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1.

A aplicabilidade da Justiça Cristã na actualidade

O termo justiça dispõe de vários sentidos, podendo ser inclusivamente algo facultativo, mas
aquele que nos importa para a concretização da justiça cristã diz respeito aos direitos
equitativos que cada homem deve usufruir, de acordo com aquilo que faz ou possui. É, se
quisermos, como já diziam Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, a vontade permanente
e constante de dar a cada um o direito que lhe pertence. Esse Direito Divino, poderia ser
considerado um Direito Natural, ou seja, aquele que era natural do homem.

A influência cristã no Direito contemporâneo está inserida, principalmente, naquilo que


chamamos, de direitos individuais, pois são direitos que a Igreja prega como sendo inatos do
ser humano, como o direito à vida, à liberdade, entre outros. Com a agravante de,
atualmente, imporem sanções mais severas àqueles que transgridam as regras impostas.

Com relação ao Direito Natural na filosofia de Santo Agostinho, este seria encontrado no
próprio indivíduo, que o deveria buscar em seu interior. Nos dias atuais, essa ideia é
chamada de “moral”, que é encontrada no foro íntimo da pessoa.

A lei divina assume que os erros humanos, as dores, o sofrimento, os obstáculos são
instrumentos divinos para a educação da alma. Com isso, a Igreja está evitando que, ao
primeiro desastre, seus fiéis abandonem a Deus, o que faria com que o cristianismo perdesse
muitos seguidores. Pois, eles acreditam que “A Justiça Divina é a que tudo provê, que tudo
sabe, que tudo pode” (ALMEIDA; BITTAR, 2004: 169). Na actualidade, pode-se observar
que a mesma justiça perdura, se tornando universal e imutável, para o aprimoramento dos
Direitos Humanos, tanto no âmbito nacional como no plano internacional.

A justiça cristã se destaca, portanto, como princípio norteador para o fortalecimento do


moderno Estado democrático e humanista de direito. De tal forma que, sem a mesma, a
humanidade iria correr o risco de retroceder para a barbárie, tornando a pacificação social e
a busca da plena justiça, na actualidade, um ideal impossível de ser alcançado. Nos
ensinamentos cristãos, mais precisamente no Livro de Lucas 8, 1-3, verifica-se a protecção
das mulheres por Jesus como Maria Madalena, Joana, Suzana, dentre outras, como forma de
materializar a justiça.

Observam-se também mudanças no casamento, como “a liberdade de escolha dos cônjuges,


seu consentimento pessoal, a monogamia, a indissolubilidade e o casamento como o único
local de exercício da sexualidade lícita” (VILLEY,2002: 99). Dois textos antigos famosos
retratam a mudança no casamento como sendo: “a união de homem e mulher, sociedade
total de vida, associação de direito divino e humano” Elas não tinham nenhum direito à
propriedade nem podiam divorciar-se, mas os maridos sim, podiam fazê-lo até por motivos banais,
como o da esposa deixar queimar a refeição, por exemplo.

As mulheres Gozavam do direito à sucessão, mas os herdeiros masculinos tinham a precedência. E


os bens herdados pela mulher passavam a ser de usufruto do marido. Actualmente, o estado social
e humanista de direito [democracia no sentido real e eficaz] abriga cada vez mais tais
valores da justiça cristã, acções afirmativas para minorar a pobreza e a desigualdade social,
trazendo à luz uma sociedade mais justa e equilibrada. Hoje, com o ensinamento da justiça
de Cristo em várias ceitas cristã as mulheres gozam os mesmos direitos dos homens. A
justiça cristã permanece assim, em seu núcleo, na sua essência, inalterada, atravessando os
diversos períodos da história do direito e contribuindo para a pacificação social dos povos
tanto na antiguidade, quanto na actualidade.

Deve-se viver em solidariedade especialmente com os marginalizados, dando a conhecer a


dignidade da pessoa, e os direitos humanos; deve-se estabelecer prioridades nas dimensões
humanas e financeiras; Precisa-se procurar um equilíbrio que ajude entre pobreza e
sociedade de consumo; há necessidade de fortificar os laços entre compreensão e perdão;
deve-se tentar entender a presença das estruturas de injustiças do sistema social existente. Na
sociedade, o Estado e o povo devem revelar um espírito solidário, como forma de responder
a finalidade da justiça cristã baseada no amor ao próximo.

Por fim, a justiça cristã na actualidade encontra limites por causa dos valores ateus, pois, à
medida que a ciência vai avançando e fazendo novas descobertas, a religião é colocada cada
vez mais em causa e, consequentemente, deixada para trás. Isso deve-se porque os seus
dogmas são fraturados com essas novas descobertas científicas, ou até mesmo com
mudanças de opiniões, pelo que a sociedade precisa repensar sobre a relação entre as suas
condutas e as propostas cristãs da justiça.

Bibliografia

ALMEIDA, Guilherme de Assis, BITTAR, Eduardo. Curso de Filosofia do Direito.


Edições Atlas. São Paulo. 2004. P.169.

VILLEY, Michel. Filosofia do Direito – definições e fins do Direito, os fins e os meios do


Direito. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

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