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Ministério Público Estadual

Rodada 02.2017

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1. HEITOR LOBOS foi eleito prefeito do município de Lagoa da Canoa/AL, tendo sido
empossado em 19.12.2016. Ocorre que em 18.12.2016, o TJAL confirmou sentença penal
condenatória proferida em seu desfavor, por violação aos preceitos proibitivos dos arts. 171, §
3º e 288 do Código Penal. Você está respondendo pelas promotorias eleitorais da região de
Arapiraca, na qual está compreendida Lagoa da Canoa. Partindo da premissa que já dispõe de
toda prova documental relativa aos fatos, adote a providência que entender cabível, datando-a
com o último dia do prazo.

Comentários
Sempre salientamos a importância da observância da boa técnica na
elaboração das respostas aos alunos Emagis. A utilização da ferramenta
processual correta e o emprego da terminologia adequada são
absolutamente indispensáveis à obtenção de uma boa avaliação do
examinador. Quem é escolhido para a banca examinadora do concurso é,
como regra, especialista na matéria, e, nesta condição, decerto não apreciará
o candidato que parece mostrar pouco-caso (ou pouca intimidade) com o
ramo do Direito que lhe coube inquirir, valendo-se de instrumental incorreto
e/ou valendo-se de expressões impróprias.

Essas considerações iniciais prestam-se a destacar a importância, em


especial no Direito Eleitoral (como a questão desta rodada), da escolha da
ação correta, do acertado endereçamento da petição, dos pedidos
compatíveis com a legislação. Tudo a permitir ao candidato amealhar a maior
pontuação possível na questão.

Adentrando o caso proposta para esta rodada, a petição a ser elaborada era
o recurso contra expedição de diploma, com lastro no art. 262 do Código
Eleitoral, que assim dispõe:

“Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos
de inelegibilidade superveniente ou de natureza constitucional e de falta de
condição de elegibilidade.”

Com efeito, dispõe expressa dicção do art. 1º, I, e, da Lei Complementar


64/90:

“Art. 1º São inelegíveis:


I - para qualquer cargo:
(…)
e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida
por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo
de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes:
(...)
2. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e

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indevida divulgação viola a Lei 9.610/98 e acarretará responsabilização civil e criminal dos envolvidos.
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os previstos na lei que regula a falência;


(…)
10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;”

Considerando que, nos termos do art. 15 do mesmo diploma legal, não mais
se exige o trânsito em julgado da decisão penal condenatória, mas apenas
que tenha sido ela proferida por órgão colegiado, percebe-se que o réu da
ação penal tornou-se inelegível, sendo esta causa superveniente, pelo que
não poderia ter sido arguida por ocasião do registro da candidatura, pelo que
o instrumental adequado para fazê-lo é o recuso contra expedição de
diploma.

Havia um último aspecto a ser considerado no que se refere ao pólo passivo


da demanda: a jurisprudência do TSE se firmou no sentido que, nas eleições
majoritárias, as ações que possam implicar perda do cargo constituem caso
de litisconsórcio passivo necessário, pelo que o vice-prefeito deveria constar
como demandado. Nesse sentido:

“ELEIÇÕES 2012. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL


ELEITORAL. RECURSO CONTRA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA.
DESPROVIMENTO.
1. Há litisconsórcio passivo necessário entre titular e vice da chapa
majoritária nas ações eleitorais que possam implicar a cassação do registro
ou do diploma. Precedente.
2. Não merece guarida a argumentação de que não foi concedida
oportunidade de promover a citação do litisconsorte, nos termos do parágrafo
único do art. 47 do CPC, porquanto tal providência seria inviável nesta via
processual, pois já escoado o prazo decadencial para a propositura da
demanda.
3. Considerando a decadência do direito de ação, está prejudicada a análise
da arguição de ofensa ao art. 37 da Constituição Federal, sob o argumento
de que a diplomação do recorrido fere a moralidade administrativa.
4. Decisão agravada mantida pelos próprios fundamentos.
5. Negado provimento ao agravo regimental.” (Agravo Regimental em
Recurso Especial Eleitoral nº 145082, Acórdão de 05/02/2015, Relator(a)
Min. GILMAR FERREIRA MENDES, Publicação: DJE - Diário de justiça
eletrônico, Tomo 43, Data 05/03/2015, Página 41)

Melhores Respostas
As melhores respostas da rodada são: Rafael Mendes, Marcos Sato e Renata Bolzan

1) Rafael Mendes, de Londrina/PR:

“EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ ELEITORAL DA ___a ZONA ELEITORAL DE ALAGOAS

O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL, por meio do Promotor Eleitoral adiante firmado,


inconformado com o ato desse Juízo, consistente na expedição de diploma a HEITOR LOBOS,
eleito prefeito de Lagoa da Canos/AL, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com

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fulcro no artigo 262, "caput", do Código Eleitoral, apresentar RECURSO CONTRA EXPEDIÇÃO
DE DIPLOMA, requerendo que seja recebido, para posterior remessa ao Egrégio Tribunal
Regional Eleitoral.

