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JOINVILLE
2013
UNIVERSIDADE FEDERA DE SANTA CATARINA
JOINVILLE
2013
RESUMO
Este trabalho conceitua e define acidentes ferroviários, todas as palavras
técnicas definidas pela ABNT para explicar tipos diferentes de acidentes, também é
explicado sobre o procedimento que a empresa concessionária deve seguir para
informar a população e a agencia que regulariza a circulação de trens, por fim é feito
um levantamento estatísticos dos últimos 11 anos para ser feito uma análise de como
anda as ferrovias no Brasil com foco no índice de acidentes.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1
2. DEFINIÇÕES ....................................................................................................................... 2
2.1 ACIDENTES............................................................................................. 2
2.2 ACIDENTES FERROVIÁRIOS ............................................................. 2
3. CLASSIFICAÇÃO ............................................................................................................... 4
8. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 20
9. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 21
1. INTRODUÇÃO
O Brasil esteve por muitos anos estagnando no que se trata de ferroviária,
somente no governo do Fernando Henrique Cardoso, em 1997 que os investimentos
no transporte ferroviário brasileiro retornou, isso com o início das concessões. Hoje
temos 28.465 km nas mãos de concessionárias em operação e os investimentos que
antes eram quase nulos, em 2011 teve quase 5 bilhões de reais.
1
2. DEFINIÇÕES
2.1 Acidentes
A ABNT define:
2
veículo, às instalações fixas e/ou animais (no caso de animais, desde que
ocorra a paralisação do tráfego).
Atropelamento: acidente que ocorre com um trem ou veículo
ferroviário com pessoas e/ou animais, provocando lesão ou morte.
Causa: origem de caráter humano ou material, relacionado com a
ocorrência pela materialização de um risco, provocando danos.
Choque: colisão de veículos ferroviários ou trens, circulando no
mesmo sentido, na mesma via, podendo um deles estar parado.
Colisão: Acidente ferroviário resultante do impacto indevido de
veículo ferroviário contra um obstáculo à sua livre circulação.
Descarrilamento: acidente em que uma ou mais rodas do veículo
ferroviário saltam do boleto do trilho.
Disparo de trem: irregularidade caracterizada pela perda de controle
da velocidade do trem.
Encontro: colisão de veículos ferroviários ou trens, circulando em
sentidos opostos na mesma via, podendo um deles estar parado.
Esbarro: colisão de veículos ferroviários ou trens, circulando ou
manobrando em vias distintas, podendo um deles estar parado.
Explosão: acidente ferroviário ocorrido por explosão em trem ou
veículo ferroviário.
Incêndio: acidente ferroviário ocorrido por incêndio em trem ou
veículo ferroviário.
Lucro cessante: receita que a empresa deixa de auferir em
consequência da paralisação da circulação ferroviária devido a um
ocorrência.
Risco: uma ou mais condições de uma variável com o potencial
necessário para causar danos.
Semitombamento: adernamento, descarrilamento que resulte na
inclinação lateral parcial do veículo ferroviário.
Tombamento: descarrilamento que resulta na inclinação lateral total
do veículo ferroviário.
Trem: qualquer veículo automotriz ferroviário, com ou sem vagões
e/ou carro de passageiros, devidamente licenciado e com indicação “trem
completo”.
Veículo ferroviário: todo material ferroviário rodante de tração, de
transporte e de utilização especial utilizado na operação ferroviária.
(ABNT NBR 15868:2010).
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3. CLASSIFICAÇÃO
Os acidentes são classificados segundo a ABNT NBR 15868 pela sua natureza,
causa e gravidade.
