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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

SERGIO SANTURIAN

NÃO LINEARIDADE GEOMÉTRICA EM PÓRTICOS


PLANOS DE CONCRETO ARMADO

SÃO PAULO
2008
ii

SERGIO SANTURIAN

NÃO LINEARIDADE GEOMÉTRICA EM PÓRTICOS


PLANOS DE CONCRETO ARMADO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como exigência parcial para
obtenção do título de Graduação do
Curso de Engenharia Civil da
Universidade Anhembi Morumbi.

Orientador: Prof. MSc. NICHOLAS CARBONE

SÃO PAULO
2008
iii

SERGIO SANTURIAN

NÃO LINEARIDADE GEOMÉTRICA EM PÓRTICOS


PLANOS DE CONCRETO ARMADO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como exigência parcial para
obtenção do título de Graduação do
Curso de Engenharia Civil da
Universidade Anhembi Morumbi.

Trabalho____________ em: ____ de_______________de 2008.

______________________________________________
Nome do Orientador(a)

______________________________________________
Nome do professor(a) da banca

Comentários:_____________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
iv

Dedico este trabalho à Clicea,


esposa e companheira de
todas as horas
v

AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Professor Nicholas Carbone pela orientação e pelo estímulo e ao Professor


Wilson Shoji Iyomaza pela compreensão e pelos esclarecimentos em horas cruciais.
vi

RESUMO

O presente trabalho trata do efeito de não linearidade geométrica em pórticos planos


através do processo P-Delta.

Nos dias atuais, por questões econômicas, arquitetônicas ou simplesmente de espaço


físico, estão sendo utilizadas cada vez mais estruturas esbeltas exigindo do projetista
conhecimentos referentes a não linearidade geométrica.

Com o avanço dos modelos matemáticos e ferramentas computacionais, fica possível


avaliar de forma mais criteriosa estruturas de maior complexidade, mas nota-se que esta
possibilidade tem sido mais restrita a pesquisadores do que a profissionais, cujo dia-a-dia
é voltado para o dimensionamento e projeto de estruturas reais, deparando-se com
prazos, necessidade de redução de custos e impossibilidade de estudos mais complexos
e aprofundados.

O objetivo deste trabalho é analisar o efeito da não linearidade geométrica em pórticos


planos a medida que variamos a esbeltez dos mesmos, estabelecendo assim, patamares
máximos acima dos quais a consideração do efeito é indispensável.

Para tal objetivo utilizamos software que simula tal efeito, utilizando o método interativo
P-Delta, possibilitando a quantificação do efeito em diversas conformações estruturais.
O resultado obtido, mostra que em estruturas submetidas a carregamentos
convencionais, o efeito pronuncia-se a partir de índices de esbeltez por volta de λ>130.

Palavra Chave: não linearidade geométrica, p-delta


vii

ABSTRACT

This work deals with the effect of geometric non-linearity in frame plans through the P-
Delta.

Nowadays, for economic issues, or simply of architectural space, are being used
increasingly slim structures requiring knowledge of the designer for non-linearity
geometric.

With the advancement of mathematical models and computational tools, it is possible to


evaluate more careful structures of greater complexity, but note that this possibility has
been restricted to researchers more than the professionals whose day-to-day is dedicated
to the sizing and design of real structures, faced with deadlines, need to reduce costs and
impossibility to study more complex and detailed.

The objective of this study is to analyze the effect of non-linear geometry in plane frames,
to vary the extent that slenderness, thereby establishing, maximum thresholds above
which the consideration of the effect is essential.

For this purpose it was used software that simulates this purpose, using the P-Delta
interactive, allowing the quantification of the effect on several structural conformations.
The result shows that in conventional structures subjected to loads, the effect is
pronounced from rates of around λ> 130

Key Words: geometric non-linearity, P-Delta


viii

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 5.1 -CONFIGURAÇÃO DEFORMADA DE UMA ESTRUTURA ............................................................... 5 

FIGURA 5.2 –EFEITO P-Δ ............................................................................................................................................. 6 

FIGURA 5.3 –EFEITO P-δ .............................................................................................................................................. 7 

FIGURA 5.4 -PILAR EQUIVALENTE A UM PÓRTICO PLANO ............................................................................. 10 

FIGURA 5.5 -PROBLEMA NA OBTENÇÃO DO PARÂMETRO ALFA .................................................................. 12 

FIGURA 5.6 – COMPARAÇÃO ENTRE A DEFORMADA REAL E UM PILAR ENGASTADO NA BASE E

LIVRE NO TOPO. .................................................................................................................................................. 13 

FIGURA 5.7 – CARREGAMENTOS NODAIS EQUIVALENTES A UM DESAPRUMO GLOBAL ..................... 15 

FIGURA 5.8 – CARGAS NODAIS EQUIVALENTES A UM DESAPRUMO LOCALIZADO ............................... 16 

FIGURA 5.9 – PROCESSO P-DELTA ........................................................................................................................ 20 

FIGURA 5.10 – CARREGAMENTOS NODAIS EQUIVALENTES AO EFEITO P-Δ ............................................ 21 

FIGURA 5.11 -FLUXOGRAMA REPRESENTATIVO DO PROCESSO P-DELTA .............................................. 22 

FIGURA 5.12 – PROCESSO P-DELTA APLICADO ÀS BARRAS NÃO VERTICAIS. ........................................ 23 

FIGURA 5.13 – EXEMPLO 1 – VIGA –COLUNA BIAPOIADA ............................................................................... 24 

FIGURA 5.14– EXEMPLO 2 – EFEITO DA SEGUNDA ORDEM NOS MOMENTOS FLETORES .................. 25 

FIGURA 5.15 – EXEMPLO 3 – APLICAÇÃO DO PROCESSO P-DELTA ............................................................ 25 

FIGURA 6.1-CONDIÇÃO DE CONTORNO DA BASE DO PÓRTICO .................................................................. 39 

FIGURA 6.2 – CARREGAMENTOS APLICADOS .................................................................................................... 40 

FIGURA 6.3 -CAIXA DE DIÁLOGO DE APLICAÇÃO DO EFEITO P-DELTA...................................................... 40 

FIGURA 7.1 - PROPRIEDADE 1- ÍNDICE DE ESBELTEZ X VARIAÇÃO DE MOMENTO FLETOR .............. 48 

FIGURA 7.2 - PROPRIEDADE 2- ÍNDICE DE ESBELTEZ X VARIAÇÃO DE MOMENTO FLETOR .............. 55 

FIGURA 7.3 - PROPRIEDADE 3- ÍNDICE DE ESBELTEZ X VARIAÇÃO DE MOMENTO FLETOR .............. 62 

FIGURA 7.4 - PROPRIEDADE 4- ÍNDICE DE ESBELTEZ X VARIAÇÃO DE MOMENTO FLETOR .............. 69 

FIGURA 8.1 –TODAS PROPRIEDADES- ÍNDICE DE ESBELTEZ X VARIAÇÃO DE MOMENTO FLETOR  70 
ix

LISTA DE TABELAS

TABELA 7.1- CÁLCULO DO ÍNDICE DE ESBELTEZ E DA VARIAÇÃO DE MOMENTO FLETOR...............48

TABELA 7.2- CÁLCULO DO ÍNDICE DE ESBELTEZ E DA VARIAÇÃO DE MOMENTO FLETOR...............55

TABELA 7.3- CÁLCULO DO ÍNDICE DE ESBELTEZ E DA VARIAÇÃO DE MOMENTO FLETOR...............62

TABELA 7.4- CÁLCULO DO ÍNDICE DE ESBELTEZ E DA VARIAÇÃO DE MOMENTO FLETOR ..............69


x

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

STRAP - STRUCTURAL ANALYSIS PROGRAM

NBR - NORMA BRASILEIRA REGISTRADA

CEB - COMITÊ EURO-INTERNACIONAL DU BÈTON


xi

LISTA DE SÍMBOLOS

α - Parâmetro de instabilidade

Α - Área

δ - Deslocamento

Ε - Módulo de defomação longitudinal do concreto

γz - Coeficiente de majoração dos esforços globais

Ι - Momento de Inércia

k - Coeficiente de flambagem

λ - Índice de esbeltez

PΔ − P delta

r - Raio de giração
xii

SUMÁRIO

1  INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 1 

2  OBJETIVOS .................................................................................................................. 2 

