Sei sulla pagina 1di 32

DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A.

CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 2 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

Sumário

1 Objetivo

2 Serviços Topográficos

3 Escavação

4 Cambotas

5 Treliças Metálicas Espaciais

6 Tirantes

7 Concreto Projetado

8 Formas

9 Concreto

10 Armação

11 Drenagem Superficial

12 Injeções

13 Enfilagem

1 OBJETIVO

Esta Especificação tem por objetivo estabelecer as condições e requisitos técnicos mínimos de execução
dos serviços quanto à aplicação e qualidade dos materiais e equipamentos e controles tecnológicos
referentes à construção de túneis. Deverá ser entendido como túnel a obra civil que se inicia com o
esquema construtivo de emboque. Assim, os serviços de terraplenagem, drenagem, obras-de-arte
correntes e obras de contenção pertinentes aos emboques, obedecerão às suas respectivas
especificações.

Os controles de qualidade de materiais e serviços serão especificados em cada um dos itens


correspondentes. Outros ensaios e testes não especificados poderão ser solicitados pela DERSA, a seu
exclusivo critério.

Para efeito desta Especificação, entende-se por revestimento de 1ª fase aquele formado pela casca inicial
de concreto projetado associado aos elementos auxiliares constituídos pelas cambotas, tirantes e
chumbadores.

O plano de trabalho de túneis que a Construtora deverá apresentar à DERSA, e que será atualizado a
cada solicitação desta, conterá os seguintes itens, no mínimo:

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 3 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

- Métodos construtivos adequados aos esquemas construtivos preconizados no Projeto e


especificando os ciclos de trabalho previstos.

- Cronograma físico com respectivos recursos de mão-de-obra e equipamentos.

- Localização do canteiro de obras e paióis.

- Estudo sobre o depósito de material excedente (D.M.E.), de modo a não se alterar o equilíbrio dos
taludes naturais.

A Construtora, deverá obedecer integral e rigorosamente aos projetos, especificações e detalhes


fornecidos e aprovados pela DERSA. A omissão de qualquer procedimento constante destas
Especificações, não exime a Construtora do emprego de boa técnica na execução da obra.

Todo serviço não aceito pela Fiscalização deverá ser desfeito e refeito ou reparado conforme indicação da
DERSA, sem ônus para a mesma.

Todas as interferências necessárias para os serviços de instrumentação, medição e controles tecnológicos


deverão ser considerados como atividades inerentes ao desenvolvimento dos serviços, pelo que a
Construtora deverá fornecer as facilidades requeridas.

Deverão ser previstos os circuitos elétricos de força, iluminação e detonação.

Estes serviços deverão ser instalados de modo a fornecerem segurança satisfatória.

Os circuitos de detonação deverão ser instalados do lado oposto ao dos demais circuitos.

A iluminação no interior do túnel será ininterrupta (dia e noite), mesmo que haja um único período de
trabalho,com um nível mínimo de 30 lux.

Na frente de serviço, deverá ser dada especial atenção no tocante a uma iluminação condizente com a
boa execução dos trabalhos. Para tanto, dever-se-á dispor de iluminação que garanta um nível mínimo de
100 lux.

Deverá ser prevista ventilação artificial no túnel durante a execução das obras, principalmente junto às
frentes de trabalho de escavação. Esta ventilação será dimensionada para renovar e tornar respirável o ar
no seu interior.

No caso de escavação a fogo a ventilação deverá baixar o teor de gases tóxicos a índices que não
superem os valores limites máximos constantes da tabela abaixo, após decorrida uma hora de detonação:

GASES P.P.M
Monóxido de Carbono (CO) 100 p.p.m.
Gás Carbônico (CO2) 500 p.p.m.
Aldeídos 5 p.p.m
Compostos Nitrosos 25 p.p.m.

Quando esses níveis forem ultrapassados, a Construtora deverá tomar as providências necessárias, tais
como: a instalação de filtros catalisadores nos escapamentos dos motores de combustão e melhoria na
ventilação.

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 4 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

Será aceita ventilação natural do túnel, até a distância máxima de 100 m a partir do emboque.

A Construtora deverá manter o piso do túnel em condições operacionais de tráfego durante a fase de
execução do túnel, providenciando, inclusive, para isso, os sistemas de drenagem adequados.

Escritório da Fiscalização - Deverá ser instalado junto a cada boca de túnel, conforme desenho de projeto.

2 SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS

Locação Externa : É a locação que permitirá implantar o eixo do túnel na superfície do terreno natural.

Locação Interna : É a locação que acompanhará e guiará os trabalhos de escavação do túnel.

2.1 Locação Externa

Para fins de locação externa são sempre considerados dois casos:

a) túneis com extensão até 1500 m;

b) túneis com extensão superior a 1500 m.

Túneis com extensão até 1500 m

Partindo-se da Poligonal de Apoio, deverá ser fixado um marco de concreto em cada emboque de túnel,
determinado por meio de dois vértices daquela Poligonal.

Nessas determinações dever-se-á utilizar o menor número de lances, no menor percurso possível.

Para a locação externa do eixo, dever-se-á partir do marco de um emboque e chegar ao marco do outro
emboque.

Nos casos de túneis em curva far-se-á a locação utilizando-se cordas com comprimento igual ao das
previstas para a locação interna dos túneis, conforme indicado no item 2.3.

Nos túneis em tangente, deverão ser usadas, nessa locação, distâncias de visadas (lances) as mais
compridas possíveis.

Em regiões de topografia muito acentuada (fortes declividades), que dificultem ou impeçam a locação
externa no plano vertical do greide ou na impossibilidade de executar-se a locação como indicada acima,
utilizar-se-á uma poligonal auxiliar ligando os dois marcos dos emboques.

2.2 Nivelamento

Deverá ser determinada uma RN em cada emboque.

Essa determinação deverá ser feita partindo-se de uma RN da Poligonal de Apoio altimétrica e fechando-
se em outra RN, a mais próxima, da mesma Poligonal. Deverá ser verificado o desnível entre as RN dos
emboques.

Para cada operação de nivelamento deverá ser feito um contranivelamento.

2.3 Locação Interna

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 5 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

Partindo-se dos marcos locados de acordo com o item 2.1, executar-se-ão a orientação e o
acompanhamento da escavação, fazendo-se a locação interna "pari-passu" ao avanço da escavação.

Nos túneis em curva, planejar-se-á cuidadosamente na planta, a execução da locação interna, utilizando-
se cordas, preferencialmente iguais, de comprimento o maior possível.

O comprimento dessas cordas dependerá do raio da curva, do comprimento do trecho circular da curva e
do gabarito do túnel.

Partindo-se da corda, far-se-á a locação do eixo por meio de flechas, de metro em metro.

Para a orientação da escavação e da locação interna, especial atenção deverá ser dada à obtenção da
direção do eixo de locação, estabelecida a partir do marco de emboque visando os marcos de vértices da
locação externa.

Para maior certeza e controle, dever-se-á repetir a leitura angular para conferir o ajuste da locação.

2.3.1 Poligonal de Controle

Após a abertura de um trecho suficiente de túnel em curva, que permita um lance longo de poligonal,
lançar-se-á uma Poligonal de Controle a partir de marco diferente do da partida da locação.

Essa Poligonal de Controle terá os pontos de deflexão o mais afastados entre si, e deverão estar
localizados em posição livre de possíveis danos em decorrência de movimentação de equipamento no
túnel.

A Poligonal de Controle visa controlar a locação do eixo "pari-passu" à escavação do túnel e deve fechar
nos pontos de locação do eixo.

O fechamento da Poligonal de Controle sobre o eixo de locação deverá dar-se dentro da tolerância
prevista para o item 2.7.2.

Quando, no fechamento, ocorrerem discrepâncias superiores às tolerâncias, dever-se-á conferir as duas


poligonais (de locação do eixo e de controle).

Nos túneis em tangente, serão implantados marcos no eixo de locação, em princípio, a cada 150 m.

2.4 Nivelamento Interno

Com base nas RN dos emboques far-se-á o nivelamento "pari-passu" ao avanço da escavação.

As RN, em princípio, deverão ser localizadas nos marcos das poligonais planimétricas.

Esse nivelamento deverá ser feito com grande cuidado, conferindo-se as leituras várias vezes e
contranivelamento nas mesmas condições, porém, com outros aparelhos e miras de igual precisão.

As diferenças entre o nivelamento e o contranivelamento não deverão ultrapassar as tolerâncias previstas


no item 2.7.3. Caso isso ocorra, a operação de nivelamento deverá ser refeita no trecho.

2.5 Marcos

Os vértices das diversas poligonais e as RN serão materializadas por meio de marcos com pino.

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 6 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

Os marcos da locação externa (de emboque, da poligonal auxiliar e/ou da triangulação, quando feitas)
terão as dimensões de 0,30 m de altura e seção de 0,10 X 0,10 m e poderão ser de concreto moldado "in
loco" ou pré-moldados. Neste último caso, eles deverão ser assentados sobre base de concreto.

