Sei sulla pagina 1di 350

FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Conteúdo Programático desta aula


 Classificação dos carboidratos de
acordo com sua estrutura química;
 Funções dos carboidratos no
organismo humano;
 Fontes Alimentares dos carboidratos;
 Estrutura química dos aminoácidos;
 Classificação dos aminoácidos de
acordo com sua essencialidade;
 Fontes Alimentares dos aminoácidos;
 Fundamento e aplicações da equação
de Henderson e Hasselbach.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Classificação dos Carboidratos de acordo


com a estrutura química

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Os carboidratos (CHO) representam a maior fonte de


energia na dieta de humanos, fornecendo o maior aporte
calórico total na dieta. Estão disponíveis em abundância
nos alimentos e são obtidos principalmente nos alimentos
de origem vegetal.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Carboidratos Simples - Monossacarídios

As hexoses (6 átomos de carbono) glicose, frutose e galactose –


C 6H 12O 6) representam os monossacarídeos nutricionalmente mais
importantes.

Os monossacarídios não são hidrolisados a formas mais simples e


representam a unidade básica fundamental dos CHO.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Estrutura molecular da glicose

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

As hexoses:

Glicose Frutose

Monossacarídios

Galactose

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Carboidratos simples - Oligossacarídios


São formados pela combinação de poucos (oligo em grego) resíduos
de monossacarídeos (2 a 10). Os dissacarídeos (união de duas
moléculas de monossacarídeos nutricionalmente importantes são:

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Estrutura química da sacarose


Formada pela união de duas moléculas de monossacarídeos
(glicose e frutose) unidas por uma ligação glicosídica:

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Carboidratos complexos – Polissacarídios Vegetais

Amido: Depósito de energia vegetal. É formado pela


condensação de moléculas de glicose.
Fontes alimentares:
raízes, caules, frutos, sementes (cereais e leguminosas) e os
produtos feitos a partir dos cereais: pães, biscoitos, massas.
Trata-se do principal carboidrato encontrado nos vegetais.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Carboidratos complexos – Polissacarídios Vegetais

Celulose: É formada pela condensação de moléculas de


glicose (polímero da glicose). É considerada uma fibra
alimentar. Por não ser digerida não fornece energia.
Fontes alimentares:
É encontrada nas folhas e talos de hortaliças verdes e nas
cascas de frutas, cereais integrais, pães e biscoitos integrais.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Carboidratos complexos – Polissacarídios Vegetais

Estrutura química da Celulose

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Carboidratos complexos – Polissacarídio Animal

Glicogênio: Depósito de energia animal (músculo e fígado).


É formado pela condensação de moléculas de glicose
(polímero da glicose).

É sintetizado a partir da glicose no processo da glicogênese


e armazenado no músculo e no fígado.

Para aumentar as reservas de glicogênio muscular e


hepático é necessário uma dieta hiperglicídica e repouso.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Funções dos Carboidratos

Fornecimento de Energia;

Preservação das Proteínas (limitar o consumo de proteínas


endógenas como fonte de energia);

Ativação do Metabolismo Lipídico evitando a formação


excessiva de corpos cetônicos e a Acidose Metabólica.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Fontes Alimentares dos Carboidratos

As melhores fontes alimentares de CHO são as de origem


vegetal (frutas, hortaliças, cereais – de preferência os
integrais: arroz, trigo, aveia, milho, centeio, cevada e os
alimentos feitos com farinha integral (pão, biscoito,
macarrão etc); leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, soja,
grão-de-bico); raízes e tubérculos: batata, aipim, cenoura,
beterraba, etc.
A maior parte dos carboidratos consumidos numa dieta vem
de alimentos de origem vegetal, com exceção do mel e da
lactose (dissacarídeos) que
vem do leite e seus derivados.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Aminoácidos: unidades básicas das


proteínas que estão ligados entre si por
ligações peptídicas.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Proteínas

Palavra de que significa “de


primordial importância”. São
compostos orgânicos
MODELO DE MOLDURA PARA
nitrogenados, ou seja, as IMAGEM COM ORIENTAÇÃO
HORIZONTAL
moléculas contêm átomos de
carbono, hidrogênio, oxigênio e
nitrogênio.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Estrutura química dos aminoácidos

Qualquer molécula de aminoácido tem um grupo carboxila (COOH) e


um grupo amina (NH2) ligados a um átomo de carbono. Nesse mesmo
carbono, ficam ligados, ainda, um átomo de hidrogênio e um radical (R)
que representa um radical orgânico, diferente em cada molécula de
aminoácido encontrado na matéria viva.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Ligações Peptídicas

A ligação peptídica ocorre entre o grupo alfa-carboxila de um


aminoácido e o grupo alfa-amino de outro aminoácido.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Classificação dos aminoácidos de acordo com a


essencialidade
Dos 20 tipos diferentes de aminoácidos existentes, alguns precisam e
devem estar presentes na alimentação diária, pois o organismo não
os sintetiza. Esses aminoácidos são chamados de aminoácidos
essenciais. São eles: fenilalanina, isoleucina, leucina, lisina,
metionina, treonina, triptofano e valina.

Aminoácidos não-essenciais são aqueles sintetizados pelo


organismo humano.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Classificação das proteínas de acordo com o valor


biológico
Proteínas Completas ou de Alto Valor Biológico: Contêm todos os
aminoácidos essenciais na quantidade e relação corretas para manter o
equilíbrio nitrogenado e permitir o crescimento e reparo dos tecidos.

Fontes Alimentares de Origem Animal: carnes em geral, ovos (clara),


leite e derivados (queijos, iogurte).

A Albumina é a proteína encontrada na clara do ovo.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Classificação das proteínas de acordo com o valor


biológico

Proteínas Incompletas de Baixo Valor Biológico: Não


contêm um ou mais aminoácidos essenciais.

Fontes Alimentares de Origem Vegetal: cereais (arroz,


trigo, milho, centeio, cevada, aveia): não possuem lisina
(aminoácido limitante); leguminosas (feijão, ervilha, grão
de bico, lentilha, amendoim, soja) não possuem metionina
(aminoácido limitante).

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Classificação das proteínas de acordo com o valor


biológico

Proteínas de Alto Valor Biológico: Contêm todos os


aminoácidos essenciais na quantidade e relação corretas
para manter o equilíbrio nitrogenado e permitir o
crescimento e reparo dos tecidos.

Fontes Alimentares de Origem Animal: carnes em geral,


ovos (clara), leite e derivados (queijos, iogurte).

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Classificação das proteínas de acordo com o valor


biológico

Proteínas de Alto Valor Biológico: Contêm todos os


aminoácidos essenciais na quantidade e relação corretas
para manter o equilíbrio nitrogenado e permitir o
crescimento e reparo dos tecidos.

Fontes Alimentares de Origem Animal: carnes em geral,


ovos (clara), leite e derivados (queijos, iogurte).

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Acertando o alvo: Você saberia destacar os alimentos que são


fontes de carboidratos (CHO)?

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Acertando o alvo: Você saberia destacar os alimentos que são


fontes de proteínas de alto valor biológico?

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Fundamento e aplicações da equação de


Henderson e Hasselbach

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Constante de Equilíbrio para


dissociação de um ácido fraco

 [H+] = concentração do
próton (ácido protonado);
Ácido Protonado: recebeu
 [A-] base conjugada, ou seja, prótons;
Ácido Desprotonado:
ácido fraco desprotonado;
perdeu prótons.
 [HA] ácido fraco associado ao
próton.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Um exemplo de ácido fraco é o ácido acético, CH3COOH, que se ioniza a


acetato e doa (perde) um próton nesse processo.

Ácido Acético
Acetato

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Agora, observe o que eu vou fazer com a fórmula:


Vou tirar logaritmo da base 10 dos dois lados:

log Ka= log [H+] x [A-]/[HA]


Vamos trabalhar essa relação. Vamos separar:
log Ka= log [H+] x log [A-]/[HA]
O que foi usado para fazer essa separação foi o log da multiplicação:
[H+] x [A-]/ [HA]
O log dessa multiplicação vai ser igual à soma dos logaritmos.

log [H+] + log [A-]/[HA]

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Agora, vou aplicar logaritmo negativo, ou seja, vou


multiplicar por -1 toda a equação:
- log Ka= - log [H+] - log [A-]/[HA]
É importante destacar que –log é a definição de p.
Então, vamos substituir –log por p:
pKa= pH+- log [A-]/[HA]

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Agora, ao escrever a reação ao contrário, chegamos, então


à Equação de Henderson e Hasselback!

É a própria definição da constante de equilíbrio. Foi


simplesmente através da utilização da constante de
equilíbrio para dissociação de um ácido fraco, Ka.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

A Equação de Henderson-Hasselbalch é utilizada para se


calcular o pH de uma solução, a partir do pKa (a constante
de dissociação de um ácido) e das concentrações do ácido
protonado e da base conjugada.

pKa= -log Ka (valor constante)

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Um grupamento funcional é considerado ácido quando o


valor de pKa é menor que 7.

Enquanto que um grupamento funcional é considerado


básico quando o valor de pKa é maior que 7.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

O pH, ou seja, o potencial hidrogeniônico de uma solução,


indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade, em uma escala
de 0 até 14. Pois bem, o valor do pH está diretamente
relacionado com a quantidade de íons hidrogênio de uma
solução.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Aplicações na área da saúde

Na farmacologia, através dessa equação, é possível verificar


o grau de ionização de uma substância e determinar seu
movimento entre as membranas celulares. Os principais
compartimentos biológicos possuem pH definido, tais como a
mucosa intestinal (pH~5), o plasma (ph~7,4) e a mucosa
gástrica (ph~1). Assim sendo, é possível melhorar o
comportamento farmacocinético (absorção, distribuição e
excreção).

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Aplicações na área da saúde

Nos pacientes internados a gasometria é um exame


extremamente importante na detecção de distúrbios
metabólicos, respiratórios e até mesmo processos
infecciosos. Consiste na leitura do pH e das pressões
parciais de O2 e CO2 em uma amostra de sangue arterial ou
venoso.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Acertando o alvo! Vamos utilizar a equação de


Henderson e Hasselback!

