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Apostila Digital Licenciada para ana lemos - CPF:915.970.800-04 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.

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Prefeitura Municipal
de Sapucaia do Sul/RS
Secretário de Escola

Língua Portuguesa
1. Leitura e compreensão de textos: 1.1 Assunto. 1.2 Estruturação do texto. 1.3 Ideias principais e secundárias.
1.4 Relação entre as ideias. 1.5 Efeitos de sentido. ........................................................................................................1
1.6 Figuras de linguagem. ...................................................................................................................................................4
1.7 Recursos de argumentação. .........................................................................................................................................8
1.8 Informações implícitas: pressupostos e subentendidos. ..................................................................................... 10
1.9 Coesão e coerência textuais. ..................................................................................................................................... 11
2. Léxico: 2.1 Significação de palavras e expressões no texto. 2.2 Substituição de palavras e de expressões no
texto. .................................................................................................................................................................................... 15
2.3 Estrutura e formação de palavras. ........................................................................................................................... 21
3. Aspectos linguísticos: 3.1 Relações morfossintáticas. 3.2 Ortografia: emprego de letras e acentuação gráfica
sistema oficial vigente (inclusive o Acordo Ortográfico vigente, conforme Decreto 7.875/12). ........................ 23
3.3 Relações entre fonemas e grafias. ............................................................................................................................ 32
3.4 Flexões e emprego de classes gramaticais. ............................................................................................................ 33
3.5 Vozes verbais e sua conversão. ................................................................................................................................ 60
3.6 Concordância nominal e verbal. ............................................................................................................................... 62
3.7 Regência nominal e verbal (inclusive emprego do acento indicativo de crase). ............................................. 65
3.8 Coordenação e subordinação: emprego das conjunções, das locuções conjuntivas e dos pronomes relativos.
.............................................................................................................................................................................................. 72
3.9 Pontuação. .................................................................................................................................................................... 77

Matemática
1. Conjuntos Numéricos: Números naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais: Operações fundamentais
(adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação) propriedades das operações, múltiplos e
divisores, números primos, mínimo múltiplo comum, máximo divisor comum. ....................................................1
2. Razões e Proporções – grandezas direta e inversamente proporcionais, divisão em partes direta e
inversamente proporcionais, regra de três simples e composta. Sistema de Medidas: comprimento,
capacidade, massa e tempo (unidades, transformação de unidades), sistema monetário brasileiro. .............. 16
3. Calculo algébrico: monômios e polinômios ............................................................................................................. 30
4. Funções: Ideia de função, interpretação de gráficos, domínio e imagem, função do 1º grau, função do 2º
grau– valor de máximo e mínimo de uma função do 2º grau. .................................................................................. 32
5. Equações de 1º e 2º graus. Sistemas de equações de 1º grau com duas incógnitas. ........................................ 36
6. Triângulo retângulo: relações métricas no triângulo retângulo, teorema de Pitágoras e suas aplicações,
relações trigonométricas no triangulo retângulo. ...................................................................................................... 41
7. Teorema de Tales ......................................................................................................................................................... 45
8. Geometria Plana: cálculo de área e perímetro de polígonos. Circunferência e Círculo: comprimento da
circunferência, área do círculo. ...................................................................................................................................... 46
9. Noções de Geometria Espacial – cálculo do volume de paralelepípedos e cilindros circulares retos. ......... 52
10.Matemática Financeira: porcentagem, juro simples ............................................................................................ 56
11.Estatística: Cálculo de média aritmética simples e média aritmética ponderada ........................................... 59
12.Aplicação dos conteúdos acima listados em resolução de problemas. ............................................................. 63

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Raciocínio Lógico
1. Estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou eventos fictícios; deduzir novas
informações das relações fornecidas e avaliar as condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas
relações. Diagramas lógicos. 2. Proposições e conectivos: Conceito de proposição, valores lógicos das
proposições, proposições simples, proposições compostas. Operações lógicas sobre proposições: Negação,
conjunção, disjunção, disjunção exclusiva, condicional, bicondicional. 3. Construção de tabelas-verdade. .......1
Tautologias, contradições e contingências. .................................................................................................................. 14
Implicação lógica ............................................................................................................................................................... 17
Equivalência lógica ........................................................................................................................................................... 19
Leis De Morgan. ................................................................................................................................................................. 22
Argumentação e dedução lógica. ................................................................................................................................... 24
4. Sentenças abertas, operações lógicas sobre sentenças abertas. .......................................................................... 29
Quantificador universal, quantificador existencial, negação de proposições quantificadas. ............................. 29
5. Argumentos Lógicos Dedutivos; Argumentos Categóricos. ................................................................................... 32

Legislação
1. Lei Orgânica do Município. ............................................................................................................................................1
2. Lei 2028/1997 - Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de Sapucaia do Sul. ....................................... 24
3. Estatuto da Criança e do adolescente. ...................................................................................................................... 47
4. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN). ..................................................................................... 79
5. Plano Nacional de Educação. ...................................................................................................................................... 94
6. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. ......................................................................................108
7. Lei nº 13.146/2015 - Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. ...................................................146

Conhecimentos Específicos
1. Conhecimentos sobre as atividades de Secretaria de Escola ...................................................................................1
2. Correspondência oficial ..................................................................................................................................................7
3. Arquivo e protocolo.4. Organização de arquivos. 5. Escrituração escolar. 6. Documentos escolares
individuais e coletivos. 7. Registros relativos ao estabelecimento escolar............................................................. 19
8. Princípios e objetivos da educação brasileira .......................................................................................................... 39
9. Proposta Pedagógica da Escola................................................................................................................................... 47
10. Arquivamento de documentos passivos pedagógicos fundamentais ................................................................ 48
11. Procedimentos administrativos relativos à matrícula escolar ........................................................................... 50

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LÍNGUA PORTUGUESA

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APOSTILAS OPÇÃO

Quando passamos a gostar de algo, compreendemos melhor


seu funcionamento. Nesse caso, as palavras tornam-se
familiares a nós mesmos. Não se deixe levar pela falsa
impressão de que ler não faz diferença.
3: Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a
leitura, vá até o fim, ininterruptamente.
4: Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo
1. Leitura e compreensão menos duas vezes pois a primeira impressão pode ser falsa. É
de textos: 1.1 Assunto. 1.2 preciso paciência para ler outras vezes. Antes de responder as
questões, retorne ao texto para sanar as dúvidas. A primeira
Estruturação do texto. 1.3 leitura deve ser do tipo informativa, isto é, você deverá buscar
Ideias principais e as palavras mais importantes de cada parágrafo que
secundárias. 1.4 Relação entre constituem as palavras-chave do texto em torno das quais as
outras se organizam para dar significação e produzirem
as ideias. 1.5 Efeitos de sentido. Já na segunda leitura, do tipo interpretativa, você
sentido. deverá compreender, analisar e sintetizar as informações do
texto.
5: Ler o texto com perspicácia (observando os detalhes),
Interpretação de texto sutileza, malícia nas entrelinhas. Atenção ao que se pede. Às
vezes, a interpretação está voltada a uma linha do texto e por
Comumente encontrarmos pessoas que se queixam de que isso você deve voltar ao parágrafo para localizar o que se
não sabem compreender e interpretar textos. Muitas pessoas afirma. Outras vezes, a questão está voltada à ideia geral do
se acham incapazes de resolver questões sobre compreensão texto.
e interpretação de textos. 6: Realize uma nova leitura, desta vez sublinhando as
É preciso ler com muita atenção, reler, e na hora de palavras desconhecidas do texto.
examinar cada alternativa, voltar aos trechos citados para 7: Seja curioso, utilize um dicionário e encontre o
responder com muita confiança. significado das palavras que você sublinhou no texto.
Entender as técnicas de compreensão e interpretação de 8: Voltar ao texto quantas vezes precisar.
textos, além de ser importante para responder as questões 9: Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do
específicas, é fundamental para que você compreenda o autor.
enunciado das questões de atualidades, de matemática, de 10: Partir o texto em pedaços (parágrafos ou partes) para
direito e de raciocínio lógico, por exemplo. Muitos candidatos, melhor compreensão.
embora tenham bastante conhecimentos das matérias que 11: Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte)
caem nas provas, erram nas questões, simplesmente porque do texto correspondente.
não entendem o que a banca examinadora está pedindo. 12: Cuidado com os vocábulos: destoa, não, correta,
As questões de compreensão e interpretação de textos vêm incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras;
ganhando espaço nos concursos públicos. Também é a partir palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes,
de textos que as questões normalmente cobram a aplicação dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu.
das regras gramaticais nos grandes concursos de hoje em dia. 13: Quando duas alternativas lhe parecem corretas,
Por isso é cada vez mais importante observar os comandos das procurar a mais exata ou a mais completa.
questões. Normalmente o candidato é convidado a: 14: Quando o autor apenas sugerir uma ideia, procurar um
identificar: Reconhecer elementos fundamentais fundamento de lógica objetiva.
apresentados no texto. 15: Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela
comparar: Descobrir as relações de semelhanças ou de resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do
diferenças entre situações apresentadas no texto. texto.
comentar: Relacionar o conteúdo apresentado com uma 16: Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras
realidade, opinando a respeito. denuncia a resposta.
resumir: Concentrar as ideias centrais em um só 17: Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas
parágrafo. pelo autor, definindo o tema e a mensagem.
parafrasear: Reescrever o texto com outras palavras. 18: O autor defende ideias e você deve percebê-las.
continuar: Dar continuidade ao texto apresentado, 19: Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são
mantendo a mesma linha temática. importantíssimos na interpretação do texto.
Por isso, são condições básicas para o candidato fazer uma 20: Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura
correta interpretação de textos: o conhecimento histórico (aí de textos, um bom exercício para ampliar seu conhecimento
incluída a prática da leitura), o conhecimento gramatical e léxico, é fazer palavras cruzadas.
semântico (significado das palavras, aí incluídos homônimos, 21: Faça exercícios de palavras sinônimas e antônimas.
parônimos, sinônimos, denotação, conotação), e a capacidade
de observação, de síntese e de raciocínio. Fonte: http://canaldoensino.com.br/blog/21-dicas-para-estudar-
interpretacao-de-textos
Fonte:
http://www.gramaticaparaconcursos.com/2014/03/compreensao-e- Questões
interpretacao-de-textos.html
O uso da bicicleta no Brasil
Dicas para melhorar a interpretação de textos
A dificuldade na compreensão e interpretação de textos A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil
deve-se a falta do habito da leitura. Desenvolva o habito da ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países
leitura. Estabeleça uma meta de ler, pelo menos, um livro por como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta
mês. Leia o que você mais gosta. Veja as dicas: é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez
1: Não se assuste com o tamanho do texto. mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa
2: Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do comparação entre todos os meios de transporte, um dos que
assunto principal. Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. oferecem mais vantagens.

Língua Portuguesa 1
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APOSTILAS OPÇÃO

A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e (A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do
a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na ciclista.
calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos (B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta é
considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e mais seguro do que dirigir um carro.
prioridade sobre os automotores. (C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bicicleta
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à no Brasil.
bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, (D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como meio
pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não de locomoção se consolidou no Brasil.
consomem petróleo e produzem muito menos sucata de (E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista
metais, plásticos e borracha; a diminuição dos deve dar prioridade ao pedestre.
congestionamentos por excesso de veículos motorizados, que
atingem principalmente as grandes cidades; o favorecimento 03. Considere o cartum de Evandro Alves.
da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e a
economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro, Afogado no Trânsito
nos impostos.
No Brasil, está sendo implantado o sistema de
compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por
exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da
Prefeitura, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA,
com quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São
Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país
aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão com o
projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do
compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em
Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O
valor do passe mensal é R$ 10 e o do passe diário, R$ 5,
podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às
22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que já
aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em pontos (http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br)
estratégicos.
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não Considerando a relação entre o título e a imagem, é correto
está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não sabem concluir que um dos temas diretamente explorados no cartum
que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, ou é
desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um (A) o aumento da circulação de ciclistas nas vias públicas.
trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, (B) a má qualidade da pavimentação em algumas ruas.
ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas (C) a arbitrariedade na definição dos valores das multas.
vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados. (D) o número excessivo de automóveis nas ruas.
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A (E) o uso de novas tecnologias no transporte público.
verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão
totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso é 04. Considere o cartum de Douglas Vieira.
tão importante usar capacete e outros itens de segurança. A
maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e Televisão
caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos
ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e
deveres. Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de
vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender
que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para
poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro,
as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com
campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e
nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo.

(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net.


Adaptado)

01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como meio de


locomoção nas metrópoles brasileiras
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra (http://iiiconcursodecartumuniversitario.blogspot.com.br. Adaptado)
devido à falta de regulamentação.
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido É correto concluir que, de acordo com o cartum ,
incentivado em várias cidades. (A) os tipos de entretenimento disponibilizados pelo livro
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela ou pela TV são equivalentes.
maioria dos moradores. (B) o livro, em comparação com a TV, leva a uma
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com os imaginação mais ativa.
demais meios de transporte. (C) o indivíduo que prefere ler a assistir televisão é alguém
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade que não sabe se distrair.
arriscada e pouco salutar. (D) a leitura de um bom livro é tão instrutiva quanto
assistir a um programa de televisão.
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos (E) a televisão e o livro estimulam a imaginação de modo
objetivos centrais do texto é idêntico, embora ler seja mais prazeroso.

Língua Portuguesa 2
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APOSTILAS OPÇÃO

Leia o texto para responder às questões: agressiva.


(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de
Propensão à ira de trânsito experiências e atividades não só individuais como também
sociais.
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente (E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle das
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais seguro emoções positivas por parte dos motoristas.
do mundo, existem muitas variáveis de risco no trânsito, como
clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. Respostas
E com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas 1. (B) / 2. (A) / 3. (D) / 4. (B) / 5. (D)
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, mas
também se engajam num comportamento de risco – algumas IDEIAS PRINCIPAIS E IDEIAS SECUNDÁRIAS
até agem especificamente para irritar o outro motorista ou
impedir que este chegue onde precisa. Para uma boa compreensão textual é necessário entender
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá ter a estrutura interna do texto, analisar as ideias primárias e
antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando um secundárias1 e verificar como elas se relacionam.
motorista a tomar decisões irracionais. As ideias principais estão relacionadas com o tema central,
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocionante. o assunto núcleo. Já as ideias secundárias unem-se às ideias
Para muitos de nós, os carros são a extensão de nossa principais e formam uma cadeia, ou seja, ocorre a explanação
personalidade e podem ser o bem mais valioso que possuímos. da ideia básica e a seguir o desdobramento dessa ideia nos
Dirigir pode ser a expressão de liberdade para alguns, mas parágrafos seguintes, a fim de aprofundar o assunto.
também é uma atividade que tende a aumentar os níveis de Exemplos:
estresse, mesmo que não tenhamos consciência disso no “Meu primo já havia chegado à metade da perigosa ponte
momento. de ferro quando, de repente, um trem saiu do trilho, a cem
Dirigir é também uma atividade comunitária. Uma vez que metros da ponte. (Ideia principal)
entra no trânsito, você se junta a uma comunidade de outros Com isso, ele não teve tempo de correr para a frente ou
motoristas, todos com seus objetivos, medos e habilidades ao para trás, mas, demonstrando grande presença de espírito,
volante. Os psicólogos Leon James e Diane Nahl dizem que um agachou-se, segurou com as mãos um dos dormentes e deixou
dos fatores da ira de trânsito é a tendência de nos o corpo, pendurado.” (Ideia secundária)
concentrarmos em nós mesmos, descartando o aspecto
comunitário do ato de dirigir. Com este exemplo podemos perceber que a ideia principal
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, o Dr. refere-se a ação perigosa, agravada pelo aparecimento do trem
James acredita que a causa principal da ira de trânsito não são e as ideias secundárias aparecem para complementar a ideia
os congestionamentos ou mais motoristas nas ruas, e sim principal, no qual mostra como o primo do narrador conseguiu
como nossa cultura visualiza a direção agressiva. As crianças sair-se da perigosa situação em que se encontrava.
aprendem que as regras normais em relação ao
comportamento e à civilidade não se aplicam quando Em geral os parágrafos devem conter apenas uma ideia
dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos em principal acompanhado de ideias secundárias. Entretanto, é
comportamentos de disputa ao volante, mudando de faixa muito comum encontrarmos, em parágrafos pequenos, apenas
continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sempre com a ideia principal. Veja outro exemplo:
pressa para chegar ao destino.
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos “O dia amanhecera lindo na Fazenda Santo Inácio. Os dois
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era filhos do Sr. Soares, administrador da fazenda, resolveram
descarregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a aproveitar o bom tempo. Pegaram um animal, montaram e
descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma seguiram contentes pelos campos, levando um farto lanche,
situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode preparado pela mãe.”
transformar um incidente em uma violenta briga.
Com isso em mente, não é surpresa que brigas violentas Nesse trecho, há dois parágrafos.
aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas está No primeiro, só há uma ideia desenvolvida, que
predisposta a apresentar um comportamento irracional corresponde à ideia principal do parágrafo: “O dia amanhecera
quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a maior lindo na Fazenda Santo Inácio.”
parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada quando E no segundo, já podemos perceber a relação ideia
dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, é estar ciente principal + ideias secundárias. Observe:
de seu estado emocional e fazer as escolhas corretas, mesmo
quando estiver tentado a agir só com a emoção. Ideia principal = Os dois filhos do Sr. Soares, administrador
da fazenda, resolveram aproveitar o bom tempo.
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.uol.com.br/furia-
no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. Adaptado)
Ideia secundárias = Pegaram um animal, montaram e
05. Tomando por base as informações contidas no texto, é seguiram contentes pelos campos, levando um farto lanche,
correto afirmar que preparado pela mãe.
(A) os comportamentos de disputa ao volante acontecem à
medida que os motoristas se envolvem em decisões Agora que já vimos alguns exemplos, você deve estar se
conscientes. perguntando: “Afinal, de que tamanho será o parágrafo?”
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são causadas Bem, o que podemos responder é que não há como apontar
pela constante preocupação dos motoristas com o aspecto um padrão, no que se refere ao tamanho ou extensão do
comunitário do ato de dirigir. parágrafo. Há exemplos em que se veem parágrafos muito
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas é o pequenos; outros, em que são maiores e outros, ainda, muito
principal motivo que provoca, nos motoristas, uma direção extensos.

1http://portugues.camerapro.com.br/redacao-8-o-paragrafo-narrativo-

ideia-principal-e-ideia-secundaria/.

Língua Portuguesa 3
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APOSTILAS OPÇÃO

Também não há como dizer o que é certo ou errado em Os peixes nadavam agilmente no aquário.
termos da extensão do parágrafo, pois o que é importante (A) na casa repleta, os animais viviam tranquilos e em
mesmo, é a organização das ideias. No entanto, é sempre útil harmonia.
observar o que diz o dito popular – “nem oito, nem oitenta…”. (B) todos davam reviravoltas, iam até o fundo, subiam à
Assim como não é aconselhável escrevermos um texto, tona para pegar alimento, numa agitação encantadora.
usando apenas parágrafos muito curtos, também não é (C) as crianças, num alegria contagiante, jogavam migalhas
aconselhável empregarmos os muito longos. de pão, e os peixes, muito agitados, vinham à tona para
Essas observações são muito úteis para quem está alcançá-las.
iniciando os trabalhos de redação. Com o tempo, a prática dirá
quando e como usar parágrafos – pequenos, grandes ou muito 03. Assinale a alternativa cuja ideia não se relaciona com as
grandes. outras ideias do parágrafo. Depois, complete o parágrafo
Até aqui, vimos que o parágrafo apresenta em sua utilizando qualquer uma que possa completar a ideia dada.
estrutura, uma ideia principal e outras secundárias. Isso não
significa, no entanto, que sempre a ideia principal apareça no Na sala, a professora iniciava sua aula de Português.
início do parágrafo. Há casos em que a ideia secundária inicia (A) os alunos, atenciosos, iam arrumando o material de
o parágrafo, sendo seguida pela ideia principal. Veja o desenho sobre as carteiras: régua, esquadro, compasso, lápis
exemplo: de cor, etc.
“As estacas da cabana tremiam fortemente, e duas ou três (B) os alunos, a pedido da professora, abriram os livros à
vezes, o solo estremeceu violentamente sob meus pés. Logo pág. 40, e iniciaram a leitura silenciosa do texto.
percebi que se tratava de um terremoto.” (C) todos os alunos abriram o livro e a professora iniciou a
explicação do texto.
Observe que a ideia mais importante está contida na frase:
“Logo percebi que se tratava de um terremoto”, que aparece no 04. Assinale a alternativa cuja ideia não se relaciona com as
final do parágrafo. As outras frases (ou ideias) apenas outras ideias do parágrafo. Depois, complete o parágrafo
explicam ou comprovam a afirmação: “as estacas tremiam utilizando qualquer uma que possa completar a ideia dada.
fortemente, e duas ou três vezes, o solo estremeceu
violentamente sob meus pés” e estas estão localizadas no início O cantor popular iniciou o espetáculo musical.
do parágrafo. (A) em seu repertório havia canções variadas com que ele
Então, a respeito da estrutura do parágrafo, concluímos homenageava todos os Estados brasileiros.
que as ideias podem organizar-se da seguinte maneira: (B) no teatro lotado, o povo assistia ao balé moderno.
(C) o som alegre dos instrumentos musicais misturava-se
Ideia principal + ideias secundárias às canções mais conhecidas da plateia.
ou
Ideias secundárias + ideia principal 05. Complete os parágrafos a seguir, escolhendo no
retângulo uma ou mais ideias que estejam relacionadas com a
Lembrando que ideia principal e as ideias secundárias não ideia em dada.
são ideias diferentes e, por isso, não podem ser separadas em No meio da noite, despertei e ouvi vozes agitadas no
parágrafos diferentes. Ao selecionarmos as ideias secundárias corredor. …………..
devemos verificar as que realmente interessam ao
desenvolvimento da ideia principal e mantê-las juntas no (A) o quarto estava claro e silencioso.
mesmo parágrafo. Com isso, estaremos evitando e repetição de (B) pelas frestas da janela entravam alguns raios de sol.
palavras e assegurando a sua clareza. (C) a luz do lampião entrava por debaixo da porta. Sentei-
E ao termos várias ideias secundárias, é importante que me na cama e fiquei a ouvir a discussão.
sejam identificadas aquelas que realmente se relacionam à (D) na casa reinava silêncio absoluto.
ideia principal. Esse cuidado é de grande valia ao se redigir
parágrafos sobre qualquer assunto. Gabarito
01.C / 02. A / 03. A / 04.B / 05.C
Questões

01. Assinale a alternativa cuja ideia não se relaciona com


as outras ideias do parágrafo. Depois, complete o parágrafo
utilizando qualquer uma que possa completar a ideia dada. 1.6 Figuras de linguagem.
Havia no rosto de cada criança a expectativa de uma festa
maravilhosa.
(A) a mesa, arrumada com todo carinho, estava repleta de FIGURAS DE LINGUAGEM2
docinhos e enfeites coloridos, reservando surpresas deliciosas
para a meninada. Também chamadas de Figuras de Estilo. Podemos
(B) os palhaços entraram no palco, dando cambalhotas, classificá-las em quatro tipos:
fazendo piruetas e alegrando a todos. - Figuras de Palavras (ou tropos);
(C) O dentista chegou e as foi chamando, uma a uma, para - Figuras de Harmonia;
iniciar o tratamento. - Figuras de Construção (ou de sintaxe);
- Figuras de Pensamento.
02. Assinale a alternativa cuja ideia não se relaciona com
as outras ideias do parágrafo. Depois, complete o parágrafo
utilizando qualquer uma que possa completar a ideia dada.

2
SCHICAIR. Nelson M. Gramática do Português Instrumental. 2ª. ed Niterói:
Impetus, 2007.

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APOSTILAS OPÇÃO

Figuras de Palavra - O singular pelo plural. Exemplo: O homem é um animal


racional. (o singular homem está sendo usado no lugar do
São as que dependem do uso de determinada palavra com plural homens).
sentido novo ou com sentido incomum. Vejamos:
- O gênero ou a qualidade pela espécie. Exemplo: Nós
Metáfora: é um tipo de comparação (mental) sem uso de mortais, somos imperfeitos. (= seres humanos).
conectivos comparativos, com utilização de verbo de ligação
explícito na frase. Exemplo: - A matéria pelo objeto. Exemplo: Ele não tem um níquel.
“Sua boca era um pássaro escarlate.” (Castro Alves) (= moeda).

Catacrese: consiste em transferir a uma palavra o sentido Observação: os últimos 5 casos recebem também o nome
próprio de outra, utilizando-se formas já incorporadas aos de Sinédoque.
usos da língua. Se a metáfora surpreende pela originalidade da
associação de ideias, o mesmo não ocorre com a catacrese, que Sinédoque: significa a troca que ocorre por relação de
já não chama a atenção por ser tão repetidamente usada. compreensão e que consiste no uso do todo, pela parte do
plural pelo singular, do gênero pela espécie, ou vice-versa.
Exemplos: Exemplo: O mundo é violento. (= os homens)
Batata da perna Azulejo vermelho
Pé da mesa Cabeça de alho Perífrase: é a substituição de um nome por uma expressão
que facilita a sua identificação.
Comparação ou Símile: é a comparação entre dois Exemplo: O país do futebol acredita no seu povo. (país do
elementos comuns; semelhantes. Normalmente se emprega futebol = Brasil)
uma conjunção comparativa: como, tal qual, assim como, que
nem. Exemplo: Figuras de Harmonia
“Como um anjo caído, fiz questão de esquecer...” (Legião
Urbana) São as que reproduzem os efeitos de repetição de sons,
ou ainda quando se busca representa-los. São elas:
Sinestesia: é a fusão de no mínimo dois dos cinco sentidos
físicos. Exemplos: Aliteração: repetição consonantal fonética (som da letra)
“De amargo e então salgado ficou doce, - Paladar geralmente no início da palavra.
Assim que teu cheiro forte e lento - Olfato Exemplo: “Sonhei que estava sonhando um sonho
Fez casa nos meus braços e ainda leve - Tato sonhado...” (Martinho da Vila)
E forte e cego e tenso fez saber - Visão
Que ainda era muito e muito pouco.” (Legião Urbana) Assonância: repetição da mesma vogal no decorrer de um
verso ou poema. Exemplo:
Antonomásia: quando substituímos um nome próprio “Sou Ana, da cama
pela qualidade ou característica que o distingue. Exemplos: Da cana, fulana bacana
O Águia de Haia (= Rui Barbosa) Sou Ana de Amsterdã.” (Chico Buarque)
O Pai da Aviação (= Santos Dumont)
Paronomásia: reprodução de sons semelhantes através
Metonímia: troca-se uma palavra por outra com a qual ela de palavras de significados diferentes. Exemplos:
se relaciona. Ocorre a metonímia quando substituímos: “Berro pelo aterro pelo desterro
- O autor ou criador pela obra. Exemplo: Gosto de ler Berro por seu berro pelo seu erro
Jorge Amado (observe que o nome do autor está sendo usado Quero que você ganhe que você me apanhe
no lugar de suas obras). Sou o bezerro gritando mamãe...”
(Caetano Veloso)
- O efeito pela causa e vice-versa. Exemplo: Ganho a vida
com o suor do meu rosto. (o suor é o efeito ou resultado e está Figuras de Construção
sendo usado no lugar da causa, ou seja, o “trabalho”).
Dizem respeito aos desvios de padrão de concordância
- O continente pelo conteúdo. Exemplo: Ela comeu uma quer quanto à ordem, omissões ou excessos. Dividem-se em:
caixa de doces. (= doces).
Omissão
- O abstrato pelo concreto e vice-versa. Exemplo: A Assíndeto: ocorre por falta ou supressão de conectivos.
velhice deve ser respeitada. (= pessoas velhas). Exemplos:
"Saí, bebi, enfim, vivi." (Nel de Moraes)
- O instrumento pela pessoa que o utiliza. Exemplo: Ele "Vim, vi e venci." (Júlio César)
é bom volante. (= piloto ou motorista).
- O lugar pelo produto. Exemplo: Gosto muito de tomar Elipse: supressão de vocábulo(s) que são facilmente
um Porto. (= a vinho da cidade do Porto). identificável(is). Exemplos:
"(Eu) Queria ser um pássaro dentro da noite."
- O símbolo ou sinal pela coisa significada. Exemplo: Os "No céu, (há) estrelas que brilham indômitas."
revolucionários queriam o trono. (= império, o poder).
Zeugma: elipse especial que consiste na supressão de um
- A parte pelo todo. Exemplo: Não há teto para os termo já, anteriormente, expresso no contexto. Exemplos:
necessitados. (= a casa). "Nós nos desejamos e (nós) não nos possuímos."
- O indivíduo pela classe ou espécie. Exemplo: Ele foi o "Foi saqueada a vila, e (foram) assassinados os partidários
judas do grupo. (= espécie dos homens traidores). dos Filipes." (Camilo Castelo Branco)
Repetição
Anáfora: é a repetição intencional de palavras, no início de
um período, frase ou verso. Exemplos:

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APOSTILAS OPÇÃO

“Eu quase não saio Concordância Ideológica


Eu quase não tenho amigo Silepse: é a concordância feita pela ideia, e não através das
Eu quase não consigo prerrogativas das classes das palavras. São três:
Ficar na cidade sem viver contrariado."
(Gilberto Gil) a) De Gênero: masculino e feminino não concordam. Ex.:
"A vítima era lindo e o carrasco estava temerosa quanto à
Polissíndeto: repetição enfática de conjunções reação da população."
coordenativas (geralmente e). Exemplos: Perceba que vítima e carrasco não receberam de seus
"E saber, e crescer, e ser, e haver adjetivos lindo e temerosa a 'atenção' devida, por quê? Isso se
E perder, e sofrer, e ter horror." deve à ideia de que os substantivos sobrecomuns designam
(Vinícius de Morais)
ambos os sexos, e não ambos os gêneros, portanto, por
questões estilísticas, o autor do texto preferiu a ideia à regra
Pleonasmo: repetição da ideia, isto é, redundância
gramatical rígida que impõe que adjetivos concordem em
semântica e sintática, divide-se em:
gênero com o substantivo, não em sexo.
a) Gramatical: com objetos direto ou indireto redundantes,
chamam-nos pleonásticos. Exemplos:
b) De Número: singular e plural não concordam entre si.
"Perdoo-te a ti, meu amor."
Ex.: "O esquadrão sobrevoaram o céu azul daquela manhã
"O carro velho, eu o vendi ontem."
de verão."
Ocorre algo semelhante na silepse de número, apenas se
b) Vicioso: deve ser evitado por não acrescentar
ressalve que nesses casos o 'desprezo' se dá quanto à
informação nova ao que já havia sido dito anteriormente.
concordância verbal, afinal, esquadrão é palavra de natureza
Exemplos: subir para cima; descer para baixo; repetir de novo;
coletiva (coletivo de aviões) e, mais uma vez por questões
hemorragia sanguínea; protagonista principal; monopólio
estilísticas, o autor preferiu à regra, na qual se baseia a
exclusivo.
Gramática Normativa, o livre voar de suas ideias.
Ruptura
c) De Pessoa: sujeito e verbo não concordam entre si. Ex.:
Anacoluto: a construção do período deixa um ou mais
“A gente não sabemos escolher presidente.”
termos sem função sintática. Dê atenção especial porque o
“A gente não sabemos tomar conta da gente."
anacoluto é parecido com o pleonasmo, ou melhor, na (Ultraje a Rigor)
tentativa de um pleonasmo sintático, muitas vezes, acaba-se Nos casos de silepse de pessoa há, por parte do autor, uma
por criar a ruptura. Exemplo: clara intromissão, característica do discurso indireto livre,
"Os meus vizinhos, não confio mais neles." - a função quando, ao informar, o emissor se coloca como parte da ação.
sintática de os meus vizinhos é nula, não há; entretanto, se
houvesse preposição (Nos meus vizinhos, não confio mais Figuras de Pensamento
neles), o termo seria objeto indireto, enquanto neles seria o
objeto indireto pleonástico. São recursos de linguagem que se referem ao aspecto
semântico, ou seja, ao significado dentro de um contexto.
Inversão
Anástrofe: inversão sintática leve. Exemplos: Antítese: é a aproximação de palavras de sentidos
"Tão leve estou que já nem sombra tenho." (ordem contrários, antagônicos. Exemplos:
inversa) (Mário Quintana) "Onde queres prazer, sou o que dói
"Estou tão leve que já não tenho sombra." (ordem direta) E onde queres tortura, mansidão
Onde, queres um lar, Revolução
Hipálage: inversão de um adjetivo (uma qualidade que E onde queres bandido, sou herói."
pertence a um é atribuída a outro substantivo). Exemplos: (Caetano Veloso)
“A mulher degustava lânguida cigarrilha.”
Lânguida = sensual, portanto lânguida é a mulher, e não a Paradoxo ou Oximoro: é mais que a aproximação
cigarrilha como faz supor. antitética; é a própria ideia que se contradiz. Exemplos:
"Em cada olho um grito castanho de ódio." (Dalton Trevisan) "O mito é o nada que é tudo." (Fernando Pessoa)
Castanhos são os olhos, e não o grito. "Mas tão certo quanto o erro de seu barco a motor é insistir
em usar remos."
Hipérbato: inversão complexa de termos da frase. (Legião Urbana)
Exemplos:
"Enquanto manda as ninfas amorosas grinaldas nas Apóstrofe: é a evocação, o chamamento. Identifica-se
cabeças pôr de rosas." (Camões) facilmente na função sintática do VOCATIVO. Exemplos:
“Enquanto manda as ninfas amorosas pôr grinaldas de "Ó lindo mar verdejante,
rosas na cabeça.” tuas ondas entoam cantos,
Sínquise: há uma inversão violenta de distantes partes da és tu o dono reinante
oração. É um hipérbato "hiperbólico". Exemplos: das brancas marés espumantes..."
(Nel de Moraes)
“...entre vinhedo e sebe
corre uma linfa e ele no seu de faia
Perífrase: designação dos objetos, acidentes geográficos,
de ao pé do Alfeu Tarro escultado bebe.”
(Alberto de Oliveira) indivíduos e outros que não queremos simplesmente nomear.
“Uma linfa corre entre vinhedo e sebe, e ele bebe no seu Exemplos:
Tarro escultado, de faia, ao pé do Alfeu.”

Quiasmo: inversão de palavras que se repetem. Exemplos:


"Tinha uma pedra no meio do meu caminho. / No meio do meu
caminho tinha uma pedra."
(G. D. Andrade)

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APOSTILAS OPÇÃO

"Última Flor do Lácio3, inculta e bela, que são as poças d’água. / Quero um poema para vingar minha
és a um tempo esplendor e sepultura." insônia.” (Olga Savary, “Insônia”)
(Olavo Bilac)
Cidade Luz [z: Paris) Nesses versos finais do poema, encontramos as seguintes
Veneza Brasileira (= Recife) figuras de linguagem:
Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) (A) silepse e zeugma
Rei dos Animais (= leão) (B) eufemismo e ironia.
(C) prosopopeia e metáfora.
Gradação: é uma sequência de palavras ou ideias que (D) aliteração e polissíndeto.
servem de intensificação numa sequência temporal. Ex.: (E) anástrofe e aposiopese.
"Dissecou-a a tal ponto, e com tal arte, que ela, rota, baça,
nojenta, vil." 02. (IF/PA - Auxiliar em Administração - FUNRIO/2016)
(Raimundo Corrêa)
“Eu sou de lá / Onde o Brasil verdeja a alma e o rio é mar / Eu
sou de lá / Terra morena que eu amo tanto, meu Pará.” (Pe. Fábio
Ironia: consiste em dizer o oposto do que se pensa, com de Melo, “Eu Sou de Lá”)
intenção sarcástica ou depreciativa. Exemplos:
"A excelente Dona lnácia era mestra na arte de judiar de Nesse trecho da canção gravada por Fafá de Belém,
criança." (Monteiro Lobato) encontramos a seguinte figura de linguagem:
"Dona Clotilde, o arcanjo do seu filho quebrou minhas (A) antítese.
vidraças." (B) eufemismo.
(C) ironia
Hipérbole: é a figura do exagero, a fim de proporcionar (D) metáfora
uma imagem chocante ou emocionante. Exemplos: (E) silepse.
"Rios te correrão dos olhos, se chorares!" (Olavo Bilac)
"Existem mil maneiras de preparar Neston." 03. (Pref. de Itaquitinga/PE - Técnico em Enfermagem
- IDHTEC/2016)
Eufemismo: Figura que atenua ideias desagradáveis ou
penosas. Exemplos: MAMÃ NEGRA (Canto de esperança)
"E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir
Deus lhe pague." (Chico Buarque) Tua presença, minha Mãe - drama vivo duma Raça, Drama
Paz derradeira = morte de carne e sangue Que a Vida escreveu com a pena dos séculos!
Pelo teu regaço, minha Mãe, Outras gentes embaladas à voz da
"Aquele homem de índole duvidosa apropriou-se (ladrão) ternura ninadas do teu leite alimentadas de bondade e poesia
indevidamente dos meus pertences." (roubou) de música ritmo e graça... santos poetas e sábios... Outras
gentes... não teus filhos, que estes nascendo alimárias
Disfemismo: expressão grosseira em lugar de outra, semoventes, coisas várias, mais são filhos da desgraça: a
suave, branda. Exemplo: enxada é o seu brinquedo trabalho escravo - folguedo... Pelos
“Você não passa de um porco ... um pobretão.” teus olhos, minha Mãe Vejo oceanos de dor Claridades de sol-
posto, paisagens Roxas paisagens Mas vejo (Oh! se vejo! ...) mas
Personificação ou Prosopopeia: Consiste em dar vida a vejo também que a luz roubada aos teus [olhos, ora esplende
seres inanimados. Exemplos: demoniacamente tentadora - como a Certeza... cintilantemente
"O vento beija meus cabelos firme - como a Esperança... em nós outros, teus filhos, gerando,
As ondas lambem minhas pernas formando, anunciando - o dia da humanidade.
O sol abraça o meu corpo." (Viriato da Cruz. Poemas, 1961, Lisboa, Casa dos Estudantes do Império)
(Lulu Santos - Nelson Motta)
O poema, Mamã Negra:
"Sob o sol respira o mar, (A) É uma metáfora para a pátria sendo referência de um
dedilhando as ondas, belo olhar. país africano que foi colonizado e teve sua população
Faiscando espumas, lágrimas escravizada.
saúdam sereias amantes: (B) É um vocativo e clama pelos efeitos negativos da
Te escutam, te amam, te lambem." escravização dos povos africanos.
(Nel de Moraes)
(C) É a referência resumida a todo o povo que compõe um
país libertado depois de séculos de escravidão.
Reificação: consiste em 'coisificar' os seres humanos.
(D) É o sofrimento que acometeu todo o povo que ficou na
Exemplo: "Tia, já botei os candidatos na lista."
terra e teve seus filhos levados pelo colonizador.
(E) É a figura do colonizador que mesmo exercendo o
Lítotes: consiste em negar por afirmação ou vice-versa.
poder por meio da opressão foi “ninado “ela Mamã Negra.
Exemplos:
"Ela até que não é feia." -logo, é bonita!
04. (Pref. de Florianópolis/SC - Auxiliar de Sala -
"Você está exagerando. Não subestime a sua inteligência."
FEPESE/2016) Analise as frases abaixo:
- porque ela é inteligente.
1. “Calções negros corriam, pulavam durante o jogo.”
Questões
2. A mulher conquistou o seu lugar!
3. Todo cais é uma saudade de pedra.
01. (IF/PA - Assistente em Administração - FUNRIO/2016)
4. Os microfones foram implacáveis com os novos artistas.
“Quero um poema ainda não pensado, / que inquiete as marés
de silêncio da palavra ainda não escrita nem pronunciada, /
que vergue o ferruginoso canto do oceano / e reviva a ruína

3
Flor do Lácio (= Língua Portuguesa)

Língua Portuguesa 7
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APOSTILAS OPÇÃO

Assinale a alternativa que corresponde correta e


sequencialmente às figuras de linguagem apresentadas:
(A) metáfora, metonímia, metáfora, metonímia
(B) metonímia, metonímia, metáfora, metáfora
(C) metonímia, metonímia, metáfora, metonímia
(D) metonímia, metáfora, metonímia, metáfora
(E) metáfora, metáfora, metonímia, metáfora

05. (COMLURB - Técnico de Segurança do Trabalho -


IBFC/2016) Leia o poema abaixo e assinale a alternativa que Os argumentos devem ter um embasamento, nunca deve-
indica a figura de linguagem presente no texto: se afirmar algo que não venha de estudos ou informações
previamente adquiridas.
Amor é fogo que arde sem se ver Os exemplos dados devem ser coerentes com a realidade,
Amor é fogo que arde sem se ver; ou seja, podem até ser fictícios, mas não podem ser
É ferida que dói e não se sente; inverossímeis.
É um contentamento descontente; Caso haja citações de pessoas ou trechos de textos os
É dor que desatina sem doer; mesmos devem ser razoavelmente confiáveis, não se pode
(Camões) citar qualquer pessoa.
Experiências que comprovem os argumentos devem ser
(A) Onomatopeia também coerentes com a realidade.
(B) Metáfora Há de se imaginar sempre os questionamentos, dúvidas e
(C) Personificação pensamentos contrários dos leitores quanto à sua
(D) Pleonasmo argumentação, para que a partir deles se possa construir
melhores argumentos, fundamentados em mais estudo e
Respostas pesquisa.
01.C / 02.D / 03.A / 04.C / 05.B Quanto a estrutura do texto, este deve apresentar uma
lógica de pensamentos. Os raciocínios devem ter uma relação
entre si, e um deve continuar o que o outro afirmava.
No início do texto deve-se apresentar o assunto e a
1.7 Recursos de problemática que o envolve, sempre tomando cuidado para
não se contradizer.
argumentação. Ao decorrer do texto vão sendo apresentados os
argumentos propriamente ditos, junto com exemplificações e
citações (se existirem).
No final do texto as ideias devem ser arrematadas com uma
ARGUMENTAÇÃO tese (a conclusão). Essa conclusão deve vir sendo prevista pelo
leitor durante todo o texto, à medida que ele vai lendo e se
Argumentar4 é a capacidade de relacionar fatos, teses, direcionando para concordar com ela.
estudos, opiniões, problemas e possíveis soluções a fim de A argumentação não trabalha com fatos claros e evidentes,
embasar determinado pensamento ou ideia. mas sim investiga fatos que geram opiniões diversas, sempre
Um texto argumentativo sempre é feito visando um em busca de encontrar fundamentos para localizar a opinião
destinatário. O objetivo desse tipo de texto é convencer, mais coerente.
persuadir, levar o leitor a seguir uma linha de raciocínio e a Não se pode, em uma argumentação, afirmar a verdade ou
concordar com ela. negar a verdade afirmada por outra pessoa. O objetivo é fazer
Para que a argumentação seja convincente é necessário com que o leitor concorde e não com que ele feche os olhos
levar o leitor a um “beco sem saída”, onde ele seja obrigado a para possíveis contra-argumentos.
concordar com os argumentos expostos. Caso seja necessário se pode também fazer uma
No caso da redação, por ser um texto pequeno, há uma comparação entre vários ângulos de visão a respeito do
obrigatoriedade em ser conciso e preciso, para que o leitor assunto, isso poderá ajudar no processo de convencimento do
possa ser levado direto ao ponto chave. Para isso é necessário leitor, pois não dará margens para contra-argumentos. Porém
que se exponha a questão ou proposta a ser discutida logo no deve-se tomar muito cuidado para não se contradizer e para
início do texto, e a partir dela se tome uma posição, sempre de ser claro. Para isso é necessário um bom domínio do assunto.
forma impessoal. O envolvimento de opiniões pessoais, além
de ser terminantemente proibido em textos que serão Organização Textual
analisados em concursos, pode comprometer a veracidade dos
fatos e o poder de convencimento dos argumentos utilizados O ser humano se comunica por meio de textos. Desde uma
Por exemplo, é muito mais aceitável uma afirmação de um simples e passageira interjeição como “Olá” até uma
autor renomado ou de um livro conhecido do que o simples mensagem muitíssimo extensa. Em princípio, esses textos
posicionamento do redator a respeito de determinado eram apenas orais. Hoje, são também escritos. Nesse processo,
assunto. os textos ganharam formas de organização distintas, com
Uma boa argumentação só é feita a partir de pequenas propósitos nitidamente distintos também. As principais
regras as quais facilmente são encontradas em textos do dia a formas de organização textual registradas na humanidade são,
dia, já que durante a nossa vida levamos um longo tempo assim:
tentando convencer as outras pessoas de que estamos certos. - Narrativa: aquela que compreende textos que contam
uma história, relatam um acontecimento.
- Argumentativa: a que visa ao convencimento do
interlocutor.

4http://www.infoescola.com/redacao/argumentacao/ http://brasilescola.uol.com.br/redacao/a-argumentacao.htm
http://educacao.globo.com/portugues/assunto/texto-
argumentativo/argumentacao.html

Língua Portuguesa 8
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APOSTILAS OPÇÃO

- Descritiva: cuja finalidade é apresentar concreta ou compensam o dinheiro gasto com essas doenças.
metaforicamente uma dada descrição.
Cada uma dessas formas de organização textual desdobra- Há diferentes tipos de argumentos e a escolha certa
se em inúmeros gêneros textuais distintos, que nada mais são consolida o texto.
do que cada concretizável possível a cada um dos objetivos - Argumentação por citação: sempre que queremos
textuais. Assim, por exemplo, a diferentes formas e formatos defender uma ideia, procuramos pessoas ‘consagradas’, que
para se narrar: fábula, conto de fadas, romance, conto, notícia, pensam como nós acerca do tema em evidência.
fofoca, etc. Apresentamos no corpo de nosso texto a menção de uma
informação extraída de outra fonte. A citação pode ser
Texto Argumentativo apresentada assim:
Esse tipo de texto, que é aplicado nas redações do Enem, Para Piaget, “toda moral consiste num sistema de regras e a
inclui diferentes gêneros, tais quais, dissertação, artigo de essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que
opinião, carta argumentativa, editorial, resenha o indivíduo adquire por essas regras” (Piaget, 1994, p.11).
argumentativa, dentre outros. A essência da moral é o respeito às regras. A capacidade
Todo e qualquer texto argumentativo, como já dito, visa ao intelectual de compreender que a regra expressa uma
convencimento de seu ouvinte/leitor. Por isso, ele sempre se racionalidade em si mesma equilibrada.
baseia em uma tese, ou seja, o ponto de vista central que se O trecho citado deve estar de acordo com as ideias do texto,
pretende veicular e a respeito do qual se pretende convencer assim, tal estratégia poderá funcionar bem.
esse interlocutor. Nos gêneros argumentativos escritos,
sobretudo, convém que essa tese seja apresentada, de maneira - Argumentação por comprovação: a sustentação da
clara, logo de início e que, depois, através de uma argumentação se dará a partir das informações apresentadas
argumentação objetiva e de diversidade lexical seja (dados, estatísticas, percentuais) que a acompanham.
sustentada/defendida, com vistas ao mencionado Esse recurso é explorado quando o objetivo é contestar um
convencimento. ponto de vista equivocado. Veja:
A estrutura geral de um texto argumentativo consiste de O ministro da Educação, Cristovam Buarque, lança hoje o
introdução, desenvolvimento e conclusão, nesta ordem. Cada Mapa da Exclusão Educacional. O estudo do Inep, feito a partir
uma dessas partes, por sua vez tem função distinta dentro da de dados do IBGE e do Censo Educacional do Ministério da
composição do texto: Educação, mostra o número de crianças de sete a catorze anos
que estão fora das escolas em cada Estado.
Introdução: é a parte do texto argumentativo em que Segundo o mapa, no Brasil, 1,4 milhão de crianças, ou 5,5
apresentamos o assunto de que trataremos e a tese a ser % da população nessa faixa etária (sete a catorze anos), para a
desenvolvida a respeito desse assunto. qual o ensino é obrigatório, não frequentam as salas de aula.
Desenvolvimento: é a argumentação propriamente dita, O pior índice é do Amazonas: 16,8% das crianças do
correspondendo aos desdobramentos da tese apresentada. Estado, ou 92,8 mil, estão fora da escola. O melhor, o Distrito
Esse é o coração do texto, por isso, comumente se desdobra em Federal, com apenas 2,3% (7 200) de crianças excluídas,
mais de um parágrafo. De modo geral, cada argumentação em seguido por Rio Grande do Sul, com 2,7% (39 mil) e São Paulo,
defesa da tese geral do texto corresponde a um parágrafo. com 3,2% (168,7 mil).
Conclusão: a parte final do texto em que retomamos a tese (Mônica Bergamo. Folha de S. Paulo, 3.12.2003)
central, agora já respaldada pelos argumentos desenvolvidos
ao longo do texto. Nesse tipo de citação o autor precisa de dados que
demonstrem sua tese.
Relação entre Tese e Argumento
De modo geral, a relação entre tese e argumento pode ser - Argumentação por raciocínio lógico: a criação de
compreendida de duas maneiras principais: relações de causa e efeito é um recurso utilizado para
Argumento, portanto, Tese (A→ pt→T) ou Tese porque demonstrar que uma conclusão (afirmada no texto) é
Argumento (T→ pq→A): necessária, e não fruto de uma interpretação pessoal que pode
ser contestada. Veja:
(A→ pt→T) “O fumo é o mais grave problema de saúde pública no
“O governo gasta, todos os anos, bilhões de reais no Brasil. Assim como não admitimos que os comerciantes de
tratamento das mais diversas doenças relacionadas ao maconha, crack ou heroína façam propaganda para os nossos
tabagismo; os ganhos com os impostos nem de longe filhos na TV, todas as formas de publicidade do cigarro
compensam o dinheiro gasto com essas doenças. Além disso deveriam ser proibidas terminantemente. Para os
(Ainda, e, também, relação de adição → quando se enumeram desobedientes, cadeia.”
(VARELLA, Drauzio. In: Folha de S. Paulo, 20 de maio de 2000 .)
argumentos a favor de sua tese), as empresas têm grandes
prejuízos por causa de afastamentos de trabalhadores devido
aos males causados pelo fumo. Portanto (logo, por Para a construção de um bom texto argumentativo faz-se
conseguinte, por isso, então → observem a relação semântica necessário o conhecimento sobre a questão proposta,
de conclusão, típica de um silogismo), é mister que sejam fundamentação para que seja realizado com sucesso.
proibidas quaisquer propagandas de cigarros em todos os
meios de comunicação.” Questão

(T→ pq→A) 01. Identifique o sentido argumentativo dos seguintes


O governo deve imediatamente proibir toda e qualquer textos, e separe, por meio de barras, a tese e o(s)
forma de propaganda de cigarro, porque (uma vez que, já que, argumento(s).
dado que, pois → relação de causalidade) ele gasta, todos os (A) “Meu carro não é grande coisa, mas é o bastante para o
anos, bilhões de reais no tratamento das mais diversas que preciso. É econômico, nunca dá defeito e tem espaço
doenças relacionadas ao tabagismo; e, muito embora (ainda suficiente para transportar toda a minha família.”
que, não obstante, mesmo que → relação de oposição: usam- (B) “Veja bem, o Brasil a cada ano exporta mais e mais;
se as concessivas para refutar o argumento oposto) os ganhos além disso, todo ano batemos recordes de produção agrícola.
com os impostos sejam vultosos, nem de longe eles Sem contar que nosso parque industrial é um dos mais
modernos do mundo, definitivamente, somos o país do futuro.”
Língua Portuguesa 9
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(C) “Embora a gente se ame muito, nosso namoro tem tudo Aluno: Êba! [rapidamente, guarda o material, seguido por
para dar errado: nossa diferença de idade é grande e nossos outros colegas]
gostos são quase que opostos. Além disso, a família dela é
terrível.” Podemos observar que o aluno não perguntou se poderia
(D) “Como o Brasil é um país muito injusto, toda política guardar o material. No entanto, pela reação dele era o que
social por aqui implementada é vista como demagogia, queria saber. A professora, interpretando a sua intenção,
paternalismo.” autorizou a guarda do material, encerrando a aula. Nesse caso,
o sentido dos enunciados foi definido por fatores externos ao
Gabarito texto, autorizados pelas características da situação
comunicativa e pelo conhecimento mútuo dos interlocutores
a) O sentido aí presente é (T→ pq→A), uma vez que, após sobre si mesmos e sobre as regras de convivência colocadas.
uma constatação, se seguem as motivações que a Se o texto tivesse sido compreendido no sentido literal –
fundamentam. ou seja, se tivessem sido consideradas as suas informações
Meu carro não é grande coisa, mas é o bastante para o que explícitas– a resposta da professora teria que ser outra- como,
preciso (TESE)./ É econômico (argumento 1), /nunca dá por exemplo, “São cinco para as 11”. Nesse caso, as
defeito (argumento 2)/ e tem espaço suficiente para autorizações não teriam sido dadas e os alunos continuariam
transportar toda a minha família (argumento 3). executando as tarefas.
Podemos dizer, então, que o sentido de um texto é
b) Nesse exemplo, já encontramos a orientação (A→ pt→T), constituído tanto por informações que são apresentadas
uma vez que se parte de exemplificações para, a partir delas, explicitamente na superfície ou linearidade do texto, quanto
enunciar uma proposição. por outras, que se encontram implícitas. As primeiras são
Veja bem, o Brasil a cada ano exporta mais e mais facilmente localizáveis no texto, pois se encontram escritas
(argumento 1);/ além disso, todo ano batemos recordes de com todas as letras. Já as segundas são dependentes do
produção agrícola (argumento 2)./ Sem contar que nosso repertório prévio dos interlocutores e das características da
parque industrial é um dos mais modernos do mundo situação comunicativa.
(argumento 3)./ Definitivamente, somos o país do futuro. A capacidade de localizar informações explícitas no texto é
(TESE). fundamental para a constituição da proficiência leitora e deve
ser objeto de ensino, desde os primeiros anos de escolarização,
c) Aqui, o sentido é (T→ pq→A), em que de uma afirmação já no processo de alfabetização.
inicial se desdobram exemplos que a justificam. Muitos consideram essa capacidade a mais simples de
Embora a gente se ame muito, nosso namoro tem tudo para todas. No entanto, é preciso considerar que nenhuma
dar errado (TESE):/ nossa diferença de idade é grande capacidade de leitura é mobilizada no vazio, mas sempre em
(argumento 1) e nossos gostos são quase que opostos função da materialidade textual. Assim, se o texto for mais
(argumento 2). Além disso, a família dela é terrível (argumento complexo ou extenso, o processo de localização da informação
3). solicitada – e a decorrente atribuição de sentido - poderá ser
igualmente mais complexo.
d) Nesse exemplo, o movimento é (A→ pt→T), já que se
parte de uma causa que funciona como justificativa a uma Informações Implícitas
enunciação que, por sua vez, é a consequência constatada.
Como o Brasil é um país muito injusto (argumento),/ toda Muitos candidatos ao ENEM se perguntam como melhorar
política social por aqui implementada é vista como demagogia, sua capacidade de interpretação dos textos. Primeiramente, é
paternalismo (TESE). preciso ter em mente que um texto é formado por informações
Artigos Relacionados explícitas e implícitas. As informações explícitas são aquelas
Redação Enem 2014: apostas para o tema manifestadas pelo autor no próprio texto. As informações
Faça uma boa redação no Enem: dicas para prova de 2014. implícitas não são manifestadas pelo autor no texto, mas
podem ser subentendidas. Muitas vezes, para efetuarmos uma
leitura eficiente, é preciso ir além do que foi dito, ou seja, ler
1.8 Informações implícitas: nas entrelinhas.
pressupostos e Por exemplo, observe este enunciado:

subentendidos. - Patrícia parou de tomar refrigerante.


A informação explícita é “Patrícia parou de tomar
refrigerante”. A informação implícita é “Patrícia tomava
INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS E EXPLÍCITAS refrigerante antes”.
Agora, veja este outro exemplo:
Para que seja possível compreender o que vem a ser - Felizmente, Patrícia parou de tomar refrigerante.
informação explícita5 em um texto, é preciso compreender que A informação explícita é “Patrícia parou de tomar
a linguagem verbal é polissêmica: um mesmo enunciado pode refrigerante”. A palavra “felizmente” indica que o falante tem
assumir diferentes sentidos em diferentes contextos e uma opinião positiva sobre o fato – essa é a informação
diferentes leitores podem atribuir sentidos distintos a um implícita.
texto, segundo Kátia Lomba Bräkling. Vejamos a interação a Com esses exemplos, mostramos como podemos inferir
seguir: informações a partir de um texto. Fazer uma inferência
significa concluir alguma coisa a partir de outra já conhecida.
Aluno: [levantando a mão] Professora, você pode me dizer Nos vestibulares, fazer inferências é uma habilidade
que horas são? fundamental para a interpretação adequada dos textos e dos
Professora: [olha no relógio e responde] Podem guardar o enunciados.
material, pessoal! A seguir, veremos dois tipos de informações que podem ser

5http://educacao.globo.com/portugues/assunto/estudo-do-

texto/implicitos-e-pressupostos.html (Adaptado)

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inferidas: as pressupostas e as subentendidas. A capa da revista Época de 12 de outubro de 2009 traz um


anúncio sobre o lançamento do livro digital no Brasil. Já o texto
Pressupostos II traz informações referentes à abrangência de acessibilidade
Uma informação é considerada pressuposta quando um das tecnologias de comunicação e informação nas diferentes
enunciado depende dela para fazer sentido. regiões do país. A partir da leitura dos dois textos, infere-se
Considere, por exemplo, a seguinte pergunta: “Quando que o advento do livro digital no Brasil
Patrícia voltará para casa?”. Esse enunciado só faz sentido se (A) possibilitará o acesso das diferentes regiões do país às
considerarmos que Patrícia saiu de casa, ao menos informações antes restritas, uma vez que eliminará as
temporariamente – essa é a informação pressuposta. Caso distâncias, por meio da distribuição virtual.
Patrícia se encontre em casa, o pressuposto não é válido, o que (B) criará a expectativa de viabilizar a democratização da
torna o enunciado sem sentido. leitura, porém esbarra na insuficiência do acesso à internet por
Repare que as informações pressupostas estão marcadas telefonia celular, ainda deficiente no país.
através de palavras e expressões presentes no próprio (C) fará com que os livros impressos tornem-se obsoletos,
enunciado e resultam de um raciocínio lógico. Portanto, no em razão da diminuição dos gastos com os produtos digitais
enunciado “Patrícia ainda não voltou para casa”, a palavra gratuitamente distribuídos pela internet.
“ainda” indica que a volta de Patrícia para casa é dada como (D) garantirá a democratização dos usos da tecnologia no
certa pelo falante. país, levando em consideração as características de cada
região no que se refere aos hábitos de leitura e acesso à
Subentendidos informação.
Ao contrário das informações pressupostas, as (E) impulsionará o crescimento da qualidade da leitura dos
informações subentendidas não são marcadas no próprio brasileiros, uma vez que as características do produto
enunciado, são apenas sugeridas, ou seja, podem ser permitem que a leitura aconteça a despeito das adversidades
entendidas como insinuações. geopolíticas.
O uso de subentendidos faz com que o enunciador se
esconda atrás de uma afirmação, pois não quer se Gabarito
comprometer com ela. Por isso, dizemos que os subentendidos 01.B
são de responsabilidade do receptor, enquanto os
pressupostos são partilhados por enunciadores e receptores.
Em nosso cotidiano, somos cercados por informações 1.9 Coesão e coerência
subentendidas. A publicidade, por exemplo, parte de hábitos e textuais.
pensamentos da sociedade para criar subentendidos. Já a
anedota é um gênero textual cuja interpretação depende a
quebra de subentendidos. COESÃO

Questão Coesão6 é a conexão e a harmonia entre os elementos de


um texto, como descreve Marina Cabral. Percebemos tal
01. Texto I definição quando lemos um texto e verificamos que as
palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um
dando continuidade ao outro.

Os elementos de coesão determinam a transição de ideias


entre as frases e os parágrafos.

Observe a coesão presente no texto a seguir:

“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a


política agrária do país, porque consideram injusta a atual
distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura
considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o
projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de
(Época. 12 out. 2009 - Foto: Reprodução/Enem)
sem-terra.”
(JORDÃO, R., BELLEZI C. Linguagens. São Paulo: Escala Educacional, 2007)
Texto II
Conexão Sem Fio no Brasil As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do
Onde haverá cobertura de telefonia celular para baixar texto, podemos dizer que elas são responsáveis pela coesão do
publicações para o Kindle. texto.
Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os
principais são:

- Palavras de transição: são palavras responsáveis pela


coesão do texto, estabelecem a interrelação entre os
enunciados (orações, frases, parágrafos), são preposições,
conjunções, alguns advérbios e locuções adverbiais.

Veja algumas palavras e expressões de transição e


seus respectivos sentidos:
(Época. 12 out. 2009 - Foto: Reprodução/Enem) - inicialmente (começo, introdução)
- primeiramente (começo, introdução)

6
http://brasilescola.uol.com.br/redacao/coesao.htm

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- antes de tudo (começo, introdução) Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente.
- desde já (começo, introdução) Este jornal, em uma série de reportagens, nestes dias, mostrou
- além disso (continuação) o privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo
- do mesmo modo (continuação) ao transporte coletivo. Surpreendentemente, houve
- acresce que (continuação) entrevistado que opinou favoravelmente, valorizando Los
- ainda por cima (continuação) Angeles – um caso típico de cidade rodoviária e dispersa.
- bem como (continuação) Ainda nestes dias, a ONU reafirmou o compromisso desta
- outrossim (continuação) geração com o futuro da humanidade e contra o aquecimento
- enfim (conclusão) global – para o qual a emissão de CO2 do rodoviarismo é
- dessa forma (conclusão) agente básico. (A USP acaba de divulgar estudo advertindo que
- em suma (conclusão) a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito.)
- nesse sentido (conclusão) O transporte também esteve no centro dos protestos de
- portanto (conclusão) junho de 2013. Lembremos: ele está interrelacionado com a
- afinal (conclusão) moradia, o emprego, o lazer. Como se vê, não faltam razões
- logo após (tempo) para o debate do tema.
- ocasionalmente (tempo) (Sérgio Magalhães, O Globo)
- posteriormente (tempo)
- atualmente (tempo) “Como se vê, não faltam razões para o debate do tema.”
- enquanto isso (tempo)
- imediatamente (tempo) Substituindo o termo destacado por uma oração
- não raro (tempo) desenvolvida, a forma correta e adequada seria:
- concomitantemente (tempo) (A) para que se debatesse o tema;
- igualmente (semelhança, conformidade) (B) para se debater o tema;
- segundo (semelhança, conformidade) (C) para que se debata o tema;
- conforme (semelhança, conformidade) (D) para debater-se o tema;
- quer dizer (exemplificação, esclarecimento) (E) para que o tema fosse debatido.
- rigorosamente falando (exemplificação, esclarecimento)
02. “A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a
Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito”.
cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui uma melhor A oração em forma desenvolvida que substitui correta e
qualidade de vida. adequadamente o gerúndio “advertindo” é:
(A) com a advertência de;
- Coesão por referência: existem palavras que têm a (B) quando adverte;
função de fazer referência, são elas: (C) em que adverte;
- pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os... (D) no qual advertia;
- pronomes possessivos: meu, teu, seu, nosso... (E) para advertir.
- pronomes demonstrativos: este, esse, aquele...
- pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo... 03. Corrida contra o ebola
- pronomes relativos: que, o qual, onde...
- advérbios de lugar: aqui, aí, lá... Já faz seis meses que o atual surto de ebola na África
Ocidental despertou a atenção da comunidade internacional,
Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Tal mas nada sugere que as medidas até agora adotadas para
resultado demonstra que ela se esforçou bastante para refrear o avanço da doença tenham sido eficazes.
alcançar o objetivo que tanto almejava. Ao contrário, quase metade das cerca de 4.000
contaminações registradas neste ano ocorreram nas últimas
- Coesão por substituição: substituição de um nome três semanas, e as mais de 2.000 mortes atestam a força da
(pessoa, objeto, lugar etc.), verbos, períodos ou trechos do enfermidade. A escalada levou o diretor do CDC (Centro de
texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA, Tom Frieden, a
próximo, evitando a repetição no corpo do texto. afirmar que a epidemia está fora de controle.
O vírus encontrou ambiente propício para se propagar. De
Ex.: Porto Alegre pode ser substituída por “a capital um lado, as condições sanitárias e econômicas dos países
gaúcha”; afetados são as piores possíveis. De outro, a Organização
Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos Mundial da Saúde foi incapaz de mobilizar com celeridade um
Escravos”; contingente expressivo de profissionais para atuar nessas
João Paulo II: Sua Santidade; localidades afetadas.
Vênus: A Deusa da Beleza. Verdade que uma parcela das debilidades da OMS se
explica por problemas financeiros. Só 20% dos recursos da
Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária. entidade vêm de contribuições compulsórias dos países-
Não é por acaso que o “Poeta dos Escravos” é considerado o membros – o restante é formado por doações voluntárias.
mais importante da geração a qual representou. A crise econômica mundial se fez sentir também nessa
área, e a organização perdeu quase US$ 1 bilhão de seu
Assim, a coesão confere textualidade aos enunciados orçamento bianual, hoje de quase US$ 4 bilhões. Para
agrupados em conjuntos. comparação, o CDC dos EUA contou, somente no ano de 2013,
Questões com cerca de US$ 6 bilhões.
Os cortes obrigaram a OMS a fazer escolhas difíceis. A
01. Bem tratada, faz bem agência passou a dar mais ênfase à luta contra enfermidades
globais crônicas, como doenças coronárias e diabetes. O
O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: departamento de respostas a epidemias e pandemias foi
“O carro é o cigarro do futuro.” Quem poderia imaginar a dissolvido e integrado a outros. Muitos profissionais
reversão cultural que se deu no consumo do tabaco? experimentados deixaram seus cargos.

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Pesa contra o órgão da ONU, de todo modo, a demora para 05. Leia os quadrinhos para responder a questão.
reconhecer a gravidade da situação. Seus esforços iniciais
foram limitados e mal liderados.
O surto agora atingiu proporções tais que já não é mais
possível enfrentá-lo de Genebra, cidade suíça sede da OMS.
Tornou-se crucial estabelecer um comando central na África
Ocidental, com representantes dos países afetados.
Espera-se também maior comprometimento das potências
mundiais, sobretudo Estados Unidos, Inglaterra e França, que
possuem antigos laços com Libéria, Serra Leoa e Guiné,
respectivamente. Um enunciado possível em substituição à fala do terceiro
A comunidade internacional tem diante de si um desafio quadrinho, em conformidade com a norma- padrão da língua
enorme, mas é ainda maior a necessidade de agir com rapidez. portuguesa, é:
Nessa batalha global contra o ebola, todo tempo perdido conta (A) Se você ir pelos caminhos da verdade, leve um
a favor da doença. capacete.
( http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/09/1512104-editorial-corrida-contra-o-
(B) Caso você vá pelos caminhos da verdade, lembra-se de
ebola.shtml, 2014) levar um capacete.
(C) Se você se mantiver nos caminhos da verdade, leve um
Assinale a opção em que se indica, INCORRETAMENTE, o capacete.
referente do termo em destaque. (D) Caso você se mantém nos caminhos da verdade, lembre
(A) “quase US$ 1 bilhão de seu orçamento bianual” (5º§) – de levar um capacete.
organização (E) Ainda que você se mantêm nos caminhos da verdade,
(B) “A agência passou a dar mais ênfase” (6º§) – OMS leva um capacete.
(C) “Pesa contra o órgão da ONU”(7º§) – OMS
(D) “Seus esforços iniciais foram limitados” (7º§) – Respostas
gravidade da situação 01.C / 02.C / 03.D / 04.A / 05.C
(E) “A comunidade tem diante de si” (10º§) – comunidade
internacional
COERÊNCIA
4. Leia o texto para responder a questão.
As cotas raciais deram certo porque seus beneficiados são, A coerência textual7 não está na superfície do texto: a
sim, competentes. Merecem, sim, frequentar uma construção de sentidos será feita de acordo com o
universidade pública e de qualidade. No vestibular, que é o conhecimento prévio de cada leitor
princípio de tudo, os cotistas estão só um pouco atrás. Segundo Quando você se propõe a escrever um texto, certamente se
dados do Sistema de Seleção Unificada, a nota de corte para os lembra de quem vai ler, não é verdade? Provavelmente, você
candidatos convencionais a vagas de medicina nas federais foi também se lembra de que alguns cuidados devem ser tomados
de 787,56 pontos. Para os cotistas, foi de 761,67 pontos. A para que o leitor compreenda o texto. Nessa tentativa de fazer-
diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. IstoÉ se compreendido, você estabelece alguns padrões mentais que
entrevistou educadores e todos disseram que essa distância é diferem o que é coerente daquilo que não faz o menor sentido,
mais do que razoável. Na verdade, é quase nada. Se em uma certo?
disciplina tão concorrida quanto medicina um coeficiente de Pois bem, intuitivamente, você está seguindo um princípio
apenas 3% separa os privilegiados, que estudaram em colégios básico para uma boa redação, chamado de coerência textual.
privados, dos negros e pobres, que frequentaram escolas Você pode até não conhecer a exata definição desse elemento
públicas, então é justo supor que a diferença mínima pode, da linguística textual, mas possivelmente evita construções
perfeitamente, ser igualada ou superada no decorrer dos ininteligíveis em sua redação e recorre aos seus
cursos. Depende só da disposição do aluno. Na Universidade conhecimentos sociocognitivos. A coerência é uma
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma das mais conceituadas conformidade entre fatos ou ideias, próprio daquilo que tem
do País, os resultados do último vestibular surpreenderam. “A nexo, conexão, portanto, podemos associá-la ao processo de
maior diferença entre as notas de ingresso de cotistas e não construção de sentidos do texto e à articulação das ideias. Por
cotistas foi observada no curso de economia”, diz Ângela serem os sentidos elementos subjetivos, podemos dizer que a
Rocha, pró-reitora da UFRJ. “Mesmo assim, essa distância foi coerência não pode ser delimitada, pois o leitor é o
de 11%, o que, estatisticamente, não é significativo”. responsável pela constituição dos significados do texto.
(www.istoe.com.br)
Três princípios básicos são necessários para
Para responder a questão, considere a passagem – A compreendermos melhor o que é coerência textual:
diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. 1) Princípio da Não Contradição: um texto deve
O pronome eles tem como referente: apresentar situações ou ideias lógicas que em momento algum
(A) candidatos convencionais e cotistas. se contradigam;
(B) beneficiados. 2) Princípio da Não Tautologia: a tautologia nada mais é
(C) dados do Sistema de Seleção Unificada. do que um vício de linguagem que repete ideias com palavras
(D) dados do Sistema de Seleção Unificada e pontos. diferentes ao longo do texto, o que compromete a transmissão
(E) pontos. da informação;
3) Princípio da Relevância: um texto com informações
fragmentadas torna as ideias incoerentes, ainda que cada
fragmento apresente certa coerência individual. Se as ideias
não dialogam entre si, então elas são irrelevantes.

7 http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/coerencia-textual.htm http://portugues.uol.com.br/redacao/tipos-coerencia.html

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APOSTILAS OPÇÃO

É importante ressaltarmos que o uso adequado dos enunciados cuja significação seja aceitável, ajudando na
conectivos também colabora na construção de um texto compreensão do leitor ou do interlocutor. Todavia, a coerência
coerente: a coesão textual é um importante mecanismo de depende de outros aspectos, como o conhecimento linguístico
estruturação do texto, presente em dois movimentos de quem acessa o conteúdo, a situacionalidade, a
essenciais: retrospecção e prospecção. Lembre-se de que a informatividade, a intertextualidade e a intencionalidade.
coerência é um princípio de interpretabilidade, portanto, cabe
a você depreender os sentidos do texto. Sendo assim não se esqueça que coerência8 é a relação
semântica que se estabelece entre as diversas partes do texto,
Tipos de Coerência criando uma unidade de sentido. Está ligada ao entendimento,
à possibilidade de interpretação daquilo que se ouve ou lê.
São seis os tipos de coerência: sintática, semântica, Enquanto a coesão está para os elementos conectores de ideias
temática, pragmática, estilística e genérica. Conhecê-los no texto, a coerência está para a harmonia interna do texto e
contribui para a escrita de uma boa redação. sentido.

Coerência sintática: está relacionada com a estrutura Questões


linguística, como termo de ordem dos elementos, seleção
lexical etc., e também à coesão. Quando empregada, 01. Sobre a coerência textual, é incorreto afirmar:
eliminamos estruturas ambíguas, bem como o uso inadequado (A) A coerência é uma conformidade entre fatos ou ideias,
dos conectivos. própria daquilo que tem nexo, conexão, portanto, podemos
associá-la ao processo de construção de sentidos do texto e à
Coerência semântica: para que a coerência semântica articulação das ideias.
esteja presente em um texto, é preciso, antes de tudo, que o (B) Por serem os sentidos elementos subjetivos, podemos
texto não seja contraditório, mesmo porque a semântica está dizer que a coerência não pode ser delimitada, pois o leitor é o
relacionada com as relações de sentido entre as estruturas. responsável pela constituição dos significados do texto.
Para detectar uma incoerência, é preciso que se faça uma (C) A coerência é imaterial e não está na superfície textual.
leitura cuidadosa, ancorada nos processos de analogia e Compreender aquilo que está escrito dependerá dos níveis de
inferência. interação entre o leitor, o autor e o texto. Por esse motivo, um
mesmo texto pode apresentar múltiplas interpretações.
Coerência temática: todos os enunciados de um texto (D) A não contradição, a não tautologia e o princípio da
precisam ser coerentes e relevantes para o tema, com exceção relevância são elementos básicos que garantem a coerência
das inserções explicativas. Os trechos irrelevantes devem ser textual.
evitados, impedindo assim o comprometimento da coerência (E) A coerência textual dispensa o uso adequado dos
temática. conectivos, elementos que apenas colaboram para a
estruturação do texto sem apresentar relação direta com a
Coerência pragmática: refere-se ao texto visto como uma semântica textual.
sequência de atos de fala. Os textos, orais ou escritos, são
exemplos dessas sequências, portanto, devem obedecer às 02. Observe a tirinha Calvin e Haroldo, de Bill
condições para a sua realização. Se o locutor ordena algo a Watterson, e responda à questão:
alguém, é contraditório que ele faça, ao mesmo tempo, um
pedido. Quando fazemos uma pergunta para alguém,
esperamos receber como resposta uma afirmação ou uma
negação, jamais uma sequência de fala desconectada daquilo
que foi indagado. Quando essas condições são ignoradas,
temos como resultado a incoerência pragmática.

Coerência estilística: diz respeito ao emprego de uma


variedade de língua adequada, que deve ser mantida do início
ao fim de um texto para garantir a coerência estilística. A
incoerência estilística não provoca prejuízos para a Para cada situação interativa existe uma variedade de
interpretabilidade de um texto, contudo, a mistura de registros língua adequada. O falante pode optar pela variedade padrão
- como o uso concomitante da linguagem coloquial e linguagem ou pela variedade não padrão.
formal - deve ser evitada, principalmente nos textos não
literários. Sobre o nível de linguagem adotado por Calvin, podemos
afirmar que se trata, em relação aos tipos de coerência, de uma
Coerência genérica: refere-se à escolha adequada do (A) incoerência pragmática.
gênero textual, que deve estar de acordo com o conteúdo do (B) incoerência genérica.
enunciado. Em um anúncio de classificados, a prática social (C) incoerência estilística.
exige que ele tenha como objetivo ofertar algum serviço, bem (D) incoerência temática.
como vender ou comprar algum produto, e que sua linguagem (E) incoerência semântica.
seja concisa e objetiva, pois essas são as características
essenciais do gênero. Uma ruptura com esse padrão, 03. Observe o discurso de Calvin e responda à questão:
entretanto, é comum nos textos literários, nos quais podemos
encontrar um determinado gênero assumindo a forma de A identificação de elementos textuais como as figuras de
outro. linguagem é essencial para a interpretação de textos.
É importante ressaltar que em alguns tipos de texto, A incoerência na fala de Calvin sobre a TV pode ser
especialmente nos textos literários, uma ruptura com os tipos explicada através da seguinte figura de linguagem:
de coerência descritos anteriormente pode acontecer. Nos (A) Eufemismo.
demais textos, a coerência contribui para a construção de (B) Hipérbole.

8 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos. Elsevier. 2011.

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APOSTILAS OPÇÃO

(C) Paradoxo. Compreender essas relações nos proporciona o


(D) Ironia. alargamento do nosso universo semântico, contribuindo para
(E) Personificação. uma maior diversidade vocabular e maior adequação aos
diversos contextos e intenções comunicativas.
04.
Oito Anos Sinônimos

“Por que você é Flamengo Trata10 de palavras diferentes na forma, mas com sentidos
E meu pai Botafogo iguais ou aproximados. Tudo depende do contexto e da
O que significa intenção do falante.
“Impávido colosso”? Vale lembrar também que muitas palavras são sinônimas,
Por que os ossos doem se levarmos em conta as variações geográficas (aipim =
enquanto a gente dorme macaxeira; mexerica = tangerina; pipa = papagaio; aipo =
Por que os dentes caem salsão...).
Por onde os filhos saem Exemplos de sinônimos:
Por que os dedos murcham - Brado, grito, clamor.
quando estou no banho - Extinguir, apagar, abolir, suprimir.
Por que as ruas enchem - Justo, certo, exato, reto, íntegro, imparcial.
quando está chovendo
Quanto é mil trilhões Na maioria das vezes não tem diferença usar um sinônimo
vezes infinito ou outro. Embora tenham sentido comum, os sinônimos
Quem é Jesus Cristo diferenciam-se, entretanto, uns dos outros, por nuances de
Onde estão meus primos significação e certas propriedades que o escritor não pode
Well, well, well desconhecer.
Gabriel (...)”. Com efeito, estes têm sentido mais amplo, aqueles, mais
restrito (animal e quadrúpede); uns são próprios da fala
(Paula Toller/Dunga. CD Partimpim, de Adriana Calcanhoto, São Paulo, corrente, vulgar, outros, ao invés, pertencem à esfera da
2004)
linguagem culta, literária, científica ou poética (orador e
Julgue as seguintes proposições:
tribuno, oculista e oftalmologista, cinzento e cinéreo).
I. Pode-se dizer que se trata de um conjunto de frases
Exemplos:
interrogativas sem ligação entre si, configurando então um
- Adversário e antagonista.
texto desprovido de coerência.
- Translúcido e diáfano.
II. Embora o texto apresente uma série de interrogações
- Semicírculo e hemiciclo.
aparentemente sem ligação entre si, existem nele elementos
- Contraveneno e antídoto.
linguísticos que nos permitem construir a coerência textual.
- Moral e ética.
III. A letra da canção é constituída por uma “lista” das
- Colóquio e diálogo.
perguntas que um filho faz para a mãe, e a sequenciação de
- Transformação e metamorfose.
perguntas aparentemente desconexas, na verdade, explicita o
- Oposição e antítese.
grande número de questionamentos que povoam o imaginário
infantil.
O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se
IV. A ausência de elementos sintáticos, como conectivos,
sinonímia, palavra que também designa o emprego de
prejudica a construção de sentidos do texto.
sinônimos.
(A) Todas estão corretas.
Antônimos
(B) Apenas II e III estão corretas.
(C) Apenas I e IV estão corretas.
Trata de palavras, expressões ou frases diferentes na
(D) Apenas I e III estão corretas.
forma e com significações opostas, excludentes. Normalmente
(E) I, III e IV estão corretas.
ocorre por meio de palavras de radicais diferentes, com
prefixo negativo ou com prefixos de significação contrária.
Gabarito
Exemplos:
01.E / 02.C / 03.D / 04.B
- Ordem e anarquia.
- Soberba e humildade.
- Louvar e censurar.
2. Léxico: 2.1 Significação - Mal e bem.
de palavras e expressões no
A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido
texto. 2.2 Substituição de oposto ou negativo.
palavras e de expressões no Exemplos:
texto. - bendizer/maldizer
- simpático/antipático
- progredir/regredir
- concórdia/discórdia
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS - explícito/implícito
- ativo/inativo
O significado das palavras9 é estudado pela semântica, a - esperar/desesperar
parte da gramática que estuda não só o sentido das palavras
como as relações de sentido que as palavras estabelecem entre
si: relações de sinonímia, antonímia, paronímia, homonímia...

9 https://www.normaculta.com.br/significacao-das-palavras/ 10 Pestana, Fernando. A gramática para concursos públicos / Fernando

Pestana. – 1. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

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APOSTILAS OPÇÃO

Questões crianças, sem-número de crianças; velhos, sem-número de


velhos; raros homens, enfermos opilados, faces túmidas e
01. (MPE/SP – Biólogo – VUNESP) McLuhan já alertava mortas, de cera, bustos dobrados, andar cambaleante.
que a aldeia global resultante das mídias eletrônicas não (CUNHA, Euclides da. Os sertões: campanha de Canudos. Edição Especial. Rio
de Janeiro: Francisco Alves, 1980.)
implica necessariamente harmonia, implica, sim, que cada
participante das novas mídias terá um envolvimento
Em qual das alternativas abaixo NÃO há um par de
gigantesco na vida dos demais membros, que terá a chance de
sinônimos?
meter o bedelho onde bem quiser e fazer o uso que quiser das
(A) Armistício – destruição
informações que conseguir. A aclamada transparência da coisa
(B) Claudicante – manco
pública carrega consigo o risco de fim da privacidade e a
(C) Reveses – infortúnios
superexposição de nossas pequenas ou grandes fraquezas
(D) Fealdade – feiura
morais ao julgamento da comunidade de que escolhemos
(E) Opilados – desnutridos
participar.
Não faz sentido falar de dia e noite das redes sociais,
Gabarito
apenas em número de atualizações nas páginas e na
capacidade dos usuários de distinguir essas variações como
01.B / 02.A
relevantes no conjunto virtualmente infinito das
possibilidades das redes. Para achar o fio de Ariadne no
Homônimos
labirinto das redes sociais, os usuários precisam ter a
habilidade de identificar e estimar parâmetros, aprender a
Trata de palavras iguais na pronúncia e/ou na grafia, mas
extrair informações relevantes de um conjunto finito de
com significados diferentes. Exemplos:
observações e reconhecer a organização geral da rede de que
- São (sadio), são (forma do verbo ser) e são (santo).
participam.
- Aço (substantivo) e asso (verbo).
O fluxo de informação que percorre as artérias das redes
sociais é um poderoso fármaco viciante. Um dos neologismos
Só o contexto é que determina a significação dos
recentes vinculados à dependência cada vez maior dos jovens
homônimos. A homonímia pode ser causa de ambiguidade,
a esses dispositivos é a “nomobofobia” (ou “pavor de ficar sem
por isso é considerada uma deficiência dos idiomas.
conexão no telefone celular”), descrito como a ansiedade e o
O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspecto
sentimento de pânico experimentados por um número
fônico (som) e o gráfico (grafia). Daí serem divididos em:
crescente de pessoas quando acaba a bateria do dispositivo
móvel ou quando ficam sem conexão com a Internet. Essa
Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e diferentes
informação, como toda nova droga, ao embotar a razão e abrir
no timbre ou na intensidade das vogais.
os poros da sensibilidade, pode tanto ser um remédio quanto
- Rego (substantivo) e rego (verbo).
um veneno para o espírito.
(Vinicius Romanini, Tudo azul no universo das redes. Revista USP, no 92. - Colher (verbo) e colher (substantivo).
Adaptado) - Jogo (substantivo) e jogo (verbo).
- Apoio (verbo) e apoio (substantivo).
As expressões destacadas nos trechos – meter o bedelho - Para (verbo parar) e para (preposição).
/ estimar parâmetros / embotar a razão – têm sinônimos - Providência (substantivo) e providencia (verbo).
adequados respectivamente em: - Pelo (substantivo), pelo (verbo) e pelo (contração de
(A) procurar / gostar de / ilustrar per+o).
(B) imiscuir-se / avaliar / enfraquecer
(C) interferir / propor / embrutecer Homófonos Heterográficos: iguais na pronúncia e
(D) intrometer-se / prezar / esclarecer diferentes na escrita.
(E) contrapor-se / consolidar / iluminar - Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir).
- Concertar (harmonizar) e consertar (reparar, emendar).
02. (Pref. Itaquitinga/PE – Psicólogo – IDHTEC) A - Concerto (harmonia, sessão musical) e conserto (ato de
entrada dos prisioneiros foi comovedora (...) Os combatentes consertar).
contemplavam-nos entristecidos. Surpreendiam-se; - Cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar).
comoviam-se. O arraial, in extremis, punhalhes adiante, - Apreçar (determinar o preço, avaliar) e apressar
naquele armistício transitório, uma legião desarmada, (acelerar).
mutilada faminta e claudicante, num assalto mais duro que o - Cela (pequeno quarto), sela (arreio) e sela (verbo selar).
das trincheiras em fogo. Custava-lhes admitir que toda aquela - Censo (recenseamento) e senso (juízo).
gente inútil e frágil saísse tão numerosa ainda dos casebres - Cerrar (fechar) e serrar (cortar).
bombardeados durante três meses. Contemplando-lhes os - Paço (palácio) e passo (andar).
rostos baços, os arcabouços esmirrados e sujos, cujos - Hera (trepadeira), era (época), era (verbo).
molambos em tiras não encobriam lanhos, escaras e - Caça (ato de caçar), cassa (tecido) e cassa (verbo cassar =
escalavros – a vitória tão longamente apetecida decaía de anular).
súbito. Repugnava aquele triunfo. Envergonhava. Era, com - Cessão (ato de ceder), seção (divisão, repartição) e sessão
efeito, contraproducente compensação a tão luxuosos gastos (tempo de uma reunião ou espetáculo).
de combates, de reveses e de milhares de vidas, o apresamento
daquela caqueirada humana – do mesmo passo angulhenta e Homófonos Homográficos: iguais na escrita e na
sinistra, entre trágica e imunda, passando-lhes pelos olhos, pronúncia.
num longo enxurro de carcaças e molambos... - Caminhada (substantivo), caminhada (verbo).
Nem um rosto viril, nem um braço capaz de suspender uma - Cedo (verbo), cedo (advérbio).
arma, nem um peito resfolegante de campeador domado: - Somem (verbo somar), somem (verbo sumir).
mulheres, sem-número de mulheres, velhas espectrais, moças - Livre (adjetivo), livre (verbo livrar).
envelhecidas, velhas e moças indistintas na mesma fealdade, - Pomos (substantivo), pomos (verbo pôr).
escaveiradas e sujas, filhos escanchados nos quadris - Alude (avalancha), alude (verbo aludir).
desnalgados, filhos encarapitados às costas, filhos suspensos
aos peitos murchos, filhos arrastados pelos braços, passando;

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APOSTILAS OPÇÃO

Parônimos Atenção aos vocábulos “maçã”, “banana”, “abacaxi”,


“melão” e também “frutas”, perguntamo-nos: existe alguma
São palavras parecidas na escrita e na pronúncia: relação entre eles? Toda, não é verdade? Desse modo, ao
- coro e couro, observar o conceito de hiperonímia e hiponímia, chegaremos
- cesta e sesta, à conclusão pretendida. Note:
- eminente e iminente,
- degradar e degredar, Hiperonímia12 - como o próprio prefixo já nos indica, esta
- cético e séptico, palavra confere-nos uma ideia de um todo, sendo que deste
- prescrever e proscrever, todo se originam outras ramificações, como é o caso de frutas.
- descrição e discrição, Palavras e expressões de sentido mais geral.
- infligir (aplicar) e infringir (transgredir),
- sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder), Hiponímia - demarcando o oposto do conceito da palavra
- comprimento e cumprimento, anterior, podemos afirmar que ela representa cada parte, cada
- deferir (conceder, dar deferimento) e diferir (ser diferente, item de um todo, no caso: maçã, banana, abacaxi, melão. Sim,
divergir, adiar), essas são palavras hipônimas. Palavras e expressões com
- ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto, corrigir), sentido mais restrito, mas estão associadas ao conjunto maior
- vultoso (volumoso, muito grande: soma vultosa) e que são as frutas.
vultuoso (congestionado: rosto vultuoso).
Questões
Questões
01. Os vocábulos destacados em “Na banca da feira da
01. (Pref. Lauro Muller/SC – Auxiliar Administrativo – vinte e cinco, havia cupuaçu, bacuri, taperebá e outras frutas
FAEPESUL) Atento ao emprego dos Homônimos, analise as regionais.”, têm relação entre si por possuírem o mesmo
palavras sublinhadas e identifique a alternativa CORRETA: campo semântico, isto é, todos são frutas inclusive típicas da
(A) Ainda vivemos no Brasil a descriminação racial. Isso é Amazônia.
crime! Tais termos destacados, em relação à palavra “fruta”, são
(B) Com a crise política, a renúncia já parecia eminente. designados como:
(C) Descobertas as manobras fiscais, os políticos irão (A) hiperônimos.
agora expiar seus crimes. (B) hipônimos.
(D) Em todos os momentos, para agir corretamente, é (C) cognatos.
preciso o bom censo. (D) polissêmicos.
(E) Prefiro macarronada com molho, mas sem estrato de (E) parônimos.
tomate.
02. “O caminhão atravessou a pista e bateu na mureta de
02. (Pref. Cruzeiro/SP – Instrutor de Desenho Técnico proteção, o veículo ficou totalmente destruído”. Na frase acima
e Mecânico – Instituto Excelência) Assinale a alternativa em a palavra “veículo” representa um caso de:
que as palavras podem servir de exemplos de parônimos: (A) polissemia;
(A) Cavaleiro (Homem a cavalo) – Cavalheiro (Homem (B) antonímia;
gentil). (C) hiponímia;
(B) São (sadio) – São (Forma reduzida de Santo). (D) hiperonímia;
(C) Acento (sinal gráfico) – Assento (superfície onde se (E) heteronímia.
senta).
(D) Nenhuma das alternativas. Gabarito

03. (TJ/MT – Analista Judiciário – Ciências Contábeis – 01.B / 02.D


UFMT) Na língua portuguesa, há muitas palavras parecidas,
seja no modo de falar ou no de escrever. A palavra sessão, por Polissemia
exemplo, assemelha-se às palavras cessão e seção, mas cada
uma apresenta sentido diferente. Esse caso, mesmo som, A palavra polissêmica é aquela que, dependendo do
grafias diferentes, denomina-se homônimo heterográfico. contexto, muda de sentido (mas não muda de classe
Assinale a alternativa em que todas as palavras se encontram gramatical!). Por exemplo, veja os sentidos de “peça”: “peça de
nesse caso. automóvel”, “peça de teatro”, “peça de bronze”, “és uma boa
(A) taxa, cesta, assento peça”, “uma peça de carne” etc.
(B) conserto, pleito, ótico Agora, observe mais estes exemplos:
(C) cheque, descrição, manga Desculpe o bolo que te dei ontem.
(D) serrar, ratificar, emergir Comemos um bolo delicioso na casa da Jéssica.
Tenho um bolo de revistas lá em casa.13
Gabarito
Monossemia é o oposto de polissemia, ou seja, quando a
01.C / 02.A / 03.A palavra tem um único significado.

Hiperonímia e Hiponímia É possível perceber que alguns desses contextos passaram


a fazer sentido por questões sociais, culturais ou históricas
Partindo do princípio de que as palavras estabelecem adquiridas ao longo do tempo. Vale ressaltar, no entanto, que
entre si uma relação de significado, observe este enunciado11: o sentido original descrito no dicionário é o que prevalece,
Fomos à feira e compramos maçã, banana, abacaxi, melão... sendo os demais atribuídos pela analise contextual.
Nossa! Como estavam baratas, pois são frutas da estação.

11https://portugues.uol.com.br/gramatica/hiperonimia-hiponimia.html 13 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos. Elsevier. 2013.


12 https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/hiperonimia-
hiponimia.htm

Língua Portuguesa 17
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APOSTILAS OPÇÃO

Polissemia e Homonímia Água no joelho.


Não confunda polissemia e homonímia. Polissemia remete Hidropsia.
a uma palavra que apresenta diversos significados que se Bolha d’água.
encaixam em diversos contextos, enquanto homonímia refere- Gota.
se as duas ou mais palavras que apresentam origens e Catarata.
significados distintos, mas possuem grafia e fonologia Morreu afogado.
idênticas. FERNANDES, Millôr. Trinta anos de mim mesmo. Editora
Por exemplo, “manga” é uma palavra que representa um Círculo do Livro: São Paulo, 1975.
caso de homonímia. O termo designa tanto uma fruta quanto
uma parte da camisa. Não se trata de uma polissemia por que O humor do texto é construído por meio do jogo entre
os dois significados são próprios da palavra e têm origens palavras denotativas e conotativas. O principal recurso de
diferentes. Por esse motivo, muitos especialistas defendem sentido usado, portanto, foi a:
que a palavra “manga” deveria possuir duas entradas distintas (A) polissemia.
no dicionário. (B) ironia.
(C) intertextualidade.
Polissemia e Ambiguidade (D) ambiguidade.
Tanto a polissemia quanto a ambiguidade são elementos
da linguagem que podem provocar confusões na interpretação 02. (SEDUC/PI - Professor Temporário - Língua
de frases. No caso da ambiguidade, geralmente, o enunciado Portuguesa - NUCEPE/2018)
apresenta uma construção de palavras que permite mais de
uma interpretação para a frase em questão.
Nem sempre se trata de uma palavra que tenha mais de um
significado, mas de como as palavras estão dispostas na frase,
permitindo que as informações sejam interpretadas de mais
de uma maneira. Ex. Jorge criticou severamente a prima de sua
amiga, que frequentava o mesmo clube que ele. Nesse caso, o
pronome que pode estar referindo-se a amiga ou a prima.
Já no caso da polissemia, por uma mesma palavra possuir
mais de um significado, ela pode fazer com que as pessoas não O efeito de humor, na tirinha, é explorado pelo recurso
compreendam o sentido usado no primeiro contato com a semântico da:
frase e interpretem o enunciado de uma maneira diferente do (A) Sinonímia.
que ele era intencionado. Neste caso, para que isso não ocorra, (B) Polissemia
é importante que fique claro qual é o contexto em que a (C) Contradição.
palavra foi usada. (D) Antonímia.
(E) Ambiguidade.
Questão
03. (SAMAE de Caxias do Sul/RS - Assistente de
01. (SANEAGO/GO - Agente de Saneamento - CS/2018) Planejamento - OBJETIVA/2017)

Predestinação

Tinha no nome seu destino líquido: mar, rio e lago.


Pois chamava-se Mário Lago.
Viu a luz sob o signo de Piscis.
Brilhava no céu a constelação de Aquário.
Veio morar no Rio.
Quando discutia, sempre levava um banho.
Pois era um temperamento transbordante.
Sua arte preferida: água-forte.
Seu provérbio predileto: "Quem tem capa, escapa".
Sua piada favorita: "Ser como o rio:
seguir o curso sem deixar o leito".
Pois estudava: engenharia hidráulica.
Quando conheceu uma moça de primeira água. Considerando-se a representação semântica da palavra
Foi na onda. “vendo” no contexto da tirinha abaixo, é CORRETO afirmar
Teve que desistir dos estudos quando que ocorre:
já estava na bica para se formar. (A) Denotação.
Então arranjou um emprego em Ribeirão das Lajes. (B) Conotação.
Donde desceu até ser leiteiro. (C) Homonímia.
Encarregado de pôr água no leite. (D) Homofonia.
Ficou noivo e deu à moça uma água-marinha. (E) Sinonímia.
Mas ela o traiu com um escafandrista.
E fugiu sem dizer água vai. 04. (Pref. Videira/SC - Agente Administrativo -
Foi aquela água. ASSCONPP/2016) Observe as frases abaixo:
Desde então ele só vivia na chuva I. A mãe vela pelo sono do filho doente.
Virou pau de água. II. O barco à vela foi movido pelo vento.
Portanto, com hidrofobia.
Foi morar numa água-furtada. A palavra vela presenta vários sentidos, esta propriedade
Deu-lhe água no pulmão. das palavras é denominada:
Rim flutuante. (A) Homonímia;

Língua Portuguesa 18
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(B) Polissemia; Restrição de Sentido


(C) Sinonímia; Ao lado da ampliação de sentido, existe o movimento
(D) Antonímia; inverso, isto é, uma palavra passa a designar uma quantidade
(E) Nenhuma das alternativas anteriores. mais restrita de objetos ou noções do que originariamente. É o
caso, por exemplo, das palavras que saem da língua geral e
05. (Pref. Fronteira/MG - Contador - MÁXIMA/2016) passam a ser usadas com sentido determinado, dentro de um
universo restrito do conhecimento.
A palavra aglutinação, por exemplo, na nomenclatura
gramatical, é bom exemplo de especialização de sentido. Na
língua geral, ela significa qualquer junção de elementos para
formar um todo, porém em Gramática designa apenas um tipo
de formação de palavras por composição em que a junção dos
elementos acarreta alteração de pronúncia, como é o caso de
A mensagem dessa tirinha apoia-se no duplo sentido de pernilongo (perna + longa).
uma palavra através de um recurso: Se não houver alteração de pronúncia, já não se diz mais
(A) Vida - homonímia; aglutinação, mas justaposição. A palavra Pernalonga, por
(B) Balanço - polissemia; exemplo, que designa uma personagem de desenhos
(C) Balanço - sinonímia; animados, não se formou por aglutinação, mas por
(D) Vida - polissemia. justaposição.
Em linguagem científica é muito comum restringir-se o
Gabarito significado das palavras para dar precisão à comunicação.
A palavra girassol, formada de gira (do verbo girar) + sol,
01.D / 02.B / 03.C / 04.B / 05.B não pode ser usada para designar, por exemplo, um astro que
gira em torno do Sol, seu sentido sofreu restrição, e ela serve
Sentido Próprio e Sentido Figurado para designar apenas um tipo de flor que tem a propriedade
de acompanhar o movimento do Sol.
As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou Há certas palavras que, além do significado explícito,
no sentido figurado. Exemplos: contêm outros implícitos (ou pressupostos). Os exemplos são
- Construí um muro de pedra. (Sentido próprio). muitos. É o caso do adjetivo outro, por exemplo, que indica
- Ênio tem um coração de pedra. (Sentido figurado). certa pessoa ou coisa, pressupondo necessariamente a
- As águas pingavam da torneira. (Sentido próprio). existência de ao menos uma além daquela indicada.
- As horas iam pingando lentamente. (Sentido figurado). Prova disso é que não faz sentido, para um escritor que
nunca lançou um livro, dizer que ele estará autografando seu
Denotação e Conotação outro livro. O uso de outro pressupõe necessariamente ao
menos um livro além daquele que está sendo autografado.
Denotação é o sentido da palavra interpretada ao pé da Questões
letra, isto é, de acordo com o sentido geral que ela tem na
maioria dos contextos em que ocorre. É o sentido próprio da 01. (PC/CE – Delegado de Polícia Civil – VUNESP)
palavra, aquele encontrado no dicionário. Exemplo: “Uma
pedra no meio da rua foi a causa do acidente.” A morte do narrador
A palavra “pedra” aqui está usada em sentido literal, ou
seja, o objeto mesmo. Recentemente recebi um e-mail de uma leitora
perguntando a razão de eu ter, segundo ela, uma visão tão dura
Conotação é o sentido da palavra desviado do usual, isto é, para com os idosos. O motivo da sua pergunta era eu ter dito,
aquele que se distancia do sentido próprio e costumeiro. em uma de minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais
Exemplo: “As pedras atiradas pela boca ferem mais do que as vovôs e vovós, porque estavam todos na academia querendo
atiradas pela mão.” parecer com seus netos.
“Pedras”, nesse contexto, não está indicando o que Claro, minha leitora me entendeu mal. Mas o fato de ela ter
usualmente significa, mas um insulto, uma ofensa produzida me entendido mal, o que acontece com frequência quando se
pelas palavras. discute o tema da velhice, é comum, principalmente porque o
próprio termo “velhice" já pede sinônimos politicamente
Ampliação de Sentido corretos, como “terceira idade", “melhor idade", “maturidade",
Fala-se em ampliação de sentido quando a palavra passa a entre outros.
designar uma quantidade mais ampla de significado do que o Uma característica do politicamente correto é que, quando
seu original. ele se manifesta num uso linguístico específico, é porque esse
“Embarcar”, por exemplo, que originariamente era usada uso se refere a um conceito já considerado como algo ruim. A
para designar o ato de viajar em um barco, ampliou marca essencial do politicamente correto é a hipocrisia
consideravelmente o sentido e passou a designar a ação de articulada como gesto falso, ideias bem comportadas.
viajar em outros veículos. Hoje se diz, por ampliação de Voltando à velhice. Minha leitora entendeu que eu dizia
sentido, que um passageiro: que idosos devem se afundar na doença, na solidão e no
- embarcou em um trem. abandono, e não procurar ser felizes. Mas, quando eu dizia que
- embarcou no ônibus das dez. eles estão fugindo da condição de avós, usava isso como
- embarcou no avião da força aérea. metáfora da mentira (politicamente correta) quanto ao medo
- embarcou num transatlântico. que temos de afundar na doença, antes de tudo psicológica,
devido ao abandono e à solidão, típicos do mundo
“Alpinista”, na origem, era usado para indicar aquele que contemporâneo. Minha crítica era à nossa cultura, e não às
escala os Alpes (cadeia montanhosa europeia). Depois, por vítimas dela. Ela cultua a juventude como padrão de vida e está
ampliação de sentido, passou a designar qualquer tipo de intimamente associada ao medo do envelhecimento, da dor e
praticante de escalar montanhas. da morte. Sua opção é pela “negação", traço de um dos
sintomas neuróticos descritos por Freud.

Língua Portuguesa 19
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APOSTILAS OPÇÃO

Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia que milhões de universitários em instituições com o padrão de
na modernidade o narrador da vida desapareceu. Isso quer investimento das estaduais paulistas. E o Brasil precisa
dizer que as pessoas encarregadas, antigamente, de narrar a aumentar rapidamente sua população universitária. Nossa
vida e propor sentido para ela perderam esse lugar. Hoje os taxa bruta de escolarização no nível superior beira os 30%,
mais velhos querem “aprender" com os mais jovens (aprender contra 59% do Chile e 63% do Uruguai.
a amar, se relacionar, comprar, vestir, viajar, estar nas redes Isso para não mencionar países desenvolvidos como EUA
sociais). Esse fenômeno, além de cruel com o envelhecimento, (89%) e Finlândia (92%). Em vez de insistir na ficção
é também desorganizador da própria juventude. Ouço constitucional de que todas as universidades do país precisam
cotidianamente, na sala de aula, os alunos demonstrarem seu dedicar-se à pesquisa, faria mais sentido aceitar o mundo
desprezo por pais e mães que querem aprender a viver com como ele é e distinguir entre instituições de elite voltadas para
eles. a produção de conhecimento e as que se destinam a difundi-lo.
Alguns elementos do mundo moderno não ajudam a O Brasil tem necessidade de ambas.
combater essa desvalorização dos mais velhos. As ferramentas (Hélio Schwartsman,: http://www1.folha.uol.com.br, 2013.)
de informação, normalmente mais acessíveis aos jovens,
aumentam a percepção negativa dos mais velhos diante do Assinale a alternativa em que a expressão destacada é
acúmulo de conhecimento posto a serviço dos consumidores, empregada em sentido figurado.
que questionam as “verdades constituídas do passado". A (A) ... universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a
própria estrutura sobre a qual se funda a experiência moderna nata dos especialistas...
– ciência, técnica, superação de tradição – agrava a (B) Os dados do Ranking Universitário publicados em
invisibilidade dos mais velhos. Em termos humanos, o passado setembro de 2013...
(que “nada" serve ao mundo do progresso) tem um nome: (C) Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber
idoso. Enfim, resta aos vovôs e vovós ir para a academia ou que o país não dispõe de recursos...
para as redes sociais. (D) ... das 20 universidades mais bem avaliadas em termos
(Luiz Felipe Pondé, Somma, agosto 2014, p. 31. Adaptado) de ensino...
(E) ... todas as despesas que contribuem direta e
O termo empregado com sentido figurado está em indiretamente para a boa pesquisa...
destaque na seguinte passagem do texto:
(A) Mas o fato de ela ter me entendido mal, o que acontece 03. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP)
com frequência quando se discute o tema da velhice… Leia o texto para responder a questão.
(segundo parágrafo).
(B) O motivo da sua pergunta era eu ter dito, em uma de Um pé de milho
minhas colunas, que hoje em dia não existiam mais vovôs e
vovós… (primeiro parágrafo). Aconteceu que no meu quintal, em um monte de terra
(C) Walter Benjamim, filósofo alemão do século XX, dizia trazido pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser um
que na modernidade o narrador da vida desapareceu. pé de capim – mas descobri que era um pé de milho.
(Penúltimo parágrafo). Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa.
(D) A própria estrutura sobre a qual se funda a experiência Secaram as pequenas folhas, pensei que fosse morrer. Mas ele
moderna – ciência, técnica, superação de tradição – agrava a reagiu. Quando estava do tamanho de um palmo, veio um
invisibilidade dos mais velhos. (Último parágrafo). amigo e declarou desdenhosamente que na verdade aquilo era
(E) Minha leitora entendeu que eu dizia que idosos devem capim. Quando estava com dois palmos veio outro amigo e
se afundar na doença, na solidão e no abandono… (quarto afirmou que era cana.
parágrafo). Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu
tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança as suas
02. (PC/CE – Escrivão de Polícia Civil – VUNESP) folhas além do muro – e é um esplêndido pé de milho. Já viu o
leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto
Ficção universitária centenas de milharais – mas é diferente. Um pé de milho
sozinho, em um anteiro, espremido, junto do portão, numa
Os dados do Ranking Universitário publicados em esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser vivo
setembro de 2013 trazem elementos para que tentemos e independente. Suas raízes roxas se agarra mão chão e suas
desfazer o mito, que consta da Constituição, de que pesquisa e folhas longas e verdes nunca estão imóveis.
ensino são indissociáveis. É claro que universidades que fazem Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos
pesquisa tendem a reunir a nata dos especialistas, produzir encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou.
mais inovação e atrair os alunos mais qualificados, tornando- Há muitas flores belas no mundo, e a flor do meu pé de milho
se assim instituições que se destacam também no ensino. não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical,
O Ranking Universitário mostra essa correlação de forma beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho
cristalina: das 20 universidades mais bem avaliadas em vulgar com uma força e uma alegria que fazem bem. É alguma
termos de ensino, 15 lideram no quesito pesquisa (e as demais coisa de vivo que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de
estão relativamente bem posicionadas). Das 20 que saem à milho é um belo gesto da terra. E eu não sou mais um medíocre
frente em inovação, 15 encabeçam também a pesquisa. Daí não homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou
decorre que só quem pesquisa, atividade estupidamente cara, um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos.
seja capaz de ensinar. (Rubem Braga. 200 crônicas escolhidas, 2001)
O gasto médio anual por aluno numa das três
universidades estaduais paulistas, aí embutidas todas as Assinale a alternativa em que, nas duas passagens, há
despesas que contribuem direta e indiretamente para a boa termos empregados em sentido figurado.
pesquisa, incluindo inativos e aportes de Fapesp, CNPq e (A) ... beijado pelo vento do mar... (3º §) / Meu pé de milho
Capes, é de R$ 46 mil (dados de 2008). Ora, um aluno do é um belo gesto da terra. (3º §)
ProUni custa ao governo algo em torno de R$ 1.000 por ano em (B) Mas ele reagiu. (1º §) / ... na verdade aquilo era capim.
renúncias fiscais. (1º §)
Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber (C) Secaram as pequenas folhas... (1º §) / Sou um
que o país não dispõe de recursos para colocar os quase sete ignorante... (2º §)

Língua Portuguesa 20
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APOSTILAS OPÇÃO

(D) Ele cresceu, está com dois metros... (2º §) / Tinha visto - Nos cognatos o radical é a parte da palavra responsável
centenas de milharais... (2º §) por sua significação principal.
(E) ... lança as suas folhas além do muro... (2º §) / Há muitas
flores belas no mundo... (3º §) Afixos: como vimos, o acréscimo do morfema - ar - cria
uma nova palavra a partir de escola. De maneira semelhante, o
04. (IF/SC – Técnico de Laboratório) acréscimo dos morfemas sub e arização à forma escol
Assinale a opção em que NÃO há palavra usada em sentido criou subescolarização. Esses morfemas recebem o nome de
conotativo. afixos.
(A) Tuas atitudes são o espelho do teu caráter. Quando são colocados antes do radical, como acontece
(B) Regras podem ser estabelecidas para uma convivência com sub, os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como
pacífica. arização, surgem depois do radical os afixos são chamados
(C) Pipocavam palavras no texto, como se fossem rabiscos de sufixos.
coloridos do próprio pensamento - Prefixos e Sufixos, além de operar mudança de classe
(D) Choviam risadas naquela peça de humor. gramatical, são capazes de introduzir modificações de
(E) A sabedoria abre as portas do conhecimento. significado no radical a que são acrescentados.

05. (FAPESE - Assistente em Administração - Desinências: quando se conjuga o verbo amar, obtêm-se
UFS/2018) No período “Tomara que a revolta que eu e muitos formas como amava, amavas, amava, amávamos, amáveis,
sentiram não morra nas redes sociais”, a forma verbal “morra” amavam. Essas modificações ocorrem à medida que o verbo
(do verbo morrer) é: vai sendo flexionado em número (singular e plural) e pessoa
(A) usada em sentido denotativo; (primeira, segunda ou terceira). Também ocorrem se
(B) 3ª. pessoa do singular do pretérito perfeito, do modo modificarmos o tempo e o modo do verbo (amava, amara,
indicativo; amasse, por exemplo).
(C) uma flexão regular da 3ª. pessoa do singular, do Assim, podemos concluir, que existem morfemas que
pretérito imperfeito, do modo subjuntivo; indicam as flexões das palavras. Esses morfemas sempre
(D) a flexão de 3ª. pessoa do singular, do futuro do surgem no fim das palavras variáveis e recebem o nome de
pretérito, do modo indicativo; desinências, no qual podem ser divididos em:
(E) usada em sentido conotativo.
a) Desinências nominais: indicam o gênero e o número
Gabarito dos nomes. Para a indicação de gênero, o português costuma
opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/menina.
01.D / 02.A / 03.A / 04.B / 05.E Para a indicação de número, costuma-se utilizar o
morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência de
morfema, que indica o singular: garoto/garotos;
garota/garotas; menino/meninos; menina/meninas.
2.3 Estrutura e formação de No caso dos nomes terminados em –r e– z, a desinência de
palavras. plural assume a forma -es:
mar/mares;
revólver/revólveres;
cruz/cruzes.
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
b) Desinências verbais: em nossa língua, as desinências
Observe as seguintes palavras: verbais pertencem a dois tipos distintos. Há aqueles que
escol-a indicam o modo e o tempo (desinências modo-temporais) e
escol-ar aquelas que indicam o número e a pessoa dos verbos
escol-arização (desinência número-pessoais):
escol-arizar cant-á-va-mos
sub-escol-arização cant-á-sse-is
cant: radical
Percebemos14 que há um elemento comum a todas elas: a cant: radical
forma escol-. Além disso, em todas há elementos destacáveis, -á-: vogal temática
responsáveis por algum detalhe de significação. Compare, por -á-: vogal temática
exemplo, escola e escolar: partindo de escola, formou-se
escolar pelo acréscimo do elemento destacável: ar. -va-: desinência modo-temporal(caracteriza o pretérito
Por meio desse trabalho de comparação entre as diversas imperfeito do indicativo).
palavras que selecionamos, podemos depreender a existência -sse-: desinência modo-temporal (caracteriza o pretérito
de diferentes elementos formadores. Cada um desses imperfeito do subjuntivo).
elementos formadores é uma unidade mínima de significação, -mos: desinência número-pessoal (caracteriza a primeira
um elemento significativo indecomponível, a que damos o pessoa do plural).
nome de morfema. -is: desinência número-pessoal (caracteriza a segunda
pessoa do plural).
Classificação dos Morfemas
Vogal Temática: observe que, entre o radical cant- e as
Radical: há um morfema comum a todas as palavras que desinências verbais, surge sempre o morfema– a.
estamos analisando: escol-. Esse morfema, que liga o radical às desinências, é chamado
É esse morfema comum - o radical - que faz com que as de vogal temática. Sua função é ligar-se ao radical,
consideremos palavras de uma mesma família de significação. constituindo o chamado tema. É ao tema (radical + vogal

14
http://www.brasilescola.com/gramatica/estrutura-e-formacao-de-
palavras-i.htm

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APOSTILAS OPÇÃO

temática) que se acrescentam as desinências. Tanto os verbos “existiria”). Por parassíntese formam-se principalmente
como os nomes apresentam vogais temáticas. verbos.
En-- -----trist- ----ecer
Vogais Temáticas Nominais: são -a, -e, e -o, quando Prefixo radical sufixo
átonas finais, como em mesa, artista, busca, perda, escola,
triste, base, combate. Nesses casos, não poderíamos pensar que en----- ---tard--- --ecer
essas terminações são desinências indicadoras de gênero, pois prefixo radical sufixo
a mesa, a escola, por exemplo, não sofrem esse tipo de flexão.
É a essas vogais temáticas que se liga a desinência indicadora Outros Tipos de Derivação
de plural: Há dois casos em que a palavra derivada é formada sem
mesa-s, escola-s, perda-s. Os nomes terminados em vogais que haja a presença de afixos. São eles: a derivação regressiva
tônicas (sofá, café, cipó, caqui, por exemplo) não apresentam e a derivação imprópria.
vogal temática.
a) Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por
Vogais temáticas verbais: são -a, -e e- i, que caracterizam redução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na formação
três grupos de verbos a que se dá o nome de conjugações. de substantivos derivados de verbos.
Assim, os verbos cuja vogal temática é -a pertencem à primeira Por exemplo: A pesca está proibida. (pescar). Proibida a
conjugação; aqueles cuja vogal temática é -e pertencem à caça. (caçar)
segunda conjugação e os que têm vogal temática -i pertencem
à terceira conjugação. b) Derivação imprópria: a palavra nova (derivada) é
obtida pela mudança de categoria gramatical da palavra
primeira conj. segunda conj. terceira conj. primitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas tão
govern-a-va estabelec-e-sse defin-i-ra somente na classe gramatical. Por exemplo:
atac-a-va cr-e-ra imped-i-sse Não entendi o porquê da briga. (o substantivo porquê
realiz-a-sse mex-e-rá g-i-mos deriva da conjunção porque)
Seu olhar me fascina! (o verbo olhar tornou-se, aqui,
Vogal ou consoante de ligação: as vogais ou consoantes substantivo)
de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos, Outros processos de formação de palavras
ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a leitura de uma - Hibridismo: é a palavra formada com elementos
determinada palavra. Temos um exemplo de vogal de ligação oriundos de línguas diferentes.
na palavra escolaridade: o - i - entre os sufixos- ar- e -dade automóvel (auto: grego; móvel: latim)
facilita a emissão vocal da palavra. Outros exemplos: sociologia (socio: latim; logia: grego)
gasômetro, alvinegro, tecnocracia, paulada, cafeteira, chaleira, sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)
tricota.
- Abreviação vocabular: cujo traço peculiar manifesta-se
Processos de Formação de Palavras por meio da eliminação de um segmento de uma palavra no
intuito de se obter uma forma mais reduzida, geralmente
Composição aquelas mais longas. Vejamos alguns exemplos:
Haverá composição quando se juntarem dois ou mais metropolitano – metrô
radicais para formar nova palavra. Há dois tipos de extraordinário – extra
composição: justaposição e aglutinação. otorrinolaringologista – otorrino
a) Justaposição: ocorre quando os elementos que formam telefone – fone
o composto são postos lado a lado, ou seja, justapostos. Por pneumático – pneu
exemplo: Corre-corre, guarda-roupa, segunda-feira, girassol.
- Onomatopeia: consiste em criar palavras, tentando
b) Aglutinação: ocorre quando os elementos que formam imitar sons da natureza ou sons repetidos. Por
o composto se aglutinam e pelo menos um deles perde sua exemplo: zum-zum, cri-cri, tique-taque, pingue-pongue, blá-
integridade sonora. Por exemplo: Aguardente (água + blá-blá.
ardente), planalto (plano + alto), pernalta (perna + alta),
vinagre (vinho + acre) - Siglas: as siglas são formadas pela combinação das letras
iniciais de uma sequência de palavras que constitui um nome.
Derivação por Acréscimo de Afixos Por exemplo: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
É o processo pelo qual se obtêm palavras novas Estatística); IPTU (Imposto Predial, Territorial e Urbano).
(derivadas) pela anexação de afixos à palavra primitiva. A As siglas escrevem-se com todas as letras maiúsculas, a não
derivação pode ser: prefixal, sufixal e parassintética. ser que haja mais de três letras e a sigla seja
pronunciável sílaba por sílaba.
a) Prefixal (ou prefixação): a palavra nova é obtida por Por exemplo: Unicamp, Petrobras.
acréscimo de prefixo.
In------ --feliz des----------leal Questões
Prefixo radical prefixo radical
01. Assinale a opção em que todas as palavras se formam
b) Sufixal (ou sufixação): a palavra nova é obtida por pelo mesmo processo:
acréscimo de sufixo. A) ajoelhar / antebraço / assinatura
Feliz---- mente leal------dade B) atraso / embarque / pesca
Radical sufixo radical sufixo C) o jota / o sim / o tropeço
D) entrega / estupidez / sobreviver
c) Parassintética: a palavra nova é obtida pelo acréscimo E) antepor / exportação / sanguessuga
simultâneo de prefixo e sufixo (não posso retirar o prefixo nem
o sufixo que estão ligados ao radical, pois a palavra não 02. A palavra “aguardente” formou-se por:
A) hibridismo

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APOSTILAS OPÇÃO

B) aglutinação Emprego do X
C) justaposição Se empregará o “X” nas seguintes situações:
D) parassíntese 1) Após ditongos.
E) derivação regressiva Exemplos: caixa, frouxo, peixe.
Exceção: recauchutar e seus derivados.
03. Que item contém somente palavras formadas por
justaposição? 2) Após a sílaba inicial “en”.
A) desagradável - complemente Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca.
B) vaga-lume - pé-de-cabra Exceção: palavras iniciadas por “ch” que recebem o prefixo
C) encruzilhada - estremeceu “en-”. Ex.: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro),
D) supersticiosa - valiosas encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...)
E) desatarraxou - estremeceu
3) Após a sílaba inicial “me-”.
04. “Sarampo” é: Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão.
A) forma primitiva Exceção: mecha.
B) formado por derivação parassintética
C) formado por derivação regressiva 4) Se empregará o “X” em vocábulos de origem indígena ou
D) formado por derivação imprópria africana e em palavras inglesas aportuguesadas.
E) formado por onomatopeia Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu,
bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar,
05. As palavras são formadas através de derivação rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xícara,
parassintética em xale, xingar, etc.
A)infelizmente, desleal, boteco, barraco.
B)ajoelhar, anoitecer, entristecer, entardecer. Emprego do Ch
C)caça, pesca, choro, combate. Se empregará o “Ch” nos seguintes vocábulos: bochecha,
D)ajoelhar, pesca, choro, entristecer. bucha, cachimbo, chalé, charque, chimarrão, chuchu, chute,
cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila,
Gabarito pechincha, salsicha, tchau, etc.
01.B / 02.B / 03.B / 04.C / 05.B
Emprego do G
Se empregará o “G” em:
1) Substantivos terminados em: -agem, -igem, -ugem.
Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem.
3. Aspectos linguísticos: 3.1 Exceção: pajem.
Relações morfossintáticas. 3.2
2) Palavras terminadas em: -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio.
Ortografia: emprego de letras Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio.
e acentuação gráfica sistema
oficial vigente (inclusive o 3) Em palavras derivadas de outras que já apresentam “G”.
Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem),
Acordo Ortográfico vigente, vertiginoso (de vertigem).
conforme Decreto 7.875/12).
Observação - também se emprega com a letra “G” os
seguintes vocábulos: algema, auge, bege, estrangeiro, geada,
gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege, megera, monge,
ORTOGRAFIA rabugento, vagem.

Alfabeto Emprego do J
Para representar o fonema “j’ na forma escrita, a grafia
O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. A – considerada correta é aquela que ocorre de acordo com a
B–C–D–E–F–G–H–I–J–K–L–M–N–O–P–Q–R–S– origem da palavra, como por exemplo no caso da na palavra jipe
T – U – V – W – X – Y – Z. que origina-se do inglês jeep. Porém também se empregará o “J”
nas seguintes situações:
Observação: emprega-se também o “ç”, que representa o
fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras. 1) Em verbos terminados em -jar ou -jear. Exemplos:
Arranjar: arranjo, arranje, arranjem
Emprego das Letras e Fonemas Despejar: despejo, despeje, despejem
Viajar: viajo, viaje, viajem
Emprego das letras K, W e Y
Utilizam-se nos seguintes casos: 2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica.
1) Em antropônimos originários de outras línguas e seus Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji.
derivados. Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo;
Taylor, taylorista. 3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam “J”.
Exemplos: laranja –laranjeira / loja – lojista / lisonja –
2) Em topônimos originários de outras línguas e seus lisonjeador / nojo – nojeira / cereja – cerejeira / varejo –
derivados. Exemplos: Kuwait, kuwaitiano. varejista / rijo – enrijecer / jeito – ajeitar.

3) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como Observação - também se emprega com a letra “J” os
unidades de medida de curso internacional. Exemplos: K seguintes vocábulos: berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade,
(Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilômetro), Watt. jeito, jejum, laje, traje, pegajento.

Língua Portuguesa 23
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APOSTILAS OPÇÃO

Emprego do S Observação: em muitas palavras, a letra X soa como Z.


Utiliza-se “S” nos seguintes casos: Como por exemplo: exame, exato, exausto, exemplo, existir,
1) Palavras derivadas de outras que já apresentam “S” no exótico, inexorável.
radical. Exemplos: análise – analisar / catálise – catalisador /
casa – casinha ou casebre / liso – alisar. Emprego do Fonema S
Existem diversas formas para a representação do fonema “S”
2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título no qual podem ser: s, ç, x e dos dígrafos sc, sç, ss, xc, xs. Assim
ou origem. Exemplos: burguês – burguesa / inglês – inglesa / vajamos algumas situações:
chinês – chinesa / milanês – milanesa.
1) Emprega-se o S: nos substantivos derivados de verbos
3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e –osa. terminados em -andir, -ender, -verter e -pelir.
Exemplos: catarinense / palmeirense / gostoso – gostosa / Exemplos: expandir – expansão / pretender – pretensão /
amoroso – amorosa / gasoso – gasosa / teimoso – teimosa. verter – versão / expelir – expulsão / estender – extensão /
suspender – suspensão / converter – conversão / repelir –
4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa. repulsão.
Exemplos: catequese, diocese, poetisa, profetisa,
sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose. 2) Emprega-se Ç: nos substantivos derivados dos verbos ter
e torcer.
5) Após ditongos. Exemplos: ater – atenção / torcer – torção / deter – detenção
Exemplos: coisa, pouso, lousa, náusea. / distorcer – distorção / manter – manutenção / contorcer –
contorção.
6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus
derivados. 3) Emprega-se o X: em casos que a letra X soa como Ss.
Exemplos: pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, Exemplos: auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta,
puséssemos, quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, sintaxe, texto, trouxe.
quiséssemos, repus, repusera, repusesse, repuséssemos.
4) Emprega-se Sc: nos termos eruditos.
7) Em nomes próprios personativos. Exemplos: acréscimo, ascensorista, consciência, descender,
Exemplos: Baltasar, Heloísa, Inês, Isabel, Luís, Luísa, discente, fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação,
Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás. miscível, plebiscito, rescisão, seiscentos, transcender, etc.

Observação - também se emprega com a letra “S” os 5) Emprega-se Sç: na conjugação de alguns verbos.
seguintes vocábulos: abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, Exemplos: nascer - nasço, nasça / crescer - cresço, cresça /
cortesia, decisão, despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, Descer - desço, desça.
mesada, paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio,
querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigésimo, 6) Emprega-se Ss: nos substantivos derivados de verbos
visita, etc. terminados em -gredir, -mitir, -ceder e -cutir.
Exemplos: agredir – agressão / demitir – demissão / ceder –
Emprego do Z cessão / discutir – discussão/ progredir – progressão /
Se empregará o “Z” nos seguintes casos: transmitir – transmissão / exceder – excesso / repercutir –
1) Palavras derivadas de outras que já apresentam Z no repercussão.
radical.
Exemplos: deslize – deslizar / razão – razoável / vazio – 7) Emprega-se o Xc e o Xs: em dígrafos que soam como Ss.
esvaziar / raiz – enraizar /cruz – cruzeiro. Exemplos: exceção, excêntrico, excedente, excepcional,
exsudar.
2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos
a partir de adjetivos. Atenção - não se esqueça que uso da letra X apresenta
Exemplos: inválido – invalidez / limpo – limpeza / macio – algumas variações. Observe:
maciez / rígido – rigidez / frio – frieza / nobre – nobreza / pobre 1) O “X” pode representar os seguintes fonemas:
– pobreza / surdo – surdez. “ch” - xarope, vexame;
“cs” - axila, nexo;
3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar “z” - exame, exílio;
substantivos. “ss” - máximo, próximo;
Exemplos: civilizar – civilização / hospitalizar – “s” - texto, extenso.
hospitalização / colonizar – colonização / realizar – realização.
2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci-
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita. Exemplos: excelente, excitar.
Exemplos: cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito,
avezita. Emprego do E
Se empregará o “E” nas seguintes situações:
5) Nos seguintes vocábulos: azar, azeite, azedo, amizade, 1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar
buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz, Exemplos: magoar - magoe, magoes / continuar- continue,
proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc. continues.

6) Em vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no 2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes,
contraste entre o S e o Z. Exemplos: anterior).
Cozer (cozinhar) e coser (costurar); Exemplos: antebraço, antecipar.
Prezar (ter em consideração) e presar (prender);
Traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior). 3) Nos seguintes vocábulos: cadeado, confete, disenteria,
empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea, etc.

Língua Portuguesa 24
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APOSTILAS OPÇÃO

Emprego do I convívio civilizado, como previam, e sim na maior prova da


Se empregará o “I” nas seguintes situações: impossibilidade da coexistência de desiguais.
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir. 2 A ciência trouxe avanços espetaculares nas lides de
Exemplos: guerra, como os bombardeios com precisão cirúrgica que não
Cair- cai poupam civis, mas não trouxe a democratização da
Doer- dói prosperidade antevista. Mágicas novas como o cinema
Influir- influi prometiam ultrapassar os limites da imaginação.
Ultrapassaram, mas para o território da banalidade
2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra). espetaculosa. A TV foi prevista, e a energia nuclear intuída,
Exemplos: anticristo, antitetânico. mas a revolução da informática não foi nem sonhada. As
revoluções na medicina foram notáveis, certo, mas a
3) Nos seguintes vocábulos: aborígine, artimanha, chefiar, prevenção do câncer ainda não foi descoberta. Pensando bem,
digladiar, penicilina, privilégio, etc. nem a do resfriado. A comida em pílulas não veio - se bem que
a nouvelle cuisine chegou perto. Até a colonização do espaço,
Emprego do O/U como previam os roteiristas do “Flash Gordon”, está atrasada.
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado Mal chegamos a Marte, só para descobrir que é um imenso
de algumas palavras. Veja os exemplos: comprimento terreno baldio. E os profetas da felicidade universal não
(extensão) e cumprimento (saudação, realização) soar (emitir contavam com uma coisa: o lixo produzido pela sua visão.
som) e suar (transpirar). Nenhuma previsão incluía a poluição e o aquecimento global.
- Grafam-se com a letra “O”: bolacha, bússola, costume, 3 Mas assim como os videntes otimistas falharam, talvez o
moleque. pessimismo de hoje divirta nossos bisnetos. Eles certamente
- Grafam-se com a letra “U”: camundongo, jabuti, Manuel, falarão da Aids, por exemplo, como nós hoje falamos da gripe
tábua. espanhola. A ciência e a técnica ainda nos surpreenderão.
Estamos na pré-história da energia magnética e por fusão
Emprego do H nuclear fria.
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor 4 É verdade que cada salto da ciência corresponderá a um
fonético. Conservou-se apenas como símbolo, por força da passo atrás, rumo ao irracional. Quanto mais perto a ciência
etimologia e da tradição escrita. A palavra hoje, por exemplo, chegar das últimas revelações do Universo, mais as pessoas
grafa-se desta forma devido a sua origem na forma latina hodie. procurarão respostas no misticismo e refúgio no tribal. E
Assim vejamos o seu emprego: quanto mais a ciência avança por caminhos nunca antes
sonhados, mais leigo fica o leigo. A volta ao irracional é a birra
1) Inicial, quando etimológico. do leigo.
Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio. (VERÍSSIMO. L. F. O Globo. 24/07/2016, p. 15.)

2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh. “e era natural que o futuro IDEALIZADO então fosse o da
Exemplos: flecha, telha, companhia. cidade perfeita.” (1º §) O vocábulo em destaque no trecho
acima grafa-se com a letra Z, em conformidade com a norma
3) Final e inicial, em certas interjeições. de emprego do sufixo–izar.
Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc.
Das opções abaixo, aquela em que um dos vocábulos está
4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo INCORRETAMENTE grafado por não se enquadrar nessa
elemento, se etimológico. norma é:
Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem, etc. (A) alcoolizado / barbarizar / burocratizar.
(B) catalizar / abalizado / amenizar.
Observações: (C) catequizar / cauterizado / climatizar.
1) No substantivo Bahia, o “h” sobrevive por tradição. Note (D) contemporizado / corporizar / cretinizar
que nos substantivos derivados como baiano, baianada ou (E) esterilizar / estigmatizado / estilizar.
baianinha ele não é utilizado.
02. (Pref. De Biguaçu/SC – Professor III – Inglês/2016)
2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a letra De acordo com a Língua Portuguesa culta, assinale a
“h” na sua composição. No entanto, seus derivados eruditos alternativa cujas palavras seguem as regras de ortografia:
sempre são grafados com h, como por exemplo: herbívoro, (A) Preciso contratar um eletrecista e um encanador para
hispânico, hibernal. o final da tarde.
(B) O trabalho voluntário continua sendo feito
Questões prazerosamente pelos alunos.
(C) Ainda não foram atendidas as reinvindicações dos
01. (FIOCRUZ – Assistente Técnico de Gestão em Saúde professores em greve.
– FIOCRUZ/2016) (D) Na lista de compras, é preciso descriminar melhor os
produtos em falta.
O FUTURO NO PASSADO (E) Passou bastante desapercebido o caso envolvendo um
juiz federal.
1 Poucas previsões para o futuro feitas no passado se
realizaram. O mundo se mudava do campo para as cidades, e 03. (PC/PA – Escrivão de Polícia Civil – FUNCAB/2016)
era natural que o futuro idealizado então fosse o da cidade Dificilmente, em uma ciência-arte como a Psicologia-
perfeita. Mas o helicóptero não substituiu o automóvel Psiquiatria, há algo que se possa asseverar com 100% de
particular e só recentemente começou-se a experimentar certeza. Isso porque há áreas bastante interpretativas, sujeitas
carros que andam sobre faixas magnéticas nas ruas, liberando a leituras diversas, a depender do observador e do observado.
seus ocupantes para a leitura, o sono ou o amor no banco de Porém, existe um fato na Psicologia-Psiquiatria forense que é
trás. As cidades não se transformaram em laboratórios de 100% de certeza e não está sujeito a interpretação ou a
dissimulação por parte de quem está a ser examinado. E

Língua Portuguesa 25
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APOSTILAS OPÇÃO

revela, objetivamente, dados do psiquismo da pessoa ou, em Disse o Padre Antônio Vieira: “Estar com Cristo em qualquer
outras palavras, mostra características comportamentais lugar, ainda que seja no inferno, é estar no Paraíso.”
indissimuláveis, claras e objetivas. O que pode ser tão exato,
em matéria de Psicologia-Psiquiatria, que não admite “Auriverde pendão de minha terra,
variáveis? Resposta: todos os crimes, sem exceção, são como Que a brisa do Brasil beija e balança,
fotografias exatas e em cores do comportamento do indivíduo. Estandarte que à luz do sol encerra
E como o psiquismo é responsável pelo modo de agir, por As promessas divinas da Esperança…”
conseguinte, tem os em todos os crimes, obrigatoriamente e (Castro Alves)
sempre, elementos objetivos da mente de quem os praticou.
Por exemplo, o delito foi cometido com multiplicidade de 2) Nos antropônimos, reais ou fictícios.
golpes, com ferocidade na execução, não houve ocultação de Exemplos: Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote.
cadáver, não se verifica cúmplice, premeditação etc. Registre-
se que esses dados já aconteceram. Portanto, são insimuláveis, 3) Nos topônimos, reais ou fictícios.
100% objetivos. Basta juntar essas características Exemplos: Rio de Janeiro, Rússia, Macondo.
comportamentais que teremos algo do psiquismo de quem o
praticou. Nesse caso específico, infere-se que a pessoa é 4) Nos nomes mitológicos.
explosiva, impulsiva e sem freios, provável portadora de Exemplos: Dionísio, Netuno.
algum transtorno ligado à disritmia psicocerebral, algum
estreitamento de consciência, no qual o sentimento invadiu o 5) Nos nomes de festas e festividades.
pensamento e determinou a conduta. Exemplos: Natal, Páscoa, Ramadã.
Em outro exemplo, temos homicídio praticado com um só
golpe, premeditado, com ocultação de cadáver, concurso de 6) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais.
cúmplice etc. Nesse caso, os dados apontam para o lado do Exemplos: ONU, Sr., V. Ex.ª.
criminoso comum, que entendia o que fazia. 7) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos,
Claro que não é possível, apenas pela morfologia do crime, políticos ou nacionalistas.
saber-se tudo do diagnóstico do criminoso. Mas, por outro Exemplos: Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado,
lado, é na maneira como o delito foi praticado que se Nação, Pátria, União, etc.
encontram características 100% seguras da mente de quem o
praticou, a evidenciar fatos, tal qual a imagem fotográfica Observação: esses nomes escrevem-se com inicial
revela-nos exatamente algo, seja muito ou pouco, do momento minúscula quando são empregados em sentido geral ou
em que foi registrada. Em suma, a forma como as coisas foram indeterminado.
feitas revela muito da pessoa que as fez. Exemplo: Todos amam sua pátria.
PALOMBA, Guido Arturo. Rev. Psique: n° 100 (ed. comemorativa), p. 82.
Emprego Facultativo da Letra Maiúscula
Tal como ocorre com “interpretaÇÃO ” e “dissimulaÇÃO”, 1) No início dos versos que não abrem período, é facultativo
grafa-se com “ç” o sufixo de ambas as palavras arroladas em: o uso da letra maiúscula, como por exemplo:
(A) apreenção do menor - sanção legal.
(B) detenção do infrator - ascenção ao posto. “Aqui, sim, no meu cantinho,
(C) presunção de culpa - coerção penal. vendo rir-me o candeeiro,
(D) interceção do juiz - contenção do distúrbio. gozo o bem de estar sozinho
(E) submição à lei - indução ao crime. e esquecer o mundo inteiro.”

04. (Câmara Municipal de Araraquara/SP – Assistente 2) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios.
de Tradução e Interpretação – IBFC/2016) Exemplos: Rua da Liberdade ou rua da Liberdade / Igreja do
Leia as opções abaixo e assinale a alternativa que não Rosário ou igreja do Rosário / Edifício Azevedo ou edifício
apresenta erro ortográfico. Azevedo.
(A) Plocrastinar - idiossincrasia - abduzir
(B) Proclastinar - idiosincrasia - abduzir Inicial Minúscula
(C) Plocrastinar- idiossincrasia - abiduzir Utiliza-se inicial minúscula nos seguintes casos:
(D) Procrastinar - idiossincrasia - abduzir 1) Em todos os vocábulos correntes da língua portuguesa.
Exemplos: carro, flor, boneca, menino, porta, etc.
05. (Pref. De Quixadá/CE – Agente de Combate às
Endemias – Serctam/2016) Marque a opção em 2) Depois de dois-pontos, não se tratando de citação direta,
que TODOS os vocábulos se completam com a letra “s”: usa-se letra minúscula.
(A) pesqui__a, ga__olina, ali__erce. Exemplo: “Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas:
(B) e__ótico, talve__, ala__ão. ouro, incenso, mirra.” (Manuel Bandeira)
(C) atrá__, preten__ão, atra__o.
(D) bati__ar, bu__ina, pra__o. 3) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana.
(E) valori__ar, avestru__, Mastru__. Exemplos: janeiro, julho, dezembro, etc. / segunda, sexta,
domingo, etc. / primavera, verão, outono, inverno.
Gabarito
4) Nos pontos cardeais.
01.B / 02.B / 03.C / 04.D / 05.C Exemplos: “Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste.”
/ “Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste,
Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas sudoeste.”

Inicial Maiúscula Observação: quando empregados em sua forma absoluta,


Utiliza-se inicial maiúscula nos seguintes casos: os pontos cardeais são grafados com letra maiúscula.
1) No começo de um período, verso ou citação direta. Exemplos: Nordeste (região do Brasil) / Ocidente (europeu)
/Oriente (asiático).

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APOSTILAS OPÇÃO

Emprego Facultativo da Letra Minúscula (C) há uma mudança no texto, em que, no início, as
1) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica. personagens eram duas pessoas e, a partir do segundo
Exemplos: parágrafo, é uma gaivota.
Crime e Castigo ou Crime e castigo (D) o texto faz uma reflexão sobre a ação humana de viajar,
Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas porém comparando os seres humanos com gaivotas.
Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido (E) o autor utiliza o termo “Gaivota” como símbolo de
imponência, o que se relaciona à forma como os seres
2) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em humanos são tratados no texto.
nomes sagrados e que designam crenças religiosas.
Exemplos: 02. (MGS – Todos os Cargos de Nível Fundamental
Governador Mário Covas ou governador Mário Covas Completo – IBFC/2017)
Papa João Paulo II ou papa João Paulo II
Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor Estranhas Gentilezas
reitor (Ivan Angelo)
Santa Maria ou santa Maria
Estão acontecendo coisas estranhas. Sabe-se que as
c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e pessoas nas grandes cidades não têm o hábito da gentileza.
disciplinas. Não é por ruindade, é falta de tempo. Gastam a paciência nos
Exemplos: ônibus, no trânsito, nas filas, nos mercados, nas salas de
Português ou português espera, nos embates familiares, e depois economizam com a
Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas gente.
modernas Comigo dá-se o contrário, é o que estou notando de uns
História do Brasil ou história do Brasil dias para cá. Tratam-me com inquietante delicadeza. Já
Arquitetura ou arquitetura captava aqui e ali sinais suspeitos, imprecisos, ventinho de
asas de borboleta, quase nada. A impressão de que há algo
Questões estranho tomou meu corpo mesmo foi na semana passada. Um
vizinho que já fora meu amigo telefonou-me desfazendo o
01. (Câmara de Maringá/PR – Assistente Legislativo engano que nos afastava, intriga de pessoa que nem conheço e
– Instituto) que afinal resolvera esclarecer tudo. Difícil reconstruir a
amizade, mas a inimizade morria ali.
Longe é um lugar que existe? Como disse, eu vinha desconfiando tenuemente de
algumas amabilidades. O episódio do vizinho fez surgir em
Voamos algum tempo em silêncio, até que finalmente ele meu espírito a hipótese de uma trama, que já mobilizava até
disse: "Não entendo muito bem o que você falou, mas o que pessoas distantes. E as próximas?
menos entendo é o fato de estar indo a uma festa." Tenho reparado. As próximas telefonam amáveis, sem
— Claro que estou indo à festa. — respondi. — O que há de motivo. Durante o telefonema fico aguardando o assunto que
tão difícil de se compreender nisso? estaria embrulhado nos enfeites da conversa, e ele não sai. Um
Enfim, sem nunca atingir o fim, imaginando-se uma número inesperado de pessoas me cumprimenta na rua, com
Gaivota sobrevoando o mar, viajar é sentir-se ainda mais acenos de cabeça. Mulheres, antes esquivas, sorriem
pássaro livre tocado pelas lufadas de vento, contraponto, de transitáveis nas ruas dos Jardins1. Num restaurante caro, o
uma ave mirrada de asas partidas numa gaiola lacrada, maître2, com uma piscadela, fura a demorada fila de executivos
sobrevivendo apenas de alpiste da melhor qualidade e água à espera e me arruma rapidinho uma mesa para dois. Um
filtrada. Ou ainda, pássaros presos na ambivalência homem de pasta que parecia impaciente à minha frente me
existencial... fadado ao fracasso ou ao sucesso... ao ser livre ou cede o último lugar no elevador. O jornaleiro larga sua banca
viver presos em suas próprias armadilhas... na avenida Sumaré e vem ao prédio avisar-me que o jornal
Fica sob sua escolha e risco, a liberdade para voar os ventos chegou. Os vizinhos de cima silenciam depois das dez da noite.
ascendentes; que pássaro quer ser; que lugares quer [...]
sobrevoar; que viagem ao inusitado mais lhe compraz. Por Que significa isso? Que querem comigo? Que complô é
mais e mais, qual a serventia dessas asas enormes, herança este? Que vão pedir em troca de tanta gentileza?
genética de seus pais e que lhe confere enorme envergadura? Aguardo, meio apreensivo, meio feliz.
Diga para quê serve? Ao primeiro sinal de perigo, debique e Interrompo a crônica nesse ponto, saio para ir ao banco,
pouse na cerca mais próxima. Ora, não venha com desculpas desço pelas escadas porque alguém segura o elevador lá em
esfarrapadas e vamos dona Gaivota, espante a preguiça, bata cima, o segurança do banco faz-me esvaziar os bolsos antes de
as asas e saia do ninho! Não tenha medo de voar. Pois, como é entrar na porta giratória, enfrento a fila do caixa, não aceitam
de conhecimento dos "Mestres dos ares e da Terra", longe é um meus cheques para pagar contas em nome de minha mulher,
lugar que não existe para quem voa rente ao céu e viaja léguas saio mal-humorado do banco, atravesso a avenida arriscando
e mais léguas de distância com a mochila nas costas, olhar no a vida entre bólidos3 , um caminhão joga-me água suja de uma
horizonte e os pés socados em terra firme. poça, o elevador continua preso lá em cima, subo a pé, entro no
Longe é a porta de entrada do lugar que não existe? Não apartamento, sento-me ao computador e ponho-me de novo a
deve ser, não; pois as Gaivotas sacodem a poeira das asas, sonhar com gentilezas.
limpam os resquícios de alimentos dos bicos e batem o toc-toc
lá. Vocabulário:
<http://www.recantodasletras.com.br/contosdefantasia/6031227> 1 bairro Jardim Paulista, um dos mais requintados de São
Paulo
O uso do termo “Gaivota” sempre com letra maiúscula ao 2 funcionário que coordena agendamentos entre outras
longo do texto se deve ao fato de que coisas nos restaurantes
(A) o autor busca, com isso, fazer uma conexão mais 3 carros muito velozes
próxima entre o leitor e o animal.
(B) o autor quis dar destaque ao termo, apesar de não Em “nas ruas dos Jardins1" (4º§), a palavra em destaque
haver importância da referência ao animal para o texto. foi escrita com letra maiúscula por se tratar de:

Língua Portuguesa 27
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APOSTILAS OPÇÃO

(A) um erro de grafia. Câmera: Comprei uma câmera japonesa. (aparelho que
(B) um destaque do autor fotografa)
(C) um substantivo próprio.
(D) um substantivo coletivo. Champanha/Champanhe (do francês): O
champanha/champanhe está bem gelado.
Gabarito
Cessão: Foi confirmada a cessão do terreno. (ato de doar)
01.D / 02.C Sessão: A sessão do filme durou duas horas. (intervalo de
tempo)
Palavras ou Expressões que geram dificuldades Seção/Secção: Visitei hoje a seção de esportes. (repartição
pública, departamento)
Algumas palavras ou expressões costumam apresentar
dificuldades colocando em maus lençóis quem pretende falar Demais: Vocês falam demais, caras! (advérbio de
ou redigir português culto. Esta é uma oportunidade para você intensidade)
aperfeiçoar seu desempenho. Preste atenção e tente Demais: Chamaram mais dez candidatos, os demais devem
incorporar tais palavras certas em situações apropriadas. aguardar. (equivale a “os outros”)
De mais: Não vejo nada de mais em sua decisão. (opõe-se a
A anos: Daqui a um ano iremos à Europa. (a indica tempo “de menos”)
futuro)
Há anos: Não o vejo há meses. (há indica tempo passado) Descriminar: O réu foi descriminado; pra sorte dele.
Atenção: Há muito tempo já indica passado. Não há (inocentar, absolver de crime)
necessidade de usar atrás, isto é um pleonasmo. Discriminar: Era impossível discriminar os caracteres do
documento. (diferençar, distinguir, separar)
Acerca de: Falávamos acerca de uma solução melhor. (a Descrição: A descrição sobre o jogador foi perfeita.
respeito de) (descrever)
Há cerca de: Há cerca de dias resolvemos este caso. (faz Discrição: Você foi muito discreto. (reservado)
tempo)
Entrega em domicílio: Fiz a entrega em domicílio. (lugar)
Ao encontro de: Sua atitude vai ao encontro da verdade. Entrega a domicílio: Enviou as compras a domicílio. (com
(estar a favor de) verbos de movimento)
De encontro a: Minhas opiniões vão de encontro às suas.
(oposição, choque) Espectador: Os espectadores se fartaram da apresentação.
(aquele que vê, assiste)
A fim de: Vou a fim de visitá-la. (finalidade) Expectador: O expectador aguardava o momento da
Afim: Somos almas afins. (igual, semelhante) chamada. (que espera alguma coisa)

Ao invés de: Ao invés de falar começou a chorar. (oposição, Estada: A estada dela aqui foi gratificante. (tempo em algum
ao contrário de) lugar)
Em vez de: Em vez de acompanhar-me, ficou só. (no lugar Estadia: A estadia do carro foi prolongada por mais
de) algumas semanas. (prazo concedido para carga e descarga)

A par: Estamos a par das boas notícias. (bem informado, Fosforescente: Este material é fosforescente. (que brilha
ciente) no escuro)
Ao par: O dólar e o euro estão ao par. (de igualdade ou Fluorescente: A luz branca do carro era fluorescente.
equivalência entre valores financeiros – câmbio) (determinado tipo de luminosidade)

Aprender: O menino aprendeu a lição. (tomar Haja: É preciso que não haja descuido. (verbo haver – 1ª
conhecimento de) pessoa singular do presente do subjuntivo)
Apreender: O fiscal apreendeu a carteirinha do menino. Aja: Aja com cuidado, Carlinhos. (verbo agir – 1ª pessoa
(prender) singular do presente do subjuntivo)

Baixar: os preços quando não há objeto direto; os preços Houve: Houve um grande incêndio no centro de São
funcionam como sujeito: Baixaram os preços (sujeito) nos Paulo. (verbo haver - 3ª pessoa do singular do pretérito
supermercados. Vamos comemorar, pessoal! perfeito)
Abaixar: os preços empregado com objeto direto: Os postos Ouve: A mãe disse: ninguém me ouve. (verbo ouvir - 3ª
(sujeito) de combustível abaixaram os preços (objeto direto) pessoa singular do presente do indicativo)
da gasolina.
Mal: Dormi mal. (oposto de bem)
Bebedor: Tornei-me um grande bebedor de vinho. (pessoa Mau: Você é um mau exemplo. (oposto de bom)
que bebe)
Bebedouro: Este bebedouro está funcionando bem. Mas: Telefonei-lhe mas ela não atendeu. (ideia contrária)
(aparelho que fornece água) Mais: Há mais flores perfumadas no campo. (opõe-se a
menos)
Bem-Vindo: Você é sempre bem-vindo aqui, jovem.
(adjetivo composto) Nem um: Nem um filho de Deus apareceu para ajudá-la.
Benvindo: Benvindo é meu colega de classe. (nome (equivale a nem um sequer)
próprio) Nenhum: Nenhum jornal divulgou o resultado do concurso.
(oposto de algum)
Câmara: Ficaram todos reunidos na Câmara Municipal.
(local de trabalho) Onde: Onde fica a farmácia mais próxima? (lugar em que se

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APOSTILAS OPÇÃO

está) Emprego do Porquê


Aonde: Aonde vão com tanta pressa? (ideia de movimento)
Orações Interrogativas Exemplo:
Por ora: Por ora chega de trabalhar. (por este momento) (pode ser substituído Por que devemos nos
Por hora: Você deve cobrar por hora. (cada sessenta por: por qual motivo, por preocupar com o meio
minutos) qual razão) ambiente?
Por
Senão: Não fazia coisa nenhuma senão criticar. (caso Que
Exemplo:
contrário) Equivalendo a “pelo Os motivos por que não
Se não: Se não houver homens honestos, o país não sairá qual” respondeu são
desta situação crítica. (se por acaso não) desconhecidos.

Tampouco: Não compareceu, tampouco apresentou Exemplos:


qualquer justificativa. (Também não) Você ainda tem coragem de
Tão pouco: Encontramo-nos tão pouco esta semana. Por Final de frases e seguidos
perguntar por quê?
(intensidade) Quê de pontuação
Você não vai? Por quê?
Não sei por quê!
Trás ou Atrás: O menino estava atrás da árvore. (lugar)
Traz: Ele traz consigo muita felicidade. (verbo trazer) Exemplos:
A situação agravou-se porque
Conjunção que indica
ninguém reclamou.
Vultoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui. (volumoso) explicação ou causa
Ninguém mais o espera,
Vultuoso: Sua face está vultuosa e deformada. (congestão Porque porque ele sempre se atrasa.
no rosto)
Conjunção de Finalidade Exemplos:
Questão – equivale a “para que”, Não julgues porque não te
“a fim de que”. julguem.
01. (TCM/RJ – Técnico de Controle Externo –
IBFC/2016) Analise as afirmativas abaixo, dê valores Exemplos:
Função de substantivo –
Verdadeiro (V) ou Falso (F) quanto ao emprego do acento Não é fácil encontrar o
vem acompanhado de
circunflexo estabelecido pelo Novo Acordo Ortográfico. Porquê porquê de toda confusão.
artigo ou pronome
Dê-me um porquê de sua
( ) O acento permanece na grafia de 'pôde' (o verbo saída.
conjugado no passado) para diferenciá-la de 'pode' (o verbo
conjugado no presente).
( ) O acento circunflexo de 'pôr' (verbo) cai e a palavra terá 1. Por que (pergunta);
a mesma grafia de 'por' (preposição), diferenciando-se pelo 2. Porque (resposta);
contexto de uso. 3. Por quê (fim de frase: motivo);
( ) a queda do acento na conjugação da terceira pessoa do 4. O Porquê (substantivo).
plural do presente do indicativo dos verbos crer, dar, ler, ter,
vir e seus derivados. Questões

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de 01. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - VUNESP)
cima para baixo. Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou até
(A) V F F sabedoria popular. Agora, estudo levanta hipóteses sobre
(B) F V F ........................ praticar atividade física..........................benefícios
(C) F F V para a totalidade do corpo. Os resultados podem levar a novas
(D) F V V terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para
.......................... e restaurar a perda muscular que ocorre com o
02. (Detran/CE – Vistoriador – UCE-CEV/2018) Na frase avanço da idade.
“... as penalidades são as previstas pelo bom senso...”, a palavra (Ciência Hoje, março de 2012)
destacada é homônima de censo. Assinale a opção em que o
emprego dos homônimos destacados está adequado. As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e res-
(A) O reitor da faculdade solicitou que todos os pectivamente, com:
funcionários participassem do censo anual para verificar (A) porque … trás … previnir
quem realmente está na ativa. (B) porque … traz … previnir
(B) Foi pedido para que todos os motoristas respondessem (C) porquê … tras … previnir
ao senso, a fim de se obter o número real de carros no pátio da (D) por que … traz … prevenir
universidade. (E) por quê … tráz … prevenir
(C) Os infratores são penalizados com a “multa moral” por
não demonstrarem censo crítico. 02. Pref. de Salvador/BA - Técnico de Nível Médio II –
(D) Se o infrator tiver censo, saberá o que dizer na hora da FGV/2017)
punição.
Por que sentimos calafrios e desconforto ao ouvir certos
Gabarito sons agudos – como unhas arranhando um quadro-negro?

01.A / 02.A Esta é uma reação instintiva para protegermos nossa


audição. A cóclea (parte interna do ouvido) tem uma
membrana que vibra de acordo com as frequências sonoras
que ali chegam. A parte mais próxima ao exterior está ligada à
audição de sons agudos; a região mediana é responsável pela
audição de sons de frequência média; e a porção mais final, por

Língua Portuguesa 29
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APOSTILAS OPÇÃO

sons graves. As células da parte inicial, mais delicadas e frágeis, “Sei que não vai dar em nada, seus segredos sei de cor.”
são facilmente destruídas – razão por que, ao envelhecermos,
perdemos a capacidade de ouvir sons agudos. Quando Os monossílabos em destaque classificam-se como
frequências muito agudas chegam a essa parte da membrana, tônicos; os demais, como átonos (que, em e de).
as células podem ser danificadas, pois, quanto mais alta a
frequência, mais energia tem seu movimento ondulatório. Isso, Acentos Gráficos
em parte, explica nossa aversão a determinados sons agudos,
mas não a todos. Afinal, geralmente não sentimos calafrios ou Acento agudo (´) – colocado sobre as letras “a”, “i”, “u” e
uma sensação ruim ao ouvirmos uma música com notas sobre o “e” do grupo “em” - indica que estas letras representam
agudas. as vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público,
parabéns.
Aí podemos acrescentar outro fator. Uma nota de violão
tem um número limitado e pequeno de frequências – Acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e”
formando um som mais “limpo”. Já no espectro de som e “o” indica, além da tonicidade, timbre fechado. Ex.: tâmara –
proveniente de unhas arranhando um quadro-negro (ou de Atlântico – pêssego – supôs
atrito entre isopores ou entre duas bexigas de ar) há um
número infinito delas. Assim, as células vibram de acordo com Acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com
muitas frequências e aquelas presentes na parte inicial da artigos e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles
cóclea, por serem mais frágeis, são lesadas com mais
facilidade. Daí a sensação de aversão a esse sons agudos e Trema)¨( – de acordo com a nova regra, foi totalmente
“crus”. abolido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras
Ronald Ranvaud, Ciência Hoje, nº 282. derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.: mülleriano (de
Müller)
Assinale a frase em que a grafia do vocábulo sublinhado Til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais
está equivocada. nasais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã
(A) Por que sentimos calafrios?
(B) A razão porque sentimos calafrios é conhecida. Regras Fundamentais
(C) Qual o porquê de sentirmos calafrios?
(D) Sentimos calafrios porque precisamos defender nossa Palavras oxítonas - acentuam-se todas as oxítonas
audição. terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do plural(s):
(E) Sentimos calafrios por quê? Pará – café(s) – cipó(s) – armazém(s).

Gabarito Essa regra também é aplicada aos seguintes casos:

01.D / 02.B Monossílabos tônicos - terminados em “a”, “e”, “o”,


seguidos ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há
ACENTUAÇÃO
Formas verbais - terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos,
Acentuação Tônica seguidas de lo, la, los, las. Ex.: respeitá-lo – percebê-lo – compô-
lo
Implica na intensidade com que são pronunciadas as
sílabas das palavras. Aquela que se dá de forma mais Paroxítonas - acentuam-se as palavras paroxítonas
acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As demais, como terminadas em:
são pronunciadas com menos intensidade, são denominadas - i, is
de átonas. táxi – lápis – júri
De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas - us, um, uns
como oxítona, paroxítona e proparoxítonas, independente de vírus – álbuns – fórum
levar acento gráfico: - l, n, r, x, ps
automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a - ã, ãs, ão, ãos
última sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel ímã – ímãs – órfão – órgãos

Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica se Dica: Memorize a palavra LINURXÃO. Repare que essa
evidencia na penúltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – palavra apresenta as terminações das paroxítonas que são
retrato – passível acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM), R, X, Ã, ÃO. Assim ficará
mais fácil a memorização!
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica se
evidencia na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – - ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de
tímpano – médico – ônibus “s”. Ex.: água – pônei – mágoa – jóquei

Como podemos observar, mediante todos os exemplos Regras Especiais


mencionados, os vocábulos possuem mais de uma sílaba, mas
em nossa língua existem aqueles com uma sílaba somente, no Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos
qual são os chamados de monossílabos, que quando abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento de
pronunciados apresentam certa diferenciação quanto à acordo com a nova regra, mas desde que estejam em palavras
intensidade. paroxítonas.
Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma
em uma dada sequência de palavras. Assim como podemos palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são
observar no exemplo a seguir: acentuados. Mas caso não forem ditongos perdem o acento.
Ex.:

Língua Portuguesa 30
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APOSTILAS OPÇÃO

Antes Agora ele convém – eles convêm


assembléia assembleia
idéia ideia Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes
jibóia jiboia eram acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes
apóia (verbo apoiar) apoia (regra do acento diferencial). Apenas em algumas exceções,
como:
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, Pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do
acompanhados ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca indicativo).
– baú – país – Luís Pode (terceira pessoa do singular do presente do
indicativo). Ex.:
Observação importante: Não serão mais acentuados “i” e Ela pode fazer isso agora.
“u” tônicos, formando hiato quando vierem depois de Elvis não pôde participar porque sua mãe não deixou.
ditongo. Ex.:
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da
Antes Agora preposição por. Ex.:
bocaiúva bocaiuva Faço isso por você.
feiúra feiura Posso pôr (colocar) meus livros aqui?

Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando Questões


seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z: Ra-ul, ru-im, con-
tri-bu-in-te, sa-ir, ju-iz 01. “Cadáver” é paroxítona, pois:
(A) Tem a última sílaba como tônica.
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem (B) Tem a penúltima sílaba como tônica.
seguidas do dígrafo nh: ra-i-nha, ven-to-i-nha. (C) Tem a antepenúltima sílaba como tônica.
(D) Não tem sílaba tônica.
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem
precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba 02. Indique a alternativa em que todas as palavras devem
receber acento.
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, (A) virus, torax, ma.
com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” (B) caju, paleto, miosotis.
não serão mais acentuadas. Ex.: (C) refem, rainha, orgão.
(D) papeis, ideia, latex.
Antes Agora (E) lotus, juiz, virus.
apazigúe (apaziguar) apazigue
argúi (arguir) argui 03. Em “O resultado da experiência foi, literalmente,
aterrador.” a palavra destacada encontra-se acentuada pelo
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido. mesmo motivo que:
Ex.: (A) túnel
Antes Agora (B) voluntário
crêem creem (C) até
vôo voo (D) insólito
(E) rótulos
- Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos
que, no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais 04. Analise atentamente a presença ou a ausência de
acento como antes: CRER, DAR, LER e VER. acento gráfico nas palavras abaixo e indique a alternativa em
que não há erro:
Repare: (A) ruím - termômetro - táxi – talvez.
1) O menino crê em você (B) flôres - econômia - biquíni - globo.
Os meninos creem em você. (C) bambu - através - sozinho - juiz
2) Elza lê bem! (D) econômico - gíz - juízes - cajú.
Todas leem bem! (E) portuguêses - princesa - faísca.
3) Espero que ele dê o recado à sala.
Esperamos que os dados deem efeito! 05. Todas as palavras abaixo são hiatos, EXCETO:
4) Rubens vê tudo! (A) saúde
Eles veem tudo! (B) cooperar
(C) ruim
Cuidado! Há o verbo vir: (D) creem
Ele vem à tarde! (E) pouco
Eles vêm à tarde!
Gabarito
Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do 1.B / 2.A / 3.B / 4.C / 5.E
plural de:
ele tem – eles têm
ele vem – eles vêm (verbo vir)

A regra prevalece também para os verbos conter, obter,


reter, deter, abster.
ele contém – eles contêm
ele obtém – eles obtêm
ele retém – eles retêm

Língua Portuguesa 31
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APOSTILAS OPÇÃO

E: sério (oral), entrada (oral, timbre fechado), dentro


(nasal)
3.3 Relações entre fonemas I: antigo (oral), índio (nasal)
e grafias. O: poste (oral), molho (oral, timbre fechado), longe (nasal)
U: saúde (oral), juntar (nasal)
Y: hobby (oral)
FONOLOGIA – ESTRUTURA FONÉTICA Observação: As vogais ainda podem ser tônicas ou átonas.
Tônica aquela pronunciada com maior intensidade. Ex.:
Fonologia café, bola, vidro.
Átona aquela pronunciada com menor intensidade. Ex.:
Fonologia15 é o ramo da linguística que estuda o sistema café, bola, vidro.
sonoro de um idioma. Ao estudar a maneira como os fones ou
fonemas (sons) se organizam dentro de uma língua, classifica- Semivogais
os em unidades capazes de distinguir significados. São as letras “e”, “i”, “o”, “u”, representadas pelos fonemas
A Fonologia estuda o ponto de vista funcional dos (e, y, o, w), quando formam sílaba com uma vogal. Ex.: No
Fonemas. vocábulo “história” a sílaba “ria” apresenta a vogal “a” e a
semivogal “i”.
Estrutura Fonética
Os fonemas semivocálicos (ou semivogais) têm o som de I
Fonema e U (apoiados em uma vogal, na mesma sílaba). São menos
O fonema16 é a menor unidade sonora da palavra e exerce tônicos (mais fracos na pronúncia) que as vogais. São
duas funções: formar palavras e distinguir uma palavra da representados pelas letras I, U, E, O, M, N, W, Y. Veja:
outra. Veja o exemplo: - pai: a letra I representa uma semivogal, pois está apoiada
em uma vogal, na mesma sílaba.
C + A + M + A = CAMA. Quatro fonemas (sons) se - mouro: a letra U representa uma semivogal, pois está
combinaram e formaram uma palavra. Se substituirmos agora apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.
o som M por N, haverá uma nova palavra, CANA. - mãe: a letra E representa uma semivogal, pois tem som
de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.
A combinação de diferentes fonemas permite a formação - pão: a letra O representa uma semivogal, pois tem som de
de novas palavras com diferentes sentidos. Portanto, os U e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.
fonemas de uma língua têm duas funções bem importantes: - cantam: a letra M representa uma semivogal, pois tem
formar palavras e distinguir uma palavra da outra. som de U e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (=
cantãu).
Ex.: mim / sim / gim... - dancem: a letra M representa uma semivogal, pois tem
som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (=
Letra dancẽi).
A letra é um símbolo que representa um som, é a - hífen: a letra N representa uma semivogal, pois tem som
representação gráfica dos fonemas da fala. É bom saber dois de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (= hífẽi).
aspectos da letra: pode representar mais de um fonema ou - glutens: a letra N representa uma semivogal, pois tem
pode simplesmente ajudar na pronúncia de um fonema. som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba (=
Por exemplo, a letra X pode representar os sons X glutẽis).
(enxame), Z (exame), S (têxtil) e KS (sexo; neste caso a letra X - windsurf: a letra W representa uma semivogal, pois tem
representa dois fonemas – K e S = KS). Ou seja, uma letra pode som de U e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.
representar mais de um fonema. - office boy: a letra Y representa uma semivogal, pois tem
Às vezes a letra é chamada de diacrítica, pois vem à direita som de I e está apoiada em uma vogal, na mesma sílaba.
de outra letra para representar um fonema só. Por exemplo, na
palavra cachaça, a letra H não representa som algum, mas, Quadro de vogais e semivogais
nesta situação, ajuda-nos a perceber que CH tem som de X, Fonemas Regras
como em xaveco.
A Apenas VOGAL
Vale a pena dizer que nem sempre as palavras apresentam
VOGAIS, exceto quando está com A ou
número idêntico de letras e fonemas.
quando estão juntas
E-O
(Neste caso a segunda é semivogal)
Ex.: bola > 4 letras, 4 fonemas
SEMIVOGAIS, exceto quando formam um
guia > 4 letras, 3 fonemas
hiato ou quando estão juntas
I-U
(Neste caso a letra “I” é vogal)
Os fonemas classificam-se em vogais, semivogais e
consoantes. Quando aparece no final da palavra é
AM SEMIVOGAL.
Vogais Ex.: Dançam
São fonemas produzidos livremente, sem obstrução da Quando aparecem no final de palavras são
passagem do ar. São mais tônicos, ou seja, têm a pronúncia EM - EN SEMIVOGAIS.
mais forte que as semivogais. São o centro de toda sílaba. Ex.: Montem / Pólen
Podem ser orais (timbre aberto ou fechado) ou nasais
(indicadas pelo ~, m, n). As vogais são A, E, I, O, U, que podem Consoantes
ser representadas pelas letras abaixo. Veja: São fonemas produzidos com interferência de um ou mais
órgãos da boca (dentes, língua, lábios). Todas as demais letras
A: brasa (oral), lama (nasal) do alfabeto representam, na escrita, os fonemas consonantais:

15http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/ 16 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos públicos. – 1. ed. – Rio de

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/fonologia.htm. Janeiro: Elsevier, 2013.

Língua Portuguesa 32
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APOSTILAS OPÇÃO

B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W (com som de V, 03. (Pref. Caucaia/CE - Agente de Suporte a


Wagner), X, Z. Fiscalização - CETREDE/2016) Assinale a opção em que o x
de todos os vocábulos não tem o som de /ks/.
Encontros Vocálicos (A) tóxico – axila – táxi.
(B) táxi – êxtase – exame.
Como o nome sugere, é o contato entre fonemas vocálicos. (C) exportar – prolixo – nexo.
Há três tipos: (D) tóxico – prolixo – nexo.
(E) exército – êxodo – exportar.
Hiato
Ocorre hiato quando há o encontro de duas vogais, que 04. Indique a alternativa cuja sequência de vocábulos
acabam ficando em sílabas separadas (Vogal – Vogal), porque apresenta, na mesma ordem, o seguinte: ditongo, hiato, hiato,
só pode haver uma vogal por sílaba. ditongo.
Ex.: sa-í-da, ra-i-nha, ba-ús, ca-ís-te, tu-cu-mã-í, su-cu-u- (A) jamais / Deus / luar / daí
ba, ru-im, jú-ni-or. (B) joias / fluir / jesuíta / fogaréu
(C) ódio / saguão / leal / poeira
Ditongo (D) quais / fugiu / caiu / história
Existem dois tipos: crescente ou decrescente (oral ou
nasal). 05. (Pref. João Pessoa/PB - Enfermeiro - AOCP/2018)
Assinale a alternativa em que todas as palavras apresentam
Crescente (SV + V, na mesma sílaba). Ex.: magistério dígrafos.
(oral), série (oral), várzea (oral), quota (oral), quatorze (oral), (A) crescente - investir - interesse.
enquanto (nasal), cinquenta (nasal), quinquênio (nasal). (B) estabelecimento - naquela - misterioso.
(C) dinheiro - criada - naquela.
Decrescente (V + SV, na mesma sílaba). Ex.: item (nasal), (D) crescente - estabelecimento - misterioso.
amam (nasal), sêmen (nasal), cãibra (nasal), caule (oral),
ouro (oral), veia (oral), fluido (oral), vaidade (oral).
Tritongo Gabarito
O tritongo é a união de SV + V + SV na mesma sílaba; pode 01.D / 02.B / 03.E / 04.B / 05.A
ser oral ou nasal. Ex.: saguão (nasal), Paraguai (oral),
enxáguem (nasal), averiguou (oral), deságuam (nasal), aguei
(oral). 3.4 Flexões e emprego de
classes gramaticais.
Encontros Consonantais

Ocorre quando há um grupo de consoantes sem vogal


FLEXÃO NOMINAL E VERBAL
intermediária. Ex.: flor, grade, digno.
FLEXÃO NOMINAL
Dígrafos: duas letras representadas por um único fonema.
Ex.: passo, chave, telha, guincho, aquilo.
Flexão de número
Os nomes (substantivo, adjetivo etc.), de modo geral,
Os dígrafos podem ser consonantais e vocálicos.
admitem a flexão de número: singular e plural.
- Consonantais: ch (chuva), sc (nascer), ss (osso), sç
Ex.: animal – animais.
(desça), lh (filho), xc (excelente), qu (quente), nh (vinho), rr
(ferro), gu (guerra).
Palavras Simples
- Vocálicos: am, an (tampa, canto), em, en (tempo, vento),
1) Na maioria das vezes, acrescenta-se S.
im, in (limpo, cinto), om, on (comprar, tonto), um, un (tumba,
Ex.: ponte – pontes / bonito – bonitos.
mundo).
2) Palavras terminadas em R ou Z: acrescenta-se ES.
Lembre-se: nos dígrafos, as duas letras representam um
Ex.: éter – éteres / avestruz – avestruzes.
só fonema; nos encontros consonantais, cada letra representa
Observação: o pronome qualquer faz o plural no meio:
um fonema.
quaisquer.
Questões
3) Palavras oxítonas terminadas em S: acrescenta-se ES.
Ex.: ananás – ananases.
01. A palavra que apresenta tantos fonemas quantas são as
Observação: as paroxítonas e as proparoxítonas são
letras que a compõem é:
invariáveis. Ex.: o pires − os pires / o ônibus − os ônibus.
(A) importância
(B) milhares
4) Palavras terminadas em IL:
(C) sequer
a) átono: trocam IL por EIS. Ex.: fóssil – fósseis.
(D) técnica
b) tônico: trocam L por S. Ex.: funil – funis.
(E) adolescente
5) Palavras terminadas em EL:
02. Em qual das palavras abaixo a letra x apresenta não
a) átono: plural em EIS. Ex.: nível – níveis.
um, mas dois fonemas?
b) tônico: plural em ÉIS. Ex.: carretel – carretéis.
(A) exemplo
(B) complexo
6) Palavras terminadas em X são invariáveis.
(C) próximos
Ex.: o clímax − os clímax.
(D) executivo
(E) luxo
7) Há palavras cuja sílaba tônica avança.
Ex.: júnior – juniores / caráter – caracteres.

Língua Portuguesa 33
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APOSTILAS OPÇÃO

Observação: a palavra caracteres é plural tanto de banana-maçã − bananas-maçã (semelhante a maçã)


caractere quanto de caráter. navio-escola − navios-escola (a finalidade é a escola)

8) Palavras terminadas em ÃO, ÃOS, ÃES e ÕES. Observações:


Fazem o plural, por isso veja alguns muito importantes: - Alguns autores admitem a flexão dos dois elementos,
a) Em ões: balões, corações, grilhões, melões, gaviões. porém é uma situação polêmica.
b) Em ãos: pagãos, cristãos, cidadãos, bênçãos, órgãos. Ex.: mangas-espada (preferível) ou mangas-espadas.

Observação: os paroxítonos, como os dois últimos, - Quando apenas o último elemento varia:
sempre fazem o plural em ÃOS. a) Quando os elementos são adjetivos. Ex.: hispano-
americano − hispano-americanos.
c) Em ães: escrivães, tabeliães, capelães, capitães, alemães. Observação: a exceção é surdo-mudo, em que os dois
d) Em ões ou ãos: corrimões/corrimãos, verões/verãos, adjetivos se flexionam: surdos-mudos.
anões/anãos b) Nos compostos em que aparecem os adjetivos GRÃO,
e) Em ões ou ães: charlatões/charlatães, GRÃ e BEL. Ex.: grão-duque − grão-duques / grã-cruz − grã-
guardiões/guardiães, cirugiões/cirurgiães. cruzes / bel-prazer − bel-prazeres.
f) Em ões, ãos ou ães: anciões/anciãos/anciães, c) Quando o composto é formado por verbo ou qualquer
ermitões/ermitãos/ermitães. elemento invariável (advérbio, interjeição, prefixo etc.) mais
substantivo ou adjetivo. Ex.: arranha-céu − arranha-céus /
9) Plural dos diminutivos com a letra Z sempre-viva − sempre-vivas / super-homem − super-homens.
Coloca-se a palavra no plural, corta-se o S e acrescenta-se d) Quando os elementos são repetidos ou onomatopaicos
zinhos (ou zinhas). Exemplo: (representam sons). Ex.: reco-reco − reco-recos / pingue-
Coraçãozinho → corações → coraçõe → coraçõezinhos. pongue − pingue-pongues / bem-te-vi − bem-te-vis.
Azulzinha → azuis → azui → azuizinhas.
Observações:
10) Plural com metafonia (ô → ó) - Como se vê pelo segundo exemplo, pode haver alguma
Algumas palavras, quando vão ao plural, abrem o timbre alteração nos elementos, ou seja, não serem iguais.
da vogal o; outras, não. Veja a seguir. - Se forem verbos repetidos, admite-se também pôr os dois
no plural. Ex.: pisca-pisca − pisca-piscas ou piscas-piscas.
Com metafonia singular (ô) e plural (ó)
coro - coros 4) Quando nenhum elemento varia.
corvo - corvos - Quando há verbo mais palavra invariável. Ex.: o cola-tudo
destroço - destroços − os cola-tudo.
forno - fornos - Quando há dois verbos de sentido oposto. Ex.: o perde-
fosso - fossos ganha − os perde-ganha.
poço - poços - Nas frases substantivas (frases que se transformam em
rogo - rogos substantivos). Ex.: O maria-vai-com-as-outras − os maria-vai-
com-as-outras.
Sem metafonia singular (ô) e plural (ô)
adorno - adornos Observações:
bolso - bolsos - São invariáveis arco-íris, louva-a-deus, sem-vergonha,
endosso - endossos sem-teto e sem-terra.
esgoto - esgotos Ex.: Os sem-terra apreciavam os arco-íris.
estojo - estojos
gosto - gostos - Admitem mais de um plural:
pai-nosso − pais-nossos ou pai-nossos
11) Casos especiais: padre-nosso − padres-nossos ou padre-nossos
aval − avales e avais terra-nova − terras-novas ou terra-novas
cal − cales e cais salvo-conduto − salvos-condutos ou salvo-condutos
cós − coses e cós xeque-mate − xeques-mates ou xeques-mate
fel − feles e féis
mal e cônsul − males e cônsules - Casos especiais: palavras que não se encaixam nas regras.
o bem-me-quer − os bem-me-queres
Palavras Compostas o joão-ninguém − os joões-ninguém
Quanto a variação das palavras compostas: o lugar-tenente − os lugar-tenentes
o mapa-múndi − os mapas-múndi
1) Variação de dois elementos: neste caso os compostos
são formados por substantivo mais palavra variável (adjetivo, Flexão de gênero
substantivo, numeral, pronome). Ex.:
amor-perfeito − amores-perfeitos Os substantivos e as palavras que o acompanham na frase
couve-flor − couves-flores admitem a flexão de gênero: masculino e feminino. Ex.:
segunda-feira − segundas-feiras Meu amigo diretor recebeu o primeiro salário.
Minha amiga diretora recebeu a primeira prestação.
2) Variação só do primeiro elemento: neste caso quando A flexão de feminino pode ocorrer de duas maneiras.
há preposição no composto, mesmo que oculto. Ex.:
pé-de-moleque − pés-de-moleque 1) Com a troca de o ou e por a. Ex.: lobo – loba / mestre –
cavalo-vapor − cavalos-vapor (de ou a vapor) mestra.

3) A palavra também irá variar quando o segundo 2) Por meio de diferentes sufixos nominais de gênero,
substantivo determina o primeiro (fim ou semelhança). Ex.: muitas vezes com alterações do radical. Veja alguns femininos

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APOSTILAS OPÇÃO

importantes: b) De inferioridade: João é menos forte que André. (ou do


ateu − ateia que);
bispo − episcopisa c) De igualdade: João é tão forte quanto André. (ou como);
conde − condessa
duque − duquesa 3) Superlativo:
frade − freira a) Absoluto
ilhéu − ilhoa Sintético: João é fortíssimo.
judeu − judia Analítico: João é muito forte. (bastante forte, forte demais
marajá − marani etc.)
monje − monja
pigmeu − pigmeia b) Relativo:
De superioridade: João é o mais forte da turma.
Alguns substantivos são uniformes quanto ao gênero, ou De inferioridade: João é o menos forte da turma.
seja, possuem uma única forma para masculino e feminino. E
podem ser divididos em: Observações:
a) Sobrecomuns: admitem apenas um artigo, podendo a) O grau superlativo absoluto corresponde a um aumento
designar os dois sexos. Ex.: a pessoa, o cônjuge, a testemunha. do adjetivo. Pode ser expresso por um sufixo (íssimo, érrimo
b) Comuns de dois gêneros: admitem os dois artigos, ou imo) ou uma palavra de apoio, como muito, bastante,
podendo então ser masculinos ou femininos. Ex.: o estudante demasiadamente, enorme etc.
− a estudante, o cientista − a cientista, o patriota − a patriota.
c) Epicenos: admitem apenas um artigo, designando os b) As palavras maior, menor, melhor e pior constituem
animais. Ex.: O jacaré, a cobra, o polvo. sempre graus de superioridade. Ex.:
O carro é menor que o ônibus. (menor - mais pequeno =
Observações: comparativo de superioridade.)
- O feminino de elefante é elefanta, e não elefoa. Aliá é Ele é o pior do grupo. (pior - mais mau = superlativo
correto, mas designa apenas uma espécie de elefanta. relativo de superioridade.)
- Mamão, para alguns gramáticos, deve ser considerado c) Alguns superlativos absolutos sintéticos também podem
epiceno. É algo discutível. apresentar dúvidas.
- Há substantivos de gênero duvidoso, que as pessoas acre − acérrimo
costumam trocar. Veja alguns que convém gravar. amargo − amaríssimo
Masculinos - Femininos amigo − amicíssimo
champanha - aguardente antigo − antiquíssimo
dó - alface cruel − crudelíssimo
eclipse - cal doce − dulcíssimo
formicida - cataplasma fácil − facílimo
grama (peso) - grafite feroz − ferocíssimo
milhar - libido fiel − fidelíssimo
plasma - omoplata geral − generalíssimo
soprano - musse humilde − humílimo
suéter - preá magro − macérrimo
telefonema negro − nigérrimo
pobre − paupérrimo
- Existem substantivos que admitem os dois gêneros. Ex.: sagrado − sacratíssimo
diabetes (ou diabete), laringe, usucapião etc. sério − seriíssimo
soberbo – superbíssimo
Flexão de grau
Questões
Por razões meramente didáticas, incluo, aqui, o grau entre
os processos de flexão. 01. (Pref. Fortaleza/CE - Educação Física - 2016) Com
base nas regras de flexão nominal e flexão verbal e com base
Grau do substantivo no aspecto semântico (o sentido das palavras e da
1) Normal ou positivo: sem nenhuma alteração. Ex.: interpretação dos enunciados de acordo com o contexto),
chapéu. observe o seguinte excerto:

2) Aumentativo: “Eu nunca me esqueci da história daquela outra menina”.


a) Sintético: chapelão;
b) Analítico: chapéu grande, chapéu enorme etc. Aponte a alternativa em que todas as palavras desse
excerto foram corretamente flexionadas apenas em número,
3) Diminutivo: de acordo com o contexto.
a) Sintético: chapeuzinho; (A) Nós nunca nos esqueceremos de histórias daquelas
b) Analítico: chapéu pequeno, chapéu reduzido etc. outras meninas.
Obs.: Um grau é sintético quando formado por sufixo; (B) Nós nunca nos esquecemos das histórias daquelas outras
analítico, por meio de outras palavras. meninas.
(C) Nós nunca nos esquecíamos da história daquelas outras
Grau do adjetivo meninas.
1) Normal ou positivo: João é forte. (D) Nós nunca nos esquecemos das histórias daquela outra
menina.
2) Comparativo:
a) De superioridade: João é mais forte que André. (ou do 02. Assinale o par de vocábulos que formam o plural como
que); órfão e mata-burro, respectivamente:

Língua Portuguesa 35
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APOSTILAS OPÇÃO

(A) cristão / guarda-roupa 4) Tempos: são três.


(B) questão / abaixo-assinado a) Presente: falo
(C) alemão / beija-flor
(D) tabelião / sexta-feira b) Pretérito:
(E) cidadão / salário-família - Perfeito: falei
- Imperfeito: falava
03. Aponte a alternativa em que haja erro quanto à flexão - Mais-que-perfeito: falara
do nome composto:
(A) vice-presidentes, amores-perfeitos, os bota-fora Obs.: O pretérito perfeito indica uma ação extinta; o
(B) tico-ticos, salários-família, obras-primas imperfeito, uma ação que se prolongava num determinado
(C) reco-recos, sextas-feiras, sempre-vivas ponto do passado; o mais-que-perfeito, uma ação passada em
(D) pseudo-esferas, chefes-de-seção, pães-de-ló relação a outra ação, também passada. Ex.:
(E) pisca-piscas, cartões-postais, mulas-sem-cabeças Eu cantei aquela música. (perfeito)
Eu cantava aquela música. (imperfeito)
04. (INSTITUTO AOCP - Assistente Administrativo – Quando ele chegou, eu já cantara. (mais-que-perfeito)
EBSERH) Assinale a alternativa cujas palavras em destaque
aceitam flexão de número e gênero. c) Futuro:
(A) “E, ainda, aumenta a capacidade sanguínea e faz bem - Do presente: estudaremos
ao coração, combate a depressão e, o melhor, é democrática, - Do pretérito: estudaríamos
aceita pessoas de todas as idades e raças.”.
(B) “Entre os mais comuns estão samba, bolero, forró, Obs.: No modo subjuntivo, com relação aos tempos
zouk, salsa, lindy hop, tango, valsa e muito mais’. Ele revela simples, temos apenas o presente, o pretérito imperfeito e o
que, apesar de sempre ser um desejo feminino, os homens futuro (sem divisão). Os tempos compostos serão estudados
estão cada vez mais presentes.”. mais adiante.
(C) “A dança tem diferentes linguagens e provoca efeitos e
sensações diversas. Sem se ater ao profissional, ela tem o 5) Vozes: são três.
poder de aproximar as pessoas, provocar romances, estimular a) Ativa: o sujeito pratica a ação verbal.
o cérebro, tonificar [...]”. Ex.: O carro derrubou o poste.
(D) “O bailarino, coreógrafo e professor Welbert de Melo
Nascimento, formado em pedagogia do movimento para o b) Passiva: o sujeito sofre a ação verbal.
ensino da dança pela UFMG, diz que a dança é sociocultural, - Analítica ou verbal: com o particípio e um verbo auxiliar.
fundamental em um mundo cada vez mais individualista e de Ex.: O poste foi derrubado pelo carro.
isolamento diante da tecnologia e da internet.”.
(E) “No antigo Egito, ela homenageava o deus Osíris. Na - Sintética ou pronominal: com o pronome apassivador se.
Grécia, fazia parte dos Jogos Olímpicos. Na era atual, ela existe Ex.: Derrubou-se o poste.
como manifestação artística [...]”.
Obs.: Estudaremos bem o pronome apassivador (ou
Gabarito partícula apassivadora) na sétima lição: concordância verbal.

01.B / 02.A / 03.E / 04. D c) Reflexiva: o sujeito pratica e sofre a ação verbal; aparece
um pronome reflexivo. Ex.: O garoto se machucou.
FLEXÃO VERBAL
Formação do Imperativo
1) Número: singular ou plural 1) Afirmativo: tu e vós saem do presente do indicativo
Ex.: ando, andas, anda → singular menos a letra s; você, nós e vocês, do presente do subjuntivo.
andamos, andais, andam → plural Ex.: Imperativo afirmativo do verbo beber
Bebo → beba
2) Pessoas: são três. bebes → bebe (tu) bebas
a) A primeira é aquela que fala; corresponde aos pronomes bebe beba → beba (você)
eu (singular) e nós (plural). bebemos bebamos → bebamos (nós)
Ex.: escreverei, escreveremos. bebeis → bebei (vós) bebais
bebem bebam → bebam (vocês)
b) A segunda é aquela com quem se fala; corresponde aos Reunindo, temos: bebe, beba, bebamos, bebei, bebam.
pronomes tu (singular) e vós (plural).
Ex.: escreverás, escrevereis. 2) Negativo: sai do presente do subjuntivo mais a palavra
não.
c) A terceira é aquela acerca de quem se fala; corresponde Ex.: beba
aos pronomes ele ou ela (singular) e eles ou elas (plural). bebas → não bebas (tu)
Ex.: escreverá, escreverão. beba → não beba (você)
bebamos → não bebamos (nós)
3) Modos: são três. bebais → não bebais (vós)
a) Indicativo: apresenta o fato verbal de maneira positiva, bebam → não bebam (vocês)
indubitável. Ex.: vendo. Assim, temos: não bebas, não beba, não bebamos, não
bebais, não bebam.
b) Subjuntivo: apresenta o fato verbal de maneira
duvidosa, hipotética. Ex.: que eu venda. Observações:
a) No imperativo não existe a primeira pessoa do singular,
c) Imperativo: apresenta o fato verbal como objeto de uma eu; a terceira pessoa é você.
ordem. Ex.: venda!
b) O verbo ser não segue a regra nas pessoas que saem do

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APOSTILAS OPÇÃO

presente do indicativo. Eis o seu imperativo: Tempos Compostos


- Afirmativo: sê, seja, sejamos, sede, sejam. Formam-se os tempos compostos com o verbo auxiliar (ter
- Negativo: não sejas, não seja, não sejamos, não sejais, não ou haver) mais o particípio do verbo que se quer conjugar.
sejam.
1) Perfeito composto: presente do verbo auxiliar mais
c) O tratamento dispensado a alguém numa frase não pode particípio do verbo principal.
mudar. Se começamos a tratar a pessoa por você, não podemos Ex.: tenho falado ou hei falado → perfeito composto do
passar para tu, e vice-versa. indicativo tenha falado ou haja falado → perfeito composto do
Ex.: Pede agora a tua comida. (tratamento: tu) subjuntivo.
Peça agora a sua comida. (tratamento: você)
2) Mais-que-perfeito composto: imperfeito do auxiliar
d) Os verbos que têm z no radical podem, no imperativo mais particípio do principal.
afirmativo, perder também a letra e que aparece antes da Ex.: tinha falado → mais-que-perfeito composto do
desinência s. indicativo.
Ex.: faze (tu) ou faz (tu) tivesse falado → mais-que-perfeito composto do
dize (tu) ou diz (tu) subjuntivo.

e) Procure ter “na ponta da língua” a formação e o emprego 3) Demais tempos: basta classificar o verbo auxiliar.
do imperativo. É assunto muito cobrado em concursos Ex.: terei falado → futuro do presente composto (terei é
públicos. futuro do presente).

Tempos Primitivos e Tempos Derivados Verbos Irregulares Comuns em Concursos


1) O presente do indicativo é tempo primitivo. Da primeira É importante saber a conjugação dos verbos que seguem.
pessoa do singular sai todo o presente do subjuntivo. Eles estão conjugados apenas nas pessoas, tempos e modos
Ex.: digo → que eu diga, que tu digas, que ele diga etc. mais problemáticos.
dizes 1) Compor, repor, impor, expor, depor etc.: seguem
diz integralmente o verbo pôr.
Obs.: isso não ocorre apenas com os poucos verbos que Ex.: ponho → componho, imponho, deponho etc.
não apresentam a desinência o na primeira pessoa do singular. pus → compus, repus, expus etc.
Ex.: eu sou → que eu seja.
eu sei → que eu saiba. 2) Deter, conter, reter, manter etc.: seguem integralmente
o verbo ter.
2) O pretérito perfeito é tempo primitivo. Da segunda Ex.: tivermos → contivermos, mantivermos etc.
pessoa do singular saem: tiveste → retiveste, mantiveste etc.

a) o mais-que-perfeito. 3) Intervir, advir, provir, convir etc.: seguem


Ex.: coubeste → coubera, couberas, coubera, coubéramos, integralmente o verbo vir.
coubéreis, couberam. Ex.: vierem → intervierem, provierem etc.
vim → intervim, convim etc.
b) o imperfeito do subjuntivo.
Ex.: coubeste → coubesse, coubesses, coubesse, 4) Rever, prever, antever etc.: seguem integralmente o
coubéssemos, coubésseis, coubessem. verbo ver.
Ex.: vi → revi, previ etc.
c) o futuro do subjuntivo. víssemos → prevíssemos, antevíssemos etc.
Ex.: coubeste → couber, couberes, couber, coubermos,
couberdes, couberem. Observações:
- Como se vê nesses quatro itens iniciais, o verbo derivado
3) Do infinitivo impessoal derivam: segue a conjugação do seu primitivo. Basta conjugar o verbo
primitivo e recolocar o prefixo. Há outros verbos que dão
a) o imperfeito do indicativo. origem a verbos derivados. Por exemplo, dizer, haver e fazer.
Ex.: caber → cabia, cabias, cabia, cabíamos, cabíeis, cabiam. Para eles, vale a mesma regra explicada acima.
Ex.: eu houve → eu reouve (e não reavi, como normalmente
b) o futuro do presente. se fala por aí).
Ex.: caber → caberei, caberás, caberá, caberemos, cabereis,
caberão. - Requerer e prover não seguem integralmente os verbos
querer e ver. Eles serão mostrados mais adiante.
c) o futuro do pretérito.
Ex.: caber → caberia, caberias, caberia, caberíamos, 5) Crer, no pretérito perfeito do indicativo: cri, creste, creu,
caberíeis, caberiam. cremos, crestes, creram.

d) o infinitivo pessoal. 6) Estourar, roubar, aleijar, inteirar etc.: mantém o ditongo


Ex.: caber → caber, caberes, caber, cabermos, caberdes, fechado em todos os tempos, inclusive o presente do
caberem. indicativo. Ex.: A bomba estoura. (e não estóra, como
normalmente se diz).
e) o gerúndio.
Ex.: caber → cabendo. 7) Aderir, competir, preterir, discernir, concernir, impelir,
expelir, repelir:
f) o particípio. a) presente do indicativo: adiro, aderes, adere, aderimos,
Ex.: caber → cabido. aderimos, aderem.

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APOSTILAS OPÇÃO

b) presente do subjuntivo: adira, adiras, adira, adiramos, provesse, provesses, provesse etc.
adirais, adiram. provejo, provês, provê; provia, provias, provia; proverei,
proverás, proverá etc.
Obs.: Esses verbos mudam o e do infinitivo para i na
primeira pessoa do singular do presente do indicativo e em 17) Reaver, precaver-se, falir, adequar, remir, abolir,
todas do presente do subjuntivo. colorir, ressarcir, demolir, acontecer, doer são verbos
defectivos. Estude o que falamos sobre eles na lição anterior,
8) Aguar, desaguar, enxaguar, minguar: no item sobre a classificação dos verbos. Ex.: Reaver, no
a) presente do indicativo: águo, águas, água; enxáguo, presente do indicativo: reavemos, reaveis.
enxáguas, enxágua.
Questões
b) presente do subjuntivo: águe, águes, águe; enxágue,
enxágues, enxágue. 01. (FAPERP - Agente Administrativo - SeMAE)

9) Arguir, no presente do indicativo: arguo, argúis, argúi, HÁBITOS SAUDÁVEIS E QUALIDADE DE VIDA17
arguimos, arguis, argúem.
Para um indivíduo ter uma boa qualidade de vida, é
10) Apaziguar, averiguar, obliquar, no presente do fundamental a busca de hábitos saudáveis. Esses, não devem ser
subjuntivo: apazigúe, apazigúes, apazigúe, apaziguemos, feitos esporadicamente, mas sim com frequência (para toda
apazigueis, apazigúem. vida). A adoção desses hábitos saudáveis tem por objetivos a
manutenção da saúde física e psicológica, aumentando a
11) Mobiliar: qualidade de vida.
a) presente do indicativo: mobílio, mobílias, mobília,
mobiliamos, mobiliais, mobíliam.
b) presente do subjuntivo: mobílie, mobílies, mobílie, PRINCIPAIS HÁBITOS SAUDÁVEIS:
mobiliemos, mobilieis, mobíliem.
- Alimentação balanceada, nutritiva e de acordo com as
12) Polir, no presente do indicativo: pulo, pules, pule, necessidades de cada organismo;
polimos, polis, pulem. - Prática regular de atividades físicas; - Atividades ao ar livre
e contato com a natureza;
13) Passear, recear, pentear, ladear (e todos os outros - Não ter vícios (álcool, cigarro e outras drogas);
terminados em ear) - Buscar se envolver em atividades sociais prazerosas e
a) presente do indicativo: passeio, passeias, passeia, construtivas;
passeamos, passeais, passeiam. - Controlar e, na medida do possível, evitar o estresse;
b) presente do subjuntivo: passeie, passeies, passeie, - Valorizar a convivência social positiva;
passeemos, passeeis, passeiem. - Estimular o cérebro com atividades intelectuais (leitura,
teatro etc.);
Observações: - Buscar ajuda de profissionais da saúde quando apresentar
- Os verbos desse grupo (importantíssimo) apresentam o doenças ou problemas psicológicos.
ditongo ei nas formas risotônicas, mas apenas nos dois
presentes. Os verbos “buscar”, “controlar”, “valorizar” e “estimular”,
- Os verbos estrear e idear apresentam ditongo aberto. presentes no texto, foram empregados no infinitivo. Observe
Ex.: estreio, estreias, estreia; ideio, ideias, ideia. as alternativas abaixo e assinale aquela que contiver a
adequada análise da relação forma verbal / flexão de tempo e
14) Confiar, renunciar, afiar, arriar etc.: verbos regulares. modo.
Ex.: confio, confias, confia, confiamos, confiais, confiam. (A) Buscaria: futuro do subjuntivo.
(B) Controlo: presente do imperativo.
Observações: (C) Valorizou: pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
- Esses verbos não têm o ditongo ei nas formas risotônicas. (D) Estimularemos: futuro do presente do indicativo.

- Mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar e intermediar, 02. (Pref. Itaquitinga/PE - Psicólogo - IDHTEC/2016)
apesar de terminarem em iar, apresentam o ditongo ei. Em qual dos trechos a seguir a flexão do verbo reflete um uso
Ex.: medeio, medeias, medeia, mediamos, mediais, adequado da língua
medeiam, medeie, medeies, medeie, mediemos, medieis, (A) “Enquanto a campanha de vacinação contra o H1N1
medeiem. não começa, especialistas recomendam que a população se
precavenha redobrando os cuidados com a higiene e evitando
15) Requerer: só é irregular na 1ª pessoa do singular do aglomerações e o contato com muitas pessoas
presente do indicativo e, consequentemente, em todo o (B) “Cinco pássaros receberam transmissores para
presente do subjuntivo. monitorar sua adaptação à vida selvagem e se obter
Ex.: requeiro, requeres, requer financiamento para cinco novos transmissores, dez novos
requeira, requeiras, requeira pássaros serão libertados.”
requeri, requereste, requereu (C) “A mulher requereu o benefício em abril de 2014. Ela
apresentou diversos atestados médicos que comprovavam sua
16) Prover: conjuga-se como verbo regular no pretérito situação delicada e seu histórico de risco, mas o pedido foi
perfeito, no mais-que-perfeito, no imperfeito do subjuntivo, no indeferido.”
futuro do subjuntivo e no particípio; nos demais tempos,
acompanha o verbo ver. (D) “A polícia interviu nos confrontos entre adeptos
Ex.: Provi, proveste, proveu; provera, proveras, provera; ingleses, russos e franceses‟, disse o chefe local da polícia, que

17 http://www.todabiologia.com/saude/habitos_saudaveis.htm

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APOSTILAS OPÇÃO

teve de dispersar os apoiantes das duas seleções e cidadãos oceano Pacífico. Ex.: Conheço o Canadá mas não conheço
franceses pelo terceiro dia consecutivo.” Brasília.
(E) “A cada dois meses acumulados, ele sugere que - depois de todos/todas + numeral + substantivo: Todos
investidor se presentei com algo que deseja, para se sentir os vinte atletas participarão do campeonato.
motivado a manter a reserva.” - com o superlativo relativo: Mariane escolheu as mais
lindas flores da floricultura.
03. Leia o trecho: - com a palavra outro, com sentido determinado: Marcelo
Toda a gente dormia com a mulher do Jaqueira. Era só tem dois amigos: Rui é alto e lindo, o outro é atlético e
empurrar a porta. Se a mulher não abria logo, Jaqueira ia abrir, simpático.
bocejando e ameaçando: - antes dos nomes das quatro estações do ano: Depois da
primavera vem o verão.
- Um dia eu mato um peste. - com expressões de peso e medida: O álcool custa um real
Matou. Escondeu-se por detrás de um pau e descarregou a o litro. (=cada litro)
lazarina bem no coração do freguês.
(Graciliano Ramos, São Bernardo) Não se usa o artigo definido:
- antes de pronomes de tratamento iniciados por
A forma verbal grifada: possessivos: Vossa Excelência, Vossa Senhoria. Ex.: Vossa
(A) está no pretérito, indicando uma ação durativa ou Alteza estará presente ao debate?
repetitiva que começa num passado mais ou menos distante e - antes de nomes de meses: O campeonato aconteceu em
perdura ainda no momento da fala. maio de 2002.
(B) está no futuro do pretérito, indicando uma ação - alguns nomes de países, como Espanha, França,
hipotética. Inglaterra, Itália podem ser construídos sem o artigo,
(C) está no presente, indicando que a ação se dará num principalmente quando regidos de preposição. Ex.: “Viveu
tempo futuro. muito tempo em Espanha.”
- antes de todos / todas + numeral: Eles são, todos
(D) está no futuro, indicando que a ação se dará num futuro quatro, amigos de João Luís e Laurinha.
do presente. - antes de palavras que designam matéria de estudo,
(E) está no presente, indicando uma ação momentânea ou empregadas com os verbos: aprender, estudar, cursar,
pontual. ensinar. Ex.: Estudo Inglês e Cristiane estuda Francês.

04. (IESES - Auxiliar em Administração - IFC-SC) O uso do artigo é facultativo:


Assinale a alternativa correta quanto à flexão dos verbos. - antes do pronome possessivo: Sua / A sua incompetência
(A) Quando não disporem de tempo, precavenham-se, é irritante.
adiantando alguns de seus compromissos. - antes de nomes próprios de pessoas: Você já visitou
(B)Se o governo propor mudanças e intervier em favor da Luciana / a Luciana?
população, será possível melhorar sua imagem. - “Daqui para a frente, tudo vai ser diferente.” (Para a
(C) Ele reaviu seus pertences apreendidos pela polícia. frente: exige a preposição)
(D) Mesmo que as autoridades interviessem, perceber-se-
ia logo que o candidato não previra as consequências que Formas combinadas do artigo definido: Preposição + o = ao
adviriam de sua conduta. / de + o, a = do, da / em + o, a = no, na / por + o, a = pelo, pela.

Gabarito Usa-se o artigo indefinido:


- para indicar aproximação numérica: Nicole devia ter uns
1.D / 2.C / 3.C / 4.D oito anos.
- antes dos nomes de partes do corpo ou de objetos em
CLASSES DE PALAVRAS pares: Usava umas calças largas e umas botas longas.
- em linguagem coloquial, com valor intensivo: Rafaela é
Em Classes de Palavras, estudaremos artigo, substantivo, uma meiguice só.
adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, - para comparar alguém com um personagem célebre: Luís
interjeição e conjunção. E dentro de cada uma, abordaremos August é um Rui Barbosa.
seu emprego e quando houver, sua flexão.
O artigo indefinido não é usado:
Artigo - em expressões de quantidade: pessoa, porção, parte,
gente, quantidade. Ex.: Reservou para todos boa parte do lucro.
É a palavra que acompanha o substantivo, indicando-lhe o - com adjetivos como: escasso, excessivo, suficiente. Ex.:
gênero e o número, determinando-o ou generalizando-o. Os Não há suficiente espaço para todos.
artigos podem ser: - com substantivo que denota espécie. Ex.: Cão que ladra
Definidos: o, a, os, as; determinam os substantivos, trata de não morde.
um ser já conhecido; denota familiaridade: “A grande reforma
do ensino superior é a reforma do ensino fundamental e do Formas combinadas do artigo indefinido: Preposição de e
médio.” em + um, uma = num, numa, dum, duma.
Indefinidos: um, uma, uns, umas; Trata-se de um ser
desconhecido, dá ao substantivo valor vago: “...foi chegando O artigo (o, a, um, uma) anteposto a qualquer palavra
um caboclinho magro, com uma taquara na mão.” (A. Lima) transforma-a em substantivo. O ato literário é o conjunto do
ler e do escrever.
Usa-se o artigo definido:
- com a palavra ambos: falou-nos que ambos os culpados
foram punidos.
- com nomes próprios geográficos de estado, país, oceano,
montanha, rio, lago: o Brasil, o rio Amazonas, a Argentina, o

Língua Portuguesa 39
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APOSTILAS OPÇÃO

Questões II - Artigo é a palavra que antecede o substantivo,


definindo-o ou indefinindo-o. Numeral é a palavra que
01. (Banestes - Analista Econômico Financeiro - Gestão expressa quantidade exata de pessoas ou coisas, ou lugar que
Contábil - FGV/2018) A frase abaixo em que o emprego do elas ocupam numa determinada sequência.
artigo mostra inadequação é: III - Os numerais classificam-se em: cardinais (designam
(A) Todas as coisas que hoje se creem antiquíssimas já uma quantidade de seres); ordinais (indicam série, ordem,
foram novas; posição); multiplicativos (expressam aumento proporcional a
(B) Cuidado com todas as coisas que requeiram roupas um múltiplo da unidade); fracionários (denotam diminuição
novas; proporcional a divisões, frações da unidade).
(C) Todos os bons pensamentos estão presentes no IV - O numeral pode referir-se a um substantivo ou
mundo, só falta aplicá-los; substituí-lo; no primeiro caso, é numeral substantivo; no
(D) Em toda a separação existe uma imagem da morte; segundo, numeral adjetivo.
(E) Alegria de amor dura apenas um instante, mas
sofrimento de amor dura toda a vida. (A) Apenas II, III e IV estão corretas.
(B) Apenas I, III e IV estão corretas.
02. (IF/AP – Auxiliar em Administração – (C) Apenas I, II e III estão corretas.
FUNIVERSA/2016) (D) Apenas I, II e IV estão corretas.

Gabarito

01.D / 02.E / 03.C / 04.C

Substantivo

É a palavra que dá nomes aos seres. Inclui os nomes de


pessoas, de lugares, coisas, entes de natureza espiritual ou
mitológica: vegetação, sereia, cidade, anjo, árvore, respeito,
criança.

Classificação
- Comuns: nomeiam os seres da mesma espécie. Ex.:
menina, piano, estrela, rio, animal, árvore.
- Próprios: referem-se a um ser em particular. Ex.: Brasil,
América do Norte, Deus, Paulo, Lucélia.
- Concretos: são aqueles que têm existência própria; são
independentes; reais ou imaginários. Ex.: mãe, mar, água, anjo,
alma, Deus, vento, saci.
- Abstrato: são os que não têm existência própria; depende
Internet: <http://educacaoepraxis.blogspot.com.br>.
sempre de um ser para existir. Designam qualidades,
sentimentos, ações, estados dos seres: dor, doença, amor, fé,
No segundo quadrinho, correspondem, respectivamente, a
beijo, abraço, juventude, covardia. Ex.: É necessário alguém ser
substantivo, pronome, artigo e advérbio:
ou estar triste para a tristeza manifestar-se.
(A) “guerra”, “o”, “a” e “por que”.
(B) “mundo”, “a”, “o” e “lá”.
Formação
(C) “quando”, “por que”, “e” e “lá”.
- Simples: são aqueles formados por apenas um radical:
(D) “por que”, “não”, “a” e “quando”.
chuva, tempo, sol, guarda.
(E) “guerra”, “quando”, “a” e “não”.
- Compostos: são os que são formados por mais de dois
radicais: guarda-chuva, girassol, água-de-colônia.
03. (SESAP/RN - Técnico em Enfermagem -
- Primitivos: são os que não derivam de outras palavras;
COMPERVE/2018)
vieram primeiro, deram origem a outras palavras. Ex.: ferro,
Pedro, mês, queijo.
Nas décadas subsequentes, vários estudos
- Derivados: são formados de outra palavra já existente;
correlacionaram os hábitos dos pacientes como fatores de
vieram depois. Ex.: ferradura, pedreiro, mesada, requeijão.
risco para doenças cardiovasculares. Sedentarismo,
- Coletivos: os substantivos comuns que, mesmo no
tabagismo, obesidade, entre outros, aumentam drasticamente
singular, designam um conjunto de seres de uma mesma
as chances de enfarte.
espécie. Ex.:
Com relação à quantidade de artigos no trecho, há Álbum de fotografias Colmeia de abelhas
(A) cinco. de bispos em
(B) três. Alcateia de lobos Concílio
assembleia
(C) quatro. de textos
Antologia Conclave de cardeais
(D) dois. escolhidos
Arquipélago ilhas Cordilheira de montanhas
04. (Prefeitura Tanguá/RJ - Técnico de Enfermagem -
MS Concursos/2017) Considere as afirmações sobre artigo e Reflexão do Substantivo
numeral e assinale a alternativa correta: Os substantivos apresentam variações ou flexões de gênero
I - Algumas palavras que atendem o substantivo, como um, (masculino/feminino), de número (plural/singular) e de grau
em “um dia”, podem modificar-lhe o sentido. Podemos (aumentativo/diminutivo).
entender a expressão como “um dia qualquer” e também como
“um único dia.” Na primeira situação, a palavra um é artigo; na
segunda, um é numeral.

Língua Portuguesa 40
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APOSTILAS OPÇÃO

Gênero (masculino/feminino) - ão por ãe: pão, pães / charlatão, charlatães / alemão,


Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e alemães / cão, cães.
feminino. A regra para a flexão do gênero é a troca de o por a, - il por is (oxítonas): funil, funis / fuzil, fuzis / canil, canis /
ou o acréscimo da vogal a, no final da palavra: mestre, mestra. pernil, pernis.
- por eis (paroxítonas): fóssil, fósseis / réptil, répteis /
Formação do Feminino projétil, projéteis.
O feminino se realiza de três modos: - m por ns: nuvem, nuvens / som, sons / vintém, vinténs /
- Flexionando-se o substantivo masculino: filho, filha / atum, atuns.
mestre, mestra / leão, leoa; - zito, zinho - 1º coloca-se o substantivo no plural: balão,
- Acrescentando-se ao masculino a desinência “a” ou um balões. 2º elimina-se o S + zinhos.
sufixo feminino: autor, autora / deus, deusa / cônsul, Balão – balões – balões + zinhos: balõezinhos.
consulesa / cantor, cantora / reitor, reitora. Papel – papéis – papel + zinhos: papeizinhos.
- Utilizando-se uma palavra feminina com radical Cão – cães - cãe + zitos: Cãezitos.
diferente: pai, mãe / homem, mulher / boi, vaca / carneiro,
ovelha / cavalo, égua. Alguns substantivos terminados em X são invariáveis
(valor fonético = cs): os tórax, os tórax / o ônix, os ônix / a fênix,
Substantivos Uniformes as fênix / uma Xerox, duas Xerox / um fax, dois fax.
- Epicenos: designam certos animais e têm um só gênero,
quer se refiram ao macho ou à fêmea. – jacaré macho ou fêmea Substantivos terminados em ÃO com mais de uma forma
/ a cobra macho ou fêmea. no plural:
- Comuns de dois gêneros: apenas uma forma e designam aldeão, aldeões, aldeãos;
indivíduos dos dois sexos. São masculinos ou femininos. A verão, verões, verãos;
indicação do sexo é feita com uso do artigo masculino ou anão, anões, anãos;
feminino: o, a intérprete / o, a colega / o, a médium / o, a guardião, guardiões, guardiães;
pianista. corrimão, corrimãos, corrimões;
- Sobrecomuns: designam pessoas e têm um só gênero ancião, anciões, anciães, anciãos;
para homem ou a mulher: a criança (menino, menina) / a ermitão, ermitões, ermitães, ermitãos.
testemunha (homem, mulher) / o cônjuge (marido, mulher).
Metafonia - apresentam o “o” tônico fechado no singular e
Alguns substantivos que mudam de sentido, quando se aberto no plural: caroço (ô), caroços (ó) / imposto (ô),
troca o gênero: impostos (ó).
o lotação (veículo) - a lotação (efeito de lotar);
o capital (dinheiro) - a capital (cidade); Substantivos que mudam de sentido quando usados no
o cabeça (chefe, líder) - a cabeça (parte do corpo); plural: Fez bem a todos (alegria); Houve separação de bens.
o guia (acompanhante) - a guia (documentação). (Patrimônio); Conferiu a féria do dia. (Salário); As férias foram
maravilhosas. (Descanso).
São masculinos: o eclipse, o dó, o dengue (manha), o
champanha, o soprano, o clã, o alvará, o sanduíche, o clarinete, Substantivos empregados somente no plural: Arredores,
o Hosana, o espécime, o guaraná, o diabete ou diabetes, o tapa, belas-artes, bodas (ô), condolências, cócegas, costas, exéquias,
o lança-perfume, o praça (soldado raso), o pernoite, o férias, olheiras, fezes, núpcias, óculos, parabéns, pêsames,
formicida, o herpes, o sósia, o telefonema, o saca-rolha, o viveres, idos, afazeres, algemas.
plasma, o estigma.
Plural dos Substantivos Compostos
São femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a aluvião, a
análise, a cal, a gênese, a entorse, a faringe, a cólera (doença), Somente o segundo (ou último) elemento vai para o plural:
a cataplasma, a pane, a mascote, a libido (desejo sexual), a rês,
a sentinela, a sucuri, a usucapião, a omelete, a hortelã, a fama, - palavra unida sem hífen: pontapé = pontapés / girassol
a Xerox, a aguardente. = girassóis / autopeça = autopeças.
- verbo + substantivo: saca-rolha = saca-rolhas / arranha-
Número (plural/singular) céu = arranha-céus / bate-bola = bate-bolas / guarda-roupa =
Acrescentam-se: guarda-roupas / guarda-sol = guarda-sóis / vale-refeição =
- S – aos substantivos terminados em vogal ou ditongo: vale-refeições.
povo, povos / feira, feiras / série, séries. - elemento invariável + palavra variável: sempre-viva =
- S – aos substantivos terminados em N: líquen, liquens / sempre-vivas / abaixo-assinado = abaixo-assinados / recém-
abdômen, abdomens / hífen, hífens. Também: líquenes, nascido = recém-nascidos / ex-marido = ex-maridos / auto-
abdômenes, hífenes. escola = auto-escolas.
- ES – aos substantivos terminados em R, S, Z: cartaz, - palavras repetidas: o reco-reco = os reco-recos / o tico-
cartazes / motor, motores / mês, meses. Alguns terminados em tico = os tico-ticos / o corre-corre = os corre-corres.
R mudam sua sílaba tônica, no plural: júnior, juniores / caráter, - substantivo composto de três ou mais elementos não
caracteres / sênior, seniores. ligados por preposição: o bem-me-quer = os bem-me-queres /
- IS – aos substantivos terminados em al, el, ol, ul: jornal, o bem-te-vi = os bem-te-vis / o sem-terra = os sem-terra / o
jornais / sol, sóis / túnel, túneis / mel, meles, méis. Exceções: fora-da-lei = os fora-da-lei / o João-ninguém = os joões-ninguém
mal, males / cônsul, cônsules / real, réis. / o ponto-e-vírgula = os ponto e vírgulas / o bumba meu boi =
- ÃO – aos substantivos terminados em ão, acrescenta S: os bumba meu bois.
cidadão, cidadãos / irmão, irmãos / mão, mãos. - quando o primeiro elemento for: grão, grã (grande), bel:
grão-duque = grão-duques / grã-cruz = grã-cruzes / bel-prazer
Trocam-se: = bel-prazeres.
- ão por ões: botão, botões / limão, limões / portão, portões
/ mamão, mamões.

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APOSTILAS OPÇÃO

Somente o primeiro elemento vai para o plural: um significado novo: portão, cartão, fogão, cartilha, folhinha
(calendário).
- substantivo + preposição + substantivo: água de colônia - As palavras proparoxítonas e as palavras terminadas em
= águas-de-colônia / mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça / sílabas nasal, ditongo, hiato ou vogal tônica recebem o sufixo
pão-de-ló = pães-de-ló / sinal-da-cruz = sinais-da-cruz. zinho(a): lâmpada (proparoxítona) = lampadazinha; irmão
- quando o segundo elemento limita o primeiro ou dá (sílaba nasal) = irmãozinho; herói (ditongo) = heroizinho; baú
ideia de tipo, finalidade: samba-enredo = sambas-enredo / (hiato) = bauzinho; café (voga tônica) = cafezinho.
pombo-correio = pombos-correio / salário-família = salários- - As palavras terminadas em s ou z, ou em uma dessas
família / banana-maçã = bananas-maçã / vale-refeição = vales- consoantes seguidas de vogal recebem o sufixo inho: país =
refeição (vale = ter valor de, substantivo+especificador) paisinho; rapaz = rapazinho; rosa = rosinha; beleza =
belezinha.
Os dois elementos ficam invariáveis quando houver: - Há ainda aumentativos e diminutivos formados por
prefixação: minissaia, maxissaia, supermercado,
- verbo + advérbio: o ganha-pouco = os ganha-pouco / o minicalculadora.
cola-tudo = os cola-tudo / o bota-fora = os bota-fora
- os compostos de verbos de sentido oposto: o entra-e-sai Questões
= os entra-e-sai / o leva-e-traz = os leva-e-traz / o vai-e-volta
= os vai-e-volta. 01. Assinale o par de vocábulos que fazem o plural da
mesma forma que “balão” e “caneta-tinteiro”:
Os dois elementos, vão para o plural: (A) vulcão, abaixo-assinado;
- substantivo + substantivo: decreto-lei = decretos-leis / (B) irmão, salário-família;
abelha-mestra = abelhas-mestras / tia-avó = tias-avós / (C) questão, manga-rosa;
tenente-coronel = tenentes-coronéis / redator-chefe = (D) bênção, papel-moeda;
redatores-chefes. (E) razão, guarda-chuva.
- substantivo + adjetivo: amor-perfeito = amores-
perfeitos / capitão-mor = capitães-mores / carro-forte = 02. Assinale a alternativa em que está correta a formação
carros-fortes / obra-prima = obras-primas / cachorro-quente do plural:
= cachorros-quentes. (A) cadáver – cadáveis;
- adjetivo + substantivo: boa-vida = boas-vidas / curta- (B) gavião – gaviães;
metragem = curtas-metragens / má-língua = más-línguas / (C) fuzil – fuzíveis;
- numeral ordinal + substantivo: segunda-feira = (D) mal – maus;
segundas-feiras / quinta-feira = quintas-feiras. (E) atlas – os atlas.

Composto com a palavra guarda só vai para o plural se 03. A palavra livro é um substantivo
for pessoa: guarda-noturno = guardas-noturnos / guarda- (A) próprio, concreto, primitivo e simples.
florestal = guardas-florestais / guarda-civil = guardas-civis / (B) comum, abstrato, derivado e composto.
guarda-marinha = guardas-marinha. (C) comum, abstrato, primitivo e simples.
(D) comum, concreto, primitivo e simples.
Plural dos nomes próprios personalizados: os Almeidas
/ os Oliveiras / os Picassos / os Mozarts / os Kennedys / os 04. Assinale a alternativa em que todos os substantivos são
Silvas. masculinos:
(A) enigma – idioma – cal;
Plural das siglas, acrescenta-se um s minúsculo: CDs / (B) pianista – presidente – planta;
DVDs / ONGs / PMs / Ufirs. (C) champanha – dó(pena) – telefonema;
(D) estudante – cal – alface;
Grau (aumentativo/diminutivo) (E) edema – diabete – alface.
Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir
intensidade, exagero ou diminuição. A essas modificações é 05. Sabendo-se que há substantivos que no masculino têm
que damos o nome de grau do substantivo. Os graus um significado; e no feminino têm outro, diferente. Marque a
aumentativos e diminutivos são formados por dois processos: alternativa em que há um substantivo que não corresponde ao
seu significado:
- Sintético: com o acréscimo de um sufixo aumentativo ou (A) O capital = dinheiro;
diminutivo: peixe – peixão; peixe-peixinho; sufixo inho ou A capital = cidade principal;
isinho. (B) O grama = unidade de medida;
A grama = vegetação rasteira;
- Analítico: formado com palavras de aumento: grande, (C) O rádio = aparelho transmissor;
enorme, imensa, gigantesca (obra imensa / lucro enorme / A rádio = estação geradora;
carro grande / prédio gigantesco); e formado com as palavras (D) O cabeça = o chefe;
de diminuição (diminuto, pequeno, minúscula, casa pequena, A cabeça = parte do corpo;
peça minúscula, saia diminuta). (E) A cura = o médico.
O cura = ato de curar.
- Sem falar em aumentativo e diminutivo alguns
substantivos exprimem também desprezo, crítica, indiferença Gabarito
em relação a certas pessoas e objetos: gentalha, mulherengo,
narigão, gentinha, coisinha, povinho, livreco. 01.C / 02.E / 03.D / 04.C / 05.E
- Já alguns diminutivos dão ideia de afetividade: filhinho,
Toninho, mãezinha. Adjetivo
- Em consequência do dinamismo da língua, alguns
substantivos no grau diminutivo e aumentativo adquiriram É a palavra variável em gênero, número e grau que
modifica um substantivo, atribuindo-lhe uma qualidade,

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APOSTILAS OPÇÃO

estado, ou modo de ser: laranjeira florida; céu azul; mau tempo. - são invariáveis os adjetivos raios ultravioleta / alegrias
Os adjetivos classificam-se em: sem-par, piadas sem-sal.
- simples: apresentam um único radical, uma única palavra
em sua estrutura: alegre, medroso, simpático. Grau
- compostos: apresentam mais de um radical, mais de duas
palavras em sua estrutura: estrelas azul-claras; sapatos O grau do adjetivo exprime a intensidade das qualidades
marrom-escuros. dos seres. O adjetivo apresenta duas variações de grau:
- primitivos: são os que vieram primeiro; dão origem a comparativo e superlativo.
outras palavras: atual, livre, triste, amarelo, brando.
- derivados: são aqueles formados por derivação, vieram O grau comparativo é usado para comparar uma
depois dos primitivos: amarelado, ilegal, infeliz, qualidade entre dois ou mais seres, ou duas ou mais
desconfortável. qualidades de um mesmo ser. Pode ser de igualdade, de
- pátrios: indicam procedência ou nacionalidade, referem- superioridade e de inferioridade:
se a cidades, estados, países. Amapá: amapaense; Amazonas:
amazonense ou baré; Anápolis: anapolino; Angra dos Reis: - de igualdade: iguala duas coisas ou duas pessoas: Sou
angrense; Aracajú: aracajuano ou aracajuense; Bahia: baiano. tão alto quão / quanto / como você. (As duas pessoas têm a
mesma altura)
Pode-se utilizar os adjetivos pátrios compostos, como:
afro-brasileiro; Anglo-americano, franco-italiano, sino- - de superioridade: iguala duas pessoas / coisas sendo que
japonês (China e Japão); Américo-francês; luso-brasileira; uma é mais do que a outra: Minha amiga Manu é mais
nipo-argentina (Japão e Argentina); teuto-argentinos elegante do que / que eu. (Das duas, a Manu é mais) Podem
(alemão). ser:
Analítico: mais bom / mais mau / mais grande / mais
Locução Adjetiva: é a expressão que tem o mesmo valor pequeno: O salário é mais pequeno do que / que justo (salário
de um adjetivo. É formada por preposição + um substantivo. pequeno e justo). Quando comparamos duas qualidades de um
Vejamos algumas locuções adjetivas: mesmo ser, podemos usar as formas: mais grande, mais mau,
mais bom, mais pequeno.
Angelical de anjo Etário de idade Sintético: bom, melhor / mau, pior / grande, maior /
Abdominal de abdômen Fabril de fábrica pequeno, menor: Esta sala é melhor do que / que aquela.
Apícola de abelha Filatélico de selos
Aquilino de águia Urbano da cidade
- de inferioridade: um elemento é menor do que outro:
Somos menos passivos do que / que tolerantes.
Flexões do Adjetivo
Como palavra variável, sofre flexões de gênero, número e
O grau superlativo apresenta característica intensificada.
grau:
Pode ser absoluto ou relativo:
Gênero
- Absoluto: atribuída a um só ser; de forma absoluta. Pode
ser:
- uniformes: têm forma única para o masculino e o
Analítico: advérbio de intensidade muito, intensamente,
feminino. Funcionário incompetente = funcionária
bastante, extremamente, excepcionalmente + adjetivo (Nicola é
incompetente.
extremamente simpático).
- biformes: troca-se a vogal “o” pela vogal “a” ou com o
Sintético: adjetivo + issimo, imo, ílimo, érrimo (Minha
acréscimo da vogal “a” no final da palavra: ator famoso = atriz
comadre Mariinha é agradabilíssima).
famosa / jogador brasileiro = jogadora brasileira.
- o sufixo -érrimo é restrito aos adjetivos latinos
Os adjetivos compostos recebem a flexão feminina apenas
terminados em r; pauper (pobre) = paupérrimo; macer
no segundo elemento: sociedade luso-brasileira / festa cívico-
(magro) = macérrimo;
religiosa / são – sã.
- forma popular: radical do adjetivo português + íssimo
Às vezes, os adjetivos são empregados como substantivos
(pobríssimo);
ou como advérbios: Agia como um ingênuo. (adjetivo como
- adjetivos terminados em vel + bilíssimo: amável =
substantivo: acompanha um artigo). A cerveja que desce
amabilíssimo;
redondo. (adjetivo como advérbio: redondamente).
- adjetivos terminados em eio formam o superlativo
apenas com i: feio = feíssimo / cheio = cheíssimo.
Número
- os adjetivos terminados em io forma o superlativo em
iíssimo: sério = seriíssimo / necessário = necessariíssimo /
O plural dos adjetivos simples flexiona de acordo com o
frio = friíssimo.
substantivo a que se referem: menino chorão = meninos
chorões / garota sensível = garotas sensíveis.
Usa-se também, no superlativo:
- quando os dois elementos formadores são adjetivos, só o
- prefixos: maxinflação / hipermercado /
segundo vai para o plural: questões político-partidárias, olhos
ultrassonografia / supersimpática.
castanho-claros, senadores democrata-cristãos.
- expressões: suja à beça / pra lá de sério / duro que nem
- composto formado de adjetivo + substantivo referindo-se
sola / podre de rico / linda de morrer / magro de dar pena.
a cores, o adjetivo cor e o substantivo permanecem invariáveis,
- adjetivos repetidos: fofinho, fofinho (=fofíssimo) /
não vão para o plural: terno azul-petróleo = ternos azul-
linda, linda (=lindíssima).
petróleo (adjetivo azul, substantivo petróleo); saia amarelo-
- diminutivo ou aumentativo: cheinha / pequenininha /
canário = saias amarelo-canário (adjetivo, amarelo;
grandalhão / gostosão / bonitão.
substantivo canário).
- linguagem informal, sufixo érrimo, em vez de íssimo:
- as locuções adjetivas formadas de cor + de + substantivo,
chiquérrimo, chiquetérrimo, elegantérrimo.
ficam invariáveis: papel cor-de-rosa = papéis cor-de-rosa /
olho cor-de-mel = olhos cor-de-mel.

Língua Portuguesa 43
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APOSTILAS OPÇÃO

- Relativo: ressalta a qualidade de um ser entre muitos, 04. (Banestes - Analista Econômico Financeiro - Gestão
com a mesma qualidade. Pode ser: Contábil - FGV/2018) Na escrita, pode-se optar
De Superioridade: Wilma é a mais prendada de todas as frequentemente entre uma construção de substantivo +
suas amigas. (Ela é a mais de todas) locução adjetiva ou substantivo + adjetivo (esportes da água =
De Inferioridade: Paulo César é o menos tímido dos filhos. esportes aquáticos).

Questões O termo abaixo sublinhado que NÃO pode ser substituído


por um adjetivo é:
01. (COMPESA - Analista de Gestão - Advogado - (A) A indústria causou a poluição do rio;
FGV/2016) A substituição da oração adjetiva por um adjetivo (B) As águas do rio ficaram poluídas;
de valor equivalente está feita de forma inadequada em: (C) As margens do rio estão cheias de lama;
(A) “Quando você elimina o impossível, o que sobra, por (D) Os turistas se encantam com a imagem do rio;
mais improvável que pareça, só pode ser a verdade”. / restante (E) Os peixes do rio são bem saborosos.
(B) “Sábio é aquele que conhece os limites da própria
ignorância”. / consciente dos limites da própria ignorância. 05. (Pref. Paulínia/SP - Engenheiro Agrônomo -
(C) “A única coisa que vem sem esforço é a idade”. / FGV/2016) “O povo, ingênuo e sem fé das verdades, quer ao
indiferente menos crer na fábula, e pouco apreço dá às demonstrações
(D) “Adoro a humanidade. O que não suporto são as científicas.” (Machado de Assis)
pessoas”. / insuportável
(E) “Com o tempo não vamos ficando sozinhos apenas No fragmento acima, os dois adjetivos sublinhados
pelos que se foram: vamos ficando sozinhos uns dos outros”. / possuem, respectivamente, os valores de
falecidos (A) qualidade e estado.
(B) estado e relação.
02. (SEPOG/RO - Técnico em Tecnologia da Informação (C) relação e característica.
e Comunicação - FGV/2018) Temos uma notícia triste: o (D) característica e qualidade.
coração não é o órgão do amor! Ao contrário do que dizem, não (E) qualidade e relação.
é ali que moram os sentimentos. Puxa, para que serve ele,
afinal? Calma, não jogue o coração para escanteio, ele é Gabarito
superimportante. “É um órgão vital. É dele a função de
bombear sangue para todas as células de nosso corpo”, explica 01.C / 02.A / 03.E / 04.A / 05.E
Sérgio Jardim, cardiologista do Hospital do Coração.
O coração é um músculo oco, por onde passa o sangue, e Numeral
tem dois sistemas de bombeamento independentes. Com essas Os numerais exprimem quantidade, posição em uma série,
“bombas” ele recebe o sangue das veias e lança para as multiplicação e divisão. Daí a sua classificação,
artérias. Para isso contrai e relaxa, diminuindo e aumentando respectivamente, em:
de tamanho. E o que tem a ver com o amor? “Ele realmente
bate mais rápido quando uma pessoa está apaixonada. O corpo - Cardinal - indica número, quantidade: um, dois, três,
libera adrenalina, aumentando os batimentos cardíacos e a quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze, treze,
pressão arterial”. catorze ou quatorze, quinze, dezesseis, vinte..., trinta..., cem...,
(O Estado de São Paulo, 09/06/2012, caderno suplementar, p. 6) duzentos..., oitocentos..., novecentos..., mil.

Nas frases “ele é superimportante” e “Ele realmente bate - Ordinal - indica ordem ou posição: primeiro, segundo,
mais rápido quando uma pessoa está apaixonada”, há dois terceiro, quarto, quinto, sexto, sétimo, oitavo, nono, décimo,
exemplos de variação de grau. décimo primeiro, vigésimo..., trigésimo..., quingentésimo...,
sexcentésimo..., septingentésimo..., octingentésimo...,
Sobre essas variações, assinale a afirmativa correta. nongentésimo..., milésimo.
(A) Apenas na primeira frase há uma variação de grau de
adjetivo. - Fracionário - indica uma fração ou divisão: meia, metade,
(B) Nas duas ocorrências ocorre o superlativo de adjetivos. terço, quarto, décimo, onze avos, doze avos, vinte avos..., trinta
(C) Apenas na segunda ocorrência ocorre o grau avos..., centésimo..., ducentésimo..., trecentésimo..., milésimo.
comparativo do adjetivo.
(D) Na primeira ocorrência, a variação de grau ocorre por - Multiplicativo - indica a multiplicação de um número:
meio de um sufixo. dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, sêxtuplo, sétuplo, óctuplo,
(E) Apenas na primeira frase há variação de grau. nônuplo, décuplo, undécuplo, duodécuplo, cêntuplo.

03. (Banestes - Técnico Bancário - FGV/2018) O Os numerais que indicam conjunto de elementos de
adjetivo ilimitado corresponde à locução “sem limites”; a quantidade exata são os coletivos:
locução com igual estrutura que NÃO corresponde ao adjetivo BIMESTRE: período de dois meses
abaixo destacado é: CENTENÁRIO: período de cem anos
(A) Os turistas ficaram inertes durante a ação policial / DECÁLOGO: conjunto de dez leis
sem ação; DECÚRIA: período de dez anos
(B) O turista incauto ficou assustado com a ação policial / DEZENA: conjunto de dez coisas
LUSTRO: período de cinco anos
sem cautela;
MILÊNIO: período de mil anos
(C) O vocalista da banda saiu ileso do acidente / sem MILHAR: conjunto de mil coisas
ferimento; NOVENA: período de nove dias
(D) O presidente da Coreia passou incógnito pela França / QUARENTENA: período de quarenta dias
sem ser percebido; QUINQUÊNIO: período de cinco anos
(E) O novo livro do autor estava ainda inédito / sem editor. RESMA: quinhentas folhas de papel
SEMESTRE: período de seis meses
TRIÊNIO: período de três anos
TRINCA: conjunto de três coisas

Língua Portuguesa 44
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APOSTILAS OPÇÃO

Algarismos cardinal: Reservei a poltrona vinte e oito. / O texto quatro está


Arábicos e Romanos, respectivamente: 1-I, 2-II, 3-III, 4-IV, na página sessenta e cinco.
5-V, 6-VI, 7-VII, 8-VIII, 9-IX, 10-X, 11-XI, 12-XII, 13-XIII, 14-XIV, - se o numeral vier antes do substantivo, emprega-se o
15-XV, 16-XVI, 17-XVII, 18-XVIII, 19-XIX, 20-XX, 30-XXX, 40- ordinal. Paulo César é adepto da 7ª Arte. (sétima)
XL, 50-L, 60-LX, 70-LXX, 80-LXXX, 90-XC, 100-C, 200-CC, 300- - não se usa o numeral um antes de mil: Mil e duzentos
CCC, 400-CD, 500-D, 600-DC, 700-DCC, 800-DCCC, 900-CM, reais é muito para mim.
1.000-M. - o artigo e o numeral, antes dos substantivos milhão,
milhar e bilhão, devem concordar no masculino:
Flexão dos Numerais - emprega-se, na escrita das horas, o símbolo de cada
Gênero unidade após o numeral que a indica, sem espaço ou ponto:
- os numerais cardinais um, dois e as centenas a partir de 10h20min – dez horas, vinte minutos.
duzentos apresentam flexão de gênero: Um menino e uma
menina foram os vencedores. / Comprei duzentos gramas de Questões
presunto e duzentas rosquinhas.
- os numerais ordinais variam em gênero: Marcela foi a 01. Marque o emprego incorreto do numeral:
nona colocada no vestibular. (A) século III (três)
- os numerais multiplicativos, quando usados com o valor (B) página 102 (cento e dois)
de substantivos, são variáveis: A minha nota é o triplo da sua. (C) 80º (octogésimo)
(Triplo – valor de substantivo) (D) capítulo XI (onze)
- quando usados com valor de adjetivo, apresentam flexão (E) X tomo (décimo)
de gênero: Eu fiz duas apostas triplas na loto fácil. (Triplas
valor de adjetivo) 02. Indique o item em que os numerais estão corretamente
- os numerais fracionários concordam com os cardinais empregados:
que indicam o número das partes: Dois terços dos alunos foram (A) Ao Papa Paulo seis sucedeu João Paulo primeiro.
contemplados. (B) após o parágrafo nono, virá o parágrafo dez.
- o fracionário meio concorda em gênero e número com o (C) depois do capítulo sexto, li o capítulo décimo primeiro.
substantivo no qual se refere: O início do concurso será meio- (D) antes do artigo décimo vem o artigo nono.
dia e meia. (Hora) / Usou apenas meias palavras. (E) o artigo vigésimo segundo foi revogado.

Número 03. (Pref. Chapecó/SC - Procurador Municipal -


- os numerais cardinais milhão, bilhão, trilhão, e outros, IOBV/2016) Quanto à classificação dos numerais, os que
variam em número: Venderam um milhão de ingressos para a indicam o aumento proporcional de quantidade, podendo ter
festa do peão. / Somos 180 milhões de brasileiros. valor de adjetivo ou substantivo são os numerais:
- os numerais ordinais variam em número: As segundas (A) Multiplicativos.
colocadas disputarão o campeonato. (B) Ordinais.
- os numerais multiplicativos são invariáveis quando (C) Cardinais.
usados com valor de substantivo: Minha dívida é o dobro da (D) Fracionários.
sua. (Valor de substantivo – invariável)
- os numerais multiplicativos variam quando usados como 04. (Pref. Barra de Guabiraba/PE - IDHTEC/2016)
adjetivos: Fizemos duas apostas triplas. (Valor de adjetivo – Assinale a alternativa em que o numeral está escrito por
variável) extenso corretamente, de acordo com a sua aplicação na frase:
- os numerais fracionários variam em número, (A) Os moradores do bairro Matão, em Sumaré (SP),
concordando com os cardinais que indicam números das temem que suas casas desabem após uma cratera se abrir na
partes. Avenida Papa Pio X. (décima)
- Um quarto de litro equivale a 250 ml; três quartos (B) O acidente ocorreu nessa terça-feira, na BR-401
equivalem a 750 ml. (quatrocentas e uma)
(C) A 22ª edição do Guia impresso traz uma matéria e teve
Grau a sua página Classitêxtil reformulada. (vigésima segunda)
Na linguagem coloquial é comum a flexão de grau dos (D) Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem
numerais: Já lhe disse isso mil vezes. / Aquele quarentão é um ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em
“gato”! / Morri com cincão para a “vaquinha”, lá da escola. erro, mediante artifício, ardil. (centésimo setésimo primeiro)
(E) A Semana de Arte Moderna aconteceu no início do
Emprego dos Numerais século XX. (século ducentésimo)
- para designar séculos, reis, papas, capítulos, cantos (na
poesia épica), empregam-se: os ordinais até décimo: João Paulo 05. (MPE/SP - Oficial de Promotoria I - VUNESP/2016)
II (segundo), Canto X (décimo), Luís IX (nono); os cardinais
para os demais: Papa Bento XVI (dezesseis), Século XXI (vinte O SBT fará uma homenagem digna da história de seu
e um). proprietário e principal apresentador: no próximo dia 12
- se o numeral vier antes do substantivo, usa-se o ordinal. [12.12.2015] colocará no ar um especial com 2h30 de duração
O XX século foi de descobertas científicas. (vigésimo século) em homenagem a Silvio Santos. É o dia de seu aniversário de
- com referência ao primeiro dia do mês, usa-se o numeral 85 anos.
ordinal: O pagamento do pessoal será sempre no dia primeiro. (http://tvefamosos.uol.com.br/noticias)
- na enumeração de leis, decretos, artigos, circulares,
portarias e outros textos oficiais, emprega-se o numeral As informações textuais permitem afirmar que, em
ordinal até o nono: O diretor leu pausadamente a portaria 8ª 12.12.2015, Sílvio Santos completou seu
(portaria oitava); emprega-se o numeral cardinal, a partir de (A) octogenário quinquagésimo aniversário.
dez: O artigo 16 não foi justificado. (artigo dezesseis) (B) octogésimo quinto aniversário.
- enumeração de casa, páginas, folhas, textos, (C) octingentésimo quinto aniversário.
apartamentos, quartos, poltronas, emprega-se o numeral (D) otogésimo quinto aniversário.
(E) oitavo quinto aniversário.

Língua Portuguesa 45
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APOSTILAS OPÇÃO

Gabarito mútua ou recíproca: Nós nos encontramos emocionados.


(pronome recíproco, nós mesmos). Nunca diga: Eu se apavorei.
01.A / 02.B / 03.A / 04.C / 05.B / Eu jà se arrumei; Eu me apavorei. / Eu me arrumei. (certos)
- Os pronomes pessoais retos eu e tu serão substituidos
Pronome por mim e ti após preposição: O segredo ficará somente entre
mim e ti.
É a palavra que acompanha ou substitui o nome, - É obrigatório o emprego dos pronomes pessoais eu e tu,
relacionando-o a uma das três pessoas do discurso. As três quando funcionarem como sujeito: Todos pediram para eu
pessoas do discurso são: relatar os fatos cuidadosamente. (pronome reto + verbo no
1ª pessoa: eu (singular) nós (plural): aquela que fala ou infinitivo). Lembre-se de que mim não fala, não escreve, não
emissor; compra, não anda.
2ª pessoa: tu (singular) vós (plural): aquela com quem se - As formas oblíquas o, a, os, as são sempre empregadas
fala ou receptor; como complemento de verbos transitivos diretos ao passo
3ª pessoa: ele, ela (singular) eles, elas (plural): aquela de que as formas lhe, lhes são empregadas como complementos
quem se fala ou referente. de verbos transitivos indiretos: Dona Cecília, querida amiga,
chamou-a. (verbo transitivo direto, VTD); Minha saudosa
Os pronomes são classificados em: pessoais, de tratamento, comadre, Nircléia, obedeceu-lhe. (verbo transitivo
possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e indireto,VTI)
relativos.
- É comum, na linguagem coloquial, usar o brasileiríssimo
Pronomes Pessoais a gente, substituindo o pronome pessoal nós: A gente deve
Os pronomes pessoais dividem-se em: fazer caridade com os mais necessitados.
- Retos - exercem a função de sujeito da oração. - Chamam-se pronomes pessoais reflexivos os pronomes
- Oblíquos - exercem a função de complemento do verbo que se referem ao sujeito: Eu me feri com o canivete. (eu- 1ª
(objeto direto / objeto indireto). São: tônicos com preposição pessoa- sujeito / me- pronome pessoal reflexivo)
ou átonos sem preposição. - Os pronomes pessoais oblíquos se, si e consigo devem ser
empregados somente como pronomes pessoais reflexivos e
Pessoas do Retos Oblíquos funcionam como complementos de um verbo na 3ª pessoa,
Discurso Átonos Tônicos cujo sujeito é também da 3ª pessoa: Nicole levantou-se com
Singular 1ª pessoa eu me mim, elegância e levou consigo (com ela própria) todos os olhares.
2ª pessoa tu te comigo
(Nicole- sujeito, 3ª pessoa / levantou- verbo, 3ª pessoa /
3ª pessoa ele/ela se, o, a, ti, contigo
lhe si, ele, se- complemento, 3ª pessoa / levou- verbo, 3ª pessoa /
consigo consigo- complemento, 3ª pessoa).
Plural 1ª pessoa nós nos nós, - Os pronomes oblíquos me, te, lhe, nos, vos, lhes (formas de
2ª pessoa vós vos conosco Objeto Indireto) juntam-se a o, a, os, as (formas de Objeto
3ª pessoa eles/elas se, os, as, vós, Direto), assim:
lhes convosco me+o (mo). Ex.: Recebi a carta e agradeci ao jovem, que ma
si, eles, trouxe.
consigo
nos+o (no-lo). Ex.: Venderíamos a casa, se no-la exigissem.
te+o: (to). Ex.: Dei-te os meus melhores dias. Dei-tos.
- Colocados antes do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª
lhe+o: (lho). Ex.: Ofereci-lhe flores. Ofereci-lhas.
pessoa, apresentam sempre a forma: o, a, os, as: Eu os vi saindo
vos+o: (vo-lo). E.: Pedi-vos conselho. Pedi vo-lo.
do teatro.
- As palavras “só” e “todos” sempre acompanham os
No Brasil, quase não se usam essas combinações (mo, to,
pronomes pessoais do caso reto: Eu vi só ele ontem.
lho, no-lo, vo-lo), são usadas somente em escritores mais
- Colocados depois do verbo, os pronomes oblíquos da 3ª
sofisticados.
pessoa apresentam as formas:
o, a, os, as: se o verbo terminar em vogal ou ditongo oral:
Pronomes de Tratamento
Encontrei-a sozinha. Vejo-os diariamente.
São usados no trato com as pessoas. Dependendo da
o, a, os, as, precedidos de verbos terminados em: R/S/Z,
pessoa a quem nos dirigimos, do seu cargo, idade, título, o
assumem as formas: lo, Ia, los, las, perdendo,
tratamento será familiar ou cerimonioso.
consequentemente, as terminações R, S, Z. Preciso pagar ao
verdureiro. (= pagá-lo); Fiz os exercícios a lápis. (= Fi-los a
Vossa Alteza - V.A. - príncipes, duques;
lápis)
Vossa Eminência - V.Ema - cardeais;
lo, la, los, las: se vierem depois de: eis / nos / vos - Eis a
Vossa Excelência - V.Ex.a - altas autoridades, presidente,
prova do suborno. (= Ei-la); O tempo nos dirá. (= no-lo dirá).
oficiais;
(eis, nos, vos perdem o S)
Vossa Magnificência - V.Mag.a - reitores de universidades;
no, na, nos, nas: se o verbo terminar em ditongo nasal: m,
Vossa Majestade - V.M. - reis, imperadores;
ão, õe: Deram-na como vencedora; Põe-nos sobre a mesa.
Vossa Santidade - V.S. - Papa;
lhe, lhes colocados depois do verbo na 1ª pessoa do plural,
Vossa Senhoria -V.Sa - tratamento cerimonioso.
terminado em S não modificado: Nós entregamoS-lhe a cópia
- São também pronomes de tratamento: o senhor, a
do contrato. (o S permanece)
senhora, a senhorita, dona, você.
nos: colocado depois do verbo na 1ª pessoa do plural,
- Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico.
perde o S: Sentamo-nos à mesa para um café rápido.
me, te, lhe, nos, vos: quando colocado com verbos
Nas comunicações oficiais devem ser utilizados somente
transitivos diretos (TD), têm sentido possessivo, equivalendo
dois fechos:
a meu, teu, seu, dele, nosso, vosso: Os anos roubaram-lhe a
Respeitosamente: para autoridades superiores, inclusive
esperança. (sua, dele, dela possessivo)
para o presidente da República.
Atenciosamente: para autoridades de mesma hierarquia
Os pronomes pessoais oblíquos nos, vos, e se recebem o
ou de hierarquia inferior.
nome de pronomes recíprocos quando expressam uma ação

Língua Portuguesa 46
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APOSTILAS OPÇÃO

- A forma Vossa (Senhoria, Excelência) é empregada Pronomes Demonstrativos


quando se fala com a própria pessoa: Vossa Senhoria não
compareceu à reunião dos sem-terra? (falando com a pessoa) Indicam a posição dos seres designados em relação às
- A forma Sua (Senhoria, Excelência ) é empregada quando pessoas do discurso, situando-os no espaço ou no tempo.
se fala sobre a pessoa: Sua Eminência, o cardeal, viajou para Apresentam-se em formas variáveis e invariáveis.
um congresso. (falando a respeito do cardeal) este, esta, isto, estes, estas
- Os pronomes de tratamento com a forma Vossa (Senhoria, Ex.:
Excelência, Eminência, Majestade), embora indiquem a 2ª Não gostei deste livro aqui.
Neste ano, tenho realizado bons negócios.
pessoa (com quem se fala), exigem que outros pronomes e o
Esta afirmação me deixou surpresa: gostava de química.
verbo sejam usados na 3ª pessoa. Vossa Excelência sabe que O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual,
seus ministros o apoiarão. mas esta é mais oprimida.
esse, essa, esses, essas
Pronomes Possessivos Ex.:
Não gostei desse livro que está em tuas mãos.
São os pronomes que indicam posse em relação às pessoas Nesse último ano, realizei bons negócios.
da fala. Gostava de química. Essa afirmação me deixou surpresa.
aquele, aquela, aquilo, aqueles, aquelas
Ex.:
Masculino Feminino
Não gostei daquele livro que a Roberta trouxe.
Singular Plural Singular Plural
Tenho boas recordações de 1960, pois naquele ano realizei
meu meus minha minhas
bons negócios.
teu teus tua tuas
O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual,
seu seus sua suas
mas esta é mais oprimida que aquele.
nosso nossos nossa nossas
vosso vossos vossa vossas
seu seus sua suas - para retomar elementos já enunciados, usamos aquele (e
variações) para o elemento que foi referido em 1º Iugar e este
Emprego dos Pronomes Possessivos (e variações) para o que foi referido em último lugar. Ex.: Pais
e mães vieram à festa de encerramento; aqueles, sérios e
- O uso do pronome possessivo da 3ª pessoa pode orgulhosos, estas, elegantes e risonhas.
provocar, às vezes, a ambiguidade da frase. Ex.: João Luís disse - dependendo do contexto os demonstrativos também
que Laurinha estava trabalhando em seu consultório. O servem como palavras de função intensificadora ou
pronome seu toma o sentido ambíguo, pois pode referir-se depreciativa. Ex.: Júlia fez o exercício com aquela calma!
tanto ao consultório de João Luís como ao de Laurinha. No (=expressão intensificadora). Não se preocupe; aquilo é uma
caso, usa-se o pronome dele, dela para desfazer a ambiguidade. tranqueira! (=expressão depreciativa)
- Os possessivos, às vezes, podem indicar aproximações - as formas nisso e nisto podem ser usadas com valor de
numéricas e não posse: Cláudia e Haroldo devem ter seus então ou nesse momento. Ex.: A festa estava desanimada; nisso,
trinta anos. a orquestra tocou um samba e todos caíram na dança.
- Na linguagem popular, o tratamento seu como em: Seu - os demonstrativos esse, essa, são usados para destacar um
Ricardo, pode entrar!, não tem valor possessivo, pois é uma elemento anteriormente expresso. Ex.: Ninguém ligou para o
alteração fonética da palavra senhor. incidente, mas os pais, esses resolveram tirar tudo a limpo.
- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo
concorda com o mais próximo. Ex.: Trouxe-me seus livros e Pronomes Indefinidos
anotações. São aqueles que se referem à 3ª pessoa do discurso de
- Usam-se elegantemente certos pronomes oblíquos: me, modo vago indefinido, impreciso: Alguém disse que Paulo
te, lhe, nos, vos, com o valor de possessivos. Vou seguir-lhe os César seria o vencedor. Alguns desses pronomes são variáveis
passos. (os seus passos) em gênero e número; outros são invariáveis.
- Deve-se observar as correlações entre os pronomes Variáveis: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco,
pessoais e possessivos. “Sendo hoje o dia do teu aniversário, certo, vários, tanto, quanto, um, bastante, qualquer.
apresso-me em apresentar-te os meus sinceros parabéns; Invariáveis: alguém, ninguém, tudo, outrem, algo, quem,
Peço a Deus pela tua felicidade; Abraça-te o teu amigo que te nada, cada, mais, menos, demais.
preza.”
- Não se emprega o pronome possessivo (seu, sua) quando Emprego dos Pronomes Indefinidos
se trata de parte do corpo. Ex.: Um cavaleiro todo vestido de
negro, com um falcão em seu ombro esquerdo e uma espada - O indefinido cada deve sempre vir acompanhado de um
em sua, mão. (usa-se: no ombro; na mão) substantivo ou numeral, nunca sozinho: Ganharam cem
dólares cada um. (inadequado: Ganharam cem dólares cada.)
- Certo, certa, certos, certas, vários, várias, são indefinidos
quando colocados antes dos substantivos, e adjetivos quando
colocados depois do substantivo: Certo dia perdi o controle da
situação. (antes do substantivo= indefinido); Eles voltarão no
dia certo. (depois do substantivo=adjetivo).
- Todo, toda (somente no singular) sem artigo, equivale a
qualquer: Todo ser nasce chorando. (=qualquer ser;
indetermina, generaliza).
- Outrem significa outra pessoa. Ex.: Nunca se sabe o
pensamento de outrem.
- Qualquer, plural quaisquer. Ex.: Fazemos quaisquer
negócios.