Esses marcos terão pino metálico (bronze ou latão) que os identificarão, como se segue.

a) Marco de Emboque

b) Marco de Vértice ou Poligonal

c) Marco de Triangulação

d) Marco de RN de Emboque

Os marcos dos pontos de locação interna do eixo serão localizados no piso do túnel, em nicho de 0,20 à
0,30 m de altura e seção de 0,10 à 0,15 X 0,10 à 0,15 m, em baixo relevo

Os nichos deverão dispor de uma cobertura de proteção. Especial atenção deverá ser dada aos nichos
localizados em solo.

Os marcos dos pontos da Poligonal Interna de Controle serão também instalados em nichos com tampas
idênticas ao descrito no item 2.5. Estes marcos deverão merecer cuidados especiais para sua proteção e
conservação.

2.6 Instrumentos

Para medidas angulares a serem executadas de acordo com os itens 2.1 e 2.3, deverá ser utilizado
teodolito que permite leitura direta de segundos e estimativa de décimos de segundos.

Outras medidas angulares de menor importância, poderão ser feitas com teodolito de menor precisão.

Para medidas de distância a serem executadas de acordo com os itens 2.1 e 2.3, deverá ser utilizado
distanciômetro eletrônico com precisão de ± (5+5 X 10-6D)mm, onde D é a distância em milímetros.

Outras medidas de distância de menor importância poderão ser feitas com trena de aço aferida.

Para o nivelamento, de acordo com 2.2, e para as RN internas, deverá ser utilizado nível com precisão de
± 0,002 m/km, de duplo nivelamento, obtido com mira vertical comum provida de nível de bolha.

Para o nivelamento usar-se-á mira vertical comum, provida de nível de bolha, não sendo permitido o uso
de mira telescópica (de encaixe).

Outros nivelamentos de menor importância, inclusive o de acompanhamento da escavação, poderão ser


feitos com níveis de menor precisão.

Os instrumentos deverão ser previamente aprovados pela Fiscalização e periodicamente verificados.


Sempre que a Fiscalização julgar necessário, eles sofrerão uma aferição.

2.7 Tolerâncias

2.7.1 Locação Externa

A locação externa do eixo, inclusive a poligonal auxiliar, quando ocorrer, terá as seguintes tolerâncias:

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 7 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

a) Medidas de distância

t = 0,0025 L (t e L em metros)

b) Medidas Angulares

t = 10" N (t em segundos; N número de vértices)

Triangulação Completada por Semitrilateração

a) Medidas Angulares

Feitas com seis reiterações completas, repetindo os ângulos que diferem de (3" da média.

Cada triângulo deverá fechar com tolerância 6".

b) Medidas de Distâncias

t = 0,0015 L (t e L em metros)

Para fins de verificação da centragem dos aparelhos os lados serão lidos a ré e vante, ou seja trocando de
posição o emissor e o refletor, repetindo-se a medida quando apresentar diferença igual ou maior do que
0,04 m.

2.7.2 Locação Interna

A tolerância de fechamento entre a locação do eixo e a poligonal de controle será a mesma do item 2.7.1.

2.7.3 Nivelamento

Em qualquer operação de nivelamento, a tolerância prevista será de:

t = 10 K (t em milímetros: K em quilômetros)

2.8 Atribuições

As responsabilidades técnica e legal dos serviços topográficos do túnel serão inteiramente da Construtora
do mesmo.

À fiscalização caberão as verificações aleatórias, ou em pontos por ela escolhidos, sobre a implantação,
medição, locação e cálculos respectivos.

Para isso, as Construtoras de túneis manterão à disposição da fiscalização toda a documentação técnica
até a entrega definitiva do túnel.

3 ESCAVAÇÃO

A escavação de túneis compreenderá as seguintes etapas:

- Desagregação e remoção dos materiais constituintes dos maciços, necessários à conformação da


seção transversal projetada, ao longo do comprimento do túnel.

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 8 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

- Estabilização imediata da cavidade aberta

- Esgotamento das águas provenientes do lençol freático atravessado e das águas de serviço.

- Remoção de gases mediante ventilação, conforme descrito nas disposições preliminares.

3.1 Seção Transversal

A seção teórica de escavação será a definida para cada esquema construtivo nos desenhos de Projeto
correspondentes. Esta seção não poderá ser invadida por partes remanescentes do maciço em escavação
(underbreak).

No caso de emprego de enfilagem tubular injetada a seção teórica de escavação será definida, para cada
situação específica, pela Fiscalização.

3.2 Classificação

As escavações serão classificadas em 2 grupos, de acordo com os esquemas construtivos de Projeto.

No grupo I estarão: os esquemas para emboque e os esquemas para avanço em treliça e procreto, em
maciço de 1ª e 2ª categoria.

No grupo II estarão: os esquemas para avanço com procreto e tirantes, em maciços de 2ª e 3ª categorias.

3.3 Equipamentos

A escavação de túneis deverá ser realizada mediante a utilização de equipamentos adequados a cada
operação, possibilitando a execução dos serviços, de acordo com as condições especificadas e as
produtividades requeridas.

3.4 Execução da Escavação

A escavação de túneis subordinar-se-á às especificações e aos elementos técnicos constantes no Projeto.

Os depósitos dos materiais escavados e que serão reaproveitados futuramente, terão as suas localizações
indicadas pela Fiscalização.

Os depósitos de materiais excedentes (D.M.E.) dos materiais escavados (entulhos) terão os seus locais
previamente aprovados pela Fiscalização.

O transporte dos materiais escavados será feito por percursos previamente aprovados pela Fiscalização.
O afastamento destes percursos só poderá dar-se mediante prévia autorização da Fiscalização.

Durante os trabalhos de escavação a construtora deverá manter e operar um sistema adequado de


ventilação, assim como manter os circuitos elétricos de força e iluminação, conforme descritos nas
disposições preliminares.

A Construtora deverá esgotar de dentro do túnel as águas de serviços bem como as provenientes do
lençol freático, essas até a vazão de 5 lts/segundo.

A escavação a frio será realizada por meio de ferramentas e/ou equipamentos adequados (ferramentas
manuais, pás carregadeiras, retroescavadeiras, etc). Deverá ser conduzida com cautela e técnicas
adequadas, obedecendo aos esquemas construtivos do Projeto.

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 9 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

A escavação a fogo deverá processar-se de acordo com a boa técnica, visando diminuir os seus efeitos
sobre as características da rocha circundante e obedecendo às seguintes prescrições mínimas:

- O plano de fogo deverá ser adequado à rocha, às condições vigentes e ao esquema construtivo do
Projeto.

- Deverão ser usadas espoletas elétricas de retardo antiestáticas.

- A rede de detonação deverá estar situada do lado oposto da rede de iluminação tubulações
metálicas. Os fios, no menor número possível, deverão ser bem isolados da rocha.

- Antes de iniciar-se qualquer perfuração, deverá ser feita uma rigorosa inspeção da frente, com
cuidado especial nas laterais e sapateira, procurando encontrar eventuais minas falhadas. No caso
de ser encontrada alguma mina falhada, a mesma deverá ser detonada procedendo-se, em seguida,
a uma cuidadosa limpeza com espingarda de água e ar. Só depois de limpa, poderá ser liberada a
frente para início da perfuração.

- A Construtora dará conhecimento à Fiscalização, dos planos de fogo que serão adotados nas frentes
de serviço, informando a esta todas as mudanças decorrentes da adaptação à natureza do maciço a
ser escavado.

- O plano de fogo específico para cada situação deverá prever:

Limitação do avanço máximo de acordo com as prescrições dos esquemas construtivos do Projeto.

Limitação da carga efetiva ou razão de carga (kg de explosivo/m3 de rocha escavada).

Fogo cuidadoso no contorno (Smooth Blasting)

- Deverão ser obedecidas as prescrições do S.F.I.D.T. do Ministério do Exército e a legislação sobre


segurança do manuseio, transporte e armazenamento de explosivos.

- Fogo Cuidadoso (Smooth Blasting)

Chamar-se-á fogo cuidadoso ("smooth-wall blasting" ou simplesmente "smooth blasting") à técnica


utilizada para a escavação de túneis em rocha que procura causar a menor perturbação possível no
maciço remanescente junto ao contorno. Para tal fim, no atual estágio da técnica, deverão ser
utilizados, no mínimo, os princípios e regras resumidas a seguir. Assim:

a) Engastamento

Com a finalidade de reduzir as vibrações e o fissuramento além das paredes limítrofes da


escavação, o plano de fogo deverá observar uma seqüência de detonação, de maneira a facilitar
o deslocamento das diversas partes da seção com o menor engastamento possível.

b) Região Central ou "Miolo" - Região (1)

É a região onde se situa o "pilão" e os furos complementares de alargamento e que se estende


até a linha que dista da parede do contorno final cerca de 20 vezes o diâmetro da broca de
perfuração.

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 10 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

Deverão ser utilizadas espoletas de micro-retardo (milisegundos) no pilão. Isto porque, além de
provocarem menor vibração, permitirão a utilização de espoletas de retardo normal (tipo
Mantempo ou similar), com números mais baixos no contorno.

Para o alargamento, deverá ser estudada uma distribuição de furos mais ou menos concêntrica
com o pilão, com afastamento entre furos da ordem de 30 vezes o seu diâmetro e de tal forma
que os ângulos de encunhamento em relação às faces livres resultem no mínimo igual a 90º.

