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O QUE É A WICCA¿?
Como e quando surgiu umas das Religiões mais antigas do mundo¿?
A Bruxaria é a antiga religião dos povos da Europa, que após quase 2000 anos de exclusão e
"desaparecimento" ressurgiu nos idos de 1940 sob o nome de WICCA.
A palavra Wicca vem do inglês arcaico wicce ou do saxão wich que significa "girar dobrar ou
moldar".
Porém, vemos corruptelas deste termo em diversos outros idiomas sempre expressando algo
religioso e relacionado à Magia.
A Wicca é uma Religião que pretende celebrar a natureza e que busca sua inspiração nas religiões
pré- cristãs de culto à Deusa, nas celebrações dos ciclos anuais das colheitas, ao culto do Deus
fertilizador da Terra e várias outras expressões religiosas primitivas com uma forte ligação com a
natureza e com os ciclos da vida.
A Wicca baseia-se no equilíbrio e polaridade das energias, que através de ritos e magia coloca o
homem em contato direto com a natureza, resgatando assim o verdadeiro sentido da palavra
Religião (Religare= religar), religar o homem àquilo que ele foi desligado. Os objetivos da Bruxaria
são: o auto- conhecimento, a harmonia com os ritmos do Sol e das Estações, a compreensão dos
poderes da natureza e a busca de um novo equilíbrio do homem com o seu meio.
A Bruxaria reconhece o Dualismo Divino e sendo assim reverencia a Deusa (Lua e Terra) criadora
de todas as coisas e o Deus (Sol) o poder fertilizador.
A energia estática, negativa e magnética seria a força da Deusa. A energia positiva, ativa e móvel
seria a força do Deus. Ambas são opostas e complementares, uma dá origem à outra, juntas são a
manifestação e equilíbrio do Universo.
A Wicca busca muito de sua inspiração nos mitos e Divindades celtas, gaulesas e irlandesas,
recorrendo entanto a fontes clássicas (greco-romana) e diversas outras tradições populares. Para
os conceitos da Bruxaria as palavras DEUSA e DEUS abarca toda a magnitude do Universo. Os
Deuses seriam a manifestação criadora da qual procedem todas as criaturas. Eles estão presentes
dentro e fora de nós, poder esse chamado de imanência.
A Bruxaria ensina seus praticantes a compreenderem o Universo, o nosso lugar e papel dentro
dele.
A utilização da Magia, entendida como um conjunto de técnicas capazes de manipular
positivamente certas energias naturais, é à parte prática que mais distingue a Wicca. As bases da
Bruxaria encontram-se na invocação e manipulação das forças energéticas presentes no
inconsciente coletivo, que devem ser trabalhadas por meio da intuição e emoção. As energias
divinas com as quais trabalhamos são as forças arquetípicas da psiquê humana. Um Bruxo
conhece, canaliza e utiliza corretamente esta energia.
Os fundamentos da Bruxaria estão em conhecer, penetrar e respeitar a natureza que é a própria
manifestação da Deusa. A proposta da Bruxaria é harmonizar o homem com o ritmo da natureza e
fazer com que ele entenda as forças interiores e exteriores, pois é desta forma que se mantém o
equilíbrio e inter-relação com os Deuses.
A Bruxaria também se propõe a recuperar a complementaridade entre homens e mulheres, pois
cultua a Deusa e o Deus, mesmo dando a Deusa um papel preponderante, quer nas suas práticas
quer nos seus mitos.
Na atualidade onde dificilmente há lugar para expressão dos valores femininos e onde não existe
qualquer figura feminina como caráter sagrado principal, a perspectiva matrifocal da Wicca
contribui para sua divulgação tanto junto aos homens como das mulheres.
A Wicca é uma Religião onde não existem livros sagrados, hierarquia ou dogmas. É uma escolha
pessoal para aqueles que sentem que a sua percepção do sagrado não só não se enquadra nos
esquemas tradicionais, como é algo demasiadamente individual para se sujeitar ao conjunto de
regras e crenças que outros determinam.
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ACREDITAMOS
- na reencarnação;
- nos aspectos feminino e masculino da divindade;
- que devemos respeito por nosso planeta e por todo e tudo que dele faz parte;
- que Homens e mulheres são iguais, não havendo qualquer superioridade entre um sexo e outro;
- que nosso templo é nosso círculo, seja ele erguido entre 4 paredes ou no meio da própria
natureza;
- no respeito a todos, bem como respeitamos o credo de todos;
- NÃO!!! acreditamos em demônios, diabos ou coisas do gênero.
NÃO...
- pregamos nosso credo;
- fazemos conversões de ninguém;
- sacrificamos seres vivos;
- fazemos orgias ou perversidades sexuais.
RELIGIÃO DA BRUXARIA
O QUE É A RELIGIÃO DA BRUXARIA?
A Bruxaria é uma religião de origem xamânica e forte tradição mágica, mas é bom lembrar que
Xamanismo e Magia são técnicas espirituais, isto é, para ser Bruxa não é preciso fazer magia, ou
ter poderes paranormais. Muito menos ser vidente ou médium. O que diferencia a Bruxa do Mago
ou Xamã é a sua devoção pelos Deuses. Xamanismo e Magia são técnicas utilizadas pelas Bruxas,
mas não têm nada a ver com à parte devocional da Wicca. É possível ser bruxa fazendo-se
somente os rituais de devoção, sem nunca praticar um único feitiço na vida, mas o contrário não é
verdadeiro, pois, se não houver da sua parte um amor sincero pela energia dos Deuses e
harmonia com a Natureza, você pode fazer feitiços dia e noite, mas nunca será uma Bruxa!
Apesar da atual controvérsia acerca da Antigüidade da Wicca, ela espiritualmente descende os
ritos xamânicos. Mesmo que alterada e adequada para nosso mundo, a Wicca ainda toca nossa
alma e causa êxtase - mudanças de consciência, - unindo- nos ao Divino. Muitas das técnicas da
Wicca são de origem xamânica. A Wicca ensina que a natureza engloba um amplo espectro de
estados mentais e espirituais dos quais a maioria de nós é ignorante. Rituais Wiccanos eficazes
possibilitam que penetremos em tais estados, permitindo nos comungar e comunicar com a Deusa
e com o Deus.
Ao contrário de algumas religiões, a Wicca não vê o Divino como algo distante. A Deusa e o Deus
estão ambos dentro de nós e manifesta-se em toda a natureza. Isto é a universalidade: não há
nada que não seja dos Deuses. A Wicca, assim como muitas outras religiões, reconhece a
dualidade do Divino. Reverencia a Deusa e o Deus. Eles são iguais, calorosos e afetuosos, não
distantes ou morando no "paraíso," mas onipresente em todo o universo.
A Wicca nos ensina também que o mundo físico é apenas uma de muitas realidades. O físico não
é a mais alta expressão absoluta, nem é o espiritual "mais puro" do que a base. A única diferença
entre o físico e o espiritual é que o primeiro é mais denso. Como nas religiões orientais, também a
Wicca concorda com a doutrina da reencarnação, esse tópico tão mal compreendido. Ao contrário
de algumas filosofias orientais, a Wicca não prega que, após a morte física, nossas almas venham
a reencarnar em outras formas que não a humana. Além disso, poucos praticantes acreditam
iniciemos nosso existência das pedras, árvores, lesmas ou aves antes de evoluir a ponto de
podermos encarnar como seres humanos. Apesar de tais criaturas e substâncias possuírem uma
espécie de alma, não é do mesmo tipo da que nós, humanos possuímos.
A reencarnação é aceita como um fato por milhões de pessoas, tanto no oriente como no
ocidente. Ela responde a muitas perguntas: o que ocorre após a morte? Por que temos a sensação
de lembrar de coisas que jamais fizemos nesta vida? Por que às vezes somos inexplicavelmente
atraídos a lugares ou pessoas que nunca vimos antes?
Certamente, a reencarnação não pode responder a todas essas questões ,mas ela está lá para ser
estudada. A reencarnação não é algo que devemos crer. Por meio da reflexão, da meditação e da
auto-análise muitos chegaram ao ponto em que aceitam a reencarnação como fato.
Outro ponto fundamental: a magia não é um meio de forçar a natureza a fazer aquilo que deseja.
Esta é uma noção completa - mente equivocada, gerada pela crença de que a magia é algo de
certo modo sobrenatural, como se algo que existe pudesse estar de fora da natureza. MAGIA É
NATURAL! É um movimento harmonioso de energias que origina mudanças necessárias Se deseja
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praticar magia, deve antes abandonar todas as noções de que ela seria paranormal ou
sobrenatural. A maioria dos Wiccanos não acredita na predestinação. Apesar de honrarmos e
reverenciarmos a Deusa e o Deus, sabemos que somos almas livres com total controle e
responsabilidade sobre nossas vidas. Não podemos apontar para uma imagem de um Deus
maligno, como o Satã, e culpá-lo por todos os nosso defeitos e fraquezas. Não podemos culpar o
destino. A cada segundo de cada dia estamos, moldando nossos futuros, criando os cursos de
nossas vidas. Uma vez que um Wiccano assume total responsabilidade por tudo o que tenha feito
(nesta e em vidas passadas) e determina que ações futuras estarão de acordo com ideais e
objetivos mais elevados, a magia florescerá e a vida será plena de prazer!
Esta talvez seja a essência da Wicca - é uma união prazerosa com a natureza. E terra é uma
manifestação da energia divina. Os templos da Wicca são os campos salpicados de flores, as
florestas, as praias e os desertos. Quando um Wiccano está livre ele ou ela está, na verdade,
envolto pela santidade, assim como um cristão quando entra em uma igreja ou catedral.
Além disso, toda a natureza está sempre cantando para nós, revelando seus segredos. Os
Wiccanos ouvem a Terra. Eles não ignoram as lições que ela está desesperadamente nos tentando
ensinar. Quando perdemos contato com nosso amado planta, perdemos o contato com o Divino.
Estes são alguns dos princípios básicos da Wicca. Eles formam a verdadeira Wicca; os rituais e os
mitos são secundários a estes ideais e servem para celebrá-los.
O caminho está aberto. A antiga Deusa e seu Deus o aguardam à sua volta e dentro de você!!!
A DEUSA MÃE
Para entendermos corretamente quem é esta Divindade, temos que voltar até os primeiros povos
da Terra.
Quando os povos primitivos identificaram a mulher com a Terra e associaram a existência da Terra
a poderes divinos, consideraram que o poder que conspirou para que o Universo fosse criado era
feminino. Como só as mulheres têm o poder de dar a vida a outros seres, nossos ancestrais
começaram a acreditar que tudo tinha sido gerado por uma Deusa.
Os povos de neolítico e do paleolítico não conheciam Deuses masculinos. O conceito do ato sexual
como fator de fecundação inexistia, pois eles acreditavam que as mulheres engravidavam deitadas
ao luar, através do poder da Grande Deusa manifestada como a Lua.
Em diversas partes do mundo a Grande Deusa Mãe é associada a Lua, já que existia um poder
maior que agia entre a mulher e a Lua.
Todas as religiões primais viam no poder feminino a chave para o Mito da Criação e assim o
Universo era identificado como uma Grande Deusa, criadora de tudo aquilo que existia e que
existiu. Nada mais lógico para uma sociedade em processo de evolução, pois não é do ventre da
mulher que todos nós saímos? O culto a Grande Deusa remonta a Era de Touro. Nesta época o
respeito ao feminino e o culto aos mistérios da procriação eram muitos difundidos. Nas culturas
primitivas a mulher era tida como a única fonte da vida, tanto que os lugares onde ocorriam os
partos eram considerados sagrados e foram nestes lugares que surgiram diversos templos de
veneração a Deusa.
Com o avanço da agricultura, a importância do solo passou a ser primordial e a Grande Mãe
Terra(a Deusa) se tornou o centro de culto das tribos primitivas. As mulheres eram consideradas
responsáveis pela fartura das colheitas, pois eram elas que conheciam os mistérios da criação.
As várias estatuetas femininas como as Vênus de Willendorf, de Menton e Lespugne, representam
a sacralidade feminina e os poderes mágicos e religiosos atribuídos a Deusa nas época do
Paleolítico e Neolítico.
Ela esteve presente em todas as partes do mundo sob diversos nomes e aspectos: Kali na Índia,
Ishtar na Mesopotâmia, Pallas na Grécia, Sekhmet no Egito, Bellona em Roma e assim
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sucessivamente. As Grandes Deusas da Antigüidade exerciam o domínio tanto sobre o amor como
sobre a guerra.
O símbolo da Grande Deusa é o caldeirão, que representa o mundo que ela criou e carrega em
seu ventre. Este objeto é associado à Deusa porque a criação se parece com o que se pode
realizar no interior do mesmo. O mundo é uma maravilhosa obra alquímica que a Deusa criou e
comanda através das manobras e poções realizadas em seu caldeirão, o lugar onde nasce a vida.
A Deusa é a energia Geradora do Universo, é associada aos poderes noturnos, a Lua, a intuição,
aos lado inconsciente , à tudo aquilo que deve ser desvendado, daí o mito da eterna Ísis com o
véu que jamais deve ser desvelado.
A Lua jamais morre, mas muda de fase à cada 7 dias, representando os mistérios da eternidade e
mutação. Por isso a Deusa é chamada de a "DEUSA TRÍPLICE DO CÍRCULO DO RENASCIMENTO",
pois também muda de face, assim como a Lua, e se mostra aos homens de três diferentes formas
como: A VIRGEM, A MÃE e A ANCIÃ. Isso não difícil de se entender, pois dentro de Wicca todos os
vários Deuses e as múltiplas faces e aspectos da Deusa, nada mais são do que a personificação e
atributos da Grande Divindade Universal.
A Grande Deusa desempenha inúmeros papéis e funções e para isso usa nomes e atributos
diferentes, o que os seres humanos para simplificar chamaram de Deuses. Para a Bruxaria todos
os Deuses Antigos são a Grande Deusa Mãe multipersonificada. Quando você invoca o nome de
um determinado Deus, libera um tipo de energia específica que não consegue ser liberada quando
se invoca outra Divindade que desempenha papéis e funções diferentes.
Na Tradição o aspecto Jovem da Deusa recebe o nome de RHIANON. ela está associada à
adivinhação, aos rios mágicos, à clarividência e aos encantamentos. Seus rituais e invocações são
realizados na Lua Crescente. Sua cor é o branco e por isso rece o título de ALBEDO(Senhora da
Alvorada). Rhianon é a caçadora, segura em suas mãos a trompa de vaca ou touro em forma de
meia lua. É a deusa da fartura e é ela a quem devemos reverenciar quando queremos garantir
êxito no trabalho. Seus poderes são os da compaixão, sabedoria e compreensão.
O aspecto de Mãe recebe o nome de BRIGIT, a antiga Deusa Celta do fogo. Ela esta associada a
fertilidade, sexualidade e ao parto. Seus rituais e invocações são realizados na Lua Cheia. Sua cor
é o vermelho e por isso recebe o título de RUBEDO(Senhora do entardecer ou do rubi). Brigit é a
mãe que o possui no ventre o poder de dar a luz uma nova vida. É a rainha da colheita, a mãe do
milho e derrama sua abundância por toda a terra. Segura em suas mãos um recipiente com
labaredas de fogo, o qual tem o poder de realizar os desejos daqueles que a cultuam. É a Deusa
do amor e seus poderes são os da paixão, agilidade e rapidez.
O aspecto de Anciã recebe o nome de CERIDWEN, a Grande Deusa Mãe que conhece todos os
segredos do Universo. Ela está relacionada ao renascimento e a ligação com os outros mundo.