Locuções Pronominais Indefinidas: são locuções


pronominais indefinidas duas ou mais palavras que equivalem

Língua Portuguesa 47
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APOSTILAS OPÇÃO

ao pronome indefinido: cada qual / cada um / quem quer que Questões


seja / seja quem for / qualquer um / todo aquele que / um ou
outro / tal qual (=certo). 01. (CRP 2º Região/PE - Psicólogo Orientador - Fiscal -
Quadrix/2018)
Pronomes Relativos
São aqueles que representam, numa 2ª oração, alguma
palavra que já apareceu na oração anterior. Essa palavra da
oração anterior chama-se antecedente: Comprei um carro que
é movido a álcool e à gasolina. É Flex Power. Percebe-se que o
pronome relativo que, substitui na 2ª oração, o carro, por isso
a palavra que é um pronome relativo. Dica: substituir que por
o, a, os, as, qual / quais.
Os pronomes relativos estão divididos em variáveis e
invariáveis.
Variáveis: o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja,
cujas, quanto, quantos;
Invariáveis: que, quem, quando, como, onde.

Emprego dos Pronomes Relativos

- O relativo que, por ser o mais usado, é chamado de


relativo universal. Ele pode ser empregado com referência à
pessoa ou coisa, no plural ou no singular. Ex.: Este é o CD novo
que acabei de comprar; João Adolfo é o cara que pedi a Deus.
- O relativo que pode ter por seu antecedente o pronome
demonstrativo o, a, os, as. Ex.: Não entendi o que você quis Em "Mas ele não tinha muitas chances", as palavras
dizer. (o que = aquilo que). classificam-se, morfologicamente, na ordem em que aparecem,
- O relativo quem refere se a pessoa e vem sempre como
precedido de preposição. Ex.: Marco Aurélio é o advogado a (A) preposição, pronome, advérbio, ação, nome e adjetivo.
quem eu me referi. (B) conjunção, pronome, advérbio, verbo, pronome e
- O relativo cujo e suas flexões equivalem a de que, do qual, substantivo.
de quem e estabelecem relação de posse entre o antecedente e (C) interjeição, pronome, nome, verbo, artigo e adjetivo.
o termo seguinte. (cujo, vem sempre entre dois substantivos) (D) conector, nome, adjetivo, verbo, pronome e nome.
- O pronome relativo pode vir sem antecedente claro, (E) conjunção, substantivo, advérbio, verbo, advérbio e
explícito; é classificado, portanto, como relativo indefinido, e adjetivo.
não vem precedido de preposição. Ex.: Quem casa quer casa;
Feliz o homem cujo objetivo é a honestidade; Estas são as 02. (IF/PA - Auxiliar em Administração -
pessoas de cujos nomes nunca vou me esquecer. FUNRIO/2016) O emprego do pronome relativo está de
- Só se usa o relativo cujo quando o consequente é acordo com as normas da língua-padrão em:
diferente do antecedente. Ex.: O escritor cujo livro te falei é (A) Finalmente aprovaram o decreto que lutamos tanto
paulista. por ele.
- O pronome cujo não admite artigo nem antes nem depois (B) Nas próximas férias, minha meta é fazer tudo que tenho
de si. direito.
- O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a: (C) Eu aprovaria o texto daquele parecer que o relator
em que, no qual. Ex.: Desconheço o lugar onde vende tudo apresentou ontem.
mais barato. (= lugar em que) (D) Existe um escritor brasileiro que todos os brasileiros
- Quanto, quantos e quantas são relativos quando usados nos orgulhamos.
depois de tudo, todos, tanto. Ex.: Naquele momento, a querida (E) Na política, às vezes acontecem traições onde mostram
comadre Naldete, falou tudo quanto sabia. muita sordidez.

Pronomes Interrogativos 03. (Eletrobras/Eletrosul - Técnico de Segurança do


São os pronomes em frases interrogativas diretas ou Trabalho - FCC/2016)
indiretas. Os principais interrogativos são: que, quem, qual,
quanto: Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a
- Afinal, quem foram os prefeitos desta cidade? energia solar
(interrogativa direta, COM o ponto de interrogação)
- Gostaria de saber quem foram os prefeitos desta cidade. Bem no meio do deserto, há um lugar onde o calor é extremo.
(interrogativa indireta, SEM a interrogação) Sessenta e três graus ou até mais no verão. E foi exatamente por
causa da temperatura que foi construída em Abu Dhabi uma das
maiores usinas de energia solar do mundo.
Os Emirados Árabes estão investindo em fontes energéticas
renováveis. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra
por mais 100 anos pelo menos. O que pretendem é diversificar e
poluir menos. Uma aposta no futuro.
A preocupação com o planeta levou Abu Dhabi a tirar do
papel a cidade sustentável de Masdar. Dez por cento do
planejado está pronto. Um traçado urbanístico ousado, que
deixa os carros de fora. Lá só se anda a pé ou de bicicleta. As ruas
são bem estreitas para que um prédio faça sombra no outro. É
perfeito para o deserto. Os revestimentos das paredes isolam o

Língua Portuguesa 48
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APOSTILAS OPÇÃO

calor. E a direção dos ventos foi estudada para criar corredores - pessoa (primeira, segunda e terceira);
de brisa. - modo (indicativo, subjuntivo e imperativo, formas
(Adaptado de: “Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a nominais: gerúndio, infinitivo e particípio);
energia solar”. Disponível
em:http://g1.globo.com/globoreporter/noticia/2016/04/abu-dhabi-constroi-
- tempo (presente, passado e futuro);
cidade-do-futuro-com-tudo-movido-energia-solar.html) - e apresenta voz (ativa, passiva, reflexiva).

Considere as seguintes passagens do texto: De acordo com a vogal temática, os verbos estão agrupados
I. E foi exatamente por causa da temperatura que foi em três conjugações:
construída em Abu Dhabi uma das maiores usinas de energia 1ª conjugação – ar: cantar, dançar, pular.
solar do mundo. (1º parágrafo) 2ª conjugação – er: beber, correr, entreter.
II. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra por 3ª conjugação – ir: partir, rir, abrir.
mais 100 anos pelo menos. (2º parágrafo)
III. Um traçado urbanístico ousado, que deixa os carros de O verbo pôr e seus derivados (repor, depor, dispor,
fora. (3º parágrafo) compor, impor) pertencem a 2ª conjugação devido à sua
IV. As ruas são bem estreitas para que um prédio faça origem latina poer.
sombra no outro. (3º parágrafo)
Elementos Estruturais do Verbo
O termo “que” é pronome e pode ser substituído por “o As formas verbais apresentam três elementos em sua
qual” APENAS em estrutura: radical, vogal temática e tema.
(A) I e II. Radical: elemento mórfico (morfema) que concentra o
(B) II e III. significado essencial do verbo. Observe as formas verbais da
(C) I, II e IV. 1ª conjugação: contar, esperar, brincar. Flexionando esses
(D) I e IV. verbos, nota-se que há uma parte que não muda, e que nela
(E) III e IV. está o significado real do verbo.
cont é o radical do verbo contar;
04. (Pref. Itaquitinga/PE - Assistente Administrativo - esper é o radical do verbo esperar;
IDHTEC/2016) brinc é o radical do verbo brincar.

Se tirarmos as terminações ar, er, ir do infinitivo dos


verbos, teremos o radical desses verbos. Também podemos
antepor prefixos ao radical: desnutrir / reconduzir.

Vogal Temática: é o elemento mórfico que designa a qual


conjugação pertence o verbo. Há três vogais temáticas: 1ª
conjugação: a; 2ª conjugação: e; 3ª conjugação: i.

Tema: é o elemento constituído pelo radical mais a vogal


temática. Ex.: contar - cont (radical) + a (vogal temática) =
tema. Se não houver a vogal temática, o tema será apenas o
radical (contei = cont ei).
O emprego do pronome “aquela” na charge: Desinências: são elementos que se juntam ao radical, ou
(A) Dá uma conotação irônica à frase. ao tema, para indicar as flexões de modo e tempo, desinências
(B) Representa uma forma indireta de se dirigir ao casal. modo temporais e desinências número pessoais.
(C) Permite situar no espaço aquilo a que se refere.
(D) Indica posse do falante. Contávamos
(E) Evita a repetição do verbo. Cont = radical
a = vogal temática
05. (Pref. Florianópolis/SC - Auxiliar de Sala - va = desinência modo temporal
FEPESE/2016) Analise a frase abaixo: mos = desinência número pessoal
“O professor discutiu............mesmos a respeito da Flexões Verbais
desavença entre .........e ........ . Flexão de número e de pessoa: o verbo varia para indicar
o número e a pessoa.
Assinale a alternativa que completa corretamente as - eu estudo – 1ª pessoa do singular;
lacunas do texto. - nós estudamos – 1ª pessoa do plural;
(A) com nós - eu - ti - tu estudas – 2ª pessoa do singular;
(B) conosco - eu - tu - vós estudais – 2ª pessoa do plural;
(C) conosco - mim - ti - ele estuda – 3ª pessoa do singular;
(D) conosco - mim - tu - eles estudam – 3ª pessoa do plural.
(E) com nós - mim - ti
- Algumas regiões do Brasil, usam o pronome tu de forma
Gabarito diferente da fala culta, exigida pela gramática oficial, ou seja,
tu foi, tu pega, tu tem, em vez de: tu fostes, tu pegas, tu tens.
01.B / 02.C / 03.B / 04.C / 05.E - O pronome vós aparece somente em textos literários ou
bíblicos.
Verbo - Os pronomes: você, vocês, que levam o verbo na 3ª
pessoa, é o mais usado no Brasil.
É a palavra que indica ação, movimento, fenômenos da
natureza, estado, mudança de estado. Flexiona-se em:
- número (singular e plural);

Língua Portuguesa 49
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APOSTILAS OPÇÃO

Flexão de tempo e de modo: os tempos situam o fato ou a 3ª Conjugação: -IR


ação verbal dentro de determinado momento; pode estar em Presente: parto, partes, parte, partimos, partis, partem.
plena ocorrência, pode já ter ocorrido ou não. Essas três Pretérito Perfeito: parti, partiste, partiu, partimos,
possibilidades básicas, mas não únicas, são: presente, partistes, partiram.
pretérito e futuro. Pretérito Imperfeito: partia, partias, partia, partíamos,
partíeis, partiam.
O modo indica as diversas atitudes do falante com relação Pretérito Mais-Que-Perfeito: partira, partiras, partira,
ao fato que enuncia. São três os modos: partíramos, partíreis, partiram.
- Modo Indicativo: a atitude do falante é de certeza, Futuro do Presente: partirei, partirás, partirá, partiremos,
precisão. O fato é ou foi uma realidade. Apresenta presente, partireis, partirão.
pretérito perfeito, imperfeito e mais que perfeito, futuro do Futuro do Pretérito: partiria, partirias, partiria,
presente e futuro do pretérito. partiríamos, partiríeis, partiriam.
- Modo Subjuntivo: a atitude do falante é de incerteza, de
dúvida, exprime uma possibilidade. O subjuntivo expressa Emprego dos Tempos do Subjuntivo
uma incerteza, dúvida, possibilidade, hipótese. Apresenta - Presente: é empregado para indicar um fato incerto ou
presente, pretérito imperfeito e futuro. Ex: Tenha paciência, duvidoso, muitas vezes ligados ao desejo, à suposição. Ex.:
Lourdes; Se tivesse dinheiro compraria um carro zero; Duvido de que apurem os fatos; Que surjam novos e honestos
Quando o vir, dê lembranças minhas. políticos.
- Modo Imperativo: a atitude do falante é de ordem, um - Pretérito Imperfeito: é empregado para indicar uma
desejo, uma vontade, uma solicitação. Indica uma ordem, um condição ou hipótese. Ex.: Se recebesse o prêmio, voltaria à
pedido, uma súplica. Apresenta imperativo afirmativo e universidade.
imperativo negativo. - Futuro: é empregado para indicar um fato hipotético,
pode ou não acontecer. Quando você fizer o trabalho, será
Emprego dos Tempos do Indicativo generosamente gratificado.
- Presente do Indicativo: para enunciar um fato
momentâneo. Ex.: Estou feliz hoje. Para expressar um fato que 1ª Conjugação –AR
ocorre com frequência. Ex.: Eu almoço todos os dias na casa de Presente: que eu dance, que tu dances, que ele dance, que
minha mãe. Na indicação de ações ou estados permanentes, nós dancemos, que vós danceis, que eles dancem.
verdades universais. Ex.: A água é incolor, inodora, insípida. Pretérito Imperfeito: se eu dançasse, se tu dançasses, se
- Pretérito Imperfeito: para expressar um fato passado, ele dançasse, se nós dançássemos, se vós dançásseis, se eles
não concluído. Ex.: Nós comíamos pastel na feira; Eu cantava dançassem.
muito bem. Futuro: quando eu dançar, quando tu dançares, quando ele
- Pretérito Perfeito: é usado na indicação de um fato dançar, quando nós dançarmos, quando vós dançardes,
passado concluído. Ex.: Cantei, dancei, pulei, chorei, dormi... quando eles dançarem.
- Pretérito Mais-Que-Perfeito: expressa um fato passado
anterior a outro acontecimento passado. Ex.: Nós cantáramos 2ª Conjugação -ER
no congresso de música. Presente: que eu coma, que tu comas, que ele coma, que nós
- Futuro do Presente: na indicação de um fato realizado comamos, que vós comais, que eles comam.
num instante posterior ao que se fala. Ex.: Cantarei domingo Pretérito Imperfeito: se eu comesse, se tu comesses, se ele
no coro da igreja matriz. comesse, se nós comêssemos, se vós comêsseis, se eles
- Futuro do Pretérito: para expressar um acontecimento comessem.
posterior a um outro acontecimento passado. Ex.: Compraria Futuro: quando eu comer, quando tu comeres, quando ele
um carro se tivesse dinheiro comer, quando nós comermos, quando vós comerdes,
quando eles comerem.
1ª Conjugação: -AR
Presente: danço, danças, dança, dançamos, dançais, 3ª conjugação – IR
dançam. Presente: que eu parta, que tu partas, que ele parta, que nós
Pretérito Perfeito: dancei, dançaste, dançou, dançamos, partamos, que vós partais, que eles partam.
dançastes, dançaram. Pretérito Imperfeito: se eu partisse, se tu partisses, se ele
Pretérito Imperfeito: dançava, dançavas, dançava, partisse, se nós partíssemos, se vós partísseis, se eles
dançávamos, dançáveis, dançavam. partissem.
Pretérito Mais-Que-Perfeito: dançara, dançaras, dançara, Futuro: quando eu partir, quando tu partires, quando ele
dançáramos, dançáreis, dançaram. partir, quando nós partirmos, quando vós partirdes,
Futuro do Presente: dançarei, dançarás, dançará, quando eles partirem.
dançaremos, dançareis, dançarão.
Futuro do Pretérito: dançaria, dançarias, dançaria, Emprego do Imperativo
dançaríamos, dançaríeis, dançariam. Imperativo Afirmativo
- Não apresenta a primeira pessoa do singular.
2ª Conjugação: -ER - É formado pelo presente do indicativo e pelo presente do
Presente: como, comes, come, comemos, comeis, comem. subjuntivo.
Pretérito Perfeito: comi, comeste, comeu, comemos, - O Tu e o Vós saem do presente do indicativo sem o “s”.
comestes, comeram. - O restante é cópia fiel do presente do subjuntivo.
Pretérito Imperfeito: comia, comias, comia, comíamos,
comíeis, comiam. Presente do Indicativo: eu amo, tu amas, ele ama, nós
Pretérito Mais-Que-Perfeito: comera, comeras, comera, amamos, vós amais, eles amam.
comêramos, comêreis, comeram. Presente do subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele
Futuro do Presente: comerei, comerás, comerá, ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem.
comeremos, comereis, comerão. Imperativo afirmativo: (X), ama tu, ame você, amemos
Futuro do Pretérito: comeria, comerias, comeria, nós, amai vós, amem vocês.
comeríamos, comeríeis, comeriam.

Língua Portuguesa 50
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APOSTILAS OPÇÃO

Imperativo Negativo período e também para se enfatizar o sujeito (agente) da ação


- É formado através do presente do subjuntivo sem a verbal. Exs.:
primeira pessoa do singular. Na esperança de sermos atendidos, muito lhe
- Não retira os “s” do tu e do vós. agradecemos.
Foram dois amigos à casa de outro, a fim de jogarem
Presente do Subjuntivo: que eu ame, que tu ames, que ele futebol.
ame, que nós amemos, que vós ameis, que eles amem. Para estudarmos, estaremos sempre dispostos.
Imperativo negativo: (X), não ames tu, não ame você, não Antes de nascerem, já estão condenadas à fome muitas
amemos nós, não ameis vós, não amem vocês. crianças.

Além dos três modos citados (Indicativo, Subjuntivo e - Com os verbos causativos "deixar", "mandar" e
Imperativo), os verbos apresentam ainda as formas nominais: "fazer" e seus sinônimos que não formam locução verbal
infinitivo – impessoal e pessoal, gerúndio e particípio. com o infinitivo que os segue. Ex.: Deixei-os sair cedo hoje.
- Com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" e
Infinitivo Impessoal18 sinônimos, deve-se também deixar o infinitivo sem flexão.
Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, Ex.: Vi-os entrar atrasados. Ouvi-as dizer que não iriam à
isso significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido, festa.
não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável.
Assim, considera-se apenas o processo verbal. Ex.: Amar é Infinitivo Pessoal
sofrer. É o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na
Podendo ter valor e função de substantivo. Ex.: Viver é 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta desinências,
lutar. (= vida é luta); É indispensável combater a corrupção. (= assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-
combate à) se da seguinte maneira:
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente 2ª pessoa do singular: radical + ES. Ex.: teres (tu)
(forma simples) ou no passado (forma composta). Ex.: É 1ª pessoa do plural: radical + mos. Ex.: termos (nós)
preciso ler este livro; Era preciso ter lido este livro. 2ª pessoa do plural: radical + dês. Ex.: terdes (vós)
Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª 3ª pessoa do plural: radical + em. Ex.: terem (eles)
pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo
impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa
pessoas do discurso (o que será esclarecido apenas pelo colocação.
contexto da frase). Ex.: Para ler melhor, eu uso estes óculos.
(1ª pessoa); Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa) Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, isso
significa que ele atribui um agente ao processo verbal,
O infinitivo impessoal é usado: flexionando-se.
O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos:
- Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se
referir a um sujeito determinado. Ex. Querer é poder. - Quando o sujeito da oração estiver claramente
Fumar prejudica a saúde. É proibido colar cartazes neste expresso. Exs.:
muro. Se tu não perceberes isto...
- Quando tem valor de Imperativo. Ex. Soldados, Convém vocês irem primeiro.
marchar! (= Marchai!) Esquerda, volver! O bom é sempre lembrarmos (sujeito desinencial, sujeito
- Quando é regido de preposição (geralmente implícito = nós) desta regra.
precedido da preposição “de”) e funciona como
complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da - Quando tiver sujeito diferente daquele da oração
oração anterior. Ex.: Eles não têm o direito de gritar assim. principal. Exs.:
As meninas foram impedidas de participar do jogo. Eu os O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos
convenci a aceitar. estudarem bastante para a prova.
Perdoo-te por me traíres.
No entanto, na voz passiva dos verbos "contentar", O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade.
"tomar" e "ouvir", por exemplo, o Infinitivo (verbo auxiliar) O guarda fez sinal para os motoristas pararem.
deve ser flexionado. Exs.:
Eram pessoas difíceis de serem contentadas. - Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na
Aqueles remédios são ruins de serem tomados. terceira pessoa do plural). Exs.:
Os jogos que você me emprestou são agradáveis de serem Faço isso para não me acharem inútil.
jogados. Temos de agir assim para nos promoverem.
Ela não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da sua
- Nas locuções verbais. Ex.: Queremos acordar bem cedo conduta.
amanhã. Eles não podiam reclamar do colégio. Vamos pensar
no seu caso. - Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade
- Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da de ação. Exs.:
oração anterior. Ex. Eles foram condenados a pagar pesadas Vi os alunos abraçarem-se alegremente.
multas. Devemos sorrir ao invés de chorar. Tenho ainda alguns Fizemos os adversários cumprimentarem-se com
livros por (para) publicar. gentileza.
Mandei as meninas olharem-se no espelho.
Observação: quando o infinitivo preposicionado, ou não,
preceder ou estiver distante do verbo da oração principal
(verbo regente), pode ser flexionado para melhor clareza do

18 https://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf69.php

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APOSTILAS OPÇÃO

Gerúndio (C) Ambos estão na terceira pessoa do singular do presente


Pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Ex.: Saindo de do modo indicativo.
casa, encontrei alguns amigos. (Função de advérbio); Nas ruas, (D) Ambos estão no presente do modo indicativo, embora
havia crianças vendendo doces. (Função adjetivo) o primeiro esteja na terceira pessoa do singular e o segundo na
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; terceira pessoa do plural.
na forma composta, uma ação concluída. Ex.: Trabalhando, (E) Ambos estão no presente do modo subjuntivo, embora
aprenderás o valor do dinheiro; Tendo trabalhado, aprendeu o o primeiro esteja na terceira pessoa do singular e o segundo na
valor do dinheiro. terceira pessoa do plural.

Particípio 02. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2018)


Quando não é empregado na formação dos tempos
compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma O drama dos viciados em dívidas
ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Ex.:
Terminados os exames, os candidatos saíram. Quando o Apesar dos sinais de recuperação da economia, o número
particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação de brasileiros endividados chegou a 61,7 milhões em fevereiro
temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo passado – o equivalente a 40% da população adulta. O número
(adjetivo verbal). Ex.: Ela foi a aluna escolhida para é alto porque o hábito de manter as contas em dia não é apenas
representar a escola. uma questão financeira decorrente do estado geral da
economia – pode ser uma questão comportamental. Por isso,
1ª Conjugação –AR há grupos especializados que promovem reuniões semanais
Infinitivo Impessoal: dançar. com devedores, com a finalidade de trocar experiências sobre
Infinitivo Pessoal: dançar eu, dançares tu; dançar ele, consumo impulsivo e propensão a viver no vermelho. Uma
dançarmos nós, dançardes vós, dançarem eles. dessas organizações é o Devedores Anônimos (DA), que
Gerúndio: dançando. funciona nos mesmos moldes do Alcoólicos Anônimos (AA).
Particípio: dançado. Pertencer a uma classe social mais alta não livra ninguém
do problema. As pessoas de maior renda são justamente as que
2ª Conjugação –ER têm maior resistência em admitir a compulsão. Pior. É comum
Infinitivo Impessoal: comer. que, diante dos apuros, como a perda do emprego, algumas
Infinitivo pessoal: comer eu, comeres tu, comer ele, tentem manter o mesmo padrão de vida em lugar de cortar
comermos nós, comerdes vós, comerem eles. gastos para se encaixar na nova realidade. Pedir um
Gerúndio: comendo. empréstimo para quitar outra dívida é um comportamento
Particípio: comido. recorrente entre os endividados.
Para sair do vermelho, aceitar o vício é o primeiro passo.
3ª Conjugação –IR Uma vez que o devedor reconhece o problema, a próxima
Infinitivo Impessoal: partir. etapa é se planejar.
Infinitivo pessoal: partir eu, partires tu, partir ele, (Felipe Machado e Tatiana Babadobulos, Veja, 04.04.2018. Adaptado)
partirmos nós, partirdes vós, partirem eles.
Gerúndio: partindo. Assinale a alternativa em que os verbos estão conjugados
Particípio: partido. de acordo com a norma-padrão, em substituição aos trechos
destacados na passagem – É comum que, diante dos apuros,
como a perda do emprego, algumas tentem manter o mesmo
Questões padrão de vida.
(A) Poderia acontecer que ... mantêm
01. (UNEMAT - Psicólogo - 2018) (B) Pôde acontecer que ... mantessem
(C) Podia acontecer que ... mantivessem
(D) Pôde acontecer que ... manteram
(E) Podia acontecer que ... mantiveram

03. (PC/SP - Escrivão de Polícia - VUNESP/2018) A vida


de Dorinha Duval foi, ____ . O processo ainda não havia ido a
Júri quando a tese da defesa foi mudada. Não seria mais
violenta emoção, mas legítima defesa. Ela não teria atirado no
Disponível
https://www.facebook.com/tirasamandinho/photos/a.488361671209144.11396 marido por ter sido ___ e chamada de velha, mas ______ o marido
3. passou a agredi-la. De fato, o exame pericial de corpo de delito
488356901209621/1568398126538821/?type=3&theater. realizado em Dorinha constatou a existência de _______ em seu
Acesso em: fev.2018.
corpo. A versão da legítima defesa era ______ .
(Luiza Nagib Eluf, A paixão no banco dos réus. Adaptado)
Na tirinha, Fê conversa com Camilo sobre o que ela
considera ser machismo na cerimônia de casamento, enquanto
As expressões verbais empregadas em tempo que exprime
Pudim diz a Armandinho que tudo aquilo que a garota
a ideia de hipótese são:
questiona é algo natural.
(A) seria e teria.
Nas falas atribuídas à menina, o verbo ter aparece em Tem
(B) foi e seria.
casamentos [...] (quadro 1) e em [...] essas coisas têm
(C) teria e ter sido.
significados! (quadro 2).
(D) foi e constatou.
(E) ter sido e passou.
Em relação a esses empregos do verbo ter, assinale a
alternativa correta.
04. (Pref. Itaquitinga/PE - Assistente Administrativo -
(A) Em ambos, o verbo é impessoal.
IDHTEC/2016) Morto em 2015, o pai afirma que Jules Bianchi
(B) Ambos estão na terceira pessoa do plural do presente
não __________culpa pelo acidente. Em entrevista, Philippe
do modo indicativo.
Bianchi afirma que a verdade nunca vai aparecer, pois os

Língua Portuguesa 52
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APOSTILAS OPÇÃO

pilotos __________ medo de falar. "Um piloto não vai dizer nada Locução verbal com verbo principal no gerúndio
se existir uma câmera, mas quando não existem câmeras, Ex.: Estou escrevendo
todos __________ até mim e me dizem. Jules Bianchi bateu com verbo auxiliar flexionado: estou
seu carro em um trator durante um GP, aquaplanou e não verbo principal no gerúndio: escrevendo
conseguiu __________para evitar o choque.
(http://espn.uol.com.br/noticia/603278_pai-diz-que-pilotos-da-f-1- Locução verbal com verbo principal no infinitivo
temmedo-de-falar-a-verdade-sobre-o-acidente-fatal-de-bianchi)
Ex.: Quero sair
verbo auxiliar flexionado: quero
Complete com a sequência de verbos que está no tempo,
verbo principal no infinitivo: sair
modo e pessoa corretos:
(A) Tem – tem – vem - freiar
Locução verbal com verbo principal no particípio
(B) Tem – tiveram – vieram - frear
Ex.: Tinha decidido
(C) Teve – tinham – vinham – frenar
verbo auxiliar flexionado: tinha
(D) Teve – tem – veem – freiar
verbo principal no particípio: decidido
(E) Teve – têm – vêm – frear
Em todos os exemplos a ideia central é expressa pelo verbo
05. (Prefeitura Florianópolis/SC - Auxiliar de Sala -
principal, os verbos auxiliares apenas indicam flexões de
FEPESE/2016) Assinale a alternativa em que está correta a
tempo, modo, pessoa, número e voz. Sem os verbos principais,
correlação entre os tempos e os modos verbais nas frases
os auxiliares não teriam sentido algum.
abaixo.
(A) A entonação correta ao falarmos colabora com o
Questões
entendimento que o outro tem do assunto tratado e reforçaria
a nossa persuasão.
01. (CISSUL/MG - Condutor Socorrista - IBGP/2017)
(B) Para falar bem em público, organize as ideias de acordo
com o tempo que você terá e, antes de falar, ensaie sua
apresentação.
(C) A capacidade de os adolescentes virem a falar em
público, teria dependido dos bons ensinamentos da escola.
(D) Quem vier a comparar a fala dos jovens de hoje com os
da geração passada, haveria de concluir que os jovens de hoje
leem muito menos.
(E) O contato visual também é importante ao falar em
público. Passa empatia e envolveria o outro.

Gabarito

01.D / 02.C / 03.A / 04.E / 05.B Assinale a alternativa que contém uma locução verbal
] extraída do cartum.
Locução Verbal (A) Não terão.
(B) Como andar.
Uma locução verbal19 é a combinação de um verbo (C) Vai chegar.
auxiliar e um verbo principal. Esses dois verbos, aparecendo (D) Todos terão.
juntos na oração, transmitem apenas uma ação verbal,
desempenhando o papel de um único verbo. Exemplo: 02. (CRQ 4ª REGIÃO/SP - Fiscal - QUADRIX)
- estive pensando
- quero sair
- pode ocorrer
- tem investigado
- tinha decidido

Função dos verbos auxiliares nas locuções verbais


Apenas o verbo auxiliar é flexionado. Verbo auxiliar é o
que perdendo significado próprio, é utilizado para auxiliar na
conjugação de outro, o verbo principal. Assim, o tempo, o
modo, o número, a pessoa e o aspecto da ação verbal são
indicados pelo verbo auxiliar.

Os auxiliares mais comuns são: “Ter, Haver, Ser e Estar”.


Contudo, outros verbos também atuam como verbos auxiliares
nas locuções verbais, como os verbos poder, dever, querer,
começar a, deixar de, voltar a, continuar a, entre outros.

Função dos verbos principais nas locuções verbais


Nas locuções verbais o verbo auxiliar aparece conjugado e
o principal numa das formas nominais: no gerúndio, no
infinitivo ou no particípio.

19
https://www.conjugacao.com.br/locucao-verbal/

Língua Portuguesa 53
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APOSTILAS OPÇÃO

Qual forma verbal substituiria, sem causar alteração de Comparativo de:


sentido, a locução verbal "vou ter", que aparece no primeiro Igualdade - tão + advérbio + quanto, como: Sou tão feliz
quadrinho? quanto / como você.
(A) "terei". Superioridade - Analítico: mais do que. Ex.: Raquel é mais
(B) "teria". elegante do que eu.
(C) "tivera". - Sintético: melhor, pior que. Ex.:
(D) "tenha". Amanhã será melhor do que hoje.
(E) "tinha". Inferioridade - menos do que: Falei menos do que devia.

03. (Pref. João Pessoa/PB - Professor Língua Superlativo Absoluto:


Portuguesa - FGV) Uma locução verbal é o conjunto formado Analítico - mais, muito, pouco,menos: O candidato
por um verbo auxiliar + um verbo principal, este último defendeu-se muito mal.
sempre em forma nominal. Nas frases a seguir as formas Sintético - íssimo, érrimo: Localizei-o rapídíssimo.
verbais sublinhadas constituem uma locução verbal, à exceção
de uma. Assinale‐a. Emprego do Advérbio
(A) Todos podem entrar assim que chegarem. - Na linguagem coloquial, familiar, é comum o emprego do
(B) Se os grevistas querem trabalhar menos, não vou sufixo diminutivo dando aos advérbios o valor de superlativo
atendê‐los. sintético: agorinha, cedinho, pertinho, devagarinho,
(C) Deixem entrar todos os atrasados. depressinha, rapidinho (bem rápido). Exs.: Rapidinho chegou
(D) Elas não sabem cozinhar como antigamente. a casa; Moro pertinho da universidade.
(E) A plantação foi‐se expandindo para os lados - Frequentemente empregamos adjetivos com valor de
advérbio: A cerveja que desce redondo. (redondamente)
Gabarito - Bastante - antes de adjetivo, é advérbio, portanto, não vai
para o plural; equivale a muito / a: Aquelas jovens são bastante
01.C / 02.A / 03.C simpáticas e gentis.
- Bastante - antes de substantivo, é adjetivo, portanto vai
Advérbio para o plural, equivale a muitos / as: Contei bastantes estrelas
no céu.
É a palavra invariável que modifica um verbo (Chegou - Não confunda mal (advérbio, oposto de bem) com mau
cedo), um outro advérbio (Falou muito bem), um adjetivo (adjetivo, oposto de bom): Mal cheguei a casa, encontrei-a de
(Estava muito bonita). mau humor.
- Antes de verbo no particípio, diz-se mais bem, mais mal:
De acordo com a circunstância que exprime, o advérbio Ficamos mais bem informados depois do noticiário notumo.
pode ser de: - Em frase negativa o advérbio já equivale a mais: Já não se
Tempo: ainda, agora, antigamente, antes, amiúde fazem professores como antigamente. (=não se fazem mais)
(=sempre), amanhã, breve, brevemente, cedo, diariamente, - Na locução adverbial a olhos vistos (=claramente), o
depois, depressa, hoje, imediatamente, já, lentamente, logo, particípio permanece no masculino plural: Minha irmã Zuleide
novamente, outrora. emagrecia a olhos vistos.
Lugar: aqui, acolá, atrás, acima, adiante, ali, abaixo, além, - Dois ou mais advérbios terminados em mente, apenas no
algures (=em algum lugar), aquém, alhures (= em outro lugar), último permanece mente: Educada e pacientemente, falei a
dentro, defronte, fora, longe, perto. todos.
Modo: assim, bem, depressa, aliás (= de outro modo ), - A repetição de um mesmo advérbio assume o valor
devagar, mal, melhor, pior, e a maior parte dos advérbios que superlativo: Levantei cedo, cedo.
termina em mente: calmamente, suavemente, rapidamente,
tristemente. Palavras e Locuções Denotativas: São palavras
Afirmação: certamente, decerto, deveras, efetivamente, semelhantes a advérbios e que não possuem classificação
realmente, sim, seguramente. especial. Não se enquadram em nenhuma das dez classes de
Negação: absolutamente, de modo algum, de jeito palavras. São chamadas de denotativas e exprimem:
nenhum, nem, não, tampouco (=também não). Afetividade: felizmente, infelizmente, ainda bem. Ex.: Ainda
Intensidade: apenas, assaz, bastante, bem, demais, mais, bem que você veio.
meio, menos, muito, quase, quanto, tão, tanto, pouco. Designação, Indicação: eis. Ex.: Eis aqui o herói da turma.
Dúvida: acaso, eventuamente, por ventura, quiçá, Exclusão: exclusive, menos, exceto, fora, salvo, senão,
possivelmente, talvez. sequer: Ex.: Não me disse sequer uma palavra de amor.
Inclusão: inclusive, também, mesmo, ainda, até, além disso,
Locuçoes Adverbiais: são duas ou mais palavras que têm de mais a mais. Ex.: Também há flores no céu.
o valor de advérbio: às cegas, às claras, às toa, às pressas, às Limitação: só, apenas, somente, unicamente. Ex.: Só Deus é
escondidas, à noite, à tarde, às vezes, ao acaso, de repente, de perfeito.
chofre, de cor, de improviso, de propósito, de viva voz, de Realce: cá, lá, é que, sobretudo, mesmo. Ex.: Sei lá o que ele
medo, com certeza, por perto, por um triz, de vez em quando, quis dizer!
sem dúvida, de forma alguma, em vão, por certo, à esquerda, à Retificação: aliás, ou melhor, isto é, ou antes. Ex.: Irei à
direta, a pé, a esmo, por ali, a distância. Bahia na próxima semana, ou melhor, no próximo mês.
- De repente o dia se fez noite. Explicação: por exemplo, a saber. Ex.: Você, por exemplo,
- Por um triz eu não me denunciei. tem bom caráter.
- Sem dúvida você é o melhor.
Questões
Graus dos Advérbios: o advérbio não vai para o plural, são
palavras invariáveis, mas alguns admitem a flexão de grau: 01. Assinale a frase em que meio funciona como advérbio:
comparativo e superlativo. (A) Só quero meio quilo.
(B) Achei-o meio triste.
(C) Descobri o meio de acertar.

Língua Portuguesa 54
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APOSTILAS OPÇÃO

(D) Parou no meio da rua. entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás. Exs.: Não dê
(E) Comprou um metro e meio. atenção a fofocas; Perante todos disse, sim.

02. Só não há advérbio em: As preposições acidentais são palavras de outras classes
(A) Não o quero. que atuam eventualmente como preposições. São: como (=na
(B) Ali está o material. qualidade de), conforme (=de acordo com), consoante, exceto,
(C) Tudo está correto. mediante, salvo, visto, segundo, senão, tirante. Ex.: Agia
(D) Talvez ele fale. conforme sua vontade. (= de acordo com)
(E) Já cheguei.
- O artigo definido a que vem sempre acompanhado de um
03. Qual das frases abaixo possui advérbio de modo? substantivo, é flexionado: a casa, as casas, a árvore, as árvores,
(A) Realmente ela errou. a estrela, as estrelas. A preposição a nunca vai para o plural e
(B) Antigamente era mais pacato o mundo. não estabelece concordância com o substantivo. Ex.: Fiz todo o
(C) Lá está teu primo. percurso a pé. (não há concordância com o substantivo
(D) Ela fala bem. masculino pé)
(E) Estava bem cansado. - As preposições essenciais são sempre seguidas dos
pronomes pessoais oblíquos: Despediu-se de mim
04. Classifique a locução adverbial que aparece em rapidamente. Não vá sem mim.
"Machucou-se com a lâmina".
(A) modo Locuções Prepositivas: é o conjunto de duas ou mais
(B) instrumento palavras que têm o valor de uma preposição. A última palavra
(C) causa é sempre uma preposição. Veja quais são: abaixo de, acerca de,
(D) concessão acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, dentro de,
(E) fim embaixo de, em cima de, em frente a, em redor de, graças a,
junto a, junto de, perto de, por causa de, por cima de, por trás
05. (PC/SP - Investigador de Polícia - VUNESP/2018) de, a fim de, além de, antes de, a par de, a partir de, apesar de,
Nos EUA, a psicanálise lembra um pouco certas seitas – as através de, defronte de, em favor de, em lugar de, em vez de,
ideias do fundador são institucionalizadas e defendidas por (=no lugar de), ao invés de (=ao contrário de), para com, até a.
discípulos ferrenhos, mas suas instituições parecem não - Não confunda locução prepositiva com locução adverbial.
responder às necessidades atuais da sociedade. Talvez porque Na locução adverbial, nunca há uma preposição no final, e sim
o autor das ideias não esteja mais aqui para atualizá-las. no começo: Vimos de perto o fenômeno do “tsunami”.
Freud era um neurologista, e queria encontrar na Biologia (locução adverbial); O acidente ocorreu perto de meu atelier.
as bases do comportamento. Como a tecnologia de então não (locução prepositiva)
lhe permitia avançar, passou a elaborar uma teoria, criando a - Uma preposição ou locução prepositiva pode vir com
psicanálise. Cientista que era, contudo, nunca se apaixonou por outra preposição: Abola passou por entre as pernas do
suas ideias, revisando sua obra ao longo da vida. Ele chegou a goleiro. Mas é inadequado dizer: Proibido para menores de até
afirmar: “A Biologia é realmente um campo de possibilidades 18 anos; Financiamento em até 24 meses.
ilimitadas do qual podemos esperar as elucidações mais
surpreendentes. Portanto, não podemos imaginar que Combinações e Contrações
respostas ela dará, em poucos decêndios, aos problemas que Combinação: ocorre quando não há perda de fonemas:
formulamos. Talvez essas respostas venham a ser tais que a+o, os= ao, aos / a+onde = aonde.
farão o edifício de nossas hipóteses colapsar”. Provavelmente, Contração: ocorre quando a preposição perde fonemas:
é sua frase menos citada. Por razões óbvias. de+a, o, as, os, esta, este, isto = da, do, das, dos, desta, deste,
(Galileu, novembro de 2017. Adaptado) disto.
- em+ um, uma, uns, umas, isto, isso, aquilo, aquele, aquela,
Nos trechos – … Talvez porque o autor das ideias não esteja aqueles, aquelas = num, numa, nuns, numas, nisto, nisso,
mais aqui… – ; – … nunca se apaixonou por suas ideias… – ; – A naquilo, naquele, naquela, naqueles.
Biologia é realmente um campo de possibilidades ilimitadas… - de+ entre, aquele, aquela, aquilo = dentre, daquele,
– e – Provavelmente, é sua frase menos citada. –, os advérbios daquela, daquilo.
destacados expressam, correta e respectivamente, - para+ a = pra.
circunstância de: A contração da preposição a com os artigos ou pronomes
(A) lugar; tempo; modo; afirmação. demonstrativos a, as, aquele, aquela, aquilo recebe o nome de
(B) lugar; tempo; afirmação; dúvida. crase e é assinalada na escrita pelo acento grave ficando assim:
(C) lugar; negação; modo; intensidade. à, às, àquele, àquela, àquilo.
(D) afirmação; negação; afirmação; afirmação.
(E) afirmação; negação; modo; dúvida. Valores das Preposições

Gabarito A
(movimento=direção): Foram a Lucélia comemorar os
01.B / 02.C / 03.D / 04.B / 05.B Anos Dourados.
Modo: Partiu às pressas.
Preposição Tempo: Iremos nos ver ao entardecer.
Apreposição a indica deslocamento rápido: Vamos à praia.
É a palavra invariável que liga um termo dependente a um (ideia de passear)
termo principal, estabelecendo uma relação entre ambos. As
preposições podem ser: essenciais ou acidentais. Ante
(diante de): Parou ante mim sem dizer nada, tanta era a
As preposições essenciais atuam exclusivamente como emoção.
preposições. São: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, Tempo (substituída por antes de): Preciso chegar ao
encontro antes das quatro horas.

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APOSTILAS OPÇÃO

Após (depois de): Após alguns momentos desabou num Sobre


choro arrependido. (em cima de, com contato): Colocou as taças de cristal
sobre a toalha rendada.
Até Assunto: Conversávamos sobre política financeira.
(aproximação): Correu até mim.
Tempo: Certamente teremos o resultado do exame até a Trás (situação posterior; é preposição fora de uso. É
semana que vem. substituída por atrás de, depois de): Por trás desta carinha
Atenção: Se a preposição até equivaler a inclusive, será vê-se muita falsidade.
palavra de inclusão e não preposição. Os sonhadores amam
até quem os despreza. (inclusive) Questões

Com (companhia): Rir de alguém é falta de caridade; 01. (PC/SP - Papiloscopista Policial - VUNESP/2018)
deve-se rir com alguém.
Causa: A cidade foi destruída com o temporal.
Instrumento: Feriu-se com as próprias armas.
Modo: Marfinha, minha comadre, veste-se sempre com
elegância.

Contra
(oposição, hostilidade): Revoltou-se contra a decisão do
tribunal.
Direção a um limite: Bateu contra o muro e caiu.

De (origem): Descendi de pais trabalhadores e honestos.


Lugar: Os corruptos vieram da capital.
Causa: O bebê chorava de fome.
Posse: Dizem que o dinheiro do povo sumiu.
Assunto: Falávamos do casamento da Mariele.
Matéria: Era uma casa de sapé.
A preposição de não deve contrair-se com o artigo, que
precede o sujeito de um verbo. É tempo de os alunos
estudarem. (e não: dos alunos estudarem)

Desde
(afastamento de um ponto no espaço): Essa neblina vem
desde São Paulo. No 3º quadrinho, nas três ocorrências, o sentido da
Tempo: Desde o ano passado quero mudar de casa. preposição “sem” e o das expressões que ela forma são,
respectivamente, de
Em (A) negação e causa.
(lugar): Moramos em Lucélia há alguns anos. (B) adição e condição.
Matéria: As queridas amigas Nilceia e Nadélgia moram em (C) ausência e modo.
Curitiba. (D) falta e consequência.
Especialidade: Minha amiga Cidinha formou-se em Letras. (E) exceção e intensidade.
Tempo: Tudo aconteceu em doze horas.
02. (Pref. Itaquitinga/PE - Técnico em Enfermagem -
Entre (posição entre dois limites): Convém colocar o vidro IDHTEC/2016)
entre dois suportes.
MAMÃ NEGRA (Canto de esperança)
Para
Direção: Não lhe interessava mais ir para a Europa. Tua presença, minha Mãe - drama vivo duma Raça, Drama
Tempo: Pretendo vê-lo lá para o final da semana. de carne e sangue Que a Vida escreveu com a pena dos séculos!
Finalidade: Lute sempre para viver com dignidade. Pelo teu regaço, minha Mãe, Outras gentes embaladas à voz da
A preposição para indica permanência definitiva. Vou ternura ninadas do teu leite alimentadas de bondade e poesia
para o litoral. (ideia de morar) de música ritmo e graça... santos poetas e sábios... Outras
gentes... não teus filhos, que estes nascendo alimárias
Perante (posição anterior): Permaneceu calado perante semoventes, coisas várias, mais são filhos da desgraça: a
todos. enxada é o seu brinquedo trabalho escravo - folguedo... Pelos
teus olhos, minha Mãe Vejo oceanos de dor Claridades de sol-
Por (percurso, espaço, lugar): Caminhava por ruas posto, paisagens Roxas paisagens Mas vejo (Oh! se vejo!...) mas
desconhecidas. vejo também que a luz roubada aos teus [olhos, ora esplende
Causa: Por ser muito caro, não compramos um pendrive demoniacamente tentadora - como a Certeza... cintilantemente
novo. firme - como a Esperança... em nós outros, teus filhos, gerando,
Espaço: Por cima dela havia um raio de luz. formando, anunciando -o dia da humanidade.
(Viriato da Cruz. Poemas, 1961, Lisboa, Casa dos Estudantes do Império)
Sem (ausência): Eu vou sem lenço sem documento.
Em qual das alternativas o acento grave foi mal
Sob (debaixo de / situação): Prefiro cavalgar sob o luar. empregado, pois não houve crase?
Viveu, sob pressão dos pais. (A) “Milena Nogueira foi pela primeira vez à quadra da
escola de samba Império Serrano, na Zona Norte do Rio.”

Língua Portuguesa 56
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APOSTILAS OPÇÃO

(B) "Os relatos dos casos mostram repetidas violações dos escritores em geral, os mais comuns são os textos atribuídos
direitos à moradia, a um trabalho digno, à integridade cultural, ou deformados que circulam por aí e que não podem ser
a vida e ao território." desmentidos ou esclarecidos caso por caso. Um jornal ou
(C) “O corpo de Lucilene foi encontrado próximo à ponte revista é processado se publicar sem autorização do autor um
do Moa no dia 11 de maio.” texto qualquer, ainda que em citação longa e sem aspas. Em
(D) “Fifa afirma que Blatter e Valcke enriqueceram às caso de injúria, calúnia ou difamação, também. E em caso de
custas da entidade.” falsear a verdade propositadamente, é obrigado pela justiça a
(E) “Doriva saiu e Milton Cruz fez às vezes de técnico até a desmentir e dar espaço ao contraditório.
chegada de Edgardo Bauza no fim do ano passado.” Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei do
cão em nome da liberdade de expressão, que é mais expressão
03. (TJ/AL - Analista Judiciário - Oficial de Justiça de ressentidos e covardes do que de liberdade, da verdadeira
Avaliador - FGV/2018) liberdade. (Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 – adaptado)

Além do celular e da carteira, cuidado com as figurinhas O segmento do texto em que o emprego da preposição EM
da Copa indica valor semântico diferente dos demais é:
Gilberto Porcidônio – O Globo, 12/04/2018 (A) “Tenho comentado aqui na Folha em diversas
crônicas”;
A febre do troca-troca de figurinhas pode estar atingindo (B) A maioria dos abusos, se praticados em outros meios”;
uma temperatura muito alta. Preocupados que os mais afoitos (C) “... seriam crimes já especificados em lei”;
pelos cromos possam até roubá-los, muitos jornaleiros estão (D) “...a comunicação virtual está em sua pré-história”;
levando seus estoques para casa quando termina o expediente. (E) “...ainda que em citação longa e sem aspas”.
Pode parecer piada, mas há até boatos sobre quadrilhas de
roubo de figurinha espalhados por mensagens de celular. Gabarito

No texto aparecem três ocorrências da preposição DE. 01.C / 02.E / 03.E / 04.C / 05.D
1. “troca-troca de figurinhas”;
2. “roubo de figurinha”; Interjeição
3. “mensagens de celular”.
É a palavra invariável que exprime emoções, sensações,
Sobre o emprego dessa preposição nesses casos, é correto estados de espírito ou apelos.
afirmar que:
(A) os termos precedidos da preposição DE indicam Locução Interjetiva: é o conjunto de duas ou mais
pacientes dos vocábulos anteriores; palavras com valor de uma interjeição: Muito bem! Que pena!
(B) os termos precedidos da preposição DE indicam Quem me dera! Puxa, que legal!
agentes dos termos anteriores;
(C) os termos “de figurinha” e “de celular” são Classificaçao das Interjeições e Locuções Interjetivas
complementos dos termos anteriores;
(D) os termos “de figurinhas” e “de celular” são adjuntos As intejeições e as locuções interjetivas são classificadas de
dos vocábulos precedentes; acordo com o sentido que elas expressam em determinado
(E) os termos “de figurinhas” e “de figurinha” são contexto. Assim, uma mesma palavra ou expressão pode
complementos dos vocábulos precedentes. exprimir emoções variadas.
04. Assinale a alternativa em que a preposição destacada Admiração ou Espanto: Oh!, Caramba!, Oba!, Nossa!, Meu
estabeleça o mesmo tipo de relação que na frase matriz: Deus!, Céus!
Criaram-se a pão e água. Advertência: Cuidado!, Atenção!, Alerta!, Calma!, Alto!,
(A) Desejo todo o bem a você. Olha lá!
(B) A julgar por esses dados, tudo está perdido. Alegria: Viva!, Oba!, Que bom!, Oh!, Ah!;
(C) Feriram-me a pauladas. Ânimo: Avante!, Ânimo!, Vamos!, Força!, Eia!, Toca!
(D) Andou a colher alguns frutos do mar. Aplauso: Bravo!, Parabéns!, Muito bem!
(E) Ao entardecer, estarei aí. Chamamento: Olá!, Alô!, Psiu!, Psit!
Aversão: Droga!, Raios!, Xi!, Essa não!, lh!
05. (TJ/AL - Técnico Judiciário - FGV/2018) Medo: Cruzes!, Credo!, Ui!, Jesus!, Uh! Uai!
Pedido de Silêncio: Quieto!, Bico fechado!, Silêncio!,
Ressentimento e Covardia Chega!, Basta!
Saudação: Oi!, Olá!, Adeus!, Tchau!
Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os Concordância: Claro!, Certo!, Sim!, Sem dúvida!
usos da internet, que se ressente ainda da falta de uma Desejo: Oxalá!, Tomara!, Pudera!, Queira Deus! Quem me
legislação específica que coíba não somente os usos mas os dera!
abusos deste importante e eficaz veículo de comunicação. A
maioria dos abusos, se praticados em outros meios, seriam Observe na relação acima, que as interjeições muitas vezes
crimes já especificados em lei, como a da imprensa, que pune são formadas por palavras de outras classes gramaticais:
injúrias, difamações e calúnias, bem como a violação dos Cuidado! Não beba ao dirigir! (cuidado é substantivo).
direitos autorais, os plágios e outros recursos de apropriação
indébita. Questões
No fundo, é um problema técnico que os avanços da
informática mais cedo ou mais tarde colocarão à disposição 01. Assinale o par de frases em que as palavras destacadas
dos usuários e das autoridades. Como digo repetidas vezes, me são substantivo e pronome, respectivamente:
valendo do óbvio, a comunicação virtual está em sua pré- (A) A imigração tornou-se necessária. / É dever cristão
história. praticar o bem.
Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na (B) A Inglaterra é responsável por sua economia. / Havia
internet, no que diz respeito aos cronistas, articulistas e muito movimento na praça.

Língua Portuguesa 57
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APOSTILAS OPÇÃO

(C) Fale sobre tudo o que for preciso. / O consumo de Exemplos:


drogas é condenável. Ela era explorada, mas não se queixava.
(D) Pessoas inconformadas lutaram pela abolição. / Os alunos estudaram, no entanto não conseguiram as
Pesca-se muito em Angra dos Reis. notas necessárias.
(E) Os prejudicados não tinham o direito de reclamar. /
Não entendi o que você disse. 3. Alternativas (alternância)

02. Assinale o item que só contenha preposições: Ou, ou


(A) durante, entre, sobre Ora, ora
(B) com, sob, depois Quer, quer
(C) para, atrás, por Já, já
(D) em, caso, após
(E) após, sobre, acima Exemplos:
Ou você vem agora, ou não haverá mais ingressos.
03. Observe as palavras grifadas da seguinte frase: Ora chovia, ora fazia sol.
“Encaminhamos a V. Senhoria cópia autêntica do Edital nº
19/82.” Elas são, respectivamente: 4. Conclusivas (conclusão)
(A) verbo, substantivo, substantivo Logo
(B) verbo, substantivo, advérbio Portanto
(C) verbo, substantivo, adjetivo Por conseguinte
(D) pronome, adjetivo, substantivo Pois (após o verbo)
(E) pronome, adjetivo, adjetivo
Exemplos:
04. Assinale a opção em que a locução grifada tem valor
O caminho é perigoso; vá, pois, com cuidado!
adjetivo:
Estamos nos esforçando, logo seremos recompensados.
(A) “Comprei móveis e objetos diversos que entrei a
utilizar com receio.”
5. Explicativas (explicação)
(B) “Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos.”
Que
(C) “Pediu-me com voz baixa cinquenta mil réis.”
Porque
(D) “Expliquei em resumo a prensa, o dínamo, as serras...”
(E) “Resolvi abrir o olho para que vizinhos sem Porquanto
escrúpulos não se apoderassem do que era delas.” Pois (antes do verbo)

05. O "que" está com função de preposição na alternativa: Exemplos:


(A) Veja que lindo está o cabelo da nossa amiga! Não leia no escuro, que faz mal à vista.
(B) Diz-me com quem andas, que eu te direi quem és. Compre estas mercadorias, pois já estamos ficando sem.
(C) João não estudou mais que José, mas entrou na
Faculdade.
(D) O Fiscal teve que acompanhar o candidato ao banheiro. Conjunções Subordinativas
(E) Não chore que eu já volto.
Ligam uma oração principal a uma oração subordinativa,
Gabarito com verbo flexionado.

01.E / 02.A / 03.C / 04.E / 05.D 1. Integrantes: iniciam a oração subordinada substantiva
– Que / Se / Como
Conjunções
Exemplos:
Exercem a função de conectar as palavras dentro de uma Todos perceberam que você estava atrasado.
oração. Desta forma, elas estabelecem uma relação de Aposto como você estava nervosa.
coordenação ou subordinação e são classificadas em:
Conjunções Coordenativas e Conjunções Subordinativas. 2. Temporais (Tempo) – Quando / Enquanto / Logo que /
Assim que / Desde que
Conjunções Coordenativas Exemplos:
1. Aditivas (Adição) Logo que chegaram, a festa acabou.
E Quando eu disse a verdade, ninguém acreditou.
Nem
3. Finais (Finalidade) – Para que / A fim de que
Não só... Mas também
Exemplo:
Mas ainda
Foi embora logo, a fim de que ninguém o perturbasse.
Senão
4. Proporcionais (Proporcionalidade) – À proporção que
Exemplos: / À medida que / Quanto mais ... mais / Quanto menos... menos
Viajamos e descansamos. Exemplos:
Eu não só estudo, mas também trabalho.
À medida que se vive, mais se aprende.
Quanto mais se preocupa, mais se aborrece.
2. Adversativas (posição contrária)
Mas 5. Causais (Causa) – Porque / Como / Visto que / Uma vez
Porém que
Todavia Exemplo: Como estivesse doente, não pôde sair.
Entretanto
No entanto

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APOSTILAS OPÇÃO

6. Condicionais (Condição) – Se / Caso / Desde que A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou esta
Exemplos: quinta-feira que um adulto consuma por dia menos de dois
Comprarei o livro, desde que esteja disponível. gramas de sódio – ou seja, menos de cinco gramas de sal – para
Se chover, não poderemos ir. reduzir os níveis de pressão arterial e as doenças
cardiovasculares.
7. Comparativas (Comparação) – Como / Que / Do que / Pela primeira vez, a OMS faz recomendações também para
Quanto / Que nem as crianças com mais de dois anos de idade, para que as
Exemplos: doenças relacionadas com a alimentação não se tornem
Os filhos comeram como leões. crônicas na idade adulta. Neste caso, a OMS diz que os valores
A luz é mais veloz do que o som. devem ainda ser mais baixos do que os dois gramas de sódio,
devendo ser adaptados tendo em conta o tamanho, a idade e
8. Conformativas (Conformidade) – Como / Conforme / as necessidades energéticas.
Segundo Teresa Firmino Adaptado de publico.pt/ciencia
Exemplos:
As coisas não são como parecem. Em para reduzir os níveis de pressão arterial e as doenças
Farei tudo, conforme foi pedido. cardiovasculares, a palavra para expressa o seguinte
significado:
9. Consecutivas (Consequência) – Que (precedido dos (A) oposição
termos: tal, tão, tanto...) / De forma que (B) finalidade
Exemplos: (C) causalidade
A menina chorou tanto, que não conseguiu ir para a escola. (D) comparação
Ontem estive viajando, de forma que não consegui (E) temporalidade
participar da reunião.
03. (SEDUC/PA - Professor Classe I - Português -
10. Concessivas (Concessão) – Embora / Conquanto / CONSULPLAN/2018)
Ainda que / Mesmo que / Por mais que
Exemplos: Coisas & Pessoas
Todos gostaram, embora estivesse mal feito.
Por mais que gritasse, ninguém o socorreu. Desde pequeno, tive tendência para personificar as coisas.
Tia Tula, que achava que mormaço fazia mal, sempre gritava:
Questões “Vem pra dentro, menino, olha o mormaço!”. Mas eu ouvia o
mormaço com M maiúsculo. Mormaço, para mim, era um velho
01. (PC/SP - Papiloscopista Policial - VUNESP/2018) que pegava crianças! Ia pra dentro logo. E ainda hoje, quando
leio que alguém se viu perseguido pelo clamor público, vejo
com estes olhos o Sr. Clamor Público, magro, arquejante, de
preto, brandindo um guarda-chuva, com um gogó
protuberante que se abaixa e levanta no excitamento da
perseguição. E já estava devidamente grandezinho, pois devia
contar uns trinta anos, quando me fui, com um grupo de
colegas, a ver o lançamento da pedra fundamental da ponte
Uruguaiana-Libres, ocasião de grandes solenidades, com os
presidentes Justo e Getúlio, e gente muita, tanto assim que
fomos alojados os do meu grupo num casarão que creio fosse
a Prefeitura, com os demais jornalistas do Brasil e Argentina.
Era como um alojamento de quartel, com breve espaço entre
as camas e todas as portas e janelas abertas, tudo com os
alegres incômodos e duvidosos encantos, um vulto junto à
minha cama, senti-me estremunhado e olhei atônito para um
tipo de chiru, ali parado, de bigodes caídos, pala pendente e
chapéu descido sobre os olhos. Diante da minha muda
interrogação, ele resolveu explicar-se, com a devida calma:
– Pois é! Não vê que eu sou o sereno…
Na fala do personagem no segundo quadrinho “Apesar da E eis que, por milésimo de segundo, ou talvez mais, julguei
aparência, sou um homem ultramoderno!”, a expressão que se tratasse do sereno noturno em pessoa. [...]
destacada estabelece entre as informações relação de sentido (Mário Quintana. Caderno H. 5. ed. São Paulo: Globo, 1989, p. 153-154.)
de
(A) comparação. Após a leitura do texto e considerando seu conteúdo, pode-
(B) finalidade. se afirmar quanto ao emprego da conjunção em relação à
(C) consequência. titulação do texto que o sentido produzido indica
(D) conclusão. (A) compensação de um elemento em relação ao outro.
(E) concessão. (B) acrescentamento de um elemento em relação ao outro.
(C) sobreposição do último elemento em detrimento do
02. (Prefeitura Trindade/GO - Auxiliar Administrativo primeiro.
- FUNRIO/2016) (D) estabelecimento de uma relação de um elemento para
com o outro.
OMS recomenda ingerir menos de cinco gramas de sal
por dia

Se você tem o hábito de pegar no saleiro e polvilhar a


comida com umas pitadas de sal, é melhor pensar duas vezes.

Língua Portuguesa 59
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APOSTILAS OPÇÃO

04. (IF/PE - Técnico em Enfermagem - 2016) (ele - sujeito agente) (fez - ação) (o trabalho - objeto
paciente)
Crônica da cidade do Rio de Janeiro Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação
expressa pelo verbo. Ex.:
No alto da noite do Rio de Janeiro, luminoso, generoso, o O trabalho foi feito por ele.
Cristo Redentor estende os braços. Debaixo desses braços os (O trabalho - sujeito paciente) (foi feito - ação) (por ele -
netos dos escravos encontram amparo. agente da passiva)
Uma mulher descalça olha o Cristo, lá de baixo, e Reflexiva: há dois tipos de voz reflexiva:
apontando seu fulgor, diz, muito tristemente: a) Reflexiva: será chamada simplesmente de reflexiva,
- Daqui a pouco não estará mais aí. Ouvi dizer que vão tirar quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo. Ex.:
Ele daí. - Carla machucou-se.
- Não se preocupe – tranquiliza uma vizinha. – Não se - Marcos cortou-se com a faca.
preocupe: Ele volta. - Roberto matou-se.
A polícia mata muitos, e mais ainda mata a economia. Na b) Reflexiva Recíproca: será chamada de reflexiva
cidade violenta soam tiros e também tambores: os atabaques, recíproca, quando houver dois elementos como sujeito: um
ansiosos de consolo e de vingança, chamam os deuses pratica a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o
africanos. Cristo sozinho não basta. primeiro. Ex.:
(GALEANO, Eduardo. O livro dos abraços. Porto Alegre: L&PM Pocket, - Paula e Renato amam-se.
2009.)
- Os jovens agrediram-se durante a festa.
- Os ônibus chocaram-se violentamente.
Na construção “A polícia mata muitos, e mais ainda mata a
economia”, a conjunção em destaque estabelece, entre as
Formação da Voz Passiva
orações,
A voz passiva pode ser formada por dois processos:
(A) uma relação de adição.
(B) uma relação de oposição.
Voz Passiva Analítica: constrói-se da seguinte maneira
(C) uma relação de conclusão.
(Verbo Ser + particípio do verbo principal).
(D) uma relação de explicação.
Ex.: A escola será pintada / O trabalho é feito por ele.
(E) uma relação de consequência.
O agente da passiva geralmente é acompanhado da
preposição por, mas pode ocorrer a construção com a
05. (COPASA - Analista de Saneamento - Administrador
preposição de. Ex.: A casa ficou cercada de soldados.
- FUMARC/2018)
Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja
explícito na frase. Ex.: A exposição será aberta amanhã.
Se você não corresponde ao figurino neoliberal é porque
A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar Ser, pois
sofre de algum transtorno. As doenças estão em moda.
o particípio é invariável.
Respiramos a cultura da medicalização. Não nos perguntamos
por que há tantas enfermidades e enfermos. Esta indagação
Observe a transformação das frases seguintes:
não convém à indústria farmacêutica nem ao sistema cujo
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)
objetivo primordial é a apropriação privada da riqueza.
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do
indicativo)
Sobre os itens lexicais destacados no fragmento, estão
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)
corretas as afirmativas, EXCETO:
O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)
(A) A conjunção “nem” liga dois itens (indústria / sistema)
indicando oposição entre eles.
Nas frases com locuções verbais, o verbo Ser assume o
(B) A conjunção “porque” introduz uma relação de
mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Observe
causalidade entre as partes do período de que faz a ligação.
a transformação da frase seguinte: O vento ia levando as
(C) O conectivo “se” poderia ser substituído por “caso” e
folhas. (gerúndio); As folhas iam sendo levadas pelo vento.
indica condicionalidade.
(gerúndio)
(D) O pronome “algum” transfere sua indefinitude ao
É menos frequente a construção da voz passiva analítica
substantivo que acompanha, “transtorno”.
com outros verbos que podem eventualmente funcionar como
auxiliares: A moça ficou marcada pela doença.
Gabarito
Voz Passiva Sintética: a voz passiva sintética ou
01.E / 02.B / 03.D / 04.B / 05.A
pronominal constrói-se com o verbo na 3ª pessoa, seguido do
pronome apassivador “se”: Abriram-se as inscrições para o
concurso; Destruiu-se o velho prédio da escola. O agente não
3.5 Vozes verbais e sua costuma vir expresso na voz passiva sintética.
conversão.
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar
VOZES DOS VERBOS substancialmente o sentido da frase.

Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para Gutenberg inventou a imprensa. (Voz Ativa)
indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação. Gutenberg – sujeito da Ativa
São três as vozes verbais: a imprensa – Objeto Direto
Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação
expressa pelo verbo. Ex.: A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Passiva)
Ele fez o trabalho. A imprensa – Sujeito da Passiva
por Gutenberg – Agente da Passiva20

20 CEGALA, Domingos. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

Língua Portuguesa 60
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APOSTILAS OPÇÃO

- Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o 02. (ELETROBRÁS - Técnico de Segurança do Trabalho
sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo - FCC)
assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
Exemplos: Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a
Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos. energia solar
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
mestres. Bem no meio do deserto, há um lugar onde o calor é
Eu o acompanharei. extremo. Sessenta e três graus ou até mais no verão. E foi
Ele será acompanhado por mim. exatamente por causa da temperatura que foi construída em
Abu Dhabi uma das maiores usinas de energia solar do mundo.
- Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não Os Emirados Árabes estão investindo em fontes
haverá complemento agente na passiva: Prejudicaram-me; Fui energéticas renováveis. Não vão substituir o petróleo, que eles
prejudicado. têm de sobra por mais 100 anos pelo menos. O que pretendem
é diversificar e poluir menos. Uma aposta no futuro.
- Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos, A preocupação com o planeta levou Abu Dhabi a tirar do
são chamados neutros: O vinho é bom; Aqui chove muito. papel a cidade sustentável de Masdar. Dez por cento do
planejado está pronto. Um traçado urbanístico ousado, que
- Há formas passivas com sentido ativo: deixa os carros de fora. Lá só se anda a pé ou de bicicleta. As
É chegada a hora. (= Chegou a hora.) ruas são bem estreitas para que um prédio faça sombra no
Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.) outro. É perfeito para o deserto. Os revestimentos das paredes
És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou) isolam o calor. E a direção dos ventos foi estudada para criar
corredores de brisa.
- Inversamente, usamos formas ativas com sentido (Adaptado de: “Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a
energia solar”. Disponível em:
passivo: http://g1.globo.com/globoreporter/noticia/2016/04/abu-dhabi-constroi-
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas) cidade-do-futuro-com-tudo-movido-energia-solar.html)
Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado)
Os revestimentos das paredes isolam o calor. (3º
- Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido parágrafo)
cirúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o
sujeito é paciente. Essa oração está corretamente reescrita na voz passiva em:
Chamo-me Luís. (A) Isola o calor os revestimentos das paredes.
Batizei-me na Igreja do Carmo. (B) O calor é isolado pelos revestimentos das paredes.
Operou-se de hérnia. (C) Isolam-se o calor ao ser revestido as paredes.
Vacinaram-se contra a gripe. (D) O calor é que isola os revestimentos das paredes.
(E) Os revestimentos das paredes são isolado do calor.
Questões
03. (Pref. Caucaia/CE - Agente de Suporte a
01. (Copebrás/PE - Analista Administrador - FCC) Fiscalização - CETREDE) O período “Fazem-se unhas” é
sintaticamente igual a
A velhinha contrabandista (A) faz-se unhas.
(B) precisa-se de empregados.
Todos os dias uma velhinha atravessava a ponte entre dois (C) trabalha-se muito.
países, de bicicleta e carregando uma bolsa. E todos os dias era (D) compram-se livros.
revistada pelos guardas da fronteira, à procura de (E) unhas são feitas.
contrabando. Os guardas tinham certeza que a velhinha era
contrabandista, mas revistavam a velhinha, revistavam a sua 04. (Pref. Carpina - Assistente Administrativo -
bolsa e nunca encontravam nada. Todos os dias a mesma coisa: CONPASS) Identifique a alternativa que apresenta o verbo na
nada. Até que um dia um dos guardas decidiu seguir a velhinha, voz reflexiva:
para flagrá-la vendendo a muamba, ficar sabendo o que ela (A) Os pais contemplam-se nos filhos.
contrabandeava e, principalmente, como. E seguiu a velhinha (B) Desejo comprar um livro.
até o seu próspero comércio de bicicletas e bolsas. (C) As cidades serão enfeitadas.
Como todas as fábulas, esta traz uma lição, só nos cabendo (D) Abrir-se-ão novas escolas.
descobrir qual. Significa que quem se concentra no mal (E) As despesas foram pagas por mim.
aparentemente disfarçado descuida do mal disfarçado de
aparente, ou que muita atenção ao detalhe atrapalha a 05. (TRT 2ª Região/SP - Técnico Judiciário - FCC/2018)
percepção do todo, ou que o hábito de só pensar o óbvio é a Comer um ovo por dia pode ajudar a evitar problemas
pior forma de distração. cardíacos comuns, de acordo com um novo estudo científico
(VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva,
publicado no jornal Heart.
2008, p. 41)
A análise foi realizada por pesquisadores dos Estados
Transpondo-se para a voz passiva a frase Um dos Unidos e da China, que avaliaram a existência de uma relação
guardas seguia a velhinha para que a flagrasse como entre o consumo de ovos e o menor risco de desenvolvimento
contrabandista, as formas verbais resultantes deverão de problemas coronários, problemas cardiovasculares, doença
ser arterial coronariana, acidentes vasculares cerebrais
(A) era seguida − fosse flagrada isquêmicos ou hemorrágicos.
(B) tinha seguido − vir a flagrá-la Coletados entre os anos de 2004 e 2008 (com participantes
(C) tinha sido seguida − se flagrasse acompanhados por 8 ou 9 anos depois disso), os dados usados
(D) estava seguindo − se tivesse flagrado eram de mais de 500 mil pessoas que residem em diferentes
(E) teria seguido − tivesse sido flagrada regiões da China e têm idades entre 30 e 79 anos. Dessa base,
13,1% dos participantes disseram consumir cerca de um ovo

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APOSTILAS OPÇÃO

por dia (0,76), enquanto 9,1% afirmaram nunca ou quase obrigatoriamente para o plural.
nunca comer o alimento (0,29 ovo por dia). O homem e o menino estavam perdidos. / O homem e sua
A conclusão dos pesquisadores foi de que o consumo esposa estiveram hospedados aqui.
moderado de ovos, um por dia, em média, apresentou um nível
significativamente mais baixo de desenvolvimento de doenças b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
cardiovasculares, sem que a ingestão do alimento 1- Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais
apresentasse efeitos que coloquem a saúde em risco. próximo.
No estudo, o alimento reduziu em 26% o risco de Comi delicioso almoço e sobremesa. / Provei deliciosa fruta
hemorragia cerebral e em 28% o risco de morte por essa e suco.
condição. Já o risco de morte por doença cardiovascular foi 2- Adjetivo anteposto funcionando como predicativo:
diminuído em 18% devido ao consumo do ovo. No caso de concorda com o mais próximo ou vai para o plural.
pessoas que comem, em média, 5 ovos por semana, o risco de Estavam feridos o pai e os filhos. / Estava ferido o pai e os
doença cardíaca isquêmica foi reduzido em 12%, em relação filhos.
às pessoas que afirmaram consumir ovos raramente.
(Texto adaptado. Disponível em: exame.abril.com.br) c) Um substantivo e mais de um adjetivo
1- antecede todos os adjetivos com um artigo. Falava
A análise foi realizada por pesquisadores dos Estados fluentemente a língua inglesa e a espanhola.
Unidos e da China... (2o parágrafo) 2- coloca o substantivo no plural. Falava fluentemente as
línguas inglesa e espanhola.
A frase indicada acima fica com a forma verbal correta na
voz ativa correspondente em: d) Pronomes de tratamento
(A) Pesquisadores dos Estados Unidos e da China realizam Sempre concordam com a 3ª pessoa. Vossa Santidade
a análise. esteve no Brasil.
(B) Foi pesquisadores dos Estados Unidos e da China que
realizaram a análise. e) Anexo, incluso, próprio, obrigado
(C) É que pesquisadores dos Estados Unidos e da China Concordam com o substantivo a que se referem.
realizaram a análise. As cartas estão anexas. / A bebida está inclusa.
(D) Realizou-se a análise pesquisadores dos Estados
Unidos e da China. f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)
(E) Pesquisadores dos Estados Unidos e da China Após essas expressões o substantivo fica sempre no
realizaram a análise. singular e o adjetivo no plural.
Renato advogou um e outro caso fáceis. / Pusemos numa e
Gabarito noutra bandeja rasas o peixe.

01.A / 02.B / 03.D / 04.A / 05.E g) É bom, é necessario, é proibido


Essas expressões não variam se o sujeito não vier
precedido de artigo ou outro determinante.
3.6 Concordância nominal e É necessário sua presença. / É necessária a sua presença.
verbal. É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada
é proibida.

h) Muito, pouco, caro


CONCORDÂNCIA NOMINAL 1- Como adjetivos: seguem a regra geral.
Comi muitas frutas durante a viagem. / Pouco arroz é
Concordância nominal é que o ajuste que fazemos aos suficiente para mim.
demais termos da oração para que concordem em gênero e
número com o substantivo. Teremos que alterar, portanto, o 2- Como advérbios: são invariáveis.
artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome. Além disso, temos Comi muito durante a viagem. / Pouco lutei, por isso perdi
também o verbo, que se flexionará à sua maneira. a batalha.

Regra geral: o artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome i) Mesmo, bastante


concordam em gênero e número com o substantivo. 1- Como advérbios: invariáveis
A pequena criança é uma gracinha. / O garoto que encontrei Preciso mesmo da sua ajuda.
era muito gentil e simpático. Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.

Casos especiais: veremos alguns casos que fogem à regra 2- Como pronomes: seguem a regra geral.
geral mostrada acima. Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.
a) Um adjetivo após vários substantivos
1- Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o j) Menos, alerta
plural ou concorda com o substantivo mais próximo. Em todas as ocasiões são invariáveis.
Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui. / Irmão Preciso de menos comida para perder peso. / Estamos alerta
e primo recém-chegados estiveram aqui. para com suas chamadas.

2- Substantivos de gêneros diferentes: vai para o k) Tal Qual


plural masculino ou concorda com o substantivo mais “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o
próximo. consequente.
Ela tem pai e mãe louros. / Ela tem pai e mãe loura. As garotas são vaidosas tais qual a tia. / Os pais vieram
fantasiados tais quais os filhos.
3- Adjetivo funciona como predicativo: vai

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APOSTILAS OPÇÃO

l) Possível 05. Quanto à concordância nominal, verifica-se ERRO em:


Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou (A) O texto fala de uma época e de um assunto polêmicos.
“pior”, acompanha o artigo que precede as expressões. (B) Tornou-se clara para o leitor a posição do autor sobre
A mais possível das alternativas é a que você expôs. o assunto.
Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa. (C) Constata-se hoje a existência de homem, mulher e
As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da criança viciadas.
cidade. (D) Não será permitido visita de amigos, apenas a de
parentes.
m) Meio
1- Como advérbio: invariável. Respostas
Estou meio (um pouco) insegura. 01.D / 02.D / 03.B / 04. a) necessária b) alerta c)
bastantes d) vazia e) meio / 05. C
2- Como numeral: segue a regra geral.
Comi meia (metade) laranja pela manhã. CONCORDÂNCIA VERBAL

n) Só Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos


1- apenas, somente (advérbio): invariável. referindo à relação de dependência estabelecida entre um
Só consegui comprar uma passagem. termo e outro mediante um contexto oracional.

2- sozinho (adjetivo): variável. Casos Referentes a Sujeito Simples


Estiveram sós durante horas. 1) Sujeito simples, o verbo concorda com o núcleo em
número e pessoa: O aluno chegou atrasado.
Questões
2) O verbo concorda no singular com o sujeito coletivo do
01. Indique o uso INCORRETO da concordância verbal ou singular, o verbo permanece na terceira pessoa do
nominal: singular: A multidão, apavorada, saiu aos gritos.
(A) Será descontada em folha sua contribuição sindical. Observação: no caso de o coletivo aparecer seguido de
(B) Na última reunião, ficou acordado que se realizariam adjunto adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular
encontros semanais com os diversos interessados no assunto. ou poderá ir para o plural: Uma multidão de pessoas saiu aos
(C) Alguma solução é necessária, e logo! gritos. / Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
(D) Embora tenha ficado demonstrado cabalmente a
ocorrência de simulação na transferência do imóvel, o pedido 3) Quando o sujeito é representado por expressões
não pode prosperar. partitivas, representadas por “a maioria de, a maior parte de, a
(E) A liberdade comercial da colônia, somada ao fato de D. metade de, uma porção de, entre outras”, o verbo tanto pode
João VI ter também elevado sua colônia americana à condição concordar com o núcleo dessas expressões quanto com o
de Reino Unido a Portugal e Algarves, possibilitou ao Brasil substantivo que a segue: A maioria dos alunos resolveu ficar.
obter certa autonomia econômica. / A maioria dos alunos resolveram ficar.

02. Aponte a alternativa em que NÃO ocorre silepse (de 4) No caso de o sujeito ser representado por expressões
gênero, número ou pessoa): aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo
(A) “A gente é feito daquele tipo de talento capaz de fazer concorda com o substantivo determinado por elas: Cerca de
a diferença.” vinte candidatos se inscreveram no concurso de piadas.
(B) Todos sabemos que a solução não é fácil.
(C) Essa gente trabalhadora merecia mais, pois acordam às 5) Em casos em que o sujeito é representado pela
cinco horas para chegar ao trabalho às oito da manhã. expressão “mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais
(D) Todos os brasileiros sabem que esse problema vem de de um candidato se inscreveu no concurso de piadas.
longe... Observação: no caso da referida expressão aparecer
(E) Senhor diretor, espero que Vossa Senhoria seja mais repetida ou associada a um verbo que exprime reciprocidade,
compreensivo. o verbo, necessariamente, deverá permanecer no plural: Mais
de um aluno, mais de um professor contribuíram na campanha
03. A concordância nominal está INCORRETA em: de doação de alimentos. / Mais de um formando se
(A) A mídia julgou desnecessária a campanha e o abraçaram durante as solenidades de formatura.
envolvimento da empresa.
(B) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa 6) O sujeito for composto da expressão “um dos que”, o
desnecessária. verbo permanecerá no plural: Paulo é um dos que mais
(C) A mídia julgou desnecessário o envolvimento da trabalhar.
empresa e a campanha.
(D) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa 7) Quanto aos relativos à concordância com locuções
desnecessárias. pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós,
quais de vós, alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário
04. Complete os espaços com um dos nomes colocados nos nos atermos a duas questões básicas:
parênteses. - No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural,
(A) Será que é ____ essa confusão toda? (necessário/ o verbo poderá com ele concordar, como poderá também
necessária) concordar com o pronome pessoal: Alguns
(B) Quero que todos fiquem ____. (alerta/ alertas) de nós o receberemos. / Alguns de nós o receberão.
(C) Houve ____ razões para eu não voltar lá. (bastante/ - Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso
bastantes) no singular, o verbo também permanecerá no singular: Algum
(D) Encontrei ____ a sala e os quartos. (vazia/vazios) de nós o receberá.
(E) A dona do imóvel ficou ____ desiludida com o inquilino.
(meio/ meia) 8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo

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APOSTILAS OPÇÃO

pronome “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do poderá permanecer no singular ou ir para o plural: Minha
singular ou poderá concordar com o antecedente desse vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de meu
pronome: Fomos nós quem contou toda a verdade para ela. / esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha premiação é
Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela. fruto de meu esforço.

9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela Questões


palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que
antecede essa palavra: Nesta empresa somos nós 01. A concordância realizou-se adequadamente em qual
que tomamos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo. alternativa?
(A) Os Estados Unidos é considerado, hoje, a maior
10) No caso de o sujeito aparecer representado por potência econômica do planeta, mas há quem aposte que a
expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará China, em breve, o ultrapassará.
com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa (B) Em razão das fortes chuvas haverão muitos candidatos
porcentagem: 50% dos funcionários aprovaram a decisão da que chegarão atrasados, tenho certeza disso.
diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão. (C) Naquela barraca vendem-se tapiocas fresquinhas, pode
Observações: comê-las sem receio!
- Caso o verbo aparecer anteposto à expressão de (D) A multidão gritaram quando a cantora apareceu na
porcentagem, esse deverá concordar com o numeral: janela do hotel!
Aprovaram a decisão da diretoria 50% dos funcionários.
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no 02. Uma pergunta
singular: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da
diretoria. Frequentemente cabe aos detentores de cargos de
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de responsabilidade tomar decisões difíceis, de graves
determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os consequências. Haveria algum critério básico, essencial, para
50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria. amparar tais escolhas? Antonio Gramsci, notável pensador e
político italiano, propôs que se pergunte, antes de tomar a
11) Quando o sujeito estiver representado por pronomes decisão: - Quem sofrerá?
de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira Para um humanista, a dor humana é sempre prioridade a
pessoa do singular ou do plural: Vossas se considerar.
Majestades gostaram das homenagens. Vossas Excelência agiu (Salvador Nicola, inédito)
com inteligência.
12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no
próprio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos singular para preencher adequadamente a lacuna da frase:
que os determinam: (A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de
- Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo corresponder nossos valores éticos mais rigorosos.
ser, este permanece no singular, contanto que o predicativo (B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre
também esteja no singular: Memórias póstumas de Brás o peso de suas mais graves decisões.
Cubas é uma criação de Machado de Assis. (C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer)
- Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também tomar decisões sem medir suas consequências.
permanece no plural: Os Estados Unidos são uma potência (D) A toda decisão tomada precipitadamente ......
mundial. (costumar) sobrevir consequências imprevistas e injustas.
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele (E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade,
nem aparece, o verbo permanece no singular: Estados Unidos recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor
é uma potência mundial. humana.

Casos Referentes a Sujeito Composto 03. Em um belo artigo, o físico Marcelo Gleiser, analisando
1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas a constatação do satélite Kepler de que existem muitos
gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando planetas com características físicas semelhantes ao nosso,
relacionado a dois pressupostos básicos: reafirmou sua fé na hipótese da Terra rara, isto é, a tese de que
- Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as a vida complexa (animal) é um fenômeno não tão comum no
demais: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio. Universo.
- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar na Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo
2ª ou na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. / Tu e ele são primos. persuasivo em “Terra Rara”. Ali, o autor sugere que a vida
microbiana deve ser um fenômeno trivial, podendo pipocar até
2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer em mundos inóspitos; já o surgimento de vida multicelular na
anteposto (antes) ao verbo, este permanecerá no plural: O pai Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas,
e seus dois filhos compareceram ao evento. o que, se não permite estimar o número de civilizações extra
terráqueas, ao menos faz com que reduzamos nossas
3) No caso em que o sujeito aparecer posposto (depois) ao expectativas.
verbo, este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da
permanecer no plural: Compareceram ao evento o pai e seus inexorabilidade da inteligência. A evolução de organismos
dois filhos. Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos. complexos leva necessariamente à consciência e à
inteligência?
4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com Robert Wright diz que sim, mas seu argumento é mais
mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular: matemático do que biológico: complexidade engendra
Meu esposo e grande companheiro merece toda a felicidade do complexidade, levando a uma corrida armamentista entre
mundo. espécies cujo subproduto é a inteligência.
Stephen J. Gould e Steven Pinker apostam que não. Para
5) Casos relativos a sujeito composto de palavras eles, é apenas devido a uma sucessão de pré-adaptações e
sinônimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo coincidências que alguns animais transformaram a capacidade

Língua Portuguesa 64
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APOSTILAS OPÇÃO

de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Se Saiba que:


rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o O conhecimento do uso adequado das preposições é um
processo mudando alguns detalhes do início, seriam grandes dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e
as chances de não chegarmos a nada parecido com a também nominal). As preposições são capazes de modificar
inteligência. completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os
exemplos:
(Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 2012.)
Cheguei ao metrô.
Cheguei no metrô.
A frase em que as regras de concordância estão
plenamente respeitadas é:
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo
(A) Podem haver estudos que comprovem que, no passado,
caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração
as formas mais complexas de vida - cujo habitat eram oceanos
"Cheguei no metrô", popularmente usada a fim de indicar o
ricos em nutrientes - se alimentavam por osmose.
lugar a que se vai, possui, no padrão culto da língua,
(B) Cada um dos organismos simples que vivem na
sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem
natureza sobrevivem de forma quase automática, sem se
divergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns
valerem de criatividade e planejamento.
verbos, e a regência culta.
(C) Desde que observe cuidados básicos, como obter
energia por meio de alimentos, os organismos simples podem
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de
preservar a vida ao longo do tempo com relativa facilidade.
acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, não é
(D) Alguns animais tem de se adaptar a um ambiente cheio
um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes
de dificuldades para obter a energia necessária a sua
formas em frases distintas.
sobrevivência e nesse processo expõe- se a inúmeras ameaças.
(E) A maioria dos organismos mais complexos possui um
Verbos Intransitivos
sistema nervoso muito desenvolvido, capaz de se adaptar a
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É
mudanças ambientais, como alterações na temperatura.
importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos
aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
04. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa,
a) Chegar, Ir;
a concordância verbal está correta em:
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais
(A) Ela não pode usar o celular e chamar um taxista, pois
de lugar. Na língua culta, as preposições usadas para
acabou os créditos.
indicar destino ou direção são: a, para.
(B) Esta empresa mantêm contato com uma rede de táxis
Fui ao teatro.
que executa diversos serviços para os clientes.
Adjunto Adverbial de Lugar
(C) À porta do aeroporto, havia muitos táxis disponíveis
para os passageiros que chegavam à cidade.
Ricardo foi para a Espanha.
(D) Passou anos, mas a atriz não se esqueceu das calorosas
Adjunto Adverbial de Lugar
lembranças que seu tio lhe deixou.
(E) Deve existir passageiros que aproveitam a corrida de
b) Comparecer;
táxi para bater um papo com o motorista.
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido
por em ou a.
Respostas
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último
01.C / 02.C / 03.E / 04.C
jogo.

Verbos Transitivos Diretos


3.7 Regência nominal e Os verbos transitivos diretos são complementados por
verbal (inclusive emprego do objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição para
o estabelecimento da relação de regência. Ao empregar esses
acento indicativo de crase). verbos, devemos lembrar que os pronomes oblíquos o, a, os,
as atuam como objetos diretos. Esses pronomes podem
assumir as formas lo, los, la, las (após formas verbais
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após formas
verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e lhes são,
Regência Verbal quando complementos verbais, objetos indiretos.
São verbos transitivos diretos: abandonar, abençoar,
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar,
os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar,
e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). condenar, conhecer, conservar, convidar, defender, eleger,
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar,
capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar, dentre
conhecermos as diversas significações que um verbo pode outros.
assumir com a simples mudança ou retirada de uma Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente como
preposição. o verbo amar:
Observe: Amo aquele rapaz. / Amo-o.
A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar, Amo aquela moça. / Amo-a.
contentar. Amam aquele rapaz. / Amam-no.
A mãe agrada ao filho. -> agradar significa "causar agrado Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.
ou prazer", satisfazer.
Obs.: os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos
Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente de para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos
"agradar a alguém". adnominais).
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)

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APOSTILAS OPÇÃO

Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira) Informar


Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau humor) - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
Verbos Transitivos Indiretos Informe os novos preços aos clientes.
Os verbos transitivos indiretos são complementados por Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exigem uma preços)
preposição para o estabelecimento da relação de regência. Os
pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que - Na utilização de pronomes como complementos, veja as
podem atuar como objetos indiretos são o "lhe", o "lhes", para construções:
substituir pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a, Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre
os objetos indiretos que não representam pessoas, usam-se eles)
pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) em
lugar dos pronomes átonos lhe, lhes. Obs.: a mesma regência do verbo informar é usada para os
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir.
a) Consistir - tem complemento introduzido pela
preposição "em". Comparar
A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as
todos. preposições "a" ou "com" para introduzir o complemento
indireto.
b) Obedecer e Desobedecer - possuem seus complementos Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma
introduzidos pela preposição "a". criança.
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais.
Eles desobedeceram às leis do trânsito. Pedir
Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na
c) Responder - tem complemento introduzido pela forma de oração subordinada substantiva) e indireto de
preposição "a". Esse verbo pede objeto indireto para indicar "a pessoa.
quem" ou "ao que" se responde. Pedi-lhe favores.
Respondi ao meu patrão. Objeto Indireto Objeto Direto
Respondemos às perguntas.
Respondeu-lhe à altura. Pedi-lhe que mantivesse em silêncio.
Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva
Objetiva Direta
quando exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva
analítica. Veja: O questionário foi respondido corretamente. /
Saiba que:
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente.
1) A construção "pedir para", muito comum na linguagem
cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua culta. No
d) Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus complementos
entanto, é considerada correta quando a
introduzidos pela preposição "com".
palavra licença estiver subentendida.
Antipatizo com aquela apresentadora.
Simpatizo com os que condenam os políticos que governam
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
para uma minoria privilegiada.
Observe que, nesse caso, a preposição "para" introduz uma
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo
Os verbos transitivos diretos e indiretos são
(para ir entregar-lhe os catálogos em casa).
acompanhados de um objeto direto e um indireto. Merecem
destaque, nesse grupo:
2) A construção "dizer para", também muito usada
popularmente, é igualmente considerada incorreta.
Agradecer, Perdoar e Pagar
São verbos que apresentam objeto direto
Preferir
relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas.
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto
Veja os exemplos:
indireto introduzido pela preposição "a". Por Exemplo:
Agradeço aos ouvintes a audiência.
Objeto Indireto Objeto Direto
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
Prefiro trem a ônibus.
Cristo ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador. Obs.: na língua culta, o verbo "preferir" deve ser usado
Objeto Direto Objeto Indireto sem termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes,
Paguei o débito ao cobrador. um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo
Objeto Direto Objeto Indireto existente no próprio verbo (pre).

- O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito com Mudança de Transitividade versus Mudança de
particular cuidado. Observe: Significado
Agradeci o presente. / Agradeci-o. Há verbos que, de acordo com a mudança de
Agradeço a você. / Agradeço-lhe. transitividade, apresentam mudança de significado. O
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. conhecimento das diferentes regências desses verbos é um
Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. recurso linguístico muito importante, pois além de permitir a
Paguei minhas contas. / Paguei-as. correta interpretação de passagens escritas, oferece
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes. possibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os
principais, estão:

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APOSTILAS OPÇÃO

Agradar Custa-me (a mim) crer que tomou realmente aquela


- Agradar é transitivo direto no sentido de fazer carinhos, atitude.
acariciar. Objeto Indireto Oração Subordinada Substantiva -
Sempre agrada o filho quando o revê. / Sempre o agrada Subjetiva Reduzida de Infinitivo
quando o revê.
Cláudia não perde oportunidade de agradar o gato. / Obs.: a Gramática Normativa condena as construções que
Cláudia não perde oportunidade de agradá-lo. atribuem ao verbo "custar" um sujeito representado por
- Agradar é transitivo indireto no sentido de causar agrado pessoa. Observe o exemplo abaixo:
a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento introduzido Custei para entender o problema.
pela preposição "a". Forma correta: Custou-me entender o problema.
O cantor não agradou aos presentes.
O cantor não lhes agradou. Implicar
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
Aspirar a) dar a entender, fazer supor, pressupor
- Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar Suas atitudes implicavam um firme propósito.
(o ar), inalar. b) Ter como consequência, trazer como consequência,
Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o) acarretar, provocar
- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter Liberdade de escolha implica amadurecimento político de
como ambição. um povo.
Aspirávamos a melhores condições de vida. (Aspirávamos a
elas) - Como transitivo direto e indireto, significa comprometer,
Obs.: como o objeto direto do verbo "aspirar" não é envolver
pessoa, mas coisa, não se usam as formas pronominais átonas Implicaram aquele jornalista em questões econômicas.
"lhe" e "lhes" e sim as formas tônicas "a ele (s)", " a ela (s)". Veja Obs.: no sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo
o exemplo: indireto e rege com preposição "com".
Aspiravam a uma existência melhor. (= Aspiravam a ela) Implicava com quem não trabalhasse arduamente.

Assistir Proceder
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar - Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter
assistência a, auxiliar. Por Exemplo: cabimento, ter fundamento ou portar-se, comportar-se,
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. agir. Nessa segunda acepção, vem sempre acompanhado de
As empresas de saúde negam-se a assisti-los. adjunto adverbial de modo.
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, As afirmações da testemunha procediam, não havia como
presenciar, estar presente, caber, pertencer. refutá-las.
Você procede muito mal.
Exemplos: - Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a
Assistimos ao documentário. preposição" de") e fazer, executar (rege complemento
Não assisti às últimas sessões. introduzido pela preposição "a") é transitivo indireto.
Essa lei assiste ao inquilino. O avião procede de Maceió.
Obs.: no sentido de morar, residir, o verbo "assistir" é Procedeu-se aos exames.
intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de O delegado procederá ao inquérito.
lugar introduzido pela preposição "em".
Assistimos numa conturbada cidade. Querer
- Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter
Chamar vontade de, cobiçar.
- Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, Querem melhor atendimento.
solicitar a atenção ou a presença de. Queremos um país melhor.
Por gentileza, vá chamar sua prima. / Por favor, vá chamá- - Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição,
la. estimar, amar.
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes. Quero muito aos meus amigos.
- Chamar no sentido de denominar, apelidar pode Ele quer bem à linda menina.
apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere Despede-se o filho que muito lhe quer.
predicativo preposicionado ou não.
A torcida chamou o jogador mercenário. Visar
A torcida chamou ao jogador mercenário. - Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mirar,
A torcida chamou o jogador de mercenário. fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
A torcida chamou ao jogador de mercenário. O homem visou o alvo.
O gerente não quis visar o cheque.
Custar - No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como
- Custar é intransitivo no sentido de ter determinado valor objetivo, é transitivo indireto e rege a preposição "a".
ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial. O ensino deve sempre visar ao progresso social.
Frutas e verduras não deveriam custar muito. Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar
- No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo ou público.
transitivo indireto.
Regência Nominal
Muito custa viver tão longe da família.
Verbo Oração Subordinada Substantiva Subjetiva É o nome da relação existente entre
Intransitivo Reduzida de Infinitivo um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos
regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada
por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso
levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o
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APOSTILAS OPÇÃO

mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime Idêntico a


de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos Satisfeito com, de, em, por
nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os Contíguo a
nomes correspondentes: todos regem complementos Impróprio para
introduzidos pela preposição "a". Veja: Semelhante a
Obedecer a algo/ a alguém. Contrário a
Obediente a algo/ a alguém. Indeciso em
Sensível a
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da Curioso de, por
preposição ou preposições que os regem. Observe-os Insensível a
atentamente e procure, sempre que possível, associar esses Sito em
nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece. Descontente com
Liberal com
Substantivos Suspeito de
Admiração a, por Desejoso de
Devoção a, para, com, por Natural de
Medo a, de Vazio de
Aversão a, para, por
Doutor em Advérbios
Obediência a - Longe de;
Atentado a, contra - Perto de.
Dúvida acerca de, em, sobre
Ojeriza a, por Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir
Bacharel em o regime dos adjetivos de que são formados: paralela à;
Horror a paralelamente a; relativa a; relativamente a.21
Proeminência sobre
Capacidade de, para Questões
Impaciência com
Respeito a, com, para com, por 01. (Administrador - FCC)
... a que ponto a astronomia facilitou a obra das outras
Adjetivos ciências ...
Acessível a O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o
Diferente de grifado acima está empregado em:
Necessário a (A) ...astros que ficam tão distantes...
Acostumado a, com (B) ...que a astronomia é uma das ciências...
Entendido em (C) ...que nos proporcionou um espírito...
Nocivo a (D) ...cuja importância ninguém ignora...
Afável com, para com (E) ...onde seu corpo não passa de um ponto obscuro...
Equivalente a
Paralelo a 02. (Agente de Apoio Administrativo - FCC)
Agradável a ...pediu ao delegado do bairro que desse um jeito nos filhos
Escasso de do sueco.
Parco em, de O verbo que exige, no contexto, o mesmo tipo de
Alheio a, de complementos que o grifado acima está empregado em:
Essencial a, para (A) ...que existe uma coisa chamada EXÉRCITO...
Passível de (B) ...como se isso aqui fosse casa da sogra?
Análogo a (C) ...compareceu em companhia da mulher à delegacia...
Fácil de (D) Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro...
Preferível a (E) O delegado apenas olhou-a espantado com o
Ansioso de, para, por atrevimento.
Fanático por
Prejudicial a 03. (Agente de Defensoria Pública - FCC)
Apto a, para ... constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes
Favorável a desiguais...
Prestes a O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o
Ávido de grifado acima está empregado em:
Generoso com (A) Em campos extensos, chegavam em alguns casos a
Propício a extremos de sutileza.
Benéfico a (B) ...eram comumente assinalados a golpes de machado nos
Grato a, por troncos mais robustos.
Próximo a (C) Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam,
Capaz de, para não raro, quem...
Hábil em (D) Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na
Relacionado com serra de Tunuí...
Compatível com (E) ...em que tão bem se revelam suas afinidades com o
Habituado a gentio, mestre e colaborador...
Relativo a
Contemporâneo a, de

21 www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php

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APOSTILAS OPÇÃO

04. (Agente Técnico - FCC) 07. (Papiloscopista Policial - VUNESP) Assinale a


... para lidar com as múltiplas vertentes da justiça... alternativa correta quanto à regência dos termos em destaque.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o da (A) Ele tentava convencer duas senhoras a assumir a
frase acima se encontra em: responsabilidade pelo problema.
(A) A palavra direito, em português, vem de directum, do (B) A menina tinha o receio a levar uma bronca por ter se
verbo latino dirigere... perdido.
(B) ...o Direito tem uma complexa função de gestão das (C) A garota tinha apenas a lembrança pelo desenho de
sociedades... um índio na porta do prédio.
(C) ...o de que o Direito [...] esteja permeado e regulado pela (D) A menina não tinha orgulho sob o fato de ter se
justiça. perdido de sua família.
(D) Essa problematicidade não afasta a força das aspirações (E) A família toda se organizou para realizar a procura à
da justiça... garotinha.
(E) Na dinâmica dessa tensão tem papel relevante o
sentimento de justiça. 08. (Analista de Sistemas - VUNESP) Assinale a
alternativa que completa, correta e respectivamente, as
05. Leia a tira a seguir. lacunas do texto, de acordo com as regras de regência.
Os estudos _______ quais a pesquisadora se reportou já
assinalavam uma relação entre os distúrbios da imagem
corporal e a exposição a imagens idealizadas pela mídia.
A pesquisa faz um alerta ______ influência negativa que a
mídia pode exercer sobre os jovens.
(A) dos … na
(B) nos … entre a
(C) aos … para a
(D) sobre os … pela
(E) pelos … sob a

09. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças


Públicas - VUNESP) Considerando a norma-padrão da língua,
assinale a alternativa em que os trechos destacados estão
corretos quanto à regência, verbal ou nominal.
(A) O prédio que o taxista mostrou dispunha de mais de
dez mil tomadas.
(B) O autor fez conjecturas sob a possibilidade de haver
um homem que estaria ouvindo as notas de um oboé.
(C) Centenas de trabalhadores estão empenhados de criar
logotipos e negociar.
Considerando as regras de regência da norma-padrão da
(D) O taxista levou o autor a indagar no número de
língua portuguesa, a frase do primeiro quadrinho está
tomadas do edifício.
corretamente reescrita, e sem alteração de sentido, em:
(E) A corrida com o taxista possibilitou que o autor
(A) Ter amigos ajuda contra o combate pela depressão.
reparasse a um prédio na marginal.
(B) Ter amigos ajuda o combate sob a depressão.
(C) Ter amigos ajuda do combate com a depressão.
10. (Assistente de Informática II - VUNESP) Assinale a
(D) Ter amigos ajuda ao combate na depressão.
alternativa que substitui a expressão destacada na frase,
(E) Ter amigos ajuda no combate à depressão.
conforme as regras de regência da norma-padrão da língua e
sem alteração de sentido.
06. (Escrevente TJ SP - VUNESP) Assinale a alternativa
Muitas organizações lutaram a favor da igualdade de
em que o período, adaptado da revista Pesquisa Fapesp de
direitos dos trabalhadores domésticos.
junho de 2012, está correto quanto à regência nominal e à
(A) da
pontuação.
(B) na
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente,
(C) pela
seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais
(D) sob a
notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em
E) sobre a
outros.
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam
Respostas
rapidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o
1.D / 2.D / 3.A / 4.A / 5.E / 6.D / 7.A / 8.C / 9.A / 10.C
avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um
exemplo!, do que em outros.
CRASE
(C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam
rapidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o
É de grande importância a crase da preposição “a” com o
avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um
artigo feminino “a” (s), com o “a” inicial dos pronomes
exemplo, do que em outros.
aquele(s), aquela (s), aquilo e com o “a” do relativo a qual (as
(D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam
quais).
rapidamente seu espaço na carreira científica, ainda que o
Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a
avanço seja mais notável em alguns países - o Brasil é um
crase. O uso apropriado do acento grave depende da
exemplo - do que em outros.
compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental
(E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente,
também, para o entendimento da crase, dominar a regência
seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais
dos verbos e nomes que exigem a preposição “a”.
notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em
Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a
outros.
verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um

Língua Portuguesa 69
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APOSTILAS OPÇÃO

artigo ou pronome.22 Observe: 3) Na indicação de horas:


Vou a + a igreja. Acordei às sete horas da manhã.
Vou à igreja. Elas chegaram às dez horas.
Foram dormir à meia-noite.
No exemplo acima, temos a ocorrência da preposição “a”,
exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocorrência do artigo 4) Em locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas de
“a” que está determinando o substantivo feminino igreja. que participam palavras femininas. Por exemplo:
Quando ocorre esse encontro das duas vogais e elas se unem,
a união delas é indicada pelo acento grave. Observe outros à tarde às ocultas às pressas à medida que
exemplos:
Conheço a aluna. à noite às claras às escondidas à força
Refiro-me à aluna.
à vontade à beça à larga à escuta
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer
às avessas à revelia à exceção de à imitação de
algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não pode
ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo indireto à esquerda às turras às vezes à chave
(referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposição “a”.
Portanto, a crase é possível, desde que o termo seguinte seja à direita à procura à deriva à toa
feminino e admita o artigo feminino “a” ou um dos pronomes
já especificados. à luz à sombra de à frente de à proporção que

à semelhança de às ordens à beira de


Casos em que a crase NÃO ocorre

1) Diante de substantivos masculinos: Crase diante de Nomes de Lugar


Andamos a cavalo.
Fomos a pé. Alguns nomes de lugar não admitem a anteposição do
artigo “a”. Outros, entretanto, admitem o artigo de modo que
2) Diante de verbos no infinitivo: diante deles haverá crase, desde que o termo regente exija a
A criança começou a falar. preposição “a”. Para saber se um nome de lugar admite ou não
Ela não tem nada a dizer. a anteposição do artigo feminino “a”, deve-se substituir o
termo regente por um verbo que peça a preposição “de” ou
Obs.: como os verbos não admitem artigos, o “a” dos “em”. A ocorrência da contração “da” ou “na” prova que esse
exemplos acima é apenas preposição, logo não ocorrerá crase. nome de lugar aceita o artigo e, por isso, haverá crase. Por
exemplo:
3) Diante da maioria dos pronomes e das expressões de
tratamento, com exceção das formas senhora, senhorita e Vou à França. (Vim da[ de+a] França. Estou na[ em+a]
dona: França.)
Diga a ela que não estarei em casa amanhã. Cheguei à Grécia. (Vim da Grécia. Estou na Grécia.)
Entreguei a todos os documentos necessários. Retornarei à Itália. (Vim da Itália. Estou na Itália)
Ele fez referência a Vossa Excelência no discurso de ontem. Vou a Porto Alegre. (Vim de Porto Alegre. Estou em Porto
Alegre.)
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos pronomes
podem ser identificados pelo método: troque a palavra - Minha dica: use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou
feminina por uma masculina, caso na nova construção surgir a A volto DE, crase PRA QUÊ?”
forma ao, ocorrerá crase. Por exemplo: Ex.: Vou a Campinas. = Volto de Campinas.
Refiro-me à mesma pessoa. Vou à praia. = Volto da praia.
(Refiro-me ao mesmo indivíduo.)
Informei o ocorrido à senhora. - ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especificado,
(Informei o ocorrido ao senhor.) ocorrerá crase. Veja:
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo. Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo que,
(Peça ao próprio Cláudio para sair mais cedo.) pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”.

4) Diante de numerais cardinais: Crase diante dos Pronomes Demonstrativos (Aquele (s),
Chegou a duzentos o número de feridos Aquela (s), Aquilo)
Daqui a uma semana começa o campeonato. Haverá crase diante desses pronomes sempre que o termo
regente exigir a preposição “a”. Por exemplo:
Casos em que a crase SEMPRE ocorre
Refiro-me a + aquele atentado.
1) Diante de palavras femininas:
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega. Preposição Pronome
Sempre vamos à praia no verão.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores.
Refiro-me àquele atentado.
2) Diante da palavra “moda”, com o sentido de “à moda de” O termo regente do exemplo acima é o verbo transitivo
indireto referir (referir-se a algo ou alguém) e exige
(mesmo que a expressão moda de fique subentendida:
preposição, portanto, ocorre a crase.
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé.
Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
O menino resolveu vestir-se à (moda de) Fidel Castro.

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Língua Portuguesa 70
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APOSTILAS OPÇÃO

Observe este outro exemplo: Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante de
Aluguei aquela casa. pronomes possessivos femininos, então podemos escrever as
O verbo “alugar” é transitivo direto (alugar algo) e não frases abaixo das seguintes formas:
exige preposição. Logo, a crase não ocorre nesse caso. Cedi o lugar a minha avó; ou Cedi o lugar à minha avó.
Cedi o lugar a meu avô; ou Cedi o lugar ao meu avô.
Crase com os Pronomes Relativos (A Qual, As Quais)
A ocorrência da crase com os pronomes relativos a qual e 3) Depois da preposição até:
as quais depende do verbo. Se o verbo que rege esses Fui até a praia; ou Fui até à praia.
pronomes exigir a preposição a, haverá crase. Acompanhe-o até a porta; ou Acompanhe-o até à porta.
É possível detectar a ocorrência da crase nesses casos A palestra vai até as cinco horas da tarde; ou A palestra vai
utilizando a substituição do termo regido feminino por um até às cinco horas da tarde.
termo regido masculino. Por exemplo:
Questões
A igreja à qual me refiro fica no centro da cidade.
O monumento ao qual me refiro fica no centro da cidade 01. No Brasil, as discussões sobre drogas parecem limitar-
se ______aspectos jurídicos ou policiais. É como se suas únicas
Caso surja a forma ao com a troca do termo, ocorrerá a consequências estivessem em legalismos, tecnicalidades e
crase. Veja outros exemplos: estatísticas criminais. Raro ler ____respeito envolvendo
São normas às quais todos os alunos devem obedecer. questões de saúde pública como programas de esclarecimento
Esta foi a conclusão à qual ele chegou. e prevenção, de tratamento para dependentes e de
reintegração desses____ vida. Quantos de nós sabemos o nome
Crase com o Pronome Demonstrativo (a) de um médico ou clínica ____quem tentar encaminhar um
A ocorrência da crase com o pronome demonstrativo “a” drogado da nossa própria família?
(Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo, 2012)
também pode ser detectada através da substituição do termo
regente feminino por um termo regido masculino. Veja:
As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e
Minha revolta é ligada à do meu país.
respectivamente, com:
Meu luto é ligado ao do meu país.
(A) aos … à … a … a
As orações são semelhantes às de antes.
(B) aos … a … à … a
Os exemplos são semelhantes aos de antes.
(C) a … a … à … à
(D) à … à … à … à
Crase com a Palavra Distância
(E) a … a … a … a
- Se a palavra distância estiver especificada ou
determinada, a crase deve ocorrer. Por exemplo:
02. Leia o texto a seguir.
Sua casa fica à distância de 100 Km daqui. (A palavra está
Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, correu
determinada)
______ cartomante para consultá-la sobre a verdadeira causa do
Todos devem ficar à distância de 50 metros do palco. (A
procedimento de Camilo. Vimos que ______ cartomante restituiu-
palavra está especificada.)
lhe ______ confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter feito o
que fez.
- Se a palavra distância não estiver especificada, a crase (Machado de Assis. A cartomante. In: Várias histórias. Rio de Janeiro: Globo,
não pode ocorrer. Por exemplo: 1997,)
Os militares ficaram a distância.
Gostava de fotografar a distância. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na
Ensinou a distância. ordem dada:
(A) à – a – a
Observação: por motivo de clareza, para evitar (B) a – a – à
ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja: (C) à – a – à
Gostava de fotografar à distância. (D) à – à – a
Ensinou à distância. (E) a – à – à
Dizem que aquele médico cura à distância.
03 “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTATIVA já expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”.
(A) à - àqueles - a - há
1) Diante de nomes próprios femininos: é facultativo o uso (B) a - àqueles - a - há
da crase porque é facultativo o uso do artigo. Observe: (C) a - aqueles - à - a
Paula é muito bonita; ou A Paula é muito bonita. (D) à - àqueles - a - a
Laura é minha amiga; ou A Laura é minha amiga. (E) a - aqueles - à - há

Como podemos constatar, é facultativo o uso do artigo 04. Leia o texto a seguir.
feminino diante de nomes próprios femininos, então podemos
escrever as frases abaixo das seguintes formas: Comunicação
Entreguei o cartão a Paula; ou Entreguei o cartão à Paula.
Entreguei o cartão a Roberto; ou Entreguei o cartão ao O público ledor (existe mesmo!) é sensorial: quer ter um
Roberto. autor ao vivo, em carne e osso. Quando este morre, há uma
queda de popularidade em termos de venda. Ou, quando
2) Diante de pronome possessivo feminino: é facultativo o teatrólogo, em termos de espetáculo. Um exemplo: G. B. Shaw.
uso da crase porque é facultativo o uso do artigo. Observe: E, entre nós, o suave fantasma de Cecília Meireles recém está
Minha avó tem setenta anos; ou A minha avó tem setenta se materializando, tantos anos depois.
anos. Isto apenas vem provar que a leitura é um remédio para a
Minha irmã está esperando por você; ou A minha irmã está solidão em que vive cada um de nós neste formigueiro. Claro
esperando por você. que não me estou referindo a essa vulgar comunicação festiva

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APOSTILAS OPÇÃO

e efervescente. Pegou fogo no prédio. (um verbo, uma oração)


Porque o autor escreve, antes de tudo, para expressar-se. Quero que você aprenda. (dois verbos, duas orações)
Sua comunicação com o leitor decorre unicamente daí. Por Está pegando fogo no prédio. (uma locução verbal, uma
afinidades. É como, na vida, se faz um amigo. oração)
E o sonho do escritor, do poeta, é individualizar cada Deves estudar para poderes vencer na vida. (duas
formiga num formigueiro, cada ovelha num rebanho - para que locuções verbais, duas orações)
sejamos humanos e não uma infinidade de xerox infinitamente
reproduzidos uns dos outros. Há três tipos de período composto: por coordenação, por
Mas acontece que há também autores xerox, que nos subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo
invadem com aqueles seus best-sellers... tempo (também chamada de período misto).
Será tudo isto uma causa ou um efeito?
Tristes interrogações para se fazerem num mundo que já Período Composto por Coordenação – Orações
foi civilizado. Coordenadas

(Mário Quintana. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1. ed., Considere, por exemplo, este período composto:
2005.)
Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os
tempos de infância.
Claro que não me estou referindo a essa vulgar comunicação
1ª oração: Passeamos pela praia
festiva e efervescente.
2ª oração: brincamos
O vocábulo a deverá receber o sinal indicativo de crase se
3ª oração: recordamos os tempos de infância
o segmento grifado for substituído por:
As três orações que compõem esse período têm sentido
(A) leitura apressada e sem profundidade.
próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência
(B) cada um de nós neste formigueiro.
sintática: elas são independentes. Há entre elas, é claro, uma
(C) exemplo de obras publicadas recentemente.
relação de sentido, mas, como já dissemos, uma não depende
(D) uma comunicação festiva e virtual.
da outra sintaticamente.
(E) respeito de autores reconhecidos pelo público.
As orações independentes de um período são chamadas de
orações coordenadas (OC), e o período formado só de
05. O Instituto Nacional de Administração Prisional (INAP)
orações coordenadas é chamado de período composto por
também desenvolve atividades lúdicas de apoio______
coordenação.
ressocialização do indivíduo preso, com o objetivo de prepará-
lo para o retorno______ sociedade. Dessa forma, quando em
As orações coordenadas são classificadas em assindéticas
liberdade, ele estará capacitado______ ter uma profissão e uma
e sindéticas.
vida digna.
(www.metropolitana.com.br. 2012)
- As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quando
Assinale a alternativa que preenche, correta e não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo:
respectivamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma- Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram.
padrão da língua portuguesa. OCA OCA OCA
(A) à … à … à
(B) a … a … à “Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.” (Machado de
(C) a … à … à Assis)
(D) à … à ... a “A noite avança, há uma paz profunda na casa deserta.”
(E) a … à … a (Antônio Olavo Pereira)
“O ferro mata apenas; o ouro infama, avilta, desonra.”
Gabarito (Coelho Neto)
1.B / 2.A / 3.B / 4.A / 5.D
- As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando
vêm introduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo:
O homem saiu do carro / e entrou na casa.
3.8 Coordenação e OCA OCS
subordinação: emprego das
conjunções, das locuções As orações coordenadas sindéticas são classificadas de
acordo com o sentido expresso pelas conjunções
conjuntivas e dos pronomes coordenativas que as introduzem. E podem ser:
relativos.
- Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem, não
só... mas também, não só... mas ainda.
Período Saí da escola / e fui à lanchonete.
OCA OCS Aditiva
Toda frase com uma ou mais orações constitui um período,
que se encerra com ponto de exclamação, interrogação ou Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
reticências. conjunção que expressa ideia de acréscimo ou adição com
O período de uma oração pode ser: simples quando só traz referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção
uma oração, também conhecida como oração absoluta; ou coordenativa aditiva.
composto quando traz mais de uma oração. Exemplo:
Pegou fogo no prédio. (Período simples, oração absoluta.) O menino comprou pães e um leite.
Quero que você aprenda. (Período composto.) As crianças não gritavam e nem choravam.
Os celulares não somente instruem mas também
Existe uma maneira prática de saber quantas orações há divertem.
num período, e para isso basta contar os verbos ou locuções
verbais. Num período haverá tantas orações quantos forem os - Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas,
verbos ou as locuções verbais neles existentes. Exemplos: porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.

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APOSTILAS OPÇÃO

Estudei bastante / mas não passei no teste. (B) oposição


OCA OCS Adversativa (C) condição
(D) lugar
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma (E) consequência
conjunção que expressa ideia de oposição à oração anterior, ou
seja, por uma conjunção coordenativa adversativa. 04. Assinale a sequência de conjunções que estabelecem,
entre as orações de cada item, uma correta relação de sentido.
O aluno é estudioso, porém, suas notas são baixas. 1. Correu demais, ... caiu.
“É dura a vida, mas aceitam-na.” (Cecília Meireles) 2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz.
3. A matéria perece, ... a alma é imortal.
- Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto, 4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens com
por isso, pois, logo. detalhes.
5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde.
Ele me ajudou muito, / portanto merece minha gratidão.
OCA OCS Conclusiva (A) porque, todavia, portanto, logo, entretanto
(B) por isso, porque, mas, portanto, que
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma (C) logo, porém, pois, porque, mas
conjunção que expressa ideia de conclusão de um fato (D) porém, pois, logo, todavia, porque
enunciado na oração anterior, ou seja, por uma conjunção (E) entretanto, que, porque, pois, portanto
coordenativa conclusiva.
05. Reúna as três orações em um período composto por
Vives mentindo; logo, não mereces fé. coordenação, usando conjunções adequadas.
Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar.
Os dias já eram quentes.
- Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou... ou, A água do mar ainda estava fria.
ora... ora, seja... seja, quer... quer. As praias permaneciam desertas.

Seja mais educado / ou retire-se da reunião! Respostas


OCA OCS Alternativa
01. Ouviu-se o som da bateria e os primeiros foliões
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma surgiram.
conjunção que estabelece uma relação de alternância ou Não durma sem cobertor, pois a noite está fria.
escolha com referência à oração anterior, ou seja, por uma Quero desculpar-me, mas consigo encontrá-los.
conjunção coordenativa alternativa.
02. E\03. C\04. B
Cale-se agora ou nunca mais fale.
Ora colocava a luca, ora a retirava. 05. Os dias já eram quentes, mas a água do mar ainda
estava fria, por isso as praias permaneciam desertas.
- Orações coordenadas sindéticas explicativas: que,
porque, pois, porquanto. Período Composto por Subordinação
Vamos andar depressa / que estamos atrasados. Observe os termos destacados em cada uma destas
OCA OCS Explicativa orações:
Observe que a 2ª oração é introduzida por uma conjunção Vi uma cena triste. (adjunto adnominal)
que expressa ideia de explicação, de justificativa em relação à Todos querem sua participação. (objeto direto)
oração anterior, ou seja, por uma conjunção coordenativa Não pude sair por causa da chuva. (adjunto adverbial de
explicativa. causa)

Não comprei o carro, porque estava muito caro. Veja, agora, como podemos transformar esses termos em
Cumprimente-a, pois hoje é o seu aniversário. orações com a mesma função sintática:
Vi uma cena / que me entristeceu. (oração subordinada
Questões com função de adjunto adnominal)
Todos querem / que você participe. (oração subordinada
01. Relacione as orações coordenadas por meio de com função de objeto direto)
conjunções: Não pude sair / porque estava chovendo. (oração
(A) Ouviu-se o som da bateria. Os primeiros foliões subordinada com função de adjunto adverbial de causa)
surgiram.
(B) Não durma sem cobertor. A noite está fria. Em todos esses períodos, a segunda oração exerce uma
(C) Quero desculpar-me. Não consigo encontrá-los. certa função sintática em relação à primeira, sendo, portanto,
subordinada a ela. Quando um período é constituído de pelo
02. Em: “... ouviam-se amplos bocejos, fortes como o menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a
marulhar das ondas...” a partícula como expressa uma ideia de: subordinada) depende sintaticamente da outra (principal), ele
(A) causa é classificado como período composto por subordinação.
(B) explicação As orações subordinadas são classificadas de acordo com a
(C) conclusão função que exercem: adverbiais, substantivas e adjetivas.
(D) proporção
(E) comparação Orações Subordinadas Adverbiais (OSA)
São aquelas que exercem a função de adjunto adverbial da
03. “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, oração oração principal (OP). São classificadas de acordo com a
sublinhada pode indicar uma ideia de: conjunção subordinativa que as introduz:
(A) concessão

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APOSTILAS OPÇÃO

- Causais: expressam a causa do fato enunciado na oração Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar.
principal. Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que, OP OSA Final
visto que.
Não fui à escola / porque fiquei doente. “O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos.”
OP OSA Causal (Marquês de Maricá)
Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor.
O tambor soa porque é oco. “Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) (que =
Como não me atendessem, repreendi-os severamente. para que)
Como ele estava armado, ninguém ousou reagir. “Instara muito comigo não deixasse de frequentar as
“Faltou à reunião, visto que esteve doente.” (Arlindo de recepções da mulher.” (Machado de Assis) (não deixasse =
Sousa) para que não deixasse)

- Condicionais: expressam hipóteses ou condição para a - Consecutivas: expressam a consequência do que foi
ocorrência do que foi enunciado na principal. Conjunções: se, enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, como
contanto que, a menos que, a não ser que, desde que. (= porque), pois que, visto que.
Irei à sua casa / se não chover. A chuva foi tão forte / que inundou a cidade.
OP OSA Condicional OP OSA Consecutiva

Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos.
ofensores. “A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos.”
Se o conhecesses, não o condenarias. (José J. Veiga)
“Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drummond De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais.
de Andrade) As notícias de casa eram boas, de maneira que pude
A cápsula do satélite será recuperada, caso a experiência prolongar minha viagem.
tenha êxito.
- Comparativas: expressam ideia de comparação com
- Concessivas: expressam ideia ou fato contrário ao da referência à oração principal. Conjunções: como, assim como,
oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização. tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que (combinado
Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por mais com menos ou mais).
que, mesmo que. Ela é bonita / como a mãe.
Ela saiu à noite / embora estivesse doente. OP OSA Comparativa
OP OSA Concessiva
Admirava-o muito, embora (ou conquanto ou posto que A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o
ou se bem que) não o conhecesse pessoalmente. ferro.” (Marquês de Maricá)
Embora não possuísse informações seguras, ainda Ela o atraía irresistivelmente, como o imã atrai o ferro.
assim arriscou uma opinião. Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vieram.
Cumpriremos nosso dever, ainda que (ou mesmo Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu à
quando ou ainda quando ou mesmo que) todos nos luz daquele olhar.
critiquem.
Por mais que gritasse, não me ouviram. Obs.: As orações comparativas nem sempre apresentam
claramente o verbo, como no exemplo acima, em que está
- Conformativas: expressam a conformidade de um fato subentendido o verbo ser (como a mãe é).
com outro. Conjunções: conforme, como (=conforme), segundo.
O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado. - Proporcionais: expressam uma ideia que se relaciona
OP OSA Conformativa proporcionalmente ao que foi enunciado na principal.
Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que,
O homem age conforme pensa. quanto mais, quanto menos.
Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi. Quanto mais reclamava / menos atenção recebia.
Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas. OSA Proporcional OP
O jornal, como sabemos, é um grande veículo de
informação. À medida que se vive, mais se aprende.
À proporção que avançávamos, as casas iam rareando.
- Temporais: acrescentam uma circunstância de tempo ao O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai
que foi expresso na oração principal. Conjunções: quando, diminuindo.
assim que, logo que, enquanto, sempre que, depois que, mal
(=assim que). Orações Subordinadas Substantivas
Ele saiu da sala / assim que eu cheguei. As orações subordinadas substantivas (OSS) são
OP OSA Temporal aquelas que, num período, exercem funções sintáticas
próprias de substantivos, geralmente são introduzidas pelas
Formiga, quando quer se perder, cria asas. conjunções integrantes que e se. Elas podem ser:
“Lá pelas sete da noite, quando escurecia, as casas se
esvaziam.” (Carlos Povina Cavalcânti) - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: é
“Quando os tiranos caem, os povos se levantam.” aquela que exerce a função de objeto direto do verbo da oração
(Marquês de Maricá) principal. Observe: O grupo quer a sua ajuda. (objeto direto)
Enquanto foi rico, todos o procuravam. O grupo quer / que você ajude.
OP OSS Objetiva Direta
- Finais: expressam a finalidade ou o objetivo do que foi
enunciado na oração principal. Conjunções: para que, a fim de O mestre exigia que todos estivessem presentes. (= O
que, porque (=para que), que. mestre exigia a presença de todos.)
Mariana esperou que o marido voltasse.

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APOSTILAS OPÇÃO

Ninguém pode dizer: Desta água não beberei. do país.


O fiscal verificou se tudo estava em ordem. OP OSS Apositiva

- Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: é Só desejo uma coisa: que vivam felizes. (Só desejo uma
aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo da coisa: a sua felicidade)
oração principal. Observe: Necessito de sua ajuda. (objeto Só lhe peço isto: honre o nosso nome.
indireto) “Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio disto:
Necessito / de que você me ajude. de que virias a morrer...” (Osmã Lins)
OP OSS Objetiva Indireta “Mas diga-me uma cousa, essa proposta traz algum
motivo oculto?” (Machado de Assis)
Não me oponho a que você viaje. (= Não me oponho à sua As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de
viagem.) dois-pontos. Podem vir, também, entre vírgulas, intercaladas à
Aconselha-o a que trabalhe mais. oração principal. Exemplo: Seu desejo, que o filho
Daremos o prêmio a quem o merecer. recuperasse a saúde, tornou-se realidade.
Lembre-se de que a vida é breve.
Observação: Além das conjunções integrantes que e se, as
- Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: é aquela orações substantivas podem ser introduzidas por outros
que exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. conectivos, tais como quando, como, quanto, etc. Exemplos:
Observe :É importante sua colaboração. (sujeito) Não sei quando ele chegou.
É importante / que você colabore. Diga-me como resolver esse problema.
OP OSS Subjetiva
Orações Subordinadas Adjetivas
A oração subjetiva geralmente vem: As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem a
- Depois de um verbo de ligação + predicativo, em função de adjunto adnominal de algum termo da oração
construções do tipo é bom ,é útil ,é certo ,é conveniente, etc. principal. Observe como podemos transformar um adjunto
Ex.: É certo que ele voltará amanhã. adnominal em oração subordinada adjetiva:
- Depois de expressões na voz passiva, como sabe-se, conta- Desejamos uma paz duradoura. (adjunto adnominal)
se, diz-se, etc. Ex.: Sabe-se que ele saiu da cidade. Desejamos uma paz / que dure. (oração subordinada
- Depois de verbos como convir, cumprir, constar, urgir, adjetiva)
ocorrer, quando empregados na 3ª pessoa do singular e
seguidos das conjunções que ou se. Ex.: Convém que todos As orações subordinadas adjetivas são sempre
participem da reunião. introduzidas por um pronome relativo (que , qual, cujo, quem,
É necessário que você colabore. (= Sua colaboração é etc.) e podem ser classificadas em:
necessária.)
Parece que a situação melhorou. - Subordinadas Adjetivas Restritivas: são restritivas
Aconteceu que não o encontrei em casa. quando restringem ou especificam o sentido da palavra a que
Importa que saibas isso bem. se referem. Exemplo:
O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar.
- Oração Subordinada Substantiva Completiva OP OSA Restritiva
Nominal: É aquela que exerce a função de complemento
nominal de um termo da oração principal. Observe: Estou Nesse exemplo, a oração que ganhou o 1º lugar especifica
convencido de sua inocência. (complemento nominal) o sentido do substantivo cantor, indicando que o público não
Estou convencido / de que ele é inocente. aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que ganhou o 1º
OP OSS Completiva Nominal lugar. Exemplo:

Sou favorável a que o prendam. (= Sou favorável à prisão Pedra que rola não cria limo.
dele.) Os animais que se alimentam de carne chamam-se
Estava ansioso por que voltasses. carnívoros.
Sê grato a quem te ensina. Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas páginas
“Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão escreveram.
cedo.” (Graciliano Ramos) “Há saudades que a gente nunca esquece.” (Olegário
Mariano)
- Oração Subordinada Substantiva Predicativa: é
aquela que exerce a função de predicativo do sujeito da oração - Subordinadas Adjetivas Explicativas: são explicativas
principal, vindo sempre depois do verbo ser. Observe: O quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se
importante é sua felicidade. (predicativo) referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido, mas sem
O importante é / que você seja feliz. restringi-lo ou especificá-lo. Exemplo:
OP OSS Predicativa O escritor Jorge Amado, / que mora na Bahia, / lançou um
Seu receio era que chovesse. (Seu receio era a chuva.) novo livro.
Minha esperança era que ele desistisse. OP OSA Explicativa OP
Meu maior desejo agora é que me deixem em paz.
Não sou quem você pensa. Deus, que é nosso pai, nos salvará.
Valério, que nasceu rico, acabou na miséria.
- Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela Ele tem amor às plantas, que cultiva com carinho.
que exerce a função de aposto de um termo da oração Alguém, que passe por ali à noite, poderá ser assaltado.
principal. Observe: Ele tinha um sonho a união de todos em Observação: As explicativas são isoladas por pausas, que
benefício do país. (aposto) na escrita se indicam por vírgulas.23
Ele tinha um sonho / que todos se unissem em benefício

23 CEGALLA, Paschoal. Minigramática Língua Portuguesa. Nacional. 2004.

Língua Portuguesa 75
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APOSTILAS OPÇÃO

Orações Reduzidas imperativa, o que não acontece com a oração adverbial causal.
Observe que as orações subordinadas eram sempre Essa noção de causa e efeito não existe no período
introduzidas por uma conjunção ou pronome relativo e composto por coordenação. Exemplo:
apresentavam o verbo na forma do indicativo ou do Rosa chorou porque levou uma surra. Está claro que a
subjuntivo. Além desse tipo de orações subordinadas há oração iniciada pela conjunção é causal, visto que a surra foi
outras que se apresentam com o verbo numa das formas sem dúvida a causa do choro, que é efeito.
nominais (infinitivo, gerúndio e particípio). Exemplos: Rosa chorou, porque seus olhos estão vermelhos. O
período agora é composto por coordenação, pois a oração
Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês. iniciada pela conjunção traz a explicação daquilo que se
(infinitivo) revelou na coordena anterior. Não existe aí relação de causa e
Precisando de ajuda, telefone-me. (gerúndio) efeito: o fato de os olhos de Elisa estarem vermelhos não é
Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário. causa de ela ter chorado.
(particípio)
Ela fala / como falaria / se entendesse do assunto.
As orações subordinadas que apresentam o verbo numa OP OSA Comparativa OSA Condicional
das formas nominais são chamadas de reduzidas.
Para classificar a oração que está sob a forma reduzida, Questões
devemos procurar desenvolvê-la do seguinte modo:
colocamos a conjunção ou o pronome relativo adequado ao 01. Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de que
sentido e passamos o verbo para uma forma do indicativo ou estava para ser mãe”, a oração destacada é:
subjuntivo, conforme o caso. A oração reduzida terá a mesma (A) subordinada substantiva objetiva indireta
classificação da oração desenvolvida. (B) subordinada substantiva completiva nominal
(C) subordinada substantiva predicativa
Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês. (D) coordenada sindética conclusiva
Quando entrei na escola, / encontrei o professor de (E) coordenada sindética explicativa
inglês.
OSA Temporal 02. “Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude inventada. Há
Ao entrar na escola: oração subordinada adverbial reconstituição de uma cena como ela devia ter sido na
temporal, reduzida de infinitivo. realidade.” A oração sublinhada é:
(A) adverbial conformativa
Precisando de ajuda, telefone-me. (B) adjetiva
Se precisar de ajuda, / telefone-me. (C) adverbial consecutiva
OSA Condicional (D) adverbial proporcional
Precisando de ajuda: oração subordinada adverbial (E) adverbial causal
condicional, reduzida de gerúndio.
03. “Esses produtos podem ser encontrados nos
Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário. supermercados com rótulos como ‘sênior’ e com
Assim que acabou o treino, / os jogadores foram para o características adaptadas às dificuldades para mastigar e para
vestiário. engolir dos mais velhos, e preparados para se encaixar em seus
OSA Temporal hábitos de consumo”. O segmento “para se encaixar” pode ter
Acabado o treino: oração subordinada adverbial temporal, sua forma verbal reduzida adequadamente desenvolvida em
reduzida de particípio. (A) para se encaixarem.
(B) para seu encaixotamento.
Observações: (C) para que se encaixassem.
- Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo de (D) para que se encaixem.
desenvolvimento. Há casos também de orações reduzidas (E) para que se encaixariam.
fixas, isto é, orações reduzidas que não são passíveis de
desenvolvimento. Exemplo: Tenho vontade de visitar essa 04. A palavra “se” é conjunção integrante (por introduzir
cidade. oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual das
- O infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem orações seguintes?
orações reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal. (A) Ele se mordia de ciúmes pelo patrão.
Exemplos: (B) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo.
Preciso terminar este exercício. (C) O aluno fez-se passar por doutor.
Ele está jantando na sala. (D) Precisa-se de operários.
Essa casa foi construída por meu pai. (E) Não sei se o vinho está bom.
- Uma oração coordenada também pode vir sob a forma
reduzida. Exemplo: 05. “Lembro-me de que ele só usava camisas brancas.” A
O homem fechou a porta, saindo depressa de casa. oração sublinhada é:
O homem fechou a porta e saiu depressa de casa. (oração (A) subordinada substantiva completiva nominal
coordenada sindética aditiva) (B) subordinada substantiva objetiva indireta
Saindo depressa de casa: oração coordenada reduzida de (C) subordinada substantiva predicativa
gerúndio. (D) subordinada substantiva subjetiva
Qual é a diferença entre as orações coordenadas (E) subordinada substantiva objetiva direta
explicativas e as orações subordinadas causais, já que ambas
podem ser iniciadas por que e porquê? Às vezes não é fácil Respostas
estabelecer a diferença entre explicativas e causais, mas como 01.B \ 02.A \ 03.D \ 04.E \ 05.B
o próprio nome indica, as causais sempre trazem a causa de
algo que se revela na oração principal, que traz o efeito.
Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) entre a
oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas vezes,

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APOSTILAS OPÇÃO

Ponto de Interrogação
3.9 Pontuação. Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
“Então? Que é isso? Desertaram ambos?”
(Artur Azevedo)

PONTUAÇÃO Reticências
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem 1) Indica que palavras foram suprimidas.
para compor a coesão e a coerência textual além de ressaltar Ex.: Comprei lápis, canetas, cadernos...
especificidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as
principais funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo 2) Indica interrupção violenta da frase.
uso da língua portuguesa.24 Ex.: Não... quero dizer... é verdade... Ah!

Ponto 3) Indica interrupções de hesitação ou dúvida


Ex.: Este mal... pega doutor?
1) Indica o término do discurso ou de parte dele.
Ex.: Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em 4) Indica que o sentido vai além do que foi dito
que se encontra. / Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga Ex.: Deixa, depois, o coração falar...
e leite.
Vírgula
2) Usa-se nas abreviações.
Ex.: V.Exª (Vossa Exelencia) , Sr. (Senhor), S.A (Sociedade Não se usa Vírgula
Anonima). Separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-
se diretamente entre si:
Ponto e Vírgula
1) Entre sujeito e predicado.
1) Separa várias partes do discurso, que têm a mesma
importância. Todos os alunos da sala foram advertidos.
Ex.: “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo sujeito predicado
pão a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida;
os de nenhum espírito dão pelo pão a alma...” 2) Entre o verbo e seus objetos.
(Vieira) O trabalho custou sacrifício aos realizadores.
2) Separa partes de frases que já estão separadas por V.T.D.I .O.D .O.I.
vírgulas.
Ex.: Alguns quiseram verão, praia e calor; outros 3) Entre nome e complemento nominal; entre nome e
montanhas, frio e cobertor. adjunto adnominal.
A surpreendente reação do governo contra os sonegadores
3) Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, despertou reações entre os empresários.
decreto de lei, etc. Ex.: adj. adnominal nome adj. adn. Compl. nominal
- Ir ao supermercado;
- Pegar as crianças na escola; Usa-se a Vírgula
- Caminhada na praia; 1) Para marcar intercalação:
- Reunião com amigos. a) Do adjunto adverbial: O café, em razão da sua
abundância, vem caindo de preço.
Dois Pontos b) Da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão
produzindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
1) Antes de uma citação. c) Das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias
Ex.: Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto:... não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem
abrir mão dos lucros altos.
2) Antes de um aposto.
Ex.: Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à 2) Para marcar inversão:
tarde e calor à noite. a) Do adjunto adverbial (colocado no início da oração):
Depois das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.
3) Antes de uma explicação ou esclarecimento. b) Dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
Ex.: Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
vivendo a rotina de sempre. c) Do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio
de 1982.
4) Em frases de estilo direto. Ex.:
Maria perguntou:
3) Para separar entre si elementos coordenados (dispostos
- Por que você não toma uma decisão?
em enumeração): Era um garoto de 15 anos, alto, magro. / A
Ponto de Exclamação ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.

1) Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, 4) Para marcar elipse (omissão) do verbo: Nós queremos
súplica, etc. comer pizza; e vocês, churrasco.
Ex.: - Sim! Claro que eu quero me casar com você!
5) Para isolar:
2) Depois de interjeições ou vocativos. a) O aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasileira,
Ex.: - João! Há quanto tempo! possui um trânsito caótico.
b) O vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.

24 http://tudodeconcursosevestibulares.blogspot.com/2013/04/pontuacao-

resumo-com-questoes.html

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APOSTILAS OPÇÃO

Questões avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um


exemplo!, do que em outros.
01. Assinale a alternativa em que a pontuação está (C) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam
corretamente empregada, de acordo com a norma-padrão da rapidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o
língua portuguesa. avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, exemplo, do que em outros.
embora, experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, (D) Não há dúvida de que as mulheres ampliam
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo rapidamente seu espaço na carreira científica, ainda que o
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. avanço seja mais notável em alguns países - o Brasil é um
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, exemplo - do que em outros.
embora experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, (E) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente,
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, outros.
embora experimentasse a sensação de violar uma intimidade,
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo 05. Assinale a alternativa em que a frase mantém-se
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. correta após o acréscimo das vírgulas.
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, (A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na
embora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, pulseira instruções para que envie, uma mensagem eletrônica
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo ao grupo ou acione o código na internet.
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. (B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de onde o
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, código foi acionado.
embora, experimentasse a sensação de violar uma intimidade, (C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados,
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo recebem automaticamente, uma mensagem dizendo que a
que pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. criança foi encontrada.
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega
02. Assinale a opção em que está corretamente indicada a primeiro às, areias do Guarujá.
ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as (E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o telefone
lacunas da frase abaixo: de quem a encontrou e informar um ponto de referência
“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas
devem ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o Respostas
trabalho oferece ___ a outra é o valor prático que possa ter. 1.C / 2.C / 3.B / 4.D / 5.E
(A) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
(B) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula;
(C) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
(D) pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula;
(E) ponto e vírgula, vírgula, vírgula. Anotações
03. Os sinais de pontuação estão empregados
corretamente em:
(A) Duas explicações, do treinamento para consultores
iniciantes receberam destaque, o conceito de PPD e a
construção de tabelas Price; mas por outro lado, faltou falar
das metas de vendas associadas aos dois temas.
(B) Duas explicações do treinamento para consultores
iniciantes receberam destaque: o conceito de PPD e a
construção de tabelas Price; mas, por outro lado, faltou falar
das metas de vendas associadas aos dois temas.
(C) Duas explicações do treinamento para consultores
iniciantes receberam destaque; o conceito de PPD e a
construção de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar
das metas de vendas associadas aos dois temas.
(D) Duas explicações do treinamento para consultores
iniciantes, receberam destaque: o conceito de PPD e a
construção de tabelas Price, mas, por outro lado, faltou falar
das metas de vendas associadas aos dois temas.
(E) Duas explicações, do treinamento para consultores
iniciantes, receberam destaque; o conceito de PPD e a
construção de tabelas Price, mas por outro lado, faltou falar
das metas, de vendas associadas aos dois temas.

04. Assinale a alternativa em que o período, adaptado da


revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto quanto
à regência nominal e à pontuação.
(A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente,
seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais
notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em
outros.
(B) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam
rapidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o

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MATEMÁTICA

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APOSTILAS OPÇÃO

O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos


números naturais ímpares. I = {1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...}

Operações com Números Naturais


As quatro principais operações no conjunto dos números
naturais são: a adição, multiplicação, subtração e divisão.

- Adição de Números Naturais: tem por finalidade reunir


1. Conjuntos Numéricos: em um só número, todas as unidades de dois ou mais números.
Números naturais, inteiros, Exemplo:
5 + 4 = 9, onde 5 e 4 são as parcelas e 9 soma ou total
racionais, irracionais e reais:
Operações fundamentais - Subtração de Números Naturais: é usada quando
(adição, subtração, precisamos tirar uma quantia de outra, é a operação inversa
da adição. A operação de subtração só é válida nos naturais
multiplicação, divisão, quando subtraímos o maior número do menor, ou seja quando
potenciação e radiciação) a - b tal que a ≥ 𝑏. Exemplo:
propriedades das operações, 254 – 193 = 61, onde 254 é o minuendo, o 193
subtraendo e 61 a diferença.
múltiplos e divisores,
números primos, mínimo Obs.: o minuendo também é conhecido como aditivo e o
múltiplo comum, máximo subtraendo como subtrativo.

divisor comum. - Multiplicação de Números Naturais: tem por


finalidade adicionar o primeiro número denominado
multiplicando ou parcela, tantas vezes quantas são as
CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS - N unidades do segundo número denominadas multiplicador.
Exemplo:
O surgimento do Conjunto dos Números Naturais, deveu- 2 x 5 = 10, onde 2 e 5 são os fatores e o 10 produto.
se à necessidade de se contarem objetos. Embora o zero não
seja um número natural no sentido que tenha sido proveniente Fique Atento!!!
de objetos de contagens naturais, iremos considerá-lo como 2 vezes 5 é somar o número 2 cinco vezes:
um número natural uma vez que ele tem as mesmas 2 x 5 = 2 + 2 + 2 + 2 + 2 = 10.
propriedades algébricas que estes números. Podemos no lugar do “x” (vezes) utilizar o ponto (.), para
indicar a multiplicação.

- Divisão de Números Naturais: dados dois números


Subconjuntos notáveis em N: naturais, às vezes necessitamos saber quantas vezes o segundo
1 – Números Naturais não nulos está contido no primeiro. O primeiro número que é o maior é
N* ={1,2,3,4,...,n,...}; N* = N-{0} denominado dividendo (D) e o outro número que é menor é o
divisor (d). O resultado da divisão é chamado quociente (Q). Se
2 – Números Naturais pares multiplicarmos o divisor pelo quociente obteremos o
Np = {0,2,4,6,...,2n,...}; com n ∈ N dividendo. Muitas divisões não são exatas, logo temos um resto
(R) maior que zero.
3 - Números Naturais ímpares
Ni = {1,3,5,7,...,2n+1,...} com n ∈ N

4 - Números primos
P = {2,3,5,7,11,13...} Fique Atento!!!
- Em uma divisão exata de números naturais, o divisor
A construção dos Números Naturais deve ser menor do que o dividendo.
- Todo número natural dado tem um sucessor (número que 35 : 7 = 5
vem depois do número dado), considerando também o zero. - Em uma divisão exata de números naturais, o
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um dividendo é o produto do divisor pelo quociente.
antecessor (número que vem antes do número dado). 35 = 5 x 7
Exemplo:
- A divisão de um número natural n por zero não é
possível pois, se admitíssemos que o quociente fosse q,
então poderíamos escrever: n ÷ 0 = q e isto significaria que:
n = 0 x q = 0 o que não é correto! Assim, a divisão de n por
0 não tem sentido ou ainda é dita impossível.

- Se um número natural é sucessor de outro, então os dois Propriedades da Adição e da Multiplicação dos
números juntos são chamados números consecutivos. números Naturais
Exemplos: Para todo a, b e c ∈ 𝑁
a) 1 e 2 são números consecutivos. 1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
b) 7 e 8 são números consecutivos. 2) Comutativa da adição: a + b = b + a
3) Elemento neutro da adição: a + 0 = a
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos 4) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a. (b.c)
números naturais pares. P = {0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, ...}

Matemática 1
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APOSTILAS OPÇÃO

5) Comutativa da multiplicação: a.b = b.a D = 11 . 11 + R ⇾ D = 121 + 10 = 131


6) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a Também podemos montar a equação através do
7) Distributiva da multiplicação relativamente à adição: enunciado:
a.(b +c ) = ab + ac D = d. Q +R
8) Distributiva da multiplicação relativamente à d=Q
subtração: a .(b –c) = ab –ac R = 10
9) Fechamento: tanto a adição como a multiplicação de um D = d. d + 10 ⇾ D = d² + 10 ⇾ D – 10 = x². Observando as
número natural por outro número natural, continuam como respostas, temos que o resultado que torna a equação possível
resultado um número natural. é 131. 131 – 10 = x² ⇾ 121 = x² ⇾ x = 11

Referências 03. Resposta: A.


IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 01 – Conjuntos e
Sabemos que:
Funções - Todo número par é terminado em um dos seguintes (0,
2, 4,6,8).
Questões - Todo número ímpar é terminado em um dos
seguintes (1, 3, 5, ,9).
01. (UFSBA – Técnico em Tecnologia da Informação – Portanto: O número que NÃO é PAR acima é 123
UFMT/2017) O esquema abaixo representa a subtração de
dois números inteiros, na qual alguns algarismos foram CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS – Z
substituídos pelas letras A, B, H e I.
Definimos o conjunto dos números inteiros como a reunião
do conjunto dos números naturais N = {0, 1, 2, 3, 4,..., n,...}, o
conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este
conjunto é denotado pela letra Z (Zahlen = número em
Obtido o resultado correto, a sequência BAHIA representa alemão).
o número:
(A) 69579
(B) 96756
(C) 75695
(D) 57697

02. (Câmara de Sumaré/SP – Escriturário –


VUNESP/2017) Se, numa divisão, o divisor e o quociente são N ᑕ Z – O conjunto dos números Naturais está contido no
iguais, e o resto é 10, sendo esse resto o maior possível, então Conjunto do Números Inteiros.
o dividendo é
(A) 131. Subconjuntos notáveis:
(B) 121. - O conjunto dos números inteiros não nulos:
(C) 120. Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4, ...};
(D) 110. Z* = Z – {0}
(E) 101.
- O conjunto dos números inteiros não negativos:
03. (Prefeitura de Canavieira/PI- Auxiliar de serviços Z+ = {0, 1, 2, 3, 4, ...}
gerais -IMA) São números pares, EXCETO: Z+ é o próprio conjunto dos números naturais: Z+ = N
(A)123
(B)106 - O conjunto dos números inteiros positivos:
(C)782 Z*+ = {1, 2, 3, 4, ...}
(D)988
- O conjunto dos números inteiros não positivos:
Comentários Z_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
01. Resposta: D. - O conjunto dos números inteiros negativos:
Sabemos que o minuendo é maior que o subtraendo, pois Z*_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1}
temos como resultado um número natural positivo.
Fazendo cada número temos: Módulo
8–2=H⇾H=6 O módulo de um número inteiro é a distância ou
A -4=3⇾A=3+4⇾A=7 afastamento desse número até o zero, na reta numérica inteira.
3–1=2 Representa-se o módulo por | |.
B – A = 8, como já sabemos que A = 7; B – 7 = 8 ⇾ B = 8 – 7 O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0
= 15, sabemos que só podemos ter número de 0 a 9, logo 15 – O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7
10 = 5, então B = 5. Aqui neste caso o número 5 não tem como O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9
subtrair de 7, e pede 1 “emprestado” ao do lado. O módulo de qualquer número inteiro, diferente de zero, é
Sabemos que o I deve ser acrescido de 1, já que sempre positivo.
“emprestou” um para o lado. I – 4 = 4 ⇾ logo I = 4 + 4 = 8 ,
acrescido de 1 = 9 Números opostos ou simétricos
B A H I A Dois números inteiros são ditos opostos um do outro
5 7 6 9 7 quando apresentam soma zero; assim, os pontos que os
representam distam igualmente da origem.
02. Resposta: A. Exemplo: O oposto do número 4 é -4, e o oposto de -4 é 4,
Como o resto é o maior possível e sabemos que R < d, temos pois 4 + (-4) = (-4) + 4 = 0
que: 10 < d. Logo podemos sugerir que d seja igual a 11. Particularmente o oposto de zero é o próprio zero.

Matemática 2
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APOSTILAS OPÇÃO

Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos: (–2)


+ (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60

Divisão de Números Inteiros: divisão exata de números


inteiros.
Veja o cálculo:
(– 20): (+ 5) = q  (+ 5) . q = (– 20)  q = (– 4)
Operações com Números Inteiros Logo: (– 20): (+ 5) = - 4

Adição de Números Inteiros: para melhor entendimento Considerando os exemplos dados, concluímos que, para
desta operação, associaremos aos números inteiros positivos efetuar a divisão exata de um número inteiro por outro
a ideia de ganhar e aos números inteiros negativos a ideia de número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do
perder. dividendo pelo módulo do divisor.
Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+ 5) + (+ 3) = (+8)
Perder 3 + perder 4 = perder 7 (- 3) + (- 4) = (- 7) Fique Atento!!!
Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+ 8) + (- 5) = (+ 3) * (+7): (–2) ou (–19): (–5) são divisões que não podem
O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado, ser realizadas em Z, pois o resultado não é um número
mas o sinal (–) antes do número negativo NUNCA pode ser inteiro.
dispensado. * No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é
associativa e não tem a propriedade da existência do
Subtração de Números Inteiros: a subtração é elemento neutro.
empregada quando: * Não existe divisão por zero.
- Precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade; * Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto uma de zero, é zero, pois o produto de qualquer número inteiro
delas tem a mais que a outra; por zero é igual a zero.
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto falta a Exemplo: a) 0: (–10) = 0 b) 0: (+6) = 0 c) 0: (–1) = 0
uma delas para atingir a outra.
Regra de Sinais aplicado a Multiplicação e Divisão
A subtração é a operação inversa da adição.
Observe que em uma subtração o sinal do resultado é
sempre do maior número!!!
3+5=8
3 – 5 = -2

Exemplificando: Potenciação de Números Inteiros: a potência an do


1) Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião passou número inteiro a, é definida como um produto de n fatores
de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação da temperatura? iguais. O número a é denominado a base e o número n é o
Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) – expoente. an = a x a x a x a x ... x a, a é multiplicado por a n vezes
(+3) = +3

2) Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, durante o


dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura baixou de 3 graus.
Qual a temperatura registrada na noite de terça-feira?
Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) + (–3) =
Exemplos:
+3
33 = (3) x (3) x (3) = 27
Se compararmos as duas igualdades, verificamos que (+6)
(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125
– (+3) é o mesmo que (+6) + (–3).
(-7)² = (-7) x (-7) = 49
Temos:
(+9)² = (+9) x (+9) = 81
(+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3
(+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3
Fique Atento!!!
(–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3
- Toda potência de base positiva é um número inteiro
positivo. Exemplo: (+3)2 = (+3). (+3) = +9
ATENÇÃO: Subtrair dois números inteiros é o mesmo que
adicionar o primeiro com o oposto do segundo.
- Toda potência de base negativa e expoente par é um
número inteiro positivo. Exemplo: (– 8)2 = (–8). (–8) = +64
Fique Atento!!!
Todos parênteses, colchetes, chaves, números, entre
- Toda potência de base negativa e expoente ímpar é
outros, precedidos de sinal negativo, tem o seu sinal
um número inteiro negativo. Exemplo: (–5)3 = (–5). (–5) .
invertido, ou seja, é dado o seu oposto.
(–5) = –125
Multiplicação de Números Inteiros: a multiplicação
Propriedades da Potenciação
funciona como uma forma simplificada de uma adição quando
1) Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-
os números são repetidos. Poderíamos analisar tal situação
se a base e somam-se os expoentes. Ex.: (–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6
como o fato de estarmos ganhando repetidamente alguma
= (–7)9
quantidade, como por exemplo, ganhar 1 objeto por 30 vezes
consecutivas, significa ganhar 30 objetos e esta repetição pode
2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-
ser indicada por um x, isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
se a base e subtraem-se os expoentes. Ex.: (-13)8 : (-13)6 = (-
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 + 2
13)8 – 6 = (-13)2
+ 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60

Matemática 3
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APOSTILAS OPÇÃO

3) Potência de Potência: Conserva-se a base e 10) Elemento inverso da multiplicação: Para todo inteiro z
multiplicam-se os expoentes. Ex.: [(-8)5]2 = (-8)5 . 2 = (-8)10 diferente de zero, existe um inverso
z –1 = 1/z em Z, tal que, z x z–1 = z x (1/z) = 1
4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base. Ex.: (- 11) Fechamento: tanto a adição como a multiplicação de
8)1 = -8 e (+70)1 = +70 um número natural por outro número natural, continua como
resultado um número natural.
5) Potência de expoente zero e base diferente de zero:
É igual a 1. Ex.: (+3)0 = 1 e (–53)0 = 1 Referências
IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 01 – Conjuntos e
Radiciação de Números Inteiros: a raiz n-ésima (de Funções
ordem n) de um número inteiro a é a operação que resulta em
outro número inteiro não negativo b que elevado à potência n Questões
fornece o número a. O número n é o índice da raiz enquanto
que o número a é o radicando (que fica sob o sinal do radical). 01. (Fundação Casa – Analista Administrativo –
VUNESP) Para zelar pelos jovens internados e orientá-los a
respeito do uso adequado dos materiais em geral e dos
recursos utilizados em atividades educativas, bem como da
preservação predial, realizou-se uma dinâmica elencando
“atitudes positivas” e “atitudes negativas”, no entendimento
dos elementos do grupo. Solicitou-se que cada um classificasse
suas atitudes como positiva ou negativa, atribuindo (+4)
- A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro a é a pontos a cada atitude positiva e (-1) a cada atitude negativa. Se
operação que resulta em outro número inteiro não negativo um jovem classificou como positiva apenas 20 das 50 atitudes
que elevado ao quadrado coincide com o número a. anotadas, o total de pontos atribuídos foi
(A) 50.
ATENÇÃO: Não existe a raiz quadrada de um número (B) 45.
inteiro negativo no conjunto dos números inteiros. (C) 42.
(D) 36.
Fique Atento!!! (E) 32.
Erro comum: Frequentemente lemos em materiais
didáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas 02. (CGE/RO – Auditor de Controle Interno –
aparecimento de: √9 = ±3 , mas isto é errado. FUNRIO/2018) O jornal “O Globo” noticiou assim, em
O certo é: √9 = +3 10/02/2018, em sua página eletrônica, o desfile
comemorativo do centenário de fundação do tradicional bloco
Observação: não existe um número inteiro não negativo carnavalesco “Cordão da Bola Preta”.
que multiplicado por ele mesmo resulte em um número Se o tradicional bloco desfilou pela primeira vez em 1918
negativo. e, de lá para cá, desfilou todos os anos, apenas uma vez por ano,
então o centésimo desfile do Cordão da Bola Preta realizou-se
- A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a é a ou se realizará no ano de:
operação que resulta em outro número inteiro que elevado ao (A) 2016.
cubo seja igual ao número a. Aqui não restringimos os nossos (B) 2017.
cálculos somente aos números não negativos. Exemplos: (C) 2018.
3
(𝐼) √8 = 2, 𝑝𝑜𝑖𝑠 23 = 8 (D) 2019.
3 (E) 2020.
(𝐼𝐼) √−8 = −2, 𝑝𝑜𝑖𝑠 (−2)3 = 8

Fique Atento!!! 03. (BNDES - Técnico Administrativo – CESGRANRIO)


Ao obedecer à regra dos sinais para o produto de Multiplicando-se o maior número inteiro menor do que 8 pelo
números inteiros, concluímos que: menor número inteiro maior do que - 8, o resultado
(1) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número encontrado será
inteiro negativo. (A) - 72
(2) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz (B) - 63
de qualquer número inteiro. (C) - 56
(D) - 49
(E) – 42
Propriedades da Adição e da Multiplicação dos
04. (MPE/GO – Secretário Auxiliar – Cachoeira
números Inteiros
Dourada – MPE-GO/2017) Para o jantar comemorativo do
Para todo a, b e c ∈ 𝑍
aniversário de certa empresa, a equipe do restaurante
1) Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
preparou 18 mesas com 6 lugares cada uma e, na hora do
2) Comutativa da adição: a + b = b +a
jantar, 110 pessoas compareceram. É correto afirmar que:
3) Elemento neutro da adição: a + 0 = a
(A) se todos sentaram em mesas completas, uma ficou
4) Elemento oposto da adição: a + (-a) = 0
vazia;
5) Associativa da multiplicação: (a.b).c = a. (b.c)
(B) se 17 mesas foram completamente ocupadas, uma
6) Comutativa da multiplicação: a.b = b.a
ficou com apenas 2 pessoas;
7) Elemento neutro da multiplicação: a.1 = a
(C) se 17 mesas foram completamente ocupadas, uma ficou
8) Distributiva da multiplicação relativamente à adição:
com apenas 4 pessoas;
a.(b +c ) = ab + ac
(D) todas as pessoas puderam ser acomodadas em menos
9) Distributiva da multiplicação relativamente à
de 17 mesas;
subtração: a .(b –c) = ab –ac
(E) duas pessoas não puderam sentar.

Matemática 4
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APOSTILAS OPÇÃO

05. SAP/SP – Agente de Segurança Penitenciária – MS N ᑕ Z ᑕ Q – O conjunto dos números Naturais e Inteiros
CONCURSOS/2017) Dentre as alternativas, qual faz a estão contidos no Conjunto do Números Racionais.
afirmação verdadeira?
(A) A subtração de dois números inteiros sempre resultará Subconjuntos notáveis:
em um número inteiro. No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos:
(B) A subtração de dois números naturais sempre - Q* = conjunto dos racionais não nulos;
resultará em um número natural. - Q+ = conjunto dos racionais não negativos;
(C) A divisão de dois números naturais sempre resultará - Q*+ = conjunto dos racionais positivos;
em um número natural. - Q _ = conjunto dos racionais não positivos;
(D) A divisão de dois números inteiros sempre resultará - Q*_ = conjunto dos racionais negativos.
em um número inteiro.
Representação Decimal das Frações
Comentários 𝒎
Tomemos um número racional , tal que m não seja
𝒏
múltiplo de n. Para escrevê-lo na forma decimal, basta efetuar
01. Resposta: A.
a divisão do numerador pelo denominador.
50-20=30 atitudes negativas
Nessa divisão podem ocorrer dois casos:
20.4=80
1º) O número decimal obtido possui, após a vírgula, um
30.(-1)=-30
número finito de algarismos (decimais exatos):
80-30=50 3
= 0,6
02. Resposta: B. 5
Em 1918 ele desfilou uma vez, logo 100 – 1 = 99. Somando 2º) O número decimal obtido possui, após a vírgula,
1918 + 99 = 2017. infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se
periodicamente (Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas):
03. Resposta: D. 1
Maior inteiro menor que 8 é o 7 = 0,3030 …
33
Menor inteiro maior que - 8 é o - 7.
Portanto: 7(- 7) = - 49 Existem frações muito simples que são representadas por
formas decimais infinitas, com uma característica especial
04. Resposta: E. (existência de um período):
Se multiplicarmos o número de mesas por lugares que
cada uma tem, teremos: 18. 6 = 108 lugares. Uma forma decimal infinita com período de UM dígito
108 lugares – 110 pessoas = -2, isto significa que todas as pode ser associada a uma soma com infinitos termos desse
mesas foram preenchidas e 2 pessoas não sentaram. tipo:
1 1 1 1
05. Resposta: A. 0, 𝑎𝑎𝑎𝑎. . . = 𝑎. 1
+ 𝑎. 2
+ 𝑎. 3
+ 𝑎. …
(10) (10) (10) (10)4
(a) A subtração de dois números inteiros sempre resultará
em um número inteiro. – V Aproveitando, vejamos um exemplo:
(b) A subtração de dois números naturais sempre resultará 1 1 1 1
em um número natural. – somente se o primeiro for maior que 0,444. . . = 4. + 4. + 4. + 4. …
(10)1 (10)2 (10)3 (10)4
o segundo - F
(c) A divisão de dois números naturais sempre resultará
Representação Fracionária dos Números Decimais
em um número natural. – somente se o dividendo for maior
Estando o número racional escrito na forma decimal, e
que o divisor - F
transformando-o na forma de fração, vejamos os dois casos:
(d) A divisão de dois números inteiros sempre resultará
1º) Transformamos o número em uma fração cujo
em um número inteiro. – somente se o dividendo for maior que
numerador é o número decimal sem a vírgula e o denominador
o divisor - F
é composto pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quanto
forem as casas decimais após a virgula do número dado:
CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS – Q 7
0,7 =
𝑚 10
Um número racional é o que pode ser escrito na forma ,
𝑛
onde m e n são números inteiros, sendo que n deve ser 7
0,007 =
diferente de zero. Frequentemente usamos m/n para significar 1000
a divisão de m por n.
Como podemos observar, números racionais podem ser 2º) Devemos achar a fração geratriz (aquela que dá
obtidos através da razão entre dois números inteiros, razão origem a dízima periódica) da dízima dada; para tanto, vamos
pela qual, o conjunto de todos os números racionais é apresentar o procedimento através de alguns exemplos:
reconhecido pela letra Q. Assim, é comum encontrarmos na
literatura a notação: a) Seja a dízima 0, 444...
m Veja que o período que se repete é apenas 1(formado pelo
Q={ : m e n em Z, n ≠0} 4), então vamos colocar um 9 no denominador e repetir no
n numerador o período.

4
Assim, a geratriz de 0,444... é a fração .
9

Matemática 5
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APOSTILAS OPÇÃO

b) Seja a dízima 3, 1919...


O período que se repete é o 19, logo dois noves no
denominador (99). Observe também que o 3 é a parte inteira,
logo ele vem na frente, formando uma fração mista:
19
3 → 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜
99
316
→ (3.99 + 19) = 316, 𝑙𝑜𝑔𝑜 ∶
99
316
Assim, a geratriz de 3,1919... é a fração .
99
Logo, o módulo de:
Neste caso para transformarmos uma dízima periódica 5 5
− é .
simples em fração, basta utilizarmos o dígito 9 no 7 7
5 5
denominador para cada dígito que tiver o período da 𝐼𝑛𝑑𝑖𝑐𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟: |− | =
dízima. 7 7
5 5
c) Seja a dízima 0,2777... Números Opostos: dizemos que − 𝑒 são números
7 7
Agora, para cada algarismo do anteperíodo se coloca um racionais opostos ou simétricos e cada um deles é o oposto do
algarismo zero, no denominador, e para cada algarismo do 5 5
outro. As distâncias dos pontos − é ao ponto zero da reta
período se mantém o algarismo 9 no denominador. 7 7
são iguais.
No caso do numerador, faz-se a seguinte conta:
Inverso de um Número Racional
(Parte inteira com anteperíodo e período) - (parte inteira
com anteperíodo) a −n b n 5 −2 7 2
( ) ,a ≠ 0 = ( ) ,b ≠ 0 → ( ) = ( )
b a 7 5

Representação geométrica dos Números Racionais

Observa-se que entre dois inteiros consecutivos existem


infinitos números racionais.

Operações com Números Racionais

Soma (Adição) de Números Racionais: como todo


d) Seja a dízima 1, 23434...
número racional é uma fração ou pode ser escrito na forma de
O número 234 é a junção do anteperíodo com o período.
uma fração, definimos a adição entre os números racionais a/b
Neste caso temos uma dízima periódica composta, pois existe
e, c/d, da mesma forma que a soma de frações, através de:
uma parte que não se repete e outra que se repete. Neste caso
𝑎 𝑐 𝑎𝑑 + 𝑏𝑐
temos um anteperíodo (2) e o período (34). Ao subtrairmos + =
deste número o anteperíodo (234-2), obtemos como 𝑏 𝑑 𝑏𝑑
numerador o 232. O denominador é formado pelo dígito 9 –
Subtração de Números Racionais: a subtração de dois
que corresponde ao período, neste caso 99(dois noves) – e
números racionais p e q é a própria operação de adição do
pelo dígito 0 – que corresponde a tantos dígitos que tiverem o 𝑎
anteperíodo, neste caso 0(um zero). número p com o oposto de q, isto é: p – q = p + (–q), onde p = e
𝑏
𝑐
q= .
𝑑
𝑎 𝑐 𝑎𝑑 − 𝑏𝑐
− =
𝑏 𝑑 𝑏𝑑

Multiplicação (Produto) de Números Racionais: como


todo número racional é uma fração ou pode ser escrito na
232 forma de uma fração, definimos o produto de dois números
1 → 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑢𝑚𝑎 𝑓𝑟𝑎çã𝑜 𝑚𝑖𝑠𝑡𝑎, 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑛𝑑𝑜 − 𝑎: racionais a/b e, c/d, da mesma forma que o produto de
990
1222 frações, através de:
(1.990 + 232) = 1222, 𝑙𝑜𝑔𝑜 ∶ 𝑎 𝑐 𝑎𝑐
990 . =
𝑏 𝑑 𝑏𝑑
611
Simplificando por 2, obtemos 𝑥 = , a fração geratriz da O produto dos números racionais a/b e c/d também pode
495
dízima 1, 23434... ser indicado por a/b × c/d ou a/b . c/d. Para realizar a
multiplicação de números racionais, devemos obedecer à
Módulo ou valor absoluto: é a distância do ponto que mesma regra de sinais que vale em toda a Matemática.
representa esse número ao ponto de abscissa zero.
Divisão (Quociente) de Números Racionais: a divisão
de dois números racionais p e q é a própria operação de
multiplicação do número p pelo inverso de q, isto é: p ÷ q = p ×
𝑎 𝑐 𝑑
q-1 onde p = , q = e q-1= ;
𝑏 𝑑 𝑐

Matemática 6
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APOSTILAS OPÇÃO

𝑎 𝑐 𝑎 𝑑 Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá o


: = .
𝑏 𝑑 𝑏 𝑐 número zero ou um número racional positivo.

Potenciação de Números Racionais: a potência bn do Fique Atento!!!


número racional b é um produto de n fatores iguais. O número Os números racionais negativos não têm raiz quadrada
b é denominado a base e o número n é o expoente. em Q.
bn = b × b × b × b × ... × b, (b aparece n vezes)
Exemplos: Referências
3 2 3 3 9 IEZZI, Gelson - Matemática- Volume Único
𝑎) ( ) = . = IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática – Volume 1 – Conjuntos e Funções
7 7 7 49 https://educacao.uol.com.br
http://mat.ufrgs.br
3 3 3 3 3 27
𝑏) (− ) = (− ) . (− ) . (− ) = − Questões
7 7 7 7 343

Propriedades da Potenciação 01. (SAP/SP – Oficial Administrativo – MS


1) Toda potência com expoente 0 é igual a 1. CONCURSOS/2018) Um menino ganhou sua mesada de
3 0 R$120,00, guardou 1/6 na poupança, do restante usou 2/5
( ) =1 para comprar figurinhas e gastou o que sobrou numa excursão
7
da escola. Quanto gastou nessa excursão?
2) Toda potência com expoente 1 é igual à própria base. (A) 32
3 1 3 (B) 40
( ) = (C) 52
7 7 (D) 60
(E) 68
3) Toda potência com expoente negativo de um número
racional, diferente de zero é igual a outra potência que tem a
02. (IPSM - Analista de Gestão Municipal –
base igual ao inverso da base anterior e o expoente igual ao
Contabilidade – VUNESP/2018) Saí de casa com
oposto do expoente anterior.
determinada quantia no bolso. Gastei, na farmácia, 2/5 da
3 −2 7 2 49
( ) =( ) = quantia que tinha. Em seguida, encontrei um compadre que me
7 3 9 pagou uma dívida antiga que correspondia exatamente à terça
parte do que eu tinha no bolso. Continuei meu caminho e gastei
4) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal a metade do que tinha em alimentos que doei para uma casa
da base. de apoio a necessitados. Depois disso, restavam-me 420 reais.
3 3 3 3 3 27 O valor que o compadre me pagou é, em reais, igual a
(− ) = (− ) . (− ) . (− ) = −
7 7 7 7 343 (A) 105.
(B) 210.
5) Toda potência com expoente par é um número positivo. (C) 315.
3 2 3 3 9 (D) 420.
( ) = . =
7 7 7 49 (E) 525.

6) Produto de potências de mesma base: reduzir a uma só 03. (Pref. Santo Expedito/SP – Motorista – Prime
potência de mesma base, conservamos as bases e somamos os Concursos/2017) Qual a alternativa que equivale a 9/40 em
expoentes. forma decimal
3 2 3 3 3 2+3 3 5 (A) 0,225
( ) .( ) = ( ) =( ) (B) 225
7 7 7 7
(C) 0,0225
7) Divisão de potências de mesma base: reduzir a uma só (D) 0,22
potência de mesma base, conservamos a base e subtraímos os
expoentes. 04. (Pref. Santo Expedito/SP – Motorista – Prime
3 5 3 3 3 5−3 3 2 Concursos/2017) Ao simplificar a fração 36/100, dividindo o
( ) :( ) =( ) =( ) numerador e o denominador por 2, obtemos:
7 7 7 7
(A) 18/50
8) Potência de Potência: reduzir a uma potência (de (B) 9/25
mesma base) de um só expoente, conservamos a base e (C) 12/50
multiplicamos os expoentes. (D) 9/50
3
3 2 3 2.3 3 6
[( ) ] = ( ) = ( ) 05. (Câmara de Dois Córregos/SP – Oficial de
7 7 7 Atendimento e Administração – VUNESP/2018) Uma
empresa comprou um lote de envelopes e destinou 3/ 8 deles
Radiciação de Números Racionais: se um número ao setor A. Dos envelopes restantes, 4/ 5 foram destinados ao
representa um produto de dois ou mais fatores iguais, então setor B, e ainda restaram 75 envelopes. O número total de
cada fator é chamado raiz do número. envelopes do lote era
(A) 760.
Exemplos: (B) 720.
𝟏 1 1 1 2 (C) 700.
1) √ , representa o produto . ou ( ) .
𝟐𝟓 5 5 5 (D) 640.
1 1
Logo, é a raiz quadrada de . (E) 600.
5 25

2) 0,216 representa o produto 0,6. 0,6 . 0,6 ou (0,6)3. Logo,


0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se: 3√0,216 = 0,6.

Matemática 7
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APOSTILAS OPÇÃO

Comentários Exemplo:
O número real abaixo é um número irracional, embora
01. Resposta: D. pareça uma dízima periódica: x =
Ele recebeu 120 de mesada, deste guardou 1/6 na 0,10100100010000100000...
poupança, logo: Observe que o número de zeros após o algarismo 1
120 aumenta a cada passo. Existem infinitos números reais que
= 20
6 não são dízimas periódicas e dois números irracionais muito
Então ele guardou na poupança 20 e sobrou 120 – 20 = importantes, são:
100. e = 2,718281828459045...,
Desses 100, gastou 2/5 com figurinhas: Pi (𝜋) = 3,141592653589793238462643...
2
100. = 40
5 Que são utilizados nas mais diversas aplicações práticas
Ele gastou 40,00 com figurinhas e sobrou 100 – 40 = 60, como: cálculos de áreas, volumes, centros de gravidade,
que ele gastou com a excursão. previsão populacional, etc.

02. Resposta: B. Classificação dos Números Irracionais


Quantia que eu tinha: x
Gastei na farmácia: 2/5 x, logo sobrou em meu bolso 3/5x - Números reais algébricos irracionais:
3𝑥 1 3𝑥
Compadre pagou 1/3 do que eu tinha no bolso: . = são raízes de polinômios com coeficientes inteiros. Todo
5 3 15
número real que pode ser representado através de uma
Fiquei com a quantia total de: quantidade finita de somas, subtrações, multiplicações,
3𝑥 3𝑥 9𝑥 + 3𝑥 12𝑥 divisões e raízes de grau inteiro a partir dos números inteiros
+ = =
5 15 15 15 é um número algébrico, por exemplo:
Gastei metade deste valor em alimentos:
12𝑥
15 = 12𝑥 . 1 = 12𝑥 .
2 15 2 30 A recíproca não é verdadeira: existem números algébricos
que não podem ser expressos através de radicais, conforme
Logo o que sobrou(metade) corresponde a 420,00:
12𝑥 12600 o teorema de Abel-Ruffini.
= 420 → 12𝑥 = 12600 → 𝑥 = → 𝑥 = 1050
30 12 - Números reais transcendentes: não são raízes de
Como o compadre pagou 3x/15, basta substituirmos o polinômios com coeficientes inteiros. Várias constantes
matemáticas são transcendentes, como pi ( ) e o número de
valor de x por 1050 e acharmos o valor:
3.1050 Euler ( ). Pode-se dizer que existem mais números
= 210 transcendentes do que números algébricos (a comparação
15
entre conjuntos infinitos pode ser feita na teoria dos
conjuntos).
03. Resposta: A. A definição mais genérica de números algébricos e
Basta dividirmos 9/40 = 0,225. transcendentes é feito usando-se números complexos.

04. Resposta: A. Identificação de números irracionais


Simplificando temos: Fundamentado nas explanações anteriores, podemos
36/2 = 18 afirmar que:
100/2 = 50 - Todas as dízimas periódicas são números racionais.
Logo temos 18/50 - Todos os números inteiros são racionais.
- Todas as frações ordinárias são números racionais.
05. Resposta: E. - Todas as dízimas não periódicas são números irracionais.
X = envelopes - Todas as raízes inexatas são números irracionais.
3 - A soma de um número racional com um número
𝐴= 𝑥
8 irracional é sempre um número irracional.
- A diferença de dois números irracionais, pode ser um
5 4 4 número racional.
𝐵 = 𝑥. = 𝑥
8 5 8
Exemplos:
Sobrou 75 1) √3 - √3 = 0 e 0 é um número racional.
Logo o número de envelopes total é - O quociente de dois números irracionais, pode ser um
3𝑥 4𝑥 3𝑥 + 4𝑥 + 600
𝑥= + + 75 → 𝑥 = → número racional.
8 8 8
2) √8 : √2 = √4 = 2 e 2 é um número racional.
8x = 7x + 600 → 8x – 7x = 600 → x = 600
- O produto de dois números irracionais, pode ser um
O número total de envelopes é 600.
número racional.
CONJUNTO DOS NÚMEROS IRRACIONAIS - I
3) √5 . √5 = √25 = 5 e 5 é um número racional.
Uma classe de números que não podem ser escritos na - A união do conjunto dos números irracionais com o
forma de fração a/b, são conhecidos como números conjunto dos números racionais, resulta num conjunto
irracionais. denominado conjunto R dos números reais.
- A interseção do conjunto dos números racionais com o
conjunto dos números irracionais, não possui elementos
comuns e, portanto, é igual ao conjunto vazio ( ∅ ).

Matemática 8
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APOSTILAS OPÇÃO

Simbolicamente, teremos: III


4 4
√62 − 20 = √16 = 2
Portanto, apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.

02. Resposta: D.
𝑆 = 15√2 + 15√8
√8 = 2√2
Q∪I=R 𝑆 = 15√2 + 30√2 = 45√2
Q∩I=∅ 𝑆 = √452 . 2
𝑆 = √4050
Questões
03. Resposta: D.
01. Considere as seguintes afirmações: 2
I. Para todo número inteiro x, tem-se (2√2 + 1) ∙ (√2 − 1) = 2(√2) − 2√2 + √2 − 1
4 𝑥−1 + 4 𝑥 + 4 𝑥+1 = 4 − √2 − 1 = 3 − √2
= 16,8
4 𝑥−2 + 4 𝑥−1
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS - R
1
11
II. (8 + 0,4444 … ) :
3 = 30
135 O conjunto dos números reais1 R será a união entre os
números racionais Q e os números irracionais I. Assim temos:
4 4
III. Efetuando-se ( √6 + 2√5) 𝑥( √6 − 2√5) obtém-se um
número maior que 5. R = Q U I , sendo Q ∩ I = Ø (Se um número real é racional,
Relativamente a essas afirmações, é certo que não irracional, e vice-versa).
(A) I,II, e III são verdadeiras. Lembrando que N Ϲ Z Ϲ Q , podemos construir o diagrama
(B) Apenas I e II são verdadeiras. abaixo:
(C) Apenas II e III são verdadeiras.
(D) Apenas uma é verdadeira.
(E) I,II e III são falsas.

02. A soma S é dada por:


𝑆 = √2 + √8 + 2√2 + 2√8 + 3√2 + 3√8 + 4√2 + 4√8 +
5√2 + 5√8
Dessa forma, S é igual a
(𝐴) √90
(𝐵) √405 O conjunto dos números reais apresenta outros
(𝐶) √900 subconjuntos importantes:
(𝐷) √4050 - Conjunto dos números reais não nulos: R* = {x ϵ R| x ≠ 0}
(𝐸) √9000 - Conjunto dos números reais não negativos: R+ = {x ϵ R| x
≥ 0}
03. O resultado do produto: (2√2 + 1) ∙ (√2 − 1) é: - Conjunto dos números reais positivos: R*+ = {x ϵ R| x > 0}
(𝐴) √2 − 1 - Conjunto dos números reais não positivos: R- = {x ϵ R| x ≤
(B) 2 0}
(𝐶) 2√2 - Conjunto dos números reais negativos: R*- = {x ϵ R| x < 0}
(𝐷) 3 − √2
Representação Geométrica dos números reais
Comentários

01. Resposta: B.

4𝑥 (4−1 +1+4) Ordenação dos números reais


I A representação dos números reais permite definir uma
4 𝑥 (4 −2 +4 −1 )
relação de ordem entre eles. Os números reais positivos são
1
4
+5
1+20
4
21
4 21 16 21∙4 maiores que zero e os negativos, menores. Expressamos a
1 1 = 1+4 = 5 = ∙ = = 16,8 relação de ordem da seguinte maneira: Dados dois números
+ 4 5 5
16 4 16 16
reais a e b,
II a≤b↔b–a≥0
1
3
83 = √8 = 2 Exemplo: -15 ≤ ↔ 5 – (-15) ≥ 0
10x = 4,4444... 5 + 15 ≥ 0
- x = 0,4444.....
9x = 4
Operações com números reais
x = 4/9
Operando com as aproximações, obtemos uma sucessão de
4 11 18+4 135 22 135 2∙135
intervalos fixos que determinam um número real. É assim que
(2 + ) : = ∙ = ∙ = = 30 vamos trabalhar as operações adição, subtração, multiplicação
9 135 9 11 9 11 9

1
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Funções

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APOSTILAS OPÇÃO

e divisão. Relacionamos, em seguida, uma série de Questões


recomendações úteis para operar com números reais.
01. Mário começou a praticar um novo jogo que adquiriu
Intervalos reais para seu videogame. Considere que a cada partida ele
O conjunto dos números reais possui também conseguiu melhorar sua pontuação, equivalendo sempre a 15
subconjuntos, denominados intervalos, que são determinados pontos a menos que o dobro marcado na partida anterior. Se
por meio de desiguladades. Sejam os números a e b , com a < b. na quinta partida ele marcou 3.791 pontos, então, a soma dos
algarismos da quantidade de pontos adquiridos na primeira
Em termos gerais temos: partida foi igual a
- A bolinha aberta = a intervalo aberto (estamos excluindo (A) 4.
aquele número), utilizamos os símbolos: (B) 5.
> ;< ou ] ; [ (C) 7.
(D) 8.
- A bolinha fechada = a intervalo fechado (estamos
(E) 10.
incluindo aquele número), utilizamos os símbolos:
≥ ; ≤ ou [ ; ] 02. Considere m um número real menor que 20 e avalie as
afirmações I, II e III:
Podemos utilizar ( ) no lugar dos [ ] , para indicar as I- (20 – m) é um número menor que 20.
extremidades abertas dos intervalos. II- (20 m) é um número maior que 20.
III- (20 m) é um número menor que 20.
É correto afirmar que:
A) I, II e III são verdadeiras.
B) apenas I e II são verdadeiras.
C) I, II e III são falsas.
D) apenas II e III são falsas.

03. Na figura abaixo, o ponto que melhor representa a


3 1
diferença − na reta dos números reais é:
4 2

Às vezes, aparecem situações em que é necessário


registrar numericamente variações de valores em sentidos
opostos, ou seja, maiores ou acima de zero (positivos), como
as medidas de temperatura ou reais em débito ou em haver (A) P.
etc... Esses números, que se estendem indefinidamente, tanto (B) Q.
para o lado direito (positivos) como para o lado esquerdo (C) R.
(negativos), são chamados números relativos. (D) S.
Comentários
Valor absoluto de um número relativo é o valor do número
que faz parte de sua representação, sem o sinal.
01. Resposta: D.
Valor simétrico de um número é o mesmo numeral, Pontuação atual = 2 . partida anterior – 15
diferindo apenas o sinal. * 4ª partida: 3791 = 2.x – 15
2.x = 3791 + 15
Operações com números relativos x = 3806 / 2
x = 1903
1) Adição e subtração de números relativos
a) Se os numerais possuem o mesmo sinal, basta adicionar * 3ª partida: 1903 = 2.x – 15
os valores absolutos e conservar o sinal. 2.x = 1903 + 15
b) Se os numerais possuem sinais diferentes, subtrai-se o x = 1918 / 2
numeral de menor valor e dá-se o sinal do maior numeral. x = 959
Exemplos:
3+5=8 * 2ª partida: 959 = 2.x – 15
4-8=-4 2.x = 959 + 15
- 6 - 4 = - 10 x = 974 / 2
-2+7=5 x = 487
* 1ª partida: 487 = 2.x – 15
2) Multiplicação e divisão de números relativos 2.x = 487 + 15
a) O produto e o quociente de dois números relativos de x = 502 / 2
mesmo sinal são sempre positivos. x = 251
b) O produto e o quociente de dois números relativos de Portanto, a soma dos algarismos da 1ª partida é 2 + 5 + 1 =
sinais diferentes são sempre negativos. 8.
Exemplos:
- 3 x 8 = - 24 02. Resposta: C.
- 20 (-4) = + 5 I. Falso, pois m é Real e pode ser negativo.
- 6 x (-7) = + 42 II. Falso, pois m é Real e pode ser negativo.
28 2 = 14 III. Falso, pois m é Real e pode ser positivo.

03. Resposta: A.
3 1 3−2 1
− = = = 0,25
4 2 4 4

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APOSTILAS OPÇÃO

MÚLTIPLOS E DIVISORES a) 430254 é divisível por 6, pois é divisível por 2 e por 3 (4


+ 3 + 0 + 2 + 5 + 4 = 18).
Sabemos que 30 : 6 = 5, porque 5 x 6 = 30. b) 80530 não é divisível por 6, pois não é divisível por 3 (8
Podemos dizer então que: + 0 + 5 + 3 + 0 = 16).
“30 é divisível por 6 porque existe um número natural (5)
que multiplicado por 6 dá como resultado 30.” Divisibilidade por 7: Um número é divisível por 7 quando
Um número natural a é divisível por um número natural b, o último algarismo do número, multiplicado por 2, subtraído
não-nulo, se existir um número natural c, tal que c . b = a. do número sem o algarismo, resulta em um número múltiplo
de 7. Neste, o processo será repetido a fim de diminuir a
Conjunto dos múltiplos de um número natural: É quantidade de algarismos a serem analisados quanto à
obtido multiplicando-se esse número pela sucessão dos divisibilidade por 7.
números naturais: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6,... Exemplo: 41909 é divisível por 7 conforme podemos
Para acharmos o conjunto dos múltiplos de 7, por exemplo, conferir: 9.2 = 18 ; 4190 – 18 = 4172 → 2.2 = 4 ; 417 – 4 = 413
multiplicamos por 7 cada um dos números da sucessão dos → 3.2 = 6 ; 41 – 6 = 35 ; 35 é multiplo de 7.
naturais:
7x0=0 Divisibilidade por 8: Um número é divisível por 8 quando
7x1=7 seus três últimos algarismos forem 000 ou formarem um
7 x 2 = 14 número divisível por 8.
7 x 3 = 21 Exemplos:
⋮ a) 57000 é divisível por 8, pois seus três últimos
algarismos são 000.
O conjunto formado pelos resultados encontrados forma o b) 67024 é divisível por 8, pois seus três últimos
conjunto dos múltiplos de 7: M(7) = {0, 7, 14, 21, ...}. algarismos formam o número 24, que é divisível por 8.

Observações: Divisibilidade por 9: Um número é divisível por 9 quando


- Todo número natural é múltiplo de si mesmo. a soma dos valores absolutos de seus algarismos formam um
- Todo número natural é múltiplo de 1. número divisível por 9.
- Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos Exemplos:
múltiplos. a) 6253461 é divisível por 9, pois 6 + 2 + 5 + 3 + 4 + 6 + 1 =
- O zero é múltiplo de qualquer número natural. 27 é divisível por 9.
- Os múltiplos do número 2 são chamados de números b) 325103 não é divisível por 9, pois 3 + 2 + 5 + 1 + 0 + 3 =
pares, e a fórmula geral desses números é 2k (k N). Os demais 14 não é divisível por 9.
são chamados de números ímpares, e a fórmula geral desses
números é 2k + 1 (k N). Divisibilidade por 10: Um número é divisível por 10
O mesmo se aplica para os números inteiros, tendo k  Z. quando seu algarismo da unidade termina em zero.
Exemplo:
Critérios de divisibilidade 563040 é divisível por 10, pois termina em zero.
São regras práticas que nos possibilitam dizer se um
número é ou não divisível por outro, sem efetuarmos a divisão. Divisibilidade por 11: Um número é divisível por 11
quando a diferença entre a soma dos algarismos de posição
Divisibilidade por 2: Um número é divisível por 2 quando ímpar e a soma dos algarismos de posição par resulta em um
termina em 0, 2, 4, 6 ou 8, ou seja, quando ele é par. número divisível por 11 ou quando essas somas forem iguais.
Exemplo: Exemplo:
9656 é divisível por 2, pois termina em 6, e é par. - 43813:
1º 3º 5º  Algarismos de posição ímpar.(Soma dos
Divisibilidade por 3: Um número é divisível por 3 quando algarismos de posição impar: 4 + 8 + 3 = 15.)
a soma dos valores absolutos de seus algarismos é divisível por 4 3 8 1 3
3. 2º 4º  Algarismos de posição par.(Soma dos
Exemplo: algarismos de posição par:3 + 1 = 4)
65385 é divisível por 3, pois 6 + 5 + 3 + 8 + 5 = 27, e 27 é
divisível por 3. 15 – 4 = 11  diferença divisível por 11. Logo 43813 é
divisível por 11.
Divisibilidade por 4: Um número é divisível por 4 quando
seus dois algarismos são 00 ou formam um número divisível Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12
por 4. quando é divisível por 3 e por 4 ao mesmo tempo.
Exemplos: Exemplo:
a) 536400 é divisível por 4, pois termina em 00. ) 78324 é divisível por 12, pois é divisível por 3 ( 7 + 8 + 3
b) 653524 é divisível por 4, pois termina em 24, e 24 é + 2 + 4 = 24) e por 4 (termina em 24).
divisível por 4.
Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15
Divisibilidade por 5: Um número é divisível por 5 quando quando é divisível por 3 e por 5 ao mesmo tempo.
termina em 0 ou 5. Exemplo:
Exemplos: a) 650430 é divisível por 15, pois é divisível por 3 ( 6 + 5 +
a) 35040 é divisível por 5, pois termina em 0. 0 + 4 + 3 + 0 =18) e por 5 (termina em 0).
b) 7235 é divisível por 5, pois termina em 5.
Fatoração numérica
Divisibilidade por 6: Um número é divisível por 6 quando Essa fatoração se dá através da decomposição em fatores
é divisível por 2 e por 3 ao mesmo tempo. primos. Para decompormos um número natural em fatores
Exemplos: primos, dividimos o mesmo pelo seu menor divisor primo,
após pegamos o quociente e dividimos o pelo seu menor

Matemática 11
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APOSTILAS OPÇÃO

divisor, e assim sucessivamente até obtermos o quociente 1. O Respostas


produto de todos os fatores primos representa o número
fatorado. 01. Resposta: A.
Exemplo: Vamos decompor o número 40 em fatores primos.
40 = 23 . 51 ; pela regra temos que devemos adicionar 1 a
cada expoente:
3 + 1 = 4 e 1 + 1 = 2 ; então pegamos os resultados e
multiplicamos 4.2 = 8, logo temos 8 divisores de 40.

02. Resposta: D.
Divisores de um número natural Sabemos que o produto de MDC pelo MMC é:
Vamos pegar como exemplo o número 12 na sua forma MDC (A, B). MMC (A, B) = A.B, temos que MDC (A, B) = 4 e
fatorada: o produto entre eles 96, logo:
12 = 22 . 31 4 . MMC (A, B) = 96 → MMC (A, B) = 96/4 → MMC (A, B) =
O número de divisores naturais é igual ao produto dos 24, fatorando o número 24 temos:
expoentes dos fatores primos acrescidos de 1. 24 = 23 .3 , para determinarmos o número de divisores,
Logo o número de divisores de 12 são: pela regra, somamos 1 a cada expoente e multiplicamos o
22 . 3⏟1 → (2 + 1) .(1 + 1) = 3.2 = 6 divisores naturais
⏟ resultado:
(2+1) (1+1) (3 + 1).(1 + 1) = 4.2 = 8

Para sabermos quais são esses 6 divisores basta pegarmos 03. Resposta: D.
cada fator da decomposição e seu respectivo expoente natural Para ser divisível por 6 precisa ser divisível por 2 e 3 ao
que varia de zero até o expoente com o qual o fator se mesmo tempo, e por isso deverá ser par também, e a soma dos
apresenta na decomposição do número natural. seus algarismos deve ser um múltiplo de 3.
Exemplo: Logo os finais devem ser 4 e 6:
12 = 22 . 31 → 22 = 20,21 e 22 ; 31 = 30 e 31, teremos: 354, 456, 534, 546, 564, 576, 654, 756, logo temos 8
20 . 30=1 números.
20 . 31=3
21 . 30=2 NÚMEROS PRIMOS
21 . 31=2.3=6
22 . 31=4.3=12 Um número natural P é um número primo quando ele tem
22 . 30=4 exatamente dois divisores distintos: o número 1 e ele mesmo
O conjunto de divisores de 12 são: D(12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12} (P).
A soma dos divisores é dada por: 1 + 2 + 3 + 4 + 6 + 12 = 28 Sendo assim, o número 1 não é primo, pois possui apenas
um número divisor que é ele mesmo. O número zero também
Observação não é primo, pois possui vários divisores naturais. Já os
Para sabermos o conjunto dos divisores inteiros de 12, basta números 2, 3, 5, 7 e 11 são primos, pois possuem apenas dois
multiplicarmos o resultado por 2 (dois divisores, um negativo e divisores naturais.
o outro positivo). Nota: o número 2 é o único número primo que é par. Os
Assim teremos que D(12) = 6.2 = 12 divisores inteiros. demais são números ímpares.
Para verificar se um número é primo ou não devemos
Questões dividir esse número começando pelo menor número primo,
que é o número 2, e posteriormente com os demais números
01. O número de divisores positivos do número 40 é: naturais primos, até que seu quociente seja menor ou igual ou
(A) 8 número que está sendo dividido. Exemplo: o número 127 é
(B) 6 primo?
(C) 4 127: 3 = o resultado é 42 e sobra resto 1; 42 > 3
(D) 2 127: 5 = o resultado é 25 e sobra resto 2 ; 25 > 5
(E) 20 127: 7 = o resultado é 18 e sobra resto 1; 18 > 7
127 : 11 = o resultado é 11 e sobra resto 6; 11 = 11
02. O máximo divisor comum entre dois números naturais
é 4 e o produto dos mesmos 96. O número de divisores Nesse caso, as divisões foram realizadas pelos números
positivos do mínimo múltiplo comum desses números é: naturais primos e na última divisão, o quociente é igual ao
(A) 2 divisor. Logo, o número 127 é primo.
(B) 4 O conceito de número primo é muito importante na teoria
(C) 6 dos números. Um dos resultados da teoria dos números é
(D) 8 o Teorema Fundamental da Aritmética, que afirma que
(E) 10 qualquer número natural diferente de 1 pode ser escrito de
forma única (desconsiderando a ordem) como um produto de
03. Considere um número divisível por 6, composto por 3 números primos (chamados fatores primos): este processo se
algarismos distintos e pertencentes ao conjunto chama decomposição em fatores primos (fatoração).
A={3,4,5,6,7}.A quantidade de números que podem ser Os 100 primeiros números primos positivos são:
formados sob tais condições é:
(A) 6 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47, 53, 59, 6
(B) 7 1, 67, 71, 73, 79, 83, 89, 97, 101, 103, 107, 109, 113, 127, 131,
(C) 9 137, 139, 149, 151, 157, 163, 167, 173, 179, 181, 191, 193,
(D) 8 197, 199, 211, 223, 227, 229, 233, 239, 241, 251, 257, 263, 269,
(E) 10 271, 277, 281, 283, 293, 307, 311, 313, 317, 331, 337, 347, 349,
353, 359, 367, 373, 379, 383, 389, 397, 401, 409, 419, 421, 431,

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433, 439, 443, 449, 457, 461, 463, 467, 479, 487, 491, 499, 503, – um quociente exato. Neste caso, verificamos que o
509, 521, 523, 541 número não é primo.
– um quociente, na divisão inexata, menor ou igual ao
Exemplos divisor. Neste caso, verificamos que o número é primo.
1 não é primo pois D(1)={1}
2 é primo pois D(2)={1,2} Exemplos:
3 é primo pois D(3)={1,3} – Verifique se o número 101 é primo.
5 é primo pois D(5)={1,5} Solução: Observe as divisões sucessivas abaixo:
7 é primo pois D(7)={1,7}
14 não é primo pois D(14)={1,2,7,14}

Observação: 1 não é primo pois tem apenas 1 divisor e todo


número natural pode ser escrito como o produto de números
primos, de forma única.

Múltiplos e Divisores
Diz-se que um número natural a é múltiplo de outro
natural b, se existe um número natural k tal que:
a=k.b

Exemplo 1
15 é múltiplo de 5, pois 15 = 3 x 5.
Quando a = k x b, segue que a é múltiplo de b, mas também,
a é múltiplo de k, como é o caso do número 35 que é múltiplo
de 5 e de 7, pois: 35 = 7 x 5.
Quando a = k x b, então a é múltiplo de b e se conhecemos
b e queremos obter todos os seus múltiplos, basta fazer k Executamos as divisões conforme a regra acima veja que a
assumir todos os números naturais possíveis. última divisão é inexata e o quociente (9) é menor do que o
Por exemplo, para obter os múltiplos de 2, isto é, os divisor (11). Assim, podemos afirmar que o número 101 é
números da forma a = k x 2, k seria substituído por todos os primo.
números naturais possíveis.
Observação: Um número b é sempre múltiplo dele Vejamos outro exemplo:
mesmo. – Verifique se o número 403 é primo.
a = 1 x b ↔ a = b. Solução: Veja que 403 não é divisível por 2, também não é
por 3 e nem por 5, então começaremos a divisão a partir do 7.
Exemplo 2
Basta tomar o mesmo número multiplicado por 1 para
obter um múltiplo dele próprio: 3 = 1 x 3
A definição de divisor está relacionada com a de múltiplo.
Um número natural b é divisor do número natural a, se a é
múltiplo de b.

Exemplo 3
3 é divisor de 15, pois 15 = 3 x 5, logo 15 é múltiplo de 3 e
também é múltiplo de 5.
Um número natural tem uma quantidade finita de
divisores. Perceba que a última divisão é exata, isto quer dizer que 13
Por exemplo, o número 6 poderá ter no máximo 6 é um divisor de 403, logo 403 tem mais de dois divisores e não
divisores, pois trabalhando no conjunto dos números naturais é primo.
não podemos dividir 6 por um número maior do que ele. Os
divisores naturais de 6 são os números 1, 2, 3, 6, o que significa 2º Modo:
que o número 6 tem 4 divisores. Procuramos um número natural n, cujo seu quadrado seja
mais próximo do número a ser verificado. Se nenhum dos
Decomposição de um número natural em fatores primos menores, ou iguais, a n dividir o número a ser
primos verificado, podemos afirmar que ele é primo, caso contrário,
Para decompor um número natural em fatores primos é não é.
necessário dividir o número pelo seu menor divisor primo, Exemplo: Verifique se o número 181 é primo.
repetindo as divisões até chegar ao quociente 1. Exemplos: Solução: primeiro observe que o quadrado de 13 é o mais
a) 8 = 2.2.2 = 2³ próximo do número 181, isto é, 132 = 169, agora vamos
b) 9 = 3.3 = 3² verificar se, pelo menos um, dos números primos menores ou
c) 54 = 2.3.3.3 = 2.3³ iguais a 13 (2, 3, 5, 7, 11 e 13) divide 181. Verifique você
d)12 = 2.2.3 = 2².3 mesmo que nenhum dos números (2, 3, 5, 7, 11 ou 13) divide
Dentre os exemplos citados podemos dizer que todas essas 181. Assim, podemos afirmar que o número 181 é primo.
formas são formas fatoradas dos números naturais.
Questões
Modos de reconhecimento de um número primo.
1º Modo: 01. (MPE/GO – Secretário Auxiliar – Ceres – MPE/GO/
Dividimos o número pelos primeiros números primos: 2, 2017) Quais dos números a seguir são primos?
3, 5, 7, 11, 13, 17. …, até encontrarmos: (A) 13.
(B) 30.

Matemática 13
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APOSTILAS OPÇÃO

(C) 49. c) Nenhum elemento do conjunto A é divisível por 3.3, 9 e


(D) 65. 15 são divisíveis
(E) 87. d) Existem elementos do conjunto A que são ímpares e
maiores que 15.nenhum elemento e maior que 15 no conjunto
02. (MPCM- TÉCNICO EM INFORMÁTICA - SUPORTE e) Existem elementos do conjunto A que são
TÉCNICO-CETAP) Um número primo é um número que pode primos. CERTO
ser dividido somente por 1 e por ele mesmo. Segundo esse
critério, selecione a alternativa na qual se listem somente 04. Resposta: C.
números primos. 270/2 = 135
(A) 2, 3, 27, 511. 135/3 = 45
(B)3, 8, 57, 201. 45/3 = 15
(C)2, 5, 7, 99. 15/3 = 5
(D)5,17, 29, 61. 5/5 = 1
(E)5, 23, 57, 73. Portanto, números primos distintos, que são 2, 3 e 5

03. (BRDE- ANALISTA DE SISTEMAS-SUPORTE- 05. Resposta: D.


FUNDATEC)Considere os conjuntos definidos por: Ao avaliarmos cada alternativa, verifica-se que:
A = { 2,3,5,7,9,11,13,15} I. Falso. Porque o numero 2 é primo e par.
Assinale a alternativa que apresenta uma sentença III. Verdadeiro. (Porque quando a expressão não delimita
verdadeira para descrever os elementos do conjunto. números com parênteses, inicia-se pela multiplicação).
(A)Todos os elementos do conjunto A são números pares. Portanto, -3x4 = -12+8 = -4 ( sim , valor negativo)
(B)Algum elemento do conjunto A é divisível por 4.
(C)Nenhum elemento do conjunto A é divisível por 3. MDC
(D)Existem elementos do conjunto A que são ímpares e
maiores que 15. O máximo divisor comum(MDC) de dois ou mais números
(E)Existem elementos do conjunto A que são primos. é o maior número que é divisor comum de todos os números
dados. Consideremos:
04. (COPASA-AGENTE DE SANEAMENTO - TÉCNICO EM
INFORMÁTICA-FUNDEP) Ao fatorar em números primos o - o número 18 e os seus divisores naturais:
número 270, a quantidade de números primos, distintos, que D+ (18) = {1, 2, 3, 6, 9, 18}.
encontramos é
(A)1 - o número 24 e os seus divisores naturais:
(B)2 D+ (24) = {1, 2, 3, 4, 6, 8, 12, 24}.
(C)3
(D)4 Podemos descrever, agora, os divisores comuns a 18 e 24:
D+ (18) ∩ D+ (24) = {1, 2, 3, 6}.
05. (UFAL-AUXILIAR EM ADMINISTRAÇÃO- COPEVE-
UFAL)Dados os itens acerca dos números inteiros, I. Todos os Observando os divisores comuns, podemos identificar o
números primos são ímpares. II. Todo número múltiplo de 2 é maior divisor comum dos números 18 e 24, ou seja: MDC (18,
par. III. O valor da expressão 8 – 3 x 4 é negativo. verifica-se 24) = 6.
que está(ão) correto(s)
(A)I, apenas. Outra técnica para o cálculo do MDC:
(B)II, apenas.
(C)I e III, apenas. Decomposição em fatores primos
(D)II e III, apenas. Para obtermos o MDC de dois ou mais números por esse
(E)I, II e III. processo, procedemos da seguinte maneira:

Respostas - Decompomos cada número dado em fatores primos.


- O MDC é o produto dos fatores comuns obtidos, cada um
01. Resposta: A. deles elevado ao seu menor expoente.

02. Resposta: D. Exemplo


Sabe-se que por definição, os números primos 2, 3, 5, 7, 11,
13, 17 ... são aqueles divisíveis, somente, por um e por ele
mesmo. E se suas divisões sucessivas por números primos
resultarem resto diferente de 0, até o divisor ser maior ou igual
ao quociente.
Avaliando cada alternativa, podemos verificar que:
A- ERRADA, pois o 27 pode ser dividido por 9
B - ERRADA pois 8 não é primo MMC
C - ERRADA, pois o 99 pode ser divido por 33
D - CORRETA O mínimo múltiplo comum(MMC) de dois ou mais
E - ERRADA, pois o 57 pode ser dividido por 3 números é o menor número positivo que é múltiplo comum de
todos os números dados. Consideremos:
03. Resposta: E.
Avaliando cada alternativa, podemos verificar que: - O número 6 e os seus múltiplos positivos:
a) Todos os elementos do conjunto A são números M*+ (6) = {6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54, ...}
pares.Sao todos impares
b) Algum elemento do conjunto A é divisível por 4.Nenhum - O número 8 e os seus múltiplos positivos:
é divisivel por 4 M*+ (8) = {8, 16, 24, 32, 40, 48, 56, 64, ...}

Matemática 14
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APOSTILAS OPÇÃO

Podemos descrever, agora, os múltiplos positivos comuns: Toda vez que o grupo completo se encontra, troca
M*+ (6) M*+ (8) = {24, 48, 72, ...} informações sobre as ocorrências. O tempo mínimo em
minutos, entre dois encontros desse grupo completo será:
Observando os múltiplos comuns, podemos identificar o (A) 160
mínimo múltiplo comum dos números 6 e 8, ou seja: MMC (6, (B) 200
8) = 24 (C) 240
(D) 150
Outra técnica para o cálculo do MMC: (E) 180

Decomposição isolada em fatores primos 03. Na linha 1 de um sistema de Metrô, os trens partem 2,4
Para obter o MMC de dois ou mais números por esse em 2,4 minutos. Na linha 2 desse mesmo sistema, os trens
processo, procedemos da seguinte maneira: partem de 1,8 em 1,8 minutos. Se dois trens partem,
- Decompomos cada número dado em fatores primos. simultaneamente das linhas 1 e 2 às 13 horas, o próximo
- O MMC é o produto dos fatores comuns e não-comuns, horário desse dia em que partirão dois trens simultaneamente
cada um deles elevado ao seu maior expoente. dessas duas linhas será às 13 horas,
Exemplo: (A) 10 minutos e 48 segundos.
(B) 7 minutos e 12 segundos.
(C) 6 minutos e 30 segundos.
(D) 7 minutos e 20 segundos.
(E) 6 minutos e 48 segundos.

Respostas

01. Resposta: D.
Agora podemos encontrar o MMC e o MDC utilizando o Fazendo o mdc entre os números teremos:
mesmo processo, vamos ver um exemplo. 60 = 2².3.5
Calcular o MMC e MDC entre 18 e 30: 72 = 2³.3³
48 = 24.3
Mdc(60,72,48) = 2².3 = 12
60/12 = 5
72/12 = 6
48/12 = 4
Somando a quantidade de envelopes por provas teremos:
Assim o MMC será: 2.3.3.5 = 90 5 + 6 + 4 = 15 envelopes ao todo.
E o MDC será apenas aqueles números que dividiram todos
02. Resposta: C.
ao mesmo tempo, que foi o 2 e o primeiro 3, logo o MDC será
Devemos achar o mmc (40,60,80)
2.3 = 6

O produto do MDC e MMC é dado pela fórmula abaixo:


MDC(A, B).MMC(A,B)= A.B
Assim, se multiplicarmos o mmc pelo mdc entre dois
números, obtermos o resultado da multiplicação entre
esses dois números, veja o exemplo acima
MMC(18, 30) = 90
MDC(18,30) = 6 𝑚𝑚𝑐(40,60,80) = 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 3 ∙ 5 = 240
Assim 90 . 6 = 540
Mas se fizermos 18.30 = 540 03. Resposta: B.
Como os trens passam de 2,4 e 1,8 minutos, vamos achar o
Questões mmc(18,24) e dividir por 10, assim acharemos os minutos

01. Um professor quer guardar 60 provas amarelas, 72


provas verdes e 48 provas roxas, entre vários envelopes, de
modo que cada envelope receba a mesma quantidade e o
menor número possível de cada prova. Qual a quantidade de
envelopes, que o professor precisará, para guardar as provas?
(A) 4; Mmc(18,24)=72
(B) 6; Portanto, será 7,2 minutos
(C) 12; 1 minuto---60s
(D) 15. 0,2--------x
x = 12 segundos
02. O policiamento em uma praça da cidade é realizado por Portanto se encontrarão depois de 7 minutos e 12
um grupo de policiais, divididos da seguinte maneira: segundos

Grupo Intervalo de passagem


Policiais a pé 40 em 40 minutos
Policiais de moto 60 em 60 minutos
Policiais em viaturas 80 em 80 minutos

Matemática 15
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APOSTILAS OPÇÃO
𝑎 𝑐 𝑎 𝑐
Dada as razões e , à setença de igualdade = chama-
2. Razões e Proporções – se proporção.
𝑏 𝑑 𝑏 𝑑

grandezas direta e Onde:


inversamente proporcionais,
divisão em partes direta e
inversamente proporcionais,
regra de três simples e
- Propriedades da Proporção
composta. Sistema de 1 - Propriedade Fundamental
Medidas: comprimento, O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto
capacidade, massa e tempo é, a . d = b . c
Exemplo:
(unidades, transformação de 45 9
Na proporção = ,(lê-se: “45 esta para 30 , assim como
unidades), sistema monetário 30 6
9 esta para 6.), aplicando a propriedade fundamental , temos:
brasileiro. 45.6 = 30.9 = 270

2 - A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro


RAZÃO (ou para o segundo termo), assim como a soma dos dois
últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).
É o quociente entre dois números (quantidades, medidas, 𝑎 𝑐 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑 𝑎+𝑏 𝑐+𝑑
= → = 𝑜𝑢 =
grandezas). 𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑
Sendo a e b dois números a sua razão, chama-se razão de a
para b: 3 - A diferença entre os dois primeiros termos está para o
primeiro (ou para o segundo termo), assim como a diferença
𝑎 entre os dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto
𝑜𝑢 𝑎: 𝑏 , 𝑐𝑜𝑚 𝑏 ≠ 0
𝑏 termo).
Onde: 𝑎 𝑐 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑 𝑎−𝑏 𝑐−𝑑
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑎 𝑐 𝑏 𝑑

4 - A soma dos antecedentes está para a soma dos


consequentes, assim como cada antecedente está para o seu
consequente.
Exemplo: 𝑎 𝑐 𝑎+𝑐 𝑎 𝑎+𝑐 𝑐
Em um vestibular para o curso de marketing, participaram = → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏+𝑑 𝑏 𝑏+𝑑 𝑑
3600 candidatos para 150 vagas. A razão entre o número de
vagas e o número de candidatos, nessa ordem, foi de 5 - A diferença dos antecedentes está para a diferença dos
consequentes, assim como cada antecedente está para o seu
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑔𝑎𝑠 150 1
= = consequente.
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑡𝑜𝑠 3600 24 𝑎 𝑐 𝑎−𝑐 𝑎 𝑎−𝑐 𝑐
= → = 𝑜𝑢 =
𝑏 𝑑 𝑏−𝑑 𝑏 𝑏−𝑑 𝑑
Lemos a fração como: Um vinte e quatro avós.
- Problema envolvendo razão e proporção
- Quando a e b forem medidas de uma mesma grandeza, Em um concurso participaram 3000 pessoas e foram
essas devem ser expressas na mesma unidade. aprovadas 1800. A razão do número de candidatos aprovados
para o total de candidatos participantes do concurso é:
- Razões Especiais A) 2/3
Escala → Muitas vezes precisamos ilustrar distâncias B) 3/5
muito grandes de forma reduzida, então utilizamos a escala, C) 5/10
que é a razão da medida no mapa com a medida real (ambas D) 2/7
na mesma unidade). E) 6/7
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑚𝑎𝑝𝑎
𝐸=
𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 Resolução:

Velocidade média → É a razão entre a distância percorrida


e o tempo total de percurso. As unidades utilizadas são km/h,
Resposta “B”
m/s, entre outras.
𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑒𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎
𝑉= Referências
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e
Estatística Descritiva
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
Densidade → É a razão entre a massa de um corpo e o seu http://educacao.globo.com
volume. As unidades utilizadas são g/cm³, kg/m³, entre outras.
𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 Questões
𝐷=
𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
01. André, Bruno, Carlos e Diego são irmãos e suas idades
PROPORÇÃO formam, na ordem apresentada, uma proporção. Considere
que André tem 3 anos, Diego tem 18 anos e Bruno é 3 anos
É uma igualdade entre duas razões. mais novo que Carlos. Assim, a soma das idades, destes quatro
irmãos, é igual a

Matemática 16
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APOSTILAS OPÇÃO

(A) 30 → 12𝑥 − 10𝑥 = 432 → 2𝑥 = 432 →


(B) 32; 432
𝑥= → 𝑥 = 216
(C) 34; 2
(D) 36.
Como a Biblioteca de Física ficou com 1/12x, logo teremos:
02. Alfredo irá doar seus livros para três bibliotecas da 1 216
. 216 = = 18
universidade na qual estudou. Para a biblioteca de 12 12
matemática, ele doará três quartos dos livros, para a biblioteca
de física, um terço dos livros restantes, e para a biblioteca de 03. Resposta: B.
química, 36 livros. O número de livros doados para a biblioteca Primeiro:2k
de física será Segundo:5k
(A) 16. 2k + 5k = 14 → 7k = 14 → k = 2
(B) 22. Primeiro: 2.2 = 4
(C) 20. Segundo5.2=10
(D) 24. Diferença: 10 – 4 = 6 m³
(E)18. 1m³------1000L
6--------x
03. Foram construídos dois reservatórios de água. A razão x = 6000 l
entre os volumes internos do primeiro e do segundo é de 2
para 5, e a soma desses volumes é 14m³. Assim, o valor RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS
absoluto da diferença entre as capacidades desses dois
reservatórios, em litros, é igual a Grandeza é tudo aquilo que pode ser contado e medido. Do
(A) 8000. dicionário, tudo o que pode aumentar ou diminuir (medida de
(B) 6000. grandeza.).
(C) 4000. As grandezas proporcionais são aquelas que relacionadas
(D) 6500. a outras, sofrem variações. Elas podem ser diretamente ou
(E) 9000. inversamente proporcionais.

Comentários Exemplo:
A tabela a seguir mostra a velocidade de um trem ao
01. Resposta: D. percorrer determinado percurso:
Pelo enunciado temos que:
A=3 Velocidade (km/h) 40 80 120 ...
B=C–3 Tempo (horas) 6 3 2 ...
C
D = 18 Se sua velocidade aumentar para 240 km/h, em quantas
Como eles são proporcionais podemos dizer que: horas ele fará o percurso?
𝐴 𝐶 3 𝐶 Podemos pegar qualquer velocidade para acharmos o
= → = → 𝐶 2 − 3𝐶 = 3.18 → 𝐶 2 − 3𝐶 − 54 = 0 novo tempo:
𝐵 𝐷 𝐶 − 3 18
40 km ------ 6 horas
Vamos resolver a equação do 2º grau: 240 km ----- x horas

40 𝑥
−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐 = → 240𝑥 = 40.6 → 240𝑥 = 240 → 𝑥 = 1
𝑥= 240 6
2𝑎 ∴ 𝐿𝑜𝑔𝑜 𝑜 𝑡𝑟𝑒𝑚 𝑓𝑎𝑟á 𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜 𝑒𝑚 1 ℎ𝑜𝑟𝑎.

−(−3) ± √(−3)2 − 4.1. (−54) 3 ± √225 Observe que invertemos os valores de uma das duas
→ →
2.1 2 proporções (km ou tempo), neste exemplo optamos por
inverter a grandeza tempo.
3 ± 15

2 Observe que:
Se aumentarmos a velocidade, diminuímos de forma
3 + 15 18 3 − 15 −12 proporcional ao tempo. Logo as grandezas são
𝑥1 = = = 9 ∴ 𝑥2 = = = −6
2 2 2 2 inversamente proporcionais.
Como não existe idade negativa, então vamos considerar
somente o 9. Logo C = 9 - Grandezas diretamente proporcionais (GDP)
B=C–3=9–3=6 São aquelas em que, uma delas variando, a outra varia na
Somando teremos: 3 + 6 + 9 + 18 = 36 mesma razão da outra. Isto é, duas grandezas são
diretamente proporcionais quando, dobrando uma delas, a
02. Resposta: E. outra também dobra; triplicando uma delas, a outra também
X = total de livros triplica, divididas à terça parte a outra também é dividida à
Matemática = ¾ x, restou ¼ de x terça parte... E assim por diante.
Física = 1/3.1/4 = 1/12 Matematicamente podemos escrever da seguinte forma:
Química = 36 livros
Logo o número de livros é: 3/4x + 1/12x + 36 = x 𝒂𝟏 𝒂𝟐 𝒂𝟑
Fazendo o mmc dos denominadores (4,12) = 12 = = =⋯=𝒌
𝒃𝟏 𝒃𝟐 𝒃𝟑
Logo:
9𝑥 + 1𝑥 + 432 = 12𝑥 Onde a grandeza A ={a1,a2,a3...} , a grandeza B=
→ 10𝑥 + 432 = 12𝑥
12 {b1,b2,b3...} e os valores entre suas razões são iguais a k
(constante de proporcionalidade).

Matemática 17
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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplo: Resposta B
Um mosaico foi construído com triângulos, quadrados e
hexágonos. A quantidade de polígonos de cada tipo é
proporcional ao número de lados do próprio polígono. Sabe-se *Se uma grandeza aumenta e a outra diminui
que a quantidade total de polígonos do mosaico é 351. A , elas são inversamente proporcionais.
quantidade de triângulos e quadrados somada supera a
quantidade de hexágonos em *Se uma grandeza diminui e a outra aumenta
A) 108. , elas também são inversamente proporcionais.
B) 27.
C) 35.
Referências
D) 162. IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e
E) 81. Estatística Descritiva
𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜𝑠: 3𝑥 http://www.brasilescola.com
𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜: 4𝑥 http://www.dicio.com.br
ℎ𝑒𝑥á𝑔𝑜𝑛𝑜: 6𝑥
3𝑥 + 4𝑥 + 6𝑥 = 351 Questões
13𝑥 = 351
𝑥 = 27 01. Na tabela abaixo, a sequência de números da coluna A
3𝑥 + 4𝑥 = 3.27 + 4.27 = 81 + 108 = 189 é inversamente proporcional à sequência de números da
6𝑥 = 6.27 = 162 → 189-162= 27 coluna B.
Resposta B

*Se uma grandeza aumenta e a outra também

, elas são diretamente proporcionais. A letra X representa o número


(A) 90.
*Se uma grandeza diminui e a outra também (B) 80.
(C) 96.
, elas também são diretamente proporcionais. (D) 84.
(E) 72.

- Grandezas inversamente proporcionais (GIP) 02. Um pintor gastou duas horas para pintar um quadrado
São aquelas quando, variando uma delas, a outra varia na com 1,5 m de lado. Quanto tempo ele gastaria, se o mesmo
razão inversa da outra. Isto é, duas grandezas são quadrado tivesse 3 m de lado?
inversamente proporcionais quando, dobrando uma delas, a (A) 4 h
outra se reduz pela metade; triplicando uma delas, a outra se (B) 5 h
reduz para à terça parte... E assim por diante. (C) 6 h
Matematicamente podemos escrever da seguinte forma: (D) 8 h
𝒂𝟏. 𝒃𝟏 = 𝒂𝟐. 𝒃𝟐 = 𝒂𝟑. 𝒃𝟑 = ⋯ = 𝒌 (E) 10 h

Uma grandeza A ={a1,a2,a3...} será inversamente a outra 03 . A tabela, com dados relativos à cidade de São Paulo,
B= {b1,b2,b3...} , se e somente se, os produtos entre os compara o número de veículos da frota, o número de radares
valores de A e B são iguais. e o valor total, em reais, arrecadado com multas de trânsito,
relativos aos anos de 2004 e 2013:
Exemplo: Ano Frota Radares Arrecadação
1 - Carlos dividirá R$ 8.400,00 de forma inversamente 2004 5,8 milhões 260 328 milhões
proporcional à idade de seus dois filhos: Marcos, de12 anos, e 2013 7,5 milhões 601 850 milhões
Fábio, de 9 anos. O valor que caberá a Fábio será de: (Veja São Paulo, 16.04.2014)
A) R$ 3.600,00
B) R$ 4.800,00 Se o número de radares e o valor da arrecadação tivessem
C) R$ 7.000,00 crescido de forma diretamente proporcional ao crescimento
D) R$ 5.600,00 da frota de veículos no período considerado, então em 2013 a
quantidade de radares e o valor aproximado da arrecadação,
Marcos: a em milhões de reais (desconsiderando-se correções
Fábio: b monetárias), seriam, respectivamente,
a + b = 8400 (A) 336 e 424.
𝑎 𝑏 𝑎+𝑏 (B) 336 e 426.
+ =
1 1 1 1 (C) 334 e 428.
+
12 9 12 9 (D) 334 e 430.
(E) 330 e 432.
𝑏 8400
=
1 3 4 Comentários
+
9 36 36
01. Resposta: B.
8400 16 12
7 8400 9 → 𝑏 = 8400 . 36 1 = 1
𝑏= →𝑏=
36 9 7 9 7 60 𝑋

36 16 ∙ 60 = 12 ∙ 𝑋
1200 4 X=80
→ 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒: . = 4800
1 1

Matemática 18
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APOSTILAS OPÇÃO

02. Resposta: D. sistema com n equações e n incógnitas, sendo as somas x1 + x2


Como a medida do lado dobrou (1,5 . 2 = 3), o tempo + ... + xn= M e p1 + p2 + ... + pn = P.
também vai dobrar (2 . 2 = 4), mas, como se trata de área, o 𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
= =⋯=
valor vai dobrar de novo (2 . 4 = 8h). 𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛
A solução segue das propriedades das proporções:
03. Resposta: A.
Chamando os radares de 2013 de ( x ), temos que: 𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛 𝑀
5,8 260 = =⋯= = = =𝑲
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 𝑝1 + 𝑝2 + ⋯ 𝑝𝑛 𝑃
=
7,5 𝑥
Observa-se que partimos do mesmo princípio da divisão
5,8 . x = 7,5 . 260 em duas partes proporcionais.
x = 1950 / 5,8
x = 336,2 (aproximado) Exemplos:
Por fim, vamos calcular a arrecadação em 2013: 1) Para decompor o número 240 em três partes A, B e C
5,8 328
= diretamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar um
7,5 𝑥
sistema com 3 equações e 3 incógnitas tal que A + B + C = 240
5,8 . x = 7,5 . 328 e 2 + 4 + 6 = P. Assim:
x = 2460 / 5,8
𝐴 𝐵 𝐶 𝐴 + 𝐵 + 𝐶 240
x = 424,1 (aproximado) = = = = = 𝟐𝟎
2 4 6 𝑃 12
DIVISÃO PROPORCIONAL
Logo: A = 20.2 = 40; B = 20.4 = 80 e C = 20.6 =120
Uma forma de divisão no qual determinam-se
2) Determinar números A, B e C diretamente
valores(a,b,c,..) que, divididos por quocientes(x,y,z..)
proporcionais a 2, 4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C = 480
previamente determinados, mantêm-se uma razão que não
A solução segue das propriedades das proporções:
tem variação.
𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 480
Divisão Diretamente Proporcional = = = = = −𝟔𝟎
2 4 6 2.2 + 3.4 − 4.6 −8
- Divisão em duas partes diretamente proporcionais
Logo: A = - 60.2 = -120 ; B = - 60.4 = - 240 e C = - 60.6 = -
Para decompor um número M em duas partes A e B
360.
diretamente proporcionais a p e q, montamos um sistema com
Também existem proporções com números negativos.
duas equações e duas incógnitas, de modo que a soma das
partes seja A + B = M, mas
𝐴 𝐵 Divisão Inversamente Proporcional
=
𝑝 𝑞
- Divisão em duas partes inversamente proporcionais
A solução segue das propriedades das proporções:
Para decompor um número M em duas partes A e B
inversamente proporcionais a p e q, deve-se decompor este
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀
= = = =𝑲 número M em duas partes A e B diretamente proporcionais a
𝑝 𝑞 𝑝+𝑞 𝑝+𝑞 1/p e 1/q, que são, respectivamente, os inversos de p e q.
Assim basta montar o sistema com duas equações e duas
O valor de K é que proporciona a solução pois: A = K.p e B incógnitas tal que A + B = M. Desse modo:
= K.q
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞
Exemplos: = = = = =𝑲
1/𝑝 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 𝑝+𝑞
1) Para decompor o número 200 em duas partes A e B
diretamente proporcionais a 2 e 3, montaremos o sistema de O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B =
modo que A + B = 200, cuja solução segue de: K/q.
𝐴 𝐵 𝐴 + 𝐵 200
= = = = 𝟒𝟎 Exemplos:
2 3 5 5 1) Para decompor o número 120 em duas partes A e B
inversamente proporcionais a 2 e 3, deve-se montar o sistema
Fazendo A = K.p e B = K.q ; temos que A = 40.2 = 80 e
tal que A + B = 120, de modo que:
B=40.3 = 120
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 120 120.6
2) Determinar números A e B diretamente proporcionais a = = = = = 144
1/2 1/3 1/2 + 1/3 5/6 5
8 e 3, sabendo-se que a diferença entre eles é 40. Para resolver
este problema basta tomar A – B = 40 e escrever:
Assim A = K/p → A = 144/2 = 72 e B = K/q → B = 144/3 =
𝐴 𝐵 𝐴 − 𝐵 40 48
= = = =𝟖
8 3 5 5
2 - Determinar números A e B inversamente proporcionais
Fazendo A = K.p e B = K.q ; temos que A = 8.8 = 64 e B = a 6 e 8, sabendo-se que a diferença entre eles é 10. Para
8.3 = 24 resolver este problema, tomamos A – B = 10. Assim:

𝐴 𝐵 𝐴−𝐵 10
- Divisão em várias partes diretamente proporcionais = = = = 240
Para decompor um número M em partes x1, x2, ..., xn 1/6 1/8 1/6 − 1/8 1/24
diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um
Assim A = K/p → A = 240/6 = 40 e B = K/q → B = 240/8 =
30

Matemática 19
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APOSTILAS OPÇÃO

- Divisão em várias partes inversamente Assim A = K.c/p = (2/5).70 = 28 e B = K.d/q = (3/7).70 = 30


proporcionais
Para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn 2) Para obter números A e B diretamente proporcionais a
inversamente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decompor 4 e 3 e inversamente proporcionais a 6 e 8, sabendo-se que a
este número M em n partes x1, x2, ..., xn diretamente diferença entre eles é 21. Para resolver este problema basta
proporcionais a 1/p1, 1/p2, ..., 1/pn. escrever que A – B = 21 resolver as proporções:
A montagem do sistema com n equações e n incógnitas,
assume que x1 + x2 + ... + xn= M e além disso 𝐴 𝐵 𝐴−𝐵 21
= = = = 72
4/6 3/8 4/6 − 3/8 7/24
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
= =⋯=
1/𝑝1 1/𝑝2 1/𝑝𝑛 Assim A = K.c/p = (4/6).72 = 48 e B = K.d/q = (3/8).72 = 27

Cuja solução segue das propriedades das proporções: Divisão em n partes direta e inversamente
proporcionais
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛 Para decompor um número M em n partes x1, x2, ..., xn
= =⋯= =
1 1 1 1 1 1 diretamente proporcionais a p1, p2, ..., pn e inversamente
+ +⋯
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 proporcionais a q1, q2, ..., qn, basta decompor este número M
em n partes x1, x2, ..., xn diretamente proporcionais a p1/q1,
𝑀 p2/q2, ..., pn/qn.
= =𝑲
1 1 1 A montagem do sistema com n equações e n incógnitas
+ + ⋯+
𝑝1 𝑝2 𝑝𝑛 exige que x1 + x2 + ... + xn = M e além disso

Exemplos: 𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
= =⋯=
1-Para decompor o número 220 em três partes A, B e C 𝑝1 /𝑞1 𝑝2 /𝑞2 𝑝𝑛 /𝑞𝑛
inversamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar um
sistema com 3 equações e 3 incógnitas, de modo que A + B + C A solução segue das propriedades das proporções:
= 220. Desse modo:
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥𝑛 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛
𝐴 𝐵 𝐶 𝐴+𝐵+𝐶 220 = =⋯= 𝑝 =𝑝 𝑝 𝑝 =𝑲
𝑝1 /𝑞1 𝑝2 /𝑞2 𝑛 1
+ 2 +⋯+ 𝑛
= = = = = 240 𝑞𝑛 𝑞1 𝑞2 𝑞𝑛
1/2 1/4 1/6 1/2 + 1/4 + 1/6 11/12

A solução é A = K/p1 → A = 240/2 = 120, B = K/p2 → B = Exemplos:


240/4 = 60 e C = K/p3 → C = 240/6 = 40 1) Para decompor o número 115 em três partes A, B e C
diretamente proporcionais a 1, 2 e 3 e inversamente
2-Para obter números A, B e C inversamente proporcionais proporcionais a 4, 5 e 6, deve-se montar um sistema com 3
a 2, 4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C = 10, devemos montar as equações e 3 incógnitas de forma de A + B + C = 115 e tal que:
proporções:
𝐴 𝐵 𝐶 𝐴+𝐵+𝐶 115
= = = = = 100
𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 10 120 1/4 2/5 3/6 1/4 + 2/5 + 3/6 23/20
= = = = =
1/2 1/4 1/6 2/2 + 3/4 − 4/6 13/12 13
Logo A = K.p1/q1 = (1/4)100 = 25, B = K.p2/q2 = (2/5)100 =
logo A = 60/13, B = 30/13 e C = 20/13 40 e C = K.p3/q3 = (3/6)100 = 50
Existem proporções com números fracionários!
2) Determinar números A, B e C diretamente
Divisão em partes direta e inversamente proporcionais a 1, 10 e 2 e inversamente proporcionais a 2, 4
proporcionais e 5, de modo que 2A + 3B - 4C = 10.
A montagem do problema fica na forma:
- Divisão em duas partes direta e inversamente
𝐴 𝐵 𝐶 2𝐴 + 3𝐵 − 4𝐶 10 100
proporcionais = = = = =
Para decompor um número M em duas partes A e B 1/2 10/4 2/5 2/2 + 30/4 − 8/5 69/10 69
diretamente proporcionais a, c e d e inversamente
proporcionais a p e q, deve-se decompor este número M em A solução é A = K.p1/q1 = 50/69, B = K.p2/q2 = 250/69 e C
duas partes A e B diretamente proporcionais a c/q e d/q, basta = K.p3/q3 = 40/69
montar um sistema com duas equações e duas incógnitas de
forma que A + B = M e além disso: Problemas envolvendo Divisão Proporcional
1) As famílias de duas irmãs, Alda e Berta, vivem na mesma
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞 casa e a divisão de despesas mensais é proporcional ao
= = = = =𝑲 número de pessoas de cada família. Na família de Alda são três
𝑐/𝑝 𝑑/𝑞 𝑐/𝑝 + 𝑑/𝑞 𝑐/𝑝 + 𝑑/𝑞 𝑐. 𝑞 + 𝑝. 𝑑
pessoas e na de Berta, cinco. Se a despesa, num certo mês foi
de R$ 1.280,00, quanto pagou, em reais, a família de Alda?
O valor de K proporciona a solução pois: A = K.c/p e B = A) 320,00
K.d/q. B) 410,00
C) 450,00
D) 480,00
Exemplos:
E) 520,00
1) Para decompor o número 58 em duas partes A e B
diretamente proporcionais a 2 e 3, e, inversamente
proporcionais a 5 e 7, deve-se montar as proporções: Resolução:
Alda: A = 3 pessoas
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 58 Berta: B = 5 pessoas
= = = = 70 A + B = 1280
2/5 3/7 2/5 + 3/7 29/35

Matemática 20
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APOSTILAS OPÇÃO

𝐴 𝐵 𝐴 + 𝐵 1280 Questões
+ = = = 160
3 5 3+5 8
01. (Pref. Paulistana/PI – Professor de Matemática –
A = K.p = 160.3 = 480 IMA) Uma herança de R$ 750.000,00 deve ser repartida entre
Resposta D três herdeiros, em partes proporcionais a suas idades que são
de 5, 8 e 12 anos. O mais velho receberá o valor de:
2) Dois ajudantes foram incumbidos de auxiliar no (A) R$ 420.000,00
transporte de 21 caixas que continham equipamentos (B) R$ 250.000,00
elétricos. Para executar essa tarefa, eles dividiram o total de (C) R$ 360.000,00
caixas entre si, na razão inversa de suas respectivas idades. Se (D) R$ 400.000,00
ao mais jovem, que tinha 24 anos, coube transportar 12 caixas, (E) R$ 350.000,00
então, a idade do ajudante mais velho, em anos era?
A) 32 02. (TRF 3ª – Técnico Judiciário – FCC) Quatro
B) 34 funcionários dividirão, em partes diretamente proporcionais
C) 35 aos anos dedicados para a empresa, um bônus de R$36.000,00.
D) 36 Sabe-se que dentre esses quatro funcionários um deles já
E) 38 possui 2 anos trabalhados, outro possui 7 anos trabalhados,
outro possui 6 anos trabalhados e o outro terá direito, nessa
Resolução: divisão, à quantia de R$6.000,00. Dessa maneira, o número de
v = idade do mais velho anos dedicados para a empresa, desse último funcionário
Temos que a quantidade de caixas carregadas pelo mais citado, é igual a
novo: (A) 5.
Qn = 12 (B) 7.
Pela regra geral da divisão temos: (C) 2.
Qn = k.1/24 → 12 = k/24 → k = 288 (D) 3.
A quantidade de caixas carregadas pelo mais velho é: 21 – (E) 4.
12 = 9
Pela regra geral da divisão temos: 03. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo
Qv = k.1/v → 9 = 288/v → v = 32 anos – FCC) Uma prefeitura destinou a quantia de 54 milhões de
Resposta A reais para a construção de três escolas de educação infantil. A
área a ser construída em cada escola é, respectivamente, 1.500
3) Em uma seção há duas funcionárias, uma com 20 anos m², 1.200 m² e 900 m² e a quantia destinada à cada escola é
de idade e a outra com 30. Um total de 150 processos foi diretamente proporcional a área a ser construída.
dividido entre elas, em quantidades inversamente Sendo assim, a quantia destinada à construção da escola
proporcionais às suas respectivas idades. Qual o número de com 1.500 m² é, em reais, igual a
processos recebido pela mais jovem? (A) 22,5 milhões.
A) 90 (B) 13,5 milhões.
B) 80 (C) 15 milhões.
C) 60 (D) 27 milhões.
D) 50 (E) 21,75 milhões.
E) 30
Respostas
Estamos trabalhando aqui com divisão em duas partes
inversamente proporcionais, para a resolução da mesma 01. Resposta: C.
temos que: 5x + 8x + 12x = 750.000
25x = 750.000
𝐴 𝐵 𝐴+𝐵 𝑀 𝑀. 𝑝. 𝑞 x = 30.000
= = = = =𝑲
1/𝑝 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 1/𝑝 + 1/𝑞 𝑝+𝑞 O mais velho receberá: 1230000=360000

O valor de K proporciona a solução pois: A = K/p e B = K/q. 02. Resposta: D.


2x + 7x + 6x + 6000 = 36000
Vamos chamar as funcionárias de p e q respectivamente: 15x = 30000
p = 20 anos (funcionária de menor idade) x = 2000
q = 30 anos Como o último recebeu R$ 6.000,00, significa que ele se
Como será dividido os processos entre as duas, logo cada dedicou 3 anos a empresa, pois 2000.3 = 6000
uma ficará com A e B partes que totalizam 150:
A + B = 150 processos 03. Resposta: A.
𝐴 𝐵 150 150 1500x + 1200x + 900x = 54000000
= = = 3600x = 54000000
1 1 1 1 1 1
+ + x = 15000
𝑝 𝑞 20 30 20 30
Escola de 1500 m²: 1500.15000 = 22500000 = 22,5
150.20.30 90000 milhões.
= = = 𝟏𝟖𝟎𝟎
20 + 30 50
REGRA DE TRÊS SIMPLES
A = k/p → A = 1800 / 20 → A = 90 processos.
Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente
ou inversamente proporcionais podem ser resolvidos através
de um processo prático, chamado regra de três simples.

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APOSTILAS OPÇÃO

Vejamos a tabela abaixo:

Grandezas Relação Descrição

Nº de
MAIS funcionários contratados
funcionário x Direta Armando a proporção pela orientação das flechas, temos:
demanda MAIS serviço produzido
serviço
180 15
Nº de =
MAIS funcionários contratados 210 𝑥
funcionário x Inversa → 𝑜𝑚𝑜 180 𝑒 210 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑟 𝑠𝑖𝑚𝑝𝑙𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 30, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠:
exigem MENOS tempo de trabalho
tempo 180: 30 15 1806 15
= =
210: 30 𝑥 2107 𝑥
Nº de MAIS eficiência (dos funcionários)
funcionário x Inversa exige MENOS funcionários → 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑐𝑟𝑢𝑧𝑎𝑑𝑜(𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑖𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑜𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠)
eficiência contratados 105
→ 6𝑥 = 7.156𝑥 = 105 → 𝑥 = = 𝟏𝟕, 𝟓
6
Quanto MAIOR o grau de Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool.
Nº de
dificuldade de um serviço, MAIS
funcionário x Direta
funcionários deverão ser 2) Viajando de automóvel, à velocidade de 50 km/h, eu
grau dificuldade
contratados gastaria 7 h para fazer certo percurso. Aumentando a
velocidade para 80 km/h, em quanto tempo farei esse
MAIS serviço a ser produzido percurso?
Serviço x tempo Direta
exige MAIS tempo para realiza-lo
Indicando por x o número de horas e colocando as
Quanto MAIOR for a eficiência dos grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna e as
Serviço x
Direta funcionários, MAIS serviço será grandezas de espécies diferentes que se correspondem em
eficiência
produzido uma mesma linha, temos:

Quanto MAIOR for o grau de Velocidade (km/h) Tempo (h)


Serviço x grau
Inversa dificuldade de um serviço, MENOS 50 ---- 7
de dificuldade
serviços serão produzidos 80 ---- x

Quanto MAIOR for a eficiência dos Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), vamos
Tempo x funcionários, MENOS tempo será colocar uma flecha:
Inversa
eficiência necessário para realizar um
determinado serviço

Quanto MAIOR for o grau de


Tempo x grau dificuldade de um serviço, MAIS
Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo fica
Direta reduzido à metade. Isso significa que as grandezas velocidade
de dificuldade tempo será necessário para
realizar determinado serviço
e tempo são inversamente proporcionais. No nosso
esquema, esse fato é indicado colocando-se na coluna
“velocidade” uma flecha em sentido contrário ao da flecha da
coluna “tempo”:
Exemplos:
1) Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos litros
de álcool esse carro gastaria para percorrer 210 km?
O problema envolve duas grandezas: distância e litros de
álcool.
Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser
consumido. Na montagem da proporção devemos seguir o sentido das
Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma flechas. Assim, temos:
mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que se 7 80 7 808
= , 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑒 𝑙𝑎𝑑𝑜 → = 5 → 7.5 = 8. 𝑥
correspondem em uma mesma linha: 𝑥 50 𝑥 50

Distância (km) Litros de álcool 35


𝑥= → 𝑥 = 4,375 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
180 ---- 15 8
210 ---- x
Como 0,375 corresponde 22 minutos (0,375 x 60 minutos),
Na coluna em que aparece a variável x (“litros de álcool”), então o percurso será feito em 4 horas e 22 minutos
vamos colocar uma flecha: aproximadamente.

3) Ao participar de um treino de fórmula Indy, um


competidor, imprimindo a velocidade média de 180 km/h, faz
o percurso em 20 segundos. Se a sua velocidade fosse de 300
Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo de km/h, que tempo teria gasto no percurso?
álcool também duplica. Então, as grandezas distância e litros
de álcool são diretamente proporcionais. No esquema que Vamos representar pela letra x o tempo procurado.
estamos montando, indicamos esse fato colocando uma flecha Estamos relacionando dois valores da grandeza velocidade
na coluna “distância” no mesmo sentido da flecha da coluna (180 km/h e 300 km/h) com dois valores da grandeza tempo
“litros de álcool”: (20 s e x s).