As espoletas para o alargamento poderão ser do tipo de retardo normal (tipo Mantempo ou
similar), conforme as conveniências ditadas pela geometria da seção e pela natureza da rocha a
escavar.

O espaçamento entre os furos deverão ser da ordem de 1,3 vezes o seu afastamento, ou seja,
cerca de 40 vezes o diâmetro dos mesmos.

A razão de carga por metro linear de furo não deve superar 0,8 kg de gelatina com 60% de força.

c) Região Do Contorno

A região do contorno, notadamente na abóbada e pés direitos, necessitará de cuidados especiais,


ou seja:

- O afastamento entre os furos periféricos não deverá ultrapassar a distância de 15 vezes o


diâmetro dos mesmos.

- O espaçamento entre os furos da periferia e os extremos do alargamento deverá ser de 1,5


vezes o afastamento, ou seja, da ordem de 20 a 23 vezes o diâmetro dos furos.

- A razão de carga dos furos de contorno (obrigatoriamente na abóbada e pés direitos) deverá
ser de baixa densidade, de maneira a resultar o valor aproximado de 0,20 kg de explosivo com
40% de força por metro linear de furo. Isto equivalerá a um valor médio de 0,60 kg de explosivo
por metro cúbico de rocha.

Para conseguir-se uma tal razão de carga poderão ser utilizados vários expedientes, tais como:
aquisição de explosivos especialmente preparados (carbogel, brinatel, blastex, etc.), uso de
meias-canas de madeira e/ou espaçadores entre os cartuchos, etc.

d) Considerações Complementares

Deverão ser garantidos os corretos posicionamento e alinhamento dos furos, bem como o seu
paralelismo.

O posicionamento dos furos deverá ser conduzido por um rigoroso controle topográfico por parte
da Construtora.

Para evitar-se o afunilamento do túnel e, conseqüentemente, a diminuição da seção com o


progredir da escavação, os furos de contorno deverão ser levemente inclinados para fora, com
desvios da ordem de 3% de seu comprimento.

É fundamental que a equipe de trabalho, tanto para perfuração quanto para carregamento dos
furos, seja formada de pessoal experiente e convenientemente esclarecido e motivado para a
obtenção dos melhores resultados.

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 11 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

Para a racionalização dos trabalhos, deverá ser empregado o pessoal mais qualificado para a
execução dos trabalhos do pilão e do contorno da escavação.

e) Line Drilling

O " Line Drilling " será utilizado na região dos emboques, conforme esquema construtivo do
Projeto.

Consistirá de uma simples fileira de furos de pequeno diâmetro, pouco espaçados e


descarregados, formando um plano de fraqueza (picotamento), para ser quebrado pela detonação
primária.

O espaçamento entre os furos deverá estar situado entre 2 a 4 vezes o diâmetro dos mesmos.

O diâmetro dos furos deverão estar, em geral, compreendidos no intervalo de 1 1/2" a 2".

O afastamento entre a perfuração linear e a primeira fileira carregada deverá ser, no mínimo,
de 1,3 o espaçamento.

Sugere-se o valor usual de 1,5. A carga de primeira fileira deverá ser 50% da carga usada na
furação primária.

4 CAMBOTAS

As cambotas deverão ser construídas de perfis metálicos. Deverão ser fabricados em obediência aos
desenhos do Projeto.

As cambotas poderão ser calandradas e, nesse caso, a sua conformação acompanhará,


concentricamente, o gabarito de escavação. Poderão ainda ter forma poligonal. Nesse caso,cada
segmento reto deverá ter, no máximo, 1,5 m de comprimento a fim de que flecha do mesmo mantenha-se
da ordem de 10 cm.

Cada um dos segmentos formadores das cambotas deverá ter em suas extremidades, flanges soldados e
constituídas por chapas retangulares de aço, com dimensões indicadas nos desenhos do Projeto.

Para terrenos de baixa capacidade de suporte, onde forem previsíveis ou observados recalques sensíveis
nas cambotas, deverão ser utilizadas como apoio, sapatas pré-moldadas de concreto armado com
dimensões de 0,40 m X 0,40 m X 0,10 m, conforme indicado nos desenhos do Projeto.

As soldas serão constituídas por cordões contínuos, submetidos à controle de qualidade visual e
executados por profissionais. Quaisquer eventuais modificações construtivas ou utilização de perfis
diversos das ora especificados, mesmo perfis compostos, deverão ser submetidos à Fiscalização, antes da
fabricação das cambotas, para aceitação.

As cambotas deverão estar isentas de crostas de ferrugem ou defeitos de fabricação e serão aplicadas
sem quaisquer pinturas.

4.1 Espaçamento das Cambotas

A faixa de variação do espaçamento das cambotas será definida nos esquemas construtivos do Projeto.

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 12 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

Durante a escavação, a Fiscalização estabelecerá o valor do espaçamento, dentro da faixa de


enquadramento da classificação estabelecida no Projeto.

Os espaçadores serão os indicados nos desenhos de Projeto. Será vetada a utilização de qualquer
espaçador diferente dos projetos, a menos que, autorizado previamente pela Fiscalização.

4.2 Cambota de Geometria Variável.

A cambota de geometria variável é aquela na qual é conseguida uma modificação de suas dimensões, por
meio da inserção de segmentos Pré-moldados entre o arco e os pés direitos e na chave.

Estas cambotas serão utilizadas na formação de câmaras cônicas que permitam a cravação de enfilagem
tubular injetada com direção próxima ao gabarito de escavação.

Cada segmento a ser inserido será executado com o mesmo perfil I da cambota e terá, em suas
extremidades, flanges semelhantes às dos elementos formadores da cambota para permitir o seu rápido
acoplamento.

4.3 Colocação

A cambota deverá ser posicionada o mais rapidamente possível para o que é necessário reduzir ao
máximo o tempo da limpeza.

Após o seu posicionamento, a cambota deverá ser imediatamente contraventada com a anterior mediante
espaçadores e perfeitamente calçada contra o terreno.

O calçamento será realizado com cunhas e contracunhas de madeira, colocadas a distância, em princípio,
iguais ao espaçamento entre cambotas e fortemente apertadas.

5 TRELIÇAS METÁLICAS ESPACIAIS

As treliças serão fabricadas a partir de ferros redondos CA-50 de bitola variável de acordo com a seção do
túnel e a carga a suportar e que são claramente definidos nos projetos específicos referentes à cada seção
de túnel.

As treliças serão fabricadas em módulos correspondentes aos avanços a ser imprimidos ao túnel,
usualmente, em túneis em solos, sendo este o campo principal da aplicação das treliças, em módulos de
0,60, de 0,80 e de 1,00 m .

As treliças especiais são simplesmente armaduras duplas, de ferros de maior bitola unidos e enrijecidos
entre si por ferros longitudinais e transversais de menor bitola, em posição de zig-zag, que mantém a
forma e a espessura do conjunto.

A treliça é pré-formada acompanhando a curvatura da cavidade escavada, em segmentos transportáveis


por meio de uma pá carregadeira e ligados entre si, no local de aplicação, formando o anel de fechamento
do túnel.

Os segmentos que compõem a treliça, deverão ter uma das extremidades, peças de cantoneiras soldadas
aos ferros na metade de sua extensão, de modo que na formação da treliça, outro segmento seja soldado
ao espaço restante da cantoneira.

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 13 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

As treliças devem ser fabricadas de modo que o conjunto de segmentos correspondentes à meia seção
superior do túnel tenha as extremidades inferiores formadas pelas cantoneiras soldadas, o que lhes
fornecerá maior estabilidade ao serem apoiadas em placas de concreto pré-moldados quando da
montagem.

Os dois trechos correspondentes dos pés direitos do rebaixo, deverão ser fabricados de modo a se unirem
as cantoneiras do arco, formarem toda a altura do pé direito e a curvatura de conformação com a formação
com a armadura do invert, e contando com cantoneiras nos terminais livres. Isso permitirá a sua
montagem com a escavação em cachimbo das seções laterais do rebaixo. A seção formadora do invert é
constituído em uma só peça, com as duas extremidades livres afim de se adaptarem às cantoneiras livres
nos trechos do pé direito.

A treliça deve ser construída com dimensões uniformes e para isso o armador deverá contar com mesas
gabaritadas que permitam o corte e o dobramento dos ferros nas medidas exatas e o seu posicionamento
firme quando da soldagem.

5.1 Posicionamento das treliças.

As treliças serão montadas em forma seguida e sem espaçamento entre elas de modo a manter a
continuidade da armação do revestimento.

Imediatamente após a escavação do avanço é lançada a camada (3 à 5 cm) de regularização. Contra essa
camada é erguida e fixada a treliça espacial. Em seguida é efetuada a incorporação da treliça ao procreto
através da formação de uma espessura correspondente à 2/3 (dois terços) da espessura da treliça. Essa
operação se repete à cada passo de avanço. A cerca de 30 m, ou mais, da cabeceira do túnel vai sendo
formada a camada final que corresponde ao terço restante da altura da treliça mais uma cobertura além do
limite da treliça de 3 à 5 cm, de acordo com o projeto.

