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BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Memória do sagrado: Estudos de religião e ritual.

São
Paulo: Ed. Paulineas, 1985.
- Analisa os moradores de Tapira, interior de SP;
“No processo original de ocupação do território, os donatários das maiores sesmarias
conservaram as melhores terras e empurraram os lavradores caipiras sertão adentro”
P.17
- o ingresso do café representa a introdução do trabalho servil; o camponês não trabalha
na lavoura do café, “mas a concorrência do escravo não eliminou da região o pequeno
produtor camponês. Ele continuou trabalhando em suas terras ou passou a ser um
agregado parceiro das fazendas de café.” P. 19
- porém a chegada do café muda a vida do caipira;
- alguns sítios produziam para subsistência da cidade; outros arriscaram uma produção
maior; outros sitiantes foram forçados ou preferiram vender suas terras “quando não as
tiveram usurpadas por grandes fazendeiros que, não raro, chegavam à região com
títulos de propriedade nas mãos” p. 19
- estes se incorporaram as fazendas como moradores, proletários ou parceiros;
- quando chegam os colonos o caipira continua trabalhando;
- “Quando o valor do café, e, logo depois, o da cana, tornou vantajoso o uso exclusivo
de quase todas as terras para lavouras de mercado, esses camponeses começaram a ser
expulsos das fazendas para a cidade.” P. 19
- vltam depois da quebra do café, primeiro com camaradas e depois como trabalhadores
volantes;
3 – INVSÕES DA CANA
- Com a queda do café, o cpital por reaplicado: 1) em diversos produtos, especialmente
a cana; 2) ainda no café; 3) na indústria local.
1920 – “a cana invadiu Tapira”;
- com a quebra do café, fazendeiros dividiram sua fazenda e venderam aos próprios
colonos que agora se transformavam em sitiantes;
- boias frias.
4 – AS GENTES DO LUGAR
- Senhores regionais, ideologia: “a) o reconhecimento do atraso e da marginalidade do
trabalho e da cultura dos camponeses caipiras; b) o reconhecimento da expropriações
exercidas sobre ambos, como sinais dos direitos e do poder do capital e dos seus
detentores”. P. 24
[O capitalista como a personificação do capital – o cativeiro da terra];
Sobre os cairas residentes: “É preciso insistir que, por toda região da Mogiana, pequenos
proprietários e posseiros viveram e trabalharam durante 120 anos pelo menos, até
quando o seu território de trocas foi invadido pela grande fazenda” P. 24
- Com a chegada do grande fazendeiro – redefiniu as relações – sobretudo a de posses
de terra;
- fazendeiro detém um domínio político sobre o sitiante;
- diferença entre o trabalhador parceiro ou assalariado e o boia-fria – turmeiro; p. 27
A CAPELA E A IGREJA, AS IGREJAS
- Os moradores do bairro MACUCOS, constroem uma capela para a imagem de Nossa
Senhora;
- trabalho comunitário – as pessoas deixaram as lavouras em prol da construção da
capela.
1 – A RELIGIÃO DOS CAMPONESES
Os termos do documento de doação são o primeiro testemunho de controle eclesial que
da legitimidade católica a um culto sertanejo;
“No entanto, durante pouco mais de 120 anos uma forma popular e relativamente
autônoma de crença e de pratica de cultos católicos foi o sistema quase único de trocas
entre a sociedade e o sagrado” P. 31
- romarias;
Esse catolicismo rustico ou popular: “Ela não é um aglomerado pitoresco de crendices e
práticas mágico-religiosas, mas, ao contrário, constitui um sistema coerente e complexo
– possivelmente mais complexo do que o do próprio catolicismo erudito – de crenças e
práticas do sagrado, combinadas com agentes e trocas de serviços. Em segundo lugar,
ela não é uma criação religiosa exclusiva e isolada dentro de uma cultura camponesa,
mas, ao contrário, retraduz para a sociedade caipira dependente, segundo os seus
termos, o conhecimento e a prática erudita da religião dominante” P. 32
- trocas simples entre as pessoas e os santos;
“O saber religioso eram de conhecimento de toda a comunidade camponesa” p. 32
