãos. Acredito que precisamos perceber que existem momentos em que
temos que nos preservar e preservar nossa energia e, por que não dizer, a energia do próximo, afinal quando damos as mãos nosso s pontos de energias
(aqueles que ligam-se aos nossos chacras e que captam, emitem e regularizam as energias) entram em contato direto com pontos de energias de outras
pessoas que talvez mal conhecemos, mal sabemos suas intenções e desconhecemos suas ações.

Grandioso, não é mesmo?

E para fundamentar mais um pouco a grandiosidade desse ato observem o conhecimento judaico (um conhecimento secular e que é a base de várias
religiões) sobre esse assunto. Observem a resposta dada pela Associação Israelita de Beneficência Beit Chabad do Brasil a uma pergunta um tanto quanto
intrigante, observem que na pergunta o ato de ‘dar as mãos’ está relacionado, mais do que a uma forma de cumprimento, mas a uma ajuda e mesmo assim a
Sabedoria e a convicção permanecem intactas.

“Certo dia eu estava indo para escola e vi um rabino com seu filho. Uma motorista ofereceu sua mão para ajudá-lo a descer, e ele recusou falando que não
poderia dar a mão para ela. Por quê?

Resposta: O judaísmo sustenta que um toque não é um simples toque, um abraço não é um simples abraço, e um beijo não é um simples beijo. Em outras
palavras, o contato físico, por mais inocente que seja, tem o poder de aproximar as pessoas. Como todo poder, ele pode ser usado positiva ou negativamente.
Ele pode ser usado para criar intimidade entre duas pessoas que estão ligadas por um compromisso, como pode também causar uma ilusão de proximidade,
com pessoas que não são nada próximas. É por isso que reservamos este poder especial apenas para nossas “almas gêmeas” ou par entes próximos do sexo
oposto. O toque é uma cola que tem poder de ligar as pessoas. Já que é assim, queremos reservar o tubo inteiro para aquele com quem queremos estar
realmente ligados.

Muitas pessoas, ao ouvir a posição do judaísmo sobre este assunto, dizem que os religiosos são muito maliciosos, afinal, um toque não é nada. Porém, este é
um engano. A religião conhece, mais do que qualquer um de nós, a natureza humana e por isso nos instrui a preservar nossos poderes. Se não sentimos mais
a especialidade de um toque é sinal de que a cola já está gasta e porque foi desperdiçada por aí…”

É, parece tolice, mas percebamos como ‘dar as mãos’ é coisa séria. Percebamos como muitas vezes somos invadidos por beijos no rosto, abraços e apertos
de mãos, quando o mais gostoso, mais importante, mais correto, mais coerente, mais respeitoso, mais inteligente e mais significativo é um olhar sincero ou um
sorriso singelo.

Muito Axé a todos !!!

Axé a todos! Recebi essa oração de uma pessoa muito especial e, assim
como ela, acredito ser muito pertinente nesse momento que vivenciamos
essa importante transição de governo. Aliás, devemos perceber a
importância de cumprir com nossos compromissos e, hoje
especificamente, peço que percebamos nossa responsabilidade civil e
com o futuro de nosso país.

Eu mesma não sou atuante em questões ou discussões políticas, mas não


deixo de cumprir com seriedade e responsabilidade meus deveres civis,
assim como não deixo de orientar sobre a importância desses
cumprimentos.

Sei que muitas pessoas não gostam de política, que generalizam ou se


anulam diante das eleições dizendo que não adianta nada, mas vale a
pena perceber o quanto essa eleição de domingo (dia 31 de outubro) é
importante. Vale a pena observar com atenção a caminhada de cada
candidato e pensar com carinho no futuro de nosso país e de nossa
religião, assim como, pensar com cuidado sobre o que será da educação,
da saúde, da segurança, da sustentabilidade, do meio ambiente, da
moradia,da fome, entre tantas outras preocupações que são inerentes à nossa vida e que estão, querendo ou não, gostando ou não, nas mãos da nova
(o) governante.

Leiam com atenção essa oração e sintam como é expressiva, como deve ser pronunciada, vivenciada e rogada várias vezes…

Aproveitem e reflitam, nossas ações de hoje interferem categoricamente, contundentemente e decisivamente no amanhã, no próximo, na natureza e
consequentemente na vida de todos.
Ser religioso não se limita estar sobre um solo Sagrado ou a um “bater no peito”, precisa se preocupar com o amanhã, com o próximo, com a natureza e com a
vida como um Todo. Precisa se preocupar com aquele que passa fome, com aquele que não tem o mínimo para oferecer aos seus filh os, com aquele que
chora sem esperança no futuro.

Pensem, reflitam e não sejamos egoísta. Votemos bem e para o Bem!!!

Ótimo final de semana a todos e muita inspiração nesse domingo.

ORAÇÃO UNIVERSAL DOS ANJOS DE DEUS

Anjos de Deus graças Vos dou!


Eu Vos ofereço o meu amor, assim como amo a Deus acima de tudo e ao meu próximo como a mim mesmo.
Eu Vos peço: redimi a humanidade. Mostrai a ela os caminhos do amor, do bem e da fraternidade.
Envolvei as crianças com as Vossas bênçãos de amor. Dai a elas a alegria, a paz e a abundância, preparando-lhes o corpo e a alma, para servir à
bondade Divina.
Ofertai aos anciões a paz necessária para que os pensamentos destes se elevem a Deus e os seus corações possam sentir e transbordar amor, em
resposta ao amor e ao amparo recebidos de seus filhos e da sociedade.
Colocai, junto a cada doente, as mãos abençoadas de um Anjo Curador, orientando aqueles que deles tratam e minorando os seus sofrimentos.
Agasalhai os que estão nus.
Transformai a fome do necessitado em conhecimento, para que ele possa obter o próprio sustento, repudiando a esmola e dedicando-se ao
trabalho.
Dai aos governantes a sabedoria, a humildade construtiva, a consciência do servir e a iluminação Divina, da paz e da prosperidade.
Estabelecei a justiça do amor e da sabedoria, orientando todos os seus aplicadores no reconhecimento dos atos justos.
Acabai com a violência e a maldade.
Transformai em flores as armas, em trabalhadores honestos e produtivos, todos que se dedicam à criminalidade.
Conduz aqueles que vigiam para o cumprimento da lei, colocando-os no lugar certo, na hora certa, para evitarem a violência. Orientai-os a fim de
que se recuperem, para a sociedade do amor e do bem, todos os condenados.
Ensinai-me a amar a natureza em sua plenitude: fauna e flora.
Fazei-me defensor dos meus irmãos menores, os animais, evitando o sacrifício dos mesmos.
Fazei crescer em meu coração o amor fraterno por todos os serem viventes, indistintamente.
Amparai-me em meus trabalhos e nos meus momentos de lazer.
Dai-me a saúde física e mental, para que eu possa sustentar e evoluir na orientação Divina de que necessito, para ser o mensageiro das luzes do
amor e da sabedoria.
Enchei os meus ouvidos e o meu coração com as Vossas canções de harmonia, amor e alegria.Orientai-me em minhas orações, em meus rituais
para Vossa invocação e na minha elevação a Deus.
Oferecei-me agora as bênçãos Divinas, de que sois portadores, do amor, da paz, da humildade, da simplicidade, da pureza e da retidão.
Unamo-nos, neste momento, Eu, ser humano, e Vós, Anjos Divinos, Dando Graças a Deus, Nosso Pai, Amém!

Muito se fala sobre o assunto mas poucas pessoas realmente entendem a


importância do Anjo da Guarda, inclusive para nós, umbandistas.
Pensando nisso é que hoje eu gostaria de falar um pouquinho sobre este
Espírito Celestial que nos acompanha. Vamos lá!

“Infelizmente a história sobre anjos é curta. Os gregos, que eram amantes


da precisão, os chamavam DAIMONES (gênio, anjo, ser sobrenatural). Os
egípcios os explicaram amplamente e com detalhes, mas tudo foi perdido,
queimado na época da ascensão do cristianismo primitivo do Ocidente.
Hoje, o pouco que nos resta deriva dos estudos cabalísticos desenvolvidos
pelos judeus, que foram os primeiros a acreditar nesta energia.

A palavra hebraica para anjo é Malakl, que significa “Mensageiro”. As


primeiras descrições sobre anjos apareceram no Antigo Testamento. A
menção mais antiga de um anjo aparece em Ur, cidade do Oriente Médio,
há mais de 4.000 a.C.. Na arte cristã eles apareceram em 312 d.C.,
introduzidos pelo imperador romano Constantino, que sendo pagão,
converteu-se ao cristianismo quando viu uma cruz no céu, antes de uma
batalha importante. Em 325 d.C., no Concílio de Nicéia, a crença nos anjos
foi considerada dogma da Igreja. Em 343 d.C. foi determinado que
reverenciá-los era idolatria e que os anjos hebreus eram demoníacos. Em
787 d.C. no Sétimo Sínodo Ecumênico definiu-se dogma somente em
relação aos arcanjos: Miguel, Uriel, Gabriel e Rafael.

São Thomás de Aquino foi um estudioso do assunto. Ele dizia que os


anjos são seres cujos corpos e essências, são formados de um tecido da
chamada luz astral. Eles se comunicam com os homens através da egrégora, podendo assim assumir formas físicas.

A auréola que circunda a cabeça dos anjos é de origem oriental. Nimbo (do latim nimbus), é o nome dado ao disco ou aura parcial que emana da cabeça das
divindades. No Egito, a aura da cabeça foi atribuída ao deus solar Rá e mais tarde na Grécia ao deus Apolo. Na iconografia cristã, o nimbo ou diadema é um
reflexo da glória celeste e sua origem ou lar, o céu. As asas e halos apareceram no século I. As asas representam a rapidez com que os anjos se locomovem.

No Novo Testamento, anjos apareceram nos momentos marcantes da vida de Jesus: nascimento, pregações, martírio e “ressurreição”. Depois da ascensão,
Jesus foi colocado junto ao Anjo Metatron. Alguns estudos aceitam a possibilidade dos três Reis Magos serem Anjos materializados. Melchior (Rei da Luz),
Baltazar (Rei do Ouro, guardião do tesouro, do incenso e da paz profunda) e Gaspar (o etíope, que entregou a mirra contra a corrupção)

A tradição católica dividiu os anjos em três grandes hierarquias, subdivididas cada uma em três companhias: Serafins, que personificam a caridade divina;
Querubins, que refletem a sabedoria divina; Tronos, que proclamam a grandeza divina.
Dominações, que têm o governo geral do universo; Potências, que protegem as leis do mundo físico e mora; Virtudes, que promovem prodígios.

Principados, responsáveis pelos reinos, estados e países; Arcanjos, responsáveis pela transmissão de mensagens importantes; Anjos, que cuidam da
segurança dos indivíduos.”

Trechos retirado do livro “Anjos Cabalísticos” de Monica Buonfiglio


Na Umbanda o Anjo da Guarda não é considerado um Guia ou Orixá, é um Espírito Celestial, iluminado, de essência pura e de energia poderosíssima.
Pertence à dimensão celestial, dimensão esta de grande pureza e de grande atuação em todas as outras dimensões subsequentes. Portanto, a essência e a
energia dos Anjos atingem a todos independente de religião, doutrina ou crença.

Para os médiuns, os Anjos da Guarda são tão importantes quanto os próprios Orixás e Entidades, pois são eles que os protegem no momento da incorporação
ou desincorporação. Momento esse que acontece em segundos de desacoplamento do corpo astral e que, por um mínimo descuido, podem sofrer um ataque
do baixo astral com a entrada de seres inferiores na corrente mediúnica do médium.

Saiba que quando o Orixá/Entidade está incorporado no médium, o Anjo da Guarda fica ao lado, no entanto, no momento da desincorporação ou incorporação
o Anjo da Guarda se aproxima mais ativamente ajudando a manter o equilíbrio do médium.

Vale salientar que a resistência no momento da desincorporação é altamente prejudicial para o próprio médium que, logicamente , perde essa proteção
celestial.

É comum inclusive, quando o médium ainda fica em um sutil estado de transe após a desincorporação, colocarmos a mão sobre o coração do médium e dizer
“fulano, seu anjo da guarda te chama!”, movimento esse que ajuda o médium no processo de desincorporação tranquilizando-o rapidamente. Além disso, os
Anjos auxiliam no equilíbrio essencial do médium e os mantêm envolvidos por uma energia pura e divina.

Os Anjos de Guarda nos protegem e nos acompanham a cada dia, por isso é aconselhável manter sempre acesa uma vela branca ao lado de um copo d’água
e em local alto para fazer nossas orações.

Você sabia que o Arcanjo Miguel é um dos patronos da Umbanda?