Seus rituais de invocação são realizados na Lua Minguante, que é o seu símbolo. Sua cor é o
negro e por isso recebe o título de NIGREDO(Senhora da noite). Ceridwen é a mãe que conserva
todos os poderes da sabedoria e conhecimento. É ao mesmo tempo Deusa parteira e dos mortos,
pois o poder que leva as almas para a morte e o mesmo que traz a vida. Do seu ventre parte toda
a vida e da vida provém a morte. Segura em suas mãos um caldeirão e das misturas feitas em seu
interior ela comanda a sincronicidade de todo o Universo e intervém nos assuntos humanos para
auxiliar seus seguidores. Devido ao aspecto de velha é esta a personificação que representa o
conhecimento de todos os mistérios que só a experiência pode proporcionar. É a Deusa da
sabedoria do bem e do mal. É ela a quem devemos recorrer e reverenciar nos momentos de
dificuldades e anulação de qualquer tipo de malefício. Ela é a Deusa da paz e do caos. Da
harmonia e da desarmonia. Ceridwen já passou pela jovialidade de Rhianon, pela maturidade e
entusiasmo de Brigit. Acumulou toda a experiência, que só o tempo pode proporcionar, e distribui
a sabedoria por todo o mundo.
A Deusa já foi reverenciada em todas as partes do mundo sobre diferentes nomes e aspectos. Seu
nome varia, mas sempre foi venerada como o princípio feminino eterno e estático que está
presente em tudo e incluso no nada. Ela é o poder do feminino que dá vida ao mundo e fertiliza a
terra.
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A Deusa não está ligada somente às manifestações da terra, pois ela representa as forças
celestes. Ela é a dona do céu noturno , guardiã dos sentimentos, do interior da alma humana e do
destino do homem. Ela é uma presença contínua que está além do tempo e do espaço.
O DEUS CORNÍFERO
O Deus Cornífero é o Deus fálico da fertilidade. Geralmente é representado como um homem de
barba com casco e chifres de bode. Ele é o guardião das entradas e do circulo mágico que é
traçado para o ritual começar. É o Deus pagão dos bosques, o rei do carvalho e senhor das matas.
É o Deus que morre e sempre renasce. Seus ciclos de morte e vida representam nossa própria
existência.
Ele nasce da Deusa, como seu complemento e carrega os atributos da fertilidade, alegria,
coragem e otimismo. Ele é a força do Sol e da mesma forma , nasce e morre todos os dias,
ensinando aos homens os segredos da morte e do renascimento.
Segundo os Mitos pagãos o Deus nasceu da Deusa, cresceu e se apaixonou por Ela. Ao fazerem
amor a Deusa engravida e quando chega o inverno o Deus Cornífero morre e renasce quando a
Deusa dá a luz. Este Mito contém em si os próprios ciclos da natureza onde no Verão o Deus é
tido como forte e vigoroso, no outono ele envelhece, morre no inverno e renasce novamente na
primavera.
Para a maioria pode aparentar meio incestuoso, quando afirma-se que o Cornífero seja filho e
consorte da Deusa, mas isto era extremamente comum aos povos primitivos onde os indivíduos se
casavam entre os próprios familiares para conservar a pureza da raça. Além disso simbolismo do
Mito deve ser observado, pois todas as coisas vieram do ventre da Grande Mãe inclusive o próprio
Deus e por isso para Ela Ele deve voltar.
O culto ao Deus Cornífero surgiu entre os povos que dependiam da caça, por isso Ele sempre foi
considerado o Deus dos animais e da fertilidade, e ornado com chifres, pois os chifres sempre
representaram a fertilidade, vitalidade e a ligação com as energias do Cosmos. Além disso a
Bruxaria surgiu entre os povos da Europa, onde os cervos se procriam com extremada
abundância, por isso eram freqüentemente caçados, pois eram uma das principais fontes de
alimentação.
Com a crescimento do Cristianismo e com a intenção do Clero em derrubar Bruxaria, a figura
atribuída ao Deus Cornífero acabou por personificar o Diabo e na atualidade resgatar o status
deste importante Deus torna-se bastante difícil.
O Deus Cornífero representa a luz e a escuridão, a imortalidade e a morte, a interrupção e a
continuidade. Cernunos, como também é chamado, simboliza a força da vida e da morte. É o
amante e filho da Deusa, o senhor dos cães selvagens e dos animais. É ele que desperta-nos para
a vida depois da morte. Representa o Sol, eternamente em busca da Lua. Seus chifres na
realidade representam as meias-luas, a honraria e a vitalidade e não uma ligação com o Diabo.
Ainda hoje existe muito confusão a cerca da Bruxaria e isto se deve a Igreja Medieval que
transformou os Bruxos antigos em Feiticeiros do Demônio, por conveniência.
O culto à Deusa Mãe e aos Deus Conífero é pré-cristão, surgiu milênios antes do catolicismo e do
conceito de Demônio, o qual jamais foi adorado, invocado, cultuado e reverenciado nas práticas
pagãs ou como deidade da Bruxaria.
A Arte Wiccaniana remonta os homens das cavernas e para entendermos o porque uma divindade
com chifres foi reverenciada pelos Bruxos de antigamente e é reverenciada até hoje pelos Bruxos
modernos temos que pensar como nossos antepassados.
Os chifres sempre foram tidos como símbolo de honra e respeito entre os povos do neolítico. Os
chifres exprimem a força e a agressividade do touro, do cervo, do búfalo e de todos animais
portadores dos mesmos. Entre os povos do período glacial uma divindade era representada com
chifres para demonstrar claramente o poder da divindade que o possuía.
Quando o homem saia em busca de caça, ao retornar à sua tribo colocava os chifres do animal
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capturado sobre a sua cabeça, com a finalidade de demonstrar a todos da comunidade que ele
vencera os obstáculos. Graças a ele todo clã seria nutrido, ele era o "Rei". O capacete com chifres
acabou por se tornar em uma coroa real estilizada.
Muitos Deuses antigos como Baco, Pã, Dionísio e Quíron foram representados com chifres. Até
mesmo Moisés foi homenageado com chifres pelos seus seguidores, em sinal de respeito aos seus
feitos e favores divinos.
Os chifres sempre foram representações da luz, sabedoria e conhecimento entre os povos antigos.
Portanto como podemos perceber, os chifres desde tempos imemoráveis foram considerados
símbolos de realeza, divindade, fartura e não símbolo do mal como muitos associaram e ainda
associam-nos.
O Deus Cornífero é então o mais alto símbolo de realeza, prosperidade, divindade, luz sabedoria e
fartura. É o poder que fertiliza todas as coisas existentes na terra.
A Grande Mãe e o Deus Cornífero representam juntos as forças vitais do Universo.
OS 13 PRINCÍPIOS DA BRUXARIA
Todos os praticantes da Religião da Deusa devem, ou deveriam, procurar seguir os 13 princípios
básicos propostos.
*1* Nós praticamos ritos para nos alinharmos ao ritmo natural das forças vitais, marcadas pelas
fases da Lua e aos feriados sazonais.
*2* Nós reconhecemos que nossa inteligência nos dá uma responsabilidade única em relação a
nosso meio-ambiente. Buscamos viver em harmonia com a Natureza, em equilíbrio ecológico,
oferecendo completa satisfação à vida e à consciência, dentro de um conceito evolucionário.
*3* Nós damos crédito a uma profundidade de poder muito maior que é aparente a uma pessoa
normal. Por ser tão maior que ordinário, é às vezes chamado de "sobrenatural", mas nós o vemos
como algo naturalmente potencial a todos.
*4* Nós vemos o Poder Criativo do Universo como algo que se manifesta através da Polaridade -
como masculino e feminino - e que ao mesmo tempo vive dentro de todos nós, funcionando
através da interação das mesmas polaridades masculina e feminina. Não valorizamos um acima do
outro, sabendo serem complementares. Valorizamos a sexualidade como prazer, como o símbolo e
incorporação da Vida, e como uma das fontes de energias usadas em práticas mágicas e ritos
religiosos
*5* Nós reconhecemos ambos os mundos exterior e interior, ou mundos psicológicos - às vezes
conhecidos como Mundo dos Espíritos, Inconsciente Coletivo, Planos Interiores, etc. - e vemos na
interação de tais dimensões a base de fenômenos paranormais e exercício mágico. Não
negligenciamos qualquer das dimensões, vendo ambas como necessárias para nossa realização.
*6* Nós não reconhecemos nenhuma hierarquia autoritária, mas honramos aqueles que ensinam,
respeitamos os que dividem de maior conhecimento e sabedoria, e admiramos os que
corajosamente deram de si em liderança.
*7* Nós vemos religião, magia, e sabedoria como sendo unidas na maneira em que se vê o
mundo e vive nele - uma visão de mundo e filosofia de vida, que identificamos como Bruxaria ou o
Caminho Wiccan.
*8* Chamar-se "Bruxo" não faz um Bruxo - assim como a hereditariedade, ou a coleção de títulos,
graus e iniciações. Um Bruxo busca controlar as forças interiores, que tornam a vida possível, de
modo a viver sabiamente e bem, sem danos a outros e em harmonia com a Natureza.
*9* Nós reconhecemos que é a afirmação e satisfação da vida, em uma continuação de evolução
e desenvolvimento da consciência, que dá significado ao Universo que conhecemos, e a nosso
papel pessoal dentro do mesmo.
*10* Nossa única animosidade acerca da Cristandade, ou de qualquer outra religião ou filosofia,
dá-se pelo fato de suas instituições terem clamado ser "o único verdadeiro e correto caminho", e
lutado para negar liberdade a outros, e reprimido diferentes modos de prática religiosa e crenças.
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*11* Como Bruxos Americanos, não nos sentimos ameaçados por debates a respeito da História
da Arte, das origens de vários termos, da legitimidade de vários aspectos de diferentes tradições.
Somos preocupados com nosso presente e com nosso futuro.
*12* Nós não aceitamos o conceito de "mal absoluto", nem adoramos qualquer entidade
conhecida como "Satã" ou "o Demônio" como definido pela Tradição Cristã. Não buscamos poder
através do sofrimento de outros, nem aceitamos o conceito de que benefícios pessoais só possam
ser alcançados através da negação de outros.
*13* Trabalhamos dentro da Natureza para aquilo que é positivo para nossa saúde e bem estar.
13 METAS DE UM BRUXO
1. Conhecer você mesmo
2. Conhecer a sua Arte
3. Aprender
4. Aplicar o conhecimento com sabedoria
5. Manter o equilíbrio
6. Manter suas palavras em ordem
7. Manter os seus pensamentos em ordem
8. Celebrar a vida
9. Sintonizar-se com os ciclos da Terra
10. Respirar e comer corretamente
11. Exercitar o corpo
12. Meditar
13. Honrar a Deusa e o Deus
DEUSES E DEUSAS
Os nomes dos Deuses variam de panteão para panteão.
Para os egípcios, por exemplo, Ísis seria a personificação da Grande Mãe, da Senhora, da Deusa,
enquanto que, para os celtas, ela seria Cerridwen.
O mesmo acontece com os nomes dos deuses: Hermes é o deus mensageiro dos gregos,
enquanto que Mercúrio responderia pela mesma "pasta" para os romanos.
Ou Hélio seria o deus-sol dos gregos, enquanto que, para os celtas, esse seria chamado de Lugh.
A bruxa (ou o bruxo, como queira) é muito particular na sua crença.
Ela pode se achar mais conectada com o panteão e a tradição egípcia, por exemplo, e cultuar Ísis,
Bastet, Hathor, Thoth, Osíris, etc,
ou se identificar mais com a história greco-romana e achar mais legal reverenciar os deuses deste
panteão. Ou ainda, como eu, se sentir atraída por divindades de vários panteões e prestar
homenagem tanto a Cerridwen quanto a Hécate. Isso é algo muito particular mesmo. Vai de bruxa
para bruxa.
CANÇÃO DA DEUSA
Sou a Grande Mãe, cultuada por todas as criaturas e existente desde antes de sua consciência.
Sou a força feminina primitiva, ilimitada e eterna.
Sou a casta Deus a da Lua, Senhora de toda a magia.
Os ventos e as folhas que balançam cantam meu nome.
Uso a lua crescente em minha fronte e meus pés se apoiam sobre os céus estrelados.
Sou os mistérios não solucionados, uma trilha recém-estabelecida.
Sou o campo intocado pelo arado.
Alegre-se em mim, e conheça a plenitude da juventude.
Sou a Mãe abençoada, a graciosa Senhora da Colheita.
Trajo a profunda e fresca maravilha da Terra e o outro dos campos carregados de grãos.
Por mim são geridas as temporadas da Terra; tudo frutifica de acordo com as minhas estações.
Sou o refúgio e cura.
Sou a Mãe que dá vida, maravilhosamente fértil.
Cultue-me como a Anciã, mantenedora do inquebrado ciclo de morte e renascimento.
Sou a roda, a sombra da Lua.
Controlo as marés das mulheres e dos homens e forneço libertação e renovação às almas
cansadas.
Apesar de as trevas da morte serem meu domínio, a alegria do renascimento é meu dom.
Sou a Deusa da Lua, da Terra, dos Mares.
Meus nomes e poderes são múltiplos. Distribuo magia e poder, paz e sabedoria.
Sou a eterna Donzela, a Mãe de tudo, e a Anciã das trevas, e lhe envio bênçãos de amor sem
limite.
(Baseada numa invocação criada por Morrigan)
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PRINCIPIO MASCULINO OU DEUS
Da mesma forma que toda luz nasce da escuridão, o Deus, símbolo solar da energia masculina,
nasceu da Deusa, sendo seu complemento,
e trazendo em si os atributos da coragem, pensamento lógico, fertilidade, saúde e alegria.
Da mesma forma que o sol nasce e se põe, todos os dias, o Deus nos mostra os mistérios de
Morte e do Renascimento.
Na Wicca, o Deus nasce da Grande Mãe, cresce, se torna adulto, apaixona-se pela Deusa Virgem,
eles fazem amor, a Deusa fica grávida, o Deus morre no inverno e renasce novamente, fechando
o ciclo do renascimento, que coincide com os ciclos da Natureza, e mostra os ciclos da nossa
própria vida.
Para alguns, pode parecer meio incestuoso que o Deus seja filho e amante da Deusa, mas é
preciso perceber p verdadeiro simbolismo do mito, pois do útero da Deusa todas as coisas vieram,
e, para ele,
tudo retornará.
E, se pensarmos bem, as mulheres sempre foram mães de todos os homens, pelo seu poder de
promover o renascimento espiritual do ser amado e de toda a Humanidade.
Quando discutirmos a Roda do Ano, esses conceitos serão novamente explicados na parte dos
rituais. Mas o sentido profundo do simbolismo na Bruxaria só pode ser verdadeiramente entendido
através da meditação e do contato intuitivo com a energia dos Deuses.
O Deus tem sido reverenciado há eras.
Ele não é a deidade rígida, o Todo-Poderoso do cristianismo ou do judaísmo, tampouco um
simples consorte da Deusa. Deus ou Deusa, eles são iguais, unidos.
Vemos o deus no Sol, brilhando sobre nossas cabeças durante o dia, nascendo e pondo-se no ciclo
infinito que governa nossas vidas. Sem o Sol, não poderíamos existir; portanto, ele tem sido
cultuado como a fonte de toda a vida, o calor que rompe as sementes adormecidas, trazendo-as
para a vida, e instiga o verdejar da terra após a fria neve do inverno.
O Deus é também gentil com os animais silvestres.
Na forma do Deus Cornudo, ele é por vezes representados por chifres em sua cabeça ,que
simbolizam sua conexão com tais bestas.
Em tempos mais antigos, acreditava-se que a caça era uma das atividades regidas pelo Deus,
enquanto a domesticação dos animais era vista como voltada à Deusa.