3.2 Gravidade
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a) por mais de 2 (duas) horas em linhas compartilhadas com o serviço
de transporte ferroviário urbano de passageiros;
b) por mais de 6 (seis) horas no serviço de transporte ferroviário de
passageiros de longo percurso ou turístico;
c) por mais de 24 (vinte e quatro) horas em linhas exclusivas para o
transporte de cargas;
IV - dano ambiental; e
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4. COMUNICAÇÃO DOS ACIDENTES
6
5. NORMAS E REGULAMENTO DE OPERAÇÃO FERROVIÁRIA
7
6. MINISTÉRIO DE TRANSPORTE E ANTT
Existem diversas resoluções no qual as concessionárias devem seguir, até 2002 tudo
era controlado diretamente pelo ministério de transporte do Brasil, porem foi criado a ANTT
dentro do ministério de transporte, e logo em 2002 surgiu a resolução nº44/2002 da ANTT
onde colocava todas as resoluções em vigor do ministério dentro desta resolução da ANTT,
hoje a resolução de nº44 sofreu diversas alterações, mas de início tudo que se tratava de
ferrovia estava nela, desde acidentes graves até normas de segurança. Em 2006 o ministério
de transporte passou a exigir da ANTT publicação de relatório anual, no momento existem
relatórios do ano de 2006 até 2011, estes relatórios cotem dados de comprimento das
concessões, situação da malha ferroviária e dos veículos ferroviários e investimento do ano.
Na resolução ANTT nº44/2002 cotem vários anexos, já que se tratava de
diversas resoluções do ministério de transporte. Segue alguns dos anexos:
Anexo 1 – “Compilação dos Atos Relativos à prestação dos serviços de
transporte ferroviário pelas empresas concessionárias”
Trata-se das multas, regulamenta todo processo para multar uma
concessionária, desde forma que o agente fiscalizador deve proceder no relatório da
multa, até como a concessionária deve proceder em uma defesa, se for o caso, a
única coisa em aberto é o valor, este deverá ser julgado pelo governo, diferente do
transporte terrestre automotivos, não existe valor fixo, cada caso tem um valor próprio,
mesmo que se trate de farol queimado do trem. A baixo segue ficha de infração
preenchida pelo fiscal e entregue a ANTT.
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Figura 1 – Anexo, Título I, Anexo 1, Resolução nº44/2002 ANTT
Onde:
9
CAD - Critério de Avaliação de Desempenho;
10
aleatoriamente.
§3º Para fins deste Título, considera-se receita e despesa operacional aquela
originada exclusivamente na operação ferroviária.
§4º Os valores de entrada para obtenção dos índices que compõem o CAD
são contados utilizando-se os valores do ano contratual.
11
BOM - quando a nota for superior a sessenta e inferior ou igual a oitenta
pontos;
§3º Do mesmo modo, a empresa que nos primeiros cinco anos de vigência
do contrato de concessão apresentar desempenho operacional considerado
REGULAR, por cinco anos consecutivos, poderá, a critério da Diretoria da
ANTT, proposta a caducidade do contrato de concessão, na forma da lei..
Art. 3º Este Título se aplica aos cinco primeiros anos, após o que os
critérios poderão ser revistos.
Art. 4º Ficam mantidos, para fins da avaliação de que trata este Título, os
valores das metas de produção e de acidentes estabelecidos no contrato de
concessão. (ANTT, resolução nº 44/2002, Anexo 1, Título XII).
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7. RELATÓRIO ANUAL DA ANTT
7.1 Relatório de 2011
Em 2011 foram realizadas 147 inspeções nas 12 malhas ferroviárias brasileiras, no qual
possuem 11 concessões.
Segue a baixo dados referente as extensões das malhas ferroviária existente
no Brasil.
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Figura 4 - Relatório anual 2011 ANTT
14
exemplo 5 anos para cumprimento da meta, neste caso, se avalia como está o
andamento da melhoria exigida, em caso de descumprimento de meta é cobrado uma
multa. Estas metas podem ter relação a produção por bilhões de TKU, como no índice
e acidentes em acidentes/milhões de trem.KM, entre outros.