Os segmentos da treliça que formam a armadura do arco invertido devem, excepcionalmente, ser
inteiramente preenchidos e recobertos numa só operação, sendo em seguida aterrados até formar um piso
horizontal para tráfego no túnel.

As treliças devem ser posicionadas o mais rapidamente possível após a escavação ter atingido o gabarito
do projeto nos métodos construtivos de avanço com núcleo de suporte da frente, a colocação é facilitada
pela utilização do núcleo como plataforma de trabalho, e como suporte provisório da primeira metade da
treliça a ser posicionada.

Essa operação demonstra que é necessário aguardar toda a limpeza do entulho para iniciar o
posicionamento do suporte metálico, sendo suficiente a limpeza perimetral.

Em terrenos de baixa capacidade de suporte para evitar recalques adicionais por afundamento dos pés
direitos da treliça, as bases devem ser apoiadas em placas pré-moldadas de concreto, de acordo com o
projeto.

6 TIRANTES

Os tirantes a serem utilizados poderão ser dos seguintes tipos:

a) Com resina;

b) Outros tipos com características técnicas adequadas e cuja adoção seja previamente aprovada pela
Fiscalização.

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 14 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

6.1 Tirantes com Resina.

Os tipos de tirantes a serem utilizados pela Construtora deverão ser previamente aprovados pela DERSA
de acordo com o especificado no item 6.2.

6.1.1 Elementos Constituintes

Os tirantes com resina deverão ser constituídos dos seguintes elementos:

a) Haste - formada por barra de aço, com comprimento total aproximadamente igual ao comprimento
útil dos tirantes indicados no projeto e seção adequada para resistir o esforço de tração de no
mínimo 25 toneladas, sem superar o limite de escoamento.

A extremidade voltada para o exterior deverá ser dotada de rosca laminada a frio com uma extensão
aproximada de 0,30 m.

A haste será introduzida no furo executado na rocha onde, previamente, deverá ter sido introduzida a
resina.

b) Ancoragem e Fuste - o conjunto ancoragem-fuste deverá ter comprimento conforme especificado em


projeto. Será constituído por resina, com tempos de pega diferenciados, ou sejam: alguns minutos
para o trecho de ancoragem e algumas horas para o trecho de fuste. A especificação da resina e seu
modo de aplicação deverá ser previamente apresentado a DERSA, a qual indicará os ensaios a
serem executados por instituições credenciadas. Somente após a aprovação do tirante pela DERSA
é que o mesmo estará liberado para ser utilizado pela Construtora.

A força de protensão especificada no projeto deverá ser aplicada mediante torquímetro ou chave de
impacto, no intervalo intermediário entre os dois tempos de pega da resina. De preferência, ela
deverá ser aplicada 15 minutos após a introdução da haste e antes que seja decorrida uma hora.

c) Placa - deverá ser fabricada em aço, com dimensões de 0,30 x 0,30 m. Terá espessura adequada, e
será provida, eventualmente, de nervuras. Deverá ter forma adequada para assegurar uma melhor
distribuição das tensões no terreno.

Assim, terão preferência as placas com domo, que permitem uma fácil orientação e, portanto, um
melhor contato com a superfície de apoio, mesmo quando a haste ligeiramente oblíqua em relação à
superfície de contato da placa.

6.1.2 Requisitos para a Colocação

Na colocação dos tirantes com resina, deverão ser observadas as seguintes normas:

- A locação, inclinação e profundidade dos furos destinados à instalação dos tirantes deverão estar de
acordo com as inclinações do projeto quanto a radialidade e a disposição do leque em um plano
normal ao eixo do túnel.

- Os diâmetros dos furos deverão estar de acordo com as especificações do Fabricante e deverão ser
aprovados pela Fiscalização.

Não será permitida a utilização do furo quando o seu diâmetro real for maior que o teórico, acrescido
da folga máxima preconizada.

- O furo deverá ser cuidadosamente lavado e limpo até eliminarem-se completamente quaisquer
resíduos de pó e fragmentos de rocha.

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 15 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

- A haste deverá ser introduzida utilizando-se equipamento apropriado conforme indicações do


Fabricante e tal que permita a mistura correta da resina com o catalisador.

- A resina a ser aplicada deverá ter a data de validade preconizada pelo Fabricante aposta em lugar
visível para controle da Fiscalização.

- A placa deverá ser ajustada da melhor maneira possível sobre a superfície de apoio e deverá formar
ângulo inferior a 10º com o plano normal ao eixo do tirante.

- Deverão ser instaladas, entre a porca e a placa, arruelas especiais, para evitar atrito excessivo, o
que poderá diminuir a eficiência do torque.

Pelo mesmo motivo, as roscas deverão estar perfeitamente limpas e lubrificadas.

- Os torquímetros ou chaves de torque pneumáticas utilizadas deverão ser aferidos e calibrados por
instituição credenciada e controladas a cada 500 tirantes instalados.

- O controle da carga aplicada deverá ser feito através da curva torque-tração fornecida pelo
Fabricante desde que verificada e atestada por instituição idônea.

6.2 A Construtora deverá fornecer os seguintes elementos para permitir a aprovação do tipo de
tirante a ser utilizado pela mesma:

6.2.1 Informações Gerais (para todos os tipos de tirantes)

- Características Técnicas do tirante.

- Desenho dos elementos constituintes do tirante.

- Método de instalação do tirante.

- Descrição dos materiais constituintes e suas propriedades.

- Experiência de aplicação.

- Resultados de ensaios recentes.

6.2.2 Certificados e Relatórios de Laboratório Idôneo.

- Tirantes de resina:

a) curva tração x deformação do aço utilizado

b) curva torque x tração, visando determinar força de tração atuante no vergalhão em função do
torque aplicado à porca.

c) capacidade de carga nas placas, visando observar a aplicação de cargas concentradas no domo.

d) apreciação da eficiência da proteção anti-corrosiva (se existir), realizada com vergalhão


tracionado.

6.2.3 Elemento Ligante (tirantes de resina)

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 16 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

a) composição do elemento ligante.

b) parâmetros mecânicos das misturas : resistência à compressão, módulo de elasticidade estático


determinado na tração, etc.

c) resistência à tração x tempo de polimerização da mistura (resina). As determinações deverão ser


realizadas com misturas em ambientes submerso e seco.

d) determinação da fluência, visando avaliar o comportamento das misturas sob carga constante. Cada
ensaio deverá perdurar, no mínimo, por 03 (três) dias.

e) determinação da aderência vergalhão-ligante, em conjuntos especiais preparados em laboratórios.

6.3 Após a análise dos dados fornecidos nos itens 6.2.1 e 6.2.2 na hipótese do tirante ter sido
aprovado, a DERSA indicará os locais para realização de ensaios "in situ" visando aquilatar o
desempenho do mesmo nas diversas classes de maciço encontradas ao longo das obras.

Os ensaios preconizados no item 6.2 deverão ser realizados por laboratório idôneo indicado pela
Construtora e aprovado pela DERSA.

6.4 Testes

Deverão ser executados ensaios de recebimento em 03 (três) de cada 500 tirantes instalados, por
Instituição credenciada pela DERSA.

7 CONCRETO PROJETADO

O concreto projetado, em face de suas qualidades estruturais, será aplicado nos túneis com a finalidade de
operar as estabilidades da cavidade e da frente de escavação, por si ou associada a suportes metálicos
(cambotas, tirantes e chumbadores).

7.1 Materiais

A areia e os agregados a serem utilizados na confecção do concreto projetado deverão ser limpos, bem
graduados e ter as demais características exigidas para agregados de concreto constantes na
Especificação Brasileira EB-4.

A areia utilizada deverá ser natural, isto é, com grãos de forma esferoidais e a sua umidade não deverá ser
inferior a 2% e nem superior a 5% para conseguir-se boa fluidez ao longo do mangote e eliminar e excesso
de poeira. O controle da umidade deverá ser feita, no mínimo, 2 vezes por dia.

Os agregados deverão estar isentos de elementos com (0,06 mm (finos), conter menos de 5% de
elementos com (0,2 mm e ter uma graduação bem controlada de modo a não ocorrerem variações
sensíveis.

A granulometria dos agregados deverá estar dentro dos limites das curvas especificadas.

O cimento a ser usado deverá ser apropriado para os requisitos desse trabalho. O cimento do tipo Portland
Comum será considerado adequado. No entanto nada impede que seja testado qualquer tipo de cimento
que pode ser aprovado se superar os testes de compatibilidade com os aditivos.

Não será permitido o uso de cimento de pega rápida.

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 17 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

Os cimentos resistentes aos sulfatos deverão ser usados nos locais onde a ocorrência desses compostos
químicos, nos solos ou na água subterrânea, for excessiva.

A água deverá ser limpa e isenta de substâncias nocivas (óleo, sabão, etc.).

A compatibilidade dos aditivos aceleradores de pega com os cimentos a serem utilizados deverá ser
demonstrada por meio de ensaios, para prevenir um comprometimento da resistência do concreto
projetado.

7.1.1 Aditivos em Pó

Esses aditivos por sua própria natureza são higroscópicos, e se aplicam unicamente no processo via seca.

7.1.2 Aditivos Líquidos

Os aditivos líquidos disponíveis são compostos basicamente de silicatos e podem ser aplicados no
procreto via seca e úmida.

7.2 Equipamentos.

As máquinas a serem utilizadas no lançamento do concreto projetado deverão possuir dispositivos que
permitam a aplicação por via seca.

A mistura seca, sem aditivos, será confeccionada em usina gravimétrica com um mínimo de dois minutos
de betonagem.

O transporte será feito por meio de caminhão-betoneira que garantirá a entrega do material sem
segregação.

O silo deverá ter um volume adequado para permitir uma alimentação contínua da bomba de concreto
projetado.

A inclusão do aditivo na mistura seca, será feita por um dosador automático, que garanta uma mistura
uniforme, acoplado ao conjunto silo-bomba.

O aditivo líquido, poderá ser lançado diretamente da bombona para o bico do mangote ou, mais
simplesmente, ser diluído em concentração adequada na água que será levada ao mangote para hidratar
a mistura seca.

O canhão de aplicação do concreto projetado deverá ter comprimento adequado a fim de possibilitar o
lançamento à uma distância de, aproximadamente, 1,00 metros da água a ser revestida. A água a ser
acrescentada ao concreto projetado deverá sê-lo no mangote, à cerca de 4,00 m do canhão por meio de
um dispositivo denominado "anel de água". O registro do controle continuará na base do canhão e,
portanto, ao alcance da mão do mangoteiro.

O ar a ser fornecido deverá ser limpo, seco e isento de óleo e impurezas. O ar deverá ser fornecido a uma
pressão em torno de 0,6 N/mm2 (85 psi) e a água, a uma pressão em torno de 0,5 N/mm2 (70 psi). Estas
pressões deverão ser controladas por manômetros aferidos.

Deverão ser fornecidos equipamentos de proteção tais como: máscaras, viseiras, trajes, andaimes
adequados e dispositivos elevatórios.

7.3 Dosagem e Compatibilidade

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 18 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

A dosagem deverá ser gravimétrica, o que proporciona valores mais exatos.

O traço do concreto projetado deverá ser estabelecido adequadamente por laboratórios especializados.

O traço a ser utilizado pela Construtora deverá ser apresentado à DERSA para efeito de controle pela
Fiscalização.

A quantidade de aditivo acelerador deverá variar entre 2% e 5% do peso do cimento, para aditivos em pó,
em função das características do traço, do local de aplicação e das recomendações do fabricante do
acelerador.

A quantidade de acelerador de pega líquido deverá variar de 6,5 à 22,5% do peso do cimento, de acordo
com as recomendações do fabricante.

O fator água cimento deve variar entre 0,35 e 0,40 em função do traço e demais características da mistura.

O tempo de início de pega deve ser de 0,5 à 0,20 minutos e o fim de pega de 10 à 12 minutos.

A resistência mínima à compressão em corpos de prova cúbicos, em 10 horas, deverá ser 50 kg/cm2, em
24 horas, 100 kg/cm2, em 3 (três) dias, 120 kg/cm2 em 7 dias 150 kg e em 28 dias 180 kg/cm2.

7.3.1 Compatibilidade

Para ensaiar a compatibilidade cimento-aditivo recomenda-se o uso das agulhas de GILMORE. Não
havendo Normas Brasileiras para esse tipo de ensaio, poderão ser seguidas as linhas básicas de norma
americana ASTM-C-266 "Time os setting of Hidraulics Ciments by Gylmore Needles". Como essa norma
não considera a adição de aceleradores de pega, o ensaio deve ser executado com as modificações
sugeridas pelo texto apresentado em anexo.

É importante que seja fixada também a relação água-cimento em média 0,35.

A combinação cimento-aditivo será considerada compatível caso o tempo de pega inicial for igual ou
inferior a 3 minutos e o de pega final igual ou inferior à 12 minutos.

7.4 Tratamento Superficial

As superfícies contra as quais será lançado o concreto projetado deverão ser tratados adequadamente
antes da projeção para garantir a sua limpeza. Esse tratamento, normalmente, constará de jatos de água
sob pressão pneumática. Solos moles ou saturados e superfícies que apresentem percolação de água,
mesmo que em rocha, deverão ser tratadas unicamente com jatos de ar comprimido.

7.5 Aplicação

O intervalo máximo de tempo entre a confecção da mistura seca e a sua aplicação deverá ser estabelecido
no campo. Será admitido, em princípio, um intervalo máximo de 1,5 horas.

A bomba de concreto projetado deverá localizar-se a uma distância máxima de 30 m do ponto de


aplicação.

Em casos particulares, tais como: emboques ou seções parcializadas, a Fiscalização poderá autorizar o
aumento da distância citada no parágrafo anterior até o máximo de 50 m.

O operador da lança deverá ser experiente e devidamente treinado nas técnicas de aplicação do concreto
projetado.

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 19 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

O operador não deverá manter o canhão fixo e, sim dar a ele um movimento circular contínuo, pois a
incidência prolongada do jato no mesmo ponto aumentará o índice de reflexão.

Uma vez iniciada a projeção, ela não poderá ser interrompida por falta de materiais ou falha de
equipamentos.

A aplicação do concreto projetado deverá ser feita em camadas sucessivas até obterem-se as espessuras
do Projeto.

7.6 Testes

A qualidade do concreto projetado deverá ser comprovada mediante testes realizados em amostras
(corpos de prova) representativas do revestimento executado e do concreto projetado durante a fase de
execução.

Para o controle da resistência do concreto projetado em execução, recomendar-se-á a utilização de


painéis de madeira, sendo dois de 20 cm x 30 cm e um de 40 cm x 40 cm, com altura de 12 cm, sobre os
quais projetar-se-á perpendicularmente, o concreto.

O preenchimento dos painéis far-se-á simultaneamente com a execução do revestimento.

Os painéis serão colocados na seguinte posição:

a) inclinado de 45º, e apoiado no piso da área escavada e na parede.

A cura dessas amostras deverá processar-se no próprio local da aplicação do concreto projetado, ou seja,
dentro do túnel.

Os blocos resultantes serão cortados com serra circular, munida de discos de diamante, vídia ou esmeril,
normalmente utilizada para abrir juntas em grandes lances de concreto, de modo a obterem-se cubos de
100 mm de aresta, tomando o cuidado de desprezar-se a faixa perimetral do bloco.

Cada um dos ensaios a 10 horas, 24 horas, 3 dias, 7 dias e 28 dias será executado com um conjunto de 3
cubos. Cada painel de 30 x 60 cm fornecerá 4 cubos para os ensaios de 10 horas. Com o painel de 50 X
60 cm serão obtidos 12 cubos para os demais ensaios.

Para que as faces das zonas serradas sejam planas e paralelas, de maneira a proporcionarem boas
superfícies de aplicação de carga nos ensaios, deverá ser escolhida uma serra montada de modo a
preverem-se deslocamentos retos e firmes.

O ensaio à compressão dos corpos de prova (cubos) será executado nas seguintes idades e de acordo
com o seguinte esquema:

a) painel de 0,30 m por 0,60 m;

- ensaio de 3 (três) cubos a 10 (dez) horas de idade;

- o quarto cubo aguardará até a idade de 7 (sete) dias, ocasião em que será determinada a sua
densidade.

b) painel de 0,50 m por 0,60 m;

- ensaio de 3 (três) cubos a 24 horas de idade;

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 20 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

- ensaio de 3 (três) cubos aos 3 dias de idade;

- ensaio de 3 (três) cubos aos 7 dias de idade;

- ensaio de 3 (três) cubos aos 28 dias de idade.

Os tabuleiros serão levados para o laboratório 4 horas antes do ensaio e devidamente protegidos contra a
perda de umidade, ou seja, com a utilização de sacos plásticos hermeticamente fechados.

Os ensaios deverão ser realizados conforme previsto em projeto ou determinado pela Fiscalização da
DERSA.

Para a preparação dos corpos de prova, deverá ser considerado que:

As superfícies extremas deverão ser lisas, tolerando-se uma rugosidade máxima de 0,05 mm.

O desvio máximo das duas faces preparadas, em relação à perpendicularidade ao eixo do corpo de prova,
não deverá exceder 3º.

Deverá ser tomado todo o cuidado possível para garantir que as amostras sejam devidamente
identificadas imediatamente após a sua extração e que tenham suas densidades determinadas.

As superfícies extremas dos corpos de prova deverão ser preparadas e capeadas onde necessário, antes
da execução dos ensaios com a seguinte mistura:

a) enxofre : 55 à 65%

b) caulim : 30 à 35%

c) negro de fumo : 5 à 10%

A mistura deverá ser aquecida até uma temperatura entre 130º à 150º.

7.6.1 Critérios de Aceitação

Existem vários critérios de aceitação do procreto, tais como a NB1/78 e a ACI-318/71.

Os modelos de boletim apresentados poderão ser utilizados completamente, ou ter o método de controle
simplificado pelo uso exclusivo dentro do boletim de Controle Estatístico do Concreto Projetado - do
quadro referente ao Critério fcm.

7.7 Controle de Espessura

A espessura do revestimento será controlada por meio do posicionamento da cambota ou pelos pregos-
guia nos esquemas em tirantes.

As recomendações necessárias para a aplicação dos pregos-guia são de que os pregos-guia deverão ter o
diâmetro de 1" e sejam aplicados nos trechos onde os esquemas construtivos adotados forem do tipo com
tirantes.

8 FORMAS

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 21 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

Será de exclusiva responsabilidade da Construtora a elaboração dos projetos das formas, escoramentos e
estruturas de sustentação necessárias, devendo os mesmos atender às dimensões do projeto e às
Normas Brasileiras pertinentes.

As formas deverão ter preferencialmente, seção completa de banqueta a banqueta. Serão admitidas,
porém, formas separadas para pés direitos e abóbada.

A rigidez das formas deverá ser tal que evite deformações superiores à 5 mm em qualquer ponto de sua
superfície de contato com o concreto.

8.1 Materiais

As formas a serem aplicadas nos trechos de túnel propriamente dito deverão ser metálicas,
preferencialmente, telescópicas de maneira a aliar a perfeição do acabamento à rapidez de
posicionamento e possibilitar a necessária facilidade de tráfego sob as mesmas.

As formas para os trechos em túnel falso (galeria e pré-anel) poderão ser executadas em chapas
compensadas ou em madeira nua revestida com chapas metálicas ou, exclusivamente, em chapa
metálica. Será permitido, em qualquer caso, o reaproveitamento do material, desde que limpo e isento de
quebras ou deformações.

8.3 Deformas

O critério básico para os estabelecimentos de prazos de deformas deverá ser sempre o da verificação da
resistência característica do concreto. Assim, o mesmo deverá submeter-se à metodologia de ensaios de
corpos de prova preconizada pela NB-1/78.

Para cada traço de concreto aprovado e ensaiado pela Fiscalização, poderá ser aplicado o critério de
correlação tempo x resistência.

Entretanto, após a realização dos ensaios preconizados em 8.3, o tempo dispensado pelo concreto para
adquirir a resistência à compressão fck de 40 kgf/cm2, deverá ser fixado como prazo de desforma de cada
traço de concreto. Este prazo valerá quer para a abóbada como para os pés direitos, mesmo quando
forem moldados separadamente.

Para deforma das abóbadas, o prazo determinado segundo item 8.3 não poderá ser inferior a 12 horas.

Será facultada a aplicação de anti-adesivos aprovados pela técnica de construção.

9 CONCRETO

A execução das estruturas de concreto, os materiais aplicados a as suas formas de utilização, deverão
obedecer às Normas, Especificações e Métodos da ABNT.

Os desenhos do Projeto, as Especificações Complementares e as Instruções de Campo emitidas pela


DERSA fixarão as exigências complementares que se fizerem necessárias.

9.1 Materiais

Os materiais necessários à execução do concreto deverão atender ao disposto nas Normas Brasileiras, a
saber:

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 22 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

a) Cimento - EB-1 e NB-1;

b) Agregados - EB-4 e NB-1;

c) Água - EB-1, EB-4 e NB-1.

A utilização de aditivos acelerados de pega, plastificantes, incorporadores de ar e impermeabilizantes,


deverá ser aprovada pela Fiscalização. Vetar-se-á o uso de aditivos que contenham cloreto de cálcio.

9.1.1 Cimento

A Fiscalização rejeitará os lotes cujas amostras revelarem, nos ensaios, características inferiores às
estabelecidas nas especificações da ABNT.

O cimento deverá ser armazenado em local seco e abrigado, a fim de não ficar à umidade ou danos.

Se o cimento for armazenado em sacos, os mesmos deverão ser empilhados em quantidades máximas de
15 unidades por pilha e de tal forma que cada lote de fornecimento seja distinto dos demais.

Será proibido o uso do cimento de sacos danificados.

Será permitido o emprego de cimento a granel desde que utilizado em silo para cada procedência e que o
tempo de armazenamento não ultrapasse 30 (trinta) dias.

Cimentos especiais, tais como os de alta resistência, só poderão ser utilizados com autorização da
Fiscalização, cabendo à Construtora a apresentação de justificativa de sua aplicação.

Os cimentos fabricados a partir de escória de alto forno deverão ser submetidos a testes de resistência e
químicos, antes de sua utilização.

9.1.2 Água

A água a ser empregada deverá ser límpida e isenta de substâncias estranhas que possam prejudicar as
qualidades do concreto.

Os recipientes de armazenamento e manuseio não poderão ser afetados por substâncias oleosas.

9.1.3 Agregado Miúdo

Será constituído por areia natural, com granulometria compatível com o traço a ser fixado em laboratório.

No caso da areia de uma só procedência não satisfazer às condições requeridas, será exigida uma
mistura proporcionada entre areias de várias procedências, a fim de se conseguir o módulo de finura
entre 2,4 e 3,8 de acordo com o traço a ser fixado.

A areia deverá ser isenta de substâncias nocivas, tais como matérias orgânicas e argila.

9.1.4 Agregado Graúdo

Será constituído pela mistura de pedras britadas em proporções fixadas para cada traço.

Os agregados graúdos deverão estar isentos de pó de pedra, lama e materiais estranhos.

9.1.5 Armazenamento dos Agregados

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 23 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

Os agregados graúdos e miúdos deverão ser armazenados em compartimentos separados, de acordo


com sua classificação granulométrica e procedência.

Não será permitido o depósito dos agregados em contato com a terra, devendo ser providenciado lastro de
concreto magro.

9.2 Traço

O traço será estabelecido por dosagem experimental por laboratório idôneo, a fim de se conseguir um
concreto trabalhável e com a resistência especificada no Projeto.

Uma vez determinados os traços, estes somente poderão ser alterados mediante autorização da
Fiscalização.

O traço será do tipo gravimétrico (traço em peso).

9.3 Controle

O controle tecnológico do concreto e de sua resistência bem como a aceitação da estrutura, far-se-á de
acordo com o especificado na NB-1/78.

9.4 Preparo do Concreto

O preparo do concreto deverá ser feito em obediência aos traços estabelecidos, para cada resistência
definida no Projeto, e às prescrições da NB-1/78.

O concreto deverá ser misturado, de preferência, em usina gravimétrica.

Será permitido, a critério da Fiscalização, o uso de betoneiras, mas, em nenhuma hipótese, com traço
inferior a um saco de cimento, se o mesmo não for fornecido a granel.

De acordo com a capacidade da betoneira, recomenda-se os seguintes tempos mínimos de mistura, após
a adição de água:

Capacidade da betoneira Tempo de mistura


(m³) (minutos)
1,5 ou menos 1,5
2,0 2,0
3,0 2,5
4,0 2,7
4,5 3,0

9.5 Transporte do Concreto

No transporte do concreto da Usina para os locais de lançamento, serão empregados caminhões-


betoneira que evitam a segregação e as perdas dos materiais componentes. Deverão ser observadas as
recomendações da NB-1/78.

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 24 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

O transporte deverá ser o mais rápido possível. O tempo decorrido entre o início da mistura e o seu
lançamento não deverá exceder a 30 minutos.

Caso seja previsto tempo maior para o transporte, serão utilizados por ocasião da mistura, aditivos
retardadores aceitos pela Fiscalização.

9.6 Lançamento do Concreto

No lançamento do concreto, deverão ser obedecidas as prescrições da NB-1/78 e o que se segue:

O lançamento obedecerá a plano prévio específico, aprovado pela Fiscalização.

As superfícies das rochas serão limpas com espingarda de ar e água e toda umidade resultante removida
antes do lançamento do concreto.

Os dispositivos de drenagem deverão estar montados e convenientemente protegidos.

O concreto destinado às sapatas, arcos invertidos, pés-direito e parte da abóbada. poderá ser lançado por
meios mecânicos ou manuais.

O concreto das abóbadas deverá ser lançado por meio de bombas a pistão ou por bombas injetoras, com
acionamento a ar comprimido, a critério da Fiscalização. O tubo de lançamento, na fase final da
concretagem, deverá estar mergulhado pelo menos 1,50 m no concreto da chave do arco e ser retirado
cuidadosamente a fim de garantir-se o maior enchimento possível do vazio por ele deixado.

Quando a concretagem for realizada em presença de água, a mesma deverá ser conduzida por
adequadas captação e drenagem, a fim de evitar-se a lavagem do concreto e formação de pressão,
danosa à estrutura, durante seu endurecimento.

9.7 Juntas de Concretagem

Onde for necessário serão previstas juntas de concretagem, que deverão ser preparadas com jato de ar
comprimido e lavagem com água, removendo-se a nata de cimento no início do endurecimento (cerca de
quatro horas após a concretagem). Na impossibilidade disso e caso o concreto já esteja endurecido,
deverá ser feito um jateamento com areia, deixando-se as pedras à vista, seguido de lavagem com água.

Deverão ser tomadas as precauções necessárias para garantir a resistência aos esforços que poderão
atuar na superfície da junta, conforme recomendado pela NB-1/78.

9.8 Adensamento

Além das prescrições da NB-1, o concreto deverá ser adensado por meio de vibradores de imersão,
obrigatoriamente do tipo a ar comprimido, de capacidade adequada e com 5.000 rpm, no mínimo.

A utilização de vibradores externos, presos às formas, ficará condicionada à autorização da Fiscalização,


assim como a cuidados especiais para assegurar a sua indeslocabilidade e a sua indeformabilidade.