Um dos primeiros e mais eminentes dos espíritos celestiais, considerado o Príncipe dos Anjos. Luta contra espíritos malignos e professa, acima de tudo, a
doutrina de que só o bem e a caridade são a salvação. A Igreja o considera um ARCANJO por representar um “anjo principal”, é comemorado pela Igreja
Católica em 29 de setembro.

Seu nome significa: “Quem é como Deus?” É o chefe dos anjos rebeldes, luta em defesa de Deus. É um espírito guerreiro, arauto de Deus, Príncipe e Chefe
dos exércitos celestiais. É o patrono da Igreja Católica e dos agonizantes, “o guia das almas dos defuntos para o céu”.

Muito Axé a todos e uma ótima semana !!

A Umbanda sempre me leva a grandes reflexões e a um turbilhão de sentimentos. Algumas indagações e sentidos sempre rondam meu s pensamentos, assim
como, acredito, o de muitas outras pessoas.

O que representa a Umbanda na vida das pessoas? Será que a Umbanda representa
Desejos, Necessidades, Trocas ou O querer a qualquer custo? Será que representa
somente incorporar ou ‘meu Guia sabe tudo’? Será que representa a inconsciência
mediúnica caracterizando o médium como uma marionete? Ou, pior, um ser sem
possibilidade, força e equilíbrio mental e espiritual para controlar seus impulsos, vícios e
vaidades, além de não sustentar a ação de uma Força Superior dominando suas ações?

E como será que a Umbanda está sendo praticada? Será que a Umbanda está sendo
praticada somente no dia de gira? Aliás, abençoada a casa que hoje, depois de cem anos,
abre seus trabalhos regularmente e semanalmente ensinando e doutrinando seus médiuns
e consulentes, deixando de lado a preguiça e o estímulo aos milagres.

Será que, ainda hoje, a Lei de Salva é praticada na Umbanda? Será que ainda temos
médiuns e pais-de-santo afirmando que um trabalho espiritual é um ‘ Trabalho’, portanto
deve ser cobrado? Será que a política deve ser estimulada dentro da religião como sendo
imprescindível para sermos respeitados e como a salvação de nossos direitos?

São tantos ‘serás’ que chego à conclusão de que falta muito para nos considerarmos verdadeiramente umbandistas, afinal a Umbanda vem sendo tão mal
trabalhada, praticada e entendida que muito me entristece. Muitos já não sabem ‘o que é’ e ‘o que não é’ Umbanda, ninguém mai s sabe ‘o que está certo’ e ‘o
que está errado’ dentro da liturgia umbandista e da religião, não se tem mais uma ‘Linha’ a seguir, as ‘invenções’ e ‘criações’ não param de surgir e são, muitas
vezes, totalmente desnecessárias, chegando à beira do ridículo.

É inacreditável, mas muitos ainda não sabem que a Umbanda é uma Religião e muito menos conhecem sobre sua doutrina, ritos, rituais e cultura, não sabem
argumentar, explicar, defender a sua própria crença, não sabem diferenciar Umbanda de Candomblé ou Quimbanda e outros ainda a tratam como espiritismo
ou Umbanda Branca como se houvesse Umbanda Preta, Vermelha, Azul…

E o modo de ver é que: ‘se incorporou, então é Umbanda’ ou ainda, ‘para soluções rápidas e milagrosas, vá à Umbanda’, consequentemente ela é tratada
como fenômeno mediúnico apenas, como momento de êxtase ou pronto-socorro.

Estão esquecendo como surgiu a Nossa Religião e para que veio, estão esquecendo as palavras do querido Caboclo das Sete Encru zilhadas dizendo que a
Umbanda seria uma religião sem preconceitos e que a humildade seria o prisma da Umbanda, que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve
existir entre todos os irmãos encarnados e desencarnados.

Estão esquecendo os avisos do Caboclo : “a vil moeda vai prejudicar a Umbanda; médiuns que irão se vender e que serão, mais t arde, expulsos, como Jesus
expulsou os vendilhões do templo. O perigo do médium homem é a consulente mulher; da médium mulher é o consulente homem”.

E complementa: “É preciso haver muita moral para que a Umbanda progrida, seja forte e coesa. Sejam humildes, tenham amor no coração, amor de irmão
para irmão, porque vossas mediunidades ficarão mais puras, servindo aos espíritos superiores que venham a baixar entre vós; é preciso que os aparelhos
estejam sempre limpos, os instrumentos afinados com as virtudes que Jesus pregou aqui na Terra, para que tenhamos boas comunicações e proteção para
aqueles que vêm em busca de socorro nas casas de Umbanda. Fechai os olhos para a casa do vizinho; fechai a boca para não murmurar contra quem quer
que seja; não julgueis para não serdes julgados; acreditai em Deus e a paz entrará em vosso lar”.

Estão esquecendo que a Umbanda como Religião veio sustentada pelo Astral Superior para nos levar a um auto-conhecimento, a uma interiorização e
evolução espiritual, conhecendo nossos desequilíbrios e modificando-os, ou seja, uma religião que exige a tão conhecida, porém tão pouco praticada
REFORMA ÍNTIMA.

A Umbanda é uma religião tão Divina e significativa que é a única religião que necessita do HOMEM e de seu ÍNTIMO como sendo o centro de tudo, ou seja,
se o médium for Bom, sua Umbanda será Boa e Bem praticada, porém se o médium for vaidoso, só pensar em dinheiro, ostentar o p oder e a ignorância, a
Umbanda refletirá esses aspectos e, infelizmente, é isso que vemos hoje dentro da Umbanda. Percebam que a vida particular de um padre, por exemplo, não
reflete em sua religião ou no momento em que está realizando a missa, o mesmo acontece com outras religiões.

Portanto, vale a pena refletir: será que aquele médium que briga durante a semana inteira, reclama, xinga e fala mal de todos e tudo constantemente, bebe, se
droga, ostenta o poder, trapaceia, tem a capacidade ou a afinidade de, no dia da gira, incorporar uma Entidade de padrão vibr acional elevado? Claro que não!
Portanto se quisermos ter uma Boa Umbanda temos que ser Bons médiuns, temos que praticar a religiosidade e a reforma íntima todos os dias da semana.

Percebam como a Umbanda é extremamente Poderosa e Divina! Ela é a única que envolve todas as outras religiões e doutrinas, el a é a única que aceita e
alcança qualquer espírito, ela é a única que proporciona a verdadeira evolução do espírito, é a possibilidade de se resgatar as dívidas do passado, ela é a
única que proporciona o “Fazer de novo Fazendo Diferente” e quando conseguimos isso rasgamos nossas promissórias do passado e o mais divino é que
proporcionamos isso também aos Guias Espirituais, pois quando os intermediamos damos a oportunidade deles também resgatarem seus carmas e
praticarem a sua evolução.

Umbanda é sentir o coração bater forte com o grito do Caboclo.

É deixar as lágrimas rolarem aos pés do Preto-velho.

É perceber o corpo arrepiando ao repique da curimba na chegada de Ogum.

Umbanda é emoção, é vida, é mudança de atitude e de valores.

Umbanda é Paz de espírito, é Liberdade, Superação e Convicção.

Umbanda é Fazer de novo fazendo Diferente.

Umbanda é caridade pura e simples.

Umbanda é coisa séria, para gente séria!

Muito Axé e um final de semana de reflexões a todos!

É muito comum médiuns umbandistas serem batizados sem nenhum tipo de consciência sobre o que significa esse sacramento. Pais e Mães espirituais
simplesmente batizam seus filhos sem ao menos perguntarem se é isso
mesmo queeles desejam, sem ao menos prepararem ou explicarem o que
significa esse ritual, assim como é comum vermos médiuns trabalhando há
anos em seus terreiros com várias confirmações, mas sem terem sido
batizados ou convertidos para a Umbanda, religião que comunga, ama e
pela qual se dedica.

Nessas duas situações percebo a falta de atenção desses Pais e Mães


espirituais que, talvez por falta de conhecimento ou por falta de tempo,
deixam de lado esse importantíssimo e fundamental ritual para qualquer
Ser, independente de religião. Aliás, o Batismo é o mais importante
sacramento para qualquer religião, e isso é tão claro que percebemos com
facilidade o quanto as religiões de forma geral incentivam, divulgam e
trabalham em prol do batismo entre sua comunidade e seus fiéis, algumas
inclusive chegam a exigir tal sacramento.

É fato que existe hoje em dia um movimento de valorização da Umbanda,


mas será que as principais regras estão sendo cumpridas? Será que os
fundamentos básicos e iniciais estão sendo preparados? Será que o
Batismo ou a Conversão Religiosa, sacramentos fundamentais para todo
Ser que dão “vida ao Espírito”, estão sendo realizados nos terreiros com
total consciência, responsabilidade e beleza?

Assunto para se pensar não acham?

Tem um ponto muito bonito em nossa Umbanda que diz “a Umbanda tem fundamento é preciso preparar…”, portanto é preciso trabalhar, estudar, organizar,
estruturar e REALIZAR A UMBANDA. É preciso transmitir a Graça Divina, satisfazer as necessidades, nutrir de fé e de Sagrado cada fase da vida, evitando
assim que os médiuns umbandistas procurem outras religiões para realizarem determinados ritos e sacramentos.

É preciso realizar belíssimos batismos, emocionantes conversões, maravilhosos casamentos, grandiosos rituais de amaci tudo com muito AXÉ,
FUNDAMENTO e AMOR. É fazer com que esses sacramentos se tornem inesquecíveis a qualquer um, seja para os convidados, para o médium, p ara o
Terreiro, para os Pais de Santo e claro, para toda espiritualidade que engrandece, vibra e agradece ao término de cada ritual.

E para que esse assunto não fique só na ‘boa vontade’, coloco um pouco dos fundamentos básicos que envolvem o Ritual de Batismo em nossa Umbanda,
esclarecendo que cada Terreiro acrescentará suas particularidades ao ritual, o que não tem nada de errado, mesmo porque isso acontece de acordo com a
Linha e o Orixá que comanda esse Terreiro.

Batismo
É um rito de passagem, feito principalmente com água sobre o iniciado através da imersão, efusão (derramamento) ou aspersão ( borrifo). Segundo o
Dicionário Aurélio, o termo batismo vem do grego, baptismós, que significa mergulhar, em latim, baptismu. É um sacramento religioso onde através da imersão,
da ablução (lavagem) ou simplesmente da aspersão (borrifo) de água significa um renascer espiritual.

A origem deste sacramento é tão antiga quanto a humanidade. Cada povo, de uma forma ou de outra, sempre teve seu ritual iniciático. Na Igreja Católica, por
exemplo, o Batismo liberta do pecado original e regenera o Ser tornando-o membro de Cristo. Portanto, após o Batismo aquele membro incorpora a Igreja e é
feito participante dela.

O BATISMO NA UMBANDA

É realizado para revestir o espírito e o mental do Ser com uma aura protetora semelhante a proteção divina que o espírito recebe ao reencarnar. É a “entrada”
do espírito na dimensão religiosa da Umbanda, é quando o médium se torna Filho de Olorum e seguidor de Pai Oxalá, passando a fazer parte de seu “exército
branco”.

Ele é o primeiro e o mais importante Sacramento, pois é a porta de entrada para o recebimento das bênçãos divinas e dos demais sacramentos. Pelo batismo,
a pessoa é incorporada à Umbanda, passando a ter os direitos e deveres próprios da religião. É um cerimonial litúrgico poético, santificado e participativo da
vida divina onde preces, toques, cantos e atos litúrgicos específicos compõem a linguagem expressiva e encantadora de nossa religião.

O ritual pode ser praticado dentro do próprio terreiro, como também na cachoeira, local de vibração pura de Mãe Oxum, mãe e protetora de todos os filhos de
Umbanda e Senhora das Águas Doces. Pode-se também, por orientação do Chefe da Casa, ser realizado na praia, consagrando assim, os filhos a Iemanjá.
No entanto é indispensável a água da cachoeira que tem o poder de limpar, purificar e alimentar nosso espírito e quando jogada ou aspergida na coroa, chacra
coronário, faz a purificação desse chacra e ativa-o promovendo uma unificação com as forças espirituais superiores além de fortalecer, equilibrar e alimentar
nossa alma com vibrações puras e harmoniosas.

Há ainda o cruzamento com a pemba, ato sagrado que coloca o Ser sob a ação da Lei de Pemba da Umbanda, lei que sustenta e conduz nosso espírito . Com
esse ato também se cruzam os chacras, vórtices captadores e irradiadores de energia, fechando-os às energias negativas e ligando-os à supremacia
espiritual, ativando-os assim à entrada de energias positivas e benéficas.