Matemática 22
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APOSTILAS OPÇÃO

Queremos determinar um desses valores, conhecidos os Respostas


outros três.
01. Resposta: E.
Utilizaremos uma regra de três simples:
ano %
11442 ------- 100
Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo gasto
17136 ------- x
para fazer o percurso cairá para a metade; logo, as grandezas
11442.x = 17136 . 100 x = 1713600 / 11442 = 149,8%
são inversamente proporcionais. Assim, os números 180 e 300
(aproximado)
são inversamente proporcionais aos números 20 e x.
149,8% – 100% = 49,8%
Daí temos:
3600 Aproximando o valor, teremos 50%
180.20 = 300. 𝑥 → 300𝑥 = 3600 → 𝑥 =
300
𝑥 = 12 02. Resposta: C.
Conclui-se, então, que se o competidor tivesse andando em Se R$ 315,00 já está com o desconto de 10%, então R$
300 km/h, teria gasto 12 segundos para realizar o percurso. 315,00 equivale a 90% (100% - 10%).
Utilizaremos uma regra de três simples:
Questões $ %
315 ------- 90
01. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Em 3 de x ------- 100
maio de 2014, o jornal Folha de S. Paulo publicou a seguinte 90.x = 315 . 100 x = 31500 / 90 = R$ 350,00
informação sobre o número de casos de dengue na cidade de
Campinas. 03. Resposta: C.
Como ele teve um prejuízo de 10%, quer dizer 27000 é
90% do valor total.
Valor %
27000 ------ 90
X ------- 100

27000 909 27000 9


= 10 → = → 9.x = 27000.10 → 9x = 270000
𝑥 100 𝑥 10
→ x = 30000.

REGRA DE TRÊS COMPOSTA

O processo usado para resolver problemas que envolvem


mais de duas grandezas, diretamente ou inversamente
proporcionais, é chamado regra de três composta.

Exemplos:
1) Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 peças. Em
quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras produziriam
De acordo com essas informações, o número de casos 300 dessas peças?
registrados na cidade de Campinas, até 28 de abril de 2014, Indiquemos o número de dias por x. Coloquemos as
teve um aumento em relação ao número de casos registrados grandezas de mesma espécie em uma só coluna e as grandezas
em 2007, aproximadamente, de de espécies diferentes que se correspondem em uma mesma
(A) 70%. linha. Na coluna em que aparece a variável x (“dias”),
(B) 65%. coloquemos uma flecha:
(C) 60%.
(D) 55%.
(E) 50%.

02. (FUNDUNESP – Assistente Administrativo – Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x.
VUNESP) Um título foi pago com 10% de desconto sobre o
valor total. Sabendo-se que o valor pago foi de R$ 315,00, é As grandezas peças e dias são diretamente proporcionais.
correto afirmar que o valor total desse título era de No nosso esquema isso será indicado colocando-se na coluna
(A) R$ 345,00. “peças” uma flecha no mesmo sentido da flecha da coluna
(B) R$ 346,50. “dias”:
(C) R$ 350,00.
(D) R$ 358,50.
(E) R$ 360,00.

03. (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF.


IMARUÍ) Manoel vendeu seu carro por R$27.000,00(vinte e
sete mil reais) e teve um prejuízo de 10%(dez por cento) sobre As grandezas máquinas e dias são inversamente
o valor de custo do tal veículo, por quanto Manoel adquiriu o proporcionais (duplicando o número de máquinas, o número
carro em questão? de dias fica reduzido à metade). No nosso esquema isso será
(A) R$24.300,00 indicado colocando-se na coluna (máquinas) uma flecha no
(B) R$29.700,00 sentido contrário ao da flecha da coluna “dias”:
(C) R$30.000,00
(D)R$33.000,00
(E) R$36.000,00

Matemática 23
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APOSTILAS OPÇÃO

(C) 7 horas e 45 minutos.


(D) 7 horas e 30 minutos.
(E) 5 horas e 30 minutos.

02. (PREF. CORBÉLIA/PR – CONTADOR – FAUEL) Uma


Agora vamos montar a proporção, igualando a razão que equipe constituída por 20 operários, trabalhando 8 horas por
dia durante 60 dias, realiza o calçamento de uma área igual a
4 4800 m². Se essa equipe fosse constituída por 15 operários,
contém o x, que é , com o produto das outras razões, obtidas
x trabalhando 10 horas por dia, durante 80 dias, faria o
calçamento de uma área igual a:
 6 160  (A) 4500 m²
segundo a orientação das flechas  . :
 8 300  (B) 5000 m²
(C) 5200 m²
(D) 6000 m²
(E) 6200 m²

03. (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP) Dez


Simplificando as proporções obtemos: funcionários de uma repartição trabalham 8 horas por dia,
4 2 4.5 durante 27 dias, para atender certo número de pessoas. Se um
= → 2𝑥 = 4.5 → 𝑥 = → 𝑥 = 10
𝑥 5 2 funcionário doente foi afastado por tempo indeterminado e
outro se aposentou, o total de dias que os funcionários
Resposta: Em 10 dias. restantes levarão para atender o mesmo número de pessoas,
trabalhando uma hora a mais por dia, no mesmo ritmo de
2) Uma empreiteira contratou 210 pessoas para trabalho, será:
pavimentar uma estrada de 300 km em 1 ano. Após 4 meses de (A) 29.
serviço, apenas 75 km estavam pavimentados. Quantos (B) 30.
empregados ainda devem ser contratados para que a obra seja (C) 33.
concluída no tempo previsto? (D) 28.
(E) 31.
Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x.
As grandezas “pessoas” e “tempo” são inversamente Respostas
proporcionais (duplicando o número de pessoas, o tempo fica
reduzido à metade). No nosso esquema isso será indicado 01. Resposta: D.
colocando-se na coluna “tempo” uma flecha no sentido Comparando- se cada grandeza com aquela onde esta o x.
contrário ao da flecha da coluna “pessoas”: M² varredores horas
6000--------------18-------------- 5
7500--------------15--------------- x
Quanto mais a área, mais horas (diretamente
proporcionais)
Quanto menos trabalhadores, mais horas (inversamente
As grandezas “pessoas” e “estrada” são diretamente proporcionais)
proporcionais. No nosso esquema isso será indicado 5 6000 15
= ∙
colocando-se na coluna “estrada” uma flecha no mesmo 𝑥 7500 18
sentido da flecha da coluna “pessoas”:
6000 ∙ 15 ∙ 𝑥 = 5 ∙ 7500 ∙ 18
90000𝑥 = 675000
𝑥 = 7,5 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠
Como 0,5 h equivale a 30 minutos, logo o tempo será de 7
horas e 30 minutos.

02. Resposta: D.
Operários horas dias área
20-----------------8-------------60-------4800
Como já haviam 210 pessoas trabalhando, logo 315 – 210 15----------------10------------80-------- x
= 105 pessoas. Todas as grandezas são diretamente proporcionais, logo:
Reposta: Devem ser contratados 105 pessoas.
4800 20 8 60
Referências
= ∙ ∙
𝑥 15 10 80
MARIANO, Fabrício – Matemática Financeira para Concursos – 3ª Edição – 20 ∙ 8 ∙ 60 ∙ 𝑥 = 4800 ∙ 15 ∙ 10 ∙ 80
Rio de Janeiro: Elsevier,2013.
9600𝑥 = 57600000
𝑥 = 6000𝑚²
Questões
03. Resposta: B.
01. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO
Temos 10 funcionários inicialmente, com os afastamento
ADMINISTRATIVO – FCC) O trabalho de varrição de 6.000 m²
esse número passou para 8. Se eles trabalham 8 horas por dia,
de calçada é feita em um dia de trabalho por 18 varredores
passarão a trabalhar uma hora a mais perfazendo um total de
trabalhando 5 horas por dia. Mantendo-se as mesmas
9 horas, nesta condições temos:
proporções, 15 varredores varrerão 7.500 m² de calçadas, em
Funcionários horas dias
um dia, trabalhando por dia, o tempo de
10---------------8--------------27
(A) 8 horas e 15 minutos.
8----------------9-------------- x
(B) 9 horas.

Matemática 24
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APOSTILAS OPÇÃO

Quanto menos funcionários, mais dias devem ser


trabalhados (inversamente proporcionais).
Quanto mais horas por dia, menos dias devem ser
trabalhados (inversamente proporcionais).
Funcionários horas dias
8---------------9-------------- 27
10----------------8----------------x
A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. Se o
27
=
8

9
→ x.8.9 = 27.10.8 → 72x = 2160 → x = 30 dias. volume da água que enche um tanque é de 7.000 litros,
𝑥 10 8 dizemos que essa é a capacidade do tanque. A unidade
fundamental para medir capacidade é o litro (l); 1l equivale a
SISTEMA MÉTRICO DECIMAL E NÃO DECIMAL
1 dm3.
Cada unidade vale 10 vezes a unidade menor seguinte.
Sistema de Medidas Decimais
Um sistema de medidas é um conjunto de unidades de
medida que mantém algumas relações entre si. O sistema
métrico decimal é hoje o mais conhecido e usado no mundo
todo. Na tabela seguinte, listamos as unidades de medida de
comprimento do sistema métrico. A unidade fundamental é o
metro, porque dele derivam as demais.
O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de
medidas de massa. A unidade fundamental é o grama(g).

Unidades de Massa e suas Transformações

Há, de fato, unidades quase sem uso prático, mas elas têm
uma função. Servem para que o sistema tenha um padrão: cada Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama
unidade vale sempre 10 vezes a unidade menor seguinte. e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t).
Por isso, o sistema é chamado decimal. Medidas Especiais:
1 Tonelada(t) = 1000 Kg
E há mais um detalhe: embora o decímetro não seja útil na 1 Arroba = 15 Kg
prática, o decímetro cúbico é muito usado com o nome popular 1 Quilate = 0,2 g
de litro.
As unidades de área do sistema métrico correspondem às Relações entre unidades:
unidades de comprimento da tabela anterior.
São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro
quadrado (hm2), etc. As mais usadas, na prática, são o
quilômetro quadrado, o metro quadrado e o hectômetro
quadrado, este muito importante nas atividades rurais com o
nome de hectare (há): 1 hm2 = 1 há.
No caso das unidades de área, o padrão muda: uma
unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10 vezes, como
nos comprimentos. Entretanto, consideramos que o sistema Temos que:
continua decimal, porque 100 = 102. 1 kg = 1l = 1 dm3
Existem outras unidades de medida mas que não 1 hm2 = 1 ha = 10.000m2
pertencem ao sistema métrico decimal. Vejamos as relações 1 m3 = 1000 l
entre algumas essas unidades e as do sistema métrico
decimal (valores aproximados): Questões
1 polegada = 25 milímetros
3
1 milha = 1 609 metros 01. O suco existente em uma jarra preenchia da sua
4
1 légua = 5 555 metros capacidade total. Após o consumo de 495 mL, a quantidade de
1 pé = 30 centímetros 1
suco restante na jarra passou a preencher da sua capacidade
5
total. Em seguida, foi adicionada certa quantidade de suco na
jarra, que ficou completamente cheia. Nessas condições, é
correto afirmar que a quantidade de suco adicionada foi igual,
em mililitros, a
(A) 580.
(B) 720.
(C) 900.
(D) 660.
A nomenclatura é a mesma das unidades de comprimento
(E) 840.
acrescidas de quadrado.
Agora, vejamos as unidades de volume. De novo, temos a
02. Em uma casa há um filtro de barro que contém, no
lista: quilômetro cúbico (km3), hectômetro cúbico (hm3), etc.
início da manhã, 4 litros de água. Desse filtro foram retirados
Na prática, são muitos usados o metro cúbico(m3) e o
800 mL para o preparo da comida e meio litro para consumo
centímetro cúbico(cm3).
próprio. No início da tarde, foram colocados 700 mL de água
Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade
dentro desse filtro e, até o final do dia, mais 1,2 litros foram
vale 1000 vezes a unidade menor seguinte. Como 1000 = 103,
utilizados para consumo próprio. Em relação à quantidade de
o sistema continua sendo decimal.

Matemática 25
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APOSTILAS OPÇÃO

água que havia no filtro no início da manhã, pode-se concluir Para passar de uma unidade para a menor seguinte,
que a água que restou dentro dele, no final do dia, corresponde multiplica-se por 60.
a uma porcentagem de
(A) 60%. Exemplo:
(B) 55%. 0,3h não indica 30 minutos nem 3 minutos, quantos
(C) 50%. minutos indica 0,3 horas?
(D) 45%.
(E) 40%.
Efetuando temos: 0,3 . 60 = 1. x → x = 18 minutos.
03. Admita que cada pessoa use, semanalmente, 4 bolsas
Concluímos que 0,3horas = 18 minutos.
plásticas para embrulhar suas compras, e que cada bolsa é
composta de 3 g de plástico. Em um país com 200 milhões de
- Adição e Subtração de Medida de tempo
pessoas, quanto plástico será utilizado pela população em um
Ao adicionarmos ou subtrairmos medidas de tempo,
ano, para embrulhar suas compras? Dado: admita que o ano é
precisamos estar atentos as unidades. Vejamos os exemplos:
formado por 52 semanas. Indique o valor mais próximo do
obtido.
A) 1 h 50 min + 30 min
(A) 108 toneladas
(B) 107 toneladas
(C) 106 toneladas
(D) 105 toneladas
(E) 104 toneladas
Observe que ao somar 50 + 30, obtemos 80 minutos, como
Respostas sabemos que 1 hora tem 60 minutos, temos, então
acrescentamos a hora +1, e subtraímos 80 – 60 = 20 minutos,
01. Resposta: B. é o que resta nos minutos:
Vamos chamar de x a capacidade total da jarra. Assim:
3 1
. 𝑥 − 495 = . 𝑥
4 5

3 1
.𝑥 − . 𝑥 = 495
4 5

5.3.𝑥 − 4.𝑥=20.495
20
Logo o valor encontrado é de 2 h 20 min.
15x – 4x = 9900
11x = 9900 B) 2 h 20 min – 1 h 30 min
x = 9900 / 11
x = 900 mL (capacidade total)
Como havia 1/5 do total (1/5 . 900 = 180 mL), a quantidade
adicionada foi de 900 – 180 = 720 mL
Observe que não podemos subtrair 20 min de 30 min,
02. Resposta: B. então devemos passar uma hora (+1) dos 2 para a coluna
4 litros = 4000 ml; 1,2 litros = 1200 ml; meio litro = 500 minutos.
ml
4000 – 800 – 500 + 700 – 1200 = 2200 ml (final do dia)
Utilizaremos uma regra de três simples:
ml %
4000 ------- 100
2200 ------- x Então teremos novos valores para fazermos nossa
4000.x = 2200 . 100 x = 220000 / 4000 = 55%
subtração, 20 + 60 = 80:
03. Resposta: D.
4 . 3 . 200000000 . 52 = 1,248 . 1011 g = 1,248 . 105 t

MEDIDAS DE TEMPO
Logo o valor encontrado é de 50 min.
Não Decimais
Questões
Medidas de Tempo (Hora) e suas Transformações
01. Joana levou 3 horas e 53 minutos para resolver uma
prova de concurso, já Ana levou 2 horas e 25 minutos para
resolver a mesma prova. Comparando o tempo das duas
candidatas, qual foi a diferença encontrada?
(A) 67 minutos.
(B) 75 minutos.
Desse grupo, o sistema hora – minuto – segundo, que mede (C) 88 minutos.
intervalos de tempo, é o mais conhecido. A unidade utilizada (D) 91 minutos.
como padrão no Sistema Internacional (SI) é o segundo. (E) 94 minutos.

1h → 60 minutos → 3 600 segundos 02. A tabela a seguir mostra o tempo, aproximado, que um
professor leva para elaborar cada questão de matemática.

Matemática 26
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APOSTILAS OPÇÃO

Questão (dificuldade) Tempo (minutos) Medidas de Ângulos e suas Transformações

Fácil 8

Média 10

Difícil 15

Muito difícil 20

Para medir ângulos, também temos um sistema não


O gráfico a seguir mostra o número de questões de decimal. Nesse caso, a unidade básica é o grau. Na astronomia,
matemática que ele elaborou. na cartografia e na navegação são necessárias medidas
inferiores a 1º. Temos, então:

1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)


1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”)

Os minutos e os segundos dos ângulos não são, é claro, os


mesmos do sistema de tempo – hora, minuto e segundo. Há
uma coincidência de nomes, mas até os símbolos que os
indicam são diferentes:

1h 32min 24s é um intervalo de tempo ou um instante do


O tempo, aproximado, gasto na elaboração dessas questões dia.
foi 1º 32’ 24” é a medida de um ângulo.
(A) 4h e 48min.
(B) 5h e 12min. Por motivos óbvios, cálculos no sistema hora – minuto –
(C) 5h e 28min. segundo são similares a cálculos no sistema grau – minuto –
(D) 5h e 42min. segundo, embora esses sistemas correspondam a grandezas
(E) 6h e 08min. distintas.
03. Para obter um bom acabamento, um pintor precisa dar SISTEMA MONETÁRIO NACIONAL
duas demãos de tinta em cada parede que pinta. Sr. Luís utiliza
uma tinta de secagem rápida, que permite que a segunda O primeiro dinheiro do Brasil foi a moeda-mercadoria.
demão seja aplicada 50 minutos após a primeira. Ao terminar Durante muito tempo, o comércio foi feito por meio da troca
a aplicação da primeira demão nas paredes de uma sala, Sr. de mercadorias, mesmo após a introdução da moeda de metal.
Luís pensou: “a segunda demão poderá ser aplicada a partir As primeiras moedas metálicas (de ouro, prata e cobre)
das 15h 40min.” chegaram com o início da colonização portuguesa. A unidade
Se a aplicação da primeira demão demorou 2 horas e 15 monetária de Portugal, o Real, foi usada no Brasil durante todo
minutos, que horas eram quando Sr. Luís iniciou o serviço? o período colonial. Assim, tudo se contava em réis (plural
(A) 12h 25 min popular de real) com moedas fabricadas em Portugal e no
(B) 12h 35 min Brasil. O Real (R) vigorou até 07 de outubro de 1833.
(C) 12h 45 min
(D) 13h 15 min No século XX, o Brasil adotou nove sistemas monetários ou
(E) 13h 25 min nove moedas diferentes (mil-réis, cruzeiro, cruzeiro novo,
cruzeiro, cruzado, cruzado novo, cruzeiro, cruzeiro real, real).
Respostas
A Medida Provisória nº 336, de 28 de julho de 1993,
01. Resposta: C. transformou o cruzeiro – Cr$ em cruzeiro real – CR$, na base
de CR$ 1,00 por Cr$ 1.000,00.
Em 30 de junho de 1994, Fernando Henrique Cardoso,
ministro da Fazenda, anunciou o Plano Real: o cruzeiro real –
Como 1h tem 60 minutos. CR$ se transformou em real – R$, na base de R$ 1,00 por CR$
Então a diferença entre as duas é de 60+28=88 minutos. 2.750,00.
O artigo 10, I, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964,
02. Resposta: D. delegou ao Banco Central do Brasil (BCB) competência para
T = 8 . 4 + 10 . 6 + 15 . 10 + 20 . 5 = emitir papel-moeda e moeda metálica, competência exclusiva
= 32 + 60 + 150 + 100 = 342 min consagrada pelo artigo 164 da Constituição Federal de 1988.
Fazendo: 342 / 60 = 5 h, com 42 min (resto) Antes da criação do BCB, a Superintendência da Moeda e
do Crédito (SUMOC), o Banco do Brasil e o Tesouro Nacional
03. Resposta: B. desempenhavam o papel de autoridade monetária.
15 h 40 – 2 h 15 – 50 min = 12 h 35min A SUMOC, criada em 1945 e antecessora do BCB, tinha por
finalidade exercer o controle monetário. A SUMOC fixava os
percentuais de reservas obrigatórias dos bancos comerciais, as
taxas do redesconto e da assistência financeira de liquidez,
bem como os juros. Além disso, supervisionava a atuação dos
bancos comerciais, orientava a política cambial e representava
o país junto a organismos internacionais.

Matemática 27
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APOSTILAS OPÇÃO

O Banco do Brasil executava as funções de banco do Como surgiram as moedas


governo, e o Tesouro Nacional era o órgão emissor de papel- Por muito tempo, os objetos de metal foram mercadorias
moeda. muito apreciadas. Como sua produção exigia, além do domínio
das técnicas de fundição, o conhecimento dos locais onde o
UNIDADES DO SITEMA MONETÁRIO BRASILEIRO metal poderia ser encontrado, essa tarefa, naturalmente, não
Unidade Período de estava ao alcance de todas as pessoas.
Símbolo Correspondência
monetária vigência A valorização, cada vez maior, destes instrumentos levou à
Período sua utilização como moeda, e ao aparecimento de réplicas de
Real (plural = R 1$2000 = 1/8
colonial até R
Réis) ouro de 22k objetos metálicos, em pequenas dimensões, que circulavam
7/10/1833
como dinheiro.
8/10/1833 a Rs 2$500 = 1/8 de
Mil Réis R$ Surgem, então, no século VII a.C., as primeiras moedas com
31/10/1942 ouro de 22k
1/11/1942 a Cr$ 1,00 = Rs características das atuais: são pequenas peças de metal, com
Cruzeiro Cr$ peso e valor definidos e com a impressão do cunho oficial, isto
30/11/1964 1$000
Cruzeiro é, a marca de quem as emitiu, e lhes garante seu valor.
1/12/1964 a
(eliminados
12/2/1967
Cr$ Cr$ 1 = Cr$ 1,00 Moedas de prata foram cunhadas na Grécia. A princípio,
os centavos) essas peças eram fabricadas por processos manuais muito
Cruzeiro rudimentares e não eram exatamente iguais, como as de hoje,
13/02/1967 a NCr$ 1,00 = Cr$
Novo (volta NCr$ que são peças absolutamente iguais umas às outras.
14/05/1970 1.000
dos centavos)
15/05/1970 a Cr$ 1,00 = NCr$
Cruzeiro
14/08/1984
Cr$
1,00
Moedas utilizadas no Brasil (Real)
Cruzeiro As moedas utilizadas oficialmente no Brasil, e que
15/8/1984 a compõem o Sistema Monetário Brasileiro são:
(eliminados Cr$ Cr$ 1 = Cr$ 1,00
27/2/1986
os centavos)
Cruzado
28/2/1986 a Cz$ 1,00 = Cr$
(volta dos Cz$
15/1/1989 1.000,00
centavos)
Cruzado 16/1/1989 a NCz$ = Cz$
NCz$
Novo 15/3/1990 1.000,00
16/03/1990 a Cr$ 1,00 = NCz$
Cruzeiro Cr$
31/7/1993 1,00
1/8/1993 a CR$ 1,00 = Cr$
Cruzeiro Real CR$
30/06/1994 1.000,00
Real (plural = A partir de R$ 1,00 = CR$
R$
Reais) 1/7/1994 2.750,00
Fonte: Banco Central. Boletim Mensal, Dez/1995
Elaboração: DIEESE É interessante notar que a moeda de 1 centavo (R$ 0,01)
foi desativada em 2004.

Cédulas utilizadas no Brasil (Real)

1ª Família do Real

1942 – Cruzeiro (Cr$)


Até outubro de 1942 – Mil Réis
($000)

1965 – Cruzeiro Novo (NCr$) 1970 – Cruzeiro (Cr$)

1989 – Cruzado Novo (NCz$)


1986 – Cruzado (Cz$)

Atualmente não circula mais a cédula de R$ 1,00, dando


1990 – Cruzeiro (Cr$)
1993 – Cruzeiro Real (CR$) lugar a de R$ 2,00.
1994 – Real (R$) – criado em 1994, As notas da Primeira Família continuam valendo e
o real foi primeiro URV (Unidade podem ser usadas normalmente. Aos poucos, serão
Real de Valor), um indexador substituídas por suas versões mais recentes: a Segunda
determinado diariamente pelo
governo. Na época de seu Família do Real.
lançamento, cada real equivalia a 1
URV, ou 2.750,00 cruzeiros reais.

Matemática 28
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APOSTILAS OPÇÃO

2ª Família do Real (C) R$ 25,00


(D) R$ 24,00
(E) R$ 35,00

02. (POLÍCIA CIENTÍFICA/PR – Auxiliar de Necropsia e


Auxiliar de Perícia – IBFC/2017) No dia anterior ao
pagamento do seu salário, a conta corrente de Teodoro
apresentava o saldo negativo de R$ 2.800,00. Com o salário
creditado em sua conta, o saldo passou a ser positivo e ficou
em R$ 450,00. Assinale a alternativa que indica o salário que
Teodoro recebeu.
(A) R$ 3.250,00
(B) R$ 3.350,00
(C) R$ 2.350,00
Por que mudar as notas? (D) R$ 2.950,00
O Real está consolidado como uma moeda forte, utilizada (E) R$ 1.900,00
cada vez mais nas transações cotidianas e como reserva de
valor. Com o avanço das tecnologias digitais nos últimos anos, 03. (Pref. Salvador/BA – Aux. Desenvolvimento Infantil
é necessário dotar as nossas cédulas de recursos gráficos e – FGV/2017) Júlia foi ao mercado, comprou 3 caixas de leite,
elementos antifalsificação mais modernos, capazes de a R$ 3,20 cada uma, e 2kg de feijão, a R$ 4,60 o quilo.
continuar garantindo a segurança do dinheiro brasileiro no Ela pagou a compra com uma nota de R$ 20,00 e recebeu
futuro. de troco a quantia de
(A) R$ 0,80.
Glossário (B) R$ 1,20.
Banco Central (BC ou Bacen) - Autoridade monetária do (C) R$ 1,40.
país responsável pela execução da política financeira do (D) R$ 1,60.
governo. Cuida ainda da emissão de moedas, fiscaliza e (E) R$ 2,00.
controla a atividade de todos os bancos no país.
04. (TJ/RS – Técnica Judiciário – FAURGS/2017) Uma
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) - locadora de automóveis oferece dois planos de aluguel de
Órgão internacional que visa ajudar países subdesenvolvidos carros a seus clientes:
e em desenvolvimento na América Latina. A organização foi Plano A: diária a R$ 120,00, com quilometragem livre.
criada em 1959 e está sediada em Washington, nos Estados Plano B: diária a R$ 90,00, mais R$ 0,40 por quilô-metro
Unidos. rodado.
Alugando um automóvel, nesta locadora, quantos
Banco Mundial - Nome pelo qual o Banco Internacional de quilômetros precisam ser rodados para que o valor do aluguel
Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) é conhecido. Órgão pelo Plano A seja igual ao valor do aluguel pelo Plano B?
internacional ligado a Organização das Nações Unidas (ONU), (A) 30.
a instituição foi criada para ajudar países subdesenvolvidos e (B) 36.
em desenvolvimento. (C) 48.
(D) 75.
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e (E) 84.
Social (BNDES) - Empresa pública federal vinculada ao
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior 05. (Pref. Itanhaém/SP – Recepcionista –
que tem como objetivo financiar empreendimentos para o VUNESP/2017) Um artista está participando de uma
desenvolvimento do Brasil. competição de perguntas e respostas num programa de TV. A
cada resposta correta, ele ganha R$ 100,00, e a cada resposta
Casa da Moeda do Brasil (CMB) - é uma empresa pública errada, ele perde R$ 40,00. Sabendo-se que ele acertou 6 e
vinculada ao Ministério da Fazenda. Fundada em 8 de março errou 14 respostas do total de perguntas, ele saiu dessa
de 1694, acumula mais de 300 anos de existência. Foi criada competição com exatos
no Brasil Colônia pelos governantes portugueses para fabricar (A) R$ 25,00.
moedas com o ouro proveniente das minerações. Na época, a (B) R$ 30,00.
extração de ouro era muito expressiva no Brasil e o (C) R$ 35,00.
crescimento do comércio começava a causar um caos (D) R$ 40,00.
monetário devido à falta de um suprimento local de moedas. A (E) R$ 45,00.
Casa da Moeda possui, atualmente, três fábricas: de cédulas,
moedas e gráfica geral. Comentários

Questões 01. Resposta: C.


X é o valor fixo
01. (UFSCAR – Assistente em Administração – Temos 6 casais ⇾ 6.2 = 12 adultos que pagam x
UFSCAR/2017) Em uma churrascaria, crianças de até 6 anos E 4 garotos que pagam x/2 = 4.x/2
não pagam pela refeição e crianças de 7 a 12 anos pagam Montando a equação temos:
metade do valor fixo pago por adultos. Um grupo de 6 casais 12x + 4. x/2 = 350 ⇾ 12x + 2x = 350 ⇾ 14x = 350 ⇾ x =
de amigos vai à churrascaria levando consigo 5 crianças 350/14 ⇾ x = 25
menores de 6 anos e 4 garotos com idades de 9 a 12 anos. A Logo o valor pago por cada adulto é de R$ 25,00.
conta final do rodízio, na parte referente às refeições, ficou em
350 reais. Quanto cada adulto pagou pela sua refeição?
(A) R$ 27,00
(B) R$ 30,00

Matemática 29
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APOSTILAS OPÇÃO

02. Resposta: A. Exemplos:


Como estava negativo em 2800 e ficou positivo em 450. 1) a (x + y) = ax + ay
Significa que ele recebeu o Saldo negativo + o saldo positivo = 2) (a + b).(x + y) = ax + ay + bx + by
2800 + 450 = 3250. 3) x (x² + y) = x³ + xy

03. Resposta: B. Obs.: Para multiplicarmos potências de mesma base,


3 x 3,20 = 9,60 conservamos a base e somamos os expoentes.
2 x 4,60 = 9,20 Na divisão de potências devemos conservar a base e
Total da compra: 9,60 + 9,20 = 18,80 . Pagou com 20,00 – subtrair os expoentes
18,80 = 1,20
Exemplos:
04. Resposta: D. 1) 4x² ÷ 2x = 2x
120 = 90 + x. 0,40 ⇾ 0,40 x = 120 – 90 ⇾ 0,40x = 30 ⇾ x = 2) (6x³ - 8x) ÷ 2x = 3x² - 4
30/0,40 ⇾ x = 75 km 3) =
Resolução:
05. Resposta: D.
6 certos = 6.100 = 600
14 erros = 14.40 = 560
600 – 560 = R$ 40,00

3. Calculo algébrico:
monômios e polinômios
Para iniciarmos as operações devemos saber o que são
termos semelhantes. Dizemos que um termo é semelhante do
EXPRESSÕES ALGÉBRICAS OU CÁLCULO ALGÉBRICO outro quando suas partes literais são idênticas.

Expressões Algébricas: São aquelas que contêm números Veja:


e letras. 5x2 e 42x são dois termos, as suas partes literais são x2 e x,
Ex.: 2ax² + bx as letras são iguais, mas o expoente não, então esses termos
não são semelhantes.
Variáveis: São as letras das expressões algébricas que 7ab2 e 20ab2 são dois termos, suas partes literais são ab2 e
representam um número real e que de princípio não possuem ab , observamos que elas são idênticas, então podemos dizer
2
um valor definido. que são semelhantes.

Valor numérico de uma expressão algébrica é o número Adição e subtração de monômios


que obtemos substituindo as variáveis por números e Só podemos efetuar a adição e subtração de monômios
efetuamos suas operações. entre termos semelhantes. E quando os termos envolvidos na
operação de adição ou subtração não forem semelhantes,
Ex: Sendo x = 1 e y = 2, calcule o valor numérico (VN) da deixamos apenas a operação indicada.
expressão:
x² + y → 1² + 2 = 3; Portando o valor numérico da Veja:
expressão é 3. Dado os termos 5xy2, 20xy2, como os dois termos são
semelhantes eu posso efetuar a adição e a subtração deles.
Monômio: Os números e letras estão ligados apenas por 5xy2 + 20xy2 devemos somar apenas os coeficientes e
produtos. conservar a parte literal.
Ex: 4x 25 xy2

Polinômio: É a soma ou subtração de monômios. 5xy2 - 20xy2 devemos subtrair apenas os coeficientes e
Ex: 4x + 2y conservar a parte literal.
- 15 xy2
Termos semelhantes: São aqueles que possuem partes
literais iguais (variáveis) Veja alguns exemplos:
Ex: 2 x³ y² z e 3 x³ y² z → são termos semelhantes pois - x2 - 2x2 + x2 como os coeficientes são frações devemos
possuem a mesma parte literal. tirar o mmc de 6 e 9.

Adição e Subtração de expressões algébricas 3x2 - 4 x2 + 18 x2


Para determinarmos a soma ou subtração de expressões 18
algébricas, basta somar ou subtrair os termos semelhantes. 17x2
Assim: 2 x³ y² z + 3x³ y² z = 5x³ y² z ou 18
2 x³ y² z - 3x³ y² z = -x³ y² z
- 4x2 + 12y3 – 7y3 – 5x2 devemos primeiro unir os termos
Convém lembrar-se dos jogos de sinais. semelhantes: 12y3 – 7y3 + 4x2 – 5x2 agora efetuamos a soma e
Na expressão (x³ + 2 y² + 1) – (y ² - 2) = x³ +2 y² + 1 – y² + a subtração.
2 = x³ + y² +3 5y3 – x2 como os dois termos restantes não são
semelhantes, devemos deixar apenas indicado à operação dos
Multiplicação e Divisão de expressões algébricas monômios.
Na multiplicação e divisão de expressões algébricas,
devemos usar a propriedade distributiva.

Matemática 30
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APOSTILAS OPÇÃO

Reduza os termos semelhantes na expressão 4x2 – 5x -3x + Questões


2x2. Depois calcule o seu valor numérico da expressão. 4x2 – 5x
- 3x + 2x2 reduzindo os termos semelhantes. 4x2 + 2x2 – 5x - 3x 01. (Pref. de Terra de Areia/RS – Agente
6x2 - 8x os termos estão reduzidos, agora vamos achar o Administrativo – OBJETIVA) Assinalar a alternativa que
valor numérico dessa expressão. apresenta o resultado do polinômio abaixo:
Para calcularmos o valor numérico de uma expressão 2x(5x + 7y) + 9x(2y)
devemos ter o valor de sua incógnita, que no caso do exercício (A) 10x + 14xy + 18yx
é a letra x. (B) 6x² + 21xy
Vamos supor que x = - 2, então substituindo no lugar do x (C) 10x² + 32xy
o -2 termos: (D) 10x² + 9y
(E) 22x + 9y
6x2 - 8x =
= 6 . (-2)2 – 8 . (-2) = 02. (Pref. de Cipotânea/MG – Auxiliar Administrativo –
= 6 . 4 + 16 = REIS&REIS) Subtraia os polinômios abaixo:
= 24 + 16 = (-12ab + 6a) – (-13ab + 5a) =
= 40 (A) 2ab + a
(B) a + b
Multiplicação de monômios (C) ab + a
Para multiplicarmos monômios não é necessário que eles (D) ab + 2a
sejam semelhantes, basta multiplicarmos coeficiente com (E) -14ab
coeficiente e parte literal com parte literal. Sendo que quando
multiplicamos as partes literais devemos usar a propriedade 03. (Pref. de Trindade/GO – Auxiliar Administrativo –
da potência que diz: am . an = am + n (bases iguais na FUNRIO) Um aluno dividiu o polinômio (x2 − 5x + 6) pelo
multiplicação repetimos a base e somamos os expoentes). binômio (x − 3) e obteve, corretamente, resto igual zero e
(3a2b).(- 5ab3) na multiplicação dos dois monômios, quociente (ax + b). O valor de (a − b) é igual a:
devemos multiplicar os coeficientes 3 . (-5) e na parte literal (A) 0
multiplicamos as que têm mesma base para que possamos (B) 1
usar a propriedade am . an = am + n. (C) 2
3 . ( - 5) . a2 . a . b . b3 = (D) 3
= - 15 a2 +1 b1 + 3 = (E) 4
= - 15 a3b4
04. Se A = x² - 2x + 3 e B = 3x² - 8x + 5, então o valor de 2A
Divisão de monômios – 3B é:
Para dividirmos os monômios não é necessário que eles (A) -7x² + 20x -9
sejam semelhantes, basta dividirmos coeficiente com (B) -7x² + 20x -15
coeficiente e parte literal com parte literal. Sendo que quando (C) -9x² + 10x -9
dividirmos as partes literais devemos usar a propriedade da (D) x² + 20x -9
potência que diz: am ÷ an = am - n (bases iguais na divisão (E) 4x² - 10x + 8
repetimos a base e diminuímos os expoentes), sendo que a ≠ 0.
(-20x2y3) ÷ (- 4xy3) na divisão dos dois monômios, Comentários
devemos dividir os coeficientes -20 e -4 e na parte literal
dividirmos as que têm mesma base para que possamos usar a 01. Resposta: C.
propriedade am ÷ an = am – n. 2x (5x + 7y) + 9x(2y)
- 20 ÷ (– 4) . x2 ÷ x . y3 ÷ y3 = 10x² + 14xy + 18xy
= 5 x2 – 1 y3 – 3 = 10x² + 32xy
= 5x1y0 =
= 5x 02. Resposta: C.
(-12ab + 6a) – (-13ab + 5a)
Potenciação de monômios = -12ab + 6a +13ab - 5a
Na potenciação de monômios devemos novamente utilizar = ab + a
uma propriedade da potenciação:
03. Resposta: D.
I - (a . b)m = am . bm
II - (am)n = am . n

Veja alguns exemplos:


(-5x2b6)2 aplicando a propriedade

I - (-5)2 . (x2)2 . (b6)2 aplicando a propriedade O Polinômio "x² -5x +6" é dividido por "x - 3" gerando o
II - 25 . x4 . b12 25x4b12 resultado de "x - 2", o termo que acompanha o "x" será o "a" e
o que está sozinho será o "b", então:
Radiciação de monômios Se o quociente é (ax+b), temos que o quociente da nossa
Na radicação de monômios retiramos a raiz do coeficiente questão é x-2, como a questão pede (a-b), que será a=1 e b= -
numérico e também de cada um de seus fatores, em resumo 2 --> (1 - (-2)) = 1+2 = 3
isso equivale a dividirmos cada expoente dos fatores pelo
índice da raiz. 04. Resposta: A.
Exemplo: Se A = x² - 2x + 3 e B = 3x² - 8x + 5
A raiz de √9x4y6z² Então,
√9𝑥 4 𝑦 6 𝑧 2 → √9. √𝑥 4 . √𝑦 6 . √𝑧 2 → 3. 𝑥 4:2 . 𝑦 6:2 . 𝑧 2:2 → 3𝑥 2 𝑦 3 𝑧 2A = 2.( x² - 2x + 3) = 2x² - 4x + 6
3B = 3.(3x² - 8x + 5) = 9x² - 24x + 15.

Matemática 31
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APOSTILAS OPÇÃO

Assim 2A – 3B =
2x² - 4x + 6 – (9x² - 24x + 15)
2x² - 4x + 6 –9x² + 24x – 15 =
-7x² + 20x -9

4. Funções: Ideia de função,


interpretação de gráficos,
domínio e imagem, função do Função Injetora: Quando para n elementos distintos do
domínio apresentam imagens também distintas no
1º grau, função do 2º grau– contradomínio. Exemplo:
valor de máximo e mínimo de
uma função do 2º grau.

FUNÇÃO DO 1º GRAU OU FUNÇÃO AFIM OU POLINOMIAL


DO 1º GRAU Reconhecemos, graficamente, uma função injetora quando,
uma reta horizontal, qualquer que seja interceptar o gráfico da
Recebe ou é conhecida por um desses nomes, sendo por função, uma única vez.
definição: Toda função f: R → R, definida por:

F(x) = ax + b

Com a ϵ R* e b ϵ R.
O domínio e o contradomínio é o conjunto dos números
reais (R) e o conjunto imagem coincide com o contradomínio,
Im = R.
Quando b = 0, chamamos de função linear. Função Sobrejetora: Quando todos os elementos do
contradomínio forem imagens de pelo menos um elemento do
domínio. Exemplo:

Tipos de Função
Função constante: é toda função definida f: R → R, para
cada elemento de x, temos a mesma imagem, ou seja, o mesmo Reconhecemos, graficamente, uma função sobrejetora
f(x) = y. Podemos dizer que y = f(x) = k. quando, qualquer que seja a reta horizontal que interceptar o
eixo no contradomínio, interceptar, também, pelo menos uma
Observe os gráficos abaixo da função constante vez o gráfico da função.

A reresentação gráfica de uma função do constante, é uma


reta paralela ao eixo das abscissas ou sobre o eixo (igual ao
eixo abscissas).

Função Identidade
Se a = 1 e b = 0, então y = x. Quando temos este caso
chamamos a função de identidade, notamos que os valores de
x e y são iguais, quando a reta corta os quadrantes ímpares
e y = - x, quando corta os quadrantes pares.
A reta que representa a função identidade é denominada
de bissetriz dos quadrantes ímpares:
Função Bijetora: uma função é dita bijetora quando é
injetora e sobrejetora ao mesmo tempo. Exemplo:

E no caso abaixo a reta é a bissetriz dos quadrantes pares.

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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplo: Através do gráfico da função notamos que:


A função f : [1; 3] → [3; 5], definida por f(x) = x + 2, é uma -Para função é crescente o ângulo formado entre a reta da
função bijetora. função e o eixo x (horizontal) é agudo (< 90º) e
- Para função decrescente o ângulo formado é obtuso (> 90º).

Zero ou Raiz da Função


Chama-se zero ou raiz da função y = ax + b, o valor de x
que anula a função, isto é, o valor de x para que y ou f(x) seja
igual à zero.

Para achar o zero da função y = ax + b, basta igualarmos y


ou f(x) a valor de zero, então assim teremos uma equação do
Função Ímpar e Função Par 1º grau, ax + b = 0.
Dizemos que uma função é par quando para todo elemento
x pertencente ao domínio temos 𝑓(𝑥) = 𝑓(−𝑥), ∀ 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓). Estudo do sinal da função:
Ou seja os valores simétricos devem possuir a mesma imagem. Estudar o sinal da função y = ax + b é determinar os valores
Par melhor compreensão observe o diagrama abaixo: reais de x para que:
- A função se anule (y = 0);
- A função seja positiva (y > 0);
- A função seja negativa (y < 0).

Vejamos abaixo o estudo do sinal:

A função é dita ímpar quando para todo elemento x


pertencente ao domínio, temos f(-x) = -f(x) ∀ x є D(f). Ou seja
os elementos simétricos do domínio terão imagens simétricas.
Observe o diagrama abaixo:

Função crescente e decrescente


A função pode ser classificada de acordo com o valor do
coeficiente a (coeficiente angular da reta), se a > 0, a
função é crescente, caso a < 0, a função é decrescente. A
função é caracterizada por uma reta. Exemplo:
Estudar o sinal da função y = 2x – 4 (a = 2 > 0).
Qual o valor de x que anula a função?
y=0
2x – 4 = 0
2x = 4
4
x=
2
x=2
A função se anula para x = 2.

Referências
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática Volume 1 – Editora
Moderna
FACCHINI, Walter – Matemática Volume Único – 1ª Edição - Editora
Saraiva:1996

Questões

01. O gráfico apresenta informações do lucro, em reais,


sobre a venda de uma quantidade, em centenas, de um produto
em um hipermercado.

Matemática 33
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APOSTILAS OPÇÃO

T = 3t + 2,50

03. Resposta: D.
35 = - 4x + 15 → - 4x = 20 → x = - 5

FUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU OU FUNÇÃO


QUADRÁTICA

Chama-se “função do 2º grau”, função quadrática, função


polinomial do 2º grau ou função trinômio do 2º grau, toda
função f de R em R definida por um polinômio do 2º grau da
Sabendo-se que é constante a razão entre a variação do forma:
lucro e a variação da quantidade vendida e que se pretende ter
um lucro total não menor que R$ 90.500,00 em 10 dias de
venda desse produto, então a média diária de unidades que Com a, b e c reais e a ≠ 0.
deverão ser vendidas, nesse período, deverá ser, no mínimo,
de: Onde:
(A) 8 900. a é o coeficiente de x2
(B) 8 950. b é o coeficiente de x
(C) 9 000. c é o termo independente
(D) 9 050.
(E) 9 150. Exemplos:
y = x2 – 16, sendo a = 1, b = 0 e c = – 16
02. Em determinado estacionamento cobra-se R$ 3,00 por f(x) = x2, sendo a = 1, b = 0 e c = 0
hora que o veículo permanece estacionado. Além disso, uma
taxa fixa de R$ 2,50 é somada à tarifa final. Seja t o número de Representação gráfica da Função
horas que um veículo permanece estacionado e T a tarifa final, O gráfico da função é constituído de uma curva aberta
assinale a seguir a equação que descreve, em reais, o valor de chamada de parábola.
T:
(A) T = 3t Exemplo:
(B) T = 3t + 2,50 Se a função f de R em R definida pela equação y = x2 + x.
(C) T = 3t + 2.50t Atribuindo à variável x qualquer valor real, obteremos em
(D) T = 3t + 7,50 correspondência os valores de y, vamos construir o gráfico da
(E) T = 7,50t + 3 função:

03. Dada a função f(x) = −4x +15 , sabendo que f(x) = 35, x y
então -3 6
(A) x = 5. -2 2
(B) x = 6. -1 0
(C) x = -6. -1/2 -1/4
(D) x = -5. 0 0
Respostas 1 2
2 6
01. Resposta: E.
Pelo enunciado temos que, a razão constante entre
variação de lucro (ΔL) e variação de quantidade (ΔQ) vendida:
∆𝐿 7000 − (−1000) 8000 1) Como o valor de a > 0 a
𝑅= →𝑅= →𝑅= → 𝑅 = 100
∆𝑄 80 − 0 80 concavidade está voltada para cima;
2) -1 e 0 são as raízes de f(x);
Como se pretende ter um lucro maior ou igual a R$
3) c é o valor onde a curva corta o eixo y neste caso, no 0
90.500,00, logo o lucro final tem que ser pelo menos 90.500,00
Então fazendo a variação do lucro para este valor temos: (zero)
ΔL = 90500 – (-1000) = 90500 + 1000 = 91500 4) O valor do mínimo pode ser observado nas
Como é constante a razão entre a variação de lucro (ΔL) e extremidades (vértice) de cada parábola: -1/2 e -1/4
variação de quantidade (ΔQ) vendida, vamos usar o valor
encontrado para acharmos a quantidade de peças que Concavidade da Parábola
precisam ser produzidas: No caso das funções definida por um polinômio do 2º grau,
a parábola pode ter sua concavidade voltada para cima (a > 0)
∆𝐿 91500 91500 ou voltada para baixo (a < 0).
𝑅= → 100 = → 100∆𝑄 = 91500 → ∆𝑄 =
∆𝑄 ∆𝑄 100
→ ∆𝑄 = 915

Como são em 10 dias, termos 915 x 10 = 9150 peças que


deverão ser vendidas, em 10 dias, para que se obtenha como
lucro pelo menos um lucro total não menor que R$ 90.500,00

02. Resposta: B.
Equacionando as informações temos: 3 deve ser
multiplicado por t, pois depende da quantidade de tempo, e
acrescentado 2,50 fixo

Matemática 34
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APOSTILAS OPÇÃO

Vértice da parábola Valor máximo e valor mínimo da função definida por


Toda parábola tem um ponto de ordenada máxima ou um polinômio do 2º grau
ponto de ordenada mínima, a esse ponto denominamos - Se a > 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada
vértice. Dado por V (xv , yv). mínima. Nesse caso, o vértice é chamado ponto de mínimo e
a ordenada do vértice é chamada valor mínimo da função;
- Se a < 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada
máxima. Nesse caso, o vértice é ponto de máximo e a
ordenada do vértice é chamada valor máximo da função.

- Eixo de simetria
É aquele que dado o domínio a imagem é a mesma. Isso faz
com que possamos dizer que a parábola é simétrica a reta que
passa por xv, paralela ao eixo y, na qual denominamos eixo de
Raízes ou zeros da função definida por um polinômio
simetria. Vamos entender melhor o conceito analisando o
do 2º grau
exemplo: y = x2 + 2x – 3 (início do assunto).
As raízes ou zeros da função quadrática f(x) = ax2 + bx + c
Atribuímos valores a x, achamos valores para y. Temos
são os valores de x reais tais que f(x) = 0, ou seja são valores
que:
que deixam a função nula. Com isso aplicamos o método de
f (-3) = f (1) = 0
resolução da equação do 2º grau.
f (-2) = f (0) = -3
ax2 + bx + c = 0
Conjunto Domínio e Imagem
A resolução de uma equação do 2º grau é feita com o
Toda função com Domínio nos Reais (R) que possui a > 0,
auxílio da chamada “fórmula de Bháskara”.
sua concavidade está voltada para cima, e o seu conjunto
imagem é dado por:
−∆ −∆ −b 
𝑰𝒎 = {𝒚 ∈ 𝑹| 𝒚 ≥
𝟒𝒂
} 𝒐𝒖 𝑰𝒎 = [
𝟒𝒂
; +∞[ x= , onde, = b2 – 4.a.c
2.a
As raízes (quando são reais), o vértice e a intersecção com
o eixo y são fundamentais para traçarmos um esboço do
gráfico de uma função do 2º grau.

Forma fatorada das raízes: f (x) = a (x – x1) (x – x2).


Esta fórmula é muito útil quando temos as raízes e
precisamos montar a sentença matemática que expresse a
Logo se a < 0, a concavidade estará voltada para baixo, o função.
seu conjunto imagem é dado por:
−∆ −∆ Estudo da variação do sinal da função
𝑰𝒎 = {𝒚 ∈ 𝑹| 𝒚 ≤ } 𝒐𝒖 𝑰𝒎 = ]−∞; ] Estudar o sinal de uma função quadrática é determinar os
𝟒𝒂 𝟒𝒂
valores reais de x que tornam a função positiva, negativa ou
nula.
Abaixo podemos resumir todos os valores assumidos pela
função dado a e Δ (delta).

Coordenadas do vértice da parábola


Como visto anteriormente a função apresenta como eixo
de simetria uma reta vertical que intercepta o gráfico num
ponto chamado de vértice.
As coordenadas do vértice são dadas por:
Observe que:
Quando Δ > 0, o gráfico corta e tangencia o eixo x em dois
pontos distintos, e temos duas raízes reais distintas.
Quando Δ = 0, o gráfico corta e tangencia o eixo dos x em
um ponto e temos duas raízes iguais.
Quando Δ < 0, o gráfico não corta e não tangencia o eixo
dos x em nenhum ponto e não temos raízes reais.

Onde:
x1 e x2 são as raízes da função.

Matemática 35
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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplo: (D) 1,9.


Considere a função quadrática representada pelo gráfico (E) 1,4.
abaixo, vamos determinar a sentença matemática que a define. Respostas

01. Resposta: A.
Vamos calcular a distância total, fazendo t = 0:
100−02
𝑑(0) = = 100𝑘𝑚
0+1

Agora, vamos substituir na função:


100−𝑡 2
0=
Resolução: 𝑡+1
Como conhecemos as raízes x1 e x2 (x1= -4 e x2 = 0),
podemos nos da forma fatorada temos: 100 – t² = 0
f (x) = a.[ x – (-4)].[x – 0] ou f (x) = a(x + 4).x . – t² = – 100 . (– 1)
O vértice da parábola é (-2,4), temos: t² = 100
4 = a.(-2 + 4).(-2) → a = -1 𝑡 = √100 = 10𝑘𝑚/ℎ
Logo, f(x) = - 1.(x + 4).x → (-x – 4x).x → -x2 – 4x
02. Resposta: D.
Referências L(x)=3x²-12x-5x²+40x+40
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática Volume 1 – Editora L(x)=-2x²+28x+40
Moderna 𝑏 28
FACCHINI, Walter – Matemática Volume Único – 1ª Edição - Editora 𝑥𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 = − = − = 7 𝑙𝑜𝑡𝑒𝑠
2𝑎 −4
Saraiva:1996
Questões 03. Resposta: B.
C=0,81, pois é exatamente a distância de V
01. Duas cidades A e B estão separadas por uma distância F(x)=-x²+0,81
d. Considere um ciclista que parte da cidade A em direção à 0=-x²+0,81
cidade B. A distância d, em quilômetros, que o ciclista ainda X²=0,81
precisa percorrer para chegar ao seu destino em função do X=0,9
100−𝑡 2
tempo t, em horas, é dada pela função 𝑑(𝑡) = . Sendo A distância AB é 0,9+0,9=1,8
𝑡+1
assim, a velocidade média desenvolvida pelo ciclista em todo o
percurso da cidade A até a cidade B é igual a
(A) 10 Km/h
(B) 20 Km/h
5. Equações de 1º e 2º graus.
(C) 90 Km/h Sistemas de equações de 1º
(D) 100 Km/h grau com duas incógnitas.
02. Uma indústria produz mensalmente x lotes de um
produto. O valor mensal resultante da venda deste produto é
V(x)=3x²-12x e o custo mensal da produção é dado por EQUAÇÃO DO 1º GRAU OU LINEAR
C(x)=5x²-40x-40. Sabendo que o lucro é obtido pela diferença
entre o valor resultante das vendas e o custo da produção, Equação é toda sentença matemática aberta que exprime
então o número de lotes mensais que essa indústria deve uma relação de igualdade e uma incógnita ou variável (x, y,
vender para obter lucro máximo é igual a z,...).
(A) 4 lotes. Exemplos:
(B) 5 lotes. 2x + 8 = 0
(C) 6 lotes. 5x – 4 = 6x + 8
(D) 7 lotes.
(E) 8 lotes. - Não são equações:
4 + 8 = 7 + 5 (Não é uma sentença aberta)
03. A figura ilustra um arco decorativo de parábola AB x – 5 < 3 (Não é igualdade)
sobre a porta da entrada de um salão: 5 ≠ 7 (não é sentença aberta, nem igualdade)

Termo Geral da equação do 1º grau


Onde a e b (a≠0) são números conhecidos e a diferença de
0, se resolve de maneira simples: subtraindo b dos dois lados
obtemos:
ax + b – b = 0 – b → ax = -b → x = -b / a
Considere um sistema de coordenadas cartesianas com Termos da equação do 1º grau
centro em O, de modo que o eixo vertical (y) passe pelo ponto 3x + 2 = x - 4
mais alto do arco (V), e o horizontal (x) passe pelos dois pontos Nesta equação cada membro possui dois termos:
de apoio desse arco sobre a porta (A e B). 1º membro composto por 3x e 2
Sabendo-se que a função quadrática que descreve esse 2º membro composto pelo termo x e -4
arco é f(x) = – x²+ c, e que V = (0; 0,81), pode-se afirmar que a
distância ̅̅̅̅
𝐴𝐵, em metros, é igual a Resolução da equação do 1º grau
(A) 2,1. O método que usamos para resolver a equação de 1º grau
(B) 1,8. é isolando a incógnita, isto é, deixar a incógnita sozinha em um
(C) 1,6. dos lados da igualdade. O método mais utilizado para isso é
invertermos as operações. Vejamos

Matemática 36
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APOSTILAS OPÇÃO

Resolvendo a equação 2x + 600 = x + 750, passamos os desistiram de participar. Para manter o churrasco, cada um
termos que tem x para um lado e os números para o outro dos motoristas restantes pagou R$ 57,00 a mais.
invertendo as operações. O valor total pago por eles, pelo churrasco, foi:
2x – x = 750 – 600, com isso eu posso resolver minha (A) R$ 570,00
equação → x = 150 (B) R$ 980,50
(C) R$ 1.350,00
Outros exemplo: (D) R$ 1.480,00
Resolução da equação 3x – 2 = 16, invertendo operações. (E) R$ 1.520,00

Procedimento e justificativa: Se 3x – 2 dá 16, conclui-se Respostas


que 3x dá 16 + 2, isto é, 18 (invertemos a subtração). Se 3x é
igual a 18, é claro que x é igual a 18: 3, ou seja, 6 (invertemos a 01. Resposta: E.
multiplicação por 3). 0.2 + 1.8 + 2.x + 3.2 = 28
Registro: 0 + 8 + 2x + 6 = 28 → 2x = 28 – 14 → x = 14 / 2
3x – 2 = 16 x=7
3x = 16 + 2
3x = 18 02. Resposta: D.
18 Quantidade a ser recebida por cada um: x
x= Se 1/3 de cada um foi colocado em um recipiente e deu
3 R$900,00, quer dizer que cada uma colocou R$300,00.
x=6 𝑥
𝑥 3
= + 300
Há também um processo prático, bastante usado, que se 3 2
baseia nessas ideias e na percepção de um padrão visual.
𝑥 𝑥
- Se a + b = c, conclui-se que a = c – b. = + 300
3 6
Na primeira igualdade, a parcela b aparece somando no 𝑥 𝑥
lado esquerdo; na segunda, a parcela b aparece subtraindo no − = 300
3 6
lado direito da igualdade.
- Se a . b = c, conclui-se que a = c : b, desde que b ≠ 0. 2𝑥 − 𝑥
= 300
6
Na primeira igualdade, o número b aparece multiplicando
no lado esquerdo; na segunda, ele aparece dividindo no lado 𝑥
direito da igualdade. = 300
6
x = 1800
Questões Recebida: 1800.3=5400

01. O gráfico mostra o número de gols marcados, por jogo, 03. Resposta: E.
de um determinado time de futebol, durante um torneio. Vamos chamar de ( x ) o valor para cada motorista. Assim:
16 . x = Total
Total = 10 . (x + 57) (pois 6 desistiram)
Combinando as duas equações, temos:
16.x = 10.x + 570 → 16.x – 10.x = 570
6.x = 570 → x = 570 / 6 → x = 95
O valor total é: 16 . 95 = R$ 1520,00.

EQUAÇÃO DO 2º GRAU

Uma equação é uma expressão matemática que possui em


Sabendo que esse time marcou, durante esse torneio, um sua composição incógnitas, coeficientes, expoentes e um sinal
total de 28 gols, então, o número de jogos em que foram de igualdade. As equações são caracterizadas de acordo com o
marcados 2 gols é: maior expoente de uma das incógnitas.
(A) 3.
(B) 4.
(C) 5. Em que a, b, c são números reais e a ≠ 0.
(D) 6.
(E) 7. Nas equações de 2º grau com uma incógnita, os números
reais expressos por a, b, c são chamados coeficientes da
02. Certa quantia em dinheiro foi dividida igualmente equação.
entre três pessoas, cada pessoa gastou a metade do dinheiro
que ganhou e 1/3(um terço) do restante de cada uma foi Equação completa e incompleta:
colocado em um recipiente totalizando R$900,00(novecentos - Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz
reais), qual foi a quantia dividida inicialmente? completa.
(A) R$900,00 Exemplos:
(B) R$1.800,00 x2 - 5x + 6 = 0= 0 é uma equação completa (a = 1, b = – 5, c
(C) R$2.700,00 = 6).
(D) R$5.400,00 -3y2 + 2y - 15 = 0 é uma equação completa (a = -3, b = 2, c
= -15).
03. Um grupo formado por 16 motoristas organizou um
churrasco para suas famílias. Na semana do evento, seis deles

Matemática 37
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APOSTILAS OPÇÃO

- Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se


diz incompleta.
Todas essas equações estão escritas na forma ax2 + bx + c
= 0, que é denominada forma normal ou forma reduzida de
uma equação do 2º grau com uma incógnita.
Há, porém, algumas equações do 2º grau que não estão
escritas na forma ax2 + bx + c = 0; por meio de transformações Nesta fórmula, o fato de x ser ou não número real vai
convenientes, em que aplicamos o princípio aditivo e o depender do discriminante Δ; temos então, três casos a
multiplicativo, podemos reduzi-las a essa forma. estudar.
Exemplo: Pelo princípio aditivo.
2x2 – 7x + 4 = 1 – x2 Duas raízes reais
2x2 – 7x + 4 – 1 + x2 = 0 distintas.
2x2 + x2 – 7x + 4 – 1 = 0
3x2 – 7x + 3 = 0 −b+ 
1º caso
Δ>0 x' =
Exemplo: Pelo princípio multiplicativo. (Positivo) 2.a
2 1
− =
x −b− 
x 2 x−4 x '' =
2.a
4.(x − 4 ) − x( x − 4 ) 2x 2 Duas raízes reais iguais.
= Δ=0 −b
2 x( x − 4 ) 2 x( x − 4 ) 2º caso
(Nulo) x’ = x” =
4(x – 4) – x(x – 4) = 2x2 2a
4x – 16 – x2 + 4x = 2x2
– x2 + 8x – 16 = 2x2 Δ<0 Não temos raízes reais.
3º caso
– x2 – 2x2 + 8x – 16 = 0 (Negativo)
– 3x2 + 8x – 16 = 0
A existência ou não de raízes reais e o fato de elas serem
Raízes de uma equação do 2º grau duas ou uma única dependem, exclusivamente, do
Raiz é o número real que, ao substituir a incógnita de uma discriminante Δ = b2 – 4.a.c; daí o nome que se dá a essa
equação, transforma-a numa sentença verdadeira. As raízes expressão.
formam o conjunto verdade ou solução de uma equação.
Exemplo:
Resolução das equações incompletas do 2º grau com 1) Resolver a equação 3x2 + 7x + 9 = 0 no conjunto R.
uma incógnita. Temos: a = 3, b = 7 e c = 9
Primeiramente devemos saber duas importante
propriedades dos números Reais que é o nosso conjunto
Universo.

1º) Se x ϵ R, y ϵ R e x.y=0, então x= 0 ou y=0


2º) Se x ϵ R, y ϵ R e x2=y, então x= √y ou x=-√y
−7 ± √−59
𝑥=
1º Caso) A equação é da forma ax2
+ bx = 0. 6
x2 – 9x = 0  colocamos x em evidência
x . (x – 9) = 0 , aplicando a 1º propriedade dos reais temos: Como Δ < 0, a equação não tem raízes reais.
x=0 ou x–9=0 Então: S = ᴓ
x=9
Logo, S = {0, 9} e os números 0 e 9 são as raízes da equação. Relação entre os coeficientes e as raízes
As equações do 2º grau possuem duas relações entre suas
2º Caso) A equação é da forma ax2 + c = 0. raízes, são as chamadas relações de Girard, que são a Soma (S)
x2 – 16 = 0  Fatoramos o primeiro membro, que é uma e o Produto (P).
diferença de dois quadrados.
𝒃
(x + 4) . (x – 4) = 0, aplicando a 1º propriedade dos reais 1) Soma das raízes é dada por: 𝑺 = 𝒙𝟏 + 𝒙𝟐 = −
𝒂
temos:
x+4=0 x–4=0 2) Produto das raízes é dada por: 𝑷 = 𝒙𝟏 . 𝒙𝟐 =
𝒄
x=–4 x=4 𝒂

ou
Logo podemos reescrever a equação da seguinte forma:
x2 – 16 = 0 → x2 = 16 → √x2 = √16 → x = ± 4, (aplicando a
segunda propriedade).
x2 – Sx + P=0
Logo, S = {–4, 4}.
Exemplo:
Determine uma equação do 2º grau cujas raízes sejam os
Resolução das equações completas do 2º grau com
números 2 e 7.
uma incógnita.
Resolução:
Para este tipo de equação utilizaremos a Fórmula de
Pela relação acima temos:
Bháskara. Essa fórmula é chamada fórmula resolutiva ou
S = 2+7 = 9 e P = 2.7 = 14 → Com esses valores montamos
fórmula de Bháskara.
a equação: x2 -9x +14 =0

Referências
www.somatematica.com.br

Matemática 38
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APOSTILAS OPÇÃO

Questões - Observações gerais


Já estudamos sobre equações do primeiro grau com duas
01. Para que a equação (3m-9)x²-7x+6=0 seja uma incógnitas, como exemplo: x + y = 7; x – y = 30; x + 2y = 9 x –
equação de segundo grau, o valor de m deverá, 3y = 15
necessariamente, ser diferente de: Foi visto também que as equações do 1º grau com duas
(A) 1. variáveis admitem infinitas soluções:
(B) 2. x+y=6x–y=7
(C) 3.
(D) 0.
(E) 9.

02. Qual a equação do 2º grau cujas raízes são 1 e 3/2?


(A) x²-3x+4=0
(B) -3x²-5x+1=0
(C) 3x²+5x+2=0
(D) 2x²-5x+3=0 Vendo a tabela acima de soluções das duas equações, é
possível checar que o par (4;2), isto é, x = 4 e y = 2, é a solução
03. O dobro da menor raiz da equação de 2º grau dada por para as duas equações.
x²-6x=-8 é:
(A) 2 Assim, é possível dizer que as equações
(B) 4 x+y=6
(C) 8 x–y=7
(D) 12
{ Observe este símbolo. A matemática convencionou
Respostas
neste caso para indicar que duas ou mais equações formam um
01. Resposta: C. sistema.
Neste caso o valor de a ≠ 0, 𝑙𝑜𝑔𝑜:
3m - 9 ≠ 0 → 3m ≠ 9 → m ≠ 3 - Resolução de sistemas
Resolver um sistema significa encontrar um par de valores
02. Resposta: D. das incógnitas x e y que faça verdadeira as equações que fazem
Como as raízes foram dadas, para saber qual a equação: parte do sistema.
x² - Sx +P=0, usando o método da soma e produto; S= duas
raízes somadas resultam no valor numérico de b; e P= duas Exemplo:
raízes multiplicadas resultam no valor de c. O par (4,3) pode ser a solução do sistema
x–y=2
3 5 x+y=6
𝑆 =1+ = =𝑏
2 2
Para saber se estes valores satisfazem ao sistema, basta
3 3 substituir os valores em ambas as equações:
𝑃 = 1 ∙ = = 𝑐 ; 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖𝑛𝑑𝑜 x - y = 2; x + y = 6
2 2
4 – 3 = 1; 4 + 3 = 7
5 3 1 ≠ 2 (falso) 7 ≠ 6 (falso)
𝑥2 − 𝑥 + = 0 A resposta então é falsa. O par (4,3) não é a solução do
2 2
sistema de equações acima.
2𝑥 2 − 5𝑥 + 3 = 0
- Métodos para solução de sistemas do 1º grau.
03. Resposta: B.
x²-6x+8=0 Método de substituição
∆= (−6)2 − 4.1.8 ⇒ 36 − 32 = 4 Esse método de resolução de um sistema de 1º grau
estabelece que “extrair” o valor de uma incógnita é substituir
−(−6)±√4 6±2 esse valor na outra equação.
𝑥= ⇒𝑥=
2.1 2 Observe:
x–y=2
6+2
𝑥1 =
2
=4 x+y=4
Vamos escolher uma das equações para “extrair” o valor de
𝑥2 =
6−2
=2 uma das incógnitas, ou seja, estabelecer o valor de acordo com
2 a outra incógnita, desta forma:
x–y=2→x=2+y
Dobro da menor raiz: 22=4 Agora iremos substituir o “x” encontrado acima, na “x” da
segunda equação do sistema:
SISTEMA DO 1º GRAU x+y=4
(2 + y) + y = 4
Um sistema de equação do primeiro grau com duas 2 + 2y = 4 → 2y = 4 – 2 → 2y = 2 → y = 1
incógnitas x e y, pode ser definido como um conjunto formado Temos que: x = 2 + y, então
por duas equações do primeiro grau. Lembrando que equação x=2+1
do primeiro grau é aquela que em todas as incógnitas estão x=3
elevadas à potência 1. Assim, o par (3, 1) torna-se a solução verdadeira do
sistema.

Matemática 39
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APOSTILAS OPÇÃO

Método da adição Questões


Este método de resolução de sistema do 1º grau consiste
apenas em somas os termos das equações fornecidas. 01. Em uma gincana entre as três equipes de uma escola
Observe: (amarela, vermelha e branca), foram arrecadados 1 040
x–y=-2 quilogramas de alimentos. A equipe amarela arrecadou 50
3x + y = 5 quilogramas a mais que a equipe vermelha e esta arrecadou 30
Neste caso de resolução, somam-se as equações dadas: quilogramas a menos que a equipe branca. A quantidade de
x – y = -2 alimentos arrecadada pela equipe vencedora foi, em
3x + y = 5 + quilogramas, igual a
4x = 3 (A) 310
x = 3/4 (B) 320
Veja nos cálculos que quando somamos as duas equações (C) 330
o termo “y” se anula. Isto tem que ocorrer para que possamos (D) 350
achar o valor de “x”. (E) 370
Agora, e quando ocorrer de somarmos as equações e os
valores de “x” ou “y” não se anularem para ficar somente uma 02. Os cidadãos que aderem voluntariamente à Campanha
incógnita? Nacional de Desarmamento recebem valores de indenização
Neste caso, é possível usar uma técnica de cálculo de entre R$150,00 e R$450,00 de acordo com o tipo e calibre do
multiplicação pelo valor excludente negativo. armamento. Em uma determinada semana, a campanha
Ex.: arrecadou 30 armas e pagou indenizações somente de
3x + 2y = 4 R$150,00 e R$450,00, num total de R$7.500,00.
2x + 3y = 1 Determine o total de indenizações pagas no valor de
R$150,00.
Ao somarmos os termos acima, temos: (A) 20
5x + 5y = 5, então para anularmos o “x” e encontramos o (B) 25
valor de “y”, fazemos o seguinte: (C) 22
» multiplica-se a 1ª equação por +2 (D) 24
» multiplica-se a 2ª equação por – 3 (E) 18

Vamos calcular então: 03. A razão entre a idade de Cláudio e seu irmão Otávio é
3x + 2y = 4 (x +2) 3, e a soma de suas idades é 28. Então, a idade de Marcos que
2x + 3y = 1 (x -3) é igual a diferença entre a idade de Cláudio e a idade de Otávio
6x +4y = 8 é
-6x - 9y = -3 + (A) 12.
-5y = 5 (B) 13.
y = -1 (C) 14.
(D) 15.
Substituindo: (E) 16.
2x + 3y = 1
2x + 3.(-1) = 1 Respostas
2x = 1 + 3
x=2 01. Resposta: E.
Amarela: x
Verificando: Vermelha: y
3x + 2y = 4 → 3.(2) + 2(-1) = 4 → 6 – 2 = 4 Branca: z
2x + 3y = 1 → 2.(2) + 3(-1) = 1 → 4 – 3 = 1 x = y + 50
y = z - 30
- Gráfico de um sistema do 1º grau z = y + 30
Dispondo de dois pontos, podemos representa-los 𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 1040
graficamente em um plano cartesiano. A figura formada por { 𝑥 = 𝑦 + 50
esses pontos é uma reta. 𝑧 = 𝑦 + 30
Exemplo: Substituindo a II e a III equação na I:
Dado x + y = 4, vamos traçar o gráfico desta equação. 𝑦 + 50 + 𝑦 + 𝑦 + 30 = 1040
Vamos atribuir valores a x e a y para acharmos os pontos no 3𝑦 = 1040 − 80
gráfico. y = 320
Unindo os pontos traçamos a reta, que contém todos os Substituindo na equação II
pontos da equação. A essa reta damos o nome de reta suporte. x = 320 + 50 = 370
z=320+30=350
A equipe que mais arrecadou foi a amarela com 370kg

02. Resposta: A.
Armas de R$150,00: x
Armas de R$450,00: y
150𝑥 + 450𝑦 = 7500
{
𝑥 + 𝑦 = 30

x = 30 – y
Substituindo na 1ª equação:
150(30 − 𝑦) + 450𝑦 = 7500
4500 − 150𝑦 + 450𝑦 = 7500

Matemática 40
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APOSTILAS OPÇÃO

300𝑦 = 3000 Ângulo Interno: Todo triângulo possui três ângulos


𝑦 = 10 ̂, B
internos, na figura são A ̂ e Ĉ
𝑥 = 30 − 10 = 20
O total de indenizações foi de 20.

03. Resposta: C.
Cláudio :x
Otávio: y
𝑥
=3 Ângulo Externo: É formado por um dos lados do triângulo
𝑦
e pelo prolongamento do lado adjacente a este lado, na figura
𝑥 = 3𝑦 ̂, E
̂ e F̂ (na cor em destaque).
{ são D
𝑥 + 𝑦 = 28
𝑥 + 𝑦 = 28
Classificação
3y + y = 28
O triângulo pode ser classificado de duas maneiras:
4y = 28
y = 7 x = 21
1- Quanto aos lados:
Marcos: x – y = 21 – 7 = 14
Triângulo Equilátero: Os três lados têm medidas iguais,
̅̅̅̅) = m(BC
m(AB ̅̅̅̅) = m(AC
̅̅̅̅) e os três ângulos iguais.

6. Triângulo retângulo:
relações métricas no triângulo
retângulo, teorema de
Pitágoras e suas aplicações,
relações trigonométricas no Triângulo Isósceles: Tem dois lados com medidas iguais,
triangulo retângulo. ̅̅̅̅) = m(AC
m(AB ̅̅̅̅) e dois ângulos iguais.

TRIÂNGULOS

Triângulo é um polígono de três lados. É o polígono que


possui o menor número de lados. É o único polígono que não
Triângulo Escaleno: Todos os três lados têm medidas
tem diagonais. Todo triângulo possui alguns elementos e os ̅̅̅̅) ≠ m(AC
̅̅̅̅) ≠ m(BC
̅̅̅̅) e os três ângulos
diferentes, m(AB
principais são: vértices, lados, ângulos, alturas, medianas e
diferentes.
bissetrizes.

2 - Quanto aos ângulos:


1. Vértices: A, B e C. Triângulo Acutângulo: Todos os ângulos internos são
2. Lados: ̅̅̅̅
AB,BC̅̅̅̅ e ̅̅̅̅
AC. agudos, isto é, as medidas dos ângulos são menores do que 90º.
3. Ângulos internos: a, b e c.

Altura: É um segmento de reta traçada a partir de um


vértice de forma a encontrar o lado oposto ao vértice
̅̅̅̅ é uma altura do triângulo.
formando um ângulo reto. BH

Triângulo Obtusângulo: Um ângulo interno é obtuso, isto


é, possui um ângulo com medida maior do que 90º.

Mediana: É o segmento que une um vértice ao ponto


médio do lado oposto. ̅̅̅̅
BM é uma mediana.

Triângulo Retângulo: Possui um ângulo interno reto (90°


graus).

Bissetriz: É a semi-reta que divide um ângulo em duas


̂ está dividido ao meio e neste caso Ê
partes iguais. O ângulo B
= Ô.

Propriedade dos ângulos

1- Ângulos Internos: a soma dos três ângulos internos de


qualquer triângulo é igual a 180°.

Matemática 41
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APOSTILAS OPÇÃO

3- Três lados proporcionais: Se dois triângulos têm os


três lados correspondentes proporcionais, então os triângulos
são semelhantes.

a + b + c = 180º
2- Ângulos Externos: Consideremos o triângulo ABC onde
as letras minúsculas representam os ângulos internos e as
respectivas letras maiúsculas os ângulos externos. Temos que
em todo triângulo cada ângulo externo é igual à soma de dois
ângulos internos apostos.

Observação: temos três critérios de semelhança, porém o


mais utilizado para resolução de exercícios, isto é, para provar
que dois triângulos são semelhantes, basta provar que eles tem
dois ângulos correspondentes congruentes (iguais).
̂ = b̂ + ĉ; B
A ̂ = â + ĉ e Ĉ = â + b̂ Questões

Semelhança de triângulos 01. O valor de x na figura abaixo é:


Dois triângulos são semelhantes se tiverem, entre si, os
lados correspondentes proporcionais e os ângulos
congruentes (iguais).

(A) 30°
(B) 40°
(C) 50°
(D) 60°
(E) 70°

02. Na figura abaixo ̅̅̅̅


AB = ̅̅̅̅
AC, ̅̅̅̅
CB = ̅̅̅̅
CD, a medida do ângulo
̂
DCB é:

Critérios de semelhança (A) 34°


1- Dois ângulos congruentes: Se dois triângulos tem, (B) 72°
entre si, dois ângulos correspondentes congruentes iguais, (C) 36°
então os triângulos são semelhantes. (D) 45°
(E) 30°

̂ C é reto. O valor em
03. Na figura seguinte, o ângulo AD
̂
graus do ângulo CBD é igual a:

(A) 120°
2- Dois lados congruentes: Se dois triângulos tem dois (B) 110°
lados correspondentes proporcionais e os ângulos formados (C) 105°
por esses lados também são congruentes, então os triângulos (D) 100°
são semelhantes. (E) 95°
Respostas

01. Resposta: B.
Da figura temos que 3x é um ângulo externo do triângulo
e, portanto, é igual à soma dos dois internos opostos, então:
3x = x + 80º
3x – x = 80º
2x = 80°
x = 80° : 2
x = 40°

Matemática 42
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APOSTILAS OPÇÃO

02. Resposta: C. - Baricentro: é o ponto de intersecção das três medianas


Na figura dada, temos três triângulos: ABC, ACD e BCD. Do de um triângulo. É sempre um ponto interno. E divide as
enunciado AB = AC, o triângulo ABC tem dois lados iguais, medianas na razão de 2:1. É ponto de gravidade do triângulo.
então ele é isósceles e tem dois ângulos iguais:
AĈB = AB ̂ C = x. A soma dos três ângulos é igual a 180°.
36° + x + x = 180°
2x = 180° - 36°
2x = 144
x = 144 : 2
x = 72
Logo: AĈB = AB ̂ C = 72° - Incentro: é o ponto de intersecção das três bissetrizes de
Também temos que CB = CD, o triângulo BCD é isósceles: um triângulo. É sempre um ponto interno. É o centro da
CB̂ D = CD̂ B = 72°, sendo y o ângulo DĈB, a soma é igual a
circunferência circunscrita (está dentro do triângulo
180°.
tangenciando seus três lados).
72° + 72° + y = 180°
144° + y = 180°
y = 180° - 144°
y = 36º

03. Resposta: D.
Na figura temos três triângulos. Do enunciado o ângulo
̂ C = 90° (reto).
AD
O ângulo BD ̂ C = 30° → AD
̂ B = 60º.
- Circuncentro: é o ponto de intersecção das três
mediatrizes de um triângulo. É o centro da circunferência
circunscrita (está por fora do triângulo passando por seus três
vértices). No triângulo acutângulo o circuncentro é um ponto
interno, no triângulo obtusângulo é um ponto externo e no
triângulo retângulo é o ponto médio da hipotenusa.
O ângulo CB̂ D (x) é ângulo externo do triângulo ABD, então:
x = 60º + 40° (propriedade do ângulo externo) → x = 100°

PONTOS NOTÁVEIS DO TRIÂNGULO

Em um triângulo qualquer nós temos alguns elementos


chamados de cevianas. Estes elementos são: - Ortocentro: é o ponto de intersecção das três alturas de
- Altura: segmento que sai do vértice e forma um ângulo de um triângulo. No triângulo acutângulo é um ponto interno, no
90° com o lado oposto a esse vértice. triângulo retângulo é o vértice do ângulo reto e no triângulo
- Mediana: segmento que sai do vértice e vai até o ponto obtusângulo é um ponto externo.
médio do lado oposto a esse vértice, isto é, divide o lado oposto
em duas partes iguais.
- Bissetriz do ângulo interno: semirreta que divide o ângulo
em duas partes iguais.
- Mediatriz: reta que passa pelo ponto médio do lado
formando um ângulo de 90°
Um triângulo cujos vértices são os “pés” das alturas de um
outro triângulo chama-se triângulo órtico do primeiro
triângulo.

Observações:
1) Num triângulo isósceles (dois lados iguais) os quatro
pontos notáveis são colineares (estão numa alinhados).
2) Num triângulo equilátero (três lados iguais) os quatro
pontos notáveis são coincidentes, isto é, um só ponto já é o
E todo triângulo tem três desses elementos, isto é, o Baricentro, Incentro, Circuncentro e Ortocentro.
triângulo tem três alturas, três medianas, três bissetrizes e três 3) As iniciais dos quatro pontos formam a palavra BICO.
mediatrizes. Os pontos de intersecção desses elementos são
chamados de pontos notáveis do triângulo.

Matemática 43
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APOSTILAS OPÇÃO

Questões 03. Resposta: E.


O baricentro é sempre interno, pois as 3 medianas de um
01. Assinale a afirmação falsa: triângulo são segmentos internos.
(A) Os pontos notáveis de um triângulo equilátero são
coincidentes. FÓRMULA DE HERON
(B) O encentro de qualquer triângulo é sempre um ponto
interno. Heron de Alexandria é o responsável por elaborar uma
(C) O ortocentro de um triângulo retângulo é o vértice do fórmula matemática que calcula a área de um triângulo em
ângulo reto. função das medidas dos seus três lados. A fórmula de Heron de
(D) O circuncentro de um triângulo retângulo é o ponto Alexandria é muito útil nos casos em que não sabemos a altura
do triângulo, mas temos a medida dos lados.
médio da hipotenusa.
Em um triângulo de lados medindo a, b e c podemos
(E) O baricentro de qualquer triângulo é o ponto médio de
calcular a sua área utilizando a fórmula de Heron:
cada mediana.

02. Na figura, o triângulo ABC é equilátero e está


circunscrito ao círculo de centro O e raio 2 cm. ̅̅̅̅
AD é altura do
triângulo. Sendo E ponto de tangência, a medida de ̅̅̅̅ AE, em
centímetros, é: Exemplo:
Calcule a área do triângulo a seguir:

p = (9 + 7 + 14) / 2
(A) 2√3 p = 30 / 2
(B) 2√5 p = 15
(C) 3 A = √15(15 – 9)(15 – 7)(15 – 14)
(D) 5 A = √15 . 6 . 8 . 1
A = √720
(E) √26
A = 26,83 cm2(aproximadamente)
03. Qual das afirmações a seguir é verdadeira? TEOREMA DE STEWART
(A) O baricentro pode ser um ponto exterior ao triângulo e
isto ocorre no triângulo acutângulo. O Teorema de Stewart relaciona os comprimentos dos
(B) O baricentro pode ser um ponto de um dos lados do lados de um triângulo com o comprimento de uma ceviana,
triângulo e isto ocorre no triângulo escaleno. sendo aplicável a uma ceviana qualquer.
(C) O baricentro pode ser um ponto exterior ao triângulo e Recordando, ceviana é todo seguimento de reta que tem
isto ocorre no triângulo retângulo. um das extremidades num vértice de um triângulo e a outra
(D) O baricentro pode ser um ponto dos vértices do num ponto qualquer da reta suporte ao lado oposto ao vértice.
triângulo e isto ocorre no triângulo retângulo. Teorema: Seja um triângulo ABC qualquer, cujos lados
(E) O baricentro sempre será um ponto interior ao medem a, b e c. Seja d uma ceviana e D o ponto pertencente à
triângulo. reta suporte. O teorema de Stewart afirma que:
Respostas
Exemplo:
01. Resposta: E. Sejam 3 circunferências tangentes duas a duas inscritas em
O baricentro divide as medianas na razão de 2 para 1, logo uma quarta circunferências tangente às três primeiras.
não é ponto médio. Calcular o raio x, conforme mostra a figura abaixo:

02. Resposta: A.
Do enunciado temos que O é o circuncentro (centro da
circunferência inscrita) então O também é baricentro (no
triângulo equilátero os 4 pontos notáveis são coincidentes),
logo pela propriedade do baricentro temos que AO ̅̅̅̅ é o dobro
̅̅̅̅. Se OD
de OD ̅̅̅̅ = 2 (raio da circunferência) → AO
̅̅̅̅ = 4 cm. O ponto
E é ponto de tangência, logo o raio traçado no ponto de
tangência forma ângulo reto (90°) e OE ̅̅̅̅ = 2 cm. Portanto o
triângulo AEO é retângulo, basta aplicar o Teorema de
Pitágoras e sendo ̅̅̅̅ AE = x:
̅̅̅̅)2 = (AE
(AO ̅̅̅̅)2 + (OE
̅̅̅̅)2
2 2 2
4 =x +2
16 − 4 = x 2
x 2 = 12
x = √12
x = 2√3 cm

Matemática 44
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APOSTILAS OPÇÃO

Do triângulo ABC, podemos construir as seguintes chegando a um ponto E. Onde o barco parou relativamente ao
relações: ponto de partida?
(A) 3 milhas a sudoeste.
(B) 3 milhas a sudeste.
(C) 4 milhas ao sul.
(D) 5 milhas ao norte.
(E) 5 milhas a nordeste.

03. Em um triângulo retângulo a hipotenusa mede 13 cm e


Aplicamos o Teorema de Stewart: um dos catetos mede 5 cm, qual é a medida do outro cateto?
(A) 10
(B) 11
(C) 12
(D) 13
(E) 14

Respostas

01. Resposta: D.

TEOREMA DE PITÁGORAS 02. Resposta: E.

Em todo triângulo retângulo, o maior lado é chamado de


hipotenusa e os outros dois lados são os catetos.

x2 = 32 + 42
x2 = 9 + 16
x2 = 25
- “Em todo triângulo retângulo o quadrado da hipotenusa
x = √25 = 5
é igual à soma dos quadrados dos catetos”.
03. Resposta: C.
a2 = b2 + c2
132 = x2 + 52
169 = x2 + 25
Questões
169 – 25 = x2
x2 = 144
01. Millôr Fernandes, em uma bela homenagem à
x = √144 = 12 cm
Matemática, escreveu um poema do qual extraímos o
fragmento abaixo:
Às folhas tantas de um livro de Matemática, um Quociente
apaixonou-se um dia doidamente por uma Incógnita. 7. Teorema de Tales
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a do Ápice à Base:
uma figura Ímpar; olhos romboides, boca trapezoide, corpo
retangular, seios esferoides.
Fez da sua uma vida paralela à dela, até que se TEOREMA DE TALES
encontraram no Infinito.
“Quem és tu” – indagou ele em ânsia Radical. - Feixe de paralelas: é todo conjunto de três ou mais retas
“Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me e paralelas entre si.
chamar de Hipotenusa.” (Millôr Fernandes – Trinta Anos de - Transversal: é qualquer reta que intercepta todas as retas
Mim Mesmo). de um feixe de paralelas.
A Incógnita se enganou ao dizer quem era. Para atender ao - Teorema de Tales: Se duas retas são transversais de um
Teorema de Pitágoras, deveria dar a seguinte resposta: feixe de retas paralelas então a razão entre as medidas de dois
(A) “Sou a soma dos catetos. Mas pode me chamar de segmentos quaisquer de uma delas é igual à razão entre as
Hipotenusa.” medidas dos segmentos correspondentes da outra.
(B) “Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me
chamar de Hipotenusa.”
(C) “Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me
chamar de quadrado da Hipotenusa.”
(D) “Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me
chamar de quadrado da Hipotenusa.”
(E) Nenhuma das anteriores.

02. Um barco partiu de um ponto A e navegou 10 milhas


para o oeste chegando a um ponto B, depois 5 milhas para o
sul chegando a um ponto C, depois 13 milhas para o leste
chagando a um ponto D e finalmente 9 milhas para o norte

Matemática 45
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APOSTILAS OPÇÃO

r//s//t//u (// → símbolo de paralelas); a e b são retas 5x = 2.4


transversais. Então, temos que os segmentos correspondentes 5x = 8
são proporcionais. x = 8 : 5 = 1,6

̅̅̅̅
𝐴𝐵 ̅̅̅̅𝐵𝐶 ̅̅̅̅
𝐶𝐷 𝐴𝐷 ̅̅̅̅ 02. Resposta: B.
= = = = ⋯. 2𝑥 − 3 5
̅̅̅̅ 𝐹𝐺
𝐸𝐹 ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
𝐺𝐻 𝐸𝐻 ̅̅̅̅
=
𝑥+2 6
Teorema da bissetriz interna: 6.(2x – 3) = 5(x + 2)
“Em todo triângulo a bissetriz de um ângulo interno divide 12x – 18 = 5x + 10
o lado oposto em dois segmentos proporcionais ao outros dois 12x – 5x = 10 + 18
lados do triângulo”. 7x = 28
x = 28 : 7 = 4

03. Resposta: 06.


10 𝑥
=
30 18

30x = 10.18
30x = 180
x = 180 : 30 = 6
Referências
SOUZA, Joamir Roberto; PATARO, Patricia Moreno – Vontade de Saber
Matemática 6º Ano – FTD – 2ª edição – São Paulo: 2012
http://www.jcpaiva.net/ 8. Geometria Plana: cálculo de
Questões
área e perímetro de polígonos.
Circunferência e Círculo:
01. Na figura abaixo, o valor de x é: comprimento da
circunferência, área do
círculo.

PERÍMETRO E ÁREA DAS FIGURAS PLANAS

Perímetro: é a soma de todos os lados de uma figura plana.


(A) 1,2 Exemplo:
(B) 1,4
(C) 1,6
(D) 1,8
(E) 2,0

02. Na figura abaixo, qual é o valor de x?

Perímetros de algumas das figuras planas:

(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 6
(E) 7
03. Calcular o valor de x na figura abaixo.

Área: é a medida da superfície de uma figura plana.


A unidade básica de área é o m2 (metro quadrado), isto é,
uma superfície correspondente a um quadrado que tem 1 m de
lado.

Respostas

01. Resposta: C.
2 𝑥
=
5 4

Matemática 46
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APOSTILAS OPÇÃO

Fórmulas de área das principais figuras planas: V) circunferência inscrita:

1) Retângulo
- sendo b a base e h a altura:

VI) circunferência circunscrita:


2. Paralelogramo
- sendo b a base e h a altura:

Questões
3. Trapézio
- sendo B a base maior, b a base menor e h a altura: 01. A área de um quadrado cuja diagonal mede 2√7 cm é,
em cm2, igual a:
(A) 12
(B) 13
(C) 14
(D) 15
4. Losango (E) 16
- sendo D a diagonal maior e d a diagonal menor:
02. Corta-se um arame de 30 metros em duas partes. Com
cada uma das partes constrói-se um quadrado. Se S é a soma
das áreas dos dois quadrados, assim construídos, então o
menor valor possível para S é obtido quando:
(A) o arame é cortado em duas partes iguais.
5. Quadrado (B) uma parte é o dobro da outra.
- sendo l o lado: (C) uma parte é o triplo da outra.
(D) uma parte mede 16 metros de comprimento.

03. Um grande terreno foi dividido em 6 lotes retangulares


congruentes, conforme mostra a figura, cujas dimensões
6. Triângulo: essa figura tem 6 fórmulas de área, indicadas estão em metros.
dependendo dos dados do problema a ser resolvido.

I) sendo dados a base b e a altura h:

Sabendo-se que o perímetro do terreno original, delineado


II) sendo dados as medidas dos três lados a, b e c: em negrito na figura, mede x + 285, conclui-se que a área total
desse terreno é, em m2, igual a:
(A) 2 400.
(B) 2 600.
(C) 2 800.
(D) 3000.
III) sendo dados as medidas de dois lados e o ângulo (E) 3 200.
formado entre eles:
Respostas

01.Resposta: C.
Sendo l o lado do quadrado e d a diagonal:

IV) triângulo equilátero (tem os três lados iguais):

Utilizando o Teorema de Pitágoras:


d2 = l2 + l2
2
(2√7) = 2l2
4.7 = 2l2
2l2 = 28

Matemática 47
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APOSTILAS OPÇÃO

28
l2 =
2
A = 14 cm2

02. Resposta: A.
- um quadrado terá perímetro x
x
o lado será l = e o outro quadrado terá perímetro 30 – x II- Coroa circular:
4
30−x É uma região compreendida entre dois círculos
o lado será l1 = , sabendo que a área de um quadrado concêntricos (tem o mesmo centro). A área da coroa circular é
4
é dada por S = l2, temos: igual a diferença entre as áreas do círculo maior e do círculo
S = S1 + S2 menor. A = 𝜋R2 – 𝜋r2, como temos o 𝜋 como fator comum,
S=l²+l1² podemos colocá-lo em evidência, então temos:
x 2 30−x 2
S=( ) +( )
4 4
x2 (30−x)2
S= + , como temos o mesmo denominador 16:
16 16

x 2 + 302 − 2.30. x + x 2
S=
16
x 2 + 900 − 60x + x 2
S= III- Setor circular:
16
2x2 60x 900 É uma região compreendida entre dois raios distintos de
S= − + ,
16 16 16 um círculo. O setor circular tem como elementos principais o
raio r, um ângulo central 𝛼 e o comprimento do arco l, então
sendo uma equação do 2º grau onde a = 2/16; b = -60/16 temos duas fórmulas:
e c = 900/16 e o valor de x será o x do vértice que e dado pela
−b
fórmula: x = , então:
2a

−60 60
−( )
xv = 16 = 16
2 4
2. 16
16
60 16 60
xv = . = = 15, IV- Segmento circular:
16 4 4
É uma região compreendida entre um círculo e uma corda
logo l = 15 e l1 = 30 – 15 = 15. (segmento que une dois pontos de uma circunferência) deste
círculo. Para calcular a área de um segmento circular temos
03. Resposta: D. que subtrair a área de um triângulo da área de um setor
Observando a figura temos que cada retângulo tem lados circular, então temos:
medindo x e 0,8x:
Perímetro = x + 285
8.0,8x + 6x = x + 285
6,4x + 6x – x = 285
11,4x = 285
x = 285:11,4
x = 25
Sendo S a área do retângulo:
S= b.h
S= 0,8x.x
S = 0,8x2 Questões
Sendo St a área total da figura:
St = 6.0,8x2 01. A figura abaixo mostra três círculos, cada um com 10
St = 4,8.252 cm de raio, tangentes entre si.
St = 4,8.625
St = 3000

ÁREA DO CIRCULO E SUAS PARTES

I- Círculo: Considerando √3 ≅ 1,73 e 𝜋 ≅ 3,14, o valor da área


Quem primeiro descreveu a área de um círculo foi o sombreada, em cm2, é:
matemático grego Arquimedes (287/212 a.C.), de Siracusa, (A) 320.
mais ou menos por volta do século II antes de Cristo. Ele (B) 330.
concluiu que quanto mais lados tem um polígono regular mais (C) 340.
ele se aproxima de uma circunferência e o apótema (a) deste (D) 350.
polígono tende ao raio r. Assim, como a fórmula da área de um (E) 360.
polígono regular é dada por A = p.a (onde p é semiperímetro e
2𝜇𝑟 02. A área de um círculo, cuja circunferência tem
a é o apótema), temos para a área do círculo 𝐴 = . 𝑟, então
2 comprimento 20𝜋 cm, é:
temos: (A) 100𝜋 cm2.
(B) 80 𝜋 cm2.
(C) 160 𝜋 cm2.
(D) 400 𝜋 cm2.

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APOSTILAS OPÇÃO

03. Quatro tanques de armazenamento de óleo, cilíndricos 12,4.r2 = 198,4


e iguais, estão instalados em uma área retangular de 24,8 m de r2 = 198,4 : 12, 4 → r2 = 16 → r = 4
comprimento por 20,0 m de largura, como representados na d = 2r =2.4 = 8
figura abaixo.
CIRCUNFERÊNCIA E CÍRCULO

Circunferência: A circunferência é o lugar geométrico de


todos os pontos de um plano que estão localizados a uma
mesma distância r de um ponto fixo denominado o centro da
circunferência. Esta talvez seja a curva mais importante no
contexto das aplicações.

2
Se as bases dos quatro tanques ocupam da área
5
retangular, qual é, em metros, o diâmetro da base de cada
tanque?
Dado: use 𝜋=3,1
(A) 2.
(B) 4. Círculo: (ou disco) é o conjunto de todos os pontos de um
(C) 6. plano cuja distância a um ponto fixo O é menor ou igual que
(D) 8. uma distância r dada. Quando a distância é nula, o círculo se
(E) 16. reduz a um ponto. O círculo é a reunião da circunferência com
o conjunto de pontos localizados dentro da mesma. No gráfico
Comentários acima, a circunferência é a linha de cor verde escuro que
envolve a região verde claro, enquanto o círculo é toda a região
01. Resposta: B. pintada de verde reunida com a circunferência.
Unindo os centros das três circunferências temos um
triângulo equilátero de lado 2r ou seja l = 2.10 = 20 cm. Então Pontos interiores de um círculo e exteriores a um
a área a ser calculada será: círculo

Pontos interiores: Os pontos interiores de um círculo são


os pontos do círculo que não estão na circunferência.

𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐
𝐴 = 𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐 + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔 +
2
𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐
𝐴= + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔 Pontos exteriores: Os pontos exteriores a um círculo são
2
𝜋𝑟 2 os pontos localizados fora do círculo.
𝐴= + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔
2 Conceitos:
Raio: Raio de uma circunferência (ou de um círculo) é um
𝜋𝑟 2 𝑙2
√3
𝐴= + segmento de reta com uma extremidade no centro da
2 4 circunferência (ou do círculo) e a outra extremidade num
(3,14 ∙ 102 ) 202 ∙ 1,73
𝐴= + ponto qualquer da circunferência. Na figura abaixo, os
2 4 ̅̅̅̅, OB
segmentos de reta OA ̅̅̅̅ e OC
̅̅̅̅ são raios.
400 ∙ 1,73
𝐴 = 1,57 ∙ 100 +
4 Corda: Corda de uma circunferência é um segmento de
𝐴 = 157 + 100 ∙ 1,73 = 157 + 173 = 330
reta cujas extremidades pertencem à circunferência (ou seja,
um segmento que une dois pontos de uma circunferência). Na
02. Resposta: A. ̅̅̅̅ e DE
̅̅̅̅ são cordas.
figura abaixo, os segmentos de reta AC
A fórmula do comprimento de uma circunferência é C =
2π.r, Então:
Diâmetro: Diâmetro de uma circunferência (ou de um
C = 20π
círculo) é uma corda que passa pelo centro da circunferência.
2π.r = 20π
20π Observamos que o diâmetro é a maior corda da
r= circunferência. Na figura abaixo, o segmento de reta ̅̅̅̅
AC é um

r = 10 cm diâmetro.
A = π.r2 → A = π.102 → A = 100π cm2

03. Resposta: D.
Primeiro calculamos a área do retângulo (A = b.h)
Aret = 24,8.20
Aret = 496 m2

2
4.Acirc = .Aret Posições relativas de uma reta e uma circunferência
5

2
4.πr2 = .496 Reta secante: Uma reta é secante a uma circunferência se
5
992 essa reta intercepta a circunferência em dois pontos
4.3,1.r2 =
5

Matemática 49
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APOSTILAS OPÇÃO

quaisquer, podemos dizer também que é a reta que contém tangente comum externa. Se os pontos de tangência, um em
uma corda. cada circunferência, estão em semi-planos diferentes, temos
uma reta tangente comum interna.
Reta tangente: Uma reta tangente a uma circunferência é
uma reta que intercepta a circunferência em um único ponto Circunferências internas: Uma circunferência C1 é
P. Este ponto é conhecido como ponto de tangência ou ponto interna a uma circunferência C2, se todos os pontos do círculo
de contato. Na figura ao lado, o ponto P é o ponto de tangência C1 estão contidos no círculo C2. Uma circunferência é externa
e a reta que passa pelos pontos E e F é uma reta tangente à à outra se todos os seus pontos são pontos externos à outra.
circunferência.

Circunferências concêntricas: Duas ou mais


circunferências com o mesmo centro, mas com raios diferentes
Reta externa (ou exterior): é uma reta que não tem ponto são circunferências concêntricas.
em comum com a circunferência. Na figura abaixo a reta t é
externa. Circunferências tangentes: Duas circunferências que
estão no mesmo plano, são tangentes uma à outra, se elas são
tangentes à mesma reta no mesmo ponto de tangência.

Propriedades das secantes e tangentes


Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro O,
intercepta a circunferência em dois pontos distintos A e B e se
M é o ponto médio da corda AB, então o segmento de reta OM
é perpendicular à reta secante s. As circunferências são tangentes externas uma à outra se
os seus centros estão em lados opostos da reta tangente
comum e elas são tangentes internas uma à outra se os seus
centros estão do mesmo lado da reta tangente comum.

Circunferências secantes: são aquelas que possuem


Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro O, somente dois pontos distintos em comum.
intercepta a circunferência em dois pontos distintos A e B, a
perpendicular às retas que passam pelo centro O da
circunferência, passa também pelo ponto médio da corda AB.

Segmentos tangentes: Se AP e BP são segmentos de reta


tangentes à circunferência nos ponto A e B, então esses
Seja OP um raio de uma circunferência, onde O é o centro e P segmentos AP e BP são congruentes.
um ponto da circunferência. Toda reta perpendicular ao raio
OP é tangente à circunferência no ponto de tangência P.

ÂNGULOS (OU ARCOS) NA CIRCURFERÊNCIA


Toda reta tangente a uma circunferência é perpendicular ao
raio no ponto de tangência. Ângulo central: é um ângulo cujo vértice coincide com o
centro da circunferência. Este ângulo determina um arco na
Posições relativas de duas circunferências circunferência, e a medida do ângulo central e do arco são
iguais.
Reta tangente comum: Uma reta que é tangente a duas
circunferências ao mesmo tempo é denominada uma tangente
comum. Há duas possíveis retas tangentes comuns: a interna e
a externa.

̂
O ângulo central determina na circunferência um arco𝐴𝐵
Ao traçar uma reta ligando os centros de duas e sua medida é igual a esse arco.
circunferências no plano, esta reta separa o plano em dois
semi-planos. Se os pontos de tangência, um em cada ̂
α = AB
circunferência, estão no mesmo semi-plano, temos uma reta

Matemática 50
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APOSTILAS OPÇÃO

Ângulo Inscrito: é um ângulo cujo vértice está sobre a (C) 60°


circunferência. (D) 35°
(E) 25°

03. Na figura seguinte, a medida do ângulo x, em graus, é:

̂
O ângulo inscrito determina na circunferência um arco 𝐴𝐵
e sua medida é igual à metade do arco.
̂
AB
α=
2 (A) 80°
Ângulo Excêntrico Interno: é formado por duas cordas da (B) 82°
circunferência. (C) 84°
(D) 86°
(E) 90°
Respostas

01. Resposta: B.
O ângulo dado na figura (46°) é um ângulo inscrito,
portanto é igual à metade do arco x:
O ângulo excêntrico interno determina na circunferência 𝑥
dois arcos AB e CD e sua medida é igual à metade da soma dos 46° =
2
dois arcos.
̂ + CD
AB ̂ x = 46°.2
α= x = 92°
2

Ângulo Excêntrico Externo: é formado por duas retas 02. Resposta: D.


secantes à circunferência. O ângulo da figura é um ângulo excêntrico externo,
portanto é igual à metade da diferença dos dois arcos dados.
110° − 40°
𝑦=
2

70°
𝑦= = 35°
2
O ângulo excêntrico externo determina na circunferência
̂ e 𝐶𝐷
dois arcos 𝐴𝐵 ̂ e sua medida é igual à metade da diferença 03. Resposta: C.
dos dois arcos. O ângulo x é um ângulo excêntrico interno, portanto é igual
à metade da soma dos dois arcos.
̂ − CD
AB ̂
α= 108° + 60°
2
𝑥=
2
Questões
168°
𝑥= = 84°
01. O valor de x na figura abaixo é: 2

MEDIDAS DE ARCOS E ÂNGULOS

Arcos (e ângulos) na circunferência


Se forem tomados dois pontos A e B sobre uma
circunferência, ela ficará dividida em duas partes chamadas
(A) 90°
arcos. Estes dois pontos A e B são as extremidades dos arcos.
(B) 92°
(C) 96°
(D) 98°
(E) 100°

02. Na figura abaixo, qual é o valor de y?

Usamos a seguinte representação: AB.


Observação: quando A e B são pontos coincidentes, um
arco é chamado de nulo e o outro arco de uma volta.

(A) 30°
(B) 45°

Matemática 51
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APOSTILAS OPÇÃO

Unidades de medidas de arcos (e ângulos) 02. Um ângulo de


5𝜋
rad equivale a quantos graus?
4
I) Grau: para medir ângulos a circunferência foi dividida
em 360° partes iguais, e cada uma dessas partes passou a ser
03. (FUVEST) Quantos graus, mede aproximadamente, um
chamada de 1 grau (1°).
arco de 0,105 rad? (usar π = 3,14)

1
= (𝑢𝑚 𝑡𝑟𝑒𝑧𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑒 𝑠𝑒𝑠𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑎𝑣𝑜𝑠) 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑛𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎. Respostas
360
- submúltiplos do grau 𝟐𝝅
O grau tem dois submúltiplos (medidas menores que o 01. Resposta: 𝒓𝒂𝒅
𝟑
grau). São o minuto e o segundo, de forma que:
1° = 60′ ou seja 1 minutos é igual a 1/60 do grau. 180° π rad
1’ = 60” ou seja 1 segundo é igual a 1/60 do minuto. 120° x rad

II) Radiano 180°


=
𝜋
120° 𝑥
A medida de um arco, em radianos, é a razão (divisão)
entre o comprimento do arco e o raio da circunferência sobre
180x = 120π
a qual está arco está determinado. 120𝜋
𝑥= (simplificando)
180
2𝜋
𝑥= 𝑟𝑎𝑑
3

02. Resposta:
l 225°
5𝜋 5.180° 900°
= = = 225°
α4 4 4

Sendo α o ângulo (ou arco), r o raio e l o comprimento do 03.


r Resposta: 6°
arco, temos: Neste caso, usamos regra de três:
l 180° π rad
α= x 0,105 rad
r
O arco l terá seu comprimento máximo (ou maior) quando
180° 𝜋
for igual ao comprimento total de uma circunferência (C = 2πr 𝑥
=
0,105
– fórmula do comprimento da circunferência), ou seja lmáximo =
C → lmax = 2πr. π.x = 180°.0,105
Então, o valor máximo do ângulo α em radianos será: 3,14x = 18,9
2πr x = 18,9 : 3,14 ≅ 6,01
α= ==> α = 2π rad
r x ≅ 6°
Observação: uma volta na circunferência é igual a 360° ou
2π rad.
9. Noções de Geometria
Conversões Espacial – cálculo do volume
- graus para radianos: para converter grau para radianos de paralelepípedos e cilindros
usamos uma regra de três simples.
exemplo:
circulares retos.
Converter 150° para radianos.
180° π rad
150° x rad SÓLIDOS GEOMÉTRICOS

180°
=
π Sólidos Geométricos são figuras geométricas que possui
150° x três dimensões. Um sólido é limitado por um ou mais planos.
180𝑥 = 150𝜋 Os mais conhecidos são: prisma, pirâmide, cilindro, cone e
150π
x=
180
(simplificando) esfera.

x= rad
6 - Sólidos geométricos

- radianos para graus: basta substituir o π por 180°. I) PRISMA: é um sólido geométrico que possui duas bases
exemplo: iguais e paralelas.

Converter rad para graus (ou podemos usar regra de
2
três simples também).
3𝜋 3.180 540
= = = 270°
2 2 2

Questões

01. Um ângulo de 120° equivale a quantos radianos?

Matemática 52
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APOSTILAS OPÇÃO

Elementos de um prisma: b) Hexaedro Regular (Cubo): é um prisma que tem as 6


a) Base: pode ser qualquer polígono. faces quadradas.
b) Arestas da base: são os segmentos que formam as
bases.
c) Face Lateral: é sempre um paralelogramo.
d) Arestas Laterais: são os segmentos que formam as
faces laterais.
e) Vértice: ponto de intersecção (encontro) de arestas.
f) Altura: distância entre as duas bases. As três dimensões de um cubo comprimento, largura e
altura são iguais.
Classificação:
Um prisma pode ser classificado de duas maneiras: Fórmulas:
- Área Total: At = 6.a2
1- Quanto à base:
- Prisma triangular...........................................................a base é - Volume: V = a3
um triângulo.
- Prisma quadrangular.....................................................a base é - Diagonal: D = a√3
um quadrilátero.
- Prisma pentagonal........................................................a base é II) PIRÂMIDE: é um sólido geométrico que tem uma base
um pentágono. e um vértice superior.
- Prisma hexagonal.........................................................a base é
um hexágono.
E, assim por diante.

2- Quanta à inclinação:
- Prisma Reto: a aresta lateral forma com a base um
ângulo reto (90°).
- Prisma Obliquo: a aresta lateral forma com a base um
ângulo diferente de 90°.

Elementos de uma pirâmide:


A pirâmide tem os mesmos elementos de um prisma: base,
arestas da base, face lateral, arestas laterais, vértice e altura.
Além destes, ela também tem um apótema lateral e um
apótema da base.
Fórmulas:
Na figura acima podemos ver que entre a altura, o apótema
- Área da Base
da base e o apótema lateral forma um triângulo retângulo,
Como a base pode ser qualquer polígono não existe uma
então pelo Teorema de Pitágoras temos: ap2 = h2 + ab2.
fórmula fixa. Se a base é um triângulo calculamos a área desse
triângulo; se a base é um quadrado calculamos a área desse
Classificação:
quadrado, e assim por diante.
Uma pirâmide pode ser classificado de duas maneiras:
- Área Lateral:
1- Quanto à base:
Soma das áreas das faces laterais
- Pirâmide triangular...........................................................a base é
- Área Total:
um triângulo.
At=Al+2Ab
- Pirâmide quadrangular.....................................................a base é
- Volume:
um quadrilátero.
V = Abh
- Pirâmide pentagonal........................................................a base é
um pentágono.
Prismas especiais: temos dois prismas estudados a parte
- Pirâmide hexagonal.........................................................a base é
e que são chamados de prismas especiais, que são:
um hexágono.
E, assim por diante.
a) Hexaedro (Paralelepípedo reto-retângulo): é um
prisma que tem as seis faces retangulares.
2- Quanta à inclinação:
- Pirâmide Reta: tem o vértice superior na direção do
centro da base.
- Pirâmide Obliqua: o vértice superior está deslocado em
relação ao centro da base.

Temos três dimensões: a= comprimento, b = largura e c =


altura.

Fórmulas:
- Área Total: At = 2.(ab + ac + bc)

- Volume: V = a.b.c
Fórmulas:
- Diagonal: D = √a2 + b 2 + c 2 - Área da Base: 𝐴𝑏 = 𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑙í𝑔𝑜𝑛𝑜, como a base
pode ser qualquer polígono não existe uma fórmula fixa. Se a

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APOSTILAS OPÇÃO

base é um triângulo calculamos a área desse triângulo; se a III) CILINDRO: é um sólido geométrico que tem duas bases
base é um quadrado calculamos a área desse quadrado, e iguais, paralelas e circulares.
assim por diante.
- Área Lateral: 𝐴𝑙 =
𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑎𝑠 á𝑟𝑒𝑎𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑓𝑎𝑐𝑒𝑠 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑖𝑠

- Área Total: At = Al + Ab
1
- Volume: 𝑉 = . 𝐴𝑏 . ℎ
3

- TRONCO DE PIRÂMIDE
O tronco de pirâmide é obtido ao se realizar uma secção
transversal numa pirâmide, como mostra a figura:
Elementos de um cilindro:
a) Base: é sempre um círculo.
b) Raio
c) Altura: distância entre as duas bases.
d) Geratriz: são os segmentos que formam a face lateral,
isto é, a face lateral é formada por infinitas geratrizes.

Classificação: como a base de um cilindro é um círculo, ele


O tronco da pirâmide é a parte da figura que apresenta as
só pode ser classificado de acordo com a inclinação:
arestas destacadas em vermelho.
- Cilindro Reto: a geratriz forma com o plano da base um
É interessante observar que no tronco de pirâmide as ângulo reto (90°).
arestas laterais são congruentes entre si; as bases são - Cilindro Obliquo: a geratriz forma com a base um ângulo
polígonos regulares semelhantes; as faces laterais são diferente de 90°.
trapézios isósceles, congruentes entre si; e a altura de
qualquer face lateral denomina-se apótema do tronco.

→ Cálculo das áreas do tronco de pirâmide.


Num tronco de pirâmide temos duas bases, base maior e
base menor, e a área da superfície lateral. De acordo com a
base da pirâmide, teremos variações nessas áreas. Mas
observe que na superfície lateral sempre teremos trapézios
isósceles, independente do formato da base da pirâmide. Por Fórmulas:
exemplo, se a base da pirâmide for um hexágono regular, - Área da Base: Ab = π.r2
teremos seis trapézios isósceles na superfície lateral.
A área total do tronco de pirâmide é dada por: - Área Lateral: Al = 2.π.r.h
St = Sl + SB + Sb
Onde: - Área Total: At = 2.π.r.(h + r) ou At = Al + 2.Ab
St → é a área total
Sl → é a área da superfície lateral - Volume: V = π.r2.h ou V = Ab.h
SB → é a área da base maior
Sb → é a área da base menor Secção Meridiana de um cilindro: é um “corte” feito pelo
centro do cilindro. O retângulo obtido através desse corte é
→ Cálculo do volume do tronco de pirâmide. chamado de secção meridiana e tem como medidas 2r e h. Logo
A fórmula para o cálculo do volume do tronco de pirâmide a área da secção meridiana é dada pela fórmula: ASM = 2r.h.
é obtida fazendo a diferença entre o volume de pirâmide maior
e o volume da pirâmide obtida após a secção transversal que
produziu o tronco. Colocando em função de sua altura e das
áreas de suas bases, o modelo matemático para o volume do
tronco é:

Onde,
V → é o volume do tronco
h → é a altura do tronco
SB → é a área da base maior
Sb → é a área da base menor
Cilindro Equilátero: um cilindro é chamado de equilátero
quando a secção meridiana for um quadrado, para isto temos
que: h = 2r.

Matemática 54
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APOSTILAS OPÇÃO

IV) CONE: é um sólido geométrico que tem uma base


circular e vértice superior.

Elementos
- A base do cone é a base maior do tronco, e a seção
Elementos de um cone: transversal é a base menor;
a) Base: é sempre um círculo.
- A distância entre os planos das bases é a altura do tronco.
b) Raio
c) Altura: distância entre o vértice superior e a base.
d) Geratriz: segmentos que formam a face lateral, isto é, a
face lateral e formada por infinitas geratrizes.

Classificação: como a base de um cone é um círculo, ele só


tem classificação quanto à inclinação.
- Cone Reto: o vértice superior está na direção do centro
da base.
- Cone Obliquo: o vértice superior esta deslocado em
relação ao centro da base. Diferentemente do cone, o tronco de cone possui duas
bases circulares em que uma delas é maior que a outra, dessa
forma, os cálculos envolvendo a área superficial e o volume do
tronco envolverão a medida dos dois raios. A geratriz, que é a
medida da altura lateral do cone, também está presente na
composição do tronco de cone.
Não devemos confundir a medida da altura do tronco de
cone com a medida da altura de sua lateral (geratriz), pois são
elementos distintos. A altura do cone forma com as bases um
ângulo de 90º. No caso da geratriz os ângulos formados são um
Fórmulas: agudo e um obtuso.
- Área da base: Ab = π.r2

- Área Lateral: Al = π.r.g Área da Superfície e


Volume
- Área total: At = π.r.(g + r) ou At = Al + Ab

1 1
- Volume: 𝑉 = . 𝜋. 𝑟 2 . ℎ ou 𝑉 = . 𝐴𝑏 . ℎ
3 3
Onde:
- Entre a geratriz, o raio e a altura temos um triângulo h = altura
retângulo, então: g2 = h2 + r2. g = geratriz

Secção Meridiana: é um “corte” feito pelo centro do cone.


O triângulo obtido através desse corte é chamado de secção V) ESFERA
meridiana e tem como medidas, base é 2r e h. Logo a área da
secção meridiana é dada pela fórmula: ASM = r.h.

Cone Equilátero: um cone é chamado de equilátero


quando a secção meridiana for um triângulo equilátero, para
isto temos que: g = 2r.
Elementos da esfera
- TRONCO DE CONE - Eixo: é um eixo imaginário, passando pelo centro da
Se um cone sofrer a intersecção de um plano paralelo à sua esfera.
base circular, a uma determinada altura, teremos a - Polos: ponto de intersecção do eixo com a superfície da
constituição de uma nova figura geométrica espacial esfera.
- Paralelos: são “cortes” feitos na esfera, determinando
denominada Tronco de Cone.
círculos.
- Equador: “corte” feito pelo centro da esfera,
determinando, assim, o maior círculo possível.

Matemática 55
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APOSTILAS OPÇÃO

Fórmulas (C) 200√3 cm3


(D) 100√3 cm3
(E) 300√3 cm3

Comentários

01. Resposta: B.
Em um cilindro equilátero temos que h = 2r e do enunciado
- na figura acima podemos ver que o raio de um paralelo r = 5 cm.
(r), a distância do centro ao paralelo ao centro da esfera (d) e h = 2r → h = 2.5 = 10 cm
o raio da esfera (R) formam um triângulo retângulo. Então, Al = 2.π.r.h
podemos aplicar o Teorema de Pitágoras: R2 = r2 + d2. Al = 2.π.5.10
- Área: A = 4.π.R2 Al = 100π

4
- Volume: V = . π. R3 02. Respostas: Al = 12π cm2, At = 20π cm2 e V = 12π cm3
3 Aplicação direta das fórmulas sendo r = 2 cm e h = 3 cm.
Al = 2.π.r.h At = 2π.r(h + r) V = π.r2.h
Fuso Esférico:
Al = 2.π.2.3 At = 2π.2(3 + 2) V = π.22.3
Al = 12π cm2 At = 4π.5 V = π.4.3
At = 20π cm2 V = 12π cm2

03. Resposta: A.
O volume de um prisma é dado pela fórmula V = Ab.h, do
enunciado temos que a aresta da base é a = 4 cm e a altura h =
12 cm.
A área da base desse prisma é igual a área de um hexágono
Fórmula da área do fuso:
regular
6.𝑎2 √3
𝛼. 𝜋. 𝑅 2 𝐴𝑏 =
4
𝐴𝑓𝑢𝑠𝑜 =
90°
6.42 √3 6.16√3
𝐴𝑏 = ➔ 𝐴𝑏 = ➔ 𝐴𝑏 = 6.4√3 ➔ 𝐴𝑏 = 24√3
4 4
Cunha Esférica: cm2

V = 24√3.12
V = 288√3 cm3

10.Matemática Financeira:
porcentagem, juro simples
Fórmula do volume da cunha:
PORCENTAGEM
𝛼. 𝜋. 𝑅 3
𝑉𝑐𝑢𝑛ℎ𝑎 =
270° Razões de denominador 100 que são chamadas de
razões centesimais ou taxas percentuais ou simplesmente de
porcentagem. Servem para representar de uma
Referências maneira prática o "quanto" de um "todo" se está
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
DOLCE, Osvalo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da matemática elementar –
referenciando.
Vol 10 – Geometria Espacial, Posição e Métrica – 5ª edição – Atual Editora Costumam ser indicadas pelo numerador seguido do
www.brasilescola.com.br símbolo % (Lê-se: “por cento”).

Questões 𝒙
𝒙% =
𝟏𝟎𝟎
01. Dado o cilindro equilátero, sabendo que seu raio é igual
a 5 cm, a área lateral desse cilindro, em cm2, é: Exemplo:
(A) 90π Em uma classe com 30 alunos, 18 são rapazes e 12 são
(B) 100π moças. Qual é a taxa percentual de rapazes na classe?
(C) 80π Resolução: A razão entre o número de rapazes e o total de
18
(D) 110π alunos é . Devemos expressar essa razão na forma
30
(E) 120π centesimal, isto é, precisamos encontrar x tal que:

02. Seja um cilindro reto de raio igual a 2 cm e altura 3 cm. 18 𝑥


Calcular a área lateral, área total e o seu volume. = ⟹ 𝑥 = 60
30 100
03. Um prisma hexagonal regular tem aresta da base igual E a taxa percentual de rapazes é 60%. Poderíamos ter
a 4 cm e altura 12 cm. O volume desse prisma é: divido 18 por 30, obtendo:
(A) 288√3 cm3
(B) 144√3 cm3 18
= 0,60(. 100%) = 60%
30
Matemática 56
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APOSTILAS OPÇÃO
𝑝
- Lucro e Prejuízo Utilizando VA = (1 + ).V → V. 1,1 , como são dois de
100
É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo. 10% temos → V. 1,1 . 1,1 → V. 1,21 Analisando o fator de
Caso a diferença seja positiva, temos o lucro(L), caso seja multiplicação 1,21; concluímos que esses dois aumentos
negativa, temos prejuízo(P). significam um único aumento de 21%.
Observe que: esses dois aumentos de 10% equivalem a
Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C). 21% e não a 20%.
Podemos ainda escrever: 2) Dois descontos sucessivos de 20% equivalem a um
C + L = V ou L = V - C único desconto de:
P = C – V ou V = C - P 𝑝
Utilizando VD = (1 − ).V → V. 0,8 . 0,8 → V. 0,64 . .
100
A forma percentual é: Analisando o fator de multiplicação 0,64, observamos que
esse percentual não representa o valor do desconto, mas sim
o valor pago com o desconto. Para sabermos o valor que
representa o desconto é só fazermos o seguinte cálculo:
100% - 64% = 36%
Observe que: esses dois descontos de 20% equivalem a
36% e não a 40%.
Exemplo:
Um objeto custa R$ 75,00 e é vendido por R$ 100,00. Referências
IEZZI, Gelson – Fundamentos da Matemática – Vol. 11 – Financeira e
Determinar: Estatística Descritiva
a) a porcentagem de lucro em relação ao preço de custo; IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
b) a porcentagem de lucro em relação ao preço de venda. http://www.porcentagem.org
http://www.infoescola.com
Resolução:
Preço de custo + lucro = preço de venda → 75 + lucro =100 Questões
→ Lucro = R$ 25,00
01. Marcos comprou um produto e pagou R$ 108,00, já
𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 inclusos 20% de juros. Se tivesse comprado o produto, com
𝑎) . 100% ≅ 33,33% 25% de desconto, então, Marcos pagaria o valor de:
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜
(A) R$ 67,50
𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 (B) R$ 90,00
𝑏) . 100% = 25% (C) R$ 75,00
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎
(D) R$ 72,50
- Aumento e Desconto Percentuais
02. O departamento de Contabilidade de uma empresa tem
A) Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo
𝒑 20 funcionários, sendo que 15% deles são estagiários. O
por (𝟏 + ).V . departamento de Recursos Humanos tem 10 funcionários,
𝟏𝟎𝟎
Logo: sendo 20% estagiários. Em relação ao total de funcionários
𝒑
VA = (𝟏 + ).V desses dois departamentos, a fração de estagiários é igual a
𝟏𝟎𝟎
(A) 1/5.
Exemplo: (B) 1/6.
1 - Aumentar um valor V de 20%, equivale a multiplicá-lo (C) 2/5.
por 1,20, pois: (D) 2/9.
20 (E) 3/5.
(1 + ).V = (1+0,20).V = 1,20.V
100
03. Quando calculamos 15% de 1.130, obtemos, como
B) Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo resultado
𝒑
por (𝟏 − ).V. (A) 150
𝟏𝟎𝟎
Logo: (B) 159,50;
V D = (𝟏 −
𝒑
).V (C) 165,60;
𝟏𝟎𝟎
(D) 169,50.
Exemplo:
Comentários
Diminuir um valor V de 40%, equivale a multiplicá-lo por
0,60, pois:
40 01. Resposta: A.
(1 − ). V = (1-0,40). V = 0, 60.V Como o produto já está acrescido de 20% juros sobre o seu
100
preço original, temos que:
𝒑 𝒑
A esse valor final de (𝟏 + ) ou (𝟏 − ), é o que 100% + 20% = 120%
𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎
chamamos de fator de multiplicação, muito útil para Precisamos encontrar o preço original (100%) da
resolução de cálculos de porcentagem. O mesmo pode ser um mercadoria para podermos aplicarmos o desconto.
acréscimo ou decréscimo no valor do produto. Utilizaremos uma regra de 3 simples para encontrarmos:
R$ %
- Aumentos e Descontos Sucessivos 108 ---- 120
São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente. X ----- 100
Para efetuar os respectivos descontos ou aumentos, fazemos 120x = 108.100 → 120x = 10800 → x = 10800/120 → x =
uso dos fatores de multiplicação. 90,00
O produto sem o juros, preço original, vale R$ 90,00 e
Vejamos alguns exemplos: representa 100%. Logo se receber um desconto de 25%,
1) Dois aumentos sucessivos de 10% equivalem a um significa ele pagará 75% (100 – 25 = 75%) → 90. 0,75 = 67,50
único aumento de...? Então Marcos pagou R$ 67,50.

Matemática 57
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APOSTILAS OPÇÃO

02. Resposta: B. Devemos sempre relacionar taxa e tempo numa mesma


* Dep. Contabilidade:
15
. 20 =
30
= 3 → 3 (estagiários) unidade:
100 10
Taxa anual Tempo em anos
20 200 Taxa mensal Tempo em meses
* Dep. R.H.: . 10 = = 2 → 2 (estagiários) Taxa diária Tempo em dias
100 100
E assim sucessivamente
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑔𝑖á𝑟𝑖𝑜𝑠 5 1
∗ 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = = =
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛á𝑟𝑖𝑜𝑠 30 6 Podemos definir o Juros como:
J=C.i.t
03. Resposta: D. Onde:
15% de 1130 = 1130.0,15 ou 1130.15/100 → 169,50 J = Juros

JUROS C = Capital
i = taxa
A Matemática Financeira é um ramo da Matemática t = tempo
Aplicada que estuda as operações financeiras de uma forma
geral, analisando seus diferentes fluxos de caixa ao longo do 1) O capital cresce linearmente com o tempo;
tempo, muito utilizada hoje para programar a vida financeira 2) O capital cresce a uma progressão aritmética de razão: J
não só de empresas mais também dos indivíduos. = C.i
Existe também o que chamamos de Regime de 3) A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma
Capitalização, que é a maneira pelo qual será pago o juro por unidade.
um capital aplicado ou tomado emprestado. 4) Nessa fórmula, a taxa i deve ser expressa na forma
decimal.
Elementos Básicos: 5) Chamamos de montante (M) ou FV (valor futuro) a
- Valor Presente ou Capital Inicial ou Principal (PV, P soma do capital com os juros, ou seja:
ou C): termo proveniente do inglês “Present Value”, sendo Na fórmula J= C . i . t, temos quatro variáveis. Se três delas
caracterizado como a quantidade inicial de moeda que uma forem valores conhecidos, podemos calcular o 4º valor.
pessoa tem em disponibilidade e concorda em ceder a outra
pessoa, por um determinado período, mediante o pagamento M = C + J → M = C. (1+i.t)
de determinada remuneração.
Exemplo:
- Taxa de Juros (i): termo proveniente do inglês “Interest Qual o valor dos juros correspondentes a um empréstimo
Rate” (taxa de juros) e relacionado à sua maneira de de R$ 10.000,00, pelo prazo de 15 meses, sabendo-se que a
incidência. Salientamos que a taxa pode ser mensal, anual, taxa cobrada é de 3% a m.?
semestral, bimestral, diária, entre outras. Dados:
PV = 10.000,00
- Juros (J): é o que pagamos pelo aluguel de determinada n = 15 meses
quantia por um dado período, ou seja, é a nomenclatura dada i = 3% a.m = 0,03
à remuneração paga para que um indivíduo ceda J=?
temporariamente o capital que dispõe. Solução:
J = PV.i.n → J = 10.000 x 0,03 x 15 → J = 4.500,00
- Montante ou Valor Futuro (FV ou M): termo
proveniente do inglês “Future Value”, sendo caracterizado em Para não esquecer!!!
termos matemáticos como a soma do capital inicial mais os Só podemos efetuar operações algébricas com valores
juros capitalizados durante o período. Em outras palavras, é a referenciados na mesma unidade, ou seja, se apresentarmos
quantidade de moeda (ou dinheiro) que poderá ser usufruída a taxa de juros como a anual, o prazo em questão também
no futuro. Em símbolos, escrevemos FV = PV + J. deve ser referenciado em anos. Ou seja, as unidades de tempo
referentes à taxa de juros (i) e do período (t), tem de ser
- Tempo ou período de capitalização (n ou t): nada mais necessariamente iguais. Este é um detalhe importantíssimo,
é do que a duração da operação financeira, ou seja, o horizonte que não pode ser esquecido!
da operação financeira em questão. O prazo pode ser descrito
em dias, meses, anos, semestres, entre outros. Questões

JUROS SIMPLES 01. Uma aplicação de R$ 1.000.000,00 resultou em um


montante de R$ 1.240.000,00 após 12 meses. Dentro do
Em regime linear de juros (ou juros simples), o juro é regime de Juros Simples, a que taxa o capital foi aplicado?
determinado tomando como base de cálculo o capital da (A) 1,5% ao mês.
operação, e o total do juro é devido ao credor (aquele que (B) 4% ao trimestre.
empresta) no final da operação. As operações aqui são de (C) 20% ao ano.
curtíssimo prazo, exemplo: desconto simples de duplicata, (D) 2,5% ao bimestre.
“Hot Money” entre outras. (E) 12% ao semestre.
No juros simples o juro de cada intervalo de tempo sempre
é calculado sobre o capital inicial emprestado ou aplicado. 02. Mirtes aplicou um capital de R$ 670,00 à taxa de juros
simples, por um período de 16 meses. Após esse período, o
Chamamos de simples os juros que são somados ao capital montante retirado foi de R$ 766,48. A taxa de juros praticada
inicial no final da aplicação. nessa transação foi de:
(A) 9% a.a.
(B) 10,8% a.a.
(C) 12,5% a.a.
(D) 15% a.a.

Matemática 58
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APOSTILAS OPÇÃO

03. Qual o valor do capital que aplicado por um ano e meio, Em linhas gerais a Estatística fornece métodos que
a uma taxa de 1,3% ao mês, em regime de juros simples resulta auxiliam o processo de tomada de decisão através da análise
em um montante de R$ 68.610,40 no final do período? dos dados que possuímos.
(A) R$ 45.600,00 Podemos ainda dizer que a Estatística é:
(B) R$ 36.600,00
(C) R$ 55.600,00 É a ciência que se ocupa de coletar, organizar, analisar e
(D) R$ 60.600,00 interpretar dados para que se tomem decisões.

Comentários

01. Resposta: E
C = 1.000.000,00
M = 1.240.000,00
t = 12 meses Divisão da estatística
i=? - Estatística Descritiva: coleta, organização e descrição
M = C.(1+it) → 1240000 = 1000000(1 + 12i) → 1 + 12i = dos dados. Ela preocupa-se com a forma pela qual podemos
1240000 / 1000000 → 1 + 12i = 1,24 → 12i = 1,24 – 1 → 12i = apresentar um conjunto de dados em tabelas e gráficos, e
0,24 → i = 0,24 / 12 → i = 0,02 → i = 0,02x100 → i = 2% a.m também resumir as informações contidas nestes dados
Como não encontramos esta resposta nas alternativas, mediante a utilização de medidas estatísticas.
vamos transformar, uma vez que sabemos a taxa mensal:
Um bimestre tem 2 meses → 2 x 2 = 4% a.b. - Estatística Indutiva ou Inferencial: análise e
Um trimestre tem 3 meses → 2 x 3 = 6% a.t. interpretação desses dados. A inferência estatística baseia-se
Um semestre tem 6 meses → 2 x 6 = 12% a.s. na teoria das probabilidades para estabelecer conclusões
Um ano tem 1 ano 12 meses → 2 x 12 = 24% a.a. sobre todo um grupo (chamado população), quando se
observou apenas uma parte (amostra) representativa desta
02. Resposta: B população.
Pelo enunciado temos:
C = 670 Método Estatístico
i=? Atualmente quase todo acréscimo de conhecimento
n = 16 meses resulta da observação e do estudo. A verdade é que
M = 766,48 desenvolvemos processos científicos para seu estudo e para
Aplicando a fórmula temos: M = C.(1+in) → 766,48 = 670 adquirirmos tais conhecimentos, ou seja, desenvolvemos
(1+16i) → 1 + 16i = 766,48 / 670 →1 + 16i = 1,144 → 16i = maneiras ou métodos para tais fins.
1,144 – 1 → 16i = 0,144 → i = 0,144 / 16 → i = 0,009 x 100 → i
= 0,9% a.m. Método é um conjunto de meios dispostos convenientemente
Observe que as taxas das alternativas são dadas em ano, para se chegar a um fim que se deseja.
logo como 1 ano tem 12 meses: 0,9 x 12 = 10,8% a.a.
Podemos destacar dois métodos:
03. Resposta: C - Método experimental: consiste em manter constantes
C=? todas as causas (fatores), menos uma, e variar esta causa de
n = 1 ano e meio = 12 + 6 = 18 meses modo que o pesquisador possa descobrir seus efeitos, caso
i = 1,3% a.m = 0,013 existam. Muito utilizado no estudo da Física, da Química, etc.
M = 68610,40
Aplicando a fórmula: M = C (1+in) → 68610,40 = C - Método estatístico: diante da impossibilidade de manter
(1+0,013.18) → 68610,40 = C (1+0,234) → C = 68610,40 = as causas constantes, admite todas essas causas presentes
C.1,234 → C = 68610,40 / 1,234 → C = 55600,00. variando-as, registrando essas variações e procurando
determinar, no resultado final, que influências cabem a cada
uma delas.

11.Estatística: Cálculo de Fases do método estatístico


média aritmética simples e - Coleta de dados: após cuidadoso planejamento e a
devida determinação das características mensuráveis do
média aritmética ponderada fenômeno que se quer pesquisar, damos início à coleta de
dados numéricos necessários à sua descrição.

CONCEITOS BÁSICOS DE ESTATÍSTICA A coleta pode ser:


Direta: quando é feita sobre elementos informativos de
Todas as ciências têm suas raízes na história do homem. registro obrigatório (nascimento, casamentos e óbitos,
A estatística não se limita somente a compilar tabelas de importação e exportação de mercadorias), dados coletados
dados e os ilustrar graficamente. Ela é, hoje em dia, um pelo próprio pesquisador através de inquéritos e
instrumento útil e, em alguns casos, indispensável para questionários, como por exemplo o censo demográfico. A
tomadas de decisão em diversos campos: científico, coleta direta de dados pode ser classificada em fator do tempo:
econômico, social, político... (I) contínua (registro) – quando feita continuamente.
Todavia, antes de chegarmos à parte de interpretação para (II) periódica – quando feita em intervalos constantes de
tomadas de decisão, há que proceder a um indispensável tempo (exemplo o censo de 10 em 10 anos, etc.).
trabalho de recolha e organização de dados, sendo elas feitas (III) ocasional – quando feita extemporaneamente, a fim
através de recenseamentos (ou censos ou levantamentos de atender uma conjuntura ou a uma emergência (caso de
estatísticos) ou sondagens. epidemias).

Matemática 59
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APOSTILAS OPÇÃO

Indireta: quando é indeferida de elementos conhecidos NOTA: A Estatística Indutiva tem por objetivo tirar conclusões
(coleta direta) e/ou de conhecimento de outros fenômenos sobre as populações, com base em resultados verificados em
relacionados com o fenômeno estudado. Exemplo: pesquisas amostras retiradas dessa população. É preciso garantir que a
de mortalidade infantil, que é feita através de dados colhidos amostra possua as mesmas características da população, no
por uma coleta direta (número de nascimentos versus que diz respeito ao fenômeno que desejamos pesquisar.
números de obtidos de crianças).
Censo: é uma avaliação direta de um parâmetro,
- Crítica dos dados: depois de obtidos os dados, os utilizando-se todos os componentes da população.
mesmos devem ser cuidadosamente criticados, à procura de Principais propriedades:
possíveis falhas e imperfeições, a fim de não incorrermos em - Admite erros processual zero e tem 100% de
erros grosseiros ou de certo vulto, que possam influir confiabilidade;
sensivelmente nos resultados. - É caro;
A crítica é externa quando visa às causas dos erros por - É lento;
parte do informante, por distração ou má interpretação das - É quase sempre desatualizado (visto que se realizam em
perguntas que lhe foram feitas. períodos de 10 em 10 anos);
A crítica é interna quando visa observar os elementos - Nem sempre é viável.
originais dos dados da coleta.
Estimação: é uma avaliação indireta de um parâmetro,
- Apuração dos dados: soma e processamento dos dados com base em um estimador através do cálculo de
obtidos e a disposição mediante critérios de classificação, que probabilidades.
pode ser manual, eletromecânica ou eletrônica. Principais propriedades:
- Admite erro processual positivo e tem confiabilidade
- Exposição ou apresentação de dados: os dados devem menor que 100%.
ser apresentados sob forma adequada (tabelas ou gráficos), - É barata.
tornando mais fácil o exame daquilo que está sendo objeto de - É rápida.
tratamento estatístico. - É atualizada.
- É sempre viável.
- Análise dos resultados: realizadas anteriormente
(Estatística Descritiva), fazemos uma análise dos resultados Dados brutos: é uma sequência de valores numéricos não
obtidos, através dos métodos da Estatística Indutiva ou organizados, obtidos diretamente da observação de um
Inferencial, que tem por base a indução ou inferência, e fenômeno coletivo. Quando observamos ou fazemos n
tiramos desses resultados conclusões e previsões. perguntas as quais nos dão n dados ou respostas, obtemos uma
sequência de n valores numéricos.
Outros conceitos
Mais alguns conceitos devem ser aprendidos para darmos Rol: é uma sequência ordenada dos dados brutos.
continuidade ao nosso entendimento sobre Estatística. Exemplo: Um aluno obteve as seguintes notas no ano letivo
em Matemática: 5,5; 7; 6,5; 9.
- Variáveis: conjunto de resultados possíveis de um Os dados brutos é a sequência descrita acima
fenômeno. Rol: 5,5 – 6,5 – 7 – 9 (ordenação crescente das notas).
As variáveis podem ser:
1) Qualitativas – quando seus valores são expressos por Referências
CRESPO, Antônio Arnot – Estatística fácil – 18ª edição – São Paulo - Editora
atributos: sexo (masculino ou feminino), cor da pele, entre Saraiva: 2002
outros. Dizemos que estamos qualificando. SILVA, Ermes Medeiros, Elio Medeiros...- Estatística para os cursos de:
2) Quantitativas – quando seus valores são expressos em Economia, Administração, Ciências Contábeis - 3ª edição – São Paulo – Editora
números (salários dos operários, idade dos alunos, etc.). Uma Atlas S. A: 1999
TAVARES, Prof. Marcelo – Estatística Aplicada à Administração – Sistema
variável quantitativa que pode assumir qualquer valor entre Universidade Aberta do Brasil- 2007
dois limites recebe o nome de variável contínua; e uma Reis, Marcelo Menezes - Estatística aplicada à administração / Marcelo
variável que só pode assumir valores pertencentes a um Menezes Reis. –Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração
/UFSC, 2008.
conjunto enumerável recebe o nome de variável discreta.
Questões
- População estatística ou universo estatístico:
conjunto de entes portadores de, pelo menos, uma
01. (Câmara Munic. Itatiba/SP – Analista de Recursos
característica comum. Exemplos: estudantes (os que
Humanos – VUNESP) Em estatística, a técnica que nos
estudam), concurseiros (os que prestam concursos), ...
permite fazer inferências sobre uma população, a partir da
Podemos ainda pesquisar uma ou mais características dos
análise de uma parte dela, denomina-se
elementos de alguma população, as quais devem ser
(A) dedução.
perfeitamente definidas. É necessário existir um critério de
(B) amostragem.
constituição da população, válido para qualquer pessoa, no
(C) probabilidade.
tempo ou no espaço.
(D) descrição.
(E) extração.
- Amostra: é um subconjunto finito de uma população.
02. (EBSERH – Analista Administrativo – Estatística
(HE-UFSCAR) – INSTITUTO AOCP) Que parte da estatística se
preocupa apenas em descrever determinada característica da
população?
(A) Regressão estatística.
(B) Estatística contínua.
(C) Estatística descritiva.
(D) Estatística amostral.
(E) Estatística inferencial.

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APOSTILAS OPÇÃO

03. (EBSERH – Médico do Trabalho – IADES) “Costuma MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES


ser encontrada com maior frequência em jornais, revistas ou A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à
relatórios. Essa parte da estatística utiliza números para adição é chamada média aritmética.
descrever fatos. Seu foco é a representação gráfica e o resumo
e organização de um conjunto de dados, com a finalidade de - Cálculo da média aritmética
simplificar informações.” O texto faz referência à: Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto
(A) Estatística inferencial numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn}, então, por definição:
(B) Estatística de probabilidade
(C) Estatística por amostragem
(D) Estatística descritiva
(E) Média aritmética A média aritmética(x) dos n elementos do conjunto numérico
A é a soma de todos os seus elementos, dividida pelo número
04. (ANS – Ativ. Téc. de Complexidade Intelectual -
de elementos n.
Administração – FUNCAB) A estatística descritiva:
(A) permite descrever os fenômenos aleatórios, ou seja,
aqueles em que está presente a incerteza; estuda as técnicas Exemplos:
que possibilitam a extrapolação, a um grande conjunto de 1) Calcular a média aritmética entre os números 3, 4, 6, 9,
dados, das informações e conclusões obtidas a partir da e 13.
amostra. Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto (3,
(B) é um conjunto de técnicas que permite, de forma 4, 6, 9, 13), então x será a soma dos 5 elementos, dividida por
sistemática, organizar, descrever, analisar e interpretar dados 5. Assim:
oriundos de estudos ou experimentos, realizados em qualquer
3 + 4 + 6 + 9 + 13 35
área do conhecimento. 𝑥= ↔𝑥= ↔𝑥=7
(C) é a etapa inicial da análise, utilizada para descrever e 5 5
resumir os dados, que foi revigorada pela disponibilidade de
A média aritmética é 7.
uma grande quantidade de dados e de métodos
computacionais muito eficientes.
2) Os gastos (em reais) de 15 turistas em Porto Seguro
(D) é a etapa conclusiva da análise, utilizada para
estão indicados a seguir:
descrever e resumir os dados e permite descrever os
65 – 80 – 45 – 40 – 65 – 80 – 85 – 90
fenômenos aleatórios ou seja, aqueles em que está presente a
75 – 75 – 70 – 75 – 75 – 90 – 65
incerteza.
(E) é a etapa inicial da análise, utilizada para descrever e
Se somarmos todos os valores teremos:
resumir dados; estuda as técnicas que possibilitam a
extrapolação, a um grande conjunto de dados, das informações
65 + 80 + 45 + 40 + 65+, , , +90 + 65 1075
e conclusões obtidas a partir da amostra. 𝑥= = = 71,70
15 15
Gabarito
Assim podemos concluir que o gasto médio do grupo de
turistas foi de R$ 71,70.
01.B / 02.C / 03.D / 04.C
Questões
Comentários
01. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP –
01. Resposta: B.
Analista Técnico Legislativo – Designer Gráfico – VUNESP)
A Estatística Indutiva tem por objetivo tirar conclusões
Na festa de seu aniversário em 2014, todos os sete filhos de
sobre as populações, com base em resultados verificados em
João estavam presentes. A idade de João nessa ocasião
AMOSTRAS retiradas dessa população. Logo a técnica é
representava 2 vezes a média aritmética da idade de seus
AMOSTRAGEM.
filhos, e a razão entre a soma das idades deles e a idade de João
valia
02. Resposta: C.
(A) 1,5.
Estatística Descritiva: coleta, organização e descrição dos
(B) 2,0.
dados.
(C) 2,5.
(D) 3,0.
03. Resposta: D.
(E) 3,5.
Idem resposta 02.
02. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar TJ-SC) Os
04. Resposta: C.
censos populacionais produzem informações que permitem
A estatística descritiva preocupa-se com a forma pela qual
conhecer a distribuição territorial e as principais
podemos apresentar um conjunto de dados em tabelas e
características das pessoas e dos domicílios, acompanhar sua
gráficos, e também resumir as informações contidas nestes
evolução ao longo do tempo, e planejar adequadamente o uso
dados mediante a utilização de medidas estatísticas.
sustentável dos recursos, sendo imprescindíveis para a
definição de políticas públicas e a tomada de decisões de
MEDIA ARITMÉTICA
investimento. Constituem a única fonte de referência sobre a
situação de vida da população nos municípios e em seus
Considere um conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} e
recortes internos – distritos, bairros e localidades, rurais ou
efetue uma certa operação com todos os elementos de A.
urbanos – cujas realidades socioeconômicas dependem dos
Se for possível substituir cada um dos elementos do
resultados censitários para serem conhecidas.
conjunto A por um número x de modo que o resultado da http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default.sh
operação citada seja o mesmo diz – se, por definição, que x será tm
a média dos elementos de A relativa a essa operação. (Acesso dia 29/08/2011)

Matemática 61
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APOSTILAS OPÇÃO

Um dos resultados possíveis de se conhecer, é a 03. Resposta: D.


distribuição entre homens e mulheres no território brasileiro. Do enunciado temos m = h + 8 (sendo m = mulheres e h =
A seguir parte da pirâmide etária da população brasileira homens).
disponibilizada pelo IBGE.
𝑆
A média da turma é 7,5, sendo S a soma das notas: =
𝑚+ℎ
7,5 → 𝑆 = 7,5(𝑚 + ℎ)
𝑆
A média das mulheres é 8, sendo S1 a soma das notas: 1 =
𝑚
8 → 𝑆1 = 8𝑚
http://www.ibge.gov.br/censo2010/piramide_etaria/index.php
(Acesso dia 29/08/2011) 𝑆2
O quadro abaixo, mostra a distribuição da quantidade de A média dos homens é 6, sendo S2 a soma das notas: =6

homens e mulheres, por faixa etária de uma determinada → 𝑆2 = 6ℎ
cidade. (Dados aproximados)
Considerando somente a população masculina dos 20 aos Somando as notas dos homens e das mulheres:
44 anos e com base no quadro abaixo a frequência relativa, dos S1 + S2 = S
homens, da classe [30, 34] é: 8m + 6h = 7,5(m + h)
8m + 6h = 7,5m + 7,5h
8m – 7,5m = 7,5h – 6h
0,5m =1,5h
1,5ℎ
𝑚=
0,5
𝑚 = 3ℎ
h + 8 = 3h
8 = 3h – h
8 = 2h → h = 4
m = 4 + 8 = 12
(A) 64%. Total de alunos = 12 + 4 = 16
(B) 35%.
(C) 25%. MÉDIA ARITMÉTICA PONDERADA
(D) 29%.
(E) 30%. A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à
adição e na qual cada elemento tem um “determinado peso” é
03. (EsSA - Sargento - Conhecimentos Gerais - Todas as chamada média aritmética ponderada.
Áreas – EB) Em uma turma a média aritmética das notas é 7,5.
Sabe-se que a média aritmética das notas das mulheres é 8 e - Cálculo da média aritmética ponderada
das notas dos homens é 6. Se o número de mulheres excede o Se x for a média aritmética ponderada dos elementos do
de homens em 8, pode-se afirmar que o número total de alunos conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} com “pesos” P1; P2; P3;
da turma é ...; Pn, respectivamente, então, por definição:
(A) 4.
P1 . x + P2 . x + P3 . x + ... + Pn . x =
(B) 8.
= P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn ↔ (P1 + P2 + P3 + ... +
(C) 12.
P n) . x =
(D) 16.
= P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn e, portanto,
(E) 20.

Respostas

01. Resposta: E.
Foi dado que: J = 2.M Observe que se P1 = P2 = P3 = ... = Pn = 1, então 𝑥 =
𝑥1 ; 𝑥2 ; 𝑥3 ; …; 𝑥𝑛
𝑎+𝑏+⋯+𝑔
: que é a média aritmética simples.
𝑛
𝐽= = 2. 𝑀 (I)
7
A média aritmética ponderada dos n elementos do conjunto
𝑎+𝑏+⋯+𝑔
Foi pedido: =? numérico A é a soma dos produtos de cada elemento
𝐽
multiplicado pelo respectivo peso, dividida pela soma dos
Na equação ( I ), temos que: pesos.

𝑎+𝑏+⋯+𝑔 Exemplos:
7= 1) Calcular a média aritmética ponderada dos números 35,
𝐽
20 e 10 com pesos 2, 3, e 5, respectivamente.
7 𝑎+𝑏+⋯+𝑔
=
2 𝑀 Se x for a média aritmética ponderada, então:
𝑎 + 𝑏 + ⋯+ 𝑔 2 .35 + 3 .20 + 5 .10 70 + 60 + 50 180
= 3,5 𝑥= ↔𝑥= ↔𝑥=
𝑀 2+3+5 10 10
↔ 𝑥 = 18
02. Resposta: E.
[30, 34] = 600, somatória de todos os homens é: A média aritmética ponderada é 18.
300+400+600+500+200= 2000
2) Em um dia de pesca nos rios do pantanal, uma equipe de
600 600 pescadores anotou a quantidade de peixes capturada de cada
= = 0,3 . (100) = 30%
300+400+600+500+200 2000 espécie e o preço pelo qual eram vendidos a um supermercado
em Campo Grande.

Matemática 62
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APOSTILAS OPÇÃO

Tipo de peixe Quilo de peixe Preço por Respostas


pescado quilo
Peixe A 18 R$ 3,00 01. Resposta: C.
Peixe B 10 R$ 5,00 3.800+5.900
=
2400+4500
=
6900
= 862,5
3+5 8 8
Peixe C 6 R$ 9,00
02. Resposta: D.
Vamos determinar o preço médio do quilograma do peixe
Média aritmética ponderada: multiplicamos o porcentual
vendido pelos pescadores ao supermercado.
pelo prazo e dividimos pela soma dos porcentuais.
Considerando que a variável em estudo é o preço do quilo
do peixe e fazendo a leitura da tabela, concluímos que foram 15.0+20.30+35.60+20.90+10.120
pescados 18 kg de peixe ao valor unitário de R$ 3,00, 10 kg de =
15+20+35+20+10
peixe ao valor unitário de R$ 5,00 e 6 kg de peixe ao valor de
600+2100+1800+1200
R$ 9,00. = =
100
Vamos chamar o preço médio de p:
5700
18𝑥3,00 + 10𝑥5,00 + 6𝑥9,00 54 + 50 + 54 158 = = 57
100
𝑝= = =
18 + 10 + 6 34 34
= 4,65 𝑟𝑒𝑎𝑖𝑠 03. Resposta: C.
Também média aritmética ponderada.
Neste caso o fator de ponderação foi a quantidade de
180.15+150.24+70.30
peixes capturadas de cada espécie. =
180+150+70

A palavra média, sem especificações (aritmética ou 2700+3600+2100


= =
ponderada), deve ser entendida como média aritmética. 400

8400
Questões = = 21
400

01. (EPCAR – Cadete – EPCAR) Um líquido L1 de


densidade 800 g/l será misturado a um líquido L2 de 12.Aplicação dos conteúdos
densidade 900 g/l Tal mistura será homogênea e terá a
proporção de 3 partes de L1 para cada 5 partes de L2 A
acima listados em resolução
densidade da mistura final, em g/l, será de problemas.
(A) 861,5.
(B) 862.
(C) 862,5. PROBLEMAS MATEMÁTICOS
(D) 863.
Os problemas matemáticos são resolvidos utilizando
02. (TJM-SP – Oficial de Justiça – VUNESP) Ao encerrar o inúmeros recursos matemáticos, destacando, entre todos, os
movimento diário, um atacadista, que vende à vista e a prazo, princípios algébricos, os quais são divididos de acordo com o
montou uma tabela relacionando a porcentagem do seu nível de dificuldade e abordagem dos conteúdos.
faturamento no dia com o respectivo prazo, em dias, para que Primeiramente os cálculos envolvem adições e subtrações,
o pagamento seja efetuado. posteriormente as multiplicações e divisões. Depois os
problemas são resolvidos com a utilização dos fundamentos
PORCENTUAL DO PRAZO PARA PAGAMENTO algébricos, isto é, criamos equações matemáticas com valores
FATURAMENTO (DIAS) desconhecidos (letras). Observe algumas situações que podem
15% À vista ser descritas com utilização da álgebra.
20% 30
35% 60 - O dobro de um número adicionado com 4: 2x + 4;
20% 90 - A soma de dois números consecutivos: x + (x + 1);
10% 120
- O quadrado de um número mais 10: x2 + 10;
- O triplo de um número adicionado ao dobro do número:
O prazo médio, em dias, para pagamento das vendas
3x + 2x;
efetuadas nesse dia, é igual a (𝑥+15)
(A) 75. - A metade da soma de um número mais 15:
2
𝑥
(B) 67. - A quarta parte de um número: .
4
(C) 60.
(D) 57. Exemplos:
(E) 55. 1) A soma de três números pares consecutivos é igual a 96.
Determine-os.
03. (SEDUC/RJ - Professor – Matemática – CEPERJ) Uma 1º número: x
loja de roupas de malha vende camisetas com malha de três 2º número: x + 2
qualidades. Cada camiseta de malha comum custa R$15,00, de 3º número: x + 4
malha superior custa R$24,00 e de malha especial custa (x) + (x + 2) + (x + 4) = 96
R$30,00. Certo mês, a loja vendeu 180 camisetas de malha
comum, 150 de malha superior e 70 de malha especial. O preço Resolução:
médio, em reais, da venda de uma camiseta foi de: x + x + 2 + x + 4 = 96
(A) 20. 3x = 96 – 4 – 2
(B) 20,5. 3x = 96 – 6
(C) 21. 3x = 90
(D) 21,5. 90
x=
(E) 11. 3

Matemática 63
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APOSTILAS OPÇÃO

x = 30 Questões
1º número: x = 30
2º número: x + 2 = 30 + 2 = 32 01. (Pref. Guarujá/SP – SEDUC – Professor de
3º número: x + 4 = 30 + 4 = 34 Matemática – CAIPIMES) Sobre 4 amigos, sabe-se que
Os números são 30, 32 e 34. Clodoaldo é 5 centímetros mais alto que Mônica e 10
centímetros mais baixo que Andreia. Sabe-se também que
2) O triplo de um número natural somado a 4 é igual ao Andreia é 3 centímetros mais alta que Doralice e que Doralice
quadrado de 5. Calcule-o: não é mais baixa que Clodoaldo. Se Doralice tem 1,70 metros,
Resolução: então é verdade que Mônica tem, de altura:
3x + 4 = 52 (A) 1,52 metros.
3x = 25 – 4 (B) 1,58 metros.
3x = 21 (C) 1,54 metros.
x=
21 (D) 1,56 metros.
3
x=7 02. (Câmara Municipal de São José dos Campos/SP –
O número procurado é igual a 7. Analista Técnico Legislativo – Designer Gráfico – VUNESP)
Em um condomínio, a caixa d’água do bloco A contém 10 000
3) A idade de um pai é o quádruplo da idade de seu filho.
litros a mais de água do que a caixa d’água do bloco B. Foram
Daqui a cinco anos, a idade do pai será o triplo da idade do
transferidos 2 000 litros de água da caixa d’água do bloco A
filho. Qual é a idade atual de cada um?
para a do bloco B, ficando o bloco A com o dobro de água
Resolução:
armazenada em relação ao bloco B. Após a transferência, a
Atualmente
diferença das reservas de água entre as caixas dos blocos A e
Filho: x
B, em litros, vale
Pai: 4x
(A) 4 000.
Futuramente
(B) 4 500.
Filho: x + 5
(C) 5 000.
Pai: 4x + 5
(D) 5 500.
4x + 5 = 3 . (x + 5) (E) 6 000.
4x + 5 = 3x + 15
03. (IFNMG – Matemática - Gestão de Concursos) Uma
4x – 3x = 15 – 5
linha de produção monta um equipamento em oito etapas bem
X = 10
definidas, sendo que cada etapa gasta exatamente 5 minutos
Pai: 4x = 4 . 10 = 40
em sua tarefa. O supervisor percebe, cinco horas e trinta e
O filho tem 10 anos e o pai tem 40.
cinco minutos depois do início do funcionamento, que a linha
4) O dobro de um número adicionado ao seu triplo parou de funcionar. Como a linha monta apenas um
corresponde a 20. Qual é o número? equipamento em cada processo de oito etapas, podemos
Resolução afirmar que o problema foi na etapa:
2x + 3x = 20 (A) 2
5x = 20 (B) 3
20 (C) 5
x=
5 (D) 7
x=4 Respostas
O número corresponde a 4.
01. Resposta: B.
5) Em uma chácara existem galinhas e coelhos totalizando Escrevendo em forma de equações, temos:
35 animais, os quais somam juntos 100 pés. Determine o C = M + 0,05 ( I )
número de galinhas e coelhos existentes nessa chácara. C = A – 0,10 ( II )
Galinhas: G A = D + 0,03 ( III )
Coelhos: C D não é mais baixa que C
G + C = 35 Se D = 1,70 , então:
( III ) A = 1,70 + 0,03 = 1,73
Cada galinha possui 2 pés e cada coelho 4, então: ( II ) C = 1,73 – 0,10 = 1,63
2G + 4C = 100 ( I ) 1,63 = M + 0,05
M = 1,63 – 0,05 = 1,58 m
Sistema de equações
Isolando C na 1ª equação: 02. Resposta: E.
G + C = 35 A = B + 10000 ( I )
C = 35 – G Transferidos: A – 2000 = 2.B , ou seja, A = 2.B + 2000 ( II )
Substituindo a equação ( II ) na equação ( I ), temos:
Substituindo C na 2ª equação: 2.B + 2000 = B + 10000
2G + 4C = 100 2.B – B = 10000 – 2000
2G + 4 . (35 – G) = 100 B = 8000 litros (no início)
2G + 140 – 4G = 100 Assim, A = 8000 + 10000 = 18000 litros (no início)
2G – 4G = 100 – 140 Portanto, após a transferência, fica:
- 2G = - 40 A’ = 18000 – 2000 = 16000 litros
40
G= B’ = 8000 + 2000 = 10000 litros
2
G = 20 Por fim, a diferença é de: 16000 – 10000 = 6000 litros
03. Resposta: B.
Calculando C Um equipamento leva 8.5 = 40 minutos para ser montado.
C = 35 – G 5h35 = 60.5 + 35 = 335 minutos
C = 35 – 20 335min: 40min = 8 equipamentos + 15 minutos (resto)
C = 15 15min: 5min = 3 etapa.

Matemática 64
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RACIOCÍNIO LÓGICO

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APOSTILAS OPÇÃO

Preenchendo esses requisitos estamos diante de uma


proposição.
Vejamos alguns exemplos:
A) Terra é o maior planeta do sistema Solar
B) Brasília é a capital do Brasil.
C) Todos os músicos são românticos.

A todas as frases podemos atribuir um valor lógico (V ou


F).
TOME NOTA!!!
Uma forma de identificarmos se uma frase simples é ou
não considerada frase lógica, ou sentença, ou ainda
1. Estrutura lógica de proposição, é pela presença de:
relações arbitrárias entre - sujeito simples: "Carlos é médico";
pessoas, lugares, objetos ou - sujeito composto: "Rui e Nathan são irmãos";
- sujeito inexistente: "Choveu"
eventos fictícios; deduzir - verbo, que representa a ação praticada por esse sujeito,
novas informações das e estar sujeita à apreciação de julgamento de ser verdadeira
relações fornecidas e avaliar (V) ou falsa (F), caso contrário, não será considerada
proposição.
as condições usadas para
estabelecer a estrutura Atenção: orações que não tem sujeito, NÃO são
daquelas relações. Diagramas consideradas proposições lógicas.
lógicos. 2. Proposições e Princípios fundamentais da lógica
conectivos: Conceito de A Lógica matemática adota como regra fundamental três
proposição, valores lógicos princípios1 (ou axiomas):
das proposições, proposições
simples, proposições I – PRINCÍPIO DA IDENTIDADE: uma proposição
compostas. Operações lógicas verdadeira é verdadeira; uma proposição falsa é falsa.
sobre proposições: Negação, II – PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma
conjunção, disjunção, proposição não pode ser verdadeira E falsa ao mesmo
disjunção exclusiva, tempo.
condicional, bicondicional. III – PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda
3. Construção de tabelas- proposição OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre
verdade um desses casos, NUNCA existindo um terceiro caso.

ESTRUTURAS LÓGICAS Se esses princípios acimas não puderem ser aplicados,


NÃO podemos classificar uma frase como proposição.
Em uma primeira aproximação, a lógica pode ser
entendida como a ciência que estuda os princípios e o métodos Valores lógicos das proposições
que permitem estabelecer as condições de validade e Chamamos de valor lógico de uma proposição a verdade,
invalidade dos argumentos. Um argumento é uma parte do se a proposição é verdadeira (V), e a falsidade, se a proposição
discurso no qual localizamos um conjunto de uma ou mais é falsa (F).
sentenças denominadas premissas e uma sentença Consideremos as seguintes proposições e os seus
denominada conclusão. respectivos valores lógicos:
Em diversas provas de concursos são empregados toda a) Brasília é a capital do Brasil. (V)
sorte de argumentos com os mais variados conteúdos: político, b) Terra é o maior planeta do sistema Solar. (F)
religioso, moral e etc. Pode-se pensar na lógica como o estudo
da validade dos argumentos, focalizando a atenção não no A maioria das proposições são proposições contingenciais,
conteúdo, mas sim na sua forma ou na sua estrutura. ou seja, dependem do contexto para sua análise. Assim, por
exemplo, se considerarmos a proposição simples:
Conceito de proposição
Chama-se proposição a todo conjunto de palavras ou “Existe vida após a morte”, ela poderá ser verdadeira (do
símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de ponto de vista da religião espírita) ou falsa (do ponto de vista
sentido completo. Assim, as proposições transmitem da religião católica); mesmo assim, em ambos os casos, seu valor
pensamentos, isto é, afirmam, declaram fatos ou exprimem lógico é único — ou verdadeiro ou falso.
juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou
entes. Classificação das proposições
Elas devem possuir além disso: As proposições podem ser classificadas em:
- um sujeito e um predicado; 1) Proposições simples (ou atômicas): são formadas por
- e por último, deve sempre ser possível atribuir um valor um única oração, sem conectivos, ou seja, elementos de
lógico: verdadeiro (V) ou falso (F). ligação. Representamos por letras minusculas: p, q, r,... .

1 Algumas bibliografias consideram apenas dois axiomas o II e o III.

Raciocínio Lógico 1
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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplos: Questões
O céu é azul.
Hoje é sábado. 01. (Pref. Tanguá/RJ- Fiscal de Tributos – MS
CONCURSOS/2017) Qual das seguintes sentenças é
2) Proposições compostas (ou moleculares): possuem classificada como uma proposição simples?
elementos de ligação (conectivos) que ligam as orações, (A) Será que vou ser aprovado no concurso?
podendo ser duas, três, e assim por diante. Representamos por (B) Ele é goleiro do Bangu.
letras maiusculas: P, Q, R, ... . (C) João fez 18 anos e não tirou carta de motorista.
(D) Bashar al-Assad é presidente dos Estados Unidos.
Exemplos:
O ceu é azul ou cinza. 02. (IF/PA- Auxiliar de Assuntos Educacionais –
Se hoje é sábado, então vou a praia. IF/PA/2016) Qual sentença a seguir é considerada uma
proposição?
Observação: os termos em destaque são alguns dos (A) O copo de plástico.
conectivos (termos de ligação) que utilizamos em lógica (B) Feliz Natal!
matemática. (C) Pegue suas coisas.
(D) Onde está o livro?
3) Sentença aberta: quando não se pode atribuir um (E) Francisco não tomou o remédio.
valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a
proposição!), portanto, não é considerada frase lógica. São 03. (Cespe/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir:
consideradas sentenças abertas: • “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
a) Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou • A expressão x + y é positiva.
ontem? – Fez Sol ontem? • O valor de √4 + 3 = 7.
b) Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso! • Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
c) Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue • O que é isto?
a televisão. Há exatamente:
d) Frases sem sentido lógico (expressões vagas, (A) uma proposição;
paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é verdadeira” (expressão (B) duas proposições;
paradoxal) – O cavalo do meu vizinho morreu (expressão (C) três proposições;
ambígua) – 2 + 3 + 7 (D) quatro proposições;
(E) todas são proposições.
4) Proposição (sentença) fechada: quando a proposição
admitir um único valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, Respostas
nesse caso, será considerada uma frase, proposição ou
sentença lógica. 01. Resposta: D.
Analisando as alternativas temos:
Observe os exemplos: (A) Frases interrogativas não são consideradas
proposições.
Frase Sujeito Verbo Conclusão (B) O sujeito aqui é indeterminado, logo não podemos
Maria é Maria É (ser) É uma frase definir quem é ele.
baiana (simples) lógica (C) Trata-se de uma proposição composta
Lia e Maria Lia e Maria Têm (ter) É uma frase (D) É uma frase declarativa onde podemos identificar o
têm dois (composto) lógica sujeito da frase e atribuir a mesma um valor lógico.
irmãos
Ventou Inexistente Ventou É uma frase 02. Resposta: E.
hoje (ventar) lógica Analisando as alternativas temos:
Um lindo Um lindo Frase sem NÂO é uma (A) Não é uma oração composta de sujeito e predicado.
livro de livro verbo frase lógica (B) É uma frase imperativa/exclamativa, logo não é
literatura proposição.
Manobrar Frase sem Manobrar NÂO é uma (C) É uma frase que expressa ordem, logo não é proposição.
esse carro sujeito frase lógica (D) É uma frase interrogativa.
Existe vida Vida Existir É uma frase (E) Composta de sujeito e predicado, é uma frase
em Marte lógica declarativa e podemos atribuir a ela valores lógicos.

Sentenças representadas por variáveis 03. Resposta: B.


a) x + 4 > 5; Analisemos cada alternativa:
b) Se x > 1, então x + 5 < 7; (A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não
c) x = 3 se, e somente se, x + y = 15. podemos atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma
sentença lógica.
Observação: Os termos “atômicos” e “moleculares” (B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir
referem-se à quantidade de verbos presentes na frase. valores lógicos, logo não é sentença lógica.
Consideremos uma frase com apenas um verbo, então ela será (C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois
dita atômica, pois se refere a apenas um único átomo (1 verbo podemos atribuir valores lógicos, independente do resultado
= 1 átomo); consideremos, agora, uma frase com mais de um que tenhamos
verbo, então ela será dita molecular, pois se refere a mais de (D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também
um átomo (mais de um átomo = uma molécula). podemos atribuir valores lógicos (não estamos considerando
a quantidade certa de gols, apenas se podemos atribuir um
valor de V ou F a sentença).
(E) O que é isto? - como vemos não podemos atribuir
valores lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.

Raciocínio Lógico 2
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APOSTILAS OPÇÃO

CONCEITO DE TABELA VERDADE 2) Neste caso temos 3 proposições simples, fazendo os


cálculos temos: 2n =23 = 8 linhas e 2n – 1 = 23 - 1 = 4, temos para
Sabemos que tabela verdade é toda tabela que atribui, a 1ª proposição 4 valores V e 4 valores F se alternam de 4 em
previamente, os possíveis valores lógicos que as proposições 4 , para a 2ª proposição temos que os valores se alternam de 2
simples podem assumir, como sendo verdadeiras (V) ou em 2 (metade da 1ª proposição) e para a 3ª proposição temos
falsas (F), e, por consequência, permite definir a solução de valores que se alternam de 1 em 1(metade da 2ª proposição).
uma determinada fórmula (proposição composta).
De acordo com o Princípio do Terceiro Excluído, toda
proposição simples “p” é verdadeira ou falsa, ou seja, possui o
valor lógico V (verdade) ou o valor lógico F (falsidade).
Em se tratando de uma proposição composta, a
determinação de seu valor lógico, conhecidos os valores
lógicos das proposições simples componentes, se faz com base
no seguinte princípio, vamos relembrar:

O valor lógico de qualquer proposição composta


depende UNICAMENTE dos valores lógicos das
proposições simples componentes, ficando por eles
UNIVOCAMENTE determinados.
(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-verdade.html)

Para determinarmos esses valores recorremos a um Vejamos alguns exemplos:


dispositivo prático que é o objeto do nosso estudo: A tabela
verdade. Em que figuram todos os possíveis valores lógicos da 01. (FCC) Com relação à proposição: “Se ando e bebo,
proposição composta (sua solução) correspondente a todas as então caio, mas não durmo ou não bebo”. O número de linhas
possíveis atribuições de valores lógicos às proposições da tabela-verdade da proposição composta anterior é igual a:
simples componentes. (A) 2;
(B) 4;
Número de linhas de uma Tabela Verdade (C) 8;
O número de linhas de uma proposição composta depende (D) 16;
do número de proposições simples que a integram, sendo dado (E) 32.
pelo seguinte teorema:
Vamos contar o número de verbos para termos a
“A tabela verdade de uma proposição composta com n* quantidade de proposições simples e distintas contidas na
proposições simples componentes contém 2n linhas.” (* proposição composta. Temos os verbos “andar’, “beber”, “cair”
Algumas bibliografias utilizam o “p” no lugar do “n”) e “dormir”. Aplicando a fórmula do número de linhas temos:
Os valores lógicos “V” e “F” se alteram de dois em dois para Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
a primeira proposição “p” e de um em um para a segunda Resposta D.
proposição “q”, em suas respectivas colunas, e, além disso, VV,
VF, FV e FF, em cada linha, são todos os arranjos binários com 02. (Cespe/UnB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições
repetição dos dois elementos “V” e “F”, segundo ensina a simples e distintas, então o número de linhas da tabela-
Análise Combinatória. verdade da proposição (A → B) ↔ (C → D) será igual a:
(A) 2;
Construção da tabela verdade de uma proposição (B) 4;
composta (C) 8;
Para sua construção começamos contando o número de (D) 16;
proposições simples que a integram. Se há n proposições (E) 32.
simples componentes, então temos 2n linhas. Feito isso,
atribuimos a 1ª proposição simples “p1” 2n / 2 = 2n -1 valores Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio
V , seguidos de 2n – 1 valores F, e assim por diante. acima, então teremos:
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Exemplos Resposta D.
1) Se tivermos 2 proposições temos que 2n =22 = 4 linhas e
2n – 1 = 22 - 1 = 2, temos para a 1ª proposição 2 valores V e 2 Estudo dos Operadores e Operações Lógicas
valores F se alternam de 2 em 2 , para a 2ª proposição temos Quando efetuamos certas operações sobre proposições
que os valores se alternam de 1 em 1 (ou seja metade dos chamadas operações lógicas, efetuamos cálculos
valores da 1ª proposição). Observe a ilustração, a primeira proposicionais, semelhantes a aritmética sobre números, de
parte dela corresponde a árvore de possibilidades e a segunda forma a determinarmos os valores das proposições.
a tabela propriamente dita.
1) Negação ( ~ ): chamamos de negação de uma
proposição representada por “não p” cujo valor lógico é
verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F) quando p é
verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico oposto daquele de
p.
Pela tabela verdade temos:

(Fonte: http://www.colegioweb.com.br/nocoes-de-logica/tabela-verdade.html)

Raciocínio Lógico 3
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APOSTILAS OPÇÃO

Simbolicamente temos: (d)


~V = F ; ~F = V p: A neve é azul. (F)
V(~p) = ~V(p) q: 7 é número ímpar. (V)
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = F ^ V = F
Exemplos
Proposição Negação: ~p - O valor lógico de uma proposição simples “p” é indicado
(afirmações): p por V(p). Assim, exprime-se que “p” é verdadeira (V),
Carlos é médico Carlos NÃO é médico escrevendo:
Juliana é carioca Juliana NÃO é carioca V(p) = V
Nicolas está de férias Nicolas NÃO está de férias
Norberto foi NÃO É VERDADE QUE - Analogamente, exprime-se que “p” é falsa (F),
trabalhar Norberto foi trabalhar escrevendo:
V(p) = F
A primeira parte da tabela todas as afirmações são
verdadeiras, logo ao negarmos temos passam a ter como valor - As proposições compostas, representadas, por exemplo,
lógico a falsidade. pelas letras maiúsculas “P”, “Q”, “R”, “S” e “T”, terão seus
respectivos valores lógicos representados por:
- Dupla negação (Teoria da Involução): vamos V(P), V(Q), V(R), V(S) e V(T).
considerar as seguintes proposições primitivas, p:” Netuno é o
planeta mais distante do Sol”; sendo seu valor verdadeiro ao 3) Disjunção inclusiva – soma lógica – disjunção
negarmos “p”, vamos obter a seguinte proposição ~p: “Netuno simples (v): chama-se de disjunção inclusiva de duas
NÂO é o planeta mais distante do Sol” e negando novamente a proposições p e q a proposição representada por “p ou q”, cujo
proposição “~p” teremos ~(~p): “NÃO É VERDADE que Netuno valor lógico é verdade (V) quando pelo menos uma das
NÃO é o planeta mais distante do Sol”, sendo seu valor lógico proposições, p e q, é verdadeira e falsidade (F) quando
verdadeiro (V). Logo a dupla negação equivale a termos de ambas são falsas.
valores lógicos a sua proposição primitiva. Simbolicamente: “p v q” (lê-se: “p OU q”).
Pela tabela verdade temos:
p ≡ ~(~p)

Observação: O termo “equivalente” está associado aos


“valores lógicos” de duas fórmulas lógicas, sendo iguais pela
natureza de seus valores lógicos.
Exemplo:
1. Saturno é um planeta do sistema solar.
2. Sete é um número real maior que cinco.
Exemplos
Sabendo-se da realidade dos valores lógicos das (a)
proposições “Saturno é um planeta do sistema solar” e “Sete é p: A neve é branca. (V)
um número rela maior que cinco”, que são ambos verdadeiros q: 3 < 5. (V)
(V), conclui-se que essas proposições são equivalentes, em V(p v q) = V(p) v V(q) = V v V = V
termos de valores lógicos, entre si.
(b)
2) Conjunção – produto lógico (^): chama-se de p: A neve é azul. (F)
conjunção de duas proposições p e q a proposição q: 6 < 5. (F)
representada por “p e q”, cujo valor lógico é verdade (V) V(p v q) = V(p) v V(q) = F v F = F
quando as proposições, p e q, são ambas verdadeiras e
falsidade (F) nos demais casos. (c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
Simbolicamente temos: “p ^ q” (lê-se: “p E q”).
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
Pela tabela verdade temos:
V(p v q) = V(p) v V(q) = V v F = V

(d)
p: A neve é azul. (F)
q: 7 é número ímpar. (V)
V(p v q) = V(p) v V(q) = F v V = V
Exemplos 4) Disjunção exclusiva ( v ): chama-se disjunção
(a) exclusiva de duas proposições p e q, cujo valor lógico é
p: A neve é branca. (V) verdade (V) somente quando p é verdadeira ou q é
q: 3 < 5. (V) verdadeira, mas não quando p e q são ambas verdadeiras
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ V = V e a falsidade (F) quando p e q são ambas verdadeiras ou
ambas falsas.
(b) Simbolicamente: “p v q” (lê-se; “OU p OU q”; “OU p OU q,
p: A neve é azul. (F) MAS NÃO AMBOS”).
q: 6 < 5. (F) Pela tabela verdade temos:
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = F ^ F = F

(c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
V(p ^ q ) = V(p) ^ V(q) = V ^ F = F

Raciocínio Lógico 4
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APOSTILAS OPÇÃO

Para entender melhor vamos analisar o exemplo. Exemplos


p: Nathan é médico ou professor. (Ambas podem ser (a)
verdadeiras, ele pode ser as duas coisas ao mesmo tempo, uma p: A neve é branca. (V)
condição não exclui a outra – disjunção inclusiva). q: 3 < 5. (V)
Podemos escrever: V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ V = V
Nathan é médico ^ Nathan é professor
(b)
q: Mario é carioca ou paulista (aqui temos que se Mario é p: A neve é azul. (F)
carioca implica que ele não pode ser paulista, as duas coisas q: 6 < 5. (F)
não podem acontecer ao mesmo tempo – disjunção exclusiva). V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = F ↔ F = V
Reescrevendo:
Mario é carioca v Mario é paulista. (c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
Exemplos q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
a) Plínio pula ou Lucas corre, mas não ambos. V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = V ↔ F = F
b) Ou Plínio pula ou Lucas corre.
(d)
5) Implicação lógica ou condicional (→): chama-se p: A neve é azul. (F)
proposição condicional ou apenas condicional representada q: 7 é número ímpar. (V)
por “se p então q”, cujo valor lógico é falsidade (F) no caso em V(p ↔ q) = V(p) ↔ V(q) = F ↔ V = F
que p é verdade e q é falsa e a verdade (V) nos demais
casos. Transformação da linguagem corrente para a
simbólica
Simbolicamente: “p → q” (lê-se: p é condição suficiente Este é um dos tópicos mais vistos em diversas provas e por
para q; q é condição necessária para p). isso vamos aqui detalhar de forma a sermos capazes de
p é o antecedente e q o consequente e “→” é chamado de resolver questões deste tipo.
símbolo de implicação.
Pela tabela verdade temos: Sejam as seguintes proposições simples denotadas por “p”,
“q” e “r” representadas por:
p: Luciana estuda.
q: João bebe.
r: Carlos dança.

Sejam, agora, as seguintes proposições compostas


denotadas por: “P ”, “Q ”, “R ”, “S ”, “T ”, “U ”, “V ” e “X ”
Exemplos representadas por:
(a) P: Se Luciana estuda e João bebe, então Carlos não dança.
p: A neve é branca. (V) Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana não
q: 3 < 5. (V) estuda.
V(p → q) = V(p) → V(q) = V → V = V R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se,
João não bebe.
(b)
p: A neve é azul. (F) O primeiro passo é destacarmos os operadores lógicos
q: 6 < 5. (F) (modificadores e conectivos) e as proposições. Depois
V(p → q) = V(p) → V(q) = F → F = V reescrevermos de forma simbólica, vajamos:

(c)
p: Pelé é jogador de futebol. (V)
q: A seleção brasileira é octacampeã. (F)
Juntando as informações temos que, P: (p ^ q) → ~r
V(p → q) = V(p) → V(q) = V → F = F
Continuando:
(d)
p: A neve é azul. (F)
Q: É falso que João bebe ou Carlos dança, mas Luciana
q: 7 é número ímpar. (V)
estuda.
V(p → q) = V(p) → V(q) = F → V = V

6) Dupla implicação ou bicondicional (↔):chama-se


proposição bicondicional ou apenas bicondicional
representada por “p se e somente se q”, cujo valor lógico é
verdade (V) quando p e q são ambas verdadeiras ou falsas
e a falsidade (F) nos demais casos. Simbolicamente temos: Q: ~ (q v r ^ ~p).
Simbolicamente: “p ↔ q” (lê-se: p é condição necessária e
suficiente para q; q é condição necessária e suficiente para p). R: Ou Luciana estuda ou Carlos dança se, e somente se,
Pela tabela verdade temos: João não bebe.
(p v r) ↔ ~q

Observação: os termos “É falso que”, “Não é verdade que”,


“É mentira que” e “É uma falácia que”, quando iniciam as
frases negam, por completo, as frases subsequentes.

Raciocínio Lógico 5
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APOSTILAS OPÇÃO

- O uso de parêntesis
A necessidade de usar parêntesis na simbolização das
proposições se deve a evitar qualquer tipo de ambiguidade,
assim na proposição, por exemplo, p ^ q v r, nos dá a seguinte
proposições:
(Fonte: http://www laifi.com.)
(I) (p ^ q) v r - Conectivo principal é da disjunção.
(II) p ^ (q v r) - Conectivo principal é da conjunção. Exemplo
Vamos construir a tabela verdade da proposição:
As quais apresentam significados diferentes, pois os P(p,q) = ~ (p ^ ~q)
conectivos principais de cada proposição composta dá valores
lógicos diferentes como conclusão. 1ª Resolução) Vamos formar o par de colunas
Agora observe a expressão: p ^ q → r v s, dá lugar, correspondentes as duas proposições simples p e q. Em
colocando parêntesis as seguintes proposições: seguida a coluna para ~q , depois a coluna para p ^ ~q e a
a) ((p ^ q) → r) v s útima contento toda a proposição ~ (p ^ ~q), atribuindo todos
b) p ^ ((q → r) v s) os valores lógicos possíveis de acordo com os operadores
c) (p ^ (q → r)) v s lógicos.
d) p ^ (q → (r v s))
e) (p ^ q) → (r v s) p q ~q p ^~q ~ (p ^ ~q)
V V F F V
Aqui duas quaisquer delas não tem o mesmo significado. V F V V F
Porém existem muitos casos que os parêntesis são suprimidos, F V F F V
a fim de simplificar as proposições simbolizadas, desde que, F F V F V
naturalmente, ambiguidade alguma venha a aparecer. Para
isso a supressão do uso de parêntesis se faz mediante a
2ª Resolução) Vamos montar primeiro as colunas
algumas convenções, das quais duas são particularmente
correspondentes a proposições simples p e q , depois traçar
importantes:
colunas para cada uma dessas proposições e para cada um dos
conectivos que compõem a proposição composta.
1ª) A “ordem de precedência” para os conectivos é:
p q ~ (p ^ ~ q)
(I) ~ (negação)
V V
(II) ^, v (conjunção ou disjunção têm a mesma
precedência, operando-se o que ocorrer primeiro, da esquerda V F
para direita). F V
(III) → (condicional) F F
(IV) ↔ (bicondicional)
Portanto o mais “fraco” é “~” e o mais “forte” é “↔”. Depois completamos, em uma determinada ordem as
colunas escrevendo em cada uma delas os valores lógicos.
Logo: Os símbolos → e ↔ têm preferência sobre ^ e v. p q ~ (p ^ ~ q)
V V V V
Exemplo V F V F
p → q ↔ s ^ r , é uma bicondicional e nunca uma F V F V
condicional ou uma conjunção. Para convertê-la numa F F F F
condicional há que se usar parêntesis: 1 1
p →( q ↔ s ^ r )
E para convertê-la em uma conjunção: p q ~ (p ^ ~ q)
(p → q ↔ s) ^ r V V V F V
V F V V F
2ª) Quando um mesmo conectivo aparece F V F F V
sucessivamente repetido, suprimem-se os parêntesis, F F F V F
fazendo-se a associação a partir da esquerda. 1 2 1
Segundo estas duas convenções, as duas seguintes
p q ~ (p ^ ~ q)
proposições se escrevem:
V V V F F V
V F V V V F
Proposição Nova forma de escrever
F V F F F V
a proposição
F F F F V F
((~(~(p ^ q))) v (~p)) ~~ (p ^ q) v ~p
1 3 2 1
((~p) → (q → (~(p v r)))) ~p→ (q → ~(p v r))

- Outros símbolos para os conectivos (operadores lógicos): p q ~ (p ^ ~ q)


“¬” (cantoneira) para negação (~). V V V V F F V
“●” e “&” para conjunção (^). V F F V V V F
“‫( ”ﬤ‬ferradura) para a condicional (→). F V V F F F V
F F V F F V F
Em síntese temos a tabela verdade das proposições que 4 1 3 2 1
facilitará na resolução de diversas questões
Observe que vamos preenchendo a tabela com os valores
lógicos (V e F), depois resolvemos os operadores lógicos
(modificadores e conectivos) e obtemos em 4 os valores

Raciocínio Lógico 6
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APOSTILAS OPÇÃO

lógicos da proposição que correspondem a todas possíveis p q r p^q (p ^ q) ^ r q^r p ^ (q ^ r)


atribuições de p e q de modo que: V V V V V V V
V V F V F F F
P(V V) = V, P(V F) = F, P(F V) = V, P(F F) = V V F V F F F F
V F F F F F F
A proposição P(p,q) associa a cada um dos elementos do F V V F F V F
conjunto U – {VV, VF, FV, FF} com um ÚNICO elemento do F V F F F F F
conjunto {V,F}, isto é, P(p,q) outra coisa não é que uma função F F V F F F F
de U em {V,F}
F F F F F F F
P(p,q): U → {V,F} , cuja representação gráfica por um
4) Identidade: p ^ t ⇔ p e p ^ w ⇔ w
diagrama sagital é a seguinte:
A tabela verdade de p ^ t e p, e p ^ w e w são idênticas, ou
seja, a bicondicional p ^ t ↔ p e p ^ w ↔ w são tautológicas.

p t w p^t p^w p^t↔p p^w↔w


V V F V F V V
F V F F F V V

Estas propriedades exprimem que t e w são


respectivamente elemento neutro e elemento absorvente da
conjunção.
3ª Resolução) Resulta em suprimir a tabela verdade Propriedades da Disjunção: Sendo as proposições p, q e
anterior as duas primeiras da esquerda relativas às r simples, quaisquer que sejam t e w, proposições também
proposições simples componentes p e q. Obtermos então a simples, cujos valores lógicos respectivos são V (verdade) e
seguinte tabela verdade simplificada: F(falsidade), temos as seguintes propriedades:

~ (p ^ ~ q) 1) Idempotente: p v p ⇔ p
V V F F V A tabela verdade de p v p e p, são idênticas, ou seja, a
F V V V F bicondicional p v p ↔ p é tautológica.
V F F F V
V F F V F p pvp pvp↔p
4 1 3 2 1 V V V
F F V
Referências
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
2) Comutativa: p v q ⇔ q v p
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: A tabela verdade de p v q e q v p são idênticas, ou seja, a
Nobel – 2002. bicondicional p v q ↔ q v p é tautológica.

ÁLGEBRA DAS PROPOSIÇÕES p q pvq qvp pvq↔qvp


V V V V V
Propriedades da Conjunção: Sendo as proposições p, q e V F V V V
r simples, quaisquer que sejam t e w, proposições também F V V V V
simples, cujos valores lógicos respectivos são V (verdade) e F F F F V
F(falsidade), temos as seguintes propriedades:
3) Associativa: (p v q) v r ⇔ p v (q v r)
1) Idempotente: p ^ p ⇔ p (o símbolo “⇔” representa
A tabela verdade de (p v q) v r e p v (q v r) são idênticas, ou
equivalência).
seja, a bicondicional (p v q) v r ↔ p v (q v r) é tautológica.
A tabela verdade de p ^ p e p, são idênticas, ou seja, a
bicondicional p ^ p ↔ p é tautológica.
p q r pvq (p v q) v r qvr p v (q v r)
V V V V V V V
p p^p p^p↔p
V V F V V V V
V V V
V F V V V V V
F F V
V F F V V F V
F V V V V V V
2) Comutativa: p ^ q ⇔ q ^ p
F V F V V V V
A tabela verdade de p ^ q e q ^ p são idênticas, ou seja, a
bicondicional p ^ q ↔ q ^ p é tautológica. F F V F V V V
F F F F F F F
p q p^q q^p p^q↔q^p
V V V V V 4) Identidade: p v t ⇔ t e p v w ⇔ p
A tabela verdade de p v t e p, e p v w e w são idênticas, ou
V F F F V
seja, a bicondicional p v t ↔ t e p v w ↔ p são tautológicas.
F V F F V
F F F F V
p t w pvt pvw pvt↔t pvw↔p
V V F V V V V
3) Associativa: (p ^ q) ^ r ⇔ p ^ (q ^ r)
F V F V F V V
A tabela verdade de (p ^ q) ^ r e p ^ (q ^ r) são idênticas,
ou seja, a bicondicional (p ^ q) ^ r ↔ p ^ (q ^ r) é tautológica.

Raciocínio Lógico 7
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APOSTILAS OPÇÃO

Estas propriedades exprimem que t e w são Questões


respectivamente elemento absorvente e elemento neutro da
disjunção. 01. (MEC – Conhecimentos básicos para os Postos
9,10,11 e 16 – CESPE)
Propriedades da Conjunção e Disjunção: Sejam p, q e r
proposições simples quaisquer.
1) Distributiva:
- p ^ (q v r) ⇔ (p ^ q) v (p ^ r)
- p v (q ^ r) ⇔ (p v q) ^ (p v r)

A tabela verdade das proposições p ^ (q v r) e (p v q) ^ (p


v r) são idênticas, e observamos que a bicondicional p ^ (q v r)
↔ (p ^ q) v (p ^ r) é tautológica.

p q r qvr p ^ (q v p^q p^ (p ^ q) v (p ^
r) r r)
V V V V V V V V A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-
V V F V V V F V verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V
V F V V V F V V e F correspondem, respectivamente, aos valores lógicos
V F F F F F F F verdadeiro e falso.
F V V V F F F F Com base nessas informações e utilizando os conectivos
F V F V F F F F lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.
F F V V F F F F A última coluna da tabela-verdade referente à proposição
F F F F F F F F lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal
é igual a
Analogamente temos ainda que a tabela verdade das
proposições p v (q ^ r) e (p v q) ^ (p v r) são idênticas e sua
bicondicional p v (q ^ r) ↔ (p v q) ^ (p v r) é tautológica.
( ) Certo ( ) Errado
A equivalência p ^ (q v r) ↔ (p ^ q) v (p ^ r), exprime que a
conjunção é distributiva em relação à disjunção e a 02. (BRDE-Analista de Sistemas, Desenvolvimento de
equivalência p v (q ^ r) ↔ (p v q) ^ (p v r), exprime que a Sistemas – FUNDATEC) Qual operação lógica descreve a
disjunção é distributiva em relação à conjunção. tabela verdade da função Z abaixo cujo operandos são A e B?
Exemplo: Considere que V significa Verdadeiro, e F, Falso.
“Carlos estuda E Jorge trabalha OU viaja” é equivalente à
seguinte proposição:
“Carlos estuda E Jorge trabalha” OU “Carlos estuda E Jorge
viaja”.

2) Absorção:
- p ^ (p v q) ⇔ p
- p v (p ^ q) ⇔ p
(A) Ou.
A tabela verdade das proposições p ^ (p v q) e p, ou seja, a
(B) E.
bicondicional p ^ (p v q) ↔ p é tautológica.
(C) Ou exclusivo.
(D) Implicação (se...então).
p q pvq p ^ (p v q) p ^ (p v q) ↔ p
(E) Bicondicional (se e somente se).
V V V V V
V F V V V 03. (EBSERH – Técnico em Citopatologia – INSTITUTO
F V V F V AOCP) Considerando a proposição composta ( p ∨ r ) , é
F F F F V correto afirmar que
(A) a proposição composta é falsa se apenas p for falsa.
Analogamente temos ainda que a tabela verdade das (B) a proposição composta é falsa se apenas r for falsa.
proposições p v (p ^ q) e p são idênticas, ou seja a bicondicional (C) para que a proposição composta seja verdadeira é
p v (p ^ q) ↔ p é tautológica. necessário que ambas, p e r sejam verdadeiras.
(D) para que a proposição composta seja verdadeira é
p q p^q p v (p ^ q) p v (p ^ q) ↔ p necessário que ambas, p e r sejam falsas.
V V V V V (E) para que a proposição composta seja falsa é necessário
V F F V V que ambas, p e r sejam falsas.
F V F F V
F F F F V 04. (CRM/DF – Assistente Administrativo –
QUADRIX/2018) Considerando que Mário seja assistente de
Referências tecnologia da informação de determinado Conselho Regional
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
de Medicina (CRM) e a seguinte proposição a respeito das
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: atividades de Mário no referido órgão: P: “Mário dá suporte às
Nobel – 2002. salas de treinamento e executa scripts de atualização do banco
de dados.”, julgue o item a seguir.

Raciocínio Lógico 8
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APOSTILAS OPÇÃO

Simbolizando-se P por A∧B, a negação da proposição P


será a proposição R: “Mário não dá suporte às salas de
treinamento nem executa scripts de atualização do banco de
dados.”, cuja tabela-verdade é a apresentada abaixo.

Assim, se num grupo de pessoas há 43 que dirigem carro,


18 que dirigem moto e 10 que dirigem carro e moto. Baseando-
se nesses dados, e nos diagramas lógicos poderemos saber:
Quantas pessoas têm no grupo ou quantas dirigem somente
carro ou ainda quantas dirigem somente motos. Vamos
( )Certo ( )Errado inicialmente montar os diagramas dos conjuntos que
Respostas representam os motoristas de motos e motoristas de carros.
Começaremos marcando quantos elementos tem a intersecção
e depois completaremos os outros espaços.
01. Resposta: Certo.
P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:

R Q P [P v (Q ↔ R) ]
V V V V V V V V
V V F F V V V V
V F V V V F F V
Marcando o valor da intersecção, então iremos subtraindo
V F F F F F F V esse valor da quantidade de elementos dos conjuntos A e B. A
F V V V V V F F partir dos valores reais, é que poderemos responder as
F V F F F V F F perguntas feitas.
F F V V V F V F
F F F F V F V F

02. Resposta: D.
Observe novamente a tabela abaixo, considere A = p, B = q
e Z = condicional.

a) Temos no grupo: 8 + 10 + 33 = 51 motoristas.


b) Dirigem somente carros 33 motoristas.
c) Dirigem somente motos 8 motoristas.
03. Resposta: E.
Como já foi visto, a disjunção só é falsa quando as duas No caso de uma pesquisa de opinião sobre a preferência
proposições são falsas. quanto à leitura de três jornais. A, B e C, foi apresentada a
seguinte tabela:
04. Resposta: Errado.
Jornais Leitores
Temos que montar a tabela verdade de P = A∧B, assim
A 300
B 250
A B P = A∧B
C 200
V V V
AeB 70
V F F
AeC 65
F V F
BeC 105
F F F
A, B e C 40
Assim a negação de P será:
Nenhum 150
~P = R
F
V
Para termos os valores reais da pesquisa, vamos
V inicialmente montar os diagramas que representam cada
V conjunto. A colocação dos valores começará pela intersecção
dos três conjuntos e depois para as intersecções duas a duas e
DIAGRAMAS LÓGICOS por último às regiões que representam cada conjunto
individualmente. Representaremos esses conjuntos dentro de
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários um retângulo que indicará o conjunto universo da pesquisa.
problemas. Uma situação em que esses diagramas poderão ser
usados, será na determinação da quantidade de elementos que
apresentam uma determinada característica.

Raciocínio Lógico 9
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APOSTILAS OPÇÃO

Duas curvas cujos interiores se interceptam representam


conjuntos que têm elementos comuns, a zona dentro de ambas
as curvas representa o conjunto de elementos comuns a ambos
os conjuntos (intersecção dos conjuntos). Uma curva que está
contido completamente dentro da zona interior de outro
representa um subconjunto do mesmo.
Os Diagramas de Venn são uma forma mais restritiva de
diagramas de Euler. Um diagrama de Venn deve conter todas
as possíveis zonas de sobreposição entre as suas curvas,
representando todas as combinações de inclusão / exclusão de
Fora dos diagramas teremos 150 elementos que não são seus conjuntos constituintes, mas em um diagrama de Euler
leitores de nenhum dos três jornais. algumas zonas podem estar faltando. Essa falta foi o que
Na região I, teremos: 70 - 40 = 30 elementos. motivou Venn a desenvolver seus diagramas. Existia a
Na região II, teremos: 65 - 40 = 25 elementos. necessidade de criar diagramas em que pudessem ser
Na região III, teremos: 105 - 40 = 65 elementos. observadas, por meio de suposição, quaisquer relações entre
Na região IV, teremos: 300 - 40 - 30 - 25 = 205 elementos. as zonas não apenas as que são “verdadeiras”.
Na região V, teremos: 250 - 40 -30 - 65 = 115 elementos. Os diagramas de Euler (em conjunto com os de Venn) são
Na região VI, teremos: 200 - 40 - 25 - 65 = 70 elementos. largamente utilizados para ensinar a teoria dos conjuntos no
Dessa forma, o diagrama figura preenchido com os campo da matemática ou lógica matemática no campo da
seguintes elementos: lógica. Eles também podem ser utilizados para representar
relacionamentos complexos com mais clareza, já que
representa apenas as relações válidas. Em estudos mais
aplicados esses diagramas podem ser utilizados para provar /
analisar silogismos que são argumentos lógicos para que se
possa deduzir uma conclusão.

Diagramas de Venn
Designa-se por diagramas de Venn os diagramas usados
em matemática para simbolizar graficamente propriedades,
axiomas e problemas relativos aos conjuntos e sua teoria. Os
respetivos diagramas consistem de curvas fechadas simples
desenhadas sobre um plano, de forma a simbolizar os
Com essa distribuição, poderemos notar que 205 pessoas conjuntos e permitir a representação das relações de pertença
leem apenas o jornal A. Verificamos que 500 pessoas não leem entre conjuntos e seus elementos (por exemplo, 4 {3,4,5}, mas
o jornal C, pois é a soma 205 + 30 + 115 + 150. Notamos ainda 4 ∉ {1,2,3,12}) e relações de continência (inclusão) entre os
que 700 pessoas foram entrevistadas, que é a soma 205 + 30 + conjuntos (por exemplo, {1, 3} ⊂ {1, 2, 3, 4}). Assim, duas
25 + 40 + 115 + 65 + 70 + 150. curvas que não se tocam e estão uma no espaço interno da
outra simbolizam conjuntos que possuem continência; ao
Diagrama de Euler passo que o ponto interno a uma curva representa um
Um diagrama de Euler é similar a um diagrama de Venn, elemento pertencente ao conjunto.
mas não precisa conter todas as zonas (onde uma zona é Os diagramas de Venn são construídos com coleções de
definida como a área de intersecção entre dois ou mais curvas fechadas contidas em um plano. O interior dessas
contornos). Assim, um diagrama de Euler pode definir um curvas representa, simbolicamente, a coleção de elementos do
universo de discurso, isto é, ele pode definir um sistema no conjunto. De acordo com Clarence Irving Lewis, o “princípio
qual certas intersecções não são possíveis ou consideradas. desses diagramas é que classes (ou conjuntos) sejam
Assim, um diagrama de Venn contendo os atributos para representadas por regiões, com tal relação entre si que todas
Animal, Mineral e quatro patas teria que conter intersecções as relações lógicas possíveis entre as classes possam ser
onde alguns estão em ambos animal, mineral e de quatro patas. indicadas no mesmo diagrama. Isto é, o diagrama deixa espaço
Um diagrama de Venn, consequentemente, mostra todas as para qualquer relação possível entre as classes, e a relação
possíveis combinações ou conjunções. dada ou existente pode então ser definida indicando se alguma
região em específico é vazia ou não-vazia”. Pode-se escrever
uma definição mais formal do seguinte modo: Seja C = (C1, C2,
... Cn) uma coleção de curvas fechadas simples desenhadas em
um plano. C é uma família independente se a região formada
por cada uma das interseções X1 X2 ... Xn, onde cada Xi é o
interior ou o exterior de Ci, é não-vazia, em outras palavras, se
todas as curvas se intersectam de todas as maneiras possíveis.
Se, além disso, cada uma dessas regiões é conexa e há apenas
Diagramas de Euler consistem em curvas simples fechadas um número finito de pontos de interseção entre as curvas,
(geralmente círculos) no plano que mostra os conjuntos. Os então C é um diagrama de Venn para n conjuntos.
tamanhos e formas das curvas não são importantes: a Nos casos mais simples, os diagramas são representados
significância do diagrama está na forma como eles se por círculos que se encobrem parcialmente. As partes
sobrepõem. As relações espaciais entre as regiões delimitadas referidas em um enunciado específico são marcadas com uma
por cada curva (sobreposição, contenção ou nenhuma) cor diferente. Eventualmente, os círculos são representados
correspondem relações teóricas (subconjunto interseção e como completamente inseridos dentro de um retângulo, que
disjunção). Cada curva de Euler divide o plano em duas regiões representa o conjunto universo daquele particular contexto (já
ou zonas estão: o interior, que representa simbolicamente os se buscou a existência de um conjunto universo que pudesse
elementos do conjunto, e o exterior, o que representa todos os abranger todos os conjuntos possíveis, mas Bertrand Russell
elementos que não são membros do conjunto. Curvas cujos mostrou que tal tarefa era impossível). A ideia de conjunto
interiores não se cruzam representam conjuntos disjuntos. universo é normalmente atribuída a Lewis Carroll. Do mesmo

Raciocínio Lógico 10
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APOSTILAS OPÇÃO

modo, espaços internos comuns a dois ou mais conjuntos


representam a sua intersecção, ao passo que a totalidade dos
espaços pertencentes a um ou outro conjunto indistintamente
representa sua união.
John Venn desenvolveu os diagramas no século XIX,
ampliando e formalizando desenvolvimentos anteriores de
Leibniz e Euler. E, na década de 1960, eles foram incorporados
ao currículo escolar de matemática. Embora seja simples Diferença de B para A: B\A
construir diagramas de Venn para dois ou três conjuntos,
surgem dificuldades quando se tenta usá-los para um número
maior. Algumas construções possíveis são devidas ao próprio
John Venn e a outros matemáticos como Anthony W. F.
Edwards, Branko Grünbaum e Phillip Smith. Além disso,
encontram-se em uso outros diagramas similares aos de Venn,
entre os quais os de Euler, Johnston, Pierce e Karnaugh.
Intersecção de dois conjuntos: AB
Dois Conjuntos: considere-se o seguinte exemplo:
suponha-se que o conjunto A representa os animais bípedes e
o conjunto B representa os animais capazes de voar. A área
onde os dois círculos se sobrepõem, designada por intersecção
A e B ou intersecção A-B, conteria todas as criaturas que ao
mesmo tempo podem voar e têm apenas duas pernas motoras.

Complementar de dois conjuntos: U \ (AB)

Além disso, essas quatro áreas podem ser combinadas de 16


formas diferentes. Por exemplo, pode-se perguntar sobre os
animais que voam ou tem duas patas (pelo menos uma das
Considere-se agora que cada espécie viva está características); tal conjunto seria representado pela união de
representada por um ponto situado em alguma parte do A e B. Já os animais que voam e não possuem duas patas mais
diagrama. Os humanos e os pinguins seriam marcados dentro os que não voam e possuem duas patas, seriam representados
do círculo A, na parte dele que não se sobrepõe com o círculo pela diferença simétrica entre A e B. Estes exemplos são
B, já que ambos são bípedes mas não podem voar. Os mostrados nas imagens a seguir, que incluem também outros
mosquitos, que voam mas têm seis pernas, seriam dois casos.
representados dentro do círculo B e fora da sobreposição. Os
canários, por sua vez, seriam representados na intersecção A-
B, já que são bípedes e podem voar. Qualquer animal que não
fosse bípede nem pudesse voar, como baleias ou serpentes,
seria marcado por pontos fora dos dois círculos.
Assim, o diagrama de dois conjuntos representa quatro
áreas distintas (a que fica fora de ambos os círculos, a parte de
cada círculo que pertence a ambos os círculos (onde há União de dois conjuntos: AB
sobreposição), e as duas áreas que não se sobrepõem, mas
estão em um círculo ou no outro):
- Animais que possuem duas pernas e não voam (A sem
sobreposição).
- Animais que voam e não possuem duas pernas (B sem
sobreposição).
- Animais que possuem duas pernas e voam
Diferença Simétrica de dois conjuntos: AB
(sobreposição).
- Animais que não possuem duas pernas e não voam
(branco - fora).

Essas configurações são representadas, respectivamente,


pelas operações de conjuntos: diferença de A para B, diferença
de B para A, intersecção entre A e B, e conjunto complementar
de A e B. Cada uma delas pode ser representada como as Complementar de A em U: AC = U \ A
seguintes áreas (mais escuras) no diagrama:

Diferença de A para B: A\B Complementar de B em U: BC = U \ B

Três Conjuntos: Na sua apresentação inicial, Venn focou-


se sobretudo nos diagramas de três conjuntos. Alargando o
exemplo anterior, poderia-se introduzir o conjunto C dos

Raciocínio Lógico 11
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APOSTILAS OPÇÃO

animais que possuem bico. Neste caso, o diagrama define sete Por convenção universal em Lógica, proposições da forma
áreas distintas, que podem combinar-se de 256 (28) maneiras Algum A é B estabelecem que o conjunto A tem pelo menos um
diferentes, algumas delas ilustradas nas imagens seguintes. elemento em comum com o conjunto B. Contudo, quando
dizemos que Algum A é B, pressupomos que nem todo A é B.
Entretanto, no sentido lógico de algum, está perfeitamente
correto afirmar que “alguns de meus colegas estão me
elogiando”, mesmo que todos eles estejam. Dizer que Algum A
é B é logicamente equivalente a dizer que Algum B é A.
Também, as seguintes expressões são equivalentes: Algum A é
B = Pelo menos um A é B = Existe um A que é B.
Proposições da forma Algum A não é B estabelecem que o
Diagrama de Venn mostrando todas as intersecções conjunto A tem pelo menos um elemento que não pertence ao
possíveis entre A, B e C. conjunto B. Temos as seguintes equivalências: Algum A não é B
= Algum A é não B = Algum não B é A. Mas não é equivalente a
Algum B não é A. Nas proposições categóricas, usam-se
também as variações gramaticais dos verbos ser e estar, tais
como é ,são ,está ,foi, eram, ..., como elo de ligação entre A e B.
- Todo A é B = Todo A não é não B.
- Algum A é B = Algum A não é não B.
- Nenhum A é B = Nenhum A não é não B.
- Todo A é não B = Todo A não é B.
- Algum A é não B = Algum A não é B.
União de três conjuntos: ABC
- Nenhum A é não B = Nenhum A não é B.
- Nenhum A é B = Todo A é não B.
- Todo A é B = Nenhum A é não B.
- A negação de Todo A é B é Algum A não é B (e vice-versa).
- A negação de Algum A é B é Nenhum A não é B (e vice-
versa).

Verdade ou Falsidade das Proposições Categóricas


Dada a verdade ou a falsidade de qualquer uma das
proposições categóricas, isto é, de Todo A é B, Nenhum A é B,
Algum A é B e Algum A não é B, pode-se inferir de imediato a
Intersecção de três conjuntos: ABC verdade ou a falsidade de algumas ou de todas as outras.

1. Se a proposição Todo A é B é verdadeira, então temos as


duas representações possíveis:

Nenhum A é B. É falsa.
A \ (B U C) Algum A é B. É verdadeira.
Algum A não é B. É falsa.

2. Se a proposição Nenhum A é B é verdadeira, então temos


somente a representação:
Todo A é B. É falsa.
Algum A é B. É falsa.
(B U C) \ A Algum A não é B. É verdadeira.
PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS
3. Se a proposição Algum A é B é verdadeira, temos as
- Todo A é B quatro representações possíveis:
- Nenhum A é B
- Algum A é B e
- Algum A não é B

Proposições do tipo Todo A é B afirmam que o conjunto A é


um subconjunto do conjunto B. Ou seja: A está contido em B.
Atenção: dizer que Todo A é B não significa o mesmo que Todo
B é A. Enunciados da forma Nenhum A é B afirmam que os
conjuntos A e B são disjuntos, isto é ,não tem elementos em
comum. Atenção: dizer que Nenhum A é B é logicamente
equivalente a dizer que Nenhum B é A.

Raciocínio Lógico 12
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APOSTILAS OPÇÃO

Nenhum A é B. É falsa. (D) 42.


Todo A é B. Pode ser verdadeira (em 3 e 4) ou falsa (em 1 e (E) 44.
2).
Algum A não é B. Pode ser verdadeira (em 1 e 2) ou falsa Respostas
(em 3 e 4) – é indeterminada.
01.
4. Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as (A)
três representações possíveis:

(B)

(C)

Todo A é B. É falsa.
Nenhum A é B. Pode ser verdadeira (em 3) ou falsa (em 1 e
2 – é indeterminada).
Algum A é B. Ou falsa (em 3) ou pode ser verdadeira (em 1 e
2 – é ideterminada). (D)

Questões

01. Represente por diagrama de Venn-Euler


(A) Algum A é B
02. Resposta: B
(B) Algum A não é B
(C) Todo A é B
(D) Nenhum A é B

02. (Especialista em Políticas Públicas Bahia - FCC)


Considerando “todo livro é instrutivo” como uma proposição
A opção A é descartada de pronto: “nenhum livro é
verdadeira, é correto inferir que:
instrutivo” implica a total dissociação entre os diagramas. E
(A) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição
estamos com a situação inversa. A opção “B” é perfeitamente
necessariamente verdadeira.
correta. Percebam como todos os elementos do diagrama
(B) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição
“livro” estão inseridos no diagrama “instrutivo”. Resta
necessariamente verdadeira.
necessariamente perfeito que algum livro é instrutivo.
(C) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição
verdadeira ou falsa.
03. Seja C o conjunto dos músicos que tocam instrumentos
(D) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verdadeira
de corda e S dos que tocam instrumentos de sopro. Chamemos
ou falsa.
de F o conjunto dos músicos da Filarmônica. Ao resolver este
(E) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição
tipo de problema faça o diagrama, assim você poderá
necessariamente verdadeira.
visualizar o problema e sempre comece a preencher os dados
de dentro para fora.
03. Dos 500 músicos de uma Filarmônica, 240 tocam
Passo 1: 60 tocam os dois instrumentos, portanto, após
instrumentos de sopro, 160 tocam instrumentos de corda e 60
fazermos o diagrama, este número vai no meio.
tocam esses dois tipos de instrumentos. Quantos músicos
Passo 2:
desta Filarmônica tocam:
a)160 tocam instrumentos de corda. Já temos 60. Os que só
(A) instrumentos de sopro ou de corda?
tocam corda são, portanto 160 - 60 = 100
(B) somente um dos dois tipos de instrumento?
b) 240 tocam instrumento de sopro. 240 - 60 = 180
(C) instrumentos diferentes dos dois citados?
Vamos ao diagrama, preenchemos os dados obtidos acima:
04. (TTN - ESAF) Se é verdade que “Alguns A são R” e que
“Nenhum G é R”, então é necessariamente verdadeiro que:
(A) algum A não é G;
(B) algum A é G.
(C) nenhum A é G;
(D) algum G é A; Com o diagrama completamente preenchido, fica fácil
(E) nenhum G é A; achara as respostas: Quantos músicos desta Filarmônica
tocam:
05. Em uma classe, há 20 alunos que praticam futebol mas a) instrumentos de sopro ou de corda? Pelos dados do
não praticam vôlei e há 8 alunos que praticam vôlei mas não problema: 100 + 60 + 180 = 340
praticam futebol. O total dos que praticam vôlei é 15. Ao todo, b) somente um dos dois tipos de instrumento? 100 + 180 =
existem 17 alunos que não praticam futebol. O número de 280
alunos da classe é: c) instrumentos diferentes dos dois citados? 500 - 340 =
(A) 30. 160
(B) 35.
(C) 37.

Raciocínio Lógico 13
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APOSTILAS OPÇÃO

04. Esta questão traz, no enunciado, duas proposições 05. Resposta: E.


categóricas:
- Alguns A são R
- Nenhum G é R
Devemos fazer a representação gráfica de cada uma delas
por círculos para ajudar-nos a obter a resposta correta. Vamos
iniciar pela representação do Nenhum G é R, que é dada por
dois círculos separados, sem nenhum ponto em comum.

n = 20 + 7 + 8 + 9
n = 44

Como já foi visto, não há uma representação gráfica única


para a proposição categórica do Alguns A são R, mas Tautologias, contradições e
geralmente a representação em que os dois círculos se contingências
interceptam (mostrada abaixo) tem sido suficiente para
resolver qualquer questão.
TAUTOLOGIA

Esse é um tópico que se refere a classificação mediante a


solução obtidas das proposições compostas.

Agora devemos juntar os desenhos das duas proposições Vejamos,


categóricas para analisarmos qual é a alternativa correta. Tautologia: é uma proposição composta que tem valor
Como a questão não informa sobre a relação entre os lógico V (verdade) para quaisquer que sejam os valores
conjuntos A e G, então teremos diversas maneiras de lógicos das proposições componentes, ou seja, uma tautologia
representar graficamente os três conjuntos (A, G e R). A conterá apenas V (verdade) na última coluna (ou coluna
alternativa correta vai ser aquela que é verdadeira para solução) de sua tabela verdade. As tautologias também são
quaisquer dessas representações. Para facilitar a solução da chamadas de proposições tautológicas ou proposições
questão não faremos todas as representações gráficas logicamente verdadeiras.
possíveis entre os três conjuntos, mas sim, uma (ou algumas) É imediato que as proposições p → p e p ↔ p são
representação(ões) de cada vez e passamos a analisar qual é a tautológicas (Principio de Identidade para as proposições:
alternativa que satisfaz esta(s) representação(ões), se toda a proposição é igual a si mesma, ou ainda, todo valor
tivermos somente uma alternativa que satisfaça, então já lógico de uma proposição é igual a ele mesmo).
achamos a resposta correta, senão, desenhamos mais outra
representação gráfica possível e passamos a testar somente as Exemplos
alternativas que foram verdadeiras. Tomemos agora o 1) A proposição “~ (p ^ ~p) é tautológica (Princípio da não
seguinte desenho, em que fazemos duas representações, uma contradição), conforme vemos na sua tabela verdade:
em que o conjunto A intercepta parcialmente o conjunto G, e
outra em que não há intersecção entre eles.
p ~p p ^ ~p ~(p ^ ~p)

V F F V

F V F V
Teste das alternativas:
Teste da alternativa “A” (algum A não é G). Observando os Então podemos dizer que uma proposição não pode ser
desenhos dos círculos, verificamos que esta alternativa é simultaneamente verdadeira e falsa.
verdadeira para os dois desenhos de A, isto é, nas duas
representações há elementos em A que não estão em G. 2) A proposição “p v ~p” (Princípio do terceiro excluído) é
Passemos para o teste da próxima alternativa. tautológica, vejamos sua tabela verdade.
Teste da alternativa “B” (algum A é G). Observando os
desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de A
que está mais à direita, esta alternativa não é verdadeira, isto p ~p p v ~p
é, tem elementos em A que não estão em G. Pelo mesmo motivo
V F V
a alternativa “D” não é correta. Passemos para a próxima.
Teste da alternativa “C” (Nenhum A é G). Observando os F V V
desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de A
que está mais à esquerda, esta alternativa não é verdadeira,
isto é, tem elementos em A que estão em G. Pelo mesmo motivo Com isso podemos dizer que uma proposição é verdadeira
a alternativa “E” não é correta. Portanto, a resposta é a ou falsa, nunca as duas juntos.
alternativa “A”.
3) A proposição “p v ~ (p ^ q)” é tautológica, conforme
mostra sua tabela verdade.

p q p^q ~ (p ^ q) p v ~ (p ^ q)

V V V F V

Raciocínio Lógico 14
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APOSTILAS OPÇÃO

V F F V V V F F F F F [(F ↔ F) ∧ (F)] → F V

F V V V V V [(V ↔ V) ∧ (V)] → V V
F V F V V
F V V F V F [(V ↔ F) ∧ (F)] → V V
F F F V V
F V F V V F [(V ↔ F) ∧ (F)] → V V

4) A proposição “p ^ q → (p ↔ q)” é tautológica, conforme F V F F V F [(V ↔ F) ∧ (F)] → V V


mostra sua tabela verdade.
F F V V V V [(V ↔ V) ∧ (V)] → V V

p q p^q p→q p ^ q → (p ↔ q) F F V F V F [(V ↔ F) ∧ (F)] → V V

V V V V V F F F V V F [(V ↔ F) ∧ (F)] → V V

F F F F V F [(V ↔ F) ∧ (F)] → V V
V F F F V

F V F F V Substituindo as proposições compostas “p → q” e “r ∧ s”


pelas proposições simples “a” e “b”, respectivamente, então
F F F V V obteremos a seguinte proposição composta: {[a ↔ b] ∧ b} → a.
Pelo Princípio da Substituição, tem-se que a nova proposição
5) A proposição “p v (q ^ ~q) ↔ p” é tautológica, conforme composta também será tautológica, vejamos:
mostra sua tabela verdade.
a b a↔b [a ↔ b ] ∧ b {[a ↔ b] ∧ b} → (a) Solução
p q ~q q ^ ~q p v (q ^ ~q) p v (q ^ ~q) ↔ p
V V V V∧V=V V→V V
V V F F V V
V F F F∧F=F F→V V
V F V F V V
F V F F∧V=F F→F V
F V F F F V
F F V F∧F=F F→F V
F F V F F V
Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
- Princípio de Substituição para as tautologias Nobel – 2002.
Seja P (p; q; r; ...) uma proposição composta tautológica CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
e sejam P0 (p; q; r; ...), Q (p; q; r; ...), R (p; q; r; ...), ..., proposições, lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
também compostas, e componentes de P (p; q; r; ...). Como o
valor de P (p; q; r; ...) é sempre verdade (V), quaisquer que Questão
sejam os valores lógicos das proposições simples
componentes “p”, “q”, “r”, ..., é óbvio que, substituindo-se as 01. (DPU – Analista – CESPE) Um estudante de direito,
proposições p por P0, q por Q0, r por R0, ...na tautologia P (p; q; com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou sua própria
r; ...), a nova proposição P (P0; Q0; R0; ...) que assim se obtém legenda, na qual identificava, por letras, algumas afirmações
também será uma tautologia. É o que chamamos para as relevantes quanto à disciplina estudada e as vinculava por
tautologias “Princípio de substituição”. meio de sentenças (proposições). No seu vocabulário
particular constava, por exemplo:
PRINCÍPIO DA SUBSTITUIÇÃO: Seja P (p, q, r, ...) uma P: Cometeu o crime A.
tautologia, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma tautologia, Q: Cometeu o crime B.
quaisquer que sejam as proposições P0, Q0, R0, ... R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão
no regime fechado.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.
Exemplo
Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não
Se “p”, “q”, “r” e “s” são proposições simples, então a
recordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
proposição expressa por: {[(p → q) ↔ (r ∧ s)] ∧ (r ∧ s)} → (p
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o
→ q) é uma tautologia, então, veja:
item que se segue.
A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre verdadeira,
p q r s p→ r^s : {[(p → q) ↔ (r ∧ s)] ∧ (r ∧ Solução independentemente das valorações de P e Q como verdadeiras
q s)} → (p → q)
ou falsas.
V V V V V V [(V ↔ V) ∧ (V)] → V V ( ) Certo ( ) Errado

V V V F V F [(V ↔ F) ∧ (F)] → V V Resposta


V V F V V F [(V ↔ F) ∧ (F)] → V V
01. Resposta: Certo.
V V F F V F [(V ↔ F) ∧ (F)] → V V Considerando P e Q como V.
(V→V) ↔ ((F)→(F))
V F V V F V [(F ↔ V) ∧ (V)] → F V
(V) ↔ (V) = V
V F V F F F [(F ↔ F) ∧ (F)] → F V Considerando P e Q como F
(F→F) ↔ ((V)→(V))
V F F V F F [(F ↔ F) ∧ (F)] → F V (V) ↔ (V) = V
Então concluímos que a afirmação é verdadeira.

Raciocínio Lógico 15
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APOSTILAS OPÇÃO

CONTRADIÇÃO E CONTINGÊNCIA Referências


CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
Contradição (proposições contra válidas ou lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
proposições logicamente falsas): é toda proposição ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
composta cuja última coluna da sua tabela verdade encerra Nobel – 2002.
somente com a letra F (falsidade), ou seja, seus valores lógicos
são sempre F, quaisquer que sejam os valores lógicos das suas Questões
premissas. A contradição é a negação da Tautologia e vice
versa. 01. (PECFAZ /ESAF) Conforme a teoria da lógica
Para as contradições vale um “Princípio de Substituição”, proposicional, a proposição ~P ∧ P é:
análogo ao que foi para as tautologias: (A) uma tautologia.
(B) equivalente à proposição ~p ∨ p.
PRINCÍPIO DA SUBSTITUIÇÃO: Seja P (p, q, r, ...) é uma (C) uma contradição.
contradição, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma (D) uma contingência.
contradição, quaisquer que sejam as proposições P0, Q0, R0, (E) uma disjunção.

02. (ESAF) Chama-se tautologia a toda proposição que é


Exemplo: sempre verdadeira, independentemente da verdade dos
A proposição (p v ~q) ↔ (~p ^ q) é uma contradição. termos que a compõem. Um exemplo de tautologia e:
Vamos montar a tabela verdade para provarmos: (A) se Joao e alto, então Joao e alto ou Guilherme e gordo;
(B) se Joao e alto, então Joao e alto e Guilherme e gordo;
p q ~p ~q pv ~p ^ q (p v ~q) ↔ (~p ^ q) (C) se Joao e alto ou Guilherme e gordo, então Guilherme e
~q gordo;
(D) se Joao e alto ou Guilherme e gordo, então Joao e alto e
V V F F Vv F ^ V= F V↔F=F Guilherme e gordo;
F= V (E) se Joao e alto ou não e alto, então Guilherme e gordo.

V F F V VvV F^F=F V↔F=F Resposta


=V 01. Resposta: C.
Resolução: Basta observar que ~p^p terá tudo “F” na
F V V F FvF V^V=V F↔V=F última coluna, consequentemente será uma contradição.
=F
02. Resposta: A.
F F V V FvV V^F=F V↔F=F Resolução:
=V Fazendo p: João é alto e q: Guilherme é gordo, vamos
analisar as alternativas,
Última coluna
a) Se João é alto, então João é alto OU Guilherme é gordo
Isso equivale a p → p v q. A tabela verdade seria:
Os valores da última coluna são todos F (falsidade).
p q pvq p→ pvq
Contingência (proposições contingentes ou
V V V V
proposições indeterminadas): toda proposição composta
cuja última coluna da tabela verdade figuram as letras V e F V F V V
cada uma pelo menos uma vez. Em outros termos a F V V V
contingência é uma proposição composta que não é tautologia F F F V
e nem contradição.
Observe que a alternativa “A” já nos levou a uma
Exemplo:
proposição “sempre verdadeira”, ou seja, já encontramos a
A proposição p ↔ (p ^ q) é uma contingência. Vamos
tautologia. Portanto, não seria necessário analisarmos as
comprovar através da tabela verdade.
outras. Vamos fazê-lo apenas para praticarmos um pouco mais
o raciocínio.
p q p^q p ↔ (p ^ q)
b) Se João é alto, então João é alto E Guilherme é gordo
V V V V Isso equivale a p → p ^ q. A tabela verdade seria:
V F F F
p q p^q p→ p^q
F V F V V V V V
V F F F
F F F V
F V F V
Última coluna F F F V

Uma proposição simples, por definição, ou será uma Ao encontrarmos o 1º “F” você já saberia que não se trata
tautologia – valor lógico verdade (V) – ou uma contradição – de tautologia e sim de uma contingência, poderíamos parar
valor lógico falsidade (F) –, e nunca uma contingência – valor por aqui nossa análise.
lógico verdade (V) e falsidade (F), simultaneamente. c) Se João é alto OU Guilherme é gordo, então Guilherme é
gordo
Isso equivale a p v q → q. A tabela verdade seria:

Raciocínio Lógico 16
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APOSTILAS OPÇÃO

p q pvq pvq→q Exemplo:


V V V V A tabela verdade da condicional (p ^ q) → (p ↔ q) será:
V F V F
F V V V p q p^q p↔q (p ^ q) → (p ↔ q)
F F F V
V V V V V
Ao encontrarmos o 1º “F” você já saberia que não se trata
de tautologia e sim de uma contingência, poderíamos parar V F F F V
por aqui nossa análise.
F V F F V
d) Se João é alto OU Guilherme é gordo, então João é alto E
Guilherme é gordo F F F V V
Isso equivale a p v q→p^q. A tabela verdade seria:
Portanto, (p ^ q) → (p ↔ q) é uma tautologia, por isso (p ^
p q pvq p^q pvq→p^q q) ⇒ (p ↔q).
V V V V V
Em particular:
V F V F F
- Toda proposição implica uma Tautologia: p ⇒ p v ~p
F V V F F
p p v ~p
F F F F V
V V
Ao encontrarmos o 1º “F” você já saberia que não se trata
de tautologia e sim de uma contingência, poderíamos parar F V
por aqui nossa análise.
- Somente uma contradição implica uma contradição: p ^
e) Se João é alto OU não é alto, então Guilherme é gordo ~p ⇒ p v ~p → p ^ ~p
Isso equivale a p v ~p→ q. A tabela verdade seria:

p q ~p pv~p pv~p→q p ~p p ^ ~p p v ~p → p ^ ~p
V V F V V V F F F
V F F V F
F V F F
F V V V V
F F V V F
Propriedades da Implicação Lógica
A implicação lógica goza das propriedades reflexiva e
Ao encontrarmos o 1º “F” você já saberia que não se trata transitiva:
de tautologia e sim de uma contingência, poderíamos parar
por aqui nossa análise. Reflexiva: P(p,q,r,...) ⇒ P(p,q,r,...)
Uma proposição complexa implica ela mesma.
Transitiva: Se P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...) e
Implicação lógica Q(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...), então
P(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...)
Se P ⇒ Q e Q ⇒ R, então P ⇒ R.

Uma proposição P(p,q,r,...) implica logicamente ou apenas Exemplificação e Regras de Inferência


implica uma proposição Q(p,q,r,...) se Q(p,q,r,...) é verdadeira Inferência é o ato de derivar conclusões lógicas de
(V) todas as vezes que P(p,q,r,...) é verdadeira (V), ou seja, a proposições conhecidas ou decididamente verdadeiras. Em
proposição P implica a proposição Q, quando a condicional P outras palavras :é a obtenção de novas proposições a partir de
→ Q for uma tautologia. proposições verdadeiras já existentes. Vejamos as regras de
Representamos a implicação com o símbolo “⇒”, inferência obtidas da implicação lógica:
simbolicamente temos:
1 – A tabela verdade das proposições p ^ q, p v q , p ↔ q
P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...). é:

A não ocorrência de VF na tabela verdade de P → Q, ou


ainda que o valor lógico da condicional P → Q será sempre V,
ou então que P → Q é uma tautologia.

Observação: Os símbolos “→” e “⇒” são completamente


distintos. O primeiro (“→”) representa a condicional, que é um
conectivo. O segundo (“⇒”) representa a relação de implicação A proposição “p ^ q” é verdadeira (V) somente na 1ª linha,
lógica que pode ou não existir entre duas proposições. e também nesta linha as proposições “p v q” e “p → q” também
são. Logo a primeira proposição IMPLICA cada uma das outras
duas proposições.
Então:
p^q⇒pvq
p^q⇒p→q

A tabela acima também demonstram as importantes

Raciocínio Lógico 17
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APOSTILAS OPÇÃO

Regras de Inferência: (p → q) ^ ~q ⇒ ~p
Adição – p ⇒ p v q e q ⇒ p v q
Simplificação – p ^ q ⇒ p e p ^ q ⇒ q Observe que “~p” implica “p → q”, isto é: ~p ⇒ p → q

2 – A tabela verdade das proposições p ↔ q, p → q e q → Recapitulando as Regras de Inferência aplicadas a


p, é: Implicação Lógica:
L p q p↔q p→q q→p
Adição p⇒pvq
1ª V V V V V q⇒pvq

2ª V F F F V Simplificação p^q⇒p
p^q⇒q
3ª F V F V F
Silogismo disjuntivo (p v q) ^ ~p ⇒ q
4ª F F V V V (p v q) ^ ~q ⇒ p

A proposição “p ↔ q” é verdadeira (V) na 1ª e 4ª linha e as Modus ponens (p → q) ^ p ⇒ q


proposições “p → q” e “q → p” também são verdadeiras. Logo a
Modus tollens (p → q) ^ ~q ⇒ ~p
primeira proposição IMPLICA cada uma das outras duas
proposições. Então:
Referência
p↔q⇒p→q e p↔q⇒q→p
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002.
3 - Dada a proposição: (p v q) ^ ~p sua tabela verdade é:
Questões

01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial –


FGV) Renato falou a verdade quando disse:
• Corro ou faço ginástica.
• Acordo cedo ou não corro.
Esta proposição é verdadeira somente na 3ª linha e nesta • Como pouco ou não faço ginástica.
linha a proposição “q” também verdadeira, logo subsiste a Certo dia, Renato comeu muito.
IMPLICAÇÃO LÓGICA, denominada Regra do Silogismo
disjuntivo. É correto concluir que, nesse dia, Renato:
(A) correu e fez ginástica;
(p v q) ^ ~p ⇒ q
(B) não fez ginástica e não correu;
(C) correu e não acordou cedo;
É válido também: (p v q) ^ ~q ⇒ p
(D) acordou cedo e correu;
4 – A tabela verdade da proposição (p → q) ^ p é: (E) não fez ginástica e não acordou cedo.

02. Dizer que “André é artista ou Bernardo não é


engenheiro” é logicamente equivalente a dizer que:
(A) André é artista se e somente Bernardo não é
engenheiro.
(B) Se André é artista, então Bernardo não é engenheiro.
(C) Se André não é artista, então Bernardo é engenheiro.
(D) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista.
(E) André não é artista e Bernardo é engenheiro.
A proposição é verdadeira somente na 1ª linha, e nesta
linha a proposição “q” também é verdadeira, logo subsiste a 03. Dizer que “Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista,” é
IMPLICAÇÃO LÓGICA, também denominada Regra de Modus do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer que:
ponens. (A) Se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista.
(B) Se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro.
(p → q) ^ p ⇒ q (C) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista.
(D) Se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista.
5 – A tabela verdade das proposições (p → q) ^ ~q e ~p (E) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista.
é:
Resposta

01. Resposta: D.
Na disjunção, para evitarmos que elas fiquem falsas, basta
por uma das proposições simples como verdadeira, logo:
“Renato comeu muito”
Como pouco ou não faço ginástica
F V
A proposição (p → q) ^ ~q é verdadeira somente na 4º
linha e nesta a proposição “~p” também é verdadeira, logo Corro ou faço ginástica
subsiste a IMPLICAÇÃO LÓGICA, denominada de Regra Modus V F
tollens.

Raciocínio Lógico 18
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APOSTILAS OPÇÃO

Acordo cedo ou não corro b) p v q ⇔ q v p


V F p q p v q q v p
Portanto ele: V V V V V V V V
Comeu muito
Não fez ginástica V F V V F F V V
Correu, e;
Acordou cedo F V F V V V V F

02. Resposta D F F F F F F F F
Na expressão temos ~p v q  p → q  ~q → ~p. Temos
duas possibilidades de equivalência p → q: Se André não é c) p ∨ q ⇔ q ∨ p
artista , então Bernardo não é engenheiro. Porém não temos p q p v q q v p
essa opção ~q → ~p: Se Bernardo é engenheiro, então André
é artista. Logo reposta letra d). V V V F V V F V

03. Resposta: A. V F V V F F V V
Na expressão temos ~p v q  p → q p → q: Se Pedro é
pedreiro, então Paulo é paulista. Letra a). F V F V V V V F

F F F F F F F F

Equivalência lógica
d) p ↔ q ⇔ q ↔ p
p q p ↔ q q ↔ p
Definição: Duas ou mais proposições compostas são
equivalentes, mesmo possuindo fórmulas (ou estruturas V V V V V V V V
lógicas) diferentes, quando apresentarem a mesma solução em
suas respectivas tabelas verdade. V F V F F F F V
Se as proposições P e Q são ambas TAUTOLOGIAS, ou
então, são CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES. F V F F V V F F

F F F V F F V F
Exemplo:
Dada as proposições “~p → q” e “p v q” verificar se elas são
equivalentes. 2 - Reflexiva (equivalência por reflexão)
Vamos montar a tabela verdade para sabermos se elas são p→p⇔p→p
equivalentes.
p q ~p → q p v q p p p → p p → p

V V F V V V V V V V V V V V V V

V F F V F V V F F F F V F F V F

F V V V V F V V
3 – Transitiva
F F V F F F F F Se P(p,q,r,...) ⇔ Q(p,q,r,...) E
Q(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) ENTÃO
P(p,q,r,...) ⇔ R(p,q,r,...) .
Observamos que as proposições compostas “~p → q” e “p
∨ q” são equivalentes. Equivalências notáveis:
~p → q ≡ p ∨ q ou ~p → q ⇔ p ∨ q, onde “≡” e “⇔” são os 1 - Distribuição (equivalência pela distributiva)
símbolos que representam a equivalência entre proposições. a) p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)
Equivalências fundamentais
p q r p ^ (q v r) (p ^ q) v (p ^ r)
1 – Simetria (equivalência por simetria) V V V V V V V V V V V V V V V
a) p ^ q ⇔ q ^ p
V V F V V V V F V V V V V F F
p q p ^ q q ^ p
V F V V V F V V V F F V V V V
V V V V V V V V
V F F V F F F F V F F F V F F
V F V F F F F V
F V V F F V V V F F V F F F V
F V F F V V F F
F V F F F V V F F F V F F F F
F F F F F F F F
F F V F F F V V F F F F F F V

F F F F F F F F F F F F F F F

Raciocínio Lógico 19
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APOSTILAS OPÇÃO

b) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r) 4 - Pela contraposição: de uma condicional gera-se outra


p q r p v (q ^ r) (p v q) ^ (p v r) condicional equivalente à primeira, apenas invertendo-se e
negando-se as proposições simples que as compõem.
V V V V V V V V V V V V V V V
1º caso – (p → q) ⇔ (~q → ~p)
V V F V V V F F V V V V V V F
p q p → q ~q → ~p
V F V V V F F V V V F V V V V
V V V V V F V F
V F F V V F F F V V F V V V F
V F V F F V F F
F V V F V V V V F V V V F V V
F V F V V F V V
F V F F F V F F F V V F F F F
F F F V F V V V
F F V F F F F V F F F F F V V

F F F F F F F F F F F F F F F Exemplo:
p → q: Se André é professor, então é pobre.
2 - Associação (equivalência pela associativa) ~q → ~p: Se André não é pobre, então não é professor.
a) p ∧ (q ∧ r) ⇔ (p ∧ q) ∧ (p ∧ r)
2º caso: (~p → q) ⇔ (~q → p)
p q r p ^ (q ^ r) (p ^ q) ^ (p ^ r)
p q ~p → q ~q → p
V V V V V V V V V V V V V V V
V V F V V F V V
V V F V F V F F V V V F V F F
V F F V F V V V
V F V V F F F V V F F F V V V
F V V V V F V F
V F F V F F F F V F F F V F F

F V V F F V V V F F V F F F V F F V F F V F F

F V F F F V F F F F V F F F F Exemplo:
F F V F F F F V F F F F F F V ~p → q: Se André não é professor, então é pobre.
~q → p: Se André não é pobre, então é professor.
F F F F F F F F F F F F F F F
3º caso: (p → ~q) ⇔ (q → ~p)
b) p ∨ (q ∨ r) ⇔ (p ∨ q) ∨ (p ∨ r) p q p → ~q q → ~p
p q r p v (q v r) (p v q) v (p v r)
V V V F F V F F
V V V V V V V V V V V V V V V
V F V V V F V F
V V F V V V V F V V V V V V F
F V F V F V V V
V F V V V F V V V V F V V V V
F F F V V F V V
V F F V V F F F V V F V V V F

F V V F V V V V F V V V F V V Exemplo:
p → ~q: Se André é professor, então não é pobre.
F V F F V V V F F V V V F F F q → ~p: Se André é pobre, então não é professor.
F F V F V F V V F F F V F V V
4 º Caso: (p → q) ⇔ ~p v q
F F F F F F F F F F F F F F F p q p → q ~p v q

V V V V V F V V
3 – Idempotência
V F V F F F F F
a) p ⇔ (p ∧ p)
p p p ^ p F V F V V V V V

V V V V V F F F V F V V F

F F F F F Exemplo:
p → q: Se estudo então passo no concurso.
b) p ⇔ (p ∨ p) ~p v q: Não estudo ou passo no concurso.
p p p v p
5 - Pela bicondicional
V V V V V a) (p ↔ q) ⇔ (p → q) ∧ (q → p), por definição
p q p ↔ q (p → q) ^ (q → p)
F F F F F
V V V V V V V V V V V V

Raciocínio Lógico 20
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APOSTILAS OPÇÃO

V F V F F V F F F F V V

F V F F V F V V F V F F

F F F V F F V F V F V F

b) (p ↔ q) ⇔ (~q → ~p) ∧ (~p → ~q), aplicando-se a


contrapositiva às partes Observamos ainda que a condicional p → q e a sua
p q p ↔ q (~q → ~p) ^ (~p → ~q) recíproca q → p ou a sua contrária ~p → ~q NÃO SÃO
EQUIVALENTES.
V V V V V F V F V F V F Exemplos:
p → q: Se T é equilátero, então T é isósceles. (V)
V F V F F V F F F F V V q → p: Se T é isósceles, então T é equilátero. (F)
F V F F V F V V F V F F Exemplo:
Vamos determinar:
F F F V F V V V V V V V
a) A contrapositiva de p → q
b) A contrapositiva da recíproca de p → q
c) (p ↔ q) ⇔ (p ∧ q) ∨ (~p ∧ ~q) c) A contrapositiva da contrária de p → q
p q p ↔ q (p ^ q) v (~p ^ ~q)
Resolução:
V V V V V V V V V F F F a) A contrapositiva de p → q é ~q → ~p
A contrapositiva de ~q → ~p é ~~p → ~~q ⇔ p → q
V F V F F V F F F F F V
b) A recíproca de p → q é q → p
F V F F V F F V F V F F A contrapositiva q → q é ~p → ~q
F F F V F F F F V V V V
c) A contrária de p → q é ~p → ~q
A contrapositiva de ~p → ~q é q → p
6 - Pela exportação-importação
[(p ∧ q) → r] ⇔ [p → (q → r)] Equivalência “NENHUM” e “TODO”
p q r [(p ^ q) → r] [p → (q → r)] 1 – NENHUM A é B ⇔ TODO A é não B.
Exemplo:
V V V V V V V V V V V V V Nenhum médico é tenista ⇔ Todo médico é não tenista (=
Todo médico não é tenista).
V V F V V V F F V F V F F

V F V V F F V V V V F V V 2 – TODO A é B ⇔ NENHUM A é não B.


Exemplo:
V F F V F F V F V V F V F Toda música é bela ⇔ Nenhuma música é não bela (=
Nenhuma música é bela).
F V V F F V V V F V V V V
Referências
F V F F F V V F F V V F F ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002.
F F V F F F V V F V F V V CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
F F F F F F V F F V F V F
Questões
Proposições Associadas a uma Condicional (se, então)
Chama-se proposições associadas a p → q as três 01. (MRE – Oficial de Chancelaria – FGV) Considere a
proposições condicionadas que contêm p e q: sentença:
– Proposições recíprocas: p → q: q → p “Corro e não fico cansado”.
– Proposição contrária: p → q: ~p → ~q Uma sentença logicamente equivalente à negação da
– Proposição contrapositiva: p → q: ~q → ~p sentença dada é:
(A) Se corro então fico cansado.
Observe a tabela verdade dessas quatro proposições: (B) Se não corro então não fico cansado.
(C) Não corro e fico cansado.
(D) Corro e fico cansado.
(E) Não corro ou não fico cansado.

02. (TCE/RN – Conhecimentos Gerais para o cargo 4 –


CESPE) Em campanha de incentivo à regularização da
Note que: documentação de imóveis, um cartório estampou um cartaz
com os seguintes dizeres: “O comprador que não escritura e
não registra o imóvel não se torna dono desse imóvel”.
A partir dessa situação hipotética e considerando que a
proposição P: “Se o comprador não escritura o imóvel, então
ele não o registra” seja verdadeira, julgue o item seguinte.
A proposição P é logicamente equivalente à proposição “O
comprador escritura o imóvel, ou não o registra”.
( ) Certo ( ) Errado

Raciocínio Lógico 21
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APOSTILAS OPÇÃO

Comentários

01. Resposta: A.
A negação de P→Q é P ^ ~ Q
A equivalência de P-->Q é ~P v Q ou pode ser: ~Q-->~P

02. Resposta: Certo.


Relembrando temos que: Se p então q = Não p ou q. (p → q
= ~p v q)
- Negação de uma bicondicional
Ao negarmos uma bicondicional do tipo “p ↔ q” estaremos
Leis De Morgan negando a sua formula equivalente dada por “(p → q) ∧ (q →
p)”, assim, negaremos uma conjunção cujas partes são duas
condicionais: “(p → q)” e “(q → p)”. Aplicando-se a negação de
uma conjunção a essa bicondicional, teremos:
Para se negar uma proposição composta é necessário que ~ (p ↔ q) ⇔ ~ [(p → q) ∧ (q → p)] ⇔ [(p ∧ ~q) ∨ (q ∧ ~p)]
se entenda que irá gerar uma outra proposição composta
equivalente a negação de sua primitiva.
De modo geral temos que:
Sejam “♦” e “♪” conectivos lógicos quaisquer.
Temos ~ (p ♦ q) ⇔ (p ♪ q).
Obs.: O símbolo “⇔” representa equivalência entre as
proposições.

Tem-se que: “p ♪ q” é equivalente à negação de “p ♦ q” e


ainda “p ♦ q” é uma proposição oposta à “p ♪ q”.

Vejamos:
– Negação de uma disjunção exclusiva
Por definição, ao negar-se uma DISJUNÇÃO EXCLUSIVA,
gera-se uma BICONDICIONAL.
~ (p v q) ⇔ (p ↔ q) ⇔ (p → q) ^ (q → p)
DUPLA NEGAÇÃO (TEORIA DA INVOLUÇÃO)
– De uma proposição simples: p ⇔ ~ (~p)

- De uma condicional: p → q ⇔ ~p v q
A dupla negação de uma condicional dá-se por negar a 1ª
parte da condicional, troca-se o conectivo CONDICIONAL pela
DISJUNÇÃO e mantém-se a 2ª parte. Ao negarmos uma
proposição primitiva duas vezes consecutivas, a proposição
resultante será equivalente à sua proposição primitiva.

NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES MATEMÁTICAS


Considere os seguintes símbolos matemáticos: igual (“=”);
diferente (“≠”); maior que (“>”); menor que (“<”); maior ou
igual a (“≥”) e menor ou igual (“≤”). Estes símbolos, associados
- Negação de uma condicional a números ou variáveis, formam as chamadas expressões
Ao negar-se uma condicional, conserva-se o valor lógico aritméticas ou algébricas.
de sua 1ª parte, troca-se o conectivo CONDICIONAL pelo Exemplo:
conectivo CONJUNÇÃO e nega-se sua 2ª parte. a) 5 + 6 = 11
b) 5 > 1
~ (p → q) ⇔ (p ^ ~q) ⇔ ~~ p ^ ~q c) 3 + 5 ≥ 8

Raciocínio Lógico 22
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APOSTILAS OPÇÃO

Para negarmos uma sentença matemática basta negarmos


os símbolos matemáticos, assim estaremos negando toda
sentença, vejamos:

Sentença Negação Sentença


Matemática ou obtida
algébrica

5 + 6 = 11 ~ (5 + 6 = 11) 5 + 6 ≠ 11

5–3≠4 ~ (5 – 3 ≠ 4) 5–3=4 Exemplo:


Vamos negar a proposição “É inteligente e estuda”, vemos
5>1 ~ (5 > 1) 5≤1 que se trata de uma CONJUNÇÂO, pela Lei de Morgan temos
que uma CONJUNÇÃO se transforma em uma DISJUNÇÃO,
7< 10 ~ (7< 10) 7≥ 10 negando-se as partes, então teremos:
“Não é inteligente ou não estuda”
3+5≥8 ~ (3 + 5 ≥ 8) 3+5<8
Referências
y+5≤7 ~ (y + 5 ≤ 7) y+5>7 ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002.
CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
É comum a banca, através de uma assertiva, “induzir” os
candidatos a cometerem um erro muito comum, que é a Questões
negação dessa assertiva pelo resultado, utilizando-se da
operação matemática em questão para a obtenção desse 01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial –
resultado, e não, como deve ser, pela negação dos símbolos FGV) Considere a afirmação:
matemáticos. “Mato a cobra e mostro o pau”
Exemplo: A negação lógica dessa afirmação é:
Negar a expressão “4 + 7 = 16” não é dada pela expressão (A) não mato a cobra ou não mostro o pau;
“4 + 7 = 11”, e sim por “4 + 7 ≠ 16” (B) não mato a cobra e não mostro o pau;
(C) não mato a cobra e mostro o pau;
NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES COMPOSTAS – LEIS DE (D) mato a cobra e não mostro o pau;
MORGAN (E) mato a cobra ou não mostro o pau.