Qual será o pH de uma solução sendo que no


equilíbrio as concentrações da base conjugada e do
ácido protonado são iguais?

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Vamos usar a fórmula

Se [A-]=[HA], a relação [A-]/[HA], será igual a 1.


Pela regra dos logaritmos:
O log de 1 em qualquer base positiva e diferente de 1 é
zero. Isso ocorre pois qualquer número (diferente de
ZERO) elevado a zero é igual a 1.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

O logaritmo de 1 na base 10 é zero.


log 1=x
1 = 10x
x=0
O valor de x que atende essa igualdade é 0!.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Voltando à fórmula

Sendo o logaritmo de 1 igual a zero:


pH=pKa + log 1
log 1= 0
Então, pH=pKa

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Resumindo:

 Classificação dos carboidratos de acordo com sua estrutura


química;
 Funções dos carboidratos no organismo humano;
 Fontes Alimentares dos carboidratos;
 Estrutura química dos aminoácidos;
 Classificação dos aminoácidos de acordo com sua
essencialidade;
 Fontes Alimentares dos aminoácidos;
 Fundamento e aplicações da equação de Henderson e
Hasselbach.

Aula 1 Biomoléculas: carboidratos e aminoácidos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Conteúdo Programático desta aula

Classificação dos lipídeos,


nucleotídeos e proteínas de
acordo com a estrutura química e
suas funções no organismo
humano.

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Lipídios

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Lipídios ou gorduras
Correspondem a uma classe heterogênea de
compostos orgânicos de origem vegetal ou
animal, que incluem os óleos, as gorduras e
as ceras.
98 a 99% das gorduras ingeridas:
MODELO DE
triglicerídeos; MOLDURA PARA
IMAGEM COM
ORIENTAÇÃO
1 a 2% são fosfolipídeos (lecitina de soja), HORIZONTAL

colesterol e vitaminas lipossolúveis (A, D, E,


K).

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Classificação das Gorduras quanto à estrutura química


Lipídios Simples (gorduras neutras)
• Triglicerídios (TG) ou Triacilgliceróis (TAG): constituem a principal
forma de armazenamento nos adipócitos do tecido adiposo subcutâneo.
Constituídos por 3 moléculas de ácidos graxos e 1 molécula de glicerol -
ésteres de ácidos graxos e glicerol.

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA
Tipos de ácidos graxos
Ácidos graxos Insaturados:
Monoinsaturados: encontrados principalmente no óleo de oliva (azeite) e
de canola, no abacate, em sementes oleaginosas (amêndoas, castanhas,
nozes, avelãs).

Polinsaturados (PUFAs): encontrados principalmente nos óleos vegetais


(soja, girassol, milho, algodão).

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Ácidos Graxos Essenciais

C18:2, n-6 (Ácido Linoléico) e C18:3, n-3 (Ácido α- Linolênico) são


essenciais pois não podem ser sintetizados no organismo humano,
devendo ser obtidos através da dieta.

O Ácido Linoléico é encontrado nos óleos vegetais e o α-Linolênico


está presente em algumas sementes (linhaça e soja) sendo também
encontrado nos peixes de água fria e salgada – salmão, atum, bacalhau,
arenque, sardinha e nos óleos desses peixes.

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Eicosanóides

Os eicosanóides são formados a partir do metabolismo dos ácidos


graxos:
- ácido araquidônico (C20:4, n-6) que é sintetizado no organismo
humano a partir do Ácido Linoléico (C18:2, n-6);
- ácido eicosapentaenóico (EPA) (C20:5, n-3) que é sintetizado no
organismo humano a partir do Ácido alfa-Linolênico (C18:3, n-3);

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Eicosanóides

Os eicosanóides incluem as Prostaglandinas (PG) e Tromboxanos


(TxA) produzidas através das enzimas cicloxigenases e os Leucotrienos
(LT) produzidas pelas lipoxigenases de diferentes séries e funções
dependendo do seu ácido graxo precursor. Modulam as funções
cardiovasculares, pulmonares, imunológicas, inflamatórias e
reprodutivas de muitas células.

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Classificação das Gorduras quanto à estrutura química

Lipídios Complexos (compostos)


Grupo constituído por fosfolipídios, glicolipídios e lipoproteínas.

Esteróis (esteróides)
Grupo constituído por hormônios sexuais, vitamina D, sais biliares e
colesterol.

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Tipos de ácidos graxos


Ácidos graxos saturados (“cheios de hidrogênio”): são aterogênicos.

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Funções dos lipídios


Fornecimento de Energia: 1g - 9Kcal;
Proteção de órgãos vitais;
Isolamento Térmico;
Absorção e Transporte de Vitaminas Lipossolúveis (A, D, E, K).
Fornecimento de saciedade;
Melhora a palatabilidade dos alimentos (realça o sabor dos alimentos).

Porém, CUIDADO! Não exagere!

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Fontes Alimentares dos lipídios


A gordura encontrada nos alimentos de origem animal saturada é a
principal fonte de ácidos graxos saturados na nossa dieta;

Os alimentos de origem vegetal, como, as sementes de oleaginosas e


seus óleos, são as principais fontes de ácidos graxos insaturados na
nossa dieta.

Atenção: O consumo de gordura saturada aumentou muito


coincidindo com o aumento de doenças cardiovasculares.

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Nucleotídios

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Nucleotídios
São as unidades monoméricas dos ácidos nucléicos, constituídos de
uma base nitrogenada, um radical fosfato e uma pentose.

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Ligações entre os nucleotídeos

Ligações fosfodiéster entre a


hidroxila do carbono 3’ da
pentose de um nucleotídeo e o
fosfato do nucleotídeo seguinte
localizado no carbono 5’ da
pentose.
Na figura ao lado as sequências
são representadas na orientação
5’ 3’.

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Uma base purina pareia com uma base pirimidina:


Adenina – Timina (2 pontes de hidrogênio)
Citosina – Guanina (3 pontes de hidrogênio)

* No RNA, a adenina pareia com a uracila.

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Funções dos nucleotídeos


Os nucleotídeos são componentes estruturais do DNA e do RNA,
possuindo, assim, extrema importância na constituição celular. Possuem
função energética através da formação da adenosina trifosfato (ATP)
influenciando em processos metabólicos.

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Proteínas

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Classificação das proteínas


De acordo com suas funções:
- Dinâmicas:
• Transporte (hemoglobina e albumina)
• Defesa (anticorpos)
- Estruturais:
• Sustentação de células e tecidos (colágeno e elastina)
De acordo com sua forma:
Fibrosas: colágeno, queratina e fibrina
Globulares: enzimas e hemoglobina

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Principais funções das proteínas


Função de transporte;
Função enzimática e hormonal;
Função imunológica;
Manutenção do Equilíbrio ácido-básico;
Manutenção da homeostase dos líquidos corporais (pressão oncótica ou
coloidosmótica do plasma: albumina);
Síntese tecidual (Anabolismo);
Coagulação sanguínea;
Contração muscular;
Fornecimento de energia: quando o consumo de carboidratos é
insuficiente Fonte de energia (1g – 4Kcal).
Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Estruturas das proteínas


Estrutura Primária Sequência de aminoácidos e
ligações peptídicas.

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Estrutura Secundária

Arranjo espacial de aminoácidos próximos entre si .

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Estrutura Terciária

Distribuição espacial de mais de uma cadeia polipeptídica.

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Estrutura Quaternária

Arranjo espacial de aminoácidos distantes entre si. Forma


tridimensional.

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Acertando o alvo: Você saberia destacar o alimento fonte do


Ácido α- Linolênico?

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Resumindo

Classificação dos lipídeos, nucleotídeos e proteínas de acordo


com a estrutura química e suas funções no organismo humano.

Aula 2 Biomoléculas: lipídios, nucleotídios e proteínas


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Conteúdo Programático desta aula


-Introdução à Enzimologia:
. Principais funções das enzimas,
Mecanismo de ação e Classificação;
. Cinética enzimática:
Fundamento da Equação de
Leonor Michaelis e Maud Menten;
- Adaptações Metabólicas à
atividade física e aspectos clínicos
enzimológicos.
Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Introdução à Enzimologia

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Funções Enzimáticas

- São catalisadores (aceleradores) das reações químicas que ocorrem no


organismo humano. Devido a essa função as enzimas representam as
unidades fundamentais do metabolismo celular.

- As enzimas são amplamente utilizadas na Indústria Farmacêutica e


Alimentícia.

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Mecanismo de ação das enzimas: modelo Chave-Fechadura


Observe que a enzima possui o sítio específico para a ligação do
Substrato (ex: maltose). No centro ativo (catalítico) há a entrada do
Substrato.

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Classificação das enzimas

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Classificação das enzimas

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Cinética das reações enzimáticas


Um dos objetivos principais: Mediar as velocidades das reações.

O estudo da cinética enzimática é importante por duas razões


principais:
- Explicar como as enzimas trabalham;
- Prever o comportamento das enzimas em organismos vivos.

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Equação de Leonor Michaelis e Maud Menten


Foi proposta em 1913 para mostrar que a transformação de um
Substrato (S) em um Produto (P) necessita da interação Enzima-
Substrato (ES), conhecido como o modelo “chave-fechadura”.
Fundamento da equação
Análise da cinética enzimática.
Etapas da equação
. Primeira etapa: ligação da Enzima (E) com um Substrato (S),
formando o Complexo Enzima-Substrato (ES).
. Segunda etapa: formação de um Produto (P) a partir do Complexo
Enzima-Substrato (ES) com recuperação da forma livre da Enzima (E).

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Essas pesquisadoras propuseram que:


- Quando uma Enzima (E) se combina com um Substrato (S) ocorre a
formação um Complexo Enzima-Substrato (ES), com uma constante de
velocidade k1;
- O Complexo ES pode dissociar-se para E e S, com uma constante de
velocidade k2;
- Ou pode prosseguir formando o Produto (P) e a Enzima livre (E), com
uma constante de velocidade k3;
- A constante de velocidade da etapa de conversão do Produto (P) e da
Enzima livre (E) novamente no Complexo Enzima-Substrato (ES) é
representada por k4.
OBS: k1, k2, k3 e k4 são as constantes de velocidade de cada etapa.
Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Nesse caso, a velocidade da reação (V), ou seja, a velocidade de


formação do Produto (P) será:

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Quando os centros catalíticos estão saturados (“cheios”) com o


Substrato (S), a velocidade da reação é máxima (Vmáx).