Os domínios do deus incluíam as florestas intocadas pelas mãos humanas, os desertos escaldantes
e as altas montanhas.
As estrelas, por serem na verdade sóis distantes, são por vezes associadas a seu domínio.
O ciclo anual do verdejar, amadurecer e da colheita vem há muito sendo associado ao Sol, daí os
festivais Solares da Europa, os quais são ainda observados na Wicca.
O Deus é a colheita plenamente madura, o vinho inebriante extraído das uvas, o grão dourado
que balança num campo, as maçãs vicejantes que pendem de galhos verdejantes nas tardes de
outono.
Em conjunto com a Deusa, também ele celebra e rege o sexo. A Wicca não evita o sexo ou fala
sobre ele por palavras sussurradas.
É uma parte da natureza e assim é aceito.
Por trazer prazer, desviar nossa consciência do mundo cotidiano e perpetuar nossa espécie, é
considerado um ato sagrado.
O Deus nos imbui vigorosamente no desejo que assegura o futuro biológico de nossa espécie.
Símbolos normalmente utilizados para representar ou cultuar o Deus incluem a espada, chifres, a
lança, a vela, ouro, bronze, diamante, a foice, a flecha, o bastão magico, o tridente, facas e
outros.
Criaturas a ele sagradas incluem o touro, o cão, a cobra, o peixe, o dragão, o lobo, o javali, a
águia, o falcão, o tubarão, os lagartos e muitos mais.
Desde sempre, o Deus é o Pai do Céu, e a Deusa a Mãe da Terra.
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O Deus é o céu, da chuva e do relâmpago, que desce sobre a Deusa e une-se a ela, espalhando
as sementes sobre a terra, celebrando a fertilidade da Deusa.
A CHAMADA DO DEUS
Sou o radiante Rei dos Céus, inundando a Terra com calor encorajando a semente oculta da
criação a germinar-se em manifestação.
Ergo minha brilhante lança para iluminar as vidas de todos os seres e diariamente despejar meu
ouro sobre a Terra, expulsando as forças das trevas.
Sou o mestre dos animais selvagens e livres.
Corro junto ao ágil gamo e pairo como um falcão sagrado no céu cintilante.
Os antigos bosques e locais silvestres emanam meus poderes, e as aves voadores cantam minha
santidade.
Sou ainda a última colheita, oferecendo grãos e frutos entre a foice do tempo, para que todos
sejam alimentados.
Pois sem a plantação não pode haver colheita; sem inverno, não haverá primavera.
Cultue-me como o sol da criação de mil nomes, o espirito do gamo cornudo nos bosques, a
infindável colheita.
Observe no ciclo anual dos festivais o meu nascimento, minha morte e meu renascimento - e
saiba que este é o destino de toda a criação.
Sou a centelha de vida, o radiante sol, o que dá paz e descanso, e envio meus raios de bênçãos
para aquecer os corações e fortalecer as mentes de todos.
A LEI DO PODER
- O Poder não deve ser usado para prejudicar, machucar ou controlar outras pessoas. Mas se
houver necessidade, o poder deve ser usado para proteger sua vida ou a vida de outros.
- O Poder só é usado de acordo com a necessidade.
- O Poder pode e deve ser usado para o seu proveito, desde que não prejudique ninguém.
- Não é sábio aceitar dinheiro para o uso do Poder, por que o dinheiro pode corromper.
- Não use o Poder por soberba.
- Nunca se esqueça de que o Poder é um presente sagrado da Deusa e do Deus e nunca deverá
ser usado erroneamente ou abusado.
Que assim seja para o bem de todos!!!
A LEI TRÍPLICE
É comum os wiccans dizerem frases, do tipo: "faça o que quiseres, se for para o bem" e outras
frases, que ouvidas ou lidas por pessoas leigas em Wicca, podem ser mal interpretadas e podem
levar estes leigos a pensar que nossa religião não tem qualquer tipo de controle, pois "Tudo é
Permitido!", o que sabemos que não é verdade!
A verdade é que temos a Lei Tríplice, a única Lei Wiccan, que na verdade é a mais completa, das
200.000 que poderiam existir.
Esta Lei se baseia no princípio de que tudo que fizermos retornará para nós (aquele que pratica o
ato) 3 vezes maior do que fizemos inicialmente.
Veja, se desejarmos, por exemplo, que uma determinada pessoa caia e quebre o nariz, pode ter
certeza que mesmo demorando este desejo inicial retornará 3 vezes maior fazendo com que você
(que desejou) caia, quebre o nariz, os braços e a cabeça!
É claro que isto é apenas um exemplo, mas acho que serve para você entender o significado da
Lei Tríplice.
Devemos tomar muito cuidado com tudo o que fazemos na Wicca, pois o que pensamos estar
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certo pode voltar como uma bomba sobre nós.
Muitas vezes você pode interferir, sem saber, na vida de uma pessoa ou no curso natural das
coisas ao seu redor. Esta interferência pode ser ruim para o caminhar natural das coisas ou
pessoas.
Já parou para pensar que as pessoas têm seu livre arbítrio para fazer ou deixar de fazer o que
bem entender?
Antes de ajudar uma pessoa que se encontra enferma numa maca de hospital, você precisa ter o
consentimento dela, pois a SUA vontade de que ela melhore e saia do hospital pode ser contrária
à da pessoa que quer mais é morrer, porque não vê mais sentido em nada!
O mesmo se aplica àquelas pessoas que por amor ou loucura, não sei, quer "amarrar", ou seja,
obrigar uma pessoa, que nem sabe que ela existe, ficar de "4", perdidamente apaixonado e cego
de amores...Acha isto certo? Acho que não, né? Pior ainda quando estas pessoas loucas de amor
decidem fazer feitiços usando as energias e procedimentos mirabolantes para conseguir o que
quer! E Conseguem!!!!!! Não é novidade nenhuma escutar casos de casamentos desfeitos e
tragédias homéricas por causa destas ações. Com certeza, o troco chegará, cedo ou tarde, mas,
chegará!
Para estas pessoas, um recadinho: CUIDADO!!!
Claudiney Pietro, em seu livro "Wicca - Ritos e Mistérios da bruxaria moderna", diz o seguinte:
"Quando interferimos no livre arbítrio de uma pessoa estamos efetuando um ato negativo contra a
pessoa e contra nós mesmos. Quando um Bruxo faz isso, está trabalhando com a Baixa Magia, e
ele pagará caro, pois o Universo nos retribui tudo o que emitimos aos outros numa escala de 3."
Ponha uma coisa em sua cabeça: NO UNIVERSO HÁ A FAMOSA LEI DO REFLEXO, OU SEJA, TUDO
QUE VOCÊ FAZ, VOLTA PARA VOCÊ MESMO E MUITO MAIS FORTE! Ponto final e não discutamos
mais sobre esta questão.
Claudiney, prossegue afirmando que os feitiços são parte integrante do núcleo operacional da
Wicca. Este feitiço é colocado pelo autor como sendo "um conjunto de técnicas e conhecimentos
específicos que quando colocados em prática, enviam uma projeção mental ao Universo"..."Um
feitiço age DIRETAMENTE com a natureza"... "Tudo na natureza é vivo e possui energias
específicas acumuladas"..."quando canalizadas corretamente, passam à agir em benefício
daqueles que sabem utilizá-las".
Você precisar ser consciencioso quando usar suas energias em seus ritos. Tenha em mente que
apesar de muitas vezes esquecermos deste detalhe, NÃO SOMOS SENHORES DA MAGIA, DAS
PESSOAS E DAS SITUAÇÕES!
Scott Cunningham em seu livro Guia Essencial da Bruxa Solitária dá algumas dicas de como você
utilizar bem seu poder evitando assim, ser punido por seu mal uso. Vamos a elas:
*1* O Poder não deve ser usado para gerar danos, males ou para controlar os outros. (Se surgir
necessidade para tais atos, o Poder deverá ser usado APENAS para proteger sua vida ou de
outros);
*2* O Poder só deve ser utilizado conforme as necessidades;
*3* O Poder pode ser utilizado em seu benefício, desde que ao agir não prejudique ninguém;
*4* Não é sábio aceitar dinheiro para utilizar o Poder, pois ele rapidamente controla o que o
recebe. Não seja como os de outras religiões;
*5* Não utilize o Poder por motivo de orgulho, pois isto desvaloriza os mistérios da Wicca e da
magia;
*6* Lembre-se sempre de que o Poder é um Dom sagrado da Deusa e do Deus, e não deve
JAMAIS ser mal usado ou abusado;
Agora vai minha dica: antes de agir em favor ou contra algo ou alguém, pare, reflita em cada uma
destas dicas de Scott Cunningham e veja se não fere nenhuma. Se estiver tudo certo, siga
tranqüilo.
Não é necessário que se tenha 13 pessoas no Coven, pois é melhor se trabalharem duas ou três
pessoas afinadas do que uma multidão que não se entende! Um Coven problemático é uma
grande dor-de-cabeça, e nenhuma energia positiva consegue fluir nessas condições. Ao atingir
mais que 13 membros, algumas pessoas do Coven podem optar por formar seus próprios grupos
interligados, dando origem ao que se chama de Clã. Dentro do Clã, todos os Covens mantêm a
sua independência e trocam informações. Num Coven, todas as pessoas são iguais. Muitas vezes,
eu uso expressões no feminino durante o curso. Isso não deve ser visto como se o homem fosse
menos importante para a Wicca. Deve haver um equilíbrio entre as energias masculina e feminina
para que haja harmonia em nossas vidas.
Algumas pessoas começam o círculo pelo Leste, mas eu prefiro a maneira Celta e sempre começo
pelo Norte. Na Tradição Celta, o Norte é sagrado, pois é pelo Norte que o guerreiro entra no
círculo do conhecimento, e foi pelo Norte da Terra que os Celtas vieram para a Europa. Uma
forma de traçar o círculo é dizer: "Pelo Poder da Deusa e do Deus, pelos Guardiões dos
Quatro Quadrantes, eu traço este Círculo Sagrado. Deste espaço nenhum Mal sairá, e
nele nenhum Mal poderá entrar!" Se você quiser, pode para em cada Quadrante e convidar os
Elementais para entrar no círculo. Antes de iniciarmos o ritual, o lugar em que será traçado o
Círculo deve ser varrido com a Vassoura para eliminar qualquer negatividade. Mesmo assim,
devemos evitar fazer rituais em locais negativos. Na maioria das vezes, o Círculo é traçado no
sentido horário durante os Sabás e no sentido anti-horário para os Feitiços, em especial nos
trabalhos para se banir energia negativas. Dentro do Círculo deve haver um símbolo em cada
Quadrante representando os Quatro Elementos: Água, Sal ou qualquer objeto marinho para a
Água a Oeste; uma vela ou enxofre para o Fogo ao Sul; um pouco de terra ou uma planta para a
Terra ao Norte; e uma pena ou incenso para o Ar a Oeste. Esses elementos podem ser
substituídos por velas na cor dos Quadrantes. Na Tradição Celta, as cores são: Negro para o
Norte, representando a meia-noite; Vermelho para o Leste, representando o nascer do Sol; Branco
para o Sul, representando o Sol do meio-dia; e Cinza, Azul ou Púrpura para o Oeste,
representando o crepúsculo. Não é meu objetivo apresentar um Ritual para ser copiado, e sim dar
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uma base para que você crie os seus próprios rituais, de acordo com suas características e
possibilidades. Antes de iniciar o Ritual, tudo já deve ter sido planejado com antecedência, e as
funções de cada um já devem estar determinadas. Depois de traçado o Círculo, a sacerdotisa
convida a Deusa para entrar no Círculo, e o Sacerdote faz o convite ao Deus. Esse ritual de
evocação dos Deuses pode ser feito por outros membros do Coven se for o desejo da Sacerdotisa.
Ela é a senhora do Coven, sendo sua atribuição determinar as funções de cada um, bem como
dirigir um ritual e determinar seu andamento. Na falta de uma Sacerdotisa, essas atribuições vão
para o sacerdote do Coven. Cabe também à sacerdotisa explicar o porquê do ritual e de tudo o
que será feito para o Coven, naquela ocasião. Os rituais são feitos após o crepúsculo, seguindo a
Roda do Ano. Caso se trate de um ritual para a realização de um Feitiço, é melhor seguir as
tabelas de Horário Planetário, que são dadas no final do curso, mas sem se prender
demasiadamente a eles, pois nem sempre se pode fazer o Ritual no dia e hora mais propícios.
o O Coven pode fazer alguma visualização ou alguma atividade relacionada com o Sabá ou Feitiço
a ser realizado. o Logo após, a Sacerdotisa e o Sacerdote realizam a Consagração do Vinho. A
Sacerdotisa segura o Cálice com ambas as mãos e diz:
"- Este é o Útero da Grande Mãe. Dele todas as coisas do Universo foram criadas."
o Então, o Sacerdote segura o Athame com as duas mãos e introduz a ponta no Cálice, tocando
levemente o vinho, enquanto diz:
"- Este é o Falo Divino. Este é o Poder da Fertilidade."
o A Sacerdotisa diz:
"- A União da Deusa e do Deus foi feita. Toda a vida foi criada. Abençoado seja o Amor dos
Deuses!"
o Todo o Coven responde:
"- Abençoado seja!"
o O Sacerdote retira o Athame do Cálice, beija a lâmina e recoloca no Altar.
o A Sacerdotisa derrama um pouco de vinho no Caldeirão (ou no chão, se o ritual for ao ar livre).
Isto é chamado Libação, e representa uma oferenda aos Deuses. Depois, ela bebe um gole de
vinho, dá o Cálice ao Sacerdote, que, após beber, passa aos outros membros do Coven. O último
a beber devolve o Cálice à Sacerdotisa, que deve recolocá-lo no Altar. As funções do Sacerdote e
da Sacerdotisa podem mudar durante a Consagração, mas, nesse caso, se o Sacerdote segura o
Cálice, ele deve se ajoelhar diante da Sacerdotisa.
o Todos os membros devem beber vinho e comer um pedaço de pão, quando o ritual exigir que
ele seja compartilhado. Nesse caso, o primeiro pedaço também deve ser jogado no caldeirão
como oferenda.
o Depois da Consagração, os membros podem queimar suas oferendas e pedidos no Caldeirão.
o Nessa hora, todos devem dar as mãos e girar ao redor do fogo, para criar o Cone do Poder.
Esse é o nome da Grande Massa de energia criada durante o Ritual. Ela circula pelos corpos
energéticos de todos os membros do Coven e se junta num ponto acima do Círculo. Essa
concentração de energia recebeu esse nome porque os videntes dizem enxergá-la em forma de
cone, de onde vieram as representações de Bruxas e Magos usando chapéus pontudos. Muitos
dizem que essa forma auxilia a captação de poder, como acontece nas pirâmides. Se você quiser
testar é só fazer uns chapéus em forma de cone para o seu grupo. Se não ajudar em nada, pelo
menos é bem divertido!
o Cabe à sacerdotisa perceber quando o nível de energia atingiu um nível satisfatório. Então, ela
ergue os braços e todos imitam o seu movimento, lançando o Cone em direção ao Universo, para
que seus objetivos sejam realizados.
o Depois de enviado o Cone, todos devem entrar numa fase de relaxamento, onde se pode
dançar, ler poesias ou simplesmente partir para os Bolos e Vinho. Esse compartilhar de alimentos
é uma das partes mais importantes do Ritual, pois é através da sua Alegria que você faz a
verdadeira Comunhão com os Deuses.
o O Ritual não deve ter muitas formas rígidas. cada um deve criar a sua própria forma de chamar
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os Deuses. Não se desespere caso você gagueje ou esqueça aquele belo ritual decorado. Dê umas
boas risada e vá em frente!
o Se você não tem senso de humor, esqueça a Wicca, pois você nunca será uma Bruxa!
o Isto não quer dizer que você possa entrar no Círculo para fazer palhaçadas, sem nenhum
respeito aos Deuses. A Bruxaria tem seus momentos de descontração e seriedade. Cabe a você
saber diferenciar as situações.
o Quando o grupo decidir terminar o Ritual, as pessoas que evocaram os Deuses devem agradecê-
los e se despedir. A mesma pessoa que traçou o círculo deve abri-lo, fazendo o traçado no sentido
oposto ao que foi traçado, e também deve se despedir de todas as entidades que foram
convidadas e agradecer sua ajuda, dizendo:
"- Pelo Amor do Deus e da Deusa, pelos Guardiões dos Quatro Quadrantes, eu abro este Círculo
Sagrado. Ele está Aberto, mas não Quebrado. Que ele seja enviado ao Universo."
o Feliz encontro, feliz partida, feliz encontro novamente. Que assim seja, para o Bem de Todos!