- o lugar santo, ou o santo d o lugar. P. 33
- Importância dos sacramentos na ideologia socioreligiosa do caipira e como posição
social;
- O catolicismo caipira de Itapira – “combinava componentes do sistema simbólico do
sertanejo – visão de mundo, ideologia religiosa, código de trocas familiares e sociais –
com elementos mais ou menos fragmentado da História Sagrada, da doutrina e das
regras de práticas devocional da Igreja Católica” p. 34
2 – A IGREJA DOS FAZENDEIROS
“Quando os moradores de Macucos conseguiram uma primeira capela reconhecida e
receberam um capelão da Igreja, trouxeram para dentro dos seus limites comunitários
a ordem interna de uma agência religiosa ideológica e institucionalmente associada aos
fazendeiros” P. 35
- As autoridades viam com mal olhos as práticas populares, só respeitando com a
instituição de uma paróquia, chegada de um padre residente ligado aos fazendeiros
locais que a autoridade passa a respeitar os cultos;
“Poucas instituições civis daqueles tempos atestavam com tanta veemência a grandeza
e os direitos de uma pequena elite agrária enriquecida as pressas como a Igreja Católica
entre os anos de 1880 e 1920.” P. 37
- O sacerdote servia os fazendeiros;
- mudanças com a institucionalização da Igreja – p. 38
- os padres publicavam no jornal repudio aos cultos paralelos aos oficiais da Igreja,
“prescreviam regras de evitação para os fiéis da religião popular” p. 41
- Porém, os fiéis não sabiam ler e as práticas já estavam espalhadas, assim, mesmo com
esse movimento eclesial as festas perduram até hoje;
- os capelões populares: 1) poderiam escolher se render as leis paroquiais se tornando
“capelões leigos autorizados” ou recorrer aos remotos lugares onde os padres não iriam
e tinha autonomia da igreja católica erudita;
“O rezador, o capelão e o mestre-dirigente de grupos rituais foram os concorrentes mais
próximos ao trabalho religioso do padre” p. 41
- punição e perseguição aos benzedeiros e curandeiros – o mesmo com os “milagreiros”;
“Contra santos de aparecimento súbito e influencia religiosa acelerada, a Igreja e a Lei
não costumavam ser tolerantes” P. 44
A igreja vai controlar as três figuras populares: o sacerdote ilegítimo, o feiticeiro profano
e o pequeno santo milagroso.
3 – CAMPONESES E COLONOS, ESCRAVOS E OPERÁRIOS
- Expropriação do caipira com a institucionalização das práticas religiosas – p. 45
“A religião popular tornou-se progressivamente diferenciada e enriquecida de novos
elementos, com a introdução de outros tipos de sujeitos sociais subalternos, trazidos
com os fazendeiros-coronéis. Com eles vieram os negros escravos e, mais tardem os
colonos europeus.” P. 45
- Com a mudança do trabalho e expansão das industrias da região, a fazenda vai expulsar
o parceiro e o agregado... este vai morar na periferia, tornando-se posteriormente
trabalhador volante...
- Os negros mais do que ostros grupos introduziram em Tapira novos elementos
culturais religiosos e medicinais.
- colono italiano mais facilmente absorvido pelo controle paroquial;
“Nos bairros urbanos da periferia e nos bairros rurais, sítios e fazendas, a religião
popular dos camponeses e as formas equivalentes de fé dos negros e dos migrantes
saídos da roça, constituem áreas de oposição difusa e relativa autonomia frente a Igreja”
P.47
4 – HERESIA POPULAR E CISMA BURGUÊS
- Construção da capela de Santa Cruz e mãe Aparecida;
- “Maõzinha do Nicolau”;
“Para a autoridade eclesiástica era intolerável o surgimento de um surto votivo a menos
de 500 metros da igreja matriz, só domínio popular e em torno de uma misteriosa
entidade devocional não incluída nos registros canônicos oficiais” p. 48
- o culto urbano não foi extinto em curto prazo com outros surtos milagrosos, resistiu e
fez resistência a igreja de forma organizada por três anos;
1910 – o vigário declarou e espalhou que os cultos na capela estavam proibidos;
- Proibição das associações de Santo Antônio de Pádua; somente os filiados e
autorizados pela igreja.