Nestas circunstâncias, a concentração do Substrato [S] é muito


maior do que a constante de Michaelis (KM) e [S] /([S] + KM) se
aproxima de 1.

A constante de Michaelis (KM) é definida como:


KM = (k2 + k3)/ k1

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

A equação de Michaelis e Menten descreve como a


velocidade da reação (V) depende da posição do equilíbrio
ligado ao Substrato (S) e da constante de velocidade k2.
Michaelis e Menten mostraram que se k2 for bem menor que
k-1 (chamada a aproximação de equilíbrio), pode se obter a
seguinte equação:

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Alguns tipos de Inibidores Enzimáticos

. Inibidores Competitivos: competem com o substrato pelo


sítio ativo da enzima.
· Inibidores não-competitivos: ligam-se à enzima em um lugar
diferente do sítio ativo do substrato.
· Inibidores mistos: possuem características dos inibidores
citados anteriormente. Podem se ligar a qualquer parte da
enzima.

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Adaptações Metabólicas à
atividade física e aspectos
clínicos enzimológicos

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Certos tipos de enzimas controlam os níveis séricos de


colesterol, triglicerídeos e lipoproteínas.

Os níveis dessas enzimas podem ser alterados por


fármacos, pela composição corporal e pela prática de
exercícios físicos.

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

High Density Lipoprotein (HDL) x Low Density Lipoprotein


(LDL)

Quanto mais elevado for o nível de LDL e menor o nível


de HDL, contribui para o processo de aterosclerose, um
dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de
distúrbios cardiovasculares, como por exemplo Infarto
Agudo do Miocárcio (IAM).

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

A enzima Lipase Lipoproteica (LPL), localizada nas


paredes dos vasos sanguíneos e no coração, nos
adipócitos e nos músculos hidrolisa os triglicerídeos
das lipoproteínas VLDL e LDL e estimula a lipogênese.

A enzima Lipase Hormônio Sensível (LHS) estimula a


lipólise.

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Exercícios Aeróbios e metabolismo lipídico

Aumento nos níveis de HDL;


Diminuição nos níveis de LDL;
Aumento na lipólise;
Diminuição na lipogênese.

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Avaliação de caso clínico:

Um homem de 50 anos de idade foi internado no hospital


sofrendo de fadiga geral, rigidez no ombro e cefaléia. O
paciente media 1,80 m de altura e pesava 84Kg. Sua
pressão arterial (PA) era de 196/98 mmHg (PA ideal
120/80 mmHg). O paciente foi medicado com captopril.
Após 5 dias de tratamento, sua pressão sanguínea
retornou a um nível próximo do normal.

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

.
Comentário: Mecanismo Renina/Angiotensina/Aldosterona: a enzima
renina presente nas células justaglomerulares renais converte
angiotensinogênio em angiotensina I, que é então proteoliticamente
clivada em angiotensina II pela Enzima Convertora da Angitensina
(ECA) a nível pulmonar. A angiotensina II, a nível de córtex supra-
renal, estimula a liberação do hormônio aldosterona que aumenta a
retenção renal de líquidos e de eletrólitos, contribuindo para a
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS).
A inibição da atividade da ECA é um alvo importante para o
tratamento da hipertensão. O fármaco captopril inibe a ECA
competitivamente, normalizando a PA.

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Resumindo

 Introdução à Enzimologia:
 Principais funções das enzimas, Mecanismo de ação e
Classificação;
 Cinética enzimática:
 Fundamento da Equação de Leonor Michaelis e Maud
Menten;
 Adaptações Metabólicas à atividade física e aspectos
clínicos enzimológicos.

Aula 3: Enzimas
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Conteúdo Programático desta aula

• Etapas da respiração celular:


glicólise, ciclo de Krebs,
cadeia respiratória e
fosforilação oxidativa;
• Respiração celular: aeróbia X
anaeróbia (fermentação).

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

RESPIRAÇÃO CELULAR

É o processo de conversão ou “extração” da energia das


ligações químicas das moléculas orgânicas que será utilizada
para todas as formas de trabalho biológico.

A organela responsável por esse mecanismo é a mitocôndria.


Neste processo ocorre a liberação de dióxido de carbono e
energia e o consumo de oxigênio e glicose, ou outra molécula
orgânica.

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

ETAPAS DA RESPIRAÇÃO
CELULAR

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

GLICÓLISE

• É o processo rápido de degradação de uma molécula de


glicose em duas moléculas de ácido pirúvico ou piruvato.

• Ocorre no hialoplasma(citossol) e consiste em 10 reações


enzimáticas.

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

FUNÇÕES DA GLICÓLISE

• Preparar a glicose para ser degradada em CO2 e H2O;


• Sintetizar ATP com ou sem oxigênio;
• Utilização de intermediários em processos biossintéticos.

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

FÓRMULA DA GLICÓLISE

Glicose + 2 ADP + 2 Pi + 2 NAD+ ---> 2 moléculas de ácido


pirúvico + 2 ATP + 2 NADH + 2 H+ + 2 H2O

Observar:
- a fosforilação de 2 moléculas de ADP;
- A redução de 2 moléculas de NAD+.

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

CICLO DE KREBS
Também chamado de ciclo do ácido cítrico, é um conjunto de
oito reações que ocorrem na matriz mitocondrial.

O ácido pirúvico, formado no hialoplasma, penetra na


mitocôndria, perde CO2 e sob a ação das descarboxilases
(enzimas), converte-se em Acetil CoA, que combina-se com
o ácido oxalacético (oxaloacetato), formando ácido cítrico e
iniciando o ciclo.

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA
Este processo visa a produção de substratos que serão desidrogenados e
descarboxilados, através da degradação de grupos acetil.

CO2 PRINCIPAL
METABÓLITO DO
DESCARBOXILAÇÃO CICLO DE KREBS

SUBSTRATOS

DESIDROGENAÇÃO ATIVAÇÃO DA
CADEIA
RESPIRATÓRIA

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

CADEIA RESPIRATÓRIA OU CADEIA DE


TRANSPORTE DE ELÉTRONS
• É o conjunto de substâncias presentes nas cristas da
membrana interna da mitocôndria, onde ocorrem
reações de óxido redução, fornecendo a energia
necessária para a ressíntese do ATP, ocorrendo também a
formação de H2O.
• Composta por:
- Quatro complexos proteicos I a IV;
- duas moléculas conectoras móveis: coenzima Q
(ubiquinona) e o Citocromo C (Cyt c).
AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Os átomos de hidrogênio retirados pelo NAD dos esqueletos de


carbono durante a GLICÓLISE e o ciclo de KREBS são
transportados por várias moléculas até o oxigênio, formando
H2O e ATP.

Transporta elétrons desde o NADH e o FADH2 até o O2 e


simultaneamente bombeia prótons H+ (nos complexos
protéicos I, III e IV) da matriz mitocondrial (lado negativo, N)
para o espaço intermembrana (lado positivo, P).

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA
É o processo metabólico de síntese de ATP a partir da energia
liberada pelo transporte de elétrons na cadeia respiratória.

Este processo depende de dois fatores:


• da energia livre obtida do transporte de elétrons;
• de uma enzima transportadora denominada ATPsintase ou
ATPase.

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

A enzima ATP sintase ou ATPase está distribuída em duas


frações funcionais:

Atua como um canal de prótons


FRAÇÃO FO
através da membrana mitocondrial
interna.

Ligada à membrana mitocondrial


interna pela Fração FO, possui
FRAÇÃO F1
atividade de síntese de ATP. Quando
dissociada da fração FO, possui apenas
capacidade de hidrolisar ATP.

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

METABOLISMO INTERMEDIÁRIO
Após a ingestão dos alimentos, em um período posterior, (estado
alimentado), devido ao afluxo abundante de nutrientes, há o
predomínio dos processos anabólicos sobre os catabólicos.
No organismo, havendo um ambiente hormonal em que há
predomínio das ações da insulina sobre as do glucagon, o afluxo de
glicose determina a captação de glicose e sua fosforilação. A glicose-
6-fosfato serve como substrato para a síntese de glicogênio ou sofre
glicólise, cujo produto final, o piruvato, dá origem ao acetil-CoA, que
entra no ciclo de Krebs para a produção de ATP. Em condições de
anaerobiose, o piruvato produz lactato.

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

INSULINA PROMOÇÃO DO ANABOLISMO


• Glicogênese Muscular e Hepática;
• Diminuição da glicogenólise;
• Síntese de ácidos graxos e Lipogênese;
• Diminuição da cetogênese e da lipólise;
• captação muscular de aminoácidos e síntese proteica;
• Diminuição do catabolismo protéico;
• Diminuição gliconeogênese.

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

FERMENTAÇÃO OU RESPIRAÇÃO ANAERÓBIA

A fermentação ou respiração anaeróbia e a respiração


aeróbia são duas vias possíveis de degradação dos compostos
orgânicos – vias catabólicas – que permitem às células retirar
energia química desses compostos.

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

MICRORGANISMOS ANAERÓBIOS OBRIGATÓRIOS


X
ANAERÓBIOS FACULTATIVOS
X
AERÓBICOS (ESTRITOS OU OBRIGATÓRIOS)

Vários microrganismos, que vivem em meios onde o oxigênio está quase


ou completamente ausente, obtêm energia por processos anaeróbios,
sendo a fermentação uma via catabólica que ocorre nestas condições.

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

A fermentação ocorre no hialoplasma das células e


compreende duas etapas:

GLICÓLISE= conjunto de reações que degradam uma


molécula de glicose em duas moléculas de ácido pirúvico ou
piruvato.

REDUÇÃO DO ÁCIDO PIRÚVICO OU PIRUVATO= ganho de


elétrons dos átomos de hidrogênio formando o ácido láctico
ou lactato.
AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

GLICÓLISE: ETAPA COMUM À FERMENTAÇÃO E À


RESPIRAÇÃO AERÓBIA

A molécula de glicose é quimicamente inerte. Assim, para que a


sua degradação se inicie, é necessário que esta seja ativada
através da energia fornecida pelo ATP.