2.1  Objetivo Geral ........................................................................................................ 2 

2.2  Objetivo Específico................................................................................................ 2 

3  MÉTODO DE TRABALHO ............................................................................................ 3 

4  JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 4 

5  FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................... 5 

5.1  Não Linearidade Geométrica ................................................................................ 5 


5.1.1  Introdução .......................................................................................................... 5 
5.1.2  Visão geral ......................................................................................................... 5 

5.2  Parâmetro de Instabilidade Alfa (α ) ..................................................................... 9 

5.3  Coeficiente (γz) ..................................................................................................... 11 

5.4  Outras fontes de não linearidade ....................................................................... 13 


5.4.1  Efeitos geométricos ......................................................................................... 14 
5.4.2  Efeitos físicos ................................................................................................... 18 

5.5  Processo P-Delta ................................................................................................. 20 

6  ESTUDO DE CASO..................................................................................................... 26 

6.1  DIMENSÕES ADOTADAS PARA OS PÓRTICOS ............................................... 26 


6.1.1  Pórtico I ............................................................................................................ 26 
6.1.2  Pórtico II ........................................................................................................... 27 
6.1.3  Pórtico III .......................................................................................................... 28 
6.1.4  Pórtico IV ......................................................................................................... 29 
6.1.5  Pórtico V .......................................................................................................... 30 
6.1.6  Pórtico VI ......................................................................................................... 31 
6.1.7  Pórtico VII ........................................................................................................ 32 
6.1.8  Pórtico VIII ....................................................................................................... 33 
6.1.9  Pórtico IX ......................................................................................................... 34 
xiii

6.1.10  Pórtico X .......................................................................................................... 35 


6.1.11  Pórtico XI ......................................................................................................... 36 

6.2  PROPRIEDADES DOS PILARES ......................................................................... 37 


6.2.1  PROPRIEDADE 1 ............................................................................................ 37 
6.2.2  PROPRIEDADE 2 ............................................................................................ 37 
6.2.3  PROPRIEDADE 3 ............................................................................................ 37 
6.2.4  PROPRIEDADE 4 ............................................................................................ 38 

6.3  CONDIÇÕES DE CONTORNO ............................................................................. 39 

6.4  CARREGAMENTOS ............................................................................................. 40 

7  RESULTADOS ............................................................................................................ 41 

7.1  RESULTADOS CONSIDERANDO A PROPRIEDADE 1 ...................................... 42 


7.1.1  ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PROPRIEDADE 1 .................................... 48 

7.2  RESULTADOS CONSIDERANDO A PROPRIEDADE 2 ...................................... 49 


7.2.1  ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PROPRIEDADE 2 .................................... 55 

7.3  RESULTADOS CONSIDERANDO A PROPRIEDADE 3 ...................................... 56 


7.3.1  ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PROPRIEDADE 3 .................................... 62 

7.4  RESULTADOS CONSIDERANDO A PROPRIEDADE 4 ...................................... 63 


7.4.1  ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PROPRIEDADE 4 .................................... 69 

8  ANÁLISE CRÍTICA...................................................................................................... 70 

9  CONCLUSÕES ........................................................................................................... 72 

10  REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ............................................................................. 73 

11  ANEXO I ................................................................................................................... 74 

11.1  CÁLCULO DO P-DELTA PELO PROGRAMA STRAP ........................................ 74 


1 INTRODUÇÃO
Nos dias atuais, por questões econômicas, arquitetônicas ou simplesmente de espaço
físico, estão sendo utilizadas cada vez mais estruturas esbeltas exigindo do projetista
conhecimentos referentes a não linearidade física e geométrica.

Com o avanço dos modelos matemáticos e ferramentas computacionais, fica possível


avaliar de forma mais criteriosa estruturas de maior complexidade, mas nota-se que esta
possibilidade tem sido mais restrita a pesquisadores do que a profissionais, cujo dia-a-dia
é voltado para o dimensionamento e projeto de estruturas reais, deparando-se com
prazos, necessidade de redução de custos e impossibilidade de estudos mais complexos
e aprofundados.

Neste trabalho será apresentado um estudo referente a não linearidade geométrica em


estruturas planas pelo processo P-Δ que auxiliará de forma mais prática ao projetista a
compreender o fenômeno e sua abrangência, bem como aplicar este método no estudo
das estruturas correntes, obtendo assim, resultados mais próximos ao real
comportamento dessas estruturas.
2

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral


O objetivo deste trabalho é analisar o efeito da não linearidade geométrica em pórticos
planos a medida que variamos a esbeltez dos mesmos, estabelecendo assim, patamares
máximos acima dos quais a consideração do efeito é indispensável
Para tal objetivo utilizamos software que simula tal efeito, utilizando o método interativo
P-Delta, possibilitando a quantificação do efeito em diversas conformações estruturais.

2.2 Objetivo Específico

Pretende-se neste trabalho mostrar os acréscimos nos momentos solicitantes,


provenientes do efeito da não linearidade geométrica, constatando assim, a magnitude
deste efeito no total do momento solicitante correlacionando com o índice de esbeltez.
Assim, pretende-se encontrar valores críticos de esbeltez, possibilitando a compreensão
do fenômeno e sua utilidade em estruturas convencionais.
3

3 MÉTODO DE TRABALHO

Inicialmente apresenta-se a fundamentação teórica do efeito de não linearidade


geométrica, através da pesquisa e leitura de bibliografia específica, voltada à Análise de
Estruturas. Explicando os conceitos envolvidos e os métodos de análise.

Após esta fundamentação teórica da-se início ao processamento de 11 pórticos planos,


distinguindo-os pelo seu índice de esbeltez e medindo quantitativamente o efeito de
segunda ordem obtido nestes elementos. Posteriormente os dados serão correlacionados
graficamente procurando assim avaliar a efetiva influência do efeito de segunda ordem
nas estruturas de pórticos planos.

O processamento será feito com o software ( STRAP-Versão 12.5 (build no. 103))
obtendo-se resultados de primeira ordem e de segunda ordem Tem-se assim dois
resultados, podendo calcular qual o acréscimo porcentual de esforço foi proveniente do
efeito de segunda ordem.

Este procedimento será realizado nos 11 pórticos planos , com estes resultados será
possível realizar uma análise qualitativa do efeito de segunda ordem em estruturas
esbeltas.
4

4 JUSTIFICATIVA
O presente trabalho se justifica a medida que os meios computacionais tornaram-se
extremamente acessíveis ao usuário, principalmente ao profissional técnico, no caso o
Engenheiro Estrutural que pode se valer de ferramentas mais sofisticadas na modelagem
de estruturas, tendo amparo em softwares previamente elaborados e com esforço
computacional adequado para tornar seu modelo de cálculo, o mais próximo possível do
comportamento real da estrutura. Permitindo a utilização de métodos interativos de
cálculo.

Aliados a estes fatores, tem-se também, a crescente demanda por projetos mais
econômicos e com apelo arquitetônico implicando em estruturas mais esbeltas e
consequentemente mais suscetíveis a deslocamentos horizontais e verticais, onde um
estudo mais aprimorado faz se necessário.