A banha de ori que é colocada no centro do chacra coronário, coroa, tem o poder de fazer a ligação com o Astral Superior formando um canal Divino que
auxiliará o médium em qualquer momento, precisando somente, que ele eleve seus pensamentos para ter o auxilio necessário. A banha de ori é também
chamada de limo da costa e é uma substância gordurosa extraída da glândula supra-renal do carneiro, também existe a banha de ori vegetal que é extraída do
fruto de Karité, árvore encontrada somente na África e seus frutos guardam poderes místicos.

A vela batismal que é acessa simboliza a luz, o ‘espírito vivo’, que deve ser entregue ao batizando para que se lembre da luz que o acolheu e que sempre o
acolherá.

Na Umbanda ainda, mais que padrinhos encarnados, contamos com o amparo dos Guias Espirituais e/ou Orixás que se manifestam na hora da consagração
adquirindo a guarda desse médium. Momento mágico e divino que exprime a verdadeira realidade do amor, da bondade e da benevolência, superando
qualquer sentimento.

Um ótimo final de semana a todos e muito Axé !

Sair de um terreiro requer responsabilidade, cuidado, conversa, sabedoria e respeito.

Quem já não viu, sentiu ou presenciou a vida virar de cabeça para baixo
ao sair de um terreiro?

Dá uma sensação de caminhos fechados, de reviravolta, acontecendo


tantas coisas estranhas que o primeiro e mais persistente pensamento é:
“foi só sair do Terreiro que minha vida andou para trás”.
Consequentemente vem o pensamento negativo sobre a Umbanda
relacionando-a a dor, sofrimento e escravidão. Automaticamente o terreiro
que frequentava se torna de baixo nível, os pais da casa se tornam
pessoas do mal, demandadoras e vingativas, e todos os benefícios
recebidos, todos os trabalhos espirituais, toda a ajuda, sustentação e
ações realizadas por meses, anos ou décadas se tornam semimportância
e irrelevantes.

Pois é, eu mesma já vivi essa situação e sei bem o que é esse momento
na vida de um médium, no entanto, acredito que poucos sabem e, com
certeza, pouquíssimos vivenciam o outro lado dessa história. Falo do lado
da mãe ou pai espiritual que, por seus anos de caminhada, por sua
preparação e ‘feitura’ específica, conhece um pouco mais sobre a ação do baixo astral e do Plano Astral Superior – fato este que, supostamente, favorece a
maior habilidade do pai espiritual em ser o intermediário entre as Forças Divinas, assim como na sua maior capacidade no Saber e na sua maior competência
no Agir – enquanto os médiuns, supostamente, ainda vêem somente o seu em volta, esquecendo ou não sabendo ver além, ver outras possibil idades ou
outras situações, o que caracteriza o limitado campo de visão e de compreensão que muitos médiuns possuem quando o assunto é espiritualidade.

Portanto, como hoje estou do lado minoritário e com uma capacidade diferente de percepção, quero falar, de forma simples, um pouco do que acontece
quando um médium sai de um Terreiro. Consciente de que minha visão ainda é muito limitada, de que é impossível falar em regra s quando o assunto é
“espiritualidade x homem” e de que ainda tenho muito que aprender, gostaria apenas – sem nenhuma pretensão de julgar ou caracterizar as atitudes ou as
pessoas – estimular o “pensar do outro lado”. Quem sabe assim teremos médiuns mais tranquilos, mais cuidadosos, responsáveis e falando menos mal da
Umbanda.

E para começar a pensar com clareza no que acontece quando um médium sai de um terreiro precisamos saber como ele saiu e como estava envolvido com
esse templo religioso. Vejam alguns exemplos: temos os médiuns que saem em pé de guerra; os que saem pela impossibilidade de disponibilizarem mais
tempo; os que saem por motivo de doença; os que saem por melhorarem no campo profissional dificultando a permanência no terreiro; os que saem por novos
estudos, que acontecem nos mesmos horários das atividades do terreiro e tem ainda os que simplesmente somem, entre alguns outros motivos.
Aqueles que saem em ‘pé de guerra’ são os que mais sofrem ao sairem do terreiro e o mais comum é pensarem que o Terreiro que frenquentavam e, portanto,
seu ex-pai de santo está demandando contra eles. A associação da ‘vida virar’ com o pai de santo que, (supostamente) está com raiva do médium que saiu por
não aceitar as regras, por não aceitar a forma de conduzir e agir do pai de santo, é quase que unânime. No entanto, esquece-se da Lei da Afinidade, da Lei da
Ação e Reação, do livre-arbítrio e da responsabilidade que o próprio médium tem, sendo mais fácil se colocar, muitas vezes, em posição de vítima
esquecendo-se de suas ações, obrigações, merecimentos e falhas. Nesse momento perdem-se grandes oportunidades como a de fazer o bem seja lá a quem,
do crescimento individual e em grupo que um terreiro proporciona, da simplicidade com que a vida e a Umbanda devem ser vivida s. Esquece-se inclusive do
Baixo Astral e de como ‘ele’ pensa longe, como ‘ele’ vê e se preocupa com o futuro, como ‘ele’ é forte e determinado em suas ações mesmo quando age de
forma sutil, como muitas vezes faz.

Entendo que nesse caso a maior brecha é a falta de confiança entre médium e pai espiritual que acontece, entre tantas coisas, pela falta de comunicação entre
eles. É o pai que não responde, não explica, não pergunta, não fala com seu filho espiritual; é o filho que não fala com seu pai de santo, que procura outros
para compartilhar seus problemas, para lhe explicar o que pode estar acontecendo, para falar sobre suas sensações, sentimentos e necessidades, é a fofoca,
a crítica, o julgamento, o egocentrismo, é a guerra do poder, do comando, do saber, e logo percebe-se índios querendo ser caciques e caciques esquecendo-
se dos índios que compõem sua tribo. Nesses casos, médiuns e pais sofrem, terreiros enfraquecem e as dores aumentam significadamente.

Mesmo porque é comum, nesses casos, a saída acontecer em grupo e os médiuns unidos (talvez pela força do baixo astral) sentem-se fortes, livres,
autodidatas, autossuficientes, até passar as primeiras semanas, depois percebem as dificuldades, a tristeza por se sentirem sozinhos, por não estarem
trabalhando a mediunidade e começam, quase sempre com o mesmo grupo, a fazer reuniões para apenas estudarem. Com o tempo come ça uma
necessidade aqui, outra ali e quando se dão por conta estão incorporando, fazendo descarrego, atendimentos e tudo isso sem ne nhum assentamento, sem
nenhum comando, sem nenhuma obrigação religiosa cumprida e sem nenhuma firmeza de coroa. E salve a mistificação, salve o oba-oba, salve o baixo
astral…

Aqui, do meu lado, fico pensando como alguém que não sabe obedecer, compreender, ajudar e aceitar pode querer mandar, pode querer que o compreendam,
que o ajudem e que o aceitem? Fico pensando quem está demandando contra quem? Será mesmo que é demanda do pai de santo, da Umbanda … ou será o
próprio médium manifestando de forma potencializada o que sempre foi?

Claro que esse tipo de saída, no qual o médium está sob uma ação negativa, não é uma regra, existem também casos em que o próprio pai de santo e,
consequentemente, todo seu trabalho realizado dentro do terreiro está sob ação do baixo astral e não tem nada de religioso, dessa forma a saída do médium
é por falta de afinidade mesmo, caracterizando o bom uso de seu livre arbítrio, e pela sua falta de interesse em conquistas fáceis e milagrosas. Nesses casos
a ação do astral superior é mais forte dentro do íntimo do médium, afinal teve maior capacidade de não cair na emboscada em q ue, vale ressaltar, de alguma
forma, mesmo que por um pequeno período, ele mesmo se meteu e se sentiu atraído.

Quanto àqueles que saem pela impossibilidade de disponibilizarem mais tempo, percebo que vivem grandes conflitos com seus desejos e necessidades e que,
infelizmente, acabam sempre colocando os desejos acima das necessidades, ou seja, é aquele médium que vive em um sofrimento contínuo, e que ele mesmo
produz, pela sua própria incapacidade de realizar aquilo que deseja e que precisa.

Muitas vezes o médium não percebe esse conflito e suas reações, assim como não percebe que perdeu o sentido do valor espiritual e ‘escolhe’ aquilo que
provocará uma realização social, que muitas vezes é tão momentânea que no dia seguinte já se deseja outra coisa, e outra, e outra, e… São pessoas que têm
dificuldade de lidar com o tempo e de identificar e compreender o sentido do “Valor” em suas vidas, pessoas que se perdem no tempo e vagam mundo afora
em contínuo conflito em busca de mais tempo e de novos valores.

Já aqueles que saem por motivo de doença, por melhora no campo profissional dificultando a permanência no terreiro ou por novos estudos que acontecem
nos mesmos horários das atividades do terreiro são aqueles que, na maioria das vezes, estão sendo atacados fortemente e sutilmente pelo baixo astral.

Sei que relacionar sucesso profissional ou oportunidade de estudo com baixo astral parece ilógico, no entanto vale a pena pen sar com calma no que esse
“sucesso” pode proporcionar e, nesse caso, é fato que o que será proporcionado é o afastamento do médium, portanto: “ponto para o baixo astral”.

Para se ter mais clareza do que estou falando aconselho a leitura do livro “Aconteceu na Casa Espírita” – pelo espírito Nora através do médium Emanuel
Cristiano, editora Allan Kardec – que mostra claramente como esse ataque, entre tantos outros, acontece em um Centro, aliás, no meu entender, ler esse livro
é fundamental para qualquer um que queira trabalhar como intermediário do Plano Astral consciente de obrigações e responsabilidades.

Transcrevo abaixo um diálogo entre dois seres de baixa vibração retirado do livro em questão para que se observe como o baixo astral é capaz de
proporcionar oportunidades, como influencia sutilmente os médiuns, como espera e incentiva as brechas e como sabe o que quer e onde quer chegar.

“- Gonçalves!

- Pois não, senhor!

- Qual o resumo do nosso trabalho? Como estão as tarefas dos outros camaradas?

- Vejamos as anotações, respondeu o secretário. Já atingimos: – a responsável pelo atendimento fraterno, comprometendo as tarefas nesta área; – um grupo
de fluidoterapia, causando desconfiança e concorrência; – este agrupamento de socorro espiritual, que está em andamento, cujo objetivo é provocar
escândalos e consequentemente a fofoca destruidora.

Outros camaradas sob as suas ordens já realizaram: – o afastamento de um entrevistador, coordenado por Márcia Boaventura, das tarefas das noites de
segunda, terça e quarta-feira. Seguindo suas orientações, o envolvemos a fim de que julgasse fosse preciso melhorar a vida material. Fizemos com que se
inscrevesse em seu terceiro curso universitário. O mundo ganhará mais um inútil acadêmico e perderá valoroso cooperador do bem.

- cinco expositores, dos mais variados cursos de Espiritismo espalhados pela Casa, tiveram promoção no emprego, sob nossa influência, tendo
obrigatoriamente de abandonar as tarefas a fim de cumprirem os compromissos materiais.

- três dirigentes de grupos mediúnicos pediram licença, atendendo a caprichos familiares, fazendo longa viagem, também sob nossa atuação.

- os eruditos espíritas não foram esquecidos; com a vaidade sobre excitada, estamos sugerindo que reformulem todos os trabalhos na Casa, toda a área
doutrinária. Isso sim é que vai gerar uma grande fofoca. Desejamos fazer com que entrem em confronto com a organizada diretoria de doutrina.

- estamos, ainda, fazendo com que modismos de toda ordem apareçam por aqui, trazidos pelas pessoas eufóricas;
- trezentos processos de obsessão simples foram implantados, junto àqueles que nos oferecem brechas, a pretexto de atrapalhar diversos trabalhos espíritas.
Estes, num mecanismo em cadeia, exatamente como o senhor planejou, haverão de triplicar as irritações, abrindo nossos caminhos.

- verificamos as obras assistenciais e notamos estarem passando por várias dificuldades financeiras. Envolvemos alguns responsáveis, que entraram em
nossa esfera de ação por conta do pessimismo, nervosismo exagerado, falta de fé, por terem esquecido do ideal espírita e pren derem-se simplesmente à
questão de organização, agindo com frieza, distantes do amor. Com isso, podemos desestimulá-los intensamente e, agora, estão prestes a abandonar as
funções.

- nas promoções beneficentes, igualmente tivemos boa infiltração, pois que os cooperadores, verificando estarem fora das reuniões mediúnicas, da seriedade
dos estudos, entregaram-se às piadas, às brincadeiras, à maledicência, à competição, à inveja e ao ciúme. Isso tem afastado vários trabalhadores
matriculados nestas obras.

