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Segurança no Trabalho

e Ergonomia

Aula 06

Professora: Silvana Stumm

CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico


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Conversa Inicial

Olá, caro aluno!

E chegamos na última aula da disciplina Segurança no Trabalho e


Ergonomia!

Hoje o nosso foco principal será a Antropometria e também os aspectos


ergonômicos relacionado ao projeto de controles e dispositivos.

Preparado? Então vamos começar...

Agora é com a professora Silvana! Veja o que ela diz sobre a aula de hoje
no vídeo do material on-line!

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Introdução

Não se pode falar em ergonomia sem entender o que é antropometria e discorrer


sobre os ambientes de trabalho. Com certeza muitos de vocês sabem a definição
e importância do estudo da antropometria.

A definição
Lopes Filho e Silva (2003), consideram a antropometria como uma técnica
milenar de mensuração do corpo humano e de todas as suas partes. De acordo
com o IBGE (2013), a antropometria estuda as medidas e proporções do corpo
humano ou de suas várias partes.

Antropometria masculina Antropometria feminina

Fonte: http://antropometria.ibv.org/es/estudios-3d/adultos.html#resultados-
hombres

Fonte: http://antropometria.ibv.org/es/estudios-3d/adultos.html#resultados-
mujeres

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Problematização

A antropometria está diretamente ligada à ergonomia. Sem essa técnica, não é


possível elaborarmos um projeto de posto de trabalho capaz de oferecer conforto
ao empregado. Para tal, fazemos usos de tabelas e medidas conhecidas.
Assinale, então, a alternativa correta no que se refere ao objeto da
antropometria.

a) A antropometria estuda todas as proporções das partes do corpo humano.


b) A antropometria estuda as medidas do corpo humano e dos postos de
trabalho.
c) A antropometria estuda as medidas dos braços e das pernas e das
proporções.
d) A antropometria estuda as medidas e proporções do corpo humano ou de
suas várias partes.
e) A antropometria estuda o corpo humano e suas proporções em relação
ao posto de trabalho.

Feeedback
Conforme afirma o IBGE (2013), a antropometria estuda as medidas e
proporções do corpo humano ou de suas várias partes.
Portanto a questão(d) está correta.

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Tema 1: Antropometria

Agora vamos agora analisar a importância da antropometria para a


ergonomia.
Lembra que falamos sobre Taylor e sobre as máquinas e equipamentos da
época?
O homem deveria adaptar-se à máquina e não o inverso, certo?!
Agora volte à atualidade e reflita um pouco.

O estudo da antropometria permitiu obter-se medidas mais seguras para se


fabricar roupas, equipamentos, automóveis.

Portanto, podemos dizer com segurança que são as máquinas e


equipamentos que devem adaptar-se ao homem.

Vamos ver o que a professora Silvana tem a dizer sobre Antropometria: Assista
ao vídeo no material on-line!

Medidas antropométricas

Que medidas devem ser levadas em


consideração?
Bastam apenas as medidas ou é necessário
preocupar-se com outras características?
Certamente devemos pensar em outras questões
igualmente importantes como sexo, variações
intraindividuais, etnia, clima, variações extremas e
variações seculares.

https://ergos2012agr.wordpress.com/category/uncategorized/

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As medidas entre os sexos, ou seja, entre homens e mulheres variam da
seguinte maneira: Os homens, em relação às mulheres têm ombros mais
largos, o tórax é maior, a bacia é mais estreita, a cabeça é maior, os braços
são mais longos e os pés e as mãos são maiores.

As variações intraindividuais referem-se às contínuas mudanças físicas


que ocorrem durante a vida, como o peso e a forma do corpo.

As diferenças étnicas estão relacionadas às medidas antropométricas como a


altura, por exemplo. Compare os japoneses com os italianos. Os italianos são
mais altos.

Quanto ao clima, os locais onde a temperatura é mais elevada os habitantes


tem o corpo mais esguio se comparado com as regiões de climas mais
frios.
Em relação às variações extremas, dizemos de uma mesma população com
diferença na estatura, na largura do abdômen, no comprimento dos braços.
As seculares abrangem as mudanças a longo prazo, envolvendo diversas
gerações.
Com essas informações torna-se mais simples entender que hoje,
equipamentos, máquinas e ferramentas são projetados de modo a
proporcionar ao usuário. Para tanto, afirma Kruger (2007) os projetos,
mesmo visando o uso coletivo, fundamentam-se na curva de Gauss. Isso
garante atender 95% da população e para os 5% restantes elaborar-se-ão
projetos específicos.

