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Sto. Agostinho
- Resumo:
Cidade de
Deus (livro
1)
sda-lisboa.com
► 2011 (17)
Categoria: Filosofia/Teologia
Idioma original: Latim
Quem sou eu
Título original: De civitate Dei
Tradução: Oscar Paes Leme Blog do Professor
Editora: Editora Vozes, 1989 (12ª Edição) Sou um sofredor convivendo
com outros sofredores que
Leitura completa em execução desde 03/12 conseguem, apesar de tudo,
manter acesa a chama da esperança.
Introdução: Trata-se de um livro complexo, mas pertinente para quem gosta de filosofia e Visualizar meu perfil completo
teologia. Tal resumo não pretende ser a obra de um especialista, visto que, nesse sentido,
estou dando meus primeiros passos. Espero apenas poder contribuir um pouco com aqueles
que se interessam pelos textos de Sto. Agostinho. No entanto reconheço minha pequenez
diante de um trabalho tão grandioso. Se conseguir despertar em alguns o interesse pela
leitura desse "GIGANTE" do pensamento cristão, já me dou por satisfeito.
Capítulo I – Defesa do cristianismo frente à acusação dos romanos de que os cristãos eram
responsáveis pela desgraça do império.
Capítulo II – Não houve guerra pagã na qual se poupassem os adoradores de um deus por
amor de outro. Sto Agostinho cita Enéias Príamo e também a deusa Minerva.
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Enéias Príamo: Príamo (em grego antigo Πρίαμος, transl. Príamos), na mitologia grega, foi rei
de Troia durante a Guerra de Troia, e era filho de Laomedonte.Seu nome original era
Podarces. Quando Héracles capturou Troia e entregou sua irmã Hesíone como escrava de
presente para Telamon, Héracles disse que Hesíone poderia escolher qualquer um e levar
com ela, Hesíone então escolheu seu irmão. Héracles disse que Podarces deveria primeiro
virar escravo, e depois ser resgatado por ela; quando Podarces estava sendo vendido
Hesíone tirou seu véu e usou-o para resgatá-lo, por este motivo ele mudou seu nome para
Príamo, que significa "resgatado".Teve várias esposas e muitos filhos. Quando os gregos
entraram na cidade, Príamo quis lutar, mas foi persuadido por Hécuba e refugiou-se com ela e
com as filhas num templo. Segundo algumas lendas, Polídoro entrou no templo, perseguido
por Neoptolemo, e foi morrer a seus pés. Príamo tentou atingir Neoptolemo, mas foi
brutalmente morto por este. Outras lendas dizem que Príamo, louco de tristeza por ver Troia
em chamas, tentou manusear suas velhas armas. Sem forças, caiu e foi decapitado por um
soldado.
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Minerva era a deusa romana das artes e da sabedoria
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Capítulo III – Sto. Agostinho ironiza a força dos deuses romanos, incapazes de defender
Roma. Ele usa como comparação os fatos ligados à guerra de Tróia.
A Guerra de Tróia foi um conflito bélico entre aqueus (um dos povos gregos
que habitavam a Grécia Antiga) e os troianos, que habitavam uma região da
atual Turquia. Esta guerra, que durou aproximadamente 10 anos, aconteceu
entre 1300 e 1200 a.C.
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Capítulo IV – A cidade de Tróia foi destruída pelos gregos sem que houvesse misericórdia,
apesar dos gregos adorarem os mesmos deuses dos troianos.
Capítulo V – César discursa contra os senadores romanos dando os detalhes de como eles
procediam para com os inimigos vencidos. Muita violência, sangue, dor e estupros.
Capítulo VII – Sto. Agostinho atribui qualquer ato de bondade ocorrido durante a invasão de
Roma pelos bárbaros, á graça de Deus representada em Jesus Cristo.
Capítulo VIII – A misericórdia divina se estendeu a todos os homens, assim como o sol se
levanta para os bons e os maus igualmente.
Capítulo X – 1. O mal pode tornar-se em bem para aqueles que amam a Deus. Como diz a
própria escritura, tudo concorre para o bem dos que amam a Deus. 2. A perda dos bens para
o justo, nada é, posto que tem conscência de que há de perdê-los um dia, querendo ou não,
por intermédio da morte. Para os fracos, a perda dos bens para os bárbaros, significa o
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08/08/2019 Momentos de Reflexão: Sto. Agostinho - Resumo: Cidade de Deus (livro 1)
desapego forçado de coisas temporais, significa a possibilidade de um retorno mais
consciente á graça de Deus. 3. Bons cristãos não foram torturados pela ocultação dos bens,
caso contrário não seriam bons, posto que o apego a coisas terrenas os fariam ser maus.
Aquele que confessa a Jesus Cristo como sumo bem, não se deixa ser torturado por ouro e
prata corruptíveis.
Capítulo XI – O fim da vida é um fato comum a todos os homens. Não importa a espécie de
morte que nos está reservada, posto que para o justo a vida eterna é uma certeza. Importa,
portanto, o lugar para onde vamos após a morte.