As Leis de Morgan demonstram que: 02. (CODEMIG – Advogado Societário – FGV) Em uma
- Negar que duas dadas proposições são ao mesmo tempo empresa, o diretor de um departamento percebeu que Pedro,
verdadeiras equivale a afirmar que pelo menos uma é falsa um dos funcionários, tinha cometido alguns erros em seu
- Negar que uma pelo menos de duas proposições é trabalho e comentou:
verdadeira equivale a afirmar que ambas são falsas. “Pedro está cansado ou desatento.”
As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÂO transforma: A negação lógica dessa afirmação é:
CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO e (A) Pedro está descansado ou desatento.
DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO (B) Pedro está descansado ou atento.
(C) Pedro está cansado e desatento.
Vejamos: (D) Pedro está descansado e atento.
– Negação de uma conjunção (Leis de Morgan) (E) Se Pedro está descansado então está desatento.
Para negar uma conjunção, basta negar as partes e trocar o
conectivo CONJUNÇÃO pelo conectivo DISJUNÇÃO. 03 (TJ/AP-Técnico Judiciário / Área Judiciária e
~ (p ^ q) ⇔ (~p v ~q) Administrativa- FCC) Vou à academia todos os dias da
semana e corro três dias na semana. Uma afirmação que
corresponde à negação lógica da afirmação anterior é
(A) Não vou à academia todos os dias da semana ou não
corro três dias na semana.
(B) Vou à academia quase todos os dias da semana e corro
dois dias na semana.
(C) Nunca vou à academia durante a semana e nunca corro
durante a semana.
(D) Não vou à academia todos os dias da semana e não
corro três dias na semana.
(E) Se vou todos os dias à academia, então corro três dias
- Negação de uma disjunção (Lei de Morgan) na semana.
Para negar uma disjunção, basta negar as partes e trocar o
conectivo DISJUNÇÃO pelo conectivo-CONJUNÇÃO. Respostas
~ (p v q) ⇔ (~p ^ ~q)
01. Resposta: A.
Negação do ''ou'': nega-se as duas partes e troca o
conectivo ''ou'' pelo ''e''.

02. Resposta: D.
Pedro está cansado ou desatento.
O conectivo ou vira e, dai basta negar as proposições.

Raciocínio Lógico 23
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APOSTILAS OPÇÃO

Pedro não está cansado e nem está desatento, ou seja,


Pedro está descansado e atento.

03. Resposta: A.
Quebrando a sentença em P e Q:
P: Vou à academia todos os dias da semana
Conectivo: ∧ (e)
Q: Corro três dias na semana
Aplicando a lei de Morgan: ~(P∧ Q) ≡ ~P ∨ ~Q
~P: Não vou à academia todos os dias da semana Todas as PREMISSAS tem uma CONCLUSÃO. Os exemplos
Conectivo: ∨ (ou) acima são considerados silogismos.
~Q: Não corro três dias na semana Um argumento de premissas P1, P2, ..., Pn e de conclusão
Logo: Não vou à academia todos os dias da semana ou não Q, indica-se por:
corro três dias na semana. P1, P2, ..., Pn |----- Q

Argumentos Válidos
Argumentação e dedução Um argumento é VÁLIDO (ou bem construído ou legítimo)
quando a conclusão é VERDADEIRA (V), sempre que as
lógica premissas forem todas verdadeiras (V). Dizemos, também, que
um argumento é válido quando a conclusão é uma
consequência obrigatória das verdades de suas premissas. Ou
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO seja:

No estudo da Lógica Matemática, a dedução formal é a A verdade das premissas é incompatível com a falsidade da
principal ferramenta para o raciocínio válido de um conclusão.
argumento. Ela avalia de forma genérica as conclusões que a
argumentação pode tomar, quais dessas conclusões são Um argumento válido é denominado tautologia quando
válidas e quais são inválidas (falaciosas). Ainda na Lógica assumir, somente, valorações verdadeiras,
Matemática, estudam-se as formas válidas de inferência de independentemente de valorações assumidas por suas
uma linguagem formal ou proposicional constituindo-se, estruturas lógicas.
assim, a teoria da argumentação.
Um argumento é um conjunto finito de premissas – Argumentos Inválidos
proposições –, sendo uma delas a consequência das demais. Um argumento é dito INVÁLIDO (ou falácia, ou ilegítimo ou
Tal premissa (proposição), que é o resultado dedutivo ou mal construído), quando as verdades das premissas são
consequência lógica das demais, é chamada conclusão. insuficientes para sustentar a verdade da conclusão.
Um argumento é uma fórmula: P1 ∧ P2 ∧ ... ∧ Pn → Q, em Caso a conclusão seja falsa, decorrente das insuficiências
que os Pis (P1, P2, P3...) e Q são fórmulas simples ou geradas pelas verdades de suas premissas, tem-se como
compostas. Nesse argumento, as fórmulas Pis (P1, P2, P3...) são conclusão uma contradição (F).
chamadas premissas e a fórmula Q é chamada conclusão. Um argumento não válido diz-se um SOFISMA.

Conceitos
- A verdade e a falsidade são propriedades das
Premissas (proposições): são afirmações que podem ser
proposições.
verdadeiras ou falsas. Com base nelas que os argumentos são
- Já a validade e a invalidade são propriedades
compostos, ou melhor, elas possibilitam que o argumento seja
inerentes aos argumentos.
aceito.
- Uma proposição pode ser considerada verdadeira ou
falsa, mas nunca válida e inválida.
Inferência: é o processo a partir de uma ou mais
- Não é possível ter uma conclusão falsa se as
premissas se chegar a novas proposições. Quando a inferência
premissas são verdadeiras.
é dada como válida, significa que a nova proposição foi aceita,
- A validade de um argumento depende
podendo ela ser utilizada em outras inferências.
exclusivamente da relação existente entre as premissas
e conclusões.
Conclusão: é a proposição que contém o resultado final da
inferência e que esta alicerçada nas premissas. Para separa as
premissas das conclusões utilizam-se expressões como “logo,
...”, “portanto, ...”, “por isso, ...”, entre outras. Critérios de Validade de um argumento
Pelo teorema temos:
Sofisma: é um raciocínio falso com aspecto de verdadeiro.
Um argumento P1, P2, ..., Pn |---- Q é VÁLIDO se e somente
Falácia: é um argumento inválido, sem fundamento ou se a condicional:
tecnicamente falho na capacidade de provar aquilo que (P1 ^ P2 ^ ...^ Pn) → Q é tautológica.
enuncia.
Métodos para testar a validade dos argumentos
Silogismo: é um raciocínio composto de três proposições, Estes métodos nos permitem, por dedução (ou inferência),
dispostas de tal maneira que a conclusão é verdadeira e deriva atribuirmos valores lógicos as premissas de um argumento
logicamente das duas primeiras premissas, ou seja, a para determinarmos uma conclusão verdadeira.
conclusão é a terceira premissa. Também podemos utilizar diagramas lógicos caso sejam
estruturas categóricas (frases formadas pelas palavras ou
O argumento é uma fórmula constituída de premissas e quantificadores: todo, algum e nenhum).
conclusões (dois elementos fundamentais da argumentação)
conforme dito no início temos:

Raciocínio Lógico 24
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APOSTILAS OPÇÃO

Os métodos consistem em: Se a 1ª parte de uma condicional for verdadeira, logo, a 2ª


1) Atribuição de valores lógicos: o método consiste na parte também deverá ser verdadeira, já que uma verdade
dedução dos valores lógicos das premissas de um implica outra verdade. Assim, concluímos que “Marta vai à
argumento, a partir de um “ponto de referência inicial” que, festa” (4º passo).
geralmente, será representado pelo valor lógico de uma P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa.
premissa formada por uma proposição simples. Lembramos
que, para que um argumento seja válido, partiremos do
pressuposto que todas as premissas que compõem esse
argumento são, na totalidade, verdadeiras.
Para dedução dos valores lógicos, utilizaremos como
auxílio a tabela-verdade dos conectivos.
Sabendo-se que “Marta vai à festa” é uma proposição
simples verdadeira, então a 2ª parte da condicional da
premissa P1 será falsa (5º passo). Lembramos que, sempre
que confirmarmos como falsa a 2ª parte de uma condicional,
devemos confirmar também como falsa a 1ª parte (6º passo),
já que F → F: V.

Exemplos
01. Seja um argumento formado pelas seguintes
premissas: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. Se
Paula não fica em casa, então Marta vai à festa. Nem Rita foi à
festa, nem Paula ficou em casa. Portanto, de acordo com os valores lógicos atribuídos,
Sejam as seguintes premissas: podemos obter as seguintes conclusões: “Ana não vai à festa”;
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. “Marta vai à festa”; “Paula não fica em casa” e “Rita não foi
P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa. à festa”.
P3: Nem Rita foi à festa, nem Paula ficou em casa.
Inicialmente, reescreveremos a última premissa “P3” na 02. Seja um argumento formado pelas seguintes
forma de uma conjunção, já que a forma “nem A, nem B” pode premissas: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista.
ser também representada por “não A e não B”. Portanto, Saulo é síndico ou Eduardo é eletricista. Paulo é porteiro se, e
teremos: somente se, Saulo não é síndico.
Então, sejam as premissas: Sejam as seguintes premissas:
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista.
P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa. P2: Saulo é síndico ou Eduardo é eletricista.
P3: Rita não foi à festa e Paula não ficou em casa. P3: Paulo é porteiro se, e somente se, Saulo não é síndico.
Lembramos que, para que esse argumento seja válido, Lembramos que, para que esse argumento seja válido,
todas as premissas que o compõem deverão ser todas as premissas que o compõem deverão ser,
necessariamente verdadeiras. necessariamente, verdadeiras.
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa: (V) P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista: (V)
P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa: (V) P2: Saulo é síndico ou Eduardo é eletricista: (V)
P3: Rita não foi à festa e Paula não ficou em casa: (V) P3: Paulo é porteiro se, e somente se, Saulo não é síndico:
(V)
Nesse caso, não há um “ponto de referência”, ou seja, não Caso o argumento não possua uma proposição simples
temos uma proposição simples que faça parte desse (ponto de referência inicial) ou uma conjunção ou uma
argumento; logo, tomaremos como verdade a conjunção da disjunção exclusiva, então as deduções serão iniciadas pela
premissa “P3”, já que uma conjunção é considerada verdadeira bicondicional, caso exista.
somente quando suas partes forem verdadeiras. Assim, Sendo P3 uma bicondicional, e sabendo-se que toda
teremos a confirmação dos seguintes valores lógicos bicondicional assume valoração verdadeira somente
verdadeiros: “Rita não foi à festa” (1º passo) e “Paula não ficou quando suas partes são verdadeiras ou falsas,
em casa” (2º passo). simultaneamente, então consideraremos as duas partes da
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. bicondicional como sendo verdadeiras (1º e 2º passos), por
P2: Se Paula não fica em casa, então Marta vai à festa. dedução.
P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista.

Ao confirmar a proposição simples “Paula não fica em casa” Confirmando-se a proposição simples “Saulo não é síndico”
como verdadeira, estaremos confirmando, também, como como verdadeira, então a 1ª parte da disjunção em P2 será
verdadeira a 1ª parte da condicional da premissa “P2” (3º valorada como falsa (3º passo). Se uma das partes de uma
passo). disjunção for falsa, a outra parte “Eduardo é eletricista” deverá
P1: Se Ana vai à festa, então Marta não vai à festa. ser necessariamente verdadeira, para que toda a disjunção
assuma valoração verdadeira (4º passo).
P1: Se Pedro é pintor, então Eduardo não é eletricista.

Raciocínio Lógico 25
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APOSTILAS OPÇÃO

Ao confirmar como verdadeira a proposição simples [(p → q) ∧ (q → ~r)] → r ou


“Eduardo é eletricista”, então a 2ª parte da condicional em P1
será falsa (5º passo). Se a 2ª parte de uma condicional for
valorada como falsa, então a 1ª parte também deverá ser
considerada falsa (6º passo), para que seu valor lógico seja
considerado verdadeiro (F → F: V). Montando a tabela verdade temos (vamos montar o passo
a passo):
P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r

V V V V V V V F V

V V F V V V V V F

Portanto, de acordo com os valores lógicos atribuídos, V F V V F F F F V


podemos obter as seguintes conclusões: “Pedro não é pintor”;
“Eduardo é eletricista”; “Saulo não é síndico” e “Paulo é V F F V F F F V F
porteiro”.
F V V F V V V F V
Caso o argumento não possua uma proposição simples “ponto
de referência inicial”, devem-se iniciar as deduções pela F V F F V V V V F
conjunção, e, caso não exista tal conjunção, pela disjunção
exclusiva ou pela bicondicional, caso existam. F F V F V F F F V

2) Método da Tabela – Verdade: para resolvermos temos F F F F V F F V F


que levar em considerações dois casos.
1º caso: quando o argumento é representado por uma 1º 2º 1º 1º 1º 1º
fórmula argumentativa.

Exemplo: P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r


A → B ~A = ~B
Para resolver vamos montar uma tabela dispondo todas as
V V V V V V V F F V
proposições, as premissas e as conclusões afim de chegarmos
a validade do argumento.
V V F V V V V V V F

V F V V F F F V F V

V F F V F F F V V F

F V V F V V V F F V

F V F F V V V V V F
(Fonte: http://www.marilia.unesp.br)

F F V F V F F V F V
O caso onde as premissas são verdadeiras e a conclusão
é falsa está sinalizada na tabela acima pelo asterisco. Observe
F F F F V F F V V F
também, na linha 4, que as premissas são verdadeiras e a
conclusão é verdadeira. Chegamos através dessa análise que o
argumento não é valido. 1º 2º 1º 1º 3º 1º 1º

2o caso: quando o argumento é representado por uma


sequência lógica de premissas, sendo a última sua conclusão, e P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r
é questionada a sua validade.
Exemplo: V V V V V V F V F F V
“Se leio, então entendo. Se entendo, então não
compreendo. Logo, compreendo.” V V F V V V V V V V F
P1: Se leio, então entendo.
P2: Se entendo, então não compreendo. V F V V F F F F V F V
C: Compreendo.
Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte V F F V F F F F V V F
estrutura lógica (fórmula) representativa desse argumento:
P1 ∧ P2 → C
F V V F V V F V F F V
Representando inicialmente as proposições primitivas
“leio”, “entendo” e “compreendo”, respectivamente, por “p”, F V F F V V V V V V F
“q” e “r”, teremos a seguinte fórmula argumentativa:
P1: p → q F F V F V F V F V F V
P2: q → ~r
C: r

Raciocínio Lógico 26
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APOSTILAS OPÇÃO

F F F F V F V F V V F 3.5 – Modus Ponens (MP)

1º 2º 1º 4º 1º 3º 1º 1º

P q r [(p → q) ^ (q → ~r)] → r 3.6 – Modus Tollens (MT)

V V V V V V F V F F V V

V V F V V V V V V V F F
3.7 – Dilema construtivo (DC)
V F V V F F F F V F V V

V F F V F F F F V V V F

F V V F V V F V F F V V
3.8 – Dilema destrutivo (DD)
F V F F V V V V V V F F

F F V F V F V F V F V V

F F F F V F V F V V F F
3.9 – Silogismo disjuntivo (SD)
1º 2º 1º 4º 1º 3º 1º 5º 1º 1º caso:

Sendo a solução (observado na 5a resolução) uma


contingência (possui valores verdadeiros e falsos), logo, esse
argumento não é válido. Podemos chamar esse argumento de 2º caso:
sofisma embora tenha premissas e conclusões verdadeiras.

Implicações tautológicas: a utilização da tabela verdade


em alguns casos torna-se muito trabalhoso, principalmente
quando o número de proposições simples que compõe o
argumento é muito grande, então vamos aqui ver outros 3.10 – Silogismo hipotético (SH)
métodos que vão ajudar a provar a validade dos argumentos.

3.1 - Método da adição (AD)

3.11 – Exportação e importação.

3.2 - Método da adição (SIMP) 1º caso: Exportação


1º caso:

2º caso: Importação
2º caso:

Produto lógico de condicionais: este produto consiste na


3.3 - Método da conjunção (CONJ) dedução de uma condicional conclusiva – que será a
1º caso: conclusão do argumento –, decorrente ou resultante de
várias outras premissas formadas por, apenas,
condicionais.
Ao efetuar o produto lógico, eliminam-se as proposições
simples iguais que se localizam em partes opostas das
2º caso: condicionais que formam a premissa do argumento,
resultando em uma condicional denominada condicional
conclusiva. Vejamos o exemplo:

3.4 - Método da absorção (ABS)

Raciocínio Lógico 27
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APOSTILAS OPÇÃO

Nós podemos aplicar a soma lógica em três casos: 3º caso - aplicam-se os procedimentos do 2o caso em,
1º caso - quando a condicional conclusiva é formada pelas apenas, uma parte das premissas do argumento.
proposições simples que aparecem apenas uma vez no Exemplo
conjunto das premissas do argumento. Se Nivaldo não é corintiano, então Márcio é palmeirense.
Exemplo Se Márcio não é palmeirense, então Pedro não é são-paulino.
Dado o argumento: Se chove, então faz frio. Se neva, então Se Nivaldo é corintiano, Pedro é são-paulino. Se Nivaldo é
chove. Se faz frio, então há nuvens no céu .Se há nuvens no corintiano, então Márcio não é palmeirense.
céu ,então o dia está claro. Então as premissas que formam esse argumento são:
Temos então o argumento formado pelas seguintes P1: Se Nivaldo não é corintiano, então Márcio é
premissas: palmeirense.
P1: Se chove, então faz frio. P2: Se Márcio não é palmeirense, então Pedro não é são-
P2: Se neva, então chove. paulino.
P3: Se faz frio, então há nuvens no céu. P3: Se Nivaldo é corintiano, Pedro é são-paulino.
P4: Se há nuvens no céu, então o dia está claro. P4: Se Nivaldo é corintiano, então Márcio não é
palmeirense.
Vamos denotar as proposições simples: Denotando as proposições temos:
p: chover p: Nivaldo é corintiano
q: fazer frio q: Márcio é palmeirense
r: nevar r: Pedro é são paulino
s: existir nuvens no céu Efetuando a soma lógica:
t: o dia está claro
Montando o produto lógico teremos:

Vamos aplicar o produto lógico nas 3 primeiras premissas


Conclusão: “Se neva, então o dia está claro”. (P1,P2,P3) teremos:

Observe que: As proposições simples “nevar” e “o dia está


claro” só apareceram uma vez no conjunto de premissas do
argumento anterior.

2º caso - quando a condicional conclusiva é formada por, Conclusão: “Márcio é palmeirense”.


apenas, uma proposição simples que aparece em ambas as
partes da condicional conclusiva, sendo uma a negação da Referências
outra. As demais proposições simples são eliminadas pelo ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
processo natural do produto lógico. Nobel – 2002.
Neste caso, na condicional conclusiva, a 1ª parte deverá CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
necessariamente ser FALSA, e a 2ª parte, necessariamente lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
VERDADEIRA.
Questões
Tome Nota:
Nos dois casos anteriores, pode-se utilizar o recurso de 01. (DPU – Agente Administrativo – CESPE/2016)
equivalência da contrapositiva (contraposição) de uma Considere que as seguintes proposições sejam verdadeiras.
condicional, para que ocorram os devidos reajustes entre as • Quando chove, Maria não vai ao cinema.
proposições simples de uma determinada condicional que • Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema.
resulte no produto lógico desejado. • Quando Cláudio sai de casa, não faz frio.
(p → q) ~q → ~p • Quando Fernando está estudando, não chove.
• Durante a noite, faz frio.
Exemplo Tendo como referência as proposições apresentadas,
Seja o argumento: Se Ana trabalha, então Beto não estuda. julgue o item subsecutivo.
Se Carlos não viaja, então Beto não estuda. Se Carlos viaja, Ana Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando.
trabalha. ( ) Certo ( ) Errado
Temos então o argumento formado pelas seguintes
premissas: 02. (STJ – Conhecimentos Gerais para o cargo 17 –
P1: Se Ana viaja, então Beto não trabalha. CESPE) Mariana é uma estudante que tem grande apreço pela
P2: Se Carlos não estuda, então Beto não trabalha. matemática, apesar de achar essa uma área muito difícil.
P3: Se Carlos estuda, Ana viaja. Sempre que tem tempo suficiente para estudar, Mariana é
Denotando as proposições simples teremos: aprovada nas disciplinas de matemática que cursa na
p: Ana trabalha faculdade. Neste semestre, Mariana está cursando a disciplina
q: Beto estuda chamada Introdução à Matemática Aplicada. No entanto, ela
r: Carlos viaja não tem tempo suficiente para estudar e não será aprovada
Montando o produto lógico teremos: nessa disciplina.
A partir das informações apresentadas nessa situação
hipotética, julgue o item a seguir, acerca das estruturas lógicas.
Considerando-se as seguintes proposições: p: “Se Mariana
aprende o conteúdo de Cálculo 1, então ela aprende o conteúdo
de Química Geral”; q: “Se Mariana aprende o conteúdo de
Conclusão: “Beto não estuda”. Química Geral, então ela é aprovada em Química Geral”; c:

Raciocínio Lógico 28
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APOSTILAS OPÇÃO

“Mariana foi aprovada em Química Geral”, é correto afirmar (A →B) ∧ (B → F)


que o argumento formado pelas premissas p e q e pela Para obtermos um resultado V da 2º premissa, logo B têm
conclusão c é um argumento válido. que ser F:
( ) Certo ( ) Errado (A → B) ∧ (B → F)
(A → F) ∧ (F → F)
03. (Petrobras – Técnico (a) de Exploração de Petróleo (F → F) ∧ (V)
Júnior – Informática – CESGRANRIO) Se Esmeralda é uma Para que a primeira premissa seja verdadeira, é preciso
fada, então Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então que o “A” seja falso:
Monarca é um centauro. Se Monarca é um centauro, então (A → F) ∧ (V)
Tristeza é uma bruxa. (F → F) ∧ (V)
Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo (V) ∧ (V)
(A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo. (V)
(B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um Então, é possível que o conjunto de premissas seja
centauro. verdadeiro e a conclusão seja falsa ao mesmo tempo, o que nos
(C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro. leva a concluir que esse argumento não é válido.
(D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
(E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo. 03. Resposta: B.
Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Tristeza
Respostas não é bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter como
conclusão o valor lógico (V), então:
01. Resposta: Errado. (4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo
A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as (F) → V
premissas chegamos a uma conclusão. Enumerando as (3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um
premissas: centauro (F) → V
A = Chove (2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma
B = Maria vai ao cinema bruxa(F) → V
C = Cláudio fica em casa (1) Tristeza não é uma bruxa (V)
D = Faz frio Logo:
E = Fernando está estudando Temos que:
F = É noite Esmeralda não é fada(V)
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V) Bongrado não é elfo (V)
Lembramos a tabela verdade da condicional: Monarca não é um centauro (V)
Então concluímos que:
A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
falsa, utilizando isso temos:
O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então
Fernando estava estudando. // B → ~E 4. Sentenças abertas,
Iniciando temos:
4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A →
operações lógicas sobre
~B = V – para que o argumento seja válido temos que Quando sentenças abertas
chove tem que ser F.
3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema
(V). // C → B = V - para que o argumento seja válido temos que OBS.: Caro(a) candidato(a), este assunto foi abordado
Maria vai ao cinema tem que ser V. no primeiro tópico, sobre as estruturas lógicas.
2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C
→ ~D = V - para que o argumento seja válido temos que Quando
Cláudio sai de casa tem que ser F. Quantificador universal,
5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove
(V). // E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está
quantificador existencial,
estudando pode ser V ou F. negação de proposições
1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V quantificadas
Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria
foi ao cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou
F); pois temos dois valores lógicos para chegarmos à PROPOSIÇÕES FUNCIONAIS OU QUANTIFICADAS
conclusão (V ou F). (LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM OU LÓGICA DOS
PREDICADOS)
02. Resposta: Errado.
Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte Vimos que as proposições podem ter valores V ou F, as
estrutura lógica (fórmula) representativa desse argumento: sentenças fechadas como por exemplo:
P1 ∧ P2 → C
Organizando e resolvendo, temos: a) O Brasil é o maior país da América do Sul - V
A: Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1 b) O Brasil está localizado no continente Europeu – F
B: Mariana aprende o conteúdo de Química Geral
C: Mariana é aprovada em Química Geral Porém existem expressões que não podemos atribuir esses
Argumento: [(A → B) ∧ (B → C)] ⇒ C valores lógicos, pois se encontram em função de uma variável,
Vamos ver se há a possibilidade de a conclusão ser falsa e e são denominadas sentenças abertas.
as premissas serem verdadeiras, para sabermos se o
argumento é válido:
Testando C para falso:
(A → B) ∧ (B →C)

Raciocínio Lógico 29
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APOSTILAS OPÇÃO

Exemplos: REPRESENTAÇÃO
Uma proposição quantificada é caracterizada pela
a) x > 15 presença de um quantificador (universal ou existencial) e pelo
b) Em 2018, ele será presidente do Brasil novamente. predicado, de modo geral.

Observe que as variáveis “x” e “ele”, analisando os valores


lógicos temos que:

a) x > 15
Se x assumir os valores maiores que 15 (16,17, 18, ...)
temos que a sentença é verdadeira.
Se assumir valores menores ou iguais a 15 (15,14, 13, ...)
temos que a sentença é falsa.
Exemplos:
b) Em 2018, ele será presidente do Brasil novamente. (Ǝx) (x > 0) (x + 4 = 11)
Se ele for substituído, por exemplo, por Collor, teremos Quantificador: Ǝ- existencial
uma expressão verdadeira (pois Fernando Collor já foi Condição de existência: x > 0
presidente do Brasil, podendo o ser novamente). Predicado: x + 4 = 11
Se for substituído por Marina, termos uma expressão falsa Lemos: Existe um valor para x, com x maior que zero, tal
(pois Marina nunca foi presidente do Brasil não podendo o ser que x mais 4 é igual a 11.
novamente). Valor Lógico: V (verdade)

Sentenças que contêm variáveis são chamadas de (ᗄx) (x ϵ Z) (x + 3 > 18)


sentenças funcionais. Estas sentenças não são proposições Quantificador: ᗄ - universal
lógicas, pois seu valor lógico (V ou F) é discutível em função do Condição de existência: x ϵ Z
valor de uma variável. Predicado: x + 3 > 18
Lemos: Para qualquer valor de x, com x pertencente ao
Podemos transformar as sentenças abertas em conjunto dos inteiros, tem-se que x, mais 3 é maior que 18.
proposições lógicas por meio de duas etapas: atribuir valores Valor Lógico: F (falso)
às variáveis ou utilizar quantificadores.

QUANTIFICADORES O “domínio de discurso”, também chamado de “universo


de discurso” ou “domínio de quantificação”, é uma
Quantificadores são elementos que, quando associados ferramenta analítica usada na lógica dedutiva,
às sentenças abertas, permitem que as mesmas sejam especialmente na lógica de predicados. Indica o conjunto
avaliadas como verdadeiras ou falsas, ou seja, passam a ser relevante de valores, os quais os quantificadores se
qualificadas como sentenças fechadas. referem. O termo “universo de discurso” geralmente se
Temos que: refere à “condição de existência” das variáveis (ou
termos usados) numa função específica.
QUANTIFICADOR + SENTENÇA ABERTA =
SENTENÇA FECHADA VARIÁVEL APARENTE E VARIÁVEL LIVRE
Quando um quantificador incide sobre uma variável, está
TIPOS DE QUANTIFICADORES diz-se aparente ou muda, caso contrário, diz-se variável
livre.
- Quantificador universal: usado para transformar Vejamos:
sentenças (proposições) abertas em proposições fechadas, é
indicado pelo símbolo “∀” (lê-se: “qualquer que seja”, “para A letra “x” é nas sentenças abertas “2x + 2 = 18”; “x > 5” é
todo”, “para cada”). considerada variável livre, mas é considerada aparente nas
Exemplos: proposições: (ᗄx) (x > 5) e (Ǝx) (2x + 2 = 18).

1) (∀x)(x + 5 = 9) – Lê-se: Qualquer que seja x, temos que x PRINCÍPIO DE SUBSTITUIÇÃO DAS VARIÁVEIS
+ 5 = 9 (falsa) APARENTES – Todas às vezes que uma variável aparente
2) (∀y)(y ≠ 8)(y – 1 ≠ 7) - Lê-se: Para cada valor de y, com é substituída, em todos os lugares que ocupa uma
y diferente de 8, tem-se que y – 1 ≠ 7 (verdadeira). expressão, por outra variável que não figure na mesma
expressão, obtém-se uma expressão equivalente.
- Quantificador existencial: é indicado pelo símbolo “∃”
(lê-se: “existe”, “existe pelo menos um” e “existe um”). Ou seja, qualquer que seja a sentença aberta p(x) em um
Exemplos: conjunto A substituem as equivalências?
(ᗄ x ϵ A) (p(x)) ⇔ (ᗄ y ϵA) (p(y))
1) (∃x)(x + 5 = 9) – Lê-se: Existe um número x, tal que x + (Ǝ x ϵ A) (p(x)) ⇔ (Ǝ y ϵA) (p(y))
5 = 9 (verdadeira).
2) (∃y)(y ϵ Z_) (y – 3 > 11) - Lê-se: Existe um número y Exemplos:
inteiro menor que zero, tal que y – 2 > 11 (falsa). (ᗄ Fulano) (Fulano é mortal) ⇔ (ᗄ x) (x é mortal)
(Ǝ Fulano) (Fulano foi à Lua) ⇔ (Ǝ x) (x foi à Lua)
Observação: Temos ainda um quantificador existencial
simbolizado por “∃!”, que significa: “existe um único”, “existe
QUANTIFICADOR DE EXISTÊNCIA E UNICIDADE
um e um só” e “existe só um”.
Consideremos no conjunto dos números reais (R) a
sentença aberta “x2 = 16”, por ser: 42 = 16, (-4)2 = 16 e 4 ≠ -4.

Podemos concluir: (Ǝ x, y ϵ R) (x2 = 16 ^ y2 = 16 ^ x ≠ y).

Raciocínio Lógico 30
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APOSTILAS OPÇÃO

Ao contrário, para a sentença aberta “x3 = 27” em R RELAÇÕES ENTRE AS LINGUAGENS CATEGÓRICAS E
teremos as duas proposições: QUANTIFICADAS
1ª) (Ǝ x ϵ R) (x3 = 27)
2ª) x3 = 27 ^ y3 = 27 ⇒ x = y
Representação Nomenclaturas
Representação
de uma dos termos dos
A primeira proposição diz que existe pelo menos um x ϵ simbólica
proposição predicados
R tal que x3 = 27 (x = 3), é uma afirmação de existência. quantificada
categórica
Observe que não existe outra forma de obtermos o resultado,
uma vez que não podemos colocar número negativo elevado a ALGUM p(x) =
expoente ímpar e obter resultado positivo (propriedade da paulistano é (∃x) (p(x) ^ q(x)) paulistano
potência). corintiano. q(x) = corintiano
A segunda proposição diz que não pode existir mais de
um x ϵ R tal que x3 = 27; é uma afirmação de unicidade. NENHUM p(x) = bancário
A conjunção das duas proposições diz que existe x ϵ R e um ~(∃x) (p(x) ^
bancário é q(x) = altruísta
só tal que x3 = 27. Para indicarmos este fato, vamos escrever q(x))
altruísta.
da seguinte forma:
(Ǝ! x ϵ R) (x3 = 27) TODO professor é (∀x) (p(x) → p(x) = professor
atencioso. q(x)) q(x) = atencioso
Muitas proposições encerram afirmações de existência e
unicidade. Por exemplo no universo R:
Exemplos:
a ≠ 0 ⇒ (ᗄ b) (Ǝ! x) (ax = b)
1- A negação da proposição: [(∀x ∈ R) (∃ y ∈ R) (x.y = 1)] é:
(A) (∃x ∈ R) (∀ y ∈ R) [x.y = 1];
Exemplos: (B) (∀x ∈ R) (∃ y ∈ R) [x.y ≠ 1];
(Ǝ! x ϵ N) (x2 – 9 = 0) (C) (∃x ∈ R) (∀ y ∈ R) [x.y ≠ 1];
(Ǝ! x ϵ Z) (-1 < x < 1) (D) (∀x ∈ R) (∀ y ∈ R) [x.y ≠ 1];
(Ǝ! x ϵ R) (|x| = 0) (E) (∃x ∈ R) (∃ y ∈ R) [x.y ≠ 1].
Todas as proposições acima são verdadeiras. Resolução:
Como sabemos para negarmos temos 3 passos
NEGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES QUANTIFICADAS OU importantes, logo:
FUNCIONAIS ~ [(∀x ∈ R) (∃ y ∈ R) (x.y = 1)] ⇔ [(∃x ∈ R) (∀ y ∈ R) (x.y ≠
1)]
1º - Seja uma sentença quantificada do tipo (∀x)(A(x)). Sua Resposta: C
negação será dada da seguinte forma: substitui-se o
quantificador universal pelo existencial e nega-se o 2 - Seja p(x) uma proposição com uma variável “x” em um
predicado A(x), obtendo-se (∃x)(~A(x)). universo de discurso. Qual dos itens a seguir define a negação
Exemplo: dos quantificadores?
(∀x) (x + 7 = 25), negando a sentença ~(∀x) (x + 7 = 25), I. ~[(∀x) (p(x))] ⇔ (∃x) (~ p(x));
temos: (∃x) (x + 7 ≠ 25) II. ~[(∃x) (p(x))] ⇔ (∃x) (~ p(x));
III. ~[(∃x) (p(x))] ⇔ (∀x) (~ p(x));
2º - Seja uma sentença quantificada do tipo (∃x)(B(x)). Sua (A) apenas I;
negação será dada da seguinte forma: substitui-se o (B) apenas I e III;
quantificador existencial pelo universal e nega-se o (C) apenas III;
predicado B(x), obtendo-se (∀x)(~B(x)). (D) apenas II;
Exemplo: (E) apenas II e III.
(∃x) (x + 7 = 25), negando a sentença ~(∃x) (x + 7 = 25), Resolução:
temos: (∀x) (x + 7 ≠ 25). Como sabemos para negarmos temos 3 passos
importantes, logo:
Em resumo temos que: No item I, ele trocou o quantificador pelo existencial e
negou o predicado – Verdadeiro
Quantificador Universal passa para No item II, ele NÃO trocou o quantificador, somente
1º Existencial e vice e versa: negando o predicado – Falso
passo (∀x) ⇨ (∃x) No item III, trocou os quantificadores e negou o predicado
(∃x) ⇨ (∀x) – Verdadeiro
Resposta: B.
2º Conserva-se a condição de existência da
passo variável, caso exista. Referências
ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo:
Nobel – 2002.

Nega-se o predicado. CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio
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Questões

01. (Petrobras – Técnico(a) de Informática Júnior –


CESGRANRIO) Determinado técnico de atletismo considera
seus atletas como bons ou maus, em função de serem fumantes
ou não. Analise as proposições que se seguem no contexto da
lógica dos predicados.

Raciocínio Lógico 31
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APOSTILAS OPÇÃO

I - Nenhum fumante é bom atleta.


II - Todos os fumantes são maus atletas.
III - Pelo menos um fumante é mau atleta.
IV - Todos os fumantes são bons atletas.
As proposições que formam um par tal que uma é a
negação da outra são:
(A) I e II
(B) I e III
(C) II e III
(D) II e IV
(E) III e IV

02. (EMSERH – Agente de Portaria – FUNCAB) Considere


que as seguintes afirmações são verdadeiras:
“Algum maranhense é pescador.”
“Todo maranhense é trabalhador.”

Assim pode-se afirmar, do ponto de vista lógico, que:


(A) Algum maranhense não pescador não é trabalhador.
(B) Algum maranhense trabalhador é pescador.
(C) Todo maranhense pescador não é trabalhador.
(D) Algum maranhense pescador não é trabalhador
(E) Todo maranhense trabalhador é pescador.

Respostas

01. Resposta: E
Sabemos que a negação do quantificador “Todos” é “Pelo
menos um” (vice - versa) e que ao negarmos qualquer
proposição significa trocar seu sentido, temos que:
III - Pelo menos um fumante é mau atleta.
IV - Todos os fumantes são bons atletas.
Formam um par tal que uma é a negação da outra.

02. Resposta: B
(A) ERRADA → Todo maranhense é trabalhador
(B) CORRETA.
(C) ERRADA → Todo maranhense pescador é trabalhador
(D) ERRADA → Todo Maranhense pescador é trabalhador
(E) ERRADA → Existe maranhense trabalhador que não é
pescador.

5. Argumentos Lógicos
Dedutivos; Argumentos
Categóricos

OBS.: Caro(a) candidato(a), este assunto foi abordado


tópico de Argumentação e dedução lógica.

Anotações

Raciocínio Lógico 32
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LEGISLAÇÃO

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APOSTILAS OPÇÃO

Parágrafo Único - A sede do Município somente poderá ser


alterada mediante Lei Complementar Municipal e após a
consulta plebiscitária.
§ 1º O Município poderá descentralizar sua administração
através da criação, por Lei, de Distritos Administrativos.
§ 2º Os administradores distritais, nomeados pelo Prefeito
Municipal, terão sua competência fixada em Lei.

Art. 4º Lei Municipal estabelecerá critérios para a criação,


a organização e a supressão de Distritos Administrativos,
obedecida Lei Complementar Estadual que regula a matéria.
1. Lei Orgânica do
Município. Art. 5º O Município adota como símbolos, além dos
nacionais e estaduais, a bandeira, o hino e o brasão de armas
municipais.
LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SAPUCAIA DO
SUL/RS1 Art. 6º São Poderes do Município, independentes e
harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo.
NÓS, REPRESENTANTES DO POVO E DO MUNICÍPIO DE Parágrafo Único - Salvo as exceções previstas nesta Lei, é
SAPUCAIA DO SUL, Estado do Rio Grande do Sul, reunidos em vedado a qualquer dos Poderes delegar atribuições, sendo que,
Processo Legislativo Especial, com os poderes outorgados aquele que for investido na função de um deles, não poderá
pelas Constituições da República Federativa do Brasil e do exercer a do outro.
Estado do Rio Grande do Sul, com o pensamento voltado para
a construção de uma sociedade soberana, livre, igualitária e Capítulo II
democrática, fundada nos princípios de justiça e do pleno DAS COMPETÊNCIAS DO MUNICÍPIO
exercício de cidadania ética, moral e do trabalho, SEÇÃO I
promulgamos, sob a inspiração popular e proteção de Deus, a DA COMPETÊNCIA PRIVADA
seguinte LEI ORGÂNICA:
Art. 7º Ao Município compete prover tudo quanto diga
TÍTULO I respeito ao seu peculiar interesse e ao bem-estar de sua
DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO população, cabendo-lhe, privativamente, dentre outras, as
Capítulo I seguintes atribuições:
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e estadual, no que
Art. 1º O Município de Sapucaia do Sul, entidade integrante couber;
do território do Estado do Rio Grande do Sul, é dotado de III - elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento
personalidade jurídica de direito público interno e goza de Integrado;
autonomia nos termos assegurados pela Constituição Federal, IV - criar, organizar e suprimir Distritos, observada a
proclama e assegura o Estado democrático, a cidadania, a legislação estadual;
dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e V - atuar, com a cooperação técnica e financeira da União e
da livre iniciativa, o pluralismo político, tendo por princípios e do Estado, nos programas de educação pré-escolar e de ensino
objetivos: fundamental em consonância com o sistema estadual de
I - o respeito à Constituição da República Federativa do ensino;
Brasil, à Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, a esta VI - elaborar sua Lei de Diretrizes Orçamentárias, sua Lei
Lei e à inviolabilidade dos direitos e garantias fundamentais Orçamentária Anual e seu Plano Plurianual de Investimentos;
por ela estabelecidos; VII - instituir e arrecadar tributos, bem como aplicar as
II - a defesa dos direitos humanos; suas rendas, com obrigatoriedade de prestar contas e publicar
III - a defesa da igualdade e o consequente combate a balancetes nos prazos fixados em lei;
qualquer forma de discriminação; VIII - fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preços públicos;
IV - a garantia e aplicação da justiça; IX - dispor sobre a organização; a administração e a
V - a busca permanente da justiça social; execução dos serviços locais;
VI - a prestação eficiente dos serviços públicos, garantida a X - dispor sobre a administração, a utilização e a alienação
modalidade das tarifas; dos bens públicos;
VII - o respeito incondicional à moralidade e à probidade XI - organizar o quadro e estabelecer o regime dos
administrativa; servidores públicos;
XII - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de
VIII - a colaboração e a cooperação com os demais entes
que integram o Estado e a Federação; concessão ou permissão, os serviços públicos locais;
IX - a defesa do meio ambiente e da qualidade de vida; XIII - promover, no que couber, adequado ordenamento
X - a promoção do desenvolvimento industrial, territorial mediante planejamento e controle do uso,
agroindustrial, turístico e comercial. parcelamento e ocupação do solo urbano, peri-urbano e rural;
XIV - estabelecer normas de edificação, loteamento,
Art. 2º É mantida a integridade territorial do Município, arruamento e de zoneamento urbano e rural, bem como as
que só poderá ser alterada por Lei Estadual, precedida de limitações urbanísticas convenientes à ordenação do seu
consulta plebiscitária de sua população, organizada na forma território, observada a Lei Federal;
da lei. XV - quanto aos estabelecimentos industriais, comerciais e
de prestação de serviços:
Art. 3º A Cidade de Sapucaia do Sul é a sede do Município.

1Disponível em: https://leismunicipais.com.br/lei-organica-sapucaia-do-sul-rs -


acesso em 27.06.2019.

Legislação 1
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APOSTILAS OPÇÃO

a) conceder ou renovar a licença para sua abertura e XXXIX - legislar sobre a licitação e a contratação em todas
funcionamento; as modalidades para a administração pública municipal direta
b) revogar a licença daqueles cujas atividades se tornarem e indireta, inclusive fundações públicas municipais e empresas
prejudiciais à saúde, à higiene, ao bem-estar, à recreação, ao sob seu controle, respeitando as normas gerais da legislação
sossego público e aos bons costumes; federal;
c) promover o fechamento daqueles que funcionarem sem XL - legislar sobre a coleta, o despejo, o depósito e o
licença, ou depois de sua revogação. esgotamento de resíduos sólidos e líquidos;
XVI - dispor sobre o comércio ambulante; XLI - preceituar sobre qualquer outra matéria de sua
XVII - estabelecer servidões administrativas necessárias à competência exclusiva.
realização de seus serviços, inclusive a dos seus
concessionários; SEÇÃO II
XVIII - adquirir bens, inclusive mediante desapropriações DA COMPETÊNCIA COMUM
por necessidade, utilidade pública ou por interesse social, na
forma da legislação federal; Art. 8º É competência comum do Município juntamente
XIX - regular a disposição, o traçado e as demais condições com a União e o Estado:
dos bens públicos de uso comum; I - zelar pela guarda da constituição, das leis e das
XX - dispor sobre a utilização dos logradouros públicos, instituições democráticas, e conservar o patrimônio público;
especialmente sobre: II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e
a) os locais de estacionamento de táxis e demais veículos; garantia das pessoas portadoras de deficiência;
b) o itinerário e os pontos de parada dos veículos de III - proteger os documentos, as obras e outros bens de
transporte coletivo; valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as
c) os limites e a sinalização das áreas de silêncio, de paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos e
trânsito e de tráfego em condições peculiares; espeleológicos;
d) os serviços de carga e descarga e a tonelagem máxima IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de
permitida aos veículos que circularem em vias públicas; obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou
XXI - conceder, permitir ou autorizar os serviços de cultural do Município;
transporte coletivo e de táxis, fixando as respectivas tarifas e V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação
instituir sistema de fiscalização do Transporte Escolar; e à ciência;
XXII - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em
bem como regulamentar e fiscalizar sua utilização; qualquer de suas formas;
XXIII - prover a limpeza das vias e logradouros públicos, VII - preservar a fauna e a flora;
remoção e destino do lixo domiciliar e de outros resíduos de VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o
qualquer natureza, impondo penalidades aos infratores; abastecimento alimentar;
XXIV - ordenar as atividades urbanas, fixando condições e IX - promover programas de construção de moradias e
horários para funcionamento de estabelecimentos industriais, melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;
comerciais e de serviços, observadas as normas federais X - combater as causas da pobreza e os fatores da
pertinentes; marginalização, promovendo a integração social e dos setores
XXV - dispor sobre os serviços funerários, administrar os desfavorecidos;
cemitérios públicos e fiscalizar os cemitérios particulares; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de
XXVI - regulamentar, licenciar, permitir, autorizar e direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e
fiscalizar a afixação de cartazes e anúncios, bem como a minerais em seus territórios;
utilização de quaisquer outros meios de publicidade e XII - estabelecer e implantar política de educação para a
propaganda nos locais sujeitos ao poder de polícia municipal; segurança do trânsito;
XXVII - organizar e manter os serviços de fiscalização XIII - dar incentivo à pesquisa tecnológica e científica e à
necessários ao exercício do seu poder de polícia difusão de seus resultados;
administrativa; Parágrafo Único - A cooperação do Município com a União
XXVIII - fiscalizar, nos locais de vendas, peso, medidas e e Estado, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento do
condições sanitárias de gêneros alimentícios; bem-estar em âmbito nacional, far-se-á segundo normas a
XXIX - dispor sobre registro, vacinação e captura de serem fixadas por lei complementar federal.
animais com a finalidade precípua de erradicar as moléstias de
que possam ser portadores ou transmissores; SEÇÃO III
XXX - estabelecer e impor penalidades por infração das leis DA COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR
e regulamentos;
XXXI - dispor sobre o depósito e o destino de animais e Art. 9º Compete ao Município, obedecidas as normas
mercadorias apreendidas em decorrência de transgressão da federais e estaduais pertinentes:
legislação municipal; I - dispor sobre a prevenção contra incêndios;
XXXII - garantir a defesa do meio ambiente e da qualidade II - coibir, no exercício do poder de polícia, as atividades
de vida; que violarem normas de saúde, sossego, higiene, segurança,
XXXIII - aceitar legados e doações; funcionalidade, moralidade e outras do interesse da
XXXIV - dispor sobre espetáculos e diversões públicas; coletividade;
XXXV - promover a proteção do patrimônio histórico- III - prestar assistência nas emergências médico-
cultural local, observadas a legislação e a ação fiscalizadora hospitalares de pronto socorro por seus próprios serviços,
federal e estadual; quando insuficientes, por instituições especializadas;
XXXVI - estabelecer e implantar política de educação e IV - dispor, mediante suplementação da legislação federal
desenvolvimento sustentável, visando evitar o êxodo rural; e estadual, especialmente sobre:
XXXVII - constituir a guarda municipal destinada à a) a assistência social;
proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme b) as ações e serviços de saúde da competência do
dispuser a lei; Município;
XXXVIII - planejar e promover a defesa permanente contra
as calamidades públicas;

Legislação 2
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APOSTILAS OPÇÃO

c) a proteção da infância, dos adolescentes, dos idosos, das Art. 13 Compete ao Prefeito a administração dos bens
gestantes, das nutrisses e das pessoas portadoras de públicos municipais, ressalvada a competência da Câmara
deficiência; Municipal em relação aos seus bens.
d) o ensino fundamental, pré-escolar e educação especial,
prioritários para o Município; Art. 14 O Município, preferencialmente à venda ou doação
e) a proteção dos documentos, obras de artes e outros bens de bens imóveis, outorgará concessão de direito real de uso,
de reconhecido valor artístico, cultural e histórico, assim como mediante prévia autorização legislativa e concorrência,
os monumentos, as paisagens naturais notáveis, os sítios dispensada esta quando o uso se destinar ao concessionário de
arqueológicos e espeleológicos; serviço público ou quando houver relevante interesse público
f) os incentivos ao turismo, ao comércio e à indústria; devidamente justificado.
g) os incentivos e o tratamento jurídico diferenciado às
microempresas e empresas de pequeno porte, conforme Art. 15 A venda, aos proprietários lindeiros, de imóveis
definidas em lei federal, e na forma da Constituição Estadual; remanescentes resultantes de obras públicas ou de
h) o fomento da agropecuária e a organização do modificações de alinhamentos, inaproveitáveis para
abastecimento alimentar, ressalvadas as competências edificações, dependerá de prévia avaliação e autorização
legislativas e fiscalizadoras da União e do Estado; legislativa.
i) a proteção do meio ambiente, o combate à poluição e a
garantia da qualidade de vida. Art. 16 A aquisição de bens imóveis, por compra ou
permuta, dependerá de prévia avaliação e autorização
Capítulo III legislativa.
DOS BENS DO MUNICÍPIO
Art. 17 O uso dos bens municipais por terceiros poderá ser
Art. 10 O Patrimônio Público Municipal de Sapucaia do Sul feito mediante concessão, permissão ou autorização, quando
é formado por bens públicos municipais de toda natureza e houver interesse público devidamente justificado.
espécie que tenham qualquer interesse para a Administração § 1º A concessão administrativa dos bens públicos de uso
do Município ou para sua população. especial ou dominial dependerá de autorização legislativa e
Parágrafo Único - São bens públicos municipais todas as concorrência, dispensada esta quando o uso se destinar ao
coisas corpóreas ou incorpóreas, móveis, imóveis e concessionário de serviço público, ou quando houver interesse
semoventes, créditos, débitos, valores, direitos, ações e outros, público devidamente justificado.
que pertençam, a qualquer título, ao Município. § 2º A concessão administrativa de bens de uso comum do
povo será outorgada mediante autorização legislativa.
Art. 11 Os bens públicos municipais podem ser: § 3º A permissão de uso, que poderá incidir sobre qualquer
I - de uso comum do povo - tais como: estradas municipais, bem público, será outorgada a título precário e por Lei.
ruas, parques, praças, logradouros públicos e outros da mesma § 4º A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem
espécie; público, será outorgada para atividades específicas e
II - de uso especial - os do patrimônio administrativo transitórias pelo prazo máximo de sessenta dias.
destinados à Administração, tais como: os edifícios das
repartições públicas, os terrenos e equipamentos destinados Art. 18 Lei Complementar Municipal disporá sobre a
ao serviço público, veículos, matadouros, mercados e outras composição, a defesa, a utilização e a alienação dos bens
serventias da mesma espécie; públicos municipais.
III - bens dominiais - aqueles sobre os quais o Município
exerce o direito de proprietário, e sejam considerados como TÍTULO II
bens patrimoniais disponíveis. DO GOVERNO MUNICIPAL
§ 1º É obrigatório o cadastramento de todos os bens Capítulo I
móveis, imóveis e semoventes do Município, dele devendo DO PODER LEGISLATIVO
constar a descrição, a identificação, o número de registro, os SEÇÃO I
órgãos aos quais estejam distribuídos, a data de inclusão e seu DA CÂMARA MUNICIPAL
valor no cadastro.
§ 2º Os estoques de coisas fungíveis e de materiais Art. 19 O Poder Legislativo é exercido pela Câmara
utilizados nas repartições e serviços públicos municipais terão Municipal constituída de representantes do povo, eleitos pelo
suas quantidades anotadas e a sua distribuição controlada sistema proporcional, por voto direto e secreto, em eleições
pelas repartições onde são armazenados. simultâneas em todo o país, observadas, entre outras previstas
§ 3º Lei Municipal disporá sobre a ferina de identificação pela Legislação Eleitoral, as seguintes condições de
em Veículos, Equipamentos de Domínio Público Municipal e elegibilidade:
Impressos Oficiais. I - nacionalidade brasileira;
II - pleno exercício dos direitos políticos;
Art. 12 Toda alienação onerosa de bens imóveis municipais III - alistamento eleitoral;
só poderá ser realizada mediante autorização por lei IV - domicílio eleitoral no Município, conforme dispuser a
municipal, avaliação prévia e licitação, observada a legislação legislação federal;
federal pertinente. V - filiação partidária;
§ 1º A cessão de uso entre órgãos da administração pública VI - idade mínima fixada em legislação federal.
municipal não depende de autorização legislativa, podendo ser § 1º A composição da Câmara Municipal será de onze (11)
feita mediante simples termo ou anotação cadastral. Vereadores. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº.
§ 2º A cessão de uso gratuito e o empréstimo em regime de 05/2009)
comodato, por prazo inferior a dez anos, de imóvel público § 2º Cada Legislatura terá a duração de quatro anos, cada
municipal à entidade beneficente, sem fins lucrativos, ano será considerado uma sessão legislativa, e cada sessão
reconhecida como de utilidade pública municipal, legislativa será dividida em dois períodos legislativos com
independerá de avaliação prévia e de licitação. duração de seis meses.

Legislação 3
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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 20 Salvo disposição em contrário, constante desta Lei I - pelo Prefeito Municipal, durante o recesso legislativo;
ou de legislação específica, as deliberações da Câmara II - pelo Presidente da Câmara, pela Mesa Diretiva, por um
Municipal e de suas Comissões serão tomadas em sessões terço de seus Membros ou por Comissão Permanente, a
públicas pela maioria de votos, presente a maioria absoluta de qualquer tempo.
seus membros. § 1º As Sessões Extraordinárias serão convocadas com
uma antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas e
SEÇÃO II nelas não se tratará de matéria estranha a que motivou a sua
DAS REUNIÕES convocação.
§ 2º O Presidente da Câmara dará ciência da Convocação
Art. 21 No primeiro ano de cada Legislatura, no dia 1º de aos Vereadores por meio de comunicação pessoal escrita com
janeiro, às dez horas, em Sessão de Instalação, antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas do início da
independentemente de número, sob a presidência do mais Sessão.
idoso dentre os eleitos, os vereadores reunir-se-ão na sede do
Poder Legislativo para prestarem compromisso e tomar posse. SEÇÃO III
DA MESA
Art. 22 O Presidente prestará o seguinte compromisso:
Art. 29 No dia da sessão de instalação e posse, incontinente
"PROMETO GUARDAR A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA a celebração, os vereadores sob a presidência do mais idoso
FEDERATIVA DO BRASIL, A CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO entre os eleitos, e, presente a maioria absoluta dos seus
RIO GRANDE DO SUL E A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO, membros, elegerão os componentes da Mesa, por escrutínio
OBSERVAR AS LEIS, DESEMPENHAR COM LEALDADE O aberto e a maioria absoluta de votos, considerando-se
MANDATO QUE ME FOI CONFERIDO PELO POVO DE automaticamente empossados os eleitos. (Redação dada pela
SAPUCAIA DO SUL, TRABALHAR PELO PROGRESSO E PELO Emenda à Lei Orgânica nº. 08/2013)
BEM DO NOSSO MUNICÍPIO" e, em seguida, o Secretário
designado para este fim fará a chamada nominal de cada Art. 30. A Mesa será composta por um Presidente, um 1º
vereador que declarará: "ASSIM O PROMETO". Vice-Presidente, um 2º Vice-Presidente, um 1º Secretário, um
2º Secretário, um 1º Tesoureiro e um 2º Tesoureiro.
Art. 23 O vereador que não tomar posse na forma desta § 1º No impedimento ou ausência do Presidente ou do 1º
seção, poderá fazê-lo até quinze dias após a realização da Vice-Presidente ou do 2º Vice-Presidente, assumirá o cargo o
primeira sessão. 1º Secretário e na ausência deste o membro subsequente da
Mesa Diretiva, obedecida a ordem de ocupação dos cargos.
Art. 24 A Câmara Municipal reúne-se em sessões § 2º Em caso de impedimento dos vereadores ocupantes
ordinárias, extraordinárias, solenes e especiais. dos cargos mencionados no § 1º deste artigo, assumirá o
§ 1º As Sessões Ordinárias serão realizadas 02 (duas) vereador mais idoso presente à sessão.
vezes por semana, anualmente, independentemente de
convocação, de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 15 de julho Art. 30-A. Vereador que estiver sendo processado
a 31 de dezembro, em data, local e horário previsto no judicialmente por improbidade administrativa, crime contra a
Regimento Interno. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica administração pública, infração político administrativa
nº 3/2008) prevista no Decreto-Lei nº. 201/67, ou qualquer outra infração
§ 2º As sessões solenes e extraordinárias dependem de correlata não poderá ser membro da Mesa Diretora da Câmara
convocação regular. Municipal. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica nº. 02/2007).
§ 3º As sessões especiais serão realizadas nos locais, I – o membro titular da Mesa Diretora que for processado
horários e datas previstos nesta Lei ou no Regimento Interno nos termos previstos no caput deverá encaminhar à Mesa
da Câmara Municipal. renúncia ao seu lugar no prazo de quarenta e oito horas a
contar da data da sua citação.
Art. 25 As Sessões Legislativas serão realizadas no recinto II – Transcorrido o prazo do inciso anterior sem que a
da Câmara Municipal. renúncia seja encaminhada, qualquer Vereador é parte
§ 1º A Câmara Municipal poderá descentralizar sua Sede legítima para requerer afastamento do processado.
para realização de Sessões Ordinárias, desde que aprovado por
maioria absoluta de seus membros. Art. 31 O mandato da Mesa será de dois anos, vedada a
§ 2º As Sessões Ordinárias realizadas fora da Sede da recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente
Câmara Municipal, de que menciona o parágrafo anterior, subsequente.
terão início no horário previsto no pedido de descentralização. Parágrafo Único - A Câmara Municipal reunir-se-á em
§ 3º As Sessões Solenes poderão ser realizadas fora do sessão especial, no horário regimental, no primeiro dia útil
recinto da Câmara Municipal. subsequente à última Sessão Ordinária, da Segunda Sessão
Legislativa, para renovação da Mesa Diretiva para o biênio
Art. 26 Todas as sessões serão públicas, salvo deliberação seguinte.
em contrário, se aprovada pela maioria absoluta dos membros
da Câmara, quando ocorrer motivo relevante, ou para a Art. 32 Na composição da Mesa assegurar-se-á, tanto
preservação do decoro parlamentar. quanto possível, a representação proporcional dos partidos
políticos.
Art. 27 As sessões serão abertas com a presença de, no
mínimo, maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal. Art. 33 Compete à Mesa da Câmara dentre outras
Parágrafo Único - Considerar-se-á presente à sessão o atribuições:
vereador que, além de assinar o livro de presença até o início I - propor projetos de resolução, criando ou extinguindo
da ordem do dia, participar do processo de votação. cargos dos serviços da Câmara Municipal e fixando os
respectivos vencimentos;
Art. 28 A Câmara Municipal poderá ser convocada II - propor projetos de resolução, dispondo sobre a
extraordinariamente para tratar de matéria urgente ou de abertura de créditos adicionais especiais, por meio da
interesse público relevante, formalmente comprovado:

Legislação 4
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APOSTILAS OPÇÃO

anulação parcial ou total de dotação orçamentária da Câmara tempo; (Expressão declarada inconstitucional pela ADIN nº
Municipal; 70023355175, de 11/2008)
III - suplementar, por resolução, as dotações do Orçamento XI - representar ao Ministério Público a instauração de
da Câmara Municipal, observado o limite da autorização da Lei processo contra o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Secretários
Orçamentária, desde que os recursos para a sua cobertura Municipais pela prática de crime contra a administração
sejam provenientes de anulação de sua dotação; pública de que tomar conhecimento;
IV - elaborar e expedir a discriminação analítica das XII - solicitar e encaminhar pedido de intervenção no
dotações orçamentárias da Câmara Municipal; Município, nos casos previstos pela Constituição Federal;
V - devolver à Prefeitura o saldo de caixa existente na XIII - processar os Vereadores conforme dispuser a Lei;
Câmara Municipal no final do exercício; XIV - criar comissões de inquéritos sobre fato determinado
VI - enviar, até o dia 30 de janeiro, as contas do exercício e referentes à administração municipal;
anterior; XV - solicitar informações ao Prefeito sobre assuntos da
VII - elaborar e enviar, até o dia 30 de julho de cada ano, a administração;
proposta orçamentária da Câmara Municipal a ser incluída na XVI - apreciar os vetos do Prefeito;
Lei Orçamentária do Município; XVII - conceder honrarias a pessoas que, reconhecida e
VIII - propor projeto de decreto legislativo e de resolução; comprovadamente, tenham prestado serviços relevantes ao
IX - propor ação direta de inconstitucionalidade de lei ou Município;
ato normativo municipal na forma da Constituição Estadual; XVIII - julgar as contas do Prefeito na forma da Lei;
X - representar sobre a inconstitucionalidade de lei ou ato XIX - convocar os Secretários Municipais e pessoas ligadas
municipal. diretamente à administração municipal para prestar
esclarecimentos pessoalmente sobre assuntos de suas
Art. 34 Compete ao Presidente da Câmara Municipal competências no prazo de oito dias;
dentre outras atribuições: XX - aprovar, no prazo máximo de trinta dias do
I - representar a Câmara Municipal em juízo ou fora dela; recebimento, os consórcios, contratos e convênios nos quais o
II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos da Câmara Município seja parte e que envolvam interesses municipais;
Municipal; (Declarado inconstitucional pela ADIN nº 70023251036, de
III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno da 11/08/2008)
Câmara Municipal; XXI - declarar a perda ou a suspensão do mandato do
IV - promulgar as leis não sancionadas ou não promulgadas Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, na forma da
pelo Prefeito, Constituição Federal;
V - baixar as resoluções e os decretos legislativos XXII - sustar os atos normativos do Poder Executivo que
aprovados pela Câmara Municipal; exorbitem do poder regular;
VI - fazer publicar, dentro do prazo de quinze dias, os atos, XXIII - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo,
as resoluções, os decretos legislativos e as leis por ele inclusive os da administração indireta.
promulgados;
VII - declarar extinto o mandato de Vereadores nos casos Art. 36 Compete à Câmara Municipal deliberar, com a
previstos em lei; sanção do Prefeito, sobre todas as matérias da competência do
VIII - requisitar as dotações orçamentárias da Câmara Município, especialmente sobre:
Municipal; I - plano plurianual, orçamentos anuais e diretrizes
IX - apresentar ao plenário, até o dia vinte de cada mês, o orçamentárias;
balancete orçamentário e financeiro do mês anterior. II - abertura de créditos especiais, suplementares e
Parágrafo Único - As demais atribuições e competências do extraordinários;
Presidente e dos membros da Mesa Diretiva serão III - planos e programas municipais e setoriais de
estabelecidas no Regimento Interno da Câmara Municipal. desenvolvimento;
IV - concessões de isenções de impostos municipais;
SEÇÃO IV V - fixação do efetivo, organização e atividades da Guarda
DAS COMPETÊNCIAS DA CÂMARA MUNICIPAL Municipal, atendidas as prescrições da legislação federal;
VI - criação, classificação e extinção de cargos, empregos e
Art. 35 Compete, privativamente, à Câmara Municipal: funções públicas municipais na administração direta e
I - eleger sua Mesa e as comissões permanentes e indireta, fixando os respectivos vencimentos, observando os
temporárias conforme dispuser o Regime Interno; limites e orçamentos anuais e os valores máximos das
II - elaborar o Regime Interno; remunerações, conforme estabelecido na Constituição Federal
III - dispor sobre sua organização, funcionamento e e na Lei de Responsabilidade Fiscal;
segurança; VII - regime jurídico único e lei de remuneração dos
IV - dispor sobre a criação, a transformação ou a extinção servidores municipais;
de cargos, empregos e funções de seus serviços e a fixação da VIII - autorização de operações de crédito e empréstimos
respectiva remuneração, observados os limites do orçamento internos e externos para o Município, observadas a legislação
anual e dos seu valores máximos, conforme estabelece a estadual e federal pertinentes, e dentro dos limites fixados
Constituição Federal; pelo Senado Federal;
V - aprovar créditos suplementares à sua Secretaria; IX - autorização de concessão e permissão de serviços que
VI - fixar, por Lei de iniciativa da Câmara, os subsídios do somente serão feitos mediante contrato precedido de
Prefeito, Vice-Prefeito, Vereadores e Secretários Municipais concorrência;
em cada legislatura, para vigorar na subsequente, observado o X - aquisição, permuta ou alienação, a qualquer título, de
disposto na Constituição Federal; bens municipais, na forma da legislação federal;
VII - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito; XI - matérias da competência comum, constantes do artigo
VIII - conhecer a renúncia do Prefeito e do Vice-Prefeito; 8º desta Lei e do artigo 23 da Constituição Federal;
IX - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos XII - remissão de dívidas de terceiros ao Município e
Vereadores; concessão de isenções e anistias fiscais, mediante Lei
X - autorizar o Prefeito e o Vice-Prefeito a ausentarem-se Municipal específica;
do Município por mais de quinze dias, e do País a qualquer

Legislação 5
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APOSTILAS OPÇÃO

XIII - cessão, por empréstimo, ou concessão de direito real Art. 42 O Vereador poderá licenciar-se sem perder o seu
de uso de bens imóveis do Município; mandato:
XIV - aprovação da política de desenvolvimento urbano, I - por doença, devidamente comprovada;
atendidas as diretrizes gerais fixadas pela legislação federal e II - para desempenhar missões temporárias de caráter
os preceitos da Constituição Federal; cultural ou de interesse do Município;
XV - autorização ao Prefeito Municipal, mediante lei III - para tratar de interesse particular, sem vencimentos,
específica, para impor ao proprietário do solo urbano não desde que, neste caso, o afastamento seja no mínimo de trinta
edificado, sub-utilização ou não utilizado que promova seu dias e não ultrapasse a cento e vinte dias;
adequado aproveitamento, aplicando-lhe as penas previstas IV - para exercer cargos de provimento em comissão dos
na Constituição Federal e no Estatuto das Cidades; Governos Federal, Estadual ou Municipal.
XVI - denominar e alterar denominação de próprios e § 1º Para fins de remuneração, considerar-se-á como em
logradouros públicos, observada legislação municipal exercício o Vereador licenciado nos termos do inciso I e II.
específica sobre a matéria. § 2º No caso do inciso III, o Vereador licenciado
comunicará previamente à Câmara Municipal a data em que
SEÇÃO V reassumirá seu mandato.
DOS VEREADORES § 3º Em qualquer dos casos, cessado o motivo da licença, o
Vereador poderá reassumir o exercício do seu mandato tão
Art. 37 Os Vereadores são invioláveis por suas opiniões, logo o deseje.
votos e palavras no exercício do seu mandato e na
circunscrição do Município. Art. 43 A suspensão e a perda do mandato do Vereador
dar-se-ão nos casos previstos na Constituição Federal na
Art. 38 Os Vereadores não poderão: forma e gradação previstas em lei federal, sem prejuízo da
I - desde a expedição do diploma: ação penal cabível.
a) celebrar ou manter contrato com o Município,
autarquias de economia mista, empresas públicas, fundações e Art. 44 Nos casos de vacância ou licença do Vereador, o
empresas concessionárias de serviço público municipal, salvo Presidente da Câmara Municipal convocará imediatamente o
quando o contrato obedecer as cláusulas uniformes; suplente.
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego § 1º O suplente convocado deverá tomar posse dentro do
remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis "ad prazo de cinco dias, salvo motivo justo e aceito pela Câmara,
nutum", nas entidades constantes na alínea anterior. na forma que dispuser o Regimento Interno.
II - desde a posse: § 2º Não se processará a convocação de suplentes nos
a) ser proprietário ou diretor de empresa que goze de casos de licenças inferiores a trinta dias.
favor decorrente de contrato celebrado com pessoa jurídica de
direito público ou nela exercer função remunerada; Art. 45 Antes da posse, no início de cada sessão legislativa
b) ocupar cargo, função ou emprego de que seja demissível e ao término do mandato, os Vereadores deverão apresentar
"ad nutum" nas entidades referidas no inciso I, alínea "a" deste declaração dos seus bens.
artigo;
c) exercer outro mandato eletivo; SEÇÃO VI
d) pleitear interesses privados perante a Administração DAS COMISSÕES
Municipal na qualidade de advogado ou procurador;
e) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das Art. 46 - A Câmara Municipal terá comissões permanentes
entidades mencionadas na alínea "a" do inciso I deste artigo. e temporárias constituídas na forma e com as atribuições
§ 1º O Vereador, para o correto exercício de sua função previstas no Regimento Interno ou no ato que determinar a
fiscalizadora, poderá ter acesso a todas as repartições sua criação.
públicas, em qualquer horário do dia, enquanto houver Parágrafo Único - Às comissões, em razão da matéria de
expediente externo. sua competência, cabem:
§ 2º A infringência a qualquer dos dispositivos deste artigo I - realizar audiências públicas com entidades da
importa na perda do mandato, na forma da lei federal. comunidade;
II - convocar Secretários Municipais para prestar
Art. 39 O Servidor Municipal da administração direta ou informações sobre assuntos inerentes as suas atribuições;
indireta, eleito Vereador, exercerá o mandato obedecidas as III - receber petições, reclamações, representações ou
disposições deste artigo. queixas de quaisquer pessoas contra atos ou omissões das
§ 1º Havendo compatibilidade de horários, perceberá as autoridades públicas municipais;
vantagens de seu cargo, emprego ou função sem prejuízo dos IV - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou
subsídios a que faz jus, não havendo compatibilidade, ficará cidadão
afastado de seu cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado V - apreciar programas de obras, planos municipais de
optar pela sua remuneração, observado o que preceituam a desenvolvimento e, sobre eles, emitir parecer.
legislação federal e estadual.
§ 2º Em qualquer caso em que lhe seja exigido o Art. 47 As Comissões Parlamentares de Inquérito, que
afastamento para o exercício do mandato, o seu tempo de terão poderes de investigação próprios, além de outros
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para previstos no Regimento Interno da Câmara, serão criadas a
promoção por merecimento. requerimento de um terço dos Vereadores,
independentemente de deliberação do Plenário, para a
Art. 40 O Vereador deverá ter residência fixa no Município. apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público,
Art. 41 O Vereador poderá renunciar ao seu mandato para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos
mediante ofício protocolado dirigido ao Presidente da Câmara infratores, ou a outros órgãos competentes para o caso.
Municipal. § 1º A criação de Comissão Parlamentar de Inquérito
dependerá de deliberação do plenário, se não for determinada
pelo terço dos Vereadores.

Legislação 6
Pedido N.: 2739267 - Apostila Licenciada para lemos.ana76@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 2º No exercício de suas atribuições, poderão as a) ao Código Tributário Municipal;


Comissões Parlamentares de Inquérito realizar as diligências b) à denominação de próprios e logradouros;
que reputarem necessárias, convocar Secretários, Assessores c) ao zoneamento do uso do solo;
e servidores municipais, tomar o depoimento de quaisquer d) ao Código de Edificações e Obras;
autoridades municipais, ouvir os indiciados, inquirir e) ao Código de Posturas;
testemunhas sob compromisso, requisitar de repartições f) ao Estatuto dos Servidores Municipais;
públicas e dos órgãos da administração indireta informações e g) à criação de cargos e aumentos de vencimentos dos
documentos e transportar-se aos lugares onde se fizer mister servidores municipais.
sua presença. II - do Regimento Interno da Câmara Municipal;
§ 3º Se as medidas previstas no parágrafo anterior não III - da aplicação de penas pelo Prefeito ao proprietário do
puderem ser cumpridas, as Comissões Parlamentares de solo urbano não edificado, subtilizado ou não utilizado, na
Inquérito poderão requerê-las através do Poder Judiciário. forma prevista nesta Lei;
§ 4º Os pedidos de informações e documentos necessários IV - da rejeição do veto do Prefeito.
à investigação independem de deliberação do Plenário da § 4º A aprovação das matérias não constantes dos
Câmara, sendo os prazos para o seu fornecimento definidos parágrafos anteriores deste artigo dependerá do voto
pela própria Comissão. favorável da maioria simples dos Vereadores, presentes à
§ 5º As conclusões das Comissões Parlamentares de sessão a sua maioria absoluta.
Inquérito dependem de deliberação do Plenário. § 5º As votações far-se-ão como determinar o Regimento
Interno.
Art. 48 As comissões permanentes da Câmara Municipal § 6º Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº. 08/2013
serão eleitas em sessão especial, no primeiro dia útil § 7º Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº. 08/2013
subsequente à eleição da Mesa, pelo prazo de um ano, § 8º Estará impedido de votar o Vereador que tiver, sobre
permitida uma reeleição. a matéria, interesse particular seu, de seu cônjuge, parente de
Parágrafo Único - A renovação das Comissões até terceiro grau consanguíneo ou afim.
Permanentes realizar-se-á na forma que dispuser o Regimento § 9º Será nula a votação que não for processada nos termos
Interno da Câmara. desta Lei.

Art. 49 As comissões temporárias serão constituídas na SEÇÃO VIII


forma e com as atribuições previstas no Regimento Interno e DO PROCESSO LEGISLATIVO
no ato de que resultar sua criação.
Art. 53 O Processo Legislativo compreende a elaboração
Art. 50 Na composição das comissões assegurar-se-á, tanto de:
quanto possível, a representação proporcional dos partidos I - Leis Ordinárias, estabelecendo normas legislativas
políticos. gerais, aprovadas pela Câmara Municipal e sancionadas pelo
Prefeito;
SEÇÃO VII II - Decretos Legislativos sobre matérias de competência
DAS DELIBERAÇÕES da Câmara Municipal, com efeitos externos ao Poder
Legislativo;
Art. 51 As deliberações da Câmara Municipal serão III - Resoluções para regular matéria administrativa da
tomadas ao fim de duas discussões e duas votações. própria Câmara;
Parágrafo Único - Os Requerimentos e as Indicações terão IV - Leis Complementares;
única discussão e votação que, após sua deliberação, serão V - Emendas à Lei Orgânica Municipal;
encaminhadas aos órgãos competentes. VI - Leis Delegadas conforme delegação específica da
Câmara Municipal.
Art. 52 As discussões e votações das matérias constantes
da ordem do dia serão efetuadas com a presença da maioria Art. 54 A iniciativa dos projetos de Leis Complementares e
absoluta dos membros da Câmara Municipal. Ordinárias cabe:
§ 1º O voto será público, salvo as exceções previstas nesta I - ao Prefeito Municipal;
Lei. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº. 08/2013) II - ao Vereador;
§ 2º Dependerá do voto favorável de dois terços dos III - à Mesa Executiva da Câmara;
membros da Câmara Municipal a aprovação: IV - aos cidadãos;
I - das leis concernentes: V - às Comissões da Câmara.
a) ao Plano Diretor da Cidade; Parágrafo Único - A iniciativa legislativa popular relativa a
b) à alienação de bens imóveis; projetos de lei de interesse do Município, da Cidade ou de
c) à concessão de honrarias; bairros será feita através da manifestação expressa de, pelo
d) à concessão de isenção de impostos na forma da lei. menos, cinco por cento do eleitorado do Município.
II – Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº. 08/2013
III - da aprovação de proposta para mudança de nome do Art. 55 Compete, privativamente ao Prefeito, a iniciativa de
Município; projetos de lei que disponham sobre:
IV - da mudança de local de funcionamento da Câmara I - criação de cargos, funções ou empregos públicos na
Municipal; administração direta e indireta do Poder Executivo, ou
V - da destituição de componentes da Mesa; aumento de sua remuneração;
VI - da representação contra o Prefeito; II - servidores públicos do Poder Executivo, seu regime
VII - da alteração desta Lei obedecido o rito próprio; jurídico e provimento de cargos;
VIII - da perda do mandato do Prefeito, do Vice-Prefeito e III - criação, estruturação e atribuições das Secretarias
dos Vereadores; Municipais e órgãos da Administração Pública Municipal;
IX - da rejeição do parecer prévio do Tribunal de Contas. IV - proposições que geram despesas ou que
§ 3º Dependerá do voto favorável da maioria absoluta dos comprometam receitas do Município.
membros da Câmara Municipal a aprovação:
I - das leis concernentes:

Legislação 7
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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 56 Não serão admitidas emendas que aumentem a Art. 61 Em nenhuma hipótese poderá ser editada, pelo
despesa nos projetos de leis de iniciativa exclusiva do Prefeito, Prefeito Municipal, Medida Provisória com força de Lei.
nem nos projetos de resolução que versem sobre a
organização dos serviços administrativos da Câmara Art. 62 As leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito,
Municipal. que deverá solicitar a delegação à Câmara Municipal.
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência
Art. 57 A discussão e votação dos projetos de lei de exclusiva da Câmara Municipal, a matéria reservada à lei
iniciativa do Prefeito, se este o solicitar, deverão ser feitas em complementar, nem a legislação sobre os planos plurianuais,
"regime de urgência" no prazo de noventa dias, a contar da diretrizes orçamentárias e orçamentos.
data do recebimento do projeto. § 2º A delegação ao Prefeito terá a forma de decreto
§ 1º Se o Prefeito julgar a matéria "regime de urgência legislativo da Câmara Municipal que especificará seu conteúdo
urgentíssima", solicitará que a apreciação do projeto de lei seja e os termos de seu exercício.
feita em quarenta e cinco dias.
§ 2º A fixação do prazo de urgência será expressa e poderá Art. 63 As resoluções e decretos legislativos serão
ser feita depois da remessa do projeto de lei, considerando-se discutidos e aprovados como dispuser o Regimento Interno da
a data do recebimento do pedido como termo inicial. Câmara Municipal.
§ 3º Esgotados esses prazos, o projeto de lei será incluído
obrigatoriamente na ordem do dia, suspendendo-se a Art. 64 A Mesa Diretiva da Câmara fará expedir, com vinte
deliberação sobre qualquer outro assunto até que se ultime a e quatro horas de antecedência ao início das sessões
votação do mesmo. ordinárias, pauta contendo resumo das matérias em
§ 4º Os prazos não fluem nos períodos de recesso da tramitação.
Câmara Municipal e não se interrompem no período de
sessões legislativas extraordinárias. Art. 65 As matérias, para figurarem na ordem do dia,
§ 5º As disposições deste artigo não serão aplicáveis à deverão ser protocolizadas na Secretaria da Câmara com
tramitação dos projetos de lei que tratem de matéria antecedência mínima de quarenta e oito horas antes do início
codificada, Lei Orgânica e Estatutos. da sessão.

Art. 58 O projeto de lei somente será considerado SEÇÃO IX


aprovado se receber em ambas as votações o escore DA EMENDA À LEI ORGÂNICA
necessário para sua deliberação.
Art. 66 Esta Lei poderá ser emendada mediante proposta:
Art. 59 As matérias rejeitadas ou prejudicadas somente I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara
poderão constituir novo objeto, no mesmo período legislativo, Municipal;
mediante proposta de retorna subscrita pela maioria absoluta II - do Prefeito Municipal.
dos membros da Câmara Municipal. § 1º Esta Lei não poderá ser emendada na vigência de
intervenção no Município, estado de defesa ou estado de sítio.
Art. 60 Aprovado o projeto de lei na forma regimental, o § 2º A proposta, após parecer escrito de todas as
Presidente da Câmara Municipal, no prazo de dez dias úteis, comissões, independente dos mesmos, será discutida e votada
enviá-lo-á ao Prefeito para sanção. em dois turnos, considerando-se a mesma aprovada quando
§ 1º Se o Prefeito julgar o projeto de lei, no todo ou em obtiver, em ambas as votações, o voto favorável de dois terços
parte, inconstitucional, ilegal ou contrário ao interesse dos membros da Câmara, observado o interstício mínimo de
público, vetá-lo-á total ou parcialmente dentro de quinze dias dez dias.
úteis, contados da data em que o receber, comunicando ao § 3º Será nominal a votação da emenda à Lei Orgânica.
Presidente da Câmara Municipal, dentro de quarenta e oito
horas, as razões do veto. Art. 67 A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de Mesa da Câmara com respectivo número de ordem.
artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio do SEÇÃO X
Prefeito implicará em sanção. DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E
§ 4º Comunicado o veto, a Câmara Municipal deverá ORÇAMENTÁRIA
apreciá-lo, em forma de decreto legislativo, no prazo de trinta
dias, contados da data do recebimento, e em duas discussões e Art. 68 A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
votações, o veto será mantido quando não obtiver o voto operacional e patrimonial do Município e das entidades da
contrário da maioria absoluta dos membros da Câmara. administração direta e indireta, quanto à legitimidade,
§ 5º Rejeitado o veto, o projeto de lei retomará ao Prefeito, legalidade, economicidade, aplicação das subvenções e
que terá o prazo de quarenta e oito horas para promulgá-lo. renúncias de receitas, será exercida pela Câmara Municipal
§ 6º No caso do § 3º, se decorridos os prazos referidos nos mediante controle externo e pelo sistema de controle interno
§§ 5º e 6º, o Presidente da Câmara Municipal promulgará a lei de cada um dos Poderes.
dentro de quarenta e oito horas. Parágrafo Único - Prestará contas qualquer pessoa física,
§ 7º Caso o Presidente da Câmara não promulgar a Lei, o jurídica ou entidade pública que utilize, arrecade, guarde,
Vice-Presidente da Casa, obrigatoriamente, o fará em vinte e gerencie ou administre recursos, bens, valores públicos
quatro horas. municipais, ou pelos quais o Município responda, ou que, em
§ 8º Quando se tratar de rejeição de veto parcial, a lei nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária.
promulgada tomará o mesmo número da original.
§ 9º O prazo de trinta dias referido no parágrafo 4º não flui Art. 69 O controle externo será exercido pela Câmara
nos períodos de recesso da Câmara Municipal. Municipal com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado e
§ 10 Esgotado sem deliberação, no prazo estabelecido no § compreenderá:
4º, o veto será posto na ordem do dia da sessão imediata, I - a apreciação das contas do exercício financeiro
sobrestando-se as demais proposições até sua votação final. apresentadas pelo Prefeito e pela Mesa Diretiva da Câmara
§ 11 Veto não restaura texto original. Municipal;

Legislação 8
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APOSTILAS OPÇÃO

II - o acompanhamento das aplicações financeiras e da Capítulo II


execução orçamentária do Município. DO PODER EXECUTIVO
SEÇÃO I
Art. 70 O controle interno será exercido pelo Executivo DO PREFEITO MUNICIPAL
para:
I - proporcionar ao controle externo condições Art. 77 A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizar-se-
indispensáveis para exames da execução orçamentária; á simultaneamente em até noventa dias antes do término do
II - acompanhar o desenvolvimento das atividades mandato dos que devem sucedê-los, aplicadas as disposições
programadas pela Administração Municipal. da Constituição Federal adequadas à realidade do Município.
Parágrafo Único - A posse do Prefeito e do Vice-Prefeito
Art. 71 A prestação de contas de recursos recebidos do dar-se-á em primeiro de janeiro do ano subsequente ao da
Governo Federal e do Governo Estadual será feita, eleição.
respectivamente, ao Tribunal de Contas da União e ao Tribunal
de Contas do Estado, ou a quem determinar os respectivos Art. 78 O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse e
convênios, sem prejuízo da prestação de contas à Câmara prestarão compromisso em sessão especial de instalação da
Municipal. legislatura de que trata o artigo 21 desta Lei, ou se esta não
estiver reunida, perante a Autoridade Judiciária competente.
Art. 72 O parecer prévio, emitido pelo Tribunal de Contas § 1º Ao prestar compromisso, a cada início de ano e ao
do Estado sobre as contas anuais do Prefeito, só deixará de deixar o cargo, o Prefeito e o Vice-Prefeito apresentarão
prevalecer por decisão de dois terços da Câmara Municipal. declaração dos seus bens à Câmara Municipal. (Declarado
inconstitucional pela ADIN nº 70023116809 de 29/09/2008)
Art. 73 O Tribunal de Contas do Estado representará ao § 2º Na Sessão Especial de Posse, perante à Câmara, o
Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados. Prefeito prestará o seguinte compromisso:
Parágrafo Único - No caso de contrato, conhecida a
irregularidade, o ato de sustação será representado "PROMETO DEFENDER E CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO DA
diretamente pela Câmara Municipal, que solicitará, de REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, A CONSTITUIÇÃO DO
imediato, ao Prefeito Municipal as medidas cabíveis. ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E A LEI ORGÂNICA
MUNICIPAL, OBSERVAR AS LEIS, PROMOVER O BEM GERAL
Art. 74 A Comissão Permanente de Fiscalização da Câmara DO MUNICÍPIO DE SAPUCAIA DO SUL E DESEMPENHAR COM
Municipal, diante de indícios de despesas não autorizadas, LEALDADE E PATRIOTISMO AS FUNÇÕES DO MEU CARGO."
ainda que sob forma de investimentos não programados ou de
subsídios não aprovados, poderá solicitar à autoridade Art. 79 O foro para julgamento do Prefeito será o Tribunal
governamental responsável que, no prazo de cinco dias, preste da Justiça.
os esclarecimentos necessários.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos ou considerados Art. 80 Em caso de licença ou impedimento, o Prefeito será
insuficientes, a comissão solicitará ao Tribunal de Contas substituído pelo Vice-Prefeito e, na falta deste, pelo Presidente
pronunciamento conclusivo sobre a matéria no prazo de trinta da Câmara Municipal.
dias. § 1º Ocorrendo a vacância, assumirá o cargo o Vice-
§ 2º Entendendo o Tribunal de Contas que é irregular a Prefeito, que será empossado da mesma forma e rito do titular
despesa, a comissão, se julgar que o gasto pode causar dano para completar o mandato.
irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá à § 2º Na falta do Vice-Prefeito, assumirá o cargo o
Câmara Municipal a sua sustação, através de Decreto Presidente da Câmara Municipal.
Legislativo.
Art. 81 O Prefeito e o Vice-Prefeito, sem autorização
Art. 75 A Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara legislativa, e sob pena de perda do cargo, não poderão se
será responsável pela organização e publicidade das afastar:
audiências públicas de que trata a Lei de Responsabilidade I - do Município por mais de quinze dias consecutivos;
Fiscal. II - do País por qualquer prazo. (Declarada inconstitucional
pela ADIN nº 70023355175, de 11/08/2008)
SEÇÃO XI Parágrafo Único - O Prefeito, regularmente licenciado, terá
DOS SUBSÍDIOS DOS AGENTES POLÍTICOS o direito a perceber subsídios somente quando:
I - impossibilitado para o exercício de cargo por motivo de
Art. 76 Os Subsídios do Prefeito, Vice-Prefeito, Secretários doença devidamente comprovada;
Municipais e Vereadores serão fixados, por Lei de iniciativa de II - a serviço ou em missão de representação do Município.
Câmara Municipal, em uma legislatura para vigorar na
subsequente, até quinze dias antes das eleições municipais, SEÇÃO II
observados os critérios e os limites previstos na Constituição DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO
Federal.
§ 1º Os subsídios de que trata este artigo serão fixados em Art. 82 Ao Prefeito compete:
parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, I - enviar à Câmara Municipal Projetos de Lei;
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra II - vetar, no todo ou em parte, os Projetos de Lei aprovados
espécie remuneratória, podendo o Presidente da Câmara ter pela Câmara Municipal;
subsídio diferenciado. III - sancionar e promulgar Leis, determinando sua
§ 2º As sessões extraordinárias poderão ser indenizadas publicação no prazo de quinze dias úteis;
nos termos de Resolução da Câmara. IV - regulamentar Leis;
§ 3º A lei que fixar os subsídios de que trata o "caput" deste V - prestar à Câmara Municipal, dentro de quinze dias, as
artigo estabelecerá os critérios de reajustes, forma de informações solicitadas;
pagamento de sessões extraordinárias e descontos por sessões VI - comparecer à Câmara Municipal por sua própria
faltosas. iniciativa;

Legislação 9
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APOSTILAS OPÇÃO

VII - convocar extraordinariamente a Câmara Municipal, Parágrafo Único - Os titulares de atribuições delegadas
no recesso, para deliberar sobre matéria de interesse público terão a responsabilidade plena dos atos que praticarem,
relevante e urgente; participando o Prefeito, solidariamente, dos ilícitos
VIII - estabelecer a estrutura da organização da eventualmente cometidos.
Administração Municipal;
IX - baixar atos administrativos; SEÇÃO III
X - fazer publicar atos administrativos; DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO
XI - desapropriar bens imóveis na forma da lei;
XII - instituir servidões administrativas; Art. 84 Os crimes que o Prefeito Municipal praticar, no
XIII - alienar bens públicos mediante prévia e expressa exercício do mandato ou em decorrência dele, quer por
autorização legislativa da Câmara Municipal; infrações penais comuns ou crime de responsabilidade, serão
XIV - permitir ou autorizar o uso de bens municipais por julgados perante o Tribunal de Justiça do Estado.
terceiros, exceto para eventos excepcionais ou transitórios, de § 1º A Câmara Municipal, ao tomar conhecimento de
caráter esportivo, cultural ou social; qualquer ato do Prefeito que possa configurar infração penal
XV - permitir ou autorizar a execução de serviços públicos comum ou crime de responsabilidade, nomeará comissão
por terceiros; especial para apurar os fatos que, no prazo de trinta dias,
XVI - dispor sobre a execução orçamentária; deverão ser apreciados pelo plenário.
XVII - superintender a arrecadação de tributos e de preços § 2º Se o plenário entender procedentes as acusações,
dos serviços públicos; determinará o envio do apurado à Procuradoria Geral da
XVIII - aplicar multas previstas em leis e contratos; Justiça para as providências, caso contrário, determinará o
XIX - fixar os preços dos serviços públicos; arquivamento, publicando as conclusões de ambas as decisões.
XX - contrair empréstimos e realizar operações de crédito § 3º Recebida a denúncia contra o Prefeito, pelo Tribunal
mediante autorização da Câmara Municipal; de Justiça, a Câmara decidirá sobre a designação de
XXI - repassar, obrigatoriamente até o dia vinte de cada Procurador para assistente de acusação.
mês, à Câmara Municipal os recursos orçamentários que § 4º O Prefeito ficará suspenso de suas funções a partir do
devem ser despendidos de uma só vez; recebimento da denúncia pelo Tribunal de Justiça, que cessará
XXII - celebrar convênios; se, até cento e oitenta dias, não tiver sido concluído o
XXIII - abrir créditos extraordinários nos casos de julgamento.
calamidade pública, comunicando o fato à Câmara Municipal;
XXIV - prover os cargos públicos mediante concurso SEÇÃO IV
público de provas, ou provas e títulos e verificação de aptidões; DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS
XXV - expedir os atos referentes à situação funcional dos
servidores; Art. 85 Os Secretários do Município serão escolhidos pelo
XXVI - determinar a abertura de sindicância e a instauração Prefeito dentre brasileiros maiores de vinte e um anos, no
de inquérito administrativo; exercício dos seus direitos políticos.
XXVII - aprovar projetos técnicos de edificação, de § 1º. É vedado o exercício do cargo de Secretário Municipal
loteamento e de arruamento, conforme dispuser o plano aos que na atividade privada desempenham atividades
diretor; similares ou afins, ou que sejam beneficiários, mesmo que
XXVIII - denominar próprios os logradouros públicos, indiretos, dos programas, metas e ações da respectiva
respeitada a competência comum da Câmara; Secretaria. (Incluído pela Emenda à Lei Orgânica 06/2009)
XXIX - oficializar e regularizar, obedecidas as normas § 2º.Compete aos Secretários do Município, além de outras
urbanísticas e legislação em vigor, os logradouros públicos; atribuições estabelecidas nesta Lei: (Renumerado pela
XXX - encaminhar ao Tribunal de Contas, até trinta e um de Emenda à Lei Orgânica 06/2009)
março de cada ano, a prestação de contas do Município relativa I - na área de suas atribuições, exercer a orientação,
ao exercício anterior; coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da
XXXI - remeter à Câmara Municipal, até quinze de abril de administração municipal e referendar atos e decretos
cada ano, relatório sobre a situação geral da administração assinados pelo Prefeito Municipal;
municipal; II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e
XXXII - solicitar o auxílio dos órgãos de segurança para o regulamentos;
cumprimento de seus atos; III - apresentar ao Prefeito Municipal e à Câmara Municipal
XXXIII - aplicar, mediante lei específica, aos proprietários relatório quadrimestral quantificado e discriminado de sua
de imóveis urbanos não edificados, sub-utilizados ou não gestão na secretaria, o qual deverá ser obrigatoriamente
utilizados, obedecidas as normas urbanísticas, as penas publicado pelo órgão de imprensa oficial do Município;
sucessivas de: IV - praticar atos pertinentes às atribuições que lhe forem
a) parcelamento compulsório; outorgadas ou delegadas pelo Prefeito Municipal;
b) imposto progressivo no tempo; V - encaminhar à Câmara Municipal informações por
c) desapropriação mediante pagamento com títulos da escrito, quando solicitadas pela Mesa, podendo o Secretário
dívida pública, conforme estabelece a Constituição Federal; ser responsabilizado, na forma da lei, em caso de recusa ou não
XXXIV - propor ação direta de inconstitucionalidade de lei atendimento no prazo de trinta dias, bem como no
ou de ato normativo municipal, na forma da Constituição fornecimento de informações falsas.
Estadual;
XXXV - encaminhar à Câmara Municipal, quarenta e oito Art. 86 Os Secretários, nos crimes comuns ou de
horas após o autógrafo, as Leis, Decretos e Portarias; responsabilidade, serão processados e julgados pelos
XXXVI - comunicar à Câmara, em até cinco dias após a tribunais competentes e, nos crimes conexos com os do
veiculação, os gastos com publicidade e propagandas. Prefeito Municipal, pelo Tribunal de Justiça do Estado.
Parágrafo Único - Ao tomar posse, a cada início de ano e ao
Art. 83 O Prefeito poderá delegar, por decreto, aos seus deixar o cargo, os Secretários Municipais deverão apresentar
auxiliares atribuições referidas no artigo anterior, exceto as declaração dos seus bens à Câmara Municipal. (Declarado
constantes dos incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, XIII, XVII, XIX, inconstitucional pela ADIN nº 70023116809, de 29/09/2008)
XX, XXX, XXXI, XXXII, XXXIII, XXXIV, XXXV, XXXVI.

Legislação 10
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APOSTILAS OPÇÃO

SEÇÃO V Art. 95 A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe ação


DA PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO planejada, transparente e de equilíbrio das contas públicas.
§ 1º O planejamento será estabelecido através das Leis do
Art. 87 A Procuradoria Geral do Município é a instituição Plano Plurianual, das Diretrizes Orçamentárias e Orçamentos
que representa, como advocacia geral, o Município judicial e Anuais.
extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei § 2º A transparência far-se-á através de ampla divulgação
complementar que dispuser sobre sua organização e e disposição ao público das leis mencionadas no parágrafo
funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento anterior, bem como as prestações de contas e o respectivo
jurídico do Poder Executivo. parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas, os relatórios
Parágrafo Único - A Procuradoria Geral do Município tem resumidos da execução orçamentária e o relatório de gestão
por chefe o Procurador Geral do Município nomeado pelo fiscal e as versões simplificadas desses instrumentos.
Prefeito, na forma que dispuser o Plano de Cargos dos § 3º Os Poderes, Órgãos e Entidades mencionados no
Servidores Públicos Municipais. artigo anterior desta Lei estabelecerão mecanismos de
incentivo à participação popular nas audiências públicas a
Art. 88 Para ocupar o cargo de Procurador Municipal é serem realizadas para elaboração e discussão dos planos, lei
necessário inscrição regular junto a Ordem dos Advogados do de diretrizes orçamentárias e orçamentos, e nas realizadas
Brasil. para demonstração e avaliação quadrimestral do
cumprimento das metas fiscais.
SEÇÃO VI § 4º O equilíbrio das contas públicas será mantido através
DA SEGURANÇA PÚBLICA de mecanismos de controle do cumprimento das metas de
resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e
Art. 89 O Município, juntamente com a União e o Estado, condições no que tange à renúncia de receita, geração de
promoverá a garantia da segurança pública, buscando a despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por
e do patrimônio. antecipação de receita, concessão de garantia e inscrições em
§ 1º O Município poderá instituir, por Lei, Fundo Municipal restos a pagar.
de Segurança, constituído de recursos provenientes de ações
impositivas de penalidades com efeitos tributários. Art. 96 A despesa com pessoal ativo e inativo do Município
§ 2º Para assegurar a sua competência comum de não poderá exceder os limites estabelecidos em lei
preservar a segurança, o Município poderá constituir Guarda complementar.
Municipal como força auxiliar, destinada à proteção de seus
bens, serviços e instalações, nos termos da lei complementar. TÍTULO III
DA ADMINISTRAÇÃO DO MUNICÍPIO
Art. 90 A lei complementar de criação da Guarda Municipal Capítulo I
disporá sobre acesso, direitos, deveres, vantagens e regime de DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL
trabalho, com base na hierarquia e na disciplina.
Parágrafo Único - A investidura nos cargos da guarda Art. 97 O Município deverá organizar a sua administração
municipal far-se-á mediante concurso de provas ou de provas e exercer as suas atividades dentro de um processo de
e títulos. planejamento permanente.

Art. 91 O Município poderá celebrar convênios com Art. 98 Como agente normativo e regulador da atividade
organismos governamentais ou não governamentais, econômica, o Município exercerá, na forma da legislação
legalmente constituídos para auxiliar nas atividades federal e estadual, as funções de fiscalização, incentivo e
ostensivas de segurança pública. planejamento, sendo este determinante para o setor público e
indicativo para o setor privado.
SEÇÃO VII
DO CONTROLE DA CONSTITUCIONALIDADE Art. 99 Na execução da política urbana, de que trata a
Constituição Federal, será aplicado o previsto no Estatuto da
Art. 92 São partes legítimas para propor ação direta de Cidade.
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo municipal, em Parágrafo Único - Para todos os efeitos, a Lei, denominada
face da Constituição Estadual: Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem pública e
I - o Prefeito e a Mesa da Câmara Municipal; interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em
II - os partidos políticos com representação na Assembléia prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos
Legislativa Estadual ou na Câmara Municipal; cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.
III - as federações sindicais e as entidades de classe de
âmbito estadual; Art. 100 A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno
IV - o Deputado Estadual. desenvolvimento das funções sociais da Cidade e da
propriedade urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
Art. 93 Declarada a inconstitucionalidade, a decisão será I - garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido
comunicada à Câmara que promoverá a suspensão da como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento
execução da lei ou ato impugnado. ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos
serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e
Capítulo VIII futuras gerações;
DA RESPONSABILIDADE FISCAL II - gestão democrática por meio da participação da
população e de associações representativas dos vários
Art. 94 Os Poderes Legislativo e Executivo, abrangidas as segmentos da comunidade na formulação, execução e
administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e acompanhamento de planos, programas e projetos de
empresas estatais dependentes, obedecerão às normas de desenvolvimento urbano;
finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão
fiscal, na forma da legislação federal pertinente.

Legislação 11
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APOSTILAS OPÇÃO

III - cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os c) zoneamento ambiental;


demais setores da sociedade no processo de urbanização, em d) plano plurianual;
atendimento ao interesse social; e) diretrizes orçamentárias e orçamento anual;
IV - planejamento do desenvolvimento das cidades, da f) gestão orçamentária participativa;
distribuição espacial da população e das atividades g) planos, programas e projetos setoriais;
econômicas do Município e do território sob sua área de h) planos de desenvolvimento econômico e social.
influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do II - institutos tributários e financeiros:
crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio a) Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial
ambiente; Urbana - IPTU;
V - oferta de equipamentos urbanos e comunitários, b) contribuição de melhoria;
transporte e serviços públicos adequados aos interesses e c) incentivos e benefícios fiscais e financeiros.
necessidades da população e às características locais; III - institutos jurídicos e políticos:
VI - ordenação e controle do uso do solo de forma a evitar: a) desapropriação;
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos; b) servidão administrativa;
b) a proximidade de usos incompatíveis ou c) limitações administrativas;
inconvenientes; d) tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano;
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivo e) instituição de unidades de conservação;
ou inadequado em relação à infraestrutura urbana; f) instituição de zonas especiais de interesse social;
d) a instalação de empreendimentos ou atividades que g) concessão de direito real de uso;
possam funcionar como pólos geradores de tráfego, sem a h) concessão de uso especial para fins de moradia;
previsão da infraestrutura correspondente; i) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;
e) a retenção especulativa de imóvel urbano que resulte na j) usucapião especial de imóvel urbano;
sua sub-utilização ou não utilização; k) direito de superfície;
f) a deterioração das áreas urbanizadas; l) direito de perempção;
g) a poluição e a degradação ambiental; m) outorga onerosa do direito de construir e de alteração
VII - integração e complementaridade entre as atividades de uso;
urbanas e rurais, tendo em vista o desenvolvimento n) transferência do direito de construir;
socioeconômico do Município e do território sob sua área de o) operações urbanas consorciadas;
influência; p) regularização fundiária;
VIII - adoção de padrões de produção e consumo de bens e q) assistência técnica e jurídica gratuita para as
serviços e de expansão urbana compatíveis com os limites da comunidades e grupos sociais menos favorecidos;
sustentabilidade ambiental, social e econômica do Município e r) referendo popular e plebiscito.
do território sob sua área de influência; IV - estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo
IX - justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do prévio de impacto de vizinhança (EIV).
processo de urbanização; § 1º Os Instrumentos mencionados neste artigo regem-se
X - adequação dos instrumentos de política econômica, pela legislação que lhes é própria, observado o disposto no
tributária e financeira e dos gastos públicos aos objetivos do Estatuto da Cidade.
desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os § 2º Nos casos de programas e projetos habitacionais de
investimentos geradores de bem-estar geral e a fruição dos interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da
bens pelos diferentes segmentos sociais; Administração Pública com atuação específica nessa área, a
XI - recuperação dos investimentos do Poder Público de concessão de direito real de uso de imóveis públicos poderá
que tenha resultado a valorização de imóveis urbanos; ser contratada coletivamente.
XII - proteção, preservação e recuperação do meio § 3º Os Instrumentos previstos neste artigo que
ambiente natural e construído, do patrimônio cultural, demandam dispêndio de recursos por parte do Poder Público
histórico, artístico, paisagístico e arqueológico; Municipal devem ser objeto de controle social, garantida a
XIII - audiência do Poder Público Municipal e da população participação de comunidades, movimentos e entidades da
interessada nos processos de implantação de sociedade civil.
empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente
negativos sobre o meio ambiente natural ou construído, o Capítulo II
conforto ou a segurança da população; DAS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS
XIV - regularização fundiária e urbanização de áreas
ocupadas por população de baixa renda mediante o Art. 102 As obras e serviços públicos serão executados de
estabelecimento de normas especiais, de normas de conformidade com o plano de desenvolvimento integrado do
urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas Município.
a situação socioeconômica da população e as normas § 1º As obras públicas municipais poderão ser executadas
ambientais; diretamente pela Prefeitura, por administração direta, por
XV - simplificação da legislação de parcelamento, uso e órgãos da administração indireta, ou ainda, por terceiros.
ocupação do solo e das normas edilícias, com vistas à redução § 2º As obras públicas realizadas em Sapucaia do Sul
dos custos e o aumento da oferta dos lotes e unidades seguirão, estritamente, o Plano Diretor da Cidade.
habitacionais;
XVI - isonomia de condições para os agentes públicos e Art. 103 Incumbe ao Poder Público Municipal, na forma da
privados na promoção de empreendimentos e atividades lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,
relativos ao processo de urbanização, atendido o interesse sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos
social. de interesse local, incluído o de transporte coletivo que tem
caráter essencial.
Art. 101 São Instrumentos da Política Urbana Municipal: Parágrafo Único - A lei disporá sobre:
I - planejamento municipal, em especial: I - o regime das empresas concessionárias e
a) plano diretor; permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu
b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do contrato, de sua renovação e prorrogação, bem como sobre as
solo;

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condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão a) preferencialmente, na estrutura superior e de


ou permissão; assessoramento, por servidores ocupantes de cargos de
II - os direitos dos usuários; carreira técnica ou profissional;
III - a política tarifária; b) obrigatoriamente, na estrutura inicial e intermediária,
IV - a obrigação de manter serviço adequado; por servidores ocupantes de cargos de carreira;
V - a vedação de cláusula de exclusividade nos contratos de VI - é garantido ao Servidor Civil Municipal o direito à livre
execução do serviço de transportes coletivos por terceiros; associação sindical;
VI - as normas relativas ao gerenciamento do Poder VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos
Público sobre serviços de transporte coletivo. limites definidos em lei complementar federal;
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos
Art. 104 As permissões e as concessões de serviços públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá
públicos municipais outorgadas em desacordo com o os critérios de sua admissão;
estabelecido nesta Lei serão nulas de pleno direito. IX - os acréscimos pecuniários percebidos pelos servidores
§ 1º Os serviços públicos municipais ficarão sujeitos à não serão computados nem acumulados para fins de
regulamentação e fiscalização do Município. concessão de acréscimo ulterior, sob o mesmo título ou
§ 2º O Município poderá retomar os serviços públicos idêntico fundamento;
municipais pertinentes ou concedidos, se executados em X - ressalvados os casos especificados na legislação, as
desconformidade com o ato ou contrato respectivo. obras, serviços, compras e alienações serão contratados
mediante processo de licitação que assegure igualdade de
Art. 105 O Município poderá realizar obras e serviços condições a todos os concorrentes, com cláusulas que
públicos de interesse comum, mediante convênio com a União, estabeleçam as obrigações de pagamento, mantidas as
com o Estado, com outros Municípios, através de Consórcios condições efetivas da proposta, nos termos da lei, a qual
Intermunicipais e com entidades particulares. permitir somente as exigências de qualificação técnico-
econômica indispensável à garantia do cumprimento das
Art. 106 A Administração Municipal, em conjunto com o obrigações;
Estado, dará atenção à conservação das estradas públicas do XI - além dos requisitos mencionados no inciso anterior, o
interior, proporcionando condições normais de uso e órgão licitante deverá, nos processos licitatórios, estabelecer
suficientes ao escoamento da produção agrícola durante todo preço máximo das obras, serviços, compras e alienações a
o ano. serem contratados;
§ 1º Cabe ao proprietário de imóvel rural ou urbano a XII - as obras, serviços, compras e alienações contratados
obrigatoriedade de zelar pela limpeza e conservação das de forma parcelada, com fim de burlar a obrigatoriedade dos
margens fronteiriças às vias públicas, através da realização processos de licitação pública, serão considerados atos
constante de roçadas, carpidas e outros procedimentos de fraudulentos, passíveis de anulação e por eles responderão os
conservação. autores, na forma da lei, civil, administrativa e criminalmente.
§ 2º Lei Municipal disporá sobre as normas de limpeza dos § 1º Os atos de improbidade administrativa importarão na
imóveis urbanos e rurais, edificados ou não, disciplinando sua suspensão dos direitos políticos, na perda de função pública,
forma de manutenção e a imputação de penalidades aos na indisponibilidade de bens e no ressarcimento ao erário, na
infratores. forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal
cabível.
Capítulo III § 2º As contas da administração pública direta e indireta
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL de qualquer dos Poderes do Município ficarão, durante
sessenta dias anualmente, à disposição de qualquer
Art. 107 A Administração Pública Municipal, direta ou contribuinte, em local próprio da Câmara Municipal, para
indireta, obedecerá aos princípios de legalidade, exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhe a
impessoalidade, moralidade, eficiência e publicidade de todos legitimidade nos termos da lei.
os atos e fatos administrativos. § 3º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo,
Art. 108 Aplicam-se à administração pública do Município informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
todos os preceitos, normas, direitos e garantias prescritos na nome, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
Constituição Estadual e, principalmente: pessoal de autoridades ou servidores públicos.
I - os cargos, empregos e funções públicas, são acessíveis a § 4º Semestralmente, a administração direta, indireta e
todos os brasileiros que preencham os requisitos fundacional publicará, nos órgãos de imprensa do Município,
estabelecidos em lei; relatório das despesas realizadas com a propaganda e
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas,
aprovação prévia em concurso público de provas, ou de provas especificando os nomes dos veículos publicitários.
e títulos, respeitada a ordem de classificação, ressalvadas as
nomeações para cargos em comissão, declarados em lei de Art. 109 Os cargos públicos municipais serão criados por
livre nomeação e exoneração; lei, que fixará as suas denominações, os padrões de
III - o prazo de validade do concurso público será de até vencimento, as condições de provimento, indicados os
dois anos, prorrogável, uma vez, por igual período; recursos pelos quais correrão as despesas.
IV - durante o prazo previsto no edital de convocação, Parágrafo Único - A criação de cargos da Câmara Municipal
respeitado o disposto no item anterior, os aprovados em dependerá de resolução do plenário mediante proposta da
concurso público de provas ou de provas e títulos serão mesa.
convocados, com prioridade sobre novos concursados, para
assumir cargo ou emprego na carreira; Art. 110 Antes de assumir, a cada início de ano e ao deixar
V - os cargos em comissão e as funções de confiança, as o exercício de suas funções ou seus cargos públicos, o Prefeito,
funções gratificadas, com definição de atribuições e o Vice-Prefeito, os Vereadores, os Secretários e todos os
responsabilidades, limitados e vinculados à estrutura funcionários públicos ocupantes de cargos de chefia e
organizacional de cada unidade administrativa na forma assessoramento superior deverão prestar declaração de bens
estabelecida em lei, serão exercidos:

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à Câmara Municipal. (Declarado inconstitucional pela ADIN nº VIII - remuneração dos serviços extraordinários, superior,
70023116809, de 29/09/2008) no mínimo em cinquenta por cento do normal;
IX - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos,
Capítulo IV um terço a mais do que a remuneração normal, vedada a
DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS transformação do período de férias em tempo de serviço;
X - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e dos
Art. 111 O Município instituirá conselho de política de vencimentos e com a duração de cento e vinte dias;
administração e remuneração de pessoal, integrado por XI - licença-paternidade, nos termos da lei;
servidores designados pelos respectivos Poderes. XII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de
§ 1º Os planos de carreira do servidor público observarão normas de saúde, higiene e segurança;
os seguintes fundamentos: XIII - adicional de remuneração para as atividades penosas,
I - valorização e dignificação da função; insalubres ou perigosas, na forma da lei;
II - profissionalização e aperfeiçoamento; XIV - proibição de diferença de salário, de exercício de
III - sistema de méritos objetivamente apurados para o funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade,
ingresso no serviço e desenvolvimento na carreira; religião, cor ou estado civil;
IV - tratamento uniforme aos servidores públicos no que se XV - adicionais por tempo de serviço, na forma que a lei
refere à concessão de índices de reajustes ou outros estabelecer;
tratamentos remuneratórios ou desenvolvimento de carreiras. XVI - assistência e previdência social, extensivas aos
§ 2º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais dependentes e ao cônjuge:
componentes do sistema remuneratório observará: XVII - creche para os filhos de até seis anos de idade;
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade XVIII - promoção, observando-se rigorosamente os
dos cargos componentes de cada carreira; critérios de antiguidade e merecimento;
II - os requisitos para a investidura; XIX - aposentadoria e Pensão na forma da Constituição
III - as peculiaridades dos cargos. Federal.
§ 3º O detentor de mandato eletivo e os Secretários
Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio Art. 113 O regime de previdência dos servidores públicos
fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer municipais e os benefícios dele decorrentes serão definidos e
gratificação, adicional, abono prêmio, verba de representação regulamentados por lei, observadas as normas constitucionais
ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, e legais aplicáveis.
o disposto na Constituição Federal e nesta Lei Orgânica.
§ 4º A lei estabelecerá a relação entre a maior e a menor Art. 114 São estáveis após três anos de efetivo exercício, os
remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer servidores nomeados para cargo de provimento efetivo, em
caso, o disposto na Constituição Federal e nesta Lei Orgânica. virtude de concurso público.
§ 5º Os Poderes Executivo e Legislativo publicarão § 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
anualmente os valores dos subsídios de seus agentes políticos I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
e da remuneração dos cargos e empregos públicos. II - mediante processo administrativo em que lhe seja
§ 6º A lei disciplinará a aplicação de recursos assegurada ampla defesa e o contraditório;
orçamentários provenientes da economia com despesas III - mediante procedimento de avaliação periódica de
correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para aplicação desempenho, na forma de lei complementar, assegurada
no desenvolvimento de programas de qualidade e ampla defesa;
produtividade, treinamento e desenvolvimento, IV - no caso previsto na Constituição Federal.
modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do
público, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da
produtividade. vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito
§ 7º Fica estabelecido o mês de maio como data base para à indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em
o Município proceder a concessão de reposição salarial dos disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de
servidores públicos municipais. serviço.
§ 8º Nenhum servidor poderá ser diretor ou integrar § 3º Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o
conselho de empresa fornecedora ou que realize qualquer servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração
modalidade de contrato com o Município, sob pena de proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
demissão do serviço público. aproveitamento em outro cargo.
§ 9º O Conselho de Política de Administração e § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é
Remuneração de Pessoal deverá ainda, anualmente, discutir obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão
com a Administração o Plano de Carreiras dos Servidores. instituída para essa finalidade.

Art. 112 Aos servidores municipais são assegurados os Art. 115 É vedada a interferência e intervenção do Poder
seguintes direitos: Público Municipal na organização sindical.
I - vencimento ou provento não inferior ao salário mínimo;
II - irredutibilidade de salário, salvo o disposto em Art. 116 Ao servidor público eleito para cargo de direção
convenção ou acordo coletivo; sindical são assegurados todos os direitos inerentes ao cargo,
III - décimo terceiro salário com base na remuneração a partir do registro da candidatura até um ano após o término
integral ou no valor da aposentadoria; do mandato, ainda que na condição de suplente, salvo se
IV - remuneração do trabalho noturno superior à do ocorrer exoneração nos termos da lei.
diurno; Parágrafo Único - São assegurados os mesmos direitos, até
V - salário família para seus dependentes; um ano após a eleição, aos candidatos não eleitos.
VI - duração do trabalho normal não superior a oito horas
diárias e quarenta horas semanais, respeitado o interstício de Art. 117 É facultado ao servidor público, eleito para a
onze horas entre jornadas; direção do sindicato de classe, o afastamento do seu cargo, sem
VII - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos prejuízo dos vencimentos, vantagens e ascensão funcional.
domingos;

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Art. 118 É assegurada a participação dos servidores deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a
públicos municipais, por eleição, paritária, nos colegiados da concessão da pensão, na forma da lei.
administração pública em que seus interesses profissionais ou § 9º O tempo de contribuição federal, estadual ou
previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo
de serviço correspondente para efeito de disponibilidade.
Art. 119 Fica assegurado o direito de reunião em locais de § 10 A lei não poderá estabelecer qualquer forma de
trabalho aos servidores públicos e suas entidades. contagem de tempo de contribuição fictício.
§ 11 Aplica-se o limite fixado na Constituição Federal à
Art. 120 Aos servidores titulares de cargos efetivos do soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando
Município, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos,
regime de previdência de caráter contributivo, observados bem como de outras atividades sujeitas a contribuição para o
critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o regime geral de previdência social, e ao montante resultante
disposto neste artigo. da adição de proventos de inatividade com remuneração de
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência cargo acumulável na forma da Constituição, cargo em
de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e
proventos a partir dos valores fixados na forma do § 3º: de cargo eletivo.
I - por invalidez permanente, sendo os proventos § 12 Além do disposto neste artigo, o regime de
proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo
de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para
contagiosa ou incurável, especificadas em lei; o regime geral de previdência social.
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com § 13 Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em
proventos proporcionais ao tempo de contribuição; comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração,
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo bem como de outro cargo temporário ou de emprego público,
de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos aplica-se o regime geral de previdência social.
no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas § 14 Observado o disposto no § 10 deste artigo, o tempo de
as seguintes condições: serviço considerado pela legislação vigente para efeito de
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, aposentadoria, cumprido até que a Lei discipline a matéria,
se homem, e cinquenta e cinco anos de idade e trinta de será contado como tempo de contribuição.
contribuição, se mulher; § 15 Observado o disposto no § 14 deste artigo e
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta ressalvado o direito de opção à aposentadoria pelas normas
anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao por ela estabelecidas, é assegurado o direito à aposentadoria
tempo de contribuição. voluntária com proventos calculados de acordo com o § 3º
§ 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por deste artigo, àquele que tenha ingressado regularmente em
ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração cargo efetivo na Administração Pública, direta, autárquica e
do respectivo servidor no cargo efetivo em que se deu a fundacional, até a data de publicação desta Emenda, quando o
aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da servidor, cumulativamente:
pensão. I - tiver cinquenta e três anos de idade, se homem, e
§ 3º Os proventos de aposentadoria, por ocasião da sua quarenta e oito anos de idade, se mulher;
concessão, serão calculados com base na remuneração do II - tiver cinco anos de efetivo exercício no cargo em que se
servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria e, na dará a aposentadoria;
forma da lei, corresponderão à totalidade da remuneração. III - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios de:
diferenciados para a concessão de aposentadoria aos a) trinta e cinco anos, se homem, e trinta anos, se mulher;
abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados os e
casos de atividades exercidas exclusivamente sob condições b) um período adicional de contribuição equivalente a
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, vinte por cento do tempo que, na data da publicação desta
definidos em lei complementar. Emenda, faltaria para atingir o limite de tempo constante da
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição alínea anterior.
serão reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, § 16 O servidor de que trata este artigo, desde que atendido
III, a, para o professor que comprove exclusivamente tempo de o disposto em seus incisos I e II, do § 15 e observado o disposto
efetivo exercício das funções de magistério na educação no § 14, pode aposentar-se com proventos proporcionais ao
infantil e no ensino fundamental. tempo de contribuição, quando atendidas as seguintes
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos condições:
acumuláveis na forma desta Lei Orgânica, é vedada a I - contar tempo de contribuição igual, no mínimo, à soma
percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de de:
previdência previsto neste artigo. a) trinta anos, se homem, e vinte e cinco anos, se mulher; e
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício da pensão b) um período adicional de contribuição equivalente a
por morte, que será igual ao valor dos proventos do servidor quarenta por cento do tempo que, na data da publicação da
falecido ou ao valor dos proventos a que teria direito o Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998,
servidor em atividade na data de seu falecimento, observado o faltaria para atingir o limite de tempo constante da alínea
disposto no § 3º. anterior;
§ 8º Observado o disposto na Constituição Federal, os II - os proventos da aposentadoria proporcional serão
proventos de aposentadoria e as pensões serão revistos na equivalentes a setenta por cento do valor máximo que o
mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar servidor poderia obter de acordo com o caput, acrescido de
a remuneração dos servidores em atividade, sendo também cinco por cento por ano de contribuição que supere a soma a
estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer que se refere o inciso anterior, até o limite de cem por cento.
benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos § 17 O professor e servidor do Município, incluídas suas
servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da autarquias e fundações, que, até a data da publicação da
transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998,
tenha ingressado, regularmente, em cargo efetivo de

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magistério e que opte por aposentar-se na forma deste artigo, III - serviços de qualquer natureza, a serem definidos em
terá o tempo de serviço exercido até a publicação daquela lei complementar federal, exceto os de transporte
Emenda contado com o acréscimo de dezessete por cento, se interestadual e intermunicipal e de comunicações.
homem, e de vinte por cento, se mulher, desde que se aposente, § 1º O Município observará as normas gerais fixadas por
exclusivamente, com tempo de efetivo exercício das funções de lei complementar federal para a instituição dos tributos de sua
magistério. competência, base de cálculo, fato gerador e, quando for o caso,
§ 18 O servidor de que trata este artigo, que, após alíquotas máximas e mínimas, sem prejuízo da observância
completar as exigências para aposentadoria estabelecidas dos dispositivos constitucionais.
neste artigo, permanecer em atividade, fará jus à isenção da
contribuição previdenciária até completar as exigências para Art. 125 Lei Municipal estabelecerá medidas para que os
aposentadoria contidas no § 1º, III, a, deste artigo. contribuintes sejam esclarecidos sobre os tributos municipais,
normas de educação fiscal, bem como disciplinará dispositivos
Capítulo V que garantam a ampla defesa e o contraditório em processos
DO DIREITO DE PETIÇÃO E DAS CERTIDÕES administrativos tributários.

Art. 121 A Prefeitura e a Câmara Municipal são obrigadas a Art. 126 A contribuição de melhoria será cobrada do
fornecer a qualquer interessado, no prazo máximo de quinze proprietário, usufrutuário, o titular do domínio útil ou o
dias, certidões de atos, contratos e decisões, sob pena de possuidor a qualquer título de imóvel beneficiado, direta ou
responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou indiretamente, por obras públicas, que gere benefício
retardar a sua expedição. específico, efetivo ou potencial.
§ 1º No mesmo prazo do caput deste artigo, deverão
atender às requisições judiciais, se outro não for fixado pela Art. 127 Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de
autoridade judiciária. cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão,
§ 2º A certidão relativa ao exercício de cargo de Prefeito relativo a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser
será fornecida pelo Presidente da Câmara no mesmo prazo concedido mediante lei específica que regule as matérias
deste artigo. acima enumeradas, observadas as regras estatuídas na Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Art. 122 É assegurado a todos o direito de petição aos
Poderes Públicos Municipais para defesa de direitos e SEÇÃO II
esclarecimento de situações de interesse pessoal, mediante DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
solicitação por escrito e justificativa do pedido.
Art. 128 É vedado ao Município:
TÍTULO IV I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
DA TRIBUTAÇÃO, ORÇAMENTO E FINANÇAS II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se
Capítulo I encontrem em situação equivalente, ou qualquer distinção em
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS razão de ocupação profissional ou função por ele exercida,
SEÇÃO I independentemente à denominação jurídica dos rendimentos,
DOS PRINCÍPIOS GERAIS títulos ou direitos;
III - cobrar tributos:
Art. 123 O Município poderá instituir os seguintes tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início
I - impostos; da vigência da lei que houver instituído ou aumentado;
II - taxas em razão do exercício do poder de polícia, ou pela b) no mesmo exercício financeiro em que tenha sido
utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos publicada a lei que o instituiu ou aumentou;
e divisíveis prestados ao contribuinte ou postos à sua IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
disposição; V - estabelecer limitação ao tráfego de pessoas ou bens, por
III - contribuição de melhoria decorrente de obras meio de tributos, ressalvada a cobrança de pedágio pela
públicas; utilização de vias conservadas pelo Poder Público Municipal;
IV - Contribuição para o custeio do serviço de iluminação VI - instituir impostos sobre:
pública; a) patrimônio, renda ou serviços uns dos outros;
V - Contribuição, cobrada de seus servidores, para o b) templo de qualquer culto;
custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos,
assistência social. inclusive suas funções, das entidades sindicais dos
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
do contribuinte, facultada à administração tributária, d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua
especialmente para viabilizar efetivamente esses objetivos, impressão.
identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da
lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas Art. 129 O Imposto Predial e Territorial Urbano poderá ser
do contribuinte. progressivo no tempo, em razão do valor do imóvel, ter
§ 2º As taxas não poderão ter a mesma base de cálculo dos alíquotas diferentes de acordo com a localização e uso na
impostos. forma da lei, para garantir o cumprimento da função social da
propriedade, como dispõe a Constituição Federal e o Estatuto
Art. 124 Ao Município compete instituir imposto sobre: das Cidades.
I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão intervivos, a qualquer título, por ato SEÇÃO III
oneroso, de bens imóveis, por natureza ou a acessão física e de DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS REPARTIDAS
direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como
cessão de direitos a sua aquisição; Art. 130 Pertencem ao Município:
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre
renda e proventos de qualquer natureza incidentes na fonte,

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APOSTILAS OPÇÃO

sobre rendimentos pagos a qualquer título, por eles, suas § 2º As emendas ao projeto de lei orçamentária serão
autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; apresentadas à comissão competente que, sobre elas, emitirá
II - cinquenta por cento do produto da arrecadação do parecer, o qual será apreciado em plenário, na forma
imposto da União sobre a propriedade territorial rural, regimental.
relativamente aos imóveis nele situados; § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual e aos
III - cinquenta por cento do produto da arrecadação do projetos que o modifiquem podem ser aprovadas caso:
imposto do Estado sobre a propriedade de veículos I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a Lei
automotores licenciados em seus territórios; de Diretrizes Orçamentárias;
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os
imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de provenientes de anulação de despesas, excluídas as que
mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte incidam sobre:
interestadual e intermunicipal e de comunicação; a) dotações para pessoal e seus encargos;
V - o produto oriundo da compensação financeira pelo b) serviço da dívida.
resultado da exploração de petróleo, ou gás natural, de III - sejam relacionadas:
recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de a) com a correção de erros ou omissões; ou
recursos minerais no território do Município (Royalties). b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º As emendas ao projeto de Lei de Diretrizes
Art. 131 O Município receberá da União a parte que lhe Orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
couber do produto da arrecadação de tributos, distribuída incompatíveis corri o plano plurianual.
como dispõe a Constituição Federal. § 5º O Prefeito Municipal poderá enviar mensagem à
Câmara para propor modificação nos projetos a que se refere
Art. 132 O Município receberá do Estado a parte que lhe este artigo, enquanto não tiver sido iniciada a votação na
couber do Imposto Sobre Produtos Industrializados comissão competente.
Distribuído a este pela União, na forma da Constituição § 6º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no
Federal. que não contrariem o disposto nesta seção, as demais normas
relativas ao processo legislativo.
Art. 133 O Poder Executivo Municipal encaminhará à
Câmara Municipal, até o último dia do mês subsequente ao da Art. 138 É vedado:
arrecadação, os montantes de cada um dos tributos I - o início de programas ou projetos não incluídos na Lei
arrecadados, os recursos recebidos e os valores de origem Orçamentária anual;
tributária a ele entregues ou a receber. II - a realização de despesa ou a assunção de obrigações
diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;
Capítulo II III - a realização de operações de crédito que excedam o
DOS ORÇAMENTOS MUNICIPAIS montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas
mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
Art. 134 Leis de iniciativa do Poder Executivo precisa aprovadas pela Câmara Municipal por maioria
estabelecerão: absoluta;
I - o plano plurianual; IV - a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundo ou
II - as diretrizes orçamentárias; despesa, salvo as previstas no plano plurianual, as operações
III - os orçamentos anuais. de crédito aprovadas por lei municipal e as vinculações
Parágrafo Único - O Município seguirá, no que for previstas na Constituição Estadual, referentes à educação e à
compatível, a sistemática descrita pela Constituição Federal. pesquisa;
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem
Art. 135 A receita orçamentária municipal constituir-se-á prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos
da arrecadação dos tributos municipais, da participação nos correspondentes;
tributos da União e do Estado, dos recursos resultantes da VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de
utilização dos seus bens e pela prestação de serviço e de recursos de uma categoria de programação para outra, ou de
recursos oriundos de operações de empréstimos internos e um órgão para outro sem prévia autorização legislativa;
externos, tomados nos limites estabelecidos nesta Lei VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
Orgânica. VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de
Parágrafo Único - As propostas orçamentárias serão recursos do orçamento fiscal para suprir necessidades ou
elaboradas sobre a forma de programa, observadas as cobrir déficit de empresas, fundações e fundos;
proposições do planejamento do desenvolvimento integrado IX - a instituição de fundos de qualquer natureza sem
do Município. prévia autorização legislativa;
X - a subvenção ou auxílio do Poder Público ás entidades
Art. 136 A despesa pública constituir-se-á de dotações de previdência privada com fins lucrativos.
destinadas aos órgãos da administração direta e indireta para § 1º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência
atendimento das necessidades administrativas do Município. no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o
ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
Art. 137 Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus
diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício
adicionais serão apreciados pela Câmara Municipal. financeiro subsequente.
§ 1º Caberá às comissões técnicas componentes da Câmara § 2º A abertura de crédito extraordinário somente será
Municipal: admitida para atender às despesas imprevisíveis e urgentes
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos como às decorrentes de guerra, comoção interna ou
neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo calamidade pública.
Prefeito Municipal; § 3º Nenhum investimento, cuja execução ultrapasse um
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas exercício financeiro, poderá ser iniciado sem prévia inclusão
previstos nesta Lei Orgânica e exercer o acompanhamento e a no plano plurianual ou sem lei que autorize a inclusão sob
fiscalização orçamentária. pena de crime de responsabilidade.

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Art. 139 Os recursos correspondentes às dotações III - reestruturação do parque industrial, com metas
orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares definidas em lei complementar;
especiais destinados à Câmara Municipal, ser-lhe-ão entregues IV - apoio e estímulo ao associativismo, buscando
até o dia vinte de cada mês, em duodécimos, corrigidos na fundamentalmente a defesa dos pequenos empreendimentos
mesma proporção do índice aplicado na correção da Lei industriais, comerciais e agropecuários;
Orçamentária anual. V - tratamento favorecido às empresas brasileiras de
capital nacional, de pequeno porte, localizadas no Município;
Art. 140 A despesa com pessoal ativo e inativo do VI - defesa do meio ambiente e dos recursos naturais;
Município não poderá exceder os limites estabelecidos em lei VII - defesa do consumidor;
complementar federal. VIII - eliminação de entraves burocráticos que possam
Parágrafo Único - A concessão de qualquer vantagem ou dificultar o exercício da atividade econômica;
aumento de remuneração, a criação de cargos ou alteração de IX - expansão social do mercado consumidor;
estrutura de carreiras, bem como a admissão de pessoal, a X - atuação conjunta com as instituições federais e
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração estaduais, objetivando a implantação, na área do Município
direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas das seguintes políticas, voltadas ao estímulo dos setores
pelo Poder Público Municipal, só poderão ser feitas: produtivos:
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para a) assistência técnica;
atender à projeção de despesa de pessoal e aos acréscimos b) crédito;
dela decorrentes; c) estímulos fiscais;
II - se houver autorização específica na Lei de Diretrizes XI - redução das desigualdades sociais.
Orçamentárias.
Art. 147 Na aquisição de bens e serviços, o Poder Público
Art. 141 A Câmara Municipal elaborará a proposta Municipal dará tratamento preferencial, nos termos da lei, à
orçamentária do Poder Legislativo, cujo montante de recursos empresa brasileira de capital nacional.
não poderá ser superior ao limite estabelecido na Constituição
Federal, excluídas as operações de crédito e as receitas não Art. 148 As microempresas e as empresas de pequeno
tributárias. porte, assim definidas em lei federal, receberão do Município
tratamento jurídico diferenciado, visando ao incentivo de sua
Capítulo III criação, preservação e desenvolvimento através da
DAS FINANÇAS PÚBLICAS MUNICIPAIS eliminação, redução ou simplificação de suas obrigações
administrativas, tributária e creditícia por meio da lei.
Art. 142 O Município observará o que dispuser a legislação
complementar federal sobre: Art. 149 O Município promoverá e incentivará o turismo, a
I - finanças públicas; pesca, a agroindústria e o artesanato como fatores de
II - dívida pública externa e interna do Município; desenvolvimento social e econômico.
III - concessão de garantias pelas entidades públicas Parágrafo Único - Lei Municipal estabelecerá política
municipais; turística para o Município, definindo diretrizes e estimulando
IV - emissão ou resgate de títulos da dívida pública; as ações públicas e privadas como forma de promoção do
V - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades desenvolvimento social e econômico.
públicas do Município.
Art. 150 O Município, por lei e ação integrada com a União,
Art. 143 As disponibilidades de caixa do Município e dos com o Estado e com a sociedade, promoverá a defesa dos
órgãos ou entidades do Poder Público Municipal serão direitos sociais do consumidor através de sua conscientização,
depositadas em instituições financeiras oficiais, ressalvados os da prevenção e responsabilização por danos a ele causados,
casos previstos em lei. democratizando a fruição de bens e serviços essenciais.

Art. 144 Os preços pela utilização de bens e pela prestação Art. 151 A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e
de serviços serão estabelecidos por decreto, reservado outras formas de associativismo.
Parecer do Conselho Municipal de Trânsito.
Art. 152 Fica assegurada a participação do cooperativismo,
TÍTULO V através dos seus representantes legais, nas comissões e
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL colegiados de âmbito municipal, das quais a iniciativa privada
Capítulo I faça parte e que tratem de assuntos relativos às atividades
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ORDEM ECONÔMICA desenvolvidas pelas cooperativas para maior integração.

Art. 145 A organização da atividade econômica, fundada na Art. 153 Lei Municipal instituirá o Conselho Municipal do
valorização do trabalho humano, na livre iniciativa e na Desenvolvimento Econômico, que será integrado por
proteção do meio ambiente, tem por objetivo assegurar organismos, entidades e lideranças nas áreas comerciais e
existência digna a todos conforme os mandamentos da justiça industriais para participar da coordenação da política de
social e com base nos princípios estabelecidos na Constituição desenvolvimento econômico.
Federal.
Capítulo II
Art. 146 O Município, objetivando o desenvolvimento DA POLÍTICA URBANA
econômico, identificado com as exigências de um
ordenamento social justo, incentivará essencialmente as Art. 154 A política de desenvolvimento urbano, executada
seguintes metas: pelo Poder Público Municipal, conforme diretrizes gerais
I - implantação de uma política de geração de empregos fixadas em lei federal, tem por objetivo ordenar o pleno
com expansão de mercado de trabalho; desenvolvimento das funções sociais da Cidade e garantir o
II - utilização da pesquisa e tecnologia como instrumento bem-estar de seus Habitantes.
de aprimoramento da atividade econômica ;

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§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, é o II - especificação dos usos do solo tolerados em relação a
instrumento básico da política de desenvolvimento e de cada área, zona ou bairro da Cidade;
expansão urbana. III - aprovação ou restrições dos loteamentos;
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social IV - controle das construções urbanas,
quando atende às exigências fundamentais de ordenação da V - proteção estética da Cidade;
Cidade expressas no plano diretor. VI - preservação paisagística, monumental, histórica e
§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas cultural da Cidade;
com prévia e justa indenização em dinheiro. VII - controle da poluição.
§ 4º É facultado ao Poder Público Municipal, mediante lei
específica, para área incluída no plano diretor, exigir, nos Capítulo III
termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não DA POLÍTICA AGRÁRIA E AGRÍCOLA
edificado, sub-utilizado ou não utilizado que promova seu
adequado aproveitamento sob pena, sucessivamente, de: Art. 157 A política agrícola será planejada e executada na
I - parcelamento ou edificação compulsória; forma da lei federal com a participação efetiva do setor de
II - impostos sobre a propriedade predial e territorial produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bens
urbano progressivo no tempo; como dos setores de comercialização, de armazenamento e de
III - desapropriação com pagamento mediante título da transportes.
dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado § 1º Incluem-se no planejamento agrícola as atividades
Federal, com prazo de resgate de até dez anos em parcelas agroindustriais, agropecuárias, pesqueiras e florestais.
anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da § 2º Serão compatibilizadas as ações de política agrícola e
indenização e os juros legais. de reforma agrária.
§ 5º O disposto no parágrafo anterior só será aplicável às
áreas incluídas previamente no plano diretor da Cidade como Art. 158 A política agropecuária e a de escoamento
destinadas a: municipal serão planejadas e executadas com a participação
I - construção de conjuntos habitacionais para residências efetiva dos profissionais das áreas, dos produtores e
populares; trabalhadores rurais através dos seus órgãos representativos,
II - implantação de vias urbanas ou logradouros públicos; objetivando o desenvolvimento rural nos seus aspectos
III - edificação de hospitais, escolas, postos de saúde, econômicos e sociais, com racionalização de uso e preservação
creches ou outras construções de relevante interesse social. de recursos naturais e meio ambiente, cabendo ao Município:
I - racionalização de uso e preservação dos recursos
Art. 155 A política municipal de desenvolvimento urbano naturais e ambientais do Município;
visa assegurar, dentre outros objetivos: II - orientação, assistência técnica e extensão rural;
I - a urbanização, a regularização de loteamentos de áreas III - incentivo à diversificação da atividade agropecuária,
fundiárias e urbanas; principalmente a produção de alimento básico ao consumo
II - a cooperação das associações representativas no local;
planejamento urbano municipal; IV - treinamento e capacitação de mão de obra rural;
III - o estímulo à preservação de áreas periféricas de V - implantação de agrovilas como forma de fixar o
produção agrícola e pecuária; trabalhador rural no campo;
IV - a garantia da preservação, da proteção e da VI - agro-industrialização racionalizada;
recuperação do meio ambiente; VII - promoção de feiras livres, de apoio ao pequeno
V - a criação e manutenção de parques de especial agricultor e produtor, visando ainda à redução do custo dos
interesse urbanístico, social, ambiental, turístico e de alimentos básicos ao consumidor, através da comercialização
utilização pública; direta;
VI - a utilização racional do território e dos recursos VIII - tratamento diferenciado e privilegiado aos micro e
naturais, mediante controle da implantação e do pequenos agricultores, criando formas de apoio e incentivo às
funcionamento de atividades industriais, comerciais, suas atividades;
residenciais e outras. IX - complementação dos serviços voltados aos transporte,
armazenagem e comercialização de produtos agrícolas;
Art. 156 O planejamento urbano municipal disporá, além X - controle racionalizado do uso de agrotóxicos;
de outros, sobre: XI - conservação de solos e da rede viária municipal através
I - normas relativas ao desenvolvimento urbano; de manejo integrado;
II - política de reformulação de planos setoriais; XII - manutenção de controle estatístico de produção;
III - critérios de parcelamento, uso e ocupação do solo e XIII - ações de apoio e proteção ao trabalhador rural
zoneamento, prevendo áreas destinadas a moradias populares volante,
com facilidades de acesso aos locais de trabalho, serviços e XIV - dispor de vias e estradas públicas condizentes ao
lazer; escoamento dos produtos agrícolas.
IV - proteção ambiental; § 1º É vedada toda e qualquer queimada de restos culturais
V - ordenação de usos, atividades e funções de interesse de safras agrícolas.
zonal; § 2º A drenagem de solos úmidos e a remoção de pedras
VI - segurança dos edifícios, sua harmonia arquitetônica, terão incentivos especiais a fim de propiciar a mecanização e o
alinhamento, nivelamento, ingressos, saídas, arejamento, aumento da produtividade.
números de pavimentos e sua conservação; § 3º Será estimulado o reflorestamento ou a formação de
VII - delimitação da zona urbana e de expansão urbana; pastagens permanentes em terrenos impróprios para culturas
VIII - traçado urbano com arruamentos, alinhamentos, temporárias.
nivelamento das vias públicas, circulação, salubridade, § 4º As instituições e órgãos da Municipalidade ligadas à
segurança, funcionalidade e estética da Cidade. agricultura incentivarão o plantio direto e a rotação de
§ 1º O controle do uso e ocupação do solo urbano implica, culturas ou outras técnicas que se comprovarem mais eficazes.
dentre outras, nas seguintes medidas:
I - regulamentação do zoneamento; Art. 159 Fica vedada a concessão de benefícios fiscais ou
incentivos municipais ao produtor rural que:

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APOSTILAS OPÇÃO

I - não participar de programa de manejo integrado de IV - propor atualizações periódicas ao código sanitário
solos e água; municipal;
II - proceder o uso indiscriminado de agrotóxicos. V - desenvolver, formular e implantar medidas que
atendam:
Art. 160 A função social é cumprida quando a propriedade a) a saúde do trabalhador e seu ambiente de trabalho;
rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de b) a saúde da mulher e suas prioridades;
exigências estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: c) a saúde das pessoas portadoras de deficiências;
I - aproveitamento racional e adequado; d) a coleta, o transporte e o destino do lixo residencial,
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis industrial, comercial, hospitalar e nuclear.
e preservação do meio ambiente;
III - observância das disposições que regulam as relações SEÇÃO III
de trabalho; DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários
e dos trabalhadores. Art. 165 A Assistência Social, direito do cidadão e dever do
Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que
Capítulo IV provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto
DA ORDEM SOCIAL integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para
SEÇÃO I garantir o atendimento às necessidades básicas da população,
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS tendo como fundamento prioritário:
a) desenvolver e articular ações da Política da Assistência
Art. 161 O Município, em ação integrada e conjunta com a Social, consolidando os programas, projetos e serviços de
União, com o Estado e com a sociedade, tem o dever de atendimento aos segmentos da população excluída dos
assegurar a todos os direitos relativos à saúde, à alimentação, mínimos sociais, viabilizando o acesso às políticas sociais
à educação, ao lazer, à profissionalização, à capacidade para o básicas, como forma de garantir o seu Pleno desenvolvimento
trabalho, à cultura, do cuidado e à proteção especial da família, e a inclusão no processo de cidadania;
da mulher, da criança, do adolescente, do idoso e do índio, bem b) garantir a continuidade da política de atendimento a
como à conservação do meio ambiente. crianças e adolescentes, idoso e deficientes, com a finalidade
de garantir a qualidade desta e de sua família, minimizando os
SEÇÃO II problemas decorrentes da realidade social, assegurados pelo
DA SAÚDE Estatuto da Criança e do Adolescente e Lei Orgânica de
Assistência Social;
Art. 162 A saúde é direito de todos e dever da União, dos c) desenvolver e assegurar programas e projetos de
Estados e do Município, assegurado mediante políticas atendimento à família, à criança e ao adolescente, ao idoso e à
econômicas e ambientais que visem à conservação e pessoa portadora de deficiência;
eliminação do risco de doença e outros agravos, e ao acesso d) desenvolver e apoiar ações de capacitação e organização
universal e igualitário às ações e serviços, a sua promoção e de grupos e associações, visando elevar o nível de consciência
recuperação. social, à valorização, participação e auto-sustentação;
e) desenvolver atividades de capacitação profissional,
Art. 163 As ações e serviços de saúde são de natureza visando à geração de renda.
pública, cabendo ao Município dispor, através de lei, sobre a
sua regulamentação, fiscalização e controle, que se constituem Art. 166 O Município assegurará, no âmbito de sua
em sistema único, organizado de acordo com as seguintes competência, a proteção e a assistência à família,
diretrizes: especialmente à maternidade, à infância, à adolescência e à
I - descentralização, com direção única, no Município; velhice, bem como à educação do excepcional, na forma da
II - integração das ações e serviços de saúde adequados às Constituição Federal.
diversas realidades epidemiológicas;
III - universalização da assistência social, de igual Art. 167 As ações governamentais de assistência social
qualidade, com instalação e acesso da população a todos os serão descentralizadas e integradas, cabendo à União a
níveis dos serviços, na formulação, gestão e controle das coordenação e as normas gerais e, ao Estado e ao Município a
políticas e ações de saúde em nível municipal; coordenação e a execução dos respectivos programas com
IV - participação direta do usuário em nível das unidades participação das entidades beneficentes de assistência social,
prestadoras de serviços de saúde, no controle das políticas e comunidades e associações.
ações de saúde em nível municipal.
Parágrafo Único - É vedado ao Município destinar recursos Art. 168 Os recursos atribuídos ao Município, na forma da
públicos para auxílios e subvenções às instituições privadas Constituição Estadual, serão aplicados em programas de
com fins lucrativos. assistência social e de apoio ao esporte amador.
Parágrafo Único - Lei estabelecerá critérios de
Art. 164 Ao sistema de saúde compete, além de outras proporcionalidade para a distribuição dos recursos referidos
atribuições, nos termos da lei: neste artigo.
I - gestão, planejamento, controle e avaliação da política
municipal de saúde; SEÇÃO IV
II - garantir aos usuários o acesso ao conjunto das DA EDUCAÇÃO
informações referentes às atividades desenvolvidas pelo
sistema, assim como sobre os agravos individuais e coletivos Art. 169 A educação, enquanto direito de todos, é um dever
identificados; do Estado, da sociedade e da família, devendo ser baseada nos
III - estabelecer normas, fiscalizar e controlar edificações, princípios da democracia, da liberdade de expressão, da
instalações, estabelecimentos, atividades, procedimentos, solidariedade e do respeito aos direitos humanos, visando
produtos, substâncias e equipamentos que interfiram, constituir-se em instrumento do desenvolvimento da
individual e coletivamente, incluindo as referentes à saúde do capacidade de elaboração e de repasse de conhecimentos.
trabalhador;

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APOSTILAS OPÇÃO

Parágrafo Único - O Município atuará prioritariamente na II - a universalização do ensino público fundamental,


educação fundamental e na educação infantil. inclusive para jovens e adultos trabalhadores;
III - a melhoria da qualidade do ensino público municipal;
Art. 170 O ensino será ministrado com base nos seguintes IV - a promoção humanística, científica, tecnológica e
princípios: profissional de seus cidadãos.
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola; SEÇÃO V
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o DA CULTURA
pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; Art. 177 O Município promoverá o desenvolvimento
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos cultural da comunidade local, mediante:
oficiais; I - cooperação com a União e o Estado, na proteção aos
V - valorização dos profissionais de ensino, garantidos, na locais e objetos de interesse histórico e artístico;
forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com II - oferecimento de estímulos concretos ao cultivo das
piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por ciências, artes e letras;
concurso público de provas e títulos; III - incentivo à promoção e divulgação da história dos
VI - gestão democrática do ensino, garantida a participação valores humanos e das tradições locais;
de representantes da comunidade; IV - proteção e incentivo às manifestações da cultura
VII - garantia de padrão de qualidade, cabendo ao popular local;
Município, suplementarmente, promover o atendimento V - promoção de feiras de livros e artesanatos.
educacional especializado aos portadores de deficiências, Parágrafo Único - É facultado ao Município:
preferencialmente na rede de ensino. a) firmar convênios de intercâmbios e cooperação
financeira, com entidades públicas ou privadas, para a
Art. 171 Ao Conselho Municipal de Educação, com prestação de orientação técnica e assistência na criação e
estrutura e atribuições definidas em lei, é assegurada a manutenção de bibliotecas;
participação na definição da política educacional do Município. b) promover, mediante incentivos especiais ou concessões
de prêmios e bolsas de estudos, atividades e estudos de
Art. 172 A escolha dos diretores das escolas será feita interesse local, de natureza científica ou socioeconômica.
através do voto direto dos professores, funcionários e pais de
alunos, em processo definido em lei. (Declarado Art. 178 O acesso à consulta dos arquivos da
Inconstitucional pela ADIN nº 70008338246 de 06/2004) documentação oficial do Município é livre a todos.

Art. 173 O Município aplicará anualmente na Educação, no SEÇÃO VI


mínimo, vinte e cinco por cento da receita resultante de DO DESPORTO E DO LAZER
imposto, compreendida a proveniente de transferências.
Art. 179 O Município fomentará as práticas desportivas
Art. 174 O sistema de ensino do Município compreenderá, formais e não formais, dando prioridade aos alunos de sua
obrigatoriamente: rede de ensino e à promoção desportiva dos clubes locais.
I - serviços de assistência educacional que assegurem
condições de eficiência escolar aos alunos necessitados, Art. 180 O Município proporcionará meios de recreação e
compreendendo garantia de cumprimento da obrigatoriedade lazer sadios e construtivos à comunidade, como forma de
escolar, material escolar, transporte, alimentação, tratamento promoção social, mediante:
médico, psicológico e dentário e outras formas eficazes de I - reserva de espaços verdes e livres, em forma de parques,
assistência familiar; bosques, jardins, praias, e assemelhados, como base física de
II - entidades que congreguem professores e pais de alunos recreação urbana;
com o objetivo de colaborar para o funcionamento eficiente de II - construção de equipamentos e parques infantis, centros
cada estabelecimento de ensino. de juventude e centro de convivência comunal;
Parágrafo Único - O Município propiciará grades III - aproveitamento e adaptação de rios, lagos, matas e
educacionais de orientação política, social, ética, outros recursos naturais como locais de passeio e diversão,
administrativa, sexual, preventiva de drogas e de estudo das observadas as normas de preservação ecológica.
culturas e origens.
Art. 181 Os serviços municipais de esporte e lazer
Art. 175 Os planos e projetos necessários à obtenção de articular-se-ão entre si ou com as atividades culturais do
auxílio técnico e financeiro aos programas de educação do Município, visando ao desenvolvimento do turismo.
Município serão elaborados pela administração do ensino
fundamental, com assistência técnica, se solicitada, de órgãos SEÇÃO VII
competentes da administração pública e do Conselho DO MEIO AMBIENTE
Municipal de Educação.
Parágrafo Único - O Município poderá firmar convênios Art. 182 Todos têm direito ao meio ambiente
para intercâmbio e cooperação financeira com entidades ecologicamente equilibrado, bem como o de uso comum do
públicas ou privadas para prestação de orientação e povo, essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao
assistência à educação. Município e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo
para as presentes e futuras gerações, garantindo-se a proteção
Art. 176 A lei estabelecerá o Plano Plurianual de Educação, dos ecossistemas e o uso racional dos recursos ambientais.
em consonância com os planos estadual e nacional, visando ao § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao
desenvolvimento do ensino municipal, em articulações com a Poder Público Municipal cumprir e fazer cumprir os preceitos
União e o Estado do Rio Grande do Sul, que buscará promover e normas estabelecidas na Constituição Estadual.
em sua circunscrição territorial: § 2º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio
I - a erradicação do analfabetismo; ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas,

Legislação 21
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APOSTILAS OPÇÃO

a sanções penais e administrativas independentemente da SEÇÃO VIII


obrigação de reparar os danos causados. DO SANEAMENTO
§ 3º As pessoas físicas ou jurídicas, que exerçam atividades
poluidoras, serão responsabilizadas e as medidas, definidas Art. 187 O Município, juntamente com o Estado, instituirá,
em lei estadual, serão aplicadas em seu rigor, além de obrigá- com a participação popular, Programa de Saneamento Urbano
las, sob pena de suspensão do licenciamento, a cumprir as e Rural com o objetivo de promover a defesa da saúde pública,
diretrizes estabelecidas pelo órgão competente, na forma da respeitada a capacidade de suporte do meio ambiente aos
lei. impactos causados.
Parágrafo Único - O Programa de que trata este artigo será
Art. 183 Incumbe ao Município zelar pela preservação e regulamentado através de lei estadual no sentido de garantir à
conservação ambiental, especialmente no que diz respeito às maior parcela possível da população o abastecimento de água
seguintes questões: tratada, a coleta, tratamento e disposição final de esgotos
I - zelar pela integridade do ar, do solo e das águas, sanitários e de resíduos, bem como os serviços de drenagem
legislando complementarmente para que estes elementos de águas pluviais e a proteção dos mananciais potáveis.
vitais sejam preservados em sua integridade;
II - firmar convênios com o Estado, União, setor público e Art. 188 O Município implantará, observada a competência
privado, bem como entidades ambientalistas, para assegurar a comum do Estado, o Programa de Saneamento referido no
preservação do meio ambiente; artigo anterior.
III - fiscalizar, em todos os sentidos, o cumprimento da
legislação em vigor; SEÇÃO IX
IV - realizar tratamento ou destinar adequadamente o lixo DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
urbano, hospitalar e industrial;
V - viabilizar, sob orientação técnica dos órgãos Art. 189 O Município destinará anualmente uma parcela de
relacionados com o meio ambiente, a implantação de sua receita tributária para o fomento da pesquisa científica e
programas e disciplinas sobre o meio ambiente para serem tecnológica a ser destinada a órgão gestor específico, com
divulgados em setores educacionais, conforme lei específica; representação partidária do Poder Executivo e da comunidade
VI - exigir, na forma da lei, para a instalação de obra, científica, tecnológica, empresarial e trabalhadora, a ser
atividades ou parcelamento do solo potencialmente causador definida em lei.
de degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto § 1º Compete ao Município, como forma de
ambiental, a que se dará publicidade, garantidas audiências desenvolvimento científico e tecnológico:
públicas. I - estimular o melhor aproveitamento da terra, bem como
§ 1º É vedada a concessão de recursos públicos ou a defesa contra as formas de exaustão do solo;
incentivos fiscais às atividades que desrespeitem as normas e II - celebrar convênio com a União, Estado e instituições de
padrões de proteção ao meio-ambiente natural e de trabalho. ensino públicas ou privadas, visando à implementação de
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais, inclusive pesquisas, assistência técnica e extensão rural, garantindo o
extração de barro cerâmico, cascalho ou pedreiras, fica atendimento gratuito aos pequenos produtores que trabalham
obrigado a recuperar o meio ambiente degredado, de acordo em regime de economia familiar e assalariados rurais;
com a solução técnica apresentada e exigida pelo órgão III - prover a assistência técnica a produtores rurais
competente. através de, no mínimo, um engenheiro agrônomo,
§ 3º É obrigatória a recuperação da vegetação nativa nas especializado nas áreas concernentes aos projetos em
áreas protegidas por lei, assim como a sua recuperação por desenvolvimento, especialmente nas associações de
parte do proprietário que não respeitar restrições ao produtores, de outros grupamentos cooperativos que
desmatamento. surgirem ou de forma global no Município;
§ 4º É proibida a instalação, no território do Município, de IV - incentivar o produtor rural à execução de práticas de
reatores nucleares, com exceção daqueles destinados à preservação do solo contra a erosão e outros malefícios, com o
pesquisa científica e de uso terapêutico, cuja localização e apoio e orientação técnica das cooperativas, EMATER, Órgão
especificações serão definidas em lei. do Município responsável pela Agricultura e outros órgãos
relacionados que surgirem.
Art. 184 Incumbe também ao Município:
I - promover a educação ambiental em todos os níveis de Art. 190 Incumbe ao Poder Público Municipal dar incentivo
ensino e a conscientização pública para a preservação ao meio à pesquisa tecnológica e científica e difundir os seus
ambiente; resultados.
II - incentivar e fornecer mudas para a arborização das
margens dos rios e laterais das estradas dentro das normas SEÇÃO X
legais. DA HABITAÇÃO

Art. 185 O Município adotará mecanismos legais para o Art. 191 A política habitacional do Município, integrada à
incremento ao reflorestamento, proporcionalmente à da União e à do Estado, objetivará a solução da carência
extensão da área rural, criando incentivos municipais, bem habitacional de acordo com os seguintes princípios e critérios:
como adotando essa medida nos casos de implantação de I - oferta de lotes urbanizados;
áreas verdes, arborização e plantio de árvores em terrenos II - estímulo e incentivo à formação de cooperativas
urbanos. populares de habitação;
Art. 186 Todos os vasilhames de agrotóxicos vendidos no III - atendimento prioritário à família carente;
Município, por qualquer empresa, deverão ser recolhidos IV - formação de programas habitacionais pelo sistema de
pelas mesmas, conforme procedimento regulamentado em lei mutirão e auto-construção.
complementar. Art. 192 As entidades da administração direta e indireta,
responsáveis pelo setor habitacional, contarão com recursos
orçamentários próprios e específicos à implantação de sua
política.

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 193 O Município manterá cadastro atualizado das dispõe sobre a Responsabilidade Fiscal, de que trata a
famílias desprovidas de Habitação. Constituição Federal, os Projetos de Lei que tratam sobre o
Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento
SEÇÃO XI Anual.
DA FAMÍLIA, DA MULHER, DA CRIANÇA, DO
ADOLESCENTE E DO IDOSO Art. 202 É assegurado aos servidores públicos municipais,
na forma da lei, a percepção do benefício do vale-transporte.
Art. 194 A família, base da sociedade, tem especial
proteção do Município, na forma das Constituições Federal e Art. 203 O Poder Executivo reavaliará todos os incentivos
Estadual. fiscais ora em vigor, propondo ao Poder Legislativo as medidas
cabíveis, especialmente quanto ao repasse de verbas públicas
Art. 195 A família, a sociedade e o Município têm o dever designadas ao Fundo Municipal de Desenvolvimento, que
de amparar as pessoas idosas assegurando sua participação na dependerão de autorização legislativa, na forma da Legislação
comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e Municipal própria que tratará sobre a matéria.
garantir-lhes o direito à vida digna.
Art. 204 O Conselho Permanente de Direitos Humanos terá
Art. 196 O Município promoverá, através do Conselho sua organização, composição e funcionamento regulados por
Municipal da Mulher, a ser instituído por lei, a defesa dos lei complementar, garantindo-se nele a participação de
direitos sociais da mulher. representantes dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário,
§ 1º O Estado, o Município e a sociedade, mediante do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil e das
conscientização no sentido de evitar qualquer forma de associações representativas da sociedade.
tratamento discriminatório, reconhecendo sua condição de
mãe, educadora, co-partícipe na direção da família, cidadã e Art. 205 O Conselho Municipal de Educação, Órgão
agente de transformações sociais, criarão ações integradas, Deliberativo, Normativo e Consultivo, terá sua composição
tendo como base os seguintes objetivos: regulamentada por lei complementar, garantidos os princípios
I - assistência social integral à mulher; de autonomia e representatividade na sua formação.
II - assistência pré-natal, pós-parto e educacional do filho;
III - orientação para o planejamento familiar responsável; Art. 206 Lei Municipal, a ser enviada pelo Chefe do Poder
IV - atendimento e proteção na atividade profissional; Executivo, no prazo máximo de sessenta (60) dias, após a
V - orientação jurídica e psicossocial nos conflitos promulgação desta Lei Orgânica, disporá sobre:
familiares e sociais; a) organização, composição e competência do Conselho
VI - implantação de creches e assistência médico- Municipal do Meio Ambiente;
odontológica no local do trabalho; b) instituição, organização, funcionamento e competência
VII - atendimentos em albergues e abrigos às vítimas de do Gabinete do Vice-Prefeito Municipal.
violência;
VIII - assistência à presidiária e à egressa do sistema penal. Art. 207 Caberá aos Órgãos Municipais de Cultura e
§ 2º O Município destinará, prioritariamente, recursos Esportes a concessão de incentivos à pesquisa, produções
públicos à assistência materno-infantil e à defesa integral dos artístico-culturais e preservação de obras de arte e do
direitos da mulher. patrimônio histórico.

Art. 197 O Município incentivará, através de subvenções Art. 208 O Município implantará e manterá bibliotecas
sociais, as entidades sem fins lucrativos, de cunho filantrópico escolares, em número compatível com a densidade
reconhecido pelos órgãos competentes, atuantes na política do populacional e clientela escolar, respectivamente, destinando,
bem-estar da criança, do adolescente, da pessoa portadora de às mesmas, verbas suficientes para aquisição e reposição de
deficiência e do idoso. acervos e manutenção de recursos humanos especializados.

Art. 198 O Município, em atendimento à legislação Art. 209 Deverá o Município implantar, de acordo com as
estadual, exigirá a construção dos logradouros e dos edifícios diretrizes do Sistema Único de Saúde, serviço odontológico de
de uso público, a fabricação de veículos de transporte coletivo atendimento à população escolar.
e a instalação de sistemas de sonorização nos sinais luminosos
de trânsito que permitam o uso adequado por pessoas Art. 210 O Conselho Comunitário de Segurança terá sua
portadoras de deficiência. organização, composição e funcionamento regulados por lei
complementar, nele garantindo-se a participação de
Art. 199 É garantida a gratuidade nos transportes representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
coletivos, no âmbito do Município, aos maiores de sessenta
anos e às pessoas carentes portadoras de deficiência. Art. 211 O Poder Público Municipal reconhecerá os
conselhos comunitários legalmente constituídos, como
TÍTULO VI representantes da sociedade civil, com a finalidade de
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS acompanhar e fiscalizar o cumprimento dos dispositivos
constitucionais referentes à educação, saúde, ação social e
Art. 200 O Município publicará anualmente, em Órgão segurança, no âmbito municipal, na forma da lei.
Oficial do Município, no mês de março, e disponibilizará por
meios eletrônicos, relação completa dos servidores lotados Art. 212 O Município estimulará e apoiará o
por órgão ou entidades da administração pública direta, desenvolvimento de programas voltados ao esclarecimento
indireta e fundacional em cada um de seus poderes, indicando sobre os malefícios das substâncias capazes de gerar
o cargo ou função e o local de seu exercício para fins de dependências físicas ou psíquicas ao organismo humano.
recenseamento e controle.
Art. 213 O Município, objetivando integrar a organização,
Art. 201 O Poder Executivo deverá enviar à Câmara planejamento e execução de funções públicas de interesse
Municipal, no prazo estabelecido na Lei Complementar que regional comum, poderá associar-se, mediante lei, aos demais

Legislação 23
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APOSTILAS OPÇÃO

Municípios limítrofes e ao Estado para formar associação ou Gabarito


consórcios de interesse local e regional.
01.Certo / 02.Errado / 03.Certo / 04.Errado / 05.Certo
Art. 214 Lei Municipal disporá sobre a criação do Conselho
Municipal de Turismo.

Art. 215 Os Vereadores, o Prefeito Municipal e o Vice-


2. Lei 2028/1997 - Estatuto
Prefeito Municipal, na Sessão Especial de Promulgação desta dos Servidores Públicos
Lei Orgânica Municipal, prestarão compromissos de manter, Municipais de Sapucaia do Sul.
defender e cumpri-la.

Art. 216 Esta Lei Orgânica, aprovada e assinada pelos


integrantes da Câmara Municipal, será promulgada e LEI Nº 2028/1997.
publicada pela Mesa Diretiva, devendo ser dada ampla
divulgação e distribuição, e entra em vigor na data de sua Fica Instituído o Estatuto dos Servidores Públicos
promulgação, revogadas as disposições em contrário. Municipais de Sapucaia do Sul. (Redação dada pela Lei nº
2371/2001)
Sala de Sessões da Câmara Municipal de Sapucaia do Sul, 4
de dezembro de 2003. Walmir dos Santos Martins, Prefeito Municipal de Sapucaia
do Sul. Faço saber que a Câmara de Vereadores aprovou e eu,
Questões com fundamento no art. 65, inciso IV, da Lei Orgânica do
Município, sanciono e promulgo a seguinte Lei:
01. Nos termos da Lei Orgânica do Município de Sapucaia
do Sul/RS, julgue o item abaixo: TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Compete, privativamente ao Prefeito, a iniciativa de
projetos de lei que disponham sobre proposições que geram Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o Estatuto dos Servidores
despesas ou que comprometam receitas do Município. Públicos Municipais de Sapucaia do Sul, excetuadas as
( ) Certo ( ) Errado categorias que por disposição constitucional, devam reger-se
por legislação própria. (Redação dada pela Lei nº 2371/2001)
02. Nos termos da Lei Orgânica do Município de Sapucaia
do Sul/RS, julgue o item abaixo: Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor público é a pessoa
legalmente investida em cargo público.
O uso dos bens municipais por terceiros poderá ser feito
mediante concessão, permissão ou autorização, quando Art. 3º Cargo público é o criado por lei, em número certo,
houver interesse público devidamente justificado. A com denominação própria, consistindo em conjunto de
autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem público, atribuições e responsabilidades, cometidas a um servidor,
será outorgada para atividades específicas e transitórias pelo mediante retribuição pecuniária paga pelos cofres públicos.
prazo máximo de trinta dias.
( ) Certo ( ) Errado Art. 4º Os cargos públicos municipais, acessíveis a todos os
brasileiros, que preencham os requisitos legais para a
03. Nos termos da Lei Orgânica do Município de Sapucaia investidura, são de provimento efetivo e em comissão.
do Sul/RS, julgue o item abaixo: § 1º - Os cargos em comissão são de livre nomeação e
exoneração.
A Procuradoria Geral do Município é a instituição que § 2º - Os cargos em comissão e as funções gratificadas, com
representa, como advocacia geral, o Município judicial e atribuições definidas de chefia, assistência e assessoramento,
extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei serão exercidos, preferencialmente, por servidores do quadro
complementar que dispuser sobre sua organização e permanente, ocupantes de cargos técnicos ou profissionais,
funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento nos casos e condições previstos em Lei.
jurídico do Poder Executivo.
( ) Certo ( ) Errado Art. 5º Os cargos de provimento efetivo serão organizados
com promoções na forma definida nos respectivos planos de
04. Nos termos da Lei Orgânica do Município de Sapucaia carreira, mediante aplicação de critérios alternados de
do Sul/RS, julgue o item abaixo: antiguidade e merecimento.
Parágrafo Único - Poderão ser criados cargos isolados
Não compete ao Município incentivar e fornecer mudas quando o número não comportar a organização em carreira.
para a arborização das margens dos rios e laterais das estradas
dentro das normas legais. Art. 6º A investidura em cargo público de provimento
( ) Certo ( ) Errado efetivo dependerá de aprovação prévia em concurso público
de provas ou de provas e títulos.
05. Nos termos da Lei Orgânica do Município de Sapucaia
do Sul/RS, julgue o item abaixo: Art. 7º São requisitos para ingresso no serviço público:
I - Possuir a nacionalidade brasileira;
O Município, por lei e ação integrada com a União, com o II - Estar quite com as obrigações militares e eleitorais;
Estado e com a sociedade, promoverá a defesa dos direitos III - Ter idade mínima de dezoito anos;
sociais do consumidor através de sua conscientização, da IV - Possuir aptidão física e mental;
prevenção e responsabilização por danos a ele causados, V - Estar em gozo dos direitos políticos;
democratizando a fruição de bens e serviços essenciais. VI - Ter atendido às condições prescritas para o cargo.
( ) Certo ( ) Errado

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 1º - De acordo com as atribuições peculiares do cargo, II - Maior nota, nas provas de caráter classificatório, se
poderão ser exigidos outros requisitos a serem estabelecidos houver, prevalecendo a que tiver maior peso;
em Lei. III - Sorteio público, que será divulgado através de edital
§ 2º - A comprovação de preenchimento dos requisitos publicado na imprensa, com antecedência mínima de três (03)
mencionados no caput dar-se-á no momento da posse do dias úteis de sua realização.
candidato aprovado no concurso público para o cargo para o
qual se submeteu. Art. 13 - O prazo de validade do concurso será de até dois
(02) anos, podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual
Art. 8º Precederá sempre, ao ingresso no serviço público período, no interesse da administração.
municipal, a inspeção médica, realizada pelo órgão de perícia Parágrafo Único - Enquanto houver candidatos aprovados
oficial ou credenciado. em concurso público, com prazo de validade não expirado, em
§ 1º - Poderão ser exigidos exames suplementares, de condições de serem nomeados, poderá ser aberto novo
acordo com a natureza de cada cargo, nos termos da Lei. concurso para o mesmo cargo, assegurado o direito
§ 2º - Os candidatos julgados temporariamente inaptos preferencial de nomeação dos candidatos aprovados em
poderão requerer nova inspeção médica, no prazo de trinta concurso anterior.
(30) dias, a contar da data que dela tiverem ciência.
§ 3º - O candidato ao cargo em comissão na Câmara de Art. 14 - Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado
Vereadores terá sua aptidão física e mental atestada por o direito de concorrer nos concursos públicos, para
médico do trabalho. (Redação acrescida pela Lei nº provimento de cargos, cujas atribuições sejam compatíveis
3000/2007) com a deficiência de que são portadoras.
§ 1º - A lei reservará percentual de cargos e definirá
TÍTULO II critérios de admissão das pessoas nas condições deste artigo.
DO PROVIMENTO E DA VACÂNCIA § 2º - O edital regulamentará a forma de aprovação, a
Capítulo I classificação dos candidatos e fixará a jornada de trabalho.
DO PROVIMENTO
SEÇÃO I SEÇÃO III
DISPOSIÇÕES GERAIS DA NOMEAÇÃO

Art. 9º São formas de provimento de cargo público: Art. 15 - A nomeação far-se-á:


I - Nomeação; I - Em caráter efetivo, quando se tratar de candidato
II - Readaptação; aprovado em concurso público, para provimento em cargo
III - Reintegração; efetivo de carreira ou isolado;
IV - Reversão; II - Em comissão, quando se tratar de cargo de confiança de
V - Aproveitamento; livre exoneração.
VI - Recondução. Parágrafo Único - A nomeação em caráter efetivo
obedecerá rigorosamente à ordem de classificação dos
Art. 10 - O recrutamento é geral e destina-se a selecionar aprovados, ressalvada a hipótese de opção do candidato por
candidatos, através de concurso público para preenchimento última chamada.
de vagas existentes, no quadro de cargos dos órgãos
integrantes da estrutura organizacional do Município. SEÇÃO IV
DA POSSE E DO EXERCÍCIO
SEÇÃO II
DO CONCURSO PÚBLICO Art. 16 - Posse é a aceitação expressa do cargo, formalizada
com a assinatura do termo, no prazo de quinze (15) dias, a
Art. 11 - O concurso público tem como objetivo selecionar contar da nomeação.
candidatos à nomeação, em cargos de provimento efetivo, § 1º - Quando se tratar de servidor legalmente afastado do
podendo ser de provas ou de provas e títulos, na forma do exercício do cargo, o prazo para a posse começará a fluir a
regulamento. partir do término do afastamento.
§ 1º - As condições para a realização do concurso serão § 2º - A posse poderá dar-se mediante procuração
fixadas em edital e/ou regulamento. específica.
§ 2º - O regulamento geral de concursos públicos será § 3º - No ato da posse, o servidor deverá apresentar
definido em decreto expedido pelo Poder Executivo Municipal. declaração, quanto ao exercício ou não de outro cargo,
§ 3º - As provas deverão aferir, com caráter eliminatório, emprego ou função pública.
os conhecimentos específicos exigidos para o exercício do
cargo. Art. 17 - A autoridade a quem couber dar posse verificará,
§ 4º - Serão considerados como títulos somente os cursos sob pena de responsabilidade, se foram cumpridas as
ou atividades desempenhadas pelos candidatos se tiverem formalidades legais prescritas para o provimento do cargo.
relação direta com as atribuições do cargo pleiteado, sendo
que os pontos a eles correspondentes não poderão somar mais Art. 18 - Se a posse não se der no prazo referido no art. 16
de 25% (vinte e cinco por cento) do total dos pontos do será tornada sem efeito a nomeação.
concurso.
§ 5º - Os componentes da banca examinadora deverão ter Art. 19 - São competentes para dar posse:
qualificação, no mínimo, igual à exigida dos candidatos. I - O Prefeito do Município, aos titulares de cargos de sua
imediata confiança;
Art. 12 - O desempate entre candidatos aprovados no II - Os Secretários Municipais e os dirigentes de órgãos
concurso, em igualdade de condições, obedecerá aos seguintes diretamente ligados ao Chefe do Poder Executivo, com
critérios: delegação.
I - Maior nota, nas provas de caráter eliminatório,
considerando o peso respectivo;

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 20 - Exercício é o efetivo desempenho das atribuições período de 36 meses, durante o qual a sua aptidão, capacidade
do cargo e dar-se-á no prazo de até trinta (30) dias contados e desempenho serão objeto de avaliação por Comissão
da data da posse. Especial designada para esse fim, com vista a aquisição da
§ 1º - Será tornada sem efeito a nomeação do servidor que estabilidade, observados os seguintes quesitos:
não entrar em exercício, no prazo estabelecido neste artigo. I - Assiduidade;
§ 2º - Compete à chefia imediata, da unidade II - Pontualidade;
administrativa onde for lotado o servidor, dar-lhe exercício e III - Disciplina;
providenciar os elementos necessários à complementação de IV - Eficiência;
seus assentamentos individuais. V - Responsabilidade;
§ 3º - Não interrompem o exercício a readaptação, a VI - Relacionamento.
recondução, bem como a nomeação em outro cargo. § 1º - É condição para a aquisição da estabilidade, a
§ 4º - O prazo de que trata este artigo, para os casos de avaliação do desempenho no estagio probatório, nos termos
reintegração, reversão e aproveitamento, será contado a partir deste artigo.
da publicação do ato. § 2º - A avaliação será realizada por trimestre e a cada uma
corresponderá um competente boletim, sendo que cada
Art. 21 - O servidor removido "ex-officio", que deva ter servidor será avaliado no efetivo exercício do cargo para o qual
exercício em outro órgão da administração municipal, deverá foi nomeado.
entrar em exercício imediatamente no novo órgão, salvo § 3º - Somente os afastamentos decorrentes de gozo de
motivo relevante e justificado que o impeça. férias legais não prejudicam a avaliação do trimestre.
Parágrafo Único - Na hipótese de o servidor encontrar-se § 4º - Quando os afastamentos, no período considerado
afastado do exercício do cargo, o prazo a que se refere este forem superiores a trinta dias, a avaliação do estagio ficará
artigo será contado a partir do término do afastamento. suspensa até o retorno do servidor ás suas atribuições,
retomando-se a contagem do tempo anterior para efeito do
Art. 22 - A efetividade do servidor será comunicada ao trimestre.
órgão competente mensalmente, por escrito, na forma de § 5º - Os critérios de avaliação estabelecidos neste artigo
regulamento. não se aplicam nos casos específicos de afastamentos
Parágrafo Único - A aferição da frequência do servidor, motivados por acidente em serviço, agressão não provocada
para todos efeitos, será apurada através do ponto, nos termos em serviço, ou moléstias profissionais, quando a pontuação
de regulamento. será integral.
§ 6º - Três meses antes de fundo o período de estágio
Art. 23 - O servidor poderá afastar-se do exercício das probatório, a avaliação do desempenho do servidor, realizada
atribuições do seu cargo no serviço público municipal, de acordo com o que dispuser a lei ou regulamento, será
mediante autorização do Prefeito, nos seguintes casos: submetida a homologação da autoridade competente, sem
I - Para o desempenho de tarefas de interesse do prejuízo da continuidade de apuração dos quesitos
Município; enumerados nos incisos I a VI do "caput" deste artigo.
II - Colocação à disposição; § 7º - em todo o processo de avaliação, o servidor deverá
III - Estudo ou missão científica, cultural ou artística; ter vista de cada boletim de estagio, podendo se manifestar
IV - Estudo ou missão especial de interesse do Município. sobre os itens avaliados pela (s) respectiva (s) chefia (s),
§ 1º - O servidor somente poderá ser posto à disposição de devendo apor sua assinatura.
outros órgãos da administração direta, autarquias ou § 8º - O servidor que não preencher alguns dos requisitos
fundações de direito público do Município para exercer função do estágio probatório deverá receber orientação adequada,
de confiança ou por força de convênio. para que possa corrigir as deficiências.
§ 2º - O servidor somente poderá ser posto à disposição de § 9º - Verificado, em qualquer fase do estagio, resultado
outras entidades da administração indireta do Município ou de insatisfatório por três avaliações consecutivas, será
outras esferas governamentais, para o exercício de tarefas processada e exoneração do servidor.
inerentes ao cargo ou função de confiança. § 10 - Sempre que concluir pela exoneração do estagiário,
ser-lhe-á assegurada vista do processo, pelo prazo de 05 dias
Art. 24 - Salvo nos casos previstos nesta Lei, o servidor que úteis, para apresentar defesa e indicar as provas que pretende
interromper o exercício, por mais de trinta (30) dias produzir.
consecutivos, será demitido por abandono de cargo, com base § 11 - A defesa, quando apresentada, será apreciada em
em resultado apurado em inquérito administrativo. relatório conclusivo, por comissão especialmente designada
pelo Prefeito, podendo, também ser determinadas diligências
Art. 25 - O servidor preso para perquirição de sua e ouvidas as testemunhas.
responsabilidade, em crime comum ou funcional, será § 12 - O servidor não aprovado no estagio probatório Serpa
considerado afastado do exercício do cargo, observado o exonerado e reconduzido ao caro interiormente ocupado, se
disposto no inciso IV do artigo 72. era estável, observados os dispositivos pertinentes.
§ 1º - Absolvido, terá considerado este tempo como de § 13 - O estágio, quando convocado, deverá participar de
efetivo exercício, sendo-lhe ressarcidas as diferenças todo e qualquer curso específico referente as atividades de seu
pecuniárias a que fizer jus. cargo.
§ 2º - No caso de condenação, e se esta não for de natureza § 14 - Nos casos de cometimento de falta disciplinar
que determine a demissão, continuará afastado até o inclusive durante o primeiro e ultimo trimestre, o estagiário
cumprimento total da pena. terá sua responsabilidade apurada através de sindicância ou
processo administrativo disciplinar, observadas as normas
SEÇÃO V estatutárias, independente da continuidade da apuração do
DA ESTABILIDADE estágio probatório pela Comissão Especial. (Redação dada pela
Lei nº 2371/2001)
Art. 26 (Revogado pela Lei nº 2474/2002)

Art. 27 - Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para


cargo de provimento efetivado ficará a estagio probatório por

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SEÇÃO VI § 2º - Ao servidor que reverter aplicam-se as disposições


DA RECONDUÇÃO dos artigos 16 e 20, relativas à posse e ao exercício,
respectivamente.
Art. 28 - Recondução é o retorno do servidor estável ao Art. 34 - A reversão far-se-á, a pedido ou "ex-officio", no
cargo anteriormente ocupado e decorrerá de: mesmo cargo ou resultante de sua transformação.
I - Obtenção de resultado insatisfatório em estágio
probatório relativo a outro cargo; Art. 35 - O servidor com mais de sessenta (60) anos não
II - Reintegração do anterior ocupante do cargo. poderá ter processada sua reversão.
Parágrafo Único - Encontrando-se provido o cargo de
origem, o servidor será aproveitado em outro, com a natureza Art. 36 - O servidor que reverter não poderá ser
e vencimento compatíveis com o que ocupara, observado o aposentado antes de decorridos cinco (05) anos de efetivo
disposto no artigo 42. exercício, salvo se sobrevier outra moléstia que o incapacite
definitivamente ou for invalidado, em consequência de
SEÇÃO VII acidente ou de agressão não provocada, no exercício de suas
DA READAPTAÇÃO atribuições, ou nas hipóteses constitucionalmente previstas.
Parágrafo Único - Para efeito desse artigo, não será
Art. 29 - Readaptação é a forma de investidura do servidor computado o tempo em que o servidor, após a reversão, tenha
estável, em cargo de atribuições e responsabilidades mais se licenciado em razão da mesma moléstia.
compatíveis com as limitações que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental, verificada em inspeção médica, Art. 37 - O tempo em que o servidor esteve aposentado
podendo ser processada a pedido ou "ex-officio". será computado, na hipótese de reversão, exclusivamente para
§ 1º - A readaptação será efetivada, sempre que possível, fins de nova aposentadoria.
em cargo compatível com a aptidão do servidor, observada a
habilitação e a carga horária exigida para o novo cargo. SEÇÃO IX
§ 2º - A verificação de que o servidor tornou-se inapto para DA REINTEGRAÇÃO
o exercício do cargo ocupado, em virtude de modificações em
sua aptidão física ou psíquica, será realizada pelo órgão central Art. 38 Reintegração é o retorno do servidor demitido ao
de recursos humanos do Município, que, à vista de laudo cargo anteriormente ocupado, ou ao resultante de sua
médico, estudo social ou psicológico, indicará o cargo em que transformação, em consequência de decisão judicial. (Redação
julgar possível a readaptação. dada pela Lei nº 3423/2013)
§ 3º - Definido o cargo, serão cometidas as respectivas
atribuições ao servidor em estágio experimental, pelo órgão SEÇÃO X
competente, por prazo não inferior a noventa (90) dias, o que DA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO
poderá ser realizado na mesma repartição ou em outra,
atendendo, sempre que possível, às peculiaridades do caso, Art. 39 - A disponibilidade decorrerá da extinção do cargo
mediante acompanhamento sistemático. ou da declaração de sua desnecessidade.
§ 4º - No caso de inexistência de vaga, serão cometidas ao Parágrafo Único - Extinto o cargo, o servidor estável ficará
servidor as atribuições do cargo indicado, até que se disponha em disponibilidade remunerada até seu aproveitamento em
deste para o regular provimento. outro cargo.

Art. 30 - Se o resultado da inspeção médica concluir pela Art. 40 - O servidor em disponibilidade não terá qualquer
incapacidade para o serviço público, será determinada a redução em sua remuneração permanente estabelecida em
aposentadoria do readaptando. Lei.
Parágrafo Único - O servidor em disponibilidade será
Art. 31 - Em nenhuma hipótese poderá a readaptação aposentado se, submetido à inspeção médica, for declarado
acarretar aumento ou diminuição da remuneração do inválido para o serviço público.
servidor, exceto quando se tratar da percepção de vantagens,
cuja natureza é inerente ao exercício do novo cargo. Art. 41 - Aproveitamento é o retorno à atividade do
servidor em disponibilidade e far-se-á, obrigatoriamente, em
Art. 32 - Verificada a adaptabilidade do servidor no cargo cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o
e comprovada sua habilitação, será formalizada sua anteriormente ocupado.
readaptação, por ato de autoridade competente.
Parágrafo Único - O órgão competente poderá indicar a Art. 42 - A Secretaria Municipal de Administração, através
delimitação de atribuições no novo cargo ou no cargo anterior, de seu órgão central de recursos humanos, poderá indicar o
apontando aquelas que podem ser exercidas pelo servidor e, aproveitamento do servidor em disponibilidade, em vaga que
se necessário, a mudança do local de trabalho. vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da administração
pública municipal, na forma do regulamento.
SEÇÃO VIII
DA REVERSÃO Art. 43 - Salvo doença comprovada por junta médica oficial,
será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a
Art. 33 - Reversão é o retorno à atividade do servidor disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo
aposentado por invalidez, quando verificada, por junta médica de trinta (30) dias.
oficial, a insubsistência dos motivos determinantes da
aposentadoria, exceto se decorrente de simulação ou fraude, SEÇÃO XI
quando lhe serão aplicadas as normas contidas nos artigos 169 DA PROMOÇÃO
a 189 desta Lei.
§ 1º - O servidor que reverter terá assegurada a retribuição Art. 44 - As promoções obedecerão às regras estabelecidas
correspondente à situação funcional que detinha na Lei que dispuser sobre os planos de carreira dos servidores.
anteriormente à aposentadoria.

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Capítulo II Art. 52 - O exercício de função de confiança, pelo servidor


DA VACÂNCIA público efetivo, poderá ocorrer sob a forma de função
gratificada.
Art. 45 - A vacância do cargo decorrerá de:
I - Exoneração; Art. 53 - A designação para o exercício da função
II - Demissão; gratificada, que nunca será cumulativa com o cargo em
III - Readaptação; comissão, será feita por ato expresso da autoridade
IV - Aposentadoria; competente.
V - Recondução;
VI - Falecimento. Art. 54 - O valor da função gratificada será percebido,
Parágrafo Único - A abertura da vaga ocorrerá na data da cumulativamente, com o vencimento do cargo de provimento
publicação da Lei que criar o cargo ou do ato que formalizar efetivo.
qualquer das hipóteses, previstas neste artigo.
Art. 55 - O valor da função gratificada continuará sendo
Art. 46 - A exoneração dar-se-á: percebido pelo servidor que, sendo seu ocupante, estiver
I - A pedido do servidor; ausente em virtude de férias, luto, casamento, licença para
II - "ex-officio", quando: tratamento de saúde, licença à gestante ou paternidade,
a) Se tratar de cargo em comissão, a critério da autoridade serviços obrigatórios por lei ou atribuições decorrentes de seu
competente; cargo ou função.
b) Não forem satisfeitas as condições do estágio
probatório. Art. 56 - Será tornada sem eleito a designação do servidor
que não entrar no exercício da função gratificada no prazo de
Art. 47 - A demissão decorrerá de aplicação de pena dois dias a contar do ato da investidura.
disciplinar, na forma prevista nesta Lei.
Art. 57 - O provimento de função gratificada poderá recair
TÍTULO III também em servidor de outra entidade pública, posto à
DAS MUTAÇÕES FUNCIONAIS disposição do Município, sem prejuízo de seus vencimentos.
Capítulo I
DA SUBSTITUIÇÃO Art. 58 - É facultado ao servidor efetivo do Município,
quando indicado para o exercício de cargo em comissão, optar
Art. 48 - Os servidores, investidos em cargo em comissão pelo provimento, sob a forma de função gratificada
ou funções gratificadas, terão substitutos durante seus correspondente.
afastamentos ou impedimentos eventuais previamente
designados pela autoridade competente, sem prejuízo de seus Art. 59 - A lei indicará os casos e condições em que os
vencimentos, exceto se decorrentes de exoneração. cargos em comissão serão exercidos preferencialmente por
Parágrafo Único - O substituto fará jus ao vencimento do servidores ocupantes de cargos de provimento efetivo.
cargo ou função, na proporção dos dias de efetiva substituição,
iguais ou superiores a 10 (dez) dias consecutivos. TÍTULO IV
DO REGIME DO TRABALHO
Capítulo II Capítulo I
DA REMOÇÃO DO HORÁRIO E DO PONTO

Art. 49 - Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido Art. 60 - O Prefeito determinará, quando não estabelecido
ou "ex-officio", de acordo com a necessidade e conveniência de em Lei ou Regulamento, o horário de expediente das
serviço e firmada por ato oficial do Município: repartições.
I - De uma repartição para outra;
II - De uma unidade de trabalho para outra, dentro da Art. 61 - O horário normal de trabalho, de cada cargo ou
mesma repartição. função, é o estabelecido na legislação específica, não podendo
Parágrafo Único - Deverá ser sempre comprovada por ser superior a oito horas diárias e a quarenta e quatro
junta médica a remoção, a pedido, por motivo de saúde do semanais.
servidor, do cônjuge deste ou dependente, mediante prévia
verificação da existência de vaga. Art. 62 - Atendendo à conveniência ou à necessidade do
serviço, e mediante acordo escrito, poderá ser instituído
Art. 50 - A remoção por permuta será processada, a pedido sistema de compensação de horário, hipótese em que a
de ambos os interessados, ouvidas, previamente, as chefias jornada diária poderá ser superior a oito horas, sendo o
envolvidas. excesso de horas compensado pela correspondente
diminuição em outro dia, observada sempre a jornada máxima
Capítulo III semanal.
DO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DE CONFIANÇA
Art. 63 - A Frequência do servidor será controlada:
Art. 51 - A função gratificada é instituída por lei para I - Pelo ponto;
atender encargos de direção, chefia, assessoramento ou em II - Pela forma determinada em regulamento, quanto aos
razão de dedicação extraordinária, decorrente das atribuições servidores não sujeitos ao ponto.
inerentes ao cargo que ocupa. § 1º - Ponto é o registro, mecânico ou não, que assinala o
Parágrafo Único - A função gratificada poderá também ser comparecimento do servidor ao serviço e pelo qual se verifica,
criada em paralelo com o cargo em comissão, como forma diariamente, a sua entrada e saída.
alternativa de provimento da posição de confiança, hipótese § 2º - Salvo nos casos do inciso II deste artigo, é vedado
em que o valor da mesma não poderá ser superior a 50% dispensar do registro do ponto e abonar faltas ao serviço.
(cinquenta por cento) do vencimento do cargo em comissão.

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Capítulo II Art. 71 Remuneração é o vencimento do cargo acrescido


DO SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO das demais verbas pecuniárias estabelecidas em lei, dos
adicionais de caráter individual, percebidos pelo servidor
Art. 64 - A prestação de serviços extraordinários só poderá exceto:
ocorrer por expressa determinação do Prefeito Municipal. I - salário-família;
(Redação dada pela Lei nº 3559/2014) II - diárias;
§ 1º - O serviço extraordinário será remunerado por hora III - ajudas de custo;
de trabalho, que exceda o período normal, com acréscimo de IV - indenização de transporte;
cinquenta por cento, em relação à hora normal. V - adicional pela prestação de serviço extraordinário e
§ 2º - Salvo nos casos excepcionais, devidamente integração;
justificados, não poderá o trabalho, em horário extraordinário, VI - adicional de insalubridade, periculosidade ou pelo
exceder a duas horas diárias. exercício de atividades penosas e integrações;
VII - adicional de 1/3 de férias;
Art. 65 - O serviço extraordinário, excepcionalmente, VIII - auxílio alimentação;
poderá ser realizado sob a forma de plantões, para assegurar X - auxílio pré-escolar;
o funcionamento dos serviços municipais ininterruptos. XI - abono de férias;
Parágrafo Único - O plantão extraordinário visa à XII - férias indenizadas, e,
substituição do plantonista titular, legalmente afastado ou em XIII - licença prêmio indenizada;
falta ao serviço. XIV - adicional noturno e integrações. (Redação dada pela
Lei nº 3386/2012)
Art. 65-A O servidor público nomeado para cargo em
comissão não receberá pelo exercício de horas Art. 72 - O servidor perderá:
extraordinárias. I - A remuneração proporcional relativa aos dias em que
Parágrafo único. O exercício de função gratificada exclui a faltar ao serviço;
remuneração por serviço extraordinário. (Redação acrescida II - A parcela da remuneração diária, proporcional aos
pela Lei nº 3810/2017) atrasos, ausências e saídas antecipadas, iguais ou superiores a
sessenta (60) minutos;
Art. 66 (Revogado pela Lei nº 3614/2014) III - A metade da remuneração, na hipótese de conversão
da pena de suspensão em multa;
Capítulo III IV - Um terço de sua remuneração, durante o afastamento
DO REPOUSO SEMANAL no exercício do cargo, nas hipóteses previstas no artigo 25.
Parágrafo Único - No caso de faltas sucessivas, serão
Art. 67 - O servidor tem direito a repouso remunerado, computados para efeito de desconto, os períodos de repouso
num dia de cada semana, preferencialmente aos domingos, intercalados.
bem como nos dias feriados civis e religiosos.
§ 1º - A remuneração do dia de repouso corresponderá a Art. 73 - Salvo por imposição legal, ou mandado judicial,
um dia normal de trabalho. nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.
§ 2º - Serviço extraordinário, em domingos e feriados, será Parágrafo Único - Mediante autorização escrita do
remunerado com acréscimo de 100% (cem por cento) em servidor, poderá haver consignação, em folha de pagamento, a
relação à hora normal. favor de terceiros, a critério da administração e com reposição
§ 3º - Consideram-se já remunerados os dias de repouso de custos.
semanal do servidor mensalista ou quinzenalista cujo
vencimento remunera trinta ou quinze dias, respectivamente. Art. 74 - As reposições e indenizações ao erário serão
descontadas em parcelas mensais não excedentes à quinta
Art. 68 - Perderá a remuneração do repouso o servidor que parte da remuneração ou provento.
tiver faltado, sem motivo justificado, ao serviço durante a
semana, mesmo que em apenas um turno. Art. 75 - O servidor que for demitido ou exonerado deverá
Parágrafo Único - São motivos justificados as concessões, quitar, no ato da exoneração, débitos com o erário.
licenças e afastamentos previstos em Lei, nas quais o servidor
continua com direito ao vencimento normal, como se em Art. 76 - A não quitação do débito, no prazo previsto,
exercício estivesse. implicará sua inscrição na dívida ativa.

Art. 69 - Nos serviços públicos ininterruptos poderá ser Capítulo II


exigido o trabalho nos dias feriados civis e religiosos, hipótese DAS VANTAGENS
em que as horas trabalhadas serão pagas com acréscimo de
cinquenta por cento, salvo a concessão de outro dia de folga Art. 77 - Além do vencimento, poderão ser pagas ao
compensatória. servidor efetivo as seguintes vantagens:
I - Indenizações;
TÍTULO V II - Avanços;
DOS DIREITOS E VANTAGENS III - Gratificações e adicionais;
Capítulo I IV - Honorários e jetons;
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO V - Licença-prêmio;
VI - Auxílio para diferença de caixa;
Art. 70 - Vencimento é a retribuição pecuniária devida ao VII - Outras que a lei venha a estabelecer. (Redação dada
servidor, pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao pela Lei nº 3559/2014)
padrão fixado em Lei.
Parágrafo Único - Nenhum servidor receberá, a título de Art. 78 - As vantagens pecuniárias não serão computadas,
vencimento básico, importância inferior ao salário mínimo. nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer
outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob mesmo título ou
idêntico fundamento, e serão calculadas, sempre, sobre o

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vencimento básico da classe a que pertencer o servidor, com SUBSEÇÃO III


exceção do disposto na Lei Municipal nº 1968, de 13 de junho DO TRANSPORTE
de 1997.
Art. 87 - Será concedida indenização de transporte ao
Art. 79 - Salvo os casos previstos nesta Lei, o servidor não servidor que realizar despesas com a utilização de meio
poderá receber, a qualquer título, seja qual for o motivo ou a próprio de locomoção para execução de serviços externos, por
forma de pagamento, nenhuma outra vantagem pecuniária dos força das atribuições próprias do cargo, conforme previsto em
órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou outras regulamento.
organizações públicas, em razão de seu cargo, nas quais tenha Parágrafo Único - Será devida também a indenização que
sido mandado servir, ressalvados os honorários de trata este artigo nos deslocamentos previamente convocados
sucumbência e pelo exercício de função de confiança. de representação.

Art. 80 - As vantagens de que trata o artigo 77 não são SEÇÃO II


incorporadas ao vencimento, em atividade, excetuando-se os DAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS
avanços, o adicional por tempo de serviço, a gratificação de
representação e o abono de permanência em serviço, nos Art. 88 - Serão deferidos ao servidor as seguintes
termos da Lei. gratificações e adicionais por tempo de serviço e outras por
condições especiais de trabalho:
SEÇÃO I I - Função gratificada;
DAS INDENIZAÇÕES II - Gratificação natalina;
III - Gratificação por regime especial de trabalho, na forma
Art. 81 - Constituem indenizações ao servidor: da Lei;
I - Diárias; IV - Gratificação por exercício de atividades insalubres,
II - Ajuda de custo; penosas ou perigosas;
III - Transporte. V - Gratificação por exercício de serviço extraordinário;
VI - Gratificação de representação, na forma da Lei;
SUBSEÇÃO I VII - Gratificação por serviço noturno;
DAS DIÁRIAS VIII - Adicional por tempo de serviço;
IX - Abono de permanência em serviço;
Art. 82 - O servidor que se afastar temporariamente da X - Abono familiar;
sede, devidamente designado e em objeto de serviço, fará jus, XI - Gratificação para exercício em difícil acesso;
além das passagens de transporte, também a diárias, XII - Outras gratificações, relativas ao local ou à natureza
destinadas à indenização das despesas de alimentação e do trabalho, na forma da Lei.
pousada.
§ 1º - Entende-se por sede a localidade onde o servidor SUBSEÇÃO I
estiver em exercício em caráter permanente. DA GRATIFICAÇÃO NATALINA
§ 2º - A diária será concedida por dia de afastamento,
sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir Art. 89 - Será concedida ao servidor que esteja no
pernoite fora da sede, e não está sujeita a prestação de contas. desempenho de suas funções uma gratificação natalina
correspondente à sua remuneração integral, devida no mês de
Art. 83 - O servidor que receber diárias e, por qualquer dezembro.
motivo, não se afastar da sede, fica obrigado a restituí-las § 1º - A gratificação de que trata este artigo corresponderá
integralmente, no prazo de cinco (05) dias. a um doze avos (1/12) da remuneração a que fizer jus o
Parágrafo Único - Na hipótese de o servidor retornar à servidor, no mês de dezembro, por mês de efetivo exercício,
sede, em prazo menor do que o previsto para o seu considerando-se as frações iguais ou superiores a quinze (15)
afastamento, deverá restituir as diárias recebidas em excesso, dias como mês integral.
no período previsto no "caput". § 2º - O pagamento da gratificação natalina será efetuado
até o dia vinte (20) do mês de dezembro de cada exercício.
Art. 84 - As diárias, que deverão ser pagas antes do § 3º - A gratificação natalina é devida ao servidor afastado
deslocamento, serão calculadas sobre a remuneração do de suas funções, sem prejuízo da remuneração e demais
servidor e serão percebidas na forma de regulamento. vantagens.
Parágrafo Único - Serão devidas diárias, também, nos
deslocamentos previamente convocados de representação. Art. 90 - O servidor exonerado terá direito à gratificação
natalina proporcionalmente aos meses de exercício.
SUBSEÇÃO II
DA AJUDA DE CUSTO Art. 91 - É extensiva aos inativos a percepção da
gratificação natalina, cujo cálculo incidirá sobre as parcelas
Art. 85 - A ajuda de custo destina-se a cobrir as despesas que compõem seu provento.
de viagem e instalação do servidor que for designado para
exercer missão ou estudo fora do Município, por tempo que SUBSEÇÃO II
justifique a mudança temporária de residência. DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO
Parágrafo Único - A concessão da ajuda de custo ficará a
critério da autoridade competente, que considerará os Art. 92 O servidor efetivo, ao completar quinze (15) e vinte
aspectos relacionados com a distância percorrida, o número de e cinco (25) anos de serviço público, contados na forma desta
pessoas que acompanharão o servidor e a duração da ausência. Lei, passará a perceber, respectivamente, o adicional de 15%
(quinze por cento) ou 25% (vinte e cinco por cento),
Art. 86 - A ajuda de custo não poderá exceder o dobro do calculados na forma da Lei. (Redação dada pela Lei nº
vencimento do servidor, salvo quando o deslocamento for para 3559/2014)
o exterior, caso em que poderá ser de quatro vezes o § 1º - Os avanços e os adicionais de 15% (quinze por cento)
vencimento, desde que arbitrada justificadamente. e de 25% (vinte e cinco por cento) serão pagos a partir do

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primeiro dia do mês, em que for completado o período de § 1º - As disposições deste artigo não se aplicam quando o
concessão. serviço noturno corresponder ao horário normal de trabalho.
§ 2º - A concessão do adicional de 25% (vinte e cinco por § 2º - Considera-se noturno o trabalho realizado entre as
cento) fará cessar o de 15% (quinze por cento) anteriormente 22 h de um dia e as 6 h do dia seguinte.
concedido.
SEÇÃO III
Art. 93 - Para efeitos de concessão de triênios, adicionais DA LICENÇA-PRÊMIO
de 15% e 25%, será computado tão somente o tempo de
serviço público prestado ao Município de Sapucaia do Sul, suas Art. 99 - O servidor efetivo que, por um quinquênio ou
autarquias ou fundações, ressalvado o direito adquirido. decênio ininterrupto, não se houver afastado do exercício de
Parágrafo Único - Para efeitos de aposentadoria, será suas funções, terá direito à concessão automática de três (03)
admitido integralmente, o tempo de serviço prestado a outros ou seis (06) meses de licença-prêmio por assiduidade, com
órgãos públicos, federais, estaduais ou municipais, respeitados todas as vantagens do cargo, como se nele estivesse em
os termos da legislação própria. (Redação dada pela Lei nº exercício. (Redação dada pela Lei nº 3559/2014)
2937/2007) § 1º - Para os efeitos deste artigo não serão considerados
interrupção da prestação de serviço os afastamentos previstos
Art. 94 - Na acumulação remunerada, será considerado, no art. 128, incisos I a XV, desta Lei. (Restabelecido pela Lei nº
para efeito de adicional, o tempo de serviço prestado a cada 3126/2009)
cargo isoladamente. § 2º - Nos casos dos afastamentos previstos nos incisos XIV,
alínea "b", e XV do artigo 128, somente serão computados
SUBSEÇÃO III como de efetivo exercício de serviço público prestado ao
DOS ADICIONAIS DE PENOSIDADE, INSALUBRIDADE E Município, para efeitos deste artigo, um período máximo de
PERICULOSIDADE três (03) meses, para licença quinquenal, e de seis (06) meses,
para licença decenal, para tratamento de saúde do servidor e
Art. 95 - Os servidores que exerçam suas atribuições, com de trinta (30) dias, para licença quinquenal, e sessenta (60)
habitualidade, em locais insalubres ou em contato com dias, para licença decenal, por motivo de doença em pessoa de
substâncias tóxicas radioativas ou com risco de vida, fazem jus sua família.
a uma gratificação incidente sobre o valor do menor padrão de
vencimentos, do quadro de servidores do Município. Art. 100 - A pedido do servidor, a licença-prêmio poderá
§ 1º - As atividades penosas, insalubres ou perigosas serão ser:
definidas em lei própria. I - Gozada, no todo ou em parcelas não inferiores a um (01)
§ 2º - O servidor que fizer jus às gratificações de mês, com aprovação da chefia, considerada a necessidade do
insalubridade, periculosidade ou penosidade deverá optar por serviço;
uma delas, nas condições previstas em Lei. II (Revogado pela Lei nº 3810/2017)
§ 3º - O direito às gratificações, previstas neste artigo, cessa III - Transformada em pecúnia, a critério da administração.
com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa Parágrafo Único - Ao entrar em gozo de licença-prêmio, o
à sua concessão. servidor terá direito, a pedido, a receber a sua remuneração do
§ 4º - O exercício de atividades em condições de mês de fruição antecipadamente, observada a disponibilidade
insalubridade assegura ao servidor a percepção de um financeira do Município.
adicional respectivamente de trinta, vinte ou dez por cento
(30, 20 ou 10%), segundo a classificação nos graus máximo, Art. 101 - A apuração do tempo de serviço normal, para
médio ou mínimo. efeito da formação do quinquênio, gerador do direito da
§ 5º - O adicional de periculosidade e de penosidade serão, licença-prêmio, será na forma do artigo 126 desta Lei.
respectivamente, de trinta e vinte por cento (30 e 20%).
Art. 102 - O número de servidores, em benefício
Art. 96 - Haverá permanente controle da atividade de simultâneo de licença prêmio, não poderá ser superior a um
servidores, em operações ou locais considerados penosos, terço (1/3) da lotação da respectiva unidade administrativa de
insalubres ou perigosos. trabalho, exceto nos casos em que houver a designação de
Parágrafo Único - A servidora gestante ou lactante será servidor substituto para o setor.
afastada, enquanto durarem a gestação e a lactação, das Parágrafo Único - O Município não está obrigado a
operações e locais, previstos neste artigo, passando a exercer conceder a licença-prêmio a todos os servidores com direito,
suas atividades em local salubre e em serviço compatível com num mesmo período.
suas condições.
SEÇÃO IV
Art. 97 - Os locais de trabalho e os servidores que operem DO AUXÍLIO PARA DIFERENÇA DE CAIXA
com Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob
controle permanente, de modo que as doses de radiação Art. 103 - O servidor que, por força das atribuições
ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na próprias de seu cargo, pague ou receba em moeda corrente,
legislação própria. perceberá um auxílio para diferença de caixa, no montante de
Parágrafo Único - Os servidores a que se refere este artigo dez por cento (10%) do vencimento básico do cargo ocupado.
serão submetidos a exames médicos a cada seis (06) meses de § 1º - O servidor que estiver respondendo legalmente pelo
exercício. Tesoureiro ou caixa, durante os impedimentos legais deste,
fará jus ao pagamento do auxílio.
SUBSEÇÃO IV § 2º - O auxílio, de que trata este artigo, só será pago
DO ADICIONAL NOTURNO enquanto o servidor estiver efetivamente executando serviços
de pagamento ou recebimento, nos impedimentos legais do
titular, com prévia designação.
Art. 98 - O serviço noturno terá o valor-hora acrescido de
20% (vinte por cento).

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Capítulo III Art. 110 - A concessão das férias, mencionando o período


DAS FÉRIAS de gozo, será participada, por escrito, ao servidor, com
SEÇÃO I antecedência de, no mínimo, quinze (15) dias, cabendo a este
DO DIREITO A FÉRIAS E DA SUA DURAÇÃO assinar a respectiva notificação.

Art. 104 - O servidor terá direito, anualmente, ao gozo de Art. 111 - Vencido o prazo mencionado no art. 109 sem que
um período de férias, sem prejuízo da remuneração. a administração tenha concedido as férias, incumbe ao
servidor, no prazo de dez (10) dias, requerer o gozo de férias.
Art. 105 - Após cada período de doze meses de vigência, da § 1º - Recebido o requerimento, a autoridade responsável
relação entre o Município e o servidor, terá este direito a férias, terá de despachar, no prazo de quinze (15) dias, marcando o
na seguinte proporção: período de gozo de férias, dentro dos sessenta (60) dias
I - Trinta dias corridos, quando não houver faltado ao seguintes.
serviço mais de cinco vezes; § 2º - Não atendido o requerimento, pela autoridade
II - Vinte e quatro dias corridos, quando houver tido de seis competente, no prazo legal, o servidor poderá ajuizar ação,
a quatorze faltas; pedindo fixação, por sentença, da época do gozo de férias.
III - Dezoito dias corridos, quando houver tido de quinze a § 3º - No caso do parágrafo anterior, a remuneração será
vinte e três faltas; devida em dobro, sendo de responsabilidade da autoridade
IV - Doze dias corridos, quando houver tido de vinte e infratora a quantia relativa à metade do valor devido, a qual
quatro a trinta e duas faltas; será recolhida ao erário, no prazo de cinco (05) dias, a contar
V - Perderá o direito às férias, quando houver tido mais de da concessão das férias ao servidor.
trinta e duas faltas.
Parágrafo Único - É vedado descontar, do período de férias, SEÇÃO III
as faltas do servidor ao serviço. DA REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS

Art. 106 - Não serão consideradas faltas ao serviço as Art. 112 - O servidor perceberá, durante as férias, a
concessões, licenças e afastamentos previstos em Lei, nos remuneração integral, acrescida de um terço (1/3).
quais o servidor continua com direito ao vencimento normal, § 1º - Os adicionais, exceto o por tempo de serviço, que será
como se em exercício estivesse. computado sempre integralmente, as gratificações e valor de
função gratificada, não percebido durante todo o período
Art. 107 - O tempo de serviço anterior, será somado ao aquisitivo, serão computados proporcionalmente, observados
posterior, para fins de aquisição do período aquisitivo de os valores atuais.
férias, nos casos de licença para o serviço militar, para § 2º - O pagamento da remuneração das férias, por
concorrer a cargo eletivo, para desempenho de mandato solicitação do servidor, será feito dentro de cinco (05) dias
classista e na mudança de cargo por concurso. anteriores ao início do gozo.

Art. 108 - Não terá direito a férias o servidor que, no curso SEÇÃO IV
do período aquisitivo, tiver gozado licenças para tratamento DOS EFEITOS NA EXONERAÇÃO E NO FALECIMENTO
de saúde, por acidente em serviço ou por motivo de doença em
pessoa da família, por mais de quatro (04) meses, embora Art. 113 - No caso de exoneração ou falecimento, será
descontínuos, e licença para tratar de interesses particulares, devida a remuneração correspondente ao período de férias,
por qualquer prazo. cujo direito o servidor tenha adquirido.
Parágrafo Único - Iniciar-se-á o decurso de novo período Parágrafo Único - O servidor exonerado ou falecido após
aquisitivo, quando o servidor, após o implemento de condição doze meses de serviço, terá direito também à remuneração
prevista neste artigo, retornar ao trabalho. relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art.
105, na proporção de um doze avos (1/12) por mês de serviço
SEÇÃO II ou fração superior a quatorze dias.
DA CONCESSÃO E DO GOZO DAS FÉRIAS
Capítulo IV
Art. 109 É obrigatória a concessão e gozo das férias, nos 10 DAS LICENÇAS
(dez) meses subsequentes à data do que o servidor tiver SEÇÃO I
adquirido o direito. DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão
exigidos 12 (doze) meses de exercício; Art. 114 - Será concedida, ao servidor, licença:
§ 2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao I - para tratamento de saúde;
serviço; II - por acidente em serviço;
§ 3º As férias poderão ser parceladas em até três etapas, III - por motivo de doença em pessoa da família;
não inferiores a 10 (dez) dias consecutivos, desde que assim IV - à gestante, à adotante e à paternidade;
requeridas pelo servidor, e no interesse da administração V - para prestação de serviço militar;
pública; VI - para tratar de interesses particulares;
§ 4º Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor VII - para acompanhar o cônjuge;
adicional previsto no art. 112 desta Lei quando da utilização VIII - para o desempenho de mandato classista;
do primeiro período; IX - licença-prêmio;
§ 5º As férias somente poderão ser interrompidas por X - para concorrer a mandato público eletivo;
motivo de calamidade pública, comoção interna, por motivo de XI - para o exercício de mandato eletivo;
superior interesse público ou necessidade de serviço, pelo XII - para comparecer a provas relativas a ensino de 1º e 2º
prazo máximo de 10 (dez) dias, com remuneração dos dias graus e superior;
trabalhados, e mediante convocação oficial devidamente XIII - especial, para fins de aposentadoria.
motivada e justificada. (Redação dada pela Lei nº 3580/2014) § 1º - O servidor não poderá permanecer em licença por
prazo superior a vinte e quatro (24) meses, salvo nos casos dos
incisos VII, VIII e XI deste artigo.

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 2º - Ao servidor, nomeado em comissão, somente será III - investido no mandato de Vereador:


concedida licença para tratamento de saúde, desde que haja a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as
sido submetido à inspeção médica para ingresso e julgado apto vantagens do seu cargo, sem prejuízo da remuneração do
e nos casos dos incisos II, III, IV, IX e XII. cargo eletivo;
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado
Art. 115 - A inspeção será feita por médicos do órgão oficial do cargo, sendo-lhe facultado optar pela remuneração.
ou credenciado, nas hipóteses de licença para tratamento de § 1º - No caso de afastamento do cargo, o servidor
saúde, por motivo de doença em pessoa da família e à gestante, continuará contribuindo para o órgão da previdência e
e por junta oficial, constituída de três (03) médicos, nos demais assistência oficial do Município, como se em exercício
casos. estivesse.
§ 2º - O servidor, investido em mandato classista, não
SEÇÃO II poderá ser removido ou redistribuído "ex-officio" para
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA localidade diversa daquela onde exerce o mandato.
FAMÍLIA § 3º - O servidor eleito não poderá ser colocado à
disposição do poder para o qual tenha sido eleito.
Art. 116 O servidor poderá obter licença, por motivo de
doença do cônjuge, companheiro(a), de ascendente, SEÇÃO V
descendente, enteado e colateral consanguíneo, desde que DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES
comprove ser indispensável a sua assistência e esta não possa PARTICULARES
ser prestada, simultaneamente, com o exercício do cargo.
§ 1º A doença será comprovada através de inspeção de Art. 121 - Ao servidor, detentor de cargo de provimento
saúde, a ser procedida pelo órgão de perícia médica efetivo, estável, poderá ser concedida licença para tratar de
competente. interesses particulares, pelo prazo de até dois (2) anos
§ 2º Para fins desta Lei considerar-se-á companheiro(a) consecutivos, sem remuneração, prorrogáveis uma única vez
aquele servidor(a) que comprove a existência de união estável, por igual período.
através de certidão expedida por cartório. (Redação dada pela § 1º - A licença poderá ser negada, quando o afastamento
Lei nº 3810/2017) for inconveniente, ao interesse do serviço.
§ 2º - O servidor deverá aguardar em exercício a concessão
Art. 117 - A licença de que trata o artigo anterior será da licença, salvo hipótese de imperiosa necessidade,
concedida: devidamente comprovada à autoridade a que estiver
I - com a remuneração total até noventa (90) dias; subordinado, considerando-se como faltas os dias de ausência
II - com dois terços (2/3) da remuneração, no período que ao serviço, caso a licença seja negada.
exceder a noventa (90) e não ultrapassar cento e oitenta (180) § 3º - O servidor poderá, a qualquer tempo, mediante
dias; requerimento protocolado, com o mínimo quinze (15) dias de
III - com um terço (1/3) da remuneração, no período que antecedência, reassumir o exercício do cargo.
exceder a cento e oitenta (180) e não ultrapassar trezentos e § 4º - Não se concederá nova licença, antes de decorridos
sessenta e cinco (365) dias; dois (2) anos do término da anterior, contados desde a data em
IV - sem remuneração, no período que exceder a trezentos que tenha reassumido o exercício do cargo.
e sessenta e cinco (365) até o máximo de setecentos e trinta
(730) dias. SEÇÃO VI
Parágrafo Único - Para os efeitos deste artigo, as licenças, DA LICENÇA PARA DESEMPENHO DE MANDATO
pela mesma moléstia, com intervalos inferiores a trinta (30) CLASSISTA
dias, serão consideradas como prorrogação.
Art. 122 - É assegurado ao servidor, o direito à licença para
SEÇÃO III o desempenho de mandato em Confederação, Federação ou
DA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR Sindicato representativo da categoria, sem remuneração.
§ 1º - Somente poderão ser licenciados servidores eleitos
Art. 118 - Ao servidor, convocado para a prestação de para cargos de direção ou representação, nas referidas
serviço militar, será concedida licença, nos termos da entidades, até o máximo de três, por entidade.
legislação específica. § 2º - A licença terá duração igual à do mandato, podendo
§ 1º - Concluído o serviço militar, o servidor reassumirá ser prorrogada nos casos de reeleição.
imediatamente, sob pena de perda de vencimento e, se a
ausência exceder a trinta (30) dias, de demissão por abandono Capítulo V
do cargo, observado o disposto no artigo 24. DO AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO OU
§ 2º - Quando a desincorporação se verificar em lugar ENTIDADE
diverso do da sede, o prazo para apresentação será de dez (10)
dias. Art. 123 - O servidor estável poderá ser cedido, para ter
exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União,
SEÇÃO IV dos Estados e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:
DA LICENÇA PARA CONCORRER A CARGO ELETIVO I - para exercício de função de confiança;
II - em casos previstos em leis específicas; e
Art. 119 - O servidor que concorrer a mandato público III - para cumprimento de convênio.
eletivo será licenciado na forma da legislação eleitoral. Parágrafo Único - Na hipótese do inciso I deste artigo, a
cedência será sem ônus para o Município e, nos demais casos,
Art. 120 - Ao servidor investido em mandato aplicam-se as conforme dispuser a lei ou convênio.
seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato federal ou estadual, ficará Capítulo VI
afastado do cargo; DAS CONCESSÕES
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do
cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 124 - Sem qualquer prejuízo e como se em efetivo g) para participar de cursos, congressos e similares, sem
exercício estivesse, poderá o servidor ausentar-se do serviço: prejuízo da retribuição.
I - por um dia, em cada doze meses de trabalho, para XV - moléstia, devidamente comprovada por atestado
doação de sangue; médico, até três (3) dias por mês, mediante pronta
II - até dois dias para se alistar como eleitor, podendo ser comunicação à chefia imediata.
exigida a devida compensação; Parágrafo Único - Constitui tempo de serviço, para todos os
III - até oito dias consecutivos, por motivo de: efeitos legais, o anteriormente prestado ao Município pelo
a) casamento; servidor que tenha ingressado, sob a forma de contratação,
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou admissão, nomeação, ou qualquer outra, desde que
padrasto, filhos ou enteados e irmãos; comprovado o vínculo regular.
IV - até dois dias consecutivos por motivo de falecimento
de avô ou avó. Art. 129 - Computar-se à, integralmente, para efeito de
aposentadoria e disponibilidade, o tempo:
Art. 125 Poderá ser concedido horário especial de trabalho I - de serviço prestado pelo servidor em função, emprego
ao servidor estudante, quando comprovada a ou cargo público federal, estadual ou municipal;
incompatibilidade entre horário escolar e o da repartição, sem II - de serviço ativo nas forças armadas e auxiliares,
prejuízo do exercício do cargo. prestado durante a paz, computando-se em dobro, o tempo em
Parágrafo Único - Para efeitos do disposto neste artigo, operação de guerra, na forma da Lei;
será exigida a compensação de horários na repartição, III - correspondente ao desempenho de mandato eletivo
respeitada a duração semanal do trabalho. federal, estadual ou municipal, exercido após o ingresso no
serviço público municipal;
Capítulo VII IV - de serviço prestado em atividade privada, vinculada à
DO TEMPO DE SERVIÇO previdência social, observada a compensação financeira entre
os diversos sistemas previdenciários, segundo os critérios
Art. 126 - A apuração do tempo de serviço será feita em estabelecidos em Lei;
dias, os quais serão convertidos em anos, considerados estes V - de serviço rural, comprovado administrativamente,
como período de trezentos e sessenta e cinco (365) dias. mediante apresentação de certidão fornecida pelo INSS;
VI - em que o servidor já esteve aposentado, quando se
Art. 127 - Os dias de efetivo exercício serão computados à tratar de reversão.
vista dos comprovantes de pagamento ou dos registros
funcionais. Art. 130 - É vedada a contagem cumulativa de tempo de
serviço prestado, concomitantemente, em mais de um cargo ou
Art. 128 - São considerados de efetivo exercício os função em órgão ou entidade dos Poderes da União, Estados,
afastamentos do serviço em virtude de: Municípios, autarquias, fundações, sociedades de economia
I - férias; mista e empresas públicas.
II - casamento, até oito (8) dias consecutivos;
III - falecimento de cônjuge, ascendente, descendente, Capítulo VIII
irmãos, companheiro ou companheira, madrasta ou padrasto, DO DIREITO DE PETIÇÃO
enteado e menor sob guarda ou tutela, até oito (8) dias;
IV - doação de sangue, um (1) dia por ano, mediante Art. 131 - É assegurado ao servidor o direito a requerer,
comprovação; pedir reconsideração, recorrer e de representar, em defesa de
V - exercício pelo servidor efetivo, de outro cargo de direito ou legítimo interesse próprio.
provimento em comissão, exceto para efeito de promoção por
merecimento; Art. 132 - O requerimento será dirigido à autoridade
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei; competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio
VII - desempenho de mandato eletivo federal, estadual ou daquela a que estiver imediatamente subordinado o
municipal, exceto para promoção por merecimento; requerente.
VIII - missão ou estudo noutros pontos do território
nacional ou no exterior, quando o afastamento houver sido Art. 133 - Cabe pedido de reconsideração, que não poderá
expressamente autorizado pelo Prefeito do Município e sem ser renovado, à autoridade que houver prolatado o despacho,
prejuízo da retribuição pecuniária; proferida a primeira decisão ou praticado o ato.
IX - remoção do servidor, na forma do artigo 49; § 1º - O pedido de reconsideração deverá conter novos
X - realização de provas, na forma do artigo 114, inc. XII; argumentos ou provas suscetíveis de reformar o despacho, a
XI - assistência a filho excepcional, na forma do artigo 116; decisão ou ato.
XII - prestação de prova em concurso público; § 2º - O pedido de reconsideração deverá ser decidido
XIII - participação em programas de treinamento dentro de trinta (30) dias.
regularmente instituído, correlacionado às atribuições do
cargo; Art. 134 - Caberá recurso, como última instância
XIV - licença: administrativa, do indeferimento do pedido de
a) à gestante, à adotante e à paternidade; reconsideração.
b) para tratamento da própria saúde ou de pessoa da § 1º - O recurso será dirigido à autoridade que tiver
família, com remuneração; proferido a decisão ou expedido o ato.
c) licença-prêmio; § 2º - O recurso será encaminhado, por intermédio da
d) por motivo de acidente em serviço, agressão não- autoridade a que estiver imediatamente subordinado o
provocada ou doença profissional; requerente.
e) para concorrer a mandato eletivo federal, estadual ou § 3º - Terá caráter de recurso o pedido de reconsideração
municipal; quando o prolator do despacho, decisão ou ato houver sido o
f) para desempenho de mandato classista, exceto para Prefeito.
efeito de promoção por merecimento; § 4º - A decisão, sobre qualquer recurso, será dada no
prazo máximo de sessenta (60) dias.

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APOSTILAS OPÇÃO

IX - representar ou levar, ao conhecimento da autoridade


Art. 135 - O prazo para interposição de pedido de superior, as irregularidades de que tiver conhecimento, no
reconsideração ou de recurso é de trinta (30) dias, contados a órgão em que servir, em razão das atribuições do seu cargo;
partir da data da publicação da decisão recorrida ou da data da X - zelar pela economia do material que lhe for confiado e
ciência, pelo interessado, quando o despacho não for pela conservação do patrimônio público;
publicado. XI - observar as normas de segurança e medicina do
Parágrafo Único - Em caso de provimento de pedido de trabalho estabelecidas, bem como o uso obrigatório dos
reconsideração ou de recurso, o efeito da decisão retroagirá à equipamentos de proteção individual (EPI) que lhe forem
data do ato impugnado. confiados;
XII - providenciar para que esteja sempre em dia, no seu
Art. 136 - O direito de requerer prescreve em: assentamento individual, seu endereço residencial, sua
I - cinco (05) anos, quanto aos atos de demissão e cassação declaração de bens e o rol de seus dependentes;
de aposentadoria ou de disponibilidade, ou que afetem XIII - manter espírito de cooperação com os colegas de
interesses patrimoniais e créditos resultantes das relações de trabalho;
trabalho; XIV - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de
II - cento e vinte (120) dias nos demais casos, salvo quando, poder.
por prescrição legal, for fixado outro prazo. § 1º - A representação, de que trata o inciso XIV, será
§ 1º - O prazo de prescrição será contado da data da encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade
publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao
interessado, quando o ato não for publicado. representando ampla defesa.
§ 2º - O pedido de reconsideração e o de recurso, quando § 2º - Será considerado como co-autor o superior
cabíveis, interrompem a prescrição administrativa. hierárquico que, recebendo denúncia ou representação, a
respeito de irregularidades no serviço ou de falta cometida por
Art. 137 - A prescrição é de ordem pública, não podendo servidor, seu subordinado, deixar de tomar as providências
ser relevada pela administração. necessárias à sua apuração.

Art. 138 - A representação será dirigida ao chefe imediato Capítulo II


do servidor que, se a solução não for de sua alçada, a DAS PROIBIÇÕES
encaminhará a quem de direito.
§ 1º - Se não for dado andamento à representação, dentro Art. 142 - Ao servidor é proibido:
do prazo de cinco (5) dias, poderá o servidor dirigi-la direta e I - referir-se verbalmente ou por escrito, de modo
sucessivamente às chefias superiores. depreciativo, em informação, parecer ou despacho, às
§ 2º - A representação está isenta de pagamento de taxa de autoridades e em atos da administração pública municipal;
expediente. II - retirar, modificar ou substituir, sem prévia permissão
da autoridade competente, qualquer documento ou objeto
Art. 139 - Para exercício do direito de petição é assegurada existente na repartição;
vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou III - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem
a procurador por ele constituído. prévia autorização do chefe imediato;
IV - ingerir bebidas alcoólicas, durante o horário de
Art. 140 - São fatais e improrrogáveis os prazos trabalho, ou drogar-se, bem como apresentar-se em estado de
estabelecidos neste capítulo, salvo motivo de força maior, embriaguez ou drogado, ao serviço;
devidamente comprovado. V - atender pessoas na repartição para tratar de interesses
Parágrafo Único - Entende-se por força maior, para efeitos particulares, em prejuízo de suas atividades;
do artigo, a ocorrência de fatos impeditivos da vontade do VI - participar de atos de sabotagem ou vandalismo, contra
interessado ou da autoridade competente para decidir. o serviço público;
VII - entregar-se a atividades político-partidárias nas horas
TÍTULO VI e locais de trabalho;
DO REGIME DISCIPLINAR VIII - opor resistência injustificada ao andamento de
Capítulo I documento e processo ou execução de serviço;
DOS DEVERES IX - promover manifestação de apreço ou desapreço no
recinto da repartição;
Art. 141 - São deveres do servidor: X - exercer ou permitir que subordinado seu exerça
I - ser assíduo e pontual ao serviço; atribuições diferentes das definidas em lei ou regulamento
II - tratar com urbanidade as partes, atendendo-as sem como próprias do cargo ou função, ressalvados os encargos de
preferências pessoais; chefia e as comissões legais;
III - desempenhar, com zelo e presteza, os encargos que lhe XI - celebrar contrato de natureza comercial, industrial ou
forem incumbidos, dentro de suas atribuições; civil de caráter oneroso, com o Município, por si ou como
IV - ser leal às instituições a que servir; representante de outrem;
V - observar as normas legais e regulamentares; XII - exercer, mesmo fora do horário de expediente,
VI - cumprir as ordens superiores; emprego ou função em empresa, estabelecimento ou
VII - manter conduta compatível com a moralidade instituição que tenha relações industriais ou comerciais com o
administrativa; Município, em matéria que se relacione com a finalidade de
VIII - atender com presteza: repartição em que esteja lotado;
a) ao público em geral, prestando as informações XIII - cometer, a pessoas estranhas à repartição, fora dos
requeridas que estiverem a seu alcance, ressalvadas as casos previstos em Lei, o desempenho de encargos que
protegidas por sigilo; competirem a si ou a seus subordinados;
b) à expedição de certidões requeridas, para defesa de XIV - coagir ou aliciar subordinados, no sentido de filiarem-
direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; se à associação profissional ou sindical, ou com objetivos
c) às requisições para defesa da Fazenda Pública. político-partidários;

Legislação 35
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APOSTILAS OPÇÃO

XV - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição, § 3º - A responsabilidade penal abrange os crimes e


em atividades particulares ou políticas; contravenções imputadas ao servidor, nesta qualidade.
XVI - praticar usura, sob qualquer das suas formas;
XVII - aceitar representação, comissão, emprego de país Art. 149 - A responsabilidade civil-administrativa resulta
estrangeiro; de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do
XVIII - valer-se do cargo ou função para lograr proveito cargo ou função.
pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade do serviço
público; Art. 150 - As sanções civis, penais e administrativas
XIX - atuar como procurador ou intermediário junto à poderão acumular-se, sendo umas e outras independentes
repartição pública, salvo quando se tratar de benefícios entre si, assim, como as instâncias civil, penal e administrativa.
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo
grau e do cônjuge; Capítulo V
XX - receber propinas, comissões ou vantagens de DAS PENALIDADES
qualquer espécie, em razão de suas atribuições;
XXI - valer-se da condição de servidor para desempenhar Art. 151 - São penas disciplinares:
atividades estranhas às suas funções ou para lograr, direta ou I - repreensão verbal ou escrita;
indiretamente, qualquer proveito; II - suspensão e multa;
XXII - proceder de forma desidiosa; III - demissão;
XXIII - exercer quaisquer atividades que sejam IV - cassação de disponibilidade;
incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o V - cassação de aposentadoria.
horário de trabalho. § 1º - Na aplicação das penas disciplinares serão
§ 1º - Não está compreendida na proibição do inciso XII consideradas a natureza e a gravidade da infração e os danos
deste artigo a participação do servidor na presidência da delas resultantes para o serviço público, as circunstâncias
associação, na direção ou gerência de cooperativas e entidades agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
de classe, ou como sócio. § 2º - Quando se tratar de falta funcional que, por sua
§ 2º - Na hipótese de violação do disposto no inciso IV, por natureza e reduzida gravidade, não demande aplicação das
comprovado motivo de dependência, o servidor deverá, penas previstas neste artigo, será o servidor advertido
obrigatoriamente, ser encaminhado a tratamento médico particular e verbalmente.
especializado.
Art. 152 - A repreensão será aplicada por escrito, na falta
Capítulo III do cumprimento do dever funcional ou quando ocorrer
DA ACUMULAÇÃO procedimento público inconveniente.

Art. 143 - É vedada a acumulação remunerada de cargos Art. 153 - A suspensão, que não poderá exceder a noventa
públicos, excetuadas as hipóteses previstas em dispositivo (90) dias, implicará a perda de todas as vantagens e direitos
constitucional. decorrentes do exercício do cargo no período e seus reflexos e
aplicar-se-á ao servidor:
Art. 144 - A proibição de acumular estende-se a empregos I - na violação das proibições consignadas nesta Lei;
e funções e abrange autarquias, empresas públicas, sociedades II - nos casos de reincidência em infração já punida com
de economia mista e fundações mantidas pelo Poder Público. repreensão;
III - quando a infração for intencional ou se revestir de
Art. 145 - O servidor detentor de cargo de provimento gravidade;
efetivo quando investido em cargo em comissão ficará IV - como gradação de penalidade mais grave, tendo em
afastado de cargo efetivo, observado o disposto no artigo vista circunstância atenuante;
anterior. V - que atestar falsamente a prestação de serviço, bem
como propuser, permitir, ou receber a retribuição
Art. 146 - Verificada a acumulação indevida, o servidor correspondente a trabalho não realizado;
será cientificado para, no prazo de trinta (30) dias, optar por VI - que se recusar, sem justo motivo, à prestação de
uma das posições ocupadas. serviço extraordinário;
Parágrafo Único - Transcorrido o prazo de trinta (30) dias, VII - responsável pelo retardamento em processo sumário;
sem a manifestação optativa do servidor, a administração VIII - que deixar de atender notificação para prestar
sustará o pagamento da posição de última investidura ou depoimento em processo disciplinar;
admissão. IX - que, injustificadamente, se recusar a ser submetido à
inspeção médica determinada pela autoridade competente,
Capítulo IV cessando os efeitos da penalidade, uma vez cumprida a
DAS RESPONSABILIDADES determinação.
§ 1º - A suspensão não será aplicada enquanto o servidor
Art. 147 - Pelo exercício irregular de suas atribuições, o estiver afastado por motivo de gozo de férias regulamentares
servidor responde civil, penal e administrativamente. ou em licença por qualquer dos motivos previstos no artigo
116.
Art. 148 - A responsabilidade civil decorre de ato omissivo § 2º - Quando houver conveniência para o serviço, a pena
ou comissivo, doloso ou culposo, que importe em prejuízo à de suspensão poderá ser convertida em multa na base de 50%
Fazenda Municipal ou a terceiros. (cinquenta por cento) por dia de remuneração, obrigando-se o
§ 1º - A indenização de prejuízo causado ao erário, somente servidor a permanecer em exercício durante o cumprimento
será liquidada na forma prevista no artigo 74, na falta de da pena.
outros bens que assegurem a execução do débito pela via § 3º - Os efeitos da conversão da suspensão em multa, não
judicial. serão alternados, mesmo que ao servidor seja assegurado
§ 2º - Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá afastamento legal remunerado, durante o respectivo período.
o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. § 4º - A multa não acarretará prejuízo na contagem do
serviço, exceto para fins de concessão de avanços,

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APOSTILAS OPÇÃO

gratificações adicionais de 15% (quinze por cento) e 25% I - houver praticado, na atividade, falta punível com a pena
(vinte e cinco por cento) e licença-prêmio. de demissão;
II - infringir a vedação prevista no § 2º do artigo 220;
Art. 154 - Os registros funcionais de advertência, III - incorrer na hipótese do artigo 43.
repreensão, suspensão e multa serão automaticamente
cancelados após cinco (05) anos, desde que, neste período, o Art. 160 - Para a aplicação das penas disciplinares são
servidor não tenha praticado nenhuma nova infração. competentes:
Parágrafo Único - O cancelamento do registro, na forma I - o Prefeito do Município, em qualquer caso;
deste artigo, não gerará nenhum direito para fins de concessão II - os Secretários do Município, os dirigentes de autarquias
ou revisão de vantagens. e de fundações de direito público e os titulares de órgãos
diretamente subordinados ao Prefeito, até a de suspensão e
Art. 155 - O servidor será punido, com pena de demissão, multa limitada ao máximo de trinta (30) dias.
nas hipóteses de:
I - ineficiência ou falta de aptidão para o serviço, Art. 161 - A ação disciplinar prescreverá em:
devidamente comprovada, quando verificada a I - seis (6) meses, quanto à repreensão;
impossibilidade de readaptação; II - doze (12) meses, nos casos de suspensão ou multa;
II - indisciplina ou insubordinação grave ou reiterada; III - dezoito (18) meses, por abandono de cargo ou faltas
III - ofensa física contra qualquer pessoa, cometida em sucessivas ao serviço;
serviço, salvo em legítima defesa própria ou de terceiros; IV - vinte e quatro (24) meses, quanto às infrações puníveis
IV - abandono de cargo, em decorrência de mais de trinta com cassação de aposentadoria ou disponibilidade e demissão.
(30) faltas consecutivas; § 1º - O prazo de prescrição começa a fluir a partir da data
V - ausências excessivas ao serviço, em número superior a do conhecimento do ato por superior hierárquico.
sessenta (60) dias, intercalados, durante um ano; § 2º - Quando as faltas constituírem também crime ou
VI - improbidade administrativa; contravenção, a prescrição será regulada pela Lei Penal.
VII - transgressão de quaisquer proibições dos incisos XVII
a XXIV do artigo 142, considerada a sua gravidade, efeito ou Capítulo VI
reincidência; DO PROCESSO DISCIPLINAR EM GERAL
VIII - falta de exação no desempenho das atribuições, de tal SEÇÃO I
gravidade que resulte em lesões pessoais ou danos de monta; DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
IX - incontinência pública e conduta escandalosa na
repartição; Art. 162 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade,
X - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções no serviço público municipal, ou prática de infração funcional
públicas; é obrigada a promover sua apuração imediata, mediante meios
XI - aplicação irregular de dinheiro público; sumários ou processo administrativo-disciplinar, no prazo de
XII - reincidência na transgressão prevista no inciso V do dez (10) dias, sob pena de se tornar co-responsável,
artigo 153; assegurada ampla defesa ao acusado.
XIII - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio
municipal; Art. 163 - As denúncias sobre irregularidades serão objeto
XIV - revelação de segredo do qual se apropriou em razão de averiguação, desde que contenham a identidade do
do cargo ou de fato ou informação de natureza sigilosa de que denunciante e sejam formuladas por escrito, para fins de
tenha conhecimento, salvo quando se tratar de depoimento em confirmação da autenticidade.
processo judicial, policial ou administrativo-disciplinar; Parágrafo Único - Quando o fato narrado não configurar
XV - corrupção passiva nos termos da Lei Penal; evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia
XVI - exercício da advocacia administrativa; deverá ser arquivada, por falta de objeto material passível de
XVII - prática de outros crimes contra a administração ensejar qualquer punição consignada nesta Lei.
pública.
Parágrafo Único - A demissão será aplicada também ao Art. 164 - As irregularidades e as infrações funcionais
servidor que, condenado por decisão judicial transitada em serão apuradas por meio de:
julgado, incorrer na perda da função pública, na forma da Lei I - sindicância, quando os dados forem insuficientes para
Penal. sua determinação ou para apontar o servidor faltoso ou, sendo
este determinado, não for a falta confessada,
Art. 156 - O ato que demitir o servidor mencionará sempre documentalmente provada ou manifestamente evidente;
o dispositivo legal em que se fundamentar. II - inquérito administrativo, quando a gravidade da ação
ou omissão torne o autor passível nas penas disciplinares de
Art. 157 - Atendendo à gravidade da falta, a demissão suspensão por mais de trinta (30) dias, demissão, cassação de
poderá ser aplicada, com a nota "a bem do serviço público", a aposentadoria ou de disponibilidade, ou ainda quando na
qual constará sempre no ato de demissão, fundamentado nos sindicância ficar comprovada a ocorrência de irregularidades
incisos X a XIV do artigo 155. ou falta funcional grave, mesmo sem indicação de auditoria.

Art. 158 - Uma vez submetido a inquérito administrativo, o SEÇÃO II


servidor só poderá ser exonerado, a pedido, ou aposentado DO AFASTAMENTO PREVENTIVO
voluntariamente, depois da conclusão do processo, no qual
tenha sido reconhecida sua inocência. Art. 165 - Como medida cautelar e a afim de que o servidor
Parágrafo Único - Excetua-se do disposto neste artigo o não venha a influir na apuração da irregularidade ou infração
servidor estável processado por abandono de cargo ou por funcional, a autoridade instauradora do processo
ausências excessivas ao serviço. administrativo-disciplinar poderá determinar o afastamento
preventivo do exercício das atividades do seu cargo, pelo prazo
Art. 159 - Será cassada a aposentadoria ou a de até sessenta (60) dias, sem prejuízo da remuneração.
disponibilidade do servidor que: Parágrafo Único - O afastamento poderá ser prorrogado
por igual período, findo o qual cessarão definitivamente os

Legislação 37
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APOSTILAS OPÇÃO

seus efeitos, mesmo que o processo administrativo-disciplinar Art. 171 - A comissão exercerá suas atividades com
ainda não tenha sido concluído. independência e imparcialidade, assegurando o sigilo absoluto
e necessário à elucidação do fato, ou exigido pelo interesse da
SEÇÃO III administração.
DA SINDICÂNCIA Parágrafo Único - As reuniões e as audiências das
comissões terão caráter reservado.
Art. 166 - Toda autoridade municipal é competente para,
no âmbito da jurisdição do órgão sob sua chefia, determinar a Art. 172 - O servidor poderá fazer parte, simultaneamente,
realização de sindicância, de forma sumária, a qual deverá ser de mais de uma comissão, podendo esta ser incumbida de mais
concluída no prazo máximo de trinta (30) dias úteis, podendo de um processo disciplinar.
ser prorrogado por até igual período.
§ 1º - A sindicância será sempre cometida a servidor de Art. 173 - O membro da comissão ou o servidor designado
hierarquia igual ou superior à do implicado, se houver. para secretariá-la não poderá fazer parte do processo na
§ 2º - O sindicante, quando houver necessidade, qualidade de testemunha, tanto da acusação como da defesa.
desenvolverá o encargo em tempo integral, ficando
dispensado de suas atribuições normais, até a apresentação do Art. 174 - A comissão somente poderá deliberar com a
relatório final, no prazo estabelecido neste artigo. presença absoluta de todos os seus membros.
Parágrafo Único - A ausência, sem motivo justificado, por
Art. 167 - O sindicante efetuará diligências necessárias ao mais de duas sessões, de qualquer dos membros da comissão
esclarecimento da ocorrência e indicação do responsável, ou de seu secretário, determinará, de imediato, a substituição
ouvido, preliminarmente, o autor da representação e o do faltoso, sem prejuízo de ser passível de punição disciplinar,
servidor implicado, se houver. por falta de cumprimento do dever funcional.
§ 1º - Reunidos os elementos coletados, o sindicante
traduzirá no relatório as suas conclusões gerais, indicando, se Art. 175 - O processo administrativo-disciplinar
possível, o provável culpado, qual a irregularidade ou desenvolver-se-á, necessariamente, nas seguintes fases:
transgressão praticada e o seu enquadramento nas I - instauração, ocorrendo a partir do ato que constituir a
disposições da lei reguladora da matéria. comissão;
§ 2º - Somente poderá ser sugerida a instauração de II - processo administrativo-disciplinar propriamente dito,
inquérito administrativo quando, comprovadamente, os fatos compreendendo instrução, defesa e relatório;
apurados na sindicância a tal conduzirem, na forma do inciso III - julgamento.
II do artigo 164.
§ 3º - Se a sindicância concluir pela culpabilidade do Art. 176 - O prazo para a conclusão do processo
servidor, será este notificado para apresentar defesa, administrativo-disciplinar não poderá exceder a noventa (90)
querendo, no prazo de três (3) dias úteis. dias contados da data da publicação do ato que constituir a
comissão, admitida a sua prorrogação por igual período,
Art. 168 - A autoridade, de posse do relatório do sindicante, quando as circunstâncias de cunho excepcional assim o
acompanhado dos elementos que instruírem o processo, exigirem.
decidirá pelo arquivamento do processo, pela aplicação da § 1º - Sempre que necessário, a comissão desenvolverá
penalidade cabível de sua competência, ou pela instauração de seus trabalhos em tempo integral, neste caso ficando seus
inquérito administrativo, se estiver na sua alçada. membros e respectivo secretário dispensados de suas
Parágrafo Único - Quando a aplicação da penalidade ou a atividades normais até a entrega do relatório final.
instauração de inquérito for de autoridade de outra alçada ou § 2º - As reuniões da comissão serão registradas em atas,
competência, a esta deverá ser encaminhada a sindicância detalhando as deliberações adotadas.
para apreciação das medidas propostas.
Art. 177 - O processo administrativo-disciplinar,
SEÇÃO IV instaurado pela autoridade competente para aplicar a pena
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR disciplinar, deverá ser iniciado no prazo de cinco (05) dias
úteis, contados da data em que for publicada a designação dos
Art. 169 - O processo administrativo-disciplinar é o membros da comissão.
instrumento utilizado, no Município, para apurar
responsabilidade de servidor por irregularidade ou infração, Art. 178 - Todos os termos lavrados pelo secretário da
praticadas no exercício de suas atribuições, ou que tenha comissão, tais como autuação, juntada, intimação, conclusão,
relação direta com o exercício do cargo em que se encontra ou data, vista, recebimento de certidões, compromissos terão
que se encontrou efetivamente investido. formas processuais, resumindo-se tanto quanto possível.

Art. 170 - O processo administrativo-disciplinar será Art. 179 - Será feita, por ordem cronológica de
conduzido por comissão composta de três (3) servidores apresentação, toda e qualquer juntada aos autos, devendo o
estáveis, designados pela autoridade competente, que presidente rubricar e numerar as folhas acrescidas.
indicará, dentre eles, o seu presidente.
§ 1º - O presidente da comissão designará, para secretariá- Art. 180 - No processo administrativo-disciplinar poderá
la, um servidor que não poderá ser escolhido entre os ser arguida suspeição, que se regerá pelas normas da
componentes da mesma. legislação comum.
§ 2º - Os membros da comissão não deverão ser de
hierarquia inferior à do indiciado, nem estarem ligados ao Art. 181 - Quando ao servidor se imputa crime, praticado
mesmo, por qualquer vínculo de subordinação. na esfera administrativa, a autoridade que determinar a
§ 3º - Não poderá integrar a comissão, nem exercer a instauração do processo administrativo-disciplinar
função de secretário, o servidor que tenha feito a denúncia de providenciará para que se instaure simultaneamente o
que resultar o processo disciplinar, bem como o cônjuge ou inquérito policial.
parente do acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o 3º grau.