- no pequeno coral, inspiramos-lhes músicas mais agitadas, fazendo com que se oponham à direção da Casa em querer divulgar o Espiritismo pela canção.
Sugerimos-lhes outros ritmos a fim de atordoar-lhes e confundir-lhes o pensamento. O regente, praticamente um dos nossos, tendo levado “sua” ideia à
direção doutrinária e esta, obviamente, solicitando a retomada do trabalho com músicas que elevem a criatura humana, conduzindo mensagens de
transformação moral, tal como é o objetivo do Espiritismo, fez com que o condutor das vozes espíritas se irritasse, quase desistindo das tarefas.

- ainda temos o grupo de teatro que certamente nos atenderá às mesmas solicitações, melindrando-se certamente quando a pureza doutrinária lhes solicitar
evitar, no Centro, a propagação de obras não espíritas.

- temos procurado, diante dos agrupamentos de estudos, estimular os contestadores natos, fazendo com que estejam especialmente alterados, conseguindo,
com isso, atrapalhar vários participantes.

E muitas outras reuniões estão recebendo a visita de nossa falange.

Falta, ainda, atingirmos definitivamente o presidente e o diretor doutrinário da Instituição.

Seguindo suas ordens, continuou Gonçalves, colocamos cerca de dez espíritos adversários com cada um, esperando que ofereçam brechas de atuação, mas
eles desfrutam de proteção espiritual admirável, por conta do esforço que empenham na conduta reta e pelo trabalho sério que executam.

Contudo, senhor, nosso labor permanece difícil! Pois não faltam aqueles que são verdadeiras rochas morais, os que têm atraído impressionante proteção
espiritual pelas atitudes cristãs. Esse processo tem exigido muito dos nossos cooperadores, já tivemos de renovar nossas turmas por cinco vezes. Nossos
trabalhadores sentem-se fracos ao entrarem em contato com certos ambientes amorosos, que obrigatoriamente têm de visitar, com objetivo de atormentar e
desviar os encarnados da bondade. E sobre estes, nossa influência tem sido praticamente nula.

Não sei se nossa equipe conseguirá ir até o fim. Acredito estejamos andando devagar demais.

- Nada disso, meu caro, acrescentou o mandante, os pontos principais estão sendo atingidos, aguarde e verá o excelente resultado. Quanto aos responsáveis
pela Instituição, haveremos de visitá-los pessoalmente em breve. Primeiro, vamos atormentá-los e preocupá-los, desestruturando as tarefas, depois, quando
se tiverem irritados com o mau desempenho dos departamentos, os escândalos, as fofocas, os pegaremos em cheio.”

Tem ainda os que simplesmente somem e esses, na maioria das vezes, são aqueles que sofrem por suas próprias fraquezas, por su as sensações de solidão,
pela falta de coragem e por se sentirem perdidos no tempo, na vida e nas suas próprias necessidades, são sempre levados com o vento, com o tempo e com a
esperança de novas oportunidades.

Fabuloso, impressionante e assustador não é mesmo?

E vale a pena ainda entender que quando estamos trabalhando em um terreiro de Umbanda estamos lutando contra a ação do baixo astral, contra os seres
das trevas, contra seres que além de pertencerem às nossas afinidades naturais, aos nossos carmas e aos nossos merecimentos, têm a intenção de destruir
centros religiosos com o único propósito de não aumentar o sentido do “Bem”. São seres poderosíssimos com ações fulminantes e, na maioria das vezes,
proporcionam o afastamento dos médiuns e o enfraquecimento da corrente com um simples estalar de dedos.

Importante ainda esclarecer que enquanto o médium pertence à corrente mediúnica do terreiro ele está sob a guarda do Guia Che fe do terreiro, sob proteção
da força da esquerda assentada na tronqueira, sob firmeza dos Orixás e fortalecido pela própria corrente mediúnica que, quando bem firmada, torna-se uma
verdadeira cúpula, resistente aos ataques do baixo astral.

No entanto, quando o médium sai do terreiro essas proteções se dissipam e ele agora tem que caminhar com suas próprias pernas. Dessa forma, aqueles
espíritos inferiores que antes eram combatidos pelo médium em questão vêem-no agora sem proteção e agem de forma brutal e avassaladora na sua vida
mediúnica, profissional e emocional, causando a famosa ‘virada de vida’.

Entendam que o médium perde aquela proteção, mas não a ação do baixo astral que agora não tem mais nada que o impeça. Portanto, sair de um terreiro
requer responsabilidade, cuidado, conversa, sabedoria e respeito. É preciso saber sair em harmonia, pedindo a benção, a proteção, ensinamento sobre
firmezas e sendo muito grato por todas as oportunidades, exercendo a humildade –
qualidade imprescindível a qualquer médium umbandista.

Acredito que assim o médium sai em uma vibração melhor, permanecendo ainda com a
proteção do Terreiro, da Umbanda e com todo amparo do astral superior. Portanto, não é
uma ação que depende do pai de santo, como muitos pensam. Percebam e saibam que
muitas vezes o pai de santo está de joelhos pedindo proteção a esse filho que agora está a
caminhar sozinho enquanto o médium está ‘deduzindo demandas’.

Tenham certeza, o Astral Superior respeita o livre-arbítrio e nos dá sempre maravilhosas


oportunidades de evolução. E só cabe a nós vivenciá-las com gratidão e amor no coração.

Muito Axé a todos!!

Sempre falamos da importância dos banhos de ervas e das defumações, sempre falamos da
importância do contanto com a natureza, no entanto poucas vezes falamos ou pensamos em
levá-las para dentro de nossas casas onde agem de forma expressiva filtrando as energias,
potencializando as boas vibrações, encantando o ambiente, envolvendo as pessoas e adoçando nossas emoções.

É isso mesmo, manter uma vaso de erva, flor ou qualquer outra planta dentro de casa ou ao redor de nós só nos beneficia e nos envolve com uma energia viva
impar. Portanto, seguem algumas dicas de Máximo Ghirello, fitoterapeuta e consultor de Feng Shui da Escola da Bússola, para que nos inspiremos neste
contato com as plantas.

Vale a pena ressaltar dois pontos: primeiro, se as plantas, flores ou ervas estão colocadas em vasos com água deve-se trocar essa água pelo menos ‘dia sim –
dia não’, afinal a água pode ficar concentrada de energias saturadas e, como a água é naturalmente condutora, pode conduzir essa energia saturada para todo
o ambiente. Segundo ponto é a importância do vaso de barro, já que, como terra, ele transmuta qualquer energia, sendo assim s empre o mais indicado,
principalmente quando o vaso fica dentro de casa ou para plantas consideradas de limpeza.

• Espiritualidade – erva-doce, camomila, melissa e coentro devem ser cultivados nessa área, que favorece o autoconhecimento e as descobertas
espirituais. Associado à direção nordeste, é regido pelo elemento terra, que atua sobre estômago, baço e pâncreas, que em desequilíbrio podem causar
preocupação excessiva e ideias fixas.

• Família e Saúde – dente-de-leão, boldo, carqueja a e artemísia entram na área da família, que trata da união familiar e da saúde dos moradores.
A direção é leste e o elemento madeira, relacionado ao fígado, que tem forte influência nos estados emocionais. Quando em des equilíbrio, provoca mau
humor, irritação e raiva constantes.

• Trabalho – cavalinha, salsa, babosa e capuchinha fortalecem a área que diz respeito ao bom fluxo da rotina e da carreira. A direção norte é
associada ao elemento água e aos órgãos que controlam os líquidos no organismo, isto é, rins e bexiga. Em desequilíbrio, podem afetar as emoções,
causando medo e indecisão

• Prosperidade – para ativar a abundância material e espiritual, cultive várias espécies de manjericão na direção sudeste. Essa planta simboli za a
fartura, pois cresce rápida e ereta. O elemento madeira rege essa área e o fígado, do qual dependem nossa disposição e nosso bom humor.

• Sucesso – sálvia, passiflora, hamamélis e malva são as ervas relacionadas a essa área e à direção sul. Essas plantas equilibram verborragia,
excesso de pensamentos e depressão, comportamentos relacionados ao elemento fogo. A área do Sucesso, que diz respeito a todas as nossas realizações,
está ligada ao coração e ao intestino delgado, e essas ervas ajudam a manter a circulação e a digestão bem equilibradas.

• Relacionamentos – capim-limão, louro, erva-doce e alfazema são as ervas mais adequadas à direção sudoeste e à área que trata das relações
afetivas. Os órgãos correspondentes são estômago e pâncreas, associados ao elemento terra e ao excesso de preocupações. Evite deixar nessa direção
plantas com espinhos, pontas ou com acúmulo de folhas secas.

• Criatividade – alecrim, manjericão cravo, guaco, hortelã e menta correspondem à direção oeste. O elemento metal, que está ligado a essa área
da fertilidade física e mental, é associado ao pulmão e ao intestino grosso. As ervas indicadas atuam contra tristeza, gripes e problemas respiratórios, além de
aliviar cólicas e má digestão. Também abrem caminhos para as mudanças.

• Amigos – Orégano, manjerona, tomilho e segurelha, são as ervas medicinais da direção noroeste, que ativam o bom relacionamento com amigos,
auxiliares e também viagens. Regida pelo elemento metal, essa área atua nos problemas do pulmão e alivia a mágoa e a depressão. A segurelha é indicada
para bronquite e problemas respiratórios. Tomilho para gripes, tosses e resfriados e orégano para má digestão e falta de apetite.
E aproveitando o tema vejam algumas plantas indicadas pela NASA para purificar o ar. Em pesquisas algumas plantas se mostraram capazes de retirar do ar,
além do CO2, outras substâncias prejudiciais à saúde, como o benzeno, o tricloroetileno e o formaldeído. Essas plantas são:

• Filodendro (philodendron scandens)


Descrição: Uma das plantas de sala mais comuns e também a melhor para filtrar as toxinas dos espaços fechados. Conhecida como hera de sala, o filodendro
com folha em forma de coração tolera diversas condições.

Cuidados: Mantenha-o num vaso com terra normal ligeiramente úmida. Deve ser colocado em zona iluminada, protegida da luz direta do Sol, com
temperaturas quentes e umidade reduzida.

• Pau-d’água (dracaena fragrans)


Descrição: Também conhecida como planta do milho, esta planta da família das Agavaceae cresce lentamente e é caracterizada por faixas amarelas no centro
das folhas. Ao longo do ano, pode dar frutos e flores discretos.

Cuidados: Mantenha-a em temperaturas moderadas a quentes e afastada da luz solar direta. A dracaena fragrans deve ser plantada em terra normal e regada
muitas vezes para que esteja sempre molhada ou úmida.

• Hera (hedera helix)


Descrição: Também conhecida como hera das Canárias, tem folhas escuras e enervadas. Embora sem flor, as videiras trepadeiras da hedera helix podem
ajustar-se para formar topiarias ou caírem em cascata por cima de potes. Muito eficaz na filtragem do ar de espaços fechados, mas também muito susceptível
a pesticidas. Sobrevive melhor ao ar livre.

Cuidados: a hedera helix necessita de ar fresco e da brilhante luz solar. Também deve ser mantida em temperaturas frescas para moderadas, em terra úmida,
no vaso ou no jardim.

• Paulistinha (chlorophytum comosum)


Descrição: Natural da África do Sul, os clorofitos propagam-se com muita facilidade e são provavelmente melhor conhecidas pelas plantas pequenas que caem
da planta maior.

Cuidados: Os clorofitos estão bem em casa ou ao ar livre desde que sejam mantidos num ambiente fresco e com acesso a luz solar direta. Cresce melhor em
terra normal que se possa manter úmida.

• Lírio-da-paz (spathiphyllum maunaloa)


Descrição: o lírio de paz é distinguido pela sua flor branca, de forma oval, que rodeia um cacho branco. As folhas verdes escuras podem ter mais de 30 cm de
comprimento, e a altura total situa-se entre os 30 cm e 1,2 metros.

Cuidados: Os lírios da Paz crescem melhor sob luz indireta e entre temperaturas moderadas a quentes. Terra úmida, mas não em demasia. Permitir que a
água em excesso seja drenada do solo umedecido.
• Fícus-benjamim (ficus benjamina)
Descrição: Árvore muito popular que liberta o ar de espaços fechados de toxinas naturais. Embora possa chegar aos 15 metros de largura e 30 de altura, é
adequada para o interior de casa e dura muitos anos.

Cuidados: Deve ser mantida úmida, mas não em demasia. Cresce melhor em terra normal e em pleno sol.

• Palmeira-bambu (chamaedorea seifrizii)


Cultivada como planta isolada, formando maciços ou renques, de preferência a meia-sombra, em canteiro enriquecidos com matéria orgânica, mantidos
umedecidos. Apropriada para cultivo em vasos, principalmente na fase juvenil. Sensível ao frio.