Capítulo XII – Sto. Agostinho, lembrando-se daqueles que foram martirizados durante a
ocupação de Roma, discorre sobre os corpos dos cristãos insepultos, explicando não ser
esse um problema grave, afinal, na ressurreição todos voltarão à vida, estejam esses corpos
onde estiverem e do modo que estiverem.
Capítulo XIII – Sto. Agostinho afirma ser importate a fé na ressurreição e, por conseguinte,
elogia aqueles que, no ato do sepultamento dos corpos de seus queridos, demonstram essa
fé. O sepultamento respeitoso de um corpo representa, para ele, a fé que o cristão tem nas
palavras de Jesus referentes à vida futura. O corpo deve ser tratado, se possível, com total
distinção.
Capítulo XIV – Os cristãos levados em cativeiro são lembrados. Breve alusão à história bíblica
dos jovens apreendidos em Babilônia: Daniel, Sadraque, Mesaque e Abednego. Agostinho
lembra também do profeta Jonas cuja história por vezes é motivo de zombaria. No entanto,
critica ele, os mesmos que não creem na história do profeta, dão crédito à célebre história de
um certo músico Ario de Metimne que, precipitado do navio no mar, teria sido levado à
margem no dorso de um delfim.
Capítulo XVI – Trata-se do perdão às mulheres cristãs que se mataram para fugir da desonra
do estupro pelos soldados bárbaros. Agostinho coloca aqui uma difícil situação, pois alguns
afirmam que não há como se tornar indiferente no caso de um estupro. Pelo menos afirmam
estes que a indiferença perante o estupro por parte das mulheres é quase impossível, não
sendo elas capazes de total desapego durante o ato do estupro em si, logicamente numa
clara referência à possíveis sensações inadivertidas e imperceptíveis engendradas pelo corpo.
Nesse caso, segundo Agostinho, dignas de piedade são aquelas que se mataram para fugir à
desonra do corpo e dignas de apoio, respeito e compreensão aquelas que se deixaram
desonrar sem recorrer ao suicidio. Afinal, quem poderia acusá-las, sem incorrer na acusação
de estar louco?
Capítulo XVII – Matar-se é um crime, afirma Sto. Agostinho. Judas foi responsável pela morte
de Jesus, mas também por sua própria morte. Não bastou a ele achar-se culpado e
arrependido, posto que desesperadamente fechou qualquer via de acesso ao arrependimento
verdadeiro. Agostinho argumenta que Judas é muito mais culpado por sua própria morte do
que pela de Cristo, afinal no caso de Cristo ele foi um co-partícipe, enquanto na sua o algoz
único e legítimo.
Capítulo XVIII – Não há pecado real para a vítima que nele não consente. A violência não faz
perder a castidade, visto que, para todos os efeitos, permanece casto na alma quem, por meio
do estupro, o deixou de ser no corpo. O corpo danificado pela violência sexual permanece
puro enquanto a alma, representada pela vontade, permanece pura. No entanto, se a vontade
for impura, na expressão do desejo interior, que corpo poderá ser puro, ainda que inviolado?
Capítulo XIX – Agostinho relata o caso de uma soberana romana chamada Lucrécia, mulher
dígna estuprada por um jovem tresloucado, filho de um tal Tarquínio. Desesperada, após tal
acontecimento, Lucrécia se mata. Como julgar tal procedimento? Lucrécia, não consentindo
no estupro, acabou cometendo o pecado do homicídio em si mesma vítima da vergonha e
angústia? Ou houve consentimento momentâneo por parte dela, vindo em seguida o remorso?
Agostinho trabalha com essas duas possibilidades, argumentando que os romanos não têm
porque difamar as mulheres cristãs vítimas de estupro no cativeiro. Enquanto a soberana
entregou-se ao desespero e à morte, sendo que somente ela poderia efetivamente explicar o
motivo, as mulheres cristãs esperaram a justificação na divina providência, sem recorrer ao
suicídio.
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Capítulo XX – Não existe nenhuma ordenança divina que legitime o ato de matar. Quando
Deus diz não matarás ele se refere à possível matança de qualquer ser humano, mesmo
daquele que atenta contra sua própria vida. O não matarás não se aplica aos animais
irracionais ou às plantas, posto que foram deixados a nosso dispor, mas sim ao ser humano,
pois, afinal quem se mata não estaria também matando o homem e tornando-se réu da
própria lei que diz não matarás?
Capítulo XXII – O suicida pode ser admirado, se assim o pudermos fazer, por sua grandeza de
ânimo, nunca por sua sabedoria. Agostinho cita o caso de Cleombroto que, influencido pela
ideia de imortalidade da alma, apregoada por Platão, jogou-se de altura considerável a fim de
voar logo para a outra vida. O próprio Platão, entretanto, não agiu assim visto ter considerado
que o suicídio não deva ser executado. O cristianismo condena o suicídio. O mesmo Cristo ao
falar aos discípulos ordena que eles fujam de seus inimigos, nunca que se matem para poder
deles fugir.
