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PELOTAS
2019
DENTRO DO LABIRINTO: HÉLIO OITICICA E O DESAFIO DO PÚBLICO
NO BRASIL
Wisnik nos explica que o artista tem seu interesse pelo informal e por aquilo que
está mais no campo da improvisação, do popular e muito menos da normatividade
racionalista rigorosa. Então, a partir disto o autor vê que de certa forma Hélio carninha
para uma visão do público do lado da marginália.
O que devemos, então, é pensar no espaço/público no Brasil como um terreno
baldio diante alguns surrealistas que deveriam ser potencializados por uma obra, mas
por uma obra que é deixada e que não tem uma dimensão edificante. Assim, sendo o
oposto da ideia de uma escultura pública que vai construir a história pública através da
obra.
Contudo, o interessante também é pensar essas produções norte-americanas em
relação com nossos neoconcretos e nesse período concomitante, estamos avançando
nesse espaço. Wisnik nos diz, desse ponto em comum e quando começa a ser divergente
nestes movimentos entre si. Para o autor os livros de história da arte e as grandes teorias
que foram criadas para explicar a passagem do bidimensional para o tridimensional no
espaço, a passagem da pintura para o ambiente se incide no minimalismo americano. E
só ficou canonizada essa ideia que foram os artistas minimalistas americanos que
fizeram essa passagem, por que a arte brasileira não estava sendo vista naquele
momento.
Os neoconcretos brasileiros fizeram um movimento semelhante no mesmo
período, mas não ganharam visibilidade naquele momento - o que hoje em dia ganham e
são mais considerados exatamente por causa disto. No entanto, o ponto de encontro
desses dois movimentos foi o fato de que, quem passou para o espaço não foram os
escultores, mas sim há uma passagem onde os pintores exploram a tela no ambiente - e
isso acontece tanto com os nortes americanos como os brasileiros. Sendo assim,