• Espada-de-são-jorge (sansevieria trifasciata)


Herbácea de resistência extrema, excelente para jardins de baixa manutenção. No entanto seu crescimento é um pouco lento. Suas folhas são muito
ornamentais e podem se apresentar de coloração verde acinzentada e variegadas, com margens de coloração branco-amareladas, todas com estriações de
uma tonalidade mais escura. As flores brancas não têm importância ornamental. É uma planta de utilização bastante tradicional e a cultura popular recomenda
como excelente protetor espiritual.

Agora é só pôr a mão na terra e aproveitar!!

Muito Axé a todos

Muito se fala sobre São Cipriano mas poucos conhecem a história e a representação deste personagem
tão controversoe tão misterioso. Muitos procuram os conhecimentos mágicos de São Cipriano mas poucos
conhecem sua mais poderosa magia. Muitos pedem a São Cipriano mas poucos entendem seu real poder
transformador. Portanto, hoje quero falar um pouco sobre a figura de São Cipriano e sua importante
representação para a nossa Umbanda. Vamos lá:

Tascius Caecilius Cyprianus, nasceu na cidade de Antioquia, na Turquia. Foi nesta cidade que, quando o
Cristianismo era apenas uma pequena seita religiosa, Paulo pregou o seu primeiro sermão numa
Sinagoga, e foi também ali que os seguidores de Jesus foram chamados de Cristãos pela primeira vez.

Antioquia era a terceira maior cidade do império romano, conhecida pela sua depravação. Nesta metrópole
conhecida por “Antioquia, a bela”, ou a “rainha do Oriente”, tal era a beleza da arte romana e do luxo
oriental que se fundiam num cenário deslumbrante, a população era maioritariamente romano-helênica, e o
culto dos deuses era a religião oficial. Alguns dos cultos religiosos estavam associados a deusas do amor
e da fertilidade, pelo que a lascívia, perversão e a libertinagem eram famosas nesta cidade.

Foi neste ambiente religioso e cultural que Cipriano nasceu em 250 d.e.c., filho de Edeso e Cledónia.
Nutria uma verdadeira vocação e gosto pelos estudos místicos e religiosos, sendo admitido num dos
templos sagrados da cidade para realizar os seus estudos sacerdotais e místicos. Entrou assim em contato
com as ciências ocultas, e aprofundou afincadamente os seus estudos de feitiçaria, rituais sacrificiais e
invocações de espíritos, astrologia, adivinhação etc, dedicando a sua vida ao estudo das ciências ocultas.
Ficou conhecido pelo epíteto de “O Feiticeiro”, alcançando grande fama sendo reconhecido como um
poderoso feiticeiro, capaz de grandes prodígios.

Por volta dos seus 30 anos Cipriano encontra-se na Babilônia, onde encontra a bruxa Évora. Estudando com ela, Cipriano desenvolve as suas capacidades
premonitórias e outras matérias sobre as artes da bruxaria segundo as tradições místicas dos Caldeus. Após o falecimento da Bruxa Évora Cipriano herda os
seus manuscritos esotéricos, dos quais extrai muito da sua sabedoria oculta.

Ao fim de algum tempo, Cipriano já domina as artes das ciências de magia negra contatando demônios. Diz-se que se tornou amigo intimo de Lúcifer e
Satanás, para os quais conseguia angariar a perdição de muitas belas e jovens mulheres, o que muito agradava aos diabos, que em troca lhe concediam
grandes poderes sobrenaturais.

Com esse poder infernal, Cipriano construiu uma carreira de bruxo com grande fama, produzindo grandes feitos, o que lhe valeu uma imprescindível
reputação de grande feiticeiro. Muitas pessoas de todos os quadrantes geográficos procuravam os seus serviços místicos e os seus ganhos financeiros eram
assinaláveis.

Cipriano foi autor de diversas obras e tratados místicos e era já um feiticeiro respeitado, reputado e temido quando foi contatado por um rapaz de nome
Aglaide. O rapaz estava ardentemente apaixonado por uma belíssima donzela cristã de nome Justine. Sendo rico Aglaide rapidame nte encontrou o
consentimento dos pais de Justine quanto a um casamento com ela, contudo a donzela professava uma forte fé cristã e desejava manter a sua pureza
oferecendo a sua virgindade a Deus. Por esse motivo Justine recusou-se a casar. Desgostoso, mas com forte determinação em possuir Justine, Aglaide
encomendou os serviços espirituais de Cipriano.

Cipriano usou de toda a extensão da sua bruxaria para fazer Justine cair nas tentações carnais, que a levariam a oferecer-se para Aglaide e renunciar à sua fé
Cristã.

Cipriano fez uso de diversos trabalhos malignos, contudo nenhum deles surtiu qualquer efeito. Para espanto de Cipriano todo o batalhão de feitiços que usava
era repelido pela jovem rapariga apenas através do sinal da cruz e das suas orações. Acostumado a fazer belas moças cair na tentação da carne e assim levá-
las a entrar pelos caminhos da luxúria, Cipriano não conseguia entender o que estava acontecendo. Ele encontrou muitas dificuldades e noite após noite
visitava a jovem Justine com a sua infernal quantidade de feitiços. Nada resultou.

Cipriano desiludiu-se profundamente com as suas artes místicas que até então tinham funcionado tão forte e infalivelmente, para agora serem derr otadas por
uma mera donzela com fé no Deus de Cristo. Aconselhado por Eusébio, um amigo seu, e observando o poder da fé de Justine, Cipriano converteu-se ao
Cristianismo. Assim fazendo-o, o feiticeiro destruiu todas as suas obras esotéricas e tratados de magia negra, assim como ofereceu e distribuiu todos os seus
bens materiais e riquezas aos pobres.
Depois de se converter, Cipriano ainda foi fortemente atormentado pelos espíritos de bruxas que o perseguiam, mas teve fé e assim afastou de si tais
aparições que apenas pretendiam reconduzi-lo aos caminhos da feitiçaria. A fama de Cipriano era contudo grande e as noticias da sua conversão ao
cristianismo chegaram à corte do Imperador Diocleciano que tinha fixado residencia na Nicomédia.

Cipriano e Justine foram perseguidos, aprisionados e levados ao imperador, diante do qual foram forçados a negar a sua fé. Justine foi despida e chicoteada,
ao passo que Cipriano foi martirizado com um açoite de dentes de ferro. Mesmo com a carne arrancada do corpo a cada flagelaçã o do chicote com dentes de
ferro, Cipriano não negou a sua fé e Justine manteve-se sofredoramente fiel a Deus.

Perante a recusa de Cipriano e Justine em renunciar à sua fé, o imperador os condenou à morte sendo decapitados em 26 de Sete mbro de 304 d.e.c.,
juntamente com um outro mártir de nome Teotiso. Aceitaram a sua execução com grande fé e serenidade, tendo falecido com coragem e dignidade. Os seus
corpos nem sequer foram sepultados, e ficaram expostos por 6 dias. Foi um grupo de cristãos que, comovidos pela barbaridade, recolheu-os.

Mais tarde, o imperador cristão Constantino (272 – 337 d.e.c. ) ordenou que os restos mortais de Cipriano fossem sepultados na Basílica de São João Latrão,
localizada em Roma, que é a catedral do Bispo de Roma, ou seja: o papa. Foi na “Omnium Urbis et Orbis Ecclesiarum Mater et Caput” (mãe e cabeça de
todas as igrejas do mundo) que São Cipriano, o santo e mártir, encontrou o seu eterno repouso.

Todo percurso de São Cipriano é um verdadeiro hino à vida no esplendor da sua existência: do diabo a Deus, dos demônios aos a njos, da feitiçaria à fé crista,
da magia negra à magia branca, em tudo São Cipriano mergulhou, estudou e viveu. Do pecado à virtude, da luxúria à santidade, da riqueza à pobreza, do
poder à martirização, se alguém é digno de um percurso de existência completo, rico e enriquecedor, eis que este santo assim o representa.

Controverso e polêmico, São Cipriano é a própria noção de evolução espiritual através da profunda vivência das mais diversas realidades espirituais (do mais
profano excesso, à mais sacrificada ascese) encontra corpo na vida e obra deste feiticeiro e mártir.

Fonte de pesquisa www.magianegra.com.pt


E VOCÊ SABIA que a Linha das Almas ou Linhas dos Pretos-Velhos também é conhecida como Linha de Yorimá ou Linha de São Cipriano e que dentro
dessa linha de trabalho encontram-se pretos-velhos com o nome simbólico de Pai Cipriano?

Veja só, a Vibração de Yorimá é a Potência da Palavra da Lei, Ordem Iluminada da Lei, Palavra Reinante da Lei. Esta Linha ou vibração é composta pelos
primeiros espíritos que foram ordenados a combater o mal em todas as suas manifestações, são verdadeiros magos que usam da roupagem fluídica de Pretos
Velhos, ensinando as verdadeiras “mirongas” sem deturpações. São os Mestres da Magia e experientes devido às seculares encarnações.

Esta Linha, que ora se diz como linha dos Pretos-velhos, ora como dos Africanos, de São Cipriano, das Almas, tem como Chefes principais Pai Guiné, Pai
Tomé, Pai Arruda, Pai Congo de Aruanda, Mãe Maria Conga, Pai Benedito e Pai Joaquim. São entidades muito evoluídas que há vários milênios encarnaram e
desencarnaram adquirindo, assim, muita experiência no dia a dia da humanidade. Eles são a DOUTRINA, a FILOSOFIA, Mestrado da Magia, em fundamentos
e ensinamentos.

Os Preto-Velhos da Umbanda representam a força, a resignação, a sabedoria, o amor e a caridade. São um ponto de referência para todos aqueles que
necessitam pois curam, ensinam, educam pessoas e espíritos sem luz. Eles representam a humildade, não têm raiva ou ódio pelas humilhações, atrocidades e
torturas a que foram submetidos no passado. Com seus cachimbos, fala pausada, tranquilidade nos gestos, eles escutam e ajudam aqueles que necessitam,
independentes de sua cor, idade, sexo e religião.

Não se pode dizer que em sua totalidade esses espíritos são diretamente os mesmos pretos-velhos da escravidão. Pois, no processo cíclico da reencarnação
passaram por muitas vidas anteriores onde foram negros escravos, filósofos, médicos, ricos, pobres, iluminados e outros. Mas, para ajudar aqueles que
necessitam, escolheram ou foram escolhidos para voltar à Terra em forma incorporada de preto-velho.

Por isso, se você for falar com um preto-velho, tenha humildade e saiba escutar, não queira milagres ou que ele resolva seus problemas, como em um passe
de mágica, entenda que qualquer solução tem o princípio dentro de você mesmo, tenha fé, acredite em você, tenha amor, Amor a Deus e a Você mesmo.

Tenha certeza, assim como a transformação que ocorreu na vida de São Cipriano, os Pretos Velhos transformam a nossa vida se houver Amor.

É incrível o poder que o Amor, e consequentemente nossos queridos Pretos Velhos, tem de transformar as pessoas.

É absolutamente incrível a transformação que os Pretos Velhos são capazes de fazer na vida, no íntimo e no envolta das pessoas.

É absurdamente incrível como o amor, simples e puro, é capaz de transformar.

Triste daquele que ainda não sabe amar. Triste daquele que ainda não conhece esse poder. Triste daquele que ainda não foi tocado pelo Amor de um Preto
Velho!

“Cada um colherá aquilo que plantou. Se tu plantaste vento colherás tempestade, mas se tu entenderes que com luta o sofrimento pode tornar-se alegria
vereis que deveis tomar consciência do que foste teu passado aprendendo com teus erros e visando o crescimento e a felicidade do futuro. Não sejais egoísta,
aquilo que te fores ensinado passai aos outros e aquilo que recebeste de graça, de graça tu darás. Porque só no amor, na caridade e na fé é que tu podeis
encontrar o teu caminho interior, a luz e DEUS”

Pai Cipriano através do médium Etiene Sales 09/97

E para inspirar a todos no grandioso poder que tem o Amor, gostaria de compartilhar com
vocês este lindo vídeo. Assistam, vivam e tragam esse sentido para a vida de vocês.

Muito Axé e um final de semana transformador a todos !

A cabaça é um fruto vegetal com larga utilização no Candomblé. É o fruto da cabaceira


(Cucurbita lagenaria L.) e basicamente tem uma forma arredondada e um pescoço curto
ou longo, podendo tomar outras formas, dando–lheassim condições de ter diversas
utilizações. Depois de extraída, torna-se seca e sólida. Por dentro possui algumas
sementes. Quando cortada, deve-se retirar a polpa, deixando-a secar, para ser usada
como utensílio. Inteira, é denominada cabaça; cortada é cuia ou coité, e as maiores são
denominadas cumbucas.
Nos ritos de Candomblé, sua utilização é ampla, tomando nomes diferentes de acordo com o seu uso, ou pela forma como é cortada. A cabaça inteira é
denominada Àkèrègbè e a cortada em forma de cuia toma o nome de Ìgbá. Cortada em forma de prato é o Ígbáje, ou seja, o recipiente para a comida. Cortada
acima do meio, forma uma vasilha com tampa, tomando o nome de Ígbáse, ou cuia do Àse, e é utilizada para colocar os símbol os do poder após a obrigação
de sete anos de uma Ìyáwó, como a tesoura, navalha, búzios, contas, folhas, etc que permitirão à pessoa ter o seu próprio Candomblé.