Segue-se um conjunto de 10 reações enzimáticas que levam à


degradação da glicose até ácido pirúvico, com formação de ATP e
NADH.

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

FASE DE ATIVAÇÃO DA GLICOSE

• A glicose é fosforilada por 2 ATP, formando-se


frutose-difosfato;

• A frutose-difosfato se desdobra em duas moléculas


de aldeído fosfoglicérico (PGAL) ou gliceroaldeído.

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

FASE DE RENDIMENTO

• O PGAL é oxidado, perdendo 2 hidrogênios (2e- + 2H+), os


quais são utilizados para reduzir a molécula de NAD+,
formando-se NADH + H+;
• Formam-se 4 moléculas de ATP;
• Após estas reações, forma-se ácido pirúvico (ou piruvato).

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

No final da glicólise, restam:

• 2 moléculas de NADH;
• 2 moléculas de ácido pirúvico;
• 2 moléculas de ATP (formam-se 4,
mas 2 são gastas na ativação da
glicose).

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

A redução do ácido pirúvico (piruvato), em condições de


anaerobiose, faz-se pela ação do NADH, formado durante a
glicólise, e pode conduzir à formação de diferentes
produtos. Assim, existem vários tipos de fermentação, cujas
designações indicam o produto final: fermentação alcoólica
(álcool etílico), fermentação láctica (ácido láctico),
fermentação acética (ácido acético) e fermentação butírica
(ácido butírico).

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA x FERMENTAÇÃO LÁCTICA

Produtos finais: diferem em função das reações que ocorrem


a partir do ácido pirúvico.

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA

DESCARBOXILAÇÃO OXIDATIVA DO ÁCIDO PIRÚVICO

CO2

ALDEÍDO ACÉTICO OU ACETOALDEÍDO


REDUÇÃO

ETANOL (ÁLCOOL ETÍLICO)

Redução: ganho de átomos de hidrogênios que foram transferidos do


NADH, formado durante a glicólise, o qual fica então na sua forma
oxidada, o NAD+, podendo ser de novo reduzido.
AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

• O rendimento energético da fermentação alcoólica é de 2


ATP formados durante a glicólise.
• Grande parte da energia da glicose permanece no etanol,
um composto orgânico altamente energético (1g fornece
em torno de 7 Kcal).

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

CONTRIBUIÇÃO NA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA

A levedura da espécie Saccharomyces cerevisiae é utilizada na


produção de vinho, de cerveja e de pão. Esta levedura fermenta o
carboidrato da massa produzindo gás carbônico (CO2) e etanol (álcool).

• Fabricação do vinho e da cerveja: o álcool resultante da


fermentação.
• Fabricação do pão: dióxido de carbono. As bolhas deste gás
contribuem para o crescimento da massa, tornando o pão leve e
macio.

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

FERMENTAÇÃO LÁCTICA

REDUÇÃO DO ÁCIDO PIRÚVICO

ÁCIDO LÁCTICO

O rendimento energético na fermentação láctica é de 2 ATP


sintetizados durante a glicólise.

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

CONTRIBUIÇÃO NA INDÚSTRIA ALIMENTÍCIA


Fabricação de iogurte: produto obtido pela fermentação láctica através
da ação das bactérias do gênero Lactobacillus e da espécie
Streptococcus thermophilus sobre a lactose do leite integral ou
desnatado.

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

EXERCÍCIO FÍSICO DE ALTA INTENSIDADE E CURTA DURAÇÃO


As células musculares humanas, por não receberem oxigênio em
quantidade suficiente, podem realizar a fermentação láctica, além da
respiração aeróbia. Desta forma, conseguem sintetizar uma quantidade
suplementar de moléculas de ATP.
Acúmulo de ácido láctico nos músculos dores musculares,
cãibras, fadiga muscular!
Perigo: toxicidade!
IMPORTÂNCIA DO CICLO DE CORI (GLICONEOGÊNESE HEPÁTICA)

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

RENDIMENTO ENERGÉTICO DA FERMENTAÇÃO E DA


RESPIRAÇÃO
•O ATP é produzido no hialoplasma de todas as células durante o processo
glicolítico, comum à fermentação e à respiração aeróbia.

•É também produzido ao nível mitocondrial, via aeróbia, em reações do


ciclo de Krebs, na matriz, e ainda devido ao transporte de elétrons ao nível
das cadeias respiratórias, situadas na membrana interna.

•Os produtos finais da respiração, CO2 e H2O, são moléculas simples com
pouca energia potencial, ao contrário do etanol, produto final da
fermentação alcoólica, que é um composto de elevada energia.

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Durante a fermentação sintetizam-se quatro moléculas de ATP


na fase glicolítica, mas, como são utilizadas duas moléculas de
ATP na ativação da glicose, o rendimento é de duas moléculas
de ATP.

Na respiração aeróbia, para além das duas moléculas de ATP,


como rendimento da glicólise, sintetizam-se mais 34 ou 36
moléculas, devido aos processos que ocorrem após a formação
do ácido pirúvico. Saldo Total: 36 ou 38 ATP

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

NADH FORMADO NA GLICÓLISE

O NADH, originado fora da mitocôndria, é incapaz de


atravessar a membrana mitocondrial, transferindo os seus
elétrons através da membrana. O processo de
transferência dos elétrons pode variar, o que vai afetar a
quantidade de moléculas de ATP que se formam na cadeia
transportadora.

Se formarem apenas dois ATP, o saldo final, visto que são


duas moléculas de NADH, será de 36 ATP.
AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Resumindo

• Etapas da respiração celular: glicólise,


ciclo de krebs, cadeia respiratória e
fosforilação oxidativa;
• Respiração celular: aeróbia x
anaeróbia (fermentação);
• Fermentação alcóolica;
• Fermentação láctica.

AULA 4: RESPIRAÇÃO CELULAR


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Conteúdo Programático desta aula

-Nutrientes energéticos:
carboidratos e lipídios;
-Fontes de energia das células;
-Via das pentoses;
-Metabolismo das lipoproteínas.

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

CARBOIDRATOS (CHO)

Representam a maior fonte de energia na nossa dieta,


fornecendo o maior aporte calórico total. Estão
disponíveis em abundância nos alimentos de origem
vegetal.
1g fornece aproximadamente 4 Kcal

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Carboidratos Simples - Monossacarídios

As hexoses (6 átomos de carbono) glicose, frutose e


galactose – C 6H 12O 6) representam os monossacarídeos
nutricionalmente mais importantes.

Os monossacarídios não são hidrolisados a formas mais


simples e representam a unidade básica fundamental dos
CHO.

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

ESTRUTURA MOLECULAR DA HEXOSE GLICOSE

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

ESTRUTURA MOLECULAR DAS HEXOSES


GLICOSE FRUTOSE

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

LIPÍDIOS OU GORDURAS

Correspondem a uma classe heterogênea de compostos


orgânicos de origem vegetal ou animal, que incluem os
óleos, as gorduras e as ceras.
98 a 99% das gorduras ingeridas: triglicerídeos;
1 a 2% são fosfolipídeos (lecitina de soja), colesterol e
vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K).
1g fornece aproximadamente 9 Kcal

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

FONTES ALIMENTARES SAUDÁVEIS DOS


CARBOIDRATOS E LIPÍDIOS

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

CUIDADO COM AS “CALORIAS VAZIAS”!!!

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

VIA DAS PENTOSES

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

PENTOSES: DESOXIRRIBOSE E RIBOSE

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

A GLICOSE 6-FOSFATO É UM IMPORTANTE INTERMEDIÁRIO


METABÓLICO

GLICOSE 6-FOSFATO

GLICÓLISE OU VIA
GLICONEOGÊNESE
GLICOLÍTICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

GLICÓLISE OU VIA GLICOLÍTICA


• Primeira reação:
ação da enzima HEXOQUINASE

GLICOSE

GLICOSE 6-FOSFATO

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

GLICONEOGÊNESE
ação da enzima glicose 6-fosfatase

GLICOSE 6-FOSFATO

GLICOSE

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

A GLICOSE 6-FOSFATO PODE TER OUTRO DESTINO

OXIDAÇÃO DA GLICOSE PELA VIA DAS PENTOSES

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

IMPORTÂNCIA DA VIA DAS PENTOSES

•A via das pentoses fosfato é uma via multifuncional.


•As pentoses são utilizadas tanto por células em divisão acelerada (medula
óssea, mucosa intestinal e do tecido epitelial) para a síntese de RNA,
DNA,ATP, NADH, FADH2 e coenzima A, como em outros tecidos, como no
fígado, glândula mamária e córtex adrenal, onde ocorre principalmente a
síntese de ácidos graxos a partir da Acetil CoA.
•A biossíntese de ácidos graxos requer poder redutor na forma de NADPH .
Em tecidos menos ativos na produção de ácidos graxos, como os músculos
por exemplo, a via das pentoses está quase ausente.

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

IMPORTÂNCIA DA VIA DAS PENTOSES

•O NADPH proveniente da via das pentoses é muito utilizado defesa contra


as espécies reativas de oxigênio e pelos tecidos nos quais ocorre a síntese
intensa de ácidos graxos, colesterol e de hormônios esteróides.

•As células que estão sempre em contato com o oxigênio como as da córnea
e do cristalino e nos eritrócitos devem manter um ambiente redutor para
que assim possa prevenir ou recuperar o dano oxidativo.

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

IMPORTÂNCIA DA VIA DAS PENTOSES

•Permite a combustão total da glicose em uma série


de reações independentes do ciclo de Krebs;
•Converte hexoses em pentoses;
•Degradação oxidativa de pentoses pela conversão a
hexoses, que podem entrar para a via glicolítica.

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

GLICOSE 6-FOSFATO: QUAL CAMINHO A SEGUIR?


GLICÓLISE OU VIA DAS PENTOSES FOSFATO ?

A entrada da glicose 6-fosfato na via da glicólise ou na


via das pentoses fosfato depende das necessidades
momentâneas da célula e das concentração de o NADP+
no citosol.

