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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE DIREITO

Abel Pedro Nove

Interpretação e Integração das normas fiscais

Nampula

2019
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE DIREITO

Abel Pedro Nove

Interpretação e Integração das normas fiscais

Nampula

2019
Índice
Introdução
Interpretação

Interpretação de normas fiscais -importa saber se em direito fiscal existem regras


diferentes no domínio da interpretação. Duas doutrinas coexistem:

a) Da interpretação favorável à Administração Fiscal;

b) A da interpretação favorável aos contribuintes. Não deve haver prevalência de


qualquer uma delas relativamente à outra.

Todavia, a interpretação económica tem vindo a ganhar algum peso; isto é, para se atingir
um certo resultado económico recorre-se a certos contratos tipos que não observam o modelo
legal. Esta tese será de rejeitar, ainda que por trás dela esteja um pensamento razoável: não se
deve privilegiar a fuga ao imposto por recurso a outro tipo de negócio jurídico. O que releva é
que o legislador ao definir ou tipificar os negócios passíveis de imposto não consegue abranger
todas as possibilidades; assim, surgem conceitos económicos vagos (cláusulas residuais); a
própria lei faz apelo a um resultado económico em detrimento da tipificação dos negócios.

Integração de normas fiscais

O direito fiscal é por definição um direito lacunar; a variedade de proliferação de


produtos financeiros provoca uma permanente desactualização da lei fiscal. O princípio da
tipicidade exclui o recurso a analogias; parte-se do pressuposto que não existem lacunas no
direito fiscal (ou está previsto na lei e é tributado ou não existe); o direito fiscal, como ramo do
direito público não deve admitir lacunas. Este contexto do direito fiscal impedeo de utilizar as
soluções preconizadas pelo artigo 10º CC; a saber: a) o recurso à analogia, no âmbito da qual o
intérprete busca no sistema jurídico um caso análogo e encontrando-o deveo aplicar ao caso
concreto e b) a criação de normas ad-hoc, ou seja, na impossibilidade de encontrar caso análogo,
o intérprete dever resolver o seu problema, criando uma norma concreta para o caso em questão,
nos moldes em que a criaria em termos a abstractos e dentro da lógica do sistema jurídico
vigente. Em sede de direito fiscal, prevalece o princípio da tipicidade e da exclusividade da AR.
Assim, torna-se impossível a adopção de uma das soluções do artigo 10° do Código Civil.

Desta forma, as lacunas em direito fiscal apenas se resolvem por acto legislativo da AR
ou por decreto-lei do Governo.

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Por isso, seria impensável, por exemplo, conceder benefícios fiscais por analogia.
Contudo, para certos autores, seria possível estender os benefícios fiscais, por analogia,
repousando esta doutrina no princípio da igualdade. Esta teoria é rebatida pelo seguinte
argumento: na previsão orçamental, ao calcularem-se as despesas já se contabilizaram os
benefícios fiscais e consequentemente, as respectivas taxas; alterando este quadro, as receitas
revelar-se-iam insuficientes o que naturalmente teria de ser compensado por um a agravamento
da carga tributária. Em conclusão, alguns iriam ser sobretributados para que outros pudessem
usufruir de benefícios fiscais. Onde o recurso à analogia parece ser defensável (o Dr. Rui Morais
assim o entende) é no domínio das garantias dos contribuintes; estão em causa os mecanismos de
defesa dos contribuintes. Não se pode recorrer à analogia quanto às normas de incidência se for
para alargá-la (isto resulta do princípio da tipicidade da lei (só se pode tributar o que a lei diz). Se
não há lei que o faça tributar determinada situação não há lugar a tributação/ problema resolvido)
(isto para o núcleo essencial do imposto.

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Conclusão

Referências bibliográficas

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