Vistas estas condições, considera-se que o presente trabalho será útil para estudantes e
profissionais da área de Engenharia Civil, mais propriamente para aqueles interessados
ou envolvidos no Cálculo e Análise de Estruturas.
5

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

5.1 Não Linearidade Geométrica


5.1.1 Introdução

“Sob a ação de cargas verticais e horizontais, os nós da estrutura deslocam-se


horizontalmente. Os esforços de segunda ordem decorrentes destes deslocamentos são
chamados efeitos globais de 2ª ordem”. “Os efeitos de 2ª ordem”, em cuja determinação
deve ser levado em conta o comportamento não linear dos materiais, podem ser
desprezados sempre que não representem acréscimo superior a 10% nas reações e
solicitações relevantes na estrutura “.Esta preocupação, expressa por SANTOS &
FRANCO (1993) e que, consta na nova NBR 6118, limita a aplicação da análise de 1ª
ordem.

Figura 5.1 -Configuração deformada de uma estrutura

5.1.2 Visão geral

Existem diversos aspectos não lineares geométricos na análise estrutural.


6

Neste trabalho, os estudos serão limitados aos efeitos principais, considerados mais
relevantes para a aplicação prática no projeto de edificações.

O primeiro e mais importante efeito é causado pela ação das forças horizontais sobre uma
edificação. Após a análise da 1ª ordem, os deslocamentos horizontais dos pontos de
aplicação das cargas verticais provocam momentos adicionais em relação à base da
estrutura. Estes momentos, chamados momentos de 2ª ordem, provocam novo acréscimo
aos deslocamentos horizontais da estrutura, criando um efeito iterativo de aumento nos
deslocamentos e nos esforços que pode convergir para uma situação estável ou não.

Este efeito, relativo à estrutura como um todo, é usualmente denominado efeito P-Δ.

Figura 5.2 –Efeito p-Δ


7

Embora o efeito P-Δ seja referente aos deslocamentos nodais da estrutura, o mesmo
problema aplica-se à configuração deformada de cada barra submetida a esforços axiais.
O efeito das forças normais ao longo de uma barra é, algumas vezes, referenciado
separadamente como efeito P-δ

Figura 5.3 –Efeito p-δ

A outra abordagem dada ao problema é o fato de que, sob a ação de forças axiais, a
rigidez à flexão de uma barra é modificada, sendo reduzida no caso de compressão e
aumentada no caso da tração. Com isto, o mesmo processo pode ser encarado da
seguinte forma: após a análise de 1ª ordem, computados os esforços internos em cada
barra da estrutura, a presença de forças axiais faz com que a rigidez das barras utilizada
para o cálculo seja modificada, obrigando um novo cálculo da estrutura. Obtidos os novos
esforços, a rigidez das barras deve ser novamente corrigida, até que se obtenha a
convergência.

Iremos agora abordar as considerações simplificadas disponíveis para a validação da


análise da 1ª ordem. Objetiva-se concluir, como base unicamente nos resultados da
8

análise da 1ª ordem, se os efeitos da 2ª ordem são relevantes ou não. Para isto, SANTOS
& FRANCO (1993) disponibilizaram dois processos: o Parâmetro Alfa e Coeficiente
Gama-Z. Segundo os autores, a nova NBR 6118 aceita ambos os processos.
9

5.2 Parâmetro de Instabilidade Alfa (α )

O Parâmetro Alfa é definido por SANTOS & FRANCO (1993) da seguinte forma: ”Uma
estrutura reticulada poderá ser considerada de nós fixos se seu parâmetro de
instabilidade α1 definido a seguir”:

Nk
α = Htot eq.(5.1)
EcIc

⎧0.2 + 0.1n para n ≤ 3



⎩ 0.6 para n ≥ 4

Onde:
n = número de níveis de barras horizontais (andares) acima da fundação ou de um nível
pouco deslocável do subsolo;
Htot = altura total da estrutura, medida a partir do topo da fundação ou de um nível pouco
deslocável do subsolo;
Nk = somatória de todas as cargas verticais atuantes na estrutura (a partir do nível
considerado para o cálculo de Htot ), com seu valor característico;
EcIc = somatória das rigidezes de todos os pilares na direção considerada. No de
estruturas de pórticos, treliças ou mistas, permite-se considerar produto de rigidez EcIc de
um pilar equivalente de seção constante.

Para determinar a rigidez equivalente EcIc, procede-se da seguinte forma :

calcula-se o deslocamento no topo da estrutura, sob ação do carregamento horizontal


característico;

calcula-se a rigidez de um pilar equivalente de seção constante, engastado na base e livre


no topo, da mesma altura Htot, tal que, sob a ação do mesmo carregamento, sofra o
mesmo deslocamento no topo.
10

Figura 5.4-Pilar equivalente a um pórtico plano

O Parâmetro alfa, em termos de verificação de estabilidade global de uma edificação,


pode ser considerado o processo mais conhecido pelos projetistas de estruturas. O
critério adotado pela norma do CEB consiste ainda hoje na forma mais utilizada da
avaliação de 2ª ordem em uma estrutura de concreto armado. A isto se soma o fato de
que a bibliografia nacional, em sua maior parte, apresenta este como critério de avaliação
da estabilidade global.

A dedução da expressão para cálculo de α não é o objetivo deste trabalho sendo que as
indicações essenciais estão apresentadas em SUSSEKIND (1982). È interessante
apontar apenas que o valor limite (0,6 para n > 3) é obtido a partir da consideração
M(2ªordem) = 10% M( 1ª ordem). A não linearidade física é levada em conta de maneira
simplificada através da redução do módulo de rigidez ECIC por um fator 0.7.
11

5.3 Coeficiente (γz)

O coeficiente γz é definido por SANTOS E FRANCO (1993) da seguinte forma:


È possível determinar de forma aproximada o coeficiente γz de majoração dos esforços
globais finais com relação aos de primeira ordem “ . O valor γz é definido por:

1
γz =
ΔM tot ,d eq.(5.2)
1−
Mltot ,d
Onde:

Mltot,d = momento de tombamento, ou seja, a soma dos momentos de todas as forças


horizontais, com seus valores de cálculos, em relação à base de estrutura ;

ΔMtot,d = soma dos produtos de todas as forças verticais atuantes n estrutura, com seus
valores de cálculo pelos deslocamentos horizontais de seus respectivos pontos de
aplicação obtidos da análise de 1ª ordem.

Uma vez que o valor de γz representa o próprio efeito de 2ª ordem, deve-se satisfazer à
condição γz <= 1.1.

Considerações

O uso dos critérios simplificados para avaliação dos efeitos de 2ª ordem deve ser pouco a
pouco substituído por processos que considerem a não linearidade geométrica de
estrutura. Este é o assunto do capítulo a seguir. Todavia, alguns comentários devem ser
feitos.

O parâmetro Alfa, embora corretamente o mais utilizado, pode ser considerado de


formulação inferior ao coeficiente Gama-Z. Um dos problemas que este apresenta é a
representação deficiente das estruturas cuja rigidez varia ao longo de sua altura.
12

O parâmetro Alfa correlaciona apenas o deslocamento obtido no topo com um pilar


equivalente. Em diversos casos, deve-se analisar a estrutura que está sendo submetida à
verificação de estabilidade para verificar se o resultado será aceitável ou não. Um
problema usual é o de ser, acima do "corpo " da estrutura, mais alguns pavimentos para
casa de máquinas, reservatório superior, entre outros. Como estes pavimentos são
usualmente pouco rígidos, tendem a comprometer os resultados.

Figura 5.5-Problema na obtenção do parâmetro Alfa

O coeficiente Gama-Z não apresenta este problema específico com tanta evidência. Isto
porque a influência de cada parte da estrutura é tomada isoladamente, para depois ser
computado o somatório.

Outro aspecto diz respeito ao fato de se fazer analogia com um pilar engastado na base e
livre no topo. A configuração deformada deste pilar, bastante conhecida, é normalmente
muito diferente da configuração de deslocamentos apresentada por uma estrutura real.
13

Figura 5.6 – Comparação entre a deformada real e um pilar engastado na base e livre no topo.

