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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

BIOLOGIA EVOLUTIVA

DAVID CERQUEIRA SOUZA

GRANDES EXTINÇÕES E RADIAÇÕES ADAPTATIVAS

Salvador-BA
2018
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DAVID CERQUEIRA SOUZA

GRANDES EXTINÇÕES E RADIAÇÕES ADAPTATIVAS

Pesquisa submetida ao componente curricular BIOC12 – BIOLOGIA


EVOLUTIVA

Profa. Dra. Alessandra Selbach Schnadelbach

Salvador-BA
2018
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AS GRANDES EXTINÇÕES

Pensar na extinção de qualquer espécie pode parecer algo catastrófico, mas a história
da vida na Terra conta vários episódios de extinção. Portanto, extinção é algo natural que faz
parte até do desenvolvimento da vida no planeta, pois abre caminho para uma renovação das
espécies viventes.
O processo de extinção que ocorre em decorrência da interação normal entre as
espécies e destas com o meio é chamada extinção de fundo. Para exemplificar, espécies que
ocupam um mesmo nicho ecológico, por competirem pelos mesmos recursos, tal competição
pode levar uma das espécies à extinção.
No caso das extinções em massa, são caracterizadas pela destruição de um número
elevado de espécies dentro de um período relativamente curto de tempo. Onde acredita-se
que as causas foram combinações de fatores diversos, e não acontecimentos isolados.
Algumas das causas apontadas por pesquisadores são: mudanças climáticas, tectônica de
placas, mudanças de salinidade, mudanças nos níveis das marés, história da vida das plantas,
impactos de meteoros e radiações cósmicas.
Alguns autores destacam um conjunto de cinco grandes extinções em massa, “the big
five”, ocorridas no Eon Fanerozoico (570 milhões de anos atrás). Acredita-se que elas
ocorrem nos finais das Eras geológicas, já que tais períodos são caracterizados pelos fósseis
encontrados em cada camada e quando as espécies desapareceram, sendo substituídas por
novas formas em estratos sobrepostos, sendo natural a criação de novos nomes para o novo
conjunto de fósseis. The big five ocorreram no final do Ordoviciano, do Devoniano, do
Permiano, do Triássico e do Cretáceo.

A EXTINÇÃO DO FINAL DO ORDOVICIANO

No final do Ordoviciano, há cerca de 440 milhões de anos, 22% das famílias e,


praticamente, 60% dos gêneros dos invertebrados marinhos sumiram, incluindo trilobitas,
braquiópodes, graptolitos, equinodermos e corais. Teria sido causada por grandes flutuações
no nível do mar, ocasionadas por sucessivas regressões e transgressões marinhas, que
geraram vastas glaciações. O gelo se espalhou ao norte em todas as direções, resfriando
oceanos ao sul, e retendo água como gelo, o que causou uma baixa global no nível dos
mares, seguidas por um período de grande aquecimento global.

A EXTINÇÃO DO FINAL DO DEVONIANO

As datas apontadas para a grande extinção que ocorreu ao final do Devoniano


divergem conforme autores, variando por volta de 364 e 359 milhões de anos atrás. Os
mares estavam em regressão, os continentes Laurentia e Báltica se uniram, formando a
Euramérica, a qual, posteriormente, ao se unir com o Gondwana (no Carbonífero), formou o
Pangeia, no Permiano.
As consequências deste evento de extinção em massa podem ser relacionadas a
“declínios letais na temperatura a níveis globais”, após um período de aquecimento global,
onde estima-se a perda de 22% das famílias marinhas e de 57% dos gêneros marinhos,
incluindo todos os peixes sem mandíbula. A expansão das florestas no meio terrestre
provocou um aumento do intemperismo químico na produção do solo (associado a estas
florestas), e a deposição dessa matéria orgânica nos mares mais rasos, teria provocado
anoxia, o que colaborou para a extinção de diversos grupos, cerca de 70% a 80% da fauna
conhecida. Dentre os grupos que se extinguiram neste período estão os corais
estromatoporoides e os peixes ostracodermos e placodermos.
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A GRANDE EXTINÇÃO DO PERMIANO

Durante o Permiano houve o surgimento do supercontinente Pangea, uma imensa


área de terra emersa, que superou a área oceânica, como conseqüência houve uma explosão
de vida em terra firma com a diversificação de espécies de insetos, anfíbios, répteis
associados a florestas de gminospermas. A fauna marinha era composta por braquiopodes,
amonóides, gastrópodes, peixes ósseos, tubarões, foraminferos e raros trilobitas.
Neste período houve uma extinção de faunas que foi a maior de toda a história da
vida na terra, onde 90% da fauna marinha foi extinta, mas parte da fauna terrestre também
foi, extinguindo vertebrados sinápsidos. As razões para esta extinção foi a elevação do
continente Pangea o que reduziu as áreas de mar raso, e vulcanismo, que teria levado a
atmosfera uma grande quantidade de gases, que teriam provocado um aquecimento global.

A EXTINÇÃO EM MASSA DO TRIÁSSICO

Durante o Triássico o supercontinente Pangea começa a migrar para uma posição


mais próxima a linha equatorial do planeta, causando mudanças climáticas que mudaram a
disposição da vegetação, e afetaram a fauna. O interior do continente vira um deserto,
somente as áreas litorâneas possuem uma vegetação mais abundante, consequentemente
alguns anfíbios labirintodontes se extinguem, e os “répteis” diápsidos (arcossauros) se
sobressaem em relação aos sinápsidos, que no final do Triássico se reduz apenas a um grupo
cinodontes de pequeno tamanho, que dará origem aos mamíferos. Nos mares desse período
diversas espécies de amonóides, equinóides, braquiopodes, bivalvios, gastrópodes são
extintas.
Apesar de listada como uma das grandes extinções em massa, alguns autores acreditam que
essa extinção tenha ocorrido de forma gradual, graças as diversas mudanças climáticas
ocorridas com a migração do continente.