Desconsiderando-se o indivíduo de porte médio a classificação do trabalhador


resume-se em: jovens e idosos; homens e mulheres; altos e baixos; magros e
gordos, íntegros e deficientes (KRUGER, 2007). Os postos de trabalho que
falaremos mais adiante devem atender o todo.

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Mas, em alguns momentos será necessário adequar o trabalho para uma
circunstância específica ocorrida durante determinada atividade. Quais
características devem ser consideradas? Conforme Kruger (2007) as
preocupações devem ser em relação:

Às posições dos comandos em relação às zonas de alcance das mãos e


dos pés; às posturas ou gestos suscetíveis de impedir a recepção de um
sinal; aos membros envolvidos pelos diferentes comandos da máquina;
às ações simultâneas das mãos, dos pés ou de ambos; ao grau de
encadeamento de gestos sucessivos.

Professora Silvana, pode no ajudar?


Ela responde no vídeo do material on-line!

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Tema 02: Dados antropométricos

Para dimensionarmos um projeto, podemos adotar medidas tabeladas


já existentes, tomando algumas precauções.

Como a maior parte dessas


medidas foram realizadas fora do
Brasil, alguns fatores devem ser
analisados: etnia, profissão, faixa
etária, época e as condições
especiais (IIDA, 2005).

Vamos entender os cinco princípios, tendo Iida (2005) como fundamento,


para usarmos os dados antropométricos com mais segurança.

1o Princípio: Os projetos são dimensionados para a média da população

Esse princípio é próprio para produtos de uso coletivo, mas não significa que
seja bom para todos. Assentos escolares, por exemplo.

2o Princípio: Os projetos são dimensionados para um dos extremos da


população

O segundo princípio determina o uso de um dos extremos da população, ou


superior, que abrange 95%, ou inferior, que abrange apenas 5%. A maioria dos
produtos já é dimensionada para atender 95% da população.

3o Princípio: Os projetos são dimensionados para faixas da população

Um bom exemplo deste princípio são algumas roupas fabricadas nos tamanhos
pequeno (P), médio (M) e grande (G).

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4o Princípio: Os projetos apresentam dimensões reguláveis

Este princípio trata dos produtos com regulagens, sendo possível adaptá-los
individualmente. A possibilidade em regular é somente para algumas peças de
um mesmo produto. Uma cadeira de escritório, por exemplo, pode ter o encosto
e a altura reguláveis.

5o Princípio: Os projetos são adaptados ao indivíduo

O quinto princípio é aplicado em geral na fabricação de aparelhos ortopédicos,


roupas e sempre que for necessário ter o produto em conformidade com o
indivíduo. Certamente isso torna o produto mais caro.

Analisando a aplicabilidade dos cinco princípios...

Pelas características apresentadas em cada um dos cinco princípios, nota-


se que o uso do primeiro e do segundo são, sem dúvida, os mais
econômicos e viáveis. O terceiro e o quarto princípios apresentam um
custo mais alto. Mas, entre todos, o quinto tem o valor mais alto, tornando-
se inúmeras vezes inviável.

Espaço de trabalho

Faz parte também desta nossa conversa o espaço de trabalho, mas como
entender o que é esse espaço? Qual sua área? Quanto ocupa?

“Espaço de trabalho é um volume imaginário,


necessário para o organismo realizar os
movimentos requeridos durante o trabalho”
(IIDA, 2005).

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Entretanto inúmeras vezes identificamos trabalhadores realizando tarefas com
postura inadequada. Com o passar do tempo surgem dores, fadiga muscular e
em alguns casos distensões musculares. Infelizmente, não é com frequência que
encontramos trabalhadores em posturas corretas e executando movimentos
adequados. Os principais trabalhos com consequências prejudiciais à saúde de
acordo com (IIDA, 2005) são os trabalhos estáticos – a mesma postura por
tempo bastante longo; os trabalhos de força e os trabalhos em posturas
indesejáveis – tronco inclinado e torcido.