- Cisma na igreja Católica – criação da “Igreja Católica Brasileira” p. 52
- Padre Amorim;
5 – PASTORES E MÉDIUNS EM ITAPIRA
1875/1876 – Instalada a igreja Presbiteriana em Itapira;
“Em meio a um período de intensa concorrência e conflitos no mundo católico de
Itapira, foram de uma relativa paz ecumênica os relacionamentos entre os católicos e os
presbiterianos, durante um tempo em que uma trégua religiosa entre os dois lados não
era sempre a regra do país” P. 54
“Na sociedade capitalista agraria de então o catolicismo popular era um sistema
religioso dominado, recolhido a áreas rurais de refúgio camponês, e limitado, na
periferia da cidade.” P. 56
- curandeiros e benzedores;
-os espiritas a poiavam a igreja amorista;
“Para os católicos, social e simbolicament3e os espiritas estavam situados entre a
religião popular e a ideologia dos pequenos liberais do lugar” p. 58
“Em nome do estabelecimento de um espaço religioso não-católico e autônomo, os
espiritas provocaram alianças de serviços políticos com os maçons, com os brasileiros,
com os liberais livre-pensadores (expressão muito comum na época) e, em menor
intensidade, com os protestantes”. P. 59
- Primeiro – definidos como curandeiros profanos;
Segundo – como falsos profetas que viriam enfraquecer a religião;
“Santos do lugar, benzedores, curandeiros, rezadores caipiras e os primeiros espiritas
anônimos, assim com os fiéis da mãozinha, foram acusados de praticarem cultos não-
ortodoxos e profanadores da religião”. P.60.
6 – os tempos do secular
“A igreja que antes falara sozinha em nome de toda sociedade, começou a escutar
setores secularizados falarem por si próprios e, em alguns casos, iniciarem a crítica
profana da religião” p. 61
- a preocupação do catolicismo agora passa a ser a oposição de grupos e instituições de
outros setores da sociedade;
- mudanças nas relações com a elite agrária – p. 62
“O controle religioso da Igreja foi bastante alterado, sem que ele a perdesse uma posição
relativamente hegemônica” p. 62
“O católico, o protestante e o mediúnico” P. 63
AS MUITAS MORADAS
“Para os rezadores de terço, presbíteros, pentecostais ou pais-de-santo, não possuir
memória histórica de sua própria pratica significa reconstruí-la como estória e com
mitos” P. 65
1 – AS NOVAS IGREJAS
- Adventistas; p. 67
“as primeiras igrejas pentecostais foram criadas entre 1960 e 1970” p. 67
- Cruzada, a volta Cristo;
- congregação crista do Brasil, p. 71
2 – AS IGREJAS DE BAIXO
- Nos bairros de bairro e com serviços voltados as classes subalternas, “ali os fiéis não se
reúnem mais em templos com torres e palavras pintadas na fachada, mas em casas,
galpões, garagens e barracos de madeira” p. 72
- Igreja do Senhor Jesus – p. 75
- Nota-se uma certa instabilidade na formação da igrejas pentecostais em Itapira.
3 – PAIS-DE-SANTO, CURANDEIROS, BENZEDORES
“Quando os primeiros capelões-curados e vigários chegaram a Itapira, encontraram
pelos bairros, sítios e fazendas um sistema popular de prática do catolicismo que incluía
serviços regulares de benzimento e curandeirismo e incorporava entre seus agentes –
rezadores, benzedeiras, curandeiros” P. 76
- diferenças na mesa branca e o candomblé... p. 77
- conflitos entre o candomblé e umbanda;
- “Entre o extremo erudito – o espiritismo kardecista – e o popular – os curandeiros
autônomos -, a entrada de umbanda não provoca conflitos amplos dentro o campo
mediúnico.” P. 79
- as regras mediunaticas já estavam postas antes da formação dos centros urbanos, “são
os seus chefes os que, de um modo ou de outro, submetem-se a elas” P. 79
4 - VARIAÇÕES CATÓLICAS
1955 – 1978 – maiores mudanças;
- aumento do poder do clero, diminuição do poder do leigo – p. 80
Igreja pós conciliar – incentivo as ações do movimento leigo;
“A divisão canônica da igreja local em quatro paróquias criou as bases políticas para o
aparecimento de diferentes tendências ideológicas entre os próprios padres, de acordo
com as categorias sociais de leigos com quem estabeleceram alianças de trocas
preferenciais” p. 81
Consequência: 1) alteração do número e participação de leigos na atividade religiosas e
político –promocionais das paróquias; 2) concorrência entre os vigários;
- Depois da criação de outras três paroquias, a da Penha perde seu poder de mobilização
efetiva no laicato católico.
- Quadro com as comparações – p. 84/85.
CAPITULO II
O NUMERO DOS ELEITOS
OS SALVOS SE CONTAM E SE EXPLICAM
- Como muitos outros municípios no país, a cidade de Monte-Mor surge a partir de um
capela e sua concentração religiosa;
- mudança no caráter de trabalho rustico com a chegada de 4 industrias internacionais
no entorno da cidade.
A PRODUÇÃO DO SAGRADO
“A história da constituição do mundo religioso em Monte-Mor é a história da chegada
da Igreja Católica oficial a um espaço de catolicismo popular anterior, da chegada de
igrejas protestantes a um território oficialmente católico e, finalmente, da chegada
tardia de grupos pentecostais a uma sociedade já acostumada a dividir-se pacificamente
entre seus padres e pastores, católicos e protestantes” P. 92
a) OS CATÓLICOS
- 1) sistema de pratica religiosa predominantemente devocional e familiar;
2) presença esporádica de padres oficiais;
- Em geral, a chegada de um padre vigário altera as relações de uso que os fazendeiros
fazem da religião, porém, muito poupo alteram a vida religiosa do caipira. Cabe dizer,
que, apesar disso, sempre vai marcar o dualismo entre a pratica devocional popular e as
práticas eclesiais sacerdotais.
Importante – p. 95
Alterações que ocorrem entre leigos e padres com a implantação da paroquia Nossa
Senhora do Patrocínio: a) esvaziamento político dos leigos e concentração religiosa nas
mãos dos padres; b) redistribuição de modalidades de exercício do controle religioso. P.
95
b) OS PROTESTANTES
- Luteranos, presbiterianos e batistas;
- Os luteranos são os alemães e seus descendentes;
- ao contrário dos luteranos, pós presbiterianos são católicos convertidos;
“No Brasil os batistas são uma igreja limite entre o protestantismo histórico e o
pentecostal” P. 98
“Os grupos de protestantes de Monte-Mor resultam, direta ou indiretamente, dos
trabalhos regionais de evangelização de estrangeiros (batistas e presbiterianos) ou da
transferência maciça de colonos também europeus (luteranos).” P.98;
c) OS PENTECOSTAIS
- Surgem a partir da déc. de 50;
- quando os pentecostais chegam a monte mor – a maior parte da população é de
católicos – estes centrados na matriz e no vigário (NS do Patrocínio) ou espelhados em
pequenas comunidades (catolicismo popular).
“É a chegada dos grupos pentecostais que ira alterar o equilíbrio ecumênico anterior da
pequena comunidade” P. 100
- Chegam com missão de conversão.
d) OS ESPIRITAS E AS RELIGIÕES SEM IGREJA
- UM CASALA PÓS PASSAR POR UMA EXPERIENCIA PSSICA, dizem que tem a missão de
criar um cerntro espirita em Monte-Mor;
- não há centros ou trreiros de umbanda na cidade – o que é estranhos pois na região
paulista há um équena explosão da religião.
IGREJAS, AGENTES E FIÉIS
- Crescimento dos pentecostais;
a) AS RELAÇÕES DAS QUANTIDADES
- Festa dos quatro santos padroeiros. – quadro com divisão dos festejo, p. 104
- a maioria dos trabalhadores são braçais;
“O que caracteriza os católicos, do ponde de vista de posições no mercado local de
trabalho, é que eles estão desigualmente presentes em todos os postos. Junto ao vigário
e participantes mais ativos da vida da igreja, estão os profissionais e empregados
graduados, os fazendeiros, os donos de pequenos negócios na cidade (comércio e
indústria) e os trabalhadores civis do município. Mais próximo as a um espaço anterior
do catolicismo popular, congregando em torna ao culto de santos, a devoções familiares
e a presença de agentes religiosos não-eclesiásticos (rezadores etc), estão quase todos
os sitiantes, meeiros, trabalhadores rurais e operários urbanos” p. 106
- os protestantes seguem a mesma desigualdade que os católicos;
- Porém, os pentecostais seguem enchendo suas igrejas com proletariados e
subempregados urbanos;
- quadro esquemático p. 106
- A posição e relação de trabalho vem do lugar origem do sujeito;
- no espiritismo, condições e público parecido com os pentecostais.
b) AS RELAÇÕES E OS USOS DA FÉ
- a chegada da igreja Católica erudita e a criação de uma paróquia representa “a
destituição do controle religioso exercido por leigos católicos ligados ao trabalho rural”
P. 109
“A oposição tradicional entre um espaço de catolicismo popular e um outro de
catolicismo oficial acompanha, também em Monte-Mor, uma linha de classe social e
uma linha de articulação rural urbano” P. 110
- “O padre constrói a ordem social da paróquia através de alianças com as “pessoas de
bem” da cidade.” P. 110
A partir dos leigos escolhidos: ele produz a) a ordem hierárquica; b) a ordem
parainstitucional;
“Ao contrário dos pentecostais de agora, os protestantes históricos, tal como os
católicos, consolidam igrejas legitimamente subordinadas às classes dominantes,
exercidas por agentes da pequena burguesia e com mecanismos de controle sobre a
conduta social e o desempenho religioso das classes populares” P. 112
“É especificamente sobre a reserva periférica de católicos populares, deixados de lado
hoje em dia por presbiterianos e batistas, que os pentecostais recrutam os seus fiéis.”
P. 113
- os crentes são convertidos na população periférica de monte-mor;
- a religião espirita é a mais aberta e não exige vinculo de fidelidade religiosa;
- em Monte- Mor os praticantes do espiritismo são os agente periféricos;
Divisão dos grupos sócias de Monte-Mor:
a) Cinco grupos com agentes sociais não eruditos culturalmente e não poderosos
politicamente – catolicismo popular; Congregação Cristã no Brasil; Assembleia
de Deus e Ministério das missões; assembleia de Deus e ministério Madureira e
centro espirita;
b) Quatro grupos com agentes eruditos que se dedicam exclusivamente ao serviço
religioso – catolicismo oficial; Igreja Luterana; Presbiteriana e Batista. P. 115
- Quadro de oposições – p. 116.
AS REPRESETAÇÕES DE SANTIDADE
“Uma igreja se profetiza como legitima porque garante que representa a delegação
sagrada de uma ordem de crença e de prática entre os homens e a divindade; e também
porque, no limite, uma ou mais categorias de sujeitos sociais são os seus agentes e os
seus fiéis” P. 117
- muitas vezes os deuses de uns são demônios dos outros – como acontece com os
santos da umbanda;
- para os católicos o espiritismo é uma grande profanação;
- os católicos eruditos acusam os católicos populares de serem uma “gente atrasada e
ignorante” supersticiosa e responsável pela difamação e mal visão dos evangélicos sobre
a religião; semelhante acusação é feita dos protestante sobre os evangélicos; “com
muito menos empenho em um tempo de aproximações ecumênicas, os católicos
reconhecem nos protestantes a perda de uma legitimidade cristã, que se preserva
somente através da sequência de uma tradição evangélica e canônica de que a igreja
católica é a única continuadora e guardiã” P. 120
- os espiritas consideram todas as religiões, porém as diferenças estão em sua evolução,
para eles, a religião mais evoluída é o espiritismo; P. 120
- Quadro de classificação da legitimidade religiosa – p. 121
- domínio de tradição x domínio da recentividade;
- quadro sobre sagrado e profano – p. 122
-conversões por experiências espirituais;
- conversões por casamento;
- relações de aliança comuns entre os protestantes; com os católicos paroquias a relação
de tolerância mutua;
- relação entre os católicos e os protestantes e espiritas são de dupla ordem: “a) de
acentuada concorrência ao nível dos agentes religiosos; b) de procura acentuada entre
os leigos populares” p. 124
- protestantes e pentecostais – declarada concorrência;
- projeções para a religião – P. 126/127
CAPITULO III"
EM NOME DE SANTOS REIS
BIAGENS DE UM RITUAL CAMPONÊS ENTRE PODERES DA IGREJA
CATOLICISMO POPULAR E PASTORAL POPULAR
“A igreja do evangelho, professam, deve gerar movimentos populares que sejam, ao
mesmo tempo: 1º A comunidade de fé do cristão militante; 2º a unidade de participação
e apoio na luta dos movimentos populares gerados pelas próprias classes subalternas”
p. 132
“Entre a miséria e a opressão, este foi sempre um país de muitas festas e quase todas
tinham ou têm o que ver com o catolicismo português” P. 134
Com o rompimento da igreja com o ESTADO: 1) suspensão da vinda do clero português;
2) incentivo das associações católicas para leigos; 3) CRIAÇÃO DE SEMINÁRIOS
RIGORISTAS;
FOLIAS, PADRES E FOLIÕES
A) O RITUAL DA FOLIA
“Dentre todas, as folias de Reis são a viagem ritual mais difundida no Brasil e a mais rica
de ritos e crenças próprias” P. 138
- a folia de Reis se torna predominantemente rural e não precisa de nenhum sacerdote
presente para acontecer;
B) CANTOS E DNÇAS DIANTE DO ALTAR
- ritos e danças dentro dos templos no catolicismo primitivo;
“A hierarquia religiosa, que aos poucos se separa da massa dos fiéis comuns, cedo
também começa a estabelecer as regras do controle do culto legítimos” P. 140
- as folias são um resquício da cultura judaica e pagã no início do cristianismo, e, mesmo
com as proibições do alto clero, elas continuam acontecendo em alguns momentos ou
lugares; “mas pelos séculos se continuou a dançar e a proibir” p. 140
- FOLIA – é uma dança de origem Portuguesa – durante o século XVII “os homens se
vestem a portuguesa, com guizos nos dedos, gaitas e pandeiros, girando e pulando à
roda de u tambor” p. 141
Já num texto de 1793 – uma dança profana de rapazes fantasiados;
c) DEIXEMOS DANÇAREM ESSES ÍNDIOS
“Há indícios de que no Brasil o culto popular à figura dos Três Reis do Oriente e quase
tão antigo quanto o dos padroeiros dos primeiros conquistadores.” P. 143
“Esse é o caminho pelo qual, pelas mãos dos missionários jesuítas, a Folia penetrou na
Colônia, como uma dança de fundo religioso, mais uma manifestação paraliturgica que
profana” apude Yara Moreira – P. 144
- No Brasil, acontece como em outras regiões ibéricas – rituais incluídos em cerimonias
de cultos oficiais da Igreja são primeiro, tornados dramatização sendo parte da ´própria
cerimonia litúrgica, em segundo, se perdem as dramatizações e ficam apenas os cantos
e danças que a antes eram apenas separações de cena. P. 145
D) DO ALTAR AO ADRO, DO ADRO À RUA
- com o passar do anos as cartas pastorais na igreja passam de recomendações a
condenações de exageros nas festar ornamentais da igreja “ou seja, em quase todo o
ritual religioso realizado nos festejos de devoção de confrarias, irmandades o
comunidades populares, alheio ao controle direto da hierarquia e do seus agentes:
padres e outros religiosos”. P. 145
“Ao condenar o trabalho religioso popular e autônomo, na verdade a Igreja Católica
contribuiu substantivamente para construção do sistema do Catolicismo Popular” P. 146
“Assim, o primeiro efeito da ação repressiva dos bispos sobre a presença de rituais
popularizados nas missas, ofícios e procissões é que eles, ao invés de serem
abandonados pelos leigos ou, pelo menos reduzidos, simplesmente deslocam-se do
interior dos templos ou das procissões para lugares próximos: o adro, a praça fronteira
a igreja” p. 146
DE FOLIÕES A COMPANHEIROS DE CAMINHADA?
a) ESTRANHOS FATOS RECENTES
- a ajuda eclesial de um padre representou uma força as companhias;
“Por outro lado, a intervenção pacífica da Igreja não evita que haja uma variação de
códigos dos trabalhos religiosos” P. 151
- a folia de reis é independente, subordina-se apenas ao mestre folião;
“O surgimento de um movimento que, realizado por mestres de Companhias de Reis, é
uma proposta da Igreja, cria uma nova instancia de fidelidade.” P. 152
- ela é popular não por ser diferente eruditamente mas por ser independente
socialmente de uma estrutura eclesiástica de gerencia dos bens de salvação;
-membros da pastoral popular (muitos também são membros do sindicato\0
incorporam novos versos aos cantos do ritual das antigas folias;
“Portanto, uma Igreja de novos tempos, pensada a si mesma como capaz de inverter
relações seculares de aliança de classe e se colocar a serviço de lavradores se terra,
operários se trabalho e outras categorias de sujeitos postos à margem de uma ordem
social injusta, teria que criar e ensinar os símbolos e os ritos de uma fala de libertação”
P. 157
- “No sistema comunitário do catolicismo popular os agentes de pastoral começaram a
entrever sinais vivos de resistência de classe. Por debaixo de uma aparente alienação no
conteúdo das músicas e rezas da Folia de Reis, por exemplo, descobriram uma forma
secular de reprodução de um modo camponês – oposto ao dos senhores, portanto = de
viver, mais do que a fé comum, a identidade da classe.” P. 158
- a afirmação do compromisso da igreja com os pobres e oprimidos trazia uma nova
forma de religiosidade: nem dominante, nem do povo alienado; uma religiosidade
comum que traduzisse a caminha, a luta popular – 1) rituais excluídos voltam para o
interior das cerimonias da igreja; 2) parte dos cantos é produzido popularmente. P. 158
B) COMPROMISSO O SUBMISSÃO?
- É possível realmente haver um compromisso entre a igreja e as camadas populares?
A maioria dos estudiosos negam essa possibilidade: “Sempre o interesse da Igreja é a
manutenção de sua posição de privilegiada em um sistema social desigual’ P. 159
- Porém, os padres e agentes da pastoral popular que propagam uma teologia da
libertação dizem ser possível;
“Muitas vezes aquilo que parece ter sido sempre assim é, na verdade, apenas o
momento de um longo processo de trocas e atos simbólicos e políticos de apropriação,
sujeição, expropriação e alianças.” P. 160
CAPÍTULO IV
A FESTA DO ESPÍRITO SANTO NA CASA DE SÃO JOSÉ
INTRODUÇÃO
- Estuda o caminho entre a festa do povo e a festa da igreja;
- Dualidades entre os ritos dos ricos e os do que nada tem propostas por Weber;
- dualidade nas matrizes organizacionais – Roberto da Matta.
A FESTA DO ESÍRITO SANTO EM MOSSÂMEDES
FESTA E RITUAL
- Sagrado e profano – “Sagrado por se de Deus, através dos seus santos festejados
consagrados por ser secularmente do lugar, de suas gentes, de suas tradições” p. 170
- Interações entre: os tipos de relações, tipos de situações e tipos de participantes;
Nos estudos de Goiás, três conteúdos no valor de troca nas relações entre os sujeitos
envolvidos:
“a) HOMENAGEM = Determinante na direção de deferência do ritual (...)
b) CONTROLE = determinante na direção do exercício de poder (...)
c) INVESTIMENTO = Determinante da direção de uso de bens (...) p. 171
OS ACONTECIMENTOS DA FESTA DO DIVINO
“Os principais acontecimentos coletivos da Festa podem ser divididos e colocados
dentro de três áreas: a da Folia do Divino, a da Igreja e a do Rancho Alegre” P. 172
- esquema sobre a ordem e distribuição do evento – p. 172
A FOLIA DO ESPÍRITO SANTO
- Antes a folia durava vários dias e movimentava toda a cidade;
“O grupo de foliões e constituído de um embaixador, um gerente, cantores e
instrumentistas, seguidos de pessoas com função ritual menos definida, as vezes,
incorporadas ao grupo para segui-lo pagando uma promessa” P. 174
- o dono da casa espera pelos foliões e pela bandeira; “e, de costume, ajoelha-se diante
da bandeira que lhe é passada por sobre a cabeça, depois de ele a haver beijado. Os
familiares do dono da casa e outras pessoas presentes repetem o mesmo gesto. Quase
sempre, uma vez dentro da casa, a bandeira do divino é evada a todos os cômodos para
abençoar. Ante a um pequeno atar – na verdade uma mesa coberta de panos com uma
combinação de quadros e imagens de massa – a bandeira do Divino é depositada por
uma noite” p. 175
- após a reza vem a festa com a dança da catira;
- de manhã se preparam a saída e repetem o ritual de passagem da bandeira com cantos
de agradecimento e que o Divino dará em dobro toda a oferta;
“É preciso repetir que a folia do Divino tem um proposito definido de ordem econômica.
Ela deve arrecadar dinheiro e predas para os leilões da Festa” p. 178
“Como um todo, a Folia do Divino é um ritual que permite alternâncias entre situações
de sagrado e de profano” P. 182
- a recusa em receber os foliões e temida com irá do Divino;
“A reza do terço é em muitas vezes o ato religioso de maior significado para uma cada
de fazendeiro durante todo um ano” p. 182
A FESTA DA IGREJA
- novena;
- levantamento do mastro;
“Embora feito no espaço a o lado da igreja, e muitas vezes, coma presença do padre, o
levantamento do mastro é um momento vivo do catolicismo popular” p. 184
O RANCHