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Recursos:
Encontra-se no Livro III, Parte Especial do CPC, arts. 994 a 1044 sob o
nome de:
Vejamos o CPC:
- Parte Geral
Livro I – Das Normas Processuais Civis
Livro II – Da Função Jurisdicional
Livro III – Dos Sujeitos do Processo
Livro IV – Dos Atos Processuais
Livro V – Da Tutela Provisória
Livro VI – Da Formação, da Suspensão e da Extinção do Processo
- Parte Especial
Livro I – Do Processo de Conhecimento e do Cumprimento de Sentença
Livro II – Do Processo de Execução
Livro III – Dos Processos nos Tribunais e dos Meios de Impugnação
das Decisões Judiciais
Livro Complementar
Etimologia (origem):
“recursus, us”, latim e significa a: “repetição de um caminho já
utilizado”
“O recurso conforta o espírito do homem e possibilita ao mesmo tempo,
o aprimoramento da atividade do judiciário” SANTOS, Moacyr
Amaral, Primeiras linhas de direito processual civil. 18. ed. São Paulo:
Saraiva, 1999. v. 3, p 78.
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Exemplos na solução de questões de direito: entendeu-se aplicável
norma jurídica impertinente à espécie; considerou-se vigente a lei que
já não vigorava; ou inconstitucional o que não era;
3 - OUTRAS DEFINIÇÕES:
3.1 – “Num sentido amplo, recurso é o remédio processual que a lei
coloca à disposição das partes, do Ministério Público ou de um terceiro,
a fim de que a decisão judicial possa ser submetida a novo julgamento,
por órgão de jurisdição hierarquicamente superior, em regra, àquele que
a proferiu”; NERY JUNIOR Nelson. Princípios fundamentais: teoria
geral dos recursos. 5. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000. P.
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3.2 - “o poder de provocar o reexame de uma decisão, pela mesma
autoridade judiciária, ou por outra hierarquicamente superior, visando a
obter a sua reforma ou modificação”; SANTOS, Moacir Amaral
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O CONTEÚDO ABAIXO TRATA APENAS DE ROTEIRO DE DISCIPLINA - CABE AO ALUNO(A) O INDISPENSÁVEL ESTUDO APROFUNDADO NAS
OBRAS APONTADAS NO PLANO DE ENSINO E SEGUNDO AS ORIENTAÇÕES ESPLANADAS NAS AULAS - O ESTUDO DESTE ROTEIRO É
INSUFICENTE ÀS AVALIAÇÕES DA DISCIPLINA.
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O CONTEÚDO ABAIXO TRATA APENAS DE ROTEIRO DE DISCIPLINA - CABE AO ALUNO(A) O INDISPENSÁVEL ESTUDO APROFUNDADO NAS
OBRAS APONTADAS NO PLANO DE ENSINO E SEGUNDO AS ORIENTAÇÕES ESPLANADAS NAS AULAS - O ESTUDO DESTE ROTEIRO É
INSUFICENTE ÀS AVALIAÇÕES DA DISCIPLINA.
O art. 810 do cpc de 1939 não foi reproduzido no cpc de 1973 em razão
de que o código novo adotou um sistema recursal simples afastando a
possibilidade de erro. Porém, a simplicidade aparente do novel sistema
recursal não encontrou eco na praxe forense.
O novo CPC adotou a técnica do CPC de 73 de não prever como regra o
princípio da fungibilidade. No entanto este princípio continua em plena
vigência, ver Enunciado 104 do Fórum Permanente de Processualistas
Civis (FPPC) “o princípio da fungibilidade recursal é compatível com o NCPC
(2015) e alcança todos os recursos sendo aplicável de ofício” ;
PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE
Os recursos admitidos em nosso ordenamento jurídico são aqueles
inseridos no dispositivo legal (no CPC e em leis extravagantes);
Somente são considerados recursos os meios impugnativos assim
denominados e regulados por lei processual.
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- o órgão jurisdicional somente age quando provocado e nos exatos
termos do pedido, ou seja, é o pedido formulado pelo autor que
limita a atividade jurisdicional do Estado;
- consiste então, na vedação imposta pelo sistema recursal brasileiro,
quando à reforma da decisão hostilizada em prejuízo do recorrente e
em benefício do recorrido;
Exceção: A possibilidade de conhecimento pelo órgão julgador do
recurso, de questão de ordem pública, ou seja, questões relativas às
condições da ação, pressupostos processuais, aos requisitos de
admissibilidade dos recursos e etc (ver rol do art. 337 do CPC, salvo o
conhecimento de convenção ou arbitragem).