Cabaças minúsculas são colocadas no Sàsàrà de Omulu, como depósito dos seus remédios. No Ógó de Èsù, uma representação do falo masculino, as
cabaças representam os testículos. Usa-se uma das partes da cabaça cortada ao meio, e colocada na cabeça das pessoas a serem iniciadas e que não
podem ser raspadas por serem Àbìkú, para nela serem feitas as obrigações necessárias.

Com o corte ao cumprido, torna-se uma vasilha com um cabo, chamada de cuia do Ípàdé, e serve para colher o material de oferecimento ou para colher as
águas do banho de folhas maceradas. Inteira e revestida de uma rede de malha será o Agbè, instrumento musical usado pelos Ogans durante os toques e
cânticos.

Uma cabaça com o pescoço comprido em forma de chocalho é agitada com as suas sementes, fazendo assim o som do Séré, forma red uzida de Sèkèrè,
instrumento por excelência de Sàngó. A cabaça inteira e em tamanho grande substitui, nos ritos de Àsèsè, a cabeça de uma pessoa que morreu e que por
alguns fatores não é possível realizar as obrigações necessárias de tirar o Òsu.

Trechos retirados do livro “As águas de Oxalá” de José Beniste


A Umbanda também se utiliza da cabaça que além de absorver parte dos significados e utilizações do Candomblé é usada como elemento energético, mágico
e natural pelos Pretos Velhos, Caboclos e Exus em especial. Também faz parte dos elementos utilizados nos assentamentos de Yansã-Oyá, Obaluayê,
Omulu, Caboclo e Exu.

A cabaça representa o ‘pote que guarda todos os mistérios da cura, da vida e da morte’, é um elemento vegetal poderosíssimo e de grande valor simbólico.

Substituindo os copos por cabaças, o vinho e a água servido aos Pretos Velhos, Caboclos e Exus terão um valor energético a mais. Nas oferendas a
substituição também é muito bem aceita e importante, afinal é natural, tem valor energético, tem simbologia e é biodegradável.

Tomar banho com as sementes da cabaça é excelente para descarregar o campo mediúnico, favorecendo o equilíbrio mediúnico e a harmonização
emocional.

Cortada horizontalmente pode ser utilizada nos Rituais de Amaci, evitando qualquer outro elemento impróprio para a ocasião.

Mais do que isso é oferecer algumas cabaças para os Pretos Velhos, Caboclos ou Exus e perceberemos quantas mirongas, quantas magias, são feitas com a
cabaça.

Muito Axé a todos e uma excelente semana !

Axééé… quero aproveitar o dia de hoje, 10 de fevereiro, e falar um pouquinho de uma


mulher que não somente fez história, mas também modificou a história de vida de
muitas pessoas do Candomblé e por que não dizer, de nós umbandistas. Afinal, sabemos
que a Umbanda é uma religião tipicamente brasileira, mas que recebe influências de
várias outras religiões, principalmente do Candomblé que, por sua vez, tem influência
direta do povo africano.
E é sob tantas influências, histórias e vidas que encontramos uma personagem que,
caso ainda estivesse nesse plano, estaria completando hoje 117 anos. Falo de Maria
Escolástica da Conceição Nazareth, a querida MÃE MENININHA DO GANTOIS, que
liderou seu terreiro por 64 anos até seu desencarne aos 92 anos.
Mãe Menininha do Gantois dedicou totalmente sua vida ao candomblé, nasceu
“abençoada” para manter acesa a crença de seus antepassados que vieram da África,
levou o nome do Candomblé e de seu terreiro – Ilê Iya Omin Axé Iya Massé, que em
ioruba significa “Casa da Mãe das Águas” e que ficou conhecido como Gantois – à
terras improváveis, à cabeças incrédulas, à fama, ao tombamento do terreiro, mas nem
por isso revelou qualquer fundamento de sua religião, nem por isso lamentou ou se
locupletou através da fé alheia ou de sua própria crença.
Foi iniciada aos oito meses e iniciou sua primeira filha aos dois anos de idade raspando
a cabeça de uma mulher de mais de 30 anos. Com cinco ou oito anos participava
ativamente dos rituais de iniciação, muitas vezes até altas horas da noite. E
afirmava: “Minha avó, minha tia e os chefes da casa diziam que eu tinha que servir. Eu
não podia dizer não, mas tinha um medo horroroso da missão. Era uma consciência
absoluta do que me esperava: passar a vida inteira ouvindo relatos de aflições, doenças
e lástimas e ter que ficar calada, guardar tudo para mim, procurar a meditação dos
encantados para acabar com o sofrimento. Tudo exige abnegação.”
Waldemir Rego, estudioso da cultura afro-baiana, frequentador do Gantois, afirmou
que: “Menininha era dona do maior acervo de conhecimento litúrgicos do ritual afro
do país” e destacou “ela tornou-se um verdadeiro patrimônio pela devoção aos seus
deveres de sacerdotisa, tendo conseguido manter a sua casa de candomblé dentro da
maior pureza possível, sem se deixar tragar pela sociedade de consumo”.
Ela foi tão ilustre que as palavras canzuá e ganzuá, que muitas vezes são mencionadas
pelos queridos guias espirituais de nossa Umbanda, é uma corruptela de Gantois.
Seu prestígio não se restringiu somente ao sagrado, influenciou importantes intelectuais
e pesquisadores, aliás alguns deles se encantaram tanto com a religião e com o carinho
de Mãe Menininha que assumiram algumas responsabilidades religiosas como foi o
caso de Nina Rodrigues (médico legista, psiquiatra, professor e antropólogo), de
Manuel Querino (intelectual, fundador do Liceu de Artes e Ofícios da Bahia e da Escola
de Belas Artes, escritor), de Estácio de Lima (médico legista), de Arthur Ramos
(médico e antropólogo), de Nestor Duarte (professor da Faculdade de Direito), de
Hozannah Oliveira (professor da Faculdade de Medicina da Bahia) e muitos outros que
tornaram-se ogãs do Gantois.
Muitos políticos e artistas também não resistiram a todo esse encanto e, antes de
qualquer atitude mais expressiva em suas carreiras, iam pedir a benção e os conselhos
dessa sábia Mãe.
Jorge Amado afirmava: “Na Bahia existe uma mulher que não possuindo nada, não
sendo rica, não tendo nenhum posto, não mandando na política, não sendo cardeal, não
sendo revestida de nenhum desses falsos poderes, detém um poder real que provém do
povo, provém dela ser uma expressão, provavelmente, hoje, a maior do povo baiano”.
Marlene França, atriz e filha da casa desde 1973, por diversas ocasiões testemunhou a
acolhida de Mãe Menininha aos mais necessitados quando mandava: “prepare um
banho, bote uma esteira para ele dormir, dê-lhe um prato de comida…”. Marlene
garante: “vi pessoas com sérios problemas de drogas ou álcool chegar ao Gantois
trazidas pela família e depois de um tempo no terreiro se reequilibrarem, vi muitas
coisas boas acontecer nas mãos de minha mãe.”
Maria Bethânia foi levada à mãe Menininha pelas mãos de Vinicius de Moraes e
apaixonou-se imediatamente: “ela me recebeu com aquela lindeza. Quando Vinicius
entrou, mandou buscar uma cadeira para ele sentar. E, para mim, apontou o chão e me
mandou sentar ali. Que maravilhosa! Não me lembro nada mais suave do que ela, só
mesmo a expressão de Nossa Senhora”, afirma.
Caetano Veloso definiu-a como “a figura mais importante da religião ioruba no Brasil e,
em razão disso, uma das figuras mais importantes na formação da cultura brasileira. Um
dos maiores ensinamentos dela foi a superação do medo”.
Dorival Caymmi, que por amor a ela fez a música “Oração de Mãe Menininha”, foi
somente mais um entre tantos e tantos outros que se beneficiaram desse presente de
Olorum a nós que foi Mãe Menininha.
Um exemplo de mulher, de atitude, de determinação, de amor aos Orixás e
principalmente submissão à missão.
Foi uma mulher simples que abraçou de tal maneira a sua fé que acreditava com fervor
no poder nascido de seu pacto com os deuses da natureza, da bondade e da justiça. Ela
se alimentava dos Orixás, ela vivia os Orixás, ela falava, cantava e dançava com
orgulho aos Orixás.
Seu universo era próprio e sua função, obrigação e missão eram claras como as águas de
Oxum.
E afirmava:
“Esta obrigação é árdua, não é coisa que se pegue com uma mão só.”
“Quando meu tio pôs sua mão sobre a minha e colocou o axé, a emoção que senti
jamais poderei descrever. Chorei todas as lágrimas do meu corpo.”
“É a minha missão. Eu não posso explicar. E o senhor não iria entender.”
“Eu sou muito conformada, é difícil eu me zangar, principalmente com os Orixás.
Com eles e com Deus não me aborreço. Tudo que a gente passa é porque tem que
passar.”
“Antigamente, nós tínhamos mais fé nos Orixás, mais respeito também. Hoje,
mesmo nas pessoas que vêm aqui, eu não descubro aquela fé viva de antes. Para
mim, essa gente vem com mais curiosidade do que fé.”
” As separações são muitas, tantas que nem a Justiça toma conhecimento.”
“E sabe por que as pessoas têm problemas hoje? É falta de fé em Deus. E o castigo
está aqui na terra. Quem não tem fé só pode ser castigado.”
Mãe Menininha do Gantois

Que essas poucas palavras sirvam de INSPIRAÇÃO para fazermos uma Umbanda
Melhor.
Que essa bela canção interpretada por Maria Bethânia, Caetano Veloso e Dona Canô, e
toda sua expressão, seus gestos, movimentos e olhares nos ENCANTEM de tal forma
que faça nosso olhar se modificar.
E que atitudes como a de Mãe Menininha nos sirvam de EXEMPLO ‘De Vida’, ‘De
Verdade’ e ‘De Obra por Amor e Fé’.
Saravá a todos e muito Axé no coração.
Oração da Mãe Menininha

(Dorival Caymmi)

Ai! minha mãe


Minha ‘’mãe menininha’’
Ai! minha ‘’mãe
Menininha’’ do Gantois
A estrela mais linda, hein?
- Tá no Gantois
A beleza do mundo, hein?
- Tá no Gantois
E a mão doçura, hein?
- Tá no Gantois
O consolo da gente, ai?
- Tá no Gantois
A Oxum mais bonita, hein
- Tá no gantoi
Olorum quem mandou essa filha de Oxum
Tomar conta da gente e de tudo cuidar
Olorum quem mandou eô ora iê iê ô
A Umbanda é uma religião tão Simples e ao mesmo tempo tão Realizadora que chega a ser um privilégio fazer parte dessa realidade espiritual. Aliás, dentro
de sua inerente simplicidade encontramos a complexidade da reforma íntima, da evolução espiritual e da ação da espiritualidad e em nossas vidas.
Encontramos a importância do Saber, do raciocínio lógico e do amor devocional e incondicional.

A Umbanda instrui, cura, alimenta, responde, purifica, alivia, facilita, concede, ameniza, soluciona, proporciona, inspira, retira, tira, dá, encanta, realiza,
encaminha, paralisa, auxilia… Enfim, a Umbanda é UMBANDA, complexa e simples, poderosa e divina, realizadora e transformadora, e que precisamos
conhecê-la em sua essência e grandeza.

Uma das coisas que mais me chama atenção e me impressiona na Umbanda é sua capacidade de Curar.

Sabemos que, tanto na Umbanda como no kardecismo, existem Trabalhos Espirituais de Cura, que na maioria das vezes, acontecem com a imposição de
mãos projetando uma energia cósmica concentrada extremamente potente ou pela ação de espíritos especialistas em cura que realizam cirurgias espirituais
com ou sem cortes. Sabemos também, que normalmente esses trabalhos acontecem em Giras ou Reuniões pré-determinadas com toda uma estrutura
energética – espiritual pré-estabelecida e com uma corrente mediúnica específica.

No entanto, quebrar essa concepção de cura já conhecida por nós e até já estabelecida a nós e pensar em CURA com várias possi bilidades, como
restabelecimento, tratamento, solução, regeneração, como um processo e como uma sequência de ações diárias e consequentemente uma Cura de ‘dentro
para fora’, de ‘baixo para cima’, de forma ‘simples’ mas ao mesmo tempo ‘complexa’ e que necessita do conhecimento, da ação direta e do total domínio do
médium, é coisa que só a Umbanda com médiuns altamente capacitados consegue Realizar.

