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DIÁLOGOS ANTROPOLÓGICOS
BLOG DO GRUPO DE ESTUDOS CULTURAIS, IDENTIDADES E RELAÇÕES INTERÉTNICAS
incontrolável se transforma num relato escrito e legítimo?” (CLIFFORD, 1998, p.21). A resposta talvez interétnicas resenha seminário sergipe
possa ser encontrada na criação, onde Malinowski foi grande contribuinte, de “um novo teórico simbologia site stuart hall
pesquisador de campo que desenvolveu um novo e poderoso gênero científico e literário, a etnografia, uma
descrição baseada na observação participante” (CLIFFORD, 1998, p.27).
DOSSIÊ - Juventudes,
Para que esses modos de autoridade etnográfica se firmassem, eram necessárias, no entanto, algumas
Expressividades e Poder
inovações institucionais e metodológicas. Clifford cita, em primeiro lugar, a legitimação do pesquisador de
em Perspectivas Cruzadas
campo profissional, de padrões normativos de pesquisa, de sofisticação científica e da simpatia relativista.
Outra questão importante era o domínio da língua nativa, ou apenas a utilização de termos lingüísticos
nativos pelo pesquisador na etnografia, onde o domínio da língua não era crucial. Em terceiro lugar, como
se uma cultura pudesse ser apreendida apenas pelo que vê o observador treinado, dava-se ênfase ao
poder de observação. “Como uma tendência geral, o observador-participante emergiu como uma norma de
pesquisa. Por certo o trabalho de campo bem-sucedido mobilizava a mais completa variedade de
interações, mas uma distinta primazia era dada ao visual: a interpretação dependia da descrição” Org. Frank Marcon e Lorenzo Bordonaro
(CLIFFORD, 1998, p.29). Também se buscava aliar a descrição à teoria, como forma de “chegar ao cerne”
de uma cultura mais rapidamente. Assim, a pretensão era que a etnografia estivesse mais para abstrações
teóricas do que para inventários exaustivos de costumes e crenças. Em quinto lugar, como a idéia de que a BIBLIOTECA VIRTUAL
cultura era um todo complexo, achava-se que o entendimento poderia ser obtido através do estudo BIBLIOTECA DO GERTS
exaustivo de uma das partes desse todo. Por isso, se privilegiavam as análises sobre instituições
Anais dos Eventos SECIRI (2009 e 2011)
específicas da cultura por parte do pesquisador. Por fim, havia uma preferência pelos aspectos sincrônicos
na análise, devido ao curto tempo de duração da pesquisa, onde muitos estudos acabavam perdendo de Anais dos Eventos SECIRI (2013)
4 comentários:
Diálogos Transatlânticos
Tania disse...
Acho importante sempre fazer uma pausa para reflexão do fazer etnográfico. Esse texto do James
Clifford é interssante porque faz uma historinha sobre os outros métodos etnográficos, além de nos LIVRO
fazer pensar sobre a experiência de campo e como validar a observação participante. O que eu
observei recentemente, em apresentações de Gt's que assiti,foi que as pessoas que apresentavam
seus trabalhos etnográficos faziam apenas uma mera descrição do campo, mas não mais que
isso...achei muito esquisito isso, algo sem reflexão? Só a descrição pela descrição...fiquei pensando o
que estaria acontecendo...é preciso exercitar mais o fazer etnográfico. Pensar como utilizar o diário de
campo para fazer as reflexões. Pelo menos é nisso que penso quando me proponho a utilizar esse
método, não fazer apenas a descrição.
17 de setembro de 2010 06:45
ELOS
Mateus Neto disse...