A simples utilização do deslocamento no topo para associar as duas situações pode ser
considerada muito simplista, fazendo com que os resultados divirjam mais do real do que
os resultados apresentados com o uso do Gama-Z. No capítulo a seguir, após apresentar
os métodos para consideração dos efeitos de 2ª ordem no cálculo da estrutura, será
possível fazer uma verificação numérica destes coeficientes apresentados. Analisando
apenas ambas as formulações, pode-se indicar o uso do Gama-Z na falta de
consideração mais exata da não linearidade geométrica.

5.4 Outras fontes de não linearidade

A maior parte dos estudos a respeito da estabilidade de estruturas reticuladas centra sua
pesquisa no efeito causado pelo deslocamento horizontal dos nós (o efeito P-Delta,
abordado usualmente como "efeitos globais de 2ª ordem") e a influencia da força axial na
rigidez das barras. A consideração da não linearidade física é importante, mas sua
complexidade faz com que seja usualmente tratada de forma simplificada. Existem,
contudo, outros fatores não cobertos pela Análise Linear e que podem levar á redução da
capacidade portante da estrutura. Estes fatores foram reunidos por BIRNSTIEL &
IFFLAND (1980) e apresentam-se como a seguir.
14

5.4.1 Efeitos geométricos

Listam-se aqui os efeitos concernentes á geometria considerada para a estrutura:

Efeitos dos deslocamentos horizontais dos nós: Este efeito, normalmente conhecido como
Efeito P-Delta (P-Δ), corresponde ao "efeito global de 2ª ordem" conforme abordado por
SANTOS & FRANCO (1993) e como consta na nova NBR 6118. Basicamente, o problema
refere-se ao fato de que, após análise de 1ª ordem, os pontos de aplicação das cargas
alteram-se de posição, criando momentos de 2ª ordem. Uma nova análise seria
necessária, com base na nova configuração geométrica da estrutura, sem esta repetida
iterativamente até a convergência.

Influência da força axial na rigidez à flexão de cada elemento: O efeito de uma força axial
atuando em um elemento de barra é o de reduzir sua rigidez caso a força seja de
compressão, ou o oposto, no caso da tração. No caso da rigidez à flexão, uma força de
compressão reduz o momento necessário para rotacionar à extremidade da barra, devido
ao aumento dos momentos fletores ao longo do elemento.

Estes dois primeiros efeitos são considerados os mais importantes e serão tratados no
decorrer do trabalho.

1+1 n
θa = θl eq.(5.3)
2
Onde:

L = altura total da estrutura em metros

n = número total de elementos verticais contínuos;

θlmin = 1/400 para estruturas de nós fixos e 1/300 para estruturas de nós móveis.
15

Conforme colocado por MARTINS & STUCCHI (1993), permite-se simplificadamente,


substituir as imperfeições geométricas por conjuntos de cargas nodais auto-equilibradas,
como mostra a figura a seguir:

Figura 5.7 – Carregamentos nodais equivalentes a um desaprumo global

As cargas horizontais em cada andar são obtidas por:

n
H i = ∑ Vi , jθ a eq.(5.4)
j =1

m
H0 = ∑ Hi
eq.(5.5)
i =1

Onde:
16

Vij = carga vertical aplicada pelo andar “i”ao pilar “j”.

Da mesma forma para as imperfeições globais, os autores afirmam que se permite


simplificadamente substituir as imperfeições por conjuntos de cargas nodais auto
equilibradas, como mostra a figura a seguir:

Figura 5.8 – Cargas nodais equivalentes a um desaprumo localizado

Encontram-se, na nova NBR 6118-2003, algumas considerações referentes às


imperfeições localizadas:

“Admite-se que, nos casos usuais, a consideração da falta de retilineidade seja suficiente”
(MARTINS & STUCCHI, 1993);

“Nas estruturas de nós fixos, permite-se considerar cada elemento comprimido


isoladamente, como barra vinculada nas extremidades aos demais elementos estruturais
que ali concorrem, onde se aplicam os esforços obtidos pela análise da estrutura efetuada
segundo a teoria de 1ªordem “(SANTOS & FRANCO, 1993);
17

“Em estruturas de nós móveis, (...), a análise global de 2ª ordem fornecerá apenas os
esforços nas extremidades das barras, devendo então ser realizada uma análise dos
efeitos locais de 2ª ordem (...). Os elementos isolados para fins de verificação local, serão
formados pelas barras comprimidas retiradas da estrutura, de mesma forma que em 15.5”
(SANTOS E FRANCO, 1993).

Estas considerações permitem a consideração separada dos efeitos locais de 2ªordem e,


da mesma forma, das imperfeições geométricas localizadas. A abordagem decorrente
disto é a definição de uma “excentricidade acidental” considerada disposta apenas na
parte central do pilar, com o valor:

L
ea = θ1 eq.(5.6)
2

A consideração das imperfeições localizadas pode ser feita logo após a análise de 1ª
ordem, uma vez que é necessário conhecer a carga normal atuante em cada barra. Isto
difere das imperfeições globais, que podem ser modeladas com base nas cargas
externas. Isto não será feito no presente trabalho, mas não apresenta qualquer dificuldade
excepcional. Conforme já exposto, existem outras abordagens para o problema e um
estudo sobre estas foi efetuado por KIM & CHEN (1996a).

Efeito das deformações por cortante: O efeito das deformações por cortante é
normalmente muito pequeno, mas pode ganhar vulto na presença de vigas parede e
consolos curtos na estrutura. A consideração destas deformações pode ser feita
facilmente na dedução da matriz de rigidez de barra (vide cálculo manual – Capítulo 7).
Certos coeficientes de rigidez são menores porque as deformações por cortantes
reduzem os esforços provocados pelos deslocamentos unitários.A dedução da matriz de
rigidez para uma barra de pórtico plano, considerando as deformações por cortante (mas
desprezando a força axial), é bastante conhecida e pode ser encontrada, por exemplo, em
WEAVER & GERE (1965).
18

Não é divulgado, no momento, nenhum estudo contendo a consideração conjunta de


ambos os fatores (cortante e axial). Nos procedimentos que serão apresentados no
capítulo a seguir, será desprezado o efeito das deformações por cortante.
Efeito de distorções localizadas: Distorções locais após o carregamento, como, por
exemplo, flambagem localizada de almas de vigas I ou flambagem lateral por flexo-torção,
podem afetar a capacidade portante da peça, mas são difíceis de serem modeladas
matematicamente.

Os efeitos localizados são bastante raros nas estruturas de concreto armado, razão esta
pela qual o presente estudo não irá abordá-los. No caso de estruturas de aço, estes
efeitos tornam-se mais relevantes, sendo definidos alguns procedimentos simplificados
para limitar as dimensões da peça de forma a que estes não venham a ocorrer ou para
definir um fator de redução da capacidade portante da peça no dimensionamento. Mais
detalhes podem ser encontrados na NBR 8800 (“Projeto e execução de estruturas de aço
de edifícios”).

5.4.2 Efeitos físicos

Os efeitos físicos referem-se à não linearidade entre tensões e deformações apresentada


pelas peças da estrutura.

Não linearidade física: O fato de que a relação entre tensões e deformações ( diagrama
σ−ε ) altera os resultados obtidos através de uma análise linear.

Tensões residuais: tensões residuais provenientes do processo de fabricação são um


problema apresentado pelas estruturas metálicas. Estas influenciam a rigidez do elemento
e podem ser levadas em conta na formulação da matriz de rigidez da barra. Em termos de
concreto armado, outros fatores intervenientes são a retração e a deformação lenta, cuja
inclusão nos modelos também pode ser considerada bastante complexa.

Efeitos do carregamento
19

Caso a suposição de carregamento monotômico admitida usualmente não seja


obedecida, a não linearidade da estrutura faz com que a história de carregamentos passe
a ser um fator relevante na verificação da estrutura.

Carregamento não proporcional: A ordem de aplicação dos diversos carregamentos


verticais e horizontais da estrutura (“história do carregamento”) não tem influência sobre
uma análise linear, devido ao princípio da superposição das ações. Quando a análise não
é linear, todavia, isto deixa de ser válido e este problema pode se tornar relevante.