Os fatores considerados para ser possível dimensionar o espaço são postura,


tipo de atividade manual, vestuário, cadeira de rodas e espaço pessoal.
A postura deitada é a indicada para repouso e recuperação de fadiga. Alguns
trabalhos como o de oficinas mecânicas, no reparo de veículos, exige o trabalho
nessa posição, mas a cabeça fica sem apoio e provoca dores rapidamente. Na
postura sentada a maior atividade muscular é do dorso e do ventre. Inclinar-se
ligeiramente à frente deixa a posição mais confortável e natural, mas o assento
deve possibilitar alternância de posições, evitando o aparecimento precoce da
fadiga muscular. Finalmente, a postura de pé facilita o movimento do corpo como
um todo, mas se a atividade não exige movimento torna-se bastante exaustiva
(IIDA, 2005).

O tipo de atividade manual também influencia o espaço de trabalho. Algumas


atividades devem ser feitas por meio do agarramento com o centro das mãos.
Esse é o caso das alavancas e registros e que devem ficar mais perto do
trabalhador. Os botões, apertados apenas com as pontas dos dedos podem ficar
mais distantes.

Quanto ao vestuário, algumas roupas ou vestimentas podem aumentar o volume


do trabalhador, limitar seus movimentos ou, ainda, exigir um outro
dimensionamento.

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A largura de vãos de passagem, circulação e posto de trabalho deve ser
apropriada para uma cadeira de rodas ser manobrada com segurança e conforto.
A dimensão aproximada de uma cadeira de rodas é de 110 cm de comprimento,
65 cm de largura e o espaço de giro deve ter no mínimo 160 cm (IIDA, 2005).
Pesquise a NBR 9050/2004, que é específica para acessibilidade e traz todas as
medidas necessárias para isso.

E, finalmente, o espaço pessoal. É importante haver esse tipo de espaço para a


guarda de objetos pessoais ou para personalizar seu local de trabalho, trazendo
mais conforto ao indivíduo.

Espaço e posto de trabalho

Fonte: http://www.reliza.com.br

Vamos tirar as dúvidas com a professora Silvana!


Confira no vídeo do material on-line.

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Tema 03: Biomecânica e OWAS

O que você entende por biomecânica?

A biomecânica refere-se aos movimentos corporais e às forças, ambos


relacionados ao trabalho, e aborda os princípios aplicados a ergonomia.

Articulações, posturas e movimentos entre outros itens diversos serão


tratados aqui e separados em tópicos e adaptados de Kruger, (2007).

1. Articulações em posição neutra


Em posição neutra, os músculos e ligamentos são esticados o menos possível,
sendo capazes de liberar a força máxima. São exemplos de más posturas, nas
quais as articulações estão fora da posição neutra: braços erguidos, pernas
levantadas, cabeça abaixada e tronco inclinado.
2. Pesos próximos ao corpo
Quanto mais o peso estiver afastado do corpo, mais os braços estarão
tensionados, devido à formação de um braço de alavanca. O corpo pende para
frente, e deve ocorrer uma reação para trás, para a manutenção do equilíbrio,
sendo então os músculos e as articulações mais exigidas.
3. Posturas e movimentos em alternância
As posturas prolongadas e os movimentos repetitivos desgastam e levam à
fadiga. Alternar posturas e movimentos proporciona a modificação das
exigências sobre os grupos musculares e a possibilidade de repouso.

4. Restrição da duração do esforço muscular contínuo


Quanto maior o esforço sobre um determinado músculo, menor é o tempo
suportável.
5. Prevenção da exaustão muscular
Em caso de ocorrência de exaustão o músculo necessita um tempo maior para
que possa se recuperar.