- a possível piora da situação do recorrente na hipótese do § 3°
do art. 1013 do CPC; (os acadêmicos devem estudar isto no Curso de
Direito Processual Civil, vol. III, 48ª edição ou + nova, Humberto
Theodoro Junior, pag. 967)
REFORMATIO IN MELIUS - também não pode ser admitido à luz do
princípio dispositivo, uma vez que o pedido do recorrente delimita a
atividade jurisdicional do órgão ad que, não podendo este, ao julgar o
recurso, melhorar a situação do recorrente além do que foi pedido, sob
pena de proferir uma decisão ultra ou extra petita.
PRINCÍPIO DA COMPLEMENTARIEDADE
Aceito pela doutrina e jurisprudência, porém, não estava explicitamente
presente no CPC/1973, e agora, surgiu com o novel CPC. Exemplos:
art. 1007, §§, 2º, 3º,4º,5º,6º e 7°; –
O princípio da complementaridade diz que os recursos devem ser
interposto no prazo legal, juntamente com as razões de inconformismo.
Não é possível interpor o recurso e, em outra oportunidade, apresentar
as razões que justificam a reforma ou a anulação da decisão impugnada.
Pelo princípio da complementaridade, o recorrente poderá
complementar a fundamentação do recurso já interposto, caso a decisão
impugnada venha a ser alterada ou integrada em razão de acolhimento
dos embargos de declaração apresentados pelo adverso.
PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE
- o método dialético é uma forma de discurso entre duas ou mais
pessoas que possuem diferentes pontos de vista sobre um mesmo
assunto, mas que pretendem estabelecer a verdade através de
argumentos fundamentados.
- a dialeticidade reside na argumentação desenvolvida pelas partes e
pelo juiz;
- exemplos:
a) arts. 9º e 10º do CPC;
b) necessidade da motivação do recurso, a qual vem estampada em
vários arts. do CPC, 1010 II e III, 1016 II e III, 1023, 1028, e 1029 I e
III;
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O CONTEÚDO ABAIXO TRATA APENAS DE ROTEIRO DE DISCIPLINA - CABE AO ALUNO(A) O INDISPENSÁVEL ESTUDO APROFUNDADO NAS
OBRAS APONTADAS NO PLANO DE ENSINO E SEGUNDO AS ORIENTAÇÕES ESPLANADAS NAS AULAS - O ESTUDO DESTE ROTEIRO É
INSUFICENTE ÀS AVALIAÇÕES DA DISCIPLINA.
Juízo de admissibilidade
Positivo = o órgão ad quem conheceu do recurso
Negativo = o órgão ad quem não conheceu
Juízo de mérito
O órgão ad quem entendendo que o recorrente tem razão = dá-se
provimento ao recurso
"é de ordem pública, de modo que deve ser examinada ex officio pelo
Juiz, independente de requerimento da parte contrária, não sujeitando-
se a preclusão".
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Deste modo, ainda que o recorrido, nas contra-razões, não argua
preliminar de não conhecimento por ausência de um dos requisitos de
admissibilidade, o tribunal deverá examinar essa questão de ofício.
Em se tratando de matéria de “ordem pública” não ocorre a preclusão
“pro-judicato”, ou seja, nunca ocorre a preclusão para o juiz apreciar da
referida matéria.
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- prazos: 15 dias para efetuar e responder é de 15 dias, exceto
os embargos de declaração que devem ser interpostos em 05 dias
- § 5° do art. 1003 do CPC;
- recurso interposto antes da publicação do julgado (ou
antes da parte ser intimada) é tempestivo e deve ser conhecido, §
4° do art. 218;
- recurso interposto antes do julgamento dos embargos de
declaração, § 5°, art. 1024, deve ser conhecido, quando a
decisão dos embargos alterarem o julgado dos embargos,
princípio da complementariedade;
- prazo em dobro para recorrer (i) : arts. 180, 186 e 229;
- prazo em dobro para recorrer (ii): os escritórios de práticas
jurídica das faculdades de direito e as entidades que prestam
assistência jurídica gratuita, gozam de prazo em dobro para todas
as suas manifestações processuais § 3° do art. 186 do CPC;
- o recurso interposto por um dos litisconsorte s, a todos
aproveita, salvo se distintos (diferentes) ou opostos seus
interesses, 1005 (113 a 118); no caso de solidariedade passiva, o
recurso de um devedor aproveitara a todos quando a defesa
oposta ao credor forem comum a todos, 1005, § único;
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- preparo à menor ou insuficiência do preparo: o será
recorrente será intimado na pessoa de seu advogado para
complementá-lo em cinco dias, 1007, § 2°;
- não comprovado o preparo no ato da interposição do recurso:
o recorrente será intimado na pessoa de seu advogado para
realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção 1007, §
4°;
- no preparo do art. 1007, § 4° não cabe complementação no