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

A VELOCIDADE DA VIA DAS PENTOSES FOSFATO É


CONTROLADA PELO NÍVEL DE NADP+

• Quando o nível de NADP+ está alto a via das pentoses


fosfato é favorecida.

• Quando o nível de NADP+ cai, a glicose 6-fosfato é


deslocada para a glicólise.

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Baixos níveis de NADP+ inibem a desidrogenação da glicose


6-fosfato, pois esta é necessária como um aceptor de
elétrons. Este efeito é grande uma vez que o NADPH
compete com o NADP+ pela ligação à enzima.

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

GLICOSE 6-FOSFATO: QUAL CAMINHO A SEGUIR?

GLICÓLISE OU VIA DAS PENTOSES FOSFATO ?

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

1- Necessidades equilibradas de NADPH e ribose 5-


fosfato. Nessas condições a reação que predomina é a
formação de duas moléculas de NADPH e uma de ribose
5-fosfato a partir de uma molécula de glicose 6-fosfato
pela fase oxidativa da via pentose fosfato.

Glicose 6-Fosfato + 2 NADP++ H2O → Ribose 5-Fosfato + 2


NADPH + 2H++ CO2

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

2- Necessidades aumentadas de ribose 5-fosfato em relação


a NADPH. Como exemplo deste modo, temos as células em
processo de divisão, que necessitam rapidamente de ribose
5-fosfato para a síntese de nucleotídeos precursores de
DNA. A maior parte da glicose 6-fosfato é transformada em
frutose 6-fosfato e gliceraldeído 3-fosfato pela via
glicolítica. Após a transaldolase e a transcetolase
transformam duas moléculas de frutose 6-fosfato e uma de
gliceraldeído 3-fosfato em três moléculas de ribose 5-
fosfato.
AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

3- Necessidades aumentadas de NADPH e ATP em


comparação com a ribose-5-fosfato. Nesse caso, a glicose-
6-fosfato é completamente oxidada a CO2, ou convertida a
piruvato.

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

. Como alternativa, a ribose 5-fosfato formada pela fase


oxidativa da Via das Pentoses Fosfato pode ser convertida a
piruvato. A frutose 6-fosfato e o gliceraldeído 3-fosfato
derivados da ribose 5-fosfato entram na via glicolítica em
vez de reverterem à glicose 6-fosfato. Nestas condições
geram-se concomitantemente ATP e NADPH

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Resumindo:

-Nutrientes energéticos: carboidratos e


lipídios;
-Fontes de energia das células;
-Via das pentoses;
-Metabolismo das lipoproteínas.

AULA 5: METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA
AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS
(PARTE II)
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Conteúdo Programático desta aula

• Síntese de moléculas orgânicas;


• Síntese de lipídios (lipogênese);
• Síntese de glicose através da
gliconeogênese;
• Síntese de Corpos Cetônicos
(Cetogênese)..

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

SÍNTESE DE MOLÉCULAS
ORGÂNICAS

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

INSULINA X GLUCAGON
Algumas moléculas orgânicas de grande poder energético
podem ser sintetizadas a partir do momento metabólico do
indivíduo.
• Lipídios após a alimentação, com a liberação do hormônio
insulina;
• Glicose durante o jejum, com a liberação do hormônio
glucagon.

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

INSULINA X GLUCAGON
• O pâncreas é responsável pela secreção de ambos hormônios
através de sua porção endócrina formada por um conjunto de
células especializadas (ilhotas de Langerhans);
• As células beta-pancreáticas são responsáveis pela secreção
de insulina;
• As células alfa-pancreáticas são responsáveis pela secreção
de glucagon;
• Estes hormônios possuem funções antagônicas.

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA Hiperglicemia

Promove a liberação da
insulina

Glucagon estimula a
glicogenólise hepática
e formação da glicose!

Promove a
Insulina estimula a liberação do
absorção da glicose glucagon!
pelas células!

Hipoglicemia
AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

SÍNTESE DE LIPÍDIOS
(LIPOGÊNESE)

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Os Lipídios são sintetizados a partir de vias endergônicas e redutoras,


ou seja, que consomem ATP e utilizam NADPH como agente redutor,
podendo ser classificados quanto à presença de ácido graxo em sua
estrutura.

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

ÁCIDOS GRAXOS

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Alguns lipídios que possuem ácidos graxos são:

• Acilgliceróis (glicerídeos): 1 a 3 moléculas de ácido graxo


esterificado + glicerol (formando mono, di ou tri-acil-
gliceróis - mono, di ou triglicerídeos);
• Fosfolipídios: ácido graxo + fosfato;
• Esfingolipídios: ácido graxo + esfingosina;
• Glicolipídios: ácido graxo + glicerol + açúcar.

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

DESTINOS DOS ÁCIDOS GRAXOS SINTETIZADOS PELO


ORGANISMO HUMANO
• Uma parte dos ácidos graxos presentes no sangue é
empregada na produção de energia;
• Outra parte é captada pelo fígado para síntese de
triacilglicerol que é estocado no tecido adiposo;
• Além disso, também ocorre a formação de fosfolipídios de
membrana.

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

O Glicerol 3-Fosfato é formado a partir do glicerol pela ação da


glicerol cinase, no fígado e nos rins.

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

SÍNTESE DE TRIACILGLICEROL

O hormônio insulina estimula a conversão em gordura dos


carboidratos e das proteínas da alimentação.

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

SÍNTESE DE GLICOSE ATRAVÉS


DA GLICONEOGÊNESE

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

GLICONEOGÊNESE
• É o processo bioquímico caracterizado pela produção de
glicose a partir de compostos não glicídicos.
• No organismo humano ocorre principalmente no fígado e
em menor proporção nos rins (especificamente no córtex
renal), e os principais precursores são:
• Piruvato;
• Lactato;
• Glicerol;
• Aminoácidos Glicogênicos.
AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

GLICONEOGÊNESE

Opções metabólicas:
CICLO DE CORI
CICLO DA ALANINA-GLICOSE

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

CICLO DE CORI

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

CICLO DE CORI

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

CICLO ALANINA-GLICOSE

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

RELAÇÃO ENTRE A LIPÓLISE E A GLICONEOGÊNESE

A produção de glicose ocorre em situação de jejum prolongado,


onde há a liberação do hormônio Glucagon, que atua na quebra de
moléculas de triacilgliceróis localizadas nos adipócitos para sua
liberação na corrente sanguínea liberando o glicerol que é um
substrato gliconeogênico.

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

SÍNTESE DE CORPOS CETÔNICOS


(CETOGÊNESE)

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Cetogênese é a produção de corpos cetônicos em resposta


a níveis elevados de ácidos graxos no fígado.

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

FUNÇÕES
• Importantes fontes de energia para tecidos periféricos;
• São solúveis em solução aquosa (não precisam de transportadores no
sangue);
• Em jejum muito prolongado 75% das necessidades energéticas do
cérebro são atendidas pelo acetoacetato;
• A acetona não é utilizada pelo corpo como um combustível, ela é
volátil e pode ser eliminada pela respiração (hálito cetônico).

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

PERIGO!
FORMAÇÃO EXCESSIVA DE CORPOS CETÔNICOS CETOACIDOSE
METABÓLICA

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Resumindo

• Síntese de moléculas orgânicas;


• Síntese de lipídios (lipogênese);
• Síntese de glicose através da gliconeogênese;
• Síntese de Corpos Cetônicos (Cetogênese)..

AULA 6 METABOLISMO ENERGÉTICO DE BIOMOLÉCULAS (PARTE II)


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Conteúdo Programático desta aula

• Especificidades do Ciclo da
Uréia;
• Relação entre a Gota (artrite
microscristalina) e o
metabolismo das purinas.

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

• Alguns constituintes celulares não podem ser absorvidos pelo


organismo, devendo ser transformados em outras moléculas.
• Os compostos orgânicos, como as proteínas, dão origem a
compostos nitrogenados não proteicos são um exemplo e
devem ser excretados do organismo humano:
- Amônia e uréia geradas a partir do catabolismo (degradação)
dos aminoácidos;
- Ácido úrico produto da degradação das purinas (adenina e
guanina).

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

FORMAS DE EXCREÇÃO DO NITROGÊNIO

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

CICLO DA URÉIA OU
UROGÊNESE

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

A amônia em sua forma ionizada ou íon amônio (NH4+) é uma


molécula orgânica formada por um átomo de nitrogênio ligado a
quatro átomos de hidrogênio.

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

A amônia é transformada em uréia através da urogênese


ou ciclo da uréia.

As reações da urogênese ocorrem nas mitocôndrias e no


citosol dos hepatócitos.

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

METABOLISMO HEPÁTICO DOS AMINOÁCIDOS


ETAPAS PARA ELIMINAÇÃO DA AMÔNIA DO ORGANISMO
HUMANO

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

PRIMEIRA ETAPA: REAÇÕES DE TRANSAMINAÇÃO E


DESAMINAÇÃO OXIDATIVA
• O grupo amino da maioria dos aminoácidos é transferido
através de uma reação catalisada por aminotransferases;
• A desaminação do glutamato (perda do radical amino) é
catalisada pela enzima Glutamato Desidrogenase liberando
seu grupo amino como NH3(amônia), que se converte em
NH4+(íon amônio) em pH fisiológico.

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

TRANSFERÊNCIA DO GRUPO AMINO


(TRANSAMINAÇÃO)

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AMINOTRANSFERASE OU TRANSAMINASE

• As reações de transaminação, ou seja, de


transferência do radical amino de um aminoácido para
um ceto-ácido, são catalizadas por enzimas
(aminotransferases ou transaminases);
• Todas as transaminases necessitam o piridoxal-fosfato
(PLP) como co-fator.

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

PIRIDOXAL-FOSFATO (PLP)

• Derivado da Vitamina B6
ou piridoxina funciona
como carreador
intermediário dos grupos
amino.