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6. Pausas
Pausas curtas e frequentes são melhores se compararmos com pausas longas
ao fim da tarefa ou da jornada.
7. Evitar curvar-se para frente
A parte superior do corpo de um adulto pesa cerca de 40 kg. A curvatura para
frente ocasiona a formação de um braço de alavanca com essa intensidade de
carga, originando uma sobrecarga da musculatura das costas.
8. Evitar inclinar a cabeça
A cabeça de um adulto pesa de 4 a 5 kg. A inclinação da cabeça para frente
ocasiona a formação de um braço de alavanca com essa intensidade de carga,
originando uma sobrecarga da musculatura da nuca.
9. Evitar torções do tronco
Torções do tronco causam tensões indesejáveis nas vértebras, causadas pelas
cargas assimétricas agindo nos músculos ao lado da coluna vertebral.
10. Evitar movimentos bruscos e picos de tensão
O mais recomendado é o levantamento gradual dos pesos. Da mesma forma
que os atletas, também deve ser realizado um pré-aquecimento da musculatura
com movimentos suaves e contínuos.
Todas essas recomendações, se seguidas, podem evitar inúmeras ocorrências
de acidentes, distensões musculares, tensões e estresse físico.

Para realizar os movimentos necessários para execução de tarefas, manter


a postura de forma correta é essencial para evitar dores e desconfortos.
Nem sempre postos de trabalho permitem ao operador manter-se ereto e
confortável.

As informações a seguir estão fundamentadas no trabalho de Kruger


(2007).

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Mãos e braços

O que determina o posicionamento dos controles e dos comandos de um


maquinário é o espaço necessário para mãos e braços realizarem preensão e
movimentos, e a altura de alcance. Isso influencia diretamente o arranjo físico do
posto de trabalho.

As ferramentas corretas para tarefas que as exigem devem permitir manter as


articulações na posição neutra e o punho alinhado com o antebraço. Consultando
Iida (2005), vemos que o desenho ideal para a pega de ferramentas é o de uma
pega convexa, diâmetro de 10 cm e comprimento de 10 cm.

Para otimizar o uso de ferramentas o ideal é aliviar seu peso com suporte em
nível superior bem como sua manutenção periódica. Evitar tarefas acima do nível
dos ombros e mão para trás. Posturas erradas provocam dores nos punhos,
cotovelos e ombros agravando-se pelos esforços repetitivos.

Cabeça e nuca

O campo visual do trabalhador deve englobar todos os mostradores de


instrumentos e facilitar a percepção de todo e qualquer sinal de trabalho. Sua
linha de visão deve representar a ligação entre o olho e o objeto observado.
Outro detalhe imprescindível é a postura.

Cabeça e nuca não devem permanecer inclinados para a frente a mais de 15


graus durante longo período de tempo. Dessa forma o trabalhador consegue
manter uma postura mais correta para executar as tarefas exigidas.

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Trabalho em pé

Atividades com necessidade de serem executadas com mais exigência de força


ou movimentos do corpo, são melhores realizadas em pé. Especialmente em
tarefas com necessidade de deslocamentos constantes. Essa posição deve ser
alternada com a posição sentada, podendo ser utilizada, inclusive uma cadeira
mais alta com apoio para os pés, possibilitando ao trabalhador manter-se meio
sentado, meio em pé.

Trabalhos a serem exercidos em pé, carecem de espaço suficiente para as


pernas e pés, de maneira tal que o indivíduo não se curve ao se aproximar do
trabalho. Se houver necessidade de leitura pertinente durante as atividades, o
correto é colocar uma superfície inclinada para aí manter o material a ser lido.
Deve-se evitar alcances que demandem do trabalhador a inclinação do corpo ou
o giro. As ferramentas a serem usadas e os controles devem permanecer
próximos ao corpo, definida essa proximidade estendendo-se os braços abertos
para os lados e encontrando-se em frente.

Altura correta de trabalho

Para determinar-se a altura ideal da plataforma de trabalho vai depender do tipo


de tarefa, das dimensões do trabalhador e de sua preferência particular. Tal
plataforma precisa ser regulável e ter faixas de ajustes para as diferenças
pessoais.

Quando a atividade é manual e em pé, recomendam-se alturas entre 5 e 10 cm


abaixo da altura dos cotovelos. Se forem tarefas detalhadas, os cotovelos
devem ser apoiados.
No dimensionamento da altura, consideram-se as pessoas altas, pois as baixas
podem utilizar um estrado para atingir a altura que o trabalho exige.

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Trabalho sentado

Tarefas nesta posição, proporcionam maior rendimento do trabalho bem como


melhoram o bem-estar resultando em menor fadiga. Não há exigência das
articulações dos pés, joelhos e quadris, diferentemente do que ocorre no trabalho
em pé.