Antropologos Iberoamericanos em Rede
hythieshEu acredito que a partir do James Clifford entre outros da Escola de Chicago, alguns
antropólogos foram impulsionados a novas criações pela infusão de ideias da crítica literária Associação Brasileira de Antropologia
desconstrucionistas. O Clifford ao contrário dos seguidores de Malinowski tomaria como seus nativos e CAPES
informantes, os próprios antropólogos que fizeram pesquisa de campo, cujos trabalhos tem sido a
CNPQ
produção de seus textos, a escrita etnográfica. Olha que coisa incrível, agora, todos nós (antropólogos,
rsrs) têm sido observados e inscritos. Já que a Antropologia é a disciplina que estuda o “outro”, para o CRIA - ANTROPOLOGIA - PORTUGAL
Clifford, o “Outro” é a representação antropológica do outro. Meio louco isso, não? Portanto, neste Domínio Público
momento, novos métodos ou epistemologias surgem na disciplina antropológica. A etnografia foi
invadida pela a heteroglossia e concebida num espaço textual autônomo, polifônico e multivocal Estudos Luso-Afro
(dialógico), onde não apenas estaria transcritos as impressões dos antropólogos, mas também dos Mestrado Antropologia UFS
seus informantes e nativos dando início ao paradigma textual ampliando a noção de campo na
Mestrado e Doutorado em Sociologia
Antropologia que estava passando no pós-guerra por crises internas. “(...) Foi quando se pensou que a UFS
pesquisa de campo desapareceria pela recusa dos nativos, agora cidadão de nações independentes,
em aceitar a presença dos antropólogos” (James Clifford, 1989, p. 67). O processo de pós-colonização Rede Brasil Africa de Estudos Sociais
que culminou em meados de 1950, trouxe para a disciplina alguns pressupostos: o desaparecimento UNIVERSIDADE FEDERAL DE
do seu suposto objeto, os nativos e o fim das explicações totalizadoras. Isso é bem esclarecedor (eu SERGIPE
acho) para aqueles que ainda pensam que os antropólogos estudam as aldeias, tribos... etc. Mas como Vídeo nas Aldeias
o Geertz já dizia, os antropólogos estudam nas aldeias e não especificamente as aldeias. Espero ter
contribuído de alguma forma... Pessoal, me ajude se falei alguma besteira...rsrsrs
28 de setembro de 2010 19:40 SEGUIDORES
Seguidores (102) Próxima
Williams disse...
Perante tudo que já foi comentado sobre a construção de uma autoridade etnográfica, ora baseada
numa idéia de “eu estive lá”, pautada na experiência do pesquisador junto ao grupo pesquisado – dai o
surgimento de uma antropologia visual, baseada em fotografias ditas legitimadoras e comprovativas da
presença do pesquisador em campo – e agora numa nova leitura substituída pela idéia da autoridade
dialógica, pautada na interação/negociação entre pesquisador/pesquisado, e a polifônica, no sentido de
dar voz aos sujeitos e construir um texto a “varias mãos”, me vem a pergunta: se todas essas
tentativas de legitimação, por meio da construção de uma autoridade etnográfica
(experiencial/interpretativo, dialógico/polifônico) são construídas na interação – seja ela do nível que Seguir
for, com seu sujeitos, sujeitos esses cada vez mais próximos, muitas vezes com quais o pesquisador
interage fora do contexto “campo de pesquisa” – como dá voz a esse nativos sem correr o risco de ser
interpretado como militante, ou porta voz dos mesmos, sendo você também um nativo? Como controlar
essas interpretações dos leitores se são eles os autores finais de nossas “histórias etnográficas”?
MAIS COMENTADAS
Como Clifford chama a atenção a coerência que se busca na etnografia, tal qual um texto literário
Resenha: “Uma descrição densa: por
“depende menos das intenções pretendidas do autor do que da atividade criativa de um leitor”. fico a
uma teoria interpretativa da cultura.”
pensar: se antes Malinwski foi fortemente criticado pelos antropólogos quando publicado o seu diário
GEERTZ, Clifford. Uma Descrição
revelando sua “antipatia” para com seu objeto de pesquisa, agora a critica acontece ao contrário, Densa: Por Uma Teoria Interpretativa da
quando os pesquisadores revelam-se próximos a seu objeto? Como fugir disso? cultura. In: A Interpretação das
culturas . Rio de Janeiro: Za...
30 de setembro de 2010 09:38
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