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RELATÓRIO TÉCNICO

PÁTIO DE MINÉRIOS
PÁTIO PRIMÁRIO/MÁQUINAS COMBINADAS, EMPILHADEIRAS-
RECUPERADORAS

ANÁLISE DE FALHA DAS COROAS E PINHÃO DO TRUCK N.º 10


DA SR-03
REVISÕES

DESCRIÇÃO PREP. VERIF. APROV. DATA

DOC.
REF.

N° CST
COMPANHIA SIDERÚRGICA DE TUBARÃO B2223MRT0002

Emitente Prep./ verif. Aprovado Solicitação Data Rev Nº de pág.


IUN Ricardo Flávio 20041837 21/03/2005 0 10
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1- OBJETIVO

Analisar a falha das coroas e do pinhão do truck n.º 10 da SR-03 do pátio de


minérios da Sinterização.

2- ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

- Desenho CST B2223MX00209 – SR3 – Sistema de translação – Coroa.

- Desenho CST B2223MX05803 – Stacker/Reclaimer n.º 3 – Pinion.

- Desenho CST B2223MX05739 – SR3 – Sistema de translação – Conjunto rodas


motrizes – Truque de 02 rodas completo.

- Material pinhão: SAE 4140 temperado e revenido para a dureza de 240 a 280HB.

- Material coroa: SAE 1045 temperado e revenido para a dureza de 220 a 240HB.

3- CONSIDERAÇÕES

3.1 – Fotografias

COROAS

PINHÃO

Fig. 01: SR3 – Sistema de translação – Montagem do pinhão e coroas – Desenho B2223MX05739.
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NÚMERO DE
DENTES = 20

Fig. 02: SR3 – Sistema de translação – Pinhão com desgaste excessivo dos dentes.

NÚMERO DE
DENTES = 62

Fig. 03: SR3 – Sistema de translação – Coroa com desgaste excessivo dos dentes.
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3.2 – Análise de dureza

Tab. 01: Análise de dureza do pinhão/coroa em HRc.


Medição 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª Média
Pinhão 26,0 25,0 22,0 25,0 27,0 24,0 24,8*
(HRc)
Coroa 96,0 95,5 91,0 95,5 93,0 96,0 94,5**
(HRb)
* Equivalente a aproximadamente 250HB.
** Equivalente a aproximadamente 205HB.

3.3 – Análise química

Tab. 02: Análise química do pinhão/coroa.


Elem. C (%) Si (%) Mn (%) P (%) S (%) Ni (%) Cr (%) Mo (%) V (%)
Pinhão 0,41 0,22 0,81 0,025 0,016 0,02 0,87 0,18 0,003
Coroa 0,44 0,20 0,64 0,026 0,008 0,014 0,077 0,003 0,001

3.4 – Micrografia

Fig. 04: Micrografia – Pinhão – Estrutura Bainítica + Martensítica – Ataque Nital 2% – Aumento
500X.
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Fig. 05: Micrografia – Coroa – Estrutura normalizada (ferrita + perlita) – Ataque Nital 2% –
Aumento 500X.

3.5 – Macrografia

Fig. 06: Macrografia – Coroa – Inexistência de tratamento superficial – Ataque Nital 4%.
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4- DESENVOLVIMENTO

As coroas e o pinhão de translação do truck n.º 10 da SR03 do Pátio de Minérios


falharam por desgaste excessivo em 20/09/2004 após 82 dias em operação, fig. 01 e
o novo conjunto montado voltou a falhar em 10/03/2005. A troca dos trucks das
extremidades leva 4horas e os outros de 6 a 8 horas de parada.

Em consulta ao histórico da área, constatamos que as engrenagens originais tiveram


uma vida útil média de 4 meses, e eram substituídas por sobressalentes que vieram
no pacote da máquina. Após o início da compra nacional de sobressalentes
baseados nos desenhos originais esses pinhões começaram a ser substituídos com
maior freqüência, conforme histórico da área abaixo, tab. 03.

Tab. 03: Histórico de substituição dos trucks – Controlado pela IUGS.