É pensar numa Cura que acontece e vai “Além”.

É ser um médium, independente de qualquer cargo, posição, função ou dom, capaz de Curar pela sua “simples” capacidade de Dar atrelado à
complexidade do Saber.

Aos médiuns interessados em adquirir essa bela capacidade de “Curar Além” saibam que não é tão difícil assim, vocês terão que estar, em primeiro lugar,
predisposto a fazer o Bem sem olhar a quem.

Depois deverão extinguir qualquer preconceito moral e espiritual, eliminar qualquer tipo de julgamento e estarem em boas condições emocionais, energéticas,
físicas e espirituais.

Deverão compreender e ter o mínimo de capacidade mediúnica, saber acoplar e desacoplar sem criar cordões, saber como acontece uma incorporação, como
acontece a absorção do ectoplasma (Prana) e permitir a importante e fundamental “Passagem”.

Deverão entender a realidade espiritual umbandista e alguns de seus elementos energéticos naturais como símbolos, toalha branca, vela, fogo, água, pemba,
entre outros. Deverão conhecer os Orixás como Força Realizadora e algumas de suas firmezas para sustentá-los neste trabalho tão grandioso e ainda
reconhecer como age e atua o Baixo Astral em nossas vidas.

Percebam que trabalho magnífico, sério, complexo, mas que não deixa de ser extremamente simples.

É um trabalho de Cura que chega a emocionar pela extensão de sua ação e pelas dezenas de encaminhamentos que são realizados em questões de minutos.

Quem já participou desse tipo de trabalho ou os terreiros que realizam esse tipo de Cura sabem a benção e o privilégio que possuem. Sabem que faz o corpo
arrepiar, que faz as lágrimas escorrerem e que faz o espírito e toda a espiritualidade superior agradecer.

Sei também que parece trabalhoso, mas não é!

“Apenas” necessita de muito estudo, de disciplina, de bom senso, de amor, de discernimento, de FÉ, CRENÇA e REZA! Ou seja, necessita “simplesmente”
daquilo que a Umbanda já necessita, não é mesmo?

Portanto, não é surpresa! Não é novidade!

Portanto, é Divino e vale a pena!

Vamos estudar, pessoal, vamos buscar mais conhecimentos, vamos ir Além, vamos fazer uma Umbanda Realizadora e vamos fazer o Bem sem olhar a quem.

Tenho certeza que atitudes como essas proporcionam grandes mudanças em nossas vidas aqui, agora, DEPOIS e ALÉM.

Um dos temas do estudo: “Cura, Encaminhamento e Descarrego na Umbanda”


ministrado por Mãe Mônica Caraccio, no Centro de Umbanda Carismática
*abaixo trechos retirados da apostila desse estudo
Aproveite você também:

…….

Axé pessoal, hoje gostaria de falar um pouco sobre as pedras. É fato que são importantes, no entanto, talvez muitos ainda não saibam ‘o quanto’.

Vejam só, pedras e rochas são elementos desta Terra/ Planeta antes de
qualquer outra forma de vida. “Pedra” é um termo genérico do reino
mineral, é uma matéria mineral, dura e sólida, da natureza das rochas.
São formadas por magma e gases no interior da terra, por cristalização de
soluções aquosas ou por reação entre vários minerais.

As pedras atuam em vários níveis, agem por meio de vibração ativando e


regulando os chacras, consequentemente, amenizam váriosproblemas do
corpo físico e ainda amenizam o emocional, fortalece o mental e
equilibram o campo energético.

Saibam que desde tempos remotos as pedras têm sido utilizadas para o
equilíbrio do homem e atualmente, mais do que essa utilização são
usadas em rituais e celebrações pelo seu grande poder energético, natural e divino.

Pedra é um sinal, um marco. É o símbolo dos poderes eternos e divinos. Representa a terra, a solidez e tudo o que é concreto.

Não usá-las seria realmente uma grande perda, pois acredito que queremos sempre solidez e segurança em tudo que fazemos. Acredito que queremos que
tudo seja ou torne-se algo concreto. Acredito também que não há nenhum elemento mineral tão firme e forte como uma pedra, portanto, tê-las sempre
próximas de nós de forma correta e coerente é, com certeza, sempre uma boa opção.

Afinal, as PEDRAS são energias que trabalham por si. São autênticas fontes de luz, emanadoras de energias curadoras e de energias naturais elementais que
podem ser captadas e projetadas em nós ou em nosso ambiente. São fontes inesgotáveis de energias, só precisam ser direcionadas, programadas, ativadas e
usadas com sabedoria.

Aproveitem essas dicas sobre as pedras e os ambientes, mas não se limitem no simples ou no básico, abram vossas mentes e vossos espíritos para o
conhecimento e para a evolução.

Não deixem de estudar, de querer saber, de fazer e acontecer. Saiam do automático e vejam suas vidas mudarem na mesma intensidade de suas ações.

• QUARTO DE CASAL – Um quartzo rosa para cada um, colocados em cada um dos lados da cama, formam uma ligação energética amorosa.

• QUARTO DE DORMIR – A sodalita, uma belíssima pedra azul escura com listras brancas, é uma das pedras mais indicadas para se ter nos
quartos. Além de ajudar a combater a insônia, quando colocada por alguns minutos no terceiro olho antes de dormir, estimula t oda a atividade consciente
durante o sono, trazendo maior facilidade para a lembrança dos sonhos, assim como “insights” e respostas. O quartzo rosa e a água marinha, também são
ótimas para os quartos, já que produzem um efeito calmante e relaxante, e são as mais aconselhadas para ficarem na mesa de cabeceira das crianças.

• ESCRITÓRIO OU QUARTO DE ESTUDO – As pedras amarelas, principalmente o citrino e o topázio imperial, aceleram o aprendizado,
melhoram a memória e estimulam o raciocínio. Por isso, são ótimas companheiras para longos períodos de estudo, na elaboração de trabalhos complexos ou
reuniões extenuantes. Devem ser deixadas sempre na mesa de trabalho ou na escrivaninha das crianças. Quando sentir que a ener gia estiver acabando,
basta pegar seu citrino ou topázio imperial, colocá-los no alto da cabeça, inspirar e expirar três vezes profundamente. Você se sentirá renovado.

• MESA DE TRABALHO - As piritas, aquelas belíssimas pedras feitas de cubos dourados, são ótimas para ficarem em mesas de trabalhos ou
locais onde são realizados negócios. Ligadas à abundância e à prosperidade, ela nos auxilia na realização dos objetivos e na concretização de ideias e
projetos.

• SALA OU LOCAL DE MEDITAÇÃO - Duas pedras não devem faltar no seu local de meditação ou altar: Um quartzo branco gerador (uma ponta
de cristal branco), que funciona purificando e renovando a energia, abrindo os canais sutis e amplificando as experiências místicas, e a ametista, que é uma
pedra muito ligada à espiritualidade, devido a sua cor violeta, ligada à transmutação e regeneração. Ela aprofunda nossos mergulhos nas experiências
místicas aumentando nossa intuição.

• COZINHA – A cozinha é considerada um dos locais da casa onde é muito importante haver harmonia e equilíbrio já que a pureza de nossos
alimentos dependem do estado emocional daqueles que o manipulam. O ideal é termos várias peças de quartzo branco e rutilado, aquele cristal que parece
ter fios de cabelos dourados dentro dele. Para o local onde são feitas as refeições, o ideal são ascalcitas laranjas, pedras estimulantes e energizantes, que
atuam na absorção da energia vital presente em tudo que ingerimos, dos alimentos que comemos ao ar que respiramos.

• BANHEIROS - Sim, no banheiro também usamos cristais! Considerado o local da casa por onde as energias mais densas são eliminadas, é
comum haver ali energias intrusas ou pesadas e asturmalinas negras são ótimas transformadoras. Suas estrias funcionam como condutoras energéticas, não
deixando que nada fique estagnado. Também são ótimas pedras para termos atrás das portas de entrada, por serem outros locais onde é comum haverem
estagnações energéticas.

• CONSULTÓRIO MÉDICO – O quartzo verde e a ametista são uma ótima combinação para ambientes que lidam com energias de cura. A
ametista regenera e traz a tona tudo que está acumulado e o quartzo verde atua na cura e no equilíbrio emocional.

• SALA DE ESTAR E AMBIENTES DE TRABALHO – Drusas de quartzo branco, também chamados de aglomerados. Esses cristais são
indicados quando várias pessoas precisam compartilhar o mesmo ambiente. Devemos colocá-lo no local da casa que é comum a todos os moradores, ou no
local de trabalho, onde várias pessoas transitam. Os aglomerados são várias pontas de cristal que compartilham a mesma base, mostrando que pode haver
uma convivência harmônica entre diferentes seres.
Material retirado da apostila “O Poder das Ervas, Pedras e Águas”
estudo ministrado por Mãe Mônica Caraccio – Umbanda Carismática
Axé pessoal! Falar sobre mediunidade é tão envolvente, é tão bom, que
vale a pena continuarmos falando, pensando, refletindo, afirmando nossa
missão, nossa função e nossa obrigação, assim como, incentivando tantos
médiuns que ainda não ultrapassaram as barreiras do visível.

Barreira essa que limita a visão sobre o “Além”, que condena a um


materialismo cruel, cheio de ilusões, perdas, dores, consumismo e
traições, que mais dia ou menos dia tira tudo, perde-se tudo,
principalmente a liberdade de pensar, decidir, querer e viver. Com certeza
é uma barreira que aprisiona e que, infelizmente, está cada vez mais alta,
dificultando cada vez mais o vôo de liberdade da Alma e do encontro do
Espírito.

Engraçado pensar que tantas pessoas estão ‘matando’ e ‘morrendo’ pelas


conquistas materiais e se esquecem ou não percebem, que nada,
absolutamente NADA de material vai ser levado para o “outro lado”.

Para o lado do invisível só levamos nosso espírito e nossa alma, que


também são invisíveis e, portanto, dificilmente percebidos, sentidos e
ouvidos.

É, acho que não é engraçado não, é ASSUSTADOR, é TRISTE, é DOLORIDO demais.

Acredito que Sabedoria está relacionada com a capacidade de lidar com as possibilidades, com a capacidade de enxergar com lógica e enxergar Além.
Observando o trabalho dos bombeiros no resgate de vítimas dos deslizamentos de terra no estado do Rio de Janeiro, percebe-se o que é agir com Sabedoria.

Vejam só, talvez nós, envolvidos pela emoção e na tentativa de resgatar coisas e pessoas entraríamos em qualquer buraco impetuosamente, sem nos
preocuparmos com o entorno e com as possibilidades, já um bombeiro olhará Além e prestará atenção nas possibilidades, prestará atenção na possibilidade
de cair mais terra sobre a vítima, na possibilidade de fazer novas vítimas, observará se há segurança na corda que está sendo puxada, no chão que pisa e o
que compromete seu pisar. Inclusive, prestará atenção no que poderá acontecer ao tirar um pedaço de barranco do lugar, pensar á na possibilidade de um
novo soterramento e na força que precisará ter.

Afinal, não poderá desistir no meio do caminho!

Afinal, muitas pessoas dependem dele!

Afinal, precisa agir de uma forma tão plena que todo o risco valerá à pena!

Afinal, sentirá uma Paz de Espírito tão grande pela certeza da missão cumprida, que não haverá dinheiro no mundo que compre esse sentimento!

Quem é bombeiro sabe o que estou falando. Quem é médium atuante, firme, corajoso, convicto, decidido, verdadeiro, bem prepara do e determinado, sabe o
que estou falando pois ele também salva vidas, ele também sabe que se desistir comprometerá todos em seu entorno, tanto encarnados como desencarnados.
Ele sabe que Ser plenamente médium é Ser Plenamente Feliz em Espírito, ou seja, no sentido invisível.

E é somente esse sentido e sentimento que vamos levar para “outro lado”.

É tudo tão SIMPLES, tudo tão CLARO, tudo tão ÓBVIO que, tanto a pessoa mais racional, quanto a mais emocional , será Sábia se pensar ou sentir com
lógica.

Aliás, sempre digo aos mais racionais, durões e desconfiados: Seja racional, desconfie o quanto quiser, mas seja e desconfie com lógica. Aos mais
emocionais, emotivos e sensíveis também sempre peço: Seja emocional, chore o quanto quiser, mas seja e chore com lógica! Nada levaremos para o outro
lado, somente nosso espírito e nossa alma. E isso é fato, isso é lógica!