Legislação 38
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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 182 - A absolvição no processo-crime, a que for procurador habilitado, arrolar e reinquirir testemunhas,
submetido o servidor, não implicará na permanência ou produzir provas e contraprovas e formular quesitos, quando
retorno do mesmo ao serviço público se, em processo se tratar de provas periciais.
administrativo-disciplinar regular, tiver sido demitido em § 1º - Só será admitida a intervenção de procurador, no
virtude de prática de atos que o inabilitem moralmente para processo disciplinar, após a apresentação do respectivo
aquele serviço. mandato, revestido das formalidades legais.
§ 2º - O presidente da comissão poderá denegar pedidos
Art. 183 - Acarretarão a nulidade do processo: considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou de
a) a determinação de instauração por autoridade nenhum interesse para os esclarecimentos dos fatos.
incompetente; § 3º - Será indeferido o pedido de prova pericial quando a
b) a falta de citação ou notificação, na forma determinada comprovação do fato independer de conhecimentos
nesta Lei; especializados de peritos.
c) qualquer restrição à defesa do indiciado;
d) a recusa injustificada de promover a realização de SUBSEÇÃO II
perícias ou quaisquer outras diligências convenientes ao DOS ATOS E TERMOS PROCESSUAIS
esclarecimento do processo;
e) os atos da Comissão, praticados apenas por um dos seus Art. 190 - O presidente da comissão, ao instalar os
membros; trabalhos, autuará portaria e demais peças existentes e
f) acréscimos ao processo, depois de elaborado o relatório designará dia, hora e local para a audiência inicial, citando o
da comissão, sem nova vista ao indiciado; indiciado, se houver, para interrogatório e acompanhamento
g) rasuras e emendas não ressalvadas em parte substancial do processo.
do processo. § 1º - A citação do indiciado será feita, pessoalmente ou por
via postal, com antecedência mínima de cinco (5) dias úteis da
Art. 184 - As irregularidades processuais que não data marcada para audiência, e conterá dia, hora, local, sua
constituírem vícios substanciais insanáveis, suscetíveis de qualificação e a tipificação da infração que lhe é imputada.
influírem na apuração da verdade ou decisão do processo, não § 2º - Caso o indiciado se recuse a receber a citação, deverá
determinarão a sua nulidade. o fato ser certificado à vista de, no mínimo, duas (2)
testemunhas.
Art. 185 - A nulidade poderá ser arguida durante ou após a § 3º - Achando-se o indiciado em lugar incerto e não
formação da culpa, devendo fundar-se a sua arguição em texto sabido, a citação será feita por edital, publicada no órgão oficial
legal, sob pena de ser considerada inexistente. com prazo de quinze (15) dias úteis, juntando-se comprovante
ao processo.
SUBSEÇÃO I § 4º - Quando houver fundada suspeita de ocultação do
DO INQUÉRITO ADMINISTRATIVO indiciado, proceder-se-á à citação por hora certa, na forma dos
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS arts. 227 a 229 do Código de Processo Civil.
§ 5º - Estando o indiciado afastado do seu domicílio e
Art. 186 - O inquérito administrativo obedecerá ao conhecido o seu endereço em outra localidade, a citação será
princípio do contraditório, assegurada ao acusado ampla feita por via postal, em carta registrada, juntando-se ao
defesa, com a utilização de todos os meios de prova em direito processo o comprovante do registro e o aviso de recebimento.
admitidos, podendo as mesmas serem produzidas "ex-officio", § 6º - A citação pessoal, as intimações e as notificações
pelo denunciante ou pelo acusado, se houver, ou a serão feitas pelo secretário da comissão, apresentando ao
requerimento da parte com legitimidade para tanto. destinatário o instrumento correspondente em duas vias para
que, retendo uma delas, passe recibo devidamente datado na
Art. 187 - Quando o inquérito administrativo for precedido outra.
de sindicância, o relatório desta integrará a instrução do § 7º - Quando o indiciado comparecer voluntariamente
processo como peça informativa. junto à comissão, será dado como citado.
Parágrafo Único - Na hipótese de o relatório da sindicância § 8º - Não havendo indiciado, a comissão tomará as
concluir que a infração praticada consta capitulada como medidas necessárias, visando a esclarecer os fatos objeto do
ilícito penal, a autoridade competente providenciará no inquérito, propondo o prosseguimento ou o arquivamento.
encaminhamento de cópias dos autos ao Ministério Público,
independentemente da imediata instauração do processo Art. 191 - Na hipótese de a comissão entender que os
disciplinar. elementos do processo são insuficientes para bem caracterizar
a ocorrência, poderá ouvir previamente a vítima ou o
Art. 188 - Na fase do inquérito, a comissão promoverá a denunciante da irregularidade ou infração funcional.
tomada de depoimentos, acareações, investigações e
diligências cabíveis, objetivando a coleta de provas, Art. 192 - Feita a citação e não comparecendo o indiciado,
recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo o processo prosseguirá à revelia, com defensor dativo
a permitir a completa elucidação dos fatos. designado pelo presidente da comissão, procedendo-se, da
§ 1º - A designação dos peritos deverá obedecer ao critério mesma forma, com relação ao que se encontre em lugar incerto
da capacidade técnica especializada, observadas as provas de e não sabido ou afastado da localidade de seu domicílio.
habilitação estabelecidas em Lei, e só poderá recair em
pessoas estranhas ao serviço público municipal, na falta de Art. 193 - O indiciado tem o direito, pessoalmente ou por
servidores aptos a prestarem assessoramento técnico. intermédio de defensor, a assistir aos atos probatórios que se
§ 2º - Para os exames de laboratórios, porventura realizarem perante a comissão, requerendo medidas que
necessários, recorrer-se-á aos estabelecimentos particulares julgar convenientes.
somente quando inexistirem oficiais ou quando os laudos
forem insatisfatórios ou incompletos. Art. 194 - O indiciado, dentro do prazo de cinco (5) dias
úteis após o interrogatório, poderá requerer diligência,
Art. 189 - É assegurado ao servidor o direito de produzir prova documental e arrolar testemunhas, até o
acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio de máximo de cinco (5).

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 1º - Se as testemunhas de defesa não forem encontradas ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual
e o indiciado, dentro do prazo de cinco (5) dias úteis, não participe, pelo menos, um médico psiquiatra.
indicar outras em substituição, prosseguir-se-á nos demais Parágrafo Único - O incidente de sanidade mental será
termos do processo. processado em autos apartados em apenso, ao processo
§ 2º - No caso de mais de um indiciado, cada um deles será principal, após expedição do laudo pericial.
ouvido separadamente, podendo ser promovida acareação,
sempre que divergirem em suas declarações. Art. 202 - O indiciado que mudar de residência fica
obrigado a comunicar à comissão o local onde será
Art. 195 - As testemunhas serão intimadas a depor, encontrado.
mediante mandado expedido pelo presidente da comissão,
devendo apor seus cientes na segunda via, a qual será anexada Art. 203 - Durante o curso do processo, a comissão
ao processo. promoverá as diligências que se fizerem necessárias à
Parágrafo Único - Se a testemunha for servidor público, a elucidação do objeto do inquérito, podendo, inclusive, recorrer
expedição do mandado será remetida ao chefe da repartição a técnicos e peritos.
onde servir, com a indicação do dia, hora e local em que Parágrafo Único - Os órgãos municipais atenderão com
procederá a inquirição. prioridade às solicitações da comissão.

Art. 196 - Serão assegurados transporte e ressarcimento Art. 204 - Compete à comissão tomar conhecimento de
das despesas, para alimentação ao servidor, convocado para novas imputações que surgirem durante o curso do processo
prestar depoimento, fora da sede de sua repartição, na contra o indiciado, caso em que este poderá produzir novas
condição de denunciante, indiciado ou testemunha. provas, objetivando sua defesa.

Art. 197 - O depoimento será prestado oralmente e Art. 205 - Na formação material do processo, todos os
reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por termos lavrados pelo secretário terão forma sucinta e, quando
escrito, sendo-lhe, porém, facultada breve consulta a possível, padronizada.
apontamentos. § 1º - A juntada de documentos será feita pela ordem
§ 1º - As testemunhas serão inquiridas separadamente, se cronológica de apresentação, mediante despacho do
possível no mesmo dia, ouvindo-se previamente as presidente da comissão.
apresentadas pelo denunciante; a seguir as indicadas pela § 2º - A cópia da ficha funcional integrará o processo desde
comissão e, por último, as arroladas pelo indiciado. a indiciação do servidor, bem como, após despacho do
§ 2º - Na hipótese de depoimentos contraditórios ou presidente, o mandato, revestido das formalidades legais que
divergentes entre si, proceder-se-á a acareação dos depoentes. permite a intervenção de procurador, se for o caso.
§ 3º - Antes de depor, a testemunha será qualificada,
declarando o nome, estado civil, profissão, se é parente, e em Art. 206 - Ultimada a instrução do processo, intimar-se-á o
que grau de alguma das partes, ou quais suas relações com indiciado ou seu defensor legalmente constituído, para, no
qualquer delas. prazo de dez (10) dias, contados da data da intimação,
apresentar defesa por escrito, sendo-lhe facultada vista aos
Art. 198 - Ao ser inquirida uma testemunha, as demais não autos, na forma da Lei.
poderão estar presentes, a fim de evitar-se que uma ouça o § 1º - Havendo dois (2) ou mais indiciados, o prazo será
depoimento da outra. comum e de vinte (20) dias.
§ 2º - O prazo de defesa, excepcionalmente, poderá ser
Art. 199 - O procurador do acusado poderá assistir ao suprimido, a critério da comissão, quando esta a julgar
interrogatório, bem como a inquirição das testemunhas, desnecessária, face à inconteste comprovação da inocência do
sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, indiciado.
facultando-se-lhe, porém, reinquiri-la, por intermédio do
presidente da comissão. Art. 207 - Esgotado o prazo de defesa, a comissão
apresentará, dentro de dez (10) dias, minucioso relatório,
Art. 200 - A testemunha somente poderá eximir-se de resumindo as peças essenciais dos autos e mencionando as
depor, nos casos previstos em Lei Penal. provas principais em que se baseou para formular sua
§ 1º - Se arrolados como testemunha, o Prefeito Municipal, convicção.
os Secretários, os dirigentes máximos de autarquias, bem § 1º - O relatório será sempre conclusivo quanto à
como outras autoridades federais, estaduais ou municipais de inocência ou à responsabilidade do indiciado.
níveis hierárquicos a eles assemelhados, o depoimento será § 2º - Se a defesa tiver sido dispensada ou apresentada,
colhido em dia, hora e local, previamente ajustado entre o antes da fluência do prazo, contar-se-á o destinado à feitura do
presidente da comissão e a autoridade. relatório a partir do dia seguinte ao da dispensa da
§ 2º - Os servidores municipais, arrolados como apresentação.
testemunhas, serão requisitados junto às respectivas chefias e § 3º - No relatório, a comissão apreciará, em relação a cada
os federais e os estaduais, bem como os militares, serão indiciado, separadamente, as irregularidades, objeto de
notificados por intermédio das repartições ou unidades a que acusação, as provas que instruírem o processo e as razões de
servirem. defesa, propondo, justificadamente, a absolvição ou a punição,
§ 3º - No caso em que as pessoas estranhas ao serviço sugerindo, neste caso, a pena que couber.
público se recusem a depor perante a comissão, o presidente § 4º - Deverá também a comissão, em seu relatório, sugerir
poderá solicitar à autoridade policial competente providência providências tendentes a evitar a reprodução de fatos
no sentido de serem elas ouvidas na polícia, encaminhando, semelhantes ao que originou o processo, bem como quaisquer
para tanto, àquela autoridade, a matéria reduzida a itens, outras que lhe pareçam de interesse do serviço público
sobre a qual devam ser ouvidas. municipal.

Art. 201 - Quando houver dúvida sobre a sanidade mental Art. 208 - O relatório da comissão será encaminhado à
do acusado, a comissão proporá, à autoridade competente, que autoridade que determinou a sua instauração, para apreciação
final no prazo de quinze (15) dias.

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 1º - Apresentado o relatório da comissão, ficará esta à de justificar a inocência ou inadequação da penalidade


disposição da autoridade, que houver instaurado o inquérito, aplicada.
para qualquer esclarecimento ou providência julgada § 1º - O pedido da revisão não tem efeito suspensivo e nem
necessária. permite agravação da pena.
§ 2º - Quando não for da alçada da autoridade a aplicação § 2º - Em caso de falecimento, ausência ou
das penalidades e das providências indicadas, estas serão desaparecimento do servidor, qualquer pessoa de sua família
propostas a quem de direito competir, no prazo marcado para poderá requerer revisão do processo.
julgamento. § 3º - No caso de incapacidade mental, a revisão poderá ser
§ 3º - Na hipótese do parágrafo anterior, o prazo para requerida pelo respectivo curador.
julgamento final será de vinte (20) dias.
§ 4º - A autoridade julgadora promoverá a publicação em Art. 212 - No processo revisional, o ônus da prova cabe ao
órgão oficial no prazo de oito (8) dias da decisão que proferir, requerente.
expedirá os atos decorrentes do julgamento e determinará as
providências necessárias à sua execução. Art. 213 - O requerimento de revisão do processo será
§ 5º - Cumprido o disposto no parágrafo anterior, dar-se-á dirigido ao Secretário do Município ou autoridade equivalente
ciência da solução do processo ao autor da representação e à que, se a autorizar, encaminhará o pedido ao órgão ou
comissão, procedendo-se, após, ao seu arquivamento. entidade onde se originou o processo disciplinar.
§ 6º - Se o processo não for encaminhado à autoridade
competente, no prazo de trinta (30) dias, ou julgado no prazo Art. 214 - A comissão revisora terá sessenta (60) dias de
determinado no § 3º, o indiciado poderá reassumir, prazo para a conclusão dos trabalhos.
automaticamente o exercício do seu cargo, onde aguardará o
julgamento. Art. 215 - O julgamento caberá à autoridade que aplicou a
penalidade, nos termos do artigo 211, no prazo de vinte (20)
SUBSEÇÃO III dias, contados do recebimento do processo, durante o qual
DO PROCESSO POR ABANDONO DE CARGO OU POR poderá determinar as diligências que julgar necessárias.
AUSÊNCIAS EXCESSIVAS AO SERVIÇO
Art. 216 - Julgada procedente a revisão, será declarada sem
Art. 209 - É dever, do chefe imediato, conhecer os motivos efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os
que levam o servidor a faltar consecutiva e frequentemente ao direitos do servidor.
serviço.
Parágrafo Único - Constatadas as primeiras faltas, deverá o TÍTULO VII
chefe imediato, sob pena de se tornar corresponsável, DA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR
comunicar o fato ao órgão de apoio administrativo da Capítulo I
repartição, que promoverá as diligências necessárias à DISPOSIÇÕES GERAIS
apuração da ocorrência.
Art. 217 - O Município manterá, mediante sistema
Art. 210 - Quando o número de faltas não justificadas contributivo, plano de seguridade social, para o servidor
ultrapassar a 30 (trinta) consecutivas ou sessenta (60) submetido ao regime de que trata esta Lei, e para sua família.
intercaladas, durante um ano, a repartição onde o servidor § 1º - O plano de que trata este artigo poderá, no todo ou
estiver em exercício promoverá sindicância e, à vista do em parte, ser satisfeito por instituição oficial de previdência,
resultado nela colhido, proporá: assistência à saúde ou assistência social, para a qual
I - a solução, se ficar provada a existência de força maior, contribuirão o Município e o servidor.
coação ilegal ou circunstância ligada ao estado físico ou § 2º (Revogado pela Lei nº 2160/1999)
psíquico do servidor, que contribua para não caracterizar o § 3º (Revogado pela Lei nº 2160/1999)
abandono do cargo ou que possa determinar a justificabilidade
das faltas; Art. 218 - O plano de seguridade social visa a dar cobertura
II - a instauração de inquérito administrativo, se aos riscos a que está sujeito o servidor e sua família e
inexistirem provas das situações mencionadas no inciso compreende um conjunto de benefícios e ações que atendam
anterior, ou, existindo, forem julgadas insatisfatórias. às seguintes finalidades:
§ 1º - No caso de ser proposta a demissão, o servidor terá I - garantir meios de subsistência nos eventos de doença,
o prazo de cinco (5) dias para apresentar defesa. invalidez, velhice, acidente em serviço, inatividade,
§ 2º - Para aferição do número de faltas, as horas serão falecimento e reclusão;
convertidas em dias, quando o servidor estiver sujeito a II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade;
regime de plantões. III - assistência à saúde, na forma do artigo 257.
§ 3º - Salvo em caso de ficar caracterizada, desde logo, a
intenção do faltoso em abandonar o cargo, ser-lhe-á permitido Art. 219 - O regime previdenciário corresponderá os
continuar em exercício, a título precário, sem prejuízo da benefícios de:
conclusão do processo. I - quanto ao servidor:
a) Aposentadoria por invalidez;
§ 4º - É facultado ao indiciado, por abandono de cargo ou b) Aposentadoria por idade;
por ausência excessiva ao serviço, no decurso do c) Aposentadoria por tempo de contribuição;
correspondente processo administrativo-disciplinar, requerer d) Auxílio-doença;
sua exoneração, a juízo da autoridade competente. e) Salário-família;
f) Salário-maternidade;
SEÇÃO V II - quanto ao dependente:
DA REVISÃO DO PROCESSO a) Pensão por morte;
b) Auxílio-reclusão;
Art. 211 - O processo administrativo-disciplinar poderá ser § 1º - O regime previdenciário não contemplará prestações
revisto, uma única vez, a qualquer tempo ou "ex-officio", de serviços de assistência médica e financeira.
quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 2º - O salário-família e o auxílio-reclusão não serão vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do
devidos, aos servidores ou dependentes, com remuneração regime de previdência previsto neste artigo.
superior a R$ 360,00 mensais. (Redação dada pela Lei nº § 8º - O benefício da pensão por mote será igual ao valor
2265/2000) dos proventos do servidor falecido ou ao valor dos proventos
a que teria direito o servidor em atividade na data de seu
Capítulo II falecimento, segundo o seguinte rateio:
DOS BENEFÍCIOS I - 50% do valor devido ao cônjuge supértite;
SEÇÃO I II - 50% do valor a ser dividido pelo número de
DA APOSENTADORIA dependentes;
§ 9º - Observado o disposto no art. 37, XI, da Constituição
Art. 220 - Aos servidores titulares de cargos efetivos do Federal, os proventos de aposentadoria e pensões serão
Município, incluindo os de sua autarquia, é assegurado regime revistos na mesma proporção e na mesma data, sempre que
de previdência de caráter contributivo, observados critérios modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto também estendidos aos aposentados e aos pensionistas,
neste artigo. quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidas
§ 1º - Os servidores abrangidos pelo regime de previdência aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da
de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se
proventos a partir dos valores fixados na forma do § 3º: deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a
I - por invalidez permanente, sendo os proventos concessão da pensão, na forma da Lei.
proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente § 10 - O tempo de contribuição federal, estadual ou
de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, municipal será contado para efeito de aposentadoria e o tempo
contagiosa ou incurável; de serviço correspondente para efeito de disponibilidade.
II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com § 11 - Não será admitida contagem de tempo de
proventos proporcionais ao tempo de contribuição; Contribuição fictícia.
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo § 12 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, da
de 10 anos de efetivo exercício no serviço público e 5 anos no Constituição Federal à soma total dos proventos de
cargo efetivo em que dará a aposentadoria, observadas as inatividade, inclusive quando decorrentes da acumulação de
seguintes condições: cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades
a) 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 sujeitas à contribuição para o Regime Geral de Previdência
anos de idade e 30 de contribuição, se mulher. Social, e ao montante resultante da adição de proventos de
b) 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se inatividade, com remuneração de cargo acumulável na forma
mulher, com proventos proporcionais ao tempo de desta Lei, cargo em comissão declarado em Lei, de livre
contribuição. nomeação e exoneração, e de cargo eletivo.
§ 2º - Consideram-se doenças graves, contagiosas ou § 13 - Além do disposto neste artigo, o regime de
incuráveis, a que se refere o inciso I, deste artigo, se previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo
incapacitantes para o exercício da função pública, tuberculose observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para
ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplastia maligna, o Regime Geral de Previdência Social.
cegueira posterior ao ingresso no serviço público, anseníase, § 14 - Ao servidor ocupante, exclusivamente de cargo em
cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível comissão declarado em Lei de livre nomeação e exoneração,
e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia bem como de outro cargo temporário ou de emprego público,
grave, estados avançados do mal de paget (Osteíte aplica-se o regime geral da previdência social. (Redação dada
deformante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida - AIDS pela Lei nº 2265/2000)
e outros que a Lei indicar, com base na medicina especializa;
§ 3º - Os proventos da aposentadoria e as pensões, por Art. 221 - A aposentadoria, de que trata o inciso II do artigo
ocasião de sua concessão, não poderão exceder a remuneração anterior, será automática e declarada por ato, com vigência a
do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a partir do dia em que o servidor atingir a idade limite de
aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da permanência no serviço ativo.
pensão.
§ 4º Os proventos de aposentadoria, por ocasião da sua Art. 222 - A aposentadoria voluntária ou por invalidez
concessão, serão calculados com base na remuneração do vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato.
servidor no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria e, na § 1º - A aposentadoria por invalidez será precedida por
forma da Lei, corresponderão á totalidade da remuneração. licença para tratamento de saúde, num período não inferior a
§ 5º - É vedada a adoção de requisitos e critérios vinte e quatro (24) meses.
diferenciados para a concessão de aposentadoria aos § 2º - Expirado o período de licença e não estando em
servidores públicos abrangidos pelo regime de que trata o art. condições de reassumir o exercício do cargo, ou de se proceder
40 da Constituição Federal, na redação dada pela Emenda à sua readaptação, será o servidor aposentado.
Constitucional nº 20/98, ressalvados os casos de atividades § 3º - O lapso de tempo, compreendido entre o término da
exercidas exclusivamente sob condições especiais que licença e a publicação do ato da aposentadoria, será
prejudiquem a saúde ou a integridade física, a serem definidos considerado como de prorrogação da licença e não poderá
em Lei complementar. exceder a sessenta (60) dias.
a) É indevida a concessão de aposentadorias especiais, em
desacordo com o art. 40 da Constituição Federal, por não ter Art. 223 - O provento da aposentadoria será revisto, na
sido editada Lei Complementar disciplinado a matéria. mesma proporção e na mesma data em que se modificar a
§ 6º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição remuneração dos servidores em atividade.
serão reduzidos em 5 anos, em relação ao disposto no § 1º, III, Parágrafo Único - São estendidos aos inativos quaisquer
a, para o professor que comprove exclusivamente tempo de benefícios ou vantagens, posteriormente concedidos aos
efetivo exercício das funções de magistério na educação servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da
infantil e no ensino fundamental e médio. transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se
§ 7º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos deu a aposentadoria.
cargos acumuláveis na forma da Constituição Federal, é

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 224 - O servidor aposentado, com provento inspeção médica, realizada pelo órgão de perícia oficial do
proporcional ao tempo de serviço, se acometido de qualquer Município, ou nomeada, sem prejuízo da remuneração a que
das moléstias especificadas no § 1º do artigo 220, passará a fizer jus, sendo os primeiros quinze (15) dias remunerados
perceber provento integral. diretamente pelo Município e o período excedente, à conta de
recursos do Fundo Municipal de Aposentadoria e Pensão dos
Art. 225 - Quando proporcional ao tempo de serviço o Servidores.
provento não será inferior ao salário mínimo, observada a § 1º - Sempre que necessário, a inspeção médica poderá ser
redução da jornada de trabalho a que estava sujeito o servidor. realizada na residência do servidor, ou no estabelecimento
hospitalar onde se encontrar internado.
Art. 226 - O servidor em estágio probatório somente terá § 2º - O servidor poderá indicar assistente técnico de sua
direito à aposentadoria quando invalidado por acidente em confiança para acompanhar a inspeção médica, desde que não
serviço, agressão não-provocada no exercício de suas resulte em ônus para a administração municipal e que o
atribuições, acometido de moléstia profissional ou nos casos profissional seja ligado à área, objeto da perícia.
especificados no § 1º do artigo 220 desta Lei. § 3º - O servidor não poderá recusar-se à inspeção médica,
sob pena de ser sustado o pagamento, de sua remuneração até
Art. 227 (Revogado pela Lei nº 2160/1999) que seja cumprida essa formalidade, considerando-se como
faltosos os dias resultantes da recusa.
Art. 228 - As disposições relativas às aposentadorias § 4º - No caso de o laudo registrar pareceres contrários à
aplicam-se aos detentores de mandato eletivo, desde que o concessão da licença, as faltas ao serviço correrão sob a
titular tenha exercido cargo público no Município, de responsabilidade exclusiva do servidor.
provimento efetivo ou comissionado, pelo período de cinco § 5º - O resultado da inspeção será comunicado,
(05) anos ininterruptos, ou dez (10) anos intercalados, no imediatamente ao servidor, logo após a sua realização, salvo se
mínimo. houver necessidade de exames complementares, quando
então ficará à disposição do órgão de perícia médica.
SEÇÃO II
DO AUXÍLIO-NATALIDADE Art. 234 - Findo o período de licença, o servidor deverá
reassumir imediatamente o exercício do cargo, sob pena de ser
Art. 229 (Revogado pela Lei nº 2265/2000) considerado faltoso, salvo prorrogação ou determinação
constante do laudo.
SEÇÃO III Parágrafo Único - A infringência ao disposto nestes artigos
DO SALÁRIO-FAMÍLIA implicará perda da remuneração, sujeitando o servidor à
demissão se a ausência exceder a trinta (30) dias, observado o
Art. 230 - Ao servidor ativo ou ao inativo será concedido disposto no artigo 24.
abono familiar na razão de 10% (dez por cento) do menor
vencimento básico inicial do Município, pelos seguintes Art. 235 - Nas licenças por períodos prolongados, antes de
dependentes: se completarem trezentos e sessenta e cinco (365) dias, deverá
I - Filho menor de 14 anos; (Redação dada pela Lei nº o órgão de perícia médica pronunciar-se sobre a natureza da
2408/2001) doença, indicando se o caso é de:
II (Revogado pela Lei nº 2408/2001) I - concessão de nova licença ou de prorrogação;
III - filho estudante, desde que não exerça atividade II - retorno ao exercício do cargo, com ou sem limitação de
remunerada, até a idade de vinte e um (21) anos; tarefas;
IV (Revogado pela Lei nº 2408/2001) III - readaptação, com ou sem limitação de tarefas.
§ 1º (Revogado pela Lei nº 2408/2001) Parágrafo Único - As licenças, pela mesma moléstia, com
§ 2º - Estendem-se os benefícios deste artigo aos enteados, intervalos inferiores a trinta (30) dias, serão consideradas
aos tutelados e aos menores que, mediante autorização como prorrogação.
judicial, estejam submetidos à sua guarda.
§ 3º - São condições para percepção do abono familiar que: Art. 236 - O atestado e o laudo da junta médica não se
I - os dependentes relacionados neste artigo vivam referirão ao nome ou à natureza da doença, devendo, porém,
efetivamente às expensas do servidor ativo ou inativo; esta ser especificada através do respectivo código (CID).
II - a invalidez de que tratam os incisos II e IV do "caput" Parágrafo Único - Para concessão de licença a servidor
deste artigo seja comprovada mediante inspeção médica, pelo acometido de moléstia profissional, o laudo médico deverá
órgão competente do Município. estabelecer sua rigorosa caracterização.
§ 4º - No caso de ambos os cônjuges serem servidores
públicos, o direito de um não exclui o do outro. Art. 237 - O servidor, em licença para tratamento de saúde,
está impedido de exercer qualquer atividade remunerada, sob
Art. 231 - Por cargo exercido em acúmulo no Município, pena de imediata suspensão da mesma e apuração
não será devido o abono familiar. consequente em processo disciplinar.

Art. 232 - A concessão do abono terá por base as SEÇÃO IV


declarações do servidor, sob as penas da lei. DA LICENÇA À GESTANTE, ADOTANTE E
Parágrafo Único - As alterações que resultem em exclusão PATERNIDADE
de abono deverão ser comunicadas, no prazo de quinze (15)
dias na data da ocorrência. Art. 238 - À servidora gestante será concedida, mediante
inspeção médica, licença de cento e vinte (120) dias, sem
SEÇÃO IV prejuízo da remuneração.
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE § 1º - No caso de natimorto, decorridos trinta (30) dias do
evento, a servidora será submetida à inspeção médica e, se
julgada apta, reassumirá o exercício do cargo.
Art. 233 - Será concedida, ao servidor, licença para
tratamento de saúde, a pedido ou "ex-officio", precedida de

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 2º - Considera-se natimorto, o evento parto ocorrido a Art. 248 - São beneficiários da pensão por morte na
partir do sexto (6º) mês, exceto se tratar-se de aborto condição de dependentes do servidor na seguinte ordem de
provocado. sucessão:
I - O cônjuge ou companheiro e os filhos menores de 18
Art. 239 - À licença de que trata o artigo 238, caput, desta anos, não emancipados ou inválidos. (Redação dada pela Lei nº
lei, será prorrogada automaticamente por 60 (sessenta dias) 2408/2001)
após a fluição da licença-maternidade de que trata o inciso II - os pais, desde que comprovem dependência econômica
XVIII do caput do art. 7º da Constituição Federal. (Redação do servidor;
dada pela Lei nº 3255/2010) III - Os irmãos menores de 18 anos e órfãos de pai e sem
padrasto não emancipados e os inválidos, enquanto durar a
Art. 240 - À servidora adotante será concedida licença, a invalidez, desde que comprovada a dependência econômica do
partir da concessão do termo de guarda ou adoção, servidor. (Redação dada pela Lei nº 2408/2001)
proporcional à idade do adotado: IV - as pessoas designadas que viviam na dependência
I - de zero a dois anos, sessenta (60) dias; econômica do servidor, menores de dezoito (18) anos ou
II - de mais de dois até quatro anos, trinta (30) dias. maiores de sessenta (60) anos ou inválidas.
§ 1º - Equiparam-se a filho, nas condições do item I deste
Art. 241 - Pelo nascimento ou adoção de filho, o servidor artigo, o enteado, o menor sob a guarda judicial do servidor e
terá direito à licença-paternidade de cinco (5) dias o tutelado que não possua condições suficientes para o próprio
consecutivos. sustento e educação conforme declaração escrita do segurado.
§ 2º - Consideram-se companheiros as pessoas que tenham
SEÇÃO VI mantido vida em comum, na forma da legislação federal.
DA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO § 3º - A designação de pessoa ou pessoas, na forma do item
IV, somente será válida quando feita pelo menos seis (06)
Art. 242 - O servidor acidentado em serviço, será meses antes do óbito.
licenciado com remuneração integral, até seu total
restabelecimento. Art. 249 - A importância total da pensão será rateada:
Parágrafo Único - Os primeiros quinze (15) dias de I - cem por cento (100%) ao cônjuge ou companheiro (a)
afastamento correrão por conta dos cofres municipais e o remanescente, se inexistirem filhos menores de dezoito (18)
período excedente à custa do Fundo Municipal dos Servidores. anos ou inválidos;
II - cinquenta por cento (50%) para o cônjuge ou
Art. 243 - Configura-se acidente em serviço o dano físico companheiro remanescente e o restante, em partes iguais,
sofrido pelo servidor, desde que relacionado com as entre os filhos menores ou inválidos, ou integralmente entre
atribuições do cargo, enquanto no seu exercício. eles, quando inexistir cônjuge ou companheiro remanescente;
Parágrafo Único - Equipara-se a acidente em serviço o III - em partes iguais, entre os demais dependentes, se
dano: inexistentes filhos menores de dezoito (18) anos ou inválidos,
I - decorrente de agressão sofrida e não-provocada pelo cônjuge ou companheiro (a) remanescente.
servidor no exercício das atribuições do cargo; § 1º - O rateio da pensão por morte não será protelado pela
II - o acidente sofrido no percurso da residência para o falta de habilitação de outro possível dependente, e qualquer
trabalho e vice-versa. habilitação posterior, que importe em exclusão ou inclusão de
dependente, só produzirá efeitos a contar da data da
Art. 244 - O servidor acidentado em serviço terá habilitação.
tratamento integral, custeado pelo Município. § 2º - O cônjuge divorciado ou separado judicialmente, que
recebia pensão de alimentos, tem direito ao valor da referida
Art. 245 - Para concessão de licença e tratamento ao pensão judicialmente arbitrada, destinando-se o restante, em
servidor, em razão de acidente em serviço ou agressão não- partes iguais, aos demais dependentes habilitados.
provocada, no exercício de suas atribuições, é indispensável a
comprovação detalhada do fato, no prazo de dez (10) dias da Art. 250 - Por morte presumida do servidor, declarada pela
ocorrência, mediante processo "ex-officio". autoridade judicial competente, decorridos seis (06) meses de
Parágrafo Único - O tratamento recomendado, por junta ausência, será concedida pensão provisória, na forma desta
médica não oficial, constitui medida de exceção e somente será Seção.
admissível quando inexistirem meios e recursos necessários § 1º - Mediante prova de desaparecimento do servidor, em
adequados, em instituições públicas ou por ela conveniadas. consequência de acidente, desastre ou catástrofe, seus
dependentes farão jus à pensão provisória,
SEÇÃO VII independentemente do prazo deste artigo.
DA PENSÃO POR MORTE § 2º - Verificado o reaparecimento do servidor, o
pagamento da pensão cessa imediatamente, desobrigados os
Art. 246 - A pensão por morte será devida mensalmente ao dependentes da reposição dos valores recebidos.
conjunto de dependentes do servidor falecido, aposentado ou
não, a contar do óbito, observada a precedência estabelecida Art. 251 - Acarreta perda da qualidade de beneficiário:
no art. 248. I - o seu falecimento;
Parágrafo Único - O valor mensal e integral da pensão, a II - o casamento, para qualquer pensionista;
que tem direito o conjunto de beneficiários, será igual ao total III - a anulação do casamento;
da remuneração computável para o provento de IV - a cessação da invalidez, em se tratando de beneficiário
aposentadoria do servidor ou, se aposentado, ao valor do inválido;
próprio provento. V - a maioridade para filho ou irmão, ou dependente menor
designado, de ambos os sexos, exceto o inválido, ao completar
Art. 247 - O valor mensal integral da pensão por morte em dezoito (18) anos de idade; e
nenhuma hipótese será inferior ao valor do salário mínimo. VI - para o (a) companheiro (a), a constituição de nova
sociedade conjugal de fato.

Legislação 44
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APOSTILAS OPÇÃO

Parágrafo Único - Nos casos previstos neste artigo, haverá § 3º - Para cobertura das complementações de que tratam
reversão da cota de pensão aos demais pensionistas da mesma os parágrafos precedentes, o Município poderá instituir
classe. sistema contributivo complementar.

Art. 252 - Não faz jus à pensão o beneficiário condenado TÍTULO VIII
pela prática de crime doloso de que resultou a morte do DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, TRANSITÓRIAS E FINAIS
servidor. Capítulo I
DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL
Art. 253 - A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, INTERESSE PÚBLICO
prescrevendo tão-somente as prestações exigíveis há mais de
cinco (05) anos. Art. 260 - Para atender necessidade temporária de
excepcional interesse público, a administração municipal
Art. 254 - As pensões serão atualizadas na mesma data e na poderá efetuar contratações de pessoal, por prazo
mesma proporção dos reajustes dos vencimentos dos determinado, na forma da Lei.
servidores. Parágrafo Único - Para os fins previstos neste artigo,
consideram-se como necessidade temporária de excepcional
SEÇÃO VIII interesse público as contratações destinadas a:
DO AUXÍLIO-FUNERAL I - combater surtos e epidemias;
II - atender a situações emergenciais ou de calamidade
Art. 255 (Revogado pela Lei nº 2265/2000) pública;
III - atender a outras situações de urgência, que vierem a
SEÇÃO IX ser definidas por Lei;
DO AUXÍLIO-RECLUSÃO IV - atender a convênio temporário, firmado entre o
Município e outro órgão público;
Art. 256 - À família do servidor ativo é devido o auxílio- V - a declaração, de excepcional interesse público, dar-se-á
reclusão, nos seguintes casos: por decreto do Poder Executivo.
I - dois terços (2/3) do vencimento, quando afastado por
motivo de prisão preventiva; Capítulo II
II - metade do vencimento, durante o afastamento em DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
virtude de condenação, por sentença definitiva, à pena que não
determine a perda do cargo. Art. 261 - O dia 28 de outubro é consagrado ao servidor
Parágrafo Único - O pagamento do auxílio-reclusão cessará público municipal, podendo ser decretado como tal, ponto
a partir do dia imediato àquele em que o servidor for posto em facultativo.
liberdade, ainda que condicional.
Art. 262 - Poderão ser conferidos, no âmbito da
Capítulo III administração municipal, autarquia e fundações de direito
DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE público, prêmio pela apresentação de ideias, inventos ou
trabalhos, que possibilitem o aumento da produtividade e
Art. 257 - A assistência à saúde do servidor e de sua família redução de custos operacionais, bem como, concessão de
compreende assistência médica, ambulatorial, clínica e medalhas, diploma de honra ao mérito, condecoração e louvor,
hospitalar, prestada mediante sistema do Município ou na forma de regulamento estabelecido em decreto.
mediante convênio.
Parágrafo Único - O percentual devido por servidor e Art. 263 - Os prazos previstos nesta Lei serão contados em
Município, para custeio de convênio de assistência à saúde dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do
será, respectivamente, de 2% (dois por cento) e 4% (quatro vencimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil
por cento) da remuneração do servidor, podendo o Município, seguinte, o prazo vencido em dia que não haja expediente.
ao estabelecer o convênio, exigir contribuição especial de até
20% (vinte por cento) do valor do custo do serviço. Art. 264 - Por motivo de crença religiosa ou de convicção
filosófica ou política, o servidor não poderá ser privado de
Capítulo IV quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em sua vida
DA SEGURIDADE SOCIAL DO CUSTEIO funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres.

Art. 258 - O plano de seguridade social será custeado com Art. 265 - Do exercício de encargos ou serviços diferentes
o produto da arrecadação de contribuições sociais dos definidos em lei ou regulamento, como próprio do seu
obrigatórias: cargo ou função, não decorre nenhum direito ao servidor,
I - dos servidores municipais ocupantes de cargo efetivo ressalvadas as comissões legais.
em comissão;
II (Revogado pela Lei nº 2160/1999) Art. 266 - É vedado às chefias manterem sob suas ordens
cônjuges e parentes até o segundo grau, salvo quando se tratar
Art. 259 - Se o plano de seguridade social for assegurado, de função de imediata confiança e livre escolha, não podendo,
conforme previsto no parágrafo primeiro do art. 217, por porém, exceder de dois (02) o número de auxiliares nessas
instituição oficial de previdência, as contribuições serão as condições, exceto se a relação decorrer de concurso público.
estabelecidas pela referida entidade.
§ 1º - O Município assegurará, na hipótese deste artigo, a Art. 267 - Serão assegurados ao servidor público civil, os
complementação dos benefícios concedidos pela instituição de direitos de livre associação profissional ou sindical.
previdência em valores menores aos previstos nesta Lei.
§ 2º - O Município assegurará também o pagamento Art. 268 - Consideram-se da família do servidor, além do
integral dos benefícios legais previstos nesta, de natureza cônjuge e filhos, pai, mãe, irmão ou enteado, desde que vivam
diversa, não constantes do rol da entidade de previdência. na dependência econômica do servidor e em coabitação.

Legislação 45
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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 269 - Equipara-se ao cônjuge, a companheira ou c) O repasse dos valores descontados dos servidores será
companheiro que comprove judicialmente união estável com efetuado em até 07 dias úteis após o pagamento da respectiva
o servidor. folha, e depositado na conta bancária indicada pela entidade
favorecida. (Redação acrescida pela Lei nº 2371/2001)
Art. 270 - O servidor que esteja sujeito à fiscalização de
órgão profissional e for suspenso do exercício da profissão, Art. 277 - Aplica-se aos servidores o previsto na Lei
enquanto durar a medida, não poderá desempenhar atividade Municipal nº 1968/97.
que envolva responsabilidade técnico-profissional.
Art. 278 - As despesas decorrentes da aplicação desta Lei
Art. 271 - O Poder Executivo regulará as condições correrão à conta de dotações orçamentárias próprias.
necessárias à perfeita execução desta Lei, observados os
princípios gerais nela consignados. Art. 279 - Fica o Executivo autorizado a abrir créditos
suplementares necessários à cobertura das despesas por esta
Art. 272 - O disposto nesta Lei é extensivo às autarquias e Lei.
às fundações de direito público, respeitada, quanto à prática de
atos administrativos, a competência dos respectivos titulares. Art. 280 - Revogadas as disposições em contrário,
especialmente a Lei Municipal nº 1.170, de 10/07/87, esta Lei
Art. 273 - Os dirigentes máximos das autarquias e entra em vigor na data de sua publicação, produzindo seus
fundações de direito público poderão praticar atos efeitos a contar de 1º de agosto de 1997.
administrativos de competência do Prefeito, salvo os
indelegáveis, nas áreas de suas respectivas atuações. Prefeitura Municipal de Sapucaia do Sul, 27 de novembro
de 1997.
Capítulo III
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS WALMIR DOS SANTOS MARTINS
Prefeito Municipal
Art. 274 - Ficam submetidos ao Regime Jurídico
Estatutário, instituído por esta Lei, na qualidade de servidores Questões
públicos, os atuais servidores estatutários da administração
direta, das autarquias, inclusive os interinos e 01. Complete a Lacuna de acordo com a Lei 2.028 de 1997:
extranumerários, bem como os servidores concursados, “Posse é a aceitação expressa do cargo, formalizada com a
vinculados à Consolidação das Leis do Trabalho. assinatura do termo, no prazo de __________, a contar da
Parágrafo Único - Os atuais servidores celetistas, não nomeação”.
concursados e estáveis, nos termos do artigo 19 do ADCT,
formarão quadro especial em extinção, definido em lei própria. (A) 10 dias
(B) 15 dias
Art. 275 - Serão rescindidos os contratos individuais de (C) 05 dias
trabalho, dos servidores que passarem a integrar o Regime (D) 30 dias
Jurídico, na forma do artigo 274 desta Lei e que não tenham (E) 7 dias
optado, no prazo de cento e cinquenta (150) dias, pela
permanência no regime da C.L.T., ficando-lhes assegurada a 02. De acordo com a Lei 2.028 de 1997, julgue o item a
contagem do tempo anterior de serviço público municipal, seguir:
para todos os efeitos, exceto para os fins previstos no inciso V O processo administrativo-disciplinar, instaurado pela
do artigo 105, na forma da Lei. (Vide prorrogação dada pela Lei autoridade competente para aplicar a pena disciplinar, deverá
nº 2074/1998) ser iniciado no prazo de dez (10) dias úteis, contados da data
§ 1º - O servidor que houver implementado o período em que for publicada a designação dos membros da comissão.
aquisitivo que lhe assegure o direito a férias, no regime ( ) Certo ( ) Errado
anterior, será obrigado a gozá-las imediatamente, aplicando-
se ao período restante o disposto no § 2º deste artigo. 03. Nos termos da Lei 2.028 de 1997, julgue o item a
§ 2º - Para integralizar o período aquisitivo de férias seguir:
regulamentares, será computado um doze avos (1/12), por “É vedado às chefias manterem sob suas ordens cônjuges e
mês de efetivo exercício, no regime anterior. parentes até o segundo grau, salvo quando se tratar de função
§ 3º - Para integrar o Regime Jurídico Estatutário, o de imediata confiança e livre escolha, não podendo, porém,
servidor concursado, regido pelo Regime Celetista, deverá exceder de dois (02) o número de auxiliares nessas condições,
formalizar termo de opção, que disporá, necessariamente, exceto se a relação decorrer de concurso público”.
sobre a rescisão do contrato de trabalho e sobre o Fundo de ( ) Certo ( ) Errado
Garantia por Tempo de Serviço.
Gabarito
Art. 276 - Ao servidor público municipal é assegurado, nos
termos da Constituição Federal e da Constituição Estadual, o 01. B/ 02. Errado / 03. Certo
direito à livre organização sindical e os seguintes direitos,
entre outros, dela decorrentes:
a) de inamovibilidade do dirigente sindical, até um (01)
ano, após o final do mandato, exceto se, a pedido, observado o
interesse público;
b) De descontar em folha de pagamento, sem ônus para a
entidade sindical, bem como para a Associação dos
Funcionários Municipais de Sapucaia do Sul, o valor das
mensalidades, contribuições e outros valores devidamente
autorizados; (Redação dada pela Lei nº 2371/2001)

Legislação 46
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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os


fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os
3. Estatuto da Criança e do direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar
adolescente. da criança e do adolescente como pessoas em
desenvolvimento.

Título II
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 19902 Dos Direitos Fundamentais
Capítulo I
Dispõe sobre o estatuto da criança e do adolescente e dá Do Direito à Vida e à Saúde
outras providências.
Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento
sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.
Título I
Das Disposições Preliminares Art. 8o É assegurado a todas as mulheres o acesso aos
programas e às políticas de saúde da mulher e de
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição adequada,
e ao adolescente. atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e
atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal integral no
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a âmbito do Sistema Único de Saúde. (Redação dada pela Lei nº
pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente 13.257, de 2016)
aquela entre doze e dezoito anos de idade. § 1o O atendimento pré-natal será realizado por
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se profissionais da atenção primária. (Redação dada pela Lei nº
excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e 13.257, de 2016)
vinte e um anos de idade. § 2o Os profissionais de saúde de referência da gestante
garantirão sua vinculação, no último trimestre da gestação, ao
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos estabelecimento em que será realizado o parto, garantido o
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da direito de opção da mulher. (Redação dada pela Lei nº 13.257,
proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se lhes, de 2016)
por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e § 3o Os serviços de saúde onde o parto for realizado
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, assegurarão às mulheres e aos seus filhos recém-nascidos alta
mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e hospitalar responsável e contra referência na atenção
de dignidade. primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam- apoio à amamentação. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de
se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de 2016)
nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, § 4o Incumbe ao poder público proporcionar assistência
religião ou crença, deficiência, condição pessoal de psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal,
desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, inclusive como forma de prevenir ou minorar as
ambiente social, região e local de moradia ou outra condição consequências do estado puerperal.
que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que § 5o A assistência referida no § 4o deste artigo deverá ser
vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) prestada também a gestantes e mães que manifestem
interesse em entregar seus filhos para adoção, bem como a
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em gestantes e mães que se encontrem em situação de privação de
geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a liberdade. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à § 6o A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um)
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à acompanhante de sua preferência durante o período do pré-
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato. (Incluído
liberdade e à convivência familiar e comunitária. pela Lei nº 13.257, de 2016)
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: § 7o A gestante deverá receber orientação sobre
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer aleitamento materno, alimentação complementar saudável e
circunstâncias; crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de
relevância pública; estimular o desenvolvimento integral da criança. (Incluído
c) preferência na formulação e na execução das políticas pela Lei nº 13.257, de 2016)
sociais públicas; § 8o A gestante tem direito a acompanhamento saudável
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas durante toda a gestação e a parto natural cuidadoso,
relacionadas com a proteção à infância e à juventude. estabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras
intervenções cirúrgicas por motivos médicos. (Incluído pela
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de Lei nº 13.257, de 2016)
qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, § 9o A atenção primária à saúde fará a busca ativa da
violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei gestante que não iniciar ou que abandonar as consultas de pré-
qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos natal, bem como da puérpera que não comparecer às consultas
fundamentais. pós-parto. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à
mulher com filho na primeira infância que se encontrem sob

2 Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm - Acesso em
28.06.2019.

Legislação 47
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custódia em unidade de privação de liberdade, ambiência que § 3o Os profissionais que atuam no cuidado diário ou
atenda às normas sanitárias e assistenciais do Sistema Único frequente de crianças na primeira infância receberão
de Saúde para o acolhimento do filho, em articulação com o formação específica e permanente para a detecção de sinais de
sistema de ensino competente, visando ao desenvolvimento risco para o desenvolvimento psíquico, bem como para o
integral da criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) acompanhamento que se fizer necessário. (Incluído pela Lei nº
13.257, de 2016)
Art. 8º-A. Fica instituída a Semana Nacional de Prevenção
da Gravidez na Adolescência, a ser realizada anualmente na Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde,
semana que incluir o dia 1º de fevereiro, com o objetivo de inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de
disseminar informações sobre medidas preventivas e cuidados intermediários, deverão proporcionar condições
educativas que contribuam para a redução da incidência da para a permanência em tempo integral de um dos pais ou
gravidez na adolescência. (Incluído pela Lei nº 13.798, de responsável, nos casos de internação de criança ou
2019) adolescente. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
Parágrafo único. As ações destinadas a efetivar o disposto
no caput deste artigo ficarão a cargo do poder público, em Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo
conjunto com organizações da sociedade civil, e serão físico, de tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos
dirigidas prioritariamente ao público adolescente. (Incluído contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente
pela Lei nº 13.798, de 2019) comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade,
sem prejuízo de outras providências legais.
Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores § 1o As gestantes ou mães que manifestem interesse em
propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente
inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça da Infância e da
liberdade. Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 1o Os profissionais das unidades primárias de saúde § 2o Os serviços de saúde em suas diferentes portas de
desenvolverão ações sistemáticas, individuais ou coletivas, entrada, os serviços de assistência social em seu componente
visando ao planejamento, à implementação e à avaliação de especializado, o Centro de Referência Especializado de
ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno Assistência Social (Creas) e os demais órgãos do Sistema de
e à alimentação complementar saudável, de forma contínua. Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente deverão
(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) conferir máxima prioridade ao atendimento das crianças na
§ 2o Os serviços de unidades de terapia intensiva neonatal faixa etária da primeira infância com suspeita ou confirmação
deverão dispor de banco de leite humano ou unidade de coleta de violência de qualquer natureza, formulando projeto
de leite humano. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) terapêutico singular que inclua intervenção em rede e, se
necessário, acompanhamento domiciliar. (Incluído pela Lei nº
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção 13.257, de 2016)
à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a:
I - manter registro das atividades desenvolvidas, através Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas
de prontuários individuais, pelo prazo de dezoito anos; de assistência médica e odontológica para a prevenção das
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil,
impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e
prejuízo de outras formas normatizadas pela autoridade alunos.
administrativa competente; § 1º É obrigatória a vacinação das crianças nos casos
III - proceder a exames visando ao diagnóstico e recomendados pelas autoridades sanitárias. (Renumerado do
terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém- parágrafo único pela Lei nº 13.257, de 2016)
nascido, bem como prestar orientação aos pais; § 2º O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à
IV - fornecer declaração de nascimento onde constem saúde bucal das crianças e das gestantes, de forma transversal,
necessariamente as intercorrências do parto e do integral e inter setorial com as demais linhas de cuidado
desenvolvimento do neonato; direcionadas à mulher e à criança. (Incluído pela Lei nº 13.257,
V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato de 2016)
a permanência junto à mãe. § 3º A atenção odontológica à criança terá função educativa
VI - acompanhar a prática do processo de amamentação, protetiva e será prestada, inicialmente, antes de o bebê nascer,
prestando orientações quanto à técnica adequada, enquanto a por meio de aconselhamento pré-natal, e, posteriormente, no
mãe permanecer na unidade hospitalar, utilizando o corpo sexto e no décimo segundo anos de vida, com orientações
técnico já existente. (Incluído pela Lei nº 13.436, de 2017) sobre saúde bucal. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 4º A criança com necessidade de cuidados odontológicos
Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado especiais será atendida pelo Sistema Único de Saúde. (Incluído
voltadas à saúde da criança e do adolescente, por intermédio pela Lei nº 13.257, de 2016)
do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da equidade § 5º É obrigatória a aplicação a todas as crianças, nos seus
no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e primeiros dezoito meses de vida, de protocolo ou outro
recuperação da saúde. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de instrumento construído com a finalidade de facilitar a
2016) detecção, em consulta pediátrica de acompanhamento da
§ 1o A criança e o adolescente com deficiência serão criança, de risco para o seu desenvolvimento psíquico.
atendidos, sem discriminação ou segregação, em suas (Incluído pela Lei nº 13.438, de 2017)
necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e
reabilitação. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) Capítulo II
§ 2o Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente, Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade
àqueles que necessitarem, medicamentos, órteses, próteses e
outras tecnologias assistivas relativas ao tratamento, Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade,
habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo
acordo com as linhas de cuidado voltadas às suas necessidades de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos
específicas. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) e sociais garantidos na Constituição e nas leis.

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Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes Capítulo III


aspectos: Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços Seção I
comunitários, ressalvadas as restrições legais; Disposições Gerais
II - opinião e expressão;
III - crença e culto religioso; Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se; educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família
V - participar da vida familiar e comunitária, sem substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária,
discriminação; em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.
VI - participar da vida política, na forma da lei; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação. § 1º Toda criança ou adolescente que estiver inserido em
programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses,
integridade física, psíquica e moral da criança e do devendo a autoridade judiciária competente, com base em
adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da relatório elaborado por equipe interprofissional ou
identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela
espaços e objetos pessoais. possibilidade de reintegração familiar ou pela colocação em
família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e art. 28 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento § 2º A permanência da criança e do adolescente em
desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou programa de acolhimento institucional não se prolongará por
constrangedor. mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada necessidade
que atenda ao seu superior interesse, devidamente
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser fundamentada pela autoridade judiciária. (Redação dada pela
educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de Lei nº 13.509, de 2017)
tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, § 3º A manutenção ou a reintegração de criança ou
disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, adolescente à sua família terá preferência em relação a
pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em
pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas serviços e programas de proteção, apoio e promoção, nos
ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, termos do § 1º do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101
educá-los ou protegê-los. e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei. (Redação
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se: dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva § 4º Será garantida a convivência da criança e do
aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por meio
adolescente que resulte em: de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas
a) sofrimento físico; ou hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade
b) lesão; responsável, independentemente de autorização judicial.
II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma § 5º Será garantida a convivência integral da criança com a
cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente mãe adolescente que estiver em acolhimento institucional.
que: (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
a) humilhe; § 6º A mãe adolescente será assistida por equipe
b) ameace gravemente; ou especializada multidisciplinar. (Incluído pela Lei nº 13.509, de
c) ridicularize. 2017)

Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os Art. 19-A. A gestante ou mãe que manifeste interesse em
responsáveis, os agentes públicos executores de medidas entregar seu filho para adoção, antes ou logo após o
socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de nascimento, será encaminhada à Justiça da Infância e da
crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los Juventude. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou § 1º A gestante ou mãe será ouvida pela equipe
degradante como formas de correção, disciplina, educação ou interprofissional da Justiça da Infância e da Juventude, que
qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de apresentará relatório à autoridade judiciária, considerando
outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão inclusive os eventuais efeitos do estado gestacional e
aplicadas de acordo com a gravidade do caso: puerperal. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de § 2º De posse do relatório, a autoridade judiciária poderá
proteção à família; determinar o encaminhamento da gestante ou mãe, mediante
II - encaminhamento a tratamento psicológico ou sua expressa concordância, à rede pública de saúde e
psiquiátrico; assistência social para atendimento especializado. (Incluído
III - encaminhamento a cursos ou programas de pela Lei nº 13.509, de 2017)
orientação; § 3º A busca à família extensa, conforme definida nos
IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento termos do parágrafo único do art. 25 desta Lei, respeitará o
especializado; prazo máximo de 90 (noventa) dias, prorrogável por igual
V - advertência. período. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão § 4º Na hipótese de não haver a indicação do genitor e de
aplicadas pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras não existir outro representante da família extensa apto a
providências legais. receber a guarda, a autoridade judiciária competente deverá
decretar a extinção do poder familiar e determinar a colocação
da criança sob a guarda provisória de quem estiver habilitado
a adotá-la ou de entidade que desenvolva programa de
acolhimento familiar ou institucional. (Incluído pela Lei nº
13.509, de 2017)

Legislação 49
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 5º Após o nascimento da criança, a vontade da mãe ou de legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em
ambos os genitores, se houver pai registral ou pai indicado, caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária
deve ser manifestada na audiência a que se refere o § 1º do art. competente para a solução da divergência.
166 desta Lei, garantido o sigilo sobre a entrega. (Incluído pela
Lei nº 13.509, de 2017) Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e
§ 6º Na hipótese de não comparecerem à audiência nem o educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse
genitor nem representante da família extensa para confirmar destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as
a intenção de exercer o poder familiar ou a guarda, a determinações judiciais.
autoridade judiciária suspenderá o poder familiar da mãe, e a Parágrafo único. A mãe e o pai, ou os responsáveis, têm
criança será colocada sob a guarda provisória de quem esteja direitos iguais e deveres e responsabilidades compartilhados
habilitado a adotá-la. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) no cuidado e na educação da criança, devendo ser resguardado
§ 7º Os detentores da guarda possuem o prazo de 15 o direito de transmissão familiar de suas crenças e culturas,
(quinze) dias para propor a ação de adoção, contado do dia assegurados os direitos da criança estabelecidos nesta Lei.
seguinte à data do término do estágio de convivência. (Incluído (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 8º Na hipótese de desistência pelos genitores - Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não
manifestada em audiência ou perante a equipe constitui motivo suficiente para a perda ou a suspensão do
interprofissional - da entrega da criança após o nascimento, a poder familiar.
criança será mantida com os genitores, e será determinado § 1o Não existindo outro motivo que por si só autorize a
pela Justiça da Infância e da Juventude o acompanhamento decretação da medida, a criança ou o adolescente será mantido
familiar pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias. (Incluído pela em sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser
Lei nº 13.509, de 2017) incluída em serviços e programas oficiais de proteção, apoio e
§ 9º É garantido à mãe o direito ao sigilo sobre o promoção. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
nascimento, respeitado o disposto no art. 48 desta Lei. § 2º A condenação criminal do pai ou da mãe não implicará
(Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) a destituição do poder familiar, exceto na hipótese de
§ 10. Serão cadastrados para adoção recém-nascidos e condenação por crime doloso sujeito à pena de reclusão contra
crianças acolhidas não procuradas por suas famílias no prazo outrem igualmente titular do mesmo poder familiar ou contra
de 30 (trinta) dias, contado a partir do dia do acolhimento. filho, filha ou outro descendente. (Redação dada pela Lei nº
(Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) 13.715, de 2018)

Art. 19-B. A criança e o adolescente em programa de Art. 24. A perda e a suspensão do poder familiar serão
acolhimento institucional ou familiar poderão participar de decretadas judicialmente, em procedimento contraditório, nos
programa de apadrinhamento. (Incluído pela Lei nº 13.509, de casos previstos na legislação civil, bem como na hipótese de
2017) descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que
§ 1º O apadrinhamento consiste em estabelecer e alude o art. 22.
proporcionar à criança e ao adolescente vínculos externos à
instituição para fins de convivência familiar e comunitária e Seção II
colaboração com o seu desenvolvimento nos aspectos social, Da Família Natural
moral, físico, cognitivo, educacional e financeiro. (Incluído pela
Lei nº 13.509, de 2017) Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade
§ 2º Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas maiores formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes.
de 18 (dezoito) anos não inscritas nos cadastros de adoção, Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou
desde que cumpram os requisitos exigidos pelo programa de ampliada aquela que se estende para além da unidade pais e
apadrinhamento de que fazem parte. (Incluído pela Lei nº filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos
13.509, de 2017) com os quais a criança ou adolescente convive e mantém
§ 3º Pessoas jurídicas podem apadrinhar criança ou vínculos de afinidade e afetividade.
adolescente a fim de colaborar para o seu desenvolvimento.
(Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser
§ 4º O perfil da criança ou do adolescente a ser reconhecidos pelos pais, conjunta ou separadamente, no
apadrinhado será definido no âmbito de cada programa de próprio termo de nascimento, por testamento, mediante
apadrinhamento, com prioridade para crianças ou escritura ou outro documento público, qualquer que seja a
adolescentes com remota possibilidade de reinserção familiar origem da filiação.
ou colocação em família adotiva. (Incluído pela Lei nº 13.509, Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o
de 2017) nascimento do filho ou suceder-lhe ao falecimento, se deixar
§ 5º Os programas ou serviços de apadrinhamento descendentes.
apoiados pela Justiça da Infância e da Juventude poderão ser
executados por órgãos públicos ou por organizações da Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito
sociedade civil. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) personalíssimo, indisponível e imprescritível, podendo ser
§ 6º Se ocorrer violação das regras de apadrinhamento, os exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer
responsáveis pelo programa e pelos serviços de acolhimento restrição, observado o segredo de Justiça.
deverão imediatamente notificar a autoridade judiciária
competente. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) Seção III
Da Família Substituta
Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, Subseção I
ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, Disposições Gerais
proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à
filiação. Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á
mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da
Art. 21. O poder familiar será exercido, em igualdade de situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta
condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a Lei.

Legislação 50
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 1º Sempre que possível, a criança ou o adolescente será ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável, podendo ser
previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado deferido o direito de representação para a prática de atos
seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre determinados.
as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente § 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição
considerada de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive
§ 2º Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será previdenciários.
necessário seu consentimento, colhido em audiência. § 4º Salvo expressa e fundamentada determinação em
§ 3º Na apreciação do pedido levar-se-á em conta o grau de contrário, da autoridade judiciária competente, ou quando a
parentesco e a relação de afinidade ou de afetividade, a fim de medida for aplicada em preparação para adoção, o
evitar ou minorar as consequências decorrentes da medida. deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros
§ 4º Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim
tutela ou guarda da mesma família substituta, ressalvada a como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de
comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que regulamentação específica, a pedido do interessado ou do
justifique plenamente a excepcionalidade de solução diversa, Ministério Público.
procurando-se, em qualquer caso, evitar o rompimento
definitivo dos vínculos fraternais. Art. 34. O poder público estimulará, por meio de
§ 5o A colocação da criança ou adolescente em família assistência jurídica, incentivos fiscais e subsídios, o
substituta será precedida de sua preparação gradativa e acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente
acompanhamento posterior, realizados pela equipe afastado do convívio familiar.
interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da § 1º A inclusão da criança ou adolescente em programas de
Juventude, preferencialmente com o apoio dos técnicos acolhimento familiar terá preferência a seu acolhimento
responsáveis pela execução da política municipal de garantia institucional, observado, em qualquer caso, o caráter
do direito à convivência familiar. temporário e excepcional da medida, nos termos desta Lei.
§ 6ºEm se tratando de criança ou adolescente indígena ou § 2º Na hipótese do § 1º deste artigo a pessoa ou casal
proveniente de comunidade remanescente de quilombo, é cadastrado no programa de acolhimento familiar poderá
ainda obrigatório. receber a criança ou adolescente mediante guarda, observado
I - que sejam consideradas e respeitadas sua identidade o disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei.
social e cultural, os seus costumes e tradições, bem como suas § 3º A União apoiará a implementação de serviços de
instituições, desde que não sejam incompatíveis com os acolhimento em família acolhedora como política pública, os
direitos fundamentais reconhecidos por esta Lei e pela quais deverão dispor de equipe que organize o acolhimento
Constituição Federal; temporário de crianças e de adolescentes em residências de
II - que a colocação familiar ocorra prioritariamente no famílias selecionadas, capacitadas e acompanhadas que não
seio de sua comunidade ou junto a membros da mesma etnia; estejam no cadastro de adoção. (Incluído pela Lei nº 13.257, de
III - a intervenção e oitiva de representantes do órgão 2016)
federal responsável pela política indigenista, no caso de § 4º Poderão ser utilizados recursos federais, estaduais,
crianças e adolescentes indígenas, e de antropólogos, perante distritais e municipais para a manutenção dos serviços de
a equipe interprofissional ou multidisciplinar que irá acolhimento em família acolhedora, facultando-se o repasse de
acompanhar o caso. recursos para a própria família acolhedora. (Incluído pela Lei
nº 13.257, de 2016)
Art. 29. Não se deferirá colocação em família substituta a
pessoa que revele, por qualquer modo, incompatibilidade com Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo,
a natureza da medida ou não ofereça ambiente familiar mediante ato judicial fundamentado, ouvido o Ministério
adequado. Público.

Art. 30. A colocação em família substituta não admitirá Subseção III


transferência da criança ou adolescente a terceiros ou a Da Tutela
entidades governamentais ou não-governamentais, sem
autorização judicial. Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a
pessoa de até 18 (dezoito) anos incompletos.
Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a
constitui medida excepcional, somente admissível na prévia decretação da perda ou suspensão do poder familiar e
modalidade de adoção. implica necessariamente o dever de guarda.

Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável Art. 37. O tutor nomeado por testamento ou qualquer
prestará compromisso de bem e fielmente desempenhar o documento autêntico, conforme previsto no parágrafo único
encargo, mediante termo nos autos. do art. 1.729 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 -
Código Civil, deverá, no prazo de 30 (trinta) dias após a
Subseção II abertura da sucessão, ingressar com pedido destinado ao
Da Guarda controle judicial do ato, observando o procedimento previsto
nos arts. 165 a 170 desta Lei.
Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência Parágrafo único. Na apreciação do pedido, serão
material, moral e educacional à criança ou adolescente, observados os requisitos previstos nos arts. 28 e 29 desta Lei,
conferindo a seu detentor o direito de opor-se a terceiros, somente sendo deferida a tutela à pessoa indicada na
inclusive aos pais. disposição de última vontade, se restar comprovado que a
§ 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, medida é vantajosa ao tutelando e que não existe outra pessoa
podendo ser deferida, liminar ou incidentalmente, nos em melhores condições de assumi-la.
procedimentos de tutela e adoção, exceto no de adoção por
estrangeiros. Art. 38. Aplica-se à destituição da tutela o disposto no art.
§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos 24.
casos de tutela e adoção, para atender a situações peculiares

Legislação 51
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APOSTILAS OPÇÃO

Subseção IV Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência


Da Adoção com a criança ou adolescente, pelo prazo máximo de 90
(noventa) dias, observadas a idade da criança ou adolescente
Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á e as peculiaridades do caso. (Redação dada pela Lei nº 13.509,
segundo o disposto nesta Lei. de 2017)
§ 1º A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se § 1º O estágio de convivência poderá ser dispensado se o
deve recorrer apenas quando esgotados os recursos de adotando já estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante
manutenção da criança ou adolescente na família natural ou durante tempo suficiente para que seja possível avaliar a
extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei. conveniência da constituição do vínculo.
§ 2º É vedada a adoção por procuração. § 2º A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a
§ 3º Em caso de conflito entre direitos e interesses do dispensa da realização do estágio de convivência.
adotando e de outras pessoas, inclusive seus pais biológicos, § 2º-A. O prazo máximo estabelecido no caput deste artigo
devem prevalecer os direitos e os interesses do adotando. pode ser prorrogado por até igual período, mediante decisão
(Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) fundamentada da autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº
13.509, de 2017)
Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito § 3º Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou
anos à data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela domiciliado fora do País, o estágio de convivência será de, no
dos adotantes. mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45 (quarenta e cinco)
dias, prorrogável por até igual período, uma única vez,
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária.
com os mesmos direitos e deveres, inclusive sucessórios, (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
desligando-o de qualquer vínculo com pais e parentes, salvo os § 3o-A. Ao final do prazo previsto no § 3o deste artigo,
impedimentos matrimoniais. deverá ser apresentado laudo fundamentado pela equipe
§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do mencionada no § 4o deste artigo, que recomendará ou não o
outro, mantêm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o deferimento da adoção à autoridade judiciária. (Incluído pela
cônjuge ou concubino do adotante e os respectivos parentes. Lei nº 13.509, de 2017)
§ 2º É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus § 4º O estágio de convivência será acompanhado pela
descendentes, o adotante, seus ascendentes, descendentes e equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da
colaterais até o 4º grau, observada a ordem de vocação Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos
hereditária. responsáveis pela execução da política de garantia do direito à
convivência familiar, que apresentarão relatório minucioso
Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, acerca da conveniência do deferimento da medida.
independentemente do estado civil. § 5º O estágio de convivência será cumprido no território
§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do nacional, preferencialmente na comarca de residência da
adotando. criança ou adolescente, ou, a critério do juiz, em cidade
§ 2º Para adoção conjunta, é indispensável que os limítrofe, respeitada, em qualquer hipótese, a competência do
adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união juízo da comarca de residência da criança. (Incluído pela Lei nº
estável, comprovada a estabilidade da família. 13.509, de 2017)
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais
velho do que o adotando. Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença
§ 4º Os divorciados, os judicialmente separados e os ex judicial, que será inscrita no registro civil mediante mandado
companheiros podem adotar conjuntamente, contanto que do qual não se fornecerá certidão.
acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que o § 1º A inscrição consignará o nome dos adotantes como
estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do pais, bem como o nome de seus ascendentes.
período de convivência e que seja comprovada a existência de § 2º O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o
vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da registro original do adotado.
guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão. § 3º A pedido do adotante, o novo registro poderá ser
§ 5º Nos casos do § 4º deste artigo, desde que demonstrado lavrado no Cartório do Registro Civil do Município de sua
efetivo benefício ao adotando, será assegurada a guarda residência.
compartilhada, conforme previsto no art. 1.584 da Lei nº § 4º Nenhuma observação sobre a origem do ato poderá
10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil constar nas certidões do registro.
§ 6o A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após § 5º A sentença conferirá ao adotado o nome do adotante
inequívoca manifestação de vontade, vier a falecer no curso do e, a pedido de qualquer deles, poderá determinar a
procedimento, antes de prolatada a sentença. modificação do prenome.
§ 6º Caso a modificação de prenome seja requerida pelo
Art. 43. A adoção será deferida quando apresentar reais adotante, é obrigatória a oitiva do adotando, observado o
vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos. disposto nos §§ 1º e 2º do art. 28 desta Lei.
§ 7º A adoção produz seus efeitos a partir do trânsito em
Art. 44. Enquanto não der conta de sua administração e julgado da sentença constitutiva, exceto na hipótese prevista
saldar o seu alcance, não pode o tutor ou o curador adotar o no § 6º do art. 42 desta Lei, caso em que terá força retroativa à
pupilo ou o curatelado. data do óbito.
§ 8º O processo relativo à adoção assim como outros a ele
Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou relacionados serão mantidos em arquivo, admitindo-se seu
do representante legal do adotando. armazenamento em microfilme ou por outros meios, garantida
§ 1º O consentimento será dispensado em relação à criança a sua conservação para consulta a qualquer tempo.
ou adolescente cujos pais sejam desconhecidos ou tenham sido § 9º Terão prioridade de tramitação os processos de
destituídos do poder familiar. adoção em que o adotando for criança ou adolescente com
§ 2º Em se tratando de adotando maior de doze anos de deficiência ou com doença crônica.
idade, será também necessário o seu consentimento. § 10. O prazo máximo para conclusão da ação de adoção
será de 120 (cento e vinte) dias, prorrogável uma única vez por

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igual período, mediante decisão fundamentada da autoridade possível e recomendável, será colocado sob guarda de família
judiciária. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) cadastrada em programa de acolhimento familiar.
§ 12. A alimentação do cadastro e a convocação criteriosa
Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem dos postulantes à adoção serão fiscalizadas pelo Ministério
biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao processo no Público.
qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após § 13. Somente poderá ser deferida adoção em favor de
completar 18 (dezoito) anos. candidato domiciliado no Brasil não cadastrado previamente
Parágrafo único. O acesso ao processo de adoção poderá nos termos desta Lei quando:
ser também deferido ao adotado menor de 18 (dezoito) anos, I - se tratar de pedido de adoção unilateral;
a seu pedido, assegurada orientação e assistência jurídica e II - for formulada por parente com o qual a criança ou
psicológica. adolescente mantenha vínculos de afinidade e afetividade;
III - oriundo o pedido de quem detém a tutela ou guarda
Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece o poder legal de criança maior de 3 (três) anos ou adolescente, desde
familiar dos pais naturais. que o lapso de tempo de convivência comprove a fixação de
laços de afinidade e afetividade, e não seja constatada a
Art. 50. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ocorrência de má-fé ou qualquer das situações previstas nos
ou foro regional, um registro de crianças e adolescentes em arts. 237 ou 238 desta Lei.
condições de serem adotados e outro de pessoas interessadas § 14. Nas hipóteses previstas no § 13 deste artigo, o
na adoção. candidato deverá comprovar, no curso do procedimento, que
§ 1º O deferimento da inscrição dar-se-á após prévia preenche os requisitos necessários à adoção, conforme
consulta aos órgãos técnicos do juizado, ouvido o Ministério previsto nesta Lei.
Público. § 15. Será assegurada prioridade no cadastro a pessoas
§ 2º Não será deferida a inscrição se o interessado não interessadas em adotar criança ou adolescente com
satisfazer os requisitos legais, ou verificada qualquer das deficiência, com doença crônica ou com necessidades
hipóteses previstas no art. 29. específicas de saúde, além de grupo de irmãos. (Incluído pela
§ 3º A inscrição de postulantes à adoção será precedida de Lei nº 13.509, de 2017)
um período de preparação psicossocial e jurídica, orientado
pela equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude, Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na qual
preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela o pretendente possui residência habitual em país-parte da
execução da política municipal de garantia do direito à Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à Proteção
convivência familiar. das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção
§ 4º Sempre que possível e recomendável, a preparação Internacional, promulgada pelo Decreto no3.087, de 21 junho
referida no § 3º deste artigo incluirá o contato com crianças e de 1999, e deseja adotar criança em outro país-parte da
adolescentes em acolhimento familiar ou institucional em Convenção. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
condições de serem adotados, a ser realizado sob a orientação, § 1o A adoção internacional de criança ou adolescente
supervisão e avaliação da equipe técnica da Justiça da Infância brasileiro ou domiciliado no Brasil somente terá lugar quando
e da Juventude, com apoio dos técnicos responsáveis pelo restar comprovado:
programa de acolhimento e pela execução da política I - que a colocação em família adotiva é a solução adequada
municipal de garantia do direito à convivência familiar. ao caso concreto; (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 5º Serão criados e implementados cadastros estaduais e II - que foram esgotadas todas as possibilidades de
nacional de crianças e adolescentes em condições de serem colocação da criança ou adolescente em família adotiva
adotados e de pessoas ou casais habilitados à adoção. brasileira, com a comprovação, certificada nos autos, da
§ 6º Haverá cadastros distintos para pessoas ou casais inexistência de adotantes habilitados residentes no Brasil com
residentes fora do País, que somente serão consultados na perfil compatível com a criança ou adolescente, após consulta
inexistência de postulantes nacionais habilitados nos aos cadastros mencionados nesta Lei; (Redação dada pela Lei
cadastros mencionados no § 5º deste artigo. nº 13.509, de 2017)
§ 7º As autoridades estaduais e federais em matéria de III - que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi
adoção terão acesso integral aos cadastros, incumbindo-lhes a consultado, por meios adequados ao seu estágio de
troca de informações e a cooperação mútua, para melhoria do desenvolvimento, e que se encontra preparado para a medida,
sistema. mediante parecer elaborado por equipe interprofissional,
§ 8º A autoridade judiciária providenciará, no prazo de 48 observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 28 desta Lei.
(quarenta e oito) horas, a inscrição das crianças e adolescentes § 2º Os brasileiros residentes no exterior terão preferência
em condições de serem adotados que não tiveram colocação aos estrangeiros, nos casos de adoção internacional de criança
familiar na comarca de origem, e das pessoas ou casais que ou adolescente brasileiro.
tiveram deferida sua habilitação à adoção nos cadastros § 3º A adoção internacional pressupõe a intervenção das
estadual e nacional referidos no § 5º deste artigo, sob pena de Autoridades Centrais Estaduais e Federal em matéria de
responsabilidade. adoção internacional.
§ 9º Compete à Autoridade Central Estadual zelar pela
manutenção e correta alimentação dos cadastros, com Art. 52. A adoção internacional observará o procedimento
posterior comunicação à Autoridade Central Federal previsto nos arts. 165 a 170 desta Lei, com as seguintes
Brasileira. adaptações:
§ 10. Consultados os cadastros e verificada a ausência de I - a pessoa ou casal estrangeiro, interessado em adotar
pretendentes habilitados residentes no País com perfil criança ou adolescente brasileiro, deverá formular pedido de
compatível e interesse manifesto pela adoção de criança ou habilitação à adoção perante a Autoridade Central em matéria
adolescente inscrito nos cadastros existentes, será realizado o de adoção internacional no país de acolhida, assim entendido
encaminhamento da criança ou adolescente à adoção aquele onde está situada sua residência habitual;
internacional. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) II - se a Autoridade Central do país de acolhida considerar
§ 11. Enquanto não localizada pessoa ou casal interessado que os solicitantes estão habilitados e aptos para adotar,
em sua adoção, a criança ou o adolescente, sempre que emitirá um relatório que contenha informações sobre a
identidade, a capacidade jurídica e adequação dos solicitantes

Legislação 53
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para adotar, sua situação pessoal, familiar e médica, seu meio Brasileira, mediante publicação de portaria do órgão federal
social, os motivos que os animam e sua aptidão para assumir competente;
uma adoção internacional; III - estar submetidos à supervisão das autoridades
III - a Autoridade Central do país de acolhida enviará o competentes do país onde estiverem sediados e no país de
relatório à Autoridade Central Estadual, com cópia para a acolhida, inclusive quanto à sua composição, funcionamento e
Autoridade Central Federal Brasileira; situação financeira;
IV - o relatório será instruído com toda a documentação IV - apresentar à Autoridade Central Federal Brasileira, a
necessária, incluindo estudo psicossocial elaborado por cada ano, relatório geral das atividades desenvolvidas, bem
equipe interprofissional habilitada e cópia autenticada da como relatório de acompanhamento das adoções
legislação pertinente, acompanhada da respectiva prova de internacionais efetuadas no período, cuja cópia será
vigência; encaminhada ao Departamento de Polícia Federal;
V - os documentos em língua estrangeira serão V - enviar relatório pós-adotivo semestral para a
devidamente autenticados pela autoridade consular, Autoridade Central Estadual, com cópia para a Autoridade
observados os tratados e convenções internacionais, e Central Federal Brasileira, pelo período mínimo de 2 (dois)
acompanhados da respectiva tradução, por tradutor público anos. O envio do relatório será mantido até a juntada de cópia
juramentado; autenticada do registro civil, estabelecendo a cidadania do país
VI - a Autoridade Central Estadual poderá fazer exigências de acolhida para o adotado;
e solicitar complementação sobre o estudo psicossocial do VI - tomar as medidas necessárias para garantir que os
postulante estrangeiro à adoção, já realizado no país de adotantes encaminhem à Autoridade Central Federal
acolhida; Brasileira cópia da certidão de registro de nascimento
VII - verificada, após estudo realizado pela Autoridade estrangeira e do certificado de nacionalidade tão logo lhes
Central Estadual, a compatibilidade da legislação estrangeira sejam concedidos.
com a nacional, além do preenchimento por parte dos § 5º A não apresentação dos relatórios referidos no §
postulantes à medida dos requisitos objetivos e subjetivos 4o deste artigo pelo organismo credenciado poderá acarretar
necessários ao seu deferimento, tanto à luz do que dispõe esta a suspensão de seu credenciamento.
Lei como da legislação do país de acolhida, será expedido laudo § 6º O credenciamento de organismo nacional ou
de habilitação à adoção internacional, que terá validade por, estrangeiro encarregado de intermediar pedidos de adoção
no máximo, 1 (um) ano; internacional terá validade de 2 (dois) anos.
VIII - de posse do laudo de habilitação, o interessado será § 7º A renovação do credenciamento poderá ser concedida
autorizado a formalizar pedido de adoção perante o Juízo da mediante requerimento protocolado na Autoridade Central
Infância e da Juventude do local em que se encontra a criança Federal Brasileira nos 60 (sessenta) dias anteriores ao
ou adolescente, conforme indicação efetuada pela Autoridade término do respectivo prazo de validade.
Central Estadual. § 8º Antes de transitada em julgado a decisão que
§ 1o Se a legislação do país de acolhida assim o autorizar, concedeu a adoção internacional, não será permitida a saída
admite-se que os pedidos de habilitação à adoção do adotando do território nacional.
internacional sejam intermediados por organismos § 9º Transitada em julgado a decisão, a autoridade
credenciados. judiciária determinará a expedição de alvará com autorização
§ 2o Incumbe à Autoridade Central Federal Brasileira o de viagem, bem como para obtenção de passaporte, constando,
credenciamento de organismos nacionais e estrangeiros obrigatoriamente, as características da criança ou adolescente
encarregados de intermediar pedidos de habilitação à adoção adotado, como idade, cor, sexo, eventuais sinais ou traços
internacional, com posterior comunicação às Autoridades peculiares, assim como foto recente e a aposição da impressão
Centrais Estaduais e publicação nos órgãos oficiais de digital do seu polegar direito, instruindo o documento com
imprensa e em sítio próprio da internet. cópia autenticada da decisão e certidão de trânsito em julgado.
§ 3o Somente será admissível o credenciamento de § 10. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá, a
organismos que: qualquer momento, solicitar informações sobre a situação das
I - sejam oriundos de países que ratificaram a Convenção crianças e adolescentes adotados.
de Haia e estejam devidamente credenciados pela Autoridade § 11. A cobrança de valores por parte dos organismos
Central do país onde estiverem sediados e no país de acolhida credenciados, que sejam considerados abusivos pela
do adotando para atuar em adoção internacional no Brasil; Autoridade Central Federal Brasileira e que não estejam
II - satisfizerem as condições de integridade moral, devidamente comprovados, é causa de seu
competência profissional, experiência e responsabilidade descredenciamento.
exigidas pelos países respectivos e pela Autoridade Central § 12. Uma mesma pessoa ou seu cônjuge não podem ser
Federal Brasileira; representados por mais de uma entidade credenciada para
III - forem qualificados por seus padrões éticos e sua atuar na cooperação em adoção internacional.
formação e experiência para atuar na área de adoção § 13. A habilitação de postulante estrangeiro ou
internacional; domiciliado fora do Brasil terá validade máxima de 1 (um) ano,
IV - cumprirem os requisitos exigidos pelo ordenamento podendo ser renovada.
jurídico brasileiro e pelas normas estabelecidas pela § 14. É vedado o contato direto de representantes de
Autoridade Central Federal Brasileira. organismos de adoção, nacionais ou estrangeiros, com
§ 4o Os organismos credenciados deverão ainda: dirigentes de programas de acolhimento institucional ou
I - perseguir unicamente fins não lucrativos, nas condições familiar, assim como com crianças e adolescentes em
e dentro dos limites fixados pelas autoridades competentes do condições de serem adotados, sem a devida autorização
país onde estiverem sediados, do país de acolhida e pela judicial.
Autoridade Central Federal Brasileira; § 15. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá
II - ser dirigidos e administrados por pessoas qualificadas limitar ou suspender a concessão de novos credenciamentos
e de reconhecida idoneidade moral, com comprovada sempre que julgar necessário, mediante ato administrativo
formação ou experiência para atuar na área de adoção fundamentado.
internacional, cadastradas pelo Departamento de Polícia
Federal e aprovadas pela Autoridade Central Federal Art. 52-A. É vedado, sob pena de responsabilidade e
descredenciamento, o repasse de recursos provenientes de

Legislação 54
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organismos estrangeiros encarregados de intermediar educação básica. (alterado pela lei nº 13.845, de 18 de junho
pedidos de adoção internacional a organismos nacionais ou a de 2019)
pessoas físicas. Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter
Parágrafo único. Eventuais repasses somente poderão ser ciência do processo pedagógico, bem como participar da
efetuados via Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente definição das propostas educacionais.
e estarão sujeitos às deliberações do respectivo Conselho de
Direitos da Criança e do Adolescente. Art. 53-A. É dever da instituição de ensino, clubes e
agremiações recreativas e de estabelecimentos congêneres
Art. 52-B. A adoção por brasileiro residente no exterior em assegurar medidas de conscientização, prevenção e
país ratificante da Convenção de Haia, cujo processo de adoção enfrentamento ao uso ou dependência de drogas ilícitas.
tenha sido processado em conformidade com a legislação (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
vigente no país de residência e atendido o disposto na Alínea
“c” do Artigo 17 da referida Convenção, será automaticamente Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao
recepcionada com o reingresso no Brasil. adolescente:
§ 1º Caso não tenha sido atendido o disposto na Alínea “c” I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive
do Artigo 17 da Convenção de Haia, deverá a sentença ser para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;
homologada pelo Superior Tribunal de Justiça. II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade
§ 2º O pretendente brasileiro residente no exterior em país ao ensino médio;
não ratificante da Convenção de Haia, uma vez reingressado no III - atendimento educacional especializado aos portadores
Brasil, deverá requerer a homologação da sentença de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
estrangeira pelo Superior Tribunal de Justiça. IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de
zero a cinco anos de idade; (Redação dada pela Lei nº 13.306,
Art. 52-C. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for de 2016)
o país de acolhida, a decisão da autoridade competente do país V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa
de origem da criança ou do adolescente será conhecida pela e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;
Autoridade Central Estadual que tiver processado o pedido de VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às
habilitação dos pais adotivos, que comunicará o fato à condições do adolescente trabalhador;
Autoridade Central Federal e determinará as providências VII - atendimento no ensino fundamental, através de
necessárias à expedição do Certificado de Naturalização programas suplementares de material didático-escolar,
Provisório. transporte, alimentação e assistência à saúde.
§ 1º A Autoridade Central Estadual, ouvido o Ministério § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito
Público, somente deixará de reconhecer os efeitos daquela público subjetivo.
decisão se restar demonstrado que a adoção é manifestamente § 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder
contrária à ordem pública ou não atende ao interesse superior público ou sua oferta irregular importa responsabilidade da
da criança ou do adolescente. autoridade competente.
§ 2º Na hipótese de não reconhecimento da adoção, § 3º Compete ao poder público recensear os educandos no
prevista no § 1º deste artigo, o Ministério Público deverá ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos
imediatamente requerer o que for de direito para resguardar pais ou responsável, pela frequência à escola.
os interesses da criança ou do adolescente, comunicando-se as
providências à Autoridade Central Estadual, que fará a Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de
comunicação à Autoridade Central Federal Brasileira e à matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.
Autoridade Central do país de origem.
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino
Art. 52-D. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:
o país de acolhida e a adoção não tenha sido deferida no país I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
de origem porque a sua legislação a delega ao país de acolhida, II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar,
ou, ainda, na hipótese de, mesmo com decisão, a criança ou o esgotados os recursos escolares;
adolescente ser oriundo de país que não tenha aderido à III - elevados níveis de repetência.
Convenção referida, o processo de adoção seguirá as regras da
adoção nacional. Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências
e novas propostas relativas a calendário, seriação, currículo,
Capítulo IV metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de
Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental
Lazer obrigatório.

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores
visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da
para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade da
assegurando-se lhes: criação e o acesso às fontes de cultura.
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola; Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União,
II - direito de ser respeitado por seus educadores; estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas
recorrer às instâncias escolares superiores; para a infância e a juventude.
IV - direito de organização e participação em entidades
estudantis; Capítulo V
V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua Do Direito à Profissionalização e à Proteção no
residência, garantindo-se vagas no mesmo estabelecimento a Trabalho
irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da

Legislação 55
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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de de políticas públicas e na execução de ações destinadas a coibir
quatorze anos de idade, salvo na condição de aprendiz. o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante e
difundir formas não violentas de educação de crianças e de
Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada adolescentes, tendo como principais ações:
por legislação especial, sem prejuízo do disposto nesta Lei I - a promoção de campanhas educativas permanentes
para a divulgação do direito da criança e do adolescente de
Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico- serem educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da tratamento cruel ou degradante e dos instrumentos de
legislação de educação em vigor. proteção aos direitos humanos;
II - a integração com os órgãos do Poder Judiciário, do
Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos Ministério Público e da Defensoria Pública, com o Conselho
seguintes princípios: Tutelar, com os Conselhos de Direitos da Criança e do
I - garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino Adolescente e com as entidades não governamentais que
regular; atuam na promoção, proteção e defesa dos direitos da criança
II - atividade compatível com o desenvolvimento do e do adolescente;
adolescente; III - a formação continuada e a capacitação dos
III - horário especial para o exercício das atividades. profissionais de saúde, educação e assistência social e dos
demais agentes que atuam na promoção, proteção e defesa dos
Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é direitos da criança e do adolescente para o desenvolvimento
assegurada bolsa de aprendizagem. das competências necessárias à prevenção, à identificação de
evidências, ao diagnóstico e ao enfrentamento de todas as
Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, formas de violência contra a criança e o adolescente;
são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários. IV - o apoio e o incentivo às práticas de resolução pacífica
de conflitos que envolvam violência contra a criança e o
Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é adolescente;
assegurado trabalho protegido. V - a inclusão, nas políticas públicas, de ações que visem a
garantir os direitos da criança e do adolescente, desde a
Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime atenção pré-natal, e de atividades junto aos pais e
familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em responsáveis com o objetivo de promover a informação, a
entidade governamental ou não-governamental, é vedado reflexão, o debate e a orientação sobre alternativas ao uso de
trabalho: castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante no
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia processo educativo;
e as cinco horas do dia seguinte; VI - a promoção de espaços inter setoriais locais para a
II - perigoso, insalubre ou penoso; articulação de ações e a elaboração de planos de atuação
III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao conjunta focados nas famílias em situação de violência, com
seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social; participação de profissionais de saúde, de assistência social e
IV - realizado em horários e locais que não permitam a de educação e de órgãos de promoção, proteção e defesa dos
frequência à escola. direitos da criança e do adolescente;
Parágrafo único. As famílias com crianças e adolescentes
Art. 68. O programa social que tenha por base o trabalho com deficiência terão prioridade de atendimento nas ações e
educativo, sob responsabilidade de entidade governamental políticas públicas de prevenção e proteção.
ou não-governamental sem fins lucrativos, deverá assegurar
ao adolescente que dele participe condições de capacitação Art. 70-B.As entidades, públicas e privadas, que atuem nas
para o exercício de atividade regular remunerada. áreas a que se refere o art. 71, dentre outras, devem contar, em
§ 1º Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral seus quadros, com pessoas capacitadas a reconhecer e
em que as exigências pedagógicas relativas ao comunicar ao Conselho Tutelar suspeitas ou casos de maus-
desenvolvimento pessoal e social do educando prevalecem tratos praticados contra crianças e adolescentes.
sobre o aspecto produtivo. Parágrafo único. São igualmente responsáveis pela
§ 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo comunicação de que trata este artigo, as pessoas encarregadas,
trabalho efetuado ou a participação na venda dos produtos de por razão de cargo, função, ofício, ministério, profissão ou
seu trabalho não desfigura o caráter educativo. ocupação, do cuidado, assistência ou guarda de crianças e
adolescentes, punível, na forma deste Estatuto, o injustificado
Art. 69. O adolescente tem direito à profissionalização e à retardamento ou omissão, culposos ou dolosos.
proteção no trabalho, observados os seguintes aspectos, entre
outros: Art. 71. A criança e o adolescente têm direito à informação,
I - respeito à condição peculiar de pessoa em cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e
desenvolvimento; serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em
II - capacitação profissional adequada ao mercado de desenvolvimento.
trabalho.
Art. 72. As obrigações previstas nesta Lei não excluem da
Título III prevenção especial outras decorrentes dos princípios por ela
Da Prevenção adotados.
Capítulo I
Disposições Gerais Art. 73. A inobservância das normas de prevenção
importará em responsabilidade da pessoa física ou jurídica,
Art. 70. É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça nos termos desta Lei.
ou violação dos direitos da criança e do adolescente.

Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os


Municípios deverão atuar de forma articulada na elaboração

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APOSTILAS OPÇÃO

Capítulo II III - produtos cujos componentes possam causar


Da Prevenção Especial dependência física ou psíquica ainda que por utilização
Seção I indevida;
Da informação, Cultura, Lazer, Esportes, Diversões e IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que
Espetáculos pelo seu reduzido potencial sejam incapazes de provocar
qualquer dano físico em caso de utilização indevida;
Art. 74. O poder público, através do órgão competente, V - revistas e publicações a que alude o art. 78;
regulará as diversões e espetáculos públicos, informando VI - bilhetes lotéricos e equivalentes.
sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se
recomendem, locais e horários em que sua apresentação se Art. 82. É proibida a hospedagem de criança ou
mostre inadequada. adolescente em hotel, motel, pensão ou estabelecimento
Parágrafo único. Os responsáveis pelas diversões e congênere, salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou
espetáculos públicos deverão afixar, em lugar visível e de fácil responsável.
acesso, à entrada do local de exibição, informação destacada
sobre a natureza do espetáculo e a faixa etária especificada no Seção III
certificado de classificação. Da Autorização para Viajar

Art. 75. Toda criança ou adolescente terá acesso às Art. 83. Nenhuma criança ou adolescente menor de 16
diversões e espetáculos públicos classificados como (dezesseis) anos poderá viajar para fora da comarca onde
adequados à sua faixa etária. reside desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem
Parágrafo único. As crianças menores de dez anos somente expressa autorização judicial. (Redação dada pela Lei nº
poderão ingressar e permanecer nos locais de apresentação ou 13.812, de 2019)
exibição quando acompanhadas dos pais ou responsável. § 1º A autorização não será exigida quando:
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança
Art. 76. As emissoras de rádio e televisão somente exibirão, ou do adolescente menor de 16 (dezesseis) anos, se na mesma
no horário recomendado para o público infanto juvenil, unidade da Federação, ou incluída na mesma região
programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e metropolitana; (Redação dada pela Lei nº 13.812, de 2019)
informativas. b) a criança ou o adolescente menor de 16 (dezesseis) anos
Parágrafo único. Nenhum espetáculo será apresentado ou estiver acompanhado: (Redação dada pela Lei nº 13.812, de
anunciado sem aviso de sua classificação, antes de sua 2019)
transmissão, apresentação ou exibição. 1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau,
comprovado documentalmente o parentesco;
Art. 77. Os proprietários, diretores, gerentes e funcionários 2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai,
de empresas que explorem a venda ou aluguel de fitas de mãe ou responsável.
programação em vídeo cuidarão para que não haja venda ou § 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou
locação em desacordo com a classificação atribuída pelo órgão responsável, conceder autorização válida por dois anos.
competente.
Parágrafo único. As fitas a que alude este artigo deverão Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a
exibir, no invólucro, informação sobre a natureza da obra e a autorização é dispensável, se a criança ou adolescente:
faixa etária a que se destinam. I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável;
II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado
Art. 78. As revistas e publicações contendo material expressamente pelo outro através de documento com firma
impróprio ou inadequado a crianças e adolescentes deverão reconhecida.
ser comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência
de seu conteúdo. Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial,
Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas nenhuma criança ou adolescente nascido em território
que contenham mensagens pornográficas ou obscenas sejam nacional poderá sair do País em companhia de estrangeiro
protegidas com embalagem opaca. residente ou domiciliado no exterior.

Art. 79. As revistas e publicações destinadas ao público Parte Especial


infanto-juvenil não poderão conter ilustrações, fotografias, Título I
legendas, crônicas ou anúncios de bebidas alcoólicas, tabaco, Da Política de Atendimento
armas e munições, e deverão respeitar os valores éticos e Capítulo I
sociais da pessoa e da família. Disposições Gerais

Art. 80. Os responsáveis por estabelecimentos que Art. 86. A política de atendimento dos direitos da criança e
explorem comercialmente bilhar, sinuca ou congênere ou por do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de
casas de jogos, assim entendidas as que realizem apostas, ações governamentais e não-governamentais, da União, dos
ainda que eventualmente, cuidarão para que não seja estados, do Distrito Federal e dos municípios.
permitida a entrada e a permanência de crianças e
adolescentes no local, afixando aviso para orientação do Art. 87. São linhas de ação da política de atendimento:
público. I - políticas sociais básicas;
II - serviços, programas, projetos e benefícios de
Seção II assistência social de garantia de proteção social e de
Dos Produtos e Serviços prevenção e redução de violações de direitos, seus
agravamentos ou reincidências; (Redação dada pela Lei nº
Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de: 13.257, de 2016)
I - armas, munições e explosivos; III - serviços especiais de prevenção e atendimento médico
II - bebidas alcoólicas; e psicossocial às vítimas de negligência, maus-tratos,
exploração, abuso, crueldade e opressão;

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APOSTILAS OPÇÃO

IV - serviço de identificação e localização de pais, socioeducativos destinados a crianças e adolescentes, em


responsável, crianças e adolescentes desaparecidos; regime de:
V - proteção jurídico-social por entidades de defesa dos I - orientação e apoio sócio familiar;
direitos da criança e do adolescente. II - apoio socioeducativo em meio aberto;
VI - políticas e programas destinados a prevenir ou III - colocação familiar;
abreviar o período de afastamento do convívio familiar e a IV - acolhimento institucional;
garantir o efetivo exercício do direito à convivência familiar de V - prestação de serviços à comunidade;
crianças e adolescentes; VI - liberdade assistida;
VII - campanhas de estímulo ao acolhimento sob forma de VII - semiliberdade; e
guarda de crianças e adolescentes afastados do convívio VIII - internação.
familiar e à adoção, especificamente inter-racial, de crianças § 1º As entidades governamentais e não governamentais
maiores ou de adolescentes, com necessidades específicas de deverão proceder à inscrição de seus programas,
saúde ou com deficiências e de grupos de irmãos. especificando os regimes de atendimento, na forma definida
neste artigo, no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e
Art. 88. São diretrizes da política de atendimento: do Adolescente, o qual manterá registro das inscrições e de
I - municipalização do atendimento; suas alterações, do que fará comunicação ao Conselho Tutelar
II - criação de conselhos municipais, estaduais e nacional e à autoridade judiciária.
dos direitos da criança e do adolescente, órgãos deliberativos § 2º Os recursos destinados à implementação e
e controladores das ações em todos os níveis, assegurada a manutenção dos programas relacionados neste artigo serão
participação popular paritária por meio de organizações previstos nas dotações orçamentárias dos órgãos públicos
representativas, segundo leis federal, estaduais e municipais; encarregados das áreas de Educação, Saúde e Assistência
III - criação e manutenção de programas específicos, Social, dentre outros, observando-se o princípio da prioridade
observada a descentralização político-administrativa; absoluta à criança e ao adolescente preconizado pelo caput do
IV - manutenção de fundos nacional, estaduais e art. 227 da Constituição Federal e pelo caput e parágrafo único
municipais vinculados aos respectivos conselhos dos direitos do art. 4º desta Lei.
da criança e do adolescente; § 3º Os programas em execução serão reavaliados pelo
V - integração operacional de órgãos do Judiciário, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente,
Ministério Público, Defensoria, Segurança Pública e no máximo, a cada 2 (dois) anos, constituindo-se critérios para
Assistência Social, preferencialmente em um mesmo local, renovação da autorização de funcionamento:
para efeito de agilização do atendimento inicial a adolescente I - o efetivo respeito às regras e princípios desta Lei, bem
a quem se atribua autoria de ato infracional; como às resoluções relativas à modalidade de atendimento
VI - integração operacional de órgãos do Judiciário, prestado expedidas pelos Conselhos de Direitos da Criança e
Ministério Público, Defensoria, Conselho Tutelar e do Adolescente, em todos os níveis;
encarregados da execução das políticas sociais básicas e de II - a qualidade e eficiência do trabalho desenvolvido,
assistência social, para efeito de agilização do atendimento de atestadas pelo Conselho Tutelar, pelo Ministério Público e pela
crianças e de adolescentes inseridos em programas de Justiça da Infância e da Juventude;
acolhimento familiar ou institucional, com vista na sua rápida III - em se tratando de programas de acolhimento
reintegração à família de origem ou, se tal solução se mostrar institucional ou familiar, serão considerados os índices de
comprovadamente inviável, sua colocação em família sucesso na reintegração familiar ou de adaptação à família
substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 substituta, conforme o caso.
desta Lei;
VII - mobilização da opinião pública para a indispensável Art. 91. As entidades não-governamentais somente
participação dos diversos segmentos da sociedade. poderão funcionar depois de registradas no Conselho
VIII - especialização e formação continuada dos Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o qual
profissionais que trabalham nas diferentes áreas da atenção à comunicará o registro ao Conselho Tutelar e à autoridade
primeira infância, incluindo os conhecimentos sobre direitos judiciária da respectiva localidade.
da criança e sobre desenvolvimento infantil; (Incluído pela Lei § 1º Será negado o registro à entidade que:
nº 13.257, de 2016) a) não ofereça instalações físicas em condições adequadas
IX - formação profissional com abrangência dos diversos de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança;
direitos da criança e do adolescente que favoreça a b) não apresente plano de trabalho compatível com os
intersetorialidade no atendimento da criança e do adolescente princípios desta Lei;
e seu desenvolvimento integral; (Incluído pela Lei nº 13.257, c) esteja irregularmente constituída;
de 2016) d) tenha em seus quadros pessoas inidôneas.
X - realização e divulgação de pesquisas sobre e) não se adequar ou deixar de cumprir as resoluções e
desenvolvimento infantil e sobre prevenção da violência. deliberações relativas à modalidade de atendimento prestado
(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) expedidas pelos Conselhos de Direitos da Criança e do
Adolescente, em todos os níveis.
Art. 89. A função de membro do conselho nacional e dos § 2º O registro terá validade máxima de 4 (quatro) anos,
conselhos estaduais e municipais dos direitos da criança e do cabendo ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
adolescente é considerada de interesse público relevante e não Adolescente, periodicamente, reavaliar o cabimento de sua
será remunerada. renovação, observado o disposto no § 1º deste artigo.

Capítulo II Art. 92. As entidades que desenvolvam programas de


Das Entidades de Atendimento acolhimento familiar ou institucional deverão adotar os
Seção I seguintes princípios
Disposições Gerais I - preservação dos vínculos familiares e promoção da
reintegração familiar;
Art. 90. As entidades de atendimento são responsáveis pela II - integração em família substituta, quando esgotados os
manutenção das próprias unidades, assim como pelo recursos de manutenção na família natural ou extensa;
planejamento e execução de programas de proteção e III - atendimento personalizado e em pequenos grupos;

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IV - desenvolvimento de atividades em regime de III - oferecer atendimento personalizado, em pequenas


coeducação; unidades e grupos reduzidos;
V - não desmembramento de grupos de irmãos; IV - preservar a identidade e oferecer ambiente de respeito
VI - evitar, sempre que possível, a transferência para e dignidade ao adolescente;
outras entidades de crianças e adolescentes abrigados; V - diligenciar no sentido do restabelecimento e da
VII - participação na vida da comunidade local; preservação dos vínculos familiares;
VIII - preparação gradativa para o desligamento; VI - comunicar à autoridade judiciária, periodicamente, os
IX - participação de pessoas da comunidade no processo casos em que se mostre inviável ou impossível o reatamento
educativo. dos vínculos familiares;
§ 1º O dirigente de entidade que desenvolve programa de VII - oferecer instalações físicas em condições adequadas
acolhimento institucional é equiparado ao guardião, para de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança e os
todos os efeitos de direito. objetos necessários à higiene pessoal;
§ 2º Os dirigentes de entidades que desenvolvem VIII - oferecer vestuário e alimentação suficientes e
programas de acolhimento familiar ou institucional remeterão adequados à faixa etária dos adolescentes atendidos;
à autoridade judiciária, no máximo a cada 6 (seis) meses, IX - oferecer cuidados médicos, psicológicos,
relatório circunstanciado acerca da situação de cada criança odontológicos e farmacêuticos;
ou adolescente acolhido e sua família, para fins da reavaliação X - propiciar escolarização e profissionalização;
prevista no § 1º do art. 19 desta Lei. XI - propiciar atividades culturais, esportivas e de lazer;
§ 3º Os entes federados, por intermédio dos Poderes XII - propiciar assistência religiosa àqueles que desejarem,
Executivo e Judiciário, promoverão conjuntamente a de acordo com suas crenças;
permanente qualificação dos profissionais que atuam direta XIII - proceder a estudo social e pessoal de cada caso;
ou indiretamente em programas de acolhimento institucional XIV - reavaliar periodicamente cada caso, com intervalo
e destinados à colocação familiar de crianças e adolescentes, máximo de seis meses, dando ciência dos resultados à
incluindo membros do Poder Judiciário, Ministério Público e autoridade competente;
Conselho Tutelar. XV - informar, periodicamente, o adolescente internado
§ 4º Salvo determinação em contrário da autoridade sobre sua situação processual;
judiciária competente, as entidades que desenvolvem XVI - comunicar às autoridades competentes todos os
programas de acolhimento familiar ou institucional, se casos de adolescentes portadores de moléstias
necessário com o auxílio do Conselho Tutelar e dos órgãos de infectocontagiosas;
assistência social, estimularão o contato da criança ou XVII - fornecer comprovante de depósito dos pertences dos
adolescente com seus pais e parentes, em cumprimento ao adolescentes;
disposto nos incisos I e VIII do caput deste artigo. XVIII - manter programas destinados ao apoio e
§ 5º As entidades que desenvolvem programas de acompanhamento de egressos;
acolhimento familiar ou institucional somente poderão XIX - providenciar os documentos necessários ao exercício
receber recursos públicos se comprovado o atendimento dos da cidadania àqueles que não os tiverem;
princípios, exigências e finalidades desta Lei. XX - manter arquivo de anotações onde constem data e
§ 6º O descumprimento das disposições desta Lei pelo circunstâncias do atendimento, nome do adolescente, seus
dirigente de entidade que desenvolva programas de pais ou responsável, parentes, endereços, sexo, idade,
acolhimento familiar ou institucional é causa de sua acompanhamento da sua formação, relação de seus pertences
destituição, sem prejuízo da apuração de sua responsabilidade e demais dados que possibilitem sua identificação e a
administrativa, civil e criminal. individualização do atendimento.
§ 7º Quando se tratar de criança de 0 (zero) a 3 (três) anos § 1º Aplicam-se, no que couber, as obrigações constantes
em acolhimento institucional, dar-se-á especial atenção à deste artigo às entidades que mantêm programas de
atuação de educadores de referência estáveis e acolhimento institucional e familiar.
qualitativamente significativos, às rotinas específicas e ao § 2º No cumprimento das obrigações a que alude este
atendimento das necessidades básicas, incluindo as de afeto artigo as entidades utilizarão preferencialmente os recursos
como prioritárias. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) da comunidade.

Art. 93. As entidades que mantenham programa de Art. 94-A. As entidades, públicas ou privadas, que
acolhimento institucional poderão, em caráter excepcional e abriguem ou recepcionem crianças e adolescentes, ainda que
de urgência, acolher crianças e adolescentes sem prévia em caráter temporário, devem ter, em seus quadros,
determinação da autoridade competente, fazendo profissionais capacitados a reconhecer e reportar ao Conselho
comunicação do fato em até 24 (vinte e quatro) horas ao Juiz Tutelar suspeitas ou ocorrências de maus-tratos.
da Infância e da Juventude, sob pena de responsabilidade.
Parágrafo único. Recebida a comunicação, a autoridade Seção II
judiciária, ouvido o Ministério Público e se necessário com o Da Fiscalização das Entidades
apoio do Conselho Tutelar local, tomará as medidas
necessárias para promover a imediata reintegração familiar da Art. 95. As entidades governamentais e não-
criança ou do adolescente ou, se por qualquer razão não for governamentais referidas no art. 90 serão fiscalizadas pelo
isso possível ou recomendável, para seu encaminhamento a Judiciário, pelo Ministério Público e pelos Conselhos Tutelares.
programa de acolhimento familiar, institucional ou a família
substituta, observado o disposto no § 2o do art. 101 desta Lei. Art. 96. Os planos de aplicação e as prestações de contas
serão apresentados ao estado ou ao município, conforme a
Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de origem das dotações orçamentárias.
internação têm as seguintes obrigações, entre outras:
I - observar os direitos e garantias de que são titulares os Art. 97. São medidas aplicáveis às entidades de
adolescentes; atendimento que descumprirem obrigação constante do art.
II - não restringir nenhum direito que não tenha sido 94, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal de seus
objeto de restrição na decisão de internação; dirigentes ou prepostos:
I - às entidades governamentais:

Legislação 59
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APOSTILAS OPÇÃO

a) advertência; V - privacidade: a promoção dos direitos e proteção da


b) afastamento provisório de seus dirigentes; criança e do adolescente deve ser efetuada no respeito pela
c) afastamento definitivo de seus dirigentes; intimidade, direito à imagem e reserva da sua vida privada;
d) fechamento de unidade ou interdição de programa. VI - intervenção precoce: a intervenção das autoridades
II - às entidades não-governamentais: competentes deve ser efetuada logo que a situação de perigo
a) advertência; seja conhecida;
b) suspensão total ou parcial do repasse de verbas VII - intervenção mínima: a intervenção deve ser exercida
públicas; exclusivamente pelas autoridades e instituições cuja ação seja
c) interdição de unidades ou suspensão de programa; indispensável à efetiva promoção dos direitos e à proteção da
d) cassação do registro. criança e do adolescente;
§ 1º Em caso de reiteradas infrações cometidas por VIII - proporcionalidade e atualidade: a intervenção deve
entidades de atendimento, que coloquem em risco os direitos ser a necessária e adequada à situação de perigo em que a
assegurados nesta Lei, deverá ser o fato comunicado ao criança ou o adolescente se encontram no momento em que a
Ministério Público ou representado perante autoridade decisão é tomada;
judiciária competente para as providências cabíveis, inclusive IX - responsabilidade parental: a intervenção deve ser
suspensão das atividades ou dissolução da entidade. efetuada de modo que os pais assumam os seus deveres para
§ 2º As pessoas jurídicas de direito público e as com a criança e o adolescente;
organizações não governamentais responderão pelos danos X - prevalência da família: na promoção de direitos e na
que seus agentes causarem às crianças e aos adolescentes, proteção da criança e do adolescente deve ser dada
caracterizado o descumprimento dos princípios norteadores prevalência às medidas que os mantenham ou reintegrem na
das atividades de proteção específica. sua família natural ou extensa ou, se isso não for possível, que
promovam a sua integração em família adotiva; (Redação dada
Título II pela Lei nº 13.509, de 2017)
Das Medidas de Proteção XI - obrigatoriedade da informação: a criança e o
Capítulo I adolescente, respeitado seu estágio de desenvolvimento e
Disposições Gerais capacidade de compreensão, seus pais ou responsável devem
ser informados dos seus direitos, dos motivos que
Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente determinaram a intervenção e da forma como esta se processa;
são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei XII - oitiva obrigatória e participação: a criança e o
forem ameaçados ou violados: adolescente, em separado ou na companhia dos pais, de
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; responsável ou de pessoa por si indicada, bem como os seus
II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável; pais ou responsável, têm direito a ser ouvidos e a participar
III - em razão de sua conduta. nos atos e na definição da medida de promoção dos direitos e
de proteção, sendo sua opinião devidamente considerada pela
Capítulo II autoridade judiciária competente, observado o disposto nos §§
Das Medidas Específicas de Proteção 1º e 2º do art. 28 desta Lei.

Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo poderão ser Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no
aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como substituídas art. 98, a autoridade competente poderá determinar, dentre
a qualquer tempo. outras, as seguintes medidas:
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante
Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as termo de responsabilidade;
necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem ao II - orientação, apoio e acompanhamento temporários;
fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. III - matrícula e frequência obrigatórias em
Parágrafo único. São também princípios que regem a estabelecimento oficial de ensino fundamental;
aplicação das medidas: IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou
I - condição da criança e do adolescente como sujeitos de comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da
direitos: crianças e adolescentes são os titulares dos direitos criança e do adolescente; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de
previstos nesta e em outras Leis, bem como na Constituição 2016)
Federal; V - requisição de tratamento médico, psicológico ou
II - proteção integral e prioritária: a interpretação e psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial;
aplicação de toda e qualquer norma contida nesta Lei deve ser VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de
voltada à proteção integral e prioritária dos direitos de que auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
crianças e adolescentes são titulares; VII - acolhimento institucional;
III - responsabilidade primária e solidária do poder VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar;
público: a plena efetivação dos direitos assegurados a crianças IX - colocação em família substituta.
e a adolescentes por esta Lei e pela Constituição Federal, salvo § 1º O acolhimento institucional e o acolhimento familiar
nos casos por esta expressamente ressalvados, é de são medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis como
responsabilidade primária e solidária das 3 (três) esferas de forma de transição para reintegração familiar ou, não sendo
governo, sem prejuízo da municipalização do atendimento e esta possível, para colocação em família substituta, não
da possibilidade da execução de programas por entidades não implicando privação de liberdade.
governamentais; § 2º Sem prejuízo da tomada de medidas emergenciais
IV - interesse superior da criança e do adolescente: a para proteção de vítimas de violência ou abuso sexual e das
intervenção deve atender prioritariamente aos interesses e providências a que alude o art. 130 desta Lei, o afastamento da
direitos da criança e do adolescente, sem prejuízo da criança ou adolescente do convívio familiar é de competência
consideração que for devida a outros interesses legítimos no exclusiva da autoridade judiciária e importará na deflagração,
âmbito da pluralidade dos interesses presentes no caso a pedido do Ministério Público ou de quem tenha legítimo
concreto interesse, de procedimento judicial contencioso, no qual se
garanta aos pais ou ao responsável legal o exercício do
contraditório e da ampla defesa.

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 3º Crianças e adolescentes somente poderão ser familiar ou colocação em família substituta, em qualquer das
encaminhados às instituições que executam programas de modalidades previstas no art. 28 desta Lei.
acolhimento institucional, governamentais ou não, por meio § 12. Terão acesso ao cadastro o Ministério Público, o
de uma Guia de Acolhimento, expedida pela autoridade Conselho Tutelar, o órgão gestor da Assistência Social e os
judiciária, na qual obrigatoriamente constará, dentre outros Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente
I - sua identificação e a qualificação completa de seus pais e da Assistência Social, aos quais incumbe deliberar sobre a
ou de seu responsável, se conhecidos; implementação de políticas públicas que permitam reduzir o
II - o endereço de residência dos pais ou do responsável, número de crianças e adolescentes afastados do convívio
com pontos de referência; familiar e abreviar o período de permanência em programa de
III - os nomes de parentes ou de terceiros interessados em acolhimento.
tê-los sob sua guarda;
IV - os motivos da retirada ou da não reintegração ao Art. 102. As medidas de proteção de que trata este Capítulo
convívio familiar. serão acompanhadas da regularização do registro civil.
§ 4º Imediatamente após o acolhimento da criança ou do § 1º Verificada a inexistência de registro anterior, o
adolescente, a entidade responsável pelo programa de assento de nascimento da criança ou adolescente será feito à
acolhimento institucional ou familiar elaborará um plano vista dos elementos disponíveis, mediante requisição da
individual de atendimento, visando à reintegração familiar, autoridade judiciária.
ressalvada a existência de ordem escrita e fundamentada em § 2º Os registros e certidões necessários à regularização de
contrário de autoridade judiciária competente, caso em que que trata este artigo são isentos de multas, custas e
também deverá contemplar sua colocação em família emolumentos, gozando de absoluta prioridade.
substituta, observadas as regras e princípios desta Lei. § 3º Caso ainda não definida a paternidade, será deflagrado
§ 5º O plano individual será elaborado sob a procedimento específico destinado à sua averiguação,
responsabilidade da equipe técnica do respectivo programa de conforme previsto pela Lei nº 8.560, de 29 de dezembro de
atendimento e levará em consideração a opinião da criança ou 1992.
do adolescente e a oitiva dos pais ou do responsável. § 4º Nas hipóteses previstas no § 3º deste artigo, é
§ 6º Constarão do plano individual, dentre outros: dispensável o ajuizamento de ação de investigação de
I - os resultados da avaliação interdisciplinar; paternidade pelo Ministério Público se, após o não
II - os compromissos assumidos pelos pais ou responsável; comparecimento ou a recusa do suposto pai em assumir a
e paternidade a ele atribuída, a criança for encaminhada para
III - a previsão das atividades a serem desenvolvidas com adoção.
a criança ou com o adolescente acolhido e seus pais ou § 5º Os registros e certidões necessários à inclusão, a
responsável, com vista na reintegração familiar ou, caso seja qualquer tempo, do nome do pai no assento de nascimento são
esta vedada por expressa e fundamentada determinação isentos de multas, custas e emolumentos, gozando de absoluta
judicial, as providências a serem tomadas para sua colocação prioridade. (Incluído dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
em família substituta, sob direta supervisão da autoridade § 6º São gratuitas, a qualquer tempo, a averbação
judiciária. requerida do reconhecimento de paternidade no assento de
§ 7º O acolhimento familiar ou institucional ocorrerá no nascimento e a certidão correspondente. (Incluído dada pela
local mais próximo à residência dos pais ou do responsável e, Lei nº 13.257, de 2016)
como parte do processo de reintegração familiar, sempre que
identificada a necessidade, a família de origem será incluída Título III
em programas oficiais de orientação, de apoio e de promoção Da Prática de Ato Infracional
social, sendo facilitado e estimulado o contato com a criança Capítulo I
ou com o adolescente acolhido. Disposições Gerais
§ 8º Verificada a possibilidade de reintegração familiar, o
responsável pelo programa de acolhimento familiar ou Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita
institucional fará imediata comunicação à autoridade como crime ou contravenção penal.
judiciária, que dará vista ao Ministério Público, pelo prazo de
5 (cinco) dias, decidindo em igual prazo. Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de
§ 9º Em sendo constatada a impossibilidade de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei.
reintegração da criança ou do adolescente à família de origem, Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser
após seu encaminhamento a programas oficiais ou considerada a idade do adolescente à data do fato.
comunitários de orientação, apoio e promoção social, será
enviado relatório fundamentado ao Ministério Público, no qual Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança
conste a descrição pormenorizada das providências tomadas e corresponderão as medidas previstas no art. 101.
a expressa recomendação, subscrita pelos técnicos da entidade
ou responsáveis pela execução da política municipal de Capítulo II
garantia do direito à convivência familiar, para a destituição Dos Direitos Individuais
do poder familiar, ou destituição de tutela ou guarda.
§ 10. Recebido o relatório, o Ministério Público terá o prazo Art. 106. Nenhum adolescente será privado de sua
de 15 (quinze) dias para o ingresso com a ação de destituição liberdade senão em flagrante de ato infracional ou por ordem
do poder familiar, salvo se entender necessária a realização de escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente.
estudos complementares ou de outras providências Parágrafo único. O adolescente tem direito à identificação
indispensáveis ao ajuizamento da demanda. (Redação dada dos responsáveis pela sua apreensão, devendo ser informado
pela Lei nº 13.509, de 2017) acerca de seus direitos.
§ 11. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou
foro regional, um cadastro contendo informações atualizadas Art. 107. A apreensão de qualquer adolescente e o local
sobre as crianças e adolescentes em regime de acolhimento onde se encontra recolhido serão incontinenti comunicados à
familiar e institucional sob sua responsabilidade, com autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou
informações pormenorizadas sobre a situação jurídica de cada à pessoa por ele indicada.
um, bem como as providências tomadas para sua reintegração

Legislação 61
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APOSTILAS OPÇÃO

Parágrafo único. Examinar-se-á, desde logo e sob pena de Seção II


responsabilidade, a possibilidade de liberação imediata. Da Advertência

Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser Art. 115. A advertência consistirá em admoestação verbal,
determinada pelo prazo máximo de quarenta e cinco dias. que será reduzida a termo e assinada.
Parágrafo único. A decisão deverá ser fundamentada e
basear-se em indícios suficientes de autoria e materialidade, Seção III
demonstrada a necessidade imperiosa da medida. Da Obrigação de Reparar o Dano

Art. 109. O adolescente civilmente identificado não será Art. 116. Em se tratando de ato infracional com reflexos
submetido a identificação compulsória pelos órgãos policiais, patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se for o caso,
de proteção e judiciais, salvo para efeito de confrontação, que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento
havendo dúvida fundada. do dano, ou, por outra forma, compense o prejuízo da vítima.
Parágrafo único. Havendo manifesta impossibilidade, a
Capítulo III medida poderá ser substituída por outra adequada.
Das Garantias Processuais
Seção IV
Art. 110. Nenhum adolescente será privado de sua Da Prestação de Serviços à Comunidade
liberdade sem o devido processo legal.
Art. 117. A prestação de serviços comunitários consiste na
Art. 111. São asseguradas ao adolescente, entre outras, as realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por período
seguintes garantias: não excedente a seis meses, junto a entidades assistenciais,
I - pleno e formal conhecimento da atribuição de ato hospitais, escolas e outros estabelecimentos congêneres, bem
infracional, mediante citação ou meio equivalente; como em programas comunitários ou governamentais.
II - igualdade na relação processual, podendo confrontar- Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas conforme as
se com vítimas e testemunhas e produzir todas as provas aptidões do adolescente, devendo ser cumpridas durante
necessárias à sua defesa; jornada máxima de oito horas semanais, aos sábados,
III - defesa técnica por advogado; domingos e feriados ou em dias úteis, de modo a não
IV - assistência judiciária gratuita e integral aos prejudicar a frequência à escola ou à jornada normal de
necessitados, na forma da lei; trabalho.
V - direito de ser ouvido pessoalmente pela autoridade
competente; Seção V
VI - direito de solicitar a presença de seus pais ou Da Liberdade Assistida
responsável em qualquer fase do procedimento.
Art. 118. A liberdade assistida será adotada sempre que se
Capítulo IV afigurar a medida mais adequada para o fim de acompanhar,
Das Medidas Socioeducativas auxiliar e orientar o adolescente.
Seção I § 1º A autoridade designará pessoa capacitada para
Disposições Gerais acompanhar o caso, a qual poderá ser recomendada por
entidade ou programa de atendimento.
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a § 2º A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de
autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seis meses, podendo a qualquer tempo ser prorrogada,
seguintes medidas: revogada ou substituída por outra medida, ouvido o
I - advertência; orientador, o Ministério Público e o defensor.
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade; Art. 119. Incumbe ao orientador, com o apoio e a
IV - liberdade assistida; supervisão da autoridade competente, a realização dos
V - inserção em regime de semiliberdade; seguintes encargos, entre outros:
VI - internação em estabelecimento educacional; I - promover socialmente o adolescente e sua família,
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI. fornecendo-lhes orientação e inserindo-os, se necessário, em
§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a programa oficial ou comunitário de auxílio e assistência social;
sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade II - supervisionar a frequência e o aproveitamento escolar
da infração. do adolescente, promovendo, inclusive, sua matrícula;
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será III - diligenciar no sentido da profissionalização do
admitida a prestação de trabalho forçado. adolescente e de sua inserção no mercado de trabalho;
§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência IV - apresentar relatório do caso
mental receberão tratamento individual e especializado, em
local adequado às suas condições. Seção VI
Do Regime de Semiliberdade
Art. 113. Aplica-se a este Capítulo o disposto nos arts. 99 e
100. Art. 120. O regime de semiliberdade pode ser determinado
desde o início, ou como forma de transição para o meio aberto,
Art. 114. A imposição das medidas previstas nos incisos II possibilitada a realização de atividades externas,
a VI do art. 112 pressupõe a existência de provas suficientes independentemente de autorização judicial.
da autoria e da materialidade da infração, ressalvada a § 1º São obrigatórias a escolarização e a profissionalização,
hipótese de remissão, nos termos do art. 127. devendo, sempre que possível, ser utilizados os recursos
Parágrafo único. A advertência poderá ser aplicada sempre existentes na comunidade.
que houver prova da materialidade e indícios suficientes da § 2º A medida não comporta prazo determinado
autoria. aplicando-se, no que couber, as disposições relativas à
internação.

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APOSTILAS OPÇÃO

Seção VII XV - manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de


Da Internação local seguro para guardá-los, recebendo comprovante
daqueles porventura depositados em poder da entidade;
Art. 121. A internação constitui medida privativa da XVI - receber, quando de sua desinternação, os
liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, documentos pessoais indispensáveis à vida em sociedade.
excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em § 1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade.
desenvolvimento. § 2º A autoridade judiciária poderá suspender
§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a temporariamente a visita, inclusive de pais ou responsável, se
critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa existirem motivos sérios e fundados de sua prejudicialidade
determinação judicial em contrário. aos interesses do adolescente.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo
sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão Art. 125. É dever do Estado zelar pela integridade física e
fundamentada, no máximo a cada seis meses. mental dos internos, cabendo-lhe adotar as medidas
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de adequadas de contenção e segurança.
internação excederá a três anos.
§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o Capítulo V
adolescente deverá ser liberado, colocado em regime de Da Remissão
semiliberdade ou de liberdade assistida.
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para
idade. apuração de ato infracional, o representante do Ministério
§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação será precedida Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão
de autorização judicial, ouvido o Ministério Público. do processo, atendendo às circunstâncias e consequências do
§ 7º A determinação judicial mencionada no § 1º poderá fato, ao contexto social, bem como à personalidade do
ser revista a qualquer tempo pela autoridade judiciária. adolescente e sua maior ou menor participação no ato
infracional.
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a concessão da
quando: remissão pela autoridade judiciária importará na suspensão
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ou extinção do processo.
ameaça ou violência a pessoa;
II - por reiteração no cometimento de outras infrações Art. 127. A remissão não implica necessariamente o
graves; reconhecimento ou comprovação da responsabilidade, nem
III - por descumprimento reiterado e injustificável da prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir
medida anteriormente imposta. eventualmente a aplicação de qualquer das medidas previstas
§ 1º O prazo de internação na hipótese do inciso III deste em lei, exceto a colocação em regime de semiliberdade e a
artigo não poderá ser superior a 3 (três) meses, devendo ser internação.
decretada judicialmente após o devido processo legal.
§ 2º Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, Art. 128. A medida aplicada por força da remissão poderá
havendo outra medida adequada. ser revista judicialmente, a qualquer tempo, mediante pedido
expresso do adolescente ou de seu representante legal, ou do
Art. 123. A internação deverá ser cumprida em entidade Ministério Público.
exclusiva para adolescentes, em local distinto daquele
destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por Título IV
critérios de idade, compleição física e gravidade da infração. Das Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável
Parágrafo único. Durante o período de internação,
inclusive provisória, serão obrigatórias atividades Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável:
pedagógicas. I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou
comunitários de proteção, apoio e promoção da família;
Art. 124. São direitos do adolescente privado de liberdade, (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
entre outros, os seguintes: II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio,
I - entrevistar-se pessoalmente com o representante do orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
Ministério Público; III - encaminhamento a tratamento psicológico ou
II - peticionar diretamente a qualquer autoridade; psiquiátrico;
III - avistar-se reservadamente com seu defensor; IV - encaminhamento a cursos ou programas de
IV - ser informado de sua situação processual, sempre que orientação;
solicitada; V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar
V - ser tratado com respeito e dignidade; sua frequência e aproveitamento escolar;
VI - permanecer internado na mesma localidade ou VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a
naquela mais próxima ao domicílio de seus pais ou tratamento especializado;
responsável; VII - advertência;
VII - receber visitas, ao menos, semanalmente; VIII - perda da guarda;
VIII - corresponder-se com seus familiares e amigos; IX - destituição da tutela;
IX - ter acesso aos objetos necessários à higiene e asseio X - suspensão ou destituição do poder familiar.
pessoal; Parágrafo único. Na aplicação das medidas previstas nos
X - habitar alojamento em condições adequadas de higiene incisos IX e X deste artigo, observar-se-á o disposto nos arts.
e salubridade; 23 e 24.
XI - receber escolarização e profissionalização;
XII - realizar atividades culturais, esportivas e de lazer: Art. 130. Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou
XIII - ter acesso aos meios de comunicação social; abuso sexual impostos pelos pais ou responsável, a autoridade
XIV - receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e judiciária poderá determinar, como medida cautelar, o
desde que assim o deseje; afastamento do agressor da moradia comum.

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APOSTILAS OPÇÃO

Parágrafo único. Da medida cautelar constará, ainda, a VII - expedir notificações;


fixação provisória dos alimentos de que necessitem a criança VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de
ou o adolescente dependentes do agressor. criança ou adolescente quando necessário;
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da
Título V proposta orçamentária para planos e programas de
Do Conselho Tutelar atendimento dos direitos da criança e do adolescente;
Capítulo I X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a
Disposições Gerais violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da
Constituição Federal;
Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações
autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de de perda ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as
zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente
adolescente, definidos nesta Lei. junto à família natural.
XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos
Art. 132. Em cada Município e em cada Região profissionais, ações de divulgação e treinamento para o
Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) reconhecimento de sintomas de maus-tratos em crianças e
Conselho Tutelar como órgão integrante da administração adolescentes.
pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o
população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida Conselho Tutelar entender necessário o afastamento do
recondução por novos processos de escolha. (Redação dada convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério
pela Lei nº 13.824, de 2019) Público, prestando-lhe informações sobre os motivos de tal
entendimento e as providências tomadas para a orientação, o
Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho apoio e a promoção social da família.
Tutelar, serão exigidos os seguintes requisitos:
I - reconhecida idoneidade moral; Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente
II - idade superior a vinte e um anos; poderão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de
III - residir no município. quem tenha legítimo interesse.

Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, Capítulo III
dia e horário de funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive Da Competência
quanto à remuneração dos respectivos membros, aos quais é
assegurado o direito a: Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de
I - cobertura previdenciária; competência constante do art. 147.
II - gozo de férias anuais remuneradas, acrescidas de 1/3
(um terço) do valor da remuneração mensal; Capítulo IV
III - licença-maternidade; Da Escolha dos Conselheiros
IV - licença-paternidade;
V - gratificação natalina. Art. 139. O processo para a escolha dos membros do
Parágrafo único. Constará da lei orçamentária municipal e Conselho Tutelar será estabelecido em lei municipal e
da do Distrito Federal previsão dos recursos necessários ao realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos
funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e Direitos da Criança e do Adolescente, e a fiscalização do
formação continuada dos conselheiros tutelares. Ministério Público.
§ 1º O processo de escolha dos membros do Conselho
Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro Tutelar ocorrerá em data unificada em todo o território
constituirá serviço público relevante e estabelecerá presunção nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do mês
de idoneidade moral. de outubro do ano subsequente ao da eleição presidencial.
§ 2º A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no dia 10
Capítulo II de janeiro do ano subsequente ao processo de escolha.
Das Atribuições do Conselho § 3º No processo de escolha dos membros do Conselho
Tutelar, é vedado ao candidato doar, oferecer, prometer ou
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar: entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses natureza, inclusive brindes de pequeno valor.
previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no
art. 101, I a VII; Capítulo V
II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando Dos Impedimentos
as medidas previstas no art. 129, I a VII;
III - promover a execução de suas decisões, podendo para Art. 140. São impedidos de servir no mesmo Conselho
tanto: marido e mulher, ascendentes e descendentes, sogro e genro
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, tio e sobrinho,
educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança; padrasto ou madrasta e enteado.
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de Parágrafo único. Estende-se o impedimento do
descumprimento injustificado de suas deliberações. conselheiro, na forma deste artigo, em relação à autoridade
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que judiciária e ao representante do Ministério Público com
constitua infração administrativa ou penal contra os direitos atuação na Justiça da Infância e da Juventude, em exercício na
da criança ou adolescente; comarca, foro regional ou distrital.
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua
competência;
VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade
judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o
adolescente autor de ato infracional;

Legislação 64
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APOSTILAS OPÇÃO

Título VI comarca, será competente, para aplicação da penalidade, a


Do Acesso à Justiça autoridade judiciária do local da sede estadual da emissora ou
Capítulo I rede, tendo a sentença eficácia para todas as transmissoras ou
Disposições Gerais retransmissoras do respectivo estado.

Art. 141. É garantido o acesso de toda criança ou Art. 148. A Justiça da Infância e da Juventude é competente
adolescente à Defensoria Pública, ao Ministério Público e ao para:
Poder Judiciário, por qualquer de seus órgãos. I - conhecer de representações promovidas pelo Ministério
§ 1º A assistência judiciária gratuita será prestada aos que Público, para apuração de ato infracional atribuído a
dela necessitarem, através de defensor público ou advogado adolescente, aplicando as medidas cabíveis;
nomeado. II - conceder a remissão, como forma de suspensão ou
§ 2º As ações judiciais da competência da Justiça da extinção do processo;
Infância e da Juventude são isentas de custas e emolumentos, III - conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes;
ressalvada a hipótese de litigância de má-fé. IV - conhecer de ações civis fundadas em interesses
individuais, difusos ou coletivos afetos à criança e ao
Art. 142. Os menores de dezesseis anos serão adolescente, observado o disposto no art. 209;
representados e os maiores de dezesseis e menores de vinte e V - conhecer de ações decorrentes de irregularidades em
um anos assistidos por seus pais, tutores ou curadores, na entidades de atendimento, aplicando as medidas cabíveis;
forma da legislação civil ou processual. VI - aplicar penalidades administrativas nos casos de
Parágrafo único. A autoridade judiciária dará curador infrações contra norma de proteção à criança ou adolescente;
especial à criança ou adolescente, sempre que os interesses VII - conhecer de casos encaminhados pelo Conselho
destes colidirem com os de seus pais ou responsável, ou Tutelar, aplicando as medidas cabíveis.
quando carecer de representação ou assistência legal ainda Parágrafo único. Quando se tratar de criança ou
que eventual. adolescente nas hipóteses do art. 98, é também competente a
Justiça da Infância e da Juventude para o fim de:
Art. 143. E vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e a) conhecer de pedidos de guarda e tutela;
administrativos que digam respeito a crianças e adolescentes b) conhecer de ações de destituição do poder familiar,
a que se atribua autoria de ato infracional. perda ou modificação da tutela ou guarda;
Parágrafo único. Qualquer notícia a respeito do fato não c) suprir a capacidade ou o consentimento para o
poderá identificar a criança ou adolescente, vedando-se casamento;
fotografia, referência ao nome, apelido, filiação, parentesco, d) conhecer de pedidos baseados em discordância paterna
residência e, inclusive, iniciais do nome e sobrenome. ou materna, em relação ao exercício do poder familiar;
e) conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando
Art. 144. A expedição de cópia ou certidão de atos a que se faltarem os pais;
refere o artigo anterior somente será deferida pela autoridade f) designar curador especial em casos de apresentação de
judiciária competente, se demonstrado o interesse e queixa ou representação, ou de outros procedimentos judiciais
justificada a finalidade. ou extrajudiciais em que haja interesses de criança ou
adolescente;
Capítulo II g) conhecer de ações de alimentos;
Da Justiça da Infância e da Juventude h) determinar o cancelamento, a retificação e o suprimento
Seção I dos registros de nascimento e óbito.
Disposições Gerais
Art. 149. Compete à autoridade judiciária disciplinar,
Art. 145. Os estados e o Distrito Federal poderão criar através de portaria, ou autorizar, mediante alvará:
varas especializadas e exclusivas da infância e da juventude, I - a entrada e permanência de criança ou adolescente,
cabendo ao Poder Judiciário estabelecer sua desacompanhado dos pais ou responsável, em:
proporcionalidade por número de habitantes, dotá-las de a) estádio, ginásio e campo desportivo;
infraestrutura e dispor sobre o atendimento, inclusive em b) bailes ou promoções dançantes;
plantões. c) boate ou congêneres;
d) casa que explore comercialmente diversões eletrônicas;
Seção II e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e televisão.
Do Juiz II - a participação de criança e adolescente em:
a) espetáculos públicos e seus ensaios;
Art. 146. A autoridade a que se refere esta Lei é o Juiz da b) certames de beleza.
Infância e da Juventude, ou o juiz que exerce essa função, na § 1º Para os fins do disposto neste artigo, a autoridade
forma da lei de organização judiciária local. judiciária levará em conta, dentre outros fatores:
a) os princípios desta Lei;
Art. 147. A competência será determinada: b) as peculiaridades locais;
I - pelo domicílio dos pais ou responsável; c) a existência de instalações adequadas;
II - pelo lugar onde se encontre a criança ou adolescente, à d) o tipo de frequência habitual ao local;
falta dos pais ou responsável. e) a adequação do ambiente a eventual participação ou
§ 1º Nos casos de ato infracional, será competente a frequência de crianças e adolescentes;
autoridade do lugar da ação ou omissão, observadas as regras f) a natureza do espetáculo.
de conexão, continência e prevenção. § 2º As medidas adotadas na conformidade deste artigo
§ 2º A execução das medidas poderá ser delegada à deverão ser fundamentadas, caso a caso, vedadas as
autoridade competente da residência dos pais ou responsável, determinações de caráter geral.
ou do local onde sediar-se a entidade que abrigar a criança ou
adolescente.
§ 3º Em caso de infração cometida através de transmissão
simultânea de rádio ou televisão, que atinja mais de uma

Legislação 65
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APOSTILAS OPÇÃO

Seção III IV - as provas que serão produzidas, oferecendo, desde


Dos Serviços Auxiliares logo, o rol de testemunhas e documentos.

Art. 150. Cabe ao Poder Judiciário, na elaboração de sua Art. 157. Havendo motivo grave, poderá a autoridade
proposta orçamentária, prever recursos para manutenção de judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar a suspensão
equipe interprofissional, destinada a assessorar a Justiça da do poder familiar, liminar ou incidentalmente, até o
Infância e da Juventude. julgamento definitivo da causa, ficando a criança ou
adolescente confiado a pessoa idônea, mediante termo de
Art. 151. Compete à equipe interprofissional dentre outras responsabilidade.
atribuições que lhe forem reservadas pela legislação local, § 1º Recebida a petição inicial, a autoridade judiciária
fornecer subsídios por escrito, mediante laudos, ou determinará, concomitantemente ao despacho de citação e
verbalmente, na audiência, e bem assim desenvolver trabalhos independentemente de requerimento do interessado, a
de aconselhamento, orientação, encaminhamento, prevenção realização de estudo social ou perícia por equipe
e outros, tudo sob a imediata subordinação à autoridade interprofissional ou multidisciplinar para comprovar a
judiciária, assegurada a livre manifestação do ponto de vista presença de uma das causas de suspensão ou destituição do
técnico. poder familiar, ressalvado o disposto no § 10 do art. 101 desta
Parágrafo único. Na ausência ou insuficiência de Lei, e observada a Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017.
servidores públicos integrantes do Poder Judiciário (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
responsáveis pela realização dos estudos psicossociais ou de § 2º Em sendo os pais oriundos de comunidades indígenas,
quaisquer outras espécies de avaliações técnicas exigidas por é ainda obrigatória a intervenção, junto à equipe
esta Lei ou por determinação judicial, a autoridade judiciária interprofissional ou multidisciplinar referida no § 1º deste
poderá proceder à nomeação de perito, nos termos do art. 156 artigo, de representantes do órgão federal responsável pela
da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo política indigenista, observado o disposto no § 6º do art. 28
Civil). (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)

Capítulo III Art. 158. O requerido será citado para, no prazo de dez
Dos Procedimentos dias, oferecer resposta escrita, indicando as provas a serem
Seção I produzidas e oferecendo desde logo o rol de testemunhas e
Disposições Gerais documentos.
§ 1º A citação será pessoal, salvo se esgotados todos os
Art. 152. Aos procedimentos regulados nesta Lei aplicam- meios para sua realização.
se subsidiariamente as normas gerais previstas na legislação § 2º O requerido privado de liberdade deverá ser citado
processual pertinente. pessoalmente.
§ 1º É assegurada, sob pena de responsabilidade, § 3º Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver
prioridade absoluta na tramitação dos processos e procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o
procedimentos previstos nesta Lei, assim como na execução encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, informar
dos atos e diligências judiciais a eles referentes. qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho
§ 2º Os prazos estabelecidos nesta Lei e aplicáveis aos seus do dia útil em que voltará a fim de efetuar a citação, na hora
procedimentos são contados em dias corridos, excluído o dia que designar, nos termos do art. 252 e seguintes da Lei nº
do começo e incluído o dia do vencimento, vedado o prazo em 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
dobro para a Fazenda Pública e o Ministério Público. (Incluído (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
pela Lei nº 13.509, de 2017) § 4º Na hipótese de os genitores encontrarem-se em local
incerto ou não sabido, serão citados por edital no prazo de 10
Art. 153. Se a medida judicial a ser adotada não (dez) dias, em publicação única, dispensado o envio de ofícios
corresponder a procedimento previsto nesta ou em outra lei, a para a localização. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
autoridade judiciária poderá investigar os fatos e ordenar de
ofício as providências necessárias, ouvido o Ministério Art. 159. Se o requerido não tiver possibilidade de
Público. constituir advogado, sem prejuízo do próprio sustento e de sua
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica para família, poderá requerer, em cartório, que lhe seja nomeado
o fim de afastamento da criança ou do adolescente de sua dativo, ao qual incumbirá a apresentação de resposta,
família de origem e em outros procedimentos contando-se o prazo a partir da intimação do despacho de
necessariamente contenciosos. nomeação.
Parágrafo único. Na hipótese de requerido privado de
Art. 154. Aplica-se às multas o disposto no art. 214. liberdade, o oficial de justiça deverá perguntar, no momento
da citação pessoal, se deseja que lhe seja nomeado defensor.
Seção II
Da Perda e da Suspensão do Poder Familiar Art. 160. Sendo necessário, a autoridade judiciária
requisitará de qualquer repartição ou órgão público a
Art. 155. O procedimento para a perda ou a suspensão do apresentação de documento que interesse à causa, de ofício ou
poder familiar terá início por provocação do Ministério a requerimento das partes ou do Ministério Público.
Público ou de quem tenha legítimo interesse.
Art. 161. Se não for contestado o pedido e tiver sido
Art. 156. A petição inicial indicará: concluído o estudo social ou a perícia realizada por equipe
I - a autoridade judiciária a que for dirigida; interprofissional ou multidisciplinar, a autoridade judiciária
II - o nome, o estado civil, a profissão e a residência do dará vista dos autos ao Ministério Público, por 5 (cinco) dias,
requerente e do requerido, dispensada a qualificação em se salvo quando este for o requerente, e decidirá em igual prazo.
tratando de pedido formulado por representante do (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
Ministério Público; § 1º A autoridade judiciária, de ofício ou a requerimento
III - a exposição sumária do fato e o pedido; das partes ou do Ministério Público, determinará a oitiva de
testemunhas que comprovem a presença de uma das causas de

Legislação 66
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suspensão ou destituição do poder familiar previstas nos arts. IV - indicação do cartório onde foi inscrito nascimento,
1.637 e 1.638 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 anexando, se possível, uma cópia da respectiva certidão;
(Código Civil), ou no art. 24 desta Lei. (Redação dada pela Lei V - declaração sobre a existência de bens, direitos ou
nº 13.509, de 2017) rendimentos relativos à criança ou ao adolescente.
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.509, de Parágrafo único. Em se tratando de adoção, observar-se-ão
2017) também os requisitos específicos.
§ 3º Se o pedido importar em modificação de guarda, será
obrigatória, desde que possível e razoável, a oitiva da criança Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido
ou adolescente, respeitado seu estágio de desenvolvimento e destituídos ou suspensos do poder familiar, ou houverem
grau de compreensão sobre as implicações da medida. aderido expressamente ao pedido de colocação em família
§ 4º É obrigatória a oitiva dos pais sempre que eles forem substituta, este poderá ser formulado diretamente em
identificados e estiverem em local conhecido, ressalvados os cartório, em petição assinada pelos próprios requerentes,
casos de não comparecimento perante a Justiça quando dispensada a assistência de advogado.
devidamente citados. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de § 1º Na hipótese de concordância dos pais, o juiz: (Redação
2017) dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 5º Se o pai ou a mãe estiverem privados de liberdade, a I - na presença do Ministério Público, ouvirá as partes,
autoridade judicial requisitará sua apresentação para a oitiva devidamente assistidas por advogado ou por defensor público,
para verificar sua concordância com a adoção, no prazo
Art. 162. Apresentada a resposta, a autoridade judiciária máximo de 10 (dez) dias, contado da data do protocolo da
dará vista dos autos ao Ministério Público, por cinco dias, salvo petição ou da entrega da criança em juízo, tomando por termo
quando este for o requerente, designando, desde logo, as declarações; e (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
audiência de instrução e julgamento. II - declarará a extinção do poder familiar. (Incluído pela
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.509, de Lei nº 13.509, de 2017)
2017) § 2º O consentimento dos titulares do poder familiar será
§ 2º Na audiência, presentes as partes e o Ministério precedido de orientações e esclarecimentos prestados pela
Público, serão ouvidas as testemunhas, colhendo-se oralmente equipe interprofissional da Justiça da Infância e da Juventude,
o parecer técnico, salvo quando apresentado por escrito, em especial, no caso de adoção, sobre a irrevogabilidade da
manifestando-se sucessivamente o requerente, o requerido e medida.
o Ministério Público, pelo tempo de 20 (vinte) minutos cada § 3º São garantidos a livre manifestação de vontade dos
um, prorrogável por mais 10 (dez) minutos. (Redação dada detentores do poder familiar e o direito ao sigilo das
pela Lei nº 13.509, de 2017) informações. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 3º A decisão será proferida na audiência, podendo a § 4º O consentimento prestado por escrito não terá
autoridade judiciária, excepcionalmente, designar data para validade se não for ratificado na audiência a que se refere o §
sua leitura no prazo máximo de 5 (cinco) dias. (Incluído pela 1º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
Lei nº 13.509, de 2017) § 5º O consentimento é retratável até a data da realização
§ 4º Quando o procedimento de destituição de poder da audiência especificada no § 1o deste artigo, e os pais podem
familiar for iniciado pelo Ministério Público, não haverá exercer o arrependimento no prazo de 10 (dez) dias, contado
necessidade de nomeação de curador especial em favor da da data de prolação da sentença de extinção do poder familiar.
criança ou adolescente. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) (Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017)
§ 6º O consentimento somente terá valor se for dado após
Art. 163. O prazo máximo para conclusão do procedimento o nascimento da criança.
será de 120 (cento e vinte) dias, e caberá ao juiz, no caso de § 7º A família natural e a família substituta receberão a
notória inviabilidade de manutenção do poder familiar, dirigir devida orientação por intermédio de equipe técnica
esforços para preparar a criança ou o adolescente com vistas à interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da
colocação em família substituta. (Redação dada pela Lei nº Juventude, preferencialmente com apoio dos técnicos
13.509, de 2017) responsáveis pela execução da política municipal de garantia
Parágrafo único. A sentença que decretar a perda ou a do direito à convivência familiar. (Redação dada pela Lei nº
suspensão do poder familiar será averbada à margem do 13.509, de 2017)
registro de nascimento da criança ou do adolescente.
Art. 167. A autoridade judiciária, de ofício ou a
Seção III requerimento das partes ou do Ministério Público,
Da Destituição da Tutela determinará a realização de estudo social ou, se possível,
perícia por equipe interprofissional, decidindo sobre a
Art. 164. Na destituição da tutela, observar-se-á o concessão de guarda provisória, bem como, no caso de adoção,
procedimento para a remoção de tutor previsto na lei sobre o estágio de convivência.
processual civil e, no que couber, o disposto na seção anterior. Parágrafo único. Deferida a concessão da guarda
provisória ou do estágio de convivência, a criança ou o
Seção IV adolescente será entregue ao interessado, mediante termo de
Da Colocação em Família Substituta responsabilidade.

Art. 165. São requisitos para a concessão de pedidos de Art. 168. Apresentado o relatório social ou o laudo pericial,
colocação em família substituta: e ouvida, sempre que possível, a criança ou o adolescente, dar-
I - qualificação completa do requerente e de seu eventual se-á vista dos autos ao Ministério Público, pelo prazo de cinco
cônjuge, ou companheiro, com expressa anuência deste; dias, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo.
II - indicação de eventual parentesco do requerente e de
seu cônjuge, ou companheiro, com a criança ou adolescente, Art. 169. Nas hipóteses em que a destituição da tutela, a
especificando se tem ou não parente vivo; perda ou a suspensão do poder familiar constituir pressuposto
III - qualificação completa da criança ou adolescente e de lógico da medida principal de colocação em família substituta,
seus pais, se conhecidos; será observado o procedimento contraditório previsto nas
Seções II e III deste Capítulo.

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APOSTILAS OPÇÃO

Parágrafo único. A perda ou a modificação da guarda


poderá ser decretada nos mesmos autos do procedimento, Art. 177. Se, afastada a hipótese de flagrante, houver
observado o disposto no art. 35. indícios de participação de adolescente na prática de ato
infracional, a autoridade policial encaminhará ao
Art. 170. Concedida a guarda ou a tutela, observar-se-á o representante do Ministério Público relatório das
disposto no art. 32, e, quanto à adoção, o contido no art. 47. investigações e demais documentos.
Parágrafo único. A colocação de criança ou adolescente sob
a guarda de pessoa inscrita em programa de acolhimento Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato
familiar será comunicada pela autoridade judiciária à entidade infracional não poderá ser conduzido ou transportado em
por este responsável no prazo máximo de 5 (cinco) dias. compartimento fechado de veículo policial, em condições
atentatórias à sua dignidade, ou que impliquem risco à sua
Seção V integridade física ou mental, sob pena de responsabilidade.
Da Apuração de Ato Infracional Atribuído a
Adolescente Art. 179. Apresentado o adolescente, o representante do
Ministério Público, no mesmo dia e à vista do auto de
Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem apreensão, boletim de ocorrência ou relatório policial,
judicial será, desde logo, encaminhado à autoridade judiciária. devidamente autuados pelo cartório judicial e com informação
sobre os antecedentes do adolescente, procederá imediata e
Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato informalmente à sua oitiva e, em sendo possível, de seus pais
infracional será, desde logo, encaminhado à autoridade ou responsável, vítima e testemunhas.
policial competente. Parágrafo único. Em caso de não apresentação, o
Parágrafo único. Havendo repartição policial especializada representante do Ministério Público notificará os pais ou
para atendimento de adolescente e em se tratando de ato responsável para apresentação do adolescente, podendo
infracional praticado em coautoria com maior, prevalecerá a requisitar o concurso das polícias civil e militar.
atribuição da repartição especializada, que, após as
providências necessárias e conforme o caso, encaminhará o Art. 180. Adotadas as providências a que alude o artigo
adulto à repartição policial própria. anterior, o representante do Ministério Público poderá:
I - promover o arquivamento dos autos;
Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional cometido II - conceder a remissão;
mediante violência ou grave ameaça a pessoa, a autoridade III - representar à autoridade judiciária para aplicação de
policial, sem prejuízo do disposto nos arts. 106, parágrafo medida socioeducativa.
único, e 107, deverá:
I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o Art. 181. Promovido o arquivamento dos autos ou
adolescente; concedida a remissão pelo representante do Ministério
II - apreender o produto e os instrumentos da infração; Público, mediante termo fundamentado, que conterá o resumo
III - requisitar os exames ou perícias necessários à dos fatos, os autos serão conclusos à autoridade judiciária para
comprovação da materialidade e autoria da infração. homologação.
Parágrafo único. Nas demais hipóteses de flagrante, a § 1º Homologado o arquivamento ou a remissão, a
lavratura do auto poderá ser substituída por boletim de autoridade judiciária determinará, conforme o caso, o
ocorrência circunstanciada. cumprimento da medida.
§ 2º Discordando, a autoridade judiciária fará remessa dos
Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou responsável, autos ao Procurador-Geral de Justiça, mediante despacho
o adolescente será prontamente liberado pela autoridade fundamentado, e este oferecerá representação, designará
policial, sob termo de compromisso e responsabilidade de sua outro membro do Ministério Público para apresentá-la, ou
apresentação ao representante do Ministério Público, no ratificará o arquivamento ou a remissão, que só então estará a
mesmo dia ou, sendo impossível, no primeiro dia útil imediato, autoridade judiciária obrigada a homologar.
exceto quando, pela gravidade do ato infracional e sua
repercussão social, deva o adolescente permanecer sob Art. 182. Se, por qualquer razão, o representante do
internação para garantia de sua segurança pessoal ou Ministério Público não promover o arquivamento ou conceder
manutenção da ordem pública. a remissão, oferecerá representação à autoridade judiciária,
propondo a instauração de procedimento para aplicação da
Art. 175. Em caso de não liberação, a autoridade policial medida socioeducativa que se afigurar a mais adequada.
encaminhará, desde logo, o adolescente ao representante do § 1º A representação será oferecida por petição, que
Ministério Público, juntamente com cópia do auto de conterá o breve resumo dos fatos e a classificação do ato
apreensão ou boletim de ocorrência. infracional e, quando necessário, o rol de testemunhas,
§ 1º Sendo impossível a apresentação imediata, a podendo ser deduzida oralmente, em sessão diária instalada
autoridade policial encaminhará o adolescente à entidade de pela autoridade judiciária.
atendimento, que fará a apresentação ao representante do § 2º A representação independe de prova pré-constituída
Ministério Público no prazo de vinte e quatro horas. da autoria e materialidade.
§ 2º Nas localidades onde não houver entidade de
atendimento, a apresentação far-se-á pela autoridade policial. Art. 183. O prazo máximo e improrrogável para a
À falta de repartição policial especializada, o adolescente conclusão do procedimento, estando o adolescente internado
aguardará a apresentação em dependência separada da provisoriamente, será de quarenta e cinco dias.
destinada a maiores, não podendo, em qualquer hipótese,
exceder o prazo referido no parágrafo anterior. Art. 184. Oferecida a representação, a autoridade judiciária
designará audiência de apresentação do adolescente,
Art. 176. Sendo o adolescente liberado, a autoridade decidindo, desde logo, sobre a decretação ou manutenção da
policial encaminhará imediatamente ao representante do internação, observado o disposto no art. 108 e parágrafo.
Ministério Público cópia do auto de apreensão ou boletim de
ocorrência.

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 1º O adolescente e seus pais ou responsável serão I - ao adolescente e ao seu defensor;


cientificados do teor da representação, e notificados a II - quando não for encontrado o adolescente, a seus pais
comparecer à audiência, acompanhados de advogado. ou responsável, sem prejuízo do defensor.
§ 2º Se os pais ou responsável não forem localizados, a § 1º Sendo outra a medida aplicada, a intimação far-se-á
autoridade judiciária dará curador especial ao adolescente. unicamente na pessoa do defensor.
§ 3º Não sendo localizado o adolescente, a autoridade § 2º Recaindo a intimação na pessoa do adolescente,
judiciária expedirá mandado de busca e apreensão, deverá este manifestar se deseja ou não recorrer da sentença.
determinando o sobrestamento do feito, até a efetiva
apresentação. Seção V-A
§ 4º Estando o adolescente internado, será requisitada a (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
sua apresentação, sem prejuízo da notificação dos pais ou Da Infiltração de Agentes de Polícia para a
responsável. Investigação de Crimes contra a Dignidade Sexual de
Criança e de Adolescente
Art. 185. A internação, decretada ou mantida pela
autoridade judiciária, não poderá ser cumprida em Art. 190-A. A infiltração de agentes de polícia na internet
estabelecimento prisional. com o fim de investigar os crimes previstos nos arts. 240, 241,
§ 1º Inexistindo na comarca entidade com as 241-A, 241-B, 241-C e 241-D desta Lei e nos arts. 154-A, 217-
características definidas no art. 123, o adolescente deverá ser A, 218, 218-A e 218-B do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
imediatamente transferido para a localidade mais próxima. dezembro de 1940 (Código Penal), obedecerá às seguintes
§ 2º Sendo impossível a pronta transferência, o regras: (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
adolescente aguardará sua remoção em repartição policial, I - será precedida de autorização judicial devidamente
desde que em seção isolada dos adultos e com instalações circunstanciada e fundamentada, que estabelecerá os limites
apropriadas, não podendo ultrapassar o prazo máximo de da infiltração para obtenção de prova, ouvido o Ministério
cinco dias, sob pena de responsabilidade. Público; (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
II - dar-se-á mediante requerimento do Ministério Público
Art. 186. Comparecendo o adolescente, seus pais ou ou representação de delegado de polícia e conterá a
responsável, a autoridade judiciária procederá à oitiva dos demonstração de sua necessidade, o alcance das tarefas dos
mesmos, podendo solicitar opinião de profissional qualificado. policiais, os nomes ou apelidos das pessoas investigadas e,
§ 1º Se a autoridade judiciária entender adequada a quando possível, os dados de conexão ou cadastrais que
remissão, ouvirá o representante do Ministério Público, permitam a identificação dessas pessoas; (Incluído pela Lei nº
proferindo decisão. 13.441, de 2017)
§ 2º Sendo o fato grave, passível de aplicação de medida de III - não poderá exceder o prazo de 90 (noventa) dias, sem
internação ou colocação em regime de semiliberdade, a prejuízo de eventuais renovações, desde que o total não
autoridade judiciária, verificando que o adolescente não exceda a 720 (setecentos e vinte) dias e seja demonstrada sua
possui advogado constituído, nomeará defensor, designando, efetiva necessidade, a critério da autoridade judicial. (Incluído
desde logo, audiência em continuação, podendo determinar a pela Lei nº 13.441, de 2017)
realização de diligências e estudo do caso. § 1º A autoridade judicial e o Ministério Público poderão
§ 3º O advogado constituído ou o defensor nomeado, no requisitar relatórios parciais da operação de infiltração antes
prazo de três dias contado da audiência de apresentação, do término do prazo de que trata o inciso II do § 1º deste artigo.
oferecerá defesa prévia e rol de testemunhas. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
§ 4º Na audiência em continuação, ouvidas as testemunhas § 2º Para efeitos do disposto no inciso I do § 1º deste artigo,
arroladas na representação e na defesa prévia, cumpridas as consideram-se: (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
diligências e juntado o relatório da equipe interprofissional, I - dados de conexão: informações referentes a hora, data,
será dada a palavra ao representante do Ministério Público e início, término, duração, endereço de Protocolo de Internet
ao defensor, sucessivamente, pelo tempo de vinte minutos (IP) utilizado e terminal de origem da conexão. (Incluído pela
para cada um, prorrogável por mais dez, a critério da Lei nº 13.441, de 2017)
autoridade judiciária, que em seguida proferirá decisão. II - dados cadastrais: informações referentes a nome e
endereço de assinante ou de usuário registrado ou autenticado
Art. 187. Se o adolescente, devidamente notificado, não para a conexão a quem endereço de IP, identificação de usuário
comparecer, injustificadamente à audiência de apresentação, a ou código de acesso tenha sido atribuído no momento da
autoridade judiciária designará nova data, determinando sua conexão.
condução coercitiva. § 3º A infiltração de agentes de polícia na internet não será
admitida se a prova puder ser obtida por outros meios.
Art. 188. A remissão, como forma de extinção ou suspensão (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
do processo, poderá ser aplicada em qualquer fase do
procedimento, antes da sentença. Art. 190-B. As informações da operação de infiltração
serão encaminhadas diretamente ao juiz responsável pela
Art. 189. A autoridade judiciária não aplicará qualquer autorização da medida, que zelará por seu sigilo. (Incluído pela
medida, desde que reconheça na sentença: Lei nº 13.441, de 2017)
I - estar provada a inexistência do fato; Parágrafo único. Antes da conclusão da operação, o acesso
II - não haver prova da existência do fato; aos autos será reservado ao juiz, ao Ministério Público e ao
III - não constituir o fato ato infracional; delegado de polícia responsável pela operação, com o objetivo
IV - não existir prova de ter o adolescente concorrido para de garantir o sigilo das investigações. (Incluído pela Lei nº
o ato infracional. 13.441, de 2017)
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, estando o
adolescente internado, será imediatamente colocado em Art. 190-C. Não comete crime o policial que oculta a sua
liberdade. identidade para, por meio da internet, colher indícios de
autoria e materialidade dos crimes previstos nos arts. 240,
Art. 190. A intimação da sentença que aplicar medida de 241, 241-A, 241-B, 241-C e 241-D desta Lei e nos arts. 154-A,
internação ou regime de semiliberdade será feita: 217-A, 218, 218-A e 218-B do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de

Legislação 69
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APOSTILAS OPÇÃO

dezembro de 1940 (Código Penal). (Incluído pela Lei nº ao adolescente terá início por representação do Ministério
13.441, de 2017) Público, ou do Conselho Tutelar, ou auto de infração elaborado
Parágrafo único. O agente policial infiltrado que deixar de por servidor efetivo ou voluntário credenciado, e assinado por
observar a estrita finalidade da investigação responderá pelos duas testemunhas, se possível.
excessos praticados. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) § 1º No procedimento iniciado com o auto de infração,
poderão ser usadas fórmulas impressas, especificando-se a
Art. 190-D. Os órgãos de registro e cadastro público natureza e as circunstâncias da infração.
poderão incluir nos bancos de dados próprios, mediante § 2º Sempre que possível, à verificação da infração seguir-
procedimento sigiloso e requisição da autoridade judicial, as se-á a lavratura do auto, certificando-se, em caso contrário, dos
informações necessárias à efetividade da identidade fictícia motivos do retardamento.
criada. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017)
Parágrafo único. O procedimento sigiloso de que trata esta Art. 195. O requerido terá prazo de dez dias para
Seção será numerado e tombado em livro específico. (Incluído apresentação de defesa, contado da data da intimação, que
pela Lei nº 13.441, de 2017) será feita:
I - pelo autuante, no próprio auto, quando este for lavrado
Art. 190-E. Concluída a investigação, todos os atos na presença do requerido;
eletrônicos praticados durante a operação deverão ser II - por oficial de justiça ou funcionário legalmente
registrados, gravados, armazenados e encaminhados ao juiz e habilitado, que entregará cópia do auto ou da representação
ao Ministério Público, juntamente com relatório ao requerido, ou a seu representante legal, lavrando certidão;
circunstanciado. (Incluído pela Lei nº 13.441, de 2017) III - por via postal, com aviso de recebimento, se não for
Parágrafo único. Os atos eletrônicos registrados citados no encontrado o requerido ou seu representante legal;
caput deste artigo serão reunidos em autos apartados e IV - por edital, com prazo de trinta dias, se incerto ou não
apensados ao processo criminal juntamente com o inquérito sabido o paradeiro do requerido ou de seu representante legal.
policial, assegurando-se a preservação da identidade do
agente policial infiltrado e a intimidade das crianças e dos Art. 196. Não sendo apresentada a defesa no prazo legal, a
adolescentes envolvidos. (Incluído pela Lei nº 13.441, de autoridade judiciária dará vista dos autos do Ministério
2017) Público, por cinco dias, decidindo em igual prazo.

Seção VI Art. 197. Apresentada a defesa, a autoridade judiciária


Da Apuração de Irregularidades em Entidade de procederá na conformidade do artigo anterior, ou, sendo
Atendimento necessário, designará audiência de instrução e julgamento.
Parágrafo único. Colhida a prova oral, manifestar-se-ão
Art. 191. O procedimento de apuração de irregularidades sucessivamente o Ministério Público e o procurador do
em entidade governamental e não-governamental terá início requerido, pelo tempo de vinte minutos para cada um,
mediante portaria da autoridade judiciária ou representação prorrogável por mais dez, a critério da autoridade judiciária,
do Ministério Público ou do Conselho Tutelar, onde conste, que em seguida proferirá sentença.
necessariamente, resumo dos fatos.
Parágrafo único. Havendo motivo grave, poderá a Seção VIII
autoridade judiciária, ouvido o Ministério Público, decretar Da Habilitação de Pretendentes à Adoção
liminarmente o afastamento provisório do dirigente da
entidade, mediante decisão fundamentada. Art. 197-A. Os postulantes à adoção, domiciliados no Brasil,
apresentarão petição inicial na qual conste:
Art. 192. O dirigente da entidade será citado para, no prazo I - qualificação completa;
de dez dias, oferecer resposta escrita, podendo juntar II - dados familiares;
documentos e indicar as provas a produzir. III - cópias autenticadas de certidão de nascimento ou
casamento, ou declaração relativa ao período de união estável;
Art. 193. Apresentada ou não a resposta, e sendo IV - cópias da cédula de identidade e inscrição no Cadastro
necessário, a autoridade judiciária designará audiência de de Pessoas Físicas;
instrução e julgamento, intimando as partes. V - comprovante de renda e domicílio;
§ 1º Salvo manifestação em audiência, as partes e o VI - atestados de sanidade física e mental;
Ministério Público terão cinco dias para oferecer alegações VII - certidão de antecedentes criminais;
finais, decidindo a autoridade judiciária em igual prazo. VIII - certidão negativa de distribuição cível.
§ 2º Em se tratando de afastamento provisório ou
definitivo de dirigente de entidade governamental, a Art. 197-B. A autoridade judiciária, no prazo de 48
autoridade judiciária oficiará à autoridade administrativa (quarenta e oito) horas, dará vista dos autos ao Ministério
imediatamente superior ao afastado, marcando prazo para a Público, que no prazo de 5 (cinco) dias poderá:
substituição. I - apresentar quesitos a serem respondidos pela equipe
§ 3º Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade interprofissional encarregada de elaborar o estudo técnico a
judiciária poderá fixar prazo para a remoção das que se refere o art. 197-C desta Lei;
irregularidades verificadas. Satisfeitas as exigências, o II - requerer a designação de audiência para oitiva dos
processo será extinto, sem julgamento de mérito. postulantes em juízo e testemunhas;
§ 4º A multa e a advertência serão impostas ao dirigente da III - requerer a juntada de documentos complementares e
entidade ou programa de atendimento. a realização de outras diligências que entender necessárias.

Seção VII Art. 197-C. Intervirá no feito, obrigatoriamente, equipe


Da Apuração de Infração Administrativa às Normas interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da
de Proteção à Criança e ao Adolescente Juventude, que deverá elaborar estudo psicossocial, que
conterá subsídios que permitam aferir a capacidade e o
Art. 194. O procedimento para imposição de penalidade preparo dos postulantes para o exercício de uma paternidade
administrativa por infração às normas de proteção à criança e

Legislação 70
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APOSTILAS OPÇÃO

ou maternidade responsável, à luz dos requisitos e princípios Art. 197-F. O prazo máximo para conclusão da habilitação
desta Lei. à adoção será de 120 (cento e vinte) dias, prorrogável por igual
§ 1º É obrigatória a participação dos postulantes em período, mediante decisão fundamentada da autoridade
programa oferecido pela Justiça da Infância e da Juventude, judiciária. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)
preferencialmente com apoio dos técnicos responsáveis pela
execução da política municipal de garantia do direito à Capítulo IV
convivência familiar e dos grupos de apoio à adoção Dos Recursos
devidamente habilitados perante a Justiça da Infância e da
Juventude, que inclua preparação psicológica, orientação e Art. 198. Nos procedimentos afetos à Justiça da Infância e
estímulo à adoção inter-racial, de crianças ou de adolescentes da Juventude, inclusive os relativos à execução das medidas
com deficiência, com doenças crônicas ou com necessidades socioeducativas, adotar-se-á o sistema recursal da Lei nº
específicas de saúde, e de grupos de irmãos. (Redação dada 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil),
pela Lei nº 13.509, de 2017) com as seguintes adaptações:
§ 2º Sempre que possível e recomendável, a etapa I - os recursos serão interpostos independentemente de
obrigatória da preparação referida no § 1º deste artigo incluirá preparo;
o contato com crianças e adolescentes em regime de II - em todos os recursos, salvo nos embargos de
acolhimento familiar ou institucional, a ser realizado sob declaração, o prazo para o Ministério Público e para a defesa
orientação, supervisão e avaliação da equipe técnica da Justiça será sempre de 10 (dez) dias;
da Infância e da Juventude e dos grupos de apoio à adoção, com III - os recursos terão preferência de julgamento e
apoio dos técnicos responsáveis pelo programa de dispensarão revisor;
acolhimento familiar e institucional e pela execução da política IV - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009)
municipal de garantia do direito à convivência familiar. V - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009)
(Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) VI - (Revogado pela Lei nº 12.010, de 2009)
§ 3º É recomendável que as crianças e os adolescentes VII - antes de determinar a remessa dos autos à superior
acolhidos institucionalmente ou por família acolhedora sejam instância, no caso de apelação, ou do instrumento, no caso de
preparados por equipe interprofissional antes da inclusão em agravo, a autoridade judiciária proferirá despacho
família adotiva. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) fundamentado, mantendo ou reformando a decisão, no prazo
de cinco dias;
Art. 197-D. Certificada nos autos a conclusão da VIII - mantida a decisão apelada ou agravada, o escrivão
participação no programa referido no art. 197-C desta Lei, a remeterá os autos ou o instrumento à superior instância
autoridade judiciária, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, dentro de vinte e quatro horas, independentemente de novo
decidirá acerca das diligências requeridas pelo Ministério pedido do recorrente; se a reformar, a remessa dos autos
Público e determinará a juntada do estudo psicossocial, dependerá de pedido expresso da parte interessada ou do
designando, conforme o caso, audiência de instrução e Ministério Público, no prazo de cinco dias, contados da
julgamento. intimação.
Parágrafo único. Caso não sejam requeridas diligências, ou
sendo essas indeferidas, a autoridade judiciária determinará a Art. 199. Contra as decisões proferidas com base no art.
juntada do estudo psicossocial, abrindo a seguir vista dos 149 caberá recurso de apelação.
autos ao Ministério Público, por 5 (cinco) dias, decidindo em
igual prazo. Art. 199-A. A sentença que deferir a adoção produz efeito
desde logo, embora sujeita a apelação, que será recebida
Art. 197-E. Deferida a habilitação, o postulante será exclusivamente no efeito devolutivo, salvo se se tratar de
inscrito nos cadastros referidos no art. 50 desta Lei, sendo a adoção internacional ou se houver perigo de dano irreparável
sua convocação para a adoção feita de acordo com ordem ou de difícil reparação ao adotando.
cronológica de habilitação e conforme a disponibilidade de
crianças ou adolescentes adotáveis. Art. 199-B. A sentença que destituir ambos ou qualquer
§ 1º A ordem cronológica das habilitações somente poderá dos genitores do poder familiar fica sujeita a apelação, que
deixar de ser observada pela autoridade judiciária nas deverá ser recebida apenas no efeito devolutivo.
hipóteses previstas no § 13 do art. 50 desta Lei, quando
comprovado ser essa a melhor solução no interesse do Art. 199-C. Os recursos nos procedimentos de adoção e de
adotando. destituição de poder familiar, em face da relevância das
§ 2º A habilitação à adoção deverá ser renovada no mínimo questões, serão processados com prioridade absoluta,
trienalmente mediante avaliação por equipe interprofissional. devendo ser imediatamente distribuídos, ficando vedado que
(Redação dada pela Lei nº 13.509, de 2017) aguardem, em qualquer situação, oportuna distribuição, e
§ 3º Quando o adotante candidatar-se a uma nova adoção, serão colocados em mesa para julgamento sem revisão e com
será dispensável a renovação da habilitação, bastando a parecer urgente do Ministério Público.
avaliação por equipe interprofissional. (Incluído pela Lei nº
13.509, de 2017) Art. 199-D. O relator deverá colocar o processo em mesa
§ 4º Após 3 (três) recusas injustificadas, pelo habilitado, à para julgamento no prazo máximo de 60 (sessenta) dias,
adoção de crianças ou adolescentes indicados dentro do perfil contado da sua conclusão.
escolhido, haverá reavaliação da habilitação concedida. Parágrafo único. O Ministério Público será intimado da
(Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017) data do julgamento e poderá na sessão, se entender
§ 5º A desistência do pretendente em relação à guarda para necessário, apresentar oralmente seu parecer.
fins de adoção ou a devolução da criança ou do adolescente
depois do trânsito em julgado da sentença de adoção Art. 199-E. O Ministério Público poderá requerer a
importará na sua exclusão dos cadastros de adoção e na instauração de procedimento para apuração de
vedação de renovação da habilitação, salvo decisão judicial responsabilidades se constatar o descumprimento das
fundamentada, sem prejuízo das demais sanções previstas na providências e do prazo previstos nos artigos anteriores.
legislação vigente. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)

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APOSTILAS OPÇÃO

Capítulo V § 4º O representante do Ministério Público será


Do Ministério Público responsável pelo uso indevido das informações e documentos
que requisitar, nas hipóteses legais de sigilo.
Art. 200. As funções do Ministério Público previstas nesta § 5º Para o exercício da atribuição de que trata o inciso VIII
Lei serão exercidas nos termos da respectiva lei orgânica. deste artigo, poderá o representante do Ministério Público:
a) reduzir a termo as declarações do reclamante,
Art. 201. Compete ao Ministério Público: instaurando o competente procedimento, sob sua presidência;
I - conceder a remissão como forma de exclusão do b) entender-se diretamente com a pessoa ou autoridade
processo; reclamada, em dia, local e horário previamente notificados ou
II - promover e acompanhar os procedimentos relativos às acertados;
infrações atribuídas a adolescentes; c) efetuar recomendações visando à melhoria dos serviços
III - promover e acompanhar as ações de alimentos e os públicos e de relevância pública afetos à criança e ao
procedimentos de suspensão e destituição do poder familiar, adolescente, fixando prazo razoável para sua perfeita
nomeação e remoção de tutores, curadores e guardiães, bem adequação.
como oficiar em todos os demais procedimentos da
competência da Justiça da Infância e da Juventude; Art. 202. Nos processos e procedimentos em que não for
IV - promover, de ofício ou por solicitação dos parte, atuará obrigatoriamente o Ministério Público na defesa
interessados, a especialização e a inscrição de hipoteca legal e dos direitos e interesses de que cuida esta Lei, hipótese em que
a prestação de contas dos tutores, curadores e quaisquer terá vista dos autos depois das partes, podendo juntar
administradores de bens de crianças e adolescentes nas documentos e requerer diligências, usando os recursos
hipóteses do art. 98; cabíveis.
V - promover o inquérito civil e a ação civil pública para a
proteção dos interesses individuais, difusos ou coletivos Art. 203. A intimação do Ministério Público, em qualquer
relativos à infância e à adolescência, inclusive os definidos no caso, será feita pessoalmente.
art. 220, § 3º inciso II, da Constituição Federal;
VI - instaurar procedimentos administrativos e, para Art. 204. A falta de intervenção do Ministério Público
instruí-los: acarreta a nulidade do feito, que será declarada de ofício pelo
a) expedir notificações para colher depoimentos ou juiz ou a requerimento de qualquer interessado.
esclarecimentos e, em caso de não comparecimento
injustificado, requisitar condução coercitiva, inclusive pela Art. 205. As manifestações processuais do representante
polícia civil ou militar; do Ministério Público deverão ser fundamentadas.
b) requisitar informações, exames, perícias e documentos
de autoridades municipais, estaduais e federais, da Capítulo VI
administração direta ou indireta, bem como promover Do Advogado
inspeções e diligências investigatórias;
c) requisitar informações e documentos a particulares e Art. 206. A criança ou o adolescente, seus pais ou
instituições privadas; responsável, e qualquer pessoa que tenha legítimo interesse
VII - instaurar sindicâncias, requisitar diligências na solução da lide poderão intervir nos procedimentos de que
investigatórias e determinar a instauração de inquérito trata esta Lei, através de advogado, o qual será intimado para
policial, para apuração de ilícitos ou infrações às normas de todos os atos, pessoalmente ou por publicação oficial,
proteção à infância e à juventude; respeitado o segredo de justiça.
VIII - zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias Parágrafo único. Será prestada assistência judiciária
legais assegurados às crianças e adolescentes, promovendo as integral e gratuita àqueles que dela necessitarem.
medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis;
IX - impetrar mandado de segurança, de injunção e habeas Art. 207. Nenhum adolescente a quem se atribua a prática
corpus, em qualquer juízo, instância ou tribunal, na defesa dos de ato infracional, ainda que ausente ou foragido, será
interesses sociais e individuais indisponíveis afetos à criança e processado sem defensor.
ao adolescente; § 1º Se o adolescente não tiver defensor, ser-lhe-á
X - representar ao juízo visando à aplicação de penalidade nomeado pelo juiz, ressalvado o direito de, a todo tempo,
por infrações cometidas contra as normas de proteção à constituir outro de sua preferência.
infância e à juventude, sem prejuízo da promoção da § 2º A ausência do defensor não determinará o adiamento
responsabilidade civil e penal do infrator, quando cabível; de nenhum ato do processo, devendo o juiz nomear substituto,
XI - inspecionar as entidades públicas e particulares de ainda que provisoriamente, ou para o só efeito do ato.
atendimento e os programas de que trata esta Lei, adotando de § 3º Será dispensada a outorga de mandato, quando se
pronto as medidas administrativas ou judiciais necessárias à tratar de defensor nomeado ou, sido constituído, tiver sido
remoção de irregularidades porventura verificadas; indicado por ocasião de ato formal com a presença da
XII - requisitar força policial, bem como a colaboração dos autoridade judiciária.
serviços médicos, hospitalares, educacionais e de assistência
social, públicos ou privados, para o desempenho de suas Capítulo VII
atribuições. Da Proteção Judicial dos Interesses Individuais,
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações Difusos e Coletivos
cíveis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas
mesmas hipóteses, segundo dispuserem a Constituição e esta Art. 208. Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de
Lei. responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados à
§ 2º As atribuições constantes deste artigo não excluem criança e ao adolescente, referentes ao não oferecimento ou
outras, desde que compatíveis com a finalidade do Ministério oferta irregular:
Público. I - do ensino obrigatório;
§ 3º O representante do Ministério Público, no exercício de II - de atendimento educacional especializado aos
suas funções, terá livre acesso a todo local onde se encontre portadores de deficiência;
criança ou adolescente.

Legislação 72
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III - de atendimento em creche e pré-escola às crianças de Lei, caberá ação mandamental, que se regerá pelas normas da
zero a cinco anos de idade (Redação dada pela Lei nº 13.306, lei do mandado de segurança.
de 2016).
IV - de ensino noturno regular, adequado às condições do Art. 213. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de
educando; obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela
V - de programas suplementares de oferta de material específica da obrigação ou determinará providências que
didático-escolar, transporte e assistência à saúde do educando assegurem o resultado prático equivalente ao do
do ensino fundamental; adimplemento.
VI - de serviço de assistência social visando à proteção à § 1º Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo
família, à maternidade, à infância e à adolescência, bem como justificado receio de ineficácia do provimento final, é lícito ao
ao amparo às crianças e adolescentes que dele necessitem; juiz conceder a tutela liminarmente ou após justificação
VII - de acesso às ações e serviços de saúde; prévia, citando o réu.
VIII - de escolarização e profissionalização dos § 2º O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na
adolescentes privados de liberdade. sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de
IX - de ações, serviços e programas de orientação, apoio e pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a
promoção social de famílias e destinados ao pleno exercício do obrigação, fixando prazo razoável para o cumprimento do
direito à convivência familiar por crianças e adolescentes. preceito.
X - de programas de atendimento para a execução das § 3º A multa só será exigível do réu após o trânsito em
medidas socioeducativas e aplicação de medidas de proteção. julgado da sentença favorável ao autor, mas será devida desde
XI - de políticas e programas integrados de atendimento à o dia em que se houver configurado o descumprimento.
criança e ao adolescente vítima ou testemunha de violência.
(Incluído pela Lei nº 13.431, de 2017) Art. 214. Os valores das multas reverterão ao fundo gerido
§ 1º As hipóteses previstas neste artigo não excluem da pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do
proteção judicial outros interesses individuais, difusos ou respectivo município.
coletivos, próprios da infância e da adolescência, protegidos § 1º As multas não recolhidas até trinta dias após o trânsito
pela Constituição e pela Lei. em julgado da decisão serão exigidas através de execução
§ 2º A investigação do desaparecimento de crianças ou promovida pelo Ministério Público, nos mesmos autos,
adolescentes será realizada imediatamente após notificação facultada igual iniciativa aos demais legitimados.
aos órgãos competentes, que deverão comunicar o fato aos § 2º Enquanto o fundo não for regulamentado, o dinheiro
portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e companhias de ficará depositado em estabelecimento oficial de crédito, em
transporte interestaduais e internacionais, fornecendo-lhes conta com correção monetária.
todos os dados necessários à identificação do desaparecido.
Art. 215. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos
Art. 209. As ações previstas neste Capítulo serão propostas recursos, para evitar dano irreparável à parte.
no foro do local onde ocorreu ou deva ocorrer a ação ou
omissão, cujo juízo terá competência absoluta para processar Art. 216. Transitada em julgado a sentença que impuser
a causa, ressalvadas a competência da Justiça Federal e a condenação ao poder público, o juiz determinará a remessa de
competência originária dos tribunais superiores. peças à autoridade competente, para apuração da
responsabilidade civil e administrativa do agente a que se
Art. 210. Para as ações cíveis fundadas em interesses atribua a ação ou omissão.
coletivos ou difusos, consideram-se legitimados
concorrentemente: Art. 217. Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado
I - o Ministério Público; da sentença condenatória sem que a associação autora lhe
II - a União, os estados, os municípios, o Distrito Federal e promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério Público,
os territórios; facultada igual iniciativa aos demais legitimados.
III - as associações legalmente constituídas há pelo menos
um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa Art. 218. O juiz condenará a associação autora a pagar ao
dos interesses e direitos protegidos por esta Lei, dispensada a réu os honorários advocatícios arbitrados na conformidade do
autorização da assembleia, se houver prévia autorização § 4º do art. 20 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código
estatutária. de Processo Civil), quando reconhecer que a pretensão é
§ 1º Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os manifestamente infundada.
Ministérios Públicos da União e dos estados na defesa dos Parágrafo único. Em caso de litigância de má-fé, a
interesses e direitos de que cuida esta Lei. associação autora e os diretores responsáveis pela
§ 2º Em caso de desistência ou abandono da ação por propositura da ação serão solidariamente condenados ao
associação legitimada, o Ministério Público ou outro décuplo das custas, sem prejuízo de responsabilidade por
legitimado poderá assumir a titularidade ativa. perdas e danos.

Art. 211. Os órgãos públicos legitimados poderão tomar Art. 219. Nas ações de que trata este Capítulo, não haverá
dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e
às exigências legais, o qual terá eficácia de título executivo quaisquer outras despesas.
extrajudicial.
Art. 220. Qualquer pessoa poderá e o servidor público
Art. 212. Para defesa dos direitos e interesses protegidos deverá provocar a iniciativa do Ministério Público, prestando-
por esta Lei, são admissíveis todas as espécies de ações lhe informações sobre fatos que constituam objeto de ação
pertinentes. civil, e indicando-lhe os elementos de convicção.
§ 1º Aplicam-se às ações previstas neste Capítulo as
normas do Código de Processo Civil. Art. 221. Se, no exercício de suas funções, os juízos e
§ 2º Contra atos ilegais ou abusivos de autoridade pública tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam ensejar a
ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do propositura de ação civil, remeterão peças ao Ministério
poder público, que lesem direito líquido e certo previsto nesta Público para as providências cabíveis.

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 222. Para instruir a petição inicial, o interessado bem como deixar de proceder aos exames referidos no art. 10
poderá requerer às autoridades competentes as certidões e desta Lei:
informações que julgar necessárias, que serão fornecidas no Pena - detenção de seis meses a dois anos.
prazo de quinze dias. Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.
Art. 223. O Ministério Público poderá instaurar, sob sua
presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer pessoa, Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua
organismo público ou particular, certidões, informações, liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante
exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade
ser inferior a dez dias úteis. judiciária competente:
§ 1º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as Pena - detenção de seis meses a dois anos.
diligências, se convencer da inexistência de fundamento para Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que
a propositura da ação cível, promoverá o arquivamento dos procede à apreensão sem observância das formalidades legais.
autos do inquérito civil ou das peças informativas, fazendo-o
fundamentadamente. Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela
§ 2º Os autos do inquérito civil ou as peças de informação apreensão de criança ou adolescente de fazer imediata
arquivados serão remetidos, sob pena de se incorrer em falta comunicação à autoridade judiciária competente e à família do
grave, no prazo de três dias, ao Conselho Superior do apreendido ou à pessoa por ele indicada:
Ministério Público. Pena - detenção de seis meses a dois anos.
§ 3º Até que seja homologada ou rejeitada a promoção de
arquivamento, em sessão do Conselho Superior do Ministério Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua
público, poderão as associações legitimadas apresentar razões autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a
escritas ou documentos, que serão juntados aos autos do constrangimento:
inquérito ou anexados às peças de informação. Pena - detenção de seis meses a dois anos.
§ 4º A promoção de arquivamento será submetida a exame
e deliberação do Conselho Superior do Ministério Público, Art. 233. Revogado.
conforme dispuser o seu regimento.
§ 5º Deixando o Conselho Superior de homologar a Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa,
promoção de arquivamento, designará, desde logo, outro de ordenar a imediata liberação de criança ou adolescente, tão
órgão do Ministério Público para o ajuizamento da ação. logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Art. 224. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as
disposições da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985. Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado
nesta Lei em benefício de adolescente privado de liberdade:
Título VII Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Dos Crimes e Das Infrações Administrativas
Capítulo I Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade
Dos Crimes judiciária, membro do Conselho Tutelar ou representante do
Seção I Ministério Público no exercício de função prevista nesta Lei:
Disposições Gerais Pena - detenção de seis meses a dois anos.

Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes praticados Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem
contra a criança e o adolescente, por ação ou omissão, sem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial, com
prejuízo do disposto na legislação penal. o fim de colocação em lar substituto:
Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa.
Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as
normas da Parte Geral do Código Penal e, quanto ao processo, Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo
as pertinentes ao Código de Processo Penal. a terceiro, mediante paga ou recompensa:
Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.
Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação pública Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem oferece
incondicionada. ou efetiva a paga ou recompensa.

Seção II Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato


Dos Crimes em Espécie destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior
com inobservância das formalidades legais ou com o fito de
Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de obter lucro:
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de manter Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa.
registro das atividades desenvolvidas, na forma e prazo Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave ameaça
referidos no art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à ou fraude:
parturiente ou a seu responsável, por ocasião da alta médica, Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena
declaração de nascimento, onde constem as intercorrências do correspondente à violência.
parto e do desenvolvimento do neonato:
Pena - detenção de seis meses a dois anos. Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou
Parágrafo único. Se o crime é culposo: registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa. pornográfica, envolvendo criança ou adolescente:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de § 1º Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita,
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de identificar recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia a
corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião do parto, participação de criança ou adolescente nas cenas referidas
no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena.

Legislação 74
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 2o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por
comete o crime: qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela
I - no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de praticar ato libidinoso.
exercê-la; Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
II - prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
ou de hospitalidade; ou I - facilita ou induz o acesso à criança de material contendo
III - prevalecendo-se de relações de parentesco cena de sexo explícito ou pornográfica com o fim de com ela
consanguíneo ou afim até o terceiro grau, ou por adoção, de praticar ato libidinoso;
tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de quem, II - pratica as condutas descritas no caput deste artigo com
a qualquer outro título, tenha autoridade sobre ela, ou com seu o fim de induzir criança a se exibir de forma pornográfica ou
consentimento. sexualmente explícita.

Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a
outro registro que contenha cena de sexo explícito ou expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica”
pornográfica envolvendo criança ou adolescente. compreende qualquer situação que envolva criança ou
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou
simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, adolescente para fins primordialmente sexuais.
distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive
por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou
vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente arma,
pornográfica envolvendo criança ou adolescente: munição ou explosivo:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:
I - assegura os meios ou serviços para o armazenamento Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar,
das fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a
artigo; adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros
II - assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de produtos cujos componentes possam causar dependência
computadores às fotografias, cenas ou imagens de que trata o física ou psíquica:
caput deste artigo. Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o
§ 2o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1º deste fato não constitui crime mais grave.
artigo são puníveis quando o responsável legal pela prestação
do serviço, oficialmente notificado, deixa de desabilitar o Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou
acesso ao conteúdo ilícito de que trata o caput deste artigo. entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente fogos de
estampido ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer
meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que dano físico em caso de utilização indevida:
contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa.
criança ou adolescente:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais
§ 1º A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de definidos no caput do art. 2o desta Lei, à prostituição ou à
pequena quantidade o material a que se refere o caput deste exploração sexual
artigo. Pena - reclusão de quatro a dez anos e multa, além da perda
§ 2º Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a de bens e valores utilizados na prática criminosa em favor do
finalidade de comunicar às autoridades competentes a Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente da unidade da
ocorrência das condutas descritas nos arts. 240, 241, 241-A e Federação (Estado ou Distrito Federal) em que foi cometido o
241-C desta Lei, quando a comunicação for feita por: crime, ressalvado o direito de terceiro de boa-fé. (Redação
I - agente público no exercício de suas funções; dada pela Lei nº 13.440, de 2017)
II - membro de entidade, legalmente constituída, que § 1º Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente
inclua, entre suas finalidades institucionais, o recebimento, o ou o responsável pelo local em que se verifique a submissão de
processamento e o encaminhamento de notícia dos crimes criança ou adolescente às práticas referidas no caput deste
referidos neste parágrafo; artigo.
III - representante legal e funcionários responsáveis de § 2º Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação
provedor de acesso ou serviço prestado por meio de rede de da licença de localização e de funcionamento do
computadores, até o recebimento do material relativo à notícia estabelecimento.
feita à autoridade policial, ao Ministério Público ou ao Poder
Judiciário. Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor
§ 3º As pessoas referidas no § 2º deste artigo deverão de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou
manter sob sigilo o material ilícito referido. induzindo-o a praticá-la:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Art. 241-C. Simular a participação de criança ou § 1º Incorre nas penas previstas no caput deste artigo
adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de
meio de adulteração, montagem ou modificação de fotografia, quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da
vídeo ou qualquer outra forma de representação visual: internet.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. § 2º As penas previstas no caput deste artigo são
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, aumentadas de um terço no caso de a infração cometida ou
expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou divulga por induzida estar incluída no rol do art. 1º da Lei nº 8.072, de 25
qualquer meio, adquire, possui ou armazena o material de julho de 1990.
produzido na forma do caput deste artigo.

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APOSTILAS OPÇÃO

Capítulo II Pena - multa de três a vinte salários de referência,


Das Infrações Administrativas aplicando-se o dobro em caso de reincidência.

Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou quaisquer
estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, representações ou espetáculos, sem indicar os limites de idade
pré-escola ou creche, de comunicar à autoridade competente a que não se recomendem:
os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou Pena - multa de três a vinte salários de referência,
confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente: duplicada em caso de reincidência, aplicável, separadamente,
Pena - multa de três a vinte salários de referência, à casa de espetáculo e aos órgãos de divulgação ou
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. publicidade.

Art. 246. Impedir o responsável ou funcionário de entidade Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televisão,
de atendimento o exercício dos direitos constantes nos incisos espetáculo em horário diverso do autorizado ou sem aviso de
II, III, VII, VIII e XI do art. 124 desta Lei: sua classificação:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, Pena - multa de vinte a cem salários de referência;
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. duplicada em caso de reincidência a autoridade judiciária
poderá determinar a suspensão da programação da emissora
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização por até dois dias.
devida, por qualquer meio de comunicação, nome, ato ou
documento de procedimento policial, administrativo ou Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou congênere
judicial relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato classificado pelo órgão competente como inadequado às
infracional: crianças ou adolescentes admitidos ao espetáculo:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, Pena - multa de vinte a cem salários de referência; na
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. reincidência, a autoridade poderá determinar a suspensão do
§ 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou espetáculo ou o fechamento do estabelecimento por até quinze
parcialmente, fotografia de criança ou adolescente envolvido dias.
em ato infracional, ou qualquer ilustração que lhe diga
respeito ou se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de forma Art. 256. Vender ou locar a criança ou adolescente fita de
a permitir sua identificação, direta ou indiretamente. programação em vídeo, em desacordo com a classificação
§ 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou atribuída pelo órgão competente:
emissora de rádio ou televisão, além da pena prevista neste Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso
artigo, a autoridade judiciária poderá determinar a apreensão de reincidência, a autoridade judiciária poderá determinar o
da publicação ou a suspensão da programação da emissora até fechamento do estabelecimento por até quinze dias.
por dois dias, bem como da publicação do periódico até por
dois números. (Expressão declara inconstitucional pela ADIN Art. 257. Descumprir obrigação constante dos arts. 78 e 79
869-2) desta Lei:
Pena - multa de três a vinte salários de referência,
Art. 248. (Revogado pela Lei nº 13.431, de 2017) duplicando-se a pena em caso de reincidência, sem prejuízo de
apreensão da revista ou publicação.
Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres
inerentes ao poder familiar ou decorrente de tutela ou guarda, Art. 258. Deixar o responsável pelo estabelecimento ou o
bem assim determinação da autoridade judiciária ou Conselho empresário de observar o que dispõe esta Lei sobre o acesso
Tutelar: de criança ou adolescente aos locais de diversão, ou sobre sua
Pena - multa de três a vinte salários de referência, participação no espetáculo:
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso
de reincidência, a autoridade judiciária poderá determinar o
Art. 250. Hospedar criança ou adolescente fechamento do estabelecimento por até quinze dias.
desacompanhado dos pais ou responsável, ou sem autorização
escrita desses ou da autoridade judiciária, em hotel, pensão, Art. 258-A. Deixar a autoridade competente de
motel ou congênere: providenciar a instalação e operacionalização dos cadastros
Pena - multa. previstos no art. 50 e no § 11 do art. 101 desta Lei:
§ 1º Em caso de reincidência, sem prejuízo da pena de Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três
multa, a autoridade judiciária poderá determinar o mil reais).
fechamento do estabelecimento por até 15 (quinze) dias. Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas a autoridade
§ 2º Se comprovada a reincidência em período inferior a que deixa de efetuar o cadastramento de crianças e de
30 (trinta) dias, o estabelecimento será definitivamente adolescentes em condições de serem adotadas, de pessoas ou
fechado e terá sua licença cassada. casais habilitados à adoção e de crianças e adolescentes em
regime de acolhimento institucional ou familiar.
Art. 251. Transportar criança ou adolescente, por qualquer
meio, com inobservância do disposto nos arts. 83, 84 e 85 Art. 258-B. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de
desta Lei: estabelecimento de atenção à saúde de gestante de efetuar
Pena - multa de três a vinte salários de referência, imediato encaminhamento à autoridade judiciária de caso de
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. que tenha conhecimento de mãe ou gestante interessada em
entregar seu filho para adoção:
Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou espetáculo Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três
público de afixar, em lugar visível e de fácil acesso, à entrada mil reais).
do local de exibição, informação destacada sobre a natureza da Parágrafo único. Incorre na mesma pena o funcionário de
diversão ou espetáculo e a faixa etária especificada no programa oficial ou comunitário destinado à garantia do
certificado de classificação: direito à convivência familiar que deixa de efetuar a
comunicação referida no caput deste artigo.

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 258-C. Descumprir a proibição estabelecida no inciso § 1º A doação de que trata o caput poderá ser deduzida até
II do art. 81: os seguintes percentuais aplicados sobre o imposto apurado
Pena - multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) a R$ 10.000,00 na declaração:
(dez mil reais); I - (Vetado);
Medida Administrativa - interdição do estabelecimento II - (Vetado);
comercial até o recolhimento da multa aplicada. III - 3% (três por cento) a partir do exercício de 2012.
§ 2º A dedução de que trata o caput:
Disposições Finais e Transitórias I - está sujeita ao limite de 6% (seis por cento) do imposto
sobre a renda apurado na declaração de que trata o inciso II do
Art. 259. A União, no prazo de noventa dias contados da caput do art. 260;
publicação deste Estatuto, elaborará projeto de lei dispondo II - não se aplica à pessoa física que:
sobre a criação ou adaptação de seus órgãos às diretrizes da a) utilizar o desconto simplificado;
política de atendimento fixadas no art. 88 e ao que estabelece b) apresentar declaração em formulário; ou
o Título V do Livro II. c) entregar a declaração fora do prazo;
Parágrafo único. Compete aos estados e municípios III - só se aplica às doações em espécie; e
promoverem a adaptação de seus órgãos e programas às IV - não exclui ou reduz outros benefícios ou deduções em
diretrizes e princípios estabelecidos nesta Lei. vigor.
§ 3º O pagamento da doação deve ser efetuado até a data
Art. 260. Os contribuintes poderão efetuar doações aos de vencimento da primeira quota ou quota única do imposto,
Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional, observadas instruções específicas da Secretaria da Receita
distrital, estaduais ou municipais, devidamente comprovadas, Federal do Brasil.
sendo essas integralmente deduzidas do imposto de renda, § 4º O não pagamento da doação no prazo estabelecido no
obedecidos os seguintes limites: § 3o implica a glosa definitiva desta parcela de dedução,
I - 1% (um por cento) do imposto sobre a renda devido ficando a pessoa física obrigada ao recolhimento da diferença
apurado pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro de imposto devido apurado na Declaração de Ajuste Anual com
real; e os acréscimos legais previstos na legislação.
II - 6% (seis por cento) do imposto sobre a renda apurado § 5º A pessoa física poderá deduzir do imposto apurado na
pelas pessoas físicas na Declaração de Ajuste Anual, observado Declaração de Ajuste Anual as doações feitas, no respectivo
o disposto no art. 22 da Lei no 9.532, de 10 de dezembro de ano-calendário, aos fundos controlados pelos Conselhos dos
1997. Direitos da Criança e do Adolescente municipais, distrital,
§ 1º Revogado. estaduais e nacional concomitantemente com a opção de que
§ 1º-A. Na definição das prioridades a serem atendidas com trata o caput, respeitado o limite previsto no inciso II do art.
os recursos captados pelos fundos nacional, estaduais e 260.
municipais dos direitos da criança e do adolescente, serão
consideradas as disposições do Plano Nacional de Promoção, Art. 260-B. A doação de que trata o inciso I do art. 260
Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à poderá ser deduzida:
Convivência Familiar e Comunitária e as do Plano Nacional I - do imposto devido no trimestre, para as pessoas
pela Primeira Infância. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de jurídicas que apuram o imposto trimestralmente; e
2016) II - do imposto devido mensalmente e no ajuste anual, para
§ 2o Os conselhos nacional, estaduais e municipais dos as pessoas jurídicas que apuram o imposto anualmente.
direitos da criança e do adolescente fixarão critérios de Parágrafo único. A doação deverá ser efetuada dentro do
utilização, por meio de planos de aplicação, das dotações período a que se refere a apuração do imposto.
subsidiadas e demais receitas, aplicando necessariamente
percentual para incentivo ao acolhimento, sob a forma de Art. 260-C. As doações de que trata o art. 260 desta Lei
guarda, de crianças e adolescentes e para programas de podem ser efetuadas em espécie ou em bens.
atenção integral à primeira infância em áreas de maior Parágrafo único. As doações efetuadas em espécie devem
carência socioeconômica e em situações de calamidade. ser depositadas em conta específica, em instituição financeira
(Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016) pública, vinculadas aos respectivos fundos de que trata o art.
§ 3º O Departamento da Receita Federal, do Ministério da 260.
Economia, Fazenda e Planejamento, regulamentará a
comprovação das doações feitas aos fundos, nos termos deste Art. 260-D. Os órgãos responsáveis pela administração das
artigo. contas dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
§ 4º O Ministério Público determinará em cada comarca a nacional, estaduais, distrital e municipais devem emitir recibo
forma de fiscalização da aplicação, pelo Fundo Municipal dos em favor do doador, assinado por pessoa competente e pelo
Direitos da Criança e do Adolescente, dos incentivos fiscais presidente do Conselho correspondente, especificando:
referidos neste artigo. I - número de ordem;
§ 5º Observado o disposto no § 4º do art. 3º da Lei nº 9.249, II - nome, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e
de 26 de dezembro de 1995, a dedução de que trata o inciso I endereço do emitente;
do caput: III - nome, CNPJ ou Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do
I - será considerada isoladamente, não se submetendo a doador;
limite em conjunto com outras deduções do imposto; e IV - data da doação e valor efetivamente recebido; e
II - não poderá ser computada como despesa operacional V - ano-calendário a que se refere a doação.
na apuração do lucro real. § 1o O comprovante de que trata o caput deste artigo pode
ser emitido anualmente, desde que discrimine os valores
Art. 260-A. A partir do exercício de 2010, ano-calendário doados mês a mês.
de 2009, a pessoa física poderá optar pela doação de que trata § 2o No caso de doação em bens, o comprovante deve
o inciso II do caput do art. 260 diretamente em sua Declaração conter a identificação dos bens, mediante descrição em campo
de Ajuste Anual. próprio ou em relação anexa ao comprovante, informando
também se houve avaliação, o nome, CPF ou CNPJ e endereço
dos avaliadores.

Legislação 77
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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 260-E. Na hipótese da doação em bens, o doador dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional, distrital,
deverá: estaduais e municipais, com a indicação dos respectivos
I - comprovar a propriedade dos bens, mediante números de inscrição no CNPJ e das contas bancárias
documentação hábil; específicas mantidas em instituições financeiras públicas,
II - baixar os bens doados na declaração de bens e direitos, destinadas exclusivamente a gerir os recursos dos Fundos.
quando se tratar de pessoa física, e na escrituração, no caso de
pessoa jurídica; e Art. 260-L. A Secretaria da Receita Federal do Brasil
III - considerar como valor dos bens doados: expedirá as instruções necessárias à aplicação do disposto nos
a) para as pessoas físicas, o valor constante da última arts. 260 a 260-K.
declaração do imposto de renda, desde que não exceda o valor
de mercado; Art. 261. A falta dos conselhos municipais dos direitos da
b) para as pessoas jurídicas, o valor contábil dos bens. criança e do adolescente, os registros, inscrições e alterações a
Parágrafo único. O preço obtido em caso de leilão não será que se referem os arts. 90, parágrafo único, e 91 desta Lei serão
considerado na determinação do valor dos bens doados, efetuados perante a autoridade judiciária da comarca a que
exceto se o leilão for determinado por autoridade judiciária. pertencer a entidade.
Parágrafo único. A União fica autorizada a repassar aos
Art. 260-F. Os documentos a que se referem os arts. 260-D estados e municípios, e os estados aos municípios, os recursos
e 260-E devem ser mantidos pelo contribuinte por um prazo referentes aos programas e atividades previstos nesta Lei, tão
de 5 (cinco) anos para fins de comprovação da dedução logo estejam criados os conselhos dos direitos da criança e do
perante a Receita Federal do Brasil. adolescente nos seus respectivos níveis.

Art. 260-G. Os órgãos responsáveis pela administração das Art. 262. Enquanto não instalados os Conselhos Tutelares,
contas dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente as atribuições a eles conferidas serão exercidas pela
nacional, estaduais, distrital e municipais devem: autoridade judiciária.
I - manter conta bancária específica destinada
exclusivamente a gerir os recursos do Fundo; Art. 263. O Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
II - manter controle das doações recebidas; e (Código Penal), passa a vigorar com as seguintes alterações:
III - informar anualmente à Secretaria da Receita Federal 1) Art. 121 ............................................................
do Brasil as doações recebidas mês a mês, identificando os § 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de um
seguintes dados por doador: terço, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de
a) nome, CNPJ ou CPF; profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
b) valor doado, especificando se a doação foi em espécie ou imediato socorro à vítima, não procura diminuir as
em bens. consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de
Art. 260-H. Em caso de descumprimento das obrigações um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de
previstas no art. 260-G, a Secretaria da Receita Federal do catorze anos.
Brasil dará conhecimento do fato ao Ministério Público. 2) Art. 129 ...............................................................
§ 7ºAumenta-se a pena de um terço, se ocorrer qualquer
Art. 260-I. Os Conselhos dos Direitos da Criança e do das hipóteses do art. 121, § 4º.
Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais § 8º Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121.
divulgarão amplamente à comunidade: 3) Art. 136.................................................................
I - o calendário de suas reuniões; § 3º Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado
II - as ações prioritárias para aplicação das políticas de contra pessoa menor de catorze anos.
atendimento à criança e ao adolescente; 4) Art. 213 ..................................................................
III - os requisitos para a apresentação de projetos a serem Parágrafo único. Se a ofendida é menor de catorze anos:
beneficiados com recursos dos Fundos dos Direitos da Criança Pena - reclusão de quatro a dez anos.
e do Adolescente nacional, estaduais, distrital ou municipais; 5) Art. 214...................................................................
IV - a relação dos projetos aprovados em cada ano- Parágrafo único. Se o ofendido é menor de catorze anos:
calendário e o valor dos recursos previstos para Pena - reclusão de três a nove anos.
implementação das ações, por projeto;
V - o total dos recursos recebidos e a respectiva destinação, Art. 264. O art. 102 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de
por projeto atendido, inclusive com cadastramento na base de 1973, fica acrescido do seguinte item:
dados do Sistema de Informações sobre a Infância e a "Art. 102 ....................................................................
Adolescência; e 6º) a perda e a suspensão do pátrio poder. "
VI - a avaliação dos resultados dos projetos beneficiados
com recursos dos Fundos dos Direitos da Criança e do Art. 265. A Imprensa Nacional e demais gráficas da União,
Adolescente nacional, estaduais, distrital e municipais. da administração direta ou indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo poder público federal promoverão
Art. 260-J. O Ministério Público determinará, em cada edição popular do texto integral deste Estatuto, que será posto
Comarca, a forma de fiscalização da aplicação dos incentivos à disposição das escolas e das entidades de atendimento e de
fiscais referidos no art. 260 desta Lei. defesa dos direitos da criança e do adolescente.
Parágrafo único. O descumprimento do disposto nos arts.
260-G e 260-I sujeitará os infratores a responder por ação Art. 265-A. O poder público fará periodicamente ampla
judicial proposta pelo Ministério Público, que poderá atuar de divulgação dos direitos da criança e do adolescente nos meios
ofício, a requerimento ou representação de qualquer cidadão. de comunicação social. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de
2016)
Art. 260-K. A Secretaria de Direitos Humanos da Parágrafo único. A divulgação a que se refere o caput será
Presidência da República (SDH/PR) encaminhará à Secretaria veiculada em linguagem clara, compreensível e adequada a
da Receita Federal do Brasil, até 31 de outubro de cada ano, crianças e adolescentes, especialmente às crianças com idade
arquivo eletrônico contendo a relação atualizada dos Fundos

Legislação 78
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APOSTILAS OPÇÃO

inferior a 6 (seis) anos. (Incluído dada pela Lei nº 13.257, de 05. (SEDF - Monitor de Gestão Educacional -
2016) CESPE/2017) À luz do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA) - Lei n.º 8.069/1990 - e da CF, julgue o item seguinte.
Art. 266. Esta Lei entra em vigor noventa dias após sua Situação hipotética: Maurício completou quatorze anos de
publicação. idade e deseja trabalhar, mas não quer abandonar seus
Parágrafo único. Durante o período de vacância deverão estudos. Assertiva: Nesse caso, o direito de proteção especial
ser promovidas atividades e campanhas de divulgação e permite que Maurício seja admitido ao trabalho, cabendo ao
esclarecimentos acerca do disposto nesta Lei. Estado garantir seu acesso à escola.
( ) Certo ( ) Errado
Art. 267. Revogam-se as Leis nº 4.513, de 1964, e 6.697, de
10 de outubro de 1979 (Código de Menores), e as demais Gabarito
disposições em contrário.
01.B / 02.B / 03.Errado / 04.Errado / 05.Certo /
Brasília, 13 de julho de 1990; 169º da Independência e
102º da República.
FERNANDO COLLOR
4. Lei de Diretrizes e Bases
Questões da Educação Nacional (LDBN).
01. (Prefeitura de Sul Brasil/SC - Agente Educativo -
ALTERNATIVE CONCURSOS/2017) De acordo com o
LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 19963
Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei n.º 8.069/90, art. 60,
LEI DAS DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO
é proibido qualquer trabalho a menores:
NACIONAL
(A) De quatorze anos de idade, inclusive na condição de
aprendiz.
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
(B) De quatorze anos de idade, salvo na condição de
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
aprendiz.
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
(C) De dezesseis anos de idade, salvo na condição de
aprendiz.
TÍTULO I
(D) De dezesseis anos de idade, inclusive na condição de
Da Educação
aprendiz.
(E) De dezessete anos de idade, inclusive na condição de
Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se
aprendiz.
desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no
trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos
02. (Prefeitura de Sul Brasil/SC - Educador Social -
movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
ALTERNATIVE CONCURSOS/2017) De acordo com o
manifestações culturais.
Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei n.º 8.069/90, art. 69,
§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se
o adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no
desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em
trabalho, observados os seguintes aspectos:
instituições próprias.
I. Respeito à condição peculiar de pessoa em
§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do
desenvolvimento.
trabalho e à prática social.
II. Capacitação profissional adequada ao mercado de
trabalho.
TÍTULO II
III. Remuneração do adolescente em relação ao trabalho
Dos Princípios e Fins da Educação Nacional
prestado.
(A) Somente I e III estão corretas.
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada
(B) Somente I e II estão corretas.
nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade
(C) Somente II e III estão corretas.
humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
(D) Somente I está correta.
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
(E) Todas estão corretas.
qualificação para o trabalho.
03. (SEDF - Monitor de Gestão Educacional -
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes
CESPE/2017) À luz do Estatuto da Criança e do Adolescente
princípios:
(ECA) - Lei n.º 8.069/1990 - e da CF, julgue o item seguinte.
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na
Conforme o ECA, professores que submeterem estudantes
escola;
sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
constrangimento serão passíveis de detenção de um a seis
cultura, o pensamento, a arte e o saber;
meses.
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
( ) Certo ( ) Errado
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de
04. (SEDF - Monitor de Gestão Educacional -
ensino;
CESPE/2017) À luz do Estatuto da Criança e do Adolescente
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos
(ECA) - Lei n.º 8.069/1990 - e da CF, julgue o item seguinte.
oficiais;
Os conselhos tutelares das regiões administrativas do DF
VII - valorização do profissional da educação escolar;
são compostos por seis membros indicados pela SEE/DF, com
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta
mandatos fixos de quatro anos.
Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
( ) Certo ( ) Errado
IX - garantia de padrão de qualidade;

3http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm. Acesso em
28.06.2019.

Legislação 79
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APOSTILAS OPÇÃO

X - valorização da experiência extraescolar; nos termos deste artigo, contemplando em seguida os demais
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as níveis e modalidades de ensino, conforme as prioridades
práticas sociais. constitucionais e legais.
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. § 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste
XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao artigo tem legitimidade para peticionar no Poder Judiciário, na
longo da vida. (Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018) hipótese do § 2º do art. 208 da Constituição Federal, sendo
gratuita e de rito sumário a ação judicial correspondente.
TÍTULO III § 4º Comprovada a negligência da autoridade competente
Do Direito à Educação e do Dever de Educar para garantir o oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela
ser imputada por crime de responsabilidade.
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública § 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de
será efetivado mediante a garantia de: ensino, o Poder Público criará formas alternativas de acesso
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos diferentes níveis de ensino, independentemente da
aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte escolarização anterior.
forma:
a) pré-escola; Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a
b) ensino fundamental; matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4
c) ensino médio; (quatro) anos de idade.
II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco)
anos de idade; Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as
III - atendimento educacional especializado gratuito aos seguintes condições:
educandos com deficiência, transtornos globais do I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, do respectivo sistema de ensino;
transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade
preferencialmente na rede regular de ensino; pelo Poder Público;
IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o
médio para todos os que não os concluíram na idade própria; previsto no art. 213 da Constituição Federal.
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa
e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; Art. 7º-A Ao aluno regularmente matriculado em
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às instituição de ensino pública ou privada, de qualquer nível, é
condições do educando; assegurado, no exercício da liberdade de consciência e de
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e crença, o direito de, mediante prévio e motivado
adultos, com características e modalidades adequadas às suas requerimento, ausentar-se de prova ou de aula marcada para
necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem dia em que, segundo os preceitos de sua religião, seja vedado
trabalhadores as condições de acesso e permanência na o exercício de tais atividades, devendo-se-lhe atribuir, a
escola; critério da instituição e sem custos para o aluno, uma das
VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da seguintes prestações alternativas, nos termos do inciso VIII do
educação básica, por meio de programas suplementares de caput do art. 5º da Constituição Federal: (Incluído pela Lei nº
material didático-escolar, transporte, alimentação e 13.796, de 2019)
assistência à saúde; I - prova ou aula de reposição, conforme o caso, a ser
IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos realizada em data alternativa, no turno de estudo do aluno ou
como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de em outro horário agendado com sua anuência expressa;
insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019)
ensino-aprendizagem. II - trabalho escrito ou outra modalidade de atividade de
X - vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino pesquisa, com tema, objetivo e data de entrega definidos pela
fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a instituição de ensino. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019)
partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade. § 1º A prestação alternativa deverá observar os
parâmetros curriculares e o plano de aula do dia da ausência
Art. 4º-A. É assegurado atendimento educacional, durante do aluno. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019)
o período de internação, ao aluno da educação básica § 2º O cumprimento das formas de prestação alternativa
internado para tratamento de saúde em regime hospitalar ou de que trata este artigo substituirá a obrigação original para
domiciliar por tempo prolongado, conforme dispuser o Poder todos os efeitos, inclusive regularização do registro de
Público em regulamento, na esfera de sua competência frequência. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019)
federativa. (Incluído pela Lei nº 13.716, de 2018). § 3º As instituições de ensino implementarão
progressivamente, no prazo de 2 (dois) anos, as providências
Art. 5º O acesso à educação básica obrigatória é direito e adaptações necessárias à adequação de seu funcionamento
público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de às medidas previstas neste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.796,
cidadãos, associação comunitária, organização sindical, de 2019) ( Vide parágrafo único do art. 2)
entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o § 4º O disposto neste artigo não se aplica ao ensino militar
Ministério Público, acionar o poder público para exigi-lo. a que se refere o art. 83 desta Lei. (Incluído pela Lei
§ 1º O poder público, na esfera de sua competência nº 13.796, de 2019)
federativa, deverá:
I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em TÍTULO IV
idade escolar, bem como os jovens e adultos que não Da Organização da Educação Nacional
concluíram a educação básica;
II - fazer-lhes a chamada pública; Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os
III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à Municípios organizarão, em regime de colaboração, os
escola. respectivos sistemas de ensino.
§ 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder Público § 1º Caberá à União a coordenação da política nacional de
assegurará em primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, educação, articulando os diferentes níveis e sistemas e

Legislação 80
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APOSTILAS OPÇÃO

exercendo função normativa, redistributiva e supletiva em VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com
relação às demais instâncias educacionais. prioridade, o ensino médio a todos que o demandarem,
§ 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização respeitado o disposto no art. 38 desta Lei;
nos termos desta Lei. VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede
estadual.
Art. 9º A União incumbir-se-á de: Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as
I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração competências referentes aos Estados e aos Municípios.
com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
II - organizar, manter e desenvolver os órgãos e Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de:
instituições oficiais do sistema federal de ensino e o dos I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições
Territórios; oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas
III - prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao e planos educacionais da União e dos Estados;
Distrito Federal e aos Municípios para o desenvolvimento de II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;
seus sistemas de ensino e o atendimento prioritário à III - baixar normas complementares para o seu sistema de
escolaridade obrigatória, exercendo sua função redistributiva ensino;
e supletiva; IV - autorizar, credenciar e supervisionar os
IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito estabelecimentos do seu sistema de ensino;
Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a V - oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e,
educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que com prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em
nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas
assegurar formação básica comum; plenamente as necessidades de sua área de competência e com
IV-A - estabelecer, em colaboração com os Estados, o recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela
Distrito Federal e os Municípios, diretrizes e procedimentos Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do
para identificação, cadastramento e atendimento, na educação ensino.
básica e na educação superior, de alunos com altas habilidades VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede
ou superdotação; (Incluído pela Lei nº 13.234, de 2015) municipal.
V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por
educação; se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele
VI - assegurar processo nacional de avaliação do um sistema único de educação básica.
rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior,
em colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as
definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino; normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a
VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação e incumbência de:
pós-graduação; I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;
VIII - assegurar processo nacional de avaliação das II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e
instituições de educação superior, com a cooperação dos financeiros;
sistemas que tiverem responsabilidade sobre este nível de III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula
ensino; estabelecidas;
IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada
avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de docente;
educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor
ensino. rendimento;
§ 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando
Nacional de Educação, com funções normativas e de processos de integração da sociedade com a escola;
supervisão e atividade permanente, criado por lei. VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus
§ 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a
União terá acesso a todos os dados e informações necessários frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a
de todos os estabelecimentos e órgãos educacionais. execução da proposta pedagógica da escola;
§ 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão ser VIII - notificar ao Conselho Tutelar do Município a relação
delegadas aos Estados e ao Distrito Federal, desde que dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de 30%
mantenham instituições de educação superior. (trinta por cento) do percentual permitido em lei; (Redação
dada pela Lei nº 13.803, de 2019)
Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de: IX - promover medidas de conscientização, de prevenção e
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições de combate a todos os tipos de violência, especialmente a
oficiais dos seus sistemas de ensino; intimidação sistemática (bullying), no âmbito das escolas;
II - definir, com os Municípios, formas de colaboração na (Incluído pela Lei nº 13.663, de 2018)
oferta do ensino fundamental, as quais devem assegurar a X - estabelecer ações destinadas a promover a cultura de
distribuição proporcional das responsabilidades, de acordo paz nas escolas. (Incluído pela Lei nº 13.663, de 2018)
com a população a ser atendida e os recursos financeiros XI - promover ambiente escolar seguro, adotando
disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público; estratégias de prevenção e enfrentamento ao uso ou
III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, em dependência de drogas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação,
integrando e coordenando as suas ações e as dos seus Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
Municípios; I - participar da elaboração da proposta pedagógica do
IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e estabelecimento de ensino;
avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a
educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de proposta pedagógica do estabelecimento de ensino;
ensino; III - zelar pela aprendizagem dos alunos;
V - baixar normas complementares para o seu sistema de IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos
ensino; de menor rendimento;

Legislação 81
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APOSTILAS OPÇÃO

V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, jurídicas que atendem a orientação confessional e ideologia
além de participar integralmente dos períodos dedicados ao específicas e ao disposto no inciso anterior;
planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; IV - filantrópicas, na forma da lei.
VI - colaborar com as atividades de articulação da escola
com as famílias e a comunidade. TÍTULO V
Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da CAPÍTULO I
gestão democrática do ensino público na educação básica, de Da Composição dos Níveis Escolares
acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes
princípios: Art. 21. A educação escolar compõe-se de:
I - participação dos profissionais da educação na I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino
elaboração do projeto pedagógico da escola; fundamental e ensino médio;
II - participação das comunidades escolar e local em II - educação superior.
conselhos escolares ou equivalentes.
CAPÍTULO II
Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades DA EDUCAÇÃO BÁSICA
escolares públicas de educação básica que os integram Seção I
progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa Das Disposições Gerais
e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito
financeiro público. Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver
o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável
Art. 16. O sistema federal de ensino compreende: para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para
I - as instituições de ensino mantidas pela União; progredir no trabalho e em estudos posteriores.
II - as instituições de educação superior criadas e mantidas
pela iniciativa privada; Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries
III - os órgãos federais de educação. anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de
períodos de estudos, grupos não-seriados, com base na idade,
Art. 17. Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de
Federal compreendem: organização, sempre que o interesse do processo de
I - as instituições de ensino mantidas, respectivamente, aprendizagem assim o recomendar.
pelo Poder Público estadual e pelo Distrito Federal; § 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive
II - as instituições de educação superior mantidas pelo quando se tratar de transferências entre estabelecimentos
Poder Público municipal; situados no País e no exterior, tendo como base as normas
III - as instituições de ensino fundamental e médio criadas curriculares gerais.
e mantidas pela iniciativa privada; § 2º O calendário escolar deverá adequar-se às
IV - os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal, peculiaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a
respectivamente. critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso reduzir
Parágrafo único. No Distrito Federal, as instituições de o número de horas letivas previsto nesta Lei.
educação infantil, criadas e mantidas pela iniciativa privada,
integram seu sistema de ensino. Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio,
será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
Art. 18. Os sistemas municipais de ensino compreendem: I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas
I - as instituições do ensino fundamental, médio e de para o ensino fundamental e para o ensino médio, distribuídas
educação infantil mantidas pelo Poder Público municipal; por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar,
II - as instituições de educação infantil criadas e mantidas excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver;
pela iniciativa privada; (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017)
III - os órgãos municipais de educação. II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a
primeira do ensino fundamental, pode ser feita:
Art. 19. As instituições de ensino dos diferentes níveis a) por promoção, para alunos que cursaram, com
classificam-se nas seguintes categorias administrativas: aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola;
I - públicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, b) por transferência, para candidatos procedentes de
mantidas e administradas pelo Poder Público; outras escolas;
II - privadas, assim entendidas as mantidas e c) independentemente de escolarização anterior, mediante
administradas por pessoas físicas ou jurídicas de direito avaliação feita pela escola, que defina o grau de
privado. desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua
inscrição na série ou etapa adequada, conforme
Art. 20. As instituições privadas de ensino se enquadrarão regulamentação do respectivo sistema de ensino;
nas seguintes categorias: (Regulamento) III - nos estabelecimentos que adotam a progressão regular
I - particulares em sentido estrito, assim entendidas as que por série, o regimento escolar pode admitir formas de
são instituídas e mantidas por uma ou mais pessoas físicas ou progressão parcial, desde que preservada a sequência do
jurídicas de direito privado que não apresentem as currículo, observadas as normas do respectivo sistema de
características dos incisos abaixo; ensino;
II - comunitárias, assim entendidas as que são instituídas IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos
por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas de séries distintas, com níveis equivalentes de adiantamento
jurídicas, inclusive cooperativas educacionais, sem fins na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou
lucrativos, que incluam na sua entidade mantenedora outros componentes curriculares;
representantes da comunidade; V - a verificação do rendimento escolar observará os
III - confessionais, assim entendidas as que são instituídas seguintes critérios:
por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do
aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os

Legislação 82
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APOSTILAS OPÇÃO

quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de § 5º No currículo do ensino fundamental, a partir do sexto
eventuais provas finais; ano, será ofertada a língua inglesa. (Redação dada pela Lei nº
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com 13.415, de 2017)
atraso escolar; § 6º As artes visuais, a dança, a música e o teatro são as
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries linguagens que constituirão o componente curricular de que
mediante verificação do aprendizado; trata o § 2º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.278, de
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; 2016).
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de § 7º A integralização curricular poderá incluir, a critério
preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo dos sistemas de ensino, projetos e pesquisas envolvendo os
rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições temas transversais de que trata o caput. (Redação dada pela
de ensino em seus regimentos; Lei nº 13.415, de 2017)
VI - o controle de frequência fica a cargo da escola, § 8º A exibição de filmes de produção nacional constituirá
conforme o disposto no seu regimento e nas normas do componente curricular complementar integrado à proposta
respectivo sistema de ensino, exigida a frequência mínima de pedagógica da escola, sendo a sua exibição obrigatória por, no
setenta e cinco por cento do total de horas letivas para mínimo, 2 (duas) horas mensais.
aprovação; § 9º Conteúdos relativos aos direitos humanos e à
VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos prevenção de todas as formas de violência contra a criança e
escolares, declarações de conclusão de série e diplomas ou ao adolescente serão incluídos, como temas transversais, nos
certificados de conclusão de cursos, com as especificações currículos escolares de que trata o caput deste artigo, tendo
cabíveis. como diretriz a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto
§ 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do da Criança e do Adolescente), observada a produção e
caput deverá ser ampliada de forma progressiva, no ensino distribuição de material didático adequado.
médio, para mil e quatrocentas horas, devendo os sistemas de § 9º-A. A educação alimentar e nutricional será incluída
ensino oferecer, no prazo máximo de cinco anos, pelo menos entre os temas transversais de que trata o caput. (Incluído pela
mil horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março de Lei nº 13.666, de 2018)
2017. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) § 10. A inclusão de novos componentes curriculares de
§ 2º Os sistemas de ensino disporão sobre a oferta de caráter obrigatório na Base Nacional Comum Curricular
educação de jovens e adultos e de ensino noturno regular, dependerá de aprovação do Conselho Nacional de Educação e
adequado às condições do educando, conforme o inciso VI do de homologação pelo Ministro de Estado da Educação.
art. 4º. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)

Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e
responsáveis alcançar relação adequada entre o número de de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o
alunos e o professor, a carga horária e as condições materiais estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
do estabelecimento. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008)
Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à § 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo
vista das condições disponíveis e das características regionais incluirá diversos aspectos da história e da cultura que
e locais, estabelecer parâmetro para atendimento do disposto caracterizam a formação da população brasileira, a partir
neste artigo. desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da
África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas
Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o
fundamental e do ensino médio devem ter base nacional índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas
comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em contribuições nas áreas social, econômica e política,
cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, pertinentes à história do Brasil. (Redação dada pela Lei nº
exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da 11.645, de 2008)
cultura, da economia e dos educandos. § 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-
§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados
obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de
matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da educação artística e de literatura e história brasileiras.
realidade social e política, especialmente do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008)
§ 2º O ensino da arte, especialmente em suas expressões
regionais, constituirá componente curricular obrigatório da Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica
educação básica. (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) observarão, ainda, as seguintes diretrizes:
§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social,
escola, é componente curricular obrigatório da educação aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem
básica, sendo sua prática facultativa ao aluno: comum e à ordem democrática;
I - que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis II - consideração das condições de escolaridade dos alunos
horas; em cada estabelecimento;
II - maior de trinta anos de idade; III - orientação para o trabalho;
III - que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas
situação similar, estiver obrigado à prática da educação física; desportivas não-formais.
IV - amparado pelo Decreto-Lei nº 1.044, de 21 de outubro
de 1969; Art. 28. Na oferta de educação básica para a população
V - (Vetado) rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações
VI - que tenha prole. necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e
§ 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as de cada região, especialmente:
contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às
do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural;
africana e europeia.

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II - organização escolar própria, incluindo adequação do § 3º O ensino fundamental regular será ministrado em
calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a
climáticas; utilização de suas línguas maternas e processos próprios de
III - adequação à natureza do trabalho na zona rural. aprendizagem.
Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo, § 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino
indígenas e quilombolas será precedido de manifestação do a distância utilizado como complementação da aprendizagem
órgão normativo do respectivo sistema de ensino, que ou em situações emergenciais.
considerará a justificativa apresentada pela Secretaria de § 5o O currículo do ensino fundamental incluirá,
Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a obrigatoriamente, conteúdo que trate dos direitos das crianças
manifestação da comunidade escolar. e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei no 8.069, de 13
de julho de 1990, que institui o Estatuto da Criança e do
Seção II Adolescente, observada a produção e distribuição de material
Da Educação Infantil didático adequado.
§ 6º O estudo sobre os símbolos nacionais será incluído
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação como tema transversal nos currículos do ensino fundamental.
básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da
criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina
família e da comunidade. dos horários normais das escolas públicas de ensino
fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural
Art. 30. A educação infantil será oferecida em: religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo.
I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até § 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os
três anos de idade; procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino
II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e
anos de idade. admissão dos professores.
§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil,
Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a
as seguintes regras comuns: definição dos conteúdos do ensino religioso.
I - avaliação mediante acompanhamento e registro do
desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá
mesmo para o acesso ao ensino fundamental; pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula,
II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, sendo progressivamente ampliado o período de permanência
distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho na escola.
educacional; § 1º São ressalvados os casos do ensino noturno e das
III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas formas alternativas de organização autorizadas nesta Lei.
diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada § 2º O ensino fundamental será ministrado
integral; progressivamente em tempo integral, a critério dos sistemas
IV - controle de frequência pela instituição de educação de ensino.
pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60% (sessenta por
cento) do total de horas; Seção IV
V - expedição de documentação que permita atestar os Do Ensino Médio
processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança.
Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica,
Seção III com duração mínima de três anos, terá como finalidades:
Do Ensino Fundamental I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos
adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de prosseguimento de estudos;
9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do
(seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de
cidadão, mediante: se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo aperfeiçoamento posteriores;
como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do III - o aprimoramento do educando como pessoa humana,
cálculo; incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema intelectual e do pensamento crítico;
político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se IV - a compreensão dos fundamentos científico-
fundamenta a sociedade; tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, com a prática, no ensino de cada disciplina.
tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a
formação de atitudes e valores; Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de direitos e objetivos de aprendizagem do ensino médio,
solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educação, nas
assenta a vida social. seguintes áreas do conhecimento: (Incluído pela Lei nº 13.415,
§ 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino de 2017)
fundamental em ciclos. I - linguagens e suas tecnologias; (Incluído pela Lei nº
§ 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular 13.415, de 2017)
por série podem adotar no ensino fundamental o regime de II - matemática e suas tecnologias; (Incluído pela Lei nº
progressão continuada, sem prejuízo da avaliação do processo 13.415, de 2017)
de ensino-aprendizagem, observadas as normas do respectivo III - ciências da natureza e suas tecnologias; (Incluído pela
sistema de ensino. Lei nº 13.415, de 2017)

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IV - ciências humanas e sociais aplicadas. (Incluído pela Lei § 2º (Revogado pela Lei nº 11.741, de 2008)
nº 13.415, de 2017) § 3º A critério dos sistemas de ensino, poderá ser
§ 1º A parte diversificada dos currículos de que trata o composto itinerário formativo integrado, que se traduz na
caput do art. 26, definida em cada sistema de ensino, deverá composição de componentes curriculares da Base Nacional
estar harmonizada à Base Nacional Comum Curricular e ser Comum Curricular - BNCC e dos itinerários formativos,
articulada a partir do contexto histórico, econômico, social, considerando os incisos I a V do caput. (Redação dada pela Lei
ambiental e cultural. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) nº 13.415, de 2017)
§ 2º A Base Nacional Comum Curricular referente ao § 4º (Revogado pela Lei nº 11.741, de 2008)
ensino médio incluirá obrigatoriamente estudos e práticas de § 5º Os sistemas de ensino, mediante disponibilidade de
educação física, arte, sociologia e filosofia. (Incluído pela Lei nº vagas na rede, possibilitarão ao aluno concluinte do ensino
13.415, de 2017) médio cursar mais um itinerário formativo de que trata o
§ 3º O ensino da língua portuguesa e da matemática será caput. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
obrigatório nos três anos do ensino médio, assegurada às § 6º A critério dos sistemas de ensino, a oferta de formação
comunidades indígenas, também, a utilização das respectivas com ênfase técnica e profissional considerará: (Incluído pela
línguas maternas. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) Lei nº 13.415, de 2017)
§ 4º Os currículos do ensino médio incluirão, I - a inclusão de vivências práticas de trabalho no setor
obrigatoriamente, o estudo da língua inglesa e poderão ofertar produtivo ou em ambientes de simulação, estabelecendo
outras línguas estrangeiras, em caráter optativo, parcerias e fazendo uso, quando aplicável, de instrumentos
preferencialmente o espanhol, de acordo com a estabelecidos pela legislação sobre aprendizagem
disponibilidade de oferta, locais e horários definidos pelos profissional; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
sistemas de ensino. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) II - a possibilidade de concessão de certificados
§ 5º A carga horária destinada ao cumprimento da Base intermediários de qualificação para o trabalho, quando a
Nacional Comum Curricular não poderá ser superior a mil e formação for estruturada e organizada em etapas com
oitocentas horas do total da carga horária do ensino médio, de terminalidade. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
acordo com a definição dos sistemas de ensino. (Incluído pela § 7º A oferta de formações experimentais relacionadas ao
Lei nº 13.415, de 2017) inciso V do caput, em áreas que não constem do Catálogo
§ 6º A União estabelecerá os padrões de desempenho Nacional dos Cursos Técnicos, dependerá, para sua
esperados para o ensino médio, que serão referência nos continuidade, do reconhecimento pelo respectivo Conselho
processos nacionais de avaliação, a partir da Base Nacional Estadual de Educação, no prazo de três anos, e da inserção no
Comum Curricular. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, no prazo de cinco anos,
§ 7º Os currículos do ensino médio deverão considerar a contados da data de oferta inicial da formação. (Incluído pela
formação integral do aluno, de maneira a adotar um trabalho Lei nº 13.415, de 2017)
voltado para a construção de seu projeto de vida e para sua § 8º A oferta de formação técnica e profissional a que se
formação nos aspectos físicos, cognitivos e sócio emocionais. refere o inciso V do caput, realizada na própria instituição ou
(Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) em parceria com outras instituições, deverá ser aprovada
§ 8º Os conteúdos, as metodologias e as formas de previamente pelo Conselho Estadual de Educação,
avaliação processual e formativa serão organizados nas redes homologada pelo Secretário Estadual de Educação e
de ensino por meio de atividades teóricas e práticas, provas certificada pelos sistemas de ensino. (Incluído pela Lei nº
orais e escritas, seminários, projetos e atividades on-line, de 13.415, de 2017)
tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre: § 9º As instituições de ensino emitirão certificado com
(Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) validade nacional, que habilitará o concluinte do ensino médio
I - domínio dos princípios científicos e tecnológicos que ao prosseguimento dos estudos em nível superior ou em
presidem a produção moderna; (Incluído pela Lei nº 13.415, outros cursos ou formações para os quais a conclusão do
de 2017) ensino médio seja etapa obrigatória. (Incluído pela Lei nº
II - conhecimento das formas contemporâneas de 13.415, de 2017)
linguagem. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) § 10. Além das formas de organização previstas no art. 23,
o ensino médio poderá ser organizado em módulos e adotar o
Art. 36. O currículo do ensino médio será composto pela sistema de créditos com terminalidade específica. (Incluído
Base Nacional Comum Curricular e por itinerários formativos, pela Lei nº 13.415, de 2017)
que deverão ser organizados por meio da oferta de diferentes § 11. Para efeito de cumprimento das exigências
arranjos curriculares, conforme a relevância para o contexto curriculares do ensino médio, os sistemas de ensino poderão
local e a possibilidade dos sistemas de ensino, a saber: reconhecer competências e firmar convênios com instituições
(Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) de educação a distância com notório reconhecimento,
I - linguagens e suas tecnologias; (Redação dada pela Lei nº mediante as seguintes formas de comprovação: (Incluído pela
13.415, de 2017) Lei nº 13.415, de 2017)
II - matemática e suas tecnologias; (Redação dada pela Lei I - demonstração prática; (Incluído pela Lei nº 13.415, de
nº 13.415, de 2017) 2017)
III - ciências da natureza e suas tecnologias; (Redação dada II - experiência de trabalho supervisionado ou outra
pela Lei nº 13.415, de 2017) experiência adquirida fora do ambiente escolar; (Incluído pela
IV - ciências humanas e sociais aplicadas; (Redação dada Lei nº 13.415, de 2017)
pela Lei nº 13.415, de 2017) III - atividades de educação técnica oferecidas em outras
V - formação técnica e profissional. (Incluído pela Lei nº instituições de ensino credenciadas; (Incluído pela Lei nº
13.415, de 2017) 13.415, de 2017)
§ 1º A organização das áreas de que trata o caput e das IV - cursos oferecidos por centros ou programas
respectivas competências e habilidades será feita de acordo ocupacionais; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
com critérios estabelecidos em cada sistema de ensino. V - estudos realizados em instituições de ensino nacionais
(Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) ou estrangeiras; (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017)
I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) VI - cursos realizados por meio de educação a distância ou
II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) educação presencial mediada por tecnologias. (Incluído pela
III - (revogado). Lei nº 13.415, de 2017)

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 12. As escolas deverão orientar os alunos no processo de constituirá instrumento para a educação e a aprendizagem ao
escolha das áreas de conhecimento ou de atuação profissional longo da vida. (Redação dada pela Lei nº 13.632, de 2018)
previstas no caput. (Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) § 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos
jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na
Seção IV-A idade regular, oportunidades educacionais apropriadas,
Da Educação Profissional Técnica de Nível Médio consideradas as características do alunado, seus interesses,
condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
Art. 36-A. Sem prejuízo do disposto na Seção IV deste § 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a
Capítulo, o ensino médio, atendida a formação geral do permanência do trabalhador na escola, mediante ações
educando, poderá prepará-lo para o exercício de profissões integradas e complementares entre si.
técnicas. § 3º A educação de jovens e adultos deverá articular-se,
Parágrafo único. A preparação geral para o trabalho e, preferencialmente, com a educação profissional, na forma do
facultativamente, a habilitação profissional poderão ser regulamento.
desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de ensino médio
ou em cooperação com instituições especializadas em Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames
educação profissional. supletivos, que compreenderão a base nacional comum do
currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em
Art. 36-B. A educação profissional técnica de nível médio caráter regular.
será desenvolvida nas seguintes formas: § 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão:
I - articulada com o ensino médio; I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os
II - subsequente, em cursos destinados a quem já tenha maiores de quinze anos;
concluído o ensino médio. II - no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores
Parágrafo único. A educação profissional técnica de nível de dezoito anos.
médio deverá observar: § 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos
I - os objetivos e definições contidos nas diretrizes educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos
curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional mediante exames.
de Educação;
II - as normas complementares dos respectivos sistemas de CAPÍTULO III
ensino; DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
III - as exigências de cada instituição de ensino, nos termos Da Educação Profissional e Tecnológica
de seu projeto pedagógico.
Art. 39. A educação profissional e tecnológica, no
Art. 36-C. A educação profissional técnica de nível médio cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se
articulada, prevista no inciso I do caput do art. 36-B desta Lei, aos diferentes níveis e modalidades de educação e às
será desenvolvida de forma: dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia.
I - integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído § 1o Os cursos de educação profissional e tecnológica
o ensino fundamental, sendo o curso planejado de modo a poderão ser organizados por eixos tecnológicos,
conduzir o aluno à habilitação profissional técnica de nível possibilitando a construção de diferentes itinerários
médio, na mesma instituição de ensino, efetuando-se formativos, observadas as normas do respectivo sistema e
matrícula única para cada aluno; nível de ensino.
II - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino § 2o A educação profissional e tecnológica abrangerá os
médio ou já o estejam cursando, efetuando-se matrículas seguintes cursos:
distintas para cada curso, e podendo ocorrer: I - de formação inicial e continuada ou qualificação
a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as profissional;
oportunidades educacionais disponíveis; II - de educação profissional técnica de nível médio;
b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as III - de educação profissional tecnológica de graduação e
oportunidades educacionais disponíveis; pós-graduação.
c) em instituições de ensino distintas, mediante convênios § 3o Os cursos de educação profissional tecnológica de
de intercomplementaridade, visando ao planejamento e ao graduação e pós-graduação organizar-se-ão, no que concerne
desenvolvimento de projeto pedagógico unificado. a objetivos, características e duração, de acordo com as
diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho
Art. 36-D. Os diplomas de cursos de educação profissional Nacional de Educação.
técnica de nível médio, quando registrados, terão validade
nacional e habilitarão ao prosseguimento de estudos na Art. 40. A educação profissional será desenvolvida em
educação superior. articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias
Parágrafo único. Os cursos de educação profissional de educação continuada, em instituições especializadas ou no
técnica de nível médio, nas formas articulada concomitante e ambiente de trabalho.
subsequente, quando estruturados e organizados em etapas
com terminalidade, possibilitarão a obtenção de certificados Art. 41. O conhecimento adquirido na educação
de qualificação para o trabalho após a conclusão, com profissional e tecnológica, inclusive no trabalho, poderá ser
aproveitamento, de cada etapa que caracterize uma objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para
qualificação para o trabalho. prosseguimento ou conclusão de estudos.