Capítulo XXIII – Agostinho apresenta, depois de Lucrécia, um outro exemplo de suicida. Catão
é um homem amargurado pela vitória de César que, por causa desta mesma vitória, acaba se
matando. Agostinho apresenta-o como um fraco que, incapaz de suportar os revezes da vida,
termina por por-lhe um termo.
Capítulo XXV – Não devemos cometer um pecado na esperança de evitar outro. Mesmo
sendo vítimas inocentes do mal alheio, devemos nos submeter à vontade divina e aguardar
abraçados a Cristo o desenrolar dos acontecimentos, ainda que tais acontecimentos nos
vitimem. Um pecado futuro jamais pode ser a explicação para um pecado presente, visto que,
dessa maneira evidenciamos apenas nossa propensão para a prática do pecado.
Capítulo XXVI – Mulheres santas para evitar a desonra, buscaram a morte na mão de seus
inimigos. Agostinho considera que talvez elas tenham sido levadas a isto pela obediência aos
preceitos divinos. No entanto, por mais que isso se pareça um suicídio, não podemos assim
julgar, posto que quem desta forma obedece a Deus não deve ser encarado como homicida
de si mesmo. Entretanto, ninguém deve matar-se, nem para fugir das agruras desta vida, nem
por causa dos desejos libidinosos dos outros, pois o reino de Deus não é para os suicidas.
Capítulo XXVII – Há quem considere a possibilidade do suicídio para fuga dos prazeres
temporais, mas quem pode pensar dessa forma? Se fosse assim, logo após os sacramentos,
os fiéis seriam exortados ao suicídio, a fim de que não incorressem mais nos prazeres deste
mundo. Porém somos exortados continuamente à vitória sobre as tentações desta vida. Não
há motivo válido para o suicídio e devemos permanecer na pureza e obediência a Cristo, a
despeito do que tenha sido feito, contra a nossa vontade, com nossos corpos.
Capítulo XXVIII – Por que Deus permitiu que tal infortúnio ocorrece às suas servas? Talvez,
conclui Agostinho, algumas necessitassem desta provação para a quebra do orgulho que as
fazia inchar pela guarda da virgindade. Enquanto outras, a quem o orgulho não manchava,
foram submetidas a tal situação para que não incorressem em erro futuro. Deus nos permiti
alguns percalços a fim de que nos preparemos à maiores provações. As santas mulheres não
perderam sua virgindade por causa da violação de seus corpos, afinal mais vale, nesse caso,
o que a consciência afirma.
Capítulo XXIX – Sto. Agostinho se insurge contra aqueles que zombam do Deus dos cristãos
escarnecendo: onde está o teu Deus? A resposta dos fiéis deveria ser: onde estão os teus
deuses? Deus está presente em toda parte e nos corrige com o sofrimento para que
tenhamos firmeza de propósitos. Os males temporais, para o cristão, são bilhetes de entrada
para o reino de Deus.
Capítulo XXX – Agostinho evoca a figura de um ilustre romano chamado Cipião Nasica. Por
que há tanta reclamação em se tratando do advento do Cristo? Agostinho conclui que seja
devido ao desejo romano pela corrupção. Cipião, contrário a destruição de Cartago, afirmava
que a mesma seria motivo de violência em Roma. Tal previsão se confirmou com a queda de
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muito sangue. Cipião Nasica receava que a demasiada segurança, sobrevinda a partir da
queda de Cartago, principal rival de Roma, pusesse a perder os cidadãos romanos.
Capítulo XXXI – Agostinho continua a refletir sobre Cipião Nasica, louvando-lhe o zelo pelos
cuidados com a cidade de Roma. Cipião despreza a volúpia grega a ponto de insistir com os
senadores pela não construção de um anfiteatro em Roma.
Capítulo XXXII – Os jogos cênicos são instituidos por ordem dos deuses. Agostinho afirma o
caráter malévolo dos deuses e, em contrapartida, a atitude honrosa de Cipião.
Capítulo XXXIII – O povo romano se deixa seduzir pela diversão, mesmo quando a cidade
está sendo destruída. Povo frívolo, tolo e inconstante que, a despeito de qualquer coisa,
prefere mais o vício do que a virtude. Cipião esperava que o medo da guerra amadurecesse a
alma dos romanos, mas nem isso foi capaz.
Capítulo XXXIV – A bondade divina instituiu, em nome do Cristo, salvação para os que
buscaram refúgio nos templos cristãos. O abrigo romano não tinha o mesmo objetivo que os
templos cristãos.
Capítulo XXXV – Agostinho cita a parábola do trigo e do joio, lembrando que enquanto
estivermos no mundo, pátria terrestre e celeste se confundem num enlace sutil.
Capítulo XXXVI – Os infortúnios de Roma são atribuídos aos cristãos, mas Roma sempre os
teve? Como explicar tal controvérsia? Agostinho propõe para o próximo livro discussões sobre
a imortalidade da alma, o único e verdadeiro Deus criador e sobre a providência divina que
comanda tudo.
Um comentário:
Cleiton Freire 19 de maio de 2012 08:19
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