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

• As aminotransferases diferem quanto à especificidade


por seus substratos:
Transaminação do alfa-cetoglutarato (alfa-cetoácido)

Glutamato
• Transaminação do oxaloacetato (alfa-cetoácido)

Aspartato
• As aminotransferases do músculo transaminam o
piruvato produzindo alanina (ciclo alanina-glicose)
AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA Aminoácidos
sofrem
Desaminação

AMINOTRANSFERASES
transferem o radical
amino

GLUTAMATO ASPARTATO
DESIDROGENASE AMINOTRANSFERASE

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

INDICADORES BIOQUÍMICOS DE FUNÇÃO HEPÁTICA

• Alanina aminotransferase (ALT) ou Aminotransferase


glutâmico pirúvica (TGP): mais específica para a
investigação/diagnóstico de lesões hepáticas.
• Aspartato aminotransferase (AST) ou aminotransferase
glutâmico-oxalacética (TGO): pode ser encontrada em
tecidos extra-hepáticos, como no músculo cardíaco, sendo
importante para a investigação/diagnóstico de lesões
cardíacas.

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

TRANSPORTE DA AMÔNIA PARA O FÍGADO


Devido à sua toxicidade, toda amônia produzida em tecidos
extra-hepáticos é incorporada em compostos não tóxicos
que atravessam a membrana plasmática dos hepatócitos
com facilidade, como nos aminoácidos:
• Glutamina: maioria dos tecidos extra-hepáticos
• Alanina: músculo

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

TRANSPORTE DE NH4+ ATRAVÉS DA GLUTAMINA A PARTIR


DE TECIDOS EXTRA-HEPÁTICOS
• Glutamina sintetase catalisa a incorporação de NH4+ em
glutamina (tecidos extra-hepáticos)

Glutamina
sintetase

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

TRANSPORTE DE NH4+ ATRAVÉS DA GLUTAMINA A PARTIR


DE TECIDOS EXTRA-HEPÁTICOS
Glutamina libera NH4+ no fígado e no rim pela ação da
glutaminase

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

TRANSPORTE DE NH4+ ATRAVÉS DA ALANINA


CICLO ALANINA-GLICOSE

–Alanina transporta NH4+ do


músculo esquelético até o
fígado;
–Piruvato é convertido em
glicose no fígado e este retorna
ao músculo.

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

ELIMINAÇÃO DE NH4+ NO FÍGADO

• A produção de uréia ocorre no FÍGADO


(Ciclo da Uréia).

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

• São utilizados dois grupos amino derivados da amônia e


do aspartato;
• As etapas de produção de carbamoil-fosfato e de
citrulina ocorrem na matriz mitocondrial dos
hepatócitos;
• A citrulina é transportada para o citosol onde ocorre o
resto do ciclo.

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

EXCREÇÃO DA URÉIA NA URINA (URÉIA URINÁRIA)

• A uréia produzida no
fígado é lançada na
corrente sanguínea,
filtrada nos glomérulos
renais e é excretada na
urina.

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

HIPERAZOTEMIA
• É o aumento na concentração de uréia, creatinina
e ácido úrico.
• A dosagem da concentração sanguínea de uréia é
um marcador bioquímico sensível a alterações
primárias das condições renais.

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

VALORES DE REFERÊNCIA OU NORMAIS PARA A


CONCENTRAÇÃO SANGUÍNEA DE URÉIA ATRAVÉS DO
MÉTODO CINÉTICO
• Crianças: 11 a 38 mg/dl
• Adultos até 60 anos: 13 a 43 mg/dl
• Adultos acima de 60 anos: 17 a 49 mg/dl

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

ALGUMAS SITUAÇÕES CLÍNICAS RELACIONADAS À


HIPERAZOTEMIA
• Insuficiência renal aguda ou crônica;
• Choque;
• Desidratação acentuada;
• Catabolismo proteico-muscular aumentado;
• Complicação metabólica da Terapia Nutricional Enteral.

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Para refletir:
Por que a uréia é o principal composto orgânico nitrogenado
excretado do organismo humano, se nosso organismo produz
inicialmente amônia em maior concentração, através do
catabolismo dos aminoácidos?

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

No catabolismo dos aminoácidos ocorre uma grande produção


de amônia, porém este composto é muito tóxico para o
organismo, necessitando de muita água para sua eliminação.
Assim, as moléculas de amônia produzidas participam do
Ciclo da Uréia ou urogênese junto com o aspartato para gerar
a uréia, composto nitrogenado menos tóxico ao organismo e
que necessitada de pequena quantidade de água para ser
eliminado, devido à sua boa solubilidade.

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

RELAÇÃO ENTRE A GOTA E O


METABOLISMO DAS PURINAS

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

DEFINIÇÃO
• Também chamada de artrite microcristalina ou artrite
gotosa.
• Doença reumatológica (inflamatória crônica)
relacionada a um distúrbio no metabolismo das purinas
(nucleoproteínas) levando ao aumento nos níveis de
ácido úrico no sangue (hiperuricemia).

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

CONCENTRAÇÃO NORMAL DE ÁCIDO ÚRICO NO SANGUE


Valores de referência pelo Método Enzimático
Colorimétrico:

• Homens: 3,5 a 7,2 mg/dL


• Mulheres: 2,6 a 6,0 mg/dL
• Crianças: 2,0 a 5,0 mg/dL

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

• A gota é caracterizada por uma reação


inflamatória nas articulações
decorrente de lesão celular pela
deposição de cristais de monourato de
sódio nas articulações, principalmente
metatarsofalangeanas, formados pela
precipitação de ácido úrico no líquido
sinovial.
• A formação destes cristais ocorre devido
ao aumento na produção de ácido úrico
pela degradação das purinas.

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

MANIFESTAÇOES CLÍNICAS
• Ocorre depois dos 35 anos (principalmente em homens
com histórico familiar e hábitos alimentares
inadequados);
• Ataque súbito (dor aguda na região dorsal do pé)
relacionado a ingestão de proteínas e bebidas alcóolicas;
dieta hipoglicídica (cetose) e jejum;
• A obesidade e a litíase renal são comumente associadas.

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

DEFEITOS BIOQUÍMICOS RELACIONADOS À HIPERURICEMIA

• Síndrome de Lesch-Nyhan: desordem hereditária rara


resultante da deficiência da enzima hipoxantina-guanina fosfo-
ribosil transferase (HGPRT), que participa do metabolismo das
purinas.
• Deficiência da enzima glicose-6-fosfatase: causa um estímulo
da via das pentoses-fosfato, aumentando a síntese de ribose 5-
fosfato e, consequentemente, de 5-fosforibosil 1-pirofosfato
(PRPP), resultando na hiperprodução de purinas e a um
aumento na concentração sérica de ácido úrico.
AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS
• Dieta pobre em purinas;

• Evitar a ingestão de bebidas alcóolicas;


• Evitar a ingestão de bebidas ricas em cafeína;
• Evitar o excesso de gorduras;
• Aumentar a ingestão hídrica.

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Resumindo

• Especificidades do Ciclo da Uréia;


• Relação entre a Gota (artrite microscristalina) e o
metabolismo das purinas.

AULA 7 METABOLISMO DE CONSTITUINTES CELULARES


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Conteúdo Programático desta aula

 Definições: Alimentos,
Nutrientes, Alimentação e
Nutrição;
 Metabolismo e Necessidades
Energéticas Diárias;
 Composição Corporal e
Bioempedância.

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Definições
Alimentos e Nutrientes
Alimento é toda substância
comestível de origem animal ou
vegetal, na consistência sólida,
pastosa ou líquida ou sob qualquer MODELO DE MOLDURA PARA
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO
outra forma adequada, que após HORIZONTAL

sofrer todas as transformações


necessárias ao seu aproveitamento
preenche as etapas relacionadas à
Nutrição.

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Alimentos

Os alimentos despertam uma


“atração” para o seu consumo por
várias razões como:
Aparência – forma, cor e textura
MODELO DE MOLDURA PARA
Flavor – aroma e sabor IMAGEM COM ORIENTAÇÃO
HORIZONTAL

A alimentação é um processo
voluntário e consciente!

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Alimentos

Os alimentos, fontes dos


nutrientes necessários ao
organismo humano para satisfazer
MODELO DE MOLDURA PARA
suas necessidades de trabalho IMAGEM COM ORIENTAÇÃO
HORIZONTAL
biológico, são encontrados sob a
forma chamada in natura ou
processados.

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Nutrientes

MODELO DE MOLDURA PARA


São compostos químicos presentes nos IMAGEM COM ORIENTAÇÃO
VERTICAL
alimentos que exercem inúmeras funções
como a síntese tecidual, fornecimento de
energia e manutenção da homeostase
corporal.

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

NUTRIÇÃO
• É a base para a manutenção
MODELO DE MOLDURA PARA
da saúde, necessidade IMAGEM COM ORIENTAÇÃO
VERTICAL
primordial do organismo
humano.

• É a ciência que estuda os


alimentos e o metabolismo
dos nutrientes no organismo
humano.
AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

METABOLISMO

• Conjunto de reações químicas (anabólicas ou


endergônicas e catabólicas ou exergônicas) que
ocorrem no organismo humano para satisfazer as
necessidades energéticas.

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

NECESSIDADES ENERGÉTICAS DIÁRIAS


• Protídios 12 a 15 % do Valor
Energético (calórico) Total (VET); MODELO DE MOLDURA PARA
IMAGEM COM ORIENTAÇÃO
• Lípidios 30 a 35 % do Valor VERTICAL

Energético (calórico) Total (VET);


• Glícidios 50 a 55 % do Valor
Energético (calórico) Total (VET).
• VALOR FISIOLÓGICO DO NUTRIENTE
(FATOR DE ATWATER):
• 1g CHO 4 Kcal
• 1 g Gordura 9 Kcal
• 1 g PTN 4 Kcal
AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

ESTADO NUTRICIONAL

É o estado de equilíbrio/desequilíbrio, no organismo


humano, decorrente da relação entre ingestão e
necessidade de nutrientes.

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL

É uma avaliação feita ao indivíduo/paciente para verificar se


a necessidade fisiológica por nutrientes está sendo
alcançada.

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

COMPOSIÇÃO CORPORAL

• O corpo é composto por massa livre


de gordura (magra), massa gorda e
água. A soma destes
compartimentos é o total do peso
corporal ou massa corporal total.
• A massa livre de gordura inclui
músculos, ossos, água;
• Mas, tanto o tecido adiposo como o
magro contém água.