É muito importante a criatividade nos Rituais. Eles não devem ser interrompidos, e, salvo em caso
de necessidade, nenhum membro deve sair do Círculo até o final. Se isso tiver que ser feito, deve-
se pular a Vassoura para não quebrá-lo, pois, se isso ocorrer, todo o Ritual de Abertura terá que
ser feito novamente. Quem tiver algum problema de saúde não deve participar dos Rituais. Se
alguma pessoa se sentir mal, deve sair imediatamente do Círculo. Grávidas, pessoas idosas ou
muito jovens devem ter cuidados especiais. Pode-se iniciar as pessoas no Coven a partir dos 13
anos, ou, no caso das meninas, após a primeira menstruação. Não é comum crianças pequenas
nos Rituais, mas elas podem participar de alguns Rituais em família. Para os que têm filhos, é
aconselhável que se criem Rituais leves para que as crianças conheçam os Deuses e desenvolvam
seu Amor pela Natureza. Um exemplo seria criar um Ritual simples para que as crianças
consagrassem um jardim ou pedissem aos Deuses proteção para seus bichinhos de estimação.
A Bruxa Solitária deve seguir os mesmos passos dados acima, com a diferença de que ela mesma
consagrará o Vinho e dançará em volta do Caldeirão para formar o Cone do Poder. Não se
preocupe, pois você, desde que tenha a necessária concentração, poderá formar um Cone do
Poder tão bom quanto um grupo de várias pessoas, especialmente se elas não estiverem em
sintonia. No final do curso é dado o Ritual de Auto-Iniciação, que serve de base para a criação
pessoal. se a pessoa estiver sendo iniciada num Coven, ela deve ser trazida para dentro do Círculo
e iniciada pela Sacerdotisa ou Sacerdote. fará os mesmos votos dados na Auto-Iniciação, e
prometerá nunca revelar os nomes mágicos de seus companheiros do Coven. Em muitos Covens,
a pessoa é apresentada aos Quatro Quadrantes, enquanto a Sacerdotisa desenha com o dedo um
Pentagrama em sua testa e em seu coração. Então, a pessoa revela seu Nome Mágico para o
Coven e recebe seu Athame, seu Pentagrama e outros símbolos do Coven. Cada grupo deve criar
seu próprio Ritual de Iniciação, mas procurando evitar coisas como vendar os olhos, amarrar ou
encostar o Punhal no peito das pessoas, pois eu, por experiência própria, sei que isso é bastante
desagradável. O Ritual de Iniciação é uma ocasião festiva e não um trote de faculdade! Depois de
Iniciada, a pessoa passará por um período de Um Ano e Um Dia de estudos para depois confirmar
seus votos. Se, em algum momento, ela decidir deixar o Coven, poderá fazê-lo sem sofrer
pressões, ameaças ou maldições. O Coven não poderá fazer com que ninguém jure coisas
absurdas nem interferir na vida particular de seus membros! Isto não cabe dentro da Wicca, e só
pessoas desequilibradas agem dessa forma! Todas as pendências devem ser resolvidas durante os
Esbaths, de maneira amigável, e nunca durante os Rituais. Toda Bruxa deve ter a sua vida
solitária fora do Coven, sendo que este não deve se responsabilizar ou intrometer nessas
atividades. O Coven não pode exigir dinheiro para que as pessoas sejam iniciadas ou assistam aos
rituais, mas é lícito que os membros contribuam para a manutenção do grupo e cobrem por
serviços como cursos, palestras, atendimento através de oráculos, etc., visto que o grupo sempre
precisará de fundos para se manter, funcionando como uma cooperativa.
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REGRAS DA MAGIA
Antes de praticar qualquer tipo de magia, nunca se esqueça dessas dez regras:
1- UTILIZAR O CÍRCULO DE PROTEÇÃO;
2- NÃO PENSAR NEGATIVO DURANTE A MAGIA;
3- NÃO PREJUDICAR NINGUÉM;
4- SABER LIDAR COM ANJOS E ESPÍRITOS;
5- SABER O CONTÉUDO DA MAGIA;
6- QUEIMAR O INCENSO ATÉ O FIM;
7- NÃO SOPRAR AS VELAS PARA APAGAR;
8- NÃO COMEÇAR NADA NA LUA MINGUANTE;
9- ECONOMIZAR AS ERVAS AO MÁXIMO;
10- O PODER VEM DE DENTRO DE VOCÊ;
ENERGIA
Energia Natural
É a Energia dos elementos da Natureza, como Ervas, Cristais, Componentes animais e também o
uso das linhas de força do Planeta, conhecidas como Forças Telúrica.
Energia Elemental
É aquela em que a Bruxa pede ajuda a seres ligados aos Quatro Elementos (Água, Fogo, Terra e
Ar), isto é, trabalha com os Gnomos, Fadas, Salamandras, Silfos, Dragões e outros seres do
mundo Astral.
Energia Planetária
Como o próprio nome diz, é o trabalho com as Energias dos Planetas. As Bruxas, de um modo
especial, trabalham com a chamada Energia Lunar, pois a Lua é um refletor não só da Energia
Solar como da Energia de todos os Planetas do nosso sistema.
Energia Divina
É quando a Bruxa trabalha diretamente com os Deuses, evocando seu poder para o trabalho
mágico.
Energia Pessoal
É aquela gerada interiormente, ou seja, da própria fonte de Energia interna da Bruxa. Essa
Energia é chamada Kundalini no Oriente, e nada mais é do que a energia Sexual do ser humano,
que, na verdade, é a nossa maior fonte de Poder Pessoal.
Para resumir, quando a Bruxa ergue o Cone do Poder, ela está gerando seu próprio Poder Pessoal,
através da Energia Sexual, ou está drenando Energia de alguma das fontes citadas acima. O mais
comum é utilizarmos várias dessas fontes durante um Feitiço. Por exemplo, podemos utilizar a
Energia das Plantas e água energizadas pela Lua, carregarmos com nossa Energia Mental, e ainda
chamar os Elementais e os Deuses para nos ajudar!
Quando trabalhar com os Deuses, nunca misture Panteões! Na Dúvida, use os termos Deusa e
Deus, pois todas as deusas são uma só Deusa, e todos os deuses são o mesmo Deus!
Nunca trabalhe após as refeições, e, no dia dos Feitiços, procure não comer carne ou ingerir
bebidas alcoólicas. Evite qualquer tipo de droga ou calmante, e tome somente os remédios
estritamente necessários! Nunca faça um Feitiço quando estiver doente ou esgotada fisicamente,
a não ser numa emergência! Um Ritual pode consumir muito mais Energia do que uma aula de
aeróbica, ou uma partida de futebol! Portanto, não seja como certas pessoas muito Espiritualistas,
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que descuidam do corpo e depois querem ser Bruxas! Prefira alimentos naturais, tome vitaminas e
pratique algum esporte! Aulas de Artes Marciais são ótimas! Se não for possível, pelo menos faça
caminhadas, de preferência numa praia ou parque, onde tenha muito verde!
Nunca esqueça de traçar o círculo quando for realizar um Feitiço. Eu costumo sempre chamar os
Deuses e Elementais adequados para me auxiliar. Sempre eu tomo um banho antes do Ritual e
procuro determinar exatamente o que será feito, para que não haja dúvidas durante a execução.
Se você tiver um Animal Guardião, pode chamá-lo para ficar em sua companhia durante o Feitiço.
Você deve montar o altar com as velas do Deus e da Deusa, colocar pelo menos algum símbolo
para os Quatro Elementos, um incenso apropriado, ervas e outros materiais. As ervas devem ser
queimadas dentro do Caldeirão. O Fogo deverá ser o foco da sua concentração. Gire em torno
dele para criar o Cone do Poder, como já foi explicado. O sucesso de um Feitiço depende muito
mais da sua concentração que dos materiais utilizados. A Força da Emoção e da Vontade é
essencial para que se consiga bons resultados. Você pode criar um mantra, que será repetido
enquanto você gira ao redor do Caldeirão. Esse mantra pode ser uma palavra que tenha a ver
com o Feitiço, uma canção ou rima criada de acordo com o seu desejo.
É comum as Bruxas fazerem versos que são recitados durante o Feitiço. Por exemplo:
Á primeira vista, isso pode parecer meio bobo, mas é uma poderosa forma de alterar a sua
consciência. Para se fazer um Feitiço é importante que se tenha quatro itens: DESEJO,
CONCENTRAÇÃO, VISUALIZAÇÃO E EXPECTATIVA! É preciso ter um forte DESEJO, pois um
Feitiço depende muito da carga emocional que você conseguir projetar nele. Você precisa saber
exatamente o que você quer e permanecer firme a essa idéia! Também é necessária uma boa
dose de CONCENTRAÇÃO para que não se desvie do seu objetivo e possa manter uma imagem
fixa do seu desejo durante o Ritual. Para que um desejo atinja os níveis mais profundos de nossa
mente é necessário que ele seja expresso em imagens, pois o Inconsciente trabalha através de
símbolos e não de palavras. É importante que você consiga fazer uma VISUALIZAÇÃO do seu
desejo realizado, num quadro o mais perfeito possível! No começo, pode parecer difícil, mas seria
bom fazer alguns elementos de Visualização. Um exercício simples é olhar para um objeto, fechar
os olhos e tentar revê-lo novamente com o máximo de detalhes. OU simplesmente tentar criar
cenas mentais, o mais exatas possíveis. Mas a boa visualização não significa apenas ver um
objeto! Se você está imaginando uma fruta, por exemplo, o certo é você imaginar seu gosto,
cheiro, textura, etc. A boa Visualização leva em conta todos os sentidos! Finalmente, você precisa
de uma EXPECTATIVA favorável, isto é, você tem de acreditar realmente que seu Feitiço vai
funcionar! Muitas vezes, essa é a parte mais difícil, pois seria preciso manter o espírito confiante
de uma criança, mas as pessoas, com o passar do tempo, aprendem a duvidar, especialmente se
o Feitiço demora um pouco para acontecer! Tudo no Universo tem seu tempo certo, e às vezes
temos que ter paciência e esperar o momento favorável. Muitos feitiços que eu fiz no começo de
meu trabalho com Feitiçaria não se realizaram por esse motivo! No final do curso existe uma
Tabela de correspondências para facilitar o seu trabalho, mas é preciso que você pesquise novos
materiais, estude plantas medicinais (especialmente as da sua região) e crie novos Feitiços de
acordo com a sua personalidade. A Wicca é um aprendizado constante, um eterno exercício de
criatividade! Sempre que encerrar um Feitiço, diga: "Que o meu desejo se realize, para o BEM DE
TODOS!" Isso evitará resultados desagradáveis. Por último, é preciso ter paciência e até aprender
com os próprios erros, pois, quando se está engatinhando no mundo da Bruxaria, nem tudo corre
exatamente como desejamos. Muitas vezes, um Feitiço falha porque você não estava num dia
propício, ou precisa um pouco mais de concentração. Isso tudo vem com o tempo.
Muito mais importante é que você consiga se harmonizar com as forças da Natureza. Se liberte de
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muitos preconceitos e encontre o caminho da Alegria. Que este curso possa se tornar uma
pequena semente, o ponto de partida para sua evolução. Um dia, nos encontraremos, e, nesse
dia, espero que vocês tenham muito a me ensinar. Que os Deuses estejam em todos os seus
caminhos. Que possam encontrar dentro de vocês tudo o que eu não pude ensinar, pois o coração
é o melhor professor.
OS ELEMENTOS
Já que acreditamos na dualidade das coisas, de tudo que é visível e invisível, sabemos que
existem também seres obscuros como as Fadas dos Pântanos, os Silfos das Tempestades, a horda
de Gnomos malignos, as Salamandras incendiárias (causadoras de grandes incêndios ou erupções
vulcânicas), as Ondinas dos grandes maremotos e das correntezas dos rios, entre muitos outros. É
necessário que através dessas forças a natureza se transforme ou se renove. Esses são os
Elementares. Os Elementares são seres que possuem energias mais elementares, ou seja,
telúricas, possuindo corpos mais densos, estando em um estágio entre os Elementais e o homem.
Convivem com o homem somente por vontade própria e não sob obediência. São conhecidos,
também, como mensageiros dos Gnomos, pois estes não se aproximam das grandes cidades.
O mais conhecido dentre eles, é o Duende. Os Duendes, por sua natureza, pertencem ao lado
material das coisas, deixando os elementos do espírito em segundo plano. São do tipo brincalhão
e falante. Gostam de assustar, mas, também, são excelentes porta-vozes entre o reino humano e
o elemental. São pequenos anões de 30 cm de altura, ligados à Terra e que geralmente
conseguem controlar imprevistos da natureza. Adoram comer e fazer brincadeiras tais como
esconder objetos. Alguns possuem orelhas grandes e pontudas e grande quantidade de pêlos no
corpo.
O ponto de vista mudou na maior parte com avanços da ciência, mas os quatro elementos são
aceitados, porque estão ligados com as emoções, e com a natureza do que são as explanações
modernas do mundo. Estes * elementos mágicos * são também de alguma importância na
astrologia. Muitos ocultistas pensam dos elementos mágicos como forças, ou como * qualidades *
da energia; especial dentro do mundo astral. Cada elemento tem um símbolo e uma cor. (os
símbolos comuns são fogo: um triângulo que aponta acima; ar: um triângulo que aponta acima e
com de uma linha horizontal através do meio dele; água: um triângulo que aponta para baixo;
terra: um triângulo que aponta abaixo e com uma linha horizontal através do meio dele.) As cores
dos elementos são terra: marrom e verde; água: azul; fogo: vermelho; ar: amarelo.
ELEMENTARES ARTIFICIAIS
Existe uma diferença entre os Elementares artificiais e naturais. Os Elementares naturais (da
natureza) são os Duendes. Os Elementares artificiais (criados pelo pensamento humano) são os
Íncubos e Súcubos (vampiros sexuais) e as várias Formas de Pensamento. Os íncubos são
espíritos malignos masculinos que vem copular com as mulheres, e súcubos são espíritos malignos
femininos que vem copular com os homens. Sabemos que, além do fenômeno de materialização
de espíritos, existe a possibilidade de um grau avançado de clarividência que permite a um espírito
tornar-se tangível apenas para o médium que o visualiza. Esses dois Elementares são semelhantes
ao espírito descrito no livro "Dona Flor e seus Dois Maridos", de Jorge Amado.