N.º do Truck Data 1ª Troca Data 2ª Troca Data 3ª Troca
01 08/10/2004 04/02/2005
02 05/05/2004 17/12/2004
03 Sem histórico
04 12/11/2003
05 25/08/2004
06 28/05/2003
07 06/10/2004
08 06/10/2004
09 06/10/2004
10 29/06/2004 20/09/2004* 10/03/2005

* Conjunto analisado.
Podemos observar na fig. 02, que o pinhão sofreu deformação total dos dentes e a
coroa, fig. 03 também perdeu seu perfil original por deformação plástica. O aspecto
do desgaste encontrado nos dentes da coroa não nos indica desalinhamento entre
eles.

A análise de dureza dos componentes, tab. 01 nos indica uma dureza média de
aproximadamente 250HB para o pinhão e de 205HB para a coroa. Os valores
especificados são de 240 a 280HB para o pinhão e de 220 a 240HB para a coroa.

A análise química, tab. 02 indica o material SAE 4140 para o pinhão e o SAE 1045
para a coroa, conforme especificado nos projetos B2223MX00209 e
B2223MX05803.
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A micrografia do pinhão, fig. 04 nos revela uma estrutura bainítica + martensítica


típica de material SAE 4140 temperado e revenido para a faixa de dureza
encontrada, e a micrografia da coroa, fig. 05 uma estrutura normalizada (ferrita +
perlita) que não é a mais adequada para a aplicação, porém era esperada para a
faixa de dureza encontrada.

Vale lembrar que a coroa não sofreu tratamento de têmpera superficial, conforme
mostrado na macrografia, fig. 06 sendo a dureza uniforme ao longo do dente.

Essas engrenagens operam em caixa aberta, o que permite a entrada de sujeira (pó
de minério) altamente abrasiva, agravando a situação de desgaste.

O pinhão gira em baixa rotação (48 rpm) com potência de 11kW.

4.1 – Análise do projeto

Foram checadas todas as dimensões das engrenagens e as dimensões do truck


onde elas são montadas, não sendo detectados irregularidades (estão dentro das
tolerâncias). A distância entre centro dos eixos deverá ser mantida conforme
especificado 415 +−00,,063
063 , para que as engrenagens não sofram desgaste excessivo por

contato irregular. No truck n.º 10 onde estava operando esse conjunto a distância
era de 414,940mm (dentro do admissível).

As engrenagens foram checadas quanto a sua resistência, conforme norma AGMA


2101, ANEXO “A”. A tensão máxima de flexão do pinhão foi de 107,2N/mm2 que
está dentro da admissível (153,3N/mm2). Já a tensão máxima de flexão da coroa foi
de 127,31, que está acima da máxima tensão de flexão admissível (123,3N/mm2).

A tensão de fadiga superficial foi de 736,1N/mm2 que também está acima da máxima
admissível (600N/mm2), parâmetro esse relacionado com o desgaste excessivo que
o par vem sofrendo.

Se modificarmos o material das engrenagens e o tratamento térmico conforme


descrito nas recomendações desse relatório (item 6) elevaremos a tensão máxima
admissível de flexão para 176,6N/mm2 e a tensão máxima admissível de fadiga
superficial para 875N/mm2, ficando todas as tensões dentro dos parâmetros normais
de projeto.
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5 – CONCLUSÃO

As coroas e o pinhão de translação do truck n.º 10 da SR03 do Pátio de minérios


falharam em serviço devido ao desgaste excessivo causado pela especificação
inadequada do material e tratamento térmico das engrenagens.

6 – RECOMENDAÇÕES

6.1 – Durante a montagem sempre checar a distância entre centros, que deverá
estar em 415 +−00,,063
063 , fig. 07;

415 +−00,,063
063 415 +−00,,063
063

Fig. 07: Distância entre centros dos eixos.

6.2 – Revisar o projeto B2223MX05803, adotando o material SAE 4140 temperado e


revenido para a dureza de 36 a 39HRc (executado pela engenharia IUN);

6.3 – Revisar o projeto B2223MX00209, adotando o material SAE 4140 temperado e


revenido para a dureza de 31 a 34HRc (executado pela engenharia IUN);

6.4 – Programar a substituição das engrenagens e coroas nacionais em situação


similar as analisadas, visando à estabilidade operacional da SR03.
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ANEXO “A” – RESULTADOS DOS CÁLCULOS DE ANÁLISE DAS


ENGRENAGENS ANALISADAS.
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ANEXO “B” – RESULTADOS DOS CÁLCULOS DE ANÁLISE DAS


ENGRENAGENS RECOMENDADAS.

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