Seção V Art. 42. As instituições de educação profissional e


Da Educação de Jovens e Adultos tecnológica, além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos
especiais, abertos à comunidade, condicionada a matrícula à
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível
àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos de escolaridade.
nos ensinos fundamental e médio na idade própria e
CAPÍTULO IV

Legislação 86
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APOSTILAS OPÇÃO

Da Educação Superior de um candidato preencher o critério inicial. (Incluído pela Lei


nº 13.184, de 2015)
Art. 43. A educação superior tem por finalidade: § 3º O processo seletivo referido no inciso II considerará
I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do as competências e as habilidades definidas na Base Nacional
espírito científico e do pensamento reflexivo; Comum Curricular. (Incluído pela lei nº 13.415, de 2017)
II - formar diplomados nas diferentes áreas de
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais Art. 45. A educação superior será ministrada em
e para a participação no desenvolvimento da sociedade instituições de ensino superior, públicas ou privadas, com
brasileira, e colaborar na sua formação contínua; variados graus de abrangência ou especialização.
III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação
científica, visando o desenvolvimento da ciência e da Art. 46. A autorização e o reconhecimento de cursos, bem
tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, como o credenciamento de instituições de educação superior,
desenvolver o entendimento do homem e do meio em que terão prazos limitados, sendo renovados, periodicamente,
vive; após processo regular de avaliação.
IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, § 1º Após um prazo para saneamento de deficiências
científicos e técnicos que constituem patrimônio da eventualmente identificadas pela avaliação a que se refere este
humanidade e comunicar o saber através do ensino, de artigo, haverá reavaliação, que poderá resultar, conforme o
publicações ou de outras formas de comunicação; caso, em desativação de cursos e habilitações, em intervenção
V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento na instituição, em suspensão temporária de prerrogativas da
cultural e profissional e possibilitar a correspondente autonomia, ou em descredenciamento.
concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo § 2º No caso de instituição pública, o Poder Executivo
adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do responsável por sua manutenção acompanhará o processo de
conhecimento de cada geração; saneamento e fornecerá recursos adicionais, se necessários,
VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo para a superação das deficiências.
presente, em particular os nacionais e regionais, prestar § 3º No caso de instituição privada, além das sanções
serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta previstas no § 1o deste artigo, o processo de reavaliação
uma relação de reciprocidade; poderá resultar em redução de vagas autorizadas e em
VII - promover a extensão, aberta à participação da suspensão temporária de novos ingressos e de oferta de
população, visando à difusão das conquistas e benefícios cursos. (Alterado pela Lei 13.530/2017).
resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e § 4º É facultado ao Ministério da Educação, mediante
tecnológica geradas na instituição. procedimento específico e com aquiescência da instituição de
VIII - atuar em favor da universalização e do ensino, com vistas a resguardar os interesses dos estudantes,
aprimoramento da educação básica, mediante a formação e a comutar as penalidades previstas nos §§ 1o e 3o deste artigo
capacitação de profissionais, a realização de pesquisas por outras medidas, desde que adequadas para superação das
pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão deficiências e irregularidades constatadas. (Alterado pela Lei
que aproximem os dois níveis escolares. (Incluído pela Lei nº 13.530/2017).
13.174, de 2015) § 5º Para fins de regulação, os Estados e o Distrito Federal
deverão adotar os critérios definidos pela União para
Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes cursos autorização de funcionamento de curso de graduação em
e programas: Medicina.” (Incluído pela Lei 13.530/2017).
I - cursos sequenciais por campo de saber, de diferentes
níveis de abrangência, abertos a candidatos que atendam aos Art. 47. Na educação superior, o ano letivo regular,
requisitos estabelecidos pelas instituições de ensino, desde independente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos dias de
que tenham concluído o ensino médio ou equivalente; trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado aos
II - de graduação, abertos a candidatos que tenham exames finais, quando houver.
concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido § 1º As instituições informarão aos interessados, antes de
classificados em processo seletivo; cada período letivo, os programas dos cursos e demais
III - de pós-graduação, compreendendo programas de componentes curriculares, sua duração, requisitos,
mestrado e doutorado, cursos de especialização, qualificação dos professores, recursos disponíveis e critérios
aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados de avaliação, obrigando-se a cumprir as respectivas condições,
em cursos de graduação e que atendam às exigências das e a publicação deve ser feita, sendo as 3 (três) primeiras
instituições de ensino; formas concomitantemente: (Redação dada pela lei nº 13.168,
IV - de extensão, abertos a candidatos que atendam aos de 2015).
requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de I - em página específica na internet no sítio eletrônico
ensino. oficial da instituição de ensino superior, obedecido o seguinte:
§ 1º O resultado do processo seletivo referido no inciso II (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015)
do caput deste artigo será tornado público pela instituição de a) toda publicação a que se refere esta Lei deve ter como
ensino superior, sendo obrigatórios a divulgação da relação título “Grade e Corpo Docente”; (Incluída pela lei nº 13.168, de
nominal dos classificados, a respectiva ordem de classificação 2015)
e o cronograma das chamadas para matrícula, de acordo com b) a página principal da instituição de ensino superior, bem
os critérios para preenchimento das vagas constantes do como a página da oferta de seus cursos aos ingressantes sob a
edital, assegurado o direito do candidato, classificado ou não, forma de vestibulares, processo seletivo e outras com a mesma
a ter acesso a suas notas ou indicadores de desempenho em finalidade, deve conter a ligação desta com a página específica
provas, exames e demais atividades da seleção e a sua posição prevista neste inciso; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
na ordem de classificação de todos os candidatos. (Redação c) caso a instituição de ensino superior não possua sítio
dada pela Lei nº 13.826, de 2019) eletrônico, deve criar página específica para divulgação das
§ 2º No caso de empate no processo seletivo, as instituições informações de que trata esta Lei; (Incluída pela lei nº 13.168,
públicas de ensino superior darão prioridade de matrícula ao de 2015)
candidato que comprove ter renda familiar inferior a dez d) a página específica deve conter a data completa de sua
salários mínimos, ou ao de menor renda familiar, quando mais última atualização; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)

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APOSTILAS OPÇÃO

II - em toda propaganda eletrônica da instituição de ensino cursos a alunos não regulares que demonstrarem capacidade
superior, por meio de ligação para a página referida no inciso de cursá-las com proveito, mediante processo seletivo prévio.
I; (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015)
III - em local visível da instituição de ensino superior e de Art. 51. As instituições de educação superior credenciadas
fácil acesso ao público; (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015) como universidades, ao deliberar sobre critérios e normas de
IV - deve ser atualizada semestralmente ou anualmente, de seleção e admissão de estudantes, levarão em conta os efeitos
acordo com a duração das disciplinas de cada curso oferecido, desses critérios sobre a orientação do ensino médio,
observando o seguinte: (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015) articulando-se com os órgãos normativos dos sistemas de
a) caso o curso mantenha disciplinas com duração ensino.
diferenciada, a publicação deve ser semestral; (Incluída pela
lei nº 13.168, de 2015) Art. 52. As universidades são instituições
b) a publicação deve ser feita até 1 (um) mês antes do início pluridisciplinares de formação dos quadros profissionais de
das aulas; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015) nível superior, de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo
c) caso haja mudança na grade do curso ou no corpo do saber humano, que se caracterizam por: (Regulamento)
docente até o início das aulas, os alunos devem ser I - produção intelectual institucionalizada mediante o
comunicados sobre as alterações; (Incluída pela lei nº 13.168, estudo sistemático dos temas e problemas mais relevantes,
de 2015) tanto do ponto de vista científico e cultural, quanto regional e
V - deve conter as seguintes informações: (Incluído pela lei nacional;
nº 13.168, de 2015) II - um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação
a) a lista de todos os cursos oferecidos pela instituição de acadêmica de mestrado ou doutorado;
ensino superior; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015) III - um terço do corpo docente em regime de tempo
b) a lista das disciplinas que compõem a grade curricular integral.
de cada curso e as respectivas cargas horárias; (Incluída pela Parágrafo único. É facultada a criação de universidades
lei nº 13.168, de 2015) especializadas por campo do saber.
c) a identificação dos docentes que ministrarão as aulas em
cada curso, as disciplinas que efetivamente ministrará naquele Art. 53. No exercício de sua autonomia, são asseguradas às
curso ou cursos, sua titulação, abrangendo a qualificação universidades, sem prejuízo de outras, as seguintes
profissional do docente e o tempo de casa do docente, de forma atribuições:
total, contínua ou intermitente. (Incluída pela lei nº 13.168, de I - criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e
2015) programas de educação superior previstos nesta Lei,
§ 2º Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento obedecendo às normas gerais da União e, quando for o caso, do
nos estudos, demonstrado por meio de provas e outros respectivo sistema de ensino;
instrumentos de avaliação específicos, aplicados por banca II - fixar os currículos dos seus cursos e programas,
examinadora especial, poderão ter abreviada a duração dos observadas as diretrizes gerais pertinentes;
seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino. III - estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa
§ 3º É obrigatória a frequência de alunos e professores, científica, produção artística e atividades de extensão;
salvo nos programas de educação a distância. IV - fixar o número de vagas de acordo com a capacidade
§ 4º As instituições de educação superior oferecerão, no institucional e as exigências do seu meio;
período noturno, cursos de graduação nos mesmos padrões de V - elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos em
qualidade mantidos no período diurno, sendo obrigatória a consonância com as normas gerais atinentes;
oferta noturna nas instituições públicas, garantida a VI - conferir graus, diplomas e outros títulos;
necessária previsão orçamentária. VII - firmar contratos, acordos e convênios;
VIII - aprovar e executar planos, programas e projetos de
Art. 48. Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, investimentos referentes a obras, serviços e aquisições em
quando registrados, terão validade nacional como prova da geral, bem como administrar rendimentos conforme
formação recebida por seu titular. dispositivos institucionais;
§ 1º Os diplomas expedidos pelas universidades serão por IX - administrar os rendimentos e deles dispor na forma
elas próprias registrados, e aqueles conferidos por instituições prevista no ato de constituição, nas leis e nos respectivos
não-universitárias serão registrados em universidades estatutos;
indicadas pelo Conselho Nacional de Educação. X - receber subvenções, doações, heranças, legados e
§ 2º Os diplomas de graduação expedidos por cooperação financeira resultante de convênios com entidades
universidades estrangeiras serão revalidados por públicas e privadas.
universidades públicas que tenham curso do mesmo nível e § 1º Para garantir a autonomia didático-científica das
área ou equivalente, respeitando-se os acordos internacionais universidades, caberá aos seus colegiados de ensino e
de reciprocidade ou equiparação. pesquisa decidir, dentro dos recursos orçamentários
§ 3º Os diplomas de Mestrado e de Doutorado expedidos disponíveis, sobre: (Redação dada pela Lei nº 13.490, de 2017)
por universidades estrangeiras só poderão ser reconhecidos I - criação, expansão, modificação e extinção de cursos;
por universidades que possuam cursos de pós-graduação (Redação dada pela Lei nº 13.490, de 2017)
reconhecidos e avaliados, na mesma área de conhecimento e II - ampliação e diminuição de vagas; (Redação dada pela
em nível equivalente ou superior. Lei nº 13.490, de 2017)
III - elaboração da programação dos cursos; (Redação dada
Art. 49. As instituições de educação superior aceitarão a pela Lei nº 13.490, de 2017)
transferência de alunos regulares, para cursos afins, na IV - programação das pesquisas e das atividades de
hipótese de existência de vagas, e mediante processo seletivo. extensão; (Redação dada pela Lei nº 13.490, de 2017)
Parágrafo único. As transferências ex officio dar-se-ão na V - contratação e dispensa de professores; (Redação dada
forma da lei. pela Lei nº 13.490, de 2017)
VI - planos de carreira docente. (Redação dada pela Lei nº
Art. 50. As instituições de educação superior, quando da 13.490, de 2017)
ocorrência de vagas, abrirão matrícula nas disciplinas de seus § 2º As doações, inclusive monetárias, podem ser dirigidas
a setores ou projetos específicos, conforme acordo entre

Legislação 88
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APOSTILAS OPÇÃO

doadores e universidades. (Incluído pela Lei nº 13.490, de § 2º O atendimento educacional será feito em classes,
2017) escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das
§ 3º No caso das universidades públicas, os recursos das condições específicas dos alunos, não for possível a sua
doações devem ser dirigidos ao caixa único da instituição, com integração nas classes comuns de ensino regular.
destinação garantida às unidades a serem beneficiadas. § 3º A oferta de educação especial, nos termos do caput
(Incluído pela Lei nº 13.490, de 2017) deste artigo, tem início na educação infantil e estende-se ao
longo da vida, observados o inciso III do art. 4º e o parágrafo
Art. 54. As universidades mantidas pelo Poder Público único do art. 60 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.632,
gozarão, na forma da lei, de estatuto jurídico especial para de 2018)
atender às peculiaridades de sua estrutura, organização e
financiamento pelo Poder Público, assim como dos seus planos Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos
de carreira e do regime jurídico do seu pessoal. com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
§ 1º No exercício da sua autonomia, além das atribuições altas habilidades ou superdotação:
asseguradas pelo artigo anterior, as universidades públicas I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e
poderão: organização específicos, para atender às suas necessidades;
I - propor o seu quadro de pessoal docente, técnico e II - terminalidade específica para aqueles que não puderem
administrativo, assim como um plano de cargos e salários, atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental,
atendidas as normas gerais pertinentes e os recursos em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em
disponíveis; menor tempo o programa escolar para os superdotados;
II - elaborar o regulamento de seu pessoal em III - professores com especialização adequada em nível
conformidade com as normas gerais concernentes; médio ou superior, para atendimento especializado, bem como
III - aprovar e executar planos, programas e projetos de professores do ensino regular capacitados para a integração
investimentos referentes a obras, serviços e aquisições em desses educandos nas classes comuns;
geral, de acordo com os recursos alocados pelo respectivo IV - educação especial para o trabalho, visando a sua
Poder mantenedor; efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições
IV - elaborar seus orçamentos anuais e plurianuais; adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção
V - adotar regime financeiro e contábil que atenda às suas no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos
peculiaridades de organização e funcionamento; oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma
VI - realizar operações de crédito ou de financiamento, com habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou
aprovação do Poder competente, para aquisição de bens psicomotora;
imóveis, instalações e equipamentos; V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais
VII - efetuar transferências, quitações e tomar outras suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino
providências de ordem orçamentária, financeira e patrimonial regular.
necessárias ao seu bom desempenho.
§ 2º Atribuições de autonomia universitária poderão ser Art. 59-A. O poder público deverá instituir cadastro
estendidas a instituições que comprovem alta qualificação nacional de alunos com altas habilidades ou superdotação
para o ensino ou para a pesquisa, com base em avaliação matriculados na educação básica e na educação superior, a fim
realizada pelo Poder Público. de fomentar a execução de políticas públicas destinadas ao
desenvolvimento pleno das potencialidades desse alunado.
Art. 55. Caberá à União assegurar, anualmente, em seu (Incluído pela Lei nº 13.234, de 2015)
Orçamento Geral, recursos suficientes para manutenção e
desenvolvimento das instituições de educação superior por ela Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino
mantidas. estabelecerão critérios de caracterização das instituições
privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação
Art. 56. As instituições públicas de educação superior exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e
obedecerão ao princípio da gestão democrática, assegurada a financeiro pelo Poder Público.
existência de órgãos colegiados deliberativos, de que Parágrafo único. O poder público adotará, como alternativa
participarão os segmentos da comunidade institucional, local preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com
e regional. deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
Parágrafo único. Em qualquer caso, os docentes ocuparão habilidades ou superdotação na própria rede pública regular
setenta por cento dos assentos em cada órgão colegiado e de ensino, independentemente do apoio às instituições
comissão, inclusive nos que tratarem da elaboração e previstas neste artigo.
modificações estatutárias e regimentais, bem como da escolha
de dirigentes. TÍTULO VI
Dos Profissionais da Educação
Art. 57. Nas instituições públicas de educação superior, o
professor ficará obrigado ao mínimo de oito horas semanais de Art. 61. Consideram-se profissionais da educação escolar
aulas. básica os que, nela estando em efetivo exercício e tendo sido
formados em cursos reconhecidos, são:
CAPÍTULO V I - professores habilitados em nível médio ou superior para
DA EDUCAÇÃO ESPECIAL a docência na educação infantil e nos ensinos fundamental e
médio;
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos II - trabalhadores em educação portadores de diploma de
desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida pedagogia, com habilitação em administração, planejamento,
preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos supervisão, inspeção e orientação educacional, bem como com
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas;
altas habilidades ou superdotação. III - trabalhadores em educação, portadores de diploma de
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio curso técnico ou superior em área pedagógica ou afim.
especializado, na escola regular, para atender às IV - profissionais com notório saber reconhecido pelos
peculiaridades da clientela de educação especial. respectivos sistemas de ensino, para ministrar conteúdos de

Legislação 89
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APOSTILAS OPÇÃO

áreas afins à sua formação ou experiência profissional, Art. 62-B. O acesso de professores das redes públicas de
atestados por titulação específica ou prática de ensino em educação básica a cursos superiores de pedagogia e
unidades educacionais da rede pública ou privada ou das licenciatura será efetivado por meio de processo seletivo
corporações privadas em que tenham atuado, exclusivamente diferenciado. (Incluído pela Lei nº 13.478, de 2017)
para atender ao inciso V do caput do art. 36; (Incluído pela lei § 1º Terão direito de pleitear o acesso previsto no caput
nº 13.415, de 2017) deste artigo os professores das redes públicas municipais,
V - profissionais graduados que tenham feito estaduais e federal que ingressaram por concurso público,
complementação pedagógica, conforme disposto pelo tenham pelo menos três anos de exercício da profissão e não
Conselho Nacional de Educação. (Incluído pela lei nº 13.415, sejam portadores de diploma de graduação. (Incluído pela Lei
de 2017) nº 13.478, de 2017)
Parágrafo único. A formação dos profissionais da § 2º As instituições de ensino responsáveis pela oferta de
educação, de modo a atender às especificidades do exercício cursos de pedagogia e outras licenciaturas definirão critérios
de suas atividades, bem como aos objetivos das diferentes adicionais de seleção sempre que acorrerem aos certames
etapas e modalidades da educação básica, terá como interessados em número superior ao de vagas disponíveis
fundamentos: para os respectivos cursos. (Incluído pela Lei nº 13.478, de
I - a presença de sólida formação básica, que propicie o 2017)
conhecimento dos fundamentos científicos e sociais de suas § 3º Sem prejuízo dos concursos seletivos a serem
competências de trabalho; definidos em regulamento pelas universidades, terão
II - a associação entre teorias e práticas, mediante estágios prioridade de ingresso os professores que optarem por cursos
supervisionados e capacitação em serviço; de licenciatura em matemática, física, química, biologia e
III - o aproveitamento da formação e experiências língua portuguesa. (Incluído pela Lei nº 13.478, de 2017)
anteriores, em instituições de ensino e em outras atividades.
Art. 63. Os institutos superiores de educação manterão:
Art. 62 A formação de docentes para atuar na educação I - cursos formadores de profissionais para a educação
básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura básica, inclusive o curso normal superior, destinado à
plena, admitida, como formação mínima para o exercício do formação de docentes para a educação infantil e para as
magistério na educação infantil e nos cinco primeiros anos do primeiras séries do ensino fundamental;
ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na II - programas de formação pedagógica para portadores de
modalidade normal. (Redação dada pela lei nº 13.415, de diplomas de educação superior que queiram se dedicar à
2017) educação básica;
§ 1º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, III - programas de educação continuada para os
em regime de colaboração, deverão promover a formação profissionais de educação dos diversos níveis.
inicial, a continuada e a capacitação dos profissionais de
magistério. Art. 64. A formação de profissionais de educação para
§ 2º A formação continuada e a capacitação dos administração, planejamento, inspeção, supervisão e
profissionais de magistério poderão utilizar recursos e orientação educacional para a educação básica, será feita em
tecnologias de educação a distância. cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-
§ 3º A formação inicial de profissionais de magistério dará graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta
preferência ao ensino presencial, subsidiariamente fazendo formação, a base comum nacional.
uso de recursos e tecnologias de educação a distância.
§ 4º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios Art. 65. A formação docente, exceto para a educação
adotarão mecanismos facilitadores de acesso e permanência superior, incluirá prática de ensino de, no mínimo, trezentas
em cursos de formação de docentes em nível superior para horas.
atuar na educação básica pública.
§ 5º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios Art. 66. A preparação para o exercício do magistério
incentivarão a formação de profissionais do magistério para superior far-se-á em nível de pós-graduação, prioritariamente
atuar na educação básica pública mediante programa em programas de mestrado e doutorado.
institucional de bolsa de iniciação à docência a estudantes Parágrafo único. O notório saber, reconhecido por
matriculados em cursos de licenciatura, de graduação plena, universidade com curso de doutorado em área afim, poderá
nas instituições de educação superior. suprir a exigência de título acadêmico.
§ 6º O Ministério da Educação poderá estabelecer nota
mínima em exame nacional aplicado aos concluintes do ensino Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização
médio como pré-requisito para o ingresso em cursos de dos profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos
graduação para formação de docentes, ouvido o Conselho termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério
Nacional de Educação - CNE. público:
§ 7º (Vetado). I - ingresso exclusivamente por concurso público de provas
§ 8º Os currículos dos cursos de formação de docentes e títulos;
terão por referência a Base Nacional Comum II - aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive
Curricular. (Incluído pela lei nº 13.415, de 2017) com licenciamento periódico remunerado para esse fim;
III - piso salarial profissional;
Art. 62-A. A formação dos profissionais a que se refere o IV - progressão funcional baseada na titulação ou
inciso III do art. 61 far-se-á por meio de cursos de conteúdo habilitação, e na avaliação do desempenho;
técnico-pedagógico, em nível médio ou superior, incluindo V - período reservado a estudos, planejamento e avaliação,
habilitações tecnológicas. incluído na carga de trabalho;
Parágrafo único. Garantir-se-á formação continuada para VI - condições adequadas de trabalho.
os profissionais a que se refere o caput, no local de trabalho ou § 1º A experiência docente é pré-requisito para o exercício
em instituições de educação básica e superior, incluindo profissional de quaisquer outras funções de magistério, nos
cursos de educação profissional, cursos superiores de termos das normas de cada sistema de ensino.
graduação plena ou tecnológicos e de pós-graduação. § 2º Para os efeitos do disposto no § 5º do art. 40 e no §
8o do art. 201 da Constituição Federal, são consideradas

Legislação 90
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APOSTILAS OPÇÃO

funções de magistério as exercidas por professores e II - aquisição, manutenção, construção e conservação de


especialistas em educação no desempenho de atividades instalações e equipamentos necessários ao ensino;
educativas, quando exercidas em estabelecimento de III - uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao
educação básica em seus diversos níveis e modalidades, ensino;
incluídas, além do exercício da docência, as de direção de IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas
unidade escolar e as de coordenação e assessoramento visando precipuamente ao aprimoramento da qualidade e à
pedagógico. expansão do ensino;
§ 3º A União prestará assistência técnica aos Estados, ao V - realização de atividades-meio necessárias ao
Distrito Federal e aos Municípios na elaboração de concursos funcionamento dos sistemas de ensino;
públicos para provimento de cargos dos profissionais da VI - concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas
educação. públicas e privadas;
VII - amortização e custeio de operações de crédito
TÍTULO VII destinadas a atender ao disposto nos incisos deste artigo;
Dos Recursos financeiros VIII - aquisição de material didático-escolar e manutenção
de programas de transporte escolar.
Art. 68. Serão recursos públicos destinados à educação os
originários de: Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e
I - receita de impostos próprios da União, dos Estados, do desenvolvimento do ensino aquelas realizadas com:
Distrito Federal e dos Municípios; I - pesquisa, quando não vinculada às instituições de
II - receita de transferências constitucionais e outras ensino, ou, quando efetivada fora dos sistemas de ensino, que
transferências; não vise, precipuamente, ao aprimoramento de sua qualidade
III - receita do salário-educação e de outras contribuições ou à sua expansão;
sociais; II - subvenção a instituições públicas ou privadas de
IV - receita de incentivos fiscais; caráter assistencial, desportivo ou cultural;
V - outros recursos previstos em lei. III - formação de quadros especiais para a administração
pública, sejam militares ou civis, inclusive diplomáticos;
Art. 69. A União aplicará, anualmente, nunca menos de IV - programas suplementares de alimentação, assistência
dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, vinte médico-odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras
e cinco por cento, ou o que consta nas respectivas formas de assistência social;
Constituições ou Leis Orgânicas, da receita resultante de V - obras de infraestrutura, ainda que realizadas para
impostos, compreendidas as transferências constitucionais, na beneficiar direta ou indiretamente a rede escolar;
manutenção e desenvolvimento do ensino público. VI - pessoal docente e demais trabalhadores da educação,
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela quando em desvio de função ou em atividade alheia à
União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou manutenção e desenvolvimento do ensino.
pelos Estados aos respectivos Municípios, não será
considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, Art. 72. As receitas e despesas com manutenção e
receita do governo que a transferir. desenvolvimento do ensino serão apuradas e publicadas nos
§ 2º Serão consideradas excluídas das receitas de impostos balanços do Poder Público, assim como nos relatórios a que se
mencionadas neste artigo as operações de crédito por refere o § 3º do art. 165 da Constituição Federal.
antecipação de receita orçamentária de impostos.
§ 3º Para fixação inicial dos valores correspondentes aos Art. 73. Os órgãos fiscalizadores examinarão,
mínimos estatuídos neste artigo, será considerada a receita prioritariamente, na prestação de contas de recursos públicos,
estimada na lei do orçamento anual, ajustada, quando for o o cumprimento do disposto no art. 212 da Constituição
caso, por lei que autorizar a abertura de créditos adicionais, Federal, no art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais
com base no eventual excesso de arrecadação. Transitórias e na legislação concernente.
§ 4º As diferenças entre a receita e a despesa previstas e as
efetivamente realizadas, que resultem no não atendimento dos Art. 74. A União, em colaboração com os Estados, o Distrito
percentuais mínimos obrigatórios, serão apuradas e corrigidas Federal e os Municípios, estabelecerá padrão mínimo de
a cada trimestre do exercício financeiro. oportunidades educacionais para o ensino fundamental,
§ 5º O repasse dos valores referidos neste artigo do caixa baseado no cálculo do custo mínimo por aluno, capaz de
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios assegurar ensino de qualidade.
ocorrerá imediatamente ao órgão responsável pela educação, Parágrafo único. O custo mínimo de que trata este artigo
observados os seguintes prazos: será calculado pela União ao final de cada ano, com validade
I - recursos arrecadados do primeiro ao décimo dia de cada para o ano subsequente, considerando variações regionais no
mês, até o vigésimo dia; custo dos insumos e as diversas modalidades de ensino.
II - recursos arrecadados do décimo primeiro ao vigésimo
dia de cada mês, até o trigésimo dia; Art. 75. A ação supletiva e redistributiva da União e dos
III - recursos arrecadados do vigésimo primeiro dia ao final Estados será exercida de modo a corrigir, progressivamente,
de cada mês, até o décimo dia do mês subsequente. as disparidades de acesso e garantir o padrão mínimo de
§ 6º O atraso da liberação sujeitará os recursos a correção qualidade de ensino.
monetária e à responsabilização civil e criminal das § 1º A ação a que se refere este artigo obedecerá a fórmula
autoridades competentes. de domínio público que inclua a capacidade de atendimento e
a medida do esforço fiscal do respectivo Estado, do Distrito
Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e Federal ou do Município em favor da manutenção e do
desenvolvimento do ensino as despesas realizadas com vistas desenvolvimento do ensino.
à consecução dos objetivos básicos das instituições § 2º A capacidade de atendimento de cada governo será
educacionais de todos os níveis, compreendendo as que se definida pela razão entre os recursos de uso
destinam a: constitucionalmente obrigatório na manutenção e
I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e desenvolvimento do ensino e o custo anual do aluno, relativo
demais profissionais da educação; ao padrão mínimo de qualidade.

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APOSTILAS OPÇÃO

§ 3º Com base nos critérios estabelecidos nos §§ 1º e 2º, a III - desenvolver currículos e programas específicos, neles
União poderá fazer a transferência direta de recursos a cada incluindo os conteúdos culturais correspondentes às
estabelecimento de ensino, considerado o número de alunos respectivas comunidades;
que efetivamente frequentam a escola. IV - elaborar e publicar sistematicamente material didático
§ 4º A ação supletiva e redistributiva não poderá ser específico e diferenciado.
exercida em favor do Distrito Federal, dos Estados e dos § 3º No que se refere à educação superior, sem prejuízo de
Municípios se estes oferecerem vagas, na área de ensino de sua outras ações, o atendimento aos povos indígenas efetivar-se-á,
responsabilidade, conforme o inciso VI do art. 10 e o inciso V nas universidades públicas e privadas, mediante a oferta de
do art. 11 desta Lei, em número inferior à sua capacidade de ensino e de assistência estudantil, assim como de estímulo à
atendimento. pesquisa e desenvolvimento de programas especiais.

Art. 76. A ação supletiva e redistributiva prevista no artigo Art. 79-A. (Vetado)
anterior ficará condicionada ao efetivo cumprimento pelos
Estados, Distrito Federal e Municípios do disposto nesta Lei, Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de
sem prejuízo de outras prescrições legais. novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’.

Art. 77. Os recursos públicos serão destinados às escolas Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a
públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, veiculação de programas de ensino a distância, em todos os
confessionais ou filantrópicas que: níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada.
I - comprovem finalidade não-lucrativa e não distribuam § 1º A educação a distância, organizada com abertura e
resultados, dividendos, bonificações, participações ou parcela regime especiais, será oferecida por instituições
de seu patrimônio sob nenhuma forma ou pretexto; especificamente credenciadas pela União.
II - apliquem seus excedentes financeiros em educação; § 2º A União regulamentará os requisitos para a realização
III - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra de exames e registro de diploma relativos a cursos de
escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder educação a distância.
Público, no caso de encerramento de suas atividades; § 3º As normas para produção, controle e avaliação de
IV - prestem contas ao Poder Público dos recursos programas de educação a distância e a autorização para sua
recebidos. implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino,
§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser podendo haver cooperação e integração entre os diferentes
destinados a bolsas de estudo para a educação básica, na forma sistemas.
da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, § 4º A educação a distância gozará de tratamento
quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede diferenciado, que incluirá:
pública de domicílio do educando, ficando o Poder Público I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais
obrigado a investir prioritariamente na expansão da sua rede de radiodifusão sonora e de sons e imagens e em outros meios
local. de comunicação que sejam explorados mediante autorização,
§ 2º As atividades universitárias de pesquisa e extensão concessão ou permissão do poder público;
poderão receber apoio financeiro do Poder Público, inclusive II - concessão de canais com finalidades exclusivamente
mediante bolsas de estudo. educativas;
III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder
TÍTULO VIII Público, pelos concessionários de canais comerciais.
Das Disposições Gerais
Art. 81. É permitida a organização de cursos ou instituições
Art. 78. O Sistema de Ensino da União, com a colaboração de ensino experimentais, desde que obedecidas as disposições
das agências federais de fomento à cultura e de assistência aos desta Lei.
índios, desenvolverá programas integrados de ensino e
pesquisa, para oferta de educação escolar bilíngue e Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas de
intercultural aos povos indígenas, com os seguintes objetivos: realização de estágio em sua jurisdição, observada a lei federal
I - proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a sobre a matéria.
recuperação de suas memórias históricas; a reafirmação de Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº
suas identidades étnicas; a valorização de suas línguas e 11.788, de 2008)
ciências;
II - garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso Art. 83. O ensino militar é regulado em lei específica,
às informações, conhecimentos técnicos e científicos da admitida a equivalência de estudos, de acordo com as normas
sociedade nacional e demais sociedades indígenas e não- fixadas pelos sistemas de ensino.
índias.
Art. 84. Os discentes da educação superior poderão ser
Art. 79. A União apoiará técnica e financeiramente os aproveitados em tarefas de ensino e pesquisa pelas
sistemas de ensino no provimento da educação intercultural respectivas instituições, exercendo funções de monitoria, de
às comunidades indígenas, desenvolvendo programas acordo com seu rendimento e seu plano de estudos.
integrados de ensino e pesquisa.
§ 1º Os programas serão planejados com audiência das Art. 85. Qualquer cidadão habilitado com a titulação
comunidades indígenas. própria poderá exigir a abertura de concurso público de
§ 2º Os programas a que se refere este artigo, incluídos nos provas e títulos para cargo de docente de instituição pública
Planos Nacionais de Educação, terão os seguintes objetivos: de ensino que estiver sendo ocupado por professor não
I - fortalecer as práticas socioculturais e a língua materna concursado, por mais de seis anos, ressalvados os direitos
de cada comunidade indígena; assegurados pelos arts. 41 da Constituição Federal e 19 do Ato
II - manter programas de formação de pessoal das Disposições Constitucionais Transitórias.
especializado, destinado à educação escolar nas comunidades
indígenas; Art. 86. As instituições de educação superior constituídas
como universidades integrar-se-ão, também, na sua condição

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APOSTILAS OPÇÃO

de instituições de pesquisa, ao Sistema Nacional de Ciência e as demais leis e decretos-lei que as modificaram e quaisquer
Tecnologia, nos termos da legislação específica. outras disposições em contrário.

TÍTULO IX Brasília, 20 de dezembro de 1996; 175º da Independência


Das Disposições Transitórias e 108º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Art. 87. É instituída a Década da Educação, a iniciar-se um Paulo Renato Souza
ano a partir da publicação desta Lei.
§ 1º A União, no prazo de um ano a partir da publicação Questões
desta Lei, encaminhará, ao Congresso Nacional, o Plano
Nacional de Educação, com diretrizes e metas para os dez anos 01. (SEAP/DF - Professor - IBFC) De acordo com o que
seguintes, em sintonia com a Declaração Mundial sobre disserta a Lei 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Educação para Todos. Brasileira (LDB), julgue os itens a seguir:
§ 2º (Revogado) I. A LDB reconhece que a educação abrange os processos
§ 3º O Distrito Federal, cada Estado e Município, e, formativos que se desenvolvem na vida familiar, na
supletivamente, a União, devem: convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino,
I - (Revogado) nos movimentos sociais e nas manifestações culturais. Por
a) (Revogado) isso, a lei disserta, expressamente, que a educação escolar
b) (Revogado) deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.
c) (Revogado) II. A educação básica é obrigatória e gratuita dos 6 anos aos
II - prover cursos presenciais ou a distância aos jovens e 17 anos de idade, organizada da seguinte forma: pré-escola,
adultos insuficientemente escolarizados; ensino fundamental e ensino médio. Sendo a educação infantil
III - realizar programas de capacitação para todos os gratuita às crianças de até 6 anos de idade
professores em exercício, utilizando também, para isto, os III. O atendimento ao educando é previsto, em todas as
recursos da educação a distância; etapas da educação básica, por meio de programas
IV - integrar todos os estabelecimentos de ensino suplementares de material didático-escolar e alimentação.
fundamental do seu território ao sistema nacional de avaliação Transporte e assistência à saúde não estão expressamente
do rendimento escolar. previstos na LDB 9394/96, sendo deixados à lei ordinária.
§ 4º (Revogado) IV. É garantida a vaga na escola pública de educação
§ 5º Serão conjugados todos os esforços objetivando a infantil ou de ensino fundamental mais próxima da residência
progressão das redes escolares públicas urbanas de ensino a toda criança a partir do dia em que completar 4 anos de
fundamental para o regime de escolas de tempo integral. idade.
§ 6º A assistência financeira da União aos Estados, ao V. É garantido acesso público e gratuito aos ensinos
Distrito Federal e aos Municípios, bem como a dos Estados aos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na
seus Municípios, ficam condicionadas ao cumprimento do art. idade própria, porém vedado acesso aos níveis mais elevados
212 da Constituição Federal e dispositivos legais pertinentes do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
pelos governos beneficiados. capacidade de cada um.
É correto o que afirma em:
Art. 87-A. (Vetado). (A) I, II e III, apenas.
(B) I e IV, apenas.
Art. 88. A União, os Estados, o Distrito Federal e os (C) II, III e V, apenas.
Municípios adaptarão sua legislação educacional e de ensino (D) I, IV e V, apenas.
às disposições desta Lei no prazo máximo de um ano, a partir
da data de sua publicação. 02. (Prefeitura Municipal de Alumínio/SP - Auxiliar de
§ 1º As instituições educacionais adaptarão seus estatutos Desenvolvimento Infantil - VUNESP) A Lei Federal nº 9.394,
e regimentos aos dispositivos desta Lei e às normas dos de 20.12.1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação
respectivos sistemas de ensino, nos prazos por estes Nacional), introduziu uma série de inovações em relação à
estabelecidos. Educação Básica, dentre as quais,
§ 2º O prazo para que as universidades cumpram o (A) a construção de identidade das creches e pré-escolas
disposto nos incisos II e III do art. 52 é de oito anos. com base nas diferenciações em relação à classe social das
crianças.
Art. 89. As creches e pré-escolas existentes ou que venham (B) o atendimento obrigatório e gratuito no ensino
a ser criadas deverão, no prazo de três anos, a contar da fundamental e gratuidade extensiva apenas à Educação
publicação desta Lei, integrar-se ao respectivo sistema de Infantil das crianças a partir dos 4 anos de idade.
ensino. (C) o atendimento em creches e pré-escolas pelos órgãos
de assistência social, prioritariamente.
Art. 90. As questões suscitadas na transição entre o regime (D) o entendimento da creche e pré-escola como um favor
anterior e o que se institui nesta Lei serão resolvidas pelo aos socialmente menos favorecidos.
Conselho Nacional de Educação ou, mediante delegação deste, (E) a integração das creches nos sistemas de ensino,
pelos órgãos normativos dos sistemas de ensino, preservada a compondo, junto com as pré-escolas, a primeira etapa da
autonomia universitária. Educação Básica.

Art. 91. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 03. (TJ/GO - Analista Judiciário - Pedagogia - FGV) A
educação escolar, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da
Art. 92. Revogam-se as disposições das Leis nºs 4.024, de Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394/96, é dever da família
20 de dezembro de 1961, e 5.540, de 28 de novembro de 1968, e do Estado.
não alteradas pelas Leis nºs 9.131, de 24 de novembro de 1995 Cabe ao Estado garantir, a partir da nova redação do Art.
e 9.192, de 21 de dezembro de 1995 e, ainda, as Leis nºs 5.692, 4º da LDB instituída pela Lei nº 12.796, de 2013:
de 11 de agosto de 1971 e 7.044, de 18 de outubro de 1982, e (A) educação básica obrigatória e gratuita dos seis aos
quatorze anos de idade;

Legislação 93
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(B) educação infantil e ensino fundamental obrigatórios e VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos
gratuitos; públicos em educação como proporção do Produto Interno
(C) ensino fundamental e ensino médio obrigatórios e Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de
gratuitos; expansão, com padrão de qualidade e equidade;
(D) educação básica obrigatória e gratuita a todos que IX - valorização dos (as) profissionais da educação;
desejarem cursá-la; X - promoção dos princípios do respeito aos direitos
(E) educação básica obrigatória e gratuita dos quatro aos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.
dezessete anos de idade.
Art. 3° As metas previstas no Anexo desta Lei serão
04. (Pref. Mun. de Palhoça/SC - Professor de Educação cumpridas no prazo de vigência deste PNE, desde que não haja
Infantil) Assinale a alternativa FALSA: prazo inferior definido para metas e estratégias específicas.
(A) A educação superior somente será ministrada em
instituições de ensino superior públicas, com variados graus Art. 4° As metas previstas no Anexo desta Lei deverão ter
de abrangência ou especialização. como referência a Pesquisa Nacional por Amostra de
(B) Os cursos de pós-graduação serão oferecidos em Domicílios - PNAD, o censo demográfico e os censos nacionais
diversas instituições públicas ou privadas. da educação básica e superior mais atualizados, disponíveis na
(C) A educação superior será oferecida tanto em data da publicação desta Lei.
instituições públicas como nas privadas. Parágrafo único. O poder público buscará ampliar o
(D) A educação superior será ministrada em instituições escopo das pesquisas com fins estatísticos de forma a incluir
de ensino superior, públicas ou privadas, com variados graus informação detalhada sobre o perfil das populações de 4
de abrangência ou especialização. (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência.

05. (Pref. Mun. de Nova Friburgo/RJ - Secretário Art. 5° A execução do PNE e o cumprimento de suas metas
Escolar - EXATUS/PR) A questão é concernente a Lei de serão objeto de monitoramento contínuo e de avaliações
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Nº 9394/96)”. periódicas, realizados pelas seguintes instâncias:
Segundo a LDB, a educação escolar compõe-se de: I - Ministério da Educação - MEC;
(A) Educação Básica e Educação Infantil. II - Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e
(B) Educação Infantil e Ensino Fundamental. Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal;
(C) Educação Básica e Educação Superior. III - Conselho Nacional de Educação - CNE;
(D) Educação Básica, Educação Infantil e Educação IV - Fórum Nacional de Educação.
Superior. § 1° Compete, ainda, às instâncias referidas no caput:
I - divulgar os resultados do monitoramento e das
Gabarito avaliações nos respectivos sítios institucionais da internet;
II - analisar e propor políticas públicas para assegurar a
01.B / 02.E / 03.E / 04.A / 05.C implementação das estratégias e o cumprimento das metas;
III - analisar e propor a revisão do percentual de
investimento público em educação.
5. Plano Nacional de § 2° A cada 2 (dois) anos, ao longo do período de vigência
deste PNE, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educação. Educacionais Anísio Teixeira - INEP publicará estudos para
aferir a evolução no cumprimento das metas estabelecidas no
Anexo desta Lei, com informações organizadas por ente
LEI Nº 13.005, DE 25 DE JUNHO DE 20144 federado e consolidadas em âmbito nacional, tendo como
APROVA O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - PNE E referência os estudos e as pesquisas de que trata o art. 4°, sem
DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS prejuízo de outras fontes e informações relevantes.
§ 3° A meta progressiva do investimento público em
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o educação será avaliada no quarto ano de vigência do PNE e
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: poderá ser ampliada por meio de lei para atender às
necessidades financeiras do cumprimento das demais metas.
Art. 1° É aprovado o Plano Nacional de Educação - PNE, § 4° O investimento público em educação a que se referem
com vigência por 10 (dez) anos, a contar da publicação desta o inciso VI do art. 214 da Constituição Federal e a meta 20 do
Lei, na forma do Anexo, com vistas ao cumprimento do Anexo desta Lei engloba os recursos aplicados na forma do art.
disposto no art. 214 da Constituição Federal. 212 da Constituição Federal e do art. 60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, bem como os recursos aplicados
Art. 2° São diretrizes do PNE: nos programas de expansão da educação profissional e
I - erradicação do analfabetismo; superior, inclusive na forma de incentivo e isenção fiscal, as
II - universalização do atendimento escolar; bolsas de estudos concedidas no Brasil e no exterior, os
III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase subsídios concedidos em programas de financiamento
na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas estudantil e o financiamento de creches, pré-escolas e de
de discriminação; educação especial na forma do art. 213 da Constituição
IV - melhoria da qualidade da educação; Federal.
V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase § 5° Será destinada à manutenção e ao desenvolvimento do
nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; ensino, em acréscimo aos recursos vinculados nos termos do
VI - promoção do princípio da gestão democrática da art. 212 da Constituição Federal, além de outros recursos
educação pública; previstos em lei, a parcela da participação no resultado ou da
VII - promoção humanística, científica, cultural e compensação financeira pela exploração de petróleo e de gás
tecnológica do País; natural, na forma de lei específica, com a finalidade de

4http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-

2014/2014/lei/l13005.htm. Acesso 28.06.2019 às 08h48min

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assegurar o cumprimento da meta prevista no inciso VI do art. III - garantam o atendimento das necessidades específicas
214 da Constituição Federal. na educação especial, assegurado o sistema educacional
inclusivo em todos os níveis, etapas e modalidades;
Art. 6° A União promoverá a realização de pelo menos 2 IV - promovam a articulação interfederativa na
(duas) conferências nacionais de educação até o final do implementação das políticas educacionais.
decênio, precedidas de conferências distrital, municipais e § 2° Os processos de elaboração e adequação dos planos de
estaduais, articuladas e coordenadas pelo Fórum Nacional de educação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de
Educação, instituído nesta Lei, no âmbito do Ministério da que trata o caput deste artigo, serão realizados com ampla
Educação. participação de representantes da comunidade educacional e
§ 1° O Fórum Nacional de Educação, além da atribuição da sociedade civil.
referida no caput:
I - acompanhará a execução do PNE e o cumprimento de Art. 9° Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
suas metas; deverão aprovar leis específicas para os seus sistemas de
II - promoverá a articulação das conferências nacionais de ensino, disciplinando a gestão democrática da educação
educação com as conferências regionais, estaduais e pública nos respectivos âmbitos de atuação, no prazo de 2
municipais que as precederem. (dois) anos contado da publicação desta Lei, adequando,
§ 2° As conferências nacionais de educação realizar-se-ão quando for o caso, a legislação local já adotada com essa
com intervalo de até 4 (quatro) anos entre elas, com o objetivo finalidade.
de avaliar a execução deste PNE e subsidiar a elaboração do
plano nacional de educação para o decênio subsequente. Art. 10° O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e
os orçamentos anuais da União, dos Estados, do Distrito
Art. 7° A União, os Estados, o Distrito Federal e os Federal e dos Municípios serão formulados de maneira a
Municípios atuarão em regime de colaboração, visando ao assegurar a consignação de dotações orçamentárias
alcance das metas e à implementação das estratégias objeto compatíveis com as diretrizes, metas e estratégias deste PNE e
deste Plano. com os respectivos planos de educação, a fim de viabilizar sua
§ 1° Caberá aos gestores federais, estaduais, municipais e plena execução.
do Distrito Federal a adoção das medidas governamentais
necessárias ao alcance das metas previstas neste PNE. Art. 11° O Sistema Nacional de Avaliação da Educação
§ 2° As estratégias definidas no Anexo desta Lei não elidem Básica, coordenado pela União, em colaboração com os
a adoção de medidas adicionais em âmbito local ou de Estados, o Distrito Federal e os Municípios, constituirá fonte
instrumentos jurídicos que formalizem a cooperação entre os de informação para a avaliação da qualidade da educação
entes federados, podendo ser complementadas por básica e para a orientação das políticas públicas desse nível de
mecanismos nacionais e locais de coordenação e colaboração ensino.
recíproca. § 1° O sistema de avaliação a que se refere o caput
§ 3° Os sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal produzirá, no máximo a cada 2 (dois) anos:
e dos Municípios criarão mecanismos para o I - indicadores de rendimento escolar, referentes ao
acompanhamento local da consecução das metas deste PNE e desempenho dos (as) estudantes apurado em exames
dos planos previstos no art. 8o. nacionais de avaliação, com participação de pelo menos 80%
§ 4° Haverá regime de colaboração específico para a (oitenta por cento) dos (as) alunos (as) de cada ano escolar
implementação de modalidades de educação escolar que periodicamente avaliado em cada escola, e aos dados
necessitem considerar territórios étnico-educacionais e a pertinentes apurados pelo censo escolar da educação básica;
utilização de estratégias que levem em conta as identidades e II - indicadores de avaliação institucional, relativos a
especificidades socioculturais e linguísticas de cada características como o perfil do alunado e do corpo dos (as)
comunidade envolvida, assegurada a consulta prévia e profissionais da educação, as relações entre dimensão do
informada a essa comunidade. corpo docente, do corpo técnico e do corpo discente, a
§ 5° Será criada uma instância permanente de negociação infraestrutura das escolas, os recursos pedagógicos
e cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os disponíveis e os processos da gestão, entre outras relevantes.
Municípios. § 2° A elaboração e a divulgação de índices para avaliação
§ 6° O fortalecimento do regime de colaboração entre os da qualidade, como o Índice de Desenvolvimento da Educação
Estados e respectivos Municípios incluirá a instituição de Básica - IDEB, que agreguem os indicadores mencionados no
instâncias permanentes de negociação, cooperação e inciso I do § 1° não elidem a obrigatoriedade de divulgação, em
pactuação em cada Estado. separado, de cada um deles.
§ 7° O fortalecimento do regime de colaboração entre os § 3° Os indicadores mencionados no § 1° serão estimados
Municípios dar-se-á, inclusive, mediante a adoção de arranjos por etapa, estabelecimento de ensino, rede escolar, unidade da
de desenvolvimento da educação. Federação e em nível agregado nacional, sendo amplamente
divulgados, ressalvada a publicação de resultados individuais
Art. 8° Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e indicadores por turma, que fica admitida exclusivamente
deverão elaborar seus correspondentes planos de educação, para a comunidade do respectivo estabelecimento e para o
ou adequar os planos já aprovados em lei, em consonância com órgão gestor da respectiva rede.
as diretrizes, metas e estratégias previstas neste PNE, no prazo § 4° Cabem ao Inep a elaboração e o cálculo do Ideb e dos
de 1 (um) ano contado da publicação desta Lei. indicadores referidos no § 1°.
§ 1° Os entes federados estabelecerão nos respectivos § 5° A avaliação de desempenho dos (as) estudantes em
planos de educação estratégias que: exames, referida no inciso I do § 1°, poderá ser diretamente
I - assegurem a articulação das políticas educacionais com realizada pela União ou, mediante acordo de cooperação, pelos
as demais políticas sociais, particularmente as culturais; Estados e pelo Distrito Federal, nos respectivos sistemas de
II - considerem as necessidades específicas das populações ensino e de seus Municípios, caso mantenham sistemas
do campo e das comunidades indígenas e quilombolas, próprios de avaliação do rendimento escolar, assegurada a
asseguradas a equidade educacional e a diversidade cultural; compatibilidade metodológica entre esses sistemas e o
nacional, especialmente no que se refere às escalas de
proficiência e ao calendário de aplicação.

Legislação 95
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Art. 12° Até o final do primeiro semestre do nono ano de 1.8) promover a formação inicial e continuada dos (as)
vigência deste PNE, o Poder Executivo encaminhará ao profissionais da educação infantil, garantindo,
Congresso Nacional, sem prejuízo das prerrogativas deste progressivamente, o atendimento por profissionais com
Poder, o projeto de lei referente ao Plano Nacional de formação superior;
Educação a vigorar no período subsequente, que incluirá 1.9) estimular a articulação entre pós-graduação, núcleos
diagnóstico, diretrizes, metas e estratégias para o próximo de pesquisa e cursos de formação para profissionais da
decênio. educação, de modo a garantir a elaboração de currículos e
propostas pedagógicas que incorporem os avanços de
Art. 13° O poder público deverá instituir, em lei específica, pesquisas ligadas ao processo de ensino-aprendizagem e às
contados 2 (dois) anos da publicação desta Lei, o Sistema teorias educacionais no atendimento da população de 0 (zero)
Nacional de Educação, responsável pela articulação entre os a 5 (cinco) anos;
sistemas de ensino, em regime de colaboração, para efetivação 1.10) fomentar o atendimento das populações do campo e
das diretrizes, metas e estratégias do Plano Nacional de das comunidades indígenas e quilombolas na educação infantil
Educação. nas respectivas comunidades, por meio do
redimensionamento da distribuição territorial da oferta,
Art. 14° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. limitando a nucleação de escolas e o deslocamento de crianças,
de forma a atender às especificidades dessas comunidades,
Brasília, 25 de junho de 2014; 193º da Independência e garantido consulta prévia e informada;
126º da República. 1.11) priorizar o acesso à educação infantil e fomentar a
oferta do atendimento educacional especializado
DILMA ROUSSEFF complementar e suplementar aos (às) alunos (as) com
Guido Mantega deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
José Henrique Paim Fernandes habilidades ou superdotação, assegurando a educação
Miriam Belchior bilíngue para crianças surdas e a transversalidade da educação
especial nessa etapa da educação básica;
ANEXO 1.12) implementar, em caráter complementar, programas
METAS E ESTRATÉGIAS de orientação e apoio às famílias, por meio da articulação das
áreas de educação, saúde e assistência social, com foco no
Meta 1: desenvolvimento integral das crianças de até 3 (três) anos de
idade;
universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola 1.13) preservar as especificidades da educação infantil na
para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e organização das redes escolares, garantindo o atendimento da
ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a criança de 0 (zero) a 5 (cinco) anos em estabelecimentos que
atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças atendam a parâmetros nacionais de qualidade, e a articulação
de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE. com a etapa escolar seguinte, visando ao ingresso do (a)
Estratégias: aluno(a) de 6 (seis) anos de idade no ensino fundamental;
1.1) definir, em regime de colaboração entre a União, os 1.14) fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, metas de expansão acesso e da permanência das crianças na educação infantil, em
das respectivas redes públicas de educação infantil segundo especial dos beneficiários de programas de transferência de
padrão nacional de qualidade, considerando as peculiaridades renda, em colaboração com as famílias e com os órgãos
locais; públicos de assistência social, saúde e proteção à infância;
1.2) garantir que, ao final da vigência deste PNE, seja 1.15) promover a busca ativa de crianças em idade
inferior a 10% (dez por cento) a diferença entre as taxas de correspondente à educação infantil, em parceria com órgãos
frequência à educação infantil das crianças de até 3 (três) anos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância,
oriundas do quinto de renda familiar per capita mais elevado preservando o direito de opção da família em relação às
e as do quinto de renda familiar per capita mais baixo; crianças de até 3 (três) anos;
1.3) realizar, periodicamente, em regime de colaboração, 1.16) o Distrito Federal e os Municípios, com a colaboração
levantamento da demanda por creche para a população de até da União e dos Estados, realizarão e publicarão, a cada ano,
3 (três) anos, como forma de planejar a oferta e verificar o levantamento da demanda manifesta por educação infantil em
atendimento da demanda manifesta; creches e pré-escolas, como forma de planejar e verificar o
1.4) estabelecer, no primeiro ano de vigência do PNE, atendimento;
normas, procedimentos e prazos para definição de 1.17) estimular o acesso à educação infantil em tempo
mecanismos de consulta pública da demanda das famílias por integral, para todas as crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) anos,
creches; conforme estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais
1.5) manter e ampliar, em regime de colaboração e para a Educação Infantil.
respeitadas as normas de acessibilidade, programa nacional
de construção e reestruturação de escolas, bem como de Meta 2:
aquisição de equipamentos, visando à expansão e à melhoria
da rede física de escolas públicas de educação infantil; universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para
1.6) implantar, até o segundo ano de vigência deste PNE, toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir
avaliação da educação infantil, a ser realizada a cada 2 (dois) que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos
anos, com base em parâmetros nacionais de qualidade, a fim concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano
de aferir a infraestrutura física, o quadro de pessoal, as de vigência deste PNE.
condições de gestão, os recursos pedagógicos, a situação de Estratégias:
acessibilidade, entre outros indicadores relevantes; 2.1) o Ministério da Educação, em articulação e
1.7) articular a oferta de matrículas gratuitas em creches colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os
certificadas como entidades beneficentes de assistência social Municípios, deverá, até o final do 2o (segundo) ano de vigência
na área de educação com a expansão da oferta na rede escolar deste PNE, elaborar e encaminhar ao Conselho Nacional de
pública; Educação, precedida de consulta pública nacional, proposta de

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direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento para continuada de professores e a articulação com instituições
os (as) alunos (as) do ensino fundamental; acadêmicas, esportivas e culturais;
2.2) pactuar entre União, Estados, Distrito Federal e 3.2) o Ministério da Educação, em articulação e
Municípios, no âmbito da instância permanente de que trata o colaboração com os entes federados e ouvida a sociedade
§ 5º do art. 7º desta Lei, a implantação dos direitos e objetivos mediante consulta pública nacional, elaborará e encaminhará
de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base ao Conselho Nacional de Educação - CNE, até o 2° (segundo)
nacional comum curricular do ensino fundamental; ano de vigência deste PNE, proposta de direitos e objetivos de
2.3) criar mecanismos para o acompanhamento aprendizagem e desenvolvimento para os (as) alunos (as) de
individualizado dos (as) alunos (as) do ensino fundamental; ensino médio, a serem atingidos nos tempos e etapas de
2.4) fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do organização deste nível de ensino, com vistas a garantir
acesso, da permanência e do aproveitamento escolar dos formação básica comum;
beneficiários de programas de transferência de renda, bem 3.3) pactuar entre União, Estados, Distrito Federal e
como das situações de discriminação, preconceitos e Municípios, no âmbito da instância permanente de que trata o
violências na escola, visando ao estabelecimento de condições § 5° do art. 7° desta Lei, a implantação dos direitos e objetivos
adequadas para o sucesso escolar dos (as) alunos (as), em de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a base
colaboração com as famílias e com órgãos públicos de nacional comum curricular do ensino médio;
assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e 3.4) garantir a fruição de bens e espaços culturais, de
juventude; forma regular, bem como a ampliação da prática desportiva,
2.5) promover a busca ativa de crianças e adolescentes integrada ao currículo escolar;
fora da escola, em parceria com órgãos públicos de assistência 3.5) manter e ampliar programas e ações de correção de
social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude; fluxo do ensino fundamental, por meio do acompanhamento
2.6) desenvolver tecnologias pedagógicas que combinem, individualizado do (a) aluno (a) com rendimento escolar
de maneira articulada, a organização do tempo e das defasado e pela adoção de práticas como aulas de reforço no
atividades didáticas entre a escola e o ambiente comunitário, turno complementar, estudos de recuperação e progressão
considerando as especificidades da educação especial, das parcial, de forma a reposicioná-lo no ciclo escolar de maneira
escolas do campo e das comunidades indígenas e quilombolas; compatível com sua idade;
2.7) disciplinar, no âmbito dos sistemas de ensino, a 3.6) universalizar o Exame Nacional do Ensino Médio -
organização flexível do trabalho pedagógico, incluindo ENEM, fundamentado em matriz de referência do conteúdo
adequação do calendário escolar de acordo com a realidade curricular do ensino médio e em técnicas estatísticas e
local, a identidade cultural e as condições climáticas da região; psicométricas que permitam comparabilidade de resultados,
2.8) promover a relação das escolas com instituições e articulando-o com o Sistema Nacional de Avaliação da
movimentos culturais, a fim de garantir a oferta regular de Educação Básica - SAEB, e promover sua utilização como
atividades culturais para a livre fruição dos (as) alunos (as) instrumento de avaliação sistêmica, para subsidiar políticas
dentro e fora dos espaços escolares, assegurando ainda que as públicas para a educação básica, de avaliação certificadora,
escolas se tornem polos de criação e difusão cultural; possibilitando aferição de conhecimentos e habilidades
2.9) incentivar a participação dos pais ou responsáveis no adquiridos dentro e fora da escola, e de avaliação
acompanhamento das atividades escolares dos filhos por meio classificatória, como critério de acesso à educação superior;
do estreitamento das relações entre as escolas e as famílias; 3.7) fomentar a expansão das matrículas gratuitas de
2.10) estimular a oferta do ensino fundamental, em ensino médio integrado à educação profissional, observando-
especial dos anos iniciais, para as populações do campo, se as peculiaridades das populações do campo, das
indígenas e quilombolas, nas próprias comunidades; comunidades indígenas e quilombolas e das pessoas com
2.11) desenvolver formas alternativas de oferta do ensino deficiência;
fundamental, garantida a qualidade, para atender aos filhos e 3.8) estruturar e fortalecer o acompanhamento e o
filhas de profissionais que se dedicam a atividades de caráter monitoramento do acesso e da permanência dos e das jovens
itinerante; beneficiários (as) de programas de transferência de renda, no
2.12) oferecer atividades extracurriculares de incentivo ensino médio, quanto à frequência, ao aproveitamento escolar
aos (às) estudantes e de estímulo a habilidades, inclusive e à interação com o coletivo, bem como das situações de
mediante certames e concursos nacionais; discriminação, preconceitos e violências, práticas irregulares
2.13) promover atividades de desenvolvimento e estímulo de exploração do trabalho, consumo de drogas, gravidez
a habilidades esportivas nas escolas, interligadas a um plano precoce, em colaboração com as famílias e com órgãos
de disseminação do desporto educacional e de públicos de assistência social, saúde e proteção à adolescência
desenvolvimento esportivo nacional. e juventude;
3.9) promover a busca ativa da população de 15 (quinze) a
Meta 3: 17 (dezessete) anos fora da escola, em articulação com os
serviços de assistência social, saúde e proteção à adolescência
universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a e à juventude;
população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o 3.10) fomentar programas de educação e de cultura para a
final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de população urbana e do campo de jovens, na faixa etária de 15
matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por (quinze) a 17 (dezessete) anos, e de adultos, com qualificação
cento). social e profissional para aqueles que estejam fora da escola e
Estratégias: com defasagem no fluxo escolar;
3.1) institucionalizar programa nacional de renovação do 3.11) redimensionar a oferta de ensino médio nos turnos
ensino médio, a fim de incentivar práticas pedagógicas com diurno e noturno, bem como a distribuição territorial das
abordagens interdisciplinares estruturadas pela relação entre escolas de ensino médio, de forma a atender a toda a demanda,
teoria e prática, por meio de currículos escolares que de acordo com as necessidades específicas dos (as) alunos
organizem, de maneira flexível e diversificada, conteúdos (as);
obrigatórios e eletivos articulados em dimensões como 3.12) desenvolver formas alternativas de oferta do ensino
ciência, trabalho, linguagens, tecnologia, cultura e esporte, médio, garantida a qualidade, para atender aos filhos e filhas
garantindo-se a aquisição de equipamentos e laboratórios, a de profissionais que se dedicam a atividades de caráter
produção de material didático específico, a formação itinerante;

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3.13) implementar políticas de prevenção à evasão de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos, em escolas e classes
motivada por preconceito ou quaisquer formas de bilíngues e em escolas inclusivas, nos termos do art. 22 do
discriminação, criando rede de proteção contra formas Decreto no 5.626, de 22 de dezembro de 2005, e dos arts. 24 e
associadas de exclusão; 30 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
3.14) estimular a participação dos adolescentes nos cursos Deficiência, bem como a adoção do Sistema Braille de leitura
das áreas tecnológicas e científicas. para cegos e surdos-cegos;
4.8) garantir a oferta de educação inclusiva, vedada a
Meta 4: exclusão do ensino regular sob alegação de deficiência e
promovida a articulação pedagógica entre o ensino regular e o
universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 atendimento educacional especializado;
(dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do 4.9) fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à escola e ao atendimento educacional especializado,
acesso à educação básica e ao atendimento educacional bem como da permanência e do desenvolvimento escolar dos
especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, (as) alunos (as) com deficiência, transtornos globais do
com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação
recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços beneficiários (as) de programas de transferência de renda,
especializados, públicos ou conveniados. juntamente com o combate às situações de discriminação,
Estratégias: preconceito e violência, com vistas ao estabelecimento de
4.1) contabilizar, para fins do repasse do Fundo de condições adequadas para o sucesso educacional, em
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de
Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, as assistência social, saúde e proteção à infância, à adolescência e
matrículas dos (as) estudantes da educação regular da rede à juventude;
pública que recebam atendimento educacional especializado 4.10) fomentar pesquisas voltadas para o
complementar e suplementar, sem prejuízo do cômputo desenvolvimento de metodologias, materiais didáticos,
dessas matrículas na educação básica regular, e as matrículas equipamentos e recursos de tecnologia assistiva, com vistas à
efetivadas, conforme o censo escolar mais atualizado, na promoção do ensino e da aprendizagem, bem como das
educação especial oferecida em instituições comunitárias, condições de acessibilidade dos (as) estudantes com
confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
com o poder público e com atuação exclusiva na modalidade, habilidades ou superdotação;
nos termos da Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007; 4.11) promover o desenvolvimento de pesquisas
4.2) promover, no prazo de vigência deste PNE, a interdisciplinares para subsidiar a formulação de políticas
universalização do atendimento escolar à demanda manifesta públicas intersetoriais que atendam as especificidades
pelas famílias de crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos com educacionais de estudantes com deficiência, transtornos
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
habilidades ou superdotação, observado o que dispõe a Lei no superdotação que requeiram medidas de atendimento
9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes especializado;
e bases da educação nacional; 4.12) promover a articulação intersetorial entre órgãos e
4.3) implantar, ao longo deste PNE, salas de recursos políticas públicas de saúde, assistência social e direitos
multifuncionais e fomentar a formação continuada de humanos, em parceria com as famílias, com o fim de
professores e professoras para o atendimento educacional desenvolver modelos de atendimento voltados à continuidade
especializado nas escolas urbanas, do campo, indígenas e de do atendimento escolar, na educação de jovens e adultos, das
comunidades quilombolas; pessoas com deficiência e transtornos globais do
4.4) garantir atendimento educacional especializado em desenvolvimento com idade superior à faixa etária de
salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços escolarização obrigatória, de forma a assegurar a atenção
especializados, públicos ou conveniados, nas formas integral ao longo da vida;
complementar e suplementar, a todos (as) alunos (as) com 4.13) apoiar a ampliação das equipes de profissionais da
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas educação para atender à demanda do processo de
habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de escolarização dos (das) estudantes com deficiência,
educação básica, conforme necessidade identificada por meio transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
de avaliação, ouvidos a família e o aluno; superdotação, garantindo a oferta de professores (as) do
4.5) estimular a criação de centros multidisciplinares de atendimento educacional especializado, profissionais de apoio
apoio, pesquisa e assessoria, articulados com instituições ou auxiliares, tradutores (as) e intérpretes de Libras, guias-
acadêmicas e integrados por profissionais das áreas de saúde, intérpretes para surdos-cegos, professores de Libras,
assistência social, pedagogia e psicologia, para apoiar o prioritariamente surdos, e professores bilíngues;
trabalho dos (as) professores da educação básica com os (as) 4.14) definir, no segundo ano de vigência deste PNE,
alunos (as) com deficiência, transtornos globais do indicadores de qualidade e política de avaliação e supervisão
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação; para o funcionamento de instituições públicas e privadas que
4.6) manter e ampliar programas suplementares que prestam atendimento a alunos com deficiência, transtornos
promovam a acessibilidade nas instituições públicas, para globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
garantir o acesso e a permanência dos (as) alunos (as) com superdotação;
deficiência por meio da adequação arquitetônica, da oferta de 4.15) promover, por iniciativa do Ministério da Educação,
transporte acessível e da disponibilização de material didático nos órgãos de pesquisa, demografia e estatística competentes,
próprio e de recursos de tecnologia assistiva, assegurando, a obtenção de informação detalhada sobre o perfil das pessoas
ainda, no contexto escolar, em todas as etapas, níveis e com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
modalidades de ensino, a identificação dos (as) alunos (as) altas habilidades ou superdotação de 0 (zero) a 17 (dezessete)
com altas habilidades ou superdotação; anos;
4.7) garantir a oferta de educação bilíngue, em Língua 4.16) incentivar a inclusão nos cursos de licenciatura e nos
Brasileira de Sinais - LIBRAS como primeira língua e na demais cursos de formação para profissionais da educação,
modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda inclusive em nível de pós-graduação, observado o disposto no
língua, aos (às) alunos (as) surdos e com deficiência auditiva caput do art. 207 da Constituição Federal, dos referenciais

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teóricos, das teorias de aprendizagem e dos processos de


ensino-aprendizagem relacionados ao atendimento Meta 6:
educacional de alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação; oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50%
4.17) promover parcerias com instituições comunitárias, (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender,
confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos (as) alunos (as)
com o poder público, visando a ampliar as condições de apoio da educação básica.
ao atendimento escolar integral das pessoas com deficiência, Estratégias:
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 6.1) promover, com o apoio da União, a oferta de educação
superdotação matriculadas nas redes públicas de ensino; básica pública em tempo integral, por meio de atividades de
4.18) promover parcerias com instituições comunitárias, acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, inclusive
confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas culturais e esportivas, de forma que o tempo de permanência
com o poder público, visando a ampliar a oferta de formação dos (as) alunos (as) na escola, ou sob sua responsabilidade,
continuada e a produção de material didático acessível, assim passe a ser igual ou superior a 7 (sete) horas diárias durante
como os serviços de acessibilidade necessários ao pleno todo o ano letivo, com a ampliação progressiva da jornada de
acesso, participação e aprendizagem dos estudantes com professores em uma única escola;
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas 6.2) instituir, em regime de colaboração, programa de
habilidades ou superdotação matriculados na rede pública de construção de escolas com padrão arquitetônico e de
ensino; mobiliário adequado para atendimento em tempo integral,
4.19) promover parcerias com instituições comunitárias, prioritariamente em comunidades pobres ou com crianças em
confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas situação de vulnerabilidade social;
com o poder público, a fim de favorecer a participação das 6.3) institucionalizar e manter, em regime de colaboração,
famílias e da sociedade na construção do sistema educacional programa nacional de ampliação e reestruturação das escolas
inclusivo. públicas, por meio da instalação de quadras poliesportivas,
laboratórios, inclusive de informática, espaços para atividades
Meta 5: culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios,
banheiros e outros equipamentos, bem como da produção de
alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3° material didático e da formação de recursos humanos para a
(terceiro) ano do ensino fundamental. educação em tempo integral;
Estratégias: 6.4) fomentar a articulação da escola com os diferentes
5.1) estruturar os processos pedagógicos de alfabetização, espaços educativos, culturais e esportivos e com
nos anos iniciais do ensino fundamental, articulando-os com equipamentos públicos, como centros comunitários,
as estratégias desenvolvidas na pré-escola, com qualificação e bibliotecas, praças, parques, museus, teatros, cinemas e
valorização dos (as) professores (as) alfabetizadores e com planetários;
apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização 6.5) estimular a oferta de atividades voltadas à ampliação
plena de todas as crianças; da jornada escolar de alunos (as) matriculados nas escolas da
5.2) instituir instrumentos de avaliação nacional rede pública de educação básica por parte das entidades
periódicos e específicos para aferir a alfabetização das privadas de serviço social vinculadas ao sistema sindical, de
crianças, aplicados a cada ano, bem como estimular os forma concomitante e em articulação com a rede pública de
sistemas de ensino e as escolas a criarem os respectivos ensino;
instrumentos de avaliação e monitoramento, implementando 6.6) orientar a aplicação da gratuidade de que trata o art.
medidas pedagógicas para alfabetizar todos os alunos e alunas 13 da Lei no 12.101, de 27 de novembro de 2009, em
até o final do terceiro ano do ensino fundamental; atividades de ampliação da jornada escolar de alunos (as) das
5.3) selecionar, certificar e divulgar tecnologias escolas da rede pública de educação básica, de forma
educacionais para a alfabetização de crianças, assegurada a concomitante e em articulação com a rede pública de ensino;
diversidade de métodos e propostas pedagógicas, bem como o 6.7) atender às escolas do campo e de comunidades
acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em indígenas e quilombolas na oferta de educação em tempo
que forem aplicadas, devendo ser disponibilizadas, integral, com base em consulta prévia e informada,
preferencialmente, como recursos educacionais abertos; considerando-se as peculiaridades locais;
5.4) fomentar o desenvolvimento de tecnologias 6.8) garantir a educação em tempo integral para pessoas
educacionais e de práticas pedagógicas inovadoras que com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo altas habilidades ou superdotação na faixa etária de 4 (quatro)
escolar e a aprendizagem dos (as) alunos (as), consideradas as a 17 (dezessete) anos, assegurando atendimento educacional
diversas abordagens metodológicas e sua efetividade; especializado complementar e suplementar ofertado em salas
5.5) apoiar a alfabetização de crianças do campo, de recursos multifuncionais da própria escola ou em
indígenas, quilombolas e de populações itinerantes, com a instituições especializadas;
produção de materiais didáticos específicos, e desenvolver 6.9) adotar medidas para otimizar o tempo de
instrumentos de acompanhamento que considerem o uso da permanência dos alunos na escola, direcionando a expansão
língua materna pelas comunidades indígenas e a identidade da jornada para o efetivo trabalho escolar, combinado com
cultural das comunidades quilombolas; atividades recreativas, esportivas e culturais.
5.6) promover e estimular a formação inicial e continuada
de professores (as) para a alfabetização de crianças, com o Meta 7:
conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas
pedagógicas inovadoras, estimulando a articulação entre fomentar a qualidade da educação básica em todas as
programas de pós-graduação stricto sensu e ações de etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da
formação continuada de professores (as) para a alfabetização; aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais
5.7) apoiar a alfabetização das pessoas com deficiência, para o Ideb:
considerando as suas especificidades, inclusive a alfabetização IDEB 2015 2017 2019 2021
bilíngue de pessoas surdas, sem estabelecimento de Anos iniciais do ensino 5,2 5,5 5,7 6,0
terminalidade temporal. fundamental

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APOSTILAS OPÇÃO

Anos finais do ensino 4,7 5,0 5,2 5,5 7.10) fixar, acompanhar e divulgar bienalmente os
fundamental resultados pedagógicos dos indicadores do sistema nacional
Ensino médio 4,3 4,7 5,0 5,2 de avaliação da educação básica e do Ideb, relativos às escolas,
Estratégias: às redes públicas de educação básica e aos sistemas de ensino
7.1) estabelecer e implantar, mediante pactuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
interfederativa, diretrizes pedagógicas para a educação básica assegurando a contextualização desses resultados, com
e a base nacional comum dos currículos, com direitos e relação a indicadores sociais relevantes, como os de nível
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos (as) alunos socioeconômico das famílias dos (as) alunos (as), e a
(as) para cada ano do ensino fundamental e médio, respeitada transparência e o acesso público às informações técnicas de
a diversidade regional, estadual e local; concepção e operação do sistema de avaliação;
7.2) assegurar que: 7.11) melhorar o desempenho dos alunos da educação
a) no quinto ano de vigência deste PNE, pelo menos 70% básica nas avaliações da aprendizagem no Programa
(setenta por cento) dos (as) alunos (as) do ensino fundamental Internacional de Avaliação de Estudantes - PISA, tomado como
e do ensino médio tenham alcançado nível suficiente de instrumento externo de referência, internacionalmente
aprendizado em relação aos direitos e objetivos de reconhecido, de acordo com as seguintes projeções:
aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 50%
(cinquenta por cento), pelo menos, o nível desejável; PISA 2015 2018 2021
b) no último ano de vigência deste PNE, todos os (as) Média dos 438 455 473
estudantes do ensino fundamental e do ensino médio tenham resultados em
alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos matemática, leitura e
direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de ciências
seu ano de estudo, e 80% (oitenta por cento), pelo menos, o
nível desejável; 7.12) incentivar o desenvolvimento, selecionar, certificar e
7.3) constituir, em colaboração entre a União, os Estados, o divulgar tecnologias educacionais para a educação infantil, o
Distrito Federal e os Municípios, um conjunto nacional de ensino fundamental e o ensino médio e incentivar práticas
indicadores de avaliação institucional com base no perfil do pedagógicas inovadoras que assegurem a melhoria do fluxo
alunado e do corpo de profissionais da educação, nas escolar e a aprendizagem, assegurada a diversidade de
condições de infraestrutura das escolas, nos recursos métodos e propostas pedagógicas, com preferência para
pedagógicos disponíveis, nas características da gestão e em softwares livres e recursos educacionais abertos, bem como o
outras dimensões relevantes, considerando as especificidades acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em
das modalidades de ensino; que forem aplicadas;
7.4) induzir processo contínuo de auto avaliação das 7.13) garantir transporte gratuito para todos (as) os (as)
escolas de educação básica, por meio da constituição de estudantes da educação do campo na faixa etária da educação
instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem escolar obrigatória, mediante renovação e padronização
fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento integral da frota de veículos, de acordo com especificações
estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a definidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
formação continuada dos (as) profissionais da educação e o Tecnologia - INMETRO, e financiamento compartilhado, com
aprimoramento da gestão democrática; participação da União proporcional às necessidades dos entes
7.5) formalizar e executar os planos de ações articuladas federados, visando a reduzir a evasão escolar e o tempo médio
dando cumprimento às metas de qualidade estabelecidas para de deslocamento a partir de cada situação local;
a educação básica pública e às estratégias de apoio técnico e 7.14) desenvolver pesquisas de modelos alternativos de
financeiro voltadas à melhoria da gestão educacional, à atendimento escolar para a população do campo que
formação de professores e professoras e profissionais de considerem as especificidades locais e as boas práticas
serviços e apoio escolares, à ampliação e ao desenvolvimento nacionais e internacionais;
de recursos pedagógicos e à melhoria e expansão da 7.15) universalizar, até o quinto ano de vigência deste PNE,
infraestrutura física da rede escolar; o acesso à rede mundial de computadores em banda larga de
7.6) associar a prestação de assistência técnica financeira alta velocidade e triplicar, até o final da década, a relação
à fixação de metas intermediárias, nos termos estabelecidos computador/aluno (a) nas escolas da rede pública de
conforme pactuação voluntária entre os entes, priorizando educação básica, promovendo a utilização pedagógica das
sistemas e redes de ensino com Ideb abaixo da média nacional; tecnologias da informação e da comunicação;
7.7) aprimorar continuamente os instrumentos de 7.16) apoiar técnica e financeiramente a gestão escolar
avaliação da qualidade do ensino fundamental e médio, de mediante transferência direta de recursos financeiros à escola,
forma a englobar o ensino de ciências nos exames aplicados garantindo a participação da comunidade escolar no
nos anos finais do ensino fundamental, e incorporar o Exame planejamento e na aplicação dos recursos, visando à ampliação
Nacional do Ensino Médio, assegurada a sua universalização, da transparência e ao efetivo desenvolvimento da gestão
ao sistema de avaliação da educação básica, bem como apoiar democrática;
o uso dos resultados das avaliações nacionais pelas escolas e 7.17) ampliar programas e aprofundar ações de
redes de ensino para a melhoria de seus processos e práticas atendimento ao (à) aluno (a), em todas as etapas da educação
pedagógicas; básica, por meio de programas suplementares de material
7.8) desenvolver indicadores específicos de avaliação da didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à
qualidade da educação especial, bem como da qualidade da saúde;
educação bilíngue para surdos; 7.18) assegurar a todas as escolas públicas de educação
7.9) orientar as políticas das redes e sistemas de ensino, de básica o acesso à energia elétrica, abastecimento de água
forma a buscar atingir as metas do Ideb, diminuindo a tratada, esgotamento sanitário e manejo dos resíduos sólidos,
diferença entre as escolas com os menores índices e a média garantir o acesso dos alunos a espaços para a prática esportiva,
nacional, garantindo equidade da aprendizagem e reduzindo a bens culturais e artísticos e a equipamentos e laboratórios de
pela metade, até o último ano de vigência deste PNE, as ciências e, em cada edifício escolar, garantir a acessibilidade às
diferenças entre as médias dos índices dos Estados, inclusive pessoas com deficiência;
do Distrito Federal, e dos Municípios; 7.19) institucionalizar e manter, em regime de
colaboração, programa nacional de reestruturação e aquisição

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APOSTILAS OPÇÃO

de equipamentos para escolas públicas, visando à equalização controle social sobre o cumprimento das políticas públicas
regional das oportunidades educacionais; educacionais;
7.20) prover equipamentos e recursos tecnológicos 7.29) promover a articulação dos programas da área da
digitais para a utilização pedagógica no ambiente escolar a educação, de âmbito local e nacional, com os de outras áreas,
todas as escolas públicas da educação básica, criando, como saúde, trabalho e emprego, assistência social, esporte e
inclusive, mecanismos para implementação das condições cultura, possibilitando a criação de rede de apoio integral às
necessárias para a universalização das bibliotecas nas famílias, como condição para a melhoria da qualidade
instituições educacionais, com acesso a redes digitais de educacional;
computadores, inclusive a internet; 7.30) universalizar, mediante articulação entre os órgãos
7.21) a União, em regime de colaboração com os entes responsáveis pelas áreas da saúde e da educação, o
federados subnacionais, estabelecerá, no prazo de 2 (dois) atendimento aos (às) estudantes da rede escolar pública de
anos contados da publicação desta Lei, parâmetros mínimos educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e
de qualidade dos serviços da educação básica, a serem atenção à saúde;
utilizados como referência para infraestrutura das escolas, 7.31) estabelecer ações efetivas especificamente voltadas
recursos pedagógicos, entre outros insumos relevantes, bem para a promoção, prevenção, atenção e atendimento à saúde e
como instrumento para adoção de medidas para a melhoria da à integridade física, mental e emocional dos (das) profissionais
qualidade do ensino; da educação, como condição para a melhoria da qualidade
7.22) informatizar integralmente a gestão das escolas educacional;
públicas e das secretarias de educação dos Estados, do Distrito 7.32) fortalecer, com a colaboração técnica e financeira da
Federal e dos Municípios, bem como manter programa União, em articulação com o sistema nacional de avaliação, os
nacional de formação inicial e continuada para o pessoal sistemas estaduais de avaliação da educação básica, com
técnico das secretarias de educação; participação, por adesão, das redes municipais de ensino, para
7.23) garantir políticas de combate à violência na escola, orientar as políticas públicas e as práticas pedagógicas, com o
inclusive pelo desenvolvimento de ações destinadas à fornecimento das informações às escolas e à sociedade;
capacitação de educadores para detecção dos sinais de suas 7.33) promover, com especial ênfase, em consonância com
causas, como a violência doméstica e sexual, favorecendo a as diretrizes do Plano Nacional do Livro e da Leitura, a
adoção das providências adequadas para promover a formação de leitores e leitoras e a capacitação de professores
construção da cultura de paz e um ambiente escolar dotado de e professoras, bibliotecários e bibliotecárias e agentes da
segurança para a comunidade; comunidade para atuar como mediadores e mediadoras da
7.24) implementar políticas de inclusão e permanência na leitura, de acordo com a especificidade das diferentes etapas
escola para adolescentes e jovens que se encontram em regime do desenvolvimento e da aprendizagem;
de liberdade assistida e em situação de rua, assegurando os 7.34) instituir, em articulação com os Estados, os
princípios da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto Municípios e o Distrito Federal, programa nacional de
da Criança e do Adolescente; formação de professores e professoras e de alunos e alunas
7.25) garantir nos currículos escolares conteúdos sobre a para promover e consolidar política de preservação da
história e as culturas afro-brasileira e indígenas e implementar memória nacional;
ações educacionais, nos termos das Leis nos 10.639, de 9 de 7.35) promover a regulação da oferta da educação básica
janeiro de 2003, e 11.645, de 10 de março de 2008, pela iniciativa privada, de forma a garantir a qualidade e o
assegurando-se a implementação das respectivas diretrizes cumprimento da função social da educação;
curriculares nacionais, por meio de ações colaborativas com 7.36) estabelecer políticas de estímulo às escolas que
fóruns de educação para a diversidade étnico-racial, conselhos melhorarem o desempenho no Ideb, de modo a valorizar o
escolares, equipes pedagógicas e a sociedade civil; mérito do corpo docente, da direção e da comunidade escolar.
7.26) consolidar a educação escolar no campo de
populações tradicionais, de populações itinerantes e de Meta 8:
comunidades indígenas e quilombolas, respeitando a
articulação entre os ambientes escolares e comunitários e elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito)
garantindo: o desenvolvimento sustentável e preservação da a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12
identidade cultural; a participação da comunidade na (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano,
definição do modelo de organização pedagógica e de gestão para as populações do campo, da região de menor escolaridade
das instituições, consideradas as práticas socioculturais e as no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e
formas particulares de organização do tempo; a oferta bilíngue igualar a escolaridade média entre negros e não negros
na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e
em língua materna das comunidades indígenas e em língua Estatística - IBGE.
portuguesa; a reestruturação e a aquisição de equipamentos; a Estratégias:
oferta de programa para a formação inicial e continuada de 8.1) institucionalizar programas e desenvolver tecnologias
profissionais da educação; e o atendimento em educação para correção de fluxo, para acompanhamento pedagógico
especial; individualizado e para recuperação e progressão parcial, bem
7.27) desenvolver currículos e propostas pedagógicas como priorizar estudantes com rendimento escolar defasado,
específicas para educação escolar para as escolas do campo e considerando as especificidades dos segmentos populacionais
para as comunidades indígenas e quilombolas, incluindo os considerados;
conteúdos culturais correspondentes às respectivas 8.2) implementar programas de educação de jovens e
comunidades e considerando o fortalecimento das práticas adultos para os segmentos populacionais considerados, que
socioculturais e da língua materna de cada comunidade estejam fora da escola e com defasagem idade-série,
indígena, produzindo e disponibilizando materiais didáticos associados a outras estratégias que garantam a continuidade
específicos, inclusive para os (as) alunos (as) com deficiência; da escolarização, após a alfabetização inicial;
7.28) mobilizar as famílias e setores da sociedade civil, 8.3) garantir acesso gratuito a exames de certificação da
articulando a educação formal com experiências de educação conclusão dos ensinos fundamental e médio;
popular e cidadã, com os propósitos de que a educação seja 8.4) expandir a oferta gratuita de educação profissional
assumida como responsabilidade de todos e de ampliar o técnica por parte das entidades privadas de serviço social e de
formação profissional vinculadas ao sistema sindical, de forma

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concomitante ao ensino ofertado na rede escolar pública, para tecnológicos, com tecnologias assistivas que favoreçam a
os segmentos populacionais considerados; efetiva inclusão social e produtiva dessa população;
8.5) promover, em parceria com as áreas de saúde e 9.12) considerar, nas políticas públicas de jovens e adultos,
assistência social, o acompanhamento e o monitoramento do as necessidades dos idosos, com vistas à promoção de políticas
acesso à escola específicos para os segmentos populacionais de erradicação do analfabetismo, ao acesso a tecnologias
considerados, identificar motivos de absenteísmo e colaborar educacionais e atividades recreativas, culturais e esportivas, à
com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios para a implementação de programas de valorização e
garantia de frequência e apoio à aprendizagem, de maneira a compartilhamento dos conhecimentos e experiência dos
estimular a ampliação do atendimento desses (as) estudantes idosos e à inclusão dos temas do envelhecimento e da velhice
na rede pública regular de ensino; nas escolas.
8.6) promover busca ativa de jovens fora da escola
pertencentes aos segmentos populacionais considerados, em Meta 10:
parceria com as áreas de assistência social, saúde e proteção à
juventude. oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das
matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos
Meta 9: fundamental e médio, na forma integrada à educação
profissional.
elevar a taxa de alfabetização da população com 15 Estratégias:
(quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e 10.1) manter programa nacional de educação de jovens e
cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência adultos voltado à conclusão do ensino fundamental e à
deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em formação profissional inicial, de forma a estimular a conclusão
50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional. da educação básica;
Estratégias: 10.2) expandir as matrículas na educação de jovens e
9.1) assegurar a oferta gratuita da educação de jovens e adultos, de modo a articular a formação inicial e continuada de
adultos a todos os que não tiveram acesso à educação básica trabalhadores com a educação profissional, objetivando a
na idade própria; elevação do nível de escolaridade do trabalhador e da
9.2) realizar diagnóstico dos jovens e adultos com ensino trabalhadora;
fundamental e médio incompletos, para identificar a demanda 10.3) fomentar a integração da educação de jovens e
ativa por vagas na educação de jovens e adultos; adultos com a educação profissional, em cursos planejados, de
9.3) implementar ações de alfabetização de jovens e acordo com as características do público da educação de
adultos com garantia de continuidade da escolarização básica; jovens e adultos e considerando as especificidades das
9.4) criar benefício adicional no programa nacional de populações itinerantes e do campo e das comunidades
transferência de renda para jovens e adultos que indígenas e quilombolas, inclusive na modalidade de educação
frequentarem cursos de alfabetização; a distância;
9.5) realizar chamadas públicas regulares para educação 10.4) ampliar as oportunidades profissionais dos jovens e
de jovens e adultos, promovendo-se busca ativa em regime de adultos com deficiência e baixo nível de escolaridade, por meio
colaboração entre entes federados e em parceria com do acesso à educação de jovens e adultos articulada à educação
organizações da sociedade civil; profissional;
9.6) realizar avaliação, por meio de exames específicos, 10.5) implantar programa nacional de reestruturação e
que permita aferir o grau de alfabetização de jovens e adultos aquisição de equipamentos voltados à expansão e à melhoria
com mais de 15 (quinze) anos de idade; da rede física de escolas públicas que atuam na educação de
9.7) executar ações de atendimento ao (à) estudante da jovens e adultos integrada à educação profissional, garantindo
educação de jovens e adultos por meio de programas acessibilidade à pessoa com deficiência;
suplementares de transporte, alimentação e saúde, inclusive 10.6) estimular a diversificação curricular da educação de
atendimento oftalmológico e fornecimento gratuito de óculos, jovens e adultos, articulando a formação básica e a preparação
em articulação com a área da saúde; para o mundo do trabalho e estabelecendo inter-relações
9.8) assegurar a oferta de educação de jovens e adultos, nas entre teoria e prática, nos eixos da ciência, do trabalho, da
etapas de ensino fundamental e médio, às pessoas privadas de tecnologia e da cultura e cidadania, de forma a organizar o
liberdade em todos os estabelecimentos penais, assegurando- tempo e o espaço pedagógicos adequados às características
se formação específica dos professores e das professoras e desses alunos e alunas;
implementação de diretrizes nacionais em regime de 10.7) fomentar a produção de material didático, o
colaboração; desenvolvimento de currículos e metodologias específicas, os
9.9) apoiar técnica e financeiramente projetos inovadores instrumentos de avaliação, o acesso a equipamentos e
na educação de jovens e adultos que visem ao laboratórios e a formação continuada de docentes das redes
desenvolvimento de modelos adequados às necessidades públicas que atuam na educação de jovens e adultos articulada
específicas desses (as) alunos (as); à educação profissional;
9.10) estabelecer mecanismos e incentivos que integrem 10.8) fomentar a oferta pública de formação inicial e
os segmentos empregadores, públicos e privados, e os continuada para trabalhadores e trabalhadoras articulada à
sistemas de ensino, para promover a compatibilização da educação de jovens e adultos, em regime de colaboração e com
jornada de trabalho dos empregados e das empregadas com a apoio de entidades privadas de formação profissional
oferta das ações de alfabetização e de educação de jovens e vinculadas ao sistema sindical e de entidades sem fins
adultos; lucrativos de atendimento à pessoa com deficiência, com
9.11) implementar programas de capacitação tecnológica atuação exclusiva na modalidade;
da população jovem e adulta, direcionados para os segmentos 10.9) institucionalizar programa nacional de assistência ao
com baixos níveis de escolarização formal e para os (as) alunos estudante, compreendendo ações de assistência social,
(as) com deficiência, articulando os sistemas de ensino, a Rede financeira e de apoio psicopedagógico que contribuam para
Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, as garantir o acesso, a permanência, a aprendizagem e a
universidades, as cooperativas e as associações, por meio de conclusão com êxito da educação de jovens e adultos
ações de extensão desenvolvidas em centros vocacionais articulada à educação profissional;

Legislação 102
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10.10) orientar a expansão da oferta de educação de jovens 11.13) reduzir as desigualdades étnico-raciais e regionais
e adultos articulada à educação profissional, de modo a no acesso e permanência na educação profissional técnica de
atender às pessoas privadas de liberdade nos nível médio, inclusive mediante a adoção de políticas
estabelecimentos penais, assegurando-se formação específica afirmativas, na forma da lei;
dos professores e das professoras e implementação de 11.14) estruturar sistema nacional de informação
diretrizes nacionais em regime de colaboração; profissional, articulando a oferta de formação das instituições
10.11) implementar mecanismos de reconhecimento de especializadas em educação profissional aos dados do
saberes dos jovens e adultos trabalhadores, a serem mercado de trabalho e a consultas promovidas em entidades
considerados na articulação curricular dos cursos de formação empresariais e de trabalhadores
inicial e continuada e dos cursos técnicos de nível médio.
Meta 12:
Meta 11:
elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para
triplicar as matrículas da educação profissional técnica de 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e
nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e
50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público. quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão
Estratégias: para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas
11.1) expandir as matrículas de educação profissional matrículas, no segmento público.
técnica de nível médio na Rede Federal de Educação Estratégias:
Profissional, Científica e Tecnológica, levando em 12.1) otimizar a capacidade instalada da estrutura física e
consideração a responsabilidade dos Institutos na ordenação de recursos humanos das instituições públicas de educação
territorial, sua vinculação com arranjos produtivos, sociais e superior, mediante ações planejadas e coordenadas, de forma
culturais locais e regionais, bem como a interiorização da a ampliar e interiorizar o acesso à graduação;
educação profissional; 12.2) ampliar a oferta de vagas, por meio da expansão e
11.2) fomentar a expansão da oferta de educação interiorização da rede federal de educação superior, da Rede
profissional técnica de nível médio nas redes públicas Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e do
estaduais de ensino; sistema Universidade Aberta do Brasil, considerando a
11.3) fomentar a expansão da oferta de educação densidade populacional, a oferta de vagas públicas em relação
profissional técnica de nível médio na modalidade de educação à população na idade de referência e observadas as
a distância, com a finalidade de ampliar a oferta e características regionais das micro e mesorregiões definidas
democratizar o acesso à educação profissional pública e pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -
gratuita, assegurado padrão de qualidade; IBGE, uniformizando a expansão no território nacional;
11.4) estimular a expansão do estágio na educação 12.3) elevar gradualmente a taxa de conclusão média dos
profissional técnica de nível médio e do ensino médio regular, cursos de graduação presenciais nas universidades públicas
preservando-se seu caráter pedagógico integrado ao itinerário para 90% (noventa por cento), ofertar, no mínimo, um terço
formativo do aluno, visando à formação de qualificações das vagas em cursos noturnos e elevar a relação de estudantes
próprias da atividade profissional, à contextualização por professor (a) para 18 (dezoito), mediante estratégias de
curricular e ao desenvolvimento da juventude; aproveitamento de créditos e inovações acadêmicas que
11.5) ampliar a oferta de programas de reconhecimento de valorizem a aquisição de competências de nível superior;
saberes para fins de certificação profissional em nível técnico; 12.4) fomentar a oferta de educação superior pública e
11.6) ampliar a oferta de matrículas gratuitas de educação gratuita prioritariamente para a formação de professores e
profissional técnica de nível médio pelas entidades privadas professoras para a educação básica, sobretudo nas áreas de
de formação profissional vinculadas ao sistema sindical e ciências e matemática, bem como para atender ao défice de
entidades sem fins lucrativos de atendimento à pessoa com profissionais em áreas específicas;
deficiência, com atuação exclusiva na modalidade; 12.5) ampliar as políticas de inclusão e de assistência
11.7) expandir a oferta de financiamento estudantil à estudantil dirigidas aos (às) estudantes de instituições
educação profissional técnica de nível médio oferecida em públicas, bolsistas de instituições privadas de educação
instituições privadas de educação superior; superior e beneficiários do Fundo de Financiamento
11.8) institucionalizar sistema de avaliação da qualidade Estudantil - FIES, de que trata a Lei no 10.260, de 12 de julho
da educação profissional técnica de nível médio das redes de 2001, na educação superior, de modo a reduzir as
escolares públicas e privadas; desigualdades étnico-raciais e ampliar as taxas de acesso e
11.9) expandir o atendimento do ensino médio gratuito permanência na educação superior de estudantes egressos da
integrado à formação profissional para as populações do escola pública, afrodescendentes e indígenas e de estudantes
campo e para as comunidades indígenas e quilombolas, de com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
acordo com os seus interesses e necessidades; altas habilidades ou superdotação, de forma a apoiar seu
11.10) expandir a oferta de educação profissional técnica sucesso acadêmico;
de nível médio para as pessoas com deficiência, transtornos 12.6) expandir o financiamento estudantil por meio do
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou Fundo de Financiamento Estudantil - FIES, de que trata a Lei
superdotação; no 10.260, de 12 de julho de 2001, com a constituição de fundo
11.11) elevar gradualmente a taxa de conclusão média dos garantidor do financiamento, de forma a dispensar
cursos técnicos de nível médio na Rede Federal de Educação progressivamente a exigência de fiador;
Profissional, Científica e Tecnológica para 90% (noventa por 12.7) assegurar, no mínimo, 10% (dez por cento) do total
cento) e elevar, nos cursos presenciais, a relação de alunos (as) de créditos curriculares exigidos para a graduação em
por professor para 20 (vinte); programas e projetos de extensão universitária, orientando
11.12) elevar gradualmente o investimento em programas sua ação, prioritariamente, para áreas de grande pertinência
de assistência estudantil e mecanismos de mobilidade social;
acadêmica, visando a garantir as condições necessárias à 12.8) ampliar a oferta de estágio como parte da formação
permanência dos (as) estudantes e à conclusão dos cursos na educação superior;
técnicos de nível médio; 12.9) ampliar a participação proporcional de grupos
historicamente desfavorecidos na educação superior,

Legislação 103
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inclusive mediante a adoção de políticas afirmativas, na forma 13.1) aperfeiçoar o Sistema Nacional de Avaliação da
da lei; Educação Superior - SINAES, de que trata a Lei no 10.861, de
12.10) assegurar condições de acessibilidade nas 14 de abril de 2004, fortalecendo as ações de avaliação,
instituições de educação superior, na forma da legislação; regulação e supervisão;
12.11) fomentar estudos e pesquisas que analisem a 13.2) ampliar a cobertura do Exame Nacional de
necessidade de articulação entre formação, currículo, pesquisa Desempenho de Estudantes - ENADE, de modo a ampliar o
e mundo do trabalho, considerando as necessidades quantitativo de estudantes e de áreas avaliadas no que diz
econômicas, sociais e culturais do País; respeito à aprendizagem resultante da graduação;
12.12) consolidar e ampliar programas e ações de 13.3) induzir processo contínuo de auto avaliação das
incentivo à mobilidade estudantil e docente em cursos de instituições de educação superior, fortalecendo a participação
graduação e pós-graduação, em âmbito nacional e das comissões próprias de avaliação, bem como a aplicação de
internacional, tendo em vista o enriquecimento da formação instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem
de nível superior; fortalecidas, destacando-se a qualificação e a dedicação do
12.13) expandir atendimento específico a populações do corpo docente;
campo e comunidades indígenas e quilombolas, em relação a 13.4) promover a melhoria da qualidade dos cursos de
acesso, permanência, conclusão e formação de profissionais pedagogia e licenciaturas, por meio da aplicação de
para atuação nessas populações; instrumento próprio de avaliação aprovado pela Comissão
12.14) mapear a demanda e fomentar a oferta de formação Nacional de Avaliação da Educação Superior - CONAES,
de pessoal de nível superior, destacadamente a que se refere à integrando-os às demandas e necessidades das redes de
formação nas áreas de ciências e matemática, considerando as educação básica, de modo a permitir aos graduandos a
necessidades do desenvolvimento do País, a inovação aquisição das qualificações necessárias a conduzir o processo
tecnológica e a melhoria da qualidade da educação básica; pedagógico de seus futuros alunos (as), combinando formação
12.15) institucionalizar programa de composição de geral e específica com a prática didática, além da educação
acervo digital de referências bibliográficas e audiovisuais para para as relações étnico-raciais, a diversidade e as necessidades
os cursos de graduação, assegurada a acessibilidade às das pessoas com deficiência;
pessoas com deficiência; 13.5) elevar o padrão de qualidade das universidades,
12.16) consolidar processos seletivos nacionais e regionais direcionando sua atividade, de modo que realizem,
para acesso à educação superior como forma de superar efetivamente, pesquisa institucionalizada, articulada a
exames vestibulares isolados; programas de pós-graduação stricto sensu;
12.17) estimular mecanismos para ocupar as vagas ociosas 13.6) substituir o Exame Nacional de Desempenho de
em cada período letivo na educação superior pública; Estudantes - ENADE aplicado ao final do primeiro ano do curso
12.18) estimular a expansão e reestruturação das de graduação pelo Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, a
instituições de educação superior estaduais e municipais cujo fim de apurar o valor agregado dos cursos de graduação;
ensino seja gratuito, por meio de apoio técnico e financeiro do 13.7) fomentar a formação de consórcios entre instituições
Governo Federal, mediante termo de adesão ao programa de públicas de educação superior, com vistas a potencializar a
reestruturação, na forma de regulamento, que considere a sua atuação regional, inclusive por meio de plano de
contribuição para a ampliação de vagas, a capacidade fiscal e desenvolvimento institucional integrado, assegurando maior
as necessidades dos sistemas de ensino dos entes visibilidade nacional e internacional às atividades de ensino,
mantenedores na oferta e qualidade da educação básica; pesquisa e extensão;
12.19) reestruturar com ênfase na melhoria de prazos e 13.8) elevar gradualmente a taxa de conclusão média dos
qualidade da decisão, no prazo de 2 (dois) anos, os cursos de graduação presenciais nas universidades públicas,
procedimentos adotados na área de avaliação, regulação e de modo a atingir 90% (noventa por cento) e, nas instituições
supervisão, em relação aos processos de autorização de cursos privadas, 75% (setenta e cinco por cento), em 2020, e
e instituições, de reconhecimento ou renovação de fomentar a melhoria dos resultados de aprendizagem, de
reconhecimento de cursos superiores e de credenciamento ou modo que, em 5 (cinco) anos, pelo menos 60% (sessenta por
recredenciamento de instituições, no âmbito do sistema cento) dos estudantes apresentem desempenho positivo igual
federal de ensino; ou superior a 60% (sessenta por cento) no Exame Nacional de
12.20) ampliar, no âmbito do Fundo de Financiamento ao Desempenho de Estudantes - ENADE e, no último ano de
Estudante do Ensino Superior - FIES, de que trata a Lei nº vigência, pelo menos 75% (setenta e cinco por cento) dos
10.260, de 12 de julho de 2001, e do Programa Universidade estudantes obtenham desempenho positivo igual ou superior
para Todos - PROUNI, de que trata a Lei no 11.096, de 13 de a 75% (setenta e cinco por cento) nesse exame, em cada área
janeiro de 2005, os benefícios destinados à concessão de de formação profissional;
financiamento a estudantes regularmente matriculados em 13.9) promover a formação inicial e continuada dos (as)
cursos superiores presenciais ou a distância, com avaliação profissionais técnico-administrativos da educação superior.
positiva, de acordo com regulamentação própria, nos
processos conduzidos pelo Ministério da Educação; Meta 14:
12.21) fortalecer as redes físicas de laboratórios
multifuncionais das IES e ICTs nas áreas estratégicas definidas elevar gradualmente o número de matrículas na pós-
pela política e estratégias nacionais de ciência, tecnologia e graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de
inovação. 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil)
doutores.
Meta 13: Estratégias:
14.1) expandir o financiamento da pós-graduação stricto
elevar a qualidade da educação superior e ampliar a sensu por meio das agências oficiais de fomento;
proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo 14.2) estimular a integração e a atuação articulada entre a
exercício no conjunto do sistema de educação superior para Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, Superior - CAPES e as agências estaduais de fomento à
35% (trinta e cinco por cento) doutores. pesquisa;
Estratégias: 14.3) expandir o financiamento estudantil por meio do
Fies à pós-graduação stricto sensu;

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14.4) expandir a oferta de cursos de pós-graduação stricto SINAES, na forma da Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004,
sensu, utilizando inclusive metodologias, recursos e inclusive a amortização do saldo devedor pela docência efetiva
tecnologias de educação a distância; na rede pública de educação básica;
14.5) implementar ações para reduzir as desigualdades 15.3) ampliar programa permanente de iniciação à
étnico-raciais e regionais e para favorecer o acesso das docência a estudantes matriculados em cursos de licenciatura,
populações do campo e das comunidades indígenas e a fim de aprimorar a formação de profissionais para atuar no
quilombolas a programas de mestrado e doutorado; magistério da educação básica;
14.6) ampliar a oferta de programas de pós-graduação 15.4) consolidar e ampliar plataforma eletrônica para
stricto sensu, especialmente os de doutorado, nos campi novos organizar a oferta e as matrículas em cursos de formação
abertos em decorrência dos programas de expansão e inicial e continuada de profissionais da educação, bem como
interiorização das instituições superiores públicas; para divulgar e atualizar seus currículos eletrônicos;
14.7) manter e expandir programa de acervo digital de 15.5) implementar programas específicos para formação
referências bibliográficas para os cursos de pós-graduação, de profissionais da educação para as escolas do campo e de
assegurada a acessibilidade às pessoas com deficiência; comunidades indígenas e quilombolas e para a educação
14.8) estimular a participação das mulheres nos cursos de especial;
pós-graduação stricto sensu, em particular aqueles ligados às 15.6) promover a reforma curricular dos cursos de
áreas de Engenharia, Matemática, Física, Química, Informática licenciatura e estimular a renovação pedagógica, de forma a
e outros no campo das ciências; assegurar o foco no aprendizado do (a) aluno (a), dividindo a
14.9) consolidar programas, projetos e ações que carga horária em formação geral, formação na área do saber e
objetivem a internacionalização da pesquisa e da pós- didática específica e incorporando as modernas tecnologias de
graduação brasileiras, incentivando a atuação em rede e o informação e comunicação, em articulação com a base nacional
fortalecimento de grupos de pesquisa; comum dos currículos da educação básica, de que tratam as
14.10) promover o intercâmbio científico e tecnológico, estratégias 2.1, 2.2, 3.2 e 3.3 deste PNE;
nacional e internacional, entre as instituições de ensino, 15.7) garantir, por meio das funções de avaliação,
pesquisa e extensão; regulação e supervisão da educação superior, a plena
14.11) ampliar o investimento em pesquisas com foco em implementação das respectivas diretrizes curriculares;
desenvolvimento e estímulo à inovação, bem como 15.8) valorizar as práticas de ensino e os estágios nos
incrementar a formação de recursos humanos para a inovação, cursos de formação de nível médio e superior dos profissionais
de modo a buscar o aumento da competitividade das empresas da educação, visando ao trabalho sistemático de articulação
de base tecnológica; entre a formação acadêmica e as demandas da educação
14.12) ampliar o investimento na formação de doutores de básica;
modo a atingir a proporção de 4 (quatro) doutores por 1.000 15.9) implementar cursos e programas especiais para
(mil) habitantes; assegurar formação específica na educação superior, nas
14.13) aumentar qualitativa e quantitativamente o respectivas áreas de atuação, aos docentes com formação de
desempenho científico e tecnológico do País e a nível médio na modalidade normal, não licenciados ou
competitividade internacional da pesquisa brasileira, licenciados em área diversa da de atuação docente, em efetivo
ampliando a cooperação científica com empresas, Instituições exercício;
de Educação Superior - IES e demais Instituições Científicas e 15.10) fomentar a oferta de cursos técnicos de nível médio
Tecnológicas - ICTs; e tecnológicos de nível superior destinados à formação, nas
14.14) estimular a pesquisa científica e de inovação e respectivas áreas de atuação, dos (as) profissionais da
promover a formação de recursos humanos que valorize a educação de outros segmentos que não os do magistério;
diversidade regional e a biodiversidade da região amazônica e 15.11) implantar, no prazo de 1 (um) ano de vigência desta
do cerrado, bem como a gestão de recursos hídricos no Lei, política nacional de formação continuada para os (as)
semiárido para mitigação dos efeitos da seca e geração de profissionais da educação de outros segmentos que não os do
emprego e renda na região; magistério, construída em regime de colaboração entre os
14.15) estimular a pesquisa aplicada, no âmbito das IES e entes federados;
das ICTs, de modo a incrementar a inovação e a produção e 15.12) instituir programa de concessão de bolsas de
registro de patentes. estudos para que os professores de idiomas das escolas
públicas de educação básica realizem estudos de imersão e
Meta 15: aperfeiçoamento nos países que tenham como idioma nativo
as línguas que lecionem;
garantir, em regime de colaboração entre a União, os 15.13) desenvolver modelos de formação docente para a
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) educação profissional que valorizem a experiência prática, por
ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos meio da oferta, nas redes federal e estaduais de educação
profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do profissional, de cursos voltados à complementação e
caput do art. 61 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, certificação didático-pedagógica de profissionais experientes.
assegurado que todos os professores e as professoras da
educação básica possuam formação específica de nível Meta 16:
superior, obtida em curso de licenciatura na área de
conhecimento em que atuam. formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por
Estratégias: cento) dos professores da educação básica, até o último ano de
15.1) atuar, conjuntamente, com base em plano estratégico vigência deste PNE, e garantir a todos (as) os (as) profissionais
que apresente diagnóstico das necessidades de formação de da educação básica formação continuada em sua área de
profissionais da educação e da capacidade de atendimento, por atuação, considerando as necessidades, demandas e
parte de instituições públicas e comunitárias de educação contextualizações dos sistemas de ensino.
superior existentes nos Estados, Distrito Federal e Municípios, Estratégias:
e defina obrigações recíprocas entre os partícipes; 16.1) realizar, em regime de colaboração, o planejamento
15.2) consolidar o financiamento estudantil a estudantes estratégico para dimensionamento da demanda por formação
matriculados em cursos de licenciatura com avaliação positiva continuada e fomentar a respectiva oferta por parte das
pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - instituições públicas de educação superior, de forma orgânica

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e articulada às políticas de formação dos Estados, do Distrito definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da
Federal e dos Municípios; Constituição Federal.
16.2) consolidar política nacional de formação de Estratégias:
professores e professoras da educação básica, definindo 18.1) estruturar as redes públicas de educação básica de
diretrizes nacionais, áreas prioritárias, instituições modo que, até o início do terceiro ano de vigência deste PNE,
formadoras e processos de certificação das atividades 90% (noventa por cento), no mínimo, dos respectivos
formativas; profissionais do magistério e 50% (cinquenta por cento), no
16.3) expandir programa de composição de acervo de mínimo, dos respectivos profissionais da educação não
obras didáticas, paradidáticas e de literatura e de dicionários, docentes sejam ocupantes de cargos de provimento efetivo e
e programa específico de acesso a bens culturais, incluindo estejam em exercício nas redes escolares a que se encontrem
obras e materiais produzidos em Libras e em Braille, sem vinculados;
prejuízo de outros, a serem disponibilizados para os 18.2) implantar, nas redes públicas de educação básica e
professores e as professoras da rede pública de educação superior, acompanhamento dos profissionais iniciantes,
básica, favorecendo a construção do conhecimento e a supervisionados por equipe de profissionais experientes, a fim
valorização da cultura da investigação; de fundamentar, com base em avaliação documentada, a
16.4) ampliar e consolidar portal eletrônico para subsidiar decisão pela efetivação após o estágio probatório e oferecer,
a atuação dos professores e das professoras da educação durante esse período, curso de aprofundamento de estudos na
básica, disponibilizando gratuitamente materiais didáticos e área de atuação do (a) professor (a), com destaque para os
pedagógicos suplementares, inclusive aqueles com formato conteúdos a serem ensinados e as metodologias de ensino de
acessível; cada disciplina;
16.5) ampliar a oferta de bolsas de estudo para pós- 18.3) realizar, por iniciativa do Ministério da Educação, a
graduação dos professores e das professoras e demais cada 2 (dois) anos a partir do segundo ano de vigência deste
profissionais da educação básica; PNE, prova nacional para subsidiar os Estados, o Distrito
16.6) fortalecer a formação dos professores e das Federal e os Municípios, mediante adesão, na realização de
professoras das escolas públicas de educação básica, por meio concursos públicos de admissão de profissionais do magistério
da implementação das ações do Plano Nacional do Livro e da educação básica pública;
Leitura e da instituição de programa nacional de 18.4) prever, nos planos de Carreira dos profissionais da
disponibilização de recursos para acesso a bens culturais pelo educação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
magistério público. licenças remuneradas e incentivos para qualificação
profissional, inclusive em nível de pós-graduação stricto
Meta 17: sensu;
18.5) realizar anualmente, a partir do segundo ano de
valorizar os (as) profissionais do magistério das redes vigência deste PNE, por iniciativa do Ministério da Educação,
públicas de educação básica de forma a equiparar seu em regime de colaboração, o censo dos (as) profissionais da
rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com educação básica de outros segmentos que não os do
escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência magistério;
deste PNE. 18.6) considerar as especificidades socioculturais das
Estratégias: escolas do campo e das comunidades indígenas e quilombolas
17.1) constituir, por iniciativa do Ministério da Educação, no provimento de cargos efetivos para essas escolas;
até o final do primeiro ano de vigência deste PNE, fórum 18.7) priorizar o repasse de transferências federais
permanente, com representação da União, dos Estados, do voluntárias, na área de educação, para os Estados, o Distrito
Distrito Federal, dos Municípios e dos trabalhadores da Federal e os Municípios que tenham aprovado lei específica
educação, para acompanhamento da atualização progressiva estabelecendo planos de Carreira para os (as) profissionais da
do valor do piso salarial nacional para os profissionais do educação;
magistério público da educação básica; 18.8) estimular a existência de comissões permanentes de
17.2) constituir como tarefa do fórum permanente o profissionais da educação de todos os sistemas de ensino, em
acompanhamento da evolução salarial por meio de todas as instâncias da Federação, para subsidiar os órgãos
indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - competentes na elaboração, reestruturação e implementação
PNAD, periodicamente divulgados pela Fundação Instituto dos planos de Carreira.
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
17.3) implementar, no âmbito da União, dos Estados, do Meta 19:
Distrito Federal e dos Municípios, planos de Carreira para os
(as) profissionais do magistério das redes públicas de assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a
educação básica, observados os critérios estabelecidos na Lei efetivação da gestão democrática da educação, associada a
no 11.738, de 16 de julho de 2008, com implantação gradual critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública
do cumprimento da jornada de trabalho em um único à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas,
estabelecimento escolar; prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.
17.4) ampliar a assistência financeira específica da União Estratégias:
aos entes federados para implementação de políticas de 19.1) priorizar o repasse de transferências voluntárias da
valorização dos (as) profissionais do magistério, em particular União na área da educação para os entes federados que
o piso salarial nacional profissional. tenham aprovado legislação específica que regulamente a
matéria na área de sua abrangência, respeitando-se a
Meta 18: legislação nacional, e que considere, conjuntamente, para a
nomeação dos diretores e diretoras de escola, critérios
assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos técnicos de mérito e desempenho, bem como a participação da
de Carreira para os (as) profissionais da educação básica e comunidade escolar;
superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano 19.2) ampliar os programas de apoio e formação aos (às)
de Carreira dos (as) profissionais da educação básica pública, conselheiros (as) dos conselhos de acompanhamento e
tomar como referência o piso salarial nacional profissional, controle social do Fundeb, dos conselhos de alimentação
escolar, dos conselhos regionais e de outros e aos (às)

Legislação 106
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APOSTILAS OPÇÃO

representantes educacionais em demais conselhos de transparência e a capacitação dos membros de conselhos de


acompanhamento de políticas públicas, garantindo a esses acompanhamento e controle social do Fundeb, com a
colegiados recursos financeiros, espaço físico adequado, colaboração entre o Ministério da Educação, as Secretarias de
equipamentos e meios de transporte para visitas à rede Educação dos Estados e dos Municípios e os Tribunais de
escolar, com vistas ao bom desempenho de suas funções; Contas da União, dos Estados e dos Municípios;
19.3) incentivar os Estados, o Distrito Federal e os 20.5) desenvolver, por meio do Instituto Nacional de
Municípios a constituírem Fóruns Permanentes de Educação, Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP,
com o intuito de coordenar as conferências municipais, estudos e acompanhamento regular dos investimentos e
estaduais e distrital bem como efetuar o acompanhamento da custos por aluno da educação básica e superior pública, em
execução deste PNE e dos seus planos de educação; todas as suas etapas e modalidades;
19.4) estimular, em todas as redes de educação básica, a 20.6) no prazo de 2 (dois) anos da vigência deste PNE, será
constituição e o fortalecimento de grêmios estudantis e implantado o Custo Aluno-Qualidade inicial - CAQi,
associações de pais, assegurando-se lhes, inclusive, espaços referenciado no conjunto de padrões mínimos estabelecidos
adequados e condições de funcionamento nas escolas e na legislação educacional e cujo financiamento será calculado
fomentando a sua articulação orgânica com os conselhos com base nos respectivos insumos indispensáveis ao processo
escolares, por meio das respectivas representações; de ensino-aprendizagem e será progressivamente reajustado
19.5) estimular a constituição e o fortalecimento de até a implementação plena do Custo Aluno Qualidade - CAQ;
conselhos escolares e conselhos municipais de educação, como 20.7) implementar o Custo Aluno Qualidade - CAQ como
instrumentos de participação e fiscalização na gestão escolar e parâmetro para o financiamento da educação de todas etapas
educacional, inclusive por meio de programas de formação de e modalidades da educação básica, a partir do cálculo e do
conselheiros, assegurando-se condições de funcionamento acompanhamento regular dos indicadores de gastos
autônomo; educacionais com investimentos em qualificação e
19.6) estimular a participação e a consulta de profissionais remuneração do pessoal docente e dos demais profissionais da
da educação, alunos (as) e seus familiares na formulação dos educação pública, em aquisição, manutenção, construção e
projetos político-pedagógicos, currículos escolares, planos de conservação de instalações e equipamentos necessários ao
gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a ensino e em aquisição de material didático-escolar,
participação dos pais na avaliação de docentes e gestores alimentação e transporte escolar;
escolares; 20.8) o CAQ será definido no prazo de 3 (três) anos e será
19.7) favorecer processos de autonomia pedagógica, continuamente ajustado, com base em metodologia formulada
administrativa e de gestão financeira nos estabelecimentos de pelo Ministério da Educação - MEC, e acompanhado pelo
ensino; Fórum Nacional de Educação - FNE, pelo Conselho Nacional de
19.8) desenvolver programas de formação de diretores e Educação - CNE e pelas Comissões de Educação da Câmara dos
gestores escolares, bem como aplicar prova nacional Deputados e de Educação, Cultura e Esportes do Senado
específica, a fim de subsidiar a definição de critérios objetivos Federal;
para o provimento dos cargos, cujos resultados possam ser 20.9) regulamentar o parágrafo único do art. 23 e o art. 211
utilizados por adesão. da Constituição Federal, no prazo de 2 (dois) anos, por lei
complementar, de forma a estabelecer as normas de
Meta 20: cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, em matéria educacional, e a articulação do sistema
ampliar o investimento público em educação pública de nacional de educação em regime de colaboração, com
forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) equilíbrio na repartição das responsabilidades e dos recursos
do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5º (quinto) ano de e efetivo cumprimento das funções redistributiva e supletiva
vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por da União no combate às desigualdades educacionais regionais,
cento) do PIB ao final do decênio. com especial atenção às regiões Norte e Nordeste
Estratégias: 20.10) caberá à União, na forma da lei, a complementação
20.1) garantir fontes de financiamento permanentes e de recursos financeiros a todos os Estados, ao Distrito Federal
sustentáveis para todos os níveis, etapas e modalidades da e aos Municípios que não conseguirem atingir o valor do CAQi
educação básica, observando-se as políticas de colaboração e, posteriormente, do CAQ;
entre os entes federados, em especial as decorrentes do art. 60 20.11) aprovar, no prazo de 1 (um) ano, Lei de
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e do § 1° Responsabilidade Educacional, assegurando padrão de
do art. 75 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que qualidade na educação básica, em cada sistema e rede de
tratam da capacidade de atendimento e do esforço fiscal de ensino, aferida pelo processo de metas de qualidade aferidas
cada ente federado, com vistas a atender suas demandas por institutos oficiais de avaliação educacionais;
educacionais à luz do padrão de qualidade nacional; 20.12) definir critérios para distribuição dos recursos
20.2) aperfeiçoar e ampliar os mecanismos de adicionais dirigidos à educação ao longo do decênio, que
acompanhamento da arrecadação da contribuição social do considerem a equalização das oportunidades educacionais, a
salário-educação; vulnerabilidade socioeconômica e o compromisso técnico e de
20.3) destinar à manutenção e desenvolvimento do ensino, gestão do sistema de ensino, a serem pactuados na instância
em acréscimo aos recursos vinculados nos termos do art. 212 prevista no § 5° do art. 7° desta Lei.
da Constituição Federal, na forma da lei específica, a parcela da
participação no resultado ou da compensação financeira pela Questões
exploração de petróleo e gás natural e outros recursos, com a
finalidade de cumprimento da meta prevista no inciso VI do 01. (SAP/SP - Analista Sócio Cultural-Pedagogia -
caput do art. 214 da Constituição Federal; VUNESP) O Plano Nacional de Educação (PNE) constitui-se em
20.4) fortalecer os mecanismos e os instrumentos que uma importante política educacional, traça diretrizes e metas
assegurem, nos termos do parágrafo único do art. 48 da Lei para a Educação no Brasil e tem prazo de até dez anos para que
Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, a transparência todas elas sejam cumpridas. Entre as principais metas estão a
e o controle social na utilização dos recursos públicos melhoria da qualidade do ensino e a erradicação do
aplicados em educação, especialmente a realização de analfabetismo. É correto afirmar que o PNE é um plano
audiências públicas, a criação de portais eletrônicos de (A) global, de toda a educação.

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(B) da União. consideração a responsabilidade dos Institutos na ordenação


(C) de governo. territorial, sua vinculação com arranjos produtivos, sociais e
(D) da Secretaria de Educação. culturais locais e regionais, bem como a interiorização da
(E) da rede de ensino estadual ou municipal. educação profissional.
(C) Elevar gradualmente o investimento em programas de
02. (Prefeitura de Macapá/AP - Pedagogo - FCC/2018) assistência estudantil e mecanismos de mobilidade acadêmica,
Para financiar as metas do Plano Nacional de Educação (2014- visando a garantir as condições necessárias à permanência dos
2024), em acréscimo aos recursos vinculados na Constituição, estudantes e à conclusão dos cursos técnicos de nível médio.
além de outros recursos inscritos em lei, está previsto, na meta (D) Reduzir as desigualdades étnico-raciais e regionais no
20, da Lei n° 13.005/2014, ampliar o investimento público de acesso e permanência na educação profissional técnica de
forma a atingir o equivalente a nível médio, inclusive mediante a adoção de políticas
(A) 10% do PIB, ao final do decênio. afirmativas
(B) 7% do PIB, ao final do decênio. (E) Otimizar a capacidade dos recursos físicos e humanos
(C) 10% do PIB, no 15° ano de vigência da lei. já existentes nas Instituições da Rede Federal de Educação
(D) 12% do PIB, nos 12 primeiros anos de vigência da lei. Profissional Científica e Tecnológica mediante ações
(E) 1% de aumento do PIB, a cada ano, durante os planejadas e coordenadas de forma a ampliar e interiorizar o
primeiros dez anos da vigência da lei. acesso à educação profissional.

03. (IF/SP - Professor - FUNDEP) Sobre o Plano Nacional Gabarito


de Educação (PNE), é INCORRETO afirmar que
(A) o ‘Dia do Plano Nacional de Educação’, é comemorado, 01.A / 02.A / 03.C / 04.B / 05.E
anualmente, em 12 de dezembro.
(B) entre os seus objetivos está o da democratização da
gestão do ensino público, nos estabelecimentos oficiais.
(C) compete exclusivamente ao Estado, com base no Plano 6. Diretrizes Curriculares
Nacional de Educação, elaborar o plano decenal. Nacionais da Educação Básica.
(D) para esse plano, a melhoria da qualidade do ensino
perpassa pela valorização do magistério, uma vez que os
docentes exercem um papel decisivo no processo educacional.
PARECER CNE/CEB Nº: 7/20105
04. (IF/SC - Técnico de Laboratório) Em 2014, após anos
de construção foi aprovado o Plano Nacional de Educação - DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS GERAIS PARA
PNE, por meio da Lei nº 13.005, com vistas a dar cumprimento A EDUCAÇÃO BÁSICA
ao artigo 214 da Constituição Federal Brasileira. Sobre o PNE,
analise as assertivas abaixo. I - RELATÓRIO
I. São diretrizes do PNE a erradicação do analfabetismo e a
promoção do princípio da gestão democrática da educação 1.Histórico
pública.
II. A execução do PNE e o cumprimento de suas metas Na organização do Estado brasileiro, a matéria educacional
serão objeto de monitoramento contínuo e de avaliações é conferida pela Lei nº 9.394/96, de Diretrizes e Bases da
periódicas ao longo dos 10 (dez) anos de sua vigência. Educação Nacional (LDB), aos diversos entes federativos:
III. Compete ao INEP divulgar os resultados do União, Distrito Federal, Estados e Municípios, sendo que a cada
monitoramento e das avaliações em seu sítio institucional. um deles compete organizar seu sistema de ensino, cabendo,
Assinale a alternativa que contém a resposta CORRETA. ainda, à União a coordenação da política nacional de educação,
(A) Apenas as assertivas I e III são verdadeiras. articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função
(B) Apenas a assertiva III é falsa normativa, redistributiva e supletiva (artigos 8º, 9º, 10 e 11).
(C) Apenas a assertiva II é falsa. No tocante à Educação Básica, é relevante destacar que,
(D) Apenas a assertiva III é verdadeira. entre as incumbências prescritas pela LDB aos Estados e ao
(E) Apenas assertiva I é verdadeira. Distrito Federal, está assegurar o Ensino Fundamental e
oferecer, com prioridade, o Ensino Médio a todos que o
05. (IF/SC - Técnico de Laboratório) O Plano Nacional de demandarem. E ao Distrito Federal e aos Municípios cabe
Educação - PNE aprovado em 2014 ao se tratar oferecer a Educação Infantil em Creches e Pré-Escolas, e, com
especificamente da Educação Profissional, estabeleceu em sua prioridade, o Ensino Fundamental.
Meta 11 - triplicar as matrículas da educação profissional Em que pese, entretanto, a autonomia dada aos vários
técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e sistemas, a LDB, no inciso IV do seu artigo 9º, atribui à União
pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal
segmento público. e os municípios, competências e diretrizes para a Educação
São estratégias para atingir a Meta 11 do PNE nos Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão
próximos 10 anos, EXCETO. os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar
(A) Elevar gradualmente a taxa de conclusão média dos formação básica comum.
cursos técnicos de nível médio na Rede Federal de Educação A formulação de Diretrizes Curriculares Nacionais
Profissional, Científica e Tecnológica para 90% (noventa por constitui, portanto, atribuição federal, que é exercida pelo
cento) e elevar, nos cursos presenciais, a relação de alunos por Conselho Nacional de Educação (CNE), nos termos da LDB e da
professor para 20 (vinte). Lei nº 9.131/95, que o instituiu. Esta lei define, na alínea “c” do
(B) Expandir as matrículas de educação profissional seu artigo 9º, entre as atribuições de sua Câmara de Educação
técnica de nível médio na Rede Federal de Educação Básica (CEB), deliberar sobre as Diretrizes Curriculares
Profissional, Científica e Tecnológica, levando em propostas pelo Ministério da Educação. Esta competência para

5http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download

&alias=5367-pceb007-10&category_slug=maio-2010-pdf&Itemid=30192

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definir as Diretrizes Curriculares Nacionais torna-as Municipais de Educação, Conselho dos Secretários Estaduais
mandatórias para todos os sistemas. Ademais, atribui-lhe, de Educação, União Nacional dos Dirigentes Municipais de
entre outras, a responsabilidade de assegurar a participação Educação, e entidades representativas dos profissionais da
da sociedade no aperfeiçoamento da educação nacional (artigo educação, das instituições de formação de professores, das
7º da Lei nº 4.024/61, com redação dada pela Lei 8.131/95), mantenedoras do ensino privado e de pesquisadores em
razão pela qual as diretrizes constitutivas deste Parecer educação.
consideram o exame das avaliações por elas apresentadas, Para a definição e o desenvolvimento da metodologia
durante o processo de implementação da LDB. destinada à elaboração deste Parecer, inicialmente, foi
O sentido adotado neste Parecer para diretrizes está constituída uma comissão que selecionou interrogações e
formulado na Resolução CNE/CEB nº 2/98, que as delimita temas estimuladores dos debates, a fim de subsidiar a
como conjunto de definições doutrinárias sobre princípios, elaboração do documento preliminar visando às Diretrizes
fundamentos e procedimentos na Educação Básica (...) que Curriculares Nacionais para a Educação Básica, sob a
orientarão as escolas brasileiras dos sistemas de ensino, na coordenação da então relatora, conselheira Maria Beatriz
organização, na articulação, no desenvolvimento e na avaliação Luce. (Portaria CNE/CEB nº 1/2006)
de suas propostas pedagógicas. A comissão promoveu uma mobilização nacional das
Por outro lado, a necessidade de definição de Diretrizes diferentes entidades e instituições que atuam na Educação
Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica está Básica no País, mediante:
posta pela emergência da atualização das políticas
educacionais que consubstanciem o direito de todo brasileiro I - encontros descentralizados com a participação de
à formação humana e cidadã e à formação profissional, na Municípios e Estados, que reuniram escolas públicas e
vivência e convivência em ambiente educativo. Têm estas particulares, mediante audiências públicas regionais,
Diretrizes por objetivos: viabilizando ampla efetivação de manifestações;
II - revisões de documentos relacionados com a Educação
I - sistematizar os princípios e diretrizes gerais da Educação Básica, pelo CNE/CEB, com o objetivo de promover a
Básica contidos na Constituição, na LDB e demais dispositivos atualização motivadora do trabalho das entidades, efetivadas,
legais, traduzindo-os em orientações que contribuam para simultaneamente, com a discussão do regime de colaboração
assegurar a formação básica comum nacional, tendo como foco entre os sistemas educacionais, contando, portanto, com a
os sujeitos que dão vida ao currículo e à escola; participação dos conselhos estaduais e municipais.
II - estimular a reflexão crítica e propositiva que deve
subsidiar a formulação, execução e avaliação do projeto Inicialmente, partiu-se da avaliação das diretrizes
político-pedagógico da escola de Educação Básica; destinadas à Educação Básica que, até então, haviam sido
III - orientar os cursos de formação inicial e continuada de estabelecidas por etapa e modalidade, ou seja, expressando-se
profissionais - docentes, técnicos, funcionários - da Educação nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil;
Básica, os sistemas educativos dos diferentes entes federados e para o Ensino Fundamental; para o Ensino Médio; para a
as escolas que os integram, indistintamente da rede a que Educação de Jovens e Adultos; para a Educação do Campo;
pertençam. para a Educação Especial; e para a Educação Escolar Indígena.
Ainda em novembro de 2006, em Brasília, foi realizado o
Nesse sentido, as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais Seminário Nacional Currículo em Debate, promovido pela
para a Educação Básica visam estabelecer bases comuns Secretaria de Educação Básica/MEC, com a participação de
nacionais para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o representantes dos Estados e Municípios. Durante esse
Ensino Médio, bem como para as modalidades com que podem Seminário, a CEB realizou a sua trigésima sessão ordinária na
se apresentar, a partir das quais os sistemas federal, estaduais, qual promoveu Debate Nacional sobre as Diretrizes
distrital e municipais, por suas competências próprias e Curriculares para a Educação Básica, por etapas. Esse debate
complementares, formularão as suas orientações assegurando foi denominado Colóquio Nacional sobre as Diretrizes
a integração curricular das três etapas sequentes desse nível Curriculares Nacionais. A partir desse evento e dos demais que
da escolarização, essencialmente para compor um todo o sucederam, em 2007, e considerando a alteração do quadro
orgânico. de conselheiros do CNE e da CEB, criou-se, em 2009, nova
Além das avaliações que já ocorriam assistematicamente, comissão responsável pela elaboração dessas Diretrizes,
marcou o início da elaboração deste Parecer, particularmente, constituída por Adeum Hilário Sauer (presidente), Clélia
a Indicação CNE/CEB nº 3/2005, assinada pelo então Brandão Alvarenga Craveiro (relatora), Raimundo Moacir
conselheiro da CEB, Francisco Aparecido Cordão, na qual Mendes Feitosa e José Fernandes de Lima (Portaria CNE/CEB
constava a proposta de revisão das Diretrizes Curriculares nº 2/2009). Essa comissão reiniciou os trabalhos já
Nacionais para a Educação Infantil e para o Ensino organizados pela comissão anterior e, a partir de então, vem
Fundamental. Nessa Indicação, justificava-se que tais acompanhando os estudos promovidos pelo MEC sobre
Diretrizes encontravam-se defasadas, segundo avaliação currículo em movimento, no sentido de atuar articulada e
nacional sobre a matéria nos últimos anos, e superadas em integradamente com essa instância educacional.
decorrência dos últimos atos legais e normativos, Durante essa trajetória, os temas considerados pertinentes
particularmente ao tratar da matrícula no Ensino à matéria objeto deste Parecer passaram a se constituir nas
Fundamental de crianças de 6 (seis) anos e consequente seguintes ideias-força:
ampliação do Ensino Fundamental para 9 (nove) anos de
duração. Imprescindível acrescentar que a nova redação do I - as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a
inciso I do artigo 208 da nossa Carta Magna, dada pela Emenda Educação Básica devem presidir as demais diretrizes
Constitucional nº 59/2009, assegura Educação Básica curriculares específicas para as etapas e modalidades,
obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, inclusive a contemplando o conceito de Educação Básica, princípios de
sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso organicidade, sequencialidade e articulação, relação entre as
na idade própria. etapas e modalidades: articulação, integração e transição;
Nesta perspectiva, o processo de formulação destas II - o papel do Estado na garantia do direito à educação de
Diretrizes foi acordado, em 2006, pela Câmara de Educação qualidade, considerando que a educação, enquanto direito
Básica com as entidades: Fórum Nacional dos Conselhos inalienável de todos os cidadãos, é condição primeira para o
Estaduais de Educação, União Nacional dos Conselhos

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exercício pleno dos direitos: humanos, tanto dos direitos sociais XI - a realização da Conferência Nacional de Educação
e econômicos quanto dos direitos civis e políticos; (CONAE), com o tema central “Construindo um Sistema
III - a Educação Básica como direito e considerada, Nacional Articulado de Educação: Plano Nacional de Educação
contextualizadamente, em um projeto de Nação, em - Suas Diretrizes e Estratégias de Ação”, tencionando propor
consonância com os acontecimentos e suas determinações diretrizes e estratégias para a construção do PNE 2011-2020;
histórico-sociais e políticas no mundo; XII - a relevante alteração na Constituição, pela
IV - a dimensão articuladora da integração das diretrizes promulgação da Emenda Constitucional nº 59/2009, que, entre
curriculares compondo as três etapas e as modalidades da suas medidas, assegura Educação Básica obrigatória e gratuita
Educação Básica, fundamentadas na indissociabilidade dos dos 4 aos 17 anos de idade, inclusive a sua oferta gratuita para
conceitos referenciais de cuidar e educar; todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; assegura
V - a promoção e a ampliação do debate sobre a política o atendimento ao estudante, em todas as etapas da Educação
curricular que orienta a organização da Educação Básica como Básica, mediante programas suplementares de material
sistema educacional articulado e integrado; didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde,
VI - a democratização do acesso, permanência e sucesso bem como reduz, anualmente, a partir do exercício de 2009, o
escolar com qualidade social, científica, cultural; percentual da Desvinculação das Receitas da União incidente
VII - a articulação da educação escolar com o mundo do sobre os recursos destinados à manutenção e ao
trabalho e a prática social; desenvolvimento do ensino.
VIII - a gestão democrática e a avaliação; Para a comissão, o desafio consistia em interpretar essa
IX - a formação e a valorização dos profissionais da realidade e apresentar orientações sobre a concepção e
educação; organização da Educação Básica como sistema educacional,
X - o financiamento da educação e o controle social. segundo três dimensões básicas: organicidade,
sequencialidade e articulação. Dispor sobre a formação básica
Ressalte-se que o momento em que estas Diretrizes nacional relacionando-a com a parte diversificada, e com a
Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica estão preparação para o trabalho e as práticas sociais, consiste,
sendo elaboradas é muito singular, pois, simultaneamente, as portanto, na formulação de princípios para outra lógica de
diretrizes das etapas da Educação Básica, também elas, diretriz curricular, que considere a formação humana de
passam por avaliação, por meio de contínua mobilização dos sujeitos concretos, que vivem em determinado meio ambiente,
representantes dos sistemas educativos de nível nacional, contexto histórico e sociocultural, com suas condições físicas,
estadual e municipal. A articulação entre os diferentes emocionais e intelectuais.
sistemas flui num contexto em que se vivem: Este Parecer deve contribuir, sobretudo, para o processo
de implementação pelos sistemas de ensino das Diretrizes
I - os resultados da Conferência Nacional da Educação Curriculares Nacionais específicas, para que se concretizem
Básica (2008); efetivamente nas escolas, minimizando o atual distanciamento
II - os 13 anos transcorridos de vigência da LDB e as existente entre as diretrizes e a sala de aula. Para a organização
inúmeras alterações nela introduzidas por várias leis, bem como das orientações contidas neste texto, optou-se por enunciá-las
a edição de outras leis que repercutem nos currículos da seguindo a disposição que ocupam na estrutura estabelecida
Educação Básica; na LDB, nas partes em que ficam previstos os princípios e fins
III - o penúltimo ano de vigência do Plano Nacional de da educação nacional; as orientações curriculares; a formação
Educação (PNE), que passa por avaliação, bem como a e valorização de profissionais da educação; direitos à educação
mobilização nacional em torno de subsídios para a elaboração e deveres de educar: Estado e família, incluindo-se o Estatuto
do PNE para o período 2011-2020; da Criança e do Adolescente (ECA) Lei nº 8.069/90 e a
IV - a aprovação do Fundo de Manutenção e Declaração Universal dos Direitos Humanos. Essas referências
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos levaram em conta, igualmente, os dispositivos sobre a
Professores da Educação (FUNDEB), regulado pela Lei nº Educação Básica constantes da Carta Magna que orienta a
11.494/2007, que fixa percentual de recursos a todas as etapas Nação brasileira, relatórios de pesquisas sobre educação e
e modalidades da Educação Básica; produções teóricas versando sobre sociedade e educação.
V - a criação do Conselho Técnico Científico (CTC) da Com treze anos de vigência já completados, a LDB recebeu
Educação Básica, da Coordenação de Aperfeiçoamento de várias alterações, particularmente no referente à Educação
Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação Básica, em suas diferentes etapas e modalidades.
(Capes/MEC); Após a edição da Lei nº 9.475/1997, que alterou o artigo
VI - a formulação, aprovação e implantação das medidas 33 da LDB, prevendo a obrigatoriedade do respeito à
expressas na Lei nº 11.738/2008, que regulamenta o piso diversidade cultural religiosa do Brasil, outras leis
salarial profissional nacional para os profissionais do modificaram-na quanto à Educação Básica.
magistério público da Educação Básica; A maior parte dessas modificações tem relevância social,
VII - a criação do Fórum Nacional dos Conselhos de porque, além de reorganizarem aspectos da Educação Básica,
Educação, objetivando prática de regime de colaboração entre ampliam o acesso das crianças ao mundo letrado, asseguram-
o CNE, o Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação lhes outros benefícios concretos que contribuem para o seu
e a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação; desenvolvimento pleno, orientado por profissionais da
VIII - a instituição da política nacional de formação de educação especializados. Nesse sentido, destaca-se que a LDB
profissionais do magistério da Educação Básica (Decreto nº foi alterada pela Lei nº 10.287/2001 para responsabilizar a
6.755, de 29 de janeiro de 2009); escola, o Conselho Tutelar do Município, o juiz competente da
IX - a aprovação do Parecer CNE/CEB nº 9/2009 e da Comarca e o representante do Ministério Público pelo
Resolução CNE/CEB nº 2/2009, que institui as Diretrizes acompanhamento sistemático do percurso escolar das
Nacionais para os Planos de Carreira e Remuneração dos crianças e dos jovens. Este é, sem dúvida, um dos mecanismos
Profissionais do Magistério da Educação Básica Pública, que que, se for efetivado de modo contínuo, pode contribuir
devem ter sido implantados até dezembro de 2009; significativamente para a permanência do estudante na escola.
X - as recentes avaliações do PNE, sistematizadas pelo CNE, Destaca-se, também, que foi incluído, pela Lei nº 11.700/2008,
expressas no documento Subsídios para Elaboração do PNE o inciso X no artigo 4º, fixando como dever do Estado efetivar
Considerações Iniciais. Desafios para a Construção do PNE a garantia de vaga na escola pública de Educação Infantil ou de
(Portaria CNE/CP nº 10/2009); Ensino Fundamental mais próxima de sua residência a toda

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criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de universalização do Ensino Médio gratuito e para assegurar o
idade. atendimento de todos os interessados ao Ensino Médio
Há leis, por outro lado, que não alteram a redação da LDB, público. De todo modo, o inciso VII do mesmo artigo já
porém agregam-lhe complementações, como a Lei nº estabelecia que se deve garantir a oferta de educação escolar
9.795/99, que dispõe sobre a Educação Ambiental e institui a regular para jovens e adultos, com características e
Política Nacional de Educação Ambiental; a Lei nº modalidades adequadas às suas necessidades e
10.436/2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores
(LIBRAS); a Lei nº 10.741/2003, que dispõe sobre o Estatuto as condições de acesso e permanência na escola.
do Idoso; a Lei nº 9.503/97, que institui o Código de Trânsito O acesso ganhou força constitucional, agora para quase
Brasileiro; a Lei nº 11.161/2005, que dispõe sobre o ensino da todo o conjunto da Educação Básica (excetuada a fase inicial
Língua Espanhola; e o Decreto nº 6.949/2009, que promulga a da Educação Infantil, da Creche), com a nova redação dada ao
Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com inciso I do artigo 208 da nossa Carta Magna, que assegura a
Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova Educação Básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de
York, em 30 de março de 2007. idade, inclusive a gratuita para todos os que a ela não tiveram
É relevante lembrar que a Constituição Federal, acima de acesso na idade própria, sendo sua implementação
todas as leis, no seu inciso XXV do artigo 7º, determina que um progressiva, até 2016, nos termos do Plano Nacional de
dos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais e, portanto, Educação, com apoio técnico e financeiro da União.
obrigação das empresas, é a assistência gratuita aos filhos e Além do PNE, outros subsídios têm orientado as políticas
dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade públicas para a educação no Brasil, entre eles as avaliações do
em Creches e Pré-Escolas. Embora redundante, registre-se que Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), da Prova
todas as Creches e Pré-Escolas devem estar integradas ao Brasil e do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM),
respectivo sistema de ensino (artigo 89 da LDB). definidas como constitutivas do Sistema de Avaliação da
A LDB, com suas alterações, e demais atos legais Qualidade da Oferta de Cursos no País. Destaca-se que tais
desempenham papel necessário, por sua função referencial programas têm suscitado interrogações também na Câmara de
obrigatória para os diferentes sistemas e redes educativos. Educação Básica do CNE, entre outras instâncias acadêmicas:
Pode-se afirmar, sem sombra de dúvida, que ainda está em teriam eles consonância com a realidade das escolas?
curso o processo de implementação dos princípios e das Esses programas levam em consideração a identidade de
finalidades definidos constitucional e legalmente para orientar cada sistema, de cada unidade escolar? O fracasso do escolar,
o projeto educativo do País, cujos resultados ainda não são averiguado por esses programas de avaliação, não estaria
satisfatórios, até porque o texto da Lei, por si só, não se traduz expressando o resultado da forma como se processa a
em elemento indutor de mudança. Ele requer esforço avaliação, não estando de acordo com a maneira como a escola
conjugado por parte dos órgãos responsáveis pelo e os professores planejam e operam o currículo? O sistema de
cumprimento do que os atos regulatórios preveem. avaliação aplicado guardaria relação com o que efetivamente
No desempenho de suas competências, o CNE iniciou, em acontece na concretude das escolas brasileiras?
1997, a produção de orientações normativas nacionais, Como consequência desse método de avaliação externa, os
visando à implantação da Educação Básica, sendo a primeira o estudantes crianças não estariam sendo punidos com
Parecer CNE/CEB nº 5/97, de lavra do conselheiro Ulysses de resultados péssimos e reportagens terríveis? E mais, os
Oliveira Panisset. A partir de então, foram editados pelo estudantes das escolas indígenas, entre outros de situações
Conselho Nacional de Educação pareceres e resoluções, em específicas, não estariam sendo afetados negativamente por
separado, para cada uma das etapas e modalidades. essas formas de avaliação?
No período de vigência do Plano Nacional de Educação Lamentavelmente, esses questionamentos não têm
(PNE), desde o seu início até 2008, constata-se que, embora em indicado alternativas para o aperfeiçoamento das avaliações
ritmo distinto, menos de um terço das unidades federadas (26 nacionais. Como se sabe, as avaliações ENEM e Prova Brasil
Estados e o Distrito Federal) apresentaram resposta positiva, vêm-se constituindo em políticas de Estado que subsidiam os
uma vez que, dentre eles, apenas 8 formularam e aprovaram sistemas na formulação de políticas públicas de equidade, bem
os seus planos de educação. Relendo a avaliação técnica do como proporcionam elementos aos municípios e escolas para
aprovaram os seus planos de educação. Relendo a avaliação localizarem as suas fragilidades e promoverem ações, na
técnica do PNE, promovida pela Comissão de Educação e tentativa de superá-las, por meio de metas integradas. Além
Cultura da Câmara dos Deputados (2004), pode-se constatar disso, é proposta do CNE o estabelecimento de uma Base
que, em todas as etapas e modalidades educativas Nacional Comum que terá como um dos objetivos nortear as
contempladas no PNE, três aspectos figuram reiteradamente: avaliações e a elaboração de livros didáticos e de outros
acesso, capacitação docente e infraestrutura. Em documentos pedagógicos.
contrapartida, nesse mesmo documento, é assinalado que a O processo de implantação e implementação do disposto
permanência e o sucesso do estudante na escola têm sido na alteração da LDB pela Lei nº 11.274/2006, que estabeleceu
objeto de pouca atenção. Em outros documentos acadêmicos e o ingresso da criança a partir dos seis anos de idade no Ensino
oficiais, são também aspectos que têm sido avaliados de modo Fundamental, tem como perspectivas melhorar as condições
descontínuo e escasso, embora a permanência se constitua em de equidade e qualidade da Educação Básica, estruturar um
exigência fixada no inciso I do artigo 3º da LDB. novo Ensino Fundamental e assegurar um alargamento do
Salienta-se que, além das condições para acesso à escola, tempo para as aprendizagens da alfabetização e do letramento.
há de se garantir a permanência nela, e com sucesso. Esta Se forem observados os dados estatísticos a partir da
exigência se constitui em um desafio de difícil concretização, relação entre duas datas referenciais - 2000 e 2008 -, tem-se
mas não impossível. O artigo 6º, da LDB, alterado pela Lei nº surpresa quanto ao quantitativo total de matriculados na
11.114/2005, prevê que é dever dos pais ou responsáveis Educação Básica, já que se constata redução de matrícula (-
efetuar a matrícula dos menores, a partir dos seis anos de 0,7%), em vez de elevação.
idade, no Ensino Fundamental. Contudo, embora se perceba uma redução de 20,6% no
Reforça-se, assim, a garantia de acesso a essas etapas da total da Educação Infantil, na Creche o crescimento foi
Educação Básica. Para o Ensino Médio, a oferta não era, expressivo, de 47,7%. Os números indicam que, no Ensino
originalmente, obrigatória, mas indicada como de extensão Fundamental e no Ensino Médio, há decréscimo de matrícula,
progressiva, porém, a Lei nº 12.061/2009 alterou o inciso II do o que trai a intenção nacional projetada em metas
artigo 4º e o inciso VI do artigo 10 da LDB, para garantir a constitutivas do Plano Nacional de Educação, pois, no

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primeiro, constata-se uma queda de -7,3% e, no segundo, de - conhecimento digno da humanidade na era planetária, pois um
8,4%. Uma pergunta inevitável é: em que medida as políticas dos princípios que orientam as sociedades contemporâneas é
educacionais estimularia a superação desse quadro e em quais a imprevisibilidade. As sociedades abertas não têm os
aspectos essas Diretrizes poderiam contribuir como indutoras caminhos traçados para um percurso inflexível e estável.
de mudanças favoráveis à reversão do que se coloca? Trata-se de enfrentar o acaso, a volatilidade e a
Há necessidade de aproximação da lógica dos discursos imprevisibilidade, e não programas sustentados em certezas.
normativos com a lógica social, ou seja, a dos papéis e das Há entendimento geral de que, durante a Década da
funções sociais em seu dinamismo. Um dos desafios, Educação (encerrada em 2007), entre as maiores conquistas
entretanto, está no que Miguel G. Arroyo (1999) aponta, por destaca-se a criação do FUNDEF, posteriormente
exemplo, em seu artigo, “Ciclos de desenvolvimento humano e transformado em FUNDEB. Este ampliou as condições efetivas
formação de educadores”, em que assinala que as diretrizes de apoio financeiro e de gestão às três etapas da Educação
para a educação nacional, quando normatizadas, não chegam Básica e suas modalidades, desde 2007. Do ponto de vista do
ao cerne do problema, porque não levam em conta a lógica apoio à Educação Básica, como totalidade, o FUNDEB
social. Com base no entendimento do autor, as diretrizes não apresenta sinais de que a gestão educacional e de políticas
preveem a preparação antecipada daqueles que deverão públicas poderá contribuir para a conquista da elevação da
implantá-las e implementá-las. O comentário do autor é qualidade da educação brasileira, se for assumida por todos os
ilustrativo por essa compreensão: não se implantarão que nela atuam, segundo os critérios da efetividade, relevância
propostas inovadoras listando o que teremos de inovar, e pertinência, tendo como foco as finalidades da educação
listando as competências que os educadores devem aprender nacional, conforme definem a Constituição Federal e a LDB,
e montando cursos de treinamento para formá-los. É (...) no bem como o Plano Nacional de Educação.
campo da formação de profissionais de Educação Básica onde Os recursos para a educação serão ainda ampliados com a
mais abundam as leis e os pareceres dos conselhos, os palpites desvinculação de recursos da União (DRU) aprovada pela já
fáceis de cada novo governante, das equipes técnicas, e até das destacada Emenda Constitucional nº 59/2009. Sem dúvida,
agências de financiamento, nacionais e internacionais (Arroyo, essa conquista, resultado das lutas sociais, pode contribuir
1999, p. 151). para a melhoria da qualidade social da ação educativa, em todo
Outro limite que tem sido apontado pela comunidade o País.
educativa, a ser considerado na formulação e implementação No que diz respeito às fontes de financiamento da
das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Educação Básica, em suas diferentes etapas e modalidades, no
Básica, é a desproporção existente entre as unidades entanto, verifica-se que há dispersão, o que tem repercutido
federadas do Brasil, sob diferentes pontos de vista: recursos desfavoravelmente na unidade da gestão das prioridades
financeiros, presença política, dimensão geográfica, educacionais voltadas para a conquista da qualidade social da
demografia, recursos naturais e, acima de tudo, traços educação escolar, inclusive em relação às metas previstas no
socioculturais. PNE 2001-2010. Apesar da relevância do FUNDEF, e agora com
Entre múltiplos fatores que podem ser destacados, o FUNDEB em fase inicial de implantação, ainda não se tem
acentua-se que, para alguns educadores que se manifestaram política financeira compatível com as exigências da Educação
durante os debates havidos em nível nacional, tendo como foco Básica em sua pluridimensionalidade e totalidade.
o cotidiano da escola e as diretrizes curriculares vigentes, há As políticas de formação dos profissionais da educação, as
um entendimento de que tanto as diretrizes curriculares, Diretrizes Curriculares Nacionais, os parâmetros de qualidade
quanto os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), definidos pelo Ministério da Educação, associados às normas
implementados pelo MEC de 1997 a 2002, transformaram-se dos sistemas educativos dos Estados, Distrito Federal e
em meros papéis. Preencheram uma lacuna de modo Municípios, são orientações cujo objetivo central é o de criar
equivocado e pouco dialógico, definindo as concepções condições para que seja possível melhorar o desempenho das
metodológicas a serem seguidas e o conhecimento a ser escolas, mediante ação de todos os seus sujeitos.
trabalhado no Ensino Fundamental e no Médio. Os PCNs Assume-se, portanto, que as Diretrizes Curriculares
teriam sido editados como obrigação de conteúdos a serem Nacionais Gerais para a Educação Básica terão como
contemplados no Brasil inteiro, como se fossem um roteiro, fundamento essencial a responsabilidade que o Estado
sugerindo entender que essa medida poderia ser orientação brasileiro, a família e a sociedade têm de garantir a
suficiente para assegurar a qualidade da educação para todos. democratização do acesso, inclusão, permanência e sucesso
Entretanto, a educação para todos não é viabilizada por das crianças, jovens e adultos na instituição educacional,
decreto, resolução, portaria ou similar, ou seja, não se efetiva sobretudo em idade própria a cada etapa e modalidade; a
tão somente por meio de prescrição de atividades de ensino ou aprendizagem para continuidade dos estudos; e a extensão da
de estabelecimento de parâmetros ou diretrizes curriculares: obrigatoriedade e da gratuidade da Educação Básica.
a educação de qualidade social é conquista e, como conquista
da sociedade brasileira, é manifestada pelos movimentos 2. Mérito
sociais, pois é direito de todos.
Essa conquista, simultaneamente, tão solitária e solidária Inicialmente, apresenta-se uma sintética reflexão sobre
quanto singular e coletiva, supõe aprender a articular o local e sociedade e a educação, a que se seguem orientações para a
o universal em diferentes tempos, espaços e grupos sociais Educação Básica, a partir dos princípios definidos
desde a primeira infância. A qualidade da educação para todos constitucionalmente e da contextualização apresentada no
exige compromisso e responsabilidade de todos os envolvidos histórico, tendo compromisso com a organicidade, a
no processo político, que o Projeto de Nação traçou, por meio sequencialidade e a articulação do conjunto total da Educação
da Constituição Federal e da LDB, cujos princípios e finalidades Básica, sua inserção na sociedade e seu papel na construção do
educacionais são desafiadores: em síntese, assegurando o Projeto Nacional. Visa-se à formulação das Diretrizes
direito inalienável de cada brasileiro conquistar uma formação Curriculares específicas para suas etapas e modalidades,
sustentada na continuidade de estudos, ou seja, como organizando-se com os seguintes itens:
temporalização de aprendizagens que complexifiquem a 1) Referências conceituais;
experiência de comungar sentidos que dão significado à 2) Sistema Nacional de Educação;
convivência. 3) Acesso e permanência para a conquista da qualidade
Há de se reconhecer, no entanto, que o desafio maior está social;
na necessidade de repensar as perspectivas de um

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4) Organização curricular: conceito, limites, ao mesmo tempo, capazes de intervir e problematizar as


possibilidades; formas de produção e de vida. A escola tem, diante de si, o
5) Organização da Educação Básica; desafio de sua própria recriação, pois tudo que a ela se refere
6) Elementos constitutivos para organização e constitui-se como invenção: os rituais escolares são invenções
implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para de um determinado contexto sociocultural em movimento.
a Educação Básica. A elaboração das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais
A sociedade, na sua história, constitui-se no locus da vida, para a Educação Básica pressupõe clareza em relação ao seu
das tramas sociais, dos encontros e desencontros nas suas papel de indicador de opções políticas, sociais, culturais,
mais diferentes dimensões. É nesse espaço que se inscreve a educacionais, e a função da educação, na sua relação com os
instituição escolar. O desenvolvimento da sociedade engendra objetivos constitucionais de projeto de Nação,
movimentos bastante complexos. Ao traduzir-se, ao mesmo fundamentando-se na cidadania e na dignidade da pessoa, o
tempo, em território, em cultura, em política, em economia, em que implica igualdade, liberdade, pluralidade, diversidade,
modo de vida, em educação, em religião e outras respeito, justiça social, solidariedade e sustentabilidade.
manifestações humanas, a sociedade, especialmente a
contemporânea, insere-se dialeticamente e movimenta-se na 2.1 Referências conceituais
continuidade e descontinuidade, na universalização e na Os fundamentos que orientam a Nação brasileira estão
fragmentação, no entrelaçamento e na ruptura que definidos constitucionalmente no artigo 1º da Constituição
conformam a sua face. Por isso, vive-se, hoje, a problemática Federal, que trata dos princípios fundamentais da cidadania e
da dispersão e ruptura, portanto, da superficialidade. Nessa da dignidade da pessoa humana, do pluralismo político, dos
dinâmica, inscreve-se a compreensão do projeto de Nação, o valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. Nessas bases,
da educação nacional e, neste, o da instituição escolar, com sua assentam-se os objetivos nacionais e, por consequência, o
organização, seu projeto e seu processo educativo em suas projeto educacional brasileiro: construir uma sociedade livre,
diferentes dimensões, etapas e modalidades. justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional;
O desafio posto pela contemporaneidade à educação é o de erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
garantir, contextualizadamente, o direito humano universal e desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos
social inalienável à educação. O direito universal não é passível sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
de ser analisado isoladamente, mas deve sê-lo em estreita outras formas de discriminação.
relação com outros direitos, especialmente, dos direitos civis e Esse conjunto de compromissos prevê também a defesa da
políticos e dos direitos de caráter subjetivo, sobre os quais paz; a autodeterminação dos povos; a prevalência dos direitos
incide decisivamente. Compreender e realizar a educação, humanos; o repúdio ao preconceito, à violência e ao
entendida como um direito individual humano e coletivo, terrorismo; e o equilíbrio do meio ambiente, bem de uso
implica considerar o seu poder de habilitar para o exercício de comum do povo e essencial à qualidade de vida, impondo-se
outros direitos, isto é, para potencializar o ser humano como ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e
cidadão pleno, de tal modo que este se torne apto para viver e preservá-lo para as presentes e as futuras gerações.
conviver em determinado ambiente, em sua dimensão As bases que dão sustentação ao projeto nacional de
planetária. A educação é, pois, processo e prática que se educação responsabilizam o poder público, a família, a
concretizam nas relações sociais que transcendem o espaço e sociedade e a escola pela garantia a todos os estudantes de um
o tempo escolares, tendo em vista os diferentes sujeitos que a ensino ministrado com base nos seguintes princípios:
demandam. Educação consiste, portanto, no processo de
socialização da cultura da vida, no qual se constroem, se I - igualdade de condições para o acesso, inclusão,
mantêm e se transformam saberes, conhecimentos e valores. permanência e sucesso na escola;
Exige-se, pois, problematizar o desenho organizacional da II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
instituição escolar, que não tem conseguido responder às cultura, o pensamento, a arte e o saber;
singularidades dos sujeitos que a compõem. Torna-se III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
inadiável trazer para o debate os princípios e as práticas de um IV - respeito à liberdade e aos direitos;
processo de inclusão social, que garanta o acesso e considere a V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
diversidade humana, social, cultural, econômica dos grupos VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos
historicamente excluídos. Trata-se das questões de classe, oficiais;
gênero, raça, etnia, geração, constituídas por categorias que se VII - valorização do profissional da educação escolar;
entrelaçam na vida social pobres, mulheres, afrodescendentes, VIII - gestão democrática do ensino público, na forma da
indígenas, pessoas com deficiência, as populações do campo, legislação e normas dos sistemas de ensino;
os de diferentes orientações sexuais, os sujeitos albergados, IX - garantia de padrão de qualidade;
aqueles em situação de rua, em privação de liberdade todos X - valorização da experiência extraescolar;
que compõem a diversidade que é a sociedade brasileira e que XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as
começam a ser contemplados pelas políticas públicas. práticas sociais.
Para que se conquiste a inclusão social, a educação escolar
deve fundamentar-se na ética e nos valores da liberdade, na Além das finalidades da educação nacional enunciadas na
justiça social, na pluralidade, na solidariedade e na Constituição Federal (artigo 205) e na LDB (artigo 2º), que têm
sustentabilidade, cuja finalidade é o pleno desenvolvimento de como foco o pleno desenvolvimento da pessoa, a preparação
seus sujeitos, nas dimensões individual e social de cidadãos para o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho,
conscientes de seus direitos e deveres, compromissados com a deve-se considerar integradamente o previsto no ECA (Lei nº
transformação social. Diante dessa concepção de educação, a 8.069/90), o qual assegura, à criança e ao adolescente de até
escola é uma organização temporal, que deve ser menos rígida, 18 anos, todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa, as
segmentada e uniforme, a fim de que os estudantes, oportunidades oferecidas para o desenvolvimento físico,
indistintamente, possam adequar seus tempos de mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e
aprendizagens de modo menos homogêneo e idealizado. de dignidade. São direitos referentes à vida, à saúde, à
A escola, face às exigências da Educação Básica, precisa ser alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
reinventada: priorizar processos capazes de gerar sujeitos profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito mútuo, à
inventivos, participativos, cooperativos, preparados para liberdade, à convivência familiar e comunitária (artigos 2º, 3º
diversificadas inserções sociais, políticas, culturais, laborais e, e 4º).

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A Educação Básica é direito universal e alicerce A segunda é de inquietação, sentido de responsabilidade, isto
indispensável para a capacidade de exercer em plenitude o é, de cogitar, pensar, manter atenção, mostrar interesse,
direto à cidadania. É o tempo, o espaço e o contexto em que o revelar atitude de desvelo, sem perder a ternura (Boff, 1999,
sujeito aprende a constituir e reconstituir a sua identidade, em p. 91), compromisso com a formação do sujeito livre e
meio a transformações corporais, afetivo-emocionais, independente daqueles que o estão gerando como ser humano
socioemocionais, cognitivas e socioculturais, respeitando e capaz de conduzir o seu processo formativo, com autonomia e
valorizando as diferenças. Liberdade e pluralidade tornam-se, ética.
portanto, exigências do projeto educacional. Cuidado é, pois, um princípio que norteia a atitude, o modo
Da aquisição plena desse direito depende a possibilidade prático de realizar-se, de viver e conviver no mundo. Por isso,
de exercitar todos os demais direitos, definidos na na escola, o processo educativo não comporta uma atitude
Constituição, no ECA, na legislação ordinária e nas inúmeras parcial, fragmentada, recortada da ação humana, baseada
disposições legais que consagram as prerrogativas do cidadão somente numa racionalidade estratégico-procedimental.
brasileiro. Somente um ser educado terá condição efetiva de Inclui ampliação das dimensões constitutivas do trabalho
participação social, ciente e consciente de seus direitos e pedagógico, mediante verificação das condições de
deveres civis, sociais, políticos, econômicos e éticos. aprendizagem apresentadas pelo estudante e busca de
Nessa perspectiva, é oportuno e necessário considerar as soluções junto à família, aos órgãos do poder público, a
dimensões do educar e do cuidar, em sua inseparabilidade, diferentes segmentos da sociedade. Seu horizonte de ação
buscando recuperar, para a função social da Educação Básica, abrange a vida humana em sua globalidade. É essa concepção
a sua centralidade, que é o estudante. Cuidar e educar iniciam- de educação integral que deve orientar a organização da
se na Educação Infantil, ações destinadas a crianças a partir de escola, o conjunto de atividades nela realizadas, bem como as
zero ano, que devem ser estendidas ao Ensino Fundamental, políticas sociais que se relacionam com as práticas
Médio e posteriores. educacionais. Em cada criança, adolescente, jovem ou adulto,
Cuidar e educar significa compreender que o direito à há uma criatura humana em formação e, nesse sentido, cuidar
educação parte do princípio da formação da pessoa em sua e educar são, ao mesmo tempo, princípios e atos que orientam
essência humana. Trata-se de considerar o cuidado no sentido e dão sentido aos processos de ensino, de aprendizagem e de
profundo do que seja acolhimento de todos - crianças, construção da pessoa humana em suas múltiplas dimensões.
adolescentes, jovens e adultos - com respeito e, com atenção Cabe, aqui, uma reflexão sobre o conceito de cidadania, a
adequada, de estudantes com deficiência, jovens e adultos forma como a ideia de cidadania foi tratada no Brasil e, em
defasados na relação idade-escolaridade, indígenas, muitos casos, ainda o é. Reveste-se de uma característica - para
afrodescendentes, quilombolas e povos do campo. usar os termos de Hannah Arendt - essencialmente “social”.
Educar exige cuidado; cuidar é educar, envolvendo Quer dizer: algo ainda derivado e circunscrito ao âmbito da
acolher, ouvir, encorajar, apoiar, no sentido de desenvolver o pura necessidade. É comum ouvir ou ler algo que sugere uma
aprendizado de pensar e agir, cuidar de si, do outro, da escola, noção de cidadania como “acesso dos indivíduos aos bens e
da natureza, da água, do Planeta. Educar é, enfim, enfrentar o serviços de uma sociedade moderna”, discurso
desafio de lidar com gente, isto é, com criaturas tão contemporâneo de uma época em que os inúmeros
imprevisíveis e diferentes quanto semelhantes, ao longo de movimentos sociais brasileiros lutavam, essencialmente, para
uma existência inscrita na teia das relações humanas, neste obter do Estado condições de existência mais digna, do ponto
mundo complexo. Educar com cuidado significa aprender a de vista dominantemente material. Mesmo quando esse
amar sem dependência, desenvolver a sensibilidade humana discurso se modificou num sentido mais “político” e menos
na relação de cada um consigo, com o outro e com tudo o que “social”, quer dizer, uma cidadania agora compreendida como
existe, com zelo, ante uma situação que requer cautela em a participação ativa dos indivíduos nas decisões pertinentes à
busca da formação humana plena. sua vida cotidiana, esta não deixou de ser uma reivindicação
A responsabilidade por sua efetivação exige que situava o político na precedência do social: participar de
corresponsabilidade: de um lado, a responsabilidade estatal na decisões públicas significa obter direitos e assumir deveres,
realização de procedimentos que assegurem o disposto nos solicitar ou assegurar certas condições de vida minimamente
incisos VII e VIII, do artigo 12 e VI do artigo 13, da LDB; de civilizadas.
outro, a articulação com a família, com o Conselho Tutelar, com Em um contexto marcado pelo desenvolvimento de formas
o juiz competente da Comarca, com o representante do de exclusão cada vez mais sutis e humilhantes, a cidadania
Ministério Público e com os demais segmentos da sociedade. aparece hoje como uma promessa de sociabilidade, em que a
Para que isso se efetive, torna-se exigência, também, a escola precisa ampliar parte de suas funções, solicitando de
corresponsabilidade exercida pelos profissionais da educação, seus agentes a função de mantenedores da paz nas relações
necessariamente articulando a escola com as famílias e a sociais, diante das formas cada vez mais amplas e destrutivas
comunidade. de violência. Nessa perspectiva e no cenário em que a escola
Nota-se que apenas pelo cuidado não se constrói a de Educação Básica se insere e em que o professor e o
educação e as dimensões que a envolvem como projeto estudante atuam, há que se perguntar: de que tipo de educação
transformador e libertador. A relação entre cuidar e educar se os homens e as mulheres dos próximos 20 anos necessitam,
concebe mediante internalização consciente de eixos para participarem da construção desse mundo tão diverso? A
norteadores, que remetem à experiência fundamental do que trabalho e a que cidadania se refere? Em outras palavras,
valor, que influencia significativamente a definição da conduta, que sociedade florescerá? Por isso mesmo, a educação
no percurso cotidiano escolar. Não de um valor pragmático e brasileira deve assumir o desafio de propor uma escola
utilitário de educação, mas do valor intrínseco àquilo que deve emancipadora e libertadora.
caracterizar o comportamento de seres humanos, que
respeitam a si mesmos, aos outros, à circunstância social e ao 2.2. Sistema Nacional de Educação
ecossistema. Valor este fundamentado na ética e na estética, O Sistema Nacional de Educação é tema que vem
que rege a convivência do indivíduo no coletivo, que suscitando o aprofundamento da compreensão sobre sistema,
pressupõe relações de cooperação e solidariedade, de respeito no contexto da história da educação, nesta Nação tão diversa
à alteridade e à liberdade. geográfica, econômica, social e culturalmente. O que a
Cuidado, por sua própria natureza, inclui duas proposta de organização do Sistema Nacional de Educação
significações básicas, intimamente ligadas entre si. A primeira enfrenta é, fundamentalmente, o desafio de superar a
consiste na atitude de solicitude e de atenção para com o outro. fragmentação das políticas públicas e a desarticulação

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institucional dos sistemas de ensino entre si, diante do e avaliação da educação nacional, respeitada a autonomia dos
impacto na estrutura do financiamento, comprometendo a sistemas e valorizadas as diferenças regionais. Sem essa
conquista da qualidade social das aprendizagens, mediante articulação, o projeto educacional - e, por conseguinte, o
conquista de uma articulação orgânica. projeto nacional - corre o perigo de comprometer a unidade e
Os debates sobre o Sistema Nacional de Educação, em a qualidade pretendida, inclusive quanto ao disposto no artigo
vários momentos, abordaram o tema das diretrizes para a 22 da LDB:
Educação Básica. Ambas as questões foram objeto de análise
em interface, durante as diferentes etapas preparatórias da desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum
Conferência Nacional de Educação (CONAE) de 2009, uma vez indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios
que são temas que se vinculam a um objetivo comum: articular para progredir no trabalho e em estudos posteriores, inspirada
e fortalecer o sistema nacional de educação em regime de nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade
colaboração. humana.
Para Saviani6, o sistema é a unidade de vários elementos
intencionalmente reunidos de modo a formar um conjunto Mais concretamente, há de se prever que a transição entre
coerente e operante. Caracterizam, portanto, a noção de Pré-Escola e Ensino Fundamental pode se dar no interior de
sistema: a intencionalidade humana; a unidade e variedade uma mesma instituição, requerendo formas de articulação das
dos múltiplos elementos que se articulam; a coerência interna dimensões orgânica e sequencial entre os docentes de ambos
articulada com a externa. os segmentos que assegurem às crianças a continuidade de
Alinhado com essa conceituação, este Parecer adota o seus processos peculiares de aprendizagem e
entendimento de que sistema resulta da atividade intencional desenvolvimento. Quando a transição se dá entre instituições
e organicamente concebida, que se justifica pela realização de diferentes, essa articulação deve ser especialmente cuidadosa,
atividades voltadas para as mesmas finalidades ou para a garantida por instrumentos de registro - portfólios, relatórios
concretização dos mesmos objetivos. que permitam, aos docentes do Ensino Fundamental de uma
Nessa perspectiva, e no contexto da estrutura federativa outra escola, conhecer os processos de desenvolvimento e
brasileira, em que convivem sistemas educacionais aprendizagem vivenciados pela criança na Educação Infantil
autônomos, faz-se necessária a institucionalização de um da escola anterior. Mesmo no interior do Ensino Fundamental,
regime de colaboração que dê efetividade ao projeto de há de se cuidar da fluência da transição da fase dos anos
educação nacional. União, Estados, Distrito Federal e iniciais para a fase dos anos finais, quando a criança passa a ter
Municípios, cada qual com suas peculiares competências, são diversos docentes, que conduzem diferentes componentes e
chamados a colaborar para transformar a Educação Básica em atividades, tornando-se mais complexas a sistemática de
um conjunto orgânico, sequencial, articulado, assim como estudos e a relação com os professores.
planejado sistemicamente, que responda às exigências dos A transição para o Ensino Médio apresenta contornos
estudantes, de suas aprendizagens nas diversas fases do bastante diferentes dos anteriormente referidos, uma vez que,
desenvolvimento físico, intelectual, emocional e social. ao ingressarem no Ensino Médio, os jovens já trazem maior
Atende-se à dimensão orgânica quando são observadas as experiência com o ambiente escolar e suas rotinas; além disso,
especificidades e as diferenças de cada uma das três etapas de a dependência dos adolescentes em relação às suas famílias é
escolarização da Educação Básica e das fases que as compõem, quantitativamente menor e qualitativamente diferente. Mas,
sem perda do que lhes é comum: as semelhanças, as certamente, isso não significa que não se criem tensões, que
identidades inerentes à condição humana em suas derivam, principalmente, das novas expectativas familiares e
determinações históricas e não apenas do ponto de vista da sociais que envolvem o jovem. Tais expectativas giram em
qualidade da sua estrutura e organização. Cada etapa do torno de três variáveis principais conforme o estrato
processo de escolarização constitui-se em unidade, que se sociocultural em que se produzem: a) os “conflitos da
articula organicamente com as demais de maneira complexa e adolescência”; b) a maior ou menor aproximação ao mundo do
intrincada, permanecendo todas elas, em suas diferentes trabalho; c) a crescente aproximação aos rituais da passagem
modalidades, individualizadas, ao logo do percurso do escolar, da Educação Básica para a Educação Superior.
apesar das mudanças por que passam por força da Em resumo, o conjunto da Educação Básica deve se
singularidade de cada uma, bem assim a dos sujeitos que lhes constituir em um processo orgânico, sequencial e articulado,
dão vida. que assegure à criança, ao adolescente, ao jovem e ao adulto de
Atende-se à dimensão sequencial quando os processos qualquer condição e região do País a formação comum para o
educativos acompanham as exigências de aprendizagem pleno exercício da cidadania, oferecendo as condições
definidas em cada etapa da trajetória escolar da Educação necessárias para o seu desenvolvimento integral. Estas são
Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio), até a finalidades de todas as etapas constitutivas da Educação
Educação Superior. São processos educativos que, embora se Básica, acrescentando-se os meios para que possa progredir
constituam em diferentes e insubstituíveis momentos da vida no mundo do trabalho e acessar a Educação Superior. São
dos estudantes, inscritos em tempos e espaços educativos referências conceituais e legais, bem como desafio para as
próprios a cada etapa do desenvolvimento humano, diferentes instâncias responsáveis pela concepção, aprovação
inscrevem-se em trajetória que deve ser contínua e e execução das políticas educacionais.
progressiva.
A articulação das dimensões orgânica e sequencial das 2.3. Acesso e permanência para a conquista da
etapas e modalidades da Educação Básica, e destas com a qualidade social
Educação Superior, implica a ação coordenada e integradora A qualidade social da educação brasileira é uma conquista
do seu conjunto; o exercício efetivo do regime de colaboração a ser construída de forma negociada, pois significa algo que se
entre os entes federados, cujos sistemas de ensino gozam de concretiza a partir da qualidade da relação entre todos os
autonomia constitucionalmente reconhecida. Isso pressupõe o sujeitos que nela atuam direta e indiretamente.7Significa
estabelecimento de regras de equivalência entre as funções compreender que a educação é um processo de socialização da
distributiva, supletiva, de regulação normativa, de supervisão cultura da vida, no qual se constroem, se mantêm e se

6 SAVIANI, Dermeval. Sistema de educação: subsídios para a Conferência 7A garantia de padrão de qualidade é um dos princípios da LDB (inciso IX do

Nacional de Educação. In: Reflexões sobre o Sistema Nacional Articulado de artigo 3º).
Educação e o Plano Nacional de Educação. Brasília, Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2009.

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transformam conhecimentos e valores. Socializar a cultura supera a política reguladora dos processos educacionais: há os
inclui garantir a presença dos sujeitos das aprendizagens na fluxos migratórios, além de outras variáveis que se refletem no
escola. Assim, a qualidade social da educação escolar supõe a processo educativo. Essa é uma variável externa que
sua permanência, não só com a redução da evasão, mas compromete a gestão macro da educação, em todas as esferas,
também da repetência e da distorção idade/ano/série. e, portanto, reforça a premência de se criarem processos
Para assegurar o acesso ao Ensino Fundamental, como gerenciais que proporcionem a efetivação do disposto no
direito público subjetivo, no seu artigo 5º, a LDB instituiu artigo 5º e no inciso VIII do artigo 12 da LDB, quanto ao direito
medidas que se interpenetram ou complementam, ao acesso e à permanência na escola de qualidade.
estabelecendo que, para exigir o cumprimento pelo Estado Assim entendida, a qualidade na escola exige de todos os
desse ensino obrigatório, qualquer cidadão, grupo de sujeitos do processo educativo:
cidadãos, associação comunitária, organização sindical,
entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o I - a instituição da Política Nacional de Formação de
Ministério Público, podem acionar o poder público. Profissionais do Magistério da Educação Básica, com a
Esta medida se complementa com a obrigatoriedade finalidade de organizar, em regime de colaboração entre a
atribuída aos Estados e aos Municípios, em regime de União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, a formação
colaboração, e com a assistência da União, de recensear a inicial e continuada dos profissionais do magistério para as
população em idade escolar para o Ensino Fundamental, e os redes públicas da educação (Decreto nº 6.755, de 29 de janeiro
jovens e adultos que a ele não tiveram acesso, para que seja de 2009);
efetuada a chamada pública correspondente. II - ampliação da visão política expressa por meio de
Quanto à família, os pais ou responsáveis são obrigados a habilidades inovadoras, fundamentadas na capacidade para
matricular a criança no Ensino Fundamental, a partir dos 6 aplicar técnicas e tecnologias orientadas pela ética e pela
anos de idade, sendo que é prevista sanção a esses e/ou ao estética;
poder público, caso descumpram essa obrigação de garantia III - responsabilidade social, princípio educacional que
dessa etapa escolar. norteia o conjunto de sujeitos comprometidos com o projeto que
Quanto à obrigatoriedade de permanência do estudante na definem e assumem como expressão e busca da qualidade da
escola, principalmente no Ensino Fundamental, há, na mesma escola, fruto do empenho de todos.
Lei, exigências que se centram nas relações entre a escola, os
pais ou responsáveis, e a comunidade, de tal modo que a escola Construir a qualidade social pressupõe conhecimento dos
e os sistemas de ensino tornam-se responsáveis por: interesses sociais da comunidade escolar para que seja
possível educar e cuidar mediante interação efetivada entre
- zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à princípios e finalidades educacionais, objetivos, conhecimento
escola; e concepções curriculares. Isso abarca mais que o exercício
- articular-se com as famílias e a comunidade, criando político-pedagógico que se viabiliza mediante atuação de
processos de integração da sociedade com a escola; todos os sujeitos da comunidade educativa. Ou seja, efetiva-se
- informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o não apenas mediante participação de todos os sujeitos da
rendimento dos estudantes, bem como sobre a execução de sua escola - estudante, professor, técnico, funcionário,
proposta pedagógica; coordenador - mas também mediante aquisição e utilização
- notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz adequada dos objetos e espaços (laboratórios, equipamentos,
competente da Comarca e ao respectivo representante do mobiliário, salas-ambiente, biblioteca, videoteca etc.)
Ministério Público a relação dos estudantes que apresentem requeridos para responder ao projeto político-pedagógico
quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do pactuado, vinculados às condições/disponibilidades mínimas
percentual permitido em lei. para se instaurar a primazia da aquisição e do
desenvolvimento de hábitos investigatórios para construção
No Ensino Fundamental e, nas demais etapas da Educação do conhecimento.
Básica, a qualidade não tem sido tão estimulada quanto à A escola de qualidade social adota como centralidade o
quantidade. Depositar atenção central sobre a quantidade, diálogo, a colaboração, os sujeitos e as aprendizagens, o que
visando à universalização do acesso à escola, é uma medida pressupõe, sem dúvida, atendimento a requisitos tais como:
necessária, mas que não assegura a permanência, essencial
para compor a qualidade. Em outras palavras, a oportunidade I - revisão das referências conceituais quanto aos diferentes
de acesso, por si só, é destituída de condições suficientes para espaços e tempos educativos, abrangendo espaços sociais na
inserção no mundo do conhecimento. escola e fora dela;
O conceito de qualidade na escola, numa perspectiva ampla II - consideração sobre a inclusão, a valorização das
e basilar, remete a uma determinada ideia de qualidade de vida diferenças e o atendimento à pluralidade e à diversidade
na sociedade e no planeta Terra. Inclui tanto a qualidade cultural, resgatando e respeitando os direitos humanos,
pedagógica quanto a qualidade política, uma vez que requer individuais e coletivos e as várias manifestações de cada
compromisso com a permanência do estudante na escola, com comunidade;
sucesso e valorização dos profissionais da educação. Trata-se III - foco no projeto político-pedagógico, no gosto pela
da exigência de se conceber a qualidade na escola como aprendizagem, e na avaliação das aprendizagens como
qualidade social, que se conquista por meio de acordo coletivo. instrumento de contínua progressão dos estudantes;
Ambas as qualidades - pedagógica e política - abrangem IV - inter-relação entre organização do currículo, do
diversos modos avaliativos comprometidos com a trabalho pedagógico e da jornada de trabalho do professor,
aprendizagem do estudante, interpretados como indicações tendo como foco a aprendizagem do estudante;
que se interpenetram ao longo do processo didático V - preparação dos profissionais da educação, gestores,
pedagógico, o qual tem como alvo o desenvolvimento do professores, especialistas, técnicos, monitores e outros;
conhecimento e dos saberes construídos histórica e VI - compatibilidade entre a proposta curricular e a
socialmente. infraestrutura entendida como espaço formativo dotado de
O compromisso com a permanência do estudante na escola efetiva disponibilidade de tempos para a sua utilização e
é, portanto, um desafio a ser assumido por todos, porque, além acessibilidade;
das determinações sociopolíticas e culturais, das diferenças
individuais e da organização escolar vigente, há algo que

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VII - integração dos profissionais da educação, os 2.4. Organização curricular: conceito, limites,
estudantes, as famílias, os agentes da comunidade interessados possibilidades
na educação; No texto “Currículo, conhecimento e cultura”, Moreira e
VIII - valorização dos profissionais da educação, com Candau8 apresentam diversas definições atribuídas a
programa de formação continuada, critérios de acesso, currículo, a partir da concepção de cultura como prática social,
permanência, remuneração compatível com a jornada de ou seja, como algo que, em vez de apresentar significados
trabalho definida no projeto político-pedagógico; intrínsecos, como ocorre, por exemplo, com as manifestações
IX - realização de parceria com órgãos, tais como os de artísticas, a cultura expressa significados atribuídos a partir da
assistência social, desenvolvimento e direitos humanos, linguagem. Em poucas palavras, essa concepção é definida
cidadania, ciência e tecnologia, esporte, turismo, cultura e arte, como “experiências escolares que se desdobram em torno do
saúde, meio ambiente. conhecimento, permeadas pelas relações sociais, buscando
articular vivências e saberes dos alunos com os conhecimentos
No documento “Indicadores de Qualidade na Educação” historicamente acumulados e contribuindo para construir as
(Ação Educativa, 2004), a qualidade é vista com um caráter identidades dos estudantes”. Uma vez delimitada a ideia sobre
dinâmico, porque cada escola tem autonomia para refletir, cultura, os autores definem currículo como: conjunto de
propor e agir na busca da qualidade do seu trabalho, de acordo práticas que proporcionam a produção, a circulação e o
com os contextos socioculturais locais. Segundo o autor, os consumo de significados no espaço social e que contribuem,
indicadores de qualidade são sinais adotados para que se intensamente, para a construção de identidades sociais e
possa qualificar algo, a partir dos critérios e das prioridades culturais. O currículo é, por consequência, um dispositivo de
institucionais. Destaque-se que os referenciais e indicadores grande efeito no processo de construção da identidade do (a)
de avaliação são componentes curriculares, porque tê-los em estudante (p. 27). Currículo refere-se, portanto, a criação,
mira facilita a aproximação entre a escola que se tem e aquela recriação, contestação e transgressão (Moreira e Silva, 1994).9
que se quer, traduzida no projeto político-pedagógico, para
além do que fica disposto no inciso IX do artigo 4º da LDB: Nesse sentido, a fonte em que residem os conhecimentos
escolares são as práticas socialmente construídas. Segundo os
definição de padrões mínimos de qualidade de ensino, como autores, essas práticas se constituem em “âmbitos de
a variedade e quantidade mínimas, por estudante, de insumos referência dos currículos” que correspondem:
indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem. a) às instituições produtoras do conhecimento científico
(universidades e centros de pesquisa);
Essa exigência legal traduz a necessidade de se reconhecer b) ao mundo do trabalho;
que a avaliação da qualidade associa-se à ação planejada, c) aos desenvolvimentos tecnológicos;
coletivamente, pelos sujeitos da escola e supõe que tais d) às atividades desportivas e corporais;
sujeitos tenham clareza quanto: e) à produção artística;
f) ao campo da saúde;
I - aos princípios e às finalidades da educação, além do g) às formas diversas de exercício da cidadania;
reconhecimento e análise dos dados indicados pelo IDEB e/ou h) aos movimentos sociais.
outros indicadores, que complementem ou substituam estes;
II - à relevância de um projeto político-pedagógico Daí entenderem que toda política curricular é uma política
concebido e assumido coletivamente pela comunidade cultural, pois o currículo é fruto de uma seleção e produção de
educacional, respeitadas as múltiplas diversidades e a saberes: campo conflituoso de produção de cultura, de embate
pluralidade cultural; entre pessoas concretas, concepções de conhecimento e
III - à riqueza da valorização das diferenças manifestadas aprendizagem, formas de imaginar e perceber o mundo.
pelos sujeitos do processo educativo, em seus diversos Assim, as políticas curriculares não se resumem apenas a
segmentos, respeitados o tempo e o contexto sociocultural; propostas e práticas enquanto documentos escritos, mas
IV - aos padrões mínimos de qualidade6 (Custo Aluno incluem os processos de planejamento, vivenciados e
Qualidade inicial - CAQi7), que apontam para quanto deve ser reconstruídos em múltiplos espaços e por múltiplas
investido por estudante de cada etapa e modalidade da singularidades no corpo social da educação. Para Lopes,
Educação Básica, para que o País ofereça uma educação de mesmo sendo produções para além das instâncias
qualidade a todos os estudantes. governamentais, não significa desconsiderar o poder
privilegiado que a esfera governamental possui na produção
Para se estabelecer uma educação com um padrão mínimo de sentidos nas políticas, pois as práticas e propostas
de qualidade, é necessário investimento com valor calculado a desenvolvidas nas escolas também são produtoras de sentidos
partir das despesas essenciais ao desenvolvimento dos para as políticas curriculares.
processos e procedimentos formativos, que levem, Os efeitos das políticas curriculares, no contexto da prática,
gradualmente, a uma educação integral, dotada de qualidade são condicionados por questões institucionais e disciplinares
social: creches e escolas possuindo condições de que, por sua vez, têm diferentes histórias, concepções
infraestrutura e de adequados equipamentos e de pedagógicas e formas de organização, expressas em diferentes
acessibilidade; professores qualificados com remuneração publicações. As políticas estão sempre em processo de vir-a-
adequada e compatível com a de outros profissionais com ser, sendo múltiplas as leituras possíveis de serem realizadas
igual nível de formação, em regime de trabalho de 40 horas em por múltiplos leitores, em um constante processo de
tempo integral em uma mesma escola; definição de uma interpretação das interpretações.
relação adequada entre o número de estudantes por turma e As fronteiras são demarcadas quando se admite tão
por professor, que assegure aprendizagens relevantes; pessoal somente a ideia de currículo formal. Mas as reflexões teóricas
de apoio técnico e administrativo que garanta o bom sobre currículo têm como referência os princípios
funcionamento da escola. educacionais garantidos à educação formal. Estes estão
orientados pela liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e

8 MOREIRA, A. F. B.; CANDAU, V. M. Indagações sobre currículo: currículo, NASCIMENTO, Aricélia Ribeiro do (org.). Brasília: Ministério da Educação,
conhecimento e cultura. BEAUCHAMP, Jeanete; PAGEL, Sandra Denise; Secretaria de Educação Básica, 2007, 48 p.
9Idem.

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divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o conhecimento “transgressora”, porque rompe com a ilusão da
científico, além do pluralismo de ideias e de concepções homogeneidade e provoca, quase sempre, uma espécie de crise
pedagógicas, assim como a valorização da experiência de identidade institucional.
extraescolar, e a vinculação entre a educação escolar, o A escola é, ainda, espaço em que se abrigam desencontros
trabalho e as práticas sociais. de expectativas, mas também acordos solidários, norteados
por princípios e valores educativos pactuados por meio do
Assim, e tendo como base o teor do artigo 27 da LDB, pode- projeto político-pedagógico concebido segundo as demandas
se entender que o processo didático em que se realizam as sociais e aprovado pela comunidade educativa.
aprendizagens fundamenta-se na diretriz que assim delimita o Por outro lado, enquanto a escola se prende às
conhecimento para o conjunto de atividades: características de metodologias tradicionais, com relação ao
Os conteúdos curriculares da Educação Básica observarão, ensino e à aprendizagem como ações concebidas
ainda, as seguintes diretrizes: separadamente, as características de seus estudantes
requerem outros processos e procedimentos, em que
I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos aprender, ensinar, pesquisar, investigar, avaliar ocorrem de
direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à modo indissociável. Os estudantes, entre outras
ordem democrática; características, aprendem a receber informação com rapidez,
II - consideração das condições de escolaridade dos gostam do processo paralelo, de realizar várias tarefas ao
estudantes em cada estabelecimento; mesmo tempo, preferem fazer seus gráficos antes de ler o
III - orientação para o trabalho; texto, enquanto os docentes creem que acompanham a era
IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas digital apenas porque digitam e imprimem textos, têm e-mail,
desportivas não-formais. não percebendo que os estudantes nasceram na era digital.
As tecnologias da informação e comunicação constituem
Desse modo, os valores sociais, bem como os direitos e uma parte de um contínuo desenvolvimento de tecnologias, a
deveres dos cidadãos, relacionam-se com o bem comum e com começar pelo giz e os livros, todos podendo apoiar e
a ordem democrática. Estes são conceitos que requerem a enriquecer as aprendizagens. Como qualquer ferramenta,
atenção da comunidade escolar para efeito de organização devem ser usadas e adaptadas para servir a fins educacionais
curricular, cuja discussão tem como alvo e motivação a e como tecnologia assistiva; desenvolvidas de forma a
temática da construção de identidades sociais e culturais. A possibilitar que a interatividade virtual se desenvolva de modo
problematização sobre essa temática contribui para que se mais intenso, inclusive na produção de linguagens. Assim, a
possa compreender, coletivamente, que educação cidadã infraestrutura tecnológica, como apoio pedagógico às
consiste na interação entre os sujeitos, preparando-os por atividades escolares, deve também garantir acesso dos
meio das atividades desenvolvidas na escola, individualmente estudantes à biblioteca, ao rádio, à televisão, à internet aberta
e em equipe, para se tornarem aptos a contribuir para a às possibilidades da convergência digital.
construção de uma sociedade mais solidária, em que se exerça Essa distância necessita ser superada, mediante
a liberdade, a autonomia e a responsabilidade. Nessa aproximação dos recursos tecnológicos de informação e
perspectiva, cabe à instituição escolar compreender como o comunicação, estimulando a criação de novos métodos
conhecimento é produzido e socialmente valorizado e como didático-pedagógicos, para que tais recursos e métodos sejam
deve ela responder a isso. É nesse sentido que as instâncias inseridos no cotidiano escolar. Isto porque o conhecimento
gestoras devem se fortalecer instaurando um processo científico, nos tempos atuais, exige da escola o exercício da
participativo organizado formalmente, por meio de compreensão, valorização da ciência e da tecnologia desde a
colegiados, da organização estudantil e dos movimentos infância e ao longo de toda a vida, em busca da ampliação do
sociais. domínio do conhecimento científico: uma das condições para
A escola de Educação Básica é espaço coletivo de convívio, o exercício da cidadania. O conhecimento científico e as novas
onde são privilegiadas trocas, acolhimento e aconchego para tecnologias constituem-se, cada vez mais, condição para que a
garantir o bem-estar de crianças, adolescentes, jovens e pessoa saiba se posicionar frente a processos e inovações que
adultos, no relacionamento entre si e com as demais pessoas. a afetam.
É uma instância em que se aprende a valorizar a riqueza das Não se pode, pois, ignorar que se vive: o avanço do uso da
raízes culturais próprias das diferentes regiões do País que, energia nuclear; da nanotecnologia;9 a conquista da produção
juntas, formam a Nação. Nela se ressignifica e recria a cultura de alimentos geneticamente modificados; a clonagem
herdada, reconstruindo as identidades culturais, em que se biológica. Nesse contexto, tanto o docente quanto o estudante
aprende a valorizar as raízes próprias das diferentes regiões e o gestor requerem uma escola em que a cultura, a arte, a
do País. ciência e a tecnologia estejam presentes no cotidiano escolar,
Essa concepção de escola exige a superação do rito escolar, desde o início da Educação Básica.
desde a construção do currículo até os critérios que orientam Tendo em vista a amplitude do papel socioeducativo
a organização do trabalho escolar em sua atribuído ao conjunto orgânico da Educação Básica, cabe aos
multidimensionalidade, privilegia trocas, acolhimento e sistemas educacionais, em geral, definir o programa de escolas
aconchego, para garantir o bem-estar de crianças, de tempo parcial diurno (matutino e/ou vespertino), tempo
adolescentes, jovens e adultos, no relacionamento parcial noturno e tempo integral (turno e contra turno ou
interpessoal entre todas as pessoas. turno único com jornada escolar de 7 horas, no mínimo10,
Cabe, pois, à escola, diante dessa sua natureza, assumir durante todo o período letivo), o que requer outra e diversa
diferentes papéis, no exercício da sua missão essencial, que é a organização e gestão do trabalho pedagógico, contemplando
de construir uma cultura de direitos humanos para preparar as diferentes redes de ensino, a partir do pressuposto de que
cidadãos plenos. A educação destina-se a múltiplos sujeitos e compete a todas elas o desenvolvimento integral de suas
tem como objetivo a troca de saberes8, a socialização e o demandas, numa tentativa de superação das desigualdades de
confronto do conhecimento, segundo diferentes abordagens, natureza sociocultural, socioeconômica e outras.
exercidas por pessoas de diferentes condições físicas, Há alguns anos, se tem constatado a necessidade de a
sensoriais, intelectuais e emocionais, classes sociais, crenças, criança, o adolescente e o jovem, particularmente aqueles das
etnias, gêneros, origens, contextos socioculturais, e da cidade, classes sociais trabalhadoras, permanecerem mais tempo na
do campo e de aldeias. Por isso, é preciso fazer da escola a escola. Tem-se defendido que o estudante poderia beneficiar-
instituição acolhedora, inclusiva, pois essa é uma opção se da ampliação da jornada escolar, no espaço único da escola

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ou diferentes espaços educativos, nos quais a permanência do pedagógicos e equipamentos que não se reduzem às salas de
estudante se liga tanto à quantidade e qualidade do tempo aula, incluindo outros espaços da escola e de outras
diário de escolarização, quanto à diversidade de atividades de instituições escolares, bem como os socioculturais e esportivo-
aprendizagens. recreativos do entorno, da cidade e mesmo da região.
Assim, a qualidade da permanência em tempo integral do Essa ampliação e diversificação dos tempos e espaços
estudante nesses espaços implica a necessidade da curriculares pressupõe profissionais da educação dispostos a
incorporação efetiva e orgânica no currículo de atividades e reinventar e construir essa escola, numa responsabilidade
estudos pedagogicamente planejados e acompanhados ao compartilhada com as demais autoridades encarregadas da
longo de toda a jornada. gestão dos órgãos do poder público, na busca de parcerias
No projeto nacional de educação, tanto a escola de tempo possíveis e necessárias, até porque educar é responsabilidade
integral quanto a de tempo parcial, diante da sua da família, do Estado e da sociedade.
responsabilidade educativa, social e legal, assumem a A escola precisa acolher diferentes saberes, diferentes
aprendizagem compreendendo-a como ação coletiva manifestações culturais e diferentes óticas, empenhar-se para
conectada com a vida, com as necessidades, possibilidades e se constituir, ao mesmo tempo, em um espaço de
interesses das crianças, dos jovens e dos adultos. O direito de heterogeneidade e pluralidade, situada na diversidade em
aprender é, portanto, intrínseco ao direito à dignidade movimento, no processo tornado possível por meio de
humana, à liberdade, à inserção social, ao acesso aos bens relações intersubjetivas, fundamentada no princípio
sociais, artísticos e culturais, significando direito à saúde em emancipador. Cabe, nesse sentido, às escolas desempenhar o
todas as suas implicações, ao lazer, ao esporte, ao respeito, à papel socioeducativo, artístico, cultural, ambiental,
integração familiar e comunitária. fundamentadas no pressuposto do respeito e da valorização
Conforme o artigo 34 da LDB, o Ensino Fundamental das diferenças, entre outras, de condição física, sensorial e
incluirá, pelo menos, quatro horas de trabalho efetivo em sala socioemocional, origem, etnia, gênero, classe social, contexto
de aula, sendo progressivamente ampliado o período de sociocultural, que dão sentido às ações educativas,
permanência na escola, até que venha a ser ministrado em enriquecendo-as, visando à superação das desigualdades de
tempo integral (§ 2º). Essa disposição, obviamente, só é natureza sociocultural e socioeconômica. Contemplar essas
factível para os cursos do período diurno, tanto é que o § 1º dimensões significa a revisão dos ritos escolares e o
ressalva os casos do ensino noturno. alargamento do papel da instituição escolar e dos educadores,
Os cursos em tempo parcial noturno, na sua maioria, são adotando medidas proativas e ações preventivas.
de Educação de Jovens e Adultos (EJA) destinados, mormente, Na organização e gestão do currículo, as abordagens
a estudantes trabalhadores, com maior maturidade e disciplinar, pluridisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar
experiência de vida. São poucos, porém, os cursos regulares requerem a atenção criteriosa da instituição escolar, porque
noturnos destinados a adolescentes e jovens de 15 a 18 anos revelam a visão de mundo que orienta as práticas pedagógicas
ou pouco mais, os quais são compelidos ao estudo nesse turno dos educadores e organizam o trabalho do estudante.
por motivos de defasagem escolar e/ou de inadaptação aos Perpassam todos os aspectos da organização escolar, desde o
métodos adotados e ao convívio com colegas de idades planejamento do trabalho pedagógico, a gestão
menores. A regra tem sido induzi-los a cursos de EJA, quando administrativo-acadêmica, até a organização do tempo e do
o necessário são cursos regulares, com programas adequados espaço físico e a seleção, disposição e utilização dos
à sua faixa etária, como, aliás, é claramente prescrito no inciso equipamentos e mobiliário da instituição, ou seja, todo o
VI do artigo 4º da LDB: oferta de ensino noturno regular, conjunto das atividades que se realizam no espaço escolar, em
adequado às condições do educando. seus diferentes âmbitos. As abordagens multidisciplinar,
pluridisciplinar e interdisciplinar fundamentam-se nas
2.4.1. Formas para a organização curricular mesmas bases, que são as disciplinas, ou seja, o recorte do
Retoma-se aqui o entendimento de que currículo é o conhecimento.
conjunto de valores e práticas que proporcionam a produção e Para Basarab Nicolescu10, em seu artigo “Um novo tipo de
a socialização de significados no espaço social e que conhecimento: transdisciplinaridade”, a disciplinaridade, a
contribuem, intensamente, para a construção de identidades pluridisciplinaridade, a transdisciplinaridade e a
sociais e culturais dos estudantes. E reitera-se que deve interdisciplinaridade são as quatro flechas de um único e
difundir os valores fundamentais do interesse social, dos mesmo arco: o do conhecimento.
direitos e deveres dos cidadãos, do respeito ao bem comum e Enquanto a multidisciplinaridade expressa frações do
à ordem democrática, bem como considerar as condições de conhecimento e o hierarquiza, a pluridisciplinaridade estuda
escolaridade dos estudantes em cada estabelecimento, a um objeto de uma disciplina pelo ângulo de várias outras ao
orientação para o trabalho, a promoção de práticas educativas mesmo tempo. Segundo Nicolescu, a pesquisa pluridisciplinar
formais e não-formais. traz algo a mais a uma disciplina, mas restringe-se a ela, está a
Na Educação Básica, a organização do tempo curricular serviço dela.
deve ser construída em função das peculiaridades de seu meio A transdisciplinaridade refere-se ao conhecimento próprio
e das características próprias dos seus estudantes, não se da disciplina, mas está para além dela. O conhecimento situa-
restringindo às aulas das várias disciplinas. O percurso se na disciplina, nas diferentes disciplinas e além delas, tanto
formativo deve, nesse sentido, ser aberto e contextualizado, no espaço quanto no tempo. Busca a unidade do conhecimento
incluindo não só os componentes curriculares centrais na relação entre a parte e o todo, entre o todo e a parte. Adota
obrigatórios, previstos na legislação e nas normas atitude de abertura sobre as culturas do presente e do
educacionais, mas, também, conforme cada projeto escolar passado, uma assimilação da cultura e da arte. O
estabelecer, outros componentes flexíveis e variáveis que desenvolvimento da capacidade de articular diferentes
possibilitem percursos formativos que atendam aos inúmeros referências de dimensões da pessoa humana, de seus direitos,
interesses, necessidades e características dos educandos. e do mundo é fundamento básico da transdisciplinaridade. De
Quanto à concepção e à organização do espaço curricular e acordo com Nicolescu (p. 15), para os adeptos da
físico, se imbricam e se alargam, por incluir no transdisciplinaridade, o pensamento clássico é o seu campo de
desenvolvimento curricular ambientes físicos, didático-

10 NICOLESCU, Basarab. Um novo tipo de conhecimento - transdisciplinaridade. Tradução de Judite Vero, Maria F. de Mello e Américo
transdisciplinaridade. In: NICOLESCU, Basarab et al. Educação e Sommerman. Brasília: UNESCO, 2000. (Edições UNESCO).

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aplicação, por isso é complementar à pesquisa pluri e modo sistemático e integrado é pré-requisito indispensável à
interdisciplinar. organicidade, sequencialidade e articulação do conjunto das
A interdisciplinaridade pressupõe a transferência de aprendizagens perspectivadas, o que requer a participação de
métodos de uma disciplina para outra. Ultrapassa-as, mas sua todos. Parte-se, pois, do pressuposto de que, para ser tratada
finalidade inscreve-se no estudo disciplinar. Pela abordagem transversalmente, a temática atravessa, estabelece elos,
interdisciplinar ocorre a transversalidade do conhecimento enriquece, complementa temas e/ou atividades tratadas por
constitutivo de diferentes disciplinas, por meio da ação disciplinas, eixos ou áreas do conhecimento.
didático-pedagógica mediada pela pedagogia dos projetos Nessa perspectiva, cada sistema pode conferir à
temáticos. Estes facilitam a organização coletiva e cooperativa comunidade escolar autonomia para seleção dos temas e
do trabalho pedagógico, embora sejam ainda recursos que delimitação dos espaços curriculares a eles destinados, bem
vêm sendo utilizados de modo restrito e, às vezes, como a forma de tratamento que será conferido à
equivocados. A interdisciplinaridade é, portanto, entendida transversalidade. Para que sejam implantadas com sucesso, é
aqui como abordagem teórico-metodológica em que a ênfase fundamental que as ações interdisciplinares sejam previstas
incide sobre o trabalho de integração das diferentes áreas do no projeto político-pedagógico, mediante pacto estabelecido
conhecimento, um real trabalho de cooperação e troca, aberto entre os profissionais da educação, responsabilizando-se pela
ao diálogo e ao planejamento (Nogueira, 2001, p. 27). Essa concepção e implantação do projeto interdisciplinar na escola,
orientação deve ser enriquecida, por meio de proposta planejando, avaliando as etapas programadas e replanejando-
temática trabalhada transversalmente ou em redes de as, ou seja, reorientando o trabalho de todos, em estreito laço
conhecimento e de aprendizagem, e se expressa por meio de com as famílias, a comunidade, os órgãos responsáveis pela
uma atitude que pressupõe planejamento sistemático e observância do disposto em lei, principalmente, no ECA.
integrado e disposição para o diálogo. Com a implantação e implementação da LDB, a expressão
A transversalidade é entendida como uma forma de “matriz” foi adotada formalmente pelos diferentes sistemas
organizar o trabalho didático-pedagógico em que temas, eixos educativos, mas ainda não conseguiu provocar ampla e
temáticos são integrados às disciplinas, às áreas ditas aprofundada discussão pela comunidade educacional. O que se
convencionais de forma a estarem presentes em todas elas. A pode constatar é que a matriz foi entendida e assumida
transversalidade difere-se da interdisciplinaridade e carregando as mesmas características da “grade”
complementam-se; ambas rejeitam a concepção de burocraticamente estabelecida. Em sua história, esta recebeu
conhecimento que toma a realidade como algo estável, pronto conceitos a partir dos quais não se pode considerar que matriz
e acabado. A primeira se refere à dimensão didático- e grade sejam sinônimas. Mas o que é matriz? E como deve ser
pedagógica e a segunda, à abordagem epistemológica dos entendida a expressão “curricular”, se forem consideradas as
objetos de conhecimento. A transversalidade orienta para a orientações para a educação nacional, pelos atos legais e
necessidade de se instituir, na prática educativa, uma analogia normas vigentes? Se o termo matriz for concebido tendo como
entre aprender conhecimentos teoricamente sistematizados referência o discurso das ciências econômicas, pode ser
(aprender sobre a realidade) e as questões da vida real apreendida como correlata de grade. Se for considerada a
(aprender na realidade e da realidade). Dentro de uma partir de sua origem etimológica, será entendida como útero
compreensão interdisciplinar do conhecimento, a (lugar onde o feto de desenvolve), ou seja, lugar onde algo é
transversalidade tem significado, sendo uma proposta didática concebido, gerado e/ou criado (como a pepita vinda da matriz)
que possibilita o tratamento dos conhecimentos escolares de ou, segundo Antônio Houaiss (2001, p. 1870), aquilo que é
forma integrada. Assim, nessa abordagem, a gestão do fonte ou origem, ou ainda, segundo o mesmo autor, a casa
conhecimento parte do pressuposto de que os sujeitos são paterna ou materna, espaço de referência dos filhos, mesmo
agentes da arte de problematizar e interrogar, e buscam após casados. Admitindo a acepção de matriz como lugar onde
procedimentos interdisciplinares capazes de acender a chama algo é concebido, gerado ou criado ou como aquilo que é fonte
do diálogo entre diferentes sujeitos, ciências, saberes e temas. ou origem, não se admite equivalência de sentido, menos ainda
como desenho simbólico ou instrumental da matriz curricular
A prática interdisciplinar é, portanto, uma abordagem que com o mesmo formato e emprego atribuído historicamente à
facilita o exercício da transversalidade, constituindo-se em grade curricular. A matriz curricular deve, portanto, ser
caminhos facilitadores da integração do processo formativo entendida como algo que funciona assegurando movimento,
dos estudantes, pois ainda permite a sua participação na dinamismo, vida curricular e educacional na sua
escolha dos temas prioritários. Desse ponto de vista, a multidimensionalidade, de tal modo que os diferentes campos
interdisciplinaridade e o exercício da transversalidade ou do do conhecimento possam se coadunar com o conjunto de
trabalho pedagógico centrado em eixos temáticos, atividades educativas e instigar, estimular o despertar de
organizados em redes de conhecimento, contribuem para que necessidades e desejos nos sujeitos que dão vida à escola como
a escola dê conta de tornar os seus sujeitos conscientes de seus um todo. A matriz curricular constitui-se no espaço em que se
direitos e deveres e da possibilidade de se tornarem aptos a delimita o conhecimento e representa, além de alternativa
aprender a criar novos direitos, coletivamente. De qualquer operacional que subsidia a gestão de determinado currículo
forma, esse percurso é promovido a partir da seleção de temas escolar, subsídio para a gestão da escola (organização do
entre eles o tema dos direitos humanos, recomendados para tempo e espaço curricular; distribuição e controle da carga
serem abordados ao longo do desenvolvimento de horária docente) e primeiro passo para a conquista de outra
componentes curriculares com os quais guardam intensa ou forma de gestão do conhecimento pelos sujeitos que dão vida
relativa relação temática, em função de prescrição definida ao cotidiano escolar, traduzida como gestão centrada na
pelos órgãos do sistema educativo ou pela comunidade abordagem interdisciplinar. Neste sentido, a matriz curricular
educacional, respeitadas as características próprias da etapa deve se organizar por “eixos temáticos”, definidos pela
da Educação Básica que a justifica. unidade escolar ou pelo sistema educativo.
Conceber a gestão do conhecimento escolar enriquecida Para a definição de eixos temáticos norteadores da
pela adoção de temas a serem tratados sob a perspectiva organização e desenvolvimento curricular, parte-se do
transversal exige da comunidade educativa clareza quanto aos entendimento de que o programa de estudo aglutina
princípios e às finalidades da educação, além de conhecimento investigações e pesquisas sob diferentes enfoques. O eixo
da realidade contextual, em que as escolas, representadas por temático organiza a estrutura do trabalho pedagógico, limita a
todos os seus sujeitos e a sociedade, se acham inseridas. Para dispersão temática e fornece o cenário no qual são construídos
isso, o planejamento das ações pedagógicas pactuadas de os objetos de estudo. O trabalho com eixos temáticos permite

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a concretização da proposta de trabalho pedagógico centrada Entende-se por base nacional comum, na Educação Básica,
na visão interdisciplinar, pois facilita a organização dos os conhecimentos, saberes e valores produzidos culturalmente,
assuntos, de forma ampla e abrangente, a problematização e o expressos nas políticas públicas e que são gerados nas
encadeamento lógico dos conteúdos e a abordagem instituições produtoras do conhecimento científico e
selecionada para a análise e/ou descrição dos temas. O recurso tecnológico; no mundo do trabalho; no desenvolvimento das
dos eixos temáticos propicia o trabalho em equipe, além de linguagens; nas atividades desportivas e corporais; na produção
contribuir para a superação do isolamento das pessoas e de artística; nas formas diversas de exercício da cidadania; nos
conteúdos fixos. Os professores com os estudantes têm movimentos sociais, definidos no texto dessa Lei, artigos 26 e
liberdade de escolher temas, assuntos que desejam estudar, 3315, que assim se traduzem:
contextualizando-os em interface com outros. I - na Língua Portuguesa;
Por rede de aprendizagem entende-se um conjunto de II - na Matemática;
ações didático-pedagógicas, cujo foco incide sobre a III - no conhecimento do mundo físico, natural, da realidade
aprendizagem, subsidiada pela consciência de que o processo social e política, especialmente do Brasil, incluindo-se o estudo
de comunicação entre estudantes e professores é efetivado por da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena,
meio de práticas e recursos tradicionais e por práticas de IV - na Arte em suas diferentes formas de expressão,
aprendizagem desenvolvidas em ambiente virtual. Pressupõe incluindo-se a música;
compreender que se trata de aprender em rede e não de V - na Educação Física;
ensinar na rede, exigindo que o ambiente de aprendizagem VI - no Ensino Religioso.
seja dinamizado e compartilhado por todos os sujeitos do
processo educativo. Esses são procedimentos que não se Tais componentes curriculares são organizados pelos
confundem. sistemas educativos, em forma de áreas de conhecimento,
Por isso, as redes de aprendizagem constituem-se em disciplinas, eixos temáticos, preservando-se a especificidade
ferramenta didático-pedagógica relevante também nos dos diferentes campos do conhecimento, por meio dos quais
programas de formação inicial e continuada de profissionais se desenvolvem as habilidades indispensáveis ao exercício da
da educação. Esta opção requer planejamento sistemático cidadania, em ritmo compatível com as etapas do
integrado, estabelecido entre sistemas educativos ou conjunto desenvolvimento integral do cidadão.
de unidades escolares. Envolve elementos constitutivos da A parte diversificada enriquece e complementa a base
gestão e das práticas docentes como infraestrutura favorável, nacional comum, prevendo o estudo das características
prática por projetos, respeito ao tempo escolar, avaliação regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da
planejada, perfil do professor, perfil e papel da direção escolar, comunidade escolar. Perpassa todos os tempos e espaços
formação do corpo docente, valorização da leitura, atenção curriculares constituintes do Ensino Fundamental e do Médio,
individual ao estudante, atividades complementares e independentemente do ciclo da vida no qual os sujeitos
parcerias. Mas inclui outros aspectos como interação com as tenham acesso à escola. É organizada em temas gerais, em
famílias e a comunidade, valorização docente e outras forma de áreas do conhecimento, disciplinas, eixos temáticos,
medidas, entre as quais a instituição de plano de carreira, selecionados pelos sistemas educativos e pela unidade escolar,
cargos e salários. colegiadamente, para serem desenvolvidos de forma
As experiências em andamento têm revelado êxitos e transversal. A base nacional comum e a parte diversificada não
desafios vividos pelas redes na busca da qualidade da podem se constituir em dois blocos distintos, com disciplinas
educação. Os desafios centram-se, predominantemente, nos específicas para cada uma dessas partes.
obstáculos para a gestão participativa, a qualificação dos A compreensão sobre base nacional comum, nas suas
funcionários, a integração entre instituições escolares de relações com a parte diversificada, foi objeto de vários
diferentes sistemas educativos (estadual e municipal, por pareceres emitidos pelo CNE, cuja síntese se encontra no
exemplo) e a inclusão de estudantes com deficiência. São Parecer CNE/CEB nº 14/2000, da lavra da conselheira Edla de
ressaltados, como pontos positivos, o intercâmbio de Araújo Lira Soares. Após retomar o texto dos artigos 26 e 27
informações; a agilidade dos fluxos; os recursos que da LDB, a conselheira assim se pronuncia:
alimentam relações e aprendizagens coletivas, orientadas por
um propósito comum: a garantia do direito de aprender. (...) a base nacional comum interage com a parte
Entre as vantagens, podem ser destacadas aquelas que se diversificada, no âmago do processo de constituição de
referem à multiplicação de aulas de transmissão em tempo conhecimentos e valores das crianças, jovens e adultos,
real por meio de teleaulas, com elevado grau de qualidade e evidenciando a importância da participação de todos os
amplas possibilidades de acesso, em telessala ou em qualquer segmentos da escola no processo de elaboração da proposta da
outro lugar, previamente preparado, para acesso pelos instituição que deve nos termos da lei, utilizar a parte
sujeitos da aprendizagem; aulas simultâneas para várias salas diversificada para enriquecer e complementar a base nacional
(e várias unidades escolares) com um professor principal e comum.
professores assistentes locais, combinadas com atividades on- (...) tanto a base nacional comum quanto a parte
line em plataformas digitais; aulas gravadas e acessadas a diversificada são fundamentais para que o currículo faça
qualquer tempo e de qualquer lugar por meio da internet ou sentido como um todo.
da TV digital, tratando de conteúdo, compreensão e avaliação
dessa compreensão; e oferta de esclarecimentos de dúvidas Cabe aos órgãos normativos dos sistemas de ensino
em determinados momentos do processo didático- expedir orientações quanto aos estudos e às atividades
pedagógico. correspondentes à parte diversificada do Ensino Fundamental
e do Médio, de acordo com a legislação vigente. A LDB, porém,
2.4.2. Formação básica comum e parte diversificada inclui expressamente o estudo de, pelo menos, uma língua
A LDB definiu princípios e objetivos curriculares gerais estrangeira moderna como componente necessário da parte
para o Ensino Fundamental e Médio, sob os aspectos: diversificada, sem determinar qual deva ser, cabendo sua
escolha à comunidade escolar, dentro das possibilidades da
I - duração: anos, dias letivos e carga horária mínimos; escola, que deve considerar o atendimento das características
II - uma base nacional comum; locais, regionais, nacionais e transnacionais, tendo em vista as
III - uma parte diversificada. demandas do mundo do trabalho e da internacionalização de
toda ordem de relações. A língua espanhola, no entanto, por

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força de lei específica (Lei nº 11.161/2005) passou a ser transversalidade do conhecimento de diferentes disciplinas, bem
obrigatoriamente ofertada no Ensino Médio, embora como o estudo e o desenvolvimento de projetos referidos a temas
facultativa para o estudante, bem como possibilitada no concretos da realidade dos estudantes;
Ensino Fundamental, do 6º ao 9º ano. Outras leis específicas, a IV - da destinação de, pelo menos, 20% do total da carga
latere da LDB, determinam que sejam incluídos componentes horária anual ao conjunto de programas e projetos
não disciplinares, como as questões relativas ao meio interdisciplinares eletivos criados pela escola, previstos no
ambiente, à condição e direito do idoso e ao trânsito. projeto pedagógico, de modo que os sujeitos do Ensino
Correspondendo à base nacional comum, ao longo do Fundamental e Médio possam escolher aqueles com que se
processo básico de escolarização, a criança, o adolescente, o identifiquem e que lhes permitam melhor lidar com o
jovem e o adulto devem ter oportunidade de desenvolver, no conhecimento e a experiência. Tais programas e projetos devem
mínimo, habilidades segundo as especificidades de cada etapa ser desenvolvidos de modo dinâmico, criativo e flexível, em
do desenvolvimento humano, privilegiando-se os aspectos articulação com a comunidade em que a escola esteja inserida;
intelectuais, afetivos, sociais e políticos que se desenvolvem de V - da abordagem interdisciplinar na organização e gestão
forma entrelaçada, na unidade do processo didático. do currículo, viabilizada pelo trabalho desenvolvido
Organicamente articuladas, a base comum nacional e a coletivamente, planejado previamente, de modo integrado e
parte diversificada são organizadas e geridas de tal modo que pactuado com a comunidade educativa;
também as tecnologias de informação e comunicação VI - de adoção, nos cursos noturnos do Ensino Fundamental
perpassem transversalmente a proposta curricular desde a e do Médio, da metodologia didático-pedagógica pertinente às
Educação Infantil até o Ensino Médio, imprimindo direção aos características dos sujeitos das aprendizagens, na maioria
projetos político-pedagógicos. Ambas possuem como trabalhadores, e, se necessário, sendo alterada a duração do
referência geral o compromisso com saberes de dimensão curso, tendo como referência o mínimo correspondente à base
planetária para que, ao cuidar e educar, seja possível à escola nacional comum, de modo que tais cursos não fiquem
conseguir: prejudicados;
VII - do entendimento de que, na proposta curricular, as
I - ampliar a compreensão sobre as relações entre o características dos jovens e adultos trabalhadores das turmas
indivíduo, o trabalho, a sociedade e a espécie humana, seus do período noturno devem ser consideradas como subsídios
limites e suas potencialidades, em outras palavras, sua importantes para garantir o acesso ao Ensino Fundamental e ao
identidade terrena; Ensino Médio, a permanência e o sucesso nas últimas séries, seja
II - adotar estratégias para que seja possível, ao longo da em curso de tempo regular, seja em curso na modalidade de
Educação Básica, desenvolver o letramento emocional, social e Educação de Jovens e Adultos, tendo em vista o direito à
ecológico; o conhecimento científico pertinente aos diferentes frequência a uma escola que lhes dê uma formação adequada ao
tempos, espaços e sentidos; a compreensão do significado das desenvolvimento de sua cidadania;
ciências, das letras, das artes, do esporte e do lazer; VIII - da oferta de atendimento educacional especializado,
III - ensinar a compreender o que é ciência, qual a sua complementar ou suplementar à formação dos estudantes
história e a quem ela se destina; público-alvo da Educação Especial, previsto no projeto político-
IV - viver situações práticas a partir das quais seja possível pedagógico da escola.
perceber que não há uma única visão de mundo, portanto, um
fenômeno, um problema, uma experiência podem ser descritos e A organização curricular assim concebida supõe outra
analisados segundo diferentes perspectivas e correntes de forma de trabalho na escola, que consiste na seleção adequada
pensamento, que variam no tempo, no espaço, na de conteúdos e atividades de aprendizagem, de métodos,
intencionalidade; procedimentos, técnicas e recursos didático-pedagógicos. A
V - compreender os efeitos da “infoera”, sabendo que estes perspectiva da articulação interdisciplinar é voltada para o
atuam, cada vez mais, na vida das crianças, dos adolescentes e desenvolvimento não apenas de conhecimentos, mas também
adultos, para que se reconheçam, de um lado, os estudantes, de de habilidades, valores e práticas.
outro, os profissionais da educação e a família, mas Considera, ainda, que o avanço da qualidade na educação
reconhecendo que os recursos midiáticos devem permear todas brasileira depende, fundamentalmente, do compromisso
as atividades de aprendizagem. político, dos gestores educacionais das diferentes instâncias
da educação, do respeito às diversidades dos estudantes, da
Na organização da matriz curricular, serão observados os competência dos professores e demais profissionais da
critérios: educação, da garantia da autonomia responsável das
I - de organização e programação de todos os tempos (carga instituições escolares na formulação de seu projeto político-
horária) e espaços curriculares (componentes), em forma de pedagógico que contemple uma proposta consistente da
eixos, módulos ou projetos, tanto no que se refere à base organização do trabalho.
nacional comum, quanto à parte diversificada17, sendo que a
definição de tais eixos, módulos ou projetos deve resultar de 2.5. Organização da Educação Básica
amplo e verticalizado debate entre os atores sociais atuantes Em suas singularidades, os sujeitos da Educação Básica, em
nas diferentes instâncias educativas; seus diferentes ciclos de desenvolvimento, são ativos, social e
II - de duração mínima anual de 200 (duzentos) dias letivos, culturalmente, porque aprendem e interagem; são cidadãos de
com o total de, no mínimo, 800 (oitocentas) horas, recomendada direito e deveres em construção; copartícipes do processo de
a sua ampliação, na perspectiva do tempo integral, sabendo-se produção de cultura, ciência, esporte e arte, compartilhando
que as atividades escolares devem ser programadas articulada saberes, ao longo de seu desenvolvimento físico, cognitivo,
e integradamente, a partir da base nacional comum enriquecida socioafetivo, emocional, tanto do ponto de vista ético, quanto
e complementada pela parte diversificada, ambas formando um político e estético, na sua relação com a escola, com a família e
todo; com a sociedade em movimento. Ao se identificarem esses
III - da interdisciplinaridade e da contextualização, que sujeitos, é importante considerar os dizeres de Narodowski11.
devem ser constantes em todo o currículo, propiciando a Ele entende, apropriadamente, que a escola convive hoje com
interlocução entre os diferentes campos do conhecimento e a estudantes de uma infância, de uma juventude (des) realizada,

11 NARODOWSKI, Mariano. A infância como construção pedagógica. In:

COSTA, Marisa C. V. Escola Básica na virada do século: cultura, política e currículo.


Porto Alegre: FACED/UFRGS, 1995.

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que estão nas ruas, em situação de risco e exploração, e Quanto às etapas correspondentes aos diferentes
aqueles de uma infância e juventude (hiper) realizada com momentos constitutivos do desenvolvimento educacional, a
pleno domínio tecnológico da internet, do orkut, dos chats. Educação Básica compreende:
Não há mais como tratar: os estudantes como se fossem
homogêneos, submissos, sem voz; os pais e a comunidade I - a Educação Infantil, que compreende: a Creche,
escolar como objetos. Eles são sujeitos plenos de englobando as diferentes etapas do desenvolvimento da criança
possibilidades de diálogo, de interlocução e de intervenção. até 3 (três) anos e 11 (onze) meses; e a Pré-Escola, com duração
Exige-se, portanto, da escola, a busca de um efetivo pacto em de 2 (dois) anos.
torno do projeto educativo escolar, que considere os sujeitos II - o Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, com
estudantes jovens, crianças, adultos como parte ativa de seus duração de 9 (nove) anos, é organizado e tratado em duas fases:
processos de formação, sem minimizar a importância da a dos 5 (cinco) anos iniciais e a dos 4 (quatro) anos finais;
autoridade adulta. III - o Ensino Médio, com duração mínima de 3 (três) anos.
Na organização curricular da Educação Básica, devem-se
observar as diretrizes comuns a todas as suas etapas, Estas etapas e fases têm previsão de idades próprias, as
modalidades e orientações temáticas, respeitadas suas quais, no entanto, são diversas quando se atenta para alguns
especificidades e as dos sujeitos a que se destinam. Cada etapa pontos como atraso na matrícula e/ou no percurso escolar,
é delimitada por sua finalidade, princípio e/ou por seus repetência, retenção, retorno de quem havia abandonado os
objetivos ou por suas diretrizes educacionais, claramente estudos, estudantes com deficiência, jovens e adultos sem
dispostos no texto da Lei nº 9.394/96, fundamentando-se na escolarização ou com esta incompleta, habitantes de zonas
inseparabilidade dos conceitos referenciais: cuidar e educar, rurais, indígenas e quilombolas, adolescentes em regime de
pois esta é uma concepção norteadora do projeto político- acolhimento ou internação, jovens e adultos em situação de
pedagógico concebido e executado pela comunidade privação de liberdade nos estabelecimentos penais.
educacional. Mas vão além disso quando, no processo
educativo, educadores e estudantes se defrontarem com a 2.5.1.1. Educação Infantil
complexidade e a tensão em que se circunscreve o processo no A Educação Infantil tem por objetivo o desenvolvimento
qual se dá a formação do humano em sua integral da criança até 5 (cinco) anos de idade, em seus
multidimensionalidade. aspectos físico, afetivo, psicológico, intelectual e social,
Na Educação Básica, o respeito aos estudantes e a seus complementando a ação da família e da comunidade.
tempos mentais, socioemocionais, culturais, identitários, é um Seus sujeitos situam-se na faixa etária que compreende o
princípio orientador de toda a ação educativa. É ciclo de desenvolvimento e de aprendizagem dotada de
responsabilidade dos sistemas educativos responderem pela condições específicas, que são singulares a cada tipo de
criação de condições para que crianças, adolescentes, jovens e atendimento, com exigências próprias. Tais atendimentos
adultos, com sua diversidade (diferentes condições físicas, carregam marcas singulares antropoculturais, porque as
sensoriais e socioemocionais, origens, etnias, gênero, crenças, crianças provêm de diferentes e singulares contexto etapa da
classes sociais, contexto sociocultural), tenham a Educação Básica devem ter a oportunidade de se sentirem
oportunidade de receber a formação que corresponda à idade acolhidos, amparados e respeitados pela escola e pelos
própria do percurso escolar, da Educação Infantil, ao Ensino profissionais da educação, com base nos princípios da
Fundamental e ao Médio. individualidade, igualdade, liberdade, diversidade e
Adicionalmente, na oferta de cada etapa pode pluralidade. Deve-se entender, portanto, que, para as crianças
corresponder uma ou mais das modalidades de ensino: de 0 (zero) a 5 (cinco) anos, independentemente das
Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos, Educação do diferentes condições físicas, sensoriais, mentais, linguísticas,
Campo, Educação Escolar Indígena, Educação Profissional e étnico-raciais, socioeconômicas, de origem, religiosas, entre
Tecnológica, Educação a Distância, a educação nos outras, no espaço escolar, as relações sociais e intersubjetivas
estabelecimentos penais e a educação quilombola. requerem a atenção intensiva dos profissionais da educação,
Assim referenciadas, estas Diretrizes compreendem durante o tempo e o momento de desenvolvimento das
orientações para a elaboração das diretrizes específicas para atividades que lhes são peculiares: este é o tempo em que a
cada etapa e modalidade da Educação Básica, tendo como curiosidade deve ser estimulada, a partir da brincadeira
centro e motivação os que justificam a existência da instituição orientada pelos profissionais da educação. Os vínculos de
escolar: os estudantes em desenvolvimento. Reconhecidos família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância
como sujeitos do processo de aprendizagens, têm sua recíproca em que se assenta a vida social, devem iniciar-se na
identidade cultural e humana respeitada, desenvolvida nas Pré-Escola e sua intensificação deve ocorrer ao longo do
suas relações com os demais que compõem o coletivo da Ensino Fundamental, etapa em que se prolonga a infância e se
unidade escolar, em elo com outras unidades escolares e com inicia a adolescência.
a sociedade, na perspectiva da inclusão social exercitada em Às unidades de Educação Infantil cabe definir, no seu
compromisso com a equidade e a qualidade. É nesse sentido projeto político-pedagógico, com base no que dispõem os
que se deve pensar e conceber o projeto político-pedagógico, a artigos 12 e 13 da LDB e no ECA, os conceitos orientadores do
relação com a família, o Estado, a escola e tudo o que é nela processo de desenvolvimento da criança, com a consciência de
realizado. Sem isso, é difícil consolidar políticas que efetivem que as crianças, em geral, adquirem as mesmas formas de
o processo de integração entre as etapas e modalidades da comportamento que as pessoas usam e demonstram nas suas
Educação Básica e garanta ao estudante o acesso, a inclusão, a relações com elas, para além do desenvolvimento da
permanência, o sucesso e a conclusão de etapa, e a linguagem e do pensamento.
continuidade de seus estudos. Diante desse entendimento, a Assim, a gestão da convivência e as situações em que se
aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a torna necessária a solução de problemas individuais e
Educação Básica e a revisão e a atualização das diretrizes coletivos pelas crianças devem ser previamente programadas,
específicas de cada etapa e modalidade devem ocorrer com foco nas motivações estimuladas e orientadas pelos
mediante diálogo vertical e horizontal, de modo simultâneo e professores e demais profissionais da educação e outros de
indissociável, para que se possa assegurar a necessária coesão áreas pertinentes, respeitados os limites e as potencialidades
dos fundamentos que as norteiam. de cada criança e os vínculos desta com a família ou com o seu
responsável direto. Dizendo de outro modo, nessa etapa deve-
2.5.1. Etapas da Educação Básica se assumir o cuidado e a educação, valorizando a

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aprendizagem para a conquista da cultura da vida, por meio de anos iniciais, majoritariamente, nas redes municipais, e dos
atividades lúdicas em situações de aprendizagem (jogos e anos finais, nas redes estaduais, embora haja escolas com
brinquedos), formulando proposta pedagógica que considere oferta completa (anos iniciais e anos finais do ensino
o currículo como conjunto de experiências em que se fundamental) em escolas mantidas por redes públicas e
articulam saberes da experiência e socialização do privadas. Essa realidade requer especial atenção dos sistemas
conhecimento em seu dinamismo, depositando ênfase: estaduais e municipais, que devem estabelecer forma de
colaboração, visando à oferta do Ensino Fundamental e à
I - na gestão das emoções; articulação entre a primeira fase e a segunda, para evitar
II - no desenvolvimento de hábitos higiênicos e alimentares; obstáculos ao acesso de estudantes que mudem de uma rede
III - na vivência de situações destinadas à organização dos para outra para completarem escolaridade obrigatória,
objetos pessoais e escolares; garantindo a organicidade e totalidade do processo formativo
IV - na vivência de situações de preservação dos recursos da do escolar.
natureza; Respeitadas as marcas singulares antropoculturais que as
V - no contato com diferentes linguagens representadas, crianças de diferentes contextos adquirem, os objetivos da
predominantemente, por ícones - e não apenas pelo formação básica, definidos para a Educação Infantil,
desenvolvimento da prontidão para a leitura e escrita -, como prolongam-se durante os anos iniciais do Ensino Fundamental,
potencialidades indispensáveis à formação do interlocutor de tal modo que os aspectos físico, afetivo, psicológico,
cultural. intelectual e social sejam priorizados na sua formação,
complementando a ação da família e da comunidade e, ao
2.5.1.2 Ensino Fundamental mesmo tempo, ampliando e intensificando, gradativamente, o
Na etapa da vida que corresponde ao Ensino Fundamental, processo educativo com qualidade social, mediante:
o estatuto de cidadão vai se definindo gradativamente
conforme o educando vai se assumindo a condição de um I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo
sujeito de direitos. As crianças, quase sempre, percebem o como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do
sentido das transformações corporais e culturais, afetivo- cálculo;
emocionais, sociais, pelas quais passam. Tais transformações II - foco central na alfabetização, ao longo dos três primeiros
requerem-lhes reformulação da autoimagem, a que se associa anos, conforme estabelece o Parecer CNE/CEB nº4/2008, de 20
o desenvolvimento cognitivo. Junto a isso, buscam referências de fevereiro de 2008, da lavra do conselheiro Murílio de Avellar
para a formação de valores próprios, novas estratégias para Hingel, que apresenta orientação sobre os três anos iniciais do
lidar com as diferentes exigências que lhes são impostas. Ensino Fundamental de nove anos;
De acordo com a Resolução CNE/CEB nº 3/2005, o Ensino III - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema
Fundamental de 9 (nove) anos tem duas fases com político, da economia, da tecnologia, das artes e da cultura dos
características próprias, chamadas de: anos iniciais, com 5 direitos humanos e dos valores em que se fundamenta a
(cinco) anos de duração, em regra para estudantes de 6 (seis) sociedade;
a 10 (dez) anos de idade; e anos finais, com 4 (quatro) anos de IV - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem,
duração, para os de 11 (onze) a 14 (quatorze) anos. tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a
O Parecer CNE/CEB nº 7/2007 admitiu coexistência do formação de atitudes e valores;
Ensino Fundamental de 8 (oito) anos, em extinção gradual, V - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de
com o de 9 (nove), que se encontra em processo de solidariedade humana e de respeito recíproco em que se assenta
implantação e implementação. Há, nesse caso, que se respeitar a vida social.
o disposto nos Pareceres CNE/CEB nº 6/2005 e nº 18/2005,
bem como na Resolução CNE/CEB nº 3/2005, que formula Como medidas de caráter operacional, impõe-se a adoção:
uma tabela de equivalência da organização e dos planos
curriculares do Ensino Fundamental de 8 (oito) e de 9 (nove) I - de programa de preparação dos profissionais da
anos, a qual deve ser adotada por todas as escolas. educação, particularmente dos gestores, técnicos e professores;
O Ensino Fundamental é de matrícula obrigatória para as II - de trabalho pedagógico desenvolvido por equipes
crianças a partir dos 6 (seis) anos completos até o dia 31 de interdisciplinares e multiprofissionais;
março do ano em que ocorrer matrícula, conforme III - de programas de incentivo ao compromisso dos
estabelecido pelo CNE no Parecer CNE/CEB nº 22/2009 e profissionais da educação com os estudantes e com sua
Resolução CNE/CEB nº 1/2010. Segundo o Parecer CNE/CEB aprendizagem, de tal modo que se tornem sujeitos nesse
nº 4/2008, o antigo terceiro período da Pré-Escola, agora processo;
primeiro ano do Ensino Fundamental, não pode se confundir IV - de projetos desenvolvidos em aliança com a comunidade,
com o anterior primeiro ano, pois se tornou parte integrante cujas atividades colaborem para a superação de conflitos nas
de um ciclo de 3 (três) anos, que pode ser denominado “ciclo escolas, orientados por objetivos claros e tangíveis, além de
da infância”. Conforme o Parecer CNE/CEB nº 6/2005, a diferentes estratégias de intervenção;
ampliação do Ensino Fundamental obrigatório a partir dos 6 V - de abertura de escolas além do horário regular de aulas,
(seis) anos de idade requer de todas as escolas e de todos os oferecendo aos estudantes local seguro para a prática de
educadores compromisso com a elaboração de um novo atividades esportivo-recreativas e socioculturais, além de
projeto político-pedagógico, bem como para o consequente reforço escolar;
redimensionamento da Educação Infantil. VI - de espaços físicos da escola adequados aos diversos
Por outro lado, conforme destaca o Parecer CNE/CEB nº ambientes destinados às várias atividades, entre elas a de
7/2007: é perfeitamente possível que os sistemas de ensino experimentação e práticas botânicas;
estabeleçam normas para que essas crianças que só vão VII - de acessibilidade arquitetônica, nos mobiliários, nos
completar seis anos depois de iniciar o ano letivo possam recursos didático-pedagógicos, nas comunicações e
continuar frequentando a Pré-escola para que não ocorra uma informações.
indesejável descontinuidade de atendimento e
desenvolvimento. Nessa perspectiva, no geral, é tarefa da escola, palco de
O intenso processo de descentralização ocorrido na última interações, e, no particular, é responsabilidade do professor,
década acentuou, na oferta pública, a cisão entre anos iniciais apoiado pelos demais profissionais da educação, criar
e finais do Ensino Fundamental, levando à concentração dos situações que provoquem nos estudantes a necessidade e o

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desejo de pesquisar e experimentar situações de Na perspectiva de reduzir a distância entre as atividades


aprendizagem como conquista individual e coletiva, a partir do escolares e as práticas sociais, o Ensino Médio deve ter uma
contexto particular e local, em elo com o geral e transnacional. base unitária sobre a qual podem se assentar possibilidades
diversas: no trabalho, como preparação geral ou,
2.5.1.3. Ensino Médio facultativamente, para profissões técnicas; na ciência e na
Os princípios e as finalidades que orientam o Ensino tecnologia, como iniciação científica e tecnológica; nas artes e
Médio23, para adolescentes em idade de 15 (quinze) a 17 na cultura, como ampliação da formação cultural. Assim, o
(dezessete), preveem, como preparação para a conclusão do currículo do Ensino Médio deve organizar-se de modo a
processo formativo da Educação Básica (artigo 35 da LDB): assegurar a integração entre os seus sujeitos, o trabalho, a
ciência, a tecnologia e a cultura, tendo o trabalho como
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos princípio educativo, processualmente conduzido desde a
adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitando o Educação Infantil.
prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho, tomado este como 2.5.2. Modalidades da Educação Básica
princípio educativo, e para a cidadania do educando, para Como já referido, na oferta de cada etapa pode
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de enfrentar novas corresponder uma ou mais modalidades de ensino: Educação
condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; de Jovens e Adultos, Educação Especial, Educação Profissional
III - o aprimoramento do estudante como um ser de direitos, e Tecnológica, Educação Básica do Campo, Educação Escolar
pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento Indígena, Educação Escolar Quilombola e Educação a
da autonomia intelectual e do pensamento crítico; Distância.
IV - a compreensão dos fundamentos científicos e
tecnológicos presentes na sociedade contemporânea, 2.5.2.1. Educação de Jovens e Adultos
relacionando a teoria com a prática. A instituição da Educação de Jovens e Adultos (EJA) 25 tem
sido considerada como instância em que o Brasil procura
A formação ética, a autonomia intelectual, o pensamento saldar uma dívida social que tem para com o cidadão que não
crítico que construa sujeitos de direitos devem se iniciar desde estudou na idade própria. Destina-se, portanto, aos que se
o ingresso do estudante no mundo escolar. Como se sabe, estes situam na faixa etária superior à considerada própria, no nível
são, a um só tempo, princípios e valores adquiridos durante a de conclusão do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
formação da personalidade do indivíduo. É, entretanto, por A carência escolar de adultos e jovens que ultrapassaram
meio da convivência familiar, social e escolar que tais valores essa idade tem graus variáveis, desde a total falta de
são internalizados. Quando o estudante chega ao Ensino alfabetização, passando pelo analfabetismo funcional, até a
Médio, os seus hábitos e as suas atitudes crítico-reflexivas e incompleta escolarização nas etapas do Ensino Fundamental e
éticas já se acham em fase de conformação. Mesmo assim, a do Médio. Essa defasagem educacional mantém e reforça a
preparação básica para o trabalho e a cidadania, e a prontidão exclusão social, privando largas parcelas da população ao
para o exercício da autonomia intelectual são uma conquista direito de participar dos bens culturais, de integrar-se na vida
paulatina e requerem a atenção de todas as etapas do processo produtiva e de exercer sua cidadania. Esse resgate não pode
de formação do indivíduo. Nesse sentido, o Ensino Médio, ser tratado emergencialmente, mas, sim, de forma sistemática
como etapa responsável pela terminalidade do processo e continuada, uma vez que jovens e adultos continuam
formativo da Educação Básica, deve se organizar para alimentando o contingente com defasagem escolar, seja por
proporcionar ao estudante uma formação com base unitária, não ingressarem na escola, seja por dela se evadirem por
no sentido de um método de pensar e compreender as múltiplas razões.
determinações da vida social e produtiva; que articule O inciso I do artigo 208 da Constituição Federal determina
trabalho, ciência, tecnologia e cultura na perspectiva da que o dever do Estado para com a educação será efetivado
emancipação humana. mediante a garantia de Ensino Fundamental obrigatório e
Na definição e na gestão do currículo, sem dúvida, gratuito, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os
inscrevem-se fronteiras de ordem legal e teórico- que a ele não tiverem acesso na idade própria. Este
metodológica. Sua lógica dirige-se aos jovens não como mandamento constitucional é reiterado pela LDB, no inciso I
categorização genérica e abstrata, mas consideradas suas do seu artigo 4º, sendo que, o artigo 37 traduz os fundamentos
singularidades, que se situam num tempo determinado, que, da EJA ao atribuir ao poder público a responsabilidade de
ao mesmo tempo, é recorte da existência humana e herdeiro estimular e viabilizar o acesso e a permanência do trabalhador
de arquétipos conformadores da sua singularidade inscrita em na escola, mediante ações integradas e complementares entre
determinações históricas. Compreensível que é difícil que si, mediante oferta de cursos gratuitos aos jovens e aos
todos os jovens consigam carregar a necessidade e o desejo de adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular,
assumir todo o programa de Ensino Médio por inteiro, como proporcionando-lhes oportunidades educacionais
se acha organizado. Dessa forma, compreende-se que o apropriadas, consideradas as características do alunado, seus
conjunto de funções atribuídas ao Ensino Médio não interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e
corresponde à pretensão e às necessidades dos jovens dos dias exames. Esta responsabilidade deve ser prevista pelos
atuais e às dos próximos anos. Portanto, para que se assegure sistemas educativos e por eles deve ser assumida, no âmbito
a permanência dos jovens na escola, com proveito, até a da atuação de cada sistema, observado o regime de
conclusão da Educação Básica, os sistemas educativos devem colaboração e da ação redistributiva, definidos legalmente.
prever currículos flexíveis, com diferentes alternativas, para Os cursos de EJA devem pautar-se pela flexibilidade, tanto
que os jovens tenham a oportunidade de escolher o percurso de currículo quanto de tempo e espaço, para que seja:
formativo que mais atenda a seus interesses, suas
necessidades e suas aspirações. I - rompida a simetria com o ensino regular para crianças e
Deste modo, essa etapa do processo de escolarização se adolescentes, de modo a permitir percursos individualizados e
constitui em responsável pela terminalidade do processo conteúdos significativos para os jovens e adultos;
formativo do estudante da Educação Básica24, e, II - provido suporte e atenção individual às diferentes
conjuntamente, pela preparação básica para o trabalho e para necessidades dos estudantes no processo de aprendizagem,
a cidadania, e pela prontidão para o exercício da autonomia mediante atividades diversificadas;
intelectual.

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III - valorizada a realização de atividades e vivências matricular os estudantes com deficiência, transtornos globais
socializadoras, culturais, recreativas e esportivas, geradoras de do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas
enriquecimento do percurso formativo dos estudantes; classes comuns do ensino regular e no atendimento
IV - desenvolvida a agregação de competências para o educacional especializado (AEE). O objetivo deste
trabalho; atendimento é identificar habilidades e necessidades dos
V - promovida a motivação e orientação permanente dos estudantes, organizar recursos de acessibilidade e realizar
estudantes, visando à maior participação nas aulas e seu melhor atividades pedagógicas específicas que promovam seu acesso
aproveitamento e desempenho; ao currículo. Este atendimento não substitui a escolarização
VI - realizada sistematicamente a formação continuada em classe comum e é ofertado no contraturno da escolarização
destinada especificamente aos educadores de jovens e adultos. em salas de recursos multifuncionais da própria escola, de
outra escola pública ou em centros de AEE da rede pública ou
Na organização curricular dessa modalidade da Educação de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas
Básica, a mesma lei prevê que os sistemas de ensino devem sem fins lucrativos conveniadas com a Secretaria de Educação
oferecer cursos e exames supletivos, que compreenderão a ou órgão equivalente dos Estados, Distrito Federal ou dos
base nacional comum do currículo, habilitando ao Municípios.
prosseguimento de estudos em caráter regular. Entretanto, Os sistemas e as escolas devem proporcionar condições
prescreve que, preferencialmente, os jovens e adultos tenham para que o professor da classe comum possa explorar e
a oportunidade de desenvolver a Educação Profissional estimular as potencialidades de todos os estudantes, adotando
articulada com a Educação Básica (§ 3º do artigo 37 da LDB, uma pedagogia dialógica, interativa, interdisciplinar e
incluído pela Lei nº 11.741/2008). inclusiva e, na interface, o professor do AEE identifique
habilidades e necessidades dos estudantes, organize e oriente
Cabe a cada sistema de ensino definir a estrutura e a sobre os serviços e recursos pedagógicos e de acessibilidade
duração dos cursos da Educação de Jovens e Adultos, para a participação e aprendizagem dos estudantes.
respeitadas as Diretrizes Curriculares Nacionais, a identidade Na organização desta modalidade, os sistemas de ensino
dessa modalidade de educação e o regime de colaboração devem observar as seguintes orientações fundamentais:
entre os entes federativos.
Quanto aos exames supletivos, a idade mínima para a I - o pleno acesso e efetiva participação dos estudantes no
inscrição e realização de exames de conclusão do Ensino ensino regular;
Fundamental é de 15 (quinze) anos completos, e para os de II - a oferta do atendimento educacional especializado
conclusão do Ensino Médio é a de 18 (dezoito) anos completos. (AEE);
Para a aplicação desses exames, o órgão normativo dos III - a formação de professores para o AEE e para o
sistemas de educação deve manifestar-se previamente, além desenvolvimento de práticas educacionais inclusivas;
de acompanhar os seus resultados. A certificação do IV - a participação da comunidade escolar;
conhecimento e das experiências avaliados por meio de V - a acessibilidade arquitetônica, nas comunicações e
exames para verificação de competências e habilidades é informações, nos mobiliários e equipamentos e nos transportes;
objeto de diretrizes específicas a serem emitidas pelo órgão VI - a articulação das políticas públicas interssetoriais.
normativo competente, tendo em vista a complexidade, a
singularidade e a diversidade contextual dos sujeitos a que se Nesse sentido, os sistemas de ensino assegurarão a
destinam tais exames. observância das seguintes orientações fundamentais:

2.5.2.2. Educação Especial I - métodos, técnicas, recursos educativos e organização


A Educação Especial é uma modalidade de ensino específicos, para atender às suas necessidades;
transversal a todas etapas e outras modalidades, como parte II - formação de professores para o atendimento educacional
integrante da educação regular, devendo ser prevista no especializado, bem como para o desenvolvimento de práticas
projeto político-pedagógico da unidade escolar. educacionais inclusivas nas classes comuns de ensino regular;
Os sistemas de ensino devem matricular todos os III - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais
estudantes com deficiência, transtornos globais do suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, cabendo regular.
às escolas organizar-se para seu atendimento, garantindo as
condições para uma educação de qualidade para todos, A LDB, no artigo 60, prevê que os órgãos normativos dos
devendo considerar suas necessidades educacionais sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização
específicas, pautando-se em princípios éticos, políticos e das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e
estéticos, para assegurar: com atuação exclusiva em Educação Especial, para fins de
I - a dignidade humana e a observância do direito de cada apoio técnico e financeiro pelo poder público e, no seu
estudante de realizar seus projetos e estudo, de trabalho e de parágrafo único, estabelece que o poder público ampliará o
inserção na vida social, com autonomia e independência; atendimento aos estudantes com necessidades especiais na
II - a busca da identidade própria de cada estudante, o própria rede pública regular de ensino, independentemente
reconhecimento e a valorização das diferenças e do apoio às instituições previstas nesse artigo.
potencialidades, o atendimento às necessidades educacionais no
processo de ensino e aprendizagem, como base para a O Decreto nº 6.571/2008 dispõe sobre o atendimento
constituição e ampliação de valores, atitudes, conhecimentos, educacional especializado, regulamenta o parágrafo único do
habilidades e competências; artigo 60 da LDB e acrescenta dispositivo ao Decreto nº
III - o desenvolvimento para o exercício da cidadania, da 6.253/2007, prevendo, no âmbito do FUNDEB, a dupla
capacidade de participação social, política e econômica e sua matrícula dos alunos público-alvo da educação especial, uma
ampliação, mediante o cumprimento de seus deveres e o no ensino regular da rede pública e outra no atendimento
usufruto de seus direitos. educacional especializado.