OS QUATRO ELEMENTOS
"Água"
Nos mares, nos rios, nas corredeiras, nas cachoeiras, nas nossas veias... correm fluídos de vida e
de força. A Água é a Senhora das emoções. Através dela todo nosso corpo libera os medos, as
tristezas e as alegrias. Ela é responsável por purificar os corpos e é também o sêmen do homem
quando cai sobre a terra fertilizando-a . A água é a força escorrendo pela terra... e por nossos
corpos. Sem ela não sobreviveremos, sem ela não teremos vida. Os estudos esotéricos identificam
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um Ser que habita as águas e promove suas bênçãos para o Universo. Os elementais da água são
as Ondinas. Os Xamãs utilizam a água em rituais de purificação e renovação do ser interior. Os
lugares mais adequados são os fluxos naturais de água, pois guardam a força viva da natureza em
si.
"Terra"
Nos campos, nas florestas, nas montanhas, no nosso corpo... sentimos a força da Mãe Terra. Nela
reside a força que nos nutre e alimenta para a vida. A terra possui tudo que o homem precisa
para viver e é neste ensinamento, muito simples, que os Xamãs descobriram onde residem suas
riquezas... é na terra, é no nosso corpo, Templo Sagrado, lugar onde reside também o nosso ser
superior, nossa consciência do cosmo. A terra é solicitada nos rituais onde é necessário buscar a
força da vida, da encarnação. O homem vive, muitas vezes, fugindo de seus fantasmas e dos seus
abismos e por isso não consegue viver plenamente sua vida. Os Xamãs, nos processos de cura,
buscam a ajuda da terra para curar aquele ser "doente", sem vida, apático, sem estímulos para
viver ou simplesmente alheio ao mundo que o cerca. O Xamanismo busca essencialmente o
encontro do homem com o seu propósito na vida e assim o despertar para algo além do mundo
material. Os elementais da terra são os Gnomos.
"fogo"
No Sol, nas estrelas, nas fogueiras ou nas brasas, no nosso coração... sentimos a luz da vida. O
fogo é o elemento das transmutações, da transformações. Sua força luminosa indica o caminho
que deve ser seguido por aquele que conhece os ensinamentos do Universo. O fogo é a chama
que, acesa dentro de nós, faz brilhar nossa aura e nossos olhos, revelando a força de nosso
espírito. Ele conduz-nos à sabedoria interior de cada um. Os Xamãs pedem ajuda ao Avô Fogo,
como é chamado pelos índios, quando é hora de trabalhar as mudanças. O fogo auxilia no
processo de limpeza também, o velho cedendo lugar ao novo. A Sauna Sagrada é um dos lugares
usados, pelos Xamãs, nos processos de cura pelo fogo. Os elementais do fogo são as
Salamandras.
"ar"
Nos ventos, nas brisas, na nossa respiração... sentimos o sopro de vida vindo do Universo. O ar é
um fio condutor que nos une ao Grande Pai e a Grande Mãe. Ao nascer, nós iniciamos este ritual
da respiração: inspirar e expirar, onde a vida e a morte se encontram continuamente, ensinando-
nos a lição mais importante no ato de viver que é compreender a própria morte como parte
inseparável da vida. Os Xamãs pedem ajuda ao ar, quando é preciso reaprender a respirar, a
viver. O ar auxilia o curador quando alguém precisa muito se dar conta da sua vida (encarnação)
e da sua morte (transmutação), do inspirar (ganhar vida) e do expirar (doar vida). Os elementais
do ar são os Silfos.
Elemento Direção
Terra Norte
Água Oeste
Fogo Sul
Ar Leste
OS INSTRUMENTOS MÁGICOS
O SIGNIFICADO E USO DE CADA INSTRUMENTO NA BRUXARIA
Todo Bruxo deve estar munido de Instrumentos Mágicos para manipular a energia dos 4
elementos. Na hora em que o Bruxo empunha o seu instrumento mágico e ergue-o no ar, é como
se fosse uma ordem enviada ao mundo dos Deuses para que o poder seja liberado.
Os instrumentos usados nos rituais da Wicca têm a sua origem perdida no tempo. Eles são
importantes focos de concentração e ferramentas para provocar alterações de consciência, mas é
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preciso que se saiba exatamente o seu significado para que sejam usados corretamente. Embora
eles possam dar um toque de beleza e alegria aos rituais, uma verdadeira Bruxa jamais deve ficar
dependente deles, porque a verdadeira Bruxa se faz com a mente e com o coração!
O ALTAR
O ideal é que o altar seja posicionado no Norte pois acredita-se que este é o lugar onde "moram"
os deuses, sendo considerado o ponto de partida para todas as operações mágicas. Montar um
altar mágico não é nada difícil, pois a maioria dos instrumentos nós todos temos em casa. O
pentáculo, aquela estrela de cinco pontas da qual falei, é fácil de ser feito, caso você não o
encontre nas lojinhas de artigos esotéricos (a Alemdalenda sempre tem um desses). A taça pode
ser substituída por um copo, desses comuns mesmo que nós consagraremos para uso mágico. O
bastão pode ser uma vara, um galho caído, igualmente consagrado. Mas note bem, não se deve
cortar o galho. Na bruxaria, nós não tomamos nada, recebemos de graça. E, por último, o athame
pode ser uma faca de cozinha que você também deverá consagrar para utilizar na sua magia.
Sempre que possível, uma Bruxa deve ter seu Altar, que deverá ser seu ponto de ligação com os
Deuses. Não precisa ser nada complicado ou Luxuoso. Tradicionalmente, ele deve ficar ao Norte.
Uma vela preta é colocada a Oeste simbolizando a Deusa, e uma vela branca a Leste para o Deus.
No Altar deve estar o Cálice e o Athame, o Pentagrama, a Varinha e outros objetos utilizados nos
rituais. Também é comum se colocarem símbolos para os Quatro Elementos, como uma pena para
o Ar, uma planta para a Terra, uma vela vermelha ou enxofre para o Fogo, e, logicamente, Água
para esse mesmo Elemento. Muitas pessoas colocam um símbolo para a Deusa e o Deus, como
uma concha e um chifre, ou mesmo estátuas e gravuras dos Deuses. Abuse da sua criatividade,
pois o Altar é o seu espaço pessoal, onde deve ser colocado todo o seu Amor. Se, por algum
motivo, você não puder montar um Altar onde você mora, crie um espaço na sua imaginação, pois
o verdadeiro Templo está dentro de você, ou vá para a Natureza e faça dela o mais lindo de todos
os santuários. Nós gostamos ainda de utilizar, bem no centro do nosso altar, um caldeirão de
ferro, apoiado em um tripé, pois este representa o "útero" da Mãe. Nele, fazemos nossos feitiços,
poções, queima de incenso e pedidos e tudo mais. Achar um caldeirão não é lá muito fácil,
dependendo de onde se mora mas o meu eu encontrei numa daquelas lojas onde se vende
churrasqueiras de ferro, panelas rústicas, essas coisas.
Por vezes é redondo, para representar a Deusa e a espiritualidade, apesar de também poder ser
quadrado, simbolizando os quatro elementos. Pode ser nada mais do que uma área no chão, uma
caixa de papelão coberta com um pano, dois blocos com uma tábua sobre eles, uma mesa de café
ou seja pode ser em qualquer lugar. O Lado esquerdo do altar é geralmente dedicado à Deusa
seus instrumentos sagrados são ali depositado: o cálice, o pentagrama, o sino, os cristais e o
caldeirão. Pode-se ainda, colocar uma imagem da Deusa ali, e também apoiar uma vassoura no
lado esquerdo do altar. No lado direito, a ênfase é no Deus. Uma vela vermelha, amarela ou
dourada, ou ainda uma figura apropriada e ali colocada assim como incensário, o bastão, o
athame. O Altar é seu, use sua imaginação, arrume-o do jeito que seu coração mandar!
Se você quiser se aprofundar sobre o significado do altar, de como criar seu espaço sagrado, até
mesmo no trabalho (lugar onde sempre perdemos preciosa energia pessoal), recomendo o livro da
Peg Streep, "Altar, a Arte de Criar um Espaço Sagrado", da Bertrand Brasil. "Na Magia, todo gesto
tem um significado, pois eles são usados como representações físicas das realidades interiores. Na
hora em que um bruxo pega na mão o seu instrumento mágico e o ergue no ar de uma
determinada maneira, é a ordem para o invisível liberar as hostes das qualidades do instrumento
utilizado".
O ATHAME (OU ADAGA): representa o elemento ar. É com ele que se traça o círculo mágico,
que se consagra o vinho e que se traça os símbolos nas velas. Com ele podemos exorcizar as
energias negativas e direcionar a energia. Deve ser colocado sobre o altar no ponto cardeal leste.
Tradicionalmente, o punhal da Wicca é de Lâmina dupla com cabo preto, sendo chamado ATHAME
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(pronuncia-se átame), uma palavra de origem incerta que significa "O que não morre". Ele
representa a energia masculina, sendo um símbolo fálico dentro do ritual. Ele é traçado para abrir
círculos, e, durante a Consagração, é introduzido no Cálice para simbolizar a União do Deus e da
Deusa. Os ramos mais tradicionalistas substituem o Punhal pela Varinha Mágica, alegando que ele
foi introduzido recentemente na Wicca, não fazendo parte dos instrumentos tradicionais. O mesmo
se diz da Espada, pois ele é um instrumento de Magia Cerimonial, que nada tem a ver com a
Bruxaria. Na falta de um Athame clássico, qualquer faca serve para o mesmo fim, desde que não
tenha sido usada para tirar qualquer tipo de vida ou derramar sangue. Caso não queira usar o
Punhal, abra o círculo com a Varinha, um Cristal, ou mesmo com o dedo, como se e faz na Wicca
Irlandesa, conhecida como WITTA.
O Athame é um punhal de dois gumes, representando o elemento Ar. Deve ser colocado no ponto
cardeal referente a este elemento, ou seja, no Leste. Acredita-se que a bruxa deve ganhar o
athame de outro bruxo mas isso não é tão comum nos nossos dias, portanto não se chateie se
não conhecer nenhum bruxo que queira lhe dar um e apenas compre-o você mesma e depois o
consagre.
Um punhal não é nada barato, geralmente custando a partir de 50 reais, mas se encontrar algo
que lhe agrade e que não seja exatamente um punhal, também não se aborreça. O que importa é
o significado mágico que daremos a ele.
Com o Athame fazemos a saudação ao Príncipe Paralda, que é o Senhor do elemento Ar e dos
Silfos, seres deste elemento (elementais), voltado, claro, para o Leste, pedindo sua bênção para
usar sabiamente o instrumento que está em sua mão.
O BASTÃO: representa o elemento fogo. Pode-se traçar círculos mágicos com ele também, porém
seu uso é mais apropriado para desenhar símbolos sagrados no chão e direcionar a energia. Deve
ser colocado sobre o altar no ponto sul.
O Bastão é um dos instrumentos mais importantes. Tem sido utilizado há milhares de anos em
ritos mágicos e religiosos. É um instrumento de invocação. A Deusa e o Deus podem ser
chamados para assistirem ao ritual por meio de palavras e de um bastão erguido. Também é por
vezes utilizado para direcionar energia, para desenhar símbolos mágicos ou um círculo no solo e
etc. O Bastão representa o elemento ar para alguns Wiccanos, e é sagrado para os Deuses. O
bastão é tradicionalmente feito de madeira, você deve encontrar uma árvore de sua preferência
pedir permissão à ela então você corta um galho dela e deixe algo que ligue você à ela como fios
de cabelos seus ou pedaços de unhas!
A Varinha Mágica tem o mesmo simbolismo do Athame, embora segundo algumas tradições esteja
mais ligada ao elemento Fogo. Tradicionalmente, ela deve ser feita de uma árvore sagrada como a
Aveleira, o Carvalho ou a Macieira, embora eu acredite que qualquer árvore deve servir, desde
que você tenha por ela alguma predileção ou ligação emocional. O galho da árvore deve ser
cortado na Lua Crescente, e antes sempre se deve pedir a autorização da árvore. Depois de
cortado o galho, deve-se deixar alguma oferenda em agradecimento. Ainda hoje, as Bruxas
seguem esse procedimento, deixando mel e leite para as Fadas e Elementais, e um pouco de
comida para os pássaros.
Varinha pode ser enfeitada com símbolos, fitas, cristais ou algum objeto pessoal.
O Bastão representa o elemento Fogo, domínio do Príncipe Djin, Senhor das Salamandras. Pode
ser um galho de árvore que vc encontrou num passeio por um parque ou ainda um feito de metal.
A tradição reza que o bastão, se for de madeira, deverá ser feito pelo próprio bruxo e ter o
mesmo tamanho do seu cotovelo até o dedo médio, que é uma medida considerada mágica.
As árvores mais utilizadas na confecção deste bastão mágico são o carvalho, o freixo, o
espinheiro, o sabugueiro, a acácia, a aveleira e o loureiro mas, volto a dizer, que como o mais
importante é o significado que você atribui ao seu instrumento, vc poderá utilizar qualquer árvore.
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esotéricas, como a Las Brujas ou Alemdalenda. Geralmente são feitos de cobre e têm um cristal
na ponta. Deve ser consagrado com o sopro do usuário.
Quase todas as Bruxas usam um Pentagrama no pescoço, como símbolo de sua religião, mas isso
não é nenhuma obrigação.
O Pentáculo é esta estrela de cinco pontas dentro de um círculo. Representa os poderes do
elemento Terra, devendo, portanto, ser posicionado no ponto cardeal Norte. O Príncipe deste
domínio é Gob, Senhor dos Gnomos, a quem vc deverá pedir bênção e proteção quando for
utilizar este instrumento.
Este é o símbolo da ligação entre os mundos ("no alto, assim como na terra"), o Macrocosmo,
Mundo dos Deuses, e o Microcosmo, o nosso mundo. É utilizado como amuleto de proteção. Muita
gente usa um pendente ao pescoço.
O pentáculo é utilizado ainda para consagrar elementos relacionados à terra, como ervas, cristais
e ainda dinheiro, pois este elemento é ligado também à prosperidade, como veremos adiante.
O Pentagrama consiste, normalmente, em uma peça plana de latão, ouro, prata, madeira, cera ou
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cerâmica, com alguns símbolos inscritos. O mais comum, e sem dúvida o único necessário, é o
próprio pentagrama, a estrela de cinco pontas que vem sendo utilizada em magia há milênios. Na
Wicca o pentagrama representa o elemento Terra e é um instrumento adequado à consagração
ritual de amuletos, talismãs ou outros objetos. É por vezes utilizado para chamar pelos Deuses e
pelas Deusas. Pentagramas também costumam ser pendurados sobre portas e janelas para agir
como protetores ou ser manipulados em rituais para atrair dinheiro devido à sua associação com a
Terra.
Como trabalhamos com as energias da Natureza, é muito importante que tenhamos seus
elementos representados no nosso altar e cada um deles têm a sua posição correta:
CALDEIRÃO: representa o ventre da Deusa. É utilizado para fazer poções, preparar banhos
mágicos e infusões. Também é usado como instrumento de adivinhação. Deve ser colocado no
meio do altar ou à seus pés. CALDEIRÃO Embora algumas tradições discordem, na minha opinião,
o Caldeirão é o instrumento mais importante e significativo para as Bruxas. Ele representa o Útero
da Grande Mãe, ou seja, a origem do Universo e de toda a Vida. dele viemos e para ele
retornaremos eternamente. É no Caldeirão que as Bruxas preparem os feitiços, as poções e
acendem o fogo para os rituais, quando não é possível acender uma fogueira ao ar livre.
Nele se realiza a Grande Alquimia Universal. Em muitos feitiços ele pode conter água ou vinho
energizado pela Luz da Lua. De preferência, ele deve ser de ferro, com três pés, representando os
três aspectos da Deusa. Na falta de um caldeirão, uma panela ou tigela pode substituir, desde que
não seja de material sintético, como teflon, plástico ou alumínio. Está ligado ao elemento Água.