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

A ÁGUA NO ORGANISMO HUMANO

A água é fonte da vida!


Entretanto a ingestão hídrica
nem sempre supre a necessidade
hídrica. O mecanismo da sede
não é um bom recurso para
controlar a ingestão hídrica.

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Compartimentos Hídricos

Líquido intracelular água dentro da célula;


Líquido extracelular líquido fora da célula - saliva, lágrima,
fluidos secretados pelas glândulas e intestinos, fluidos
excretados pela pele e rins. 19% Líquido intersticial + 4%
Plasma sanguíneo.

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL


ANTROPOMETRIA
• Massa Corporal Total (MCT) ou Peso
• Estatura
• IMC (índice de massa corporal)

DEVE-SE CORRELACIONAR
COM % GORDURA CORPÓREA.

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Espessura das dobras (pregas) cutâneas - % gordura corpórea


(mede a gordura subcutânea)
Adipômetro
Prega Cutânea Tricipital

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Prega Cutânea Subescapular Prega Cutânea Suprailíaca

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

BIOEMPEDÂNCIA (BIORRESISTÊNCIA)

• É a capacidade do organismo humano em conferir


resistência à passagem de uma corrente elétrica.
• O tecido adiposo, tecido magro e a água resistem ou
atrasam essa passagem de formas diferentes.

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL


ATRAVÉS DA BIOIMPEDÂNCIA (BIA)

• Ao mensurar o peso de um indivíduo em uma balança


comum, músculos, ossos, pele, órgãos, água e gordura
estão sendo pesados (massa corporal total);
• A Bioimpedância é um exame feito através de um aparelho
e baseia-se na condução de uma corrente elétrica de baixa
intensidade pelo corpo medindo a água corporal total, o
percentual de gordura e a massa magra corporal.

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

DIVERSOS TIPOS DE APARELHOS DE BIA


O %GC de membros superiores pode ser determinado
utilizando os aparelhos de BIA:

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

DIVERSOS TIPOS DE APARELHOS DE BIA


O %GC de membros inferiores pode ser determinado utilizando
balança digital com analisador de composição corporal

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

DIVERSOS TIPOS DE APARELHOS DE BIA


O %GC pode ser determinado utilizando os aparelhos de BIA
tetra polar de corpo inteiro

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

COLOCAÇÃO DOS ELETRODOS

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

• O analisador da composição corporal mede a passagem de


sinais elétricos quando estes sinais passam pela gordura,
tecido magro e água.
• O tecido muscular é mais hidratado e tem uma atividade
metabólica maior que o tecido adiposo, dessa forma,
quanto maior a quantidade de massa muscular maior a
quantidade de água corporal e maior o gasto energético;
• O tecido muscular é um bom condutor da corrente
elétrica, enquanto o tecido adiposo confere maior
resistência à passagem da corrente elétrica.
AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Resumindo:

 Definições: Alimentos,
Nutrientes, Alimentação e
Nutrição;
MODELO DE MOLDURA PARA
 Metabolismo e Necessidades IMAGEM COM ORIENTAÇÃO
VERTICAL
Energéticas Diárias;
 Composição Corporal e
Bioempedância.

AULA 8: ALIMENTOS, METABOLISMO E BIOEMPEDÂNCIA


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Conteúdo Programático desta aula

 Transdução de sinal;
 Especificidades em biologia
molecular: o genoma humano.

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

TRANSDUÇÃO DE SINAL

• É a transferência intercelular ou intracelular de


informações (sinais) imprescindível na ativação de funções
celulares, como por exemplo, a diferenciação e proliferação
celular relacionadas à imunidade celular e humoral.

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

RECEPTORES CELULARES
• São moléculas que reconhecem substâncias químicas
específicas (ligantes) produzindo a regulação de um
processo celular como resposta à essa ligação.

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

CLASSIFICAÇÃO DOS RECEPTORES CELULARES

- RECEPTORES INTRACELULARES: localizados no


citoplasma ou núcleo celular.
- RECEPTORES LIGADOS À MEMBRANA: receptores
proteicos que transmitem o sinal através da membrana.

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

RELAÇÃO ENTRE RESPOSTA IMUNE (CELULAR E


HUMORAL) E RECEPTORES CELULARES LIGADOS
À MEMBRANA

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


Hematopoiese Hemocitoblasto
Medula Óssea Célula Tronco Progenitora
Precursora
Vermelha Linfóide
Precursora
Mielóide
TIMO NK
Linfócitos B
Citocinas
Linfócitos T

Neutrófilos
Basófilos Monócitos

Eritrócitos Plaquetas Eosinófilos


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

TCR X BCR
TCR= T CELL RECEPTOR (receptor de antígenos da célula
ou linfócito T): apenas reconhece antígenos proteicos
processados até peptídios e complexados ao MHC classe
II de uma APC (célula apresentadora de antígenos).

BCR= B CELL RECEPTOR (receptor de antígenos da célula


ou linfócito B): reconhece proteínas intactas,
polissacarídios, lipídios, e outras substâncias químicas.

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

BCR TCR TCR

CD4 CD8
AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

ETAPAS DA IMUNIDADE CELULAR

RELAÇÃO ENTRE RESPOSTA IMUNE (CELULAR E HUMORAL)


E RECEPTORES CELULARES LIGADOS À MEMBRANA

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

MECANISMOS EFETORES DA IMUNIDADE


HUMORAL

CÉLULAS EFETORAS: PLASMÓCITOS


(LINFÓCITOS B ATIVOS)

MOLÉCULAS EFETORAS: IMUNOGLOBULINAS


(ANTICORPOS)

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Opsonização e fagocitose mediada por anticorpos

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Citotoxicidade mediada por células dependente de anticorpos

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

ESPECIFICIDADES EM
BIOLOGIA MOLECULAR:
O GENOMA HUMANO

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

•O genoma humano é o conjunto de todo o material genético


distribuído por 23 pares de cromossomos, presente em todas as
nossas células.
• É o código genético humano, ou seja, é o conjunto dos genes
humanos contido em cada uma das nossas células. Neste
material genético está contida toda a informação para a
construção e funcionamento do organismo humano.
• O conhecimento do genoma humano permite a identificação
da biodiversidade humana.

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

• Em 1990, teve início um grande esforço internacional – o


PROJETO GENOMA HUMANO, com o objetivo de mapear e
sequenciar todos os genes que constituem os seres humanos
responsáveis pelas características normais e patológicas.
• O registro da posição de cada gene nos 23 pares de
cromossomos e a determinação da ordem de ocorrência dos
nucleotídeos que compõem cada um deles foi uma
conquista que certamente causará grande impacto na
prevenção e tratamento de muitas doenças.

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

PERSPECTIVAS
• Detecção da predisposição aumentada para certas
doenças, como diabetes, câncer, hipertensão, doença de
Alzheimer e tratamento antes do aparecimento dos
sintomas.
• As vacinas de DNA poderão se tornar a esperança para a
cura de doenças como a tuberculose e a Aids.
• Os fármacos serão prescritos de acordo com o perfil
genético de cada um, evitando assim os efeitos colaterais
dos mesmos.
AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

• As informações contidas no
DNA são organizadas em
unidades funcionais,
chamadas genes;
• Os cromossomos contêm os
genes que por sua vez
permitem a transmissão das
informações genéticas
(hereditariedade).

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

ÁCIDOS NUCLEICOS

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Ligações entre os nucleotídeos


Ligações fosfodiéster entre
a hidroxila do carbono 3’ de
um nucleotídeo e o fosfato
do nucleotídeo seguinte
localizado no carbono 5’.
Na figura ao lado as
sequências são
representadas na orientação
5’ 3’.

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

CONSTITUINTES DO DNA
• Duas cadeias de nucleotídeos lado a lado retorcidos sob a
forma de uma dupla hélice. Os filamentos são mantidos
por pontes de hidrogênio entre as bases de cada
filamento, formando uma estrutura como uma escada em
espiral.
• Uma base purina pareia com uma base pirimidina:
Adenina – Timina
Citosina – Guanina

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

DUPLICAÇÃO (REPLICAÇÃO) DO DNA:

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

• A replicação (duplicação) é semiconservativa. As fitas do


DNA se abrem e servem como molde para a síntese se
novas fitas de DNA, formando novamente uma dupla
hélice idêntica a original.
•Esse tipo de replicação é do tipo semiconservativa, pois
cada dupla hélice filha contém um filamento antigo e outro
recém-sintetizado.
•A enzima DNA POLIMERASE adiciona nucleotídeos à nova
fita sempre no sentido 3’--> 5’.

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

ESTRUTURA DO RNA
• Cadeia unifilamentar (simples, única) de
nucleotídeos.
• Presença de ribose.
• Presença das bases nitrogenadas Adenina, Uracila,
Citosina e Guanina.

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Uma base purina pareia com uma base pirimidina:


Adenina – Uracila
Citosina – Guanina

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

TIPOS DE RNA
RNA mensageiro (RNAm)
• Leva a informação da sequência dos aminoácidos da
proteína a ser formada do núcleo para o citoplasma, onde
ocorre a tradução.
• Contém uma sequência de trincas correspondente a uma
das fitas do DNA. Cada trinca (três nucleotídeos) no RNAm é
denominada códon e corresponde a um aminoácido na
proteína que irá se formar.

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

RNA TRANSPORTADOR (RNAt)


• Transporta os aminoácidos para o RNAm durante o processo de
síntese protéica. As moléculas de RNAt apresentam, em uma
determinada região, uma trinca de nucleotídeos que se
destaca, denominada anticódon. É através do anticódon que o
RNAt reconhece o local (códon) do RNAm onde deve ser
colocado o aminoácido por ele transportado. Cada RNAt
carrega um aminoácido específico, de acordo com o anticódon
que possui e se emparelha ao códon, que é uma trinca
complementar de bases do RNA mensageiro.

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

RNA RIBOSSÔMICO (RNAr)

• Participa na produção dos ribossomos, organelas


nas quais ocorre a síntese proteica.