A EXTINÇÃO EM MASSA DO CRETÁCEO

Na extinção em massa do Cretáceo, cerca de 50% dos gêneros viventes


desapareceram. Todos os invertebrados marinhos foram afetados. As vítmas proeminentes
foram os foraminíferos, os bivalves, os briozoários e todos os amonitas, gastrópodes,
esponjas, equinodermos e ostracódeos restantes. Parece que os dinossauros já estavam em
declínio anteriormente à extinção final; e há alguns poucos fósseis de dinossauros do início
do Paleoceno, de forma que alguns deles devem ter sobrevivido à extinção em massa.
A extinção do final do Cretáceo também ocorreu sob condições incomuns. Grandes
depósitos de fuligem sugerem incêndios de escala hemisférica, assim como os esporos de
samambaias, os quais devem ter invadido as áreas abertas pelo fogo. Bem na fronteira entre
o Cretáceo e o Paleoceno, há um enriquecimento de irídio, um elemento encontrado em
concentrações baixas na Terra e altas em meteoritos. A hipótese mais aceita é a do impacto
de um meteorito de 10Km de diâmetro, o qual formou uma cratera de 180Km. Os dejetos
ejetados teriam iniciado os incêndios, e o impacto teria levantado uma grande quantidade de
poeira na atmosfera, tanto diretamente quanto por meio de erupções vulcânicas, induzidas
pelo impacto, de forma que o planeta ficou escuro e frio por diversos anos. A sobrevivência
da maioria das plantas com sementes sugere que o período de maior crise não excedeu o
tempo que as sementes podem sobreviver no solo, o qual é de cerca de uma década.
A principal candidata à cratera de impacto é Chicxulub, na península de Yucatan, no
México; ela data, precisamente, do final do Cretáceo. Quartzo de choque e tectita da cratera
foram encontrados no Caribe e em localidades mais distantes.
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RADIAÇÕES ADAPTATIVAS

Parte da grande diversidade existente em alguns grupos animais é resultado de


eventos pretéritos de radiação adaptativa, fenômeno evolutivo em que várias espécies
derivam de uma espécie ancestral. Em geral, as espécies descendentes possuem diferentes
adaptações ecológicas e são capazes de se estabelecer em diferentes nichos. Os eventos de
radiação adaptativa são atribuídos à colonização de um novo território onde não há
competidores, à extinção de competidores ou à quebra de barreiras adaptativas. Os lagartos
do gênero Anolis nas ilhas do Caribe, os tentilhões de Darwin em Galápagos, e os peixes
ciclídeos dos lagos do leste da África são exemplos de radiação adaptativa frequentemente
citados em livros de evolução.
Assim como as radiações adaptativas respondem por grande parte da diversidade no
mundo de hoje, as extinções explicam a perda de diversidade biológica que acometeu a
Terra em diversos momentos ao longo da evolução. A história da vida no planeta é marcada
por vários eventos de extinção em massa, os quais são comumente seguidos por episódios de
radiação adaptativa. Muitos fatores podem estar envolvidos nas causas dessas extinções,
como mudanças no clima e no nível do mar, impacto de asteroides, vulcanismo e tectônica
de placas. O evento de extinção mais conhecido é aquele que culminou no desaparecimento
dos dinossauros e muitas outras formas de vida no final do Cretáceo.
Uma radiação adaptativa significa geralmente um evento no qual a linhagem se
diversifica rapidamente, com a nova linhagem formada envolvendo diferentes adaptações.
Diferentes fatores podem desencadear radiações adaptativas, mas cada um é uma resposta
para uma oportunidade. Isso inclui:
- A evolução de uma adaptação chave: Uma adaptação chave normalmente significa que
essa adaptação permite ao organismo evoluir para explorar um novo nicho ou recurso. A
adaptação chave pode abrir muitos novos nichos para o organismo e promover a
oportunidade para uma radiação adaptativa. Por exemplo, a radiação adaptativa do besouro
pode ter sido desencadeada por adaptações para alimentar-se de plantas com flores.
- Livre da competição/nichos vagos: Linhagens que invadiram as ilhas podem ter
possibilitado a radiação adaptativa porque os invasores são livres de competição com outras
espécies. No continente, outras espécies preenchem todos os nichos ecológicos disponíveis,
impossibilitando que a linhagem se divida em novas formas e se diversifique. No entanto,
em uma ilha, esses nichos podem estar vazios. Extinção também pode esvaziar os nichos
ecológicos e tornar possível a radiação adaptativa. Por exemplo, nichos vagos abertos pela
extinção dos dinossauros, podem ter permitido a radiação dos mamíferos para a sua posição
na cadeia alimentar terrestre.
- Especialização: A especialização pode subdividir um único nicho em muitos nichos
diferentes, por exemplo, peixes ciclídeos se diversificaram no lago do Leste da África em
mais de 600 espécies. Essa diversificação pode ter sido possível por causa da evolução das
diferentes linhagens que tiraram vantagem dos diferentes tipos de comida (incluindo insetos,
algas, moluscos, peixes pequenos, peixes grandes, escamas de outros peixes e, inclusive,
olhos de outros peixes!).

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