O Caldeirão é o instrumento da Bruxa por excelência. É um antigo recipiente colunário, imbuído
em mistério e tradição mágica. O caldeirão é o recipiente no qual ocorrem as transformações
mágicas: o cálice sagrado, a fonte santa, o mar da Criação básica. A Wicca vê o caldeirão como
um símbolo da Deusa, a essência manifesta da feminilidade e da fertilidade. É também um
símbolo do elemento água, da reencarnação, da imortalidade e da inspiração. As lendas Celtas
acerca do Caldeirão de Cerridew tiveram grande impacto na Wicca contemporânea. O Caldeirão é
geralmente um ponto central dos rituais. Idealmente o caldeirão deve ser feito de ferro, apoiando-
se em três pés e com a boca menor do que sua parte mais bojuda.
O LIVRO DAS SOMBRAS: todo Bruxo deve ter um. É um caderno com a capa e a contra capa
de cor negra, no qual registram-se encantamentos, receitas mágicas e invocações. Veja mais em
Livro das sombras. Livro das Sombras - O Livro das Sombras é um livro que o praticante leva
onde anota todos os rituais à medida que os vai praticando, feitiços, misturas de incensos, enfim,
tudo o que tenha a ver com seu trabalho como bruxo. Não é preciso que seja um volume
primoroso, nem que se use tinta ou caligrafia especial, mas deve se dedicar unicamente a este
propósito. Na sua escolha, deve-se levar em consideração o conforto na hora de manipular e de
escrever.
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CADINHO – Recipiente de madeira usado para esmagar ou misturar ervas.
CORDA – A corda mágica pode ser feita de corda ou lã vermelha (pode ser usada fita ao invés de
lã). É enrolada na cintura durante encantamentos de ligação.
INCENSÁRIO – O incensário é usado para queimar incenso e dar boas-vindas aos espíritos bons,
assim como expulsar os maus. O incenso é qualquer combinação de material vegetal que é
queimado em brasas de carvão no formato cru ou em grãos. Os materiais preferidos são o barro,
cerâmica ou bronze, sendo o primeiro o mais frágil e o último o mais caro. O incenso, e os carvões
consumindo-se lentamente, representam o fogo e o árvores durante os rituais. Como usar: Para
queimar o incenso usa-se o carvão auto-queimante, evitando-se o uso do carvão comum, aquele
de fazer churrasco, pois exala vapores tóxicos. Um incensário tipo caldeirão ou um pote de boca
larga pode ser usado. Acenda o carvão (você pode quebrá-lo em pequenos pedaços) e coloque no
incensário. Uma vez que comece a incandescer, coloque uma pequena quantidade de incenso,
aspergindo com uma colher. Nunca deixe o incensário aceso sem estar por por perto. E sempre se
certifique que as brasas morreram.
A VASSOURA
Esta é uma velha conhecida e amiga das Bruxas! Toda Bruxa que se preza tem uma Vassoura! Ela
representa a União das Energias Universais. Os pelos e o cabo representam, respectivamente, os
órgãos sexuais feminino e masculino. havia um ritual muito antigo em que as Bruxas saíam
"cavalgando" as vassouras pelos campos e dando grandes pulos, para que as plantas crescessem
da altura de seus saltos.
Talvez daí tenha vindo a crença de que podiam voar. também havia certos ungüentos e plantas
alucinógenas que provocavam a Viagem Astral, o que poderia dar a impressão de estar voando
pelo Ar. E se as Bruxas tivessem algum modo de anular a gravidade? talvez nós consigamos
resgatar esse conhecimento algum dia, mas não tente comprovar essa teoria, especialmente se
você mora em APARTAMENTO!
As Bruxas usam vassouras em magia e em rituais. É um instrumento sagrado tanto a Deusa
quanto ao Deus. Um Wiccano pode iniciar um ritual varrendo levemente a área como sua vassoura
mágica. Após isso, o altar é preparado, os instrumentos são nele arrumados e o ritual pode assim
ser iniciado. Este ato de varrer é mais do que uma limpeza física, na verdade, os pêlos da
vassoura nem precisam tocar o chão. Enquanto varre, O Wiccano pode visualizar a vassoura
eliminando o excessos astrais que surgem onde os humanos vivem. Isto purifica a área permitindo
assim melhores trabalhos rituais. Além disso a Vassoura tornou-se um instrumento poderoso
contra pragas e praticantes de magia negra. Quando colocada transversalmente no chão à
entrada da casa ,a vassoura barra quaisquer encantamentos lançados contra a casa ou seus
ocupantes.
A Vassoura pode ser decorada com Símbolos Sagrados e ter a sua Assinatura Mágica. Antes do
ritual, ela é usada para varrer o local onde ele será realizado, representando a limpeza espiritual
de toda Energia Negativa. Ela também serve de ponte entre o espaço do círculo e o mundo
exterior, isto é, ela pode ser colocada deitada num ponto, e, se alguém precisar sair, pode fazê-lo
pulando a Vassoura sem quebrar o círculo, e procedendo da mesma forma ao voltar. É bom saber
que crianças e animais podem entrar e sair do círculo sem quebrá-lo. Em algumas tradições, a
Sacerdotisa cavalga a vassoura ao redor do Caldeirão. Eu, pessoalmente, acho isso muito
engraçado, mas os Deuses da Wicca têm muito bom humor e não fulminam ninguém que dê
algumas risadas durante o ritual. Em algumas cerimônias de Casamento, os noivos pulam a
vassoura como símbolo de sorte e felicidade.
Na Bruxaria Italiana, chamada Stregeria, Bruxas não voam em Vassouras, e sim, em bodes pretos,
mas eu prefiro continuar com a Vassoura, pois eles não me explicaram como se pula um Bode
para sair do círculo!
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COMO CONSAGRAR SUAS FERRAMENTAS
É importante consagrar para desernegizarmos os instrumentos e para que possamos energizá-lo
com a nossa própria energia. Há um quinto elemento além dos quatro que conhecemos -água,
fogo, terra e ar- que seria a akasha, ou espírito. Isto é, o espírito é também um elemento que
está presente em todas as coisas.
Vou explicar o que é registro akásico. Isso funcionaria mais ou menos como se tudo, todos os
acontecimentos, fatos, palavras, ações, enfim tudo, pudesse ficar gravado no ambiente, nas
pessoas e nas coisas, como se fossem fitas magnéticas. Como se todos fôssemos fitas k-7, onde
tudo que fizemos, falamos, sentimos, pensamos, ficasse gravado para todo o sempre. (E se a
viagem no tempo fosse possível, nós poderíamos ver, ouvir, sentir, enfim, viver tudo de novo.
Igualzinho.) Inclusive as coisas ruins. Daí a necessidade de neutralizar esses instrumentos que
utilizamos na magia para que eles funcionem de acordo com a nossa vontade, onde a nossa
própria energia e poder possam fluir livremente.
Para o ritual de consagração, você vai precisar de: Água, sal, álcool, terra e incenso -de
preferência de sândalo.
Trace o círculo mágico e coloque o álcool dentro de uma panela de inóx -não use seu caldeirão
ainda-e acenda-o, com cuidado para não provocar uma explosão. Coloque o instrumento no prato
com terra e diga: "eu planto este (diga o nome do instrumento) na terra, que é o ventre da
Grande Mãe.
Passe o instrumento na fumaça do incenso e diga: "Em nome da Grande Mãe e do Seu
Consorte, o Deus, eu te purifico, consagro e abençôo pela força do elemento Ar, para
que obtenhas força, poder da mente e domínio da magia"
Sopre 3 vezes sobre o instrumento, dizendo: "Que através deste sopro, eu sopre a vida
neste (diga o nome do instrumento). Que minha própria energia esteja presente em ti
e que, a partir de hoje, você seja parte de mim, responda só a mim, me ajude e me
proteja"
Passe o instrumento 3 vezes sobre o fogo na panela e diga: “Pelo fogo purificador, seu
passado e presente são apagados. Em nome da Deusa e do Deus, eu te purifico,
consagro e abençôo pela força do elemento Fogo para que obtenhas a energia e vigor
da luz"
Respingue a água com o sal sobre o instrumento e diga: "Pela água da transmutação, seu
passado e presente são apagados. Em nome da Deusa Tríplice e do Deus Fecundador,
eu te purifico, consagro e abençôo pela força do elemento Água, para que obtenhas o
poder do amor, compreensão e entendimento"
Coloque agora suas mãos sobre o instrumento, como se o estivesse abençoando, e imagine uma
forte luz branca que entra pelo centro da sua cabeça e sai, como um feixe luminoso, pelas suas
mãos, envolvendo todo o instrumento. Diga: "Deusa da Lua e Deus do Sol, que este
instrumento tenha a virtude necessária para meus trabalhos mágicos. Que ele seja
consagrado através do Seu poder. Que ele possa servir aos propósitos para os quais
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for usado. Oh, Deuses Antigos da Colina que ficam ao Norte, ouçam o meu chamado!
Venham emanar suas energias divinas a este instrumento de força e de poder! Que
assim seja e que assim se faça!"
Está feito! Repita este ritual com todos os seus instrumentos de magia que, a partir daí, só
poderão ser tocados por você mesmo, sob pena de anulação dos seus poderes mágicos.
FEITIÇOS E ENCANTAMENTOS
Todo Ritual que não seja de adoração, isto é, que seja feito para se alcançar um propósito ou
realizar algum desejo é chamado Feitiço ou Encantamento, sendo uma das partes mais procuradas
da aprendizagem. Basicamente existem: Feitiços de Cura Feitiços de Amor Feitiços de
Prosperidade Feitiços de Proteção Feitiços para Elevação Espiritual.
Quase todos os desejos e problemas humanos se encaixam numa dessas categorias. Dentro da
Wicca não se faz Magia Negra, pois acreditamos que tudo o que fizermos voltará para nós
multiplicado por três! A Magia Negra não é só aquela em que se deseja o Mal para outras pessoas,
ou Rituais com o uso de Sangue e Sacrifícios. Magia Negra também pode ser interferir no Livre
Arbítrio de outras pessoas. Isto acontece muito em Feitiços de Amor, pois várias pessoas me
pedem para se casar com determinada mulher, ou para o marido voltar, ou fazer a filha largar
daquele namorado esquisito! Me parece que essas pessoas não têm a menor preocupação com a
vontade alheia. Para a tristeza das "mães bem-intencionadas", suas filhas têm o direito de
escolher os seus relacionamentos e de dar cabeçadas na vida, pois, talvez, ela necessite até
carmicamente dessa experiência para evoluir como ser humano. Além do mais, temos o péssimo
costume de julgar os outros pelas aparências, e, muitas vezes, somos vítimas dos nossos
preconceitos e cometemos grandes injustiças! É muito melhor fazer um Ritual de Proteção para
que os Deuses orientem seus filhos no caminho certo, e deixar que eles vivam suas vidas com o
mínimo de interferência. Quanto aos Rituais de Amor, nunca devemos forças uma pessoa a nos
amar, e muito menos a casar conosco! Não podemos prever o futuro, e o casamento de nossos
sonhos pode se tornar um grande pesadelo! Muitas pessoas se casam através desses Rituais de
AMARRAÇÃO, para verem, depois de algum tempo, aquela paixão forçada se transformar em puro
ÓDIO, quando tudo não termina em tragédia!
Correto seria pedir aos Deuses para que lhe mostrassem a pessoa certa para lhe fazer feliz e
também ser feliz ao seu lado, pois, muitas pessoas que me pedem Feitiços de Amor raramente
parecem se preocupar com a felicidade do outro! Agora, se você tem certeza de que alguém te
ama, e existem obstáculos ao seu bom relacionamento, um feitiço pode ser feito para afastar
esses obstáculos, que podem ser pessoas fofoqueiras, preconceitos, uma família intransigente,
etc. Sempre que terminar um Feitiço, diga: "QUE SEJA PARA O BEM DE TODOS!" Confie na
sabedoria dos Deuses, pois a visão deles é muito mais ampla que a nossa! Wicca é uma Tradição
Lunar, assim, todos os rituais devem ser feitos após o Sol se pôr, a não ser que seja
absolutamente impossível. Como foi dado anteriormente, cada fase da Lua tem o seu significado.
Eu gosto muito de fazer quase todos os meus Feitiços na Lua Cheia. Só os Feitiços de Banimento
são feitos na Lua Minguante. Em muitas tradições mágicas, a mulher é desaconselhada a trabalhar
quando estiver menstruada. Na Wicca, essa é a fase de maior poder, especialmente quando
coincidir com a Lua do Feitiço.
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Ø Se queremos nos livrar de energias negativas, doenças, etc., devemos trabalhar na Lua
Minguante, que também é conhecida como LUA NEGRA.
O CÍRCULO MÁGICO
A importância do Círculo Mágico nos Rituais e como traçá-lo de acordo com a Magia Wiccan.
O círculo mágico tem 2 funções:
1º) Proteger das influências hostis ou distrações externas das influências psíquicas
2º) Conter, fortalecer e intensificar as energias criadas e invocadas no ritual
O círculo mágico define o espaço do ritual, o perímetro do círculo marca a delimitação onde a
atenção é focalizada.
A função protetora do círculo é criar um espaço sagrado para os participantes que estejam com
algum relativo distúrbio energético. Além disso, o círculo mágico tem a função de não deixar que
as energias contrárias perturbem ou causem algum problema no decorrer do ritual.
O círculo mágico está posicionado entre os mundos da realidade concreta e o mundo dos Deuses.
Dentro dele o Bruxo fica além de tempo, limite e espaço.
LEMBRE-SE: Uma bruxa nunca deve ficar dependente dos instrumentos mágicos, podendo sempre
improvisar. Eu, por exemplo, já cheguei a traçar círculos mágicos com o dedo...
PROCEDIMENTO:
Coloque a vela amarela no chão direcionada ao ponto leste, a vermelha ao sul, a azul à oeste e a
marrom ao norte.
Acenda todas as velas, incensos e as velas que foram colocadas no chão, nos pontos cardeais.
Pegue o Punhal e comece à caminhar ao redor da área, traçando o círculo mágico, dizendo:
"Eu traço este círculo mágico, para me proteger. No decorrer deste ritual que se
iniciará. Eu peço à Deusa e ao Deus Para que estejam presentes aqui comigo! Eu
chamo pelos Antigos Deuses da Colina Para que se façam presentes, E para que
possam me abençoar."
Vá até o ponto norte , erga o Punhal e diga:
"Eu invoco os Guardiões das Torres de Observação do Norte, Os Elementais da Terra,
para que estejam comigo neste ritual. Sejam bem vindos"
Vá até o ponto leste, erga o Punhal e diga:
"Eu invoco os Guardiões das Torres de Observação do Leste, Os Elementais do ar, para
que estejam comigo neste ritual. Sejam bem vindos"
Vá até o ponto sul, erga o Punhal e diga:
"Eu invoco os Guardiões das Torres de Observação do Sul, Os Elementais do fogo, para
que estejam comigo neste ritual. Sejam bem vindos"
Vá até o ponto oeste, erga o Punhal e diga:
"Eu invoco os Guardiões das Torres de Observação do Oeste, Os Elementais da água,
para que estejam comigo neste ritual Sejam bem vindos"
Deixar o Punhal sobre o altar, se dirigir até o ponto norte, elevar as mãos aos céus e dizer:
"Eu invoco a Deusa, Eu invoco o Deus, Eu invoco todos os Deuses Antigos da Colina do
norte, Para que estejam aqui comigo. Que aquela que é tão antiga quanto o tempo, A
Senhora da Terra e da Lua, Deusa da Magia e da Vida venha me abençoar. Oh, Deusa
Mãe traga poder à esta prática ritual. Que o Deus dos bosques e das florestas, Senhor
das fortes pegadas, Pai da fertilidade, Venha me abençoar. Que Eles venham juntos
trazer força e poder à este ritual. Eu invoco Gwyn Up Nudd, o Senhor da matilha dos
cães selvagens De orelhas pontudas e dentes ferozes, Para que ronde além dos limites
do círculo, Mantendo afastados os inimigos e as energias que não sejam desejadas.