Carregamento variável: A não linearidade física dos materiais pode levar a estrutura a
deformações plásticas permanentes. Ciclos de carga e descarga podem acumular
deformações plásticas e levar a estrutura à ruína com um carregamento bastante inferior
ao que seria limite caso fosse aplicado monotonicamente.

Estes dois efeitos envolvem variações no tempo e agregam grande grau de complexidade
à análise, fugindo ao escopo deste trabalho. Colabora para isto o fato de que, em uma
estrutura de concreto armado convencional, as cargas permanentes atuantes
correspondem usualmente a mais 80% do total, minimizando os efeitos variáveis do
carregamento.
20

5.5 Processo P-Delta

Princípios básicos

A consideração da parcela P-Δ do comportamento não linear geométrico de uma estrutura


pode ser considerada imediata. Separando-se uma barra da estrutura em sua condição
deformada, nota-se o desvio Δ na aplicação da carga, considerada entre suas
extremidades. Ao invés de incluir explicitamente a modificação da geometria na análise de
estrutura, pode-se simplificar muito o processo substituindo o momento adicional causado
pela excentricidade P.Δ por um binário de cargas horizontais auto equilibradas.

Figura 5.9 – Processo P-Delta

A cada barra da estrutura, acrescentam-se cortantes fictícios em suas extremidades,


obtidos através de simples equilíbrio:

N *a
V = eq.(5.7)
L

Onde:
L = extensão da barra;
N = carga normal atuante;
a = deslocamento relativo entre suas extremidades;
21

V = cortante fictício a ser acrescentado.

Análise da estrutura

O mesmo raciocínio aplicado a uma barra isolada pode ser estendido para uma estrutura
reticulada qualquer. Uma vez computados os cortantes fictícios Vi de cada barra, a
diferença entre os cortantes de duas barras concorrentes em um nó gera uma carga
equivalente Hi aplicada sobre o nó. O conjunto de cargas Hi atuantes sobre todos os nós
irá reproduzir o efeito P-Δ da estrutura como um todo.

Figura 5.10 – Carregamentos nodais equivalentes ao efeito p-Δ

O processo P-Delta pode ser considerado a forma mais imediata de abordar o efeito P-Δ
de uma edificação. Seus princípios podem ser encontrados em diversas bibliografias
tradicionais que tratam aspectos de projeto de estruturas tanto de concreto armado como
metálicas. Em termos de Projeto, é considerado, normalmente, como uma abordagem
“rigorosa” para o problema usualmente resolvido através da simples estimativa dos efeitos
de 2ª ordem através de um fator característico, como o Parâmetro Alfa (vide item 5.2) ou
o Coeficiente Gama-Z (vide item 5.3). Por exemplo, Fusco (1981) descreve este processo
como “Cálculo rigoroso de pórticos hiperestáticos” e GAIOTTI & SMITH (1989) o abordam
simplesmente como o “Processo iterativo”.

Em termos de normalização, este processo está descrito no Anexo L da NBR 8800/88


(“Projeto e Execução de Estruturas de Aço de Edifícios”). Conforme SANTOS & FRANCO
22

(1993), a nova NBR 6118 não apresenta explicitamente o processo a ser utilizado, mas
colocam: “Em estruturas de edifícios, permite-se para consideração da não linearidade
geométrica, o emprego do processo P-Δ (também conhecido como N-a)”.
A abordagem matricial do problema pode ser considerada bastante simples:
Efetua-se a análise de 1ª ordem da forma usual, obtendo-se os esforços de 1ª ordem em
cada barra;
Obtém-se o vetor {F’} correspondente aos esforços fictícios obtidos da consideração do
efeito P-Δ em cada barra;
Acrescenta-se o vetor {F’} ao vetor de forças {F};
Calculam-se os novos deslocamentos e esforços internos;
Repete-se o processo, obtendo novo vetor {F’} até que a diferença no deslocamento nodal
entre uma iteração e outra, medido para cada nó da estrutura, seja desprezível.

Figura 5.11-Fluxograma representativo do Processo P-Delta

Pelo fato de ser este um processo numérico, deve-se estabelecer um critério de


convergência, estabelecendo-se uma tolerância, abaixo da qual consideram-se
satisfatórios os resultados obtidos. Esta tolerância é dependente do problema a ser
23

analisado e deve ser decidido com base em seu custo computacional. Vai-se analisar a
convergência do processo através de exemplos numéricos, apresentados em item
posterior.

Aplicação às barras não verticais

Conforme já exposto, o Processo P-Delta confunde-se, em grande parte da bibliografia,


especialmente aquela dedicada à área de Projeto, com o próprio P-Δ apresentado por
uma estrutura. O enfoque de Projeto sugere o cômputo das cargas fictícias apenas nas
barras verticais (pilares), obtendo sempre carregamentos horizontais aplicados. Isto
porque estes concentram normalmente quase todo o efeito de 2ª ordem. Esta
recomendação é feita pela própria NBR 8800/88 em seu Anexo L.

Todavia, o processo, conforme apresentado, é genérico e pode ser aplicado para barras
em qualquer orientação. A aplicação do processo apenas às barras verticais pode ser
considerada de cunho prático para aplicação manual, mas pode ser desconsiderada para
fins de implementação computacional. Mesmo a norma NBR 8800/88 “permite” e não
“sugere” a dispensa das barras não verticais (horizontais ou inclinadas).

Figura 5.12 – Processo P-Delta aplicado às barras não verticais.


24

ZERMIANI – (1998) apresenta o Processo P-Δ aplicando-o apenas às barras verticais


da estrutura e define um “Processo P-Δ genérico” aplicável a todas as barras
independentemente de inclinação. Com alguns exemplos, afirma que os resultados
obtidos são muito parecidos. Neste trabalho, assume-se diretamente o Processo P-Delta
como sendo aplicável a todas as barras.

Efeito P-Δ

A princípio, o processo P-Delta aplica-se ao modelamento dos efeitos globais de 2ª ordem


em uma estrutura. Quando é feito o equilíbrio da barra isoladamente considera-se suas
extremidades livres à rotação. Esta simplificação caracteriza o processo conforme
apresentado.

Desta forma, este processo não consegue capturar o efeito P-Δ ocorrido ao longo de um
elemento. Pode-se verificar isto com um exemplo simples: considera-se uma barra
biapoiada, sujeita a uma força normal compressiva e momentos fletores aplicados em
suas extremidades.

Figura 5.13 – Exemplo 1 – Viga –coluna biapoiada

Após análise de 1ª ordem, a configuração deformada da estrutura apresenta uma


variação ao longo de seu eixo, com um deslocamento máximo δ no centro do vão.
Devido à presença da carga normal, os momentos de 2ª ordem provocarão aumento nos
deslocamentos, em processo análogo ao efeito P-Δ apresentado pela estrutura como um
todo.
25

δ
δ

Figura 5.14– Exemplo 2 – Efeito da segunda ordem nos momentos fletores

Este exemplo foi inicialmente apresentado por LUI & ZHANG (1990) e apresenta uma
solução analítica fechada, pela qual o momento máximo, considerando a 1 e 2 ordem,
ocorre no meio do vão, com o valor:

A aplicação do processo P-Delta a esta estrutura simples resulta em esforços adicionais


nulos, uma vez que o deslocamento relativo entre as extremidades da barra é nulo.