Lagoa da Canoa, 22 de dezembro de 2016.

Promotor Eleitoral

Colendo Tribunal Regional Eleitoral

Douto Procurador Regional Eleitoral

Senhor Relator

1. Da tempestividade

De início, ressalta-se que a tempestividade do recurso, tendo em vista que a diplomação do


prefeito ocorreu em 19/12/2016 e a presente interposição ocorre no prazo de três dias, conforme
disposto no art. 364 do Código Eleitoral. Assim, impõe-se o seu conhecimento.

2. Dos Fatos e do Direito

O recorrido foi candidato a prefeito no município de Lagoa da Canoa/AL, tendo seu registro de
candidatura sido deferido, haja vista a inexistência, à época de qualquer causa de
inelegibilidade (documentos em anexo).

Não obstante, naquele momento o recorrido já ostentava a qualidade de réu em ação penal,
com condenação em primeira instância e com apelação pendente de julgamento.

Ocorre que o colendo Tribunal de Justiça de Alagoas, em 18/12/2016, confirmando a aludida


sentença, manteve a condenação do réu pela prática dos delitos previstos nos art. 171, §3º e
288, ambos do Código Penal (anexo).

Assim, o recorrido passou a se enquadrar na hipótese de inelegibilidade prevista no artigo 1º,


inciso I, alínea “e”, itens "1" (estelionato majorado) e "10" (quadrilha ou bando, "rectius"
associação criminosa), da Lei Complementar n.º 64/90.

Verifica-se que o caso dos autos se trata de inelegibilidade superveniente, tendo em vista sua
ocorrência posterior ao registro de candidatura.

A Constituição da República federativa do Brasil de 1988 estabelece as causas de


inelegibilidades e autoriza à lei complementar a dispor sobre novas hipóteses de inelegibilidade,
nos termos do art. 14, § 9º, da CRFB/88, como as que visualiza-se nos presentes autos
(condenação por órgão colegiado em relação a certos tipos de crimes).

Dessa forma, verifica-se que o recorrido ostenta inelegibilidade, fato esse que o impede de
exercer o cargo de prefeito, nos termos da Lei Complementar nº 64/90.

3. Do Pedido

a) seja o recorrido intimado a fim de apresentar as contrarrazões;

b) seja o presente recurso conhecido e provido para cassar os diploma de PREFEITO conferido
ao Sr. HEITOR LOBOS;

c) sejam juntadas aos autos os documentos em anexo (acórdão do TJ/AL e certidão de


publicação.

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Lagoa da Canoa, 22 de dezembro de 2016.

Promotor Eleitoral”

2) Marcos Sato, de São Paulo/SP:

“EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ ELEITORAL DA ___a ZONA ELEITORAL DE ALAGOAS


(REGIÃO DE ARAPIRACA).

Recurso Contra Expedição de Diploma

O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL, através do Promotor Eleitoral adiante firmado,


inconformado com o ato desse Juízo, consistente na expedição de diploma a HEITOR LOBOS,
eleito Prefeito do município de Lagoa da Canoa/AL, e a _____, eleito Vice-Prefeito, ambos pelo
partido/coligação ____, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo
262, inciso I (inelegibilidade ou incompatibilidade de candidato), do Código Eleitoral, bem como
no art. 1º, inciso I, alínea “e”, item 1 (crime contra administração pública e o patrimônio público)
e item 10 (praticados por quadrilha ou bando – atualmente associação criminosa) da Lei
Complementar n. 64/90, apresentar RECURSO CONTRA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA,
requerendo que seja o mesmo recebido, para posterior remessa ao Egrégio Tribunal Regional
Eleitoral.

Arapiraca/AL, 22 de dezembro de 2016.