E como sabemos que a Lógica está intimamente ligada com a Verdade, que é a grande expressão e reflexo de Sabedoria, que é um dos fatores essenciais de
Oxóssi e que nos é ensinado pelos Queridos Caboclos de nossa Umbanda, que tal aproveitarmos a festa de Oxóssi que está chegando, junto com o início dos
trabalhos assistências de muitos Terreiros para afirmar e reafirmar nossa posição, nossa capacidade de percepção e nossa capacidade de pensar com lógica
e verdade?

Tenho certeza que veremos, sentiremos e perceberemos muitos Caboclos chorando de emoção, zelando por seu médium e agradecendo pela postura de seu
‘filho querido’.

Tudo isso para afirmar que Ser um médium atuante, firme, corajoso, convicto, decidido, verdadeiro, bem preparado e determinado é muito mais inteligente,
valoroso e sábio do que viver em função da vida material, como já foi dito por Dalai Lama “Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o
dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem-se do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem
no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido”.

Tudo isso para dizer que na morte ninguém é chefe, empresário, rico ou dono. Na morte ninguém leva as conquistas materiais. Já nos alertou o querido
Caboclo das Sete Encruzilhadas quando oficializou a religião Umbanda em 15 de novembro de 1908:“Deus, em sua infinita bondade, estabeleceu na morte, o
grande nivelador universal. Rico ou pobre, poderoso ou humilde, todos se tornam iguais na morte (…)”

Tudo isso para alertar que não tem dinheiro no mundo que compre a alegria de participar de uma gira onde centenas de espírito s são salvos, tratados e
orientados, assim como sentir a emoção, o choro ou ouvir o agradecer de um Espírito tão iluminado como são os Caboclos filhos de Oxóssi.

“Só existe uma Fé,


uma Verdade,
um Amor e
uma única Força que sustenta a todos”
Caboclo das Sete Encruzilhadas
Muitas pessoas nessa época do ano estão pensando ou decidindo sua caminhada espiritual, pensando em desenvolver a mediunidade e em participar dos
trabalhos espirituais de um Centro, ou seja, Vestir o Branco.

Esta fase é muito importante para qualquer um, normalmente fica-se


morrendo de medo, preocupado com a responsabilidade, refletindo se vai
dar conta, pensando o que e no que isso compromete, pensando no
futuro, na ideia de que é um caminho sem volta, como muitas vezes
ouvimos, e ao mesmo tempo cheio de ansiedade para fazer algo
diferente, algo de bom, algo que faça a sua vida e a vida das pessoas
mudarem…

Conclusão, é um turbilhão de pensamentos e sentimentos, um turbilhão


de perguntas que quando não se obtêm respostas claras e lógicas
paralisam qualquer ação e qualquer boa intenção.

Pensando nisso gostaria de aproveitar esse espaço para tentar facilitar


essa fase tão fundamental e importante para qualquer médium.

Vejam só, todos aqueles que sentem a ação do Alto ou do Embaixo, seja
em forma de bênçãos ou de carga negativa, é Médium. Ser médium
significa que se está no meio, que intermedia dois planos, que entende,
percebe, recebe e sente a ação do céu e do inferno (como diriam os
católicos). Portanto todos que se comunicam com Deus, anjos, santos, orixás, mentores… São Médiuns.
Claro que uns têm esse dom muito mais aflorado e outros menos, alguns inclusive tem missão, outros tem obrigação e outros ainda tem função, aí não adianta
fugir, não adianta fingir, não dá para dizer que não existe e que não quer.

Nesses casos a necessidade é tão grande que quanto mais o médium recusar mais dor, sofrimento e perdas ele sentirá e terá.

Afinal de contas foi ele que combinou com sua família espiritual!

Entendam, não é um castigo do Astral! Mas sim uma reação da própria ação do médium.

Os Guias Espirituais nesses casos tentam ajudar no que podem.

Falam, alertam, orientam, inspiram, no entanto, não surte efeito, não são ouvidos ou entendidos, a recusa é acentuada pois o campo de visão desses médiuns
normalmente está totalmente focado nas necessidades materiais como trabalho, relação amorosa, saúde e em uma infinidade de ou tras situações e desejos
que induzem à perda do real sentido da vida e o real sentido de estar aqui nesse plano. Infelizmente percebemos uma triste ação que inevitavelmente
proporciona uma lamentável reação.

É fato, quanto mais recusar a vida em espírito, mas difícil ficará a vida na matéria! É a incontestável Lei da Ação e Reação agindo.

É fato, ninguém faz conosco o que não queremos ou o que não merecemos!

O pedido, o desejo, o acordo de ser médium foi e é NOSSO. Saibam que grandes acordos foram feitos no astral com os Guias Espi rituais quando nos
encontrávamos desencarnados, assim como grandes promessas são feitas diariamente aos Guias Espirituais pelos próprios médiuns aqui, enquanto
encarnados e enquanto necessitam. No entanto, após tudo resolvido e com novas oportunidades as ideias mudam e as promessas são quebradas facilmente.

Saliento e afirmo com toda minha convicção que os Guias Espirituais respeitam o Livre Arbítrio e que não nos forçam a nada, nós é que muita s vezes somos
volúveis demais e esquecemos muito rápido os compromissos, os chamados e as bênçãos recebidas. Quantas pessoas foram curadas pela espiritualidade e
negam o compromisso da mediunidade, quantas pessoas tiveram suas vidas modificadas pela ação de um Exu e em pouco tempo viram as costas e ainda
denigrem a imagem Exu na primeira oportunidade, quantas pessoas prometem, juram, afirmam o compromisso mediúnico em frente aos Guias e quando
conseguem o que querem dizem que agora não é a hora, que agora não tem tempo, que não podem perder a oportunidade que receber am. Quantas pessoas
prometem, prometem e prometem com tanta facilidade quanto esquecem.

Enfim, mediunidade é um Dom e não uma privação, castigo ou escolha, desenvolver a mediunidade só faz o bem, seja para o próprio médium, seja para o
próximo. Aliás, tem uma frase muito inspiradora a todos aqueles que juram uma fé incondicional, mas não agem o Sentido da Fé: A FÉ, SE NÃO TIVER
OBRAS, É MORTA EM SI MESMA. Tiago 2:17.

Desenvolver a mediunidade, Vestir o Branco, é entrar em equilíbrio com o próprio espírito, com a própria alma. É sair da agonia, da dor e do sofrimento e viver
em Paz de Espírito. Não adianta, quem tem missão, função e obrigação tem que quebrar os tabus, os medos e fazer aquilo que TEM QUE FAZER.

Desenvolver a mediunidade, Vestir o Branco, só faz bem, só melhora e apura nossos sentidos, só engrandece nossa vida e favorece nosso estado de espírito.

Medo??? O medo quando não dominado só paralisa, endurece e estagna um movimento, consequentemente um crescimento. Medo? Medo de espíritos Bons,
de energia pura, de fazer o bem? Não, não podemos deixar boas e importantes oportunidades passar. Não podemos alimentar esse tipo de sentimento tão
denso e paralisante.

Preocupado com a responsabilidade? Se vai dar conta? Ora, olhe à sua volta, será que você já não deu conta de coisa muito pio r, de coisa muito mais difícil
que isso? Entenda, desenvolver a mediunidade cria em nós uma energia altamente positiva e Divina, portanto, não tem como não dar conta.

Pensando o que e no que isso compromete? Então saiba que isso só compromete Amor, Dedicação e Convicção. E tenho certeza que isso não é tão difícil
assim.

Acha que esse é um caminho sem volta? Pois então compreenda que esse Não é um caminho sem volta, é um caminho de tanta Paz, d e tanta Luz e de tanta
Alegria que é VOCÊ que não vai mais querer sair desse caminho.

Sei que algumas pessoas passam por apuros no início desse desenvolver, mas nada que não seja de merecimento, que não seja para crescimento e para
aperfeiçoamento. Sei que algumas pessoas já tiveram grandes desilusões, mas o que é isso perto da grandeza de sentir um Orixá em nosso corpo, sentir a
doçura de um Preto-velho, a clareza de um Caboclo, a pureza e alegria de um Erê e a sabedoria de um Exu.

Enfim, sei que esse assunto é longo, mas termino esse texto afirmando com toda minha convicção, fé e amor que não existe nada melhor, nada mais
satisfatório e nada mais grandioso que ser um instrumento de Espíritos tão elevados, tão benevolentes e sábios.

Portanto, a cada nova oportunidade reafirmo a importância e o privilégio que é


SER MÉDIUM.

“Eu me sinto feliz de ser obstinadamente médium…


Eu gosto de ser médium, gosto dessa palavra…
Quero morrer médium…
É tudo o que eu sempre quis ser…”
Chico Xavier
Axé a todos! Estamos de volta com toda energia e, como não poderia
deixar de ser, com muita alegria.

Muito bom descansar um pouco, melhor ainda é estar aqui pertinho de


todos vocês e fazendo aquilo que mais me encanta e mais me alimenta:
SER UMBANDA!
Agradeço a todos o carinho e as mensagens de fim de ano e, mais uma vez, desejo um ano de grandes realizações.

Aliás, durante esses 15 dias li dois livros fabulosos: ‘Mãe Menininha do Gantois – uma biografia’ de Cida Nóbrega e Regina Echeverria e ‘Qual é a tua obra?
Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética’ de Mario Sergio Cortella. Essas obras são verdadeiras fontes de inspiração nos quesitos Fé, Postura,
Atitude e Essência, portanto, nem preciso dizer o quanto os recomendo, não é mesmo? Mesmo porque, acredito que se quere mos vivenciar grandes
Realizações temos que ter Fé, Postura, Atitude e conhecer nossa Essência.

A FÉ está diretamente ligada ao sentido de acreditar, de confiar, ao sentido de entrega e de esperança.

A POSTURA está intimamente relacionada ao sentido da Verdade de nosso eu, seja interna ou externamente. Está na convicção, na honra, na alegria, na
Grandeza, no brio. Está refletida em nossas expressões, mostrando quem somos e no que cremos.

A ATITUDE é o agir, o movimento, a ação, a certeza de que estamos vivos, que realizamos e que determinamos o que, como e quando iremos colher,
afinal, só colhe quem planta, só se colhe o que se planta.

E a ESSÊNCIA, que é o nosso sentido ”Ser”, é o fator de maior valor em nossas vidas como espíritos. A Essência é tudo aquilo que encontramos quando nos
despimos dos valores materiais e emocionais para vivermos o que realmente somos. Maria Escolástica da Conceição Nazareth, conhecida como Mãe
Menininha do Gantois e Mãe de mais de dois mil filhos-de-santo, nos dá belos exemplos do que é Essência, ela cantava a Oxum numa alegria contagiante
todas as vezes que, devido à forte chuva, tinha seu Gantois inundado pelas águas. Ela atendia todos que a procuravam sem distinção, sem pressa e sem
impor ou estabelecer condições, mesmo no meio da noite, mesmo sem se alimentar ou mesmo envolvida pela dor e dizia: “Tenho que atender. Quem bate de
madrugada é porque está precisando”. Tinha um fascinante dom de ‘multiplicar os pães’, pois alimentava todos que a procuravam, inclusive ajudava
financeiramente dividindo e partilhando com todos o pouco que tinha. Acolhia todo mundo dentro do terreiro,até mesmo aqueles que ela não conhecia sempre
encontravam comida e respeito no Gantois. Era honesta no sentido mais amplo da palavra, no sentido mais amplo que eu possa traduzir, afirma Zeno Eduardo
René Millet, publicitário e neto de Mãe Menininha. Era festeira de alma, não perdia uma chance de celebrar, de elevar o espírito, de inspirar a alegria e
proporcionar um bálsamo às aflições cotidianas de sua comunidade. Inspirou, emocionou e deu a sua benção a vários artistas e estudiosos, aconselhou vários
políticos, deu exemplo de respeito a vários jornalistas e surpreendeu vários médicos sem nunca perder sua Essência e afirmava: “Eu sou muito conformada, é
difícil eu me zangar, principalmente com os orixás. Com eles e com Deus não me aborreço. Tudo que a gente passa é porque tem que passar.”

Já Mario Sergio Cortella fala da Essência por outro olhar e afirma em seu livro que é fundamental chegar ao essencial e que é importante fazer a distinção
entre essencial e fundamental. Cortella explica que fundamental é tudo aquilo que ajuda chegar ao essencial, já o essencial é tudo aquilo que não podemos
deixar de ter, por exemplo: felicidade, amorosidade, lealdade, amizade, sexualidade, religiosidade.

Portanto, nesse início de ano não vamos perder nossas Essências, vamos bancar nossa Fé com Postura e Atitude, vamos viver e vivenciar mais plenamente
nossa religião.

Acredito que assim vivenciaremos um ano repleto de grandes Realizações.

Aliás, hoje é sexta-feira, que tal aproveitarmos para defumar, cantar, vibrar, rezar, reafirmar nossa Fé e vivenciar nossa Essência?

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