O corpo permanece melhor apoiado no piso, o assento, no encosto e braços da


cadeira e na mesa. A superfície de trabalho deve ser elevada possibilitando ao
trabalhador visualizar bem os objetos, mas sem forçar em excesso a curvatura
das costas e/ou nuca. As alturas mais baixas limitam-se pelo espaço livre
necessário para as pernas sob a bancada.

Considerações complementares devem ser feitas para as atividades executadas


na posição sentada: alternar com a posição em pé e andando; altura do assento
e encosto devem ser ajustáveis, mas em número limitado; tarefas minuciosas e
específicas requerem cadeiras especiais; a altura da superfície de trabalho
depende do tipo de atividade; as alturas da superfície e assento devem ser
compatíveis; é necessário usar apoio para os pés; evitar manipulações fora de
alcance; para leituras, a superfície de trabalho deve ser inclinada.

Veja agora algumas vantagens e desvantagens do trabalho exercido na


posição sentada:

Vantagens: alívio das pernas, as posições do corpo não são forçadas e o


consumo de energia é reduzido.
Desvantagens: flacidez dos músculos da barriga, desenvolvimento de cifose;
digestão e respiração prejudicadas; sobrecarga na coluna.

Com o que foi visto e aprendido sobre as posições de trabalho, recomenda-se


que as posturas sejam alternadas entre posição sentada e em pé. Importante
tanto do ponto de vista ortopédico quanto fisiológico.

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O adequado é realizar trabalhos alternando as posturas, permitindo variações
das tarefas. Pode-se usar cadeiras próprias para esses fins, como a cadeira
Balans, contudo desde que se siga a alternância recomendada. Usá-la
continuamente acarreta outros problemas. Outra possibilidade é usar um selim
para apoio do corpo na posição em pé.

Lembre-se que a postura natural relaxada do nosso corpo é sempre a melhor.


Portanto, essa deve ser nossa prioridade. Os benefícios para o organismo serão
indiscutivelmente maiores. Vamos abordar agora um tema que demanda
bastante discussão: O ambiente de trabalho.

Nada melhor que um ambiente acolhedor e confortável para exercemos nossas


atividades laborais, certo? Mas, será que isso efetivamente ocorre?
Primeiramente, quando pensamos em um ambiente confortável imediatamente
imaginamos um local com temperatura agradável, sem muito barulho com
pessoas simpáticas, onde tudo funciona organizadamente. Sobre temperaturas
e ruídos falaremos mais adiante. O restante, falaremos agora!

Somando tudo que dissemos, podemos resumir um bom ambiente de


trabalho como um ambiente saudável, concorda?

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Sistema OWAS

O nome OWAS significa Ovako Working Posture Analysing System. Foi


criado na Finlândia por três pesquisadores, juntamente com o Instituto Finlandês
de Saúde Ocupacional (Finnish Institute of Occupational Health – FIOH).

O sistema tinha como objetivo analisar as posturas de trabalho na


indústria siderúrgica (KARHU et al., 1977).

Esse método identifica as posturas de trabalho mais comuns para o


dorso – 4 posições, braços – 3 posições e pernas - 7 posições,
considerando o peso da carga que está sendo carregada conforme o
FIOH (2014).

As tarefas foram analisadas e registradas, gerando 252 posições


classificadas em 4 categorias a saber:

Classe 1 – postura normal, sem necessidade de correção


Classe 2 – postura pouco prejudicial, com necessidade de correções
futuras
Classe 3 – postura prejudicial, com necessidade de correção a curto
prazo
Classe 4 – postura muito prejudicial, com necessidade de correção
imediata

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Sistema OWAS

Fonte: IIDA, 2005

As classes dependem do período de duração das posturas ou da


combinação das posturas dorso, braços, pernas e carga. Esse método é
utilizado como ferramenta de planejamento, tanto para estudos
ergonômicos quanto para estudos de saúde ocupacional.

Só a professora Silvana pode nos ajudar!


Ela está no vídeo do material on-line!

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Tema 04: Levantamento de cargas

A necessidade de exercer força durante a situação de trabalho leva ao


aparecimento de tensões mecânicas localizadas. Essa exigência
incrementada de energia conduz à sobrecarga nos músculos, no coração
e nos pulmões.