caso de insuficiência parcial, § 5° do art. 1007;
- falta de preparo por força maior: provando o recorrente justo
impedimento, o relator relevará a pena de deserção por decisão
irrecorrível e fixará prazo de 5 dias para efetuar o recolhimento;
- o equívoco no preenchimento das guias de custas, não
implicará em deserção. Caberá ao relator na dúvida quanto ao
recolhimento intimar o recorrente para em cinco dias sanar o vício,
1007, § 7º;
f) regularidade formal
- as formas previstas em cada recurso devem ser obedecidas
- apelação, art. 1010, I, II, III e IV;
- agravo de instrumento, art. 1016 e incs. e 1017 e incs;
- embargos de declaração art. 1023;
- agravo interno, as normas do Regimento Interno do Tribunal, 1021 e
§§; 1°,
- nos Recursos especial e extraordinários, 1029, I, II e III;
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extraordinário a que já a se atribuiu a qualidade de recurso padrão de
uma série de causas iguais;
- renúncia do recurso - art. 999 a parte sucumbente abre mão
previamente do direito de recorrer;
- renúncia tácita: decorre da decadência do prazo recursal;
- renuncia expressa: se traduz em manifestação de vontade do
recorrente (art. 999)
- aceitação da sentença - Expressa ou tácita. Expressa qdo a parte
manifesta-se neste sentido ao juiz da causa. Tácita qdo o recorrente
pratica atos incompatíveis com a vontade de recorrer, 1000, § único;
- EFEITO DEVOLUTIVO
- Todos os recursos tem efeito devolutivo;
- O efeito devolutivo é a manifestação do princípio dispositivo e do art.
1013 do CPC, segundo o qual, o órgão ad quem somente pode
apreciar matéria que tenha sido efetivamente impugnada pelo
recorrente, ou seja, que tenha sido suscitada nas razões do recurso
sem ultrapassar os limites da lide.
- Então o efeito devolutivo:
- "Consiste em transferir ao órgão ad quem o conhecimento da matéria
julgada em grau inferior de jurisdição"
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- "Submeter a questão ao Tribunal ad quem"
- Recurso recebido no efeito meramente devolutivo, permite a
possibilidade do cumprimento provisório da sentença. (art. 520 e ss
do CPC)
- O efeito devolutivo não pode ultrapassar a matéria impugnada nas
razões do recurso (art.1002)
- EFEITO SUSPENSIVO
- Diz respeito a suspensão da eficácia da decisão;
- A sentença só produz efeito após o acórdão transitado em julgado;
- Os recursos, via de regra, têm efeito suspensivo, salvo nas hipóteses
em que a lei dispuser em sentido contrário.
- Ex. art. 995 e 1012 do CPC; art. 58,V da Lei de Locação; art.3º do
Decreto nº 911/69 e etc.
- EFEITO TRANSLATIVO:
TRATA DAS MATÉRIAS QUE O TRIBUNAL PODERÁ CONHECER
INDEPENDENTE DA DEVOLUÇÃO OPERADA PELA VONTADA DA
PARTE. Segundo a doutrina de Nelson Nery Junior – é quando o juiz
pode conhecer de ofício (ex officio) de questões de ordem pública
não suscitadas pelo recorrente, tais como (ausência das condições
da ação, ausência de nulidades, regularidade processual,
existência de lide, incompetência absoluta do juízo,
ilegitimidade de parte, ausência do interesse de agir,
impossibilidade jurídica do pedido, citação nula ou
inexistente, coisa julgada, listispendência e etc)
- As questões de ordem pública são aquelas do art. 485,§ 3° do CPC;
- segundo o efeito devolutivo, o magistrado, tem o dever de verificar
“ex officio” as condições da ação, pressupostos processuais,
requisitos de admissibilidade e etc...
EFEITO EXPANSIVO:
É a possibilidade do tribunal ad quem conhecer de matérias não
levantadas pelo recorrente, mas compreende também aquelas que
poderiam ter sido decididas porque foram levantadas pelas partes
1013,§ 1° (plano vertical) ou pq são conhecíveis “ex officio” 1013, § 2°
(no plano horizontal);
EFEITO SUBSTITUTIVO:
Art. 1008 do CPC – O julgamento de qualquer recurso substituiu a
decisão recorrida nos limites da impugnação.
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- parte da doutrina, diz que os efeitos expansivo e translativo tratam da
amplitude do efeito devolutivo da apelação.
EFEITO INFRINGENTE:
A título de exemplo, podemos citar a situação na qual o juiz ao lavrar a
sentença esqueceu de julgar um pedido do autor e isto, originou
embargos de declaração para suprir a omissão pela parte interessada, e,
ao suprir esta omissão no julgamento dos embargos declaratórios,
poderá então o juiz, alterar a sua sentença primitiva. De modo que, a
possibilidade de alteração da sentença nos aclaratórios, tem o nome de
efeito infringente.
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