9.9 Cura

Deverão ser obedecidas as prescrições da NB-1/78.

9.10 Reparos

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 25 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

No caso de ocorrerem falhas de concretagem nas peças em construção, deverão ser providenciadas
medidas corretivas, compreendendo demolições, remoção do material demolido e recomposição com
emprego de materiais adequados e técnica planejada, tudo devidamente aprovado pela Fiscalização.

10 ARMAÇÃO

O aço a ser aplicado nas armaduras de concreto e sua montagem deverão obedecer estritamente às
Especificações do Projeto, à Norma Brasileira NB-1/78 e à Especificação Brasileira EB-3/72.

10.1 Materiais

A Construtora deverá informar à DERSA a procedência do aço a ser aplicado antes da sua aquisição.

Nenhuma quantidade de aço poderá ser aplicada na obra sem os certificados dos ensaios previstos nas
normas brasileiras, comprovando a sua boa qualidade e sem a prévia liberação da DERSA.

10.2 Execução

As barras de aço só serão liberadas para montagem se estiverem isentas de crostas de ferrugem e de
barro, de óleos, de graxas ou de outros elementos prejudiciais à aderência das mesmas no concreto.

As barras de aço deverão ser montadas com a utilização de laços duplos de arame recozido nº 18. No
caso especial de desejar-se acelerar a concretagem de arcos invertidos em concreto armado, será
permitida a montagem da armadura em tramos pré-fabricados, transportáveis por pá carregadeira.

10.3 Recobrimento

Para garantir o recobrimento mínimo preconizado no projeto deverão ser utilizadas pastilhas de argamassa
de cimento e areia com resistência igual ou superior à do concreto a ser aplicado ou peças pré-moldadas
de plásticos existentes no mercado.

10.4 Fixadores e Espaçadores

Será permitida a utilização de armadura auxiliares para manter o posicionamento da armadura principal
exigindo-se entretanto, para as mesmas, as condições de recobrimento mínimo preconizadas pelo projeto.

11 DRENAGEM SUPERFICIAL

A drenagem dos túneis será constituída por dois tipos principais a saber: a drenagem para escoamento
superficial e a drenagem profunda sub-horizontal.

11.1 Drenagem para Escoamento Superficial

Será constituída pelas canaletas laterais, pela canaleta central e, nos trechos com arco invertido, do
colchão de brita e do dreno sob o mesmo.

11.2 Drenagem Profunda Sub-horizontal.

11.2.1 Perfuração

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 26 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

11.2.1.1 Método Roto-Percussivo

O furo de drenagem será executado usando-se uma perfuratriz a roto-percussão (Rock-Drill), com broca
de 3". Este equipamento deverá permitir a execução de furos com até 25,00 m de comprimento.

O método roto-percussivo deverá ser utilizado exclusivamente em terrenos onde não houver necessidade
de revestimento do furo, ou seja, terrenos autoportantes, durante o intervalo de tempo necessário para a
execução do furo e a instalação do tubo-dreno.

A perfuratriz deverá ser provida de comandos independentes para rotação, percussão e avanço.

O operador, que deverá ser altamente qualificado, coordenará perfeitamente as três operações para evitar
o fechamento do furo e cuidar da regulagem da circulação de água para lavagem do furo.

11.2.1.2 Método Rotativo

O furo de drenagem será executado com sonda rotativa, com diâmetro NX e com coroa de vídia ou
diamante.

O método rotativo deverá ser utilizado, quando:

O terreno não for autoportante, podendo, pois ocorrer desmoronamento ou fechamento do furo.

Pretender-se amostrar os materiais que estão sendo drenados .

Este método permitirá, quando necessário, a colocação de revestimento NX.

A colocação do revestimento será feita também pelo sistema rotativo, utilizando-se sapata cortante. O
revestimento será usado no caso do furo apresentar problemas de instabilidade.

11.2.2 Colocação do Tubo-dreno

Após a execução do revestimento, será colocado um tubo dreno de PVC rígido de (2 1/2" no furo. Este
tubo é perfurado ao longo de toda a sua extensão, revestido com tela de nylon dupla com # 1 mm, com um
"CAP" na sua extremidade interna.

Este tubo terá um comprimento igual ao do furo, sendo composto de vários elementos com comprimento
aproximado de 6,00 m, introduzidos sucessivamente no furo e colados entre si (ponta e bolsa) nas
extremidades. Terá furos de 1/4", diametralmente opostos e alternados a cada 0,05 m.

Quando o furo for executado pelo método roto-percussivo, durante a colocação do tubo de PVC poderão
ocorrer alguns desmoronamentos internos. Será, então, necessário executar a limpeza do trecho
desmoronado, por meio de lavagem com água, através de um tubo de menor diâmetro. Quando, com esse
processo, não se conseguir desobstruir o furo, deve retirar-se o tubo e reperfurá-lo.

Quando o furo for executado pelo método rotativo, em terrenos que obriguem a utilização de revestimento,
o tubo-dreno deverá ser instalado antes da retirada do revestimento.

11.2.3 Acompanhamento

Os resultados das perfurações constarão de boletins, conforme modelo a ser estabelecido pela DERSA.

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 27 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

O serviço de perfuração de drenos deverá ser acompanhado por geólogo para identificação, ao longo do
furo, dos trechos com variações de resistência, litologia e de vazão de água nos materiais atravessados.
Estes deverão ser lançados no quadro "observações" do boletim anexo.

As leituras de vazão, em cada dreno e as respectivas datas, deverão ser anotadas e entregues à
Fiscalização.

12 INJEÇÕES

A presente especificação aplicar-se-á às injeções preconizadas no Projeto, as quais são:

a) Injeções de tratamento do solo através de tubos manchetes;

b) Injeções de contacto.

12.1 Injeções de tratamento de solo através de tubos manchetes.

12.1.1 Perfuração

Serão executados conjuntos de furos, denominados cones. O diâmetro de cada furo será o de projeto.

O número de cones, a quantidade de furos por cone, as profundidades e as localizações dos furos e a
seqüência de furação são as prescritas nos desenhos de Projeto.

Os furos serão executados com perfuratriz retro-percussiva (Crawlair ou similar) ou eventualmente com
sonda rotativa.

12.1.2 Materiais de Injeção

A mistura a ser injetada é a definida no Projeto e poderá ser solo-cimento (argila, água, cimento) ou calda
de cimento.

O traço da mistura ou da calda será definido no Projeto.

12.1.3 Processo de Injeção

O processo a ser utilizado para a execução destas injeções será o de clacagens sucessivas, com volumes
controlados. Para isso, deverão ser empregados tubos plásticos de (40 mm, com válvulas manchetes a
cada 0,50 m ou 1 m, instalados nos furos abertos no terreno.

12.1.4 Requisitos para as Instalações.

As injeções deverão observar os seguintes requisitos:

A execução dos furos deverá obedecer às fases previstas nos desenhos de projeto.

Os trabalhos de perfuração de uma fase só serão iniciados quando as injeções da fase anterior estiverem
inteiramente concluídas.

As injeções deverão ser iniciadas pelo enchimento do vazio entre a parede do furo e o tubo de injeção
(bainha).

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 28 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

As injeções do terreno propriamente dito só deverão ser iniciadas após ter ocorrido a pega da argamassa
que forma a bainha e utilizando-se obturador duplo a partir da válvula mais profunda.

As injeções de cada furo deverão processar-se em geral em 3 etapas, sendo que em cada etapa se
injetará por válvula um volume fixo definido no projeto, tomando-se o cuidado de anotar a pressão.

A 1ª etapa iniciar-se-á com baixa pressão.

A 2ª etapa de injeção num determinado furo deverá processar-se somente após um intervalo mínimo de 12
horas da 1ª etapa .

Do mesmo modo, a 3ª etapa deverá processar-se após um intervalo mínimo de 12 horas da 2ª etapa .

Eventualmente, poderá existir uma 4ª fase de injeção.

O controle das injeções será feito anotando-se as pressões finais em cada válvula em cada etapa de
injeção. As pressões finais desejadas são as definidas no Projeto.

A seqüência das fases de injeção dos tubos será definida no projeto.

Se a pressão final desejada for conseguida antes da 3ª etapa de injeção esta não será necessária.

12.2 Injeções de Contato

Os vazios existentes entre o revestimento de concreto estrutural e o revestimento de 1ª fase serão


preenchidos com injeções de contacto, especialmente junto ao fecho do arco da abóbada.

12.2.1 Perfuração

Os furos serão executados com diâmetros 1 1/4" a 2". A profundidade dos furos deverá ser tal que permita
atravessar os revestimentos de 1ª e 2ª fases e penetrar 15 cm no terreno. Os furos deverão ser suspensos
se for, eventualmente, atingida uma cambota metálica.

Esses furos serão usados para as injeções e serão dispostos ao longo de seções normais ao eixo do
túnel. Cada seção será composta de 3 furos:

a) um vertical, na parte central da abóbada (fecho);

b) dois, radiais, a 2 metros do furo central.

Como seqüência de furação, fica estabelecido, inicialmente, que os furos serão executados em seções
espaçadas de 8 metros ao longo de uma extensão de 80 metros de túnel.