Promotor Eleitoral da Região de Arapiraca/AL (Zona Eleitoral __)

Colendo Tribunal Regional Eleitoral

Douto Procurador Regional Eleitoral

Senhor Relator

1. Da tempestividade

Inicialmente, vale ressaltar a tempestividade do presente recurso por ter sido aforado dentro do
prazo legal (de três dias) estabelecido pelo art. 264 do Código Eleitoral, na medida em que a
diplomação ocorreu no dia 19 de dezembro de 2016, enquanto que este recurso teve
formalizada a sua interposição até o dia 22 do mesmo mês. Destarte, impõe-se o seu
conhecimento.

2. Dos Fatos e do Direito

Os recorridos foram candidatos à prefeitura do município de Lagoa da Canoa/AL. Com efeito,


HEITOR LOBOS, candidato a Prefeito, teve seu pedido de registro de candidatura deferido por
não estar enquadrado em nenhuma causa de inelegibilidade naquela ocasião. Contudo, naquela
oportunidade, o recorrido já figurava como réu em ação penal processada para a apurar a
potencial prática dos crimes previstos no art. 171, §3º e art. 288, ambos do Código Penal.

Ocorre que o colendo Tribunal de Justiça de Alagoas, em decisão datada 18 de dezembro de


2016, confirmou a sentença penal condenatória proferida em desfavor de HEITOR LOBOS,
mantendo sua condenação pelos crimes do art. 171, §3º (estelionato em detrimento de entidade
de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência) e art.
288 (associação criminosa) ambos do Código Penal.

Deste modo, HEITOR LOBOS passou a se enquadrar na hipótese de inelegibilidade prevista no


artigo art. 1º, inciso I, alínea “e”, item 1 (crime contra administração pública e o patrimônio
público) e item 10 (praticados por quadrilha ou bando – atualmente associação criminosa), da
Lei Complementar n. 64/90, nos seguintes termos.

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indevida divulgação viola a Lei 9.610/98 e acarretará responsabilização civil e criminal dos envolvidos.
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Art. 1º São inelegíveis:


I - para qualquer cargo:
e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial
colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento
da pena, pelos crimes: (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público;
(...)
10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;

Com efeito, a Constituição Federal estabelece as causas de inelegibilidades e outorga à lei


complementar competência para criar hipóteses de inelegibilidade a fim de proteger a probidade
administrativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do
candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico
ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta (art.
14, § 9º, CF).

Dessa forma, resta evidente que HEITOR LOPES carrega indiscutivelmente a condição jurídica
de inelegibilidade, no que reflete diretamente na ausência de capacidade eleitoral passiva, não
podendo, assim, concorrer a cargos eletivos, e muito menos, ocupar cargo político eletivo.

Ressalta-se, por oportuno, que em razão da indivisibilidade da chapa, consoante disposição do


art. 91 do Código Eleitoral, a inelegibilidade de HEITOR LOPES implica também a cassação da
diplomação do seu Vice-Prefeito, ___.

Portanto, preenchidas as condições e os pressupostos processuais pertinentes ao presente


recurso, a fim de desconstituir os diplomas dos candidatos, aqui recorridos, de acordo com a
hipótese descrita no artigo 262, inciso I, do Código Eleitoral.

3. Do Pedido

a) sejam os recorridos intimados a fim de apresentarem as contrarrazões, se assim o


desejarem;

b) seja o presente recurso conhecido e provido para cassar o diploma de Prefeito do município
de Lagoa da Canoa/AL conferido a HEITOR LOPES e o diploma de Vice-Prefeito conferido a
___; e

c) sejam juntadas a este recurso as cópias do acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça de
Alagoas, que confirmou a condenação penal de HEITOR LOPES pela prática dos crimes
previstos no art. 171, §3º e art. 288, ambos do Código Penal.

Arapiraca, 22 de dezembro de 2016.

Promotor Eleitoral da Região de Arapiraca ( __ª Zona Eleitoral)”

3) Renata Bolzan, de Brasília/DF:

“EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ ELEITORAL DA ___a ZONA ELEITORAL DE ALAGOAS


(REGIÃO DE ARAPIRACA).