O tipo de carga manuseada também influencia a exigência: a sua forma, o


seu peso, as pegas que apresenta. Uma elevada carga nas costas, agindo
de forma contínua, não exige tanto dos músculos, mas leva ao desgaste
dos discos intervertebrais.

Para situações de levantamento de pesos algumas recomendações são


importantes:

Deve ser restringido o número de tarefas com necessidade de carga


manual
Devem ser criadas condições favoráveis
Devem ser utilizadas as técnicas corretas
O posto deve ser projetado adequadamente para trabalho pesado
A carga deve ter a forma correta

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Agora você vai conhecer o Fábio, ele conhece bem - pois já sofreu um bocado -
as condições favoráveis e técnicas corretas para levantamento de pesos.

1. Colocar-se em frente à carga


2. Manter a carga próxima do corpo
3. Manter os pés em posição estável
4. Manter a carga sobre bancada, na altura aproximada dos joelhos
5. Segurar a carga com as palmas das duas mãos
6. A carga deve preferencialmente ter alças ou furos laterais
7. É recomendável que a carga seja simétrica
8. Manter a coluna reta e dobrar os joelhos
9. Não inclinar ou torcer o tronco
10. Usar equipe para cargas pesadas
11. Sempre que possível, usar carrinhos, alavancas, roldanas
12. Se forem seguidas todas as condições, o peso máximo que o homem
deve carregar é de 23 kg

Puxar e empurrar cargas

Sempre que for possível, deve ser limitado o uso da força humana. Devem ser
utilizados carrinhos. Os carrinhos devem ter pegas em forma de barras e devem
ter duas rodas giratórias. Sua altura máxima deve ser de 1,30 m. Deve ser
sempre usado o peso do corpo a favor do movimento. O piso deve ser duro e
nivelado.
Sessenta por cento (60%) dos problemas musculares são decorrentes por
levantamento de cargas e, vinte por cento (20%) puxando-as ou empurrando-as.

A professora Silvana nos dá mais detalhes no vídeo do material on-line!

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Tema 05: Aspectos Ergonômicos relacionados ao Projeto de Controles e
Dispositivos

Ao elaborarmos um projeto, obrigatoriamente devemos pensar na ergonomia do


produto a ser oferecido, levando em conta, especialmente a segurança e o
conforto do operador.

Para tanto é necessário atendermos a antropometria, como estamos


aprendendo nesta aula, respeitando as exigências posturais, para que o esforço
do trabalhador seja o mínimo possível.

Uma lembrança importante! Nunca esqueça da NR 17!!!!

Outro fator preponderante é a localização dos controles, sendo o correto


associá-los aos mostradores da máquina.

Tanto os comandos, quanto os indicadores devem mostrar a mesma direção,


evitando atos falhos e acidentes de trabalho. Da mesma forma, o local de
operação precisa de iluminação adequada, oferecendo igualmente, conforto e
segurança ao operador.

É essencial que todo e qualquer comando ofereça manejo e manobra seguros,


com facilidade de movimento e de distinção fácil.

Agora a professora Silvana vai nos ajudar a entender melhor!


Acesse o vídeo no material on-line!

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Tema 06: Postos de trabalho

Configuração física do sistema homem-máquina-ambiente

Se pegarmos a conceituação de Lida (2005), nosso grande aliado quando o


assunto é ergonomia, posto de trabalho é a configuração física do sistema
homem-máquina ambiente. Retornando um pouco no tempo, segundo Faria
(1984), posto de trabalho é a unidade primária operativa correspondente a cada
trabalhador e a sua respectiva tarefa. Considera-se essa unidade elementar.

Tradicionalmente, segundo Kruger (2007), a preocupação do posto de trabalho


está relacionada aos movimentos corporais necessários para a realização de
determinada tarefa e o tempo gasto nesses movimentos.

O estudo de tempos e movimentos fundamenta-se nos princípios de economia


de movimentos, levando em conta o menor tempo gasto.
O estudo do posto de trabalho, de acordo com Faria (1984) divide-se em
duas situações:

Análise da tarefa a ser executada para identificar e avaliar os aspectos


psicofisiológico pertinentes à atividade

Estudo da natureza e das condições referentes à atividade com a


finalidade de melhor adaptar o trabalho à natureza do homem

Sob o ponto de vista da ergonomia, conforme o autor, há outras preocupações


e considerações além das citadas: redução das exigências biomecânicas;
manutenção das posturas corretas; manutenção dos objetos ao alcance dos
movimentos corporais; facilidade de percepção das informações.