12.2.2 Materiais

Os materiais para injeção serão cimento, areia fina, bentonita e água.

O cimento deverá ser do tipo Portland comum. A granulometria da areia deverá estar contida entre as
peneiras 8 e 200 (ASTM).

12.2.3 Traços

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 29 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

Em princípio, o traço, em peso, a ser utilizado nas injeções é o seguinte:

a) cimento 1,00;

b) areia 1,00;

c) bentonita 0,02;

d) água 0,70 à 0,60.

A adição de bentonita no misturador do equipamento da injeção deverá ser feita após a dispersão prévia
da bentonita num recipiente com água. O tempo máximo de agitação da argamassa no misturador do
equipamento de injeção deverá ser de 3 minutos.

12.2.4 Pressão de Injeção.

A pressão de injeção deverá ser bem controlada face à variação da espessura do revestimento de
concreto no fecho da abóbada. A espessura do revestimento de 2ª fase será avaliada e anotada durante a
perfuração dos furos de injeção. As pressões máximas deverão obedecer o quadro abaixo:

Espessura máxima do Pressão máxima de injeção


revestimento de 2ª fase (cm). (kg/cm²)
10 à 20 0,50
20 à 30 0,75
30 1,00

12.2.5 Requisitos para as injeções.

Manômetros utilizados nas injeções deverão ter fundo de escala de 3 kg/cm² e deverão ser aferidos de
trinta em trinta dias.

Será vetada a utilização de dispositivos amortecedores do tipo capilar.

As injeções deverão ser iniciadas após terem-se perfurado as seções ao longo de uma extensão mínima
do túnel e se iniciarão a partir de qualquer um dos furos mais baixos e depois para o central (mais alto) em
uma mesma seção.

Em todos os furos, ao longo de 1/3 da extensão a partir da primeira seção a ser injetada, deverão ser
colocados obturadores que serão mantidos com os registros abertos.

Se, durante a injeção dos furos de uma seção, ocorrer ressurgência de argamassa em furos adjacentes,
estes deverão ser fechados por meio de registro do obturador.

Os obturadores deverão permanecer nos furos injetados ou que apresentarem ressurgência de argamassa
por um período mínimo de 2 horas.

Todos os obturadores deverão ser retirados dos furos, injetados e lavados, no prazo máximo de 3 horas.

Caso não haja ressurgência de argamassa nos furos da seção subseqüente à seção injetada, deverão ser
executados furos numa seção intermediária.

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 30 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

A injeção de um furo somente deverá ser interrompida quando, com a pressão máxima de injeção, ocorrer
vazão nula de argamassa.

Caso haja paralisação das injeções, os furos que estão sendo injetados deverão ter seus obturadores
retirados, procedendo-se à lavagem dos mesmos, conforme dito acima.

O volume máximo de calda ou argamassa injetada por furo será fixado pela Fiscalização.

Deverão ser utilizados sempre 2 manômetros para o controle das pressões, sendo um deles colocado
diretamente na extremidade do obturador.

Quando o equipamento de injeção não dispuser de sistema de retorno da calda, junto ao obturador, a
distância máxima permitida entre o furo de injeção e o sistema de retorno, deverá constar do projeto.

13 ENFILAGEM

As enfilagens poderão ser usadas na penetração dos túneis, de modo contínuo e sistemático, quando o
maciço a ser atravessado não tiver capacidade de auto-suporte suficiente para permitir a escavação de um
avanço unitário sem o posicionamento, a priori, de um suporte auxiliar representado pela enfilagem.
Poderão, ainda, ser usadas de modo eventual e localizado, na superação de diques ou falhas do maciço e
de capelas ou desabamentos ocorridos quando da execução das escavações.

13.1 Enfilagens com furos prévios e tubos de aço injetados

Serão constituídos de um conjunto de furos sub-horizontais executados no contorno da escavação a ser


protegida, realizadas com sonda rotativa ou preferencialmente com perfuratriz com movimentos
independentes de roto-percussão, a seco ou com circulação de fluído tensoativo. A perfuração com
circulação de água deverá ser, se possível, evitada nas frentes sujeitas a saturação do material.

Os furos terão espaçamento e comprimento de acordo com o Projeto e serão implantadas com direções
ligeiramente divergentes em relação ao contorno do túnel a fim de se posicionarem sempre na região
externa ao extradorso das cambotas ou treliças de sustentação.

O diâmetro dos furos será de 4" para permitir a introdução, com a menor folga possível, de tubos de aço
Schedule 40, com diâmetros externo e interno de 73 e 63 mm, respectivamente. Enfilagens com tubos de
outras dimensões deverão ser previamente submetidas a aprovação da Fiscalização.

Os tubos serão dotados de válvulas-manchete, espaçadas de 0,5 m ou 1,00 m, conforme as


características do solo a ser injetado.

O material a ser injetado será calda de cimento fator a/c igual a 0,5 ou calda de argila-cimento com traço
especificado em projeto.

13.1.1 Requisitos para as injeções

A execução dos furos deverá obedecer às fases previstas nos desenhos do Projeto.

Os trabalhos de perfuração de uma fase só serão iniciados quando as injeções da Fase anterior estiverem
inteiramente concluídas.

As injeções deverão ser iniciadas pelo enchimento do vazio entre a parede do furo e o tubo de injeção
(bainha).

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 31 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

As injeções do terreno propriamente dito só deverão ser iniciadas após ter ocorrido a pega da argamassa
que forma a bainha e utilizando-se obturador duplo a partir da válvula mais profunda.

As injeções de cada furo deverão processar-se em geral em 3 etapas, sendo que cada uma será injetada,
por válvula, um volume fixo definido no Projeto. Dever-se-á tomar o cuidado de anotar a pressão.

A 1ª etapa iniciar-se-á com baixa pressão.

A 2ª etapa de injeção num determinado furo deverá processar-se somente após um intervalo mínimo de 12
horas da 1ª etapa.

Do mesmo modo, a 3ª etapa deverá processar-se após um intervalo mínimo de 12 horas da 2ª etapa.

Eventualmente, poderá existir uma 4ª etapa de injeção.

O controle das injeções será feito anotando-se as pressões finais em cada válvula em cada etapa de
injeção. As pressões finais desejadas serão as definidas no Projeto.

Se a pressão final desejada for conseguida antes da 3ª etapa de injeção, esta não será executada.

13.2 Enfilagens com vergalhão de aço (1" introduzidos em furos de perfuratrizes preenchidos com
resina

Serão constituídas de um conjunto de furos sub-horizontais, no contorno da escavação, a ser realizados


com auxílio de perfuratrizes pneumáticas, com espaçamento e comprimento conforme definido no Projeto.
Deverá ser introduzido, até o fundo do furo, um tubo plástico de (3/8" para saída do ar deslocado pela
injeção.

A resina será obtida pela mistura de dois ingredientes e dosada na proporção recomendada pelo
Fabricante, e testada previamente para a obtenção de pega dentro do período de tempo máximo de 15
minutos após a sua aplicação. Em casos especiais dependendo de autorização prévia da Fiscalização
poderá ser tolerado um tempo de pega de 30 minutos a partir da mistura.

A boca do furo de enfilagem deverá ser provida de tampão adequado, de forma a permitir o acoplamento
da mangueira de injeção e a passagem do vergalhão de aço após a conclusão de injeção. Deverá também
possibilitar a saída do tubo de suspiro.

Deverá ser dada especial atenção para que o tamponamento seja executado de forma a impedir a
ressurgência da resina injetada pela boca do furo.

Após a injeção e antes da pega, será introduzida no furo a barra de aço de (1" de aço CA-50, com
comprimento igual ao do furo.

O furo, ao invés de ser preenchido por resina injetada, poderá sê-lo por tubos de resina.

13.3 Enfilagens com avanço manual ou com auxílio mecânico

Deverá ser empregada apenas em casos especiais de terrenos não coesivos e, mesmo assim, em trechos
limitados.

As enfilagens metálicas serão executadas com perfis (de 3" ou 4". Outros perfis somente poderão ser
utilizados mediante prévia autorização da Fiscalização.

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.
DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. CÓDIGO
ET-G00/013
REV.
0
EMISSÃO FOLHA
10/12/97 32 DE 31
DOCUMENTO TÉCNICO ( CONTINUAÇÃO )
TÍTULO
Serviços de Túneis

Tanto quanto possível, os perfis vizinhos deverão estar espaçados de modo a permitir, de maneira
adequada, o preenchimento com concreto projetado.

A penetração das enfilagens poderá ser conseguida por meio de percussão manual (marretas), marteletes
batedores de prancha acopladas em avanços pneumáticos paralelos ("escadas") ou com pressão de
caçamba de pás carregadeiras.

EG/DENOC

PO - 14 ESTA FOLHA É PROPRIEDADE DA DERSA Desenvolvimento Rodoviário S.A. E SEU CONTEÚDO NÃO PODE SER COPIADO OU REVELADO A TERCEIROS. A APROVAÇÃO DESTE
DOCUMENTO NÃO EXIME A PROJETISTA DE SUA RESPONSABILIDADE SOBRE O MESMO.

Potrebbero piacerti anche