Pelo poder do 3 vezes o 3, Que assim seja, E que assim se faça!”
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Vá até o ponto oeste, erga o Punhal então diga:
"Eu agradeço aos Guardiões das Torres de observação do oeste, Os Elementais da água
por terem vindo e compartilhado comigo deste ritual. Sigam em paz"
Volte-se novamente ao ponto norte, erga o Punhal e diga:
"Agradeço à Deusa, ao Deus, Agradeço a todos os Deuses antigos da Colina do Norte,
Agradeço a Gwyn Up Nudd, o Senhor da matilha dos cães selvagens E a todas as
energias que estiveram presentes comigo hoje Retornem agora ao local do qual
vieram! Sigam em paz!"
Ande em volta do círculo no sentido anti-horário por 3 vezes, dizendo:
"Com o Punhal te construí, Com o Punhal eu te desfaço, Pela força mágica do Punhal
eu te abro. Que eu saia daqui, livre das doenças e insatisfações. Eu envio este círculo
mágico novamente ao centro do Universo, Para que ele esteja lá até o momento em for
necessário A sua proteção novamente. O círculo está aberto, mas não rompido. Feliz
encontro, feliz partida e feliz encontro novamente. Pelo poder do 3 vezes o 3 , Que
assim seja, E que assim se faça!"
. Nunca trabalhe após as refeições, e no dia dos feitiços, procure não comer carne ou ingerir
bebidas alcoólicas. Evite qualquer tipo de droga ou calmante e tome somente os remédios
estritamente necessários.
· Nunca faça um feitiço quando estiver esgotada fisicamente ou doente, a não ser numa
emergência.
· Um ritual pode consumir muito maus energia do que um aula de aeróbica ou uma partida de
futebol. Portanto não seja como certas pessoas espiritualistas, que descuidam do corpo e depois
querem ser Bruxas. Prefira alimentos naturais, tome vitaminas e pratique algum esporte.
· Nunca esqueça de traçar o círculo quando for realizar um feitiço. Chame os Deuses e elementais
adequados para lhe auxiliar. Tome um banho antes do ritual de preferência de ervas e procure
determinar exatamente o que será feito para que não haja dúvidas durante a execução do ritual.
· Você deve montar o altar ao norte com as velas do Deus e da Deusa. Colocar pelo menos algum
símbolo para os quatro elementos, um incenso apropriado, ervas e outros materiais. As ervas
devem ser queimadas dentro do caldeirão. O fogo deverá ser o foco da sua concentração. O
sucesso de um feitiço depende muito mais da sua concentração do que os materiais utilizados. A
força da emoção e da vontade é essencial para que se consiga bons resultados.
· É comum as Bruxas fazerem versos que são recitados durante o feitiço, por exemplo:
"Forças da Terra e do Fogo,
Forças da Água e do Vento
Protejam eternamente
O amor do meu pensamento".
· Pode parecer meio bobo, mais é uma ótima maneira para se concentrar. Para se fazer um feitiço
é importante ter quatro itens: desejo, concentração, visualização e expectativa.
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ORAÇÕES
SENHORA DOS QUATRO ELEMENTOS
(Oração tradicional wiccaniana)
(preceito diário)
Eu me levanto hoje
Pela força dos Céus
Luz do Sol
Brilho da Lua
Resplendor do Fogo
Presteza do Vento
Profundidade do Mar
Estabilidade da Terra
Firmeza da Rocha.
AO DEUS CORNÍFERO
INVOCANDO A DEUSA
INVOCAÇÕES
RITO DE INVOCAÇÃO À DEUSA
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INVOCAÇÃO A LUA ORVALHADA
RITUAIS
RITUAL DE AUTO-INICIAÇÃO (PARA BRUXOS SOLITÁRIOS)
Comece despindo toda sua roupa e prepare-se para seu banho ritualístico, previamente
perfumado ou com ervas - simbolizando o elemento água - para purificar seu corpo e espírito de
qualquer vibração negativa. Durante banho, limpe sua mente de todos os pensamentos
desagradáveis da vida moderna, e procure meditar, deixar a mente vazia até que se sinta
completamente relaxado. Logo em seguida, saia do banho e trace um círculo mágico com mais ou
menos um metro e meio de diâmetro, usando um giz ou uma tinta branca. Salpique um pouco de
sal - que representa o elemento terra - sobre o círculo para consagrá-lo e diga:
"Com o sal eu consagro e abençôo este círculo de poder, sob os nomes divinos da
Deusa e do seu Consorte, o Deus Cornífero. Abençoado Seja!"
Em frente ao círculo coloque duas velas brancas - que simbolizam o elemento Fogo - e coloque
também um incensório de Olíbano com um incenso de Mirra - que simboliza o elemento Ar -
mantendo os diante de você. Logo após dispor estes elementos, sente-se no meio do círculo
procurando estar voltado para o Norte, lembrando que você deve estar só e completamente nu.
Caso não sinta-se bem trabalhando sem roupa, procure usar uma veste cerimonial branca. As
duas velas servirão para invocação do Deus e da Deusa assim como o incenso.
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Acenda o incenso que está à sua frente, e logo em seguida acenda uma das Velas brancas e diga:
"Eu te invoco e te chamo, oh grande Deus Cornífero dos pagãos, senhor das matas
verdes e pai de todas as coisas selvagens e livres. Pela chama da vela e pela fumaça do
incenso eu te invoco para abençoar este ritual. Oh Grande Deus Cornífero da morte e
de tudo o que vem depois, que é conhecido como Cernunnos, Attis, Pã, Daghda, Fauno,
Frey, Odin, Lupercus e por muitos outros nomes, neste círculo consagrado à luz de
velas eu me comprometo a te honrar, a te amar e a te bem servir enquanto eu viver.
Oh Grande Deus Cornífero da paz e do amor, abro meu coração e minha alma para ti.
Assim seja."
Agora mantenha suas mãos abertas e voltadas para os Céus. Feche seus olhos e visualize dois
raios brancos de luz brilhante descendo dos Céus e penetrando nas palmas das suas mãos. Uma
sensação morna de formigamento se espalhará pelo seu corpo à medida que o poder do amor da
Deusa e o Deus purificam sua alma.
Procure não se assustar caso você comece a ouvir uma voz (ou vozes) falando dentro da sua
mente, como por telepatia. São a Mãe e o Pai dentro de você, revelando sua presença. Permaneça
no círculo mágico até que as velas e o incenso terminem, assim encerra-se o ritual de Auto-
iniciação.
Note que nem todos os Wiccans escutam ou percebem as verdadeiras palavras ditas pelas
deidades e, neste caso, podem estar sucetíveis a sentir a presença divina do amor da Deusa.
Podemos salientar que é muito comum que as deidades pagãs falem com o bruxo auto-iniciado,
especialmente você for sensitivo.
PURIFICAÇÃO DA CASA
Ocasionalmente, não importa o que façamos, recebemos entidades indesejáveis em nossos lares.
Geralmente é difícil nos livramos delas. Se atravessar um período no qual esteja estranhamente
desajeitado, ou em sua família passa por várias doenças, ou ainda se as finaças e os vão mal sem
razão aparente ou se apenas se sentir deprimido, é hora de executar uma limpeza e purificação
espiritual completa da casa.
Tenha um bom incenso de expulsão, ou olíbano e mirra em pó, num prato com uma colher.
Acenda o carvão em seu incensário e despeje um pouco de incenso. Prepare um cálice de água
com um pouco de sal, e providencie um sino.
Começando na extremidade da casa à porta externa, circule em todos os cômodos no sentido
horário com o incenso. Certifique - se de que a fumaça penetre em todos os ármarios. Acrescente
mais incenso conforme o necessário. Dê mais uma volta tocando o sino.Finalmete, apannhe o
cálice com água e , com seu indicador toque cada lado da janela e porta do cômodo.Faça o
mesmo com todos os espelhos.
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Dirija-se ao próximo cômodo e faça o mesmo. Vá em todos os cômodos da casa,incluse o porão,
terminado na porta externa. Antes de marcar os lados da porta com água, abra-a e direcione a
fumaça do incenso para a porta. Diga com firmeza:
Feche a porta e marque os lados da porta com a água. Deixe os instrumentos de lado e erga seus
braços. Diga:
Quando abrir a porta para expulsar as entidades negativas, pode sentir um vazio ao seu redor. Ao
convidar as entidades positivas para que entrem, a casa passará a ser confortável e calorosa. Não
se deve banir entidades sem chamar por entidades positivas, ou aquelas retornarão trazendo
outras com elas. Um vazio deve ser sempre preenchido.
Outra dica eu sempre tenho em casa alguns objetos e coisas que dificultam a entrada de
entidades negativas como um jarro de arruda virado para a porta de entrada, um espelho do lado
de fora da casa em cima da porta principal, um potinho de cristal com sal grosso na sala, moedas
de prata nas quinas das peredes e nos quartos eu utilizo incesos banidores.
Com certeza sua casa estará protegia contra tais entidades! Boa Sorte!!!
SUCESSO E PROSPERIDADE
Esse ritual surte melhor efeito quando executado durante a lua crescente ou cheia. A primeira Lua
Cheia após o Solstício de Inverno é a considerada mais poderosa de todo o ano. Prepare uma
pequena bolsinha para talismã verde ou marron e três moedas de prata. Ponha o caldeirão no
pentagrama. Ponha um pequeno pires dentro do caldeirão, com uma pequena quantidade de
canela e lascas de cedro. Ao lado do caldeirão, ponha seu bastão.
Toque cada moeda com seu bastão enquanto entoa:
Coloque as moedas no caldeirão com as ervas. Mexa o ar sete vezes no sentido horário sobre o
caldeirão. Entoe:
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O animal que lhe responder será o seu Guardião, por toda a vida. Não revele a ninguém o seu
Guardião!
O COVEN
Coven ou Assembléia, é nada mais nada menos, que um grupo de Buxos(as), que se unem num
laço mágico, físico e emocional, sob o objetivo de louvar a Deusa e o Deus, tendo em comum um
juramento de fidelidade à Arte e ao grupo.
Um Coven tem como filosofia "Perfeito Amor e Perfeita Confiança".
Isto quer dizer que dentro do Coven deverá prevalecer a união, pois um Coven é, antes de mais
nada, uma família.
Tradicionalmente, ele abriga o máximo de treze pessoas, cada uma representando um mês do
ano, pois nas sociedades Matrifocais,o ano segue o Calendário Lunar de treze meses de 28 dias,
mais um dia, no total de 365 dias, dai a expressão, um ano e um dia, pois quando é iniciada, a
pessoa estuda durante esse período para, depois confirmar seus votos. O Calendário de 13 Luas,
também era usado pelos Maias, e é o que se afina melhor com os ciclos da Terra. Para um
estudante de Bruxaria, é muito importante se afinar com as fases da Lua. Quando esse número
excede, há uma divisão, e cria-se então os Clãs, formados de vários grupos originados de um
Coven inicial comum. Num grupo tão pequeno, todos tornam-se de vital importância, e a falta de
qualquer membro é facilmente sentida.
Em Bruxaria, não existe nenhuma entidade hierárquica. O Coven não precisa ser associado a
nenhuma fundação "maior", como um grande "chefe" comandando tudo. No entanto cada tradição
tem sua organização própria sendo umas mais piramidais que outras ou ainda mais ou menos
fechadas em relação aos novos membros.
O líder do Coven deve possuir sensibilidade e poder interior para canalizar a energia do grupo,
para dar início e interromper cada fase dos rituais, ajustando a duração de acordo com o ânimo do
grupo. Ele normalmente é escolhido pelo próprio grupo. Geralmente tem seu cargo avaliado pelos
membros e por si mesmo. Um sacerdócio-mor, uma posição de liderança, não é um status
vitalício... e sempre que necessário outras pessoas podem tomar estas posições desde que
dispostas a trabalhar e de comum acordo com todo o grupo. Tensões por poder são comuns em
todos os lugares. Nessas horas de disputa mesquinha o ideal é que se afastem os membros
envolvidos e que se escolha um outro para o cargo. Moderação e diplomacia são sempre
preferíveis à decisões ríspidas e autoritárias, mas pulso firme no momento certo, assegura a
estabilidade dos laços.
Para tornar-se membro de um Coven, o(a) Bruxo(a) deve primeiro encontrar um Coven e ser
iniciado, deve submeter-se a um ritual de comprometimento no qual os ensinamentos e segredos
internos do grupo são revelados. A iniciação é seguida de um longo período de treinamento, onde
a confiança do grupo é aos poucos conquistada. Ou, se não for possível encontrar um Coven de
portas abertas o(a) Bruxo(a) pode escolher uma tradição que admita a auto-iniciação e formar seu
próprio grupo de pessoas interessadas, que estudarão, se dedicarão e se tornarão, com um pouco
mais de esforço, um Coven...
Um Coven mantém encontros periódicos para o treinamento e exercícios, troca de experiências,
comemoração dos Sabás e Esbás, além de trabalharem juntos em outros rituais. A disciplina é
essencial na formação de uma consciência mágica comum ao grupo e de uma Egrégora (que é,
para simplificar, a força mágica do grupo e sua repercussão no Astral).
Covens liberais e democráticos em excesso se embaralham em coisas simples. Um pouco de
ordem na casa, objetividade e disposição para abrir mão das suas próprias opiniões em pró do
grupo sempre ajudam a concentrar esforços numa mesma direção.
Cada Coven tem seu próprio símbolo e nome, suas regras, suas características, seu método de
estudo e "carisma mágico próprio". Covens próximos podem e devem trocar influências, porém
sempre respeitando a individualidade de cada membro.
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Mais que tudo, um Coven é um organismo, vivo, pulsante, que responde segundo seus membros.
Se alguém está doente, mal-intencionado, desequilibrado, angustiado, isso tudo se reflete no
desempenho do grupo, nos resultados dos rituais. Por outro lado se há alguém extremamente
bem, feliz, disposto, energizado, isso também é dividido com os membros que sentem a energia
do Coven. O Coven une seus membros muito além do plano físico, até mesmo no emocional. A
união é uma simbiose mágica ( ou ao menos deveria ser ). O que um sente é notado por todos, o
que um passa é sentido por todos. Reza o ditame:
"Os laços de um Coven são mais fortes que o sangue"
Os Covens possuem graus hierárquicos, dependendo de Coven para Coven. Normalmente os
membros são:
* - Alta Sacerdotisa - a líder feminina de um Coven, normalmente de 3º grau. Ela representa a
Deusa em um ritual e dá a palavra final em um Círculo.
* - Alto Sacerdote - o líder masculino de um Coven, normalmente de 3º grau. Ele representa o
Deus em um ritual.
* - Anciã(o) - um membro do Coven que mereceu seu 3º grau e que seja ou tenha sido uma Alta
Sacerdotisa ou Alto Sacerdote em seu próprio Coven.
* - Terceiro Grau - completa e total dedicação aos Deuses e à Comunidade Wicca.
* - Segundo Grau - completou o seu 1º grau e é qualificado para ensinar estudantes do primeiro
grau. É o grau do verbo "fazer".