Figura 5.15 – Exemplo 3 – Aplicação do Processo P-Delta


26

6 ESTUDO DE CASO
Serão apresentados os estudos em 11 pórticos com alturas diferentes, partindo-se de
uma altura de 9 metros até uma altura de 39 metros. Este estudo será repetido 4 vezes
com os pilares dos pórticos tendo sua seção transversal variando entre 4 configurações :
75x75 cm , 100x100 cm , 125x125 cm e 150x150 cm
Tem-se assim, 44 situações distintas para estudo do efeito de segunda ordem

6.1 DIMENSÕES ADOTADAS PARA OS PÓRTICOS


A seguir, são apresentadas as características geométricas dos pórticos adotados

6.1.1 Pórtico I
27

6.1.2 Pórtico II
28

6.1.3 Pórtico III


29

6.1.4 Pórtico IV
30

6.1.5 Pórtico V
31

6.1.6 Pórtico VI
32

6.1.7 Pórtico VII


33

6.1.8 Pórtico VIII


34

6.1.9 Pórtico IX
35

6.1.10 Pórtico X
36

6.1.11 Pórtico XI
37

6.2 PROPRIEDADES DOS PILARES


Foram adotadas para os pilares quatro seções transversais distintas , a saber :

6.2.1 PROPRIEDADE 1

E=238000000 KN/m²
Coeficiente de Poisson = 0.2

6.2.2 PROPRIEDADE 2

E=238000000 KN/m²
Coeficiente de Poisson = 0.2

6.2.3 PROPRIEDADE 3

E=238000000 KN/m²
Coeficiente de Poisson = 0.2
38

6.2.4 PROPRIEDADE 4

E=238000000 KN/m²
Coeficiente de Poisson = 0.2
39

6.3 CONDIÇÕES DE CONTORNO

Foi colocada uma restrição na base do pilar, que impede a translação e a rotação em
todas direções

Figura 6.1-Condição de contorno da base do pórtico


40

6.4 CARREGAMENTOS

O carregamento aplicado, será do peso próprio dos pilares e vigas acrescidos da


aplicação de uma carga pontual de 10 kN aplicada no topo de cada pórtico.
Teremos assim , para um pilar de seção 75x75 cm uma carga linear , na direção vertical
de :
Qp=0.75x0.75x25=14.0625 kN/m

Para as vigas de seção 15x40 cm, teremos uma carga linear, na direção vertical de:
Qv=0.15x0.4x25=1.5 kN/m

Figura 6.2 – Carregamentos aplicados


O carregamento será processado duas vezes , na primeira da maneira como é
apresentado acima , da segunda acrescentado o efeito p-delta

Figura 6.3-Caixa de diálogo de aplicação do efeito p-delta


41

7 RESULTADOS

A seguir apresentam-se os resultados obtidos nos processamentos, cabe aqui observar o


seguinte:

I- Condições de convergência do efeito de segunda ordem:

δ i − δ i −1
≤ 0.005
δ max .
II- Para cálculo da esbeltez , foi utilizado o método do pilar padrão, aonde perante a
aplicação de forças unitárias na direção vertical e horizontal do topo dos pórticos, apuram-
se os deslocamentos nos pórticos , a partir dos deslocamentos , calculam-se o momento
de inércia e a área que apresentaria um pilar , engastado na base, que sofreria os
mesmos deslocamentos horizontais e verticais, como se trata de um pilar engastado-livre
o coeficiente de flambagem (k) é igual a 2
42

7.1 RESULTADOS CONSIDERANDO A PROPRIEDADE 1


PÓRTICO I
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM

PÓRTICO II
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
43

PÓRTICO III
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM

PÓRTICO IV
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
44

PÓRTICO V
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM

PÓRTICO VI
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
45

PÓRTICO VII
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM

PÓRTICO VIII
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
46

PÓRTICO IX
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM

PÓRTICO X
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
47

PÓRTICO XI
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
48

7.1.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PROPRIEDADE 1

PROPRIEDADE 1 (75cm X 75cm)


DESLOCAMENTO DESLOCAMENTO MOMENTO DE ÁREA ALTURA DO ESBELTEZ
NÚMERO DO HORIZONTAL VERTICAL INÉRCIA A I/A RAIZ ( I / A ) PÓRTICO
δh (m) δv (m)
4
PÓRTICO (m ) (m² ) ( m² ) (m) h(m) λ
PÓRTICO 1 0.0002 0.00000034 0.05105042 1.11220959 0.046178546 0.214891941 9 41.9
PÓRTICO 2 0.0005 0.00000045 0.048403361 1.120448179 0.046178546 0.214891941 12 55.8
PÓRTICO 3 0.0009 0.00000056 0.052521008 1.12545018 0.046178546 0.214891941 15 69.8
PÓRTICO 4 0.0016 0.00000067 0.05105042 1.128809733 0.046178546 0.214891941 18 83.8
PÓRTICO 5 0.0025 0.00000078 0.051882353 1.131221719 0.046178546 0.214891941 21 97.7
PÓRTICO 6 0.0037 0.0000009 0.052327958 1.120448179 0.046178546 0.214891941 24 111.7
PÓRTICO 7 0.0052 0.00000101 0.053013898 1.123221566 0.046178546 0.214891941 27 125.6
PÓRTICO 8 0.0072 0.00000112 0.052521008 1.12545018 0.046178546 0.214891941 30 139.6
PÓRTICO 9 0.0095 0.00000123 0.052980982 1.12728018 0.046178546 0.214891941 33 153.6
PÓRTICO 10 0.0124 0.00000134 0.052697208 1.128809733 0.046178546 0.214891941 36 167.5
PÓRTICO 11 0.0158 0.00000146 0.052582172 1.122366755 0.046178546 0.214891941 39 181.5
0.05191189 1.124156

MOMENTO MOMENTO VARIAÇÃO VARIAÇÃO VARIAÇÃO


DE PRIMEIRA DE SEGUNDA DE MOMENTO PERCENTUAL DE MOMENTO ESBELTEZ
NÚMERO DO ORDEM ORDEM DE MOMENTO
PÓRTICO M1 (kNm) M2 (kNm) M2-M1 (kNm) ((M2-M1)/M1) % ((M2-M1)/M1) λ
PÓRTICO 1 45 45.2 0.2 0.44 0.004 41.9
PÓRTICO 2 60 60.6 0.6 1.00 0.010 55.8
PÓRTICO 3 75 76.3 1.3 1.73 0.017 69.8
PÓRTICO 4 90 92.8 2.8 3.11 0.031 83.8
PÓRTICO 5 105 110 5 4.76 0.048 97.7
PÓRTICO 6 120 129 9 7.50 0.075 111.7
PÓRTICO 7 135 150 15 11.11 0.111 125.6
PÓRTICO 8 150 173 23 15.33 0.153 139.6
PÓRTICO 9 165 200 35 21.21 0.212 153.6
PÓRTICO 10 180 233 53 29.44 0.294 167.5
PÓRTICO 11 195 275 80 41.03 0.410 181.5
TABELA 7.1- CÁLCULO DO ÍNDICE DE ESBELTEZ E DA VARIAÇÃO DE MOMENTO FLETOR

FIGURA 7.1 - PROPRIEDADE 1- ÍNDICE DE ESBELTEZ X VARIAÇÃO DE MOMENTO FLETOR


49

7.2 RESULTADOS CONSIDERANDO A PROPRIEDADE 2


PÓRTICO I
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM

PÓRTICO II
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
50

PÓRTICO III
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM

PÓRTICO IV
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
51

PÓRTICO V
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM

PÓRTICO VI
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
52

PÓRTICO VII
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM

PÓRTICO VIII
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
53

PÓRTICO IX
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM

PÓRTICO X
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
54

PÓRTICO XI
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
55

7.2.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PROPRIEDADE 2

PROPRIEDADE 2 (100cm X 100cm)