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Resumindo:

 Transdução de sinal;
 Especificidades em biologia molecular: o genoma
humano.

AULA 9: TRANSDUÇÃO DA SINALIZAÇÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Conteúdo Programático desta aula

 Introdução à síntese proteica;


 Transcrição da informação
genética;
 Tradução (síntese proteica);
 Mutação e carcinogênese (bases
moleculares do desenvolvimento
do câncer).

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

INTRODUÇÃO À SÍNTESE PROTEICA


• É um processo que ocorre em todas as células do
organismo, especificamente nos ribossomos do retículo
endoplasmático rugoso;
• Envolve a transcrição da informação genética e a
tradução, ou seja, a mensagem contida no RNAm é
decodificada e o ribossomo a utiliza para sintetizar a
proteína de acordo com a informação dada.

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

INTRODUÇÃO À SÍNTESE PROTEICA


• 5 componentes principais:
• DNA (presente no núcleo da célula responsável por dar a
ordem ou mensagem),
• RNAm (leva a informação da sequência dos aminoácidos
da proteína a ser formada do núcleo para o citoplasma),
• RNAt (transporta aminoácidos para formar proteínas),
• RNAr e ribossomos.

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

TRANSCRIÇÃO DA INFORMAÇÃO GENÉTICA

• É o processo de síntese de RNA realizado por um


complexo enzimático;
• A principal enzima é a RNA polimerase, que realiza a
polimerização de RNA a partir de um molde de DNA.
• Nas células eucarióticas a transcrição ocorre no núcleo.

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

MECANISMO DA TRANSCRIÇÃO

Nesse processo, ocorre o pareamento das bases


nitrogenadas:
• a adenina do DNA se liga à uracila do RNA,
• a timina do DNA com a adenina do RNA,
• a citosina do DNA com a guanina do RNA,
• e assim sucessivamente, havendo a intervenção da enzima
RNA-polimerase.

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

MECANISMO DA TRANSCRIÇÃO

• A sequência de 3 bases nitrogenadas de RNAm, forma o


códon, responsável pela codificação dos aminoácidos;
• A molécula de RNAm replica a mensagem do DNA, migra
do núcleo para os ribossomos, atravessando os poros da
membrana plasmática e forma um molde para a síntese
proteica.

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

OBJETIVO DA TRANSCRIÇÃO

• A mensagem contida no DNA que contém a informação


genética necessária à síntese proteica é transcrita pelo
RNA mensageiro (RNAm).
• Uma vez concluído o processo, o RNA se desprende do
DNA e este se recompõe.

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

TRADUÇÃO (SÍNTESE PROTEICA)


• Ocorre nos ribossomos situados no Retículo
Endoplasmático Rugoso (RER).
• Ribossomos: são as organelas responsáveis pela síntese
proteica sendo formados por duas subunidades. Na
subunidade menor, ocorre a ligação ao RNAm, na
subunidade maior há dois sítios específicos, como o sítio A,
onde se liga o RNAt que carrega o aminoácido e o sítio P
onde está o RNAt ligado à cadeia peptídica em formação.

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

A mensagem contida no RNAm é decodificada e o


ribossomo a utiliza para sintetizar a proteína de
acordo com a informação dada.

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

ATIVAÇÃO DE AMINOÁCIDOS - ELONGAÇÃO DA CADEIA


PEPTÍDICA
• Atuação do RNA transportador (RNAt), que leva os
aminoácidos dispersos no citoplasma, provenientes da
digestão proteica, até os ribossomos.
• Em uma das regiões do RNAt está o anticódon, uma
sequência de 3 bases complementares ao códon de RNAm.
• A ativação dos aminoácidos é dada por enzimas
específicas, que se unem ao RNA transportador, formando
o complexo aa-RNAt, dando origem ao anticódon.

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

• O primeiro RNAt a chegar com seu respectivo aminoácido


fica alojado no sítio P, o segundo RNAt também carregando
seu aminoácido aloja-se no sitio A;
• A união entre o aminoácido do RNAt alojado no sitio P e o
aminoácido do RNAt alojado no sito A é catalizada por
enzimas ribossômicas.
• Quando isso ocorre, o primeiro aminoácido se desliga do seu
RNAt e este se desprende do ribossomo. Os dois
aminoácidos, unidos pela ligação peptídica, continuam
presos ao segundo RNAt, que ainda ocupa o sitio A.
AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

•A próxima etapa será o ribossomo se deslocar sobre a


molécula de RNAm, dando um “passo” correspondente a
uma trinca de bases. Com isso o RNAt que ocupava o sitio A,
com os dois aminoácidos passa a ocupar o sitio P.

•O sítio A, agora posicionado sobre o terceiro códon do


RNAm, fica livre. Nele entra, então, um RNAt cujo
anticódon é complementar ao terceiro aminoácido, ocorre
sua ligação com o segundo e todo processo se repete.

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

TERMINAÇÃO (FIM DO PROCESSO)

O fim do processo se dá quando o ribossomo passa por um


códon de terminação e não ocorre a entrada de RNAt, por
não terem mais sequencias complementares aos códons de
terminação. Então, o ribossomo se solta do RNAm, a
proteína específica é formada e liberada do mesmo.

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

MUTAÇÃO E CARCINOGÊNESE
BASES MOLECULARES DO DESENVOLVIMENTO DO
CÂNCER
(NEOPLASIA MALIGNA)

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Definição de Neoplasia
• É uma massa anormal (tumor) de tecido, cujo
crescimento é autônomo, e persiste após interrupção de
estímulos e excede os tecidos normais. Todas as
neoplasias dependem do hospedeiro para a nutrição e
suprimento vascular;
• Neoplasia: novo crescimento (Neo: novo/ plasein:
formar)
• Pode ser: benigna ou maligna

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

COMPONENTES BÁSICOS
• células neoplásicas em proliferação formando o
parênquima;
• estroma de apoio formado por vasos, tecido conjuntivo.

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

CARACTERÍSTICAS DOS TUMORES BENIGNOS


• Forma compacta, móvel;
• Presença de cápsula fibrosa;
• Células bem diferenciadas, assemelhando-se a células
normais;
• Possuem ritmo de crescimento lento;
• Não são invasivos;
• Não realizam metástase.

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

CARACTERÍSTICAS DOS TUMORES MALIGNOS


• São infiltrativos e invasivos (metástase);
• Não possuem cápsula fibrosa;
• Não guardam relação morfológica com as células normais
(células anaplásicas);
• Possuem ritmo de crescimento rápido.

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

ONCOGENES E CÂNCER
. Oncogenes são genes cujos produtos estão associados à
transformação neoplásica;
. Os genes celulares normais podem tornar-se oncogênicos por
alterações que transformem o seu comportamento no
hospedeiro natural.

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

ALTERAÇÕES GENÉTICAS (MUTAÇÕES) E CARCINOGÊNESE


• O DNA está exposto a uma série de agentes físicos, químicos
e biológicos capazes de provocar lesões que podem gerar
mutações ou morte celular.

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

ALTERAÇÕES GENÉTICAS (MUTAÇÕES) E CARCINOGÊNESE


• Mutação é qualquer modificação no conjunto gênico de um
organismo. A lesão genética não-letal constitui o ponto mais
importante da carcinogênese.
• Podem ser adquiridas pela ação de determinados agentes
ambientais como substâncias químicas, radiações, vírus, ou
herdadas na linhagem germinativa (genéticas).
• A hipótese genética do câncer implica que a massa tumoral
resulta da expansão clonal de 1 única célula progenitora que
sofreu lesão genética (os tumores são monoclonais).
AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO
FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AGENTES CARCINOGÊNICOS
• Carcinogênese química: hidrocarbonetos aromáticos
(cigarro), asbesto (Ca de pulmão), etc;
• Carcinogênese por irradiação: raios ultravioleta, radiação
ionizante;
• Carcinogênese viral: vírus da hepatite B (VHB), papiloma
vírus humano HPV.

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

MECANISMOS DE REPARO DO DNA


CLASSES DE GENES REGULADORES NORMAIS

• Genes que regulam o reparo no DNA alterado


• Proto-oncogenes que são promotores do crescimento;
• Genes supressores do crescimento tumoral (p53), que na
verdade regulam o crescimento celular;
• Genes que regulam a apoptose.

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Apoptose

, diferente da necrose celular, onde a morte celular ocorre de


maneira inesperada, “acidental”.
Ocorre em respostas a gatilhos fisiológicos no desenvolvimento
(remodelamento tecidual), defesa, homeostase, e
envelhecimento.
As células apoptóticas inicialmente sofrem um encolhimento;
o citoesqueleto e o envelope nuclear se rompem e as células
perdem as microvilosidades e junções celulares.
As organelas mantêm sua estrutura mas a membrana
plasmática se torna altamente convoluta e a célula se rompe
formando pequenos corpos apoptótipos, que são rapidamente
fagocitados por macrófagos.

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

APOPTOSE (MORTE CELULAR PROGRAMADA)


Por que as células cometem “suicídio”?
• Para o correto desenvolvimento e manutenção da
homeostase;
• Para destruir células que comprometam a integridade
orgânica.

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

ALGUMAS SITUAÇÕES RELACIONADAS À APOPTOSE


• Involução hormônio dependente (menstruação, útero após
parto, mama após lactação);
• Depleção celular em populações proliferantes;
• Deleção de linfócitos T auto-reativos no timo;
• Imunidade celular induzida por células T citotóxicas
(citotoxicidade).

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

BIOLOGIA DO CRESCIMENTO TUMORAL


Fases da história natural da maioria dos tumores malignos:
• Alteração maligna da célula alvo: transformação
• Crescimento da célula transformada
• Invasão local
• Metástase à distância

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

CASCATA METASTÁTICA
ETAPAS SEQUENCIAIS ENVOLVIDAS NA
DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA DE UM TUMOR

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO


FUNDAMENTOS DE BIOQUÍMICA

Resumindo:

 Introdução à síntese proteica;


 Transcrição da informação genética;
 Tradução (síntese proteica);
 Mutação e carcinogênese (bases moleculares do
desenvolvimento do câncer).

AULA 10: GENOMA E SUA EXPRESSÃO

Potrebbero piacerti anche