* - Primeiro Grau - aquele que se dedicou a aprender a Arte. Este é o grau do verbo "saber".
* - Dedicado - aquele que está aspirando o primeiro grau, e decide a dedicar-se aos caminhos da
Wicca.
* - Neófito - uma pessoa interessada em Wicca, mas que ainda não sabe nada relativo a Arte.
Os Covens devem escolher uma Alta Sacerdotisa e Sacerdote que sejam democráticos e bons,
além de justos e sábios, porque não importa o que os outros membros do Coven falem... É a Alta
Sacerdotisa quem dá a palavra final , mesmo que seja essa, contra todos os outros.
A RODA DO ANO
Existem oito datas principais na Wicca, conhecidas como Festivais ou Sabás. Nos Festivais, as
Bruxas fazem rituais de adoração e agradecimento aos Deuses. Uma vez por mês, durante a Lua
Cheia, nós também nos reunimos nos chamados Esbas. Esses encontros são usados para se
discutir assuntos referentes ao grupo, para a realização de feitiços e rituais extraordinários, bem
como para estudos e realização de exercícios de relaxamento, visualização, etc. Um Coven deve
ser como uma grande família, portanto, ele também pode se reunir para passear, viajara, ir ao
cinema, ao futebol, simplesmente para jogar conversa fora, ou para obras de melhoria do nosso
Planeta, como trabalho em favor da Ecologia, dos Animais, dos Direitos Humanos ou de pessoas
carentes. No fim desta obra é dada uma lista com endereços e sugestões de trabalho.
A Roda do Ano - Representada pelos oito Sabás, tem por objetivo sincronizar a nossa energia
com as Estações do Ano, ou seja, com os ciclos do Planeta terra e do Universo. Ela descreve o
caminho do Sol durante o ano, representando as várias fases do Deus: seu nascimento,
crescimento, união com a Deusa, e, finalmente, seu declínio e morte. Da mesma forma que o Sol
nasce e se põe todos os dias, e da mesma forma que a primavera faz a Terra renascer após o
Inverno, o Deus nos ensina que a Morte é apenas um ponto no ciclo infinito de nossa evolução
para podermos renascer do Útero da Mãe. Para algumas tradições da Wicca, o ano se inicia no
Solstício de Inverno. Outras consideram a noite do dia 31 de Outubro como início do ano. Essa
data é conhecida como Halloween ou Dia das Bruxas, mas seu nome tradicional é Samhain, que
significa "Sem Sol", referindo-se ao tempo de Inverno. Essa época também é correspondente ao
Ano Novo Judaico.
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YULE - SOLSTÍCIO DE INVERNO (21 DE DEZEMBRO)
É desta data antiga que se originou o Natal Cristão. Nesta época, a Deusa dá à Luz o Deus, que é
reverenciado como CRIANÇA PROMETIDA. Em Yule é tempo de reencontrarmos nossas
esperanças, pedindo para que os Deuses rejuvenesçam nossos corações e nos dêem forças para
nos libertarmos das coisas antigas e desgastadas. É hora de descobrirmos a criança dentro de nós
e renascermos com sua pureza e alegria. Coloque flores e frutos da época do altar. Se quiser,
pode fazer uma árvore enfeitada, pois está é a antiga tradição "pagã", onde a árvore era sagrada
e os meses do ano tinham nomes de árvores. Esta é a noite mais longa do ano, onde a Deusa é
reverenciada como a Mãe da Criança Prometida ou do Deus Sol, que nasceu para trazer Luz ao
mundo. Da mesma forma, apesar de todas as dificuldades, devemos sempre confiar em nossa
própria luz interior.
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sob a proteção dos Deuses. É costume em Wicca jamais se casar em Maio, pois esse mês é
dedicado ao casamento do Deus e da Deusa.
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e música. Os nomes das pessoas que já se foram são queimados no Caldeirão, mas nunca com
uma conotação de tristeza! No Altar e nos Quadrantes não devem faltar as tradicionais Máscaras
de Abóbora com velas dentro. Antigamente, as pessoas colocavam essas abóboras na janela para
espantar os maus espíritos e os duendes que vagavam pelas noites do Samhain. Essa palavra
significa "Sem Luz", pois, nessa noite, o Deus morreu e mundo mergulha na escuridão. A Deusa
vai ao Mundo das Sombras em busca do seu amado, que está esperando para nascer. Eles se
amam, e, desse amor, a semente da luz espera no Útero da Mãe, para renascer no próximo
Solstício de Inverno como a Criança da Promessa. A Roda continua a girar para sempre. Assim,
não há motivo para tristezas, pois aqueles que perdemos nessa vida irão renascer, e, um dia, nos
encontraremos novamente, nessa jornada infinita de evolução.
EXERCÍCIOS
DOMINANDO O PENSAMENTO
O JOGO DE KIM
Muitas vezes falhamos ou não obtemos o resultado ideal ao tentar exercícios de visualização,
audição, olfato, tato, ou paladar (enfim, exercícios de controle das capacidades sensoriais sob a
Vontade com o intuito de criar um meio de submeter o inconsciente ao nível emocional necessário
para o trabalho ou simples exercícios de treinamento do inconsciente para que este possa romper
a barreira do Ego quando necessário). O Jogo de Kim é uma complementação destes exercícios.
Uma vez que estes consistem em trazer pensamentos da consciência para o inconsciente, o jogo
de Kim traz à tona energias [obs: energias = emoções] reprimidas no inconsciente, libertando-as.
Criado por Rudyard Kipling há mais de 50 anos, o Jogo de Kim mostra-se um ótimo exercício de
treinamento mental para complementar o treinamento de controle dos sentidos. Coloque sobre
uma mesa vários objetos espalhados aleatoriamente: alguns de seu cotidiano, outros de sua casa
mas que você não use tanto, e outros que você quase não veja, forrando-os com um pano. Retire
o pano e observe os objetos por 1 minuto. Forre outra vez e sem olhar para o pano (para evitar a
memória fotográfica momentânea que iria evocar as figuras de seu inconsciente: é fundamental
que as imagens fluam naturalmente). Descreva o que lembrar dos objetos e sua posições. Agora
desforre tudo. Pegue o objeto que você tiver esquecido e medite sobre ele: olhe-o por muito
tempo, feche os olhos em silêncio e calma absolutos. Tente trazer à mente (não force, deixe vir:
espere longo tempo se necessário) uma imagem e uma emoção aleatórias. Podem surgir traumas
infantis reprimidos, e o complexo deve ter seu motivo explicado (apesar de isto não ser
necessário). A emoção servirá para "jogar para fora" a energia reprimida. É uma espécie de
"limpeza" do subconsciente pessoal. Se possível anote os resultados obtidos. ALERTA: É normal
que você chore ou tenha um medo instantâneo ou caia na gargalhada sem sequer saber o
porque: não significa que você está louco, muito pelo contrário, o Jogo de Kim servirá para que
traumas sejam lembrados e assim eliminados do subconsciente (que é onde eles realmente
causam perigo). Tente isso simultaneamente com exercícios de visualização (como o encontrado
aqui na página do canal). Qualquer dúvida, entre em contato comigo...
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A energia e os poderes mágicos em ação na Wicca são reais. Não têm origem em nenhum plano
astral. Estão, isso sim, na Terra e em nós mesmos. Eles mantêm a vida. Diariamente nós
utilizamos nossas reservas de energia e as reabastecemos por meio do ar que respiramos, do
alimento que ingerimos, e dos poderes que nos banham oriundos do Sol e da Lua.
Saiba que esse poder é físico. Sim, pode ser misterioso, mas apenas porque poucos são os que os
investigam de modo mágico. Seguem-se alguns exercícios que o ajudarão a fazê-lo.
Acalme-se. Respire fundo. Esfregue a palma de suas mãos por cerca de vinte segundos. Comece
lentamente e acelere cada vez mais. Sinta seus músculos tencionados. Sinta as palmas se
esquentando. Então, pare subitamente e segure-as longe uma da outra cerca de 4 cm. Sente-as
formigando? Esta é uma manifestação de poder. Ao esfregar suas mãos, utilizando, os músculos
de seus braços e ombros, você está gerando energia - poder mágico. Ele flui de suas palmas
enquanto você as mantém afastadas.
Se não sentir absolutamente nada, repita uma ou duas vezes por dia até que tenha sucesso.
Lembre-se, não se force a sentir o poder. Tentar com mais força não leva a lugar nenhum. Relaxe
e permita-se sentir o que tem sempre estado ali.
Após realmente sentir esta energia, comece a criar formas com ela. Use sua visualização para
tanto. Logo após esfregar suas mãos, enquanto estiver formigando, visualize raios de energia
talvez azulados ou arroxeados saindo de sua mão direita (projetiva) para a esquerda (receptiva).
Se for canhoto, inverta as direções.*
Agora, visualize essa energia lentamente girando no sentido horário entre suas palmas. Molde-a
numa bola de energia brilhante, pulsante, mágica. Veja suas dimensões, suas cores. Sinta sua
força e seu calor em seu corpo. Não há nada de sobrenatural nisso. Segure a bola com as mãos
em concha. Faça com que cresça ou diminua de tamanho por meio de sua visualização. Por fim,
empurre-a para dentro de seu estômago e reabsorva-a de volta a seu sistema.
Isto não só é divertido como também é uma valiosa experiência de aprendizado mágico. Após
dominar a arte das esferas de energia, o passo seguinte é sentir os campos de energia.
Sente-se ou permaneça de pé diante de uma planta qualquer. Ervas e plantas vicejantes
aparentemente funcionam melhor. Se necessário, flores cortadas num vaso também podem ser
usadas.
Respire profundamente por alguns instantes e limpe seus pensamentos. Coloque a palma de sua
mão receptiva (esquerda) alguns centímetros acima da planta. Direcione seu consciente para a
sua palma. Você não sente um certo latejar, uma vibração, uma onda de calor ou simplesmente
uma alteração na energia de sua mão? Você não sente a força interna da planta?
Em caso positivo, muito bem, você sentiu a energia. Após conseguir isto, tente sentir a energia de
pedras e cristais**.
Coloque um cristal de quartzo, digamos, sobre uma mesa e passe sua mão receptiva sobre o
cristal. Ative seus sentidos e atente para as invisíveis porém palpáveis energias que pulsam no
cristal.
Lembre-se de que todos os objetos naturais são manifestações da energia divina. Com prática,
podemos sentir o poder que neles reside.
Se tiver dificuldade em sentir esses poderes, esfregue levemente as palmas de suas mãos para
sensibilizá-las e tente novamente.
Esta energia é a mesma que nos preenche quando estamos nervosos, irados, assustados, alegres
ou excitados sexualmente. É a energia utilizada em magia, seja ela oriunda de nossos corpos seja
canalizada da Deusa e do Deus, das plantas, das pedras e de outros objetos. É a matéria da
criação a qual utilizamos em magia.
Agora que já sentiu esse poder, use a visualização para movê-lo. Você não precisa esfregar as
palmas de suas mãos para gerar energia, você pode faze-lo ao simplesmente concentrar-se nesse
fim. Um dos mais simples métodos é contrair os músculos - retesar o seu Corpo. Isto gera
energia, o que explica o porque de relaxarmos na meditação. A meditação reduz nossa energia e
permite que nos afastemos deste mundo.
Quando sentir-se pleno de poder, erga sua mão direita (projetiva) e direcione a energia de seu
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corpo através de seu braço e saindo de seus dedos. Use sua capacidade de visualização.
Realmente veja e sinta-a fluindo para fora.
Como prática, fique de pé em sua casa. Gere poder em seu interior. Direcione-o a cada cômodo,
visualizando-o penetrando em fendas e paredes e ao redor de portas e janelas. Você não está
criando um alarme anti-furto psíquico, mas sim uma proteção mágica, portanto visualize a energia
formando uma barreira impenetrável através da qual nenhuma negatividade ou intrusos possam
passar.
Depois de "selar" a casa, interrompa o fluxo de energia. Você pode fazê-lo ao visualizar esse fluxo
parando e balançando sua mão. Sinta sua energia de força protetora instalada nas paredes. Um
sentimento seguro deve inundá-lo enquanto está de pé dentro de sua casa protegida.
Sim, você realizou isto por meio de sua mente, mas também com poder. A energia é real, e sua
habilidade de manipulá-la determina a eficácia de seus círculos e rituais.
Trabalhe o sentir e o direcionar de energia diariamente. Torne isso uma espécie de brincadeira
mágica até que atinja o ponto em que você não precisa mais parar e pensar: "Será que eu
consigo? Será que consigo gerar poder?".
Você saberá que pode.
* Lembre-se dos filmes de ficção cientifica e fantasia nos quais um mago envia poder de suas
mãos, lembre-se da aparência do efeito cinematográfico. Se desejar, use uma imagem semelhante
para visualizar o poder pessoal que emana de suas mãos. Apesar de serem apenas efeitos
especiais, isto, obviamente, é real, e podemos utilizar a imagem para realmente enviar o poder.
** Para um exercício aprofundado sobre sentir a energia de pedras, veja "Cunningham's
Encyclopedia of Crystal, Gem and Metal Magic" (Llewellyn, 1988).
MEDITAÇÃO:
É uma prática necessária para acalmar e elevar a mente. Nela a sua "centelha" divina pode ser
contatada. Meditando, você pode entrar em contato com a Deusa e o Deus. Antes de qualquer
Prática Mágica, ritual... é bom sempre fazer uma meditação. Apresento uma forma bem simples
de meditação:
Os passos essênciais para uma meditação:
- Posição;
- Respiração;
- Se desligar do mundo e pensamentos muldanos;
- Penetrar em seu interior;
Em um local isolado de tormentos e barulhos, toque uma música bem calma e agradável, acenda
um incenso e uma vela e apague a luz. Posicione uma amolfada no chão, e em cima dela sente
em cima de seus calcanhares, ou senão sente-se em uma cadeira. coloque suas mãos em cima de
sua coxa com a palma virada para cima. Relaxe. Respire profundamente: Inspire, visualizando as
energias Divinas entrando em você, preenchendo não somente seu peito, mas também seu
"abdômem", e prenda a respiração pelo mesmo tempo que você a inspirou, depois, expire,
visualizando energias "sujas", negativas... saindo de seu corpo, no mesmo tempo em que você
inspirou. Repita esse processo até que quando achar melhor. Enquanto você respira, esqueça de
tudo, tudo mesmo, até de você. Depois de um tempo, começará a surgir imagens em sua mente,
deixe que elas surjam. Agora você pode conversar com a Deusa e com o Deus, pode entoar
mantras como: OM /ou/ OM MANI PEDME RUM...
VISUALIZAÇÃO:
É uma ferramenta importante, e poderosa, na magia. Ela é usada com o "olho" da mente. Na
magia, você a usa para "ver" seu objetivo como já alcançado.
Siga os seguintes passos para você desenvolvê-la:
1.º Faça a meditação, e quando começar a aparecer imagens em sua mente, "segure-as" e não
deixe aquela imagem desaparecer, faça isso por 5 minutos.
2.º Pegue um objeto, observe-o nos mínimos detalhes, depois feche os olhos, e visualize ele
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diante de seus olhos do mesmo jeito que você o viu fisicamente, retenha essa imagem por 5
minutos.
3.ºFeche os olhos e imagine alguma coisa que você nunca tenha visto, como: uma batata,
marrom, cheia de pelos roxos, com os olhos cinzas, medindo uns 2cm... retenha a imagem por 5
minutos.
4.º Visualize aquela coisa que você nunca tinha visto, com os olhos abertos, e em sua frente.
Retenha essa imagem por 5 minutos.
Se você não conseguiu praticar os exercícios, não desista. A visualização é uma importante
ferramenta.
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