Recurso Contra Expedição de Diploma

O MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL, através do Promotor Eleitoral adiante firmado,


inconformado com o ato desse Juízo, consistente na expedição de diploma a HEITOR LOBOS,
eleito Prefeito do município de Lagoa da Canoa/AL, e a _____, eleito Vice-Prefeito, ambos pelo
partido/coligação ____, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo
262, inciso I (inelegibilidade ou incompatibilidade de candidato), do Código Eleitoral, bem como

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indevida divulgação viola a Lei 9.610/98 e acarretará responsabilização civil e criminal dos envolvidos.
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no art. 1º, inciso I, alínea “e”, item 1 (crime contra administração pública e o patrimônio público)
e item 10 (praticados por quadrilha ou bando – atualmente associação criminosa) da Lei
Complementar n. 64/90, apresentar RECURSO CONTRA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA,
requerendo que seja o mesmo recebido, para posterior remessa ao Egrégio Tribunal Regional
Eleitoral.

Arapiraca/AL, 22 de dezembro de 2016.

Promotor Eleitoral da Região de Arapiraca/AL (Zona Eleitoral __)

Colendo Tribunal Regional Eleitoral

Douto Procurador Regional Eleitoral

Senhor Relator

1. Da tempestividade

Inicialmente, vale ressaltar a tempestividade do presente recurso por ter sido aforado dentro do
prazo legal (de três dias) estabelecido pelo art. 264 do Código Eleitoral, na medida em que a
diplomação ocorreu no dia 19 de dezembro de 2016, enquanto que este recurso teve
formalizada a sua interposição até o dia 22 do mesmo mês. Destarte, impõe-se o seu
conhecimento.

2. Dos Fatos e do Direito

Os recorridos foram candidatos à prefeitura do município de Lagoa da Canoa/AL. Com efeito,


HEITOR LOBOS, candidato a Prefeito, teve seu pedido de registro de candidatura deferido por
não estar enquadrado em nenhuma causa de inelegibilidade naquela ocasião. Contudo, naquela
oportunidade, o recorrido já figurava como réu em ação penal processada para a apurar a
potencial prática dos crimes previstos no art. 171, §3º e art. 288, ambos do Código Penal.

Ocorre que o colendo Tribunal de Justiça de Alagoas, em decisão datada 18 de dezembro de


2016, confirmou a sentença penal condenatória proferida em desfavor de HEITOR LOBOS,
mantendo sua condenação pelos crimes do art. 171, §3º (estelionato em detrimento de entidade
de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência) e art.
288 (associação criminosa) ambos do Código Penal.

Deste modo, HEITOR LOBOS passou a se enquadrar na hipótese de inelegibilidade prevista no


artigo art. 1º, inciso I, alínea “e”, item 1 (crime contra administração pública e o patrimônio
público) e item 10 (praticados por quadrilha ou bando – atualmente associação criminosa), da
Lei Complementar n. 64/90, nos seguintes termos.

Art. 1º São inelegíveis:


I - para qualquer cargo:
e) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial
colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento
da pena, pelos crimes: (Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010)
1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público;
(...)
10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;

Com efeito, a Constituição Federal estabelece as causas de inelegibilidades e outorga à lei


complementar competência para criar hipóteses de inelegibilidade a fim de proteger a probidade
administrativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do
candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico
ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta (art.
14, § 9º, CF).

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Dessa forma, resta evidente que HEITOR LOPES carrega indiscutivelmente a condição jurídica
de inelegibilidade, no que reflete diretamente na ausência de capacidade eleitoral passiva, não
podendo, assim, concorrer a cargos eletivos, e muito menos, ocupar cargo político eletivo.

Ressalta-se, por oportuno, que em razão da indivisibilidade da chapa, consoante disposição do


art. 91 do Código Eleitoral, a inelegibilidade de HEITOR LOPES implica também a cassação da
diplomação do seu Vice-Prefeito, ___.

Portanto, preenchidas as condições e os pressupostos processuais pertinentes ao presente


recurso, a fim de desconstituir os diplomas dos candidatos, aqui recorridos, de acordo com a
hipótese descrita no artigo 262, inciso I, do Código Eleitoral.

3. Do Pedido

a) sejam os recorridos intimados a fim de apresentarem as contrarrazões, se assim o


desejarem;

b) seja o presente recurso conhecido e provido para cassar o diploma de Prefeito do município
de Lagoa da Canoa/AL conferido a HEITOR LOPES e o diploma de Vice-Prefeito conferido a
___; e

c) sejam juntadas a este recurso as cópias do acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça de
Alagoas, que confirmou a condenação penal de HEITOR LOPES pela prática dos crimes
previstos no art. 171, §3º e art. 288, ambos do Código Penal.

Arapiraca, 22 de dezembro de 2016.

É expressamente proibida a divulgação deste material, cuja utilização é restrita ao usuário identificado no presente documento. A sua 8
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