O atendimento educacional especializado (AEE), previsto OBS: Nova redação conferida ao parágrafo único do
pelo Decreto nº 6.571/2008, é parte integrante do processo art. 60, regulamentado pela Lei 12.796/2013.
educacional, sendo que os sistemas de ensino devem

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Parágrafo único. O poder público adotará, como alternativa etapas que possibilitem uma qualificação profissional
preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com intermediária.
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas Abrange, também, os cursos conjugados com outras
habilidades ou superdotação na própria rede pública regular de modalidades de ensino, como a Educação de Jovens e Adultos,
ensino, independentemente do apoio às instituições previstas a Educação Especial e a Educação a Distância, e pode ser
neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) desenvolvida por diferentes estratégias de educação
continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de
2.5.2.3. Educação Profissional e Tecnológica trabalho. Essa previsão coloca, no escopo dessa modalidade
A Educação Profissional e Tecnológica (EPT), em educacional, as propostas de qualificação, capacitação,
conformidade com o disposto na LDB, com as alterações atualização e especialização profissional, entre outras livres de
introduzidas pela Lei nº 11.741/2008, no cumprimento dos regulamentação curricular, reconhecendo que a EPT pode
objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes ocorrer em diversos formatos e no próprio local de trabalho.
níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, Inclui, nesse sentido, os programas e cursos de Aprendizagem,
da ciência e da tecnologia. Dessa forma, pode ser previstos na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT)
compreendida como uma modalidade na medida em que aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452/43, desenvolvidos por
possui um modo próprio de fazer educação nos níveis da entidades qualificadas e no ambiente de trabalho, através de
Educação Básica e Superior e em sua articulação com outras contrato especial de trabalho.
modalidades educacionais: Educação de Jovens e Adultos, A organização curricular da educação profissional e
Educação Especial e Educação a Distância. tecnológica por eixo tecnológico fundamenta-se na
A EPT na Educação Básica ocorre na oferta de cursos de identificação das tecnologias que se encontram na base de uma
formação inicial e continuada ou qualificação profissional, e dada formação profissional e dos arranjos lógicos por elas
nos de Educação Profissional Técnica de nível médio ou, ainda, constituídos. Por considerar os conhecimentos tecnológicos
na Educação Superior, conforme o § 2º do artigo 39 da LDB: pertinentes a cada proposta de formação profissional, os eixos
A Educação Profissional e Tecnológica abrangerá os tecnológicos facilitam a organização de itinerários formativos,
seguintes cursos: apontando possibilidades de percursos tanto dentro de um
I - de formação inicial e continuada ou qualificação mesmo nível educacional quanto na passagem do nível básico
profissional; para o superior.
II - de Educação Profissional Técnica de nível médio; Os conhecimentos e habilidades adquiridos tanto nos
III - de Educação Profissional Tecnológica de graduação e cursos de educação profissional e tecnológica, como os
pós-graduação. adquiridos na prática laboral pelos trabalhadores, podem ser
objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para
A Educação Profissional Técnica de nível médio, nos prosseguimento ou conclusão de estudos. Assegura-se, assim,
termos do artigo 36-B da mesma Lei, é desenvolvida nas ao trabalhador jovem e adulto, a possibilidade de ter
seguintes formas: reconhecidos os saberes construídos em sua trajetória de vida.
Para Moacir Alves Carneiro, a certificação pretende valorizar a
I - articulada com o Ensino Médio, sob duas formas: experiência extraescolar e a abertura que a Lei dá à Educação
II - integrada, na mesma instituição, Profissional vai desde o reconhecimento do valor igualmente
III - concomitante, na mesma ou em distintas instituições; educativo do que se aprendeu na escola e no próprio ambiente
IV - subsequente, em cursos destinados a quem já tenha de trabalho, até a possibilidade de saídas e entradas
concluído o Ensino Médio. intermediárias.

As instituições podem oferecer cursos especiais, abertos à 2.5.2.4. Educação Básica do campo
comunidade, com matrícula condicionada à capacidade de Nesta modalidade, a identidade da escola do campo é
aproveitamento e não necessariamente ao nível de definida pela sua vinculação com as questões inerentes à sua
escolaridade. São formulados para o atendimento de realidade, ancorando-se na temporalidade e saberes próprios
demandas pontuais, específicas de um determinado segmento dos estudantes, na memória coletiva que sinaliza futuros, na
da população ou dos setores produtivos, com período rede de ciência e tecnologia disponível na sociedade e nos
determinado para início e encerramento da oferta, sendo, movimentos sociais em defesa de projetos que associem as
como cursos de formação inicial e continuada ou de soluções exigidas por essas questões à qualidade social da vida
qualificação profissional, livres de regulamentação curricular. coletiva no País.
No tocante aos cursos articulados com o Ensino Médio, A educação para a população rural está prevista no artigo
organizados na forma integrada, o que está proposto é um 28 da LDB, em que ficam definidas, para atendimento à
curso único (matrícula única), no qual os diversos população rural, adaptações necessárias às peculiaridades da
componentes curriculares são abordados de forma que se vida rural e de cada região, definindo orientações para três
explicitem os nexos existentes entre eles, conduzindo os aspectos essenciais à organização da ação pedagógica:
estudantes à habilitação profissional técnica de nível médio ao
mesmo tempo em que concluem a última etapa da Educação I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às
Básica. reais necessidades e interesses dos estudantes da zona rural;
Os cursos técnicos articulados com o Ensino Médio, II - organização escolar própria, incluindo adequação do
ofertados na forma concomitante, com dupla matrícula e dupla calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições
certificação, podem ocorrer na mesma instituição de ensino, climáticas;
aproveitando-se as oportunidades educacionais disponíveis; III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.
em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as
oportunidades educacionais disponíveis; ou em instituições de Obs: a lei 12.960/2014, incluiu o parágrafo único ao
ensino distintas, mediante convênios de artigo 28 da LDB:
intercomplementaridade, visando ao planejamento e ao
desenvolvimento de projeto pedagógico unificado. Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo,
São admitidas, nos cursos de Educação Profissional indígenas e quilombolas será precedido de manifestação do
Técnica de nível médio, a organização e a estruturação em órgão normativo do respectivo sistema de ensino, que
considerará a justificativa apresentada pela Secretaria de

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Educação, a análise do diagnóstico do impacto da ação e a IV - suas atividades econômicas;


manifestação da comunidade escolar. (Incluído pela Lei nº V - a necessidade de edificação de escolas que atendam aos
12.960, de 2014) interesses das comunidades indígenas;
VI - o uso de materiais didático-pedagógicos produzidos de
As propostas pedagógicas das escolas do campo devem acordo com o contexto sociocultural de cada povo indígena.
contemplar a diversidade do campo em todos os seus
aspectos: sociais, culturais, políticos, econômicos, de gênero, As escolas indígenas desenvolvem suas atividades de
geração e etnia. Formas de organização e metodologias acordo com o proposto nos respectivos projetos pedagógicos
pertinentes à realidade do campo devem, nesse sentido, ter e regimentos escolares com as prerrogativas de: organização
acolhida. Assim, a pedagogia da terra busca um trabalho das atividades escolares, independentes do ano civil,
pedagógico fundamentado no princípio da sustentabilidade, respeitado o fluxo das atividades econômicas, sociais, culturais
para que se possa assegurar a preservação da vida das futuras e religiosas; e duração diversificada dos períodos escolares,
gerações. ajustando-a às condições e especificidades próprias de cada
Particularmente propícia para esta modalidade, destaca-se comunidade.
a pedagogia da alternância (sistema dual), criada na Alemanha Por sua vez, tem projeto pedagógico próprio, por escola ou
há cerca de 140 anos e, hoje, difundida em inúmeros países, por povo indígena, tendo por base as Diretrizes Curriculares
inclusive no Brasil, com aplicação, sobretudo, no ensino Nacionais referentes a cada etapa da Educação Básica; as
voltado para a formação profissional e tecnológica para o meio características próprias das escolas indígenas, em respeito à
rural. Nesta metodologia, o estudante, durante o curso e como especificidade étnico-cultural de cada povo ou comunidade; as
parte integrante dele, participa, concomitante e realidades sociolinguísticas, em cada situação; os conteúdos
alternadamente, de dois ambientes/situações de curriculares especificamente indígenas e os modos próprios
aprendizagem: o escolar e o laboral, não se configurando o de constituição do saber e da cultura indígena; e a participação
último como estágio, mas, sim, como parte do currículo do da respectiva comunidade ou povo indígena.
curso. Essa alternância pode ser de dias na mesma semana ou
de blocos semanais ou, mesmo, mensais ao longo do curso. A formação dos professores é específica, desenvolvida no
Supõe uma parceria educativa, em que ambas as partes são âmbito das instituições formadoras de professores, garantido-
corresponsáveis pelo aprendizado e formação do estudante. É se aos professores indígenas a sua formação em serviço e,
bastante claro que podem predominar, num ou noutro, quando for o caso, concomitantemente com a sua própria
oportunidades diversas de desenvolvimento de competências, escolarização.
com ênfases ora em conhecimentos, ora em habilidades
profissionais, ora em atitudes, emoções e valores necessários 2.5.2.6. Educação a Distância
ao adequado desempenho do estudante. Nesse sentido, os dois A modalidade Educação a Distância caracteriza-se pela
ambientes/situações são intercomplementares. mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e
aprendizagem que ocorre com a utilização de meios e
2.5.2.5. Educação escolar indígena tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e
A escola desta modalidade tem uma realidade singular, professores desenvolvendo atividades educativas em lugares
inscrita em terras e cultura indígenas31. Requer, portanto, ou tempos diversos.
pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural O credenciamento para a oferta de cursos e programas de
de cada povo ou comunidade e formação específica de seu Educação de Jovens e Adultos, de Educação Especial e de
quadro docente, observados os princípios constitucionais, a Educação Profissional e Tecnológica de nível médio, na
base nacional comum e os princípios que orientam a Educação modalidade a distância, compete aos sistemas estaduais de
Básica brasileira (artigos 5º, 9º, 10, 11 e inciso VIII do artigo ensino, atendidas a regulamentação federal e as normas
4º da LDB). complementares desses sistemas.
Na estruturação e no funcionamento das escolas indígenas
é reconhecida sua condição de escolas com normas e 2.5.2.6. Educação Escolar Quilombola
ordenamento jurídico próprios, com ensino intercultural e A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em
bilíngue, visando à valorização plena das culturas dos povos unidades educacionais inscritas em suas terras e cultura,
indígenas e à afirmação e manutenção de sua diversidade requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade
étnica. étnicocultural de cada comunidade e formação específica de
seu quadro docente, observados os princípios constitucionais,
São elementos básicos para a organização, a estrutura e o a base nacional comum e os princípios que orientam a
funcionamento da escola indígena: Educação Básica brasileira.
Na estruturação e no funcionamento das escolas
I - localização em terras habitadas por comunidades quilombolas, deve ser reconhecida e valorizada sua
indígenas, ainda que se estendam por territórios de diversos diversidade cultural.
Estados ou Municípios contíguos;
II - exclusividade de atendimento a comunidades indígenas; 2.6. Elementos constitutivos para a organização das
III - ensino ministrado nas línguas maternas das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação
comunidades atendidas, como uma das formas de preservação Básica
da realidade sociolinguística de cada povo; Estas Diretrizes inspiram-se nos princípios constitucionais
IV - organização escolar própria. e na LDB e se operacionalizam - sobretudo por meio do projeto
político-pedagógico e do regimento escolar, do sistema de
Na organização de escola indígena deve ser considerada a avaliação, da gestão democrática e da organização da escola -
participação da comunidade, na definição do modelo de na formação inicial e continuada do professor, tendo como
organização e gestão, bem como: base os princípios afirmados nos itens anteriores, entre os
quais o cuidado e o compromisso com a educação integral de
I - suas estruturas sociais; todos, atendendo-se às dimensões orgânica, sequencial e
II - suas práticas socioculturais e religiosas; articulada da Educação Básica.
III - suas formas de produção de conhecimento, processos A LDB estabelece condições para que a unidade escolar
próprios e métodos de ensino-aprendizagem; responda à obrigatoriedade de garantir acesso à escola e

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permanência com sucesso. Ela aponta ainda alternativas para projetando-as para além do período do mandato de cada
flexibilizar as condições para que a passagem dos estudantes gestor. Assim, cabe à escola, considerada a sua identidade e a
pela escola seja concebida como momento de crescimento, de seus sujeitos, articular a formulação do projeto político-
mesmo frente a percursos de aprendizagem não lineares. pedagógico com os planos de educação nacional, estadual,
A isso se associa o entendimento de que a instituição municipal, o plano da gestão, o contexto em que a escola se
escolar, hoje, dispõe de instrumentos legais e normativos que situa e as necessidades locais e as de seus estudantes. A
lhe permitam exercitar sua autonomia, instituindo as suas organização e a gestão das pessoas, do espaço, dos processos e
próprias regras para mudar, reinventar, no seu projeto os procedimentos que viabilizam o trabalho de todos aqueles
político-pedagógico e no seu regimento, o currículo, a que se inscrevem no currículo em movimento expresso no
avaliação da aprendizagem, seus procedimentos, para que o projeto político-pedagógico representam o conjunto de
grande objetivo seja alcançado: educação para todos em todas elementos que integram o trabalho pedagógico e a gestão da
as etapas e modalidades da Educação Básica, com qualidade escola tendo como fundamento o que dispõem os artigos 14,
social. 12 e 13, da LDB, respectivamente.

2.6.1. O projeto político-pedagógico e o regimento Na elaboração do projeto político-pedagógico, a concepção


escolar de currículo e de conhecimento escolar deve ser enriquecida
O projeto político-pedagógico, nomeado na LDB como pela compreensão de como lidar com temas significativos que
proposta ou projeto pedagógico, representa mais do que um se relacionem com problemas e fatos culturais relevantes da
documento. É um dos meios de viabilizar a escola democrática realidade em que a escola se inscreve. O conhecimento prévio
e autônoma para todos, com qualidade social. Autonomia sobre como funciona o financiamento da educação pública,
pressupõe liberdade e capacidade de decidir a partir de regras tanto em nível federal quanto em estadual e municipal, pela
relacionais. O exercício da autonomia administrativa e comunidade educativa, contribui, significativamente, no
pedagógica da escola pode ser traduzido como a capacidade de momento em que se estabelecem as prioridades institucionais.
governar a si mesmo, por meio de normas próprias. A natureza e a finalidade da unidade escolar, o papel
A autonomia da escola numa sociedade democrática é, socioeducativo, artístico, cultural, ambiental, as questões de
sobretudo, a possibilidade de ter uma compreensão particular gênero, etnia, classe social e diversidade cultural que
das metas da tarefa de educar e cuidar, das relações de compõem as ações educativas, particularmente a organização
interdependência, da possibilidade de fazer escolhas visando e a gestão curricular, são os componentes que subsidiam as
a um trabalho educativo eticamente responsável, que devem demais partes integrantes do projeto político-pedagógico.
ser postas em prática nas instituições educacionais, no Nele, devem ser previstas as prioridades institucionais que a
cumprimento do artigo 3º da LDB, em que vários princípios identificam. Além de se observar tais critérios e compromisso,
derivam da Constituição Federal. Essa autonomia tem como deve-se definir o conjunto das ações educativas próprias das
suporte a Constituição Federal e o disposto no artigo 15 da etapas da Educação Básica assumidas pela unidade escolar, de
LDB: acordo com as especificidades que lhes correspondam,
preservando a articulação orgânica daquelas etapas.
Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares Reconhecendo o currículo como coração que faz pulsar o
públicas de Educação Básica que os integram progressivos trabalho pedagógico na sua multidimensionalidade e
graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão dinamicidade, o projeto político-pedagógico deve constituir-
financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro se:
público.
I - do diagnóstico da realidade concreta dos sujeitos do
O ponto de partida para a conquista da autonomia pela processo educativo, contextualizado no espaço e no tempo;
instituição educacional tem por base a construção da II - da concepção sobre educação, conhecimento, avaliação
identidade de cada escola, cuja manifestação se expressa no da aprendizagem e mobilidade escolar;
seu projeto pedagógico e no regimento escolar próprio, III - da definição de qualidade das aprendizagens e, por
enquanto manifestação de seu ideal de educação e que permite consequência, da escola, no contexto das desigualdades que nela
uma nova e democrática ordenação pedagógica das relações se refletem;
escolares. O projeto político-pedagógico deve, pois, ser IV - de acompanhamento sistemático dos resultados do
assumido pela comunidade educativa, ao mesmo tempo, como processo de avaliação interna e externa (SAEB, Prova Brasil,
sua força indutora do processo participativo na instituição e dados estatísticos resultantes das avaliações em rede nacional e
como um dos instrumentos de conciliação das diferenças, de outras; pesquisas sobre os sujeitos da Educação Básica),
busca da construção de responsabilidade compartilhada por incluindo resultados que compõem o Índice de Desenvolvimento
todos os membros integrantes da comunidade escolar, sujeitos da Educação Básica (IDEB) e/ou que complementem ou
históricos concretos, situados num cenário geopolítico substituam os desenvolvidos pelas unidades da federação e
preenchido por situações cotidianas desafiantes. outros;
Assim concebido, o processo de formulação do projeto V - da implantação dos programas de acompanhamento do
político-pedagógico tem como referência a democrática acesso, de permanência dos estudantes e de superação da
ordenação pedagógica das relações escolares, cujo horizonte retenção escolar;
de ação procura abranger a vida humana em sua globalidade. VI - da explicitação das bases que norteiam a organização
Por outro lado, o projeto político-pedagógico é também um do trabalho pedagógico tendo como foco os fundamentos da
documento em que se registra o resultado do processo gestão democrática, compartilhada e participativa (órgãos
negocial estabelecido por aqueles atores que estudam a escola colegiados, de representação estudantil e dos pais).
e por ela respondem em parceria (gestores, professores,
técnicos e demais funcionários, representação estudantil, No projeto político-pedagógico, deve-se conceber a
representação da família e da comunidade local). É, portanto, organização do espaço físico da instituição escolar de tal modo
instrumento de previsão e suporte para a avaliação das ações que este seja compatível com as características de seus
educativas programadas para a instituição como um todo; sujeitos, além da natureza e das finalidades da educação,
referência e transcende o planejamento da gestão e do deliberadas e assumidas pela comunidade educacional. Assim,
desenvolvimento escolar, porque suscita e registra decisões a despadronização curricular pressupõe a despadronização do
colegiadas que envolvem a comunidade escolar como um todo, espaço físico e dos critérios de organização da carga horária do

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professor. A exigência - o rigor no educar e cuidar - é a chave programas didático-pedagógicos fundamentados por
para a conquista e recuperação dos níveis de qualidade metodologia específica.
educativa de que as crianças e os jovens necessitam para
continuar a estudar em etapas e níveis superiores, para Daí a necessidade de se estimularem novas formas de
integrar-se no mundo do trabalho em seu direito inalienável organização dos componentes curriculares dispondo-os em
de alcançar o lugar de cidadãos responsáveis, formados nos eixos temáticos, que são considerados eixos fundantes, pois
valores democráticos e na cultura do esforço e da conferem relevância ao currículo. Desse modo, no projeto
solidariedade. político-pedagógico, a comunidade educacional deve
Nessa perspectiva, a comunidade escolar assume o projeto engendrar o entrelaçamento entre trabalho, ciência,
político-pedagógico não como peça constitutiva da lógica tecnologia, cultura e arte, por meio de atividades próprias às
burocrática, menos ainda como elemento mágico capaz de características da etapa de desenvolvimento humano do
solucionar todos os problemas da escola, mas como instância escolar a que se destinarem, prevendo:
de construção coletiva, que respeita os sujeitos das
aprendizagens, entendidos como cidadãos de direitos à I - as atividades integradoras de iniciação científica e no
proteção e à participação social, de tal modo que: campo artístico-cultural, desde a Educação Infantil;
II - os princípios norteadores da educação nacional, a
I - estimule a leitura atenta da realidade local, regional e metodologia da problematização como instrumento de
mundial, por meio da qual se podem perceber horizontes, incentivo à pesquisa, à curiosidade pelo inusitado e ao
tendências e possibilidades de desenvolvimento; desenvolvimento do espírito inventivo, nas práticas didáticas;
II - preserve a clareza sobre o fazer pedagógico, em sua III - o desenvolvimento de esforços pedagógicos com
multidimensionalidade, prevendo-se a diversidade de ritmo de intenções educativas, comprometidas com a educação cidadã;
desenvolvimento dos sujeitos das aprendizagens e caminhos por IV - a avaliação do desenvolvimento das aprendizagens
eles escolhidos; como processo formativo e permanente de reconhecimento de
III - institua a compreensão dos conflitos, das divergências e conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e emoções;
diferenças que demarcam as relações humanas e sociais; V - a valorização da leitura em todos os campos do
IV - esclareça o papel dos gestores da instituição, da conhecimento, desenvolvendo a capacidade de letramento dos
organização estudantil e dos conselhos: comunitário, de classe, estudantes;
de pais e outros; VI - o comportamento ético e solidário, como ponto de
V - perceba e interprete o perfil real dos sujeitos - crianças, partida para o reconhecimento dos deveres e direitos da
jovens e adultos - que justificam e instituem a vida da e na escola, cidadania, para a prática do humanismo contemporâneo, pelo
do ponto de vista intelectual, cultural, emocional, afetivo, reconhecimento, respeito e acolhimento da identidade do outro;
socioeconômico, como base da reflexão sobre as relações vida- VII - a articulação entre teoria e prática, vinculando o
conhecimento-culturaprofessor-estudante e instituição escolar; trabalho intelectual com atividades práticas experimentais;
VI - considere como núcleo central das aprendizagens pelos VIII - a promoção da integração das atividades educativas
sujeitos do processo educativo (gestores, professores, técnicos e com o mundo do trabalho, por meio de atividades práticas e de
funcionários, estudantes e famílias) a curiosidade e a pesquisa, estágios, estes para os estudantes do Ensino Médio e da
incluindo, de modo cuidadoso e sistemático, as chamadas Educação Profissional e Tecnológica;
referências virtuais de aprendizagem que se dão em contextos IX - a utilização de novas mídias e tecnologias educacionais,
digitais; como processo de dinamização dos ambientes de aprendizagem;
VII - preveja a formação continuada dos gestores e X - a oferta de atividades de estudo com utilização de novas
professores para que estes tenham a oportunidade de se manter tecnologias de comunicação.
atualizados quanto ao campo do conhecimento que lhes cabe XI - a promoção de atividades sociais que estimulem o
manejar, trabalhar e quanto à adoção, à opção da metodologia convívio humano e interativo do mundo dos jovens;
didático-pedagógica mais própria às aprendizagens que devem XII - a organização dos tempos e dos espaços com ações
vivenciar e estimular, incluindo aquelas pertinentes às efetivas de interdisciplinaridade e contextualização dos
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC); conhecimentos;
VIII - realize encontros pedagógicos periódicos, com tempo XIII - a garantia do acompanhamento da vida escolar dos
e espaço destinados a estudos, debates e troca de experiências estudantes, desde o diagnóstico preliminar, acompanhamento
de aprendizagem dos sujeitos do processo coletivo de gestão e do desempenho e integração com a família;
pedagógico pelos gestores, professores e estudantes, para a XIV - a promoção da aprendizagem criativa como processo
reorientação de caminhos e estratégias; de sistematização dos conhecimentos elaborados, como
IX - defina e justifique, claramente, a opção por um ou outro caminho pedagógico de superação à mera memorização;
método de trabalho docente e a compreensão sobre a qualidade XV - o estímulo da capacidade de aprender do estudante,
das aprendizagens como direito social dos sujeitos e da escola: desenvolvendo o autodidatismo e autonomia dos estudantes;
qualidade formal e qualidade política (saber usar a qualidade XVI - a indicação de exames otorrino, laringo, oftálmico e
formal); outros sempre que o estudante manifestar dificuldade de
X - traduza, claramente, os critérios orientadores da concentração e/ou mudança de comportamento;
distribuição e organização do calendário escolar e da carga XVII- a oferta contínua de atividades complementares e de
horária destinada à gestão e à docência, de tal modo que se reforço da aprendizagem, proporcionando condições para que o
viabilize a concretização do currículo escolar e, ao mesmo estudante tenha sucesso em seus estudos;
tempo, que os profissionais da educação sejam valorizados e XVIII - a oferta de atividades de estudo com utilização de
estimulados a trabalharem prazerosamente; novas tecnologias de comunicação.
XI - contemple programas e projetos com os quais a escola
desenvolverá ações inovadoras, cujo foco incida na prevenção Nesse sentido, o projeto político-pedagógico, concebido
das consequências da incivilidade que vem ameaçando a saúde pela escola e que passa a orientá-la, deve identificar a
e o bem estar, particularmente das juventudes, assim como na Educação Básica, simultaneamente, como o conjunto e
reeducação dos sujeitos vitimados por esse fenômeno pluralidade de espaços e tempos que favorecem processos em
psicossocial; que a infância e a adolescência se humanizam ou se
XII - avalie as causas da distorção de idade/ano/série, desumanizam, porque se inscrevem numa teia de relações
projetando a sua superação, por intermédio da implantação de culturais mais amplas e complexas, histórica e socialmente

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tecidas. Daí a relevância de se ter, como fundamento desse No texto da LDB, a avaliação da aprendizagem, na
nível da educação, os dois pressupostos: cuidar e educar. Este Educação Básica, é norteada pelos artigos 24 e 31, que se
é o foco a ser considerado pelos sistemas educativos, pelas complementam. De um lado, o artigo 24, orienta o Ensino
unidades escolares, pela comunidade educacional, em geral, e Fundamental e Médio, definindo que a avaliação será
pelos sujeitos educadores, em particular, na elaboração e organizada de acordo com regras comuns a essas duas etapas.
execução de determinado projeto institucional e regimento De outro lado, o artigo 31 trata da Educação Infantil,
escolar. estabelecendo que, nessa etapa, a avaliação será realizada
O regimento escolar trata da natureza e da finalidade da mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento da
instituição; da relação da gestão democrática com os órgãos criança, sem o objetivo de promoção, mesmo em se tratando
colegiados; das atribuições de seus órgãos e sujeitos; das suas de acesso ao Ensino Fundamental. Essa determinação pode ser
normas pedagógicas, incluindo os critérios de acesso, acolhida para o ciclo da infância de acordo com o Parecer
promoção, e a mobilidade do escolar; e dos direitos e deveres CNE/CEB nº 4/2008, anteriormente citado, que orienta para
dos seus sujeitos: estudantes, professores, técnicos, não retenção nesse ciclo.
funcionários, gestores, famílias, representação estudantil e O direito à educação constitui grande desafio para a escola:
função das suas instâncias colegiadas. requer mais do que o acesso à educação escolar, pois
Nessa perspectiva, o regimento, discutido e aprovado pela determina gratuidade na escola pública, obrigatoriedade da
comunidade escolar e conhecido por todos, constitui-se em um Pré-Escola ao Ensino Médio, permanência e sucesso, com
dos instrumentos de execução, com transparência e superação da evasão e retenção, para a conquista da qualidade
responsabilidade, do seu projeto político-pedagógico. As social. O Conselho Nacional de Educação, em mais de um
normas nele definidas servem, portanto, para reger o trabalho Parecer em que a avaliação da aprendizagem escolar é
pedagógico e a vida da instituição escolar, em consonância analisada, recomenda, aos sistemas de ensino e às escolas
com o projeto político-pedagógico e com a legislação e as públicas e particulares, que o caráter formativo deve
normas educacionais. predominar sobre o quantitativo e classificatório. A este
respeito, é preciso adotar uma estratégia de progresso
2.6.2. Avaliação individual e contínuo que favoreça o crescimento do
Do ponto de vista teórico, muitas são as formulações que estudante, preservando a qualidade necessária para a sua
tratam da avaliação. No ambiente educacional, ela formação escolar.
compreende três dimensões básicas:
I - avaliação da aprendizagem; 2.6.2.2. Promoção, aceleração de estudos e classificação
II - avaliação institucional interna e externa; No Ensino Fundamental e no Médio, a figura da promoção
III - avaliação de redes de Educação Básica. e da classificação pode ser adotada em qualquer ano, série ou
outra unidade de percurso escolhida, exceto no primeiro ano
Nestas Diretrizes, é a concepção de educação que do Ensino Fundamental. Essas duas figuras fundamentam-se
fundamenta as dimensões da avaliação e das estratégias na orientação de que a verificação do rendimento escolar
didático-pedagógicas a serem utilizadas. Essas três dimensões observará os seguintes critérios:
devem estar previstas no projeto político-pedagógico para
nortearem a relação pertinente que estabelece o elo entre a I - avaliação contínua e cumulativa do desempenho do
gestão escolar, o professor, o estudante, o conhecimento e a estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
sociedade em que a escola se situa. quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
No nível operacional, a avaliação das aprendizagens tem eventuais provas finais;
como referência o conjunto de habilidades, conhecimentos, II - possibilidade de aceleração de estudos para estudantes
princípios e valores que os sujeitos do processo educativo com atraso escolar;
projetam para si de modo integrado e articulado com aqueles III - possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante
princípios e valores definidos para a Educação Básica, verificação do aprendizado;
redimensionados para cada uma de suas etapas. IV- aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
A avaliação institucional interna, também denominada V - obrigatoriedade de apoio pedagógico destinado à
autoavaliação institucional, realiza-se anualmente, recuperação contínua e concomitante de aprendizagem de
considerando as orientações contidas na regulamentação estudantes com déficit de rendimento escolar, a ser previsto no
vigente, para revisão do conjunto de objetivos e metas, regimento escolar.
mediante ação dos diversos segmentos da comunidade
educativa, o que pressupõe delimitação de indicadores A classificação pode resultar da promoção ou da
compatíveis com a natureza e a finalidade institucionais, além adaptação, numa perspectiva que respeita e valoriza as
de clareza quanto à qualidade social das aprendizagens e da diferenças individuais, ou seja, pressupõe uma outra ideia de
escola. temporalização e espacialização, entendida como sequência
A avaliação institucional externa, promovida pelos órgãos do percurso do escolar, já que cada criatura é singular.
superiores dos sistemas educacionais, inclui, entre outros Tradicionalmente, a escola tem tratado o estudante como se
instrumentos, pesquisas, provas, tais como as do SAEB, Prova todos se desenvolvessem padronizadamente nos mesmos
Brasil, ENEM e outras promovidas por sistemas de ensino de ritmos e contextos educativos, semelhantemente ao processo
diferentes entes federativos, dados estatísticos, incluindo os industrial. É como se lhe coubesse produzir cidadãos em série,
resultados que compõem o Índice de Desenvolvimento da em linha de montagem. Há de se admitir que a sociedade
Educação Básica (IDEB) e/ou que o complementem ou o mudou significativamente. A classificação, nos termos regidos
substituem, e os decorrentes da supervisão e verificações in pela LDB (inciso II do artigo 24), é, pois, uma figura que se dá
loco. A avaliação de redes de Educação Básica é periódica, feita em qualquer momento do percurso escolar, exceto no
por órgãos externos às escolas e engloba os resultados da primeiro ano do Ensino Fundamental, e realiza-se:
avaliação institucional, que sinalizam para a sociedade se a
escola apresenta qualidade suficiente para continuar I - por promoção, para estudantes que cursaram, com
funcionando. aproveitamento, a unidade de percurso anterior, na própria
escola;
2.6.2.1. Avaliação da aprendizagem II - por transferência, para candidatos procedentes de outras
escolas;

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III - independentemente de escolarização anterior, mediante estabilidade. Isso significa que já vem lidando, razoavelmente,
avaliação feita pela escola, que defina o grau de com a progressão regular. O desafio que se enfrenta incide
desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua sobre a progressão parcial, que, se aplicada a crianças e jovens,
inscrição na série ou etapa adequada, conforme requer o redesenho da organização das ações pedagógicas. Em
regulamentação do respectivo sistema de ensino. outras palavras, a escola deverá prever para professor e
estudante o horário de trabalho e espaço de atuação que se
A organização de turmas seguia o pressuposto de classes harmonize entre estes, respeitadas as condições de locomoção
organizadas por série anual. Com a implantação da Lei, a de ambos, lembrando-se de que outro conjunto de recursos
concepção ampliou-se, uma vez que poderão ser organizadas didático-pedagógicos precisa ser elaborado e desenvolvido.
classes ou turmas, com estudantes de séries distintas, com A LDB, no artigo 24, inciso III, prevê a possibilidade de
níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino progressão parcial nos estabelecimentos que adotam a
de línguas estrangeiras, artes, ou outros componentes progressão regular por série, lembrando que o regimento
curriculares (inciso IV do artigo 24 da LDB). escolar pode admiti-la “desde que preservada a sequência do
A consciência de que a escola se situa em um determinado currículo, observadas as normas do respectivo sistema de
tempo e espaço impõe-lhe a necessidade de apreender o ensino”. A Lei, entretanto, não é impositiva quanto à adoção de
máximo o estudante: suas circunstâncias, seu perfil, suas progressão parcial. Caso a instituição escolar a adote, é pré-
necessidades. Uma situação cada vez mais presente em nossas requisito que a sequência do currículo seja preservada,
escolas é a mobilidade dos estudantes. Quantas vezes a escola observadas as normas do respectivo sistema de ensino, (inciso
pergunta sobre o que fazer com os estudantes que ela recebe, III do artigo 24), previstas no projeto político-pedagógico e no
provenientes de outras instituições, de outros sistemas de regimento, cuja aprovação se dá mediante participação da
ensino, dentro ou fora do Município ou Estado. As análises comunidade escolar (artigo 13).
apresentadas em diferentes fóruns de discussão sobre essa Também, no artigo 32, inciso IV, § 2º, quando trata
matéria vêm mencionando dificuldades para incluir esse especificamente do Ensino Fundamental, a LDB refere que os
estudante no novo contexto escolar. estabelecimentos que utilizam progressão regular por série
A mobilidade escolar ou a conhecida transferência também podem adotar o regime de progressão continuada, sem
tem sido objeto de regulamento para o que a LDB dispõe, por prejuízo da avaliação do processo ensino-aprendizagem,
meio de instrumentos normativos emitidos pelos Conselhos observadas as normas do respectivo sistema de ensino. A
de Educação. Inúmeras vezes, os estudantes transferidos têm forma de progressão continuada jamais deve ser entendida
a sensação de abandono ou descaso, semelhante ao que como “promoção automática”, o que supõe tratar o
costuma ocorrer com estudantes que não acompanham o conhecimento como processo e vivência que não se harmoniza
ritmo de seus colegas. A LDB estabeleceu, no § 1º do artigo 23, com a ideia de interrupção, mas sim de construção, em que o
que a escola poderá reclassificar os estudantes, inclusive estudante, enquanto sujeito da ação, está em processo
quando se tratar de transferências entre estabelecimentos contínuo de formação, construindo significados.
situados no País e no exterior, tendo como base as normas Uma escola que inclui todos supõe tratar o conhecimento
curriculares gerais. como processo e, portanto, como uma vivência que não se
De acordo com essas normas, a mobilidade entre turmas, harmoniza com a ideia de interrupção, mas sim de construção,
séries, ciclos, módulos ou outra forma de organização, e em que o estudante, enquanto sujeito da ação, está
escolas ou sistemas, deve ser pensada, prioritariamente, na continuamente sendo formado, ou melhor, formando-se,
dimensão pedagógica: o estudante transferido de um para construindo significados, a partir das relações dos homens
outro regime diferente deve ser incluído onde houver entre si e destes com a natureza.
compatibilidade com o seu desenvolvimento e com as suas Nessa perspectiva, a avaliação requer outra forma de
aprendizagens, o que se intitula reclassificação. Nenhum gestão da escola, de organização curricular, dos materiais
estabelecimento de Educação Básica, sob nenhum pretexto, didáticos, na relação professor-estudante-conhecimento-
pode recusar a matrícula do estudante que a procura. Essa escola, pois, na medida em que o percurso escolar é marcado
atitude, de caráter aparentemente apenas administrativo, por diferentes etapas de aprendizagem, a escola precisará,
deve ser entendida pedagogicamente como a continuidade dos também, organizar espaços e formas diferenciadas de
estudos iniciados em outra turma, série, ciclo, módulo ou outra atendimento, a fim de evitar que uma defasagem de
forma, e escola ou sistema. conhecimentos se transforme numa lacuna permanente. Esse
Em seu novo percurso, o estudante transferido deve avanço materializa-se quando a concepção de conhecimento e
receber cuidadoso acompanhamento sobre a sua adaptação na a proposta curricular estão fundamentadas numa
instituição que o acolhe, em termos de relacionamento com epistemologia que considera o conhecimento uma construção
colegas e professores, de preferências, de respostas aos sociointerativa que ocorre na escola e em outras instituições e
desafios escolares, indo além de uma simples análise do seu espaços sociais. Nesse caso, percebe-se já existirem múltiplas
currículo escolar. Nesse sentido, os sistemas educativos devem iniciativas entre professores no sentido de articularem os
ousar propor a inversão da lógica escolar: ao invés de diferentes campos de saber entre si e, também, com temas
conteúdos disciplinados estanques (substantivados), devem contemporâneos, baseados no princípio da
investir em ações pedagógicas que priorizem aprendizagens interdisciplinaridade, o que normalmente resulta em
através da operacionalidade de linguagens visando à mudanças nas práticas avaliativas.
transformação dos conteúdos em modos de pensar, em que o
que interessa, fundamentalmente, é o vivido com outros, 2.6.3. Gestão democrática e organização da escola
aproximando mundo, escola, sociedade, ciência, tecnologia, Pensar a organização do trabalho pedagógico e a gestão da
trabalho, cultura e vida. escola, na perspectiva exposta e tendo como fundamento o que
A possibilidade de aceleração de estudos destina-se a dispõem os artigos 12 e 13 da LDB, pressupõe conceber a
estudantes com algum atraso escolar, aqueles que, por alguma organização e gestão das pessoas, do espaço, dos processos,
razão, encontram-se em descompasso de idade. As razões mais procedimentos que viabilizam o trabalho de todos aqueles que
indicadas têm sido: ingresso tardio, retenção, dificuldades no se inscrevem no currículo em movimento expresso no projeto
processo de ensino aprendizagem ou outras. político-pedagógico e nos planos da escola, em que se
A progressão pode ocorrer segundo dois critérios: regular conformam as condições de trabalho definidas pelos órgãos
ou parcial. A escola brasileira sempre esteve organizada para gestores em nível macro. Os estabelecimentos de ensino,
uma ação pedagógica inscrita num panorama de relativa

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respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, escola, chegando aos gestores da educação em nível macro.
terão, segundo o artigo 12, a incumbência de: Assim, este é um aspecto instituidor do desafiante jogo entre
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; teoria e prática, ideal e realidade, concepção de currículo e
II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e ação didático-pedagógica, avaliação institucional e avaliação
financeiros; da aprendizagem e todas as exigências que caracterizam esses
III - assegurar o cumprimento dos anos, dias e horas componentes da vida educacional escolar.
mínimos letivos estabelecidos; As decisões colegiadas pressupõem, sobretudo, que todos
IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada tenham ideia clara sobre o que seja coletivo e como se move a
docente; liberdade de cada sujeito, pois é nesse movimento que o
V - prover meios para a recuperação dos estudantes de profissional pode passar a se perceber como um educador que
menor rendimento; tenta dar conta das temporalidades do desenvolvimento
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando humano com suas especificidades e exigências. A valorização
processos de integração da sociedade com a escola; das diferenças e da pluralidade representa a valorização das
VII - informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o pessoas. Supõe compreender que a padronização e a
rendimento dos estudantes, bem como sobre a execução de sua homogeneização que, tradicionalmente, impregnou a
proposta pedagógica; organização e a gestão dos processos e procedimentos da
escola têm comprometido a conquista das mudanças que os
Atual redação do inciso VII: VII - informar pai e mãe, textos legais em referência definem.
conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os A participação da comunidade escolar na gestão da escola
responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos e a observância dos princípios e finalidades da educação,
alunos, bem como sobre a execução da proposta particularmente o respeito à diversidade e à diferença, são
pedagógica da escola; (Redação dada pela Lei nº 12.013, de desafios para todos os sujeitos do processo educativo. Para
2009). Moreira e Candau12, a escola sempre teve dificuldade em lidar
com a pluralidade e a diferença. Tende a silenciá-las e
VIII - notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz neutralizá-las. Sente-se mais confortável com a uniformidade
competente da Comarca e ao respectivo representante do e a padronização. No entanto, abrir espaços para a diversidade,
Ministério Público a relação dos estudantes menores que para a diferença e para o cruzamento de culturas constitui o
apresentem quantidade de faltas acima de cinquenta por cento grande desafio que está chamada a enfrentar. A escola precisa,
do percentual permitido em lei (inciso incluído pela Lei nº assim, “acolher, criticar e colocar em contato diferentes
10.287/2001). saberes, diferentes manifestações culturais e diferentes óticas.
A contemporaneidade requer culturas que se misturem e
Conscientes da complexidade e da abrangência dessas ressoem mutuamente. Requer que a instituição escolar
tarefas atribuídas às escolas, os responsáveis pela gestão do compreenda como o conhecimento é socialmente valorizado,
ato educativo sentem-se, por um lado, pouco amparados, face como tem sido escrito de uma dada forma e como pode, então,
à desarticulação de programas e projetos destinados à ser reescrito. Que se modifiquem modificando outras culturas
qualificação da Educação Básica; por outro, sentem-se pela convivência ressonante, em um processo contínuo, que
desafiados, à medida que se tornam conscientes de que não pare nunca, por não se limitar a um dar ou receber, mas
também eles se inscrevem num espaço em que necessitam por ser contaminação, ressonância” (Pretto, apud Moreira e
preparar-se, continuadamente, para atuar no mundo escolar e Candau, 2005, p. 103).
na sociedade. Como agentes educacionais, esses sujeitos Na escola, o exercício do pluralismo de ideias e de
sabem que o seu compromisso e o seu sucesso profissional concepções pedagógicas (inciso III do artigo 206 da
requerem não apenas condições de trabalho. Exige-lhes Constituição Federal, e inciso III do artigo 3º da LDB),
formação continuada e clareza quanto à concepção de assumido como princípio da educação nacional, deve viabilizar
organização da escola: distribuição da carga horária, a constituição de relações que estimulem diferentes
remuneração, estratégias claramente definidas para a ação manifestações culturais e diferentes óticas. Em outras
didático-pedagógica coletiva que inclua a pesquisa, a criação palavras, a escola deve empenhar-se para se constituir, ao
de novas abordagens e práticas metodológicas incluindo a mesmo tempo, em um espaço da diversidade e da pluralidade,
produção de recursos didáticos adequados às condições da inscrita na diversidade em movimento, no processo tornado
escola e da comunidade em que esteja ela inserida, promover possível por meio de relações intersubjetivas, cuja meta seja a
os processos de avaliação institucional interna e participar e de se fundamentar num outro princípio educativo e
cooperar com os de avaliação externa e os de redes de emancipador, assim expresso: liberdade de aprender, ensinar,
Educação Básica. Pensar, portanto, a organização, a gestão da pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber
escola é entender que esta, enquanto instituição dotada de (LDB, artigo 3º, inciso II).
função social, é palco de interações em que os seus atores Para Paulo Freire13, é necessário entender a educação não
colocam o projeto político-pedagógico em ação compartilhada. apenas como ensino, não no sentido de habilitar, de “dar”
Nesse palco está a fonte de diferentes ideias, formuladas pelos competência, mas no sentido de humanizar. A pedagogia que
vários sujeitos que dão vida aos programas educacionais. trata dos processos de humanização, a escola, a teoria
Acrescente-se que a obrigatoriedade da gestão pedagógica e a pesquisa, nas instâncias educativas, devem
democrática determinada, em particular, no ensino público assumir a educação enquanto processos temporal, dinâmico e
(inciso VIII do artigo 3º da LDB), e prevista, em geral, para libertador, aqueles em que todos desejam se tornar cada vez
todas as instituições de ensino nos artigos 12 e 13, que mais humanos. A escola demonstra ter se esquecido disso,
preveem decisões coletivas, é medida desafiadora, porque tanto nas relações que exerce com a criança, quanto com a
pressupõe a aproximação entre o que o texto da lei estabelece pessoa adolescente, jovem e adulta.
e o que se sabe fazer, no exercício do poder, em todos os A escola que adota a abordagem interdisciplinar não está
aspectos. Essa mudança concebida e definida por poucos isenta de sublinhar a importância da relação entre cuidado e
atinge a todos: desde a família do estudante até os gestores da educação, que é a de propor a inversão da preocupação com a

12 MOREIRA, A. F. B.; CANDAU, V. M. Indagações sobre currículo: currículo, 13 FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Rio de

conhecimento e cultura. BEAUCHAMP, Jeanete; PAGEL, Sandra Denise; Janeiro: Paz e Terra, 1984
NASCIMENTO, Aricélia Ribeiro do (org.). Brasília: Ministério da Educação,
Secretaria de Educação Básica, 2007

Legislação 133
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qualidade do ensino pela preocupação com a qualidade social I - compreensão da globalidade da pessoa, enquanto ser que
das aprendizagens como diretriz articuladora para as três aprende, que sonha e ousa, em busca da conquista de uma
etapas que compõem a Educação Básica. Essa escola deve convivência social libertadora fundamentada na ética cidadã;
organizar o trabalho pedagógico, os equipamentos, o II - superação dos processos e procedimentos burocráticos,
mobiliário e as suas instalações de acordo com as condições assumindo com flexibilidade: os planos pedagógicos, os objetivos
requeridas pela abordagem que adota. Desse modo, tanto a institucionais e educacionais, as atividades de avaliação;
organização das equipes de profissionais da educação quanto III - prática em que os sujeitos constitutivos da comunidade
a arquitetura física e curricular da escola destinada as crianças educacional discutam a própria prática pedagógica
da educação infantil deve corresponder às suas características impregnando-a de entusiasmo e compromisso com a sua própria
físicas e psicossociais. O mesmo se aplica aos estudantes das comunidade, valorizando-a, situando-a no contexto das relações
demais etapas da Educação Básica. Estes cuidados guardam sociais e buscando soluções conjuntas;
relação de coexistência dos sujeitos entre si, facilitam a gestão IV - construção de relações interpessoais solidárias, geridas
das normas que orientam as práticas docentes instrucionais, de tal modo que os professores se sintam estimulados a conhecer
atitudinais e disciplinares, mas correspondendo à abordagem melhor os seus pares (colegas de trabalho, estudantes, famílias),
interdisciplinar comprometida com a formação cidadã para a a expor as suas ideias, a traduzir as suas dificuldades e
cultura da vida expectativas pessoais e profissionais;
Compreender e realizar a Educação Básica, no seu V - instauração de relações entre os estudantes,
compromisso social de habilitar o estudante para o exercício proporcionando-lhes espaços de convivência e situações de
dos diversos direitos significa, portanto, potencializá-lo para a aprendizagem, por meio dos quais aprendam a se compreender
prática cidadã com plenitude, cujas habilidades se e se organizar em equipes de estudos e de práticas esportivas,
desenvolvem na escola e se realizam na comunidade em que artísticas e políticas;
os sujeitos atuam. Essa perspectiva pressupõe cumprir e VI - presença articuladora e mobilizadora do gestor no
transpor o disposto não apenas nos artigos 12 a 15, da LDB, cotidiano da instituição e nos espaços com os quais a instituição
mas significa cumpri-los como política pública e transpô-los escolar interage, em busca da qualidade social das
como fundamento político-pedagógico, uma vez que o texto aprendizagens que lhe caiba desenvolver, com transparência e
destes artigos deve harmonizar-se com o dos demais textos responsabilidade.
que regulamentam e orientam a Educação Básica. O ponto
central da Lei, naqueles artigos, incide sobre a obrigatoriedade De todas as mudanças formalizadas com fundamento na
da participação da comunidade escolar e dos profissionais da LDB, uma das exigências, para o exercício da gestão escolar,
educação na tomada de decisões, quanto à elaboração e ao consiste na obrigatoriedade de que os candidatos a essa função
cumprimento do projeto político-pedagógico, com destaque sejam dotados de experiência docente. Isto é pré-requisito
para a gestão democrática e para a integração da sociedade para o exercício profissional de quaisquer outras funções de
com a escola, bem como pelo cuidado com as aprendizagens magistério, nos termos das normas de cada sistema de ensino
dos estudantes. (§ 1º do artigo 67 da LDB).
A gestão escolar deve promover o “encontro Para que a gestão escolar cumpra o papel que cabe à escola,
pedagogicamente pensado e organizado de gerações, de os gestores devem proceder a uma revisão de sua organização
idades diferentes”14, inscritos num contexto diverso e plural, administrativo-pedagógica, a partir do tipo de cidadão que se
mas que se pretende uno, em sua singularidade própria e propõe formar, o que exige compromisso social com a redução
inacabada, porque em construção dialética permanente. Na das desigualdades entre o ponto de partida do estudante e o
instituição escolar, a gestão democrática é aquela que tem, nas ponto de chegada a uma sociedade de classes.
instâncias colegiadas, o espaço em que são tomadas as
decisões que orientam o conjunto das atividades escolares: 2.6.4. O professor e a formação inicial e continuada
aprovam o projeto político-pedagógico, o regimento escolar, O artigo 3º da LDB, ao definir os princípios da educação
os planos da escola (pedagógicos e administrativos), as regras nacional, prevê a valorização do profissional da educação
de convivência. Como tal, a gestão democrática é entendida escolar. Essa expressão estabelece um amálgama entre o
como princípio que orienta os processos e procedimentos educador e a educação e os adjetiva, depositando foco na
administrativos e pedagógicos, no âmbito da escola e nas suas educação. Reafirma a ideia de que não há educação escolar sem
relações com os demais órgãos do sistema educativo de que faz escola e nem esta sem aquele. O significado de escola aqui
parte. traduz a noção de que valorizar o profissional da educação é
Assim referenciada, a gestão democrática constitui-se em valorizar a escola, com qualidade gestorial, educativa, social,
instrumento de luta em defesa da horizontalização das cultural, ética, estética, ambiental.
relações, de vivência e convivência colegiada, superando o A leitura dos artigos 67 e 13 da mesma Lei permite
autoritarismo no planejamento e na organização curricular. identificar a necessidade de elo entre o papel do professor, as
Pela gestão democrática, educa-se para a conquista da exigências indicadas para a sua formação, e o seu fazer na
cidadania plena, mediante a compreensão do significado social escola, onde se vê que a valorização profissional e da educação
das relações de poder que se reproduzem no cotidiano da escolar vincula-se à obrigatoriedade da garantia de padrão de
escola, nas relações entre os profissionais da educação, o qualidade (artigo 4º, inciso IX). Além disso, o Fundo de
conhecimento, as famílias e os estudantes, bem assim, entre Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
estes e o projeto político-pedagógico, na sua concepção Valorização dos Professores da Educação (FUNDEB) define
coletiva que dignifica as pessoas, por meio da utilização de um critérios para proporcionar aos sistemas educativos e às
método de trabalho centrado nos estudos, nas discussões, no escolas apoio à valorização dos profissionais da educação. A
diálogo que não apenas problematiza, mas, também, propõe, Resolução CNE/CEB nº 2/2009, baseada no Parecer CNE/CEB
fortalecendo a ação conjunta que busca, nos movimentos nº 9/2009, que trata da carreira docente, é também uma
sociais, elementos para criar e recriar o trabalho da e na escola, norma que participa do conjunto de referências focadas na
mediante: valorização dos profissionais da educação, como medida
indutora da qualidade do processo educativo. Tanto a
valorização profissional do professor quanto a da educação

14 ARROYO, Gonzales Miguel. Imagens quebradas - Trajetórias e tempos de

estudantes e mestres. Petrópolis: Vozes, 2004.

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escolar são, portanto, exigências de programas de formação âmbito do desenvolvimento de aprendizagens de ordem
inicial e continuada, no contexto do conjunto de múltiplas pessoal, cultural, social, ambiental, política, ética, estética.
atribuições definidas para os sistemas educativos. Assim, hoje, exige-se do professor mais do que um
Para a formação inicial e continuada dos docentes, conjunto de habilidades cognitivas, sobretudo se ainda for
portanto, é central levar em conta a relevância dos domínios considerada a lógica própria do mundo digital e das mídias em
indispensáveis ao exercício da docência, conforme disposto na geral, o que pressupõe aprender a lidar com os nativos digitais.
Resolução CNE/CP nº 1/2006, que assim se expressa: Além disso, lhe é exigida, como pré-requisito para o exercício
da docência, a capacidade de trabalhar cooperativamente em
I - o conhecimento da escola como organização complexa equipe, e de compreender, interpretar e aplicar a linguagem e
que tem a função de promover a educação para e na cidadania; os instrumentos produzidos ao longo da evolução tecnológica,
II - a pesquisa, a análise e a aplicação dos resultados de econômica e organizativa. Isso, sem dúvida, lhe exige utilizar
investigações de interesse da área educacional; conhecimentos científicos e tecnológicos, em detrimento da
III - a participação na gestão de processos educativos e na sua experiência em regência, isto é, exige habilidades que o
organização e funcionamento de sistemas e instituições de curso que o titulou, na sua maioria, não desenvolveu. Desse
ensino. ponto de vista, o conjunto de atividades docentes vem
ampliando o seu raio de atuação, pois, além do domínio do
Além desses domínios, o professor precisa, conhecimento específico, são solicitadas atividades
particularmente, saber orientar, avaliar e elaborar propostas, pluridisciplinar que antecedem a regência e a sucedem ou a
isto é, interpretar e reconstruir o conhecimento. Deve transpor permeiam. As atividades de integração com a comunidade são
os saberes específicos de suas áreas de conhecimento e das as que mais o desafiam.
relações entre essas áreas, na perspectiva da complexidade; Historicamente, o docente responsabiliza-se pela escolha
conhecer e compreender as etapas de desenvolvimento dos de determinada lógica didático-pedagógica, ameaçado pela
estudantes com os quais está lidando. O professor da Educação incerteza quanto àquilo que, no exercício de seu papel de
Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental é, ou professor, deve ou não deve saber, pensar e enfrentar, ou
deveria ser, um especialista em infância; os professores dos evitar as dificuldades mais frequentes que ocorrem nas suas
anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, relações com os seus pares, com os estudantes e com os
conforme vem defendendo Miguel Arroyo15 devem ser gestores. Atualmente, mais que antes, ao escolher a
especialistas em adolescência e juventude, isto é, condutores e metodologia que consiste em buscar a compreensão sobre a
educadores responsáveis, em sentido mais amplo, por esses lógica mental, a partir da qual se identifica a lógica de
sujeitos e pela qualidade de sua relação com o mundo. Tal determinada área do conhecimento, o docente haverá de
proposição implica um redimensionamento dos cursos de definir aquela capaz de desinstalar os sujeitos aprendizes,
licenciaturas e da formação continuada desses profissionais. provocar-lhes curiosidade, despertar-lhes motivos, desejos.
Sabe-se, no entanto, que a formação inicial e continuada do Esse é um procedimento que contribui para o
professor tem de ser assumida como compromisso integrante desenvolvimento da personalidade do escolar, mas pressupõe
do projeto social, político e ético, local e nacional, que contribui chegar aos elementos essenciais do objeto de conhecimento e
para a consolidação de uma nação soberana, democrática, suas relações gerais e singulares.
justa, inclusiva e capaz de promover a emancipação dos Para atender às orientações contidas neste Parecer, o
indivíduos e grupos sociais. Nesse sentido, os sistemas professor da Educação Básica deverá estar apto para gerir as
educativos devem instituir orientações a partir das quais se atividades didático-pedagógicas de sua competência se os
introduza, obrigatoriamente, no projeto político-pedagógico, cursos de formação inicial e continuada de docentes levarem
previsão: em conta que, no exercício da docência, a ação do professor é
permeada por dimensões não apenas técnicas, mas também
I - de consolidação da identidade dos profissionais da políticas, éticas e estéticas, pois terão de desenvolver
educação, nas suas relações com a instituição escolar e com o habilidades propedêuticas, com fundamento na ética da
estudante; inovação, e de manejar conteúdos e metodologias que
II - de criação de incentivos ao resgate da imagem social do ampliem a visão política para a politicidade das técnicas e
professor, assim como da autonomia docente, tanto individual tecnologias, no âmbito de sua atuação cotidiana.
quanto coletiva; Ao selecionar e organizar o conhecimento específico que o
III - de definição de indicadores de qualidade social da habilite para atuar em uma ou mais etapas da Educação Básica,
educação escolar, a fim de que as agências formadoras de é fundamental que se considere que o egresso dos cursos de
profissionais da educação revejam os projetos dos cursos de formação de professores deverá ter a oportunidade de
formação inicial e continuada de docentes, de modo que reconhecer o conhecimento (conceitos, teorias, habilidades,
correspondam às exigências de um projeto de Nação. procedimentos, valores) como base para a formação integral
do estudante, uma vez que esta exige a capacidade para
Na política de formação de docentes para o Ensino análise, síntese, comprovação, comparação, valoração,
Fundamental, as ciências devem, necessária e explicação, resolução de problemas, formulação de hipóteses,
obrigatoriamente, estar associadas, antes de qualquer elaboração, execução e avaliação de projetos, entre outras,
tentativa, à discussão de técnicas, de materiais, de métodos destinadas à organização e realização das atividades de
para uma aula dinâmica; é preciso, indispensável mesmo, que aprendizagens.
o professor se ache repousado no saber de que a pedra É na perspectiva exposta que se concebe o trabalho
fundamental é a curiosidade do ser humano. É ela que faz docente na tarefa de cuidar e educar as crianças e jovens que,
perguntar, conhecer, atuar, mais perguntar, reconhecer16. juntos, encontram-se na idade de 0 (zero) a 17 (dezessete)
Por outro lado, no conjunto de elementos que contribuem anos. Assim pensada, a fundamentação da ação docente e dos
para a concepção, elaboração e execução do projeto político- programas de formação inicial e continuada dos profissionais
pedagógico pela escola, em que se inscreve o desenvolvimento da educação instauram-se em meio a processos tensionais de
curricular, a capacitação docente é o aspecto mais complexo, caráter político, social e cultural que se refletem na eleição de
porque a formação profissional em educação insere-se no um ou outro método de aprendizagem, a partir do qual é

15 ARROYO, Miguel G. Ofício de Mestre: imagens e auto-imagens. Petrópolis: 16 Freire, Paulo. Pedagogia e Autonomia. Saberes necessários à prática

Vozes, 2000 (8 a . edição) educativa. São Paulo, Brasil: Paz e Terra, 1997. (Coleção Leitura).

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justificado determinado perfil de docente para a Educação modalidade a distância, compete ao sistema federal de ensino,
Básica. consideradas as especificidades regionais.
Se o projeto político-pedagógico, construído (C) o credenciamento para a oferta de cursos e programas
coletivamente, está assegurado por lei, resultante da de Educação de Jovens e Adultos, de Educação Especial e de
mobilização de muitos educadores, torna-se necessário dar Educação Profissional e Tecnológica de nível médio, na
continuidade a essa mobilização no intuito de promover a sua modalidade a distância, compete aos sistemas estaduais de
viabilização prática pelos docentes. Para tanto, as escolas de ensino, atendidas a regulamentação federal e as normas
formação dos profissionais da educação, sejam gestores, complementares desses sistemas.
professores ou especialistas, têm um papel importantíssimo (D) o credenciamento para a oferta de cursos e programas
no sentido de incluir, em seus currículos e programas, a de Educação de Jovens e Adultos, de Educação Especial e de
temática da gestão democrática, dando ênfase à construção do Educação Profissional e Tecnológica de nível médio, na
projeto pedagógico, mediante trabalho coletivo de que todos modalidade a distância, compete ao sistema federal de ensino,
os que compõem a comunidade escolar são responsáveis. atendidas as disposições das Diretrizes Curriculares Nacionais
Nesse sentido, o professor da Educação Básica é o Gerais para a Educação Básica.
profissional que conhece as especificidades dos processos de (E) o credenciamento para a oferta de cursos e programas
desenvolvimento e de aprendizagens, respeita os direitos dos de Educação de Jovens e Adultos, de Educação Especial e de
estudantes e de suas famílias. Para isso, domina o Educação Profissional e Tecnológica de nível médio, na
conhecimento teórico-metodológico e teórico-prático modalidade a distância, compete ao sistema federal de ensino,
indispensável ao desempenho de suas funções definidas no atendidas as suas normas e regulamentações.
artigo 13 da LDB, no plano de carreira a que se vincula, no
regimento da escola, no projeto político-pedagógico em sua 03. Quanto às orientações normativas nacionais, julgue o
processualidade. item subsequente:
Em 1997, a produção de orientações normativas nacionais,
II - VOTO DA COMISSÃO visando à implantação da Educação Básica, sendo a primeira o
À vista do exposto, propõe-se à Câmara de Educação Básica Parecer CNE/CEB nº 6/97.
a aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para ( ) Certo ( ) Errado
a Educação Básica, na forma deste Parecer e do Projeto de
Resolução em anexo, do qual é parte integrante. 04. São elementos básicos para a organização, a estrutura
Brasília, (DF), 7 de abril de 2010. e o funcionamento da escola indígena:
Conselheira Clélia Brandão Alvarenga Craveiro - Relatora I - localização em terras habitadas por comunidades
Adeum Hilário Sauer - Presidente indígenas, ainda que se estendam por territórios de diversos
José Fernandes de Lima - Membro Estados ou Municípios contíguos;
Raimundo Moacir Mendes Feitosa - Membro II - exclusividade de atendimento a comunidades
indígenas;
III - DECISÃO DA CÂMARA III - ensino ministrado nas línguas maternas das
A Câmara de Educação Básica aprova, por unanimidade, o comunidades atendidas, como uma das formas de preservação
voto da Relatora. da realidade sociolinguística de cada povo;
Sala das Sessões, em 7 de abril de 2010. IV - organização escolar própria.
Conselheiro Cesar Callegari - Presidente Agora assinale a alternativa correta:
Conselheiro Mozart Neves Ramos - Vice-Presidente (A) Apenas os itens I e IV estão corretos;
(B) Todos os itens estão corretos;
Questões (C) Apenas os itens II e III estão corretos;
(D) Apenas os itens I, III e IV estão corretos.
01. (Prefeitura de Goiânia/GO - PE II - Português -
CS/UFG) As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação 05. A Educação Infantil, que compreende: a Creche,
Básica visam estabelecer bases comuns nacionais para: englobando as diferentes etapas do desenvolvimento da
(A) a educação continuada, a formação docente e a criança até 3 (três) anos e 11 (onze) meses; e a Pré-Escola, com
educação ao longo da vida. duração de 2 (dois) anos.
(B) a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino ( ) Certo ( ) Errado
médio.
(C) a educação infantil, o ensino fundamental e a educação Gabarito
especial.
(D) o ensino fundamental, o ensino médio e o ensino 01.B / 02.C / 03.Errado / 04.B / 05.Certo
profissionalizante
RESOLUÇÃO Nº 4, DE 13 DE JULHO DE 201017
02. (IF/PE - Técnico em Assuntos Educacionais)
Considerando as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS GERAIS PARA
a Educação Básica, é CORRETO afirmar que A EDUCAÇÃO BÁSICA
(A) o credenciamento para a oferta de cursos e programas
de Educação de Jovens e Adultos, de Educação Especial e de O Presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho
Educação Profissional e Tecnológica de nível médio, na Nacional de Educação, no uso de suas atribuições legais, e de
modalidade a distância, compete aos sistemas estaduais e conformidade com o disposto na alínea “c” do § 1º do artigo 9º
municipais de ensino, atendidas a regulamentação federal e as da Lei nº 4.024/1961, com a redação dada pela Lei nº
normas complementares desses sistemas. 9.131/1995, nos artigos 36, 36A, 36-B, 36-C, 36-D, 37, 39, 40,
(B) o credenciamento para a oferta de cursos e programas 41 e 42 da Lei nº 9.394/1996, com a redação dada pela Lei nº
de Educação de Jovens e Adultos, de Educação Especial e de 11.741/2008, bem como no Decreto nº 5.154/2004, e com
Educação Profissional e Tecnológica de nível médio, na fundamento no Parecer CNE/CEB nº 7/2010, homologado por

17http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_10.pdf. Acesso em
13/05/2019 às 15:56 horas.

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Despacho do Senhor Ministro de Estado da Educação, X - valorização da experiência extraescolar;


publicado no DOU de 9 de julho de 2010. XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as
práticas sociais.
RESOLVE:
Art. 5º A Educação Básica é direito universal e alicerce
Art. 1º A presente Resolução define Diretrizes Curriculares indispensável para o exercício da cidadania em plenitude, da
Nacionais Gerais para o conjunto orgânico, sequencial e qual depende a possibilidade de conquistar todos os demais
articulado das etapas e modalidades da Educação Básica, direitos, definidos na Constituição Federal, no Estatuto da
baseando-se no direito de toda pessoa ao seu pleno Criança e do Adolescente (ECA), na legislação ordinária e nas
desenvolvimento, à preparação para o exercício da cidadania demais disposições que consagram as prerrogativas do
e à qualificação para o trabalho, na vivência e convivência em cidadão.
ambiente educativo, e tendo como fundamento a
responsabilidade que o Estado brasileiro, a família e a Art. 6º Na Educação Básica, é necessário considerar as
sociedade têm de garantir a democratização do acesso, a dimensões do educar e do cuidar, em sua inseparabilidade,
inclusão, a permanência e a conclusão com sucesso das buscando recuperar, para a função social desse nível da
crianças, dos jovens e adultos na instituição educacional, a educação, a sua centralidade, que é o educando, pessoa em
aprendizagem para continuidade dos estudos e a extensão da formação na sua essência humana.
obrigatoriedade e da gratuidade da Educação Básica.
TÍTULO III
TÍTULO I SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
OBJETIVOS
Art. 7º A concepção de educação deve orientar a
Art. 2º Estas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para institucionalização do regime de colaboração entre União,
a Educação Básica têm por objetivos: Estados, Distrito Federal e Municípios, no contexto da
I - sistematizar os princípios e as diretrizes gerais da estrutura federativa brasileira, em que convivem sistemas
Educação Básica contidos na Constituição, na Lei de Diretrizes educacionais autônomos, para assegurar efetividade ao
e Bases da Educação Nacional (LDB) e demais dispositivos projeto da educação nacional, vencer a fragmentação das
legais, traduzindo-os em orientações que contribuam para políticas públicas e superar a desarticulação institucional.
assegurar a formação básica comum nacional, tendo como foco § 1º Essa institucionalização é possibilitada por um
os sujeitos que dão vida ao currículo e à escola; Sistema Nacional de Educação, no qual cada ente federativo,
II - estimular a reflexão crítica e propositiva que deve com suas peculiares competências, é chamado a colaborar
subsidiar a formulação, a execução e a avaliação do projeto para transformar a Educação Básica em um sistema orgânico,
político-pedagógico da escola de Educação Básica; sequencial e articulado.
III - orientar os cursos de formação inicial e continuada de § 2º O que caracteriza um sistema é a atividade intencional
docentes e demais profissionais da Educação Básica, os e organicamente concebida, que se justifica pela realização de
sistemas educativos dos diferentes entes federados e as atividades voltadas para as mesmas finalidades ou para a
escolas que os integram, indistintamente da rede a que concretização dos mesmos objetivos.
pertençam. § 3º O regime de colaboração entre os entes federados
pressupõe o estabelecimento de regras de equivalência entre
Art. 3º As Diretrizes Curriculares Nacionais específicas as funções distributiva, supletiva, normativa, de supervisão e
para as etapas e modalidades da Educação Básica devem avaliação da educação nacional, respeitada a autonomia dos
evidenciar o seu papel de indicador de opções políticas, sistemas e valorizadas as diferenças regionais.
sociais, culturais, educacionais, e a função da educação, na sua
relação com um projeto de Nação, tendo como referência os TÍTULO IV
objetivos constitucionais, fundamentando-se na cidadania e na ACESSO E PERMANÊNCIA PARA A CONQUISTA DA
dignidade da pessoa, o que pressupõe igualdade, liberdade, QUALIDADE SOCIAL
pluralidade, diversidade, respeito, justiça social, solidariedade
e sustentabilidade. Art. 8º A garantia de padrão de qualidade, com pleno
acesso, inclusão e permanência dos sujeitos das aprendizagens
TÍTULO II na escola e seu sucesso, com redução da evasão, da retenção e
REFERÊNCIAS CONCEITUAIS da distorção de idade/ano/série, resulta na qualidade social da
educação, que é uma conquista coletiva de todos os sujeitos do
Art. 4º As bases que dão sustentação ao projeto nacional de processo educativo.
educação responsabilizam o poder público, a família, a
sociedade e a escola pela garantia a todos os educandos de um Art. 9º A escola de qualidade social adota como
ensino ministrado de acordo com os princípios de: centralidade o estudante e a aprendizagem, o que pressupõe
I - igualdade de condições para o acesso, inclusão, atendimento aos seguintes requisitos:
permanência e sucesso na escola; I - revisão das referências conceituais quanto aos
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a diferentes espaços e tempos educativos, abrangendo espaços
cultura, o pensamento, a arte e o saber; sociais na escola e fora dela;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; II - consideração sobre a inclusão, a valorização das
IV - respeito à liberdade e aos direitos; diferenças e o atendimento à pluralidade e à diversidade
V - coexistência de instituições públicas e privadas de cultural, resgatando e respeitando as várias manifestações de
ensino; cada comunidade;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos III - foco no projeto político-pedagógico, no gosto pela
oficiais; aprendizagem e na avaliação das aprendizagens como
VII - valorização do profissional da educação escolar; instrumento de contínua progressão dos estudantes;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma da IV - inter-relação entre organização do currículo, do
legislação e das normas dos respectivos sistemas de ensino; trabalho pedagógico e da jornada de trabalho do professor,
IX - garantia de padrão de qualidade; tendo como objetivo a aprendizagem do estudante;

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V - preparação dos profissionais da educação, gestores, adolescentes, jovens e adultos, no relacionamento entre todas
professores, especialistas, técnicos, monitores e outros; as pessoas.
VI - compatibilidade entre a proposta curricular e a
infraestrutura entendida como espaço formativo dotado de Art. 12. Cabe aos sistemas educacionais, em geral, definir o
efetiva disponibilidade de tempos para a sua utilização e programa de escolas de tempo parcial diurno (matutino ou
acessibilidade; vespertino), tempo parcial noturno, e tempo integral (turno e
VII - integração dos profissionais da educação, dos contra turno ou turno único com jornada escolar de 7 horas,
estudantes, das famílias, dos agentes da comunidade no mínimo, durante todo o período letivo), tendo em vista a
interessados na educação; amplitude do papel socioeducativo atribuído ao conjunto
VIII - valorização dos profissionais da educação, com orgânico da Educação Básica, o que requer outra organização
programa de formação continuada, critérios de acesso, e gestão do trabalho pedagógico.
permanência, remuneração compatível com a jornada de § 1º Deve-se ampliar a jornada escolar, em único ou
trabalho definida no projeto político-pedagógico; diferentes espaços educativos, nos quais a permanência do
IX - realização de parceria com órgãos, tais como os de estudante vincula-se tanto à quantidade e qualidade do tempo
assistência social e desenvolvimento humano, cidadania, diário de escolarização quanto à diversidade de atividades de
ciência e tecnologia, esporte, turismo, cultura e arte, saúde, aprendizagens.
meio ambiente. § 2º A jornada em tempo integral com qualidade implica a
necessidade da incorporação efetiva e orgânica, no currículo,
Art. 10. A exigência legal de definição de padrões mínimos de atividades e estudos pedagogicamente planejados e
de qualidade da educação traduz a necessidade de reconhecer acompanhados.
que a sua avaliação associa-se à ação planejada, coletivamente, § 3º Os cursos em tempo parcial noturno devem
pelos sujeitos da escola. estabelecer metodologia adequada às idades, à maturidade e à
§ 1º O planejamento das ações coletivas exercidas pela experiência de aprendizagens, para atenderem aos jovens e
escola supõe que os sujeitos tenham clareza quanto: adultos em escolarização no tempo regular ou na modalidade
I - aos princípios e às finalidades da educação, além do de Educação de Jovens e Adultos.
reconhecimento e da análise dos dados indicados pelo Índice
de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e/ou outros CAPÍTULO I
indicadores, que o complementem ou substituam; FORMAS PARA A ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
II - à relevância de um projeto político-pedagógico
concebido e assumido colegiadamente pela comunidade Art. 13. O currículo, assumindo como referência os
educacional, respeitadas as múltiplas diversidades e a princípios educacionais garantidos à educação, assegurados
pluralidade cultural; no artigo 4º desta Resolução, configura-se como o conjunto de
III - à riqueza da valorização das diferenças manifestadas valores e práticas que proporcionam a produção, a
pelos sujeitos do processo educativo, em seus diversos socialização de significados no espaço social e contribuem
segmentos, respeitados o tempo e o contexto sociocultural; intensamente para a construção de identidades socioculturais
IV - aos padrões mínimos de qualidade (Custo Aluno- dos educandos.
Qualidade Inicial – CAQi); § 1º O currículo deve difundir os valores fundamentais do
§ 2º Para que se concretize a educação escolar, exige-se um interesse social, dos direitos e deveres dos cidadãos, do
padrão mínimo de insumos, que tem como base um respeito ao bem comum e à ordem democrática, considerando
investimento com valor calculado a partir das despesas as condições de escolaridade dos estudantes em cada
essenciais ao desenvolvimento dos processos e procedimentos estabelecimento, a orientação para o trabalho, a promoção de
formativos, que levem, gradualmente, a uma educação práticas educativas formais e não-formais.
integral, dotada de qualidade social: § 2º Na organização da proposta curricular, deve-se
I - creches e escolas que possuam condições de assegurar o entendimento de currículo como experiências
infraestrutura e adequados equipamentos; escolares que se desdobram em torno do conhecimento,
II - professores qualificados com remuneração adequada e permeadas pelas relações sociais, articulando vivências e
compatível com a de outros profissionais com igual nível de saberes dos estudantes com os conhecimentos historicamente
formação, em regime de trabalho de 40 (quarenta) horas em acumulados e contribuindo para construir as identidades dos
tempo integral em uma mesma escola; educandos.
III - definição de uma relação adequada entre o número de § 3º A organização do percurso formativo, aberto e
alunos por turma e por professor, que assegure aprendizagens contextualizado, deve ser construída em função das
relevantes; peculiaridades do meio e das características, interesses e
IV - pessoal de apoio técnico e administrativo que necessidades dos estudantes, incluindo não só os
responda às exigências do que se estabelece no projeto componentes curriculares centrais obrigatórios, previstos na
político-pedagógico. legislação e nas normas educacionais, mas outros, também, de
modo flexível e variável, conforme cada projeto escolar, e
TÍTULO V assegurando:
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR: CONCEITO, LIMITES, I - concepção e organização do espaço curricular e físico
POSSIBILIDADES que se imbriquem e alarguem, incluindo espaços, ambientes e
equipamentos que não apenas as salas de aula da escola, mas,
Art. 11. A escola de Educação Básica é o espaço em que se igualmente, os espaços de outras escolas e os socioculturais e
resignifica e se recria a cultura herdada, reconstruindo-se as esportivo recreativos do entorno, da cidade e mesmo da
identidades culturais, em que se aprende a valorizar as raízes região;
próprias das diferentes regiões do País. II - ampliação e diversificação dos tempos e espaços
Parágrafo único. Essa concepção de escola exige a curriculares que pressuponham profissionais da educação
superação do rito escolar, desde a construção do currículo até dispostos a inventar e construir a escola de qualidade social,
os critérios que orientam a organização do trabalho escolar em com responsabilidade compartilhada com as demais
sua multidimensionalidade, privilegia trocas, acolhimento e autoridades que respondem pela gestão dos órgãos do poder
aconchego, para garantir o bem-estar de crianças, público, na busca de parcerias possíveis e necessárias, até

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porque educar é responsabilidade da família, do Estado e da § 1º Integram a base nacional comum nacional: a) a Língua
sociedade; Portuguesa;
III - escolha da abordagem didático-pedagógica disciplinar, b) a Matemática;
pluridisciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar pela c) o conhecimento do mundo físico, natural, da realidade
escola, que oriente o projeto político-pedagógico e resulte de social e política, especialmente do Brasil, incluindo-se o estudo
pacto estabelecido entre os profissionais da escola, conselhos da História e das Culturas Afro-Brasileira e Indígena,
escolares e comunidade, subsidiando a organização da matriz d) a Arte, em suas diferentes formas de expressão,
curricular, a definição de eixos temáticos e a constituição de incluindo-se a música;
redes de aprendizagem; e) a Educação Física;
IV - compreensão da matriz curricular entendida como f) o Ensino Religioso.
propulsora de movimento, dinamismo curricular e § 2º Tais componentes curriculares são organizados pelos
educacional, de tal modo que os diferentes campos do sistemas educativos, em forma de áreas de conhecimento,
conhecimento possam se coadunar com o conjunto de disciplinas, eixos temáticos, preservando-se a especificidade
atividades educativas; dos diferentes campos do conhecimento, por meio dos quais
V - organização da matriz curricular entendida como se desenvolvem as habilidades indispensáveis ao exercício da
alternativa operacional que embase a gestão do currículo cidadania, em ritmo compatível com as etapas do
escolar e represente subsídio para a gestão da escola (na desenvolvimento integral do cidadão.
organização do tempo e do espaço curricular, distribuição e § 3º A base nacional comum e a parte diversificada não
controle do tempo dos trabalhos docentes), passo para uma podem se constituir em dois blocos distintos, com disciplinas
gestão centrada na abordagem interdisciplinar, organizada específicas para cada uma dessas partes, mas devem ser
por eixos temáticos, mediante interlocução entre os diferentes organicamente planejadas e geridas de tal modo que as
campos do conhecimento; tecnologias de informação e comunicação perpassem
VI - entendimento de que eixos temáticos são uma forma transversalmente a proposta curricular, desde a Educação
de organizar o trabalho pedagógico, limitando a dispersão do Infantil até o Ensino Médio, imprimindo direção aos projetos
conhecimento, fornecendo o cenário no qual se constroem político-pedagógico.
objetos de estudo, propiciando a concretização da proposta
pedagógica centrada na visão interdisciplinar, superando o Art. 15. A parte diversificada enriquece e complementa a
isolamento das pessoas e a compartimentalização de base nacional comum, prevendo o estudo das características
conteúdos rígidos; regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da
VII - estímulo à criação de métodos didático-pedagógicos comunidade escolar, perpassando todos os tempos e espaços
utilizando-se recursos tecnológicos de informação e curriculares constituintes do Ensino Fundamental e do Ensino
comunicação, a serem inseridos no cotidiano escolar, a fim de Médio, independentemente do ciclo da vida no qual os sujeitos
superar a distância entre estudantes que aprendem a receber tenham acesso à escola.
informação com rapidez utilizando a linguagem digital e § 1º A parte diversificada pode ser organizada em temas
professores que dela ainda não se apropriaram; gerais, na forma de eixos temáticos, selecionados
VIII - constituição de rede de aprendizagem, entendida colegiadamente pelos sistemas educativos ou pela unidade
como um conjunto de ações didático-pedagógicas, com foco na escolar.
aprendizagem e no gosto de aprender, subsidiada pela § 2º A LDB inclui o estudo de, pelo menos, uma língua
consciência de que o processo de comunicação entre estrangeira moderna na parte diversificada, cabendo sua
estudantes e professores é efetivado por meio de práticas e escolha à comunidade escolar, dentro das possibilidades da
recursos diversos; escola, que deve considerar o atendimento das características
IX - adoção de rede de aprendizagem, também, como locais, regionais, nacionais e transnacionais, tendo em vista as
ferramenta didático-pedagógica relevante nos programas de demandas do mundo do trabalho e da internacionalização de
formação inicial e continuada de profissionais da educação, toda ordem de relações.
sendo que esta opção requer planejamento sistemático § 3º A língua espanhola, por força da Lei nº 11.161/2005,
integrado estabelecido entre sistemas educativos ou conjunto é obrigatoriamente ofertada no Ensino Médio, embora
de unidades escolares; facultativa para o estudante, bem como possibilitada no
§ 4º A transversalidade é entendida como uma forma de Ensino Fundamental, do 6º ao 9º ano.
organizar o trabalho didático-pedagógico em que temas e
eixos temáticos são integrados às disciplinas e às áreas ditas Art. 16. Leis específicas, que complementam a LDB,
convencionais, de forma a estarem presentes em todas elas. determinam que sejam incluídos componentes não
§ 5º A transversalidade difere da interdisciplinaridade e disciplinares, como temas relativos ao trânsito, ao meio
ambas complementam-se, rejeitando a concepção de ambiente e à condição e direitos do idoso.
conhecimento que toma a realidade como algo estável, pronto
e acabado. Art. 17. No Ensino Fundamental e no Ensino Médio,
§ 6º A transversalidade refere-se à dimensão didático- destinar-se-ão, pelo menos, 20% do total da carga horária
pedagógica, e a interdisciplinaridade, à abordagem anual ao conjunto de programas e projetos interdisciplinares
epistemológica dos objetos de conhecimento. eletivos criados pela escola, previsto no projeto pedagógico, de
modo que os estudantes do Ensino Fundamental e do Médio
CAPÍTULO II possam escolher aquele programa ou projeto com que se
FORMAÇÃO BÁSICA COMUM E PARTE DIVERSIFICADA identifiquem e que lhes permitam melhor lidar com o
conhecimento e a experiência.
Art. 14. A base nacional comum na Educação Básica § 1º Tais programas e projetos devem ser desenvolvidos
constitui-se de conhecimentos, saberes e valores produzidos de modo dinâmico, criativo e flexível, em articulação com a
culturalmente, expressos nas políticas públicas e gerados nas comunidade em que a escola esteja inserida.
instituições produtoras do conhecimento científico e § 2º A interdisciplinaridade e a contextualização devem
tecnológico; no mundo do trabalho; no desenvolvimento das assegurar a transversalidade do conhecimento de diferentes
linguagens; nas atividades desportivas e corporais; na disciplinas e eixos temáticos, perpassando todo o currículo e
produção artística; nas formas diversas de exercício da propiciando a interlocução entre os saberes e os diferentes
cidadania; e nos movimentos sociais. campos do conhecimento.

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TÍTULO VI IV - de jovens e adultos sem escolarização ou com esta


ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA incompleta;
V - de habitantes de zonas rurais;
Art. 18. Na organização da Educação Básica, devem-se VI - de indígenas e quilombolas;
observar as Diretrizes Curriculares Nacionais comuns a todas VII - de adolescentes em regime de acolhimento ou
as suas etapas, modalidades e orientações temáticas, internação, jovens e adultos em situação de privação de
respeitadas as suas especificidades e as dos sujeitos a que se liberdade nos estabelecimentos penais.
destinam.
§ 1º As etapas e as modalidades do processo de Seção I
escolarização estruturam-se de modo orgânico, sequencial e Educação Infantil
articulado, de maneira complexa, embora permanecendo
individualizadas ao logo do percurso do estudante, apesar das Art. 22. A Educação Infantil tem por objetivo o
mudanças por que passam: desenvolvimento integral da criança, em seus aspectos físico,
I - a dimensão orgânica é atendida quando são observadas afetivo, psicológico, intelectual, social, complementando a
as especificidades e as diferenças de cada sistema educativo, ação da família e da comunidade.
sem perder o que lhes é comum: as semelhanças e as § 1º As crianças provêm de diferentes e singulares
identidades que lhe são inerentes; contextos socioculturais, socioeconômicos e étnicos, por isso
II - a dimensão sequencial compreende os processos devem ter a oportunidade de ser acolhidas e respeitadas pela
educativos que acompanham as exigências de aprendizagens escola e pelos profissionais da educação, com base nos
definidas em cada etapa do percurso formativo, contínuo e princípios da individualidade, igualdade, liberdade,
progressivo, da Educação Básica até a Educação Superior, diversidade e pluralidade.
constituindo-se em diferentes e insubstituíveis momentos da § 2º Para as crianças, independentemente das diferentes
vida dos educandos; condições físicas, sensoriais, intelectuais, linguísticas, étnico-
III - a articulação das dimensões orgânica e sequencial das raciais, socioeconômicas, de origem, de religião, entre outras,
etapas e das modalidades da Educação Básica, e destas com a as relações sociais e intersubjetivas no espaço escolar
Educação Superior, implica ação coordenada e integradora do requerem a atenção intensiva dos profissionais da educação,
seu conjunto. durante o tempo de desenvolvimento das atividades que lhes
§ 2º A transição entre as etapas da Educação Básica e suas são peculiares, pois este é o momento em que a curiosidade
fases requer formas de articulação das dimensões orgânica e deve ser estimulada, a partir da brincadeira orientada pelos
sequencial que assegurem aos educandos, sem tensões e profissionais da educação.
rupturas, a continuidade de seus processos peculiares de § 3º Os vínculos de família, dos laços de solidariedade
aprendizagem e desenvolvimento. humana e do respeito mútuo em que se assenta a vida social
devem iniciar-se na Educação Infantil e sua intensificação deve
Art. 19. Cada etapa é delimitada por sua finalidade, seus ocorrer ao longo da Educação Básica.
princípios, objetivos e diretrizes educacionais, § 4º Os sistemas educativos devem envidar esforços
fundamentando-se na inseparabilidade dos conceitos promovendo ações a partir das quais as unidades de Educação
referenciais: cuidar e educar, pois esta é uma concepção Infantil sejam dotadas de condições para acolher as crianças,
norteadora do projeto político-pedagógico elaborado e em estreita relação com a família, com agentes sociais e com a
executado pela comunidade educacional. sociedade, prevendo programas e projetos em parceria,
formalmente estabelecidos.
Art. 20. O respeito aos educandos e a seus tempos mentais, § 5º A gestão da convivência e as situações em que se torna
sócioemocionais, culturais e identitários é um princípio necessária a solução de problemas individuais e coletivos
orientador de toda a ação educativa, sendo responsabilidade pelas crianças devem ser previamente programadas, com foco
dos sistemas a criação de condições para que crianças, nas motivações estimuladas e orientadas pelos professores e
adolescentes, jovens e adultos, com sua diversidade, tenham a demais profissionais da educação e outros de áreas
oportunidade de receber a formação que corresponda à idade pertinentes, respeitados os limites e as potencialidades de
própria de percurso escolar. cada criança e os vínculos desta com a família ou com o seu
responsável direto.
CAPÍTULO I
ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA Seção II
Ensino Fundamental
Art. 21. São etapas correspondentes a diferentes
momentos constitutivos do desenvolvimento educacional: Art. 23. O Ensino Fundamental com 9 (nove) anos de
I - a Educação Infantil, que compreende: a Creche, duração, de matrícula obrigatória para as crianças a partir dos
englobando as diferentes etapas do desenvolvimento da 6 (seis) anos de idade, tem duas fases sequentes com
criança até 3 (três) anos e 11 (onze) meses; e a Pré-Escola, com características próprias, chamadas de anos iniciais, com 5
duração de 2 (dois) anos; (cinco) anos de duração, em regra para estudantes de 6 (seis)
II - o Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, com a 10 (dez) anos de idade; e anos finais, com 4 (quatro) anos de
duração de 9 (nove) anos, é organizado e tratado em duas duração, para os de 11 (onze) a 14 (quatorze) anos.
fases: a dos 5 (cinco) anos iniciais e a dos 4 (quatro) anos Parágrafo único. No Ensino Fundamental, acolher significa
finais; III - o Ensino Médio, com duração mínima de 3 (três) também cuidar e educar, como forma de garantir a
anos. aprendizagem dos conteúdos curriculares, para que o
Parágrafo único. Essas etapas e fases têm previsão de estudante desenvolva interesses e sensibilidades que lhe
idades próprias, as quais, no entanto, são diversas quando se permitam usufruir dos bens culturais disponíveis na
atenta para sujeitos com características que fogem à norma, comunidade, na sua cidade ou na sociedade em geral, e que lhe
como é o caso, entre outros: possibilitem ainda sentir-se como produtor valorizado desses
I - de atraso na matrícula e/ou no percurso escolar; bens.
II - de retenção, repetência e retorno de quem havia
abandonado os estudos; Art. 24. Os objetivos da formação básica das crianças,
III - de portadores de deficiência limitadora; definidos para a Educação Infantil, prolongam-se durante os

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anos iniciais do Ensino Fundamental, especialmente no Profissional e Tecnológica, Educação do Campo, Educação
primeiro, e completam-se nos anos finais, ampliando e Escolar Indígena e Educação a Distância.
intensificando, gradativamente, o processo educativo,
mediante: Seção I
I - desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo Educação de Jovens e Adultos
como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do
cálculo; Art. 28. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) destina-se
II - foco central na alfabetização, ao longo dos 3 (três) aos que se situam na faixa etária superior à considerada
primeiros anos; própria, no nível de conclusão do Ensino Fundamental e do
III - compreensão do ambiente natural e social, do sistema Ensino Médio.
político, da economia, da tecnologia, das artes, da cultura e dos § 1º Cabe aos sistemas educativos viabilizar a oferta de
valores em que se fundamenta a sociedade; cursos gratuitos aos jovens e aos adultos, proporcionando-lhes
IV - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as
tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a características do alunado, seus interesses, condições de vida
formação de atitudes e valores; e de trabalho, mediante cursos, exames, ações integradas e
V - fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de complementares entre si, estruturados em um projeto
solidariedade humana e de respeito recíproco em que se pedagógico próprio.
assenta a vida social. § 2º Os cursos de EJA, preferencialmente tendo a Educação
Profissional articulada com a Educação Básica, devem pautar-
Art. 25. Os sistemas estaduais e municipais devem se pela flexibilidade, tanto de currículo quanto de tempo e
estabelecer especial forma de colaboração visando à oferta do espaço, para que seja(m):
Ensino Fundamental e à articulação sequente entre a primeira I - rompida a simetria com o ensino regular para crianças e
fase, no geral assumida pelo Município, e a segunda, pelo adolescentes, de modo a permitir percursos individualizados e
Estado, para evitar obstáculos ao acesso de estudantes que se conteúdos significativos para os jovens e adultos;
transfiram de uma rede para outra para completar esta II - providos o suporte e a atenção individuais às diferentes
escolaridade obrigatória, garantindo a organicidade e a necessidades dos estudantes no processo de aprendizagem,
totalidade do processo formativo do escolar. mediante atividades diversificadas;
III - valorizada a realização de atividades e vivências
Seção III socializadoras, culturais, recreativas e esportivas, geradoras
Ensino Médio de enriquecimento do percurso formativo dos estudantes;
IV - desenvolvida a agregação de competências para o
Art. 26. O Ensino Médio, etapa final do processo formativo trabalho;
da Educação Básica, é orientado por princípios e finalidades V - promovida a motivação e a orientação permanente dos
que preveem: estudantes, visando maior participação nas aulas e seu melhor
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos aproveitamento e desempenho;
adquiridos no Ensino VI - realizada, sistematicamente, a formação continuada,
Fundamental, possibilitando o prosseguimento de destinada, especificamente, aos educadores de jovens e
estudos; adultos.
II - a preparação básica para a cidadania e o trabalho,
tomado este como princípio educativo, para continuar Seção II
aprendendo, de modo a ser capaz de enfrentar novas Educação Especial
condições de ocupação e aperfeiçoamento posteriores;
III - o desenvolvimento do educando como pessoa humana, Art. 29. A Educação Especial, como modalidade transversal
incluindo a formação ética e estética, o desenvolvimento da a todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, é parte
autonomia intelectual e do pensamento crítico; integrante da educação regular, devendo ser prevista no
IV - a compreensão dos fundamentos científicos e projeto político-pedagógico da unidade escolar.
tecnológicos presentes na sociedade contemporânea, § 1º Os sistemas de ensino devem matricular os estudantes
relacionando a teoria com a prática. com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
§ 1º O Ensino Médio deve ter uma base unitária sobre a altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino
qual podem se assentar possibilidades diversas como regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE),
preparação geral para o trabalho ou, facultativamente, para complementar ou suplementar à escolarização, ofertado em
profissões técnicas; na ciência e na tecnologia, como iniciação salas de recursos multifuncionais ou em centros de AEE da
científica e tecnológica; na cultura, como ampliação da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou
formação cultural. filantrópicas sem fins lucrativos.
§ 2º A definição e a gestão do currículo inscrevem-se em § 2º Os sistemas e as escolas devem criar condições para
uma lógica que se dirige aos jovens, considerando suas que o professor da classe comum possa explorar as
singularidades, que se situam em um tempo determinado. potencialidades de todos os estudantes, adotando uma
§ 3º Os sistemas educativos devem prever currículos pedagogia dialógica, interativa, interdisciplinar e inclusiva e,
flexíveis, com diferentes alternativas, para que os jovens na interface, o professor do AEE deve identificar habilidades e
tenham a oportunidade de escolher o percurso formativo que necessidades dos estudantes, organizar e orientar sobre os
atenda seus interesses, necessidades e aspirações, para que se serviços e recursos pedagógicos e de acessibilidade para a
assegure a permanência dos jovens na escola, com proveito, participação e aprendizagem dos estudantes.
até a conclusão da Educação Básica. § 3º Na organização desta modalidade, os sistemas de
ensino devem observar as seguintes orientações
CAPÍTULO II fundamentais:
MODALIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA I - o pleno acesso e a efetiva participação dos estudantes no
ensino regular;
Art. 27. A cada etapa da Educação Básica pode II - a oferta do atendimento educacional especializado;
corresponder uma ou mais das modalidades de ensino: III - a formação de professores para o AEE e para o
Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial, Educação desenvolvimento de práticas educacionais inclusivas;

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IV - a participação da comunidade escolar; Seção IV


V - a acessibilidade arquitetônica, nas comunicações e Educação Básica do Campo
informações, nos mobiliários e equipamentos e nos
transportes; Art. 35. Na modalidade de Educação Básica do Campo, a
VI - a articulação das políticas públicas intersetoriais. educação para a população rural está prevista com adequações
necessárias às peculiaridades da vida no campo e de cada
Seção III região, definindo-se orientações para três aspectos essenciais
Educação Profissional e Tecnológica à organização da ação pedagógica:
I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às
Art. 30. A Educação Profissional e Tecnológica, no reais necessidades e interesses dos estudantes da zona rural;
cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se II - organização escolar própria, incluindo adequação do
aos diferentes níveis e modalidades de educação e às calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições
dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia, e articula-se climáticas;
com o ensino regular e com outras modalidades educacionais: III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.
Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial e Educação a
Distância. Art. 36. A identidade da escola do campo é definida pela
vinculação com as questões inerentes à sua realidade, com
Art. 31. Como modalidade da Educação Básica, a Educação propostas pedagógicas que contemplam sua diversidade em
Profissional e Tecnológica ocorre na oferta de cursos de todos os aspectos, tais como sociais, culturais, políticos,
formação inicial e continuada ou qualificação profissional e econômicos, de gênero, geração e etnia.
nos de Educação Profissional Técnica de nível médio. Parágrafo único. Formas de organização e metodologias
pertinentes à realidade do campo devem ter acolhidas, como a
Art. 32. A Educação Profissional Técnica de nível médio é pedagogia da terra, pela qual se busca um trabalho pedagógico
desenvolvida nas seguintes formas: fundamentado no princípio da sustentabilidade, para
I - articulada com o Ensino Médio, sob duas formas: a) assegurar a preservação da vida das futuras gerações, e a
integrada, na mesma instituição; ou pedagogia da alternância, na qual o estudante participa,
b) concomitante, na mesma ou em distintas instituições; concomitante e alternadamente, de dois ambientes/situações
II - subsequente, em cursos destinados a quem já tenha de aprendizagem: o escolar e o laboral, supondo parceria
concluído o Ensino Médio. educativa, em que ambas as partes são corresponsáveis pelo
§ 1º Os cursos articulados com o Ensino Médio, aprendizado e pela formação do estudante.
organizados na forma integrada, são cursos de matrícula
única, que conduzem os educandos à habilitação profissional Seção V
técnica de nível médio ao mesmo tempo em que concluem a Educação Escolar Indígena
última etapa da Educação Básica.
§ 2º Os cursos técnicos articulados com o Ensino Médio, Art. 37. A Educação Escolar Indígena ocorre em unidades
ofertados na forma concomitante, com dupla matrícula e dupla educacionais inscritas em suas terras e culturas, as quais têm
certificação, podem ocorrer: uma realidade singular, requerendo pedagogia própria em
I - na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as respeito à especificidade étnico-cultural de cada povo ou
oportunidades educacionais disponíveis; comunidade e formação específica de seu quadro docente,
II - em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as observados os princípios constitucionais, a base nacional
oportunidades educacionais disponíveis; comum e os princípios que orientam a Educação Básica
III - em instituições de ensino distintas, mediante brasileira.
convênios de intercomplementaridade, com planejamento e Parágrafo único. Na estruturação e no funcionamento das
desenvolvimento de projeto pedagógico unificado. escolas indígenas, é reconhecida a sua condição de
§ 3º São admitidas, nos cursos de Educação Profissional possuidores de normas e ordenamento jurídico próprios, com
Técnica de nível médio, a organização e a estruturação em ensino intercultural e bilíngue, visando à valorização plena das
etapas que possibilitem qualificação profissional culturas dos povos indígenas e à afirmação e manutenção de
intermediária. sua diversidade étnica.
§ 4º A Educação Profissional e Tecnológica pode ser
desenvolvida por diferentes estratégias de educação Art. 38. Na organização de escola indígena, deve ser
continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de considerada a participação da comunidade, na definição do
trabalho, incluindo os programas e cursos de aprendizagem, modelo de organização e gestão, bem como:
previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). I - suas estruturas sociais;
II - suas práticas socioculturais e religiosas;
Art. 33. A organização curricular da Educação Profissional III - suas formas de produção de conhecimento, processos
e Tecnológica por eixo tecnológico fundamenta-se na próprios e métodos de ensino-aprendizagem;
identificação das tecnologias que se encontram na base de uma IV - suas atividades econômicas;
dada formação profissional e dos arranjos lógicos por elas V - edificação de escolas que atendam aos interesses das
constituídos. comunidades indígenas;
VI - uso de materiais didático-pedagógicos produzidos de
Art. 34. Os conhecimentos e as habilidades adquiridos acordo com o contexto sociocultural de cada povo indígena.
tanto nos cursos de Educação Profissional e Tecnológica, como
os adquiridos na prática laboral pelos trabalhadores, podem Seção VI
ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para Educação a Distância
prosseguimento ou conclusão de estudos.
Art. 39. A modalidade Educação a Distância caracteriza-se
pela mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e
aprendizagem que ocorre com a utilização de meios e
tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e

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professores desenvolvendo atividades educativas em lugares I - o diagnóstico da realidade concreta dos sujeitos do
ou tempos diversos. processo educativo, contextualizados no espaço e no tempo;
II - a concepção sobre educação, conhecimento, avaliação
Art. 40. O credenciamento para a oferta de cursos e da aprendizagem e mobilidade escolar;
programas de Educação de Jovens e Adultos, de Educação III - o perfil real dos sujeitos – crianças, jovens e adultos –
Especial e de Educação Profissional Técnica de nível médio e que justificam e instituem a vida da e na escola, do ponto de
Tecnológica, na modalidade a distância, compete aos sistemas vista intelectual, cultural, emocional, afetivo, socioeconômico,
estaduais de ensino, atendidas a regulamentação federal e as como base da reflexão sobre as relações vida-conhecimento-
normas complementares desses sistemas. cultura-professor-estudante e instituição escolar;
IV - as bases norteadoras da organização do trabalho
Seção VII pedagógico;
Educação Escolar Quilombola V - a definição de qualidade das aprendizagens e, por
consequência, da escola, no contexto das desigualdades que se
Art. 41. A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em refletem na escola;
unidades educacionais inscritas em suas terras e cultura, VI - os fundamentos da gestão democrática, compartilhada
requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade e participativa (órgãos colegiados e de representação
étnico-cultural de cada comunidade e formação específica de estudantil);
seu quadro docente, observados os princípios constitucionais, VII - o programa de acompanhamento de acesso, de
a base nacional comum e os princípios que orientam a permanência dos estudantes e de superação da retenção
Educação Básica brasileira. escolar;
Parágrafo único. Na estruturação e no funcionamento das VIII - o programa de formação inicial e continuada dos
escolas quilombolas, bem como nas demais, deve ser profissionais da educação, regentes e não regentes;
reconhecida e valorizada a diversidade cultural. IX - as ações de acompanhamento sistemático dos
resultados do processo de avaliação interna e externa (Sistema
TÍTULO VII de Avaliação da Educação Básica – SAEB, Prova Brasil, dados
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS PARA A ORGANIZAÇÃO estatísticos, pesquisas sobre os sujeitos da Educação Básica),
DAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS GERAIS incluindo dados referentes ao IDEB e/ou que complementem
PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA ou substituam os desenvolvidos pelas unidades da federação e
outros;
Art. 42. São elementos constitutivos para a X - a concepção da organização do espaço físico da
operacionalização destas Diretrizes o projeto político- instituição escolar de tal modo que este seja compatível com
pedagógico e o regimento escolar; o sistema de avaliação; a as características de seus sujeitos, que atenda as normas de
gestão democrática e a organização da escola; o professor e o acessibilidade, além da natureza e das finalidades da educação,
programa de formação docente. deliberadas e assumidas pela comunidade educacional.

CAPÍTULO I Art. 45. O regimento escolar, discutido e aprovado pela


O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO E O REGIMENTO comunidade escolar e conhecido por todos, constitui-se em um
ESCOLAR dos instrumentos de execução do projeto político-pedagógico,
com transparência e responsabilidade.
Art. 43. O projeto político-pedagógico, Parágrafo único. O regimento escolar trata da natureza e
interdependentemente da autonomia pedagógica, da finalidade da instituição, da relação da gestão democrática
administrativa e de gestão financeira da instituição com os órgãos colegiados, das atribuições de seus órgãos e
educacional, representa mais do que um documento, sendo um sujeitos, das suas normas pedagógicas, incluindo os critérios
dos meios de viabilizar a escola democrática para todos e de de acesso, promoção, mobilidade do estudante, dos direitos e
qualidade social. deveres dos seus sujeitos: estudantes, professores, técnicos e
§ 1º A autonomia da instituição educacional baseia-se na funcionários, gestores, famílias, representação estudantil e
busca de sua identidade, que se expressa na construção de seu função das suas instâncias colegiadas.
projeto pedagógico e do seu regimento escolar, enquanto
manifestação de seu ideal de educação e que permite uma nova CAPÍTULO II
e democrática ordenação pedagógica das relações escolares. AVALIAÇÃO
§ 2º Cabe à escola, considerada a sua identidade e a de seus
sujeitos, articular a formulação do projeto político-pedagógico Art. 46. A avaliação no ambiente educacional compreende
com os planos de educação – nacional, estadual, municipal –, o 3 (três) dimensões básicas:
contexto em que a escola se situa e as necessidades locais e de I - avaliação da aprendizagem;
seus estudantes. II - avaliação institucional interna e externa;
§ 3º A missão da unidade escolar, o papel socioeducativo, III - avaliação de redes de Educação Básica.
artístico, cultural, ambiental, as questões de gênero, etnia e
diversidade cultural que compõem as ações educativas, a Seção I
organização e a gestão curricular são componentes Avaliação da aprendizagem
integrantes do projeto político-pedagógico, devendo ser
previstas as prioridades institucionais que a identificam, Art. 47. A avaliação da aprendizagem baseia-se na
definindo o conjunto das ações educativas próprias das etapas concepção de educação que norteia a relação professor-
da Educação Básica assumidas, de acordo com as estudante-conhecimento-vida em movimento, devendo ser
especificidades que lhes correspondam, preservando a sua um ato reflexo de reconstrução da prática pedagógica
articulação sistêmica. avaliativa, premissa básica e fundamental para se questionar o
educar, transformando a mudança em ato, acima de tudo,
Art. 44. O projeto político-pedagógico, instância de político.
construção coletiva que respeita os sujeitos das § 1º A validade da avaliação, na sua função diagnóstica,
aprendizagens, entendidos como cidadãos com direitos à liga-se à aprendizagem, possibilitando o aprendiz a recriar,
proteção e à participação social, deve contemplar: refazer o que aprendeu, criar, propor e, nesse contexto, aponta

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para uma avaliação global, que vai além do aspecto Seção III
quantitativo, porque identifica o desenvolvimento da Avaliação institucional
autonomia do estudante, que é indissociavelmente ético,
social, intelectual. Art. 52. A avaliação institucional interna deve ser prevista
§ 2º Em nível operacional, a avaliação da aprendizagem no projeto político-pedagógico e detalhada no plano de gestão,
tem, como referência, o conjunto de conhecimentos, realizada anualmente, levando em consideração as
habilidades, atitudes, valores e emoções que os sujeitos do orientações contidas na regulamentação vigente, para rever o
processo educativo projetam para si de modo integrado e conjunto de objetivos e metas a serem concretizados,
articulado com aqueles princípios definidos para a Educação mediante ação dos diversos segmentos da comunidade
Básica, redimensionados para cada uma de suas etapas, bem educativa, o que pressupõe delimitação de indicadores
assim no projeto político-pedagógico da escola. compatíveis com a missão da escola, além de clareza quanto ao
§ 3º A avaliação na Educação Infantil é realizada mediante que seja qualidade social da aprendizagem e da escola.
acompanhamento e registro do desenvolvimento da criança,
sem o objetivo de promoção, mesmo em se tratando de acesso Seção IV
ao Ensino Fundamental. Avaliação de redes de Educação Básica
§ 4º A avaliação da aprendizagem no Ensino Fundamental
e no Ensino Médio, de caráter formativo predominando sobre Art. 53. A avaliação de redes de Educação Básica ocorre
o quantitativo e classificatório, adota uma estratégia de periodicamente, é realizada por órgãos externos à escola e
progresso individual e contínuo que favorece o crescimento do engloba os resultados da avaliação institucional, sendo que os
educando, preservando a qualidade necessária para a sua resultados dessa avaliação sinalizam para a sociedade se a
formação escolar, sendo organizada de acordo com regras escola apresenta qualidade suficiente para continuar
comuns a essas duas etapas. funcionando como está.

Seção II CAPÍTULO III


Promoção, aceleração de estudos e classificação GESTÃO DEMOCRÁTICA E ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA

Art. 48. A promoção e a classificação no Ensino Art. 54. É pressuposto da organização do trabalho
Fundamental e no Ensino Médio podem ser utilizadas em pedagógico e da gestão da escola conceber a organização e a
qualquer ano, série, ciclo, módulo ou outra unidade de gestão das pessoas, do espaço, dos processos e procedimentos
percurso adotada, exceto na primeira do Ensino Fundamental, que viabilizam o trabalho expresso no projeto político-
alicerçando-se na orientação de que a avaliação do rendimento pedagógico e em planos da escola, em que se conformam as
escolar observará os seguintes critérios: condições de trabalho definidas pelas instâncias colegiadas.
I - avaliação contínua e cumulativa do desempenho do § 1º As instituições, respeitadas as normas legais e as do
estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os seu sistema de ensino, têm incumbências complexas e
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de abrangentes, que exigem outra concepção de organização do
eventuais provas finais; trabalho pedagógico, como distribuição da carga horária,
II - possibilidade de aceleração de estudos para estudantes remuneração, estratégias claramente definidas para a ação
com atraso escolar; didático-pedagógica coletiva que inclua a pesquisa, a criação
III - possibilidade de avanço nos cursos e nas séries de novas abordagens e práticas metodológicas, incluindo a
mediante verificação do aprendizado; produção de recursos didáticos adequados às condições da
IV - aproveitamento de estudos concluídos com êxito; escola e da comunidade em que esteja ela inserida.
V - oferta obrigatória de apoio pedagógico destinado à § 2º É obrigatória a gestão democrática no ensino público
recuperação contínua e concomitante de aprendizagem de e prevista, em geral, para todas as instituições de ensino, o que
estudantes com déficit de rendimento escolar, a ser previsto implica decisões coletivas que pressupõem a participação da
no regimento escolar. comunidade escolar na gestão da escola e a observância dos
princípios e finalidades da educação.
Art. 49. A aceleração de estudos destina-se a estudantes § 3º No exercício da gestão democrática, a escola deve se
com atraso escolar, àqueles que, por algum motivo, empenhar para constituir-se em espaço das diferenças e da
encontram-se em descompasso de idade, por razões como pluralidade, inscrita na diversidade do processo tornado
ingresso tardio, retenção, dificuldades no processo de ensino- possível por meio de relações intersubjetivas, cuja meta é a de
aprendizagem ou outras. se fundamentar em princípio educativo emancipador,
expresso na liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e
Art. 50. A progressão pode ser regular ou parcial, sendo divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber.
que esta deve preservar a sequência do currículo e observar as
normas do respectivo sistema de ensino, requerendo o Art. 55. A gestão democrática constitui-se em instrumento
redesenho da organização das ações pedagógicas, com de horizontalização das relações, de vivência e convivência
previsão de horário de trabalho e espaço de atuação para colegiada, superando o autoritarismo no planejamento e na
professor e estudante, com conjunto próprio de recursos concepção e organização curricular, educando para a
didático-pedagógico. conquista da cidadania plena e fortalecendo a ação conjunta
que busca criar e recriar o trabalho da e na escola mediante:
Art. 51. As escolas que utilizam organização por série I - a compreensão da globalidade da pessoa, enquanto ser
podem adotar, no Ensino Fundamental, sem prejuízo da que aprende, que sonha e ousa, em busca de uma convivência
avaliação do processo ensino-aprendizagem, diversas formas social libertadora fundamentada na ética cidadã;
de progressão, inclusive a de progressão continuada, jamais II - a superação dos processos e procedimentos
entendida como promoção automática, o que supõe tratar o burocráticos, assumindo com pertinência e relevância: os
conhecimento como processo e vivência que não se harmoniza planos pedagógicos, os objetivos institucionais e educacionais,
com a ideia de interrupção, mas sim de construção, em que o e as atividades de avaliação contínua;
estudante, enquanto sujeito da ação, está em processo III - a prática em que os sujeitos constitutivos da
contínuo de formação, construindo significados. comunidade educacional discutam a própria práxis
pedagógica impregnando-a de entusiasmo e de compromisso

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com a sua própria comunidade, valorizando-a, situando-a no habilidades referidas, razão pela qual um programa de
contexto das relações sociais e buscando soluções conjuntas; formação continuada dos profissionais da educação será
IV - a construção de relações interpessoais solidárias, contemplado no projeto político-pedagógico.
geridas de tal modo que os professores se sintam estimulados
a conhecer melhor os seus pares (colegas de trabalho, Art. 59. Os sistemas educativos devem instituir orientações
estudantes, famílias), a expor as suas ideias, a traduzir as suas para que o projeto de formação dos profissionais preveja:
dificuldades e expectativas pessoais e profissionais; a) a consolidação da identidade dos profissionais da
V - a instauração de relações entre os estudantes, educação, nas suas relações com a escola e com o estudante;
proporcionando-lhes espaços de convivência e situações de b) a criação de incentivos para o resgate da imagem social
aprendizagem, por meio dos quais aprendam a se do professor, assim como da autonomia docente tanto
compreender e se organizar em equipes de estudos e de individual como coletiva;
práticas esportivas, artísticas e políticas; c) a definição de indicadores de qualidade social da
VI - a presença articuladora e mobilizadora do gestor no educação escolar, a fim de que as agências formadoras de
cotidiano da escola e nos espaços com os quais a escola profissionais da educação revejam os projetos dos cursos de
interage, em busca da qualidade social das aprendizagens que formação inicial e continuada de docentes, de modo que
lhe caiba desenvolver, com transparência e responsabilidade. correspondam às exigências de um projeto de Nação.

CAPÍTULO IV Art. 60. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua


O PROFESSOR E A FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA publicação.

Art. 56. A tarefa de cuidar e educar, que a fundamentação FRANCISCO APARECIDO CORDÃO
da ação docente e os programas de formação inicial e
continuada dos profissionais da educação instauram, reflete- Questões
se na eleição de um ou outro método de aprendizagem, a partir
do qual é determinado o perfil de docente para a Educação 01. (SEDF - Conhecimentos Básicos - CESPE/2017).
Básica, em atendimento às dimensões técnicas, políticas, éticas Julgue o item subsequente, à luz das Diretrizes Curriculares
e estéticas. Nacionais Gerais para a Educação Básica.
§ 1º Para a formação inicial e continuada, as escolas de As diretrizes em questão têm como fundamento o
formação dos profissionais da educação, sejam gestores, compromisso com a educação integral de todos, atendendo às
professores ou especialistas, deverão incluir em seus dimensões orgânica, sequencial e articulada da educação
currículos e programas: básica
a) o conhecimento da escola como organização complexa ( ) Certo ( ) Errado
que tem a função de promover a educação para e na cidadania;
b) a pesquisa, a análise e a aplicação dos resultados de 02. (SEDF - Conhecimentos Básicos - CESPE/2017).
investigações de interesse da área educacional; Julgue o item subsequente, à luz das Diretrizes Curriculares
c) a participação na gestão de processos educativos e na Nacionais Gerais para a Educação Básica.
organização e funcionamento de sistemas e instituições de As referidas diretrizes foram elaboradas à luz dos
ensino; princípios constitucionais e da Lei de Diretrizes e Bases da
d) a temática da gestão democrática, dando ênfase à Educação Nacional e se operacionalizam no princípio da
construção do projeto político-pedagógico, mediante trabalho gestão tecnocrática.
coletivo de que todos os que compõem a comunidade escolar ( ) Certo ( ) Errado
são responsáveis.
03. (IF/TO - Pedagogo). A Resolução CNE/CEB nº
Art. 57. Entre os princípios definidos para a educação 04/2010 estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para
nacional está a valorização do profissional da educação, com a a Educação Básica. Conforme esse documento para a
compreensão de que valorizá-lo é valorizar a escola, com organização da Educação Básica, devem-se observar as
qualidade gestorial, educativa, social, cultural, ética, estética, Diretrizes Curriculares Nacionais comuns a todas as suas
ambiental. etapas, modalidades e orientações temáticas, respeitadas as
§ 1º A valorização do profissional da educação escolar suas especificidades e as dos sujeitos a que se destinam. São
vincula-se à obrigatoriedade da garantia de qualidade e ambas consideradas modalidades da Educação Básica.
se associam à exigência de programas de formação inicial e (A) Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio
continuada de docentes e não docentes, no contexto do e Educação Especial.
conjunto de múltiplas atribuições definidas para os sistemas (B) Educação Especial, Educação Profissional e
educativos, em que se inscrevem as funções do professor. Tecnológica, Pedagogia da Terra e Educação Escolar Indígena.
§ 2º Os programas de formação inicial e continuada dos (C) Educação de Tempo integral, Educação Tecnológica,
profissionais da educação, vinculados às orientações destas Educação do Campo, Educação Escolar Indígena e Educação a
Diretrizes, devem prepará-los para o desempenho de suas Distância.
atribuições, considerando necessário: (D) Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial,
a) além de um conjunto de habilidades cognitivas, saber Educação Profissional e Tecnológica, Educação do Campo,
pesquisar, orientar, avaliar e elaborar propostas, isto é, Educação Escolar Indígena e Educação a Distância.
interpretar e reconstruir o conhecimento coletivamente; (E) Educação de Jovens e Adultos, Educação Profissional e
b) trabalhar cooperativamente em equipe; Tecnológica, Educação do Campo e Educação a Distância e
c) compreender, interpretar e aplicar a linguagem e os Educação Religiosa.
instrumentos produzidos ao longo da evolução tecnológica,
econômica e organizativa; 04. (SEDUC/PI - Professor - Informática - NUCEPE) A
d) desenvolver competências para integração com a Didática constitui disciplina essencial nos processos de
comunidade e para relacionamento com as famílias. formação de professores, notadamente articulando o saber, o
saber-ser e o saber-fazer. No contexto dessa análise, pode-se
Art. 58. A formação inicial, nos cursos de licenciatura, não afirmar CORRETAMENTE, acerca da concepção tradicional de
esgota o desenvolvimento dos conhecimentos, saberes e Didática que:

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(A) refere-se a um conjunto de procedimentos universais II - atendimento em todas as instituições e serviços de


relativos à docência; atendimento ao público;
(B) afirma a neutralidade científica do método, a III - disponibilização de recursos, tanto humanos quanto
preocupação com os meios desvinculados dos fins e do tecnológicos, que garantam atendimento em igualdade de
contexto; condições com as demais pessoas;
(C) caracteriza-se por transcender métodos e técnicas de IV - disponibilização de pontos de parada, estações e
ensino, buscando articular escola/sociedade; terminais acessíveis de transporte coletivo de passageiros e
(D) compreende uma doutrina da instrução, revelando-se garantia de segurança no embarque e no desembarque;
como um conjunto de normas prescritivas centradas no V - acesso a informações e disponibilização de recursos de
método; comunicação acessíveis;
(E) caracteriza-se por estabelecer métodos e técnicas de VI - recebimento de restituição de imposto de renda;
educação desvinculados dos princípios educacionais. VII - tramitação processual e procedimentos judiciais e
administrativos em que for parte ou interessada, em todos os
05. (SEE/AL - Todos os Cargos - CESPE) Com relação à atos e diligências.
didática e à sua prática histórico-social, julgue o item a seguir. § 1º Os direitos previstos neste artigo são extensivos ao
O enfoque tecnicista da didática busca estratégia objetiva, acompanhante da pessoa com deficiência ou ao seu atendente
racional e neutra do processo de ensino-aprendizagem, em pessoal, exceto quanto ao disposto nos incisos VI e VII deste
contraposição ao enfoque humanista. artigo.
( ) Certo ( ) Errado § 2º Nos serviços de emergência públicos e privados, a
prioridade conferida por esta Lei é condicionada aos protocolos
Gabarito de atendimento médico.

01.Certo / 02.Errado / 03.D / 04.D / 05.Certa 4- Direito à educação e acessibilidade no Estatuto da


Pessoa com Deficiência.
O artigo 27, reconhece o direito das pessoas com
deficiência à educação, e, para efetivar tal direito sem
7. Lei nº 13.146/2015 - Lei discriminação e com base na igualdade de oportunidade,
deverão os Estados Partes assegurar “um sistema educacional
Brasileira de Inclusão da inclusivo em todos os níveis, bem como o aprendizado ao
Pessoa com Deficiência. longo de toda a vida”, tendo como um dos seus objetivos “a
participação efetiva das pessoas com deficiência em uma
sociedade livre”.
A acessibilidade garantida pelo Estatuto é a informação,
ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA comunicação, tecnologia assistida, direito à participação na
vida pública e política e a ciência e tecnologia.
1- Conceito de pessoa com deficiência.
A definição de pessoa com deficiência pode ser extraída do Veja a lei na íntegra:
art. 2º do Estatuto: “considera-se pessoa com deficiência aquela
que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 201518
intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”. Deficiência (Estatuto da Pessoa Com Deficiência).

2- Direito à igualdade e não discriminação. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o


A compreensão da proteção excepcional à pessoa com Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
deficiência deve se basear no princípio da igualdade.
O princípio da igualdade tem viés constitucional e com o LIVRO I
passar do tempo e as decorrentes mudanças sociais, o conceito PARTE GERAL
de “igualdade” foi absorvendo novas características, para TÍTULO I
impedir que os seres humanos fossem “diferenciados pelas DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
leis”, ou seja, que o direito positivado viesse a “estabelecer CAPÍTULO I
distinções entre as pessoas independentemente do mérito”, e DISPOSIÇÕES GERAIS
a constatação foi a de que “a lei sempre discrimina.
É permitido ao legislador, criar leis capazes de assegurar o Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
princípio da igualdade dispensando tratamentos desiguais. com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência),
Isso significa que o legislador discrimina situações, de modo destinada a assegurar e a promover, em condições de
que “as pessoas compreendidas em umas ou em outras vêm a igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades
ser colhidas por regimes diferentes”, sendo que “a algumas fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua
pessoas são oferecidos determinados direitos e obrigações inclusão social e cidadania.
que não assistem a outras, por abrigadas em diversa categoria, Parágrafo único. Esta Lei tem como base a Convenção
regulada por diferente plexo de obrigações de direitos”. sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo
Facultativo, ratificados pelo Congresso Nacional por meio do
3- Direito ao atendimento prioritário. Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008, em
Esse direito está assegurado no art. 9º do Estatuto: conformidade com o procedimento previsto no § 3º do art. 5º
Art. 9º A pessoa com deficiência tem direito a receber da Constituição da República Federativa do Brasil, em vigor
atendimento prioritário, sobretudo com a finalidade de: para o Brasil, no plano jurídico externo, desde 31 de agosto de
I - proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

18Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-


2018/2015/Lei/L13146.htm - acesso em 28.06.2019.

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APOSTILAS OPÇÃO

2008, e promulgados pelo Decreto nº 6.949, de 25 de agosto aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as
de 2009, data de início de sua vigência no plano interno. tecnologias da informação e das comunicações;
VI - adaptações razoáveis: adaptações, modificações e
Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que ajustes necessários e adequados que não acarretem ônus
tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, desproporcional e indevido, quando requeridos em cada caso,
intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais a fim de assegurar que a pessoa com deficiência possa gozar
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na ou exercer, em igualdade de condições e oportunidades com as
sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. demais pessoas, todos os direitos e liberdades fundamentais;
§ 1º A avaliação da deficiência, quando necessária, será VII - elemento de urbanização: quaisquer componentes de
biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e obras de urbanização, tais como os referentes a pavimentação,
interdisciplinar e considerará: saneamento, encanamento para esgotos, distribuição de
I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; energia elétrica e de gás, iluminação pública, serviços de
II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; comunicação, abastecimento e distribuição de água,
III - a limitação no desempenho de atividades; e paisagismo e os que materializam as indicações do
IV - a restrição de participação. planejamento urbanístico;
§ 2º O Poder Executivo criará instrumentos para avaliação VIII - mobiliário urbano: conjunto de objetos existentes nas
da deficiência. vias e nos espaços públicos, superpostos ou adicionados aos
elementos de urbanização ou de edificação, de forma que sua
Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se: modificação ou seu traslado não provoque alterações
I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para substanciais nesses elementos, tais como semáforos, postes de
utilização, com segurança e autonomia, de espaços, sinalização e similares, terminais e pontos de acesso coletivo
mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, às telecomunicações, fontes de água, lixeiras, toldos,
informação e comunicação, inclusive seus sistemas e marquises, bancos, quiosques e quaisquer outros de natureza
tecnologias, bem como de outros serviços e instalações análoga;
abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, IX - pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha,
tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com por qualquer motivo, dificuldade de movimentação,
deficiência ou com mobilidade reduzida; permanente ou temporária, gerando redução efetiva da
II - desenho universal: concepção de produtos, ambientes, mobilidade, da flexibilidade, da coordenação motora ou da
programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, percepção, incluindo idoso, gestante, lactante, pessoa com
sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, criança de colo e obeso;
incluindo os recursos de tecnologia assistiva; X - residências inclusivas: unidades de oferta do Serviço de
III - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, Acolhimento do Sistema Único de Assistência Social (Suas)
equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, localizadas em áreas residenciais da comunidade, com
estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a estruturas adequadas, que possam contar com apoio
funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da psicossocial para o atendimento das necessidades da pessoa
pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à acolhida, destinadas a jovens e adultos com deficiência, em
sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão situação de dependência, que não dispõem de condições de
social; autossustentabilidade e com vínculos familiares fragilizados
IV - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou ou rompidos;
comportamento que limite ou impeça a participação social da XI - moradia para a vida independente da pessoa com
pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus deficiência: moradia com estruturas adequadas capazes de
direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de proporcionar serviços de apoio coletivos e individualizados
expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à que respeitem e ampliem o grau de autonomia de jovens e
compreensão, à circulação com segurança, entre outros, adultos com deficiência;
classificadas em: XII - atendente pessoal: pessoa, membro ou não da família,
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos que, com ou sem remuneração, assiste ou presta cuidados
espaços públicos e privados abertos ao público ou de uso básicos e essenciais à pessoa com deficiência no exercício de
coletivo; suas atividades diárias, excluídas as técnicas ou os
b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios procedimentos identificados com profissões legalmente
públicos e privados; estabelecidas;
c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e XIII - profissional de apoio escolar: pessoa que exerce
meios de transportes; atividades de alimentação, higiene e locomoção do estudante
d) barreiras nas comunicações e na informação: qualquer com deficiência e atua em todas as atividades escolares nas
entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou quais se fizer necessária, em todos os níveis e modalidades de
impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de ensino, em instituições públicas e privadas, excluídas as
informações por intermédio de sistemas de comunicação e de técnicas ou os procedimentos identificados com profissões
tecnologia da informação; legalmente estabelecidas;
e) barreiras atitudinais: atitudes ou comportamentos que XIV - acompanhante: aquele que acompanha a pessoa com
impeçam ou prejudiquem a participação social da pessoa com deficiência, podendo ou não desempenhar as funções de
deficiência em igualdade de condições e oportunidades com as atendente pessoal.
demais pessoas;
f) barreiras tecnológicas: as que dificultam ou impedem o CAPÍTULO II
acesso da pessoa com deficiência às tecnologias; DA IGUALDADE E DA NÃO DISCRIMINAÇÃO
V - comunicação: forma de interação dos cidadãos que
abrange, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Art. 4º Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade
Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá
o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres nenhuma espécie de discriminação.
ampliados, os dispositivos multimídia, assim como a § 1º Considera-se discriminação em razão da deficiência
linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os toda forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou
meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar,

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APOSTILAS OPÇÃO

impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos VI - recebimento de restituição de imposto de renda;


direitos e das liberdades fundamentais de pessoa com VII - tramitação processual e procedimentos judiciais e
deficiência, incluindo a recusa de adaptações razoáveis e de administrativos em que for parte ou interessada, em todos os
fornecimento de tecnologias assistivas. atos e diligências.
§ 2º A pessoa com deficiência não está obrigada à fruição
de benefícios decorrentes de ação afirmativa. § 1º Os direitos previstos neste artigo são extensivos ao
acompanhante da pessoa com deficiência ou ao seu atendente
Art. 5º A pessoa com deficiência será protegida de toda pessoal, exceto quanto ao disposto nos incisos VI e VII deste
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, artigo.
tortura, crueldade, opressão e tratamento desumano ou § 2º Nos serviços de emergência públicos e privados, a
degradante. prioridade conferida por esta Lei é condicionada aos
Parágrafo único. Para os fins da proteção mencionada no protocolos de atendimento médico.
caput deste artigo, são considerados especialmente
vulneráveis a criança, o adolescente, a mulher e o idoso, com TÍTULO II
deficiência. DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacidade civil da DO DIREITO À VIDA
pessoa, inclusive para:
I - casar-se e constituir união estável; Art. 10. Compete ao poder público garantir a dignidade da
II - exercer direitos sexuais e reprodutivos; pessoa com deficiência ao longo de toda a vida.
III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e Parágrafo único. Em situações de risco, emergência ou
de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e estado de calamidade pública, a pessoa com deficiência será
planejamento familiar; considerada vulnerável, devendo o poder público adotar
IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização medidas para sua proteção e segurança.
compulsória;
V - exercer o direito à família e à convivência familiar e Art. 11. A pessoa com deficiência não poderá ser obrigada
comunitária; e a se submeter a intervenção clínica ou cirúrgica, a tratamento
VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à ou a institucionalização forçada.
adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de Parágrafo único. O consentimento da pessoa com
oportunidades com as demais pessoas. deficiência em situação de curatela poderá ser suprido, na
forma da lei.
Art. 7º É dever de todos comunicar à autoridade
competente qualquer forma de ameaça ou de violação aos Art. 12. O consentimento prévio, livre e esclarecido da
direitos da pessoa com deficiência. pessoa com deficiência é indispensável para a realização de
Parágrafo único. Se, no exercício de suas funções, os juízes tratamento, procedimento, hospitalização e pesquisa
e os tribunais tiverem conhecimento de fatos que caracterizem científica.
as violações previstas nesta Lei, devem remeter peças ao § 1º Em caso de pessoa com deficiência em situação de
Ministério Público para as providências cabíveis. curatela, deve ser assegurada sua participação, no maior grau
possível, para a obtenção de consentimento.
Art. 8º É dever do Estado, da sociedade e da família § 2º A pesquisa científica envolvendo pessoa com
assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, a deficiência em situação de tutela ou de curatela deve ser
efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à realizada, em caráter excepcional, apenas quando houver
sexualidade, à paternidade e à maternidade, à alimentação, à indícios de benefício direto para sua saúde ou para a saúde de
habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, à outras pessoas com deficiência e desde que não haja outra
previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao transporte, opção de pesquisa de eficácia comparável com participantes
à acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à não tutelados ou curatelados.
informação, à comunicação, aos avanços científicos e
tecnológicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à Art. 13. A pessoa com deficiência somente será atendida
convivência familiar e comunitária, entre outros decorrentes sem seu consentimento prévio, livre e esclarecido em casos de
da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos das risco de morte e de emergência em saúde, resguardado seu
Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis superior interesse e adotadas as salvaguardas legais cabíveis.
e de outras normas que garantam seu bem-estar pessoal,
social e econômico. CAPÍTULO II
DO DIREITO À HABILITAÇÃO E À REABILITAÇÃO
Seção Única
Do Atendimento Prioritário Art. 14. O processo de habilitação e de reabilitação é um
direito da pessoa com deficiência.
Art. 9º A pessoa com deficiência tem direito a receber Parágrafo único. O processo de habilitação e de
atendimento prioritário, sobretudo com a finalidade de: reabilitação tem por objetivo o desenvolvimento de
I - proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; potencialidades, talentos, habilidades e aptidões físicas,
II - atendimento em todas as instituições e serviços de cognitivas, sensoriais, psicossociais, atitudinais, profissionais
atendimento ao público; e artísticas que contribuam para a conquista da autonomia da
III - disponibilização de recursos, tanto humanos quanto pessoa com deficiência e de sua participação social em
tecnológicos, que garantam atendimento em igualdade de igualdade de condições e oportunidades com as demais
condições com as demais pessoas; pessoas.
IV - disponibilização de pontos de parada, estações e
terminais acessíveis de transporte coletivo de passageiros e Art. 15. O processo mencionado no art. 14 desta Lei baseia-
garantia de segurança no embarque e no desembarque; se em avaliação multidisciplinar das necessidades, habilidades
V - acesso a informações e disponibilização de recursos de e potencialidades de cada pessoa, observadas as seguintes
comunicação acessíveis; diretrizes:

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I - diagnóstico e intervenção precoces; VI - respeito à especificidade, à identidade de gênero e à


II - adoção de medidas para compensar perda ou limitação orientação sexual da pessoa com deficiência;
funcional, buscando o desenvolvimento de aptidões; VII - atenção sexual e reprodutiva, incluindo o direito à
III - atuação permanente, integrada e articulada de fertilização assistida;
políticas públicas que possibilitem a plena participação social VIII - informação adequada e acessível à pessoa com
da pessoa com deficiência; deficiência e a seus familiares sobre sua condição de saúde;
IV - oferta de rede de serviços articulados, com atuação IX - serviços projetados para prevenir a ocorrência e o
intersetorial, nos diferentes níveis de complexidade, para desenvolvimento de deficiências e agravos adicionais;
atender às necessidades específicas da pessoa com deficiência; X - promoção de estratégias de capacitação permanente
V - prestação de serviços próximo ao domicílio da pessoa das equipes que atuam no SUS, em todos os níveis de atenção,
com deficiência, inclusive na zona rural, respeitadas a no atendimento à pessoa com deficiência, bem como
organização das Redes de Atenção à Saúde (RAS) nos orientação a seus atendentes pessoais;
territórios locais e as normas do Sistema Único de Saúde (SUS). XI - oferta de órteses, próteses, meios auxiliares de
locomoção, medicamentos, insumos e fórmulas nutricionais,
Art. 16. Nos programas e serviços de habilitação e de conforme as normas vigentes do Ministério da Saúde.
reabilitação para a pessoa com deficiência, são garantidos: § 5º As diretrizes deste artigo aplicam-se também às
I - organização, serviços, métodos, técnicas e recursos para instituições privadas que participem de forma complementar
atender às características de cada pessoa com deficiência; do SUS ou que recebam recursos públicos para sua
II - acessibilidade em todos os ambientes e serviços; manutenção.
III - tecnologia assistiva, tecnologia de reabilitação,
materiais e equipamentos adequados e apoio técnico Art. 19. Compete ao SUS desenvolver ações destinadas à
profissional, de acordo com as especificidades de cada pessoa prevenção de deficiências por causas evitáveis, inclusive por
com deficiência; meio de:
IV - capacitação continuada de todos os profissionais que I - acompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério,
participem dos programas e serviços. com garantia de parto humanizado e seguro;
II - promoção de práticas alimentares adequadas e
Art. 17. Os serviços do SUS e do Suas deverão promover saudáveis, vigilância alimentar e nutricional, prevenção e
ações articuladas para garantir à pessoa com deficiência e sua cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e
família a aquisição de informações, orientações e formas de nutrição da mulher e da criança;
acesso às políticas públicas disponíveis, com a finalidade de III - aprimoramento e expansão dos programas de
propiciar sua plena participação social. imunização e de triagem neonatal;
Parágrafo único. Os serviços de que trata o caput deste IV - identificação e controle da gestante de alto risco.
artigo podem fornecer informações e orientações nas áreas de
saúde, de educação, de cultura, de esporte, de lazer, de Art. 20. As operadoras de planos e seguros privados de
transporte, de previdência social, de assistência social, de saúde são obrigadas a garantir à pessoa com deficiência, no
habitação, de trabalho, de empreendedorismo, de acesso ao mínimo, todos os serviços e produtos ofertados aos demais
crédito, de promoção, proteção e defesa de direitos e nas clientes.
demais áreas que possibilitem à pessoa com deficiência
exercer sua cidadania. Art. 21. Quando esgotados os meios de atenção à saúde da
pessoa com deficiência no local de residência, será prestado
CAPÍTULO III atendimento fora de domicílio, para fins de diagnóstico e de
DO DIREITO À SAÚDE tratamento, garantidos o transporte e a acomodação da pessoa
com deficiência e de seu acompanhante.
Art. 18. É assegurada atenção integral à saúde da pessoa
com deficiência em todos os níveis de complexidade, por Art. 22. À pessoa com deficiência internada ou em
intermédio do SUS, garantido acesso universal e igualitário. observação é assegurado o direito a acompanhante ou a
§ 1º É assegurada a participação da pessoa com deficiência atendente pessoal, devendo o órgão ou a instituição de saúde
na elaboração das políticas de saúde a ela destinadas. proporcionar condições adequadas para sua permanência em
§ 2º É assegurado atendimento segundo normas éticas e tempo integral.
técnicas, que regulamentarão a atuação dos profissionais de § 1º Na impossibilidade de permanência do acompanhante
saúde e contemplarão aspectos relacionados aos direitos e às ou do atendente pessoal junto à pessoa com deficiência, cabe
especificidades da pessoa com deficiência, incluindo temas ao profissional de saúde responsável pelo tratamento justificá-
como sua dignidade e autonomia. la por escrito.
§ 3º Aos profissionais que prestam assistência à pessoa § 2º Na ocorrência da impossibilidade prevista no § 1º
com deficiência, especialmente em serviços de habilitação e de deste artigo, o órgão ou a instituição de saúde deve adotar as
reabilitação, deve ser garantida capacitação inicial e providências cabíveis para suprir a ausência do acompanhante
continuada. ou do atendente pessoal.
§ 4º As ações e os serviços de saúde pública destinados à
pessoa com deficiência devem assegurar: Art. 23. São vedadas todas as formas de discriminação
I - diagnóstico e intervenção precoces, realizados por contra a pessoa com deficiência, inclusive por meio de
equipe multidisciplinar; cobrança de valores diferenciados por planos e seguros
II - serviços de habilitação e de reabilitação sempre que privados de saúde, em razão de sua condição.
necessários, para qualquer tipo de deficiência, inclusive para a
manutenção da melhor condição de saúde e qualidade de vida; Art. 24. É assegurado à pessoa com deficiência o acesso aos
III - atendimento domiciliar multidisciplinar, tratamento serviços de saúde, tanto públicos como privados, e às
ambulatorial e internação; informações prestadas e recebidas, por meio de recursos de
IV - campanhas de vacinação; tecnologia assistiva e de todas as formas de comunicação
V - atendimento psicológico, inclusive para seus familiares previstas no inciso V do art. 3º desta Lei.
e atendentes pessoais;

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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 25. Os espaços dos serviços de saúde, tanto públicos IX - adoção de medidas de apoio que favoreçam o
quanto privados, devem assegurar o acesso da pessoa com desenvolvimento dos aspectos linguísticos, culturais,
deficiência, em conformidade com a legislação em vigor, vocacionais e profissionais, levando-se em conta o talento, a
mediante a remoção de barreiras, por meio de projetos criatividade, as habilidades e os interesses do estudante com
arquitetônico, de ambientação de interior e de comunicação deficiência;
que atendam às especificidades das pessoas com deficiência X - adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos
física, sensorial, intelectual e mental. programas de formação inicial e continuada de professores e
oferta de formação continuada para o atendimento
Art. 26. Os casos de suspeita ou de confirmação de educacional especializado;
violência praticada contra a pessoa com deficiência serão XI - formação e disponibilização de professores para o
objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde atendimento educacional especializado, de tradutores e
públicos e privados à autoridade policial e ao Ministério intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profissionais
Público, além dos Conselhos dos Direitos da Pessoa com de apoio;
Deficiência. XII - oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, considera-se de recursos de tecnologia assistiva, de forma a ampliar
violência contra a pessoa com deficiência qualquer ação ou habilidades funcionais dos estudantes, promovendo sua
omissão, praticada em local público ou privado, que lhe cause autonomia e participação;
morte ou dano ou sofrimento físico ou psicológico. XIII - acesso à educação superior e à educação profissional
e tecnológica em igualdade de oportunidades e condições com
CAPÍTULO IV as demais pessoas;
DO DIREITO À EDUCAÇÃO XIV - inclusão em conteúdos curriculares, em cursos de
nível superior e de educação profissional técnica e tecnológica,
Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com de temas relacionados à pessoa com deficiência nos
deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em respectivos campos de conhecimento;
todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma XV - acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de
a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus condições, a jogos e a atividades recreativas, esportivas e de
talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, lazer, no sistema escolar;
segundo suas características, interesses e necessidades de XVI - acessibilidade para todos os estudantes,
aprendizagem. trabalhadores da educação e demais integrantes da
Parágrafo único. É dever do Estado, da família, da comunidade escolar às edificações, aos ambientes e às
comunidade escolar e da sociedade assegurar educação de atividades concernentes a todas as modalidades, etapas e
qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de níveis de ensino;
toda forma de violência, negligência e discriminação. XVII - oferta de profissionais de apoio escolar;
XVIII - articulação intersetorial na implementação de
Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, políticas públicas.
desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar: § 1º Às instituições privadas, de qualquer nível e
I - sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidade de ensino, aplica-se obrigatoriamente o disposto
modalidades, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida; nos incisos I, II, III, V, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI,
II - aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a XVII e XVIII do caput deste artigo, sendo vedada a cobrança de
garantir condições de acesso, permanência, participação e valores adicionais de qualquer natureza em suas
aprendizagem, por meio da oferta de serviços e de recursos de mensalidades, anuidades e matrículas no cumprimento dessas
acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a determinações.
inclusão plena; § 2º Na disponibilização de tradutores e intérpretes da
III - projeto pedagógico que institucionalize o atendimento Libras a que se refere o inciso XI do caput deste artigo, deve-se
educacional especializado, assim como os demais serviços e observar o seguinte:
adaptações razoáveis, para atender às características dos I - os tradutores e intérpretes da Libras atuantes na
estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao educação básica devem, no mínimo, possuir ensino médio
currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista completo e certificado de proficiência na Libras;
e o exercício de sua autonomia; II - os tradutores e intérpretes da Libras, quando
IV - oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira direcionados à tarefa de interpretar nas salas de aula dos
língua e na modalidade escrita da língua portuguesa como cursos de graduação e pós-graduação, devem possuir nível
segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas superior, com habilitação, prioritariamente, em Tradução e
inclusivas; Interpretação em Libras.

V - adoção de medidas individualizadas e coletivas em Art. 29. (VETADO).


ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e
social dos estudantes com deficiência, favorecendo o acesso, a Art. 30. Nos processos seletivos para ingresso e
permanência, a participação e a aprendizagem em instituições permanência nos cursos oferecidos pelas instituições de
de ensino; ensino superior e de educação profissional e tecnológica,
VI - pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos públicas e privadas, devem ser adotadas as seguintes medidas:
métodos e técnicas pedagógicas, de materiais didáticos, de I - atendimento preferencial à pessoa com deficiência nas
equipamentos e de recursos de tecnologia assistiva; dependências das Instituições de Ensino Superior (IES) e nos
VII - planejamento de estudo de caso, de elaboração de serviços;
plano de atendimento educacional especializado, de II - disponibilização de formulário de inscrição de exames
organização de recursos e serviços de acessibilidade e de com campos específicos para que o candidato com deficiência
disponibilização e usabilidade pedagógica de recursos de informe os recursos de acessibilidade e de tecnologia assistiva
tecnologia assistiva; necessários para sua participação;
VIII - participação dos estudantes com deficiência e de suas III - disponibilização de provas em formatos acessíveis
famílias nas diversas instâncias de atuação da comunidade para atendimento às necessidades específicas do candidato
escolar; com deficiência;

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APOSTILAS OPÇÃO

IV - disponibilização de recursos de acessibilidade e de CAPÍTULO VI


tecnologia assistiva adequados, previamente solicitados e DO DIREITO AO TRABALHO
escolhidos pelo candidato com deficiência; Seção I
Disposições Gerais
V - dilação de tempo, conforme demanda apresentada pelo
candidato com deficiência, tanto na realização de exame para Art. 34. A pessoa com deficiência tem direito ao trabalho
seleção quanto nas atividades acadêmicas, mediante prévia de sua livre escolha e aceitação, em ambiente acessível e
solicitação e comprovação da necessidade; inclusivo, em igualdade de oportunidades com as demais
VI - adoção de critérios de avaliação das provas escritas, pessoas.
discursivas ou de redação que considerem a singularidade § 1º As pessoas jurídicas de direito público, privado ou de
linguística da pessoa com deficiência, no domínio da qualquer natureza são obrigadas a garantir ambientes de
modalidade escrita da língua portuguesa; trabalho acessíveis e inclusivos.
VII - tradução completa do edital e de suas retificações em § 2º A pessoa com deficiência tem direito, em igualdade de
Libras. oportunidades com as demais pessoas, a condições justas e
favoráveis de trabalho, incluindo igual remuneração por
CAPÍTULO V trabalho de igual valor.
DO DIREITO À MORADIA § 3º É vedada restrição ao trabalho da pessoa com
deficiência e qualquer discriminação em razão de sua
Art. 31. A pessoa com deficiência tem direito à moradia condição, inclusive nas etapas de recrutamento, seleção,
digna, no seio da família natural ou substituta, com seu cônjuge contratação, admissão, exames admissional e periódico,
ou companheiro ou desacompanhada, ou em moradia para a permanência no emprego, ascensão profissional e reabilitação
vida independente da pessoa com deficiência, ou, ainda, em profissional, bem como exigência de aptidão plena.
residência inclusiva.
§ 1º O poder público adotará programas e ações § 4º A pessoa com deficiência tem direito à participação e
estratégicas para apoiar a criação e a manutenção de moradia ao acesso a cursos, treinamentos, educação continuada, planos
para a vida independente da pessoa com deficiência. de carreira, promoções, bonificações e incentivos profissionais
§ 2º A proteção integral na modalidade de residência oferecidos pelo empregador, em igualdade de oportunidades
inclusiva será prestada no âmbito do Suas à pessoa com com os demais empregados.
deficiência em situação de dependência que não disponha de § 5º É garantida aos trabalhadores com deficiência
condições de autossustentabilidade, com vínculos familiares acessibilidade em cursos de formação e de capacitação.
fragilizados ou rompidos.
Art. 35. É finalidade primordial das políticas públicas de
Art. 32. Nos programas habitacionais, públicos ou trabalho e emprego promover e garantir condições de acesso
subsidiados com recursos públicos, a pessoa com deficiência e de permanência da pessoa com deficiência no campo de
ou o seu responsável goza de prioridade na aquisição de trabalho.
imóvel para moradia própria, observado o seguinte: Parágrafo único. Os programas de estímulo ao
I - reserva de, no mínimo, 3% (três por cento) das unidades empreendedorismo e ao trabalho autônomo, incluídos o
habitacionais para pessoa com deficiência; cooperativismo e o associativismo, devem prever a
II - (VETADO); participação da pessoa com deficiência e a disponibilização de
III - em caso de edificação multifamiliar, garantia de linhas de crédito, quando necessárias.
acessibilidade nas áreas de uso comum e nas unidades
habitacionais no piso térreo e de acessibilidade ou de Seção II
adaptação razoável nos demais pisos; Da Habilitação Profissional e Reabilitação
IV - disponibilização de equipamentos urbanos Profissional
comunitários acessíveis;
V - elaboração de especificações técnicas no projeto que Art. 36. O poder público deve implementar serviços e
permitam a instalação de elevadores. programas completos de habilitação profissional e de
§ 1º O direito à prioridade, previsto no caput deste artigo, reabilitação profissional para que a pessoa com deficiência
será reconhecido à pessoa com deficiência beneficiária apenas possa ingressar, continuar ou retornar ao campo do trabalho,
uma vez. respeitados sua livre escolha, sua vocação e seu interesse.
§ 2º Nos programas habitacionais públicos, os critérios de § 1º Equipe multidisciplinar indicará, com base em
financiamento devem ser compatíveis com os rendimentos da critérios previstos no § 1º do art. 2º desta Lei, programa de
pessoa com deficiência ou de sua família. habilitação ou de reabilitação que possibilite à pessoa com
§ 3º Caso não haja pessoa com deficiência interessada nas deficiência restaurar sua capacidade e habilidade profissional
unidades habitacionais reservadas por força do disposto no ou adquirir novas capacidades e habilidades de trabalho.
inciso I do caput deste artigo, as unidades não utilizadas serão § 2º A habilitação profissional corresponde ao processo
disponibilizadas às demais pessoas. destinado a propiciar à pessoa com deficiência aquisição de
conhecimentos, habilidades e aptidões para exercício de
Art. 33. Ao poder público compete: profissão ou de ocupação, permitindo nível suficiente de
I - adotar as providências necessárias para o cumprimento desenvolvimento profissional para ingresso no campo de
do disposto nos arts. 31 e 32 desta Lei; e trabalho.
II - divulgar, para os agentes interessados e beneficiários, a § 3º Os serviços de habilitação profissional, de reabilitação
política habitacional prevista nas legislações federal, profissional e de educação profissional devem ser dotados de
estaduais, distrital e municipais, com ênfase nos dispositivos recursos necessários para atender a toda pessoa com
sobre acessibilidade. deficiência, independentemente de sua característica
específica, a fim de que ela possa ser capacitada para trabalho
que lhe seja adequado e ter perspectivas de obtê-lo, de
conservá-lo e de nele progredir.

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§ 4º Os serviços de habilitação profissional, de reabilitação § 2º Os serviços socioassistenciais destinados à pessoa


profissional e de educação profissional deverão ser oferecidos com deficiência em situação de dependência deverão contar
em ambientes acessíveis e inclusivos. com cuidadores sociais para prestar-lhe cuidados básicos e
§ 5º A habilitação profissional e a reabilitação profissional instrumentais.
devem ocorrer articuladas com as redes públicas e privadas,
especialmente de saúde, de ensino e de assistência social, em Art. 40. É assegurado à pessoa com deficiência que não
todos os níveis e modalidades, em entidades de formação possua meios para prover sua subsistência nem de tê-la
profissional ou diretamente com o empregador. provida por sua família o benefício mensal de 1 (um) salário-
§ 6º A habilitação profissional pode ocorrer em empresas mínimo, nos termos da Lei no 8.742, de 7 de dezembro de
por meio de prévia formalização do contrato de emprego da 1993.
pessoa com deficiência, que será considerada para o
cumprimento da reserva de vagas prevista em lei, desde que CAPÍTULO VIII
por tempo determinado e concomitante com a inclusão DO DIREITO À PREVIDÊNCIA SOCIAL
profissional na empresa, observado o disposto em
regulamento. Art. 41. A pessoa com deficiência segurada do Regime Geral
§ 7º A habilitação profissional e a reabilitação profissional de Previdência Social (RGPS) tem direito à aposentadoria nos
atenderão à pessoa com deficiência. termos da Lei Complementar no 142, de 8 de maio de 2013.

Seção III CAPÍTULO IX


Da Inclusão da Pessoa com Deficiência no Trabalho DO DIREITO À CULTURA, AO ESPORTE, AO TURISMO E
AO LAZER
Art. 37. Constitui modo de inclusão da pessoa com
deficiência no trabalho a colocação competitiva, em igualdade Art. 42. A pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao
de oportunidades com as demais pessoas, nos termos da esporte, ao turismo e ao lazer em igualdade de oportunidades
legislação trabalhista e previdenciária, na qual devem ser com as demais pessoas, sendo-lhe garantido o acesso:
atendidas as regras de acessibilidade, o fornecimento de I - a bens culturais em formato acessível;
recursos de tecnologia assistiva e a adaptação razoável no II - a programas de televisão, cinema, teatro e outras
ambiente de trabalho. atividades culturais e desportivas em formato acessível; e
Parágrafo único. A colocação competitiva da pessoa com III - a monumentos e locais de importância cultural e a
deficiência pode ocorrer por meio de trabalho com apoio, espaços que ofereçam serviços ou eventos culturais e
observadas as seguintes diretrizes: esportivos.
I - prioridade no atendimento à pessoa com deficiência § 1º É vedada a recusa de oferta de obra intelectual em
com maior dificuldade de inserção no campo de trabalho; formato acessível à pessoa com deficiência, sob qualquer
II - provisão de suportes individualizados que atendam a argumento, inclusive sob a alegação de proteção dos direitos
necessidades específicas da pessoa com deficiência, inclusive de propriedade intelectual.
a disponibilização de recursos de tecnologia assistiva, de § 2º O poder público deve adotar soluções destinadas à
agente facilitador e de apoio no ambiente de trabalho; eliminação, à redução ou à superação de barreiras para a
III - respeito ao perfil vocacional e ao interesse da pessoa promoção do acesso a todo patrimônio cultural, observadas as
com deficiência apoiada; normas de acessibilidade, ambientais e de proteção do
IV - oferta de aconselhamento e de apoio aos patrimônio histórico e artístico nacional.
empregadores, com vistas à definição de estratégias de
inclusão e de superação de barreiras, inclusive atitudinais; Art. 43. O poder público deve promover a participação da
V - realização de avaliações periódicas; pessoa com deficiência em atividades artísticas, intelectuais,
VI - articulação intersetorial das políticas públicas; culturais, esportivas e recreativas, com vistas ao seu
VII - possibilidade de participação de organizações da protagonismo, devendo:
sociedade civil. I - incentivar a provisão de instrução, de treinamento e de
recursos adequados, em igualdade de oportunidades com as
Art. 38. A entidade contratada para a realização de demais pessoas;
processo seletivo público ou privado para cargo, função ou II - assegurar acessibilidade nos locais de eventos e nos
emprego está obrigada à observância do disposto nesta Lei e serviços prestados por pessoa ou entidade envolvida na
em outras normas de acessibilidade vigentes. organização das atividades de que trata este artigo; e
III - assegurar a participação da pessoa com deficiência em
CAPÍTULO VII jogos e atividades recreativas, esportivas, de lazer, culturais e
DO DIREITO À ASSISTÊNCIA SOCIAL artísticas, inclusive no sistema escolar, em igualdade de
condições com as demais pessoas.
Art. 39. Os serviços, os programas, os projetos e os
benefícios no âmbito da política pública de assistência social à Art. 44. Nos teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios
pessoa com deficiência e sua família têm como objetivo a de esporte, locais de espetáculos e de conferências e similares,
garantia da segurança de renda, da acolhida, da habilitação e serão reservados espaços livres e assentos para a pessoa com
da reabilitação, do desenvolvimento da autonomia e da deficiência, de acordo com a capacidade de lotação da
convivência familiar e comunitária, para a promoção do acesso edificação, observado o disposto em regulamento.
a direitos e da plena participação social. § 1º Os espaços e assentos a que se refere este artigo
§ 1º A assistência social à pessoa com deficiência, nos devem ser distribuídos pelo recinto em locais diversos, de boa
termos do caput deste artigo, deve envolver conjunto visibilidade, em todos os setores, próximos aos corredores,
articulado de serviços do âmbito da Proteção Social Básica e devidamente sinalizados, evitando-se áreas segregadas de
da Proteção Social Especial, ofertados pelo Suas, para a público e obstrução das saídas, em conformidade com as
garantia de seguranças fundamentais no enfrentamento de normas de acessibilidade.
situações de vulnerabilidade e de risco, por fragilização de § 2º No caso de não haver comprovada procura pelos
vínculos e ameaça ou violação de direitos. assentos reservados, esses podem, excepcionalmente, ser

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ocupados por pessoas sem deficiência ou que não tenham trânsito, que disciplinarão suas características e condições de
mobilidade reduzida, observado o disposto em regulamento. uso.
§ 3º Os espaços e assentos a que se refere este artigo § 3º A utilização indevida das vagas de que trata este artigo
devem situar-se em locais que garantam a acomodação de, no sujeita os infratores às sanções previstas no inciso XX do art.
mínimo, 1 (um) acompanhante da pessoa com deficiência ou 181 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de
com mobilidade reduzida, resguardado o direito de se Trânsito Brasileiro). (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
acomodar proximamente a grupo familiar e comunitário. 2016)
§ 4º Nos locais referidos no caput deste artigo, deve haver, § 4º A credencial a que se refere o § 2º deste artigo é
obrigatoriamente, rotas de fuga e saídas de emergência vinculada à pessoa com deficiência que possui
acessíveis, conforme padrões das normas de acessibilidade, a comprometimento de mobilidade e é válida em todo o
fim de permitir a saída segura da pessoa com deficiência ou território nacional.
com mobilidade reduzida, em caso de emergência.
§ 5º Todos os espaços das edificações previstas no caput Art. 48. Os veículos de transporte coletivo terrestre,
deste artigo devem atender às normas de acessibilidade em aquaviário e aéreo, as instalações, as estações, os portos e os
vigor. terminais em operação no País devem ser acessíveis, de forma
§ 6º As salas de cinema devem oferecer, em todas as a garantir o seu uso por todas as pessoas.
sessões, recursos de acessibilidade para a pessoa com § 1º Os veículos e as estruturas de que trata o caput deste
deficiência. artigo devem dispor de sistema de comunicação acessível que
§ 7º O valor do ingresso da pessoa com deficiência não disponibilize informações sobre todos os pontos do itinerário.
poderá ser superior ao valor cobrado das demais pessoas. § 2º São asseguradas à pessoa com deficiência prioridade
e segurança nos procedimentos de embarque e de
Art. 45. Os hotéis, pousadas e similares devem ser desembarque nos veículos de transporte coletivo, de acordo
construídos observando-se os princípios do desenho com as normas técnicas.
universal, além de adotar todos os meios de acessibilidade, § 3º Para colocação do símbolo internacional de acesso nos
conforme legislação em vigor. (Vigência) veículos, as empresas de transporte coletivo de passageiros
§ 1º Os estabelecimentos já existentes deverão dependem da certificação de acessibilidade emitida pelo
disponibilizar, pelo menos, 10% (dez por cento) de seus gestor público responsável pela prestação do serviço.
dormitórios acessíveis, garantida, no mínimo, 1 (uma) unidade
acessível. Art. 49. As empresas de transporte de fretamento e de
§ 2º Os dormitórios mencionados no § 1º deste artigo turismo, na renovação de suas frotas, são obrigadas ao
deverão ser localizados em rotas acessíveis. cumprimento do disposto nos arts. 46 e 48 desta Lei.

CAPÍTULO X Art. 50. O poder público incentivará a fabricação de


DO DIREITO AO TRANSPORTE E À MOBILIDADE veículos acessíveis e a sua utilização como táxis e vans, de
forma a garantir o seu uso por todas as pessoas.
Art. 46. O direito ao transporte e à mobilidade da pessoa
com deficiência ou com mobilidade reduzida será assegurado Art. 51. As frotas de empresas de táxi devem reservar 10%
em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, por (dez por cento) de seus veículos acessíveis à pessoa com
meio de identificação e de eliminação de todos os obstáculos e deficiência. (Vide Decreto nº 9.762, de 2019)
barreiras ao seu acesso. § 1º É proibida a cobrança diferenciada de tarifas ou de
§ 1º Para fins de acessibilidade aos serviços de transporte valores adicionais pelo serviço de táxi prestado à pessoa com
coletivo terrestre, aquaviário e aéreo, em todas as jurisdições, deficiência.
consideram-se como integrantes desses serviços os veículos, § 2º O poder público é autorizado a instituir incentivos
os terminais, as estações, os pontos de parada, o sistema viário fiscais com vistas a possibilitar a acessibilidade dos veículos a
e a prestação do serviço. que se refere o caput deste artigo.
§ 2º São sujeitas ao cumprimento das disposições desta
Lei, sempre que houver interação com a matéria nela regulada, Art. 52. As locadoras de veículos são obrigadas a oferecer
a outorga, a concessão, a permissão, a autorização, a renovação 1 (um) veículo adaptado para uso de pessoa com deficiência, a
ou a habilitação de linhas e de serviços de transporte coletivo. cada conjunto de 20 (vinte) veículos de sua frota. (Vide
§ 3º Para colocação do símbolo internacional de acesso nos Decreto nº 9.762, de 2019)
veículos, as empresas de transporte coletivo de passageiros Parágrafo único. O veículo adaptado deverá ter, no mínimo,
dependem da certificação de acessibilidade emitida pelo câmbio automático, direção hidráulica, vidros elétricos e
gestor público responsável pela prestação do serviço. comandos manuais de freio e de embreagem.

Art. 47. Em todas as áreas de estacionamento aberto ao TÍTULO III


público, de uso público ou privado de uso coletivo e em vias DA ACESSIBILIDADE
públicas, devem ser reservadas vagas próximas aos acessos de CAPÍTULO I
circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para DISPOSIÇÕES GERAIS
veículos que transportem pessoa com deficiência com
comprometimento de mobilidade, desde que devidamente Art. 53. A acessibilidade é direito que garante à pessoa com
identificados. deficiência ou com mobilidade reduzida viver de forma
§ 1º As vagas a que se refere o caput deste artigo devem independente e exercer seus direitos de cidadania e de
equivaler a 2% (dois por cento) do total, garantida, no mínimo, participação social.
1 (uma) vaga devidamente sinalizada e com as especificações
de desenho e traçado de acordo com as normas técnicas Art. 54. São sujeitas ao cumprimento das disposições desta
vigentes de acessibilidade. Lei e de outras normas relativas à acessibilidade, sempre que
§ 2º Os veículos estacionados nas vagas reservadas devem houver interação com a matéria nela regulada:
exibir, em local de ampla visibilidade, a credencial de I - a aprovação de projeto arquitetônico e urbanístico ou de
beneficiário, a ser confeccionada e fornecida pelos órgãos de comunicação e informação, a fabricação de veículos de
transporte coletivo, a prestação do respectivo serviço e a

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execução de qualquer tipo de obra, quando tenham destinação suas unidades internamente acessíveis, na forma
pública ou coletiva; regulamentar.
II - a outorga ou a renovação de concessão, permissão, § 2º É vedada a cobrança de valores adicionais para a
autorização ou habilitação de qualquer natureza; aquisição de unidades internamente acessíveis a que se refere
III - a aprovação de financiamento de projeto com o § 1º deste artigo.
utilização de recursos públicos, por meio de renúncia ou de
incentivo fiscal, contrato, convênio ou instrumento congênere; Art. 59. Em qualquer intervenção nas vias e nos espaços
e públicos, o poder público e as empresas concessionárias
IV - a concessão de aval da União para obtenção de responsáveis pela execução das obras e dos serviços devem
empréstimo e de financiamento internacionais por entes garantir, de forma segura, a fluidez do trânsito e a livre
públicos ou privados. circulação e acessibilidade das pessoas, durante e após sua
execução.
Art. 55. A concepção e a implantação de projetos que
tratem do meio físico, de transporte, de informação e Art. 60. Orientam-se, no que couber, pelas regras de
comunicação, inclusive de sistemas e tecnologias da acessibilidade previstas em legislação e em normas técnicas,
informação e comunicação, e de outros serviços, observado o disposto na Lei no 10.098, de 19 de dezembro de
equipamentos e instalações abertos ao público, de uso público 2000, no 10.257, de 10 de julho de 2001, e no 12.587, de 3 de
ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como na janeiro de 2012:
rural, devem atender aos princípios do desenho universal, I - os planos diretores municipais, os planos diretores de
tendo como referência as normas de acessibilidade. transporte e trânsito, os planos de mobilidade urbana e os
§ 1º O desenho universal será sempre tomado como regra planos de preservação de sítios históricos elaborados ou
de caráter geral. atualizados a partir da publicação desta Lei;
§ 2º Nas hipóteses em que comprovadamente o desenho II - os códigos de obras, os códigos de postura, as leis de
universal não possa ser empreendido, deve ser adotada uso e ocupação do solo e as leis do sistema viário;
adaptação razoável. III - os estudos prévios de impacto de vizinhança;
§ 3º Caberá ao poder público promover a inclusão de IV - as atividades de fiscalização e a imposição de sanções;
conteúdos temáticos referentes ao desenho universal nas e
diretrizes curriculares da educação profissional e tecnológica V - a legislação referente à prevenção contra incêndio e
e do ensino superior e na formação das carreiras de Estado. pânico.
§ 4º Os programas, os projetos e as linhas de pesquisa a § 1º A concessão e a renovação de alvará de funcionamento
serem desenvolvidos com o apoio de organismos públicos de para qualquer atividade são condicionadas à observação e à
auxílio à pesquisa e de agências de fomento deverão incluir certificação das regras de acessibilidade.
temas voltados para o desenho universal. § 2º A emissão de carta de habite-se ou de habilitação
§ 5º Desde a etapa de concepção, as políticas públicas equivalente e sua renovação, quando esta tiver sido emitida
deverão considerar a adoção do desenho universal. anteriormente às exigências de acessibilidade, é condicionada
à observação e à certificação das regras de acessibilidade.
Art. 56. A construção, a reforma, a ampliação ou a mudança
de uso de edificações abertas ao público, de uso público ou Art. 61. A formulação, a implementação e a manutenção
privadas de uso coletivo deverão ser executadas de modo a das ações de acessibilidade atenderão às seguintes premissas
serem acessíveis. básicas:
§ 1º As entidades de fiscalização profissional das I - eleição de prioridades, elaboração de cronograma e
atividades de Engenharia, de Arquitetura e correlatas, ao reserva de recursos para implementação das ações; e
anotarem a responsabilidade técnica de projetos, devem exigir II - planejamento contínuo e articulado entre os setores
a responsabilidade profissional declarada de atendimento às envolvidos.
regras de acessibilidade previstas em legislação e em normas
técnicas pertinentes. Art. 62. É assegurado à pessoa com deficiência, mediante
§ 2º Para a aprovação, o licenciamento ou a emissão de solicitação, o recebimento de contas, boletos, recibos, extratos
certificado de projeto executivo arquitetônico, urbanístico e de e cobranças de tributos em formato acessível.
instalações e equipamentos temporários ou permanentes e
para o licenciamento ou a emissão de certificado de conclusão CAPÍTULO II
de obra ou de serviço, deve ser atestado o atendimento às DO ACESSO À INFORMAÇÃO E À COMUNICAÇÃO
regras de acessibilidade.
§ 3º O poder público, após certificar a acessibilidade de Art. 63. É obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet
edificação ou de serviço, determinará a colocação, em espaços mantidos por empresas com sede ou representação comercial
ou em locais de ampla visibilidade, do símbolo internacional no País ou por órgãos de governo, para uso da pessoa com
de acesso, na forma prevista em legislação e em normas deficiência, garantindo-lhe acesso às informações disponíveis,
técnicas correlatas. conforme as melhores práticas e diretrizes de acessibilidade
adotadas internacionalmente.
Art. 57. As edificações públicas e privadas de uso coletivo § 1º Os sítios devem conter símbolo de acessibilidade em
já existentes devem garantir acessibilidade à pessoa com destaque.
deficiência em todas as suas dependências e serviços, tendo § 2º Telecentros comunitários que receberem recursos
como referência as normas de acessibilidade vigentes. públicos federais para seu custeio ou sua instalação e lan
houses devem possuir equipamentos e instalações acessíveis.
Art. 58. O projeto e a construção de edificação de uso § 3º Os telecentros e as lan houses de que trata o § 2º deste
privado multifamiliar devem atender aos preceitos de artigo devem garantir, no mínimo, 10% (dez por cento) de
acessibilidade, na forma regulamentar. seus computadores com recursos de acessibilidade para
§ 1º As construtoras e incorporadoras responsáveis pelo pessoa com deficiência visual, sendo assegurado pelo menos 1
projeto e pela construção das edificações a que se refere o (um) equipamento, quando o resultado percentual for inferior
caput deste artigo devem assegurar percentual mínimo de a 1 (um).

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Art. 64. A acessibilidade nos sítios da internet de que trata os recursos de tecnologia assistiva previstos no art. 67 desta
o art. 63 desta Lei deve ser observada para obtenção do Lei.
financiamento de que trata o inciso III do art. 54 desta Lei.
Art. 71. Os congressos, os seminários, as oficinas e os
Art. 65. As empresas prestadoras de serviços de demais eventos de natureza científico-cultural promovidos ou
telecomunicações deverão garantir pleno acesso à pessoa com financiados pelo poder público devem garantir as condições de
deficiência, conforme regulamentação específica. acessibilidade e os recursos de tecnologia assistiva.

Art. 66. Cabe ao poder público incentivar a oferta de Art. 72. Os programas, as linhas de pesquisa e os projetos a
aparelhos de telefonia fixa e móvel celular com acessibilidade serem desenvolvidos com o apoio de agências de
que, entre outras tecnologias assistivas, possuam financiamento e de órgãos e entidades integrantes da
possibilidade de indicação e de ampliação sonoras de todas as administração pública que atuem no auxílio à pesquisa devem
operações e funções disponíveis. contemplar temas voltados à tecnologia assistiva.

Art. 67. Os serviços de radiodifusão de sons e imagens Art. 73. Caberá ao poder público, diretamente ou em
devem permitir o uso dos seguintes recursos, entre outros: parceria com organizações da sociedade civil, promover a
I - subtitulação por meio de legenda oculta; capacitação de tradutores e intérpretes da Libras, de guias
II - janela com intérprete da Libras; intérpretes e de profissionais habilitados em Braille,
III - audiodescrição. audiodescrição, estenotipia e legendagem.

Art. 68. O poder público deve adotar mecanismos de CAPÍTULO III


incentivo à produção, à edição, à difusão, à distribuição e à DA TECNOLOGIA ASSISTIVA
comercialização de livros em formatos acessíveis, inclusive em
publicações da administração pública ou financiadas com Art. 74. É garantido à pessoa com deficiência acesso a
recursos públicos, com vistas a garantir à pessoa com produtos, recursos, estratégias, práticas, processos, métodos e
deficiência o direito de acesso à leitura, à informação e à serviços de tecnologia assistiva que maximizem sua
comunicação. autonomia, mobilidade pessoal e qualidade de vida.
§ 1º Nos editais de compras de livros, inclusive para o
abastecimento ou a atualização de acervos de bibliotecas em Art. 75. O poder público desenvolverá plano específico de
todos os níveis e modalidades de educação e de bibliotecas medidas, a ser renovado em cada período de 4 (quatro) anos,
públicas, o poder público deverá adotar cláusulas de com a finalidade de:
impedimento à participação de editoras que não ofertem sua I - facilitar o acesso a crédito especializado, inclusive com
produção também em formatos acessíveis. oferta de linhas de crédito subsidiadas, específicas para
§ 2º Consideram-se formatos acessíveis os arquivos aquisição de tecnologia assistiva;
digitais que possam ser reconhecidos e acessados por II - agilizar, simplificar e priorizar procedimentos de
softwares leitores de telas ou outras tecnologias assistivas que importação de tecnologia assistiva, especialmente as questões
vierem a substituí-los, permitindo leitura com voz sintetizada, atinentes a procedimentos alfandegários e sanitários;
ampliação de caracteres, diferentes contrastes e impressão em III - criar mecanismos de fomento à pesquisa e à produção
Braille. nacional de tecnologia assistiva, inclusive por meio de
§ 3º O poder público deve estimular e apoiar a adaptação e concessão de linhas de crédito subsidiado e de parcerias com
a produção de artigos científicos em formato acessível, institutos de pesquisa oficiais;
inclusive em Libras. IV - eliminar ou reduzir a tributação da cadeia produtiva e
de importação de tecnologia assistiva;
Art. 69. O poder público deve assegurar a disponibilidade V - facilitar e agilizar o processo de inclusão de novos
de informações corretas e claras sobre os diferentes produtos recursos de tecnologia assistiva no rol de produtos
e serviços ofertados, por quaisquer meios de comunicação distribuídos no âmbito do SUS e por outros órgãos
empregados, inclusive em ambiente virtual, contendo a governamentais.
especificação correta de quantidade, qualidade, Parágrafo único. Para fazer cumprir o disposto neste
características, composição e preço, bem como sobre os artigo, os procedimentos constantes do plano específico de
eventuais riscos à saúde e à segurança do consumidor com medidas deverão ser avaliados, pelo menos, a cada 2 (dois)
deficiência, em caso de sua utilização, aplicando-se, no que anos.
couber, os arts. 30 a 41 da Lei no 8.078, de 11 de setembro de
1990. CAPÍTULO IV
§ 1º Os canais de comercialização virtual e os anúncios DO DIREITO À PARTICIPAÇÃO NA VIDA PÚBLICA E
publicitários veiculados na imprensa escrita, na internet, no POLÍTICA
rádio, na televisão e nos demais veículos de comunicação
abertos ou por assinatura devem disponibilizar, conforme a Art. 76. O poder público deve garantir à pessoa com
compatibilidade do meio, os recursos de acessibilidade de que deficiência todos os direitos políticos e a oportunidade de
trata o art. 67 desta Lei, a expensas do fornecedor do produto exercê-los em igualdade de condições com as demais pessoas.
ou do serviço, sem prejuízo da observância do disposto nos § 1º À pessoa com deficiência será assegurado o direito de
arts. 36 a 38 da Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990. votar e de ser votada, inclusive por meio das seguintes ações:
§ 2º Os fornecedores devem disponibilizar, mediante I - garantia de que os procedimentos, as instalações, os
solicitação, exemplares de bulas, prospectos, textos ou materiais e os equipamentos para votação sejam apropriados,
qualquer outro tipo de material de divulgação em formato acessíveis a todas as pessoas e de fácil compreensão e uso,
acessível. sendo vedada a instalação de seções eleitorais exclusivas para
a pessoa com deficiência;
Art. 70. As instituições promotoras de congressos, II - incentivo à pessoa com deficiência a candidatar-se e a
seminários, oficinas e demais eventos de natureza científico- desempenhar quaisquer funções públicas em todos os níveis
cultural devem oferecer à pessoa com deficiência, no mínimo, de governo, inclusive por meio do uso de novas tecnologias
assistivas, quando apropriado;

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III - garantia de que os pronunciamentos oficiais, a § 1º A fim de garantir a atuação da pessoa com deficiência
propaganda eleitoral obrigatória e os debates transmitidos em todo o processo judicial, o poder público deve capacitar os
pelas emissoras de televisão possuam, pelo menos, os recursos membros e os servidores que atuam no Poder Judiciário, no
elencados no art. 67 desta Lei; Ministério Público, na Defensoria Pública, nos órgãos de
IV - garantia do livre exercício do direito ao voto e, para segurança pública e no sistema penitenciário quanto aos
tanto, sempre que necessário e a seu pedido, permissão para direitos da pessoa com deficiência.
que a pessoa com deficiência seja auxiliada na votação por § 2º Devem ser assegurados à pessoa com deficiência
pessoa de sua escolha. submetida a medida restritiva de liberdade todos os direitos e
§ 2º O poder público promoverá a participação da pessoa garantias a que fazem jus os apenados sem deficiência,
com deficiência, inclusive quando institucionalizada, na garantida a acessibilidade.
condução das questões públicas, sem discriminação e em § 3º A Defensoria Pública e o Ministério Público tomarão
igualdade de oportunidades, observado o seguinte: as medidas necessárias à garantia dos direitos previstos nesta
I - participação em organizações não governamentais Lei.
relacionadas à vida pública e à política do País e em atividades
e administração de partidos políticos; Art. 80. Devem ser oferecidos todos os recursos de
II - formação de organizações para representar a pessoa tecnologia assistiva disponíveis para que a pessoa com
com deficiência em todos os níveis; deficiência tenha garantido o acesso à justiça, sempre que
III - participação da pessoa com deficiência em figure em um dos polos da ação ou atue como testemunha,
organizações que a representem. partícipe da lide posta em juízo, advogado, defensor público,
magistrado ou membro do Ministério Público.
TÍTULO IV Parágrafo único. A pessoa com deficiência tem garantido o
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA acesso ao conteúdo de todos os atos processuais de seu
interesse, inclusive no exercício da advocacia.
Art. 77. O poder público deve fomentar o desenvolvimento
científico, a pesquisa e a inovação e a capacitação tecnológicas, Art. 81. Os direitos da pessoa com deficiência serão
voltados à melhoria da qualidade de vida e ao trabalho da garantidos por ocasião da aplicação de sanções penais.
pessoa com deficiência e sua inclusão social.
§ 1º O fomento pelo poder público deve priorizar a geração Art. 82. (VETADO).
de conhecimentos e técnicas que visem à prevenção e ao
tratamento de deficiências e ao desenvolvimento de Art. 83. Os serviços notariais e de registro não podem
tecnologias assistiva e social. negar ou criar óbices ou condições diferenciadas à prestação
§ 2º A acessibilidade e as tecnologias assistiva e social de seus serviços em razão de deficiência do solicitante,
devem ser fomentadas mediante a criação de cursos de pós- devendo reconhecer sua capacidade legal plena, garantida a
graduação, a formação de recursos humanos e a inclusão do acessibilidade.
tema nas diretrizes de áreas do conhecimento. Parágrafo único. O descumprimento do disposto no caput
§ 3º Deve ser fomentada a capacitação tecnológica de deste artigo constitui discriminação em razão de deficiência.
instituições públicas e privadas para o desenvolvimento de
tecnologias assistiva e social que sejam voltadas para melhoria CAPÍTULO II
da funcionalidade e da participação social da pessoa com DO RECONHECIMENTO IGUAL PERANTE A LEI
deficiência.
§ 4º As medidas previstas neste artigo devem ser Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito
reavaliadas periodicamente pelo poder público, com vistas ao ao exercício de sua capacidade legal em igualdade de
seu aperfeiçoamento. condições com as demais pessoas.
§ 1º Quando necessário, a pessoa com deficiência será
Art. 78. Devem ser estimulados a pesquisa, o submetida à curatela, conforme a lei.
desenvolvimento, a inovação e a difusão de tecnologias § 2º É facultado à pessoa com deficiência a adoção de
voltadas para ampliar o acesso da pessoa com deficiência às processo de tomada de decisão apoiada.
tecnologias da informação e comunicação e às tecnologias § 3º A definição de curatela de pessoa com deficiência
sociais. constitui medida protetiva extraordinária, proporcional às
Parágrafo único. Serão estimulados, em especial: necessidades e às circunstâncias de cada caso, e durará o
I - o emprego de tecnologias da informação e comunicação menor tempo possível.
como instrumento de superação de limitações funcionais e de § 4º Os curadores são obrigados a prestar, anualmente,
barreiras à comunicação, à informação, à educação e ao contas de sua administração ao juiz, apresentando o balanço
entretenimento da pessoa com deficiência; do respectivo ano.
II - a adoção de soluções e a difusão de normas que visem
a ampliar a acessibilidade da pessoa com deficiência à Art. 85. A curatela afetará tão somente os atos relacionados
computação e aos sítios da internet, em especial aos serviços aos direitos de natureza patrimonial e negocial.
de governo eletrônico. § 1º A definição da curatela não alcança o direito ao
próprio corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à
LIVRO II educação, à saúde, ao trabalho e ao voto.
PARTE ESPECIAL § 2º A curatela constitui medida extraordinária, devendo
TÍTULO I constar da sentença as razões e motivações de sua definição,
DO ACESSO À JUSTIÇA preservados os interesses do curatelado.
CAPÍTULO I § 3º No caso de pessoa em situação de institucionalização,
DISPOSIÇÕES GERAIS ao nomear curador, o juiz deve dar preferência a pessoa que
tenha vínculo de natureza familiar, afetiva ou comunitária com
Art. 79. O poder público deve assegurar o acesso da pessoa o curatelado.
com deficiência à justiça, em igualdade de oportunidades com
as demais pessoas, garantindo, sempre que requeridos, Art. 86. Para emissão de documentos oficiais, não será
adaptações e recursos de tecnologia assistiva. exigida a situação de curatela da pessoa com deficiência.

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Art. 87. Em casos de relevância e urgência e a fim de § 1º O Cadastro-Inclusão será administrado pelo Poder
proteger os interesses da pessoa com deficiência em situação Executivo federal e constituído por base de dados,
de curatela, será lícito ao juiz, ouvido o Ministério Público, de instrumentos, procedimentos e sistemas eletrônicos.
oficio ou a requerimento do interessado, nomear, desde logo, § 2º Os dados constituintes do Cadastro-Inclusão serão
curador provisório, o qual estará sujeito, no que couber, às obtidos pela integração dos sistemas de informação e da base
disposições do Código de Processo Civil. de dados de todas as políticas públicas relacionadas aos
direitos da pessoa com deficiência, bem como por informações
TÍTULO II coletadas, inclusive em censos nacionais e nas demais
DOS CRIMES E DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS pesquisas realizadas no País, de acordo com os parâmetros
estabelecidos pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas
Art. 88. Praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa com Deficiência e seu Protocolo Facultativo.
em razão de sua deficiência: § 3º Para coleta, transmissão e sistematização de dados, é
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. facultada a celebração de convênios, acordos, termos de
§ 1º Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se a vítima parceria ou contratos com instituições públicas e privadas,
encontrar-se sob cuidado e responsabilidade do agente. observados os requisitos e procedimentos previstos em
§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput deste artigo legislação específica.
é cometido por intermédio de meios de comunicação social ou § 4º Para assegurar a confidencialidade, a privacidade e as
de publicação de qualquer natureza: liberdades fundamentais da pessoa com deficiência e os
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. princípios éticos que regem a utilização de informações,
devem ser observadas as salvaguardas estabelecidas em lei.
§ 3º Na hipótese do § 2º deste artigo, o juiz poderá § 5º Os dados do Cadastro-Inclusão somente poderão ser
determinar, ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, utilizados para as seguintes finalidades:
ainda antes do inquérito policial, sob pena de desobediência: I - formulação, gestão, monitoramento e avaliação das
I - recolhimento ou busca e apreensão dos exemplares do políticas públicas para a pessoa com deficiência e para
material discriminatório; identificar as barreiras que impedem a realização de seus
II - interdição das respectivas mensagens ou páginas de direitos;
informação na internet. II - realização de estudos e pesquisas.
§ 4º Na hipótese do § 2º deste artigo, constitui efeito da § 6º As informações a que se refere este artigo devem ser
condenação, após o trânsito em julgado da decisão, a disseminadas em formatos acessíveis.
destruição do material apreendido.
Art. 93. Na realização de inspeções e de auditorias pelos
Art. 89. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, órgãos de controle interno e externo, deve ser observado o
pensão, benefícios, remuneração ou qualquer outro cumprimento da legislação relativa à pessoa com deficiência e
rendimento de pessoa com deficiência: das normas de acessibilidade vigentes.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se Art. 94. Terá direito a auxílio-inclusão, nos termos da lei, a
o crime é cometido: pessoa com deficiência moderada ou grave que:
I - por tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante,
testamenteiro ou depositário judicial; ou I - receba o benefício de prestação continuada previsto no
II - por aquele que se apropriou em razão de ofício ou de art. 20 da Lei no 8.742, de 7 de dezembro de 1993, e que passe
profissão. a exercer atividade remunerada que a enquadre como
segurado obrigatório do RGPS;
Art. 90. Abandonar pessoa com deficiência em hospitais, II - tenha recebido, nos últimos 5 (cinco) anos, o benefício
casas de saúde, entidades de abrigamento ou congêneres: de prestação continuada previsto no art. 20 da Lei no 8.742, de
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa. 7 de dezembro de 1993, e que exerça atividade remunerada
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem não prover que a enquadre como segurado obrigatório do RGPS.
as necessidades básicas de pessoa com deficiência quando
obrigado por lei ou mandado. Art. 95. É vedado exigir o comparecimento de pessoa com
deficiência perante os órgãos públicos quando seu
Art. 91. Reter ou utilizar cartão magnético, qualquer meio deslocamento, em razão de sua limitação funcional e de
eletrônico ou documento de pessoa com deficiência condições de acessibilidade, imponha-lhe ônus
destinados ao recebimento de benefícios, proventos, pensões desproporcional e indevido, hipótese na qual serão
ou remuneração ou à realização de operações financeiras, com observados os seguintes procedimentos:
o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem: I - quando for de interesse do poder público, o agente
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. promoverá o contato necessário com a pessoa com deficiência
Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se em sua residência;
o crime é cometido por tutor ou curador. II - quando for de interesse da pessoa com deficiência, ela
apresentará solicitação de atendimento domiciliar ou fará
TÍTULO III representar-se por procurador constituído para essa
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS finalidade.
Parágrafo único. É assegurado à pessoa com deficiência
Art. 92. É criado o Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa atendimento domiciliar pela perícia médica e social do
com Deficiência (Cadastro-Inclusão), registro público Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), pelo serviço
eletrônico com a finalidade de coletar, processar, sistematizar público de saúde ou pelo serviço privado de saúde, contratado
e disseminar informações georreferenciadas que permitam a ou conveniado, que integre o SUS e pelas entidades da rede
identificação e a caracterização socioeconômica da pessoa com socioassistencial integrantes do Suas, quando seu
deficiência, bem como das barreiras que impedem a realização deslocamento, em razão de sua limitação funcional e de
de seus direitos. condições de acessibilidade, imponha-lhe ônus
desproporcional e indevido.

Legislação 157
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APOSTILAS OPÇÃO

Art. 96. O § 6º-A do art. 135 da Lei no 4.737, de 15 de julho § 2º A pena pela adoção deliberada de critérios subjetivos
de 1965 (Código Eleitoral), passa a vigorar com a seguinte para indeferimento de inscrição, de aprovação e de
redação: cumprimento de estágio probatório em concursos públicos
“Art. 135. ... não exclui a responsabilidade patrimonial pessoal do
... administrador público pelos danos causados.
§ 6º-A. Os Tribunais Regionais Eleitorais deverão, a cada § 3º Incorre nas mesmas penas quem impede ou dificulta
eleição, expedir instruções aos Juízes Eleitorais para orientá- o ingresso de pessoa com deficiência em planos privados de
los na escolha dos locais de votação, de maneira a garantir assistência à saúde, inclusive com cobrança de valores
acessibilidade para o eleitor com deficiência ou com diferenciados.
mobilidade reduzida, inclusive em seu entorno e nos sistemas § 4º Se o crime for praticado em atendimento de urgência
de transporte que lhe dão acesso. e emergência, a pena é agravada em 1/3 (um terço).”

Art. 97. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Art. 99. O art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990,
aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar acrescido do seguinte inciso XVIII:
passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 20. ...
“Art. 428. ... XVIII - quando o trabalhador com deficiência, por
... prescrição, necessite adquirir órtese ou prótese para
§ 6º Para os fins do contrato de aprendizagem, a promoção de acessibilidade e de inclusão social.
comprovação da escolaridade de aprendiz com deficiência
deve considerar, sobretudo, as habilidades e competências Art. 100. A Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990
relacionadas com a profissionalização. (Código de Defesa do Consumidor), passa a vigorar com as
... seguintes alterações:
§ 8º Para o aprendiz com deficiência com 18 (dezoito) anos “Art. 6º ...
ou mais, a validade do contrato de aprendizagem pressupõe ...
anotação na CTPS e matrícula e frequência em programa de Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III do
aprendizagem desenvolvido sob orientação de entidade caput deste artigo deve ser acessível à pessoa com deficiência,
qualificada em formação técnico-profissional metódica.” (NR) observado o disposto em regulamento.”
“Art. 433. ... “Art. 43. ...
... ...
I - desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz, § 6º Todas as informações de que trata o caput deste artigo
salvo para o aprendiz com deficiência quando desprovido de devem ser disponibilizadas em formatos acessíveis, inclusive
recursos de acessibilidade, de tecnologias assistivas e de apoio para a pessoa com deficiência, mediante solicitação do
necessário ao desempenho de suas atividades; consumidor.” (NR)

Art. 98. A Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, passa a Art. 101. A Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a
vigorar com as seguintes alterações: vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 3º As medidas judiciais destinadas à proteção de “Art. 16. ...
interesses coletivos, difusos, individuais homogêneos e I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não
individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um)
ser propostas pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental
pela União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo Distrito ou deficiência grave;
Federal, por associação constituída há mais de 1 (um) ano, nos ...
termos da lei civil, por autarquia, por empresa pública e por III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor
fundação ou sociedade de economia mista que inclua, entre de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência
suas finalidades institucionais, a proteção dos interesses e a intelectual ou mental ou deficiência grave;
promoção de direitos da pessoa com deficiência.
“Art. 77. ...
“Art. 8º Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a ...
5 (cinco) anos e multa: § 2º ...
I - recusar, cobrar valores adicionais, suspender, II - para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de
procrastinar, cancelar ou fazer cessar inscrição de aluno em ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 (vinte e
estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público um) anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência
ou privado, em razão de sua deficiência; intelectual ou mental ou deficiência grave;
II - obstar inscrição em concurso público ou acesso de ...
alguém a qualquer cargo ou emprego público, em razão de sua § 4º (VETADO).
deficiência;
III - negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à “Art. 93. (VETADO):
pessoa em razão de sua deficiência; I - (VETADO);
IV - recusar, retardar ou dificultar internação ou deixar de II - (VETADO);
prestar assistência médico-hospitalar e ambulatorial à pessoa III - (VETADO);
com deficiência; IV - (VETADO);
V - deixar de cumprir, retardar ou frustrar execução de V - (VETADO).
ordem judicial expedida na ação civil a que alude esta Lei; § 1º A dispensa de pessoa com deficiência ou de
VI - recusar, retardar ou omitir dados técnicos beneficiário reabilitado da Previdência Social ao final de
indispensáveis à propositura da ação civil pública objeto desta contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias
Lei, quando requisitados. e a dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado
§ 1º Se o crime for praticado contra pessoa com deficiência somente poderão ocorrer após a contratação de outro
menor de 18 (dezoito) anos, a pena é agravada em 1/3 (um trabalhador com deficiência ou beneficiário reabilitado da
terço). Previdência Social.

Legislação 158
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 2º Ao Ministério do Trabalho e Emprego incumbe ...§ 2º Para efeito de concessão do benefício de prestação
estabelecer a sistemática de fiscalização, bem como gerar continuada, considera-se pessoa com deficiência aquela que
dados e estatísticas sobre o total de empregados e as vagas tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental,
preenchidas por pessoas com deficiência e por beneficiários intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais
reabilitados da Previdência Social, fornecendo-os, quando barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na
solicitados, aos sindicatos, às entidades representativas dos sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
empregados ou aos cidadãos interessados. ...
§ 3º Para a reserva de cargos será considerada somente a § 9º Os rendimentos decorrentes de estágio
contratação direta de pessoa com deficiência, excluído o supervisionado e de aprendizagem não serão computados
aprendiz com deficiência de que trata a Consolidação das Leis para os fins de cálculo da renda familiar per capita a que se
do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1º refere o § 3º deste artigo.
de maio de 1943. ...
§ 4º (VETADO).” § 11. Para concessão do benefício de que trata o caput
“Art. 110-A. No ato de requerimento de benefícios deste artigo, poderão ser utilizados outros elementos
operacionalizados pelo INSS, não será exigida apresentação de probatórios da condição de miserabilidade do grupo familiar e
termo de curatela de titular ou de beneficiário com deficiência, da situação de vulnerabilidade, conforme regulamento.”
observados os procedimentos a serem estabelecidos em
regulamento.” Art. 106. (VETADO).

Art. 102. O art. 2º da Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de Art. 107. A Lei no 9.029, de 13 de abril de 1995, passa a
1991, passa a vigorar acrescido do seguinte § 3º: vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 2º ... “Art. 1º É proibida a adoção de qualquer prática
... discriminatória e limitativa para efeito de acesso à relação de
§ 3º Os incentivos criados por esta Lei somente serão trabalho, ou de sua manutenção, por motivo de sexo, origem,
concedidos a projetos culturais que forem disponibilizados, raça, cor, estado civil, situação familiar, deficiência,
sempre que tecnicamente possível, também em formato reabilitação profissional, idade, entre outros, ressalvadas,
acessível à pessoa com deficiência, observado o disposto em nesse caso, as hipóteses de proteção à criança e ao adolescente
regulamento.” previstas no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição Federal.”
“Art. 3º Sem prejuízo do prescrito no art. 2º desta Lei e nos
Art. 103. O art. 11 da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, dispositivos legais que tipificam os crimes resultantes de
passa a vigorar acrescido do seguinte inciso IX: preconceito de etnia, raça, cor ou deficiência, as infrações ao
“Art. 11. ... disposto nesta Lei são passíveis das seguintes cominações:
... ...
IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de “Art. 4º ...
acessibilidade previstos na legislação.” I - a reintegração com ressarcimento integral de todo o
período de afastamento, mediante pagamento das
Art. 104. A Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, passa a remunerações devidas, corrigidas monetariamente e
vigorar com as seguintes alterações: acrescidas de juros legais;
“Art. 3º ...
... Art. 108. O art. 35 da Lei no 9.250, de 26 de dezembro de
§ 2º ... 1995, passa a vigorar acrescido do seguinte § 5º:
... “Art. 35. ...
V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem ...
cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa § 5º Sem prejuízo do disposto no inciso IX do parágrafo
com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que único do art. 3º da Lei no 10.741, de 1º de outubro de 2003, a
atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação. pessoa com deficiência, ou o contribuinte que tenha
... dependente nessa condição, tem preferência na restituição
§ 5º Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida referida no inciso III do art. 4º e na alínea “c” do inciso II do art.
margem de preferência para: 8º.” (NR)
I - produtos manufaturados e para serviços nacionais que
atendam a normas técnicas brasileiras; e Art. 109. A Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997
II - bens e serviços produzidos ou prestados por empresas (Código de Trânsito Brasileiro), passa a vigorar com as
que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista seguintes alterações:
em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da “Art. 2º ...
Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são
previstas na legislação. consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação
pública, as vias internas pertencentes aos condomínios
“Art. 66-A. As empresas enquadradas no inciso V do § 2º e constituídos por unidades autônomas e as vias e áreas de
no inciso II do § 5º do art. 3º desta Lei deverão cumprir, estacionamento de estabelecimentos privados de uso
durante todo o período de execução do contrato, a reserva de coletivo.” (NR)
cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para “Art. 86-A. As vagas de estacionamento regulamentado de
reabilitado da Previdência Social, bem como as regras de que trata o inciso XVII do art. 181 desta Lei deverão ser
acessibilidade previstas na legislação. sinalizadas com as respectivas placas indicativas de
Parágrafo único. Cabe à administração fiscalizar o destinação e com placas informando os dados sobre a infração
cumprimento dos requisitos de acessibilidade nos serviços e por estacionamento indevido.”
nos ambientes de trabalho.” “Art. 147-A. Ao candidato com deficiência auditiva é
assegurada acessibilidade de comunicação, mediante emprego
Art. 105. O art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de de tecnologias assistivas ou de ajudas técnicas em todas as
1993, passa a vigorar com as seguintes alterações: etapas do processo de habilitação.
“Art. 20. ...

Legislação 159
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APOSTILAS OPÇÃO

§ 1º O material didático audiovisual utilizado em aulas informações por intermédio de sistemas de comunicação e de
teóricas dos cursos que precedem os exames previstos no art. tecnologia da informação;
147 desta Lei deve ser acessível, por meio de subtitulação com III - pessoa com deficiência: aquela que tem impedimento
legenda oculta associada à tradução simultânea em Libras. de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou
§ 2º É assegurado também ao candidato com deficiência sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras,
auditiva requerer, no ato de sua inscrição, os serviços de pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em
intérprete da Libras, para acompanhamento em aulas práticas igualdade de condições com as demais pessoas;
e teóricas.” IV - pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha,
“Art. 154. (VETADO).” por qualquer motivo, dificuldade de movimentação,
“Art. 181. ... permanente ou temporária, gerando redução efetiva da
... mobilidade, da flexibilidade, da coordenação motora ou da
XVII - ... percepção, incluindo idoso, gestante, lactante, pessoa com
Infração - grave; criança de colo e obeso;

Art. 110. O inciso VI e o § 1º do art. 56 da Lei nº 9.615, de V - acompanhante: aquele que acompanha a pessoa com
24 de março de 1998, passam a vigorar com a seguinte deficiência, podendo ou não desempenhar as funções de
redação: atendente pessoal;
“Art. 56. ... VI - elemento de urbanização: quaisquer componentes de
... obras de urbanização, tais como os referentes a pavimentação,
VI - 2,7% (dois inteiros e sete décimos por cento) da saneamento, encanamento para esgotos, distribuição de
arrecadação bruta dos concursos de prognósticos e loterias energia elétrica e de gás, iluminação pública, serviços de
federais e similares cuja realização estiver sujeita a comunicação, abastecimento e distribuição de água,
autorização federal, deduzindo-se esse valor do montante paisagismo e os que materializam as indicações do
destinado aos prêmios; planejamento urbanístico;
... VII - mobiliário urbano: conjunto de objetos existentes nas
§ 1º Do total de recursos financeiros resultantes do vias e nos espaços públicos, superpostos ou adicionados aos
percentual de que trata o inciso VI do caput, 62,96% (sessenta elementos de urbanização ou de edificação, de forma que sua
e dois inteiros e noventa e seis centésimos por cento) serão modificação ou seu traslado não provoque alterações
destinados ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e 37,04% substanciais nesses elementos, tais como semáforos, postes de
(trinta e sete inteiros e quatro centésimos por cento) ao sinalização e similares, terminais e pontos de acesso coletivo
Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), devendo ser observado, às telecomunicações, fontes de água, lixeiras, toldos,
em ambos os casos, o conjunto de normas aplicáveis à marquises, bancos, quiosques e quaisquer outros de natureza
celebração de convênios pela União. análoga;
VIII - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos,
Art. 111. O art. 1º da Lei no 10.048, de 8 de novembro de equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias,
2000, passa a vigorar com a seguinte redação: estratégias, práticas e serviços que objetivem promover a
“Art. 1º As pessoas com deficiência, os idosos com idade funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da
igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à
lactantes, as pessoas com crianças de colo e os obesos terão sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão
atendimento prioritário, nos termos desta Lei.” (NR) social;
IX - comunicação: forma de interação dos cidadãos que
Art. 112. A Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000, abrange, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua
passa a vigorar com as seguintes alterações: Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille,
“Art. 2º ... o sistema de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres
I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para ampliados, os dispositivos multimídia, assim como a
utilização, com segurança e autonomia, de espaços, linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os
mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos
informação e comunicação, inclusive seus sistemas e aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as
tecnologias, bem como de outros serviços e instalações tecnologias da informação e das comunicações;
abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, X - desenho universal: concepção de produtos, ambientes,
tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com programas e serviços a serem usados por todas as pessoas,
deficiência ou com mobilidade reduzida; sem necessidade de adaptação ou de projeto específico,
II - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou incluindo os recursos de tecnologia assistiva.”
comportamento que limite ou impeça a participação social da “Art. 3º O planejamento e a urbanização das vias públicas,
pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus dos parques e dos demais espaços de uso público deverão ser
direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de concebidos e executados de forma a torná-los acessíveis para
expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à todas as pessoas, inclusive para aquelas com deficiência ou
compreensão, à circulação com segurança, entre outros, com mobilidade reduzida.
classificadas em: Parágrafo único. O passeio público, elemento obrigatório
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos de urbanização e parte da via pública, normalmente segregado
espaços públicos e privados abertos ao público ou de uso e em nível diferente, destina-se somente à circulação de
coletivo; pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário
b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios urbano e de vegetação.”
públicos e privados; “Art. 9º ...
c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e Parágrafo único. Os semáforos para pedestres instalados
meios de transportes; em vias públicas de grande circulação, ou que deem acesso aos
d) barreiras nas comunicações e na informação: qualquer serviços de reabilitação, devem obrigatoriamente estar
entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou equipados com mecanismo que emita sinal sonoro suave para
impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de orientação do pedestre.”

Legislação 160
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APOSTILAS OPÇÃO

“Art. 10-A. A instalação de qualquer mobiliário urbano em I - (Revogado);


área de circulação comum para pedestre que ofereça risco de ...
acidente à pessoa com deficiência deverá ser indicada “Art. 1.550. ...
mediante sinalização tátil de alerta no piso, de acordo com as ...
normas técnicas pertinentes.” § 1º ...
“Art. 12-A. Os centros comerciais e os estabelecimentos § 2º A pessoa com deficiência mental ou intelectual em
congêneres devem fornecer carros e cadeiras de rodas, idade núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua
motorizados ou não, para o atendimento da pessoa com vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou
deficiência ou com mobilidade reduzida.” curador.” (NR)
“Art. 1.557. ...
Art. 113. A Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto ...
da Cidade), passa a vigorar com as seguintes alterações: III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico
“Art. 3º ... irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia
... grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de
III - promover, por iniciativa própria e em conjunto com os pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência;
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, programas de IV - (Revogado).”
construção de moradias e melhoria das condições “Art. 1.767. ...
habitacionais, de saneamento básico, das calçadas, dos I - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não
passeios públicos, do mobiliário urbano e dos demais espaços puderem exprimir sua vontade;
de uso público; II - (Revogado);
IV - instituir diretrizes para desenvolvimento urbano, III - os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
inclusive habitação, saneamento básico, transporte e IV - (Revogado);
mobilidade urbana, que incluam regras de acessibilidade aos
locais de uso público; “Art. 1.768. O processo que define os termos da curatela
deve ser promovido:
“Art. 41. ... ...
... IV - pela própria pessoa.”
§ 3º As cidades de que trata o caput deste artigo devem “Art. 1.769. O Ministério Público somente promoverá o
elaborar plano de rotas acessíveis, compatível com o plano processo que define os termos da curatela:
diretor no qual está inserido, que disponha sobre os passeios I - nos casos de deficiência mental ou intelectual;
públicos a serem implantados ou reformados pelo poder ...
público, com vistas a garantir acessibilidade da pessoa com III - se, existindo, forem menores ou incapazes as pessoas
deficiência ou com mobilidade reduzida a todas as rotas e vias mencionadas no inciso II.”
existentes, inclusive as que concentrem os focos geradores de “Art. 1.771. Antes de se pronunciar acerca dos termos da
maior circulação de pedestres, como os órgãos públicos e os curatela, o juiz, que deverá ser assistido por equipe
locais de prestação de serviços públicos e privados de saúde, multidisciplinar, entrevistará pessoalmente o interditando.”
educação, assistência social, esporte, cultura, correios e “Art. 1.772. O juiz determinará, segundo as potencialidades
telégrafos, bancos, entre outros, sempre que possível de da pessoa, os limites da curatela, circunscritos às restrições
maneira integrada com os sistemas de transporte coletivo de constantes do art. 1.782, e indicará curador.
passageiros.” (NR) Parágrafo único. Para a escolha do curador, o juiz levará em
conta a vontade e as preferências do interditando, a ausência
Art. 114. A Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código de conflito de interesses e de influência indevida, a
Civil), passa a vigorar com as seguintes alterações: proporcionalidade e a adequação às circunstâncias da pessoa.”
“Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer
pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 “Art. 1.775-A. Na nomeação de curador para a pessoa com
(dezesseis) anos. deficiência, o juiz poderá estabelecer curatela compartilhada a
I - (Revogado); mais de uma pessoa.”
II - (Revogado);
III - (Revogado).” “Art. 1.777. As pessoas referidas no inciso I do art. 1.767
“Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à receberão todo o apoio necessário para ter preservado o
maneira de os exercer: direito à convivência familiar e comunitária, sendo evitado o
... seu recolhimento em estabelecimento que os afaste desse
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; convívio.”
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não
puderem exprimir sua vontade; Art. 115. O Título IV do Livro IV da Parte Especial da Lei no
... 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), passa a vigorar
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada com a seguinte redação:
por legislação especial.”
“Art. 228. ... “TÍTULO IV
... Da Tutela, da Curatela e da Tomada de Decisão
II - (Revogado); Apoiada”
III - (Revogado);
... Art. 116. O Título IV do Livro IV da Parte Especial da Lei no
§ 1º ... 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), passa a vigorar
§ 2º A pessoa com deficiência poderá testemunhar em acrescido do seguinte Capítulo III:
igualdade de condições com as demais pessoas, sendo-lhe
assegurados todos os recursos de tecnologia assistiva.”
“Art. 1.518. Até a celebração do casamento podem os pais
ou tutores revogar a autorização.”
“Art. 1.548. ...

Legislação 161
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APOSTILAS OPÇÃO

“CAPÍTULO III ...


Da Tomada de Decisão Apoiada IV - ...
...
Art. 1.783-A. A tomada de decisão apoiada é o processo k) de acessibilidade a todas as pessoas.
pelo qual a pessoa com deficiência elege pelo menos 2 (duas)
pessoas idôneas, com as quais mantenha vínculos e que gozem Art. 119. A Lei no 12.587, de 3 de janeiro de 2012, passa a
de sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão vigorar acrescida do seguinte art. 12-B:
sobre atos da vida civil, fornecendo-lhes os elementos e “Art. 12-B. Na outorga de exploração de serviço de táxi,
informações necessários para que possa exercer sua reservar-se-ão 10% (dez por cento) das vagas para condutores
capacidade. com deficiência.
§ 1º Para formular pedido de tomada de decisão apoiada, a § 1º Para concorrer às vagas reservadas na forma do caput
pessoa com deficiência e os apoiadores devem apresentar deste artigo, o condutor com deficiência deverá observar os
termo em que constem os limites do apoio a ser oferecido e os seguintes requisitos quanto ao veículo utilizado:
compromissos dos apoiadores, inclusive o prazo de vigência I - ser de sua propriedade e por ele conduzido; e
do acordo e o respeito à vontade, aos direitos e aos interesses II - estar adaptado às suas necessidades, nos termos da
da pessoa que devem apoiar. legislação vigente.
§ 2º O pedido de tomada de decisão apoiada será requerido § 2º No caso de não preenchimento das vagas na forma
pela pessoa a ser apoiada, com indicação expressa das pessoas estabelecida no caput deste artigo, as remanescentes devem
aptas a prestarem o apoio previsto no caput deste artigo. ser disponibilizadas para os demais concorrentes.”
§ 3º Antes de se pronunciar sobre o pedido de tomada de
decisão apoiada, o juiz, assistido por equipe multidisciplinar, Art. 120. Cabe aos órgãos competentes, em cada esfera de
após oitiva do Ministério Público, ouvirá pessoalmente o governo, a elaboração de relatórios circunstanciados sobre o
requerente e as pessoas que lhe prestarão apoio. cumprimento dos prazos estabelecidos por força das Leis no
§ 4º A decisão tomada por pessoa apoiada terá validade e 10.048, de 8 de novembro de 2000, e no 10.098, de 19 de
efeitos sobre terceiros, sem restrições, desde que esteja dezembro de 2000, bem como o seu encaminhamento ao
inserida nos limites do apoio acordado. Ministério Público e aos órgãos de regulação para adoção das
§ 5º Terceiro com quem a pessoa apoiada mantenha providências cabíveis.
relação negocial pode solicitar que os apoiadores contra Parágrafo único. Os relatórios a que se refere o caput deste
assinem o contrato ou acordo, especificando, por escrito, sua artigo deverão ser apresentados no prazo de 1 (um) ano a
função em relação ao apoiado. contar da entrada em vigor desta Lei.
§ 6º Em caso de negócio jurídico que possa trazer risco ou
prejuízo relevante, havendo divergência de opiniões entre a Art. 121. Os direitos, os prazos e as obrigações previstos
pessoa apoiada e um dos apoiadores, deverá o juiz, ouvido o nesta Lei não excluem os já estabelecidos em outras
Ministério Público, decidir sobre a questão. legislações, inclusive em pactos, tratados, convenções e
§ 7º Se o apoiador agir com negligência, exercer pressão declarações internacionais aprovados e promulgados pelo
indevida ou não adimplir as obrigações assumidas, poderá a Congresso Nacional, e devem ser aplicados em conformidade
pessoa apoiada ou qualquer pessoa apresentar denúncia ao com as demais normas internas e acordos internacionais
Ministério Público ou ao juiz. vinculantes sobre a matéria.
§ 8º Se procedente a denúncia, o juiz destituirá o apoiador Parágrafo único. Prevalecerá a norma mais benéfica à
e nomeará, ouvida a pessoa apoiada e se for de seu interesse, pessoa com deficiência.
outra pessoa para prestação de apoio.
§ 9º A pessoa apoiada pode, a qualquer tempo, solicitar o Art. 122. Regulamento disporá sobre a adequação do
término de acordo firmado em processo de tomada de decisão disposto nesta Lei ao tratamento diferenciado, simplificado e
apoiada. favorecido a ser dispensado às microempresas e às empresas
§ 10. O apoiador pode solicitar ao juiz a exclusão de sua de pequeno porte, previsto no § 3º do art. 1º da Lei
participação do processo de tomada de decisão apoiada, sendo Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006.
seu desligamento condicionado à manifestação do juiz sobre a
matéria. Art. 123. Revogam-se os seguintes dispositivos:
§ 11. Aplicam-se à tomada de decisão apoiada, no que I - o inciso II do § 2º do art. 1º da Lei no 9.008, de 21 de
couber, as disposições referentes à prestação de contas na março de 1995;
curatela.” II - os incisos I, II e III do art. 3º da Lei no 10.406, de 10 de
janeiro de 2002 (Código Civil);
Art. 117. O art. 1º da Lei no 11.126, de 27 de junho de 2005, III - os incisos II e III do art. 228 da Lei no 10.406, de 10 de
passa a vigorar com a seguinte redação: janeiro de 2002 (Código Civil);
“Art. 1º É assegurado à pessoa com deficiência visual IV - o inciso I do art. 1.548 da Lei no 10.406, de 10 de
acompanhada de cão-guia o direito de ingressar e de janeiro de 2002 (Código Civil);
permanecer com o animal em todos os meios de transporte e V - o inciso IV do art. 1.557 da Lei no 10.406, de 10 de
em estabelecimentos abertos ao público, de uso público e janeiro de 2002 (Código Civil);
privados de uso coletivo, desde que observadas as condições VI - os incisos II e IV do art. 1.767 da Lei no 10.406, de 10
impostas por esta Lei. de janeiro de 2002 (Código Civil);
... VII - os arts. 1.776 e 1.780 da Lei no 10.406, de 10 de
§ 2º O disposto no caput deste artigo aplica-se a todas as janeiro de 2002 (Código Civil).
modalidades e jurisdições do serviço de transporte coletivo de
passageiros, inclusive em esfera internacional com origem no Art. 124. O § 1º do art. 2º desta Lei deverá entrar em vigor
território brasileiro.” (NR) em até 2 (dois) anos, contados da entrada em vigor desta Lei.

Art. 118. O inciso IV do art. 46 da Lei no 11.904, de 14 de Art. 125. Devem ser observados os prazos a seguir
janeiro de 2009, passa a vigorar acrescido da seguinte alínea discriminados, a partir da entrada em vigor desta Lei, para o
“k”: cumprimento dos seguintes dispositivos:
“Art. 46. ...

Legislação 162
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APOSTILAS OPÇÃO

I - incisos I e II do § 2º do art. 28, 48 (quarenta e oito) gestão negocial, que poderão ser realizados com a adoção de
meses; processo de tomada de decisão apoiada.
II - § 6º do art. 44, 48 (quarenta e oito) meses; (C) A declaração de incapacidade absoluta da pessoa com
III - art. 45, 24 (vinte e quatro) meses; deficiência está condicionada à prévia avaliação por equipe
IV - art. 49, 48 (quarenta e oito) meses. multiprofissional e interdisciplinar.
(D) Para emissão de documentos oficiais, não será exigida
Art. 126. Prorroga-se até 31 de dezembro de 2021 a a situação de curatela da pessoa com deficiência.
vigência da Lei no 8.989, de 24 de fevereiro de 1995. (E) O Estatuto instituiu em favor da pessoa com deficiência
o benefício da meia entrada em espetáculos artístico-culturais
Art. 127. Esta Lei entra em vigor após decorridos 180 e esportivos.
(cento e oitenta) dias de sua publicação oficial.
04. (Prefeitura de Nova Ponte/MG - Advogado - IBGP)
Brasília, 6 de julho de 2015; 194º da Independência e A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência
127º da República. (Estatuto da Pessoa com Deficiência) busca assegurar e a
DILMA ROUSSEFF promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos
e das liberdades fundamentais para pessoa com deficiência,
Questões visando à sua inclusão social e cidadania.
Nos termos da Lei em referência, assinale a alternativa
01. (Prefeitura de Natal/RN - Advogado- IDECAN) De INCORRETA.
acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, as ações e os (A) Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de
serviços de saúde pública destinados à pessoa com deficiência oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma
devem assegurar: espécie de discriminação.
(A) Atenção sexual e reprodutiva, incluindo o direito à (B) É dever de todos comunicar à autoridade competente
fertilização assistida. qualquer forma de ameaça ou de violação aos direitos da
(B) Atendimento psicológico, inclusive para seus pessoa com deficiência.
familiares, sendo vedado aos atendentes pessoais. (C) A deficiência afeta a plena capacidade civil da pessoa,
(C) Promoção de estratégias de capacitação permanente limitando o exercício do direito à família e à convivência
das equipes que atuam no SUS, em todos os níveis de atenção, familiar e comunitária.
no atendimento à pessoa com deficiência, vedada a orientação (D) A pessoa com deficiência tem direito a receber
a seus atendentes pessoais. atendimento prioritário, sobretudo com a finalidade de
(D) Serviços de habilitação e de reabilitação sempre que atendimento em todas as instituições e serviços de
necessários, para qualquer tipo de deficiência, exclusivamente, atendimento ao público.
quando houver possibilidade de recuperação da capacidade
produtiva, sendo vedada apenas para a manutenção da melhor 05. (MPE/RJ - Analista do Ministério Público - FGV)
condição de saúde e qualidade de vida. Promotoria de Tutela Coletiva especializada na Proteção à
Pessoa com Deficiência instaurou inquérito civil público para
02. (Prefeitura de Fortaleza/CE - Psicologia) De acordo apurar eventual desatendimento das disposições do Estatuto
com a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 - Estatuto da Pessoa da Pessoa com Deficiência, no que se refere ao direito ao
com Deficiência, quanto ao Direito ao Trabalho é correto transporte e à mobilidade da pessoa com deficiência ou com
afirmar. mobilidade reduzida. Identificada irregularidade cometida
(A) A pessoa com deficiência tem direito, em igualdade de pelo investigado, com base na Lei nº 13.146/2015, o Promotor
oportunidades com as demais pessoas, às condições justas e expediu recomendação:
favoráveis de trabalho, exceto quanto à igual remuneração por (A) à sociedade empresária que opera frota de táxi para
trabalho de igual valor. reservar 50% (cinquenta por cento) de seus veículos
(B) As pessoas jurídicas de direito público são obrigadas a acessíveis à pessoa com deficiência, que terá prioridade sobre
garantir ambientes de trabalho acessíveis e inclusivos e as de os demais passageiros nas filas para embarque nos táxis;
direito privado ficam com a responsabilidade exclusiva de (B) à locadora de veículos para oferecer pelo menos 1 (um)
manter ações de promoção valorativa as pessoas com veículo adaptado para uso de pessoa com deficiência,
deficiência. independentemente da quantidade total de veículos que
(C) É garantida aos trabalhadores com deficiência que compõem sua frota;
demonstrem bom desempenho cognitivo e de aprendizagem a (C) à concessionária de serviço público de transporte
acessibilidade em cursos de formação e de capacitação. coletivo municipal de passageiros para que assegure à pessoa
(D) É vedada restrição ao trabalho da pessoa com com deficiência prioridade e segurança nos procedimentos de
deficiência e qualquer discriminação em razão de sua embarque e de desembarque, de acordo com as normas
condição, inclusive nas etapas de recrutamento, seleção, técnicas;
contratação, admissão, exames admissional e periódico, (D) ao shopping center, para garantir ao menos 10 (dez)
permanência no emprego, ascensão profissional e reabilitação vagas no estacionamento, independentemente de sua
profissional, bem como exigência de aptidão plena. capacidade total, próximas aos acessos de circulação de
pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que
03. (Prefeitura de Campinas/SP - Procurador - FCC) transportem pessoa com deficiência;
Acerca das inovações introduzidas pela Lei Brasileira de (E) ao Prefeito Municipal, para reservar ao menos 2 (duas)
Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com vagas em cada via pública que ofereça estacionamento ao
Deficiência, Lei n°13.146, de 06 de julho de 2015), é correto público, independentemente do total de vagas na rua, para
afirmar: pessoa com deficiência ou com comprometimento de
(A) O pedido de tomada de decisão apoiada será formulado mobilidade, desde que devidamente identificada.
por pelo menos dois apoiadores idôneos, devendo constar os
limites do apoio a ser oferecido e o prazo de vigência do Gabarito
acordo. 01.A / 02.D / 03.D / 04.C / 05.C
(B) A interdição da pessoa com deficiência não mais afeta
os atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e de

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Anotações

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APOSTILAS OPÇÃO

- Não fazer refeições, beber ou fumar próximo a documentos


e livros, pois pode criar-se ambiente atrativo para insetos, além
do risco de manchas e queimaduras, muitas vezes irreversíveis.
- Manter um livro de protocolo para controle do recebimento
e entrega de documentos.
- O atendimento ao público deverá ser uma prioridade.

Atribuições dos funcionários: Secretário Escolar e os


Auxiliares de Secretaria
1. Conhecimentos sobre as Sendo peça chave da administração escolar, o secretário
atividades de Secretaria de escolar e auxiliares de secretaria colaboram com a
Escola administração da Unidade Escolar. Assim, suas principais
atribuições seriam:
I – Contribuir para o pleno funcionamento da secretaria da
Unidade Escolar;
ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA SECRETARIA II - Zelar pela guarda e sigilo dos documentos escolares;
ESCOLAR1 III - Manter em dia a escrituração, arquivos, fichários,
correspondência escolar e o resultado das avaliações dos
Secretaria Escolar alunos;
IV - Manter atualizados o arquivo de Legislação e os
A Secretaria Escolar tem a seu cargo a execução do plano documentos da escola, inclusive dos ex alunos;
letivo e de funcionamento da atividade escolar, bem como a V - Compatibilizar os Históricos Escolares recebidos por
gestão e atualização do processo administrativo-pedagógico transferência(Adaptação);
individual dos alunos. Assegura, neste âmbito, o atendimento VI - Manter as Estatísticas e levantamentos da Unidade
e o esclarecimento dos alunos em matérias da área Escolar atualizado.
administrativo-pedagógica, tais como as relativas a
classificações, avaliações, transição de ano curricular e As atividades da Secretaria envolvem:
justificação de faltas, entre outras. A Recepção assegura, em - Preparação, redação e expedição de correspondências
geral e em primeira instância, o atendimento e o administrativas, tais como: ofícios, requerimentos, circulares,
esclarecimento dos alunos sobre todos os assuntos de caráter relatórios, Memorandos, entre outros.
administrativo e escolar que lhes digam respeito, ou promove - Classifica e guarda documentação escolar:
o seu encaminhamento para outros serviços quando a correspondências, dossiês dos alunos etc.
natureza das questões postas, por estar fora do seu âmbito de - Efetivar escrituração escolar em fichas individuais, Atas e
competências, assim o determine. Organiza e mantém os Livros de Registros.
processos individuais dos alunos.
Para as Unidades Escolares existe a possibilidade dos
Organização e funcionamento registros serem digitados no computador em programas
A escola é uma organização que essencialmente lida com próprios e arquivados no disco rígido, CD, DVD ou em
pessoas. Sua peculiaridade está em ser a primeira instituição disquetes. Caso haja esta possibilidade, não esquecer de todos
que os cidadãos, ainda crianças, conhecem depois da família. os requisitos de segurança que registros dessa natureza
Mais ainda, uma instituição que, em complemento às famílias, exigem.
tem a missão de educar. A experiência na escola pode Levando-se em conta as atribuições de produção e guarda
desenvolver ou não os sentimentos de confiança e satisfação da documentação e, de atendimento a todos os componentes
de pertencer à sociedade e de exercer a cidadania. da comunidade escolar, inclusive da comunidade externa, a
Escolas funcionam mais ou menos organizadas e capazes secretaria da Unidade Escolar precisa localizar-se em lugar de
de atender às necessidades de suas comunidades interna e fácil acesso. É recomendável que seja um local agradável e de
externa, dependendo, em boa medida, de seus secretários fácil circulação interna, que também facilite o trabalho da
escolares e auxiliares de secretaria. Como um administrador, equipe, que precisa oferecer pronto atendimento ao público
o secretário escolar e auxiliares de secretaria devem estar que comparece ao local, com um mínimo de prejuízo sobre as
capacitados para: suas outras funções. A secretaria é um excelente local para se
- Organizar racionalmente o trabalho; manter um jornal mural, que funcione como um pré-
- Aproveitar os talentos e motivações da equipe; atendimento aos usuários e divulgue informações e notícias de
- Simplificar processos e métodos de trabalho; interesse, assim como um local de passagem dos professores e
- Aproximar-se de seu público antecipando as suas funcionários para receber informações e notificar sua
necessidades; presença ou ausência da escola.
- Trabalhar com eficácia, reduzindo os desperdícios.
Arquivamento Escolar
Local de trabalho – espaço adequado Com o crescimento e evolução da escrita e da vida social, o
A secretaria deve ter uma organização espacial que atenda ser humano passou a compreender melhor o valor da
às suas atribuições, onde destacamos: informação e, por conseguinte, o valor dos documentos. A
- Gerir a documentação escolar com racionalidade; partir daí, começou-se a agrupar documentos sistematizando
- Manter mobiliário limpo e com uma organização racional; em diferentes formas de acordo com as necessidades de suas
- Local do arquivo deve arejado, seco e limpo, atividades cotidianas. Neste momento surgem os arquivos,
periodicamente. que tinham como papel principal a guarda e conservação de
documentos cuja importância era fundamental para a
sociedade como um todo.

1 Texto adaptado e disponível em:


https://inspecaoescolarrj.files.wordpress.com/2011/05/i_jornda_administrativa_
mc3b3dulo-iii_2009.pdf

Conhecimentos Específicos 1
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APOSTILAS OPÇÃO

Tanto na grande como na pequena instituição, o êxito está


diretamente vinculado ao conhecimento de dados e
informações que não podem ficar ao sabor da memória das
pessoas que nelas desenvolvam suas atividades.
Todas as instituições necessitam conservar sua respectiva
documentação, em muitos casos até por exigência legal, de
modo a possibilitar o uso em qualquer momento em que for
preciso. Não seria diferente para as instituições de ensino,
onde os arquivos escolares motivam profundas preocupações
relativas à salvaguarda e preservação dos seus documentos,
que constituem instrumentos fundamentais para o
funcionamento da escola.
Por tal razão, cada vez mais, se aprimoram os sistemas de
informações e as maneiras de agilizar a sua utilização.
As informações, traduzidas na forma de documentos,
contendo uma variadíssima gama de registros, representam
um indispensável recurso de trabalho.
A guarda ou a retenção de tais documentos, catalogados Tais documentos em virtude de sua atualidade e utilização
por critérios individuais, em qualquer lugar e de forma frequente serão conservados no arquivo ativo, que será
assistemática não é a solução desejada nem recomendável. É montado com os recursos materiais convencionais, podendo
claro então que precisam ser guardados em locais seguros e de ficar disposto em fichários metálicos ou similar, o que
forma acessível e organizada. permitirá a utilização de pastas reunindo toda a documentação
O arquivo deixa de ser, em virtude disso, escolha do de um aluno, constituindo a pasta individual (dossiê do aluno).
indivíduo ou sofisticação administrativa para se tornar
requisito indispensável ao bom funcionamento das
instituições.
Os arquivos escolares constituem o repositório das fontes
de informação diretamente relacionadas com o
funcionamento das instituições educativas, daí a importância
do arquivo estruturado de um modo científico.
Não existe qualquer organização escolar que possa
dispensar a montagem de um arquivo, onde a documentação
seja localizada de forma racional.
b) Arquivo inativo, morto ou permanente destina-se a
I – Conceitos de Arquivo
abrigar os documentos dos alunos que frequentaram e
concluíram, ou por qualquer motivo, interromperam as
a) Palavra de origem latina (archivum), que no sentido
atividades escolares da instituição de ensino.
antigo, identifica o lugar de guarda de documentos e outros
títulos.
b) É a acumulação ordenada dos documentos, em sua
maioria textuais, criados por uma instituição ou pessoa, no
curso de sua atividade, e preservados para a consecução de
seus objetivos, visando a utilidade que poderão oferecer no
futuro.
c) conjunto, rigorosamente organizado, de documentos e
informações que comprovem, sem equívocos, a identidade e os
fatos relativos à escolaridade de cada aluno e do conjunto de
alunos da instituição escolar e evidenciam, ao mesmo tempo,
os aspectos de organização e ação da escola referentes ao
processo de educação e ensino vivenciado pelos alunos, ao
longo do todo o período de funcionamento da instituição
(arquivo escolar).
II – Classificação dos Arquivos

a) Arquivo de movimento, vivo ou ativo é aquele utilizado


para os documentos dos alunos que estejam matriculados O arquivo inativo mais simplificado é aquele estruturado,
regularmente no ano letivo corrente e está sujeito a constantes montado e catalogado, tendo como referência de indexação o
atualizações pelo recebimento de novos documentos. método alfabético, que será abordado posteriormente.
Consiste na reunião de todos os documentos de uma
determinada pessoa, num conjunto, formando um dossiê, que
será arquivado em caixas-arquivo na ordem alfabética pelo
nome da pessoa.
Ao final de cada ano letivo, a pasta dos alunos que
interromperam a matrícula, por qualquer razão, será
deslocada do arquivo ativo para o arquivo inativo.
O método alfabético representa a menor estrutura em
termos de organização. A principal vantagem do método
reside no fato de ser organizado de forma que, com pequenas
adaptações possa, paulatinamente, evoluir para a montagem
de sistemas mais complexos, que ofereçam maiores facilidades

Conhecimentos Específicos 2
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e rapidez na recuperação dos documentos de determinado b) Descentralização: este sistema utilizado na fase inativa
aluno. dos arquivos facilita o fluxo das informações, a imediata
Acontecendo o reingresso de um aluno, a pasta com os constatação das mesmas e reúne os documentos por área de
documentos do aluno que está no arquivo inativo, deverá atuação (seções).
integrar, logo após a formalização da matrícula, o acervo do
arquivo ativo. Para que os sistemas descentralizados atinjam seus
objetivos com rapidez, segurança e eficiência são
imprescindíveis uma Coordenação que deverá ser realizada
pelo secretário escolar, o qual exercerá funções orientadoras e
controladoras. A coordenação terá por atribuições:
estabelecer e fazer cumprir normas gerais de trabalho, de
forma a determinar normas específicas de operação, a fim de
atender às peculiaridades de cada arquivo; promover a
organização ou reorganização dos arquivos, quando
necessário; treinar e orientar pessoal destinado a trabalhar
diretamente com os arquivos; promover reuniões periódicas
com os funcionários que manuseiam os arquivos.

O método de arquivamento é determinado pela natureza dos


III – Administração do Arquivo documentos a serem arquivados e pela estrutura da instituição
de ensino.
A organização de arquivos, como de qualquer outro setor
de uma instituição, pressupõe o desenvolvimento de várias Para que os trabalhos tenham continuidade e mantenham
etapas de trabalho. Estas fases se constituem em: uniformidade de ação é imprescindível que sejam
estabelecidas normas básicas de funcionamento, não somente
- Levantamento de Dados. do arquivo, como também do protocolo. Tais normas, depois
O levantamento deve ter início pela análise dos estatutos, de aplicadas e aprovadas na fase da implantação, irão,
regimentos, normas e demais documentos constitutivos da juntamente com modelos e formulários, integrar o manual de
instituição responsável pelo arquivo a ser complementado arquivo.
pela coleta de informações sobre documentação. É preciso Para que todos os objetivos sejam atingidos, torna-se
analisar o gênero dos documentos; as espécies de documentos necessário a capacitação dos funcionários nas técnicas
mais frequentes; os modelos e formulários em uso; volume e utilizadas para o arquivamento da instituição de ensino,
estado de conservação do acervo; arranjo e classificação dos realizada pela mesma.
documentos; existência de registros e protocolos; controle de De igual importância para o bom desempenho das
empréstimo de documentos; processos adotados para atividades de arquivo é a escolha do local adequado, quer pelas
conservação e reprodução de documentos; existência de condições físicas que apresente (iluminação, limpeza, índice
normas de arquivo, manuais, códigos de classificação etc. de umidade, temperatura), quer pela extensão de sua área,
capaz de conter o acervo e permitir ampliações futuras. Da
- Análise dos dados coletados mesma forma, a escolha apropriada do equipamento deverá
Consiste em verificar se a estrutura, atividades e merecer a atenção daqueles que estão envolvidos com a
documentação de uma instituição correspondem à sua organização dos arquivos. Considera-se equipamento o
realidade operacional. O diagnóstico seria, portanto, uma conjunto de materiais de consumo e permanente,
constatação dos pontos de atrito, de falhas ou lacunas indispensáveis à implementação e manutenção do arquivo.
existentes na realização do trabalho administrativo, enfim, das
razões que impedem o funcionamento eficiente do arquivo. - Implantação e acompanhamento
Após a implantação do arquivo, deve ser feito um
- Planejamento acompanhamento constante e atento, a fim de corrigir e
Para que um arquivo, em todos os estágios de sua evolução adaptar quaisquer impropriedades, falhas ou omissões que
(ativo ou inativo) possa cumprir seus objetivos, torna-se venham a ocorrer. Depois de testados os procedimentos e as
indispensável a formulação de um planejamento que tenha em normas, deve ser elaborado o manual do arquivo que vai
conta tanto as disposições legais quanto as necessidades da nortear o trabalho do secretário escolar ou do responsável
instituição a que pretende servir. pelo arquivo. No manual, ficarão registradas as normas,
O arquivo será subordinado à secretaria da Unidade procedimentos e instruções que deverão ser seguidas para
Escolar, sendo os responsáveis pelo mesmo a Direção e o garantir o funcionamento eficiente e uniforme do arquivo
secretário escolar da instituição de ensino, tendo em vista que como um todo.
a adoção desse critério evitará sérios problemas na área das
relações humanas e das comunicações administrativas. A - Sistemas de Arquivamento
descentralização se aplica apenas à fase ativa dos arquivos. Em É um conjunto de princípios coordenados que concorrem
sua fase inativa, os arquivos devem ser sempre centralizados. para o estabelecimento de certas regras que expressam “o que
a) Centralização: não consiste apenas da reunião da fazer”:
documentação em um único local, mas também a concentração - Sistemas Diretos: a recuperação da informação é feita
de todas as atividades de controle – recebimento, registro, diretamente ao arquivo, onde está armazenada. Não depende
movimentação e expedição – de documentos de uso corrente do uso de um índice de localização.
em um único setor, obrigatoriamente a secretaria da - Sistemas Indiretos: depende de um índice ou código para
instituição de ensino. Dentre as inúmeras vantagens que um localizar a informação.
sistema centralizado oferece, destacamos: treinamento mais
eficiente do pessoal que manuseia o arquivo, maiores
possibilidades de padronização de normas e procedimentos,
nítida delimitação de responsabilidades, economia de espaço
e equipamentos.

Conhecimentos Específicos 3
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APOSTILAS OPÇÃO

Princípios

Localização rápida - forma de localizar com rapidez onde se encontra o documento. Especificamente, nossa sugestão para
montagem da “memória” do arquivo é o preparo do índice remissivo e que representa excelente instrumento de localização de
documentos por maior que seja o arquivo.

Segurança - se os documentos a serem arquivados exigem toda uma infraestrutura para sua guarda e conservação, é fato
consumado que tal necessidade tem sua origem na importância e significação de tais documentos. A reserva no acesso ao arquivo
prende-se ao conhecimento que deverão ter seus responsáveis, evitando-se possibilidades de arquivamento em posições indevidas,
coisa muito comum em muitas instituições. No aspecto segurança deve ainda prever-se, proteção contra incêndio, roubo, etc.

Flexibilidade - o arquivo, e de forma especial o arquivo escolar, tende a aumentar consideravelmente, em virtude do fluxo natural
– saída/ingresso de alunos por novas matrículas, conclusão de curso e outros motivos que acontecem anualmente. É preciso entender
que no futuro, a forma convencional de arquivamento do documento original, provavelmente não será possível pelo espaço e
investimento que exigirá. Lembramos então que o princípio da flexibilidade sugere a padronização de documentos, idealizados numa
sequência lógica que facilite a utilização de arquivos mais sofisticados como a microfilmagem, por exemplo.
Controle - as condições ou princípios anteriormente citados ficarão prejudicados se for esquecido um sistema de entrada e saída
de documentos. O controle poderá ser exercido pelos mais variados instrumentos, como protocolos, fichas, listas, etc., de circulação,
que venham a garantir o acompanhamento do movimento saída/retorno dos documentos a serem consultados.
Sigilo - a segurança com que são guardados tem fundamental importância; muito embora não tendo caráter secreto e confidencial,
não poderão ficar ao alcance de qualquer pessoa. Do ponto de vista do sigilo, devemos lembrar-nos do cuidado para evitar a “filtragem”
ou utilização indevida de informações. O sigilo é um aspecto que está muito relacionado com a responsabilidade funcional, ou seja,
responsabilidade das pessoas que trabalham com arquivo.

Gestão de Documento

A gestão de documentos é um somatório de procedimentos e operações referentes à produção dos mesmos, utilização, avaliação e
finalmente o arquivamento, considerando a fase ativa do arquivo, tendo ainda em vista a sua eliminação ou recolhimento para o
arquivo inativo.

É importante destacarmos as três fases básicas da gestão de documentos:


a) A produção: É a elaboração dos documentos, em face das atividades da instituição de ensino;
b) A utilização: É especificamente a aplicação dos documentos nas atividades da instituição de ensino, analisando e corrigindo os
mesmos se necessário;

Conhecimentos Específicos 4
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APOSTILAS OPÇÃO

c) A avaliação e destinação dos documentos: É o momento normalmente utilizados em empresas e grandes organizações,
de análise e avaliação dos documentos acumulados nos por este motivo não serão abordados neste momento.
arquivos, com o objetivo de verificar seus prazos de guarda de
acordo com as normas em vigor, determinando quais irão para Método Alfabético
o arquivo inativo e quais poderão ser eliminados. Consiste em ordenar a documentação em rigorosa ordem
alfabética, ou seja, é utilizado quando o elemento principal a
Principais etapas da utilização: ser considerado é o nome, pode ser chamado de sistema direto,
pois a pesquisa é feita diretamente no arquivo por ordem
1 - As rotinas básicas de protocolo são: recebimento e alfabética, devendo ser respeitadas as regras de alfabetação.
registro no livro de protocolo e separação dos documentos; Este método é bastante rápido, direto e de fácil utilização.
2 - Movimentação: encaminhar o expediente ao respectivo É importante destacar que neste método as letras K, W e Y,
destinatário, conforme a designação do emitente e manter um embora não pertenças ao alfabeto da língua portuguesa,
controle dos documentos recebidos. deverão ser convenientemente consideradas, pois entram na
3 - Expedição: destina-se a dar saída, com registro em livro composição de nomes de origem estrangeira. A posição
próprio, às correspondências emitidas pela instituição de correta que ocupam é a seguinte: ...f, j, k, l,..., t, u, v, w, x, y, z.
ensino, devendo sempre ser arquivada cópia da documentação Sua desvantagem é a alta incidência de erros de
expedida. arquivamento quando o volume de documentos é muito
grande, devido ao cansaço visual e à variedade de grafia dos
Métodos de Arquivamento nomes.
Todos os documentos reunidos, formando um dossiê, são
dispostos nos arquivos de maneiras tais que a busca de Regras de Alfabetação:
qualquer informação seja procedida com a maior rapidez
possível. O ato de buscar e utilizar um documento ou conjunto O arquivamento de nomes obedece a algumas regras,
de documentos arquivados denomina-se recuperação. As sendo estas as principais:
formas de recuperação de uma determinada informação, 1 - Palavra por palavra, letra por letra, até o final de cada
contida em documentos arquivados, é extremamente palavra.
importante; quanto mais ágeis forem os recursos para Exemplo: Lourdes Helena Nogueira
encontrar o documento procurado tanto mais eficiente será Lurdes Anita Cunha
considerado o sistema de recuperação adotado. Márcia dos Santos Silva
Por esta razão, os documentos devem ser
sistematicamente dispostos nos arquivos e de tal forma 2 - Nos nomes de pessoas físicas, considera-se o último
ordenados, que permitam o uso de indicadores para facilitar sobrenome e depois o prenome.
as buscas. Tais indicadores de localização são obtidos tanto Exemplo: Estela Rodrigues Magalhães
com a utilização de letras como de número, constituindo-se Guilherme Souza Assis de Andrad
nos chamados métodos de arquivamento. José Carlos Valverde Magalhães

O arquivo escolar, tendo como exigência de base a mais Arquiva-se: Andrade, Guilherme Sousa Assis de
perfeita sintonia, deve ser analisado em profundidade, Magalhães, Estela Rodrigues
compatibilizando organização e funcionamento com todos os Magalhães, José Carlos Valverde
fatores que venham a facilitar sua utilização.
Um arquivo jamais deverá ter uma organização pessoal; 3 - Sobrenomes Compostos de um Substantivo e um
deverá ser racional e simples, perfeitamente escriturado e adjetivo ou ligados por hífen não se separam.
organizado de forma que – em qualquer época – outras Exemplo: Eduardo Castelo Branco
pessoas que vierem a lidar com ele, imediatamente tenham Gabriela Sanches Vila-Lobos
condições de entendê-lo e manuseá-lo com rapidez. Rômulo João Monte Verde
A natureza dos documentos e a estrutura da organização
são determinantes para a escolha do método de arquivamento. Arquiva-se: Castelo Branco, Eduardo
Método é, por assim dizer, um plano de disposição de Monte Verde, Rômulo João
documentos objetivando facilitar tanto a guarda como a Vila-Lobos, Gabriela Sanches
consulta.
Os métodos de arquivamento existentes são os básicos e os 4 - Os artigos e preposições, tais como a, o, de, d’, e, um,
padronizados, conforme a tabela abaixo: uma, não são considerados.
Exemplo: Bruno Honório de Freitas
Letícia Cristina d’ Andrade

Arquiva-se: Andrade, Letícia Cristina d’


Freitas, Bruno Honório de

Método Numérico
O recurso numérico é um excelente indicador de
localização de documentos arquivados. A numeração de
matrícula nada mais é do que uma metodologia de
recuperação de documentos utilizados no método numérico.
A numeração da matrícula permite uma utilização
sequencial indefinida, ou intermitente, não tem regras fixas,
podendo ser utilizada a forma que mais convier à organização
Dos métodos citados os mais utilizados em instituições de do arquivo, bastando que ao idealizar seu uso, seja definida
ensino são o Método Alfabético e o Método Numérico, devido que tipo de sequência numérica será adotada.
a serem mais simples tanto na implementação como no
manuseio e manutenção do arquivo. Os demais métodos são

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APOSTILAS OPÇÃO

A numeração de matrícula irá definir a respectiva posição autorização da instituição arquivística pública, na sua
sequencial do arquivamento, facilitando enormemente o específica esfera de competência” (art. 9.º, Lei Federal n.º 8.159,
encontro rápido da documentação desejada. de 08/01/91).
Lembramos, inicialmente, que uma quantidade “A eliminação de documentos oficiais ou públicos só deverá
significativa de alunos matricula-se anualmente nas ocorrer se prevista na tabela de temporalidade do órgão,
instituições de ensino. aprovada pela autoridade competente na esfera de sua atuação
e respeitado o disposto no art. 9.º da Lei n.º 8.159, de 8 de janeiro
Este método pode ser: de 1991” (art. 12, parágrafo único, Decreto Federal n.º 1799, de
30/01/96).
a) Numérico Simples é obedecida a ordem de entrada no “Os órgãos e entidades que ainda não elaboraram suas
arquivo, pela numeração atribuída ao documento ou do tabelas de temporalidade e pretendem proceder à eliminação de
próprio, sem preocupação com a ordem alfabética, devendo documentos deverão constituir suas Comissões Permanentes de
ter um índice alfabético remissivo. Avaliação, responsáveis pela análise dos documentos e pelo
Exemplo: Amanda Florêncio dos Santos -> Matrícula nº encaminhamento das propostas à instituição arquivística
00234 (PASTA 008) pública, na sua específica esfera de competência, para
Bernardo Nunes Moraes -> Matrícula nº 02732 (PASTA nº aprovação” (art. 5.º, Resolução n.º 7 do CONARQ, de 20/5/97).
091)
Ruth Dias Teixeira -> Matrícula nº 04569 (PASTA nº 153)

b) Numérico Cronológico neste método deve ser levado em


consideração, especificamente a data e ano do documento.
Exemplo: 1 Ofício nº 34 de 20/02/07 e Ofício nº 41 de
13/03/07 -> Arquiva-se na Pasta de Ofícios do ano de 2007
por ordem de data.
2 Diário de Classe do ano letivo de 2003 ->
Arquiva-se no arquivo permanente na Pasta de Diários de
Classe - 2003.
3 Pasta de Gustavo Queiroz Botelho concluinte do
Ensino Fundamental em dezembro de 1997 -> Arquiva-se no
Material importante para possível consulta do participante:
arquivo permanente na Pasta de alunos concluintes ou que
interromperam seus estudos na instituição de ensino - 1997.
- Deliberação CEE nº 238/99, regulamenta o arquivamento
eletrônico de documentos escolares de instituições de ensino
Incineração de Documentos
vinculadas ao Sistema Estadual e dá outras providências.
- Deliberação CEE nº 239/99, regulamenta o arquivamento
I - Conceituação
de documentos escolares em instituições de Educação Básica
Queimar até reduzir a cinzas. Esta definição é usualmente
do Sistema Estadual.
adotada em órgãos da administração pública ou privada,
- Lei nº 8.159, de 8 de Janeiro de 1991, dispõe sobre a
quando esses órgãos não possuem espaço físico suficiente
política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras
para guardar seus documentos, ou seja, a incineração consiste
providências.
no ato de destruição de documentos que não necessitem
- Resolução CNA nº 4, de 28/03/96, dispõe sobre o Código
permanecer no arquivo da escola.
de Classificação de Documentos de
Há documentos na vida escolar do aluno que devem ser
preservados por tempo indeterminado, pois o mesmo poderá
Arquivo para a Administração Pública.
requerer documentação comprobatória de sua escolaridade a
qualquer tempo, devendo ser atendido.
- Parecer CNE N° 016, de 1997, define normas para a
Há outros documentos, entretanto, que podem ser
simplificação dos registros e do arquivamento de documentos
incinerados de acordo com a legislação em vigor.
escolares.
II – Etapas do processo
ATRIBUIÇÕES GERAIS DO CARGO
- Formar uma comissão composta por três funcionários
pertencentes ao quadro de funcionários públicos desta rede de
Compete ao Secretário Escolar, no Exercício se suas
ensino que estejam lotados na Unidade Escolar;
Atividades:
- Identificar os documentos que não são mais necessários
- Responsabilizar-se pelo funcionamento da secretaria
aos trabalhos da Unidade Escolar;
escolar.
- Verificar nas normas em vigor o prazo mínimo para
- Cumprir as determinações da direção.
guarda destes documentos;
- Coordenar e executar as tarefas de controle de toda a
- Registrar em Ata própria o processo de incineração
documentação escolar da instituição educacional.
citando todos os documentos;
- Prestar atendimento ao público, de forma pronta e
- Incinerar os referidos documentos até reduzi-los a cinzas;
cordial.
- Atender ao telefone.
III – Base Legal
- Recolher, selecionar, classificar e catalogar todos os
A eliminação de documentos públicos deverá obedecer aos
documentos da instituição educacional que circulam ou que já
procedimentos previstos na Resolução n.º 7, de 20/5/97, que
devam ser arquivados definitivamente.
dispõe sobre os procedimentos para a eliminação de
- Organizar os arquivos de modo racional e simples,
documentos no âmbito dos órgãos e entidades integrantes do
mantendo-os sob sua guarda com o máximo sigilo.
Poder Público.
- Garantir a perfeita conservação e restauração dos
Seguem extratos da legislação vigente sobre eliminação de
documentos recolhidos.
documentos:
- Organizar as informações e fontes de pesquisa de modo
“A eliminação de documentos produzidos por instituições
que qualquer documento solicitado possa ser rapidamente
públicas e de caráter público será realizada mediante
localizado.