DESLOCAMENTO DESLOCAMENTO MOMENTO DE ÁREA ALTURA DO ESBELTEZ
NÚMERO DO HORIZONTAL VERTICAL INÉRCIA A I/A RAIZ ( I / A ) PÓRTICO
δh (m) δv (m)
4
PÓRTICO (m ) (m² ) ( m² ) (m) h(m) λ
PÓRTICO 1 0.00006 0.000000189 0.170168067 2.00080032 0.083272457 0.288569674 9 31.2
PÓRTICO 2 0.00015 0.000000252 0.161344538 2.00080032 0.083272457 0.288569674 12 41.6
PÓRTICO 3 0.00028 0.000000315 0.168817527 2.00080032 0.083272457 0.288569674 15 52.0
PÓRTICO 4 0.00049 0.000000378 0.16669525 2.00080032 0.083272457 0.288569674 18 62.4
PÓRTICO 5 0.00078 0.000000441 0.166289593 2.00080032 0.083272457 0.288569674 21 72.8
PÓRTICO 6 0.00116 0.000000504 0.166908143 2.00080032 0.083272457 0.288569674 24 83.2
PÓRTICO 7 0.00166 0.000000567 0.166067632 2.00080032 0.083272457 0.288569674 27 93.6
PÓRTICO 8 0.00227 0.00000063 0.166586458 2.00080032 0.083272457 0.288569674 30 104.0
PÓRTICO 9 0.00302 0.000000693 0.166662029 2.00080032 0.083272457 0.288569674 33 114.4
PÓRTICO 10 0.00392 0.000000756 0.16669525 2.00080032 0.083272457 0.288569674 36 124.8
PÓRTICO 11 0.00499 0.000000819 0.166492649 2.00080032 0.083272457 0.288569674 39 135.1
0.166611558 2.00080032

MOMENTO MOMENTO VARIAÇÃO VARIAÇÃO VARIAÇÃO


DE PRIMEIRA DE SEGUNDA DE MOMENTO PERCENTUAL DE MOMENTO ESBELTEZ
NÚMERO DO ORDEM ORDEM DE MOMENTO
PÓRTICO M1 (kNm) M2 (kNm) M2-M1 (kNm) ((M2-M1)/M1) % ((M2-M1)/M1) λ
PÓRTICO 1 45 45.05 0.05 0.11 0.001 31.2
PÓRTICO 2 60 60.25 0.25 0.42 0.004 41.6
PÓRTICO 3 75 75.6 0.6 0.80 0.008 52.0
PÓRTICO 4 90 91.2 1.2 1.33 0.013 62.4
PÓRTICO 5 105 107 2 1.90 0.019 72.8
PÓRTICO 6 120 124 4 3.33 0.033 83.2
PÓRTICO 7 135 141 6 4.44 0.044 93.6
PÓRTICO 8 150 160 10 6.67 0.067 104.0
PÓRTICO 9 165 179 14 8.48 0.085 114.4
PÓRTICO 10 180 201 21 11.67 0.117 124.8
PÓRTICO 11 195 225 30 15.38 0.154 135.1
TABELA 7.2- CÁLCULO DO ÍNDICE DE ESBELTEZ E DA VARIAÇÃO DE MOMENTO FLETOR

FIGURA 7.2 - PROPRIEDADE 2- ÍNDICE DE ESBELTEZ X VARIAÇÃO DE MOMENTO FLETOR


56

7.3 RESULTADOS CONSIDERANDO A PROPRIEDADE 3


PÓRTICO I
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM

PÓRTICO II
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
57

PÓRTICO III
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM

PÓRTICO IV
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
58

PÓRTICO V
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM

PÓRTICO VI
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
59

PÓRTICO VII
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM

PÓRTICO VIII
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
60

PÓRTICO IX
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM

PÓRTICO X
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
61

PÓRTICO XI
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
62

7.3.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PROPRIEDADE 3

PROPRIEDADE 3 (125cm X 125cm)


DESLOCAMENTO DESLOCAMENTO MOMENTO DE ÁREA ALTURA DO ESBELTEZ
NÚMERO DO HORIZONTAL VERTICAL INÉRCIA A I/A RAIZ ( I / A ) PÓRTICO
δh (m) δv (m)
4
PÓRTICO (m ) (m² ) ( m² ) (m) h(m) λ
PÓRTICO 1 0.00003 0.000000121 0.340336134 3.125217029 0.129133561 0.359351584 9 25.0
PÓRTICO 2 0.00006 0.000000161 0.403361345 3.131687458 0.129133561 0.359351584 12 33.4
PÓRTICO 3 0.00012 0.000000202 0.393907563 3.120059905 0.129133561 0.359351584 15 41.7
PÓRTICO 4 0.0002 0.000000242 0.408403361 3.125217029 0.129133561 0.359351584 18 50.1
PÓRTICO 5 0.00032 0.000000282 0.405330882 3.128911139 0.129133561 0.359351584 21 58.4
PÓRTICO 6 0.00048 0.000000323 0.403361345 3.121991831 0.129133561 0.359351584 24 66.8
PÓRTICO 7 0.0006 0.000000363 0.459453782 3.125217029 0.129133561 0.359351584 27 75.1
PÓRTICO 8 0.00093 0.000000403 0.406614259 3.127801989 0.129133561 0.359351584 30 83.5
PÓRTICO 9 0.00124 0.000000444 0.405902684 3.12287077 0.129133561 0.359351584 33 91.8
PÓRTICO 10 0.00161 0.000000484 0.405866695 3.125217029 0.129133561 0.359351584 36 100.2
PÓRTICO 11 0.00204 0.000000524 0.407254078 3.127205081 0.129133561 0.359351584 39 108.5
0.403617466 3.125581481

MOMENTO MOMENTO VARIAÇÃO VARIAÇÃO VARIAÇÃO


DE PRIMEIRA DE SEGUNDA DE MOMENTO PERCENTUAL DE MOMENTO ESBELTEZ
NÚMERO DO ORDEM ORDEM DE MOMENTO
PÓRTICO M1 (kNm) M2 (kNm) M2-M1 (kNm) ((M2-M1)/M1) % ((M2-M1)/M1) λ
PÓRTICO 1 45 45 0 0.00 0.000 25.0
PÓRTICO 2 60 60.15 0.15 0.25 0.002 33.4
PÓRTICO 3 75 75.3 0.3 0.40 0.004 41.7
PÓRTICO 4 90 90.7 0.7 0.78 0.008 50.1
PÓRTICO 5 105 106 1 0.95 0.010 58.4
PÓRTICO 6 120 122 2 1.67 0.017 66.8
PÓRTICO 7 135 139 4 2.96 0.030 75.1
PÓRTICO 8 150 155 5 3.33 0.033 83.5
PÓRTICO 9 165 173 8 4.85 0.048 91.8
PÓRTICO 10 180 191 11 6.11 0.061 100.2
PÓRTICO 11 195 211 16 8.21 0.082 108.5
TABELA 7.3- CÁLCULO DO ÍNDICE DE ESBELTEZ E DA VARIAÇÃO DE MOMENTO FLETOR

FIGURA 7.3 - PROPRIEDADE 3- ÍNDICE DE ESBELTEZ X VARIAÇÃO DE MOMENTO FLETOR


63

7.4 RESULTADOS CONSIDERANDO A PROPRIEDADE 4


PÓRTICO I
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM

PÓRTICO II
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
64

PÓRTICO III
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM

PÓRTICO IV
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
65

PÓRTICO V
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM

PÓRTICO VI
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
66

PÓRTICO VII
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM

PÓRTICO VIII
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
67

PÓRTICO IX
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM

PÓRTICO X
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
68

PÓRTICO XI
MOMENTOS FLETORES (kNm) MOMENTOS FLETORES COM EFEITO P-DELTA (kNm)
1ª ORDEM 2ªORDEM
69

7.4.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DA PROPRIEDADE 4

PROPRIEDADE 4 (150cm X 150cm)