Homem e posto de trabalho devem estar extremamente integrados, permitindo


ao trabalhador executar suas atividades com conforto, eficiência e segurança.
Definição de posto de trabalho veremos a seguir!

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Para avaliar se o posto de trabalho está adequado, os melhores critérios de
verificação referem-se à postura e ao esforço exigido dos trabalhadores (IIDA,
2005). Dessa forma podemos definir quais são os pontos onde as tensões se
concentram causando dores tanto musculares quanto nos tendões.

Outra preocupação que devemos ter é com o arranjo físico. O projeto dos
postos de trabalho está pronto e o próximo passo é elaborar o arranjo
físico conhecido também como leiaute (do inglês layout). Para esclarecer
vamos, inicialmente à definição.

Segundo Iida (2005), arranjo físico é o estudo da distribuição espacial de todos


os elementos que formam o posto de trabalho. Os critérios adotados para o
posicionamento dos móveis, ferramentas, equipamentos e outros são os
seguintes:

1. Importância: o componente mais importante deve permanecer em posição


de destaque
2. Frequência de uso: componentes usados frequentemente devem ser de
fácil alcance e manipulação
3. Agrupamento funcional: componentes com funções similares devem ficar
agrupados
4. Sequência de uso: o primeiro componente a ser usado deve estar na
primeira posição e assim sequencialmente
5. Intensidade de fluxo: componentes entre os quais há maior intensidade
de fluxo devem ficar próximos entre si
6. Ligações preferenciais: entre aqueles componentes que acontecem
ligações específicas deve haver proximidade

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Para proteger o trabalhador devem ser levadas em conta algumas regras
básicas, conforme afirma Kruger (2007):

Evitar posturas curvadas

Evitar imobilidade dos braços estendidos

Procurar trabalhar sentado

Movimentar os braços

A maior força ou destreza são exercidas na distância de 25 a 30 cm entre o


olho e a mão, com os cotovelos baixados e dobrados em ângulo reto

Desde que se faça uso de apoio para as mãos, antebraço e cotovelos, o


trabalho manual pode ser elevado

Cadê a professora Silvana para nos ajudar?

Está no vídeo do material on-line!

Saiba Mais

No material a seguir você encontrará dicas que lhe ajudarão a compreender


melhor esse assunto que vimos nesse tema!

Clique aqui:
http://www.prpgf.ueg.br/sesmt/conteudo/2238_dicas_de_ergonomia_no_posto_
de_trabalho_

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Tema 07: Dispositivos de Informação

Os dispositivos de informação, como o próprio nome já diz, fornecem


informações ao trabalhador que está operando determinada máquina ou
equipamento.

Os menus visuais têm maior vantagem devido ao número de opções que


contemplam, possuem visualização global e as informações não perecem. Para
isso usam-se palavras, letras e/ou símbolos. Repare na sinalização da rota de
fuga de sua empresa, em caso de incêndio.

Os menus auditivos são os alarmes e outros avisos sonoros, são os sons


escutados em mensagens gravadas. Por exemplo, quando você liga para uma
agência bancária são diversas as possibilidades de opções feitas pelos números
do teclado de seu telefone.

E o dimensionamento...

Quando vamos projetar um posto de trabalho e você, como futuro especialista


em engenharia de produção, precisa saber, a grande preocupação
inevitavelmente recai sobre a saúde e segurança do trabalhador. Sim, você
está certo, já afirmamos isso diversas vezes, entretanto devemos ter isso em
mente para cada projeto que elaborarmos ou acompanharmos.

Para um projeto seguro determinadas medidas do corpo são mais importantes


que outras. As mãos são responsáveis pelo acionamento e controle das
máquinas, equipamentos, instrumentos e ferramentas diversas.

A cabeça define a posição ideal para visualizar painéis formados por controles
e mostradores. O alcance desses comandos são determinados pelos braços e
as pernas, da mesma forma, estabelecem o alcance dos controles quando for
necessário mais força, liberando as mãos.