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APOSTILAS OPÇÃO

- Manter em dia a escrituração dos livros de registro com o e) Com os pais e comunidade, através do primeiro
máximo de qualidade e o mínimo possível de esforço. atendimento e prestação de informações, no sentido de efetuar
- Manter atualizada e em ordem a documentação e triagem e encaminhamento à orientação ou direção escolar, ou
registros escolares dos alunos e docentes da instituição mesmo emitir documentos de sua alçada;
educacional, zelando pela sua fidedignidade. f) Com os demais órgãos (secretarias municipais, estaduais
- Divulgar todas as normas procedentes da Secretaria e federal), como subsidiador de informações.
Municipal da Educação ou da direção da instituição
educacional estimulando todos os envolvidos a respeitá-las e
valorizá-las.
- Entregar aos docentes os Diários de Classe devidamente 2. Correspondência oficial
preenchidos, no que lhe compete.
- Vetar a presença de pessoas estranhas na secretaria
escolar, a não ser que haja autorização da direção.
- Atender os alunos, docentes, pais de alunos ou qualquer CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS E COMERCIAIS
pessoa da comunidade escolar em assuntos referentes à
documentação e outras informações pertinentes. Correspondência é o diálogo escrito entre transmissor e
- Participar do planejamento geral da instituição receptor, que pode ocorrer entre duas ou mais pessoas ou
educacional e demais reuniões, com vistas ao registro da entidades. A correspondência é um tipo de redação, que tem a
escrituração escolar e arquivo. finalidade de levar algum tipo de conhecimento ao receptor e
- Lavrar atas e anotações de resultados finais, de constituir um testemunho do acontecimento.
recuperação, de exames especiais e de outros processos de
avaliação, cujos registros de resultados sejam necessários.
- Cuidar do recebimento de matrículas e transferências e
respectiva documentação.
- Cuidar da documentação externa da instituição
educacional com a comunidade escolar ou com terceiros.
- Elaborar a documentação dos alunos observadas as
normas do sistema de ensino.
- Elaborar a documentação da instituição educacional
tendo em vista atingir os objetivos administrativos.
- Controlar e informar à direção sobre a frequência dos
docentes e demais profissionais da instituição, acompanhando
a execução das ordens estabelecidas pela direção.
- Informar a direção sobre a necessidade de provimento de
material da secretaria. Zelar pelo uso, manutenção e
conservação de todo o material da secretaria e da instituição O processo de comunicação compreende a transmissão de
educacional. informações e de significados. Em qualquer processo de
- Receber, redigir e expedir a correspondência que lhe é comunicação, sempre há os seguintes elementos:
confiada. Transmissor ou Emissor: é quem transmite uma
- Organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, mensagem.
resoluções, instruções normativas, ofícios e demais Receptor: é quem recebe a mensagem.
documentos atinentes à instituição educacional. Mensagem: é a comunicação, oral ou escrita, que
- Atender a comunidade escolar, prestando informações e transmite informação, ordem, felicitação, louvor, etc.
orientações sobre a legislação vigente e a organização e Canal De Comunicações: meio usado para transportar
funcionamento da instituição educacional, conforme uma mensagem do emissor ao receptor.
disposições do Regimento Escolar. Ruídos: tudo o que atrapalha a comunicação.
- Participar de eventos de formação continuada sempre Feedback: é o retorno ou a resposta.
que solicitado. A comunicação nas organizações depende da qualidade da
- Digitar material de expediente. comunicação pessoal. Se as pessoas de uma organização
- Incumbir-se de outras tarefas específicas que lhe forem comunicam-se eficazmente, os processos organizacionais de
atribuídas, de acordo com as normas emanadas da Secretaria comunicação tendem a ser eficazes também. As organizações
Municipal da Educação. precisam promover o desenvolvimento das competências
pessoais, e também trabalhar as comunicações entre as
É sabido que o secretário escolar é o elo entre o pessoas.
administrativo e o pedagógico, pois interage com a Direção, a Dentre as comunicações estabelecidas no âmbito
Orientação, o corpo discente, o corpo docente, os pais e administrativo pode-se destacar: a correspondência oficial e
comunidade, secretarias municipais, estaduais e federal e empresarial. Que são dois canais de comunicações muito
demais órgãos: utilizados, embora não seja tão rápido quanto o envio de uma
a) Com a Direção da escola, o secretário escolar interage comunicação via e-mail, são seguros e formalizam da forma
através de assessoria, execução e coordenação de atividades adequada uma determinada situação ou circunstância. Tais
administrativas sob sua responsabilidade; canais de comunicação são extremamente importantes, pois
b) Com a Orientação escolar, interage nos casos de são documentos formais e validam com exatidão e segurança.
ratificação e retificação de informação quanto aos registros Abaixo serão explanados sobre os tipos de correspondência
dos alunos nos arquivos escolares; utilizados no meio administrativo pelas organizações.
c) Com o corpo discente, interage no atendimento direto,
sem intermediários, na busca de soluções quanto a emissão de Os Três Tipos de Correspondência
atestados, declarações, documentações e registro;
d) Com o corpo docente, interage como elo entre os Particular
registros de avaliações e emissão de boletins escolares; É a que ocorre entre indivíduos (amigos, familiares,
pessoas do convívio social), e pode apresentar diversos graus

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APOSTILAS OPÇÃO

de formalidade, desde o caráter íntimo até um certo grau de Pontos Relevantes quanto à boa Redação Empresarial
formalismo. Por isso ela pode ser familiar ou íntima e
cerimoniosa. Os objetivos desse tipo de correspondência − Ter sempre em mente que uma carta comercial deve ser
podem variar: pedir ou expor notícias, solicitar favores, breve. Assim, rodeios, inversões mesmo bem feitas, que tanto
agradecer ou declarar sentimentos, dentre outros. A efeito causa num texto poético, devem ser abolidos.
linguagem é informal e espontânea e pode apresentar diversos − Antes de escrever, organize seu pensamento, traçando
graus de formalidade, desde o caráter íntimo até certo grau. um plano: o que vai comunicar; o a quem; o como deve
transmitir; o que informações são relevantes.
Empresarial Não podemos ignorar a formalidade que esse tipo de
É a trocada entre empresas ou entre estas e pessoas físicas correspondência requer, mas devemos evitar a rigidez
ou jurídicas. Refere-se geralmente a transações comerciais, exagerada, os clichês, a redundância e termos até arcaicos que
industriais e financeiras (assuntos sobre investimentos ainda são utilizados.
bancários, empréstimos, cobrança de duplicatas, divulgação Dicas de linguagem moderna na correspondência:
de produtos etc.). A linguagem é objetiva − Não há necessidade de preâmbulos, vá direto ao assunto.
Veja alguns chavões que podem ser evitados:
Oficial − Vimos através desta;
Se entre órgãos do serviço público civil ou militar. − Vimos por meio desta;
Independentemente do tipo de correspondência que − Tem a presente a finalidade de;
mantenha você não pode deixar de estar atento a seu texto, − Aproveitamos o ensejo, a oportunidade;
verificando a clareza, a concisão, a coerência, a adequação da − Temos em nosso poder, ou temos em mãos sua carta.
linguagem e a correção gramatical, observando, enfim, se ele − Não precisa avisar que vai encerrar. Evite chavões típicos
traduz seu pensamento, a mensagem que você quer transmitir.
de fecho de cartas, tais como: o Limitados ao exposto,
Por possuírem normas fixas de elaboração, as
encerramos; o Sendo o que nos resta a oferecer para o
correspondências empresarial e oficial não apresentam
momento; o Sem mais, ou sem mais nada para o momento.
grandes dificuldades para quem precisa redigi-las.
− Cabeçalho ou timbre – referência da empresa; logotipo,
Existem mesmo alguns modelos impressos prontos para
símbolo ou emblema. Em geral, já vêm impressos no papel da
serem preenchidos. É claro, então, que trata-se de redações
carta.
formais, que seguem normas predeterminadas. Alguns
− Número de controle - facilita ao destinatário responder
aspectos, contudo, podem ser modificados e as organizações
sua carta e mencionar a referência. É também uma maneira de
podem inovar, segundo suas necessidades, ou mesmo
garantir o controle da correspondência. A colocação à direita é
características particulares.
um destaque que facilita a leitura. Na ilustração, temos
Os documentos redigidos serão a imagem de sua
DV/86/96, isto é, Divisão de Vendas, documento de número
organização. Assim, a correspondência bem elaborada, além
86, do ano de 1996.
de utilizar linguagem concisa e direta, deverá seguir a estética
− Data -dia que deve ser indicado sem o zero na frente; o
moderna, mais agradável e facilitadora da leitura.
nome do mês com letra inicial minúscula; na indicação do ano,
não se coloca o ponto ou espaço separando o milhar.
Carta Comercial
Quando o papel é timbrado, pode-se suprimir o local antes
da data, uma vez que o endereçamento completo aparece no
Muitas são as situações em que precisamos escrever uma
pé de página.
carta a um cliente, instituição, empresa, órgão público. Porém,
os propósitos ou objetivos de estabelecer essa comunicação
Destinatário: foram feitas as seguintes atualizações: Não
são diferentes em cada uma das ocasiões. As cartas, além de
se deve colocar À/Às ou Ilmos. Senhores antes do nome da
diversos destinos, também têm função variada, como a de
empresa ou pessoa a quem a carta se destina. Não é necessário
informar, solicitar ou persuadir. Podem ser cartas de
escrever endereço, caixa postal e CEP no papel carta, basta que
solicitação de emprego, oferta de algum produto de sua
esses dados apareçam no envelope.
empresa, reclamação quanto à má prestação de algum serviço,
Referência: é o conteúdo da carta sintetizado, facilitando
cobrança de algum débito, enfim, essas outras situações que
o registro para quem recebe. Não há necessidade de escrever
fazem parte do cotidiano empresarial.
Ref. ou REFERÊNCIA, pois a posição da frase na carta já indica
esse elemento.
Exemplo de Carta Comercial2
Invocação ou vocativo: o emprego de palavras como
prezado, estimado, caro, amigo deve ser de acordo com o tipo
de carta. Pode se tratar de uma carta puramente comercial ou
pode envolver também relações de amizade.
Corpo da carta ou conteúdo: deve estar disposto,
geralmente, no centro do papel, em cerca de três parágrafos:
- A informação inicial;
- O desenvolvimento do tema;
- A conclusão.

O assunto deve ser tratado em linguagem clara, objetiva e


concisa. Deve-se evitar perda de tempo na introdução do
assunto, como palavras e expressões desnecessárias.

Saudação final, despedida ou fecho: modernamente,


evitam-se palavras rebuscadas e chavões. Expressões longas,
que nada acrescentam de importante, caíram em desuso.
Emprega-se Atenciosamente ou Cordialmente, dependendo das
relações de negócios.

2 http://brasilescola.uol.com.br/redacao/carta-comercial.htm

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APOSTILAS OPÇÃO

Assinatura: deve-se obedecer à seguinte ordem: primeiro, A correspondência comercial compreende um conjunto
o nome do remetente; depois, seu cargo. Somente as letras de preceitos orientadores da elaboração e circulação de papéis
iniciais devem ser maiúsculas. Não se deve colocar o título do próprios às organizações empresariais, destinados a criar,
emissor na frente de seu nome. Para indicar que se trata de manter ou encerrar transações. A carta é o instrumento usual
médico advogado etc., basta que se coloque (por exemplo, Dr. de comunicação escrita no comércio, indústria, bancos e afins,
Roberto Xavier) o registro do CRM ou da OAB, conforme o caso. entre as entidades ou delas a seus clientes, uma vez que nela
Também não é necessário colocar o traço acima do nome se concentram as observações, conselhos e comentários.
datilografado, para a assinatura.
Anexos: parte destinada à enumeração de papéis ou de Tabela: Resumo dos Principais Recursos dos
documentos que acompanha a carta.3 documentos e Correspondências.

Recepção e Emissão de Correspondências DENOMINAÇÃO FINALIDADE ALCANCE


Tratamento de
Receber as correspondências, separando as de caráter assuntos oficiais pelos Interno e
Ofício
oficial de caráter particular, distribuindo as de caráter Órgãos Públicos da externo
particular a seus destinatários. Administração Pública.
Após essa etapa, os documentos devem seguir seu curso, a Encaminhamento
de atos, propostas,
fim de cumprirem suas funções. Para que isto ocorra, devem
Memorando pedidos, etc, afetos aos Interno
ser distribuídos e classificados da forma correta, ou seja, chefes dos Poderes
chegar ao seu destinatário. Públicos.
Tratamento de
Para isto recomenda-se: assuntos diretamente a Uma ou
- Separar as correspondências de caráter ostensivo das de Carta pessoas ou várias
caráter sigiloso, encaminhado as de caráter sigiloso aos seus publicamente em pessoas.
respectivos destinatários; jornais.
Registro em que se
- Tomar conhecimento das correspondências de caráter
relatam os assuntos de
ostensivos por meio da leitura, requisitando a existência de Ata uma reunião,
Externo e
antecedentes, se existirem; interno
assembleia ou
- Classificar o documento de acordo com o método da convenção.
instituição; carimbando-o em seguida; Transmissão de
- Elaborar um resumo e encaminhar os documentos ao mensagens urgentes ou
Externo e
protocolo. Fax/Telex quando há premência
interno
- Preparar a ficha de protocolo, em duas vias, anexando a em se dar ciência de
certos documentos.
segunda via da ficha ao documento;
Exposição
- Rearquivar as fichas de procedência e assunto, agora com circunstanciada sobre Superior
os dados das fichas de protocolo; Relatório
atividades em função do hierárquico.
- Arquivar as fichas de protocolo. cargo que exerce.
Fonte: Porongaba, 2006.
A tramitação de um documento dentro de uma instituição
depende diretamente se as etapas anteriores foram feitas da Portanto, Redação Oficial é a maneira pela qual o poder
forma correta. Se feitas, fica mais fácil, com o auxílio do público redige atos normativos e comunicações. Desse modo,
protocolo, saber sua exata localização, seus dados principais, a finalidade principal da Redação Oficial é comunicar com
como data de entrada, setores por que já passou, enfim, impessoalidade e clareza para que a mensagem ali transmitida
acompanhar o desenrolar de suas funções dentro da seja compreendida por todos os cidadãos. Em resumo, a
instituição. Isso reduz o tempo de algumas ações dentro da Redação Oficial deve ser: clara, concisa, impessoal, formal e
instituição, acelerando assim, processos que anteriormente padronizada. Pode-se dizer que redação oficial é a maneira
encontravam dificuldades, como a não localização de pela qual o Poder Público redige atos normativos e
documentos, não se podendo assim, usá-los no sentido de comunicações.
valor probatório, por exemplo. A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade,
Após cumprirem suas respectivas funções, os documentos uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão,
devem ter seu destino decidido, seja este a sua eliminação ou formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses
recolhimento. É nesta etapa que a expedição de documentos atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37:
torna-se importante, pois por meio dela, fica mais fácil fazer "A administração pública direta, indireta ou fundacional, de
uma avaliação do documento, podendo-se assim decidir de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
uma forma mais confiável, o destino do documento. Dentre as e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
recomendações com relação à expedição de documentos, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)".
destacam-se: Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios
- Receber a correspondência, verificando a falta de anexos fundamentais de toda administração pública, claro está que
e completando dados; devem igualmente nortear a elaboração dos atos e
- Separar as cópias, expedindo o original; comunicações oficiais.
- Encaminhar as cópias ao Arquivo. Não se concebe que um ato normativo de qualquer
natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou
É válido ressaltar que as rotinas acima descritas não valem impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido
como regras, visto que cada instituição possui suas tipologias dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são
documentais, seus métodos de classificação, enfim, surgem requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um
situações diversas. Servem apenas como exemplos para a texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publicidade
elaboração de rotinas em cada instituição. implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.

3 Professor Eduardo da Rocha – FAATESP – Faculdades de Tecnologia Álvares

de Azevedo.

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APOSTILAS OPÇÃO

A correspondência oficial provém de instituições do reflete de forma imediata qualquer alteração de costumes, e
serviço público, tanto civis como militares, ou a elas se dirige. pode eventualmente contar com outros elementos que
Abrange atos dos poderes legislativo, executivo e judiciário, auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoação, etc.,
requerimento dos cidadãos, avisos à população, etc. para mencionar apenas alguns dos fatores responsáveis por
essa distância. Já a língua escrita incorpora mais lentamente as
A Impessoalidade transformações, tem maior vocação para a permanência, e
vale-se apenas de si mesma para comunicar.
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer A língua escrita, como a falada, compreende diferentes
pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários: níveis, de acordo com o uso que dela se faça. Por exemplo, em
a) alguém que comunique, uma carta a um amigo, podemos nos valer de determinado
b) algo a ser comunicado, e padrão de linguagem que incorpore expressões extremamente
c) alguém que receba essa comunicação. pessoais ou coloquiais; em um parecer jurídico, não se há de
estranhar a presença do vocabulário técnico correspondente.
No caso da redação oficial, quem comunica é sempre o Nos dois casos, há um padrão de linguagem que atende ao uso
Serviço Público (este ou aquele Ministério, Secretaria, que se faz da língua, a finalidade com que a empregamos.
Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu caráter
sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão que impessoal, por sua finalidade de informar com o máximo de
comunica; o destinatário dessa comunicação ou é o público, o clareza e concisão, eles requerem o uso do padrão culto da
conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo língua.
ou dos outros Poderes da União. Há consenso de que o padrão culto é aquele em que
Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que deve a) se observam as regras da gramática formal, e
ser dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais b) se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos
decorre: usuários do idioma.
a) da ausência de impressões individuais de quem
comunica: embora se trate, por exemplo, de um expediente É importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do
assinado por Chefe de determinada Seção, é sempre em nome padrão culto na redação oficial decorre do fato de que ele está
do Serviço Público que é feita a comunicação. Obtém-se, assim, acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas
uma desejável padronização, que permite que comunicações regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias
elaboradas em diferentes setores da Administração guardem linguísticas, permitindo, por essa razão, que se atinja a
entre si certa uniformidade; pretendida compreensão por todos os cidadãos.
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, com Lembre-se que o padrão culto nada tem contra a
duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cidadão, simplicidade de expressão, desde que não seja confundida com
sempre concebido como público, ou a outro órgão público. Nos pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso do padrão
dois casos, temos um destinatário concebido de forma culto implica emprego de linguagem rebuscada, nem dos
homogênea e impessoal; contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem próprios da
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o língua literária.
universo temático das comunicações oficiais se restringe a Pode-se concluir, então, que não existe propriamente um
questões que dizem respeito ao interesse público, é natural "padrão oficial de linguagem"; o que há é o uso do padrão culto
que não cabe qualquer tom particular ou pessoal. nos atos e comunicações oficiais. É claro que haverá
preferência pelo uso de determinadas expressões, ou será
Desta forma, não há lugar na redação oficial para obedecida certa tradição no emprego das formas sintáticas,
impressões pessoais, como as que, por exemplo, constam de mas isso não implica, necessariamente, que se consagre a
uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, ou utilização de uma forma de linguagem burocrática. O jargão
mesmo de um texto literário. A redação oficial deve ser isenta burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá
da interferência da individualidade que a elabora. sempre sua compreensão limitada.
A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade de que A linguagem técnica deve ser empregada apenas em
nos valemos para elaborar os expedientes oficiais contribuem, situações que a exijam, sendo de evitar o seu uso
ainda, para que seja alcançada a necessária impessoalidade. indiscriminado. Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o
vocabulário próprio a determinada área, são de difícil
A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais entendimento por quem não esteja com eles familiarizado.
Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicitá-los em
A necessidade de empregar determinado nível de comunicações encaminhadas a outros órgãos da
linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, administração e em expedientes dirigidos aos cidadãos.
do próprio caráter público desses atos e comunicações; de
outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como Formalidade e Padronização
atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a
conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é,
públicos, o que só é alcançado se em sua elaboração for obedecem a certas regras de forma: além das já mencionadas
empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de
expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a de informar linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de
com clareza e objetividade. tratamento. Não se trata somente da eterna dúvida quanto ao
As comunicações que partem dos órgãos públicos federais correto emprego deste ou daquele pronome de tratamento
devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão para uma autoridade de certo nível (v. a esse respeito 2.1.3.
brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso de Emprego dos Pronomes de Tratamento); mais do que isso, a
uma linguagem restrita a determinados grupos. Não há dúvida formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio
que um texto marcado por expressões de circulação restrita, enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação.
como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico, A formalidade de tratamento vincula-se, também, à
tem sua compreensão dificultada. necessária uniformidade das comunicações. Ora, se a
Ressalte-se que há necessariamente uma distância entre a administração federal é una, é natural que as comunicações
língua falada e a escrita. Aquela é extremamente dinâmica, que expede sigam um mesmo padrão. O estabelecimento desse

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APOSTILAS OPÇÃO

padrão, uma das metas deste Manual, exige que se atente para compromete sua clareza. Não se deve proceder à redação de
todas as características da redação oficial e que se cuide, ainda, um texto que não seja seguida por sua revisão.
da apresentação dos textos. A redação das comunicações oficiais deve, antes de tudo,
A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para o seguir os preceitos explicitados no Capítulo I, Aspectos Gerais
texto definitivo e a correta diagramação do texto são da Redação Oficial. Além disso, há características específicas de
indispensáveis para a padronização, que acaba por evitar cada tipo de expediente, que serão tratadas em detalhe neste
excessos linguísticos que nada acrescentam ao texto. capítulo. Antes de passarmos à sua análise, vejamos outros
aspectos comuns a quase todas as modalidades de
Concisão e Clareza comunicação oficial: o emprego dos pronomes de tratamento,
a forma dos fechos e a identificação do signatário.
A concisão é antes uma qualidade do que uma
característica do texto oficial. Conciso é o texto que consegue Pronomes de Tratamento - Breve História dos
transmitir um máximo de informações com um mínimo de Pronomes de Tratamento
palavras. Para que se redija com essa qualidade, é fundamental
que se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual O uso de pronomes e locuções pronominais de tratamento
se escreve, o necessário tempo para revisar o texto depois de tem larga tradição na língua portuguesa. De acordo com Said
pronto. É nessa releitura que muitas vezes se percebem Ali, após serem incorporados ao português os pronomes
eventuais redundâncias ou repetições desnecessárias de latinos tu e vos, "como tratamento direto da pessoa ou pessoas
ideias. a quem se dirigia a palavra", passou-se a empregar, como
O esforço de sermos concisos atende basicamente ao expediente linguístico de distinção e de respeito, a segunda
princípio de economia linguística, à mencionada fórmula de pessoa do plural no tratamento de pessoas de hierarquia
empregar o mínimo de palavras para informar o máximo. Não superior. Prossegue o autor:
se deve de forma alguma entendê-la como economia de "Outro modo de tratamento indireto consistiu em fingir
pensamento, isto é, não se devem eliminar passagens que se dirigia a palavra a um atributo ou qualidade eminente
substanciais do texto no afã de reduzi-lo em tamanho. Trata-se da pessoa de categoria superior, e não a ela própria. Assim
exclusivamente de cortar palavras inúteis, redundâncias, aproximavam-se os vassalos de seu rei com o tratamento de
passagens que nada acrescentem ao que já foi dito. vossa mercê, vossa senhoria (...); assim usou-se o tratamento
Procure perceber certa hierarquia de ideias que existe em ducal de vossa excelência e adotaram-se na hierarquia
todo texto de alguma complexidade: ideias fundamentais e eclesiástica vossa reverência, vossa paternidade, vossa
ideias secundárias. Estas últimas podem esclarecer o sentido eminência, vossa santidade."
daquelas, detalhá-las, exemplificá-las; mas existem também A partir do final do século XVI, esse modo de tratamento
ideias secundárias que não acrescentam informação alguma ao indireto já estava em voga também para os ocupantes de
texto, nem têm maior relação com as fundamentais, podendo, certos cargos públicos. Vossa mercê evoluiu para vosmecê, e
por isso, ser dispensadas. depois para o coloquial você. E o pronome vós, com o tempo,
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial, caiu em desuso. É dessa tradição que provém o atual emprego
conforme já sublinhado na introdução deste capítulo. Pode-se de pronomes de tratamento indireto como forma de dirigirmo-
definir como claro aquele texto que possibilita imediata nos às autoridades civis, militares e eclesiásticas.
compreensão pelo leitor. No entanto a clareza não é algo que
se atinja por si só: ela depende estritamente das demais Concordância com os Pronomes de Tratamento
características da redação oficial. Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa
indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à
Para ela concorrem: concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se
a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se
interpretações que poderia decorrer de um tratamento fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância
personalista dado ao texto; para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o
b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático:
entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de "Vossa Senhoria nomeará o substituto"; "Vossa Excelência
circulação restrita, como a gíria e o jargão; conhece o assunto".
c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a
imprescindível uniformidade dos textos; pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa:
d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos "Vossa Senhoria nomeará seu substituto" (e não "Vossa ...
linguísticos que nada lhe acrescentam. vosso...").
Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o
É pela correta observação dessas características que se gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que
redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável se refere, e não com o substantivo que compõe a locução.
releitura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é "Vossa
oficiais, de trechos obscuros e de erros gramaticais provém Excelência está atarefado", "Vossa Senhoria deve estar
principalmente da falta da releitura que torna possível sua satisfeito"; se for mulher, "Vossa Excelência está atarefada",
correção. "Vossa Senhoria deve estar satisfeita".
Na revisão de um expediente, deve-se avaliar, ainda, se ele
será de fácil compreensão por seu destinatário. O que nos Emprego dos Pronomes de Tratamento
parece óbvio pode ser desconhecido por terceiros. O domínio Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento
que adquirimos sobre certos assuntos em decorrência de obedece a secular tradição. São de uso consagrado:
nossa experiência profissional muitas vezes faz com que os Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre é
verdade. Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos a) do Poder Executivo;
técnicos, o significado das siglas e abreviações e os conceitos Presidente da República;
específicos que não possam ser dispensados. Vice-Presidente da República;
A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa Ministros de Estado;
com que são elaboradas certas comunicações quase sempre

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APOSTILAS OPÇÃO

Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim
Federal; título acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como
Oficiais-Generais das Forças Armadas; regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a
Embaixadores; pessoas que tenham tal grau por terem concluído curso
Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes universitário de doutorado. É costume designar por doutor os
de cargos de natureza especial; bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em
Secretários de Estado dos Governos Estaduais; Medicina. Nos demais casos, o tratamento Senhor confere a
Prefeitos Municipais. desejada formalidade às comunicações.

b) do Poder Legislativo; Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência,


Deputados Federais e Senadores; empregada por força da tradição, em comunicações
Ministro do Tribunal de Contas da União; dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o
Deputados Estaduais e Distritais; vocativo:
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Magnífico Reitor, (...)
Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo
c) do Poder Judiciário; com a hierarquia eclesiástica, são:
Ministros dos Tribunais Superiores; Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O
Membros de Tribunais; vocativo correspondente é:
Juízes; Santíssimo Padre, (...)
Auditores da Justiça Militar.
Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima,
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas em comunicações aos Cardeais. Corresponde-lhe o
aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido do vocativo:
cargo respectivo: Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal, (...)
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal dirigidas a Arcebispos e Bispos; Vossa
Federal. Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima para
Monsenhores, Cônegos e superiores religiosos. Vossa
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais
Senhor, seguido do cargo respectivo: religiosos.
Senhor Senador,
Senhor Juiz, ABREVIAÇÕES
Senhor Ministro,
Senhor Governador, Pronome de tratamento Abreviatura

No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas Vossa Excelência V. Ex.a


às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a seguinte Vossa Magnificência V. Magª.
forma:
Vossa Senhoria V. S.ª
A Sua Meritíssimo Juiz M. Juiz
A Sua A Sua
Excelência o Vossa Santidade V. S.
Excelência o Excelência o
Senhor
Senhor Senhor Vossa Eminência Reverendíssima V. Em.ª Revm.ª
Fulano de Tal
Fulano de Tal Senador Fulano
Juiz de Direito da Vossa Reverendíssima V. Revmª
Ministro de de Tal
10a Vara Cível
Estado da Justiça Senado Federal Vossa Majestade V. M.
Rua ABC, no 123
70.064-900 – 70.165-900 –
01.010-000 – São Vossa Alteza V. A.
Brasília. DF Brasília. DF
Paulo. SP
Doutor Dr.
Em comunicações oficiais, está abolido o uso do Comendador Com.
tratamento digníssimo (DD), às autoridades arroladas na lista Professor Prof.
anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe
qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida
evocação. Resumo:

Vossa Senhoria é empregado para as demais Impessoalidade


autoridades e para particulares. O vocativo adequado é: Evite marcas de impressões pessoais do tipo “na minha
Senhor Fulano de Tal, (...) opinião” ou “e aí, como é que vai?”
No envelope, deve constar do endereçamento:
Ao Concisão
Senhor Fulano de Tal Seja conciso. Redija um texto capaz de transmitir um
Rua ABC, no 123 máximo de informações com um mínimo de palavras. Para
70.123 – Curitiba. PR isso, tenha domínio do assunto.

Como se depreende do exemplo acima fica dispensado o Pronomes de tratamento


emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que Use corretamente os pronomes de tratamento. Ao escrever
recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. É uma comunicação a um Ministro do Tribunal Superior, por
suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor. exemplo, use Vossa Excelência ao longo do texto.

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APOSTILAS OPÇÃO

Expressões artificiais Veja o modelo abaixo:


Não confunda respeito e impessoalidade com o uso de
expressões artificiais que estão em desuso como “Venho por
meio desta”, “Tenho a honra de" ou "Cumpre-me informar
que". Tais expressões devem dar lugar à forma direta, à
objetividade.

Fechos
Os fechos dos textos oficiais devem saudar o destinatário,
além de fechar o texto. O documento deve levar assinatura e
identificação do signatário. Há dois fechos diferentes para
todas as modalidades do texto oficial:
Respeitosamente, (para autoridades superiores, inclusive Memorando
o Presidente da República);
Atenciosamente (para autoridades de mesma hierarquia O memorando, estabelecendo uma comparação, é uma
ou de hierarquia inferior) espécie de bilhete comercial de que as empresas ou órgãos
oficiais se utilizam para estabelecer a correspondência interna
Circular entre seus setores e departamentos. Por ser um tipo de
correspondência cotidiana, rápida e objetiva, o memorando
Quando, em sua empresa, você deseja dirigir-se a muitas segue uma forma fixa, sendo para isso utilizado um papel
pessoas ao mesmo tempo, para transmitir avisos, ordens ou impresso. Observe um exemplo de memorando, atentando
instruções, deve optar por comunicar-se através de uma para a ausência de saudações e finalizações.
circular.
Na verdade, a circular pode seguir o modelo de uma carta,
ofício ou manifesto, o que a caracteriza é conter um assunto de
interesse geral. Muitas vezes, a circular é utilizada
internamente nas empresas, com a finalidade de facilitar a
comunicação entre diversas seções e departamentos. Muitas
empresas, hoje em dia, têm preferido não destacar a ementa
(assunto). Assim, veja bem o modelo adotado na sua empresa.
A linguagem utilizada em uma circular deve ser simples e
direta para não dar margem a outras interpretações. Todos
devem entender claramente o que está escrito.

Modelo de Circular:
Declaração

A declaração pode ser manuscrita em papel almaço


simples (tamanho ofício) ou digitada/datilografada. Quanto ao
aspecto formal, divide-se nas seguintes partes:
Timbre – impresso como cabeçalho, contendo o nome do
órgão ou empresa. Atualmente a maioria das empresas possui
um impresso com logotipo. Nas declarações particulares usa-
se papel sem timbre.
Bilhete Título – deve-se colocá-lo no centro da folha, em caixa alta.
Texto – deve-se iniciá-lo a cerca de quatro linhas do título.
É um meio rápido e simples de transmitir uma mensagem. Dele deve constar:
Normalmente é dirigido a uma pessoa próxima, com quem se - Identificação do emissor. Se houver vários emissores, é
tem intimidade, e por isso mesmo costuma ser escrito em aconselhável escrever, para facilitar: os abaixo assinados.
linguagem informal. - O verbo atestar/declarar deve aparecer no presente do
O bilhete não requer um tipo específico de papel, muito indicativo, terceira pessoa do singular ou do plural.
menos segue um padrão formal. É sempre aconselhável, - Finalidade do documento – em geral costuma-se usar o
entretanto, uma boa apresentação. Portanto da mesma forma termo “para os devidos fins” , mas também pode-se
que os demais canais de comunicações, também exige uma boa especificar: “ para fins de trabalho” , “para fins escolares” ,etc.
redação, contida de objetividade e clareza. - Nome e dados de identificação do interessado. Esse nome
Por seu caráter descontraído, o bilhete não requer um tipo pode vir em caixa alta, para facilitar a visualização.
específico de papel, muito menos segue um padrão formal. - Citação do fato a ser atestado.
Mesmo sendo breve e informal, o bilhete apresenta uma Local e data – deve-se escrevê-los a cerca de três linhas do
forma de organização que deve ser seguida para atender ao texto.
seu maior objetivo: comunicar de forma rápida e precisa. Assinatura – assina-se a cerca de três linhas abaixo do
local e data.
Assim, deve conter as seguintes partes:
− Vocativo – coloca-se o nome do receptor, sem emprego
de tratamento especial.
− Texto – deve ser iniciado com marca de parágrafo e
conter as informações necessárias à comunicação de forma
bem ordenada.
− Fecho – é indicado escrever o nome do emissor (não a
assinatura), seguido da data.

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Modelo de Ofício

Ofício

Ofício é a correspondência de caráter oficial, equivalente à


carta. É dirigido por um funcionário a outro, da mesma ou de
outra categoria, bem como por uma repartição a uma pessoa
ou instituição particular, ou, ainda, por instituição particular
ou pessoa a uma repartição pública. Por tratar-se, sobretudo,
de comunicação de caráter público, o ofício requer certo grau
de formalidade. Atualmente, contudo, conforme orientação da
própria Presidência da República, foram introduzidas algumas
inovações ao modelo tradicional.

Aviso e ofício

Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial


praticamente idêntica. A única diferença entre eles é que o
aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado,
Secretário-Geral da Presidência da República, Consultor-Geral
da República, Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas,
Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República e pelos
Secretários da Presidência da República, para autoridades de
mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e
pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o
tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração
Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares.
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem integralmente o
Requerimento
modelo do “padrão ofício”, com acréscimo do destinatário.
Pode-se observar mínima diferença de estrutura, sobretudo
Se algum dia você precisar se dirigir a uma autoridade para
nos parágrafos do desenvolvimento, entre expedientes que
fazer um pedido para o qual necessite ter amparo na lei, deve
apenas encaminhem documentos e outros que informem ou
fazê-lo através de um requerimento.
tratem substantivamente de determinado assunto.
É o instrumento por meio do qual o interessado requer a
uma autoridade administrativa um direito do qual se julga
Forma e estrutura do aviso e ofício
detentor. Estrutura:
- Vocativo, cargo ou função (e nome do destinatário), ou
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do
seja, da autoridade competente.
padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o
- Texto incluindo: Preâmbulo, contendo nome do
destinatário, seguido de vírgula. Exemplos: Excelentíssimo
requerente (grafado em letras maiúsculas) e respectiva
Senhor Presidente da República Senhora Ministra Senhor
qualificação: nacionalidade, estado civil, profissão, documento
Chefe de Gabinete Devem constar do cabeçalho ou do rodapé
de identidade, idade (se maior de 60 anos, para fins de
do ofício as seguintes informações do remetente: - nome do
preferência na tramitação do processo, segundo a Lei
órgão ou setor; - endereço postal; - telefone e endereço de
10.741/03), e domicílio (caso o requerente seja servidor da
correio eletrônico.
Câmara dos Deputados, precedendo à qualificação civil deve
ser colocado o número do registro funcional e a lotação);
Exposição do pedido, de preferência indicando os
fundamentos legais do requerimento e os elementos
probatórios de natureza fática.
- Fecho: “Nestes termos, Pede deferimento”.
- Local e data.
- Assinatura e, se for o caso de servidor, função ou cargo.

Quando mais de uma pessoa fizer uma solicitação,


reivindicação ou manifestação, o documento utilizado será um
abaixo-assinado, com estrutura semelhante à do
requerimento, devendo haver identificação das assinaturas.
A Constituição Federal assegura a todos,
independentemente do pagamento de taxas, o direito de
petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra
ilegalidade ou abuso de poder (art. 51, XXXIV, “a”), sendo que
o exercício desse direito se instrumentaliza por meio de
requerimento.

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APOSTILAS OPÇÃO

No que concerne especificamente aos servidores públicos, Não divida as palavras ao final da linha, nem use hífen em
a lei que institui o Regime único estabelece que o palavras compostas ou expressões com pronomes.
requerimento deve ser dirigido à autoridade competente para
decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver
APROVADA RENOVACAO CONTRATO APT
imediatamente subordinado o requerente (Lei nº 8.112/90,
art. 105).
COMPAREÇA IMOBILIÁRIA SEGUNDA-
- Para um bom requerimento, basta esquematizá-lo, FEIRA VINTE E OITO NOVE HORAS
segundo os passos: Fonte: Professor Eduardo da Rocha – FAATESP – Faculdades de Tecnologia
Álvares de Azevedo.

(Destinatário/invocação) Alvará

Requerente Alvará é o documento firmado por autoridade competente,


Identificação certificando, autorizando ou aprovando atos ou direitos.

O que requer Modelo de Alvará


Justificativa
(Amparo legal, se houver)

(Localidade e data)
(Assinatura)

a) DESTINATÁRIO (invocação): deve conter o tratamento


conveniente, o título ou o cargo do destinatário, sem citar o
nome. Por uma questão de destaque, o destinatário pode vir
todo em letras maiúsculas, mas não é obrigatório.
MAGNÍFICO SR. SUB-REITOR DE GRADUAÇÃO DA
UNINERJ

b) TEXTO: cerca de 7 linhas abaixo do destinatário. Na


datilografia, espaço 2; em digitação, espaço 1,5.
NOME E IDENTIFICAÇÃO: Informações necessárias
completas (nacionalidade, estado civil, endereço, identidade,
CPF, etc.).
EXPOSIÇÃO: descreve-se o que se está requerendo, com
toda clareza possível.
JUSTIFICATIVA: as razões pelas quais está requerendo.
Pode-se citar leis, ou indicar documentos que comprovem. Ata

c) FECHO: cerca de 3 linhas abaixo do texto. Pode ocupar A ata é um documento em que deve constar um resumo por
uma ou duas linhas. Não é obrigatório. escrito, detalhando os fatos e as soluções a que chegaram as
Termos em que pede deferimento. pessoas convocadas a participar de uma assembleia, sessão ou
Nesses termos, pede deferimento. reunião. A expressão correta para a redação de uma ata é
lavrar uma ata. Uma das funções principais da ata é historiar,
d) Data: cerca de 2 linhas do fecho (se houver), ou do texto. traçar um painel cronológico da vida de uma empresa,
Deve ser completa. Rio de Janeiro, 12 de abril de 2002. associação, instituição. Serve como documento para consulta
posterior, tendo em alguns casos caráter obrigatório. Por
e) ASSINATURA: cerca de 2 linhas da data. Não se coloca tratar-se de um documento, a ata deve seguir algumas normas
nome, pois os dados já constam no texto, nem há necessidade específicas.
de linha.
Procuração
Telegrama
Através da procuração uma pessoa (física ou jurídica)
Eis algumas informações que podem ser úteis caso você autoriza alguém a agir e realizar negócios em seu nome. Há
queira enviar um telegrama: dois tipos de procuração:
Empregue um número reduzido de palavras, atentando − Pública: aquela que é lavrada por tabelião em Livro de
para a clareza, a fim de que a mensagem não seja prejudicada. Notas. O translado (cópia autêntica do que consta no livro) fica
O custo do telegrama é proporcional ao número de palavras em poder do procurador. É usada em casos de compra e venda
usadas, a contar da indicação do receptor (destinatário). de imóveis, em assuntos de maior peso.
Apenas as informações relativas ao remetente não são − Particular: aquela que é datilografada ou manuscrita,
cobradas. sem registro no Livro de Notas. Digamos que você não possa
Cada palavra com até dez letras equivale a uma taxa e as fazer sua matrícula na escola. Então, você poderá passar uma
palavras com mais de dez letras equivalem a duas taxas, procuração particular para alguém de sua confiança que
portanto substitua as palavras com mais de dez letras por resolverá esse, e apenas esse, assunto para você.4
palavras sinônimas menores, com menos letras, para evitar
dupla taxação.

4 Professor Eduardo da Rocha – FAATESP – Faculdades de Tecnologia Álvares

de Azevedo.

Conhecimentos Específicos 15
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APOSTILAS OPÇÃO

Certidão comunicado apresenta uma estrutura básica para qualquer


que seja o tipo.
Declaração feita por escrito, objetivando comprovar ato ou
assentamento constante de processo, livro ou documento que Vejamos o que essa estrutura deve conter:
se encontre em repartições públicas. Podem ser de inteiro teor
- transcrição integral, também chamada traslado - ou Estrutura básica do comunicado
resumidas, desde que exprimam fielmente o conteúdo do
original. Observação: Certidões autenticadas têm o mesmo - Nome dos organizadores:
valor probatório do original e seu fornecimento, gratuito por Exemplo: Prefeitura Municipal de Natal; Escola de Pesca do
parte da repartição pública, é obrigação constitucional (Const. Rio Grande do Norte.
Fed. 1988, art. 5º, XXXIV, b). - Objetivo:
Exemplo: A inauguração do Centro de Integração foi
Suas partes componentes são: transferida para outra data.
1. Título (a palavra CERTIDÃO), em letras maiúsculas, à - Local e data:
esquerda, sobre o texto, com numeração. Exemplo: Natal, 15 de maio de 2007.
2. Texto constante de um parágrafo, com o teor da - Assinatura:
Certidão. Exemplo: Fulano de Tal/ Cargo
3. Local e data, por extenso, em sequência ao texto.
4. Assinaturas: do datilógrafo ou digitador da Certidão e do Modelo de Comunicado
funcionário que a confere, confirmadas pelo visto da chefia
maior.

Modelo de Certidão

Decreto

Destinado ao público em geral, o decreto tem a finalidade


de regulamentar leis e dispor sobre organização
administrativa, matérias tributária, orçamentária, financeira e
de recursos humanos. Não é função do decreto apresentar
conteúdo ou destinação definidos de modo exaustivo; para
isso é necessária publicação de outros atos mais específicos.

Competência: Governador do Estado.


Fundamento legal da competência: Lei 10.177/1998
(art. 12, I, a).
Decretos são atos administrativos da competência
exclusiva do Chefe do Executivo, destinados a prover situações
Comunicado gerais ou individuais, abstratamente previstas, de modo
expresso ou implícito, na lei. 5. Esta é a definição clássica, a
O comunicado é um tipo de aviso ou recado oficial, que é qual, no entanto, é inaplicável aos decretos autônomos,
utilizado com o objetivo de passar uma determinada tratados adiante.
informação. Uma empresa, um colégio, órgãos da Tal como as leis, os decretos compõem-se de dois
administração pública, entre outros costumam promover elementos: a ordem legislativa (preâmbulo e fecho) e a matéria
eventos, reuniões, etc., com divulgação nos meios de legislada (texto ou corpo da lei).
comunicação. Essa divulgação é feita através do comunicado. Assinale-se que somente são numerados os decretos que
O comunicado apresenta duas formas de circulação que contêm regras jurídicas de caráter geral e abstrato.
podem ser interna ou externa, de acordo com o objetivo. Os decretos que contenham regras de caráter singular não
A comunicação interna circula dentro da própria são numerados, mas contêm ementa, exceto os relativos a
instituição e apresenta um formato semelhante ao formato do nomeação ou a designação para cargo público, os quais não
memorando. serão numerados nem conterão ementa.
Já a comunicação externa é divulgada para outras Todos os decretos serão referendados pelo Ministro
instituições e apresenta um formato semelhante ao formato do competente.
edital.

Existem diversos tipos de comunicado: de reunião, de


evento, de modificação de um local ou uma data, etc. Irá
depender do objetivo do comunicado. Se for comunicar sobre
uma reunião, então teremos o comunicado de reunião, se for
para informar sobre um determinado evento, então será um
comunicado de evento e, assim, sucessivamente. Um

5 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo. 16. ed. São Paulo, 1988. p. 155.

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APOSTILAS OPÇÃO

Modelo de Decreto: de competência dos Pró-Reitores, Diretores de Centros


Universitários, Diretores de Departamentos e Diretores de
Órgãos Suplementares.

Forma e estrutura
1. Timbre da Instituição.
2. ORDEM DE SERVIÇO (caixa alta, por extenso), sigla do
órgão expedidor, numeração (sequencial, crescente e anual) e
data.
3. Ementa (por extenso): assunto de que trata o ato.
4. Preâmbulo: denominação completa da autoridade
executiva que expede o ato, em letras maiúsculas e
fundamento legal com a matéria em pauta.
5. RESOLVE: seguido de dois pontos, à esquerda da página.
6. Texto, que pode conter vários parágrafos numerados em
artigos, desdobráveis em alíneas e incisos.
7. Assinatura, nome e função ou cargo da autoridade
executiva que expede o ato.
Validade de documento
• Permanente. Publicação
• Obrigatória, em Boletim de Serviço (BS).

Observações
1. Utiliza-se a sigla OS.
2. A OS deverá ser emitida em 02 (duas) vias, com a
seguinte destinação: 1ª via - autoridade emitente; 2ª via - Setor
de Preparo do Boletim de Serviço.
3. A matéria deverá ser encaminhada em disquete, através
de Guia de Remessa de Documentos e Processos (GRDP),
contendo apenas o ato a ser publicado.
4. Só terá vigência a partir de sua publicação no BS.
Despacho
Exemplo:
É o pronunciamento de autoridade administrativa em
petição que lhe é dirigida, ou ato relativo ao andamento do
processo. Pode ter caráter decisório ou apenas de expediente.
Estrutura:
Estrutura
Quando for proferido no Quando o despacho for
corpo do documento em folha a parte
1. Texto com a resolução 1. Documento de
e/ou referência: identificação do
encaminhamento; documento a que o
2. Data em que foi proferido Despacho se refere;
o despacho;e, 2. Texto com a resolução
3.Assinatura com carimbo do e/ou
emitente. encaminhamento;
3. Data em que foi proferido
o despacho;e,
4.Assinatura com carimbo
do emitente.

O despacho pode ser:


a) terminativo ou definitivo (também denominado
decisório): aquele que dá solução ao que foi submetido à
autoridade e põe fim à questão;
b) de mero expediente ordinário: aquele que apenas dá
andamento ao documento;
c) interlocutório: aquele que, sem resolver
terminantemente a questão, transfere-a à autoridade
hierarquicamente superior ou de outra unidade da repartição;
d) saneador: se sua finalidade for resolver falhas
encontradas no andamento do processo.
Edital
Ordem De Serviço
Documento com a finalidade de anunciar ou tornar
Conceito Ato interno, através do qual determinam público, via imprensa ou afixação em lugares públicos, fato que
instruções a respeito de procedimentos estabelecidos em deve ser conhecido pelo público em geral.
Norma de Serviço e Resolução, em obediência à determinação Os editais recebem designação própria segundo seu
prescrita nestas, ou para esclarecer os seus cumprimentos. É objetivo (licitação, concorrência, concurso para provimento de

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APOSTILAS OPÇÃO

cargos, citação, intimação, notificação etc.). A finalidade dos (C) enunciativos.


editais sempre será anunciar ou tornar público fato que deve (D) de assentamento.
ser conhecido. (E) de ajuste.
A Lei Federal 8.666/93 e o Decreto Estadual 40.399/95
apresentam regras de publicação de editais de concorrência, 02. (UNIOESTE - Técnico Administrativo – UNIOESTE)
tomada de preços, concurso e leilão. Em uma correspondência oficial, o signatário é a pessoa que
- Para que não se possa alegar ignorância de sua (A) está acima daquele que escreve.
mensagem, o edital é afixado em local público ou divulgado (B) representa a Instituição.
pela imprensa oficial (Diário oficial), ou por jornal de (C) assina o texto.
expressiva circulação. (D) redige o documento.
- Todo edital deve ser assinado, com exceção de divulgação (E) receberá o documento
em imprensa, ou mídia.
- A paragrafação pode seguir o estilo americano (sem 03. (ISGH - Recepcionista - INSTITUTO PRÓ-
entradas de parágrafo), ou estilo tradicional. No caso de estilo MUNICÍPIO) Sobre classificação de correspondências, analise
americano, todo o texto, a data e a assinatura devem ser as afirmativas abaixo e assinale (V) para verdadeiro e (F) para
alinhados à margem esquerda. No estilo tradicional, devem ser falso:
centralizados. ( ) Toda correspondência ostensiva é sigilosa;
( ) Toda correspondência oficial tem caráter ostensivo;
a) TIMBRE: impresso no alto do papel. Todo edital deve ( ) Toda correspondência sigilosa é ostensiva;
conter o timbre do órgão que o expede. ( ) Toda correspondência particular é sigilosa e ostensiva;
( ) Correspondência oficial pode ter caráter ostensivo ou
b) IDENTIFICAÇÃO/TÍTULO: logo abaixo do timbre e no sigiloso.
centro do papel. Escreve-se a EDITAL Nº, seguido do número
com os 2 algarismos do ano. Pode haver também o código do A sequência correta de cima para baixo é:
setor ou do departamento que o expede. (A) F, F, F, F, V;
(B) V, V, F, V, F;
EDITAL Nº 435/02 (C) F, F, V, V, V;
EDITAL Nº 435/02-DIFIN (D) V, V, V, V, F.

c) EMENTA: em forma de resumo, com todas as palavras 04. (ITAIPU BINACIONAL - Secretariado Executivo - NC-
em maiúsculas, imediatamente abaixo do título/identificação, UFPR) Em relação aos tipos de correspondência, assinale a
centralizada no papel. alternativa correta.
(A) Memorando é um documento que autoriza alguém a
Portaria agir e realizar negócios em seu nome.
(B) Ofício é um documento que tem a função de solicitar ou
Ato normativo com finalidade de estabelecer persuadir, podendo utilizar-se na solicitação de emprego ou
procedimentos relativos a pessoal, organização e oferta de algum produto.
funcionamento de serviços, além de orientação quanto à (C) Requerimento é um bilhete comercial rápido e
aplicação de textos legais. A portaria é destinada ao público em objetivo, sem a necessidade de saudações e finalizações.
geral e a unidades internas. (D) Ata é um documento em que deve constar um resumo
Embora as portarias sejam classificadas como ato interno, por escrito dos fatos relatados e das soluções a que chegaram
que não obriga particulares porque os cidadãos não estão as pessoas que participaram de uma reunião.
sujeitos ao poder hierárquico da administração pública. (E) Procuração é um documento que se dirige a várias
É o instrumento pelo qual Ministros ou outras autoridades pessoas ao mesmo tempo e tem como finalidade a
expedem instruções sobre a organização e funcionamento de comunicação entre as diferentes seções da empresa.
serviço e praticam outros atos de sua competência.
05. (IF-RJ – Arquivista – BIO-RIO) Pode-se afirmar com
Modelo de Portaria relação às correspondências sigilosas que chegam à instituição
que:
(A) são registradas e distribuídas diretamente ao
destinatário.
(B) são abertas, registradas e distribuídas em seguida ao
destinatário.
(C) são abertas e encaminhadas ao arquivo para
classificação e registro.
(D) não são registradas, mas distribuídas diretamente ao
destinatário.
(E) não são registradas nem distribuídas diretamente ao
destinatário.

Gabarito

Questões 01. A / 02.C / 03 A / 04. D / 05. D

01. (Faceli - Técnico Administrativo – FUNCAB) O


memorando e o ofício são documentos que, em sentido amplo,
objetivam a execução de atos normativos e, se caracterizam,
quanto à espécie, em atos:
(A) de correspondência.
(B) comprobatórios.

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APOSTILAS OPÇÃO

denominação comum de alguns órgãos como Protocolo e


3. Arquivo e protocolo. 4. Arquivo. E é neste ponto que os problemas têm seu início.
Organização de arquivos. 5. Geralmente, as pessoas que lidam com o recebimento de
documentos não sabem, ou mesmo não foram orientadas
Escrituração escolar. 6. sobre como proceder para o documento cumpra a sua função
Documentos escolares na instituição. Para que este problema inicial seja resolvido, a
individuais e coletivos. 7. implantação de um sistema de base de dados, de preferência
simples e descentralizado, permitindo que, tão logo cheguem
Registros relativos ao às instituições, os documentos fossem registrados, pelas
estabelecimento escolar devidas pessoas, no seu próprio setor de trabalho seria uma
ótima alternativa. Tal ação diminuiria o montante de
documentos que chegam as instituições, cumprem suas
PROTOCOLO funções, mas sequer tiveram sua tramitação ou destinação
registrada.
Antes de qualquer coisa, apresentaremos os conceitos de
gestão documental e protocolo, que serão de grande O estudo dos protocolos, em Arquivologia, pode ser
importância para uma melhor compreensão do tema proposto. dividido em duas partes:
“Considera-se gestão de documentos o conjunto de Uma refere-se a estrutura e funcionamento do setor
procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, institucional de protocolo.
tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e E a outra se refere ao tratamento e a classificação dos
intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para a documentos arquivísticos em ostensivos e sigilosos.
guarda permanente” (Lei Federal nº 8.159, de 8-1-1991).
A gestão de arquivos é um processo essencial no Com relação a primeira parte, serão apresentadas quais as
andamento da organização. É necessário estabelecer uma funções e a importância do setor de protocolo e a segunda
série de práticas que garanta a organização e preservação de parte serão abordadas as diversas situações em que podem ser
arquivos, para que a empresa possa tomar decisões, recuperar classificados os documentos no setor de protocolo, de acordo
informações e preservar a memória dos arquivos. com a legislação brasileira vigente para essa finalidade. O
O gerenciamento de documentos arquivísticos assegura à respeito a classificação definida pela legislação é importante
empresa ter um maior controle sobre as informações que visando o perfeito cumprimento das funções do protocolo de
produzem e/ou recebem, racionalizar o layout onde os forma responsável, legal e eficaz.
documentos são guardados, desenvolver as atividades com
maior rapidez e eficiência e melhorar o atendimento aos O Setor de Protocolo8
clientes.
Várias instituições possuem um setor que é destinado a
Protocolo6 é a denominação geralmente atribuída a recepção das correspondências e demais documentos. No
setores encarregados do recebimento, registro, distribuição e Brasil, em toda organização pública é possível encontrar um
movimentação dos documentos em curso; denominação setor responsável pelo registro e distribuição das
atribuída ao próprio número de registro dado ao documento; correspondências produzidas e recebidas, e pela
Livro de registro de documentos recebidos e/ou expedidos. protocolização dos processos e sua tramitação. Na área
administrativa, esse setor é conhecido como Protocolo ou
Segundo Manual de Procedimentos de Protocolo, Protocolo e Arquivo, ou Protocolo e Expedição.
Expedição e Arquivo7, o Protocolo é responsável pelo A atividade de protocolo é típica da fase corrente, pois é
recebimento e distribuição de correspondências, documentos nessa idade em que os documentos tramitam bastante.
e processos, assim como pelo controle do seu fluxo na Assim, pode-se dizer que o protocolo executa
instituição. Por meio de suas atividades, apoiadas num sistema sinteticamente as seguintes ações: recebimento da
operacional eletrônico, é que se tornam possíveis a consulta e correspondência (malotes, balcões, entre outros), separação
a localização de processos ou documentos que tenham sido da correspondência oficial da particular, colocação do carimbo
entregues ao Protocolo. ou etiqueta de protocolo (contendo dados como data, hora de
É de conhecimento comum o grande avanço que a recebimento), elaboração de resumo do assunto, e
humanidade teve nos últimos anos. Dentre tais avanços, encaminhamento ao indivíduo ou órgão destinatário. O
incluem-se as áreas que vão desde a política até a tecnológica. protocolo visa também o controle dos documentos que ainda
Tais avanços contribuíram para o aumento da produção de tramitam no órgão, assegurando a sua imediata localização, e
documentos. Cabe ressaltar que tal aumento teve sua também é responsável pelas correspondências a outras
importância para a área da arquivística, no sentido de ter instituições.
despertado nas pessoas a importância dos arquivos.
Entretanto, seja por descaso ou mesmo por falta de Protocolo está intimamente relacionado às atividades de
conhecimento, a acumulação de massas documentais controle. Dentre as atividades de controle, podem ser
desnecessárias foi um problema que foi surgindo. Essas consideradas:
massas acabam por inviabilizar que os arquivos cumpram suas • Recebimento;
funções fundamentais. Para tentar sanar esse e • Classificação;
outros problemas, que é recomendável o uso de um sistema de • Registro;
protocolo. • Autuação;
Durante a sua tramitação, os arquivos correntes podem • Distribuição;
exercer funções de protocolo (recebimento, registro, • Movimentação (trâmite, fluxo);
distribuição, movimentação e expedição de documentos), daí a • Expedição.

6 PAES, Marilena Leite. Arquivo: teoria e prática. 3.ed. Rio de Janeiro: FGV, 8 TIAGO, J. REIS, L. Arquivologia facilitada: teoria e mais de 500 questões

2004. p. 27 comentadas. Rio de janeiro: Elsevier, 2013.


7 BRASIL. ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO. Coordenação-Geral de
Documentação e Informação. Manual de Procedimentos de Protocolo, Expedição e
Arquivo. Brasília: AGU, 2010. 157 p. , il.

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APOSTILAS OPÇÃO

O processo de Protocolo começa com a entrada de afim de que não se perca o controle, bem como surjam
correspondências, documentos e processos. Em seguida, os problemas que facilmente poderiam ser evitados (como o
documentos são verificados, analisados, registrados, autuados preenchimento do campo Assunto, de muita importância, mas
(quando for o caso) tramitados e expedidos. que na maioria das vezes é feito de forma errônea).
Principais atividades: recebe o documento; separa os
documentos (oficial do particular, ostensivo do sigiloso);
encaminha os documentos de natureza sigilosa e particular
aos determinados destinatários; interpreta e classifica os
documentos ostensivos; encaminha os documentos ao setor de
registro e movimentação.
Fonte: Manual de Procedimentos de Protocolo, Expedição e Arquivo

Dentre as recomendações de recebimento e


• Recebimento: recepção/entrada de documentos de registro, destaca-se:
origem interna ou externa. - Receber as correspondências, separando as de caráter
• Classificação: Os documentos são anteriormente oficial da de caráter particular, distribuindo as de caráter
identificados e analisados atendendo ao plano de classificação particular a seus destinatários. Após essa etapa, os
do órgão. documentos devem seguir seu curso, a fim de cumprirem suas
• Autuação e Registro: atribuição de número ao funções, e para que isto ocorra, devem ser distribuídos e
documento/conjunto documental e registro no sistema de classificados da forma correta, ou seja, chegar ao seu
controle de protocolo, mediante processo manual, mecanizado destinatário. Para isto, recomenda-se:
ou informatizado. - Separar as correspondências de caráter ostensivo das de
• Distribuição e Expedição: saída/encaminhamento de caráter sigiloso, encaminhado as de caráter sigiloso aos seus
documentos do protocolo para outro setor/instituição. respectivos destinatários;
Distribuição (encaminhamento de documentos para setores - Tomar conhecimento das correspondências de caráter
internos/unidades da mesma instituição). Expedição ostensivos por meio da leitura, requisitando a existência de
(encaminhamento de documentos para outras instituições). antecedentes, se existirem;
• Controle e Movimentação: mediante processo que pode - Classificar o documento de acordo com o método da
ser: manual, mecanizado ou informatizado, faz-se o controle instituição; carimbando-o em seguida;
do fluxo documental desde a entrada/criação do documento - Elaborar um resumo e encaminhar os documentos ao
na instituição. Os sistemas informatizados atendem com protocolo.
precisão esta trajetória documental traçando/registrando - Preparar a ficha de protocolo, em duas vias, anexando a
todo o percurso do documento. A Tramitação de um segunda via da ficha ao documento;
documento dentro de uma instituição depende diretamente se - Rearquivar as fichas de procedência e assunto, agora com
as etapas anteriores foram feitas da forma correta. Se feitas, os dados das fichas de protocolo;
fica mais fácil, com o auxílio do protocolo, saber sua exata - Arquivar as fichas de protocolo.
localização, seus dados principais, como data de entrada,
setores por que já passou, enfim, acompanhar o desenrolar de É válido ressaltar que as rotinas acima descritas não valem
suas funções dentro da instituição. Isso agiliza as ações dentro como regras, visto que cada instituição possui suas tipologias
da instituição, acelerando assim, processos que anteriormente documentais, seus métodos de classificação, enfim, surgem
encontravam dificuldades, como a não localização de situações diversas. Servem apenas como exemplos para a
documentos, não se podendo assim, usá-los no sentido de elaboração de rotinas em cada instituição.
valor probatório, por exemplo. Após a discussão das vantagens de implantação de um
Após cumprirem suas respectivas funções, os documentos sistema de protocolo, cabe avaliar as desvantagens do uso
devem ter seu destino decidido, seja este a sua eliminação ou deste sistema, se feito de forma errônea.
recolhimento. Em um primeiro momento, deve-se pensar num sistema
É nesta etapa que a expedição de documentos torna-se simples de inserção de dados, que venha a atender as
importante, pois por meio dela, fica mais fácil fazer uma necessidades da empresa. Contudo, é essencial que as pessoas
avaliação do documento, podendo-se assim decidir de uma que trabalham diretamente com o recebimento e registro de
forma mais confiável, o destino do documento. documentos, recebam um treinamento adequado, para que
• Expedição: trata-se da saída da correspondência e possam executar essa tarefa da forma correta, visto que, se
demais documentos de uma instituição, a qual envolve feito da forma errada, todo o trâmite do documento pode ser
procedimentos inerentes às rotinas da expedição de comprometido. Deve-se esquecer a ideia de que basta inserir
documentos dados e números num sistema, que todos os problemas serão
Dentre as recomendações com relação a expedição de resolvidos.
documentos, destacam-se: A própria conscientização dos funcionários, no sentido de
- Receber a correspondência, verificando a falta de anexos que, se organizados e devidamente registrados, as tarefas que
e completando dados; necessitam do uso de documentos se tornarão mais fáceis para
- Separar as cópias, expedindo o original; todos que venham a executá-las, proporcionado assim um
- Encaminhar as cópias ao Arquivo. melhor rendimento de todo o pessoal. Portanto, fica claro que
o protocolo pode ser uma saída para os problemas mais
Documentos Sigilosos e Ostensivos: quanto a natureza comuns de tramitação documental, desde que utilizado da
dos assuntos, os documentos podem ser classificados como forma correta. Do contrário, a implantação deste sistema pode
ostensivos e sigilosos. Os documentos classificados como ocasionar outros problemas, talvez de cunho ainda maior.
ostensivos são os documentos cuja divulgação não prejudica a Diante do quadro exposto, fica mais fácil entender porque
administração. Os documentos classificados como sigilosos as grandes instituições optam por um sistema de protocolo.
são aqueles que devem ser de conhecimento restrito, Independentemente do tamanho da instituição, a ideia da
necessitando de medidas especiais de salvaguarda para a sua implantação de um sistema de protocolo é válida, desde que
custódia e divulgação. algumas ações sejam tomadas no sentido de colaborar para
que este sistema atenda às necessidades para que foi
Considerações Adicionais sobre Recebimento: criado. Esperamos que tenha ficado claro que de nada adianta
Algumas rotinas devem ser adotadas no registro documental,

Conhecimentos Específicos 20
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APOSTILAS OPÇÃO

apenas idealizar e implantar um sistema de protocolo se não ESCRITURAÇÃO ESCOLAR


houver uma colaboração instituição / funcionários.
É um procedimento relativamente simples, se comparado Redação Técnica
as facilidades que pode trazer. Fica ainda a ideia que não se
deve parar os estudos sobre tal assunto, visto que os suportes Como sabemos, a escola é uma instituição que lida com
estão sempre em transformação, necessitando assim de pessoas e sua responsabilidade é muito grande. As pessoas que
melhores condições na manutenção destes. exercem papel social de professor(a), diretor(a),
coordenador(a), encarregado(a) administrativo(a),
Questões secretário(a), merendeiro(a), higienizadores(as) educam
conforme suas atribuições e especificidades, mas ao mesmo
01. (TRE/SP - Técnico Judiciário da Área tempo estão juntos, trabalhando pela mesma causa: formar
Administrativa - FCC) Receber, registrar e distribuir pessoas (crianças, adolescentes, jovens e adultos) que saibam
documentos, cuidando de sua tramitação, são atividades exercer a cidadania nas múltiplas possibilidades de sentido da
rotineiras do setor de palavra. Por outro lado, a escola constitui uma instituição
(A) embalagens. como outras instituições, que precisam funcionar bem para
(B) compras. que seu papel social seja satisfatório. Por isso, cada pessoa
(C) transporte. assume um papel social, como citamos anteriormente, e o
(D) reprografia. desempenha conforme suas atribuições e as necessidades que
(E) protocolo. aparecem.
A escola pode ser vista como um organismo, em que as
02. (IF/BA - Arquivista - FUNRIO) O conjunto de partes precisam funcionar em harmonia para que o todo viva
operações visando ao controle dos documentos que ainda da melhor forma possível. A escola lida com a educação. Por
tramitam no órgão, de modo a assegurar sua imediata isso, é um contexto no qual educar pressupõe aprender a
localização e recuperação, são atividades de aprender sempre, estar em formação continuada para
(A) arquivo intermediário. acompanhar um mundo dinâmico, com transformações
(B) arquivo permanente. constantes. Assim, precisamos aprender com as situações
(C) arquivo setorial. novas que vão aparecendo no dia-a-dia.
(D) arquivo especial. A escola, depois da família, é o contexto social em que a
(E) protocolo. pessoa tem a oportunidade de moldar sua personalidade. É na
escola que podemos desenvolver sentimento de confiança, de
03. (SEPLAG/MG - Agente Governamental - IESES) “É a participação, de cooperação, para que possamos exercer a
denominação geralmente atribuída a setores encarregados do cidadania. Como servidor(a), que trabalha na secretaria
recebimento, registro, distribuição e movimentação dos escolar ou em outros contextos da escola, você desempenha
documentos em curso; denominação atribuída ao próprio suas atividades, mas ao mesmo tempo assume o papel de
número de registro dado ao documento; livro de registro de educador, pois participa o tempo todo da vida escolar dos
documentos recebidos e/ou expedidos. (PAES, Marilena Leite. alunos, além de interagir também com docentes, direção e
Arquivos: teoria e prática. 3.ed. Rio de Janeiro: FGV, 2004. outros servidores. Afinal, é nessa integração que se dá, de fato,
p.27).” o contexto de educação.
O texto apresentado é referente ao conceito de: Então, educar pressupõe aprender a aprender sempre e a
(A) Expedição. formação continuada é um meio para isso.
(B) Almoxarifado. Portanto, nosso objetivo, a priori, é convidar você para
(C) Patrimônio. participar das aulas virtuais, que estão configuradas na forma
(D) Protocolo. de oito unidades, lendo e relendo-as a partir do seu ponto de
vista. Vamos começar?
04. (Polícia Científica/PE - Auxiliar de Perito - CESPE)
A movimentação de um documento de um setor para outro Linguagem e Interação
para que decisões sejam tomadas é uma atividade de protocolo
denominada Nesta unidade, temos como objetivo identificar como a
(A) tramitação. linguagem e alguns de seus fenômenos são usados na
(B) registro. comunicação e na interação com o outro. A linguagem é um
(C) expedição. instrumento natural de comunicação do ser humano. Usamos
(D) distribuição. a linguagem para expressar nossos pensamentos e
(E) classificação. sentimentos; defender nossas ideias; ler e reler, compreender,
dar sentido às coisas; fazer inferências sobre a situação social,
05. (Prefeitura de São Paulo/SP - Assistente de Gestão política e econômica do país; para aprender com os textos, que
de Políticas Públicas I - CESPE) Na administração de registram a linguagem por meio de símbolos, o que constitui a
documentos, entre as rotinas do protocolo, a identificação dos escrita; para entender o mundo. Enfim, são muitas as funções
metadados para controle e recuperação de dados faz parte da e as atividades de linguagem que realizamos. Interagimos com
rotina de as pessoas e com as instituições usando a linguagem verbal e
(A) movimentação. não-verbal de forma tão natural, que nem paramos para
(B) registro. pensar como isso ocorre. Por exemplo, na escola, no exercício
(C) classificação. de seu papel social e administrativo, o(a) secretário(a) atende
(D) tramitação. muitas pessoas: diretor(a), professores(as), alunos(as), pais,
(E) expedição. etc. Para isso, usa a fala, conversando, interagindo para
resolver problemas, prestar serviços que fazem parte de sua
Gabarito rotina. Nossos gestos, modo de nos vestir, o tom da nossa voz,
tudo isso está relacionado à nossa forma de falar na interação
01.E / 02. E / 03. D / 04.A / 05. B com o outro. Por isso, muitas pessoas recebem elogios: “como
fulano é educado”, “eu fui muito bem atendida pela secretária,
como ela é educada”. Os elogios surgem porque a comunicação

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foi boa, bem recebida pelo outro. A escrita faz parte da rotina é, formas diferentes das pessoas falarem uma mesma língua.
de trabalho da escola, principal - mente nos serviços De forma simples, são exemplos de variedades linguísticas: os
administrativos. Muitos serviços são realizados por meio de sotaques das pessoas de diferentes regiões, a forma de falar de
documentos próprios (documentação) dos serviços algumas tribos de adolescentes, que usam as gírias; a forma de
administrativos: produzimos documentos, registramos falar de alguns desportistas; a linguagem técnica de
matrículas dos(as) alunos(as), manuseamos o computador, determinados profissionais, como médicos, advogados,
interagimos por meio de e-mails, etc. Para isso, é necessário policiais; a língua “padrão” e a considerada “não padrão”.
ter um bom domínio da escrita, conhecendo suas regras e Exemplos de variedades linguísticas:
sabendo aplicá-las na produção de documentos que fazem
parte de serviços específicos, como os da secretaria, Na Fala:
departamento de pessoal, entre outros. No entanto, escrever Fala de cantor de rap9
com clareza, objetividade e concisão também faz parte da boa “Então a nossa filosofia é mostrar pras pessoas, né, tentar
comunicação. Comunicamo-nos utilizando a linguagem verbal passar pras pessoas que elas podem brilhar, que elas são
(fala e escrita) e a não-verbal (gestos corporais e faciais, tom importantes [...] É isso aí. Então nós viramos pô negro e
de voz, modo de se vestir, etc.). falamos: pô, carinha, o negócio é o seguinte, tu é bonitu, tu num
Para tornar nossa conversa mais didática, vamos falar de é feio como dizem que tu é feio...”
língua e de linguagem verbal e não-verbal mais
detalhadamente. Vale lembrar que outros módulos do Fala de um médico explicando algumas doenças do coração
Profuncionário também falam de linguagem. Falar de “Tem gente que nasce com o coração maior ou menor, e
linguagem nunca é demais, ainda mais quando a vemos de com vários defeitos. Essas são as cardiopatias congênitas. O
vários pontos. coração pode nascer com inúmeros defeitos. Agora, o tamanho
do coração também tem a ver com outros problemas que não
Língua: para o linguista Ferdinand de Saussure (1916), a são congênitos, com a insuficiência coronariana.”
língua é um conjunto sistemático de convenções sociais,
utilizadas pela coletividade para gerar a comunicação. Na Escrita:
Constitui-se de signos linguísticos que resultam da união de Documento escrito na “norma padrão”
significante (imagem acústica) e significado (conceito). Dessa
forma, a imagem acústica ‘árvore’ significa “vegetal lenhoso, ATA
com tronco e folhas” ou, ainda, outros significados como Aos três dias do mês de setembro de dois mil e seis, foi
árvore de natal, genealógica, etc. A variação de significado inaugurado na Escola Felicidade do Campo, pelo Secretário de
depende do que, de onde e com quem estamos falando. Educação do Município de Alegre, o complexo poliesportivo
Portanto, o significado das palavras se apresenta de forma “Vida de atleta”. Ele mede cerca de dois mil metros quadrados,
polissêmica, pois podemos utilizar uma palavra (imagem tem uma piscina olímpica, seis banheiros: três femininos e três
acústica) com várias sentidos (conceitos), dependendo do masculinos, dois vestiários e uma cantina. Após a inauguração,
contexto de uso. A língua se concretiza por meio da fala, os alunos puderam desfrutar das instalações da quadra.
linguagem verbal, e a fala, por sua vez, é representada por meio
da escrita. Linguagem escrita coloquial

Linguagem Verbal: a linguagem verbal se realiza na fala e Bilhete


na escrita. Concretiza-se na fala, que se realiza por meio de
signos linguísticos. A escrita representa o que falamos, mas Mãe
não de forma tão exata. Utilizamos para escrever símbolos:
alfabeto, sinais de pontuação, acentuação, números, etc. Saí com meus colegas 2 horas da tarde, vô no cinema
Portanto, utilizamos a fala e a escrita para dar sentido às assistir um filme chamado. A idade do gelo II. Não me espera
nossas ações e atividades de linguagem e, principalmente, pra jantar. Tô levando dinheiro pro lanche.
estabelecer a comunicação.
Beijo, Karol
Linguagem Não-Verbal: o sentido – que damos às coisas
do mundo – e a comunicação – que se estabelece entre as Todas as línguas do mundo têm suas variedades
pessoas – não ocorrem apenas por meio da linguagem verbal. linguísticas, pois as pessoas não são iguais, elas pertencem a
Lemos o mundo, os fatos sociais e as pessoas utilizando a culturas diferentes e formas de socialização que variam e
linguagem não-verbal. Por exemplo: quando o semáforo marcam suas identidades. A língua, devido a fatores sociais,
aciona a luz amarela, isso significa atenção, pois em poucos políticos, econômicos e de escolarização, apresenta variedades
segundos será acionada a luz vermelha para os carros pararem que são consideradas “padrão” e “não-padrão”. A primeira é
em um determinado lugar, sinalizado na via de trânsito. Veja tida pela sociedade como a “língua culta”, a de prestígio. A
que as cores, nesse contexto, têm um significado específico, segunda, muitas vezes, as pessoas que a dominam são
representam um tipo de linguagem, que chamamos de não- estigmatizadas, ou seja, são tratadas com preconceitos e
verbal. Podemos citar como exemplos de linguagem não- desrespeito, o que não deveria acontecer, pois rotular com
verbal as cores, ícones, movimentos corporais e faciais, certos adjetivos as pessoas que não dominam uma linguagem
desenhos, fotografias, situações, mímicas, lugares, etc. A dita “padrão” é um grande equívoco.
comunicação ocorre por meio da linguagem verbal, da não-
verbal e na associação das duas. Um bom exemplo do uso das Atenção:
duas linguagens é a utilização de documentos que precisam ser Precisamos reconhecer as diferentes formas das pessoas
expedidos em papel timbrado. usarem a língua e respeitá-las independentemente da forma
como falam.
Variedades Linguísticas: um fato que faz parte da nossa Não é porque ouvimos uma pessoa falar nóis vamu no
realidade social é a existência de variedades linguísticas, isto hospital que devemos pensar que ela não sabe falar o

9 SOUSA, R. M; VELLASCO, A. M. Educação e língua materna II. Brasília:

EdUnB, 2001

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português. Na verdade, domina uma das variedades do favor, pode me informar, quando posso renovar a matrícula do
português e se comunica do jeito que sabe. Quando estamos meu filho para o próximo semestre?”. Já com uma pessoa
exercendo um papel social, no qual lidamos com o público, é conhecida, em um momento de descontração, o estilo já é
necessário que nossa forma de falar seja clara e objetiva, outro: “querida, você não conseguiu acessar a internet? Tá
conforme a variedade linguística que dominamos. E, quando brincando!”. Portanto, a nossa competência comunicativa nos
escrevemos, dependendo do gênero textual, precisamos usar a possibilita interagir com as pessoas de diferentes formas.
variedade “padrão”, principalmente redação oficial,
escrituração escolar, etc. Veja que no caso do bilhete da Karol, Gêneros textuais
a linguagem estava adequada para esse gênero, mas para uma
redação oficial, aquela linguagem não é conveniente. Para Na interação do cotidiano, usamos diferentes formas de
sabermos mais sobre a variedade linguística, vamos ler um comunicação, sejam elas orais ou escritas. Quando estamos na
fragmento do texto de Tânia Alkmim. secretaria da escola, em uma situação de atendimento:
dizemos “bom dia, o que a senhora deseja? E ela responde “o
As variedades linguísticas e a estrutura social senhor pode me informar quando vai começar o período de
renovação de matrícula?”. Estabelece-se aí uma situação de
Em qualquer comunidade de fala, podemos observar a conversação, com falas bem marcadas. Esse tipo de situação se
coexistência de um conjunto de variedades linguísticas. Essa repete com outras pessoas e com variação do discurso, todos
coexistência, entretanto, não se dá no vácuo, mas no contexto os dias, nesse contexto de trabalho. A essa configuração,
das relações sociais estabelecidas pela estrutura sociopolítica podemos chamar de gênero textual da oralidade. Na
de cada comunidade. Na realidade objetiva da vida social, há secretaria, por exemplo, também lidamos com textos
sempre uma ordenação valorativa das variedades linguísticas específicos: memorando, declaração, histórico, relatório, ata,
em uso, que reflete a hierarquia dos grupos sociais. Isto é, em etc. Já o encarregado administrativo da escola lida com outros
todas as comunidades existem variedades que são gêneros mais específicos à sua área de atuação: formulário de
consideradas superiores e outras inferiores. Em outras registro de atestado médico, folha de ponto, licença-
palavras, como afirma Gnerre (1985), “uma variedade maternidade, planilha, etc. Esses documentos têm
linguística ‘vale’ o que ‘valem’ na sociedade os seus falantes, configurações bem marcadas, têm função social, porque
isto é, vale como reflexo do poder e da autoridade que eles têm desempenham um papel social. A esses documentos
nas relações econômicas e sociais”. Constata-se, de modo chamamos de gêneros textuais da escrita. É por meio dos
muito evidente, a existência de variedades de prestígio e de gêneros da oralidade e da escrita que nos comunicamos, dando
variedades não prestigiadas nas sociedades em geral. As sentido às atividades sociais. Vejam que para esses gêneros,
sociedades de tradição ocidental oferecem um caso particular usamos uma linguagem bem específica, pertencente ao
de variedade prestigiada: a variedade padrão. A variedade contexto escolar.
padrão é a variedade linguística socialmente mais valorizada,
de reconhecido prestígio dentro de uma comunidade, cujo uso Saiba mais:
é, normalmente, requerido em situações de interação
determinadas, definidas pela comunidade como próprias, em Vamos ler um fragmento de texto da linguista Ingedore
função da formalidade da situação, do assunto tratado, da Koch, sobre gêneros textuais
relação entre os interlocutores, etc. A questão da língua padrão
tem uma enorme importância em sociedades como a nossa. Ingedore Koch (2006) contribui conosco dizendo que no
Algumas considerações a seu respeito se impõem. A variedade processo de leitura e construção de sentido dos textos,
padrão de uma comunidade – também chamada norma culta, levamos em conta que a escrita/fala baseiam-se em formas
ou língua culta – não é, como o senso comum faz crer, a língua padrão e relativamente estáveis de estruturação e é por essa
por excelência, a língua original, posta em circulação, da qual razão que cotidianamente, em nossas atividades
os falantes se apropriam como pode ou são capazes. O que comunicativas, são incontáveis as vezes em que não somente
chamamos de variedade padrão é o resultado de uma atitude lemos textos diversos, com também produzimos ou ouvimos
social ante a língua, que se traduz, de um lado pela seleção de enunciados, tais como: “escrevi uma carta”, “recebi o e-mail”,
um dos modos de falar entre os vários existentes na “achei o anúncio interessante”, “o artigo apresenta
comunidade e, de outro, pelo estabelecimento de um conjunto argumentos consistentes” [...] E a lista é numerosa mesmo!
de normas que definem o modo “correto” de falar. Tanto que estudiosos que objetivaram o levantamento e a
Tradicionalmente, o melhor modo de falar e as regras do bom classificação de gêneros textuais desistiram de fazê-lo, em
uso correspondem aos hábitos linguísticos dos grupos parte, porque os gêneros existem em grande quantidade e,
socialmente dominantes. Em nossas sociedades de tradição também, porque os gêneros, como práticas
ocidental, a variedade padrão, historicamente, coincide com a sociocomunicativas, são dinâmicos e sofrem variações na sua
variedade falada pelas classes sociais altas, de determinadas constituição, que, em muitas ocasiões, resultam em outros
regiões geográficas. Ou melhor, coincide com a variedade gêneros.
linguística falada pela nobreza, pela burguesia, pelo habitante
de núcleos urbanos, que são centros do poder econômico e do INTERAÇÃO COMUNICATIVA UM COM O OUTRO
sistema cultural predominante.
(ALKMIM, Tânia Maria. Sociolinguística 1. In: MUSSALIM, Como você já está municiado de conhecimentos sobre a
Fernanda; BENTES, Anna Christina. Introdução à linguagem escrita de gêneros específicos, vamos tratar de
sociolinguística 1. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2001. p. 39-40.) alguns tópicos da fala em situações comunicativas, aliados à
apresentação pessoal dos servidores que lidam diretamente
Competência comunicativa com atendimento ao público. Na escola, a interação
interpessoal ocorre o tempo todo, com todos os papéis sociais.
A competência comunicativa de uma pessoa lhe permite O diretor lida com professores, alunos, pais e pessoal da
saber adequar sua fala dependendo do seu interlocutor. Isso secretaria. Os professores lidam o tempo todo com os alunos,
consiste em demonstrar habilidades de saber o que falar e etc. Assim, quando se lida com pessoas, estabelecendo a
como falar, utilizando as regras da língua, com o estilo formal interação face a face, precisamos atentar para alguns
ou informal. Se conversamos com uma pessoa desconhecida, é procedimentos. A cordialidade, a ratificação do outro,
claro que usamos o estilo formal. Por exemplo: “o senhor, por explicações claras e objetivas, bom atendimento, é tudo que

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esperamos de uma pessoa que esteja exercendo o papel de colaborador. Poucas denominações são tão precisas quanto
lidar com o público. Para que isso ocorra, devemos: emprega - do. Demarca-o com tal nitidez que nos faz distingui-
• prestar atenção à solicitação do outro, sabendo ouvir com lo do tercei - rizado, por exemplo. Poucas denominações são
paciência; tão imprecisas quanto colaborador. Colaborador abrange
• tentar entender o que o outro solicita; atender às pessoas praticamente todos os níveis de relacionamento com a
sem privilégios; empresa. Com os terceiriza - dos, por exemplo. Fornecedores e
• não discriminar as pessoas por causa de sua forma de clientes são colaboradores. Pesquisadores e consumidores,
falar, de se vestir ou por causa de racismo; também. Advogados e audito - res, às vezes. Algumas
• entender que a comunicação se dá em se adaptar às colaborações são pagas. Consumidores são grandes
situações, ao tema, às pessoas envolvidas; colaboradores das empresas ao comprarem seus produtos. O
• perceber que qualquer informação da parte de quem faz elogio que fazemos à qualidade de um produto é uma
um atendimento depende do conhecimento sobre o outro; colaboração, mas isso não nos garante um crachá. Não há
• evitar mal-entendidos para que não ocorram ruídos na demérito algum em chamar empregado de empregado. É
comunicação; sintoma de subdesenvolvimento evitar essa palavra por
• concentrar-se na interação, ouvindo o outro com atenção. alguma conotação de exploração. É muita culpa para quem
quer uma empresa saudável. Empresa saudável é aquela em
É importante entender qual é a função social que que chamar os empregados de empregados não é problema
exercemos em um local de trabalho e conhecer bem o serviço nem para esses profissionais nem para a empresa. A prática
que prestamos à comunidade. Afinal, não é difícil encontrar empresarial invadiu os lares. Várias empregadas domésticas
pessoas que estão exercendo uma função, mas que parecem ganharam a denominação de secretária, um caso de upgrade
não saber o que estão fazendo ali, pois não tiveram a curioso: “melhorar” a titulação sem “melhorar” o cargo.
oportunidade de formar uma consciência profissional e de Continuam com as mesmas atribuições. Não acredito que eu
saber a importância de seu papel social. Por exemplo, quando venha a ler nos jornais: secretária cai com balde e vassoura
estamos por trás de um balcão atendendo alunos, pais e outras quando limpava a janela. A não ser em caso de desvio de função
pessoas, interagimos com elas, fazendo a leitura de suas muito grande. É possível até que eu visse no jornal um gráfico
solicitações e reivindicações. O que foi solicitado, muitas vezes, sobre quedas de janela, mas com certeza não seriam de
dependendo do caso, transforma-se em atividades secretárias.
organizadas na forma de trabalho executado na secretaria de (Texto transcrito na íntegra da Revista Língua Portuguesa,
uma escola, que são: matrículas, expedição de documentos, Ano I, n. 3, 2005.)
organização documental da vida escolar do aluno, etc.
REGRAS DA ESCRITA
Estabelecemos uma boa interação e uma boa comunicação
sendo prestativos e procurando dar sentido ao que ouvimos. Na comunicação, principalmente nos gêneros textuais
Vamos refletir sobre interação e comunicação lendo o texto escritos, utilizamos regras da língua consideradas padrão.
abaixo. Assim, nesta unidade, o objetivo é tratar de tópicos gramaticais
aplicados à escrita. No módulo “Produção Textual na Educação
A palavra que (des) emprega Escolar”, a autora expôs como escrever com clareza, concisão,
objetividade e apresentou gêneros textuais oficiais, utilizados
Linguagem empresarial usa termos em evidências e nos contextos administrativos da instituição escolar. Agora,
garante muita pose, mas não raro diz pouco, nada ou permite vamos resgatar um daqueles gêneros para trabalhar algumas
interpretações diferentes da desejada regras da escrita oficial, pois a escrita oficial apresenta regras
(Por Luis Adonis Valente Correia) que são seguidas para que haja a padronização de documentos.
Podemos dizer que a escrita oficial é uma variedade linguística
Comunicação é o fator gerador de imprecisão, de mal- considerada “padrão”.
entendido, de distúrbios e surpresas que grassam as empresas
de hoje. Parece, e as pessoas acreditam, que todos estão
falando a mesma língua. Mas é uma língua tão desprovida de
significado que ou não dizem nada, ou permite diversas
interpretações. E assim todos seguem, aceitando ou fingido
compreender. É por meio de uma linguagem comum que se
estabelece, de maneira mais explícita, a pertinência ao meio, o
sentimento de pertencer não somente à empresa como
também ao mundo empresarial, à administração que se
transformou em business show. Os diálogos, principalmente os
de seleção, recrutamento, alocação e venda de serviços,
pautam-se na utilização das palavras em evidência. Isso para
demonstrar sintonia e – outras dessas palavras favoritas –
alinhamento. O ritual da fala em administração e negócios se
transformou em um encostar de antenas de formigas que
trocam o trabalho de carregar folhas pelo trabalho de emitir as
palavras que fazem contato, ainda que não façam sentindo.
Comunicação é chic, contabilidade não é. No entanto, há
dois erros básicos na comunicação no âmbito administrativo
que são indispensáveis para a contabilidade: primeiro, utilizar
a mesma palavra para definir coisas diferentes; segundo,
utilizar palavras diferentes para definir a mesma coisa.
Atender aos apelos dos modismos administrativos faz a
comunicação oscilar e a organização vacilar. Atualmente é raro
encontrar uma empresa de grande porte no Brasil que chame
o empregado de empregado. Empregado é chamado de

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O memorando é um tipo de correspondência interna, que • rodeios e lugares comuns, como: “venho por meio desta
trata de qualquer assunto de trabalho, utilizada entre apresentar...”. “Com certeza, os materiais foram liberados”;
unidades administrativas da mesma instituição, com o mesmo • misturar tratamentos pronominais, como a mudança em
nível hierárquico ou não. Perceba que o memorando tem uma um mesmo documento de VS.a para você;
configuração mais ou menos fixa e serve a uma esfera social, • discurso bajulador, como: “com intenso apreço e
por isso é um gênero textual. Porém, devemos nos atentar para admiração que tenho por V.S.a ”. Outro ponto que deve ser
a linguagem que é usada nesse tipo de documento e nos observado na produção de redação oficial é a estética do
outros: ofício, carta, requerimento, etc., ou seja, na redação documento, isto é, a sua boa apresentação. Assim, devemos
oficial. Esse tipo de linguagem é formal e enquadra-se no prestar atenção nas margens direita e esquerda, espaços no
padrão de linguagem de prestígio. Assim, fazem parte dessa corpo do texto e sua centralização no papel.
linguagem algumas regras, que ressaltamos a seguir:
Atenção:
a) Locais e datas Quando conhecemos as diferentes modalidades de uso da
• Devem ser escritos por extenso: Rio Branco, em 23 de linguagem, circulamos com mais liberdade nos diversos
junho de 2006. contextos sociais.
• O primeiro dia do mês será indicado pelo algarismo 1o
• Não é necessária a colocação de um zero à esquerda da NOÇÕES DE DOCUMENTAÇÃO E ARQUIVO
escrita de número que indica dia do mês: Brasília, 2 de agosto
de 2006. Lei nº 1.233, de 6 de abril de 2002. b) Vocativo Invoca Para você que trabalha com diferentes documentos de um
o destinatário. É a expressão utilizada para chamar a atenção setor de serviços, é importante rever alguns conhecimentos
da pessoa a quem se escreve. Deve ser seguida de vírgula. básicos sobre documentos, documentação e a função social
Algumas pessoas, no lugar da vírgula, usam os dois pontos. dessas categorias, para que possamos, mais adiante, falar de
Senhor Diretor, Senhora Secretária de Estado: As expressões arquivo. Por isso, nosso objetivo nesta unidade é expor sobre
vocativas mais usadas são: • Excelentíssimo Senhor: para os temas documentação, documentos e arquivo. Documentos.
Excelência. Os documentos norteiam a nossa vida. Precisamos deles para
• Eminentíssimo Senhor: para Eminência. registrar nossa presença e nossas ações no mundo. Vejamos
• Senhor/Senhora: para Senhoria. esta trajetória: uma pessoa comum, ao longo de sua vida, é
• Meritíssimo: para Juiz possuidora de Registro de nascimento, Cartão de vacinação,
Ficha individual escolar, Boletim escolar, Histórico escolar,
c) Formas de tratamento Identidade, Certidão de casamento, etc. As instituições,
Recorremos a essas formas para falar ou escrever a outras públicas ou privadas, são produtoras, receptoras e, além disso,
pessoas. Essas expressões vêm de uma tradição milenar, que preservam e guardam grande quantidade de documentos.
como expõe Antônio Lima (2005, p. 9), “estabeleceu que às Muitos documentos com o tempo deixam de existir, mas
autoridades supremas não se poderia falar diretamente, senão outros são preservados como memória viva: documentos
por meio de seus elevados atributos”. Daí, terem surgido administrativos e históricos estão arquivados em lugares
expressões como Vossa Majestade, Vossa Excelência, entre próprios para isso, tais como: instituições privadas ou
outras. Selecionamos para você, algumas formas mais usadas: públicas, centros de documentação, bibliotecas, etc.
• Você (v.)/ Vocês (vv.): para pessoas de convívio social Entendemos por documento, conforme o Dicionário Houaiss
mais familiar. Eletrônico, qualquer escrito que possa esclarecer determina -
• Senhor (Sr.)/Senhores (Srs.)/Senhora do fato ou objeto de valor documental, como construções,
(Sra.)/Senhoras(Sras.): esses tratamentos marcam um certo peças, papéis, filmes, fotografia, entre outros. E, ainda, algo que
distanciamento respeitoso. instrua, prove ou comprove cientificamente algum
• Vossa Senhoria (V. S.a)/Vossas Senhorias (V. S.as): para acontecimento.
pessoas de cerimônia.
• Vossa Excelência/Sua Excelência: é a expressão de DOCUMENTOS ADMINISTRATIVOS NA ESCOLA
tratamento de nível mais elevado. Usa-se para o Presidente da
República, Presidente do Congresso Nacional e Presidente do Documentação
Supremo Tribunal Federal. Também é aplicada a
governadores. Na escrita da redação oficial deve usar a forma A vida moderna se apresenta de forma complexa, cuja
por extenso bem como nos envelopes (Excelentíssimo Senhor dinâmica da sociedade atual diferencia-se devido ao progresso
Presidente da República). industrial e tecnológico. Nesse contexto, os conhecimentos são
• Vossa Santidade (V. S.): para o Papa. produzidos de diferentes formas e por diversas instituições.
• Vossa Excelência Reverendíssima (V. Ex.a Rev.ma): para Para que seja mais fácil o acesso a eles, documentos
arcebispos e bispos. especializados são produzidos e normatizados, registrando
• Vossa Reverendíssima (V. Rer.a) ou Vossas fatos e conhecimentos conforme sua função social. Desse
Reverendíssimas (V. Rev. mas): para monsenhores, cônegos e processo, surge a documentação que constitui o conjunto de
superiores religiosos. métodos que tem como objetivo a produção, sistematização,
• Vossa Magnificência (V. Mag.a): para reitores de distribuição e utilização de documentos. Quanto à finalidade
universidades. Aqui, registramos alguns tópicos que são da documentação, vamos ler o que João Bosco Medeiros e
peculiares à redação oficial. Contudo, é indispensável que o Sonia Hernandes têm a dizer: “Em sentido amplo, a
secretário escolar tenha, em seu local de trabalho, um manual documentação tem por finalidade reunir e organizar todos os
de redação e estilo atualizado, para que possa consultar as conhecimentos que o homem adquiriu através dos tempos e
regras utilizadas na escrita, tais como: uso de crase, colocação com isso permitir sua divulgação e utilização, proporcionando
pronominal, ortografia, regência verbal, regência nominal, o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, a finalidade da
conjugação verbal e uso de pontuação. Vale lembrar que documentação, na maioria dos casos, depende da forma como
aprendemos com a prática de escrever, isto é, aprendemos foi organizada e de como é utilizada.” A função social da
escrever, escrevendo. A linguagem da redação oficial é documentação é de auxiliar o planejamento, o estudo, a
diferente da fala, por isso deve ser objetiva e clara. Deve-se pesquisa de qualquer campo ou nível, a busca da história, de
evitar: fatos, isto é, referências necessárias para se tomar decisões e,
sobretudo, gerar informação. Conforme a natureza da

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empresa, a informação se organiza e se encontra disponível na • Arquivo morto: onde estão guardados documentos que
forma de jornais, livros, manuais, noticiários, boletins, teses, nunca ou pouquíssimas vezes são consultados. Apesar da
monografias, programas de computador, etc. Em uma condição desse tipo de arquivo, não deve ser considerado
secretaria escolar, por exemplo, as informações peculiares depósito de lixo. Existem depósitos próprios para esse tipo de
estão registradas em gêneros (documentos) específicos: arquivo, como por exemplo: caixas de papelão próprias.
livros-ata, históricos escolares, diários de classe, memorandos, • Arquivo inativo: armazena documentos com pouca
requerimentos, ofícios, projeto político pedagógico da escola, frequência de uso. Uma boa opção para esse tipo de arquivo,
atas de conselho de classe, etc. Tais documentos organizam e quando há grande quantidade de documentos, é a
regulam o trabalho de um contexto, em relação ao processo de microfilmagem, cujo processo de reprodução fotográfica
produção, distribuição e utilização desses documentos. Por reduzida atinge 95% do tamanho original do documento.
meio desse processo se organiza e registra a vida escolar do
aluno, escrevendo páginas e páginas da história de uma escola, Espécies de arquivo
cidade, Estado ou país, enfim, da sua educação. A Especificamente, os arquivos de instituições públicas da
documentação se apresenta na forma comercial, científica ou esfera federal, estadual ou municipal, de atividades
oficial, conforme sua organização, utilização ou finalidade. É administrativas, judiciárias ou legislativas, são classificados
comercial quando é organizada e utilizada pelas empresas e em três espécies: correntes, temporários e permanentes.
destina-se a fins estritamente comerciais. É científica quando • Arquivo corrente: blocos de documentos atuais que são
o objetivo principal é o de proporcionar informações consultados com muita frequência, para a realização de
científicas ou mesmo didáticas, sem visar diretamente o lucro. tarefas, esclarecimento de dívidas e pesquisas.
E, por fim, é oficial quando sua organização e utilização têm o • Arquivo temporário: bloco de documentos que é retirado
objetivo de auxiliar e assessorar a Administração Pública no de arquivos correntes para ser transferido para depósitos
que diz respeito à coleta e à classificação de documentos temporários.
oficiais, tais como: Leis, Leis Complementares, Decretos, etc. • Arquivo permanente: bloco de documentos de caráter
Hoje, a informática tem nos ajudado muito, facilitando a busca histórico, cultural ou científico que são preservados
de documentação e informações em bancos de dados indefinidamente.
sistematizados de forma precisa e eficiente, tanto é que várias
empresas já estão informatizadas, inclusive as instituições de Destruição de documentos: como se faz?
ensino. Produzimos documentos e mais documentos. E Vamos pensar que alguns documentos possuem data de
precisamos guardá-los de alguma forma, visto que neles validade. Alguns documentos são guardados por 1, 2 ou 5 anos.
encontram-se informações preciosas. E como fazer isso? Depois que o tempo de validade dos documentos venceu, eles
são destruídos.
Arquivar é guardar documentos de forma organizada em Para efetivar a classificação de validade de tempo de certos
um arquivo. Vamos ler o que as informações do Dicionário documentos é necessário analisar a sua importância, o seu
Houaiss nos diz sobre arquivo: valor documental e social, e se caiu em desuso.

Arquivo Transferência de documentos


1. Conjunto de documentos manuscritos, gráficos, Com frequência, é preciso verificar as condições dos
fotográficos, etc., produzidos, recebidos e acumulados no arquivos para realizar a transferência de documentos. Com a
decurso das atividades, de uma entidade pública ou privada. verificação e análise de documentos, saberemos para onde
Inicialmente, como instrumentos de trabalho e transferir os documentos, se é para o arquivo inativo ou morto,
posteriormente conservados como prova e evidência do ou se o documento permanece no arquivo ativo. Os processos
passado, para fins de direito dessa entidade ou terceiros, ou de transferência de documentos são:
ainda para fins culturais e informativos. • periódico – fazemos a transferência de documentos para
2. Conjunto de documentos relativos à história de país, o arquivo inativo ou morto, de forma planejada, em dias
região, cidade, instituição, família, pessoa, etc. preestabelecidos.
3. Recinto onde se guardam esses documentos. 4. Conjunto • Permanente – em que a transferência de documentos se
de dados digitalizados que pode ser gravado em um dá em intervalos não preestabelecidos, quando for necessário,
dispositivo de armazenamento e tratado como ente único. devido ao acúmulo de documentos.
Arquivos podem conter representações de documentos, • Diário – em que a transferência é, como o próprio nome
figuras estáticas ou em movimento, sons e quaisquer outros diz, diária, quando consultamos um documento e verificamos
elementos capazes de serem digitalizados. Arquivo. que não é mais necessidade mantê-lo no arquivo ativo, então,
Resumidamente: arquivos são conjuntos organizados de podemos transferi-lo para o arquivo inativo ou morto. O ato de
documentos, produzidos ou recebidos e preservados por preservar documentos é tão importante que há uma lei na
instituições públicas ou privadas, ou ainda por pessoas. E são constituição que assegura isso. Vejamos o que diz o artigo
divididos em duas categorias: públicos e privados. Os públicos abaixo:
são produzidos ou recebidos por instituições governamentais Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens
de caráter federal, estadual ou municipal. Os privados são de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou
produzidos e recebidos por pessoas físicas, conforme suas em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à
atividades específicas, e instituições que não são públicas. O memória dos diferentes grupos formadores da sociedade
arquivo tem como função classificar, organizar e preservar a brasileira, nos quais se incluem: (EC n. 42/2003) I – as formas de
documentação. Os arquivos constituem fontes culturais de expressão; II – os modos de criar, fazer e viver; III – as criações
grande relevância, pois guardam a memória histórica científicas, artísticas e tecnológicas; IV – as obras objetos,
individual e coletiva, manifestações culturais, fatos da documentos, edificações e demais espaços destinados às
civilização, leis, criações científicas e tecnológicas, etc. E, por manifestações artístico-culturais; V – os conjuntos urbanos e
isso, devem ser preservados. sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico,
paleontológico, ecológico e científico. § 1º O poder público, com
Tipos de arquivo a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o
Os arquivos são classificados em três tipos: ativo, inativo e patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários,
morto. A esses tipos relaciona-se a frequência do uso ou registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras
consulta. formas de acautelamento e preservação. § 2º Cabem à

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APOSTILAS OPÇÃO

Administração Pública, na forma da lei, a gestão da Arquivamento por nomes


documentação governamental e as providências para franquear
sua consulta a quantos dela necessitem. § 3º A lei estabelecerá
incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores
culturais. § 4º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão
punidos, na forma da lei. § 5º Ficam tombados todos os
documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas
dos antigos quilombos.

Antigamente, a preservação documental tinha caráter


histórico. A preocupação primordial era justamente proteger
a memória histórica dos fatos registrados na forma de
documentos. Com o passar do tempo, houve o aumento de
produção e veiculação de informações técnicas e científicas em
diferentes setores da sociedade. Na Administração Pública,
principal - mente, tem-se produzido, a cada dia, mais e mais
documentos. Com isso, atualmente o objetivo de preservar e
arquivar documentos não é só histórico, mas sim de
racionalizar a informação, proporcionar a eficiência
A classificação por ordem alfabética permite vários
administrativa e tornar prática a tomada de decisões.
procedimentos:
• palavra por palavra, letra por letra, até o final de cada
ONDE ARQUIVAR OS DOCUMENTOS
palavra;
• o último sobrenome vem primeiro, por exemplo: Dias
Como sabemos, os documentos registram fatos e
Lucas Eduardo de Sousa
informações úteis e relevantes, por isso precisamos arquivá-
• não se considera na ordem de arquivamento: títulos,
los em lugares próprios e seguros. Existem vários tipos de
graus de parentesco, tais como: Dr., Junior e Filho;
pastas, depósitos de papelão, equipamentos de ferro e
• nomes precedidos por prefixos são arquivados conforme
fichários para o arquivamento de documentos. Portanto, nesta
a primeira letra do prefixo. A primeira letra do prefixo é escrita
unidade, nosso objetivo é identificar os procedimentos para
com letra maiúscula: Del Vigna Dalva;
guardar documentos.
• não se separa sobrenome composto por substantivo e
adjetivo: Castelo Branco Luis. Conectivos como de, do, da, e,
Organização de arquivos
que antecedem sobrenome, não são considerados na ordem de
Na organização de arquivos, precisamos observar alguns
alfabética: Monteiro Alice Sales de.
princípios básicos, como segurança, previsão, simplicidade,
acesso e flexibilidade. A preocupação com a segurança de
arquivos é imprescindível. Por isso, é necessário tomar
medidas contra incêndio, extravio e condições impróprias de
preservação de documentos e manter os sigilosos em lugar
conveniente.
Com a dinâmica dos serviços administrativos e com o
passar do tempo, a tendência é o número de documentos
aumentar.
Isso nos leva a observar o crescimento do volume e a
complexidade dos documentos a serem arquivados. Por isso,
não precisamos adotar normas rígidas de arquivamento, mas
No arquivamento de nome de empresas segue a ordem
sim sermos flexíveis para esse procedimento, para que não
direta, observando o seguinte:
sejam arquivados quaisquer documentos.
• escrevemos os números por extenso;
• não consideramos o artigo (a, as, o, os) no arquivamento,
Métodos de arquivamento
ele é deslocado para o fim: Estado de São Paulo (o).
Como vimos, arquivar é um processo que exige
conhecimento e técnica. Na maioria das vezes o adquirimos na
Arquivamento por assunto
prática rotineira de nosso trabalho, na secretaria da escola. Já
falamos sobre documentação, tipos e espécies de arquivo, e
Arquivam-se os documentos, em pastas, por ordem de
transferência de documentos. Agora, vamos relembrar ou
assunto. Dentro das pastas, por exemplo, pode-se obedecer a
conhecer alguns métodos de arquivamento? São vários os
ordem de data, por exemplo.
métodos de arquivamento: alfabético, numérico e
alfanumérico. Contudo, nesta unidade, vamos falar do método
Dia dos Estudantes
alfabético, que é o mais simples, prático e proporciona-nos
Dia dos Professores
consultas diretas e rápidas. Além disso, é o mais utilizado nas
Festa Junina
instituições, principalmente na secretaria escolar, onde o mais
Reunião do Conselho de Classe
importante, para nós, são os nomes dos alunos.
Como já vimos, o método alfabético possibilita vários
Atenção:
procedimentos de arquivamento. Quando arquivamos,
O método alfabético refere-se ao nome de pessoas, de
organizamos pastas de acordo com o método de classificação
empresas ou razões sociais.
que escolhemos e, dentro das pastas, também organizamos
documentos conforme uma classificação, dependendo da
Bem, você já começou organizando o exemplo do método
função do arquivo e do tipo de documento. Veja o exemplo: em
alfabético.
um arquivo ordenado pelo gênero da correspondência, há uma
Agora, vamos descrever algumas regras do método e sua
pasta para cada gênero: Avisos, Memorando, Ofício e
ordem de arquivamento.
Requerimento. Em cada pasta os documentos são arquivados

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APOSTILAS OPÇÃO

por data. Em uma secretaria escolar, os arquivos são tem uma finalidade social: a história escolar de uma pessoa
organizados de diferentes formas, pois há uma diversidade de que passou pelo ensino funda - mental e/ou médio.
documentos que são manuseados e preservados nos arquivos,
como documentos de alunos, correspondências oficiais, livros- Gêneros da Secretaria Escolar
ata, diários, Leis, etc.
Outras formas de arquivamento Neste longo tópico, identificaremos gêneros textuais
São as necessidades da secretaria escolar que ditam a escritos que são utilizados na escola e que também os
forma de arquivar documentos. Às vezes, há necessidade de chamamos de escrituração escolar. Veja que cada gênero tem
arquivar documentos por data, ano, série. É o caso de uma finalidade social.
correspondência expedidas e recebidas, dossiês ou pastas de
alunos. Vale ressaltar que os documentos dos alunos, em Ata se Abertura de Ano Letivo
muitas escolas, são arquivados em armários de grande porte Tem como finalidade registrar a abertura do ano letivo que
com pastas suspensas, para tornar prático o manuseio. é um fato relevante à história da escola e da educação.

Protocolo e Registro ATA DE ABERTURA DO ANO LETIVO DE 2006


Um serviço essencial é o registro de entrada e de saída de
documentos na escola. Para isso, é necessário o uso diário do Aos vinte e sete dias do mês de fevereiro do ano de dois
livro de protocolo, pois somos seres humanos e a nossa mil e seis, de acordo com o Calendário Escolar, aprovado
memória costuma falhar. Com registros escritos, podemos pelo Parecer n. seis, de vinte e um de agosto do ano de dois
esclarecer dúvidas, atestar a expedição e recebimento de mil, que determina a oferta de duzentos dias letivos para o
documentos. corrente ano, iniciou-se as atividades do ano letivo de dois
mil e seis, com adoção da(s) grade(s) curricular(es)
Informática aprovada(s) pelo Parecer n. oito, do ano de dois mil. A
Hoje, quem trabalha com o computador sabe da sua grande instituição de ensino funcionará no corrente ano letivo no
utilidade. Muitas escolas de várias cidades do país já estão Ensino Fundamental – Segunda Fase, de quinta a oitava
equipadas com computadores, utilizando a tecnologia da série. Nada mais tendo a relatar, eu, Maria da Glória Campos
informática. Contudo, conhecemos a realidade do Brasil, há Peixoto, Secretária, lavrei a presente ata, que será assinada
uma triste desigualdade social: muitas escolas já se servem do por mim e pelo Diretor desta instituição de ensino.
computador para a otimização dos serviços administrativos,
porém muitas outras ainda utilizam máquina de escrever. As São Pedro, 28 de fevereiro de 2006.
pessoas, que trabalham nas escolas informatizadas, relatam
que a informática é um sistema que ajuda muito nas rotinas da João Ribeiro Costa Maria Campos Peixoto
escola. Nossa esperança é que todas as escolas do Brasil Diretor Secretária
tenham computadores e que sejam utilizados para facilitar os
serviços administrativos da equipe da secretaria escolar.

ESCRITURAÇÃO ESCOLAR Ata de Encerramento de Ano Letivo


Segue o mesmo padrão da anterior, mas com outra
Cada instituição pública ou privada, prestadora de serviços finalidade: registrar o encerramento do ano letivo. Vale
específicos, possui documentos que marcam as atividades que ressaltar que pode se relatar, na forma de ata, o que foi
são realizadas nesse determinado contexto. A esses modificado durante o ano letivo referente à turma, aluno e
documentos chamamos de gêneros textuais administrativos, outros tópicos.
burocráticos ou institucionais. Veja um exemplo: geralmente,
em um banco, os gêneros textuais peculiares a seus serviços ATA ENCERRAMENTO DO ANO LETIVO DE 2006
são cheques, formulários bancários com diferentes
finalidades, contratos financeiros, principalmente Aos vinte dias do mês de dezembro do ano de dois mil e
procedimentos realizados por meio eletrônico, etc. Muitas seis, de acordo com o estabelecido no Calendário Escolar,
instituições administrativas produzem gêneros comuns, aprovado pelo Parecer n. seis, de vinte e um de agosto do
como: cartas comerciais, atas, memorandos, ofícios, contratos, ano de dois mil, que determina a oferta de duzentos dias
etc. Mas, o que muda em seus textos é o assunto, a finalidade, letivos para o corrente ano, encerrou-se o ano letivo de dois
que expede e que recebe. Partindo dessa primeira exposição, o mil e seis, após terem sido cumpridos duzentos dias letivos
objetivo desta unidade é explicar os gêneros textuais e executadas a(s) grade(s) curricular(es) aprovada(s) pelo
administrativos da es - cola e seus usos. A escola também Parecer n. oito, do ano de dois mil. A instituição de ensino
possui seus gêneros textuais específicos. O professor, por funcionou nos turnos vespertino e matutino. Com oferta de
exemplo, trabalha com o livro didático, textos, diário de classe, Ensino Fundamental – Segunda Fase, de quinta a oitava
etc. A secretaria também possui seus gêneros textuais série. Sendo quinta e sexta série no período matutino e
peculiares, isto é, o conjunto de textos com configurações sétima e oitava série, no período vespertino. Nada mais
específicas, que pertencem a um contexto específico e que tendo a relatar, eu, Maria da Glória Campos Peixoto,
serve a uma esfera social, que é a comunidade da escola. Secretária, lavrei a presente ata, que será assinada por mim
Portanto, ofício, requerimento, ata, ficha, certificado, histórico e pelo Diretor desta instituição de ensino.
escolar, declaração, memorando, cadastro de professores(as),
diário de classe são, por exemplo, gêneros textuais da São Pedro, 28 de fevereiro de 2006.
secretaria escolar, pois têm configurações e finalidades
específicas e servem, principalmente, para estabelecer a João Ribeiro Costa Maria Campos Peixoto
comunicação entre as pessoas. Quando o(a) aluno(a) recebe Diretor Secretária
seu histórico escolar pode ler a síntese de toda a sua trajetória
de estudos, pesquisa, resolução de questões, interação com
professores(as), colegas e direção, etc. Isso significa que o
histórico escolar é um gênero textual da linguagem escrita, que

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APOSTILAS OPÇÃO

Observamos que datas e números de documentos são Termo de Exoneração do Diretor(a), Vice-Diretor(a) e
escritos por extenso, nesse tipo de documento. Secretário(a)

Termo de Abertura e Encerramento do Instrumento TERMO DE EXONERAÇÃO DO VICE-DIRETOR


(Livro) de Registro de Investiduras e Exonerações
Aos vinte e dois dias do mês de novembro de dois mil e
TERMO DE ABERTURA cinco, foi exonerado da função de Vice-Diretor do Centro de
Ensino Médio Padre Anchieta, o Senhor José Antônio Dias
Este livro contém 240 páginas, numeradas e rubricadas Castro, por meio do Ato n. 46, de 18 de novembro de 2005,
por mim, destinando-se ao registro de investidura e publicado no D.O.U n. 98, de 16 de novembro de 2005.
exoneração de Diretores, Vice-diretores e Secretários
Escolares. _______________________________________________________________
Brasília/DF, 12 de fevereiro de 2006.
____________________________
Estabelecimento de Ensino
_______________________________________________________________
____________________________ Carimbo e assinatura Carimbo e
Local e Data assinatura do(a)
Da autoridade competente
____________________________ exonerado(a).
Assinatura do(a) Diretor(a)
Documentos Pertinentes ao Aluno

TERMO DE ENCERRAMENTO Nesta parte, descrevemos procedimentos de processo de


ingresso e permanência do aluno na escola.
Nesta data, esgotamos todas as suas folhas, declaramos
encerrado o presente livro de Registro de Investidura e Procedimento de Realização de Matrícula Nova
Exoneração. São vários os procedimentos para a efetuação de matrícula
nova, que dependem de fatos ocorridos na secretaria escolar.
____________________________ Primeiro, após a renovação de matrícula de alunos que já estão
Local e Data na escola, matrícula interna, verifica-se o número de vagas
remanescentes, isto é, disponíveis.
____________________________ Essas vagas são divulgadas pela secretária por meio de
Assinatura do(a) Diretor(a) cartazes, de telefone, ou de interação face a face. No Calendário
Escolar está estabelecido período para matrícula que deve ser
obedecido. No período de matrícula, os interessados às vagas
Termo de Investidura do Diretor(a), Vice-Diretor(a) e na escola são atendidos, para esclarecimentos do
Secretário(a) procedimento de matrícula. Os documentos apresentados por
esses interessados são examinados. Quando há casos de
A autoridade responsável pela posse é definida no equivalência, adaptação e aproveitamentos de estudos, a
Regimento Escolar da Instituição de Ensino. pessoa interessada em efetuar a matrícula é encaminhada à
direção.
TERMO DE INVESTIDURA DO DIRETOR
Perfil da(a) Aluno(a) para Efetuação de Matrícula Nova
Aos doze dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e • Ser iniciante no processo de educação formal, não ter
seis, a Senhora Júlia Cardoso de Lima, natural de estudado anteriormente em nenhum estabelecimento de
Brasília/DF, Registro Profissional n. 432 758, Carteira de ensino.
Identidade n. 145 567 – SSP/DF, 27 de abril de 1985, • Ter sido matriculado no ano anterior, mas que não
assume a função de Diretora do Centro de Ensino renovou sua matrícula.
Fundamental Anísio Teixeira, para qual foi nomeada, por • Ter sido transferido de uma escola para outra do mesmo
meio do Ato de Nomeação n. 8, de 26 de janeiro de 2006, sistema de ensino ou de outro Estado da Federação, ou, ainda,
publicado no D.O.U n. 0056, de 17 de janeiro de 2006. de outro país.
• Não ter documentação que comprove escolaridade
_______________________________________________________________ anterior.
____
Brasília/DF, 12 de fevereiro de 2006. Procedimentos de Matrícula
Para efetuar a matrícula das pessoas que estão com os
documentos organizados os procedimentos são:
_______________________________________________________________ • preencher formulário de solicitação de matrícula ou
____ similar em uma via, com os dados fornecidos por quem está
Carimbo e assinatura Carimbo e assinatura interessando em efetuar a matrícula. Esse interessado deve
do(a) assinar o formulário;
Da autoridade competente
empossado(a). Atenção:
O(a) aluno(a) menor de idade não pode assinar o
formulário de matrícula.

• solicitar e identificar fotografias do(a) aluno(a),


escrevendo o nome e a série no verso;

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APOSTILAS OPÇÃO

• grampear as fotos na solicitação de matrícula, similar, Adaptação de Estudos


declaração provisória para matrícula ou histórico escolar e
ficha individual; Consiste no procedimento pedagógico com o objetivo de
• compor a pasta individual do(a) aluno(a) com os complementar carga horária, conteúdos ou componentes
documentos relacionados acima. É frequente pais ou curriculares inexistentes ou insuficientes ao currículo do curso
responsáveis ou outras pessoas tentarem fazer matrícula na pretendido. Diante desse caso, para a efetivação de matrícula,
escola, sem ter a documentação necessária para isso. Quando é necessário analisar previamente o histórico escolar do aluno,
ocorrer essa situação, você deve recorrer às leis federais, com a finalidade de constatar a regularidade e autenticidade
estaduais ou municipais do Conselho de Educação ou Câmara desse documento.
de Educação Básica ou buscar conversar com pessoas mais Depois desse procedimento, a documentação deve ser
experientes no trabalho de secretaria, para saber como agir encaminhada aos responsáveis para análise do caso de
nesses casos. adaptação e aproveitamento de estudos, com o objetivo de
definir um e/ou mais componente(s) curricular(es)
Renovação de Matrícula necessário(s) à adaptação. Após esse procedimento,
Todo ano ou semestre é realizada a renovação de matrícula registramos a adaptação a ser cumprida na ficha de solicitação
dos alunos que já estão na escola, pois todo aluno matriculado de matrícula ou em outros gêneros, conforme o caso. E, ainda,
no ano anterior tem direito a essa renovação. A instituição de registramos o resultado final da adaptação em ata, na ficha
ensino tem o dever de assegurar as vagas dos alunos que estão individual e, em caso de transferência, também no histórico
em atividade de recuperação. Para a realização da renovação escolar.
de matrícula, alguns procedimentos devem ser organizados
pelo secretário escolar e sua equipe, que são: Aproveitamento de Estudos
• divulgar na comunidade escolar, com antecedência, Consiste em um recurso pedagógico que possibilita à
informações sobre período e normas para a renovação de instituição de ensino creditar estudos, que contemplem o(a)
matrícula e pedido de transferência; aluno(a), de mesmo ou equivalente valor formativo, realizados
• compor as novas turmas depois do encerramento do com aproveitamento em outro curso ou em outro contexto,
período de matrícula, preparando as listas de matrícula por com objetivo de continuidade de estudo. No exame e decisão
série, modalidade, turma e turno; acerca do aproveitamento da(s) disciplina(s), são observados:
• exigir declaração, em formulário próprio, do(a) pai (mãe) seu valor formativo; conteúdo programático; carga horária;
ou do(a) aluno(a), ou do responsável para efetuar a renovação atendimento especial ao aluno para recuperação de estudos.
de matrícula, caso o(a) aluno(a) seja menor de idade; Esse recurso pedagógico pode ser efetivado conforme
• após a renovação, fazer levantamento do número de resultado da análise de documentação apresentada, testes,
vagas disponíveis para matrícula nova. entre - vistas, etc. O desenvolvimento desse procedimento
segue o roteiro que consiste em: receber a documentação
Transferência de Aluno do(a) aluno(a) e examiná-la detalhadamente para a
Consiste na transferência do(a) aluno(a) de uma comprovação de sua regularidade e autenticidade. Depois, a
instituição de ensino para outra, de um curso para outro, de documentação deve ser encaminhada aos responsáveis,
uma habilitação para outra, de um Estado para outro, de um professores(as) específicos(as), para análise e escolha dos
país para outro, conforme sua solicitação, caso seja maior de casos que merecem aproveitamento de estudos.
idade, ou do pai, mãe ou responsável, caso seja menor de idade. Por fim, registramos na ficha individual do(a) aluno(a), em
Para a realização da transferência, a secretaria escolar recebe ata e no histórico escolar a carga horária e o resultado do
a solicitação do(a) interessado(a) e procede a preparação do aproveitamento de estudo.
histórico escolar que é o principal documento desse processo.
A transferência do(a) aluno(a) pode ocorrer em dois ATA DE APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
momentos:
• Durante o ano letivo: providenciam-se o histórico Aos cinco dias do mês de junho de dois mil e seis foi
escolar, datado e assinado pelo(a) diretor(a) e pelo(a) concedido aproveitamento de estudos ao aluno Aluísio de
secretário(a) escolar, e a ficha individual do(a) aluno(a), Moura Araújo, da 7a série da Educação de Jovens e Adultos,
ambos com cópia. Entregamos ao solicitante responsável o no componente curricular “História”, de acordo com o
original do histórico escolar e a ficha individual. Peça o recibo Regimento Escolar. E, para constar, eu, Anésia Maria
do interessado nas cópias desses documentos. Essas cópias Guimarães do Prado, Secretária desta Instituição de Ensino,
serão arquivadas na pasta individual do(a) aluno(a) que será lavrei a presente ata, assinada por mim, pela Diretora
remanejada para o arquivo permanente. Deve-se registrar a Carmem Lúcia Sales e pelas professoras Ana Maria Cardoso
transferência do(a) aluno(a) no diário de classe e avisar e Rute Araújo da Silva.
aos(às) professores(as) da turma sobre o ocorrido.
• Final do ano letivo: quando a transferência ocorre nesse Assinaturas:
período, providenciamos histórico escolar com cópia, lançado
no campo pertinente todas as informações necessárias da vida _______________________ __________________________
escolar do aluno, como: dispensa de educação física, etc. Diretor Secretária
Quanto a recibo e arquivamento, o procedimento é similar ao
tópico anterior (transferência durante o ano letivo). _______________________
Professoras
Atenção: O recibo consta de data da entrega do
documentos de transferência e assinatura de quem Equivalência de Estudos
recebeu. Observe os termos: É o nome que atribuímos ao procedimento de equivalência
Recebido em 12/07/2006. entre os estudos realizados no exterior e a estrutura de
Por Maria Tereza de Souza Araújo. educação do Brasil. Esse processo também pode ocorrer no
mesmo país. Para montar esse processo são necessários os
seguintes documentos: histórico escolar, currículo, boletim,
certificado ou gênero similar com o visto do consulado

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expedido pela Embaixada do Brasil no país de origem ou pelo ATA DE PROMOÇÃO DO(A) ALUNO(A)
Itamaraty.
Os documentos relacionados devem ser apresentados em Aos quatro dias do mês da abril de dois mil e seis,
tradução oficial feita por tradutor juramentado ou por registra-se que a aluna Ana Luiza Moraes e Silva, conforme
instituições legitimadas: escola de línguas, embaixadas, rezam o Parágrafo único do artigo X da Resolução n. Y e o
repartição pública, etc. Caso o(a) aluno(a) tenha estudado no Regimento Escolar desta Instituição de Ensino, aprovado
Brasil, os documentos necessários para abertura de processo pela Comissão Escolar, frequentou a segunda série, do
são: histórico escolar e/ou ficha individual da(s) série(s) ensino fundamental, até esta data, cumprindo o total de 120
cursada(s). dias letivos, tendo sido submetida à avaliação em todos os
Depois de recebidos esses documentos do solicitante à componentes curriculares da citada série e obteve os
matrícula, o(a) secretário(a) irá examiná-los e posteriormente seguintes resultados: Língua Portuguesa 10; Matemática
irá encaminhá-los à direção para tomar as providências 9.7; Ciências 10; Geografia, 9.8; Artes 9.6 e História 10,
cabíveis. portando com resultado final “Aprovada”. Para constar, eu,
Portanto, é de competência da direção considerar a Maria de Jesus Gomes Lima, Secretária desta Instituição de
equivalência do diferente nível ou série(s), faixa etária do(a) Ensino, lavrei a presente ata que está por mim assinada,
aluno(a) e abordagem pedagógica para indicar a série a ser pelo Diretor, Luis Cláudio Dias, pelos Professores da aluna:
cursada pelo(a) discente. Lidia Brito, Sérgio Nascimento e Maria Cândida Nogueira e
Mediante a esse procedimento, a matrícula será efetivada pelos membros do Conselho de Classe: Luis Cláudio Dias,
pela comissão, registrando-se, na ficha de matrícula, as Vera Lúcia Cardoso e Lidia Brito.
adaptações a serem realizadas.
Por fim, as cópias autenticadas da documentação escolar 4 de abril de 2006.
serão arquivadas na pasta do(a) aluno(a).
Assinaturas:
Promoção do(a) Aluno(a)
Percebendo que o(a) aluno(a) demonstra habilidades e _________________________
conhecimentos além da série que está cursando, o(a) ______________________________
professor(a) pode encaminhá-lo, conforme o parecer do Diretor Secretária
conselho de classe ou comissão de professores(as), à
realização de avaliação de todo o conteúdo de todos os _________________________
componentes curriculares da série em andamento, com a Professores
finalidade de comprovar estar o(a) aluno(a) apto a cursar a Conselho de Classe
série seguinte. Esse procedimento pedagógico consiste na Dispensa de Educação Física
“Promoção do(a) Aluno(a)”, que pode ocorrer em qualquer A dispensa da educação física é amparada pela Lei n.
época do ano letivo, de acordo com os seguintes 7.692/1988 e para se beneficiar dessa dispensa, é necessário
procedimentos: o aluno se enquadrar em uma das seguintes condições: • ter
• registramos, no livro de Atas de exames e processos mais de trinta anos;
especiais de avaliação, o resultado do processo de promoção • ter filho(s);
do(a) aluno(a); • comprovar exercer atividade profissional em jornada
• registramos, na ficha individual do(a) aluno(a), os igual ou superior a seis horas;
resultados obtidos na avaliação: nota ou menção/conceito • estar cursando pós-graduação;
final, resulta - do final: aprovado e, ainda, os dias letivos e/ou • estar prestando serviço militar inicial ou comprovar
carga horária correspondente; realizar atividade esportiva obrigatória na instituição militar
• registramos, na ficha individual da série anterior, notas que serve;
ou menções/conceitos obtidos na avaliação e, também, os dias • ser amparado pela Lei n. 1.044/1969;
letivos decorridos até a data da promoção do(a) aluno(a); • ser amparado pela Lei n. 7.692/1988. Depois que o(a)
• registramos, na ficha individual da nova série, os dias aluno(a) estiver ciente que pode ser dispensado da educação
letivos restantes; física, pode entrar em ação a secretaria escolar com
• o período em que o(a) aluno(a) estava frequentando a procedimentos específicos, que são:
série anterior não deve se contado como falta na nova série; • orientar o(a) aluno(a) a requerer a dispensa da educação
• observamos que a soma dos dias letivos decorridos, na física;
série anterior, mais os dias letivos constantes, na nova série, • comunicar ao(à) professor(a) responsável pela prática a
resultem no total de 180 ou 200 dias letivos, se for o caso; data que foi concedida a dispensa do(a) aluno(a);
• observamos, ainda, que a promoção do(a) aluno(a) deve • registrar a dispensa do(a) aluno(a) da educação física,
constar nos diários de classe das duas séries e no histórico conforme amparo legal, na ficha individual, no histórico
escolar do aluno, por motivo de transferência. escolar, diploma e certificado, quando esses três últimos
documentos forem expedidos.
Atenção:
Exemplo de observação que deve constar no diário de NOÇÕES DE CLASSIFICAÇÃO. CDU, CDD, TABELA DE
classe e no histórico escolar, por motivo de transferência: CUTTER.
A aluna Maria Lúcia da Silva Luz foi promovida, em 20 IDENTIFICAÇÃO E REPRESENTAÇÃO.
de junho de 2006, para a 4a série do ensino fundamental,
conforme Parecer n. X, do Conselho de Classe. Classificação

Bom, após seu livro receber sua identificação – sua


identidade –, ele deve ser classificado.
Classificar é na realidade uma tarefa muito importante,
pois é ela que vai definir o local em que o livro vai ficar na
estante. A idéia é sempre partir do geral para o particular, ou
seja, deve-se ter um assunto principal e esse é subdividido
sucessivamente até se chegar a um termo que não admite mais

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ser dividido. A classificação cria condições para que os livros sociais. Suponha, ainda, que dentro dessa classe você quer
possam ser dispostos nas estantes de maneira sistemática, fazer menção ao assunto referente ao direito, representado
proporcionando assim seu uso. Para isso é primordial que a pelo número 34. Assim, entendendo tratar-se de números
classificação possibilite: decimais, teremos:
- localizar um livro em uma coleção;
- retirar um livro para consulta com rapidez;
- devolver um livro à coleção com rapidez; CDU Representação
- inserir novo livro aos já existentes na coleção, sem que decimal
esses percam a sua ordem lógica. 3 0,3
A classificação por assuntos é a única a preencher as
finalidades acima. É frequente um leitor chegar a uma 34 0 , 34
biblioteca sem definir o assunto que procura. Ao chegar às
estantes, ele muitas vezes se admira de encontrar outros livros Se você precisar tratar de um outro assunto pertencente ao
de assuntos bem mais específicos dos quais nem tinha assunto direito, por exemplo, direito constitucional, basta
conhecimento. fazer a seguinte representação:
A classificação por assuntos oferece essa possibilidade.
O livro, por sua forma física, só pode ocupar um lugar na Representação
coleção, por isso, quando ele tratar de diferentes assuntos, CDU
decimal
deve-se escolher somente um, de acordo com o objetivo da 342 0,342
biblioteca, ficando a cargo do catálogo relacionar os diferentes
assuntos.
Portanto, embora a classificação seja escrita sem a casa
O processo de classificar implica agrupar livros pelos
decimal, sua disposição deve ser entendida como se ela fosse
assuntos que tratam, trocando o nome ou o termo desses por
um número decimal. Desse modo, o número 3 (0,3) deverá vir
sinais ou símbolos correspondentes, chamados de notação da
sempre primeiro que o número 34 (0,34) quando da
classificação. É comum que diferentes livros tenham uma
organização dos documentos (livros, CDs etc.) nas estantes.
mesma notação, para diferençá-los deve-se usar a notação de
Deve-se ressaltar que a classe 4 da CDU está vaga, ou seja, não
autor.
é utilizada no momento para representar qualquer tipo de
O conjunto dessas duas notações recebe o nome de número
assunto. Logo, na sua biblioteca, o número 4 e seus derivados
de chamada. Esse número é quem individualiza o livro dentro
não deverão ser utilizados para representar assuntos.
de uma coleção, assim, numa biblioteca não pode haver dois
Uma das vantagens em se utilizar esse tipo de classificação
livros com o mesmo número de chamada. A notação de uma
é que ela permite que outros documentos sejam incorporados
classificação precisa ser simples e permitir a expansão de
ao acervo sem que se tenha que refazer toda a classificação já
novos assuntos.
existente.
Quando for classificar pense sempre nas regras básicas
0 Generalidades. Informação. Organização.
citadas a seguir:
1 Filosofia. Psicologia.
- classificar o livro onde ele é mais procurado;
2 Religião. Teologia.
- classificar primeiro pelo assunto;
3 Ciências sociais. Economia. Direito. Política.
- quando um assunto influenciar o outro, classificar pelo
Assistência social. Educação.
assunto influenciado. Exemplo: a informática na
4 Classe vaga.
biblioteconomia, classificar em biblioteconomia;
5 Matemática e ciências naturais.
- quando dois assuntos são subdivisões de um assunto
6 Ciências aplicadas. Medicina. Tecnologia.
maior, classificar pelo maior;
7 Arte. Belas-artes. Recreação. Diversões. Desportos.
- quando um livro tratar da história de um assunto,
8 Linguagem. Linguística. Literatura.
classificar pelo assunto;
9 Geografia. Biografia. História.
- quando um item tratar de método investigativo,
classificar pelo assunto investigado.
0 Generalidades. Informação. Organização.
01 Bibliografias. Catálogos.
Sistemas de classificação
02 Bibliotecas. Biblioteconomia.
030 Livros de referência: enciclopédias, dicionários.
Existem vários sistemas de classificação para bibliotecas.
Abaixo segue uma Tabela de CDU adaptada e simplificada.
No entanto, por ser muito prático e muito utilizado, vamos
Lembre-se, você é quem fará a classificação. Portanto, seja
citar aqui, de forma simplificada, somente a Classificação
sempre razoável e utilize sempre os mesmos critérios para
Decimal Universal (CDU) que derivou de outra classificação, a
todos os documentos. É importante dizer que chegará um
Classificação Decimal de Dewey (CDD)
momento em que seu acervo crescerá de tal forma que você
A CDU propõe-se a dividir o conhecimento em dez grandes
deverá procurar a Tabela da CDU e buscar outros recursos por
classes, que variam entre os números zero e nove. Em cada
ela oferecidos.
classe, para documentos classificados com números iguais,
040 Ensaios, panfletos e brochuras.
você pode ainda organizá-los em ordem alfabética de autor
050 Publicações periódicas. Periódicos.
(número de Cutter).
06 Instituições. Academias. Congressos. Sociedades.
Organismos científicos. Exposições. Museus.
Classificação Decimal Universal (CDU)
070 Jornais. Jornalismo. Imprensa.
08 Poligrafias. Poligrafias coletivas.
Esquema internacional de classificação de documentos
09 Manuscritos. Obras notáveis e obras raras.
(qualquer que seja o suporte do documento: ex.: CD, fita K-7,
fita VHS etc.), baseado no conceito de que todo o conhecimento
1 Filosofia. Psicologia.
pode ser dividido em dez classes principais e estas,
11 Metafísica.
individualmente, podem ainda ser divididas em outras classes
133 Metafísica da vida espiritual. Ocultismo.
sucessivamente. Isso ocorre em virtude da hierarquia decimal,
14 Sistemas e pontos de vista filosóficos.
que pode ser exemplificada da seguinte forma: suponha que o
159.1 Psicologia.
número 3 represente todo o assunto relacionado às ciências

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16 Lógica. Teoria do conhecimento. Metodologia da 82 Literatura em língua inglesa.


lógica. 83 Literatura alemã/escandinava/holandesa.
17 Filosofia moral. Ética. Filosofia prática. 84 Literatura francesa.
85 Literatura italiana.
2 Religião. Teologia. 86 Literatura espanhola/portuguesa.
21 Teologia natural. Teologia racional. Filosofia 87 Literatura clássica (latim e grego).
religiosa. 88 Literatura eslava.
22 A Bíblia. Sagradas escrituras. 89 Literatura em outras línguas.
23 Teologia dogmática.
24 Teologia prática. 9 Geografia. Biografia. História.
25 Teologia pastoral. 90 Arqueologia. Antiguidades.
26 Igreja cristã em geral. 91 Geografia, exploração da Terra e viagens.
27 História geral da igreja cristã. 929 Biografias.
28 Igrejas cristãs. Seitas. Denominações (confissões). 93 História.
29 Religiões não cristãs. 94 História medieval e moderna em geral. História da
Europa.
3 Ciências sociais. Economia. Direito. Política. 95 História da Ásia.
Assistência social. Educação. 96 História da África.
31 Demografia. Sociologia. Estatística. 97 História da América do Norte e Central.
32 Política. 98 História da América do Sul.
33 Economia. Ciência econômica. 99 História da Oceania, dos territórios Árticos e da
34 Direito. Jurisprudência. Antártida.
35 Administração pública. Governo. Assuntos militares.
36 Assistência social. Previdência social. Segurança IDENTIFICAÇÃO
social.
37 Educação. O livro precisa, primeiramente, de uma identificação, ou
38 Metrologia. Pesos e medidas. seja, de um carimbo com o nome da biblioteca. Não é assim que
você faz quando compra ou ganha um livro? Não se vai
5 Matemática e ciências naturais. escrevendo o seu nome para que todos saibam que aquele livro
50 Generalidades sobre as ciências puras. pertence a você? Pois é. O livro da biblioteca também precisa
51 Matemática. ser identificado para não ser confundido com outros livros de
52 Astronomia. Astrofísica. Pesquisa espacial. Geodesia. outras pessoas ou de outras bibliotecas. Como uma biblioteca
53 Física. em geral possui muitos livros, a forma mais prática de se
54 Química. Mineralogia. identificar cada livro é por meio de um carimbo que contenha
55 Ciências da Terra. Geologia. Meteorologia. seu nome.
56 Paleontologia. Pode ser um carimbo simples, como o desenho abaixo
57 Biologia. Antropologia. mostra:
58 Botânica.
59 Zoologia. Biblioteca Escolar Monteiro Lobato

6 Ciências aplicadas. Medicina. Tecnologia.


61 Ciências médicas. O livro deve ser carimbado no lado contrário da lombada,
62 Engenharia. Tecnologia em geral. ou seja, no corte do livro e na folha de rosto do livro. Algumas
63 Agricultura. Silvicultura. Agronomia. Zootecnia. bibliotecas usam, também, carimbar uma página padrão em
64 Ciência doméstica. Economia doméstica. todos os livros, carimbando sempre a página que contém
65 Organização e administração da indústria, do determinada numeração. Por exemplo: carimbar qualquer
comércio e dos transportes. livro da biblioteca sempre a página 23.
66 Indústria química. Tecnologia química.
67 Indústrias e ofícios diversos. Registro
68 Indústrias, artes e ofícios de artigos acabados.
69 Engenharia civil e estruturas em geral. Depois de identificado, o livro precisa ser registrado. Ele
Infraestruturas. Fundações. Construção de túneis e de pontes. vai receber um número de registro único.
Superestruturas. Para você entender melhor, vamos comparar os livros a
pessoas. Cada um de nós tem um registro geral de identidade
7 Arte. Belas-artes. Recreação. Diversões. Desportos ou de certidão de nascimento. Mesmo as pessoas gêmeas têm
70 Generalidades. números de registros de identidades diferentes. Então, cada
71 Planejamento regional e urbano. Paisagens, jardins livro, mesmo que seja igual a outros dez livros na biblioteca,
etc. vai receber sempre um número diferente.
72 Arquitetura. Mas para que serve o registro? Para saber quantos livros
73 Artes plásticas. Escultura. Numismática. existem na biblioteca e para identificar o livro na hora de
74 Desenho. Artes industriais. empréstimo.
75 Pintura. Para registrar você vai precisar também de um carimbo e
59 de um livro de registro. Pode-se ainda fazer uso de um caderno
76 Artes gráficas. para estas anotações.
77 Fotografia e cinema.
78 Música. Biblioteca Monteiro Lobato
79 Entretenimento. Lazer. Jogos. Desportos. No: 001
Data: 15/8/2006
8 Linguagem. Linguística. Literatura.
80 Linguística. Filologia. Línguas.
81 Vaga.

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Se a sua biblioteca possuir um computador com um Seleção


software gerenciador de acervo, geralmente o registro é feito Como são selecionados os livros que chegam para a
de modo automático pelo programa de gerenciamento. Não se biblioteca escolar? Todos os livros recebidos são
esqueça de carimbar seu livro em hipótese alguma. aproveitados?
Assim, se sua biblioteca não possuir um computador ou um A seleção é uma atividade utilizada como ferramenta
software gerenciador de acervo, seu registro deve ser feito de básica para definição da composição de um acervo, tanto
modo manual, em um livro específico para esse fim, o qual quanto à forma (tipo de livro que deverá compor o acervo),
deve conter: como quanto ao conteúdo (assuntos de interesse).
• número de registro;
• data em que foi registrado; Aquisição
• nome do autor; título, edição, editora, ano de publicação, Esta é uma etapa que põe em prática as decisões da seleção.
local de publicação e observação. Inclui todas as atividades inerentes aos processos de compra,
doação e permuta de livros. A preocupação com o processo de
Formação de acervo. aquisição é extremamente necessária, pois é ela quem garante
Tipos de materiais. a qualidade do acervo.
Impresso, eletrônico e audiovisual. Sabemos que nem sempre a escola recebe recursos
financeiros para compra, mas uma boa campanha de
O acervo de uma biblioteca pode ser formado por coleções, arrecadação pode suprir as necessidades de composição do
constituídas por diferentes tipos de materiais (livros, acervo.
periódicos, CDs, DVDs, fitas VHS etc.). Por causa dessa Uma estante com livros para trocas também é uma boa
variedade de materiais, muitos autores adotam o termo item sugestão. De repente, você pode colocar aqueles livros em
para se referir a eles. duplicidade, de pouco uso, e fazer a permuta.
Colecionar é reunir um conjunto de itens ou objetos que Outra idéia interessante é ter uma boa comunicação com
têm uma ou mais características comuns. A idéia do que vem a outras bibliotecas. O que não é usado na sua biblioteca pode
ser uma coleção faz parte do nosso dia-a-dia, pois quem em um ser importante para outra e vice-versa.
dado momento da vida não se viu decidindo sobre colecionar
alguma coisa, como gibis, selos, livros, CDs ou outros. Desbaste e descarte
Assim, pode-se dizer que formar e desenvolver um acervo O desbaste é uma retirada temporária de alguns itens da
é decidir quais itens farão, ou não, parte desse conjunto. No coleção, ou seja, esses poderão ser guardados em um depósito
entanto, a realização de tal tarefa exige o estabelecimento de ou em outro local específico até a decisão de sua recolocação
certos critérios para se compor, desenvolver, armazenar e no acervo.
manter uma coleção. Por exemplo, os professores desenvolvem todo ano, no
Para uma boa organização do acervo, é preciso seguir um mês de agosto, um mesmo trabalho sobre folclore. Então, neste
conjunto de técnicas desenvolvidas especificamente para esse período, todo o acervo sobre esse assunto deve estar
fim. disponível. Quando chegar o término desse período, os livros
poderão ser desbastados.
A formação do acervo envolve um trabalho constante de O descarte ou seleção negativa é uma tarefa que consiste
inclusão e exclusão de itens, atividade que favorece a em retirar do acervo da biblioteca, de forma definitiva, livros
atualização do acervo com relação aos anseios dos usuários, repetidos (mais de um exemplar), livros comprovadamente
que podem variar de acordo com o surgimento ou o desuso das sem uso (verificados pelas estatísticas de empréstimo) ou
suas necessidades de informação. aqueles danificados a tal ponto que seu conserto se torne
Nesse sentido, você deve estar atento à atualização do inviável (ou por não poder ser recuperado ou pelo custo da
material pertencente à biblioteca escolar, tendo em vista que recuperação não compensar).
o desenvolvimento de um acervo escolar está intimamente Entre os muitos objetivos do descarte, destaca-se o de
ligado ao grau de uso de seus materiais informacionais. Isso procurar manter o nível de qualidade do acervo, nunca
leva à conclusão de que não existe um único processo de perdendo de vista o usuário. Portanto, só se pode descartar ou
desenvolvimento para toda e qualquer biblioteca, ou seja, cada desbastar um conjunto de livros, após uma seleção criteriosa.
biblioteca, por estar inserida em um diferente meio, exigirá
para seu acervo um tipo diferente de desenvolvimento. Organização do acervo
Em resumo, ao avaliar a formação de um acervo é preciso
buscar entender a comunidade escolar envolvida Imagine-se procurando determinado livro, o qual está
(profissionais da educação, alunos, pais) e suas necessidades guardado em seu quarto. Você se lembra de já o ter visto em
de informação, bem como a política de ensino da instituição, algum lugar do seu “acervo”, guardado em algum lugar e não o
para que se possa selecionar com qualidade os itens que serão encontra de maneira razoavelmente rápida. Isso se dá em
adquiridos por meio de compra, doação ou permuta. virtude de sua não preocupação em organizar seus livros e de
confiar em sua memória. Diante dessa situação, só resta
Armazenamento “explorar o acervo” de livros, examinando um a um.
O que você entende por armazenamento? Pense bem, essa Quanto tempo e trabalho serão dispensados? Daí a
palavra vem de armazém, ou seja, local de depósito e de importância de se criar uma “memória externa”, como
guarda. catálogos, bases de dados e outros mecanismos necessários
Então, para se armazenar um acervo é preciso antes definir para que se tenha o controle eficiente de um acervo, que
os espaços, suas funções, seus materiais, sua utilização, seu permita encontrar de forma rápida aquilo de que se necessita.
layout, os locais destinados à administração, ao Portanto, o controle eficiente de um acervo pede uma
processamento técnico, ao setor de circulação (empréstimo e organização baseada no armazenamento e no arranjo das
devolução), a área de estudos, ao local destinado às estantes coleções, etapas também dependentes de um processamento
etc. A definição desses e de outros espaços vai fazer com que o técnico, importante ao preparo do material voltado para
acervo seja armazenado da melhor maneira possível (lembre- empréstimo e devolução. Como já foi dito, nos dias de hoje um
se do cálculo já citado no item “a” do tópico “Espaço físico” da acervo de uma biblioteca não possui somente livros. Ele
unidade anterior). passou a ser constituído por diferentes tipos de coleções que
variam de acordo com os diferentes tipos de bibliotecas. Desse

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modo, um acervo de uma biblioteca especializada deverá ser centro de recursos educativos, integrado ao processo de
diferente do acervo de uma biblioteca escolar. No entanto, toda ensino e aprendizagem, tendo como objetivo primordial
e qualquer biblioteca tende a ter um mesmo conjunto básico desenvolver e fomentar a leitura.
de coleções, como as mencionadas a seguir. b) Especializada - sua finalidade é promover informação
em determinada área, como exemplo, assuntos exclusivos da
Coleção de livros de referência agricultura, direito, indústria etc.
São livros de consulta. Trazem informações superficiais, c) Infantil - destinada ao atendimento de crianças, deve
introdutórias, básicas. São chamadas obras de referência possuir diversos materiais para enriquecer as horas de lazer e
porque indicam onde encontrar o assunto procurado de uma despertar no leitor o encantamento pelos livros e pela leitura.
forma mais detalhada. Em geral, não podem sair das d) Pública - tem como proposta suprir as necessidades de
instalações da biblioteca, não sendo dessa maneira leitura e informação da sua comunidade, sem distinção de
emprestadas. Incluem-se nessa categoria: dicionários, sexo, idade, raça, religião e opinião política.
enciclopédias, atlas, índices, entre outros. e) Nacional - é a depositária do patrimônio cultural de uma
nação. Encarrega-se de editar a bibliografia nacional e fazer
Coleção de livros-textos cumprir o depósito legal.
São os livros que compõem o acervo geral: literatura, livros f) Universitária - integrada a uma instituição de ensino
didáticos, informativos etc. superior, tem por finalidade oferecer apoio ao
desenvolvimento de programas de ensino e à realização de
Coleção de periódicos pesquisas. A tipologia de cada biblioteca ajuda-nos a perceber
São materiais publicados sob a forma de revistas, jornais a função social que cada uma tem.
ou outro tipo de material que circule em períodos regulares O conhecimento das necessidades da comunidade é que
(semanalmente, mensalmente, anualmente) ou outro período. propiciará o estabelecimento de diretrizes e ações que
Vale ressaltar que esse tipo de material é o que traz as permitirão alcançar os resultados almejados com o fazer
informações mais atualizadas. cultural e educacional.

Coleção de materiais não bibliográficos ou multimeios Biblioteca escolar


São aqueles que estão em uma forma diferente da dos
livros. São os CDs, fitas VHS, slides, discos de vinil, fitas Você viu que existem vários tipos de bibliotecas. Neste
cassetes, jogos etc. texto, priorizaremos a Biblioteca Escolar, que no decorrer do
texto, nomearemos apenas de biblioteca. É comum as escolas
Hemeroteca destinarem um espaço para a biblioteca. Muitas vezes ela
São arquivos de recortes de jornais que informam sobre ocupa uma pequena sala e é chamada de cantinho ou sala de
assuntos diversos e temas atuais. leitura. Na sua escola com certeza deve ter um espaço como
esse.
Definição. Tipos de bibliotecas. Pública, Universitária, No entanto, observa-se na prática que muitas bibliotecas
Escolar e Especializada. vêm sendo utilizadas inadequadamente, ou seja, são simples
depósitos de livros. Com relação à questão administrativa,
Quando falamos em biblioteca10, qual é a primeira ideia também é comum encontrarmos à frente das bibliotecas
que vem à sua cabeça? Ferreira (1986, p. 253) define biblioteca pessoas que, apesar de extrema boa vontade, não estão
como: devidamente capacitadas para organizar e dinamizar esse
1. Coleção pública ou privada de livros e documentos espaço. A escola que não proporciona aos alunos o contato com
congêneres, organizada para estudo, leitura e consulta. a leitura, não ensina a ler de fato, pois leitura não é apenas a
2. Edifício ou recinto onde se instala essa coleção. decifração das letras, mas a interpretação do texto. A
3. Estante ou outro móvel onde se guardam e/ou ordenam responsabilidade de ensinar os alunos a ler não pode ser
os livros. É interessante você saber que não é à toa que a delegada somente ao professor, esse deve ser um
palavra biblioteca tem sua origem nos termos gregos biblíon compromisso de todos que trabalham na escola. Uma grande
(livro) e theka (caixa), significando o móvel ou lugar onde se força-tarefa deve ser formada para transformar a biblioteca
guardam livros. Foi no Egito que existiu, desde o século IV a.C., em um espaço ativo para melhorar os índices de leitura. Este é
a mais célebre e grandiosa biblioteca da Antiguidade, a de um bom motivo para envolver todos os profissionais de
Alexandria, que tinha como ambição reunir em um só lugar educação em atividades como: hora do conto, contação de
todo o conhecimento humano. Seu acervo era constituído de histórias, representação teatral, jornada pedagógica,
rolos de papiro manuscritos - aproximadamente 60 mil, concursos literários, recitais poéticos etc. Você, por exemplo,
contendo literatura grega, egípcia, assíria e babilônica. No pode ser um excelente contador de histórias. Imagine-se
entanto, o conceito e as explicações para a biblioteca vêm se construindo uma poesia e apresentando seu talento para os
transformando e se ajustando por meio da própria história das alunos, professores e seus colegas. Imagine você criando
bibliotecas. Isso quer dizer que as bibliotecas não devem ser textos, uma peça de teatro, compondo uma música. Sendo a
vistas como simples depósitos de livros e que devem ter seu escola um espaço de aprendizagem permanente, é preciso
foco voltado para as pessoas e para o uso que elas fazem da usufruir das coisas boas que lá existem e desenvolver suas
informação. potencialidades ajudando, assim, a escola a crescer. É dessa
interação que estamos falando. Nesse sentido, a biblioteca
Tipos de bibliotecas escolar não deve ser só um espaço de ação pedagógica,
servindo como apoio à construção do conhecimento e de
Para muitos autores, a tipologia de cada biblioteca suporte a pesquisas. Deve ser um espaço perfeito para que
depende das funções desempenhadas por ela. De acordo com todos possam utilizá-la como uma fonte de experiência, de
este entendimento, ela pode ser: apropriação e de difusão da cultura. Está escrito no Manifesto
a) Escolar - organizada para integrar-se com a sala de aula da UNESCO (1976) sobre biblioteca escolar: Biblioteca é a
e no desenvolvimento do currículo escolar. Funciona como um porta de entrada para o conhecimento, fornece as condições

10 as=33661-06-disciplinas-ft-md-caderno-12-biblioteca-escolar-
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&ali pdf&category_slug=fevereiro-2016-pdf&Itemid=30192

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básicas para o aprendizado permanente, autonomia das mesmas para dentro. Muitas vezes usamos as orelhas como
decisões e para o desenvolvimento cultural dos indivíduos e dos marcador de página.
grupos sociais. Sob esse aspecto, a escola deve favorecer o Lombada ou dorso: é a parte que liga as folhas do livro,
conhecimento mútuo. Todos os que nela atuam têm um papel onde se encontra a costura. Fica no lado externo do livro,
importante na mediação do conhecimento. oposta ao corte de páginas.
Errata: lista apresentando os erros corrigidos, com
Definições. Estrutura de apresentação de documento. indicação de páginas, parágrafo e linhas. É inserida, como
Capa, contracapa, folha de rosto, falsa folha de rosto, encarte, antes da folha de rosto. Nem sempre os livros vêm
lombada, índice, sumário, orelha e resumo. com errata, é claro, ela só é inserida caso a edição tenha saído
com erros.
Você já deve ter ouvido falar em processamento técnico.
Pois bem, o processamento técnico envolve um conjunto 1.2 Partes internas (ligadas ao conteúdo)
de trabalhos voltados para análise dos livros que compõem o
acervo. Esses trabalhos vão permitir que se faça a descrição
única de cada livro, tanto do ponto de vista físico (autor, título,
edição, páginas etc.), quanto do ponto de vista de seu
conteúdo. Tais descrições geram condições para que as
informações sejam recuperadas. Fazem parte desse conjunto:
seleção, registro, classificação, catalogação, alfabetação,
colocação de etiquetas, ordenação dos livros nas estantes e
preparo técnico do livro.
Embora a importância desse processamento não seja
percebida pela maioria dos usuários, ele é o ponto de partida
para a organização de cada biblioteca.
Nesta parte, vamos orientar somente o processo manual,
pois o processo automatizado depende de recursos financeiros
e da escolha do recurso técnico de cada biblioteca.
Antes de descrever as etapas do processamento técnico
precisamos estudar as partes do livro. 1.2.1 Pré-textual
Folha de guarda: páginas em branco, encontradas no
1 Conjunto de partes de um livro início e no final da obra.
Falsa folha-de-rosto: é opcional; precede a página de
Um livro é dividido em partes para facilitar a leitura rosto e contém apenas o título e subtítulo da publicação.
técnica. Externamente, suas partes dizem respeito à sua Folha-de-rosto: contém, normalmente, os elementos
condição física e, internamente, mais ao conteúdo, sendo essenciais que identificam um livro: autor; título; número da
dividido em pré-textual, textual e pós-textual. edição; o local (cidade) da publicação do livro; editor ou
editora; ano da publicação. Observação: nem todos os livros
possuem esses itens.
O verso da folha-de-rosto: contém os dados
complementares de uma obra, tais como: títulos da série e
número do volume; título original da obra; copyright; relação
de colaboradores; relação de edições e reimpressões
anteriores, com os respectivos editores e datas; nome e
endereço da editora.
Dedicatória: folha opcional em que o autor presta
homenagem ou dedica o livro a alguém.
Agradecimentos: folha opcional em que o autor indica o
eventual apoio recebido na elaboração do livro.
Epígrafe: folha opcional em que o autor apresenta uma
citação, seguida de indicação da autoria, relacionada com a
matéria tratada no corpo do livro.
Sumário: enumeração das principais divisões, seções e
outras partes do livro, na ordem em que nele se sucedem.
Lista de abreviaturas: relação em ordem alfabética das
1.1 Partes externas abreviaturas, siglas e símbolos utilizados no texto, escrita por
Sobrecapa: proteção para a capa. Inclui as mesmas extenso.
informações contidas na capa. É uma capa solta, colocada nas Prefácio: texto de esclarecimento, justificação, comentário
edições especiais, nem todos os livros vêm com a sobrecapa, ou apresentação, escrito pelo autor ou por outra pessoa.
pois é um acessório que encarece a edição. Geralmente ao Copyright: registro dos direitos autorais ou editoriais.
preparar o livro para ser colocado na estante, retiramos a
sobrecapa. 1.2.2 Miolo do livro
Capa: protege o livro externamente, podendo ser Textual: conjunto de folhas, reunidas em cadernos que
encaderna da ou em brochura. O anverso (frente) da capa deve formam o corpo do livro em que é exposto o conteúdo.
conter na parte central nome de autor, título e subtítulo. A capa
pode ser de diversos materiais, como papel, cartolina, couro ou 1.2.3 Pós-textual
plástico. A elaboração da capa fica a critério do editor. Posfácio: matéria informativa ou explicativa posterior à
Orelhas: geralmente, a capa apresenta orelhas, ou abas, ou elaboração do texto.
asas, que contêm dados biográficos do autor ou comentários Apêndice: desenvolvimento autônomo elaborado pelo
da obra. As orelhas excedem-se da capa e dobram-se sobre si autor; a fim de complementar sua argumentação, sem prejuízo
da unidade nuclear do trabalho.

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Anexo: documento, nem sempre do próprio autor, que Tipos de dicionários


serve de fundamentação, comprovação ou ilustração. Existem também os dicionários de tradução de línguas, ou
Glossário: lista em ordem alfabética de palavras ou seja, aqueles destinados a mostrar os significados ou
expressões técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, sinônimos das palavras em outra língua. Exemplo: Dicionário
acompanhadas das respectivas definições. de português-inglês, português-italiano, português-espanhol.
Índice: lista alfabética de autores e/ou assuntos e/ou Existem também os dicionários de termos técnicos, usados
nomes geográficos, por exemplo, contidos na obra, com em áreas específicas do conhecimento. Num dicionário de
indicação das páginas em que são encontrados. O índice pode medicina, por exemplo, são explicados os termos relacionados
ser também cronológico. à área médica. Desta forma, existem os dicionários de
Colofão: informações do impressor, endereço, local e data eletrônica, mecânica, biologia, informática, mitologia, etc.
de impressão, localizada de preferência na página ímpar da
última folha do miolo. Importância do uso
Suplemento: documento que se adiciona a outro para O uso de dicionário é muito importante para os estudantes
ampliá-lo ou aperfeiçoá-lo, sendo sua relação com aquele e profissionais de todas as áreas. Como é impossível conhecer
apenas editorial e não física, podendo ser editado com o significado de todas as palavras, o ideal é consultar o
periodicidade e/ou numeração própria. dicionário para ganhar vocabulário.

1.3 Descrição do item Dicionários modernos


Para se descrever um item é preciso conhecer o tipo de Com o avanço da informática e da internet, temos
material que se tem em mãos (livro, CD, fita VHS, outros), pois atualmente os chamados dicionários eletrônicos (em CD-
é reconhecendo-o que se saberá onde se encontra sua fonte ROMs) e os dicionários on-line (encontrados na Internet).
principal de informação e os elementos que deverão ser
descritos. Enciclopédia

1.3.1 Elementos para descrição É uma coletânea de textos bastante numerosos, cujo
Página de rosto: é considerado o elemento mais precioso objetivo principal é descrever o melhor possível o estado atual
para o catalogador. Quando ela aparecer deve ser tomada do conhecimento humano. Pode-se definir como uma obra que
como fonte principal de informação, pois é nela que deverá trata de todas as ciências e artes do conhecimento do homem
aparecer o nome do autor ou autores, o título, a edição, o local atual. Pode ser tanto um livro de referência para praticamente
de publicação, a casa publicadora (editora) e a data de qualquer assunto do domínio humano como também uma
publicação. Deve-se observar a frente e o verso da folha de obra na internet.
rosto para a retirada de informações. As enciclopédias podem ser divididas em dois grupos:
Veja detalhadamente quais são essas informações: genéricas, que coletam conhecimentos de todo o
- autor(es): pessoa(s) física(s) responsável(eis) pela conhecimento humano (como, por exemplo, a Encyclopaedia
criação do conteúdo intelectual ou artístico de um documento; Britannica), ou especializadas, com tópicos relacionados a um
- autor(es) entidade(s): instituição(ões), organização(ões), assunto específico (como, por exemplo, uma enciclopédia de
empresa(s), comitê(s), comissão(ões), evento(s), entre outros, medicina ou de matemática).
responsável(eis) por publicações em que não se distingue O termo enciclopédia começou a ser utilizado em meados
autoria pessoal; do século XVI, embora trabalhos de formato similar já
- edição: todos os exemplares produzidos a partir de um existissem em épocas anteriores.
original ou matriz. Pertencem à mesma edição de uma obra,
todas as suas impressões, reimpressões, tiragens etc., Guias
produzidas diretamente ou por outros métodos, sem Manual que contém informações, instruções e conselhos
modificações, independentemente do período decorrido de diversas naturezas.
desde a primeira publicação;
- editora: casa publicadora, pessoa(s) ou instituição(ões) Anais
responsável(eis) pela produção editorial. Conforme o suporte São, tradicionalmente, uma forma concisa de registro da
documental, outras denominações são utilizadas: produtores história de um povo ou instituição, originalmente organizada
(para imagens em movimento), gravadora (para registros ano a ano. O termo passou a designar, por derivação, qualquer
sonoros), entre outras. publicação científica ou artística de frequência regular ou
- título: palavra, expressão ou frase que designa o assunto periódica, ou obra que registre memórias ou fatos pessoais.
ou o conteúdo de um documento;
- subtítulo: informações apresentadas em seguida ao título, Relatório Técnico-Científicos
visando esclarecê-lo ou complementá-lo, de acordo com o Um relatório é um conjunto de informações utilizado para
conteúdo do documento. reportar resultados parciais ou totais de uma determinada
Exemplo: Sítio do Pica-Pau Amarelo: memórias de Emília atividade, experimento, projeto, ação, pesquisa, ou outro
e caçadas de Pedrinho. evento que esteja finalizado ou em andamento.
Título: Sítio do Pica-Pau Amarelo Quando se trata de um trabalho acadêmico, pode ser
Subtítulo: memórias de Emília e caçadas de Pedrinho. elaborado com referência a pesquisa original, ou apresentar
estudo bibliográfico. Visa comumente apresentar o
Dicionário, Enciclopédia, Guias, Anais, Relatório andamento de trabalhos junto a órgãos financiadores e
Técnico-Científicos e Monografias. fiscalizadores, pode ser etapa de estágio ou pesquisa. Nesse
caso, é submetido às comissões e conselhos dos órgãos
Dicionário competentes, ou do evento, que decidem sobre o mérito.
Normalmente utiliza-se formatação padronizada, o que no
O dicionário é um livro que possui a explicação dos entanto pode ser flexibilizado caso o âmbito do mesmo seja
significados das palavras. As palavras são apresentadas em interno ao setor executante ou grupo a que este último
ordem alfabética. Alguns dicionários são ilustrados para pertence.
facilitar a assimilação dos significados das palavras. A dificuldade na criação de um relatório, é normalmente
proporcional à complexidade e amplitude do assunto

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abordado. Em situações deste tipo, criar sub-relatórios pode Isso nos faz pensar que nossos antepassados tiveram de
ser uma boa alternativa. percorrer um longo caminho até chegar ao nosso conhecido
O relatório deve dividir-se em diferentes partes indicadas papel, ao livro, ao computador, ao CD-ROM, à internet e aos e-
abaixo. books. A utilização da tecnologia foi, e ainda é, uma constante
É importante saber qual o tipo de redação a ser adotado na viabilização da descoberta de novas formas de codificação.
para estabelecer o foco: exposição detalhada de um caso Quanta coisa mudou não é mesmo? E mudou para melhor!
(descrição) ou opinião e posicionamento - individual ou Hoje, você pode fazer uma pesquisa em questões de minutos,
coletivo - diante de um assunto (dissertação). Em seguida, ou segundos, resolver um problema bancário sem sair de casa
verifique para quem se dirige a comunicação: um Conselho de e ainda escrever e enviar mensagens sem gastar com a
profissionais, um diretor ou gerente, um colega com quem postagem das cartas. E mais, bater papo com parentes e
você tem mais amizade? De acordo com o destinatário amigos e ainda os ver em seu monitor do computador. Quanta
escolhido, você vai precisar adotar um estilo adequado: revolução! Agora, imagine você tendo de ir para a caverna para
protocolar, formal ou informal, sintético ou analítico. esculpir alguma mensagem? Ou pegar uma tábua de argila
Agora, pense efetivamente em que deseja comunicar: os para poder se comunicar? Ou entrando numa loja para pedir
principais pontos, os comentários significativos e os aspectos um rolo de papiro? Você faz idéia de como seriam guardadas
que podem auxiliar o destinatário a entender melhor o seu essas informações? Pois é. Quanto trabalho!
texto. Para estruturar melhor o que pretende escrever, use o Com a multiplicação dos livros, as bibliotecas tiveram que
esquema do jornalista: quem fez, o que fez, por que fez, como se evoluir e nos espaços informacionais foram surgindo. Os
fez, quando fez e onde fez. Respondidas essas questões, redija livros ganharam outros formatos na edição para atender os
a mensagem com começo, meio e fim. mais diferentes tipos de leitores.
O começo tem de ser criativo e claro. Você precisa O mercado editorial, para atender a modernidade
"prender" a atenção do leitor nas primeiras dez linhas para tecnológica e as novas demandas por leitura, aumentou sua
que ele se sinta motivado a continuar a leitura. capacidade e passou a produzir milhares de exemplares em
O meio tem de ser persuasivo para convencer o leitor a um curto período de tempo. Esse processo contribuiu
respeito do ponto de vista que você está desenvolvendo. Reúna substancialmente com a democratização e com a difusão do
fatos, estatísticas, gráficos e depoimentos para dar livro e da leitura no país.
consistência ao seu relatório. Assim, podemos dizer que a biblioteca é uma alternativa de
O fim, assim como o começo, precisa ser marcante. No inclusão social e se configura como um ambiente democrático,
último parágrafo, faça um resumo do que foi escrito e encontre tendo a informação como uma ferramenta importante para a
uma frase expressiva que possa representar bem a conscientização dos direitos e deveres de cada cidadão como
comunicação feita. membro da sociedade.
O número de páginas vai depender da profundidade
necessária para tratar o assunto em pauta. Normalmente, Questões
quem escreve sabe quanto escrever.
01. (FCC/TRE-AL – Técnico Judiciário – Área
Monografias. Administrativa) Relatório, relatório de viagem, rascunho,
Monografia é a exposição exaustiva de um problema ou filme e livro são, respectivamente, exemplos de:
assunto específico, investigado cientificamente. (A) gênero, formato, suporte, espécie e tipo;
(B) forma, formato, gênero, tipo e espécie;
Definição. Conceitos de Livro, Biblioteca e Unidade de (C) suporte, formato, espécie, gênero e tipo;
Informação. (D) espécie, tipo, forma, suporte e formato;
(E) tipo, espécie, formato, suporte e gênero.
Os livros, biblioteca e informação
02. (Consulplan/TSE – Técnico Judiciário) “Boletim de
Para você ter uma idéia, os livros eram escritos ocorrência e certidão de nascimento configuram-se como
manualmente e só eram encontrados nos palácios e nos exemplos de ____________ documental.” Assinale a alternativa
templos, sendo usados por sacerdotes e reis, que eram os que completa corretamente a afirmativa anterior.
poucos privilegiados que sabiam ler e escrever. O livro (A) forma;
representava uma ostentação, um objeto de luxo. (B) espécie;
Com a descoberta do papel e a invenção da imprensa por (C) formato;
Gutenberg, o ler e o escrever foram se encontrando e (D) tipo
ganhando formas de registro.
A partir daí, deu-se início à multiplicação dos livros e as 03. (FCC/TRE/SP – Técnico Judiciário) De acordo com o
bibliotecas tornaram-se mais acessíveis ao povo, embora com gênero, os documentos de arquivo podem ser identificados
um aspecto formal, voltadas mais para a preservação do como:
acervo do que para sua disseminação. Essas bibliotecas eram (A) técnicos, administrativos, culturais e históricos;
vistas como espaços para os intelectuais. Os livros ainda eram (B) masculinos, femininos e neutros;
privilégios de poucos, exigiam tratamento especial e eram (C) pessoais, institucionais, públicos e privados;
cuidadosamente guardados. (D) textuais, iconográficos, sonoros e audiovisuais;
A invenção da imprensa por Gutenberg foi um marco para (E) correntes, centrais, intermediários e permanentes
a ampliação do conhecimento, pois possibilitou a construção
de coleções particulares. Os livros passaram a ser material de 04. (CRF/RJ – Agente Administrativo – Quadrix) Um
consumo e de uso doméstico deixando de ser privilégio de acervo exige um arquivamento adequado que viabilize a
poucos. Todo esse caminho fez com que as bibliotecas, por sua localização dos documentos. Quando o documento é
vez, tomassem novos rumos, ganhando novas atribuições. Se acondicionamento em seu local de guarda (pasta, gaveta ou
antes elas eram espaços silenciosos e de guarda de livros, hoje, caixa), o arquivamento pode ser feito de forma horizontal ou
com o avanço das novas tecnologias da comunicação e da vertical. Sobre o arquivamento horizontal, leia as afirmativas.
informação, passaram a agregar novas formas de difusão da I. É indicado para documentos de grandes dimensões,
cultura. como mapas, plantas e papéis de grandes dimensões.
II. Nesse arquivamento, os documentos são arquivados

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lado a lado. sociais do imaginário coletivo. Esse imaginário, é constituído


III. É o mais comum, sendo largamente adotado nos pelo “magma” de crenças, valores, costumes historicamente
arquivos correntes e intermediários, onde o construídos, que constituem a cultura de um povo. E com base
acondicionamento é feito em caixas ou pastas suspensas. nela a sociedade se autoinstitui, por meio da instituição das
normas, do Estado que a governa. Córdova12, analisando o
Está correto o que se afirma em: imaginário social efetivo de Castoriadis, afirma, tais
(A) I, somente. significações são os valores básicos, ou fundamentais que dão
(B) I e II, somente. sentido, a orientação básica dessa sociedade, a sua identidade,
(C) III, somente. o amálgama que lhe permite reunir-se e dizer-se.
(D) II e III, somente. O Estado brasileiro foi constituído com base na cultura
(E) todas. europeia latina, na cultura europeia anglo-saxônica, a
constituição dos Estados derivou dos valores da identidade
05. (CEMIG-TELECOM – Analista Administrativo Jr. – nacional, construída pelas significações das práticas sociais.
FRAMINAS) A organização de arquivos consiste, em qualquer Nos países latinos, ao contrário, prevaleceu o processo
instituição, no desenvolvimento de determinadas etapas de dedutivo, ou seja, a instituição dos Estados obedeceu a
trabalho. princípios e valores teóricos, a fundamentar a nacionalidade.
Apenas como sinalização histórica, vale lembrar que na
A etapa que se inicia pelo exame dos estatutos, regimentos, França, Espanha e Portugal, monarquias constituídas à época
regulamentos, normas, organogramas e demais documentos como Estados unitários, centralizados, a institucionalidade
que compõem a instituição mantenedora do arquivo é derivava dos valores das Cortes.
(A) Análise de dados coletados. O Estado brasileiro, ignorando a cultura e a história das
(B) Planejamento. mais de duzentas nações indígenas aqui existentes, foi
(C) Implantação e acompanhamento. constituído pelas “significações” da cultura latina, de feitio
(D) Levantamento de dados napoleônico. Neste sentido, o Estado brasileiro precedeu à
Nação. As leis do Império buscavam impor valores de
Gabarito inspiração católica, latina e capitalista. Desta forma foram
tecendo muito mais um Estado ideal, centrado na burocracia
01.D / 02.D / 03.D / 04.A. / 05.D. da Corte, do que o Estado real, centrado num projeto de
nacionalidade.
A República, de bases positivistas, seguiu o figurino
8. Princípios e objetivos da napoleônico. As leis que temos guardam a memória do
processo histórico de formação da sociedade brasileira.
educação brasileira Embora às vezes esquecidas, perdidas no tempo, as
significações históricas que moldaram a constituição do
Estado brasileiro continuam atuando na sociedade atual e
ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
fundamentam nosso ordenamento jurídico, porque guardadas
como valores no inconsciente coletivo.
Introdução11
Gomes13 em seu artigo, Conselhos de educação: luzes e
sombras, explicita bem o impacto dessa cultura no
A organização da Educação que temos encontra razões
ordenamento jurídico da educação brasileira, de feitio
históricas para ser o que é, a mudança da realidade requer a
“hipernormatizador”. Para o autor, os herdeiros da tradição
mudança da lógica que nos trouxe até aqui. Atribui-se a
napoleônica e positivista, ainda alimentamos a falaciosa
Einstein a afirmação de que não é possível resolver um
crença de que a norma pode criar valores e infundi-los nas
problema com a lógica que o criou. Desvelar a lógica histórica
pessoas. As normas são incapazes de mudar o caráter das
da organização da educação brasileira é essencial para a
pessoas e suas práticas sociais e, por isso, não são eficazes para
proposição de alternativas de mudança.
criar valores. Os valores são criados pelos processos sociais,
Dessa forma, porque temos a organização da educação que
pela cultura, tarefa atribuída precipuamente à família e à
temos?
educação. Em nome da afirmação de valores e do controle dos
Para responder a questão acima é preciso analisar
desvios éticos, que radicam no caráter das pessoas, tendemos
referenciais importantes, como, a análise do processo de
a cair na armadilha de limitar o espaço da autonomia
constituição do Estado brasileiro, iluminada pela teoria do
institucional e do exercício pessoal da cidadania. A excessiva
imaginário social efetivo de Castoriadis; o Manifesto dos
regulamentação, o engessamento normativo da ação
Pioneiros; a natureza das leis; e os conceitos fundantes da
pedagógica, é contraditório com o fundamento freiriano da
organização sistêmica. Esses referenciais estabelecem as
educação emancipadora.
bases teóricas para a compreensão da situação atual da
Embora a Constituição de 1988 tenha buscado expressar
organização da educação brasileira. Essa compreensão
os valores da nacionalidade, estimulando a participação social,
permitirá a proposição de alternativas para a conciliação da
as práticas sociais ainda permanecem impregnadas de traços
unidade nacional com a autonomia dos sistemas de ensino,
culturais imperialistas, de fundo patrimonialista e
ambas imperiosas para a efetivação da finalidade essencial da
paternalista. Ainda temos mais aparelhos de Estado do que
educação, que é a promoção do exercício da cidadania, como
Nação, mais valores instituídos, determinados pelas leis, do
condição para o desenvolvimento pleno da pessoa.
que práticas sociais de cidadania ativa.
O Processo de Constituição do Estado Brasileiro
O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova
A sociedade humana se institui por um processo de
A educação brasileira, nos primeiros 210 anos (entre 1549
autocriação, auto instituição, determinada pelas significações
e 1759), foi marcada predominantemente pelo ensino

11 BORDIGNON, G. Gestão da Educação no Município: sistema, conselho e plano. 13GOMES, C. A. C. Conselhos de educação: luzes e sombras. Revista de Educação -
São Paulo Instituto Paulo Freire, 2009. AEC, Brasília, v. 32, 2003.
12 CÓRDOVA, Rogério de A. Educação Brasileira: processos e trabalhos. Módulo V,

vol. I. PIE. FE/UnB, Brasília, 2003.

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jesuítico, destinado aos colonizadores e aos filhos dos determinado fim; trata-se, portanto de um todo coerente cujos
caciques, com o objetivo de “dilatar a fé e o império”. Depois, diferentes elementos são interdependentes e constituem uma
até o final do Império, foi o vazio das reformas pombalinas e o unidade completa”.
“ensino livre” da reforma Leôncio de Carvalho. Sistema compreende um conjunto de elementos, ideais ou
O Manifesto dos Pioneiros analisa os primeiros 43 anos de concretos, que mantêm relação entre si formando uma
República, para eles, as diversas reformas republicanas estrutura. Elementos, partes estruturadas em relação
representavam visões isoladas, permanecendo “tudo interdependente, formando um todo dotado de certo grau de
fragmentado e desarticulado” sem visão de um projeto de harmonia e autonomia, voltado para uma finalidade. Em
totalidade da educação nacional. Havia uma educação para as síntese, um sistema compreende:
elites e outra, se é que havia, para o povo, de viés
profissionalizante. A) Totalidade: um sistema se caracteriza como um conjunto
O Manifesto preconizava uma organização da educação de partes articuladas em interdependência formando um todo;
fundada em bases e diretrizes nacionais, articulando B) Finalidade ou intencionalidade: A finalidade constitui
responsabilidades próprias dos entes federados. Um projeto o pólo magnético, o princípio unificador, a energia que liga as
nacional com responsabilidades descentralizadas. partes no todo;
Assim, o Manifesto enfatizava uma organização da C) Autonomia: o sistema se constitui como um sujeito
educação brasileira unitária sobre a base e os princípios do coletivo com espaço e capacidade de autorregulação,
Estado, no espírito da verdadeira comunidade popular e no autônomos;
cuidado da unidade nacional, não implica um centralismo D) Organização: a organização estrutura o sistema,
estéril e odioso, ao qual se opõem as condições geográficas do estabelece a articulação, as inter-relações das partes no todo,
país e a necessidade de adaptação crescente da escola aos em vista da finalidade;
interesses e às exigências regionais. Unidade não significa E) Normatização: a norma é o elemento articulador,
uniformidade. A unidade pressupõe multiplicidade. Por menos organizador do sistema, que estabelece a coerência da ação das
que pareça, à primeira vista, não é, pois, na centralização, mas partes em vista da finalidade do todo e define os limites da
na aplicação da doutrina federativa e descentralizadora, que autonomia.
teremos de buscar o meio de levar a cabo, em toda a República,
uma obra metódica e coordenada, de acordo com um plano O conceito de sistema não se limita a valores de grandeza,
comum, de completa eficiência, tanto em intensidade como em dessa forma, pode ser atribuído da mesma forma a grandes e
extensão. pequenos espaços da organização social. O fundamental é ter
A principal discussão que permeou as discussões da presente a delimitação do todo considerado, a abrangência, o
elaboração do Plano Nacional de Educação, pelo Conselho que compreende, do que é constituído um determinado
Nacional de Educação de 1937, foi a da descentralização, já sistema, sem perder de vista as inter-relações com o todo
apontando caminhos para a municipalização do ensino. maior no qual se insere.
Azanha14 analisa que: Para Anísio Teixeira, grande Os sistemas de ensino compreendem o conjunto de
protagonista dessas discussões, a municipalização do ensino instituições, órgãos e normas educacionais de cada ente
primário oferecia vantagens de ordem administrativa, social e federado. Ou seja: organizam o todo educacional sob
pedagógica. Quanto à primeira as razões são óbvias. Quanto à responsabilidade de cada ente federado, no âmbito de sua
segunda, as vantagens adviriam do fato de o professor ser um autonomia.
elemento local ou pelo menos aí integrado e não mais um
‘cônsul’ representante de um poder externo. Quanto à terceira, A Trilogia da organização da Educação brasileira:
residiria principalmente na possibilidade de o currículo Sistemas, Conselhos e Planos de Educação
escolar refletir a cultura local.
As discussões promissoras suscitadas pelos pioneiros A compreensão da organização da educação brasileira
foram interrompidas em 1937 pelo advento do Estado Novo, atual, derivada das significações históricas, é necessária para a
que optou pela fragmentação das leis orgânicas. A Constituição proposição de sua reestruturação. Para superar a
de 1946 retomou os fundamentos da Constituição de 1934, fragmentação e desarticulação das normas e ações
permitindo a retomada do projeto dos Pioneiros, consolidado educacionais, os Pioneiros propuseram, e as Constituições de
na primeira LDB de 1961. 1934 e 1946 consagraram, a articulação de um projeto
A descentralização remete à questão do poder local e de nacional de educação fundado na unidade com multiplicidade.
abertura de espaços para o exercício da cidadania, via A unidade assegurada por meio de políticas e diretrizes
participação. A descentralização do ensino, por meio de nacionais e a multiplicidade pela descentralização com
sistemas articulados, na concepção dos Pioneiros, não distribuição de poder e responsabilidades. A organização e a
significava mera transferência de responsabilidades da União gestão do projeto nacional de educação, com articulação da
para os entes federados. Significava, muito mais, unidade na multiplicidade, se assentavam no tripé: sistemas,
compartilhamento de poder. Por isso, os movimentos pela planos e conselhos de educação.
descentralização sempre acompanharam os movimentos de Foi essa concepção que fundamentou os dispositivos
democratização e de autonomia dos entes federados. constitucionais de 1934 e 1946 de criação dos sistemas de
ensino e conselhos de educação, com sua ação orientada por
Conceitos Fundantes da Organização Sistêmica um Plano Nacional de Educação, instrumento de garantia da
unidade nacional.
Originário da física, o termo sistema, segundo Agesta15, foi O Plano, que chegou a ser elaborado pelo Conselho
introduzido nas ciências sociais por V. Pareto, e difundido por Nacional de Educação em 1937, assumia claramente uma
T. Parsons, como instrumento metodológico para feição de lei de diretrizes e bases. A primeira Lei de Diretrizes
compreender a inter-relação dos diferentes elementos que e Bases (Lei 4.024/61) veio consolidar a idéia de um projeto
constituem as unidades da sociedade. Dessa forma, o autor nacional global de educação, abrangendo todos os níveis de
define sistema: “Entende-se por sistema o conjunto de coisas ensino.
que ordenadamente entrelaçadas contribuem para

14 AZANHA, J.M.P. Educação: temas polêmicos. São Paulo: Martins Fontes, 1995. 15AGESTA, Luiz Sanchez. Sistema Político. In: Dicionário de ciências sociais.
Fundação Getúlio Vargas. Instituto de Documentação. Benedicto Silva (Coord).
Rio de Janeiro. Ed. FGV. 1986.

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A Constituição de 1988, aprofundando a doutrina isso, é fundamental estabelecer as interconexões entre os


federativa, ampliou os sistemas de ensino, também para os diferentes planos, desde o âmbito nacional até o escolar.
municípios, todos dotados de autonomia no seu âmbito de O Plano Nacional de Educação (PNE - Lei 1.072/2001),
atuação, e instituiu o princípio do regime de colaboração. A como Plano de Estado, define os objetivos e metas nacionais. O
segunda LDB (Lei nº 9.394/96) definiu as diretrizes de Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE/2007), como
organização dos sistemas e respectivas competências, mas não plano de governo, com seus eixos estruturantes
tratou do regime de colaboração. (Financiamento, Formação de professores e piso salarial,
À União é atribuída a responsabilidade pela coordenação Avaliação e responsabilização e Planejamento e gestão
da política nacional de educação. Além das diretrizes e bases educacional) é o instrumento estratégico de gestão do MEC,
nacionais, definidas na LDB, outras leis federais (PNE, para realização dos objetivos e metas nacionais do PNE, com
FUNDEB, Alimentação Escolar) e diretrizes definidas pelo foco na qualidade da educação, ou seja, no educando, razão
Conselho Nacional de Educação, complementam as políticas e originária de toda a ação educacional.
diretrizes nacionais. O MEC, no seu papel de coordenador da Os planos estaduais e municipais, definem os objetivos e
política nacional, por meio de estratégias próprias, metas locais, tanto para a realização, no seu âmbito, dos
abrangendo um conjunto de programas de apoio aos sistemas objetivos e metas nacionais, como para os próprios de seu
de ensino, atua para tornar efetivas na prática as políticas e sistema de ensino. O Plano de Ações Articuladas (PAR) define
diretrizes nacionais. as estratégias locais em para o cumprimento, no seu âmbito,
Os Sistemas de Ensino foram constituídos para dar das metas do PDE.
efetividade à doutrina federativa da autonomia dos entes O Projeto ou Proposta Pedagógica (termos utilizados
federados no âmbito de suas responsabilidades, adotada como indistintamente pela LDB e pelo CNE nas Diretrizes
estratégia de democratização do exercício de poder pelos Curriculares, mas definido na literatura pedagógica e na
cidadãos. A LDB atribui aos sistemas de ensino autonomia de maioria das instituições educacionais como Projeto Político
organização nos limites das normas nacionais, ou seja, cada Pedagógico - PPP - ou, em alguns casos, Eco-Político-
sistema organiza o seu todo, articulando as partes e definindo Pedagógico - PEPP) particulariza para a escola, segundo sua
as normas de funcionamento, em vista das finalidades identidade, definida pelo ambiente e pela educação oferecida,
inerentes às suas responsabilidades. Mas suas as políticas e diretrizes nacionais e locais. Conforme estabelece
responsabilidades são definidas pelos objetivos nacionais, o o artigo 13 da LDB, a proposta pedagógica - PEPP para nós -
que significa que a autonomia diz respeito à liberdade de fundamenta o Plano de Trabalho Anual - PTA - ou, em
organização e operação do sistema. No entanto, essa liberdade coerência com o PDE e o PAR, o PDE-Escola, que
não implica em autonomia para divergir das finalidades particularizam na escola as metas estratégicas anuais da
educacionais constitucionalmente definidas. promoção da qualidade da educação.
Neste sentido, há quem defenda que os sistemas dos entes Na prática, essa arquitetura constitui um verdadeiro
federados se constituem em subsistemas de um sistema sistema nacional de educação, que articula, por meio dos
nacional. Na verdade, na teoria sistêmica, o subsistema dispositivos normativos e planos, os sistemas de ensino, nos
deixaria de ser um todo organizado com autonomia, o que quais se inserem os conselhos de educação. Sistema a ser
significaria ser parte, não todo. No entanto, situados no todo operado por meio do regime de colaboração. O Regime de
da nação, os sistemas de ensino estabelecem interconexões Colaboração é o princípio constitucional posto como nó para
para a efetivação das políticas e diretrizes nacionais. Cada estabelecer a conectividade geradora das interconexões
sistema - municipal, estadual e federal - constitui uma necessárias para articular a unidade na multiplicidade. Mas,
totalidade com competências próprias. Articulados entre si esse princípio não foi eficaz como elo articulador dessas
formam a totalidade nacional. É bom lembrar que, na interconexões. Assim, hoje se coloca a questão da
Constituição Federal, o regime federativo constitui cláusula regulamentação do regime de colaboração por meio da
pétrea. construção de um sistema nacional de educação.
Os Conselhos de Educação foram historicamente
concebidos como órgãos técnicos de assessoramento superior, O Regime de Colaboração: Por Meio de Um Sistema
com a função precípua de colaborar na formulação das Nacional Articulado de Educação
políticas e diretrizes educacionais no interior dos sistemas,
dessa forma, a função situou os conselhos como órgãos A Conferência Nacional da Educação Básica, realizada em
normativos. Na prática, os conselhos centraram sua ação na abril de 2008, teve como tema central a “Construção do
normatização e controle do funcionamento das instituições Sistema Nacional Articulado de Educação”. Em síntese, a
educacionais, assumindo, no decorrer do tempo, caráter Conferência define, com base nos princípios explicitados no
predominantemente cartorial. art. 206 da Constituição Federal, que:
As novas exigências da democratização, especialmente a
partir da Constituição de 1988, que instituiu o princípio da “(...) a construção de um SNE requer o redimensionamento
gestão democrática da educação, passaram a requer dos das ações dos entes federados, garantindo diretrizes
conselhos, além da tradicional competência normativa, ações educacionais comuns a todo o território nacional, visando à
de controle e de mobilização social. Esses novos papéis superação das desigualdades regionais. Dessa forma, objetiva-
atribuem aos conselhos, por sua vez, uma nova natureza de se o desenvolvimento de políticas públicas educacionais
órgãos de Estado. Essa natureza demanda novo perfil de nacionais universalizáveis, por meio da regulamentação das
composição e de atuação, invertendo a tradicional postura de competências específicas de cada ente federado no regime de
“ecos” da voz do governo falando à sociedade, para passar a colaboração. Nesse sentido, o SNE assume o papel de
expressar a voz da sociedade falando ao governo. Na verdade, articulador, normatizador, coordenador e, sempre que
a nova natureza situa os conselhos como pontes, mediadores necessário, financiador dos sistemas de ensino (federal,
do diálogo entre o governo e as aspirações da sociedade. estadual/DF e municipal), garantindo diretrizes educacionais
Os Planos de Educação, elaborados com a participação da comuns e mantendo as especicifidades de cada um, respeitadas
sociedade, passaram a constituir-se em instrumentos as normas gerais emanadas dos órgãos superiores e definindo-
fundamentais da gestão democrática dos sistemas de ensino. se o papel da União, estados e municípios” (Documento Final da
Como instrumentos de gestão, os planos necessitam guardar Conferência Nacional de Educação Básica).
coerência com as políticas e diretrizes nacionais e locais. Para

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APOSTILAS OPÇÃO

Ao longo do Documento Final é recorrente a referência à Nacional Articulado de Educação, como o próprio termo
necessidade de regulamentação do regime de colaboração e articulado induz, aponta para a interconectividade dos atuais
como processo de construção do Sistema Nacional Articulado sistemas, seus conselhos e planos, articulados com base na
de Educação. Em que pese a convergência das discussões moderna teoria das redes. Como já afirmavam os Pioneiros,
nacionais sobre essa necessidade de regulamentação, esse sistema, “no cuidado da unidade nacional, não implica um
expressão da nossa cultura histórica hipernormatizadora, ao centralismo estéril e odioso, ao qual se opõem as condições
que parece dominando nosso inconsciente coletivo, algumas geográficas do país”, mas a articulação dos atuais sistemas,
reflexões, ou questões provocadoras, se tornam pertinentes. respeitada sua autonomia, “na aplicação da doutrina
As normas existentes já não são suficientes? E, seria uma federativa e descentralizadora”, republicana e democrática.
nova regulamentação capaz de tornar efetivo o que já é Assim, além dos princípios constitucionais e diretrizes
determinação legal? A Constituição e a LDB, complementadas legais, para a regulamentação do regime de colaboração entre
por outras leis federais e Resoluções do CNE, definem os atuais sistemas de ensino e a construção do Sistema
diretrizes educacionais comuns a todo o território nacional, no Nacional Articulado de Educação, se apresentam como
cumprimento do § 1º, art. 8º da LDB que atribui à União a importantes os seguintes fundamentos:
“coordenação da política nacional de educação, articulando os
diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, A) A dimensão da nacionalidade: se em sua constituição
redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias original o Estado brasileiro precedeu a Nação, hoje a
educacionais”, com vistas a superar as desigualdades regionais identidade nacional está culturalmente constituída. A
e promover a qualidade da educação. Constituição Federal de 1988 colocou no cenário nacional um
Por outro lado, qual seria a dimensão da nova novo ator social: o cidadão. A organização do Estado, nele a
regulamentação? O que entendemos por “regulamentação”? É organização da educação, precisa não só preservar essa
oportuno distinguir a natureza, o que é própria da lei, do que é identidade, mas promover a cidadania ativa para todas e todos.
próprio dos regulamentos, ou normas complementares. A Essa tarefa demanda visão sistêmica da educação nacional e
natureza da lei é a de formalizar e legitimar, fundada em nossa fundamenta a necessidade de formulação de políticas e
identidade cultural e política, os valores da cidadania que diretrizes nacionais comuns, que requerem articulação,
queremos. O objeto próprio da lei é o de definir os objetivos e normatização e coordenação, assegurando a unidade nacional
diretrizes gerais; estabelecer os limites das liberdades da na multiplicidade das características e culturas locais.
cidadania, os direitos e deveres, o que pode e o que não pode.
Ou seja: a lei define a intencionalidade, o horizonte a alcançar, B) As políticas e diretrizes nacionais de educação: as
a orientação da ação, o caminho a percorrer. Neste sentido a políticas se fundamentam nos valores nacionais, definem as
lei assume um caráter mais geral e permanente. Até porque, intencionalidades e indicam o caminho a seguir rumo ao
sua elaboração, de competência privativa do Poder Legislativo, futuro. As diretrizes são as orientações básicas para a ação na
demanda demoradas discussões com os representantes de direção definida pelas políticas. As diretrizes traduzem as
toda a sociedade. políticas em normas, procedimentos, critérios e processos de
O objeto dos regulamentos, ou normas complementares ação institucional. O objetivo das políticas e diretrizes é o de
(decretos, resoluções, pareceres normativos, portarias, orientar os agentes públicos para o sentido fundamental de
estatutos, regimentos, regulamentos), como o termo o diz, é o seus esforços e estabelecer parâmetros para a tomada de
de regulamentar a aplicação da lei, estabelecendo os critérios decisões. Neste sentido as políticas e diretrizes estabelecem a
e processos da ação no âmbito do Poder Executivo, o modo de unidade nacional na multiplicidade de ações descentralizadas.
percorrer o caminho, para alcançar os objetivos definidos pela
lei. C) A doutrina federativa - autonomia dos entes
Em síntese, a lei institui, formaliza e legitima os valores e federados: ao constituir-se como República Federativa, o
objetivos mais permanentes da sociedade, do projeto de Brasil adota os fundamentos democráticos de que o Estado
nacionalidade e; as normas complementares tratam dos pertence aos cidadãos, é “res-pública”, coisa pública. O espaço
processos, das metodologias - situados no transitório das de poder, a autonomia dos entes federados, descentraliza a
circunstâncias da gestão - para o caminhar na direção definida ação governamental, permitindo ao cidadão exercer sua
pela lei. cidadania no seu “lócus” concreto de vida. Mas o sistema de
ensino do ente federado não é apenas parte de um todo maior,
Dessas questões derivam duas análises para reflexão: é também um todo em si. Por isso se constitui como um
- A regulamentação do regime de colaboração não sistema dotado de finalidade, autonomia, organização e
demanda, necessariamente, uma lei própria. Cabe sim normatização próprias, como espaço de poder e de exercício
definição legal, disciplinando - na LDB ou, se for o caso, em lei de cidadania. O regime federativo articula e preserva o papel
própria - o princípio constitucional do regime de colaboração, da diversidade local com a unidade nacional, por meio da
explicitando de forma pertinente as competências próprias distribuição de responsabilidades prioritárias e competências
dos entes federados. A regulamentação das ações que efetivam específicas dos sistemas de ensino dos entes federados.
o regime de colaboração está mais para a ordem da definição
de processos e métodos, de regulamentação propriamente dita D) As competências e responsabilidades de cada ente
no âmbito do Poder Executivo. No caso é oportuno enfatizar o federado: o artigo 211 da Constituição, que institui o princípio
papel normativo dos conselhos de educação (Nacional, do regime de colaboração na organização dos sistemas de
Estaduais/Distrital e Municipais) para a efetivação do ensino, e os artigos 8º, 9º, 10 e 11 da LDB, estabelecem as
princípio constitucional e das diretrizes e objetivos legais. responsabilidades educacionais prioritárias comuns e
- A construção do Sistema Nacional Articulado de Educação específicas dos entes federados.
não implica na organização de um novo sistema. A criação de
um novo sistema - não previsto na Constituição - do ponto de E) A natureza própria das leis e das normas
vista filosófico incorreria em equívoco, se constituído como regulamentadoras: do caráter geral e mais permanente e do
ente ontologicamente substante, com vida e realidade, órgãos particular de caráter mais transitório, conforme já explicitado.
e regulamentação próprios. Sua adequada natureza será de
Fórum e de atuação em rede, não de sobreposição piramidal
ao regime federativo. Convém enfatizar que a Constituição não
atribui ao regime federativo organização piramidal. O Sistema

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APOSTILAS OPÇÃO

O papel dos Conselhos de Educação A natureza dos conselhos remete à análise de sua posição
na estrutura do respectivo executivo e dos papéis atribuídos e
Os movimentos pela democratização da gestão pública desempenhados. A relação entre os conselhos e os órgãos de
encontram nas diferentes formas de conselhos, situados na gestão da estrutura dos sistemas de ensino tem registrado
mediação entre sociedade e governo, a estratégia mais efetiva tensões, conflitos e rupturas na sua trajetória. Tensões e
de exercício do poder pelo cidadão. Neste contexto, os movimentos de cooperação e de conflitos, de ampliação e
conselhos de educação, especialmente a partir da Constituição estreitamento da autonomia, de centralização e
de 1988, assumem nova natureza de órgãos de Estado, que descentralização.
demanda novas funções, composição e condições de A nova natureza de órgãos de Estado, assumida pelos
funcionamento. Em sua nova configuração de órgãos de conselhos de educação a partir da Constituição de 1988
Estado, os conselhos de educação podem assumir o demanda novos critérios de composição, novas condições de
importante e relevante papel de protagonistas na formulação funcionamento e o exercício de novas funções.
de políticas e diretrizes e dos planos de educação e na
articulação da unidade nacional. Era o que preconizava a 1) Funções dos Conselhos de Educação
LDB/61, primeira lei de educação articuladora do todo Na questão das funções atribuídas aos conselhos é
nacional. Sonho interrompido pela ruptura democrática do relevante distinguir a natureza e o objeto. A natureza da
novo contexto nacional autoritário e centralizador, gerador função diz respeito ao caráter da competência, ao poder
das reformas educacionais do final dos anos 60 (Leis nº conferido ao conselho: se consultivo, deliberativo ou outro. O
5.540/68 e 5.692/71). objeto diz respeito aos temas sobre os quais os conselhos são
A análise do papel dos conselhos de educação na efetivação chamados a deliberar ou opinar
do regime de colaboração se estrutura em dois eixos: na sua Quanto à natureza, tradicionalmente têm sido atribuídas
natureza de órgãos de Estado, como condição essencial para o aos conselhos funções de caráter consultivo e deliberativo. No
exercício de suas funções, e no moderno princípio de atual contexto da gestão democrática da educação pública os
organização em rede, como base para a atuação de forma conselhos são chamados a exercer, também, funções de
articulada, interconectada. mobilização e controle social.
O caráter deliberativo, como o próprio termo o diz, atribui
Natureza dos conselhos de educação: órgãos de Governo ao conselho poder de decisão em matérias definidas em lei
ou de Estado? como de sua competência. A natureza deliberativa implica em
O Estado tem o caráter da perenidade, da poder de decisão, em caráter final. Caso contrário assumiria
institucionalidade permanente, assim é constituído pela caráter meramente consultivo. Dentre as competências de
estrutura jurídica que define a institucionalidade da Nação. caráter deliberativo destaca-se a função normativa.
Nos regimes republicanos democráticos os interesses do O caráter consultivo situa os conselhos na função de
Estado se identificam com os dos cidadãos, com a vontade assessoramento às ações do governo na área de educação. Na
nacional. O Governo tem o caráter da transitoriedade. Nos sua concepção original os conselhos eram considerados
regimes democráticos é exercido pelos agentes públicos “órgãos de assessoramento superior”, chamados a “colaborar”
eleitos ou nomeados para exercer o poder político, na gestão na formulação das políticas educacionais. No exercício dessa
do Estado, em um determinado momento. função os conselhos propõem ações, opinam sobre temas
Em tese, todos os órgãos públicos são órgãos de Estado. E relevantes, respondem a consultas. A história dos conselhos
os agentes públicos são servidores do Estado. Os servidores revela que muito pouco tem sido consultados pelos
públicos, como a própria etimologia da palavra explicita, são respectivos executivos na formulação de políticas, na definição
servidores do “público”, vale dizer: da cidadania. de normas e planejamento de ações. Historicamente,
Essa dualidade é percebida e situada como importante na estiveram mais voltados às demandas das instituições
discussão dos conselhos de educação porque, historicamente educacionais.
no Brasil, foram situados a serviço dos governos, enquanto O caráter de mobilização e controle social constitui novo
estes, por sua vez, estiveram mais voltados para interesses de desafio atribuído aos conselhos de educação. O novo espírito e
grupos dominantes, com viés patrimonialista. Essa tensão está desejo de participação democrática na formulação e gestão das
na raiz da formação histórica do Estado brasileiro, que políticas públicas atribui aos conselhos essas novas funções,
permitiu aos “donos do poder” se apossar patrimonialmente que não faziam parte da sua tradição. Essas funções situam os
do Estado e instituir uma burocracia baseada na obediência à conselhos no campo propositivo e de acompanhamento e
vontade dos governantes de plantão. controle da oferta de serviços educacionais. A função
Embora tenha sido da tradição dos conselhos sua mobilizadora situa os conselhos como espaços aglutinadores
constituição com mandatos não coincidentes com os do dos esforços comuns do governo e da sociedade para a
respectivo poder executivo, a livre nomeação dos conselheiros melhoria da qualidade da educação. A função de controle
por este, os situou historicamente como órgãos a serviço do social coloca o conselho na vigilância da boa gestão pública e
governo. Os conselhos assumem feição de órgãos de governo na defesa do direito de todos à educação de qualidade.
quando na sua composição e no exercício de suas funções Quanto ao objeto são variadas as competências atribuídas
expressam, traduzem, legitimam junto à sociedade, a vontade aos conselhos, algumas são tradicionais e gerais. Destacam-se
de determinado governo. como mais tradicionais e próprias dos conselhos:
A discussão da natureza de órgãos de Estado teve início na A) A normativa (definir normas para o sistema de ensino);
instalação do atual Conselho Nacional de Educação, quando o B) A interpretativa (interpretar e dirimir conflitos sobre a
conselheiro Arthur Gianotti, falando em nome dos colegas, aplicação de normas educacionais);
afirmou que o CNE se constituía como órgão de Estado, porque C) A credencialista (aprovar o credenciamento de
representava a sociedade civil organizada e em nome dela instituições de ensino e a autorização de seus cursos);
devia se pronunciar. D) A recursal (resolução de conflitos);
Os conselhos de educação se constituem como órgãos de E) A ouvidora (defesa dos direitos educacionais dos
Estado quando representam, articulam e expressam a vontade cidadãos).
da diversidade social; quando falam ao governo em nome da
sociedade para responder às suas aspirações e, em nome dela, Nem sempre a natureza da função está claramente
exercer suas funções; quando formulam políticas educacionais explicitada nas normas que instituem os conselhos, nem são
para além da transitoriedade dos governos. muito claros os limites da autonomia do conselho no exercício

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de suas competências legais. Mas é fundamental que, tem como fundamento a busca da visão de totalidade a partir
especialmente as competências de caráter deliberativo, sejam dos olhares dos conselheiros desde os diferentes “pontos de
claramente explicitadas na lei que institui o conselho para que vista” da sociedade. Se for constituído de tal forma que
seu poder de decisão não seja ignorado ou contestado. Neste represente e expresse somente, ou hegemonicamente, a voz de
aspecto cabe analisar o tradicional instituto da homologação. um segmento, ou do governo, poderá perder a visão do todo, o
O instituto da homologação se situa como uma das foco da razão de ser conselho.
questões mais polêmicas relativas à autonomia dos conselhos. O significado da representação nos conselhos de educação
Nesta questão, convém enfatizar que os conselhos estão encerra tensões e polêmicas. Distinguir é preciso, e com
situados no âmbito do poder executivo e integram o sistema meridiana clareza, a natureza de cada espaço de participação
de educação. Nele, sua ação é de natureza deliberativo social. Um é um espaço de defesa dos interesses corporativos
consultiva, de supervisão, controle e mobilização social, não e outro o da defesa dos interesses coletivos. Um é o objetivo da
executiva. A efetivação de suas deliberações se situa no âmbito parte, da categoria representada, outro o do todo social, onde
da ação administrativa do executivo. A homologação, formal transita e atua o conselho de educação. O conselho exerce o
ou não, corresponde ao ato administrativo que dá efetividade, cuidado do projeto educativo fundamentado na cidadania, na
põe em execução a decisão do conselho. A autoaplicabilidade nacionalidade, que requer visão do todo social, construída
das decisões do conselho poderia criar duas instâncias, na pelos diferentes pontos de vista dos diferentes segmentos
mesma estrutura e no mesmo campo de ação, com poderes sociais.
independentes, não articulados, o que seria fator potencial de
conflitos, sem mecanismos de negociação. 3) Condições de funcionamento dos Conselhos de
No entanto, é fundamental que os conselhos tenham Educação: Questão de Autonomia
autonomia para propor e deliberar sobre questões de sua As condições de funcionamento do conselho indicam o
esfera de competência legal e que o executivo não possa grau de autonomia e sua importância na gestão do sistema de
deliberar, nem adotar, em matéria definida em lei como de ensino. A autonomia requer que o conselho seja dotado de
competência do conselho, ações que contrariam decisões normas próprias e condições objetivas para desempenhar
deste. Caso o executivo considere inviável ou inadequado suas responsabilidades. Sem condições de exercer suas
adotar a decisão do conselho, deve solicitar a reanálise do funções com autonomia, dependentes da boa vontade do
assunto, oferecendo razões fundamentadas. executivo para funcionar, os conselhos ficariam desprovidos
Mas é imperioso distinguir quais decisões do conselho de sua natureza de órgãos de Estado.
devem ser objeto de homologação e quais não necessitam dela. Dentre as condições necessárias para a autonomia dos
Aceitando-se que a homologação é o instrumento de gestão conselhos no exercício de suas funções de órgãos de Estado,
para dar efetividade às decisões do conselho, somente devem convém destacar:
ser objeto dela as que necessitam de ação administrativa
própria do executivo para sua efetivação na prática. A) Normas próprias claramente definidas, explicitando
O instituto da homologação, sem esses limites, tornaria o a natureza e o objeto de suas competências, de caráter
conselho mero órgão consultivo e de governo, não de Estado. consultivo, deliberativo, de supervisão, mobilização e controle
O instituto da homologação é instrumento adotado para a social, distinguindo as de livre exercício das sujeitas à
mediação entre a competência deliberativa do conselho e a homologação, com definição dos mecanismos de negociação;
administrativa do executivo. Neste sentido, a homologação B) Dotação orçamentária própria, com autonomia de
não afeta a autonomia do conselho, mas constitui ato gestão financeira, suficiente para o exercício de suas funções;
administrativo de cumprimento de suas decisões. É C) Autonomia na escolha do presidente (por eleição
pertinente, para elucidar a questão, a analogia com o interpares-vedada a possibilidade da escolha de ocupantes de
mecanismo de sanção ou veto, pelo Poder Executivo, dos cargos de confiança do governo) e dos cargos comissionados
projetos de lei aprovados pelo Legislativo, mecanismo que não (pela presidência);
afeta a independência desses poderes. D) Definição da agenda de reuniões, quanto à
periodicidade (com regularidade de funcionamento) e à pauta
2) Composição dos Conselhos de Educação (com autonomia);
A composição e a forma de escolha dos conselheiros E) Condições materiais de funcionamento, com espaços
revelam, em boa medida, a concepção e a natureza do próprios, dotados das condições necessárias ao exercício das
conselho, em nome de quem e para quem opinam e decidem. funções;
Em sua origem os conselhos foram concebidos para F) Apoio aos conselheiros, técnico, tecnológico,
assessoramento superior do governo, inicialmente foram material e financeiro inerente ao exercício da função, de
constituídos como “conselhos diretores”, compostos por acordo com as necessidades próprias.
representação de cargos de confiança do governo.
Posteriormente os conselheiros passaram a ser escolhidos Uma Rede Nacional de Conselhos de Educação
pelo Poder Executivo, com base em critérios de “notório saber” A organização em rede nacional dos Conselhos de
educacional e representatividade dos diferentes graus de Educação oferece uma alternativa não centralizadora para o
ensino e regiões do país ou do estado. exercício de seu papel na efetivação do regime de colaboração
O novo contexto de gestão democrática da educação e na construção de um sistema nacional articulado de
pública preconiza critérios de representatividade social na educação.
composição dos conselhos, constituídos por representantes da Preliminarmente é fundamental não associar o moderno
pluralidade social. A ação dos conselheiros, porque chamados conceito de organização em rede com o tradicional e
a opinar e deliberar sobre políticas educacionais, normas e burocrático conceito de redes de ensino. A proposta de
processos pedagógicos, requer “saberes” - acadêmico e da organização em rede dos Conselhos adota o moderno conceito
vivência - ambos sempre com percepção política das
aspirações sociais.
Quanto maior a diversidade de saberes e de representação
da pluralidade das vozes sociais, mais rica será a ação dos
conselhos. Um conselho de educação somente cumprirá
efetivamente sua verdadeira função se expressar as aspirações
da sociedade na sua totalidade. A representatividade social

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de Castells16, definido por ele na obra “A sociedade em rede”, A questão está em definir as interconexões do
como a nova morfologia social de nossas sociedades. planejamento e da gestão das ações próprias de cada um. As
O conceito fundamental da organização em rede está políticas e objetivos nacionais estão definidos pela
fundado no princípio da sinergia, ou seja: duas ou mais Constituição, pela LDB, pelo PNE e PDE. O papel dos conselhos
organizações em interação trocam energias, sem perdê-las, será o de contribuir para a organização do sistema nacional
assumindo cada uma a força das demais. O princípio da articulado de educação, definindo as competências e
sinergia supera, ou tende a eliminar, a polaridade dominação- responsabilidades comuns e específicas e as estratégias de sua
subordinação de uma sobre outra, para estabelecer uma nova ação para realizar as políticas e objetivos nacionais.
cultura, determinada pelas relações entre ambas: a cultura da A questão central na constituição e gestão de uma rede é a
cooperação. Portanto a rede supera as relações de competição, definição das interconexões, dos nós da conectividade. Na
os projetos isolados, para estabelecer cumplicidade e organização da educação as normas nacionais têm sido usadas
corresponsabilidade. como o instrumento dessa conectividade. Mas sua efetividade
Mota, Duarte e Bartholo,17 partindo da análise de tem sido baixa. Será uma nova norma eficaz para realizar a
Castells18, Capra,19 e Whitaker20, apresentam cinco elementos articulação necessária? A norma é necessária para organizar a
que caracterizam a moderna organização em rede: rede, mas será ineficaz se não vier acompanhada de ações
A) A rede, e somente ela, é capaz de dar coerência a uma efetivas.
pluralidade de componentes divergentes, funcionando como O caminho aponta, então para a gestão, nela incluídos os
um todo; planos de educação e um sistema eficiente de informações, de
B) A rede supera as cadeias lineares de causa e efeito, para comunicação. Sem informação uma rede será morta. E na
estabelecer relações de realimentação, perdendo sentido a questão da gestão da articulação os conselhos de educação
idéia de origem e destino, emissão e recepção; podem assumir um novo e relevante papel.
C) A rede, a partir do compartilhamento de códigos, A Lei nº 9.131/95 atribui ao Conselho Nacional de
constitui um sistema aberto e dinâmico, como malha de Educação a função de “subsidiar a elaboração e acompanhar a
múltiplos fios, sem que um dos nós possa ser considerado execução do Plano Nacional de Educação” e de “manter
principal ou central; intercâmbio com os sistemas de ensino dos Estados e do
D) A lógica de redes é necessária para estruturar o não Distrito Federal acompanhando a execução dos respectivos
estruturado, porém preservando a flexibilidade, pois o não Planos de Educação”. Como poderiam o CNE, o Fórum
estruturado é a força motriz da inovação na atividade humana; Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação, incluído o
E) As informações constituem os elos básicos - fios - que Distrito Federal, e a União Nacional dos Conselhos Municipais
interligam os integrantes da rede, estabelecendo interação de Educação articular-se em rede para estabelecer as
mais frequente e intensa. interconexões necessárias para a efetivação do regime de
A organização em rede dos conselhos de educação oferece colaboração?
uma alternativa para a efetivação do regime de colaboração, Quatro ações de curto prazo poderiam iniciar a caminhada:
com a vantagem de permitir a superação de dois possíveis
equívocos: A) Criação de Fórum Gestor: Para manter coerência com
A) Do conceito de colaboração, cuja conotação é de ato de os princípios da rede - sem que um dos nós possa ser
vontade unilateral, responsável por certo descompromisso considerado principal ou central - representantes das três
mútuo, pelo da sinergia cooperativa; instâncias dos conselhos (Nacional, Estadual e Municipal)
B) Da ideia de um sistema único da União, como constituem um Fórum em condições de igualdade de
supersistema, de viés piramidal centralizador, pelo de sistema representação. A coordenação do Fórum poderia ser exercida
nacional articulado, o que implica em novas relações de em regime colegiado, de cogestão, pelos três presidentes;
articulação entre os atuais sistemas e não em outro ou novo B) Criação de uma rede virtual de informação e
ente, incompatível com os fundamentos do regime federativo. comunicação: A essência da organização em rede é a
conectividade, a comunicação aberta e dinâmica com troca de
A lógica das redes fornece os princípios fundamentais para experiências e informações As informações constituem os elos
a criação de vínculos, novas relações sistêmicas em torno de básicos - fios - que interligam os integrantes da rede;
objetivos e metas comuns. Ou seja: A organização dos C) Definição de papéis comuns e específicos: O pacto
conselhos em rede estabelece a interdependência e articulação federativo requer o cumprimento de papeis próprios de cada
entre eles, cada um contribuindo com sua especificidade para ente em vista de uma finalidade nacional comum. Que papeis
alcançar objetivos e metas nacionais, sem constituir-se em cabem a cada ente federado? E qual o papel de cada conselho
supersistema e sem interferir na autonomia de cada ente nele? Essa definição é importante para um diálogo construtivo
federado. e para evitar a perda de energias em conflitos, explícitos ou
Em síntese, podemos dizer que a organização em rede velados, que mais levam à competição do que à colaboração; e
permite estabelecer o regime de colaboração, articulado as D) Definição de compromissos comuns (norma ou
competências e responsabilidades de cada ente federado no acordo): A norma é um dos fios essenciais que ligam os
todo nacional, sem perda da autonomia e das especificidades integrantes da rede. Mas que norma seria essa? Talvez se
de ação de cada sistema de ensino. A organização em rede apresentem como mais apropriados, porque dinâmicos e
estabelece conectividade e interdependência entre os flexíveis, o Acordo, o Termo de Cooperação ou a Resolução,
conselhos, para realizar cooperativamente os objetivos aprovados pelas três instâncias participantes. Ou então uma
nacionais comuns e os específicos de cada um. A organização Resolução do CNE, (exercendo a competência nacional) com
em rede supera a mera agregação ou justaposição e permite Parecer respaldado por participação conjunta do Fórum
eliminar ruídos de comunicação e superar os conflitos da Nacional dos Conselhos Estaduais e da UNCME.
competição. No longo prazo a experiência irá aperfeiçoando os
caminhos. O importante é ter a sabedoria de aceitar o

16 CASTELLS, Manuel. A Sociedade em rede - A era da informação: economia, 19 CAPRA, Frijof. A teia da vida: uma nova compreensão dos sistemas vivos. São
sociedade e cultura. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. Paulo: Cultrix/Amaná/Key, 1997.
17 MOTA, C. Renato, DUARTE, Francisco J. de C. M., BARTHOLO Jr, Roberto dos S. 20 WHITAKER, Francisco. Rede: uma estrutura alternativa de organização.

Participação e Gestão Social. Brasília: SESI, Departamento Nacional, 2002. Mutações sociais: publicação trimestral do Cedac, Rio de Janeiro, ano 2, n. 3,
18 CASTELLS, Manuel. A Sociedade em rede - A era da informação: economia, 1994.
sociedade e cultura. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.

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inacabado, ter a perspectiva do processo instituinte, alimentar (A) Educação pública - ensino eclesiástico.
o sonho. (B) Sistema dualista - ensino público.
À Guisa de Conclusão (C) Escola particular - educação elitista.
Os desafios da efetivação do Princípio Constitucional do (D) Escola básica - educação gratuita.
regime de colaboração, proposta pela Conferência Nacional de (E) Ensino obrigatório - ensino religioso.
Educação Básica como a construção de um sistema nacional
articulado de educação, se situam na mudança de algumas 02. (Prefeitura de Osasco/SP - Professor de
lógicas que geraram a atual situação. Dentre elas destacam-se: desenvolvimento Infantil - FGV) Em 1932, um grupo de
A da cultura de poder nos processos de gestão; da colaboração intelectuais redigiu um documento direcionado ao povo e ao
como processo de transferência de responsabilidades e; da governo, como resultado dos anseios por reformas
crença no poder da norma para mudar a realidade. educacionais, acreditando que seria necessário realizar uma
Lembremos que os velhos paradigmas são incapazes de mudança no modelo educacional como precursora de
superar os problemas que eles próprios geraram. mudanças na estrutura do país; fazia-se necessário, portanto,
Em primeiro lugar, um sistema em rede requer a mudança traçar diretrizes de uma nova política nacional de educação e
de nossa concepção e cultura de exercício do poder. Como ensino em todos os níveis, aspectos e modalidades.
afirma de Castells21, a organização em rede estabelece uma Esse documento representou não apenas uma síntese dos
hierarquia horizontal deslocando o poder para a periferia da ideais de reconstrução educacional, mas também, um impulso
organização e colocando no centro, como eixo articulador, a à tentativa de avanço sobre novas propostas de educação.
finalidade, no caso, o educando, razão originária de todo o
processo educacional. Isso requer dos agentes públicos visão Assinale a opção que o identifica.
clara dos objetivos nacionais. Requer a postura do agente (A) Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
público como servidor da cidadania. Requer a superação da (B) Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova
concepção patrimonialista do ato de governar e visão do todo, (C) Parâmetros Curriculares Nacionais
a partir da consideração dos diferentes pontos de vista, o que, (D) Referencial Curricular Nacional para a Educação
por sua vez, requer sabedoria, desapego e humildade. Infantil
A superação do conceito de colaboração, como ato de boa (E) Plano Nacional de Educação
vontade, implica em visão de Estado, em cumprimento das
responsabilidades próprias e compartilhamento das comuns 03. (Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo/MG -
em processos cooperativos. Implica em covencer o desafio da Assistente de Educação Básica - IDECAN) A construção de
melhoria da qualidade da educação. um Sistema Nacional de Educação requer o
Para a superação da crença do poder da norma para mudar redimensionamento da ação dos entes federados, garantindo
a realidade - tida entre nós como panaceia para todos os diretrizes educacionais comuns a serem implementadas em
problemas - é preciso distinguir o que é de caráter geral, no todo o território nacional, tendo como perspectiva a superação
âmbito de políticas e diretrizes nacionais, do que é próprio da das desigualdades regionais. Dessa forma, objetiva‐se o
regulamentação de cada instância de ação concreta. Quando a desenvolvimento de políticas públicas educacionais nacionais
lei, seja federal ou local, define o caminho e o processo do universalizáveis, por meio da regulamentação das atribuições
caminhar, constituindo-se ao mesmo tempo em lei e específicas de cada ente federado no regime de colaboração e
regulamento, cai na armadilha da centralização legal, do da educação privada pelos órgãos de Estado. O Sistema
cerceamento do espaço de autonomia normativa das Nacional de Educação assume, assim, um papel que visa
instâncias concretas de ação. O poder centralizador da lei, às garantir as finalidades, diretrizes e estratégias educacionais
vezes nem tão sutil, constitui uma armadilha a cercear a comuns, mas mantendo as especificidades próprias de cada
aprendizagem democrática do exercício da cidadania. Quanto um. Assinale a alternativa que cita INCORRETAMENTE uma
mais a lei federal invade o local, mais assume o risco de das características do papel assumido pelo Sistema Nacional
aproximar a unidade da uniformidade, perigo já denunciado de Educação, de acordo com o contexto supracitado.
pelos Pioneiros. (A) Neutral.
Por outro lado, a regulamentação nacional excessiva trai (B) Articulador.
um preconceito de que as comunidades locais ainda são (C) Normatizador.
incapazes do exercício da cidadania e de que precisam ser (D) Financiador dos sistemas de ensino (Federal, Estadual,
tuteladas. Mas a cidadania é algo que somente se promove e se DF e Municipal).
aprimora exercendo-a. Esta é, em essência, a lição de Paulo
Freire na Pedagogia do Oprimido. A educação libertadora da 04. (TJ/AM - Analista judiciário - Pedagogia - FGV) Os
escola cidadã requer espaço de autonomia para o exercício da sistemas de ensino definem as normas da gestão democrática
cidadania. em conformidade com as disposições legais. Assinale a
A construção de um efetivo sistema nacional articulado de alternativa que apresenta os princípios da gestão democrática
educação precisa superar o divórcio entre o Brasil oficial e o estabelecidos na LDB n. 9.394/96:
Brasil real, já denunciado por Anísio Teixeira como fruto de (A) Participação dos profissionais da educação na
nossa cultura “hipernormatizadora”. A norma é necessária, elaboração do projeto pedagógico e eleição de diretores
mas está longe de ser suficiente. A solução está além da norma, (B) Eleição de grêmios estudantis e participação da
está na eficácia da ação dos agentes públicos e no efetivo comunidade em conselhos escolares
exercício da cidadania ativa. (C) Participação dos profissionais da educação na
elaboração do projeto pedagógico e participação da
Questões comunidade em conselhos escolares
(D) Eleição de diretores e participação da comunidade em
01. (IF/BA - Pedagogo - FUNRIO) Em 1932 foi publicado conselhos escolares
o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova liderado por (E) Eleição de grêmios estudantis e eleição de diretores
Fernando de Azevedo. Tal Manifesto se caracterizou
fundamentalmente pela defesa da (o) binômio abaixo:

21CASTELLS, Manuel. A Sociedade em rede - A era da informação: economia,


sociedade e cultura. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.

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05. (MF - Pedagogo - ESAF) A respeito do entendimento Principais Tipos de Propostas24


sobre participação popular no planejamento e na organização
da educação nacional, assinale a opção que determina o Escola Tradicional: possuem foco no aprendizado
conceito. voltado para a competitividade de vestibulares, por exemplo.
(A) Presença dos pais nas reuniões das escolas públicas. O ensino tradicional valoriza o conhecimento e, quanto mais
(B) Participação de representantes nos conselhos das conteúdo o aluno aprende, melhor avaliado ele é pela
escolas. instituição. Além de exigir bom desempenho, as escolas
(C) Participação de representantes nos conselhos, nos tradicionais tendem a ser mais rígidas também em regras de
fóruns, nas conferências e nas consultas públicas. comportamento, como horário, frequência, uso de uniformes,
(D) O trabalho da Comissão de Educação do Congresso e atitudes, sendo ainda é a mais procurada em todo o mundo;
Nacional.
(E) O desenvolvimento do desempenho dos estudantes nas Escola Construtivista: é o método alternativo de ensino
provas nacionais. mais difundido no Brasil. Esse tipo de ensino foca no
aprendizado como construção, onde a criança entende o
Gabarito mundo por assimilação e sempre com uso da sua realidade
como referência, ou seja, ela utiliza de conhecimentos que já
01.D / 02.B / 03.A / 04.C / 05.C possui para compreender o novo. No Construtivismo, a escola
não tem um currículo rígido e propõe atividades que ajudam
na ampliação do conhecimento infantil já existente;
9. Proposta Pedagógica da
Escola Sócioconstrutivista: se baseia nas ideias do
Escola psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky25, que desenvolveu a
teoria de que o conhecimento é adquirido a partir das relações
interpessoais. Essa pedagogia acredita que o aluno aprende
PROPOSTA PEDAGÓGICA através da interação com grupos sociais, outros alunos e
professores – estes, aliás, atuam como mediadores entre o a
A proposta pedagógica22 da escola está prevista na Lei de criança ou adolescente, seus conhecimentos e o mundo;
Diretrizes e Bases da Educação, Lei 9.39423 de 1996 e tem
como objetivo principal garantir a autonomia das instituições Escola Progressista-humanista: também derivada do
de ensino no que se refere à gestão de suas questões Construtivismo, trabalha a criança com foco na progressão do
pedagógicas, administrativas e financeiras. seu conhecimento. Com foco na vivência grupal e equilibrada
Na prática, trata-se de um documento que define a linha entre alunos e professores, a abordagem valoriza as diferenças
orientadora de todas as ações da escola, desde sua estrutura e individualidades de cada um;
curricular até suas práticas de gestão.
A proposta pedagógica geralmente está baseada em uma Escola Democrática: é aquela que se baseia em uma
linha educacional proposta e descrita em determinada teoria pedagogia libertária, na qual os alunos são os atores centrais
pedagógica. Porém, independentemente da linha teórica que do processo educacional e os professores são facilitadores que
determinada escola deseja seguir, é necessário esclarecer que auxiliam nas atividades, de acordo com o interesse do
cada uma delas possui seus próprios valores, dificuldades, estudante. A escola emprega a democracia e conceitos de
vantagens e desvantagens, que podem ser adaptados a cidadania, sempre com foco no estudante;
diferentes realidades escolares.
A Lei de Diretrizes e Bases permite a flexibilidade de que Escola Waldorf: esse método acredita que o aprendizado
cada escola esteja livre para elaborar sua proposta pedagógica deve andar juntamente com atividades corporais e artesanais,
de acordo com seus interesses, de seus alunos e da para assim, trabalhar o desenvolvimento físico, social e
comunidade onde está inserida. individual da criança de forma conjunta. Neste método, os
A proposta pedagógica da escola é o documento que define alunos são divididos em faixas etárias e não em séries e não há
a sua identidade e determina como ela irá se relacionar com repetência, por acreditar que o ritmo biológico do aluno não
todos os envolvidos na comunidade escolar. pode ser mudado. Foca no conhecimento da criança para seu
Uma instituição de ensino que possui uma proposta desenvolvimento em diversos aspectos, dando igual
pedagógica bem elaborada e eficiente poderá observar importância às formações ética, estética e acadêmica.
impactos muito significativos na captação e retenção de
alunos, na qualidade do ensino por ela promovido e nos níveis Escola Montessori: tem a proposta pedagógica de um
de satisfação e contentamento do corpo docente, dos alunos e ensino ativo, no qual a criança cria um senso de
de suas respectivas famílias. responsabilidade a partir de seu próprio aprendizado, no qual
o ambiente é rico em estímulos que despertam o interesse
É importante que para a elaboração da proposta a escola para a atividade e convidem a criança a conduzir suas próprias
conte com a participação e contribuição de todos os envolvidos experiências.
na comunidade escolar. Como professores, alunos,
coordenação, pais e comunidade, que devem opinar, comentar Escola Pikler: surgiu como resposta a um ensino
e apresentar tópicos que sejam relevantes e adequados à tradicional, o qual dispõe as crianças sentadas em fileiras, não
realidade da instituição e ao local onde está inserida. trabalha tanto a dimensão lúdica e tem pouco foco em
Vale ressaltar que existem vários de tipos de propostas atividades de expressões corporais e artísticas.
escolares. Abaixo apresentaremos as principais:

22 https://www.somospar.com.br/entenda-a-importancia-da-proposta- 24 https://lunetas.com.br/saiba-diferenciar-tipos-de-ensino-e-acerte-na-
pedagogica-da-escola/ escolha-por-escola/
23 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm 25 Foi um psicólogo, proponente da Psicologia cultural-histórica

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APOSTILAS OPÇÃO

outro estabelecimento de ensino, deve-se transcrever


10. Arquivamento de fielmente as informações (atenção especial a nomenclatura
documentos passivos utilizada – série, ano, ciclo).
Deve-se registrar carga horária anual e a porcentagem
pedagógicos fundamentais total de frequência. O Histórico Escolar não deve conter
rasuras, espaços em branco ou aplicação de corretivos.
Todos os esclarecimentos sobre a vida escolar do aluno
DOCUMENTOS ESCOLARES, ADMINISTRATIVOS E DE devem ser apostilados no campo de observações do Histórico
GESTÃO ESCOLAR Escolar.

Os documentos escolares, administrativos e de gestão Certificado / Diploma


devem estar sob a guarda e a responsabilidade da secretaria O certificado é utilizado para certificar conclusão de curso
da escola. A expedição dos documentos deverá sempre e será concedido ao aluno que concluiu com aproveitamento e
acontecer em duas vias devendo, uma ser arquivada na pasta assiduidade qualquer nível da educação básica - deve ser
do aluno interessado ou arquivo da secretaria da escola para registrado junto ao protocolo específico de retirada da
posterior comprovação, se necessário. documentação pertinente à conclusão do Ensino Fundamental.
A diferença entre o certificado e o diploma é
Documentos Escolares - Certificado: é utilizado para certificar a conclusão de
curso ou participação de eventos, congressos, seminários,
Ficha Individual simpósios, palestras;
A ficha de acompanhamento individual é um instrumento - Diploma: é expedido quando o curso oferece uma
de registro onde pode se verificar e avaliar de forma habilitação profissional em áreas técnicas (pedagogia, direito,
individual, contínua e diária, a evolução da aprendizagem de medicina, etc.).
cada aluno. Nela contém os seus dados e informações No verso do certificado deverão constar as seguintes
complementares para este acompanhamento. É utilizada informações:
pelos professores, para acompanhar o progresso de cada um
dos alunos. Certificado REGISTRADO sob livro/ano 20___, folha
nº_____ - validade nacional de acordo com a LDB nº
Ficha de Aptidão Física 9.394/96, Art. 24, inciso VII. Cidade, ______de _____________ de
A ficha contempla informações sobre a capacidade dos 20____.
alunos em realizar atividades físicas com vigor e disposição, Ass. do Responsável: _____________________
relacionando com informações sobre desempenho atlético, à
saúde (resistência cardiorrespiratória, a composição corporal, Protocolo Específico do Certificado do Ensino
a aptidão músculo esquelético, a força muscular, a resistência Fundamental
muscular e a flexibilidade.), às habilidades (agilidade, o O “protocolo específico” é documento que deve ser
equilíbrio, a coordenação, a potência e o tempo de reação a um arquivado na unidade escolar e dar-se-á da seguinte forma:
estímulo). - Por ano letivo: todos os protocolos do ano deverão ser
Uma prova de aptidão física tem o objetivo de verificar, reunidos em um único livro e numerados em ordem crescente,
mediante a execução de exercícios específicos, se o indivíduo com organização alfabética.
possui as capacidades motoras indispensáveis para o - Os protocolos do ano correspondente deverão ser
posterior desempenho de determinadas atividades. encadernados para melhor organização.

Boletim dos Alunos Atestado de Vaga


É o documento de comunicação entre a escola e a família É documento expedido pela secretaria da escola que
do aluno, referente ao aproveitamento escolar. garante vaga no curso especificado no requerimento, com
Todo aluno regularmente matriculado e frequentando prazo de validade estabelecido no próprio documento.
receberá um boletim de acompanhamento do aproveitamento É de fundamental importância arquivar o atestado de vaga
escolar e assiduidade bimestralmente. recebido da escola destino, no prontuário do aluno, uma vez
O documento poderá ser retirado na Secretaria Escolar em que sua finalidade é assegurar a continuidade de estudos do
até quinze dias após a data da entrega oficial, definida no aluno em situação de transferência.
calendário interno do educandário – após esta data, a entrega Ele indica que há vaga na escola pretendida, porém não se
de boletins dar-se-á no próximo bimestre, devendo ser traduz em documento hábil de comprovação de realização de
excluídos os boletins não retirados. matrícula em outro educandário.

Histórico Escolar Atestado de Frequência


Histórico Escolar é o documento que registra a vida escolar Documento emitido para comprovar que o aluno está
do aluno. Deve ser preenchido em duas vias, devidamente regularmente matriculado e frequentando as aulas na referida
datado e assinado pelo Secretário Escolar e Diretor da unidade escola.
escolar, com seus respectivos carimbos, sendo uma via O atestado de frequência deve ser expedido quando
entregue ao aluno (em até trinta dias da apresentação do solicitado pelos pais ou responsável legal, independente do
atestado de vaga ou na data da conclusão do Ensino motivo do pedido. No caso de transferência, deve-se orientar a
Fundamental) e a outra arquivada nos seus assentamentos. família quanto à exigência da apresentação do atestado de
No cabeçalho, além dos dados da unidade escolar, como vaga para expedição do processo de transferência.
nome, número do ato legal de Autorização de Funcionamento
do Educandário, endereço, telefone, devem constar os dados Declaração de Matrícula
do aluno, o último ano cursado por ele e o amparo legal Geralmente é emitida antes que o aluno inicie frequência
(preferencialmente apenas a LDB nº 9.394/96). na escola. Ela declara que o aluno está regularmente
O registro das médias deve ser de acordo com os registros matriculado na unidade educacional, mas não atesta a
dos diários de classe e/ou das Atas de Resultados Finais. Em frequência. Deve ser expedida quando solicitada pelos pais ou
caso de históricos de alunos com série/ano concluídos em responsável legal.

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APOSTILAS OPÇÃO

Requerimento ser riscado – as faltas deverão ser atribuídas até que haja a
É o instrumento que serve para solicitar algo a uma comunicação, por parte da secretaria escolar, da transferência
autoridade do serviço público. e, nos casos de abandono (30 dias letivos de infrequência), o
Não se envia requerimento a empresas comerciais ou a professor deverá fazer tal anotação ao lado do nome do aluno,
grêmios esportivos. Para estes casos, o pedido ou a solicitação sem riscá-lo, e deixar de atribuir faltas.
é objeto de carta/ofício. Se o Secretário Escolar observar a falta, no diário de
O requerimento é a solicitação sob o amparo da lei, mesmo frequência de algum dos dados essenciais acima descritos,
que o motivo seja suposto. A petição é o pedido, sem certeza deverá comunicar o fato ao Diretor do Educandário, tendo o
legal ou sem segurança quanto ao despacho favorável. Professor presente, a fim de que se corrija o que se fizer
Quando concorrem duas ou mais pessoas, então teremos necessário.
um abaixo-assinado (requerimento coletivo).
O requerimento admite invocação, porém não aceita b) Ficha de avaliação: deve ter a assinatura do professor (e
fechos que não são os seus. Exemplos apropriados: Nestes nome completo) e ser preenchida com as notas ou menções
termos; Aguarda deferimento; Espera deferimento. que traduzem o aprendizado do aluno - lembramos que as
notas devem ser atribuídas conforme a lei que rege o sistema
Convite e Convocação de avaliação. É importante que o professor registre no diário
O convite está atrelado a aceitação facultativa, já a de avaliação a data e o conteúdo avaliado – lembramos que é
convocação, atrela-se ao aceitamento obrigatório. obrigatória a Recuperação Paralela em todos os casos que o
A convocação corresponde ao convite, mas tem o sentido aluno tiver nota inferior à média. Se for da preferência do
de intimação, exigindo o comparecimento, devendo ser professor, poderá atribuir com caneta de cor diferente as notas
justificada a impossibilidade de fazê-lo. Já o convite é somente abaixo de 7,0, a fim de ficar mais fácil a visualização e
uma solicitação. eliminação das notas mais baixas, para fins de média bimestral
A convocação poderá ser realizada para cumprimento das – ressaltamos que a média bimestral é resultado de soma exata
atividades previstas em calendário escolar e da legislação e divisão exata – havendo a necessidade de aumentar a nota do
vigente. aluno, isto deverá estar registrado no diário a título de menção.
Cada escola deverá organizar o “livro de convocação”, no Informar também o total de faltas ao final de cada bimestre.
qual serão acostadas as mais diversas situações de convocação
(dias gerenciados, formações, etc), com o objetivo de recolher c) Diário de conteúdo: é documento importante, pois nele
as assinaturas dos interessados. Este livro deverá ficar registra-se a evolução dos conteúdos programáticos
guardado na secretaria escolar. trabalhados, as datas de provas, datas de recuperação paralela,
realização de projetos, etc. As informações no diário de
Calendário Escolar conteúdos devem ser feitas de forma objetiva, tipificando o
A LDB nº 9.394/96 em seu Art. 24, Inciso I, determina que conteúdo trabalhado e o período, uma vez que o plano de aula
o ano letivo tenha duração mínima de 200 dias letivos e 800 (ou planejamento) deve ser mantido em caderno específico, o
horas/aula. qual poderá ter acompanhamento por parte da equipe
A Secretaria de Educação, mediante aprovação do pedagógica escolar. Deverá conter data e assinatura.
Conselho Municipal de Educação define, em calendário, as
datas de início e fim do ano letivo, bem como as datas de início Alteração de Nome de Aluno ou de Profissional da
e fim de bimestres, recessos e feriados escolares, além das Unidade Escolar
datas de eventos comuns a toda a rede de ensino. Com base nos dados da nova Certidão de Nascimento ou
Com base no calendário geral, as escolas organizarão Casamento, o Secretário deverá registrar na ficha de matrícula
calendário próprio contendo as datas comemorativas e de do aluno (e no Sistema de Gerenciamento Escolar) ou no
homenagens específicas (às mães, aos pais, aos professores, cadastro individual do profissional do educandário:
etc), cronograma de entrega de notas, datas de conselhos de a) O aluno _______ (nome anterior) a partir de ______
classe, reuniões pedagógicas, entrega de boletins e eventos (data) passou a chamar-se _______ (nome atual) conforme
diversos, respeitando-se o cumprimento fiel dos 200 dias __________________ (documento oficial) expedido(a) em __/__/__.
letivos, ou seja, dia letivo é considerado com efetivo trabalho b) O servidor público municipal ___________ (nome
escolar que envolva atividades com alunos. anterior) ocupante do cargo de _______ passou a chamar-se
______________________ (nome atual) conforme
Diário de Classe _______________________ (documento oficial) expedido (a) em
O Diário de Classe é um instrumento de gestão e de __/__/__.
escrituração escolar que acompanha e controla o
desenvolvimento da ação do professor. Carga Horária
Este documento relaciona todos os alunos matriculados A carga horária mínima é de 800 horas anuais, distribuídas
por ano, série, ciclo ou etapa, turno e turma, registra o em 200 dias letivos e a jornada diária é pelo menos 4 horas por
rendimento escolar, frequência, conteúdos programáticos, dia de segunda à sexta, conforme estabelece a Lei de Diretrizes
dias letivos e feriados. O Diário de Classe é o documento oficial e Bases da Educação Nacional:
que deve permanecer arquivado em todas as Secretarias
Escolares. O Diário de Classe é composto por: LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 199626
LEI DAS DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO
a) Ficha de frequência: deve ser preenchida com os dados NACIONAL
do professor (nome completo), a frequência dos alunos e [...]
quantidade de faltas ao final de cada bimestre, além do número Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio,
de aulas dadas (ou dias letivos). O professor deve registrar o será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
nome completo dos alunos que vierem a ser admitidos no I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas
curso do ano letivo, registrar a data de admissão e anotar as para o ensino fundamental e para o ensino médio, distribuídas
frequências. Caso um aluno deixe de frequentar as aulas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar,
(transferência ou abandono), o nome do mesmo não deverá

26http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm. Acesso em 06.03.2019.

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Pedido N.: 2739267 - Apostila Licenciada para lemos.ana76@hotmail.com (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br
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excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver; - Livro de registros de emissão (retirada) de históricos
(Redação dada pela Lei nº 13.415, de 2017) escolares de alunos que concluíram o Ensino Fundamental.
[...] - Livro Ponto de funcionários: Registro da frequência
§ 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do diária dos funcionários lotados na escola.
caput deverá ser ampliada de forma progressiva, no ensino - Relatório do quadro de faltas dos funcionários.
médio, para mil e quatrocentas horas, devendo os sistemas de - Censo Escolar.
ensino oferecer, no prazo máximo de cinco anos, pelo menos mil - Movimento Bimestral: registro da quantidade de alunos
horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março de 2017. por turma/turno/sexo da escola no início e no final de cada
(Incluído pela Lei nº 13.415, de 2017) bimestre.
- Relatório de Frequência Escolar do Programa Bolsa
Visita Técnica Família.
Esta atividade visa o encontro do estudante com o universo - Relatório dos alunos que são beneficiados pelo transporte
profissional, proporcionando aos participantes uma escolar. Ficha cadastral dos funcionários da escola.
experiência e formação mais ampla. A realização das visitas é
de extrema relevância para os alunos. - Relatório de controle de estoque e pedido da Alimentação
Escolar.
Matriz Curricular - Arquivo da Carta de Apresentação dos Estágios
A Matriz Curricular é um documento que conduz as realizados no educandário.
matérias de ensino da escola, sendo o ponto de partida de sua
organização pedagógica. É a partir da matriz onde se define Ata
que componentes curriculares serão ensinados na escola. Para É o documento de valor jurídico, que consiste no resumo
a elaboração do Matriz Curricular é necessário seguir alguns fiel dos fatos, ocorrências e decisões de sessões, reuniões ou
passos importantes: assembleias, realizadas por comissões, conselhos,
- Ter como embasamento a Lei de Diretrizes e Bases da congregações, ou outras entidades semelhantes, de acordo
Educação Nacional (LDB) e os Parâmetros Curriculares com uma pauta, ou ordem-do-dia, previamente divulgada. É
Nacionais (PCNs); geralmente lavrada em livro próprio, autenticada, com as
- Apresentar fundamentação teórica; páginas rubricadas pela mesma autoridade que redige os
- Histórico do ensino das disciplinas; termos de abertura e de encerramento. O texto apresenta-se
- Os objetivos de aprendizagem (especificando o ano e o seguidamente, sem parágrafos, ocupando cada linha inteira,
objetivo em relação ao que ensinar); sem espaços em branco ou rasuras, para evitar fraudes. A fim
- Os conteúdos que serão trabalhados no período para de ressalvar os erros, durante a redação, usar-se-á a palavra
alcançar essas expectativas, justificando cada um deles. digo; se for constatado erro ou omissão, depois de escrito o
- Orientações didáticas e referências bibliográficas texto, usar-se-á a expressão em tempo. Quem redige a ata é o
preferencialmente seguidas de sugestões de atividades e secretário (efetivo do órgão, ou designado ad hoc para a
leituras complementares. reunião). A ata vai assinada por todos os presentes, ou
somente pelo presidente e pelo secretário, quando houver
É de suma importância que os profissionais pertencentes registro específico de frequência.
ao processo educativo, saibam o quanto essa experiência de Observações: Com o advento do computador, as atas têm
construção da matriz curricular de forma coletiva se torna rica, sido elaboradas e digitadas, para posterior encadernação em
porém, depois de construída, dever ser compreendida e livros de ata. Se isto ocorrer, deve ser indicado nos termos de
adaptada de acordo com a realidade de cada escola. abertura e fechamento, rubricando-se as páginas e mantendo-
se os mesmos cuidados referentes às atas manuscritas.
Documentos Administrativos Dispensam-se as correções do texto, como indicado
anteriormente. No caso de se identificar, posteriormente,
Fazem parte do rol de Documentos Administrativos algum erro ou imprecisão numa ata, faz-se a ressalva,
- Documento legal de criação da Unidade Escolar apresentando nova redação para o trecho. Assim, submetida
(legislação pertinente). novamente à aprovação do plenário, ficará consagrada. O novo
- Livros de protocolos: Registro de entrada e saída de texto será exarado na ata do dia em que foi aprovado,
documentos (transferências) e correspondências, com data e mencionando-se a ata e o trecho original. Suas partes
assinatura de quem os recebeu. Pasta de inventário de componentes são: 1. Cabeçalho, onde aparece o número
equipamento e material permanente (bens): Registro de todos (ordinal) da ata e o nome do órgão que a subscreve. 2. Texto
os equipamentos e materiais permanentes da escola. sem delimitação de parágrafos, que se inicia pela enunciação
- Coletânea de Legislação pertinente à área da educação. da data, horário e local de realização da reunião, por extenso,
- Constituição Federal e Estadual; Lei Orgânica; Lei de objeto da lavratura da Ata. 3. Fecho, seguido da assinatura de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96; Resoluções; presidente e secretário, e dos presentes, se for o caso.
Pareceres e Indicações do Conselho Municipal de Educação;
Conselho Nacional de Educação; Estatuto da Criança e do
Adolescente; Estatuto do Servidor; Lei Complementar - Plano 11. Procedimentos
de Cargos, Carreira e Remuneração dos Profissionais da administrativos relativos à
Educação, além de publicações referentes às normas de
administração de pessoal. matrícula escolar
- Atas: Registro dos resultados finais por aluno:
rendimento escolar (aprovado, reprovado, evadido), notas ou
menções durante o ano letivo (atas de conselho de classe). Prezado(a) Candidato(a), o assunto referente a este tópico
Registro da regularização da vida escolar do aluno, como: foi trabalhado previamente no decorrer desta apostila.
complementação de estudos, avanço progressivo, Portanto evitando repetições e redundâncias o mesmo não
classificação, reclassificação, aceleração, aproveitamento de será novamente abordado.
estudos e progressão parcial, conselho de classe. Registro das
reuniões realizadas pelo colegiado e assembleias.

Conhecimentos Específicos 50
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