DESLOCAMENTO DESLOCAMENTO MOMENTO DE ÁREA ALTURA DO ESBELTEZ
NÚMERO DO HORIZONTAL VERTICAL INÉRCIA A I/A RAIZ ( I / A ) PÓRTICO
δh (m) δv (m)
4
PÓRTICO (m ) (m² ) ( m² ) (m) h(m) λ
PÓRTICO 1 0.000012 0.000000084 0.850840336 4.50180072 0.187208108 0.432675523 9 20.8
PÓRTICO 2 0.000029 0.000000112 0.834540713 4.50180072 0.187208108 0.432675523 12 27.7
PÓRTICO 3 0.000056 0.00000014 0.844087635 4.50180072 0.187208108 0.432675523 15 34.7
PÓRTICO 4 0.000097 0.000000168 0.842068786 4.50180072 0.187208108 0.432675523 18 41.6
PÓRTICO 5 0.000154 0.000000196 0.842245989 4.50180072 0.187208108 0.432675523 21 48.5
PÓRTICO 6 0.00023 0.000000224 0.841797589 4.50180072 0.187208108 0.432675523 24 55.5
PÓRTICO 7 0.000327 0.000000252 0.843034461 4.50180072 0.187208108 0.432675523 27 62.4
PÓRTICO 8 0.000449 0.00000028 0.842207707 4.50180072 0.187208108 0.432675523 30 69.3
PÓRTICO 9 0.000597 0.000000308 0.843080951 4.50180072 0.187208108 0.432675523 33 76.3
PÓRTICO 10 0.000775 0.000000336 0.843155327 4.50180072 0.187208108 0.432675523 36 83.2
PÓRTICO 11 0.000985 0.000000364 0.84345007 4.50180072 0.187208108 0.432675523 39 90.1
0.842773597 4.50180072

MOMENTO MOMENTO VARIAÇÃO VARIAÇÃO VARIAÇÃO


DE PRIMEIRA DE SEGUNDA DE MOMENTO PERCENTUAL DE MOMENTO ESBELTEZ
NÚMERO DO ORDEM ORDEM DE MOMENTO
PÓRTICO M1 (kNm) M2 (kNm) M2-M1 (kNm) ((M2-M1)/M1) % ((M2-M1)/M1) λ
PÓRTICO 1 45 45.05 0.05 0.11 0.001 20.8
PÓRTICO 2 60 60.1 0.1 0.17 0.002 27.7
PÓRTICO 3 75 75.25 0.25 0.33 0.003 34.7
PÓRTICO 4 90 90.45 0.45 0.50 0.005 41.6
PÓRTICO 5 105 106 1 0.95 0.010 48.5
PÓRTICO 6 120 121 1 0.83 0.008 55.5
PÓRTICO 7 135 137 2 1.48 0.015 62.4
PÓRTICO 8 150 153 3 2.00 0.020 69.3
PÓRTICO 9 165 170 5 3.03 0.030 76.3
PÓRTICO 10 180 187 7 3.89 0.039 83.2
PÓRTICO 11 195 205 10 5.13 0.051 90.1
TABELA 7.4- CÁLCULO DO ÍNDICE DE ESBELTEZ E DA VARIAÇÃO DE MOMENTO FLETOR

FIGURA 7.4 - PROPRIEDADE 4- ÍNDICE DE ESBELTEZ X VARIAÇÃO DE MOMENTO FLETOR


70

8 ANÁLISE CRÍTICA

Apresenta-se a seguir, o resultado dos 44 estudos de caso, plotando os pares (λ ,M2)


num só diagrama.
Pode-se verificar uma efetiva correlação entre o coeficiente de esbeltez e um acréscimo
exponencial de variação de momento fletor de 2 ordem.

FIGURA 8.1 –TODAS PROPRIEDADES- ÍNDICE DE ESBELTEZ X VARIAÇÃO DE MOMENTO FLETOR

Pode-se verificar que a partir de um índice de esbeltez de cerca de 130 , os acréscimos


de momento fletor de segunda ordem ficam acima de 10% , logo, segundo a NBR-
6118/2003 preconiza no seu item 15.2 ; “Os efeitos de segunda ordem, em cuja
determinação deve ser considerado o comportamento não linear dos materiais, podem ser
desprezados sempre que não representem acréscimo superior a 10% nas reações e nas
solicitações relevantes da estrutura.”

Vale também salientar a magnitude que ganham os acréscimos de esforços, entre os


intervalos de esbeltez compreendidos entre 150 e 200 , onde os esforços chegam até a
sobrepujar os coeficientes de ponderabilidade indicados pelas Normas, pondo em risco
efetivo a segurança da estrutura.
71

Ressaltam-se ainda as seguintes observações de LEONHARDT (1977):


“Nos pórticos altos de vários andares, a estabilidade global pode ser facilmente posta em
perigo pelos deslocamentos horizontais”

“Somente um engenheiro sem habilidade arcaria com as preocupações deixando para o


proprietário os problemas de custos que surgem em sistemas de pórticos deslocáveis de
vários andares”.

Cabe ainda salientar que não foram considerados os efeitos das imperfeições
geométricas locais ou globais, que potencializariam o efeito de segunda ordem, pois a
estrutura “partiria” de uma configuração de deformada de primeira ordem maior.
72

9 CONCLUSÕES
Do exposto neste trabalho, chegamos às seguintes conclusões:

- Para estruturas onde os carregamentos são os convencionais, quais sejam; Peso


próprio, pequena sobrecarga e vento , o efeito de segunda ordem só se pronuncia para λ
>130 ,ou seja , estruturas muito esbeltas.

- A não consideração do efeito de segunda ordem para estruturas muito esbeltas (λ>130)
pode ter resultados indesejados para o calculista , como foi visto , os valores podem até
sobrepujar os coeficientes de segurança , podendo levar a estrutura a ruína.

- A ação da força horizontal tem grande importância no efeito de segunda ordem , pois
este tem seu início na estrutura deslocada horizontalmente, nas edificações, o agente
destas forças horizontais é o vento, daí a necessidade de se incorporar este
carregamento no cálculo de edificações.

- As condições de contorno e rigidez entre as barras verticais e horizontais tem grande


importância no estudo do efeito de segunda ordem, pois influenciam na deslocabilidade
dos pórticos e no coeficiente de flambagem (K).
73

10 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BANKI, André -“Estudo sobre a não Linearidade Geométrica em Projetos e


Edifícios” Dissertação de Mestrado em Engenharia Civil – Universidade Federal
de Santa Catarina. Florianópolis, SC: 1999.

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geral”. In: Simpósio EPUSP sobre estruturas de Concreto. Anais. São Paulo, SP:
1993.

FUSCO, Péricles B. – “Solicitações Normais”. Rio de Janeiro, RJ: 1981, Ed.


Guanabara Dois.

LEONHARDT, F. & MONNIG, E.-“Construções de Concreto- Volume 1”

LUI, E. M. & ZHANG, Cheng-Yin - “Nonlinear frame analysis by the pseudo load
method”. Computers and Structures. Vol. 37, nº 05,1990.

MARTINS, Antonio R. & STUCCHI, Fernando R. -“Ações nas estruturas de


concreto”. In: III Simpósio EPUSP sobre estruturas de Concreto. Anais. São
Paulo, SP: 1993.

PENNER, Elisabeth & FUSCO, Péricles B.- “A estabilidade de edifícios altos”.


Revista Téchne. Ano V, nº 6 Editora PINI, 1997.

PITTA, Arthur L. -“Edifícios de pequena altura: normalização simplificada”.


Revista IBRACON. Ano VI nº 6.Instituto Brasileiro do Concreto, 1996.

SANTOS, Lauro M & FRANCO, Mário.- “Instabilidade e efeitos de 2ª ordem nas


estruturas de concreto”. In: III Simpósio EPUSP sobre estruturas de Concreto.
Anais. São Paulo, SP: 1993.

SUSSEKIND, José C. –“Curso de concreto”. Volume II. 2ª ed. São Paulo, SP:
1982, Editora Globo S/A.

ZERMIANI, Fabiano L. Contribuição a contribuição não linear geométrica de


pórticos planos. Dissertação de Mestrado em Engenharia Mecânica –
Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC: 1998.

ZHOU, Zhi Hua & CHAN, Siu Lai. -“ Refined Second-Order Analysis of Frames
with Members under Lateral and Axial Loads”. Journal of Structural
74

11 ANEXO I

11.1 CÁLCULO DO P-DELTA PELO PROGRAMA STRAP


75

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