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Para o correto dimensionamento dos postos há normas nacionais e
internacionais que auxiliam esse processo. Internacionalmente destacam-
se as International Standardization Organization, conhecidas
habitualmente como ISO: ISO 6385 – Ergonomics principles in the design
of work systems; ISO 9241 – Ergonomic requirements for office work with
visual display terminal; ISO 11064-1 – Ergonomic design of control room
layout (IIDA, 2005).

No Brasil temos a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que nos


amparam. NBR 13962 para dimensionamento de cadeiras; NBR 13966 para
mesas de escritório; NBR 13965 para mesas de informática e a NBR 13961 para
armários.

Você pode acessar o endereço da ABNT e conhecer um pouco mais sobre as


normas existentes para qualquer tipo de projeto.

Acesse o site da ABNT aqui: http://www.abnt.org

Dimensionamento do posto de trabalho

Fonte: http://dc401.4shared.com

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As dimensões mais importantes para adaptar o posto de trabalho ao
empregado referem-se à altura da bancada de serviço, aos alcances
normais e máximos das mãos, aos espaços para acomodar as pernas e
realizar movimentações laterais do corpo, o dimensionamento das folgas e
a altura para a visão e ângulo visual.

Agora vamos com a professora Silvana!

Lá no vídeo do material on-line!

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Trocando Ideias

Leia o artigo recomendado no botão a seguir, você vai ampliar sua visão sobre
os assuntos que estudamos hoje!

Acesse aqui: http://www.abergo.org.br/revista/index.php/ae/article/view/390/236

Depois da leitura, vá até o fórum do curso de converse com os seus


colegas! Lá vocês podem trocar ideias sobre o texto do artigo!

Na Prática

Na empresa em que atua, você tem mostrado ao diretor bastante preocupação


com o posto de trabalho de determinados empregados. Eles vêm apresentando
dores nas costas, desconforto nas articulações e andam abatidos. Sua
atividade é realizada na posição em pé.

Que solução você pode oferecer?

O posto de trabalho relaciona-se diretamente aos movimentos do corpo


necessários para a realização de determinada tarefa e o tempo gasto nesses
movimentos.

A melhor situação é diminuir as exigências biomecânicas desse posto sob o


ponto de vista ergonômico, a fim de permitir que a postura do trabalhador se
mantenha ereta e lhe proporcione conforto.

Outra possibilidade é analisar se a tarefa, com algumas adaptações, pode ser


realizada em outra postura. Em primeiro lugar está a saúde e segurança do
empregado.

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Síntese

Falamos sobre a antropometria e sua ligação à ergonomia, discutimos os


postos de trabalho, abordando a biomecânica e as posturas adequadas. Além
disso, tratamos da relação homem, máquina, ambiente e abordamos arranjo
físico e seus aspectos.

E também temos as palavras finais da professora Silvana! Confira no


vídeo do material on-line!

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ERGONOMIA. ABERGO. Disponível em


http://www.abergo.org.br. Acesso em 05 jun. 2014.

BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR17 – Ergonomia. Disponível em:


http://www.mtps.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-
regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-17-ergonomia. Acesso em 22 fev.
2016.

FARIA, Nivaldo Maranhão. Organização do trabalho. São Paulo: Ed Atlas,


1984.

IIDA, I. Ergonomia. Projeto e produção. São Paulo: Edgard Blücher, 2005.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, IBGE.


LABORATÓRIO DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE POPULAÇÕES.
LANPOP. Pesquisa nacional de saúde. Manual de antropometria, Rio de
Janeiro, 2013.

KARHU, O.; KANSI, P.; KUORINKA,I. Correcting working postures in industry:

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a practical method for analysis. Applied Ergonomics, V.8, n.4, p. 199-201, 1977.

KRUGER, José Adelino. Ergonomia e segurança do trabalho. Apostila para curso


de pós-graduação em gestão da produção. Faculdade de Tecnologia Senai de
desenvolvimento gerencial. FATESG. Goiania, 2007.

LOPES FILHO, José Almeida e SILVA, Silvio Santos. Antropometria. Sobre o


homem como parte integrante dos fatores ambientais. Sua funcionalidade,
alcance e uso. Disponível em
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.042/642. Acesso em 05
jun. 2014.

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