Acima possui uma tabela de dados de uma das concessões da ALL, no item
segurança, que seria o índice de acidentes, percebemos que principalmente em 2006
e 2007 a empresa ficou muito longe de cumprir a meta estipulada, e mesmo que note-
se uma melhora ainda estamos longe do ideal, nunca foi cumprido a meta pela ALL
neste trecho, e em 2011 está quase 10% a baixo da meta, o que é um valor alto. Na
meta relacionada a carga transportada por quilômetro ao contrário da segurança, nos
anos de 2006 e 2007 foram exemplares os valores obtidos, teve uma falta de
produtividade nos outros anos, e só voltou a cumprir a meta em 2011. Esta tabela
pode ser encontrada no relatório para todas as outras concessões.
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A tabela a seguir apresenta dados retirados dos Relatórios Anual da ANTT
entre o período de 2006 a 2011.
Acidentes
Investimento Produção
por Frotas de Frota de
em milhões milhões de
milhões de locomotiva vagões
de reais t x km úteis
trens x km
2001 810,4 162,3 49,0 - -
2002 625,7 170,1 44,0 1.895,0 67.795,0
2003 1.072,1 182,7 36,0 1.987,0 62.932,0
2004 1.889,6 205,8 32,0 2.125,0 74.400,0
2005 3.192,1 221,6 31,8 2.394,0 90.119,0
2006 2.458,0 238,3 23,0 2.492,0 87.073,0
2007 2.691,0 257,1 14,0 2.624,0 87.150,0
2008 4.196,9 266,9 14,8 2.817,0 90.708,0
2009 2.769,6 245,3 15,6 2.902,0 91.654,0
2010 3.234,9 277,9 15,0 3.014,0 95.545,0
2011 4.926,7 291,9 14,0 3.093,0 101.983,0
Tabela 1 Dados - fonte: Dados de relatórios ANTT, tabela elaborada pelo autor
Não contem número de frotas do ano de 2001.
Para facilitar a visualização segue gráficos.
5.000,0 4.926,7
4.196,9
4.000,0
3.192,1 3.234,9
3.000,0
2.691,0 2.769,6
2.458,0
2.000,0 1.889,6
1.000,0 1.072,1
810,4
625,7
0,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
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INVESTIMENTOS EM MILHÕES DE
REAIS
2.500,0
2.000,0
1.500,0
1.000,0
500,0
0,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Este segundo gráfico tem algo que considero importante, apenas em 2011 foi
feito um grande investimento em infraestrutura, até então se gastava muito mais em
superestrutura.
Número de Locomotivas
3.500,0
3.000,0
2.500,0
2.000,0
1.500,0
1.000,0
500,0
0,0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
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PRODUÇÃO EM BILHÕES DE TONELADAS x KM
ÚTIL
PRODUÇÃO EMM MILÕES DE T x KM ÚTIL
291,9
266,9 277,9
257,1 245,3
238,3
221,6
205,8
170,1 182,7
162,3
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Número de VAGÕES
120.000,0
100.000,0
80.000,0
60.000,0
40.000,0
20.000,0
0,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
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milhões de trens x km, tendo só neste trecho 280 acidentes em um ano, 23 acidentes
por mês em um único trecho.
49,0
44,0
36,0
32,0 31,8
23,0
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
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8. CONCLUSÃO
É obrigação do governo dar condições para reduzir ainda mais este índice,
estamos longe de um ideal, e é obrigação das concessionárias mostrar resultados.
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9. REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério dos Transportes, ANTT, RELATÓRIO ANUAL, 2006, Capítulo Transporte
Ferroviário;
BRASIL, Ministério dos Transportes, ANTT, RELATÓRIO ANUAL, 2007, Capítulo Transporte
Ferroviário;
BRASIL, Ministério dos Transportes, ANTT, RELATÓRIO ANUAL, 2008, Capítulo Transporte
Ferroviário;
BRASIL, Ministério dos Transportes, ANTT, RELATÓRIO ANUAL, 2009, Capítulo Transporte
Ferroviário;
BRASIL, Ministério dos Transportes, ANTT, RELATÓRIO ANUAL, 2010, Capítulo Transporte
Ferroviário;
BRASIL, Ministério dos Transportes, ANTT, RELATÓRIO ANUAL, 2011, Capítulo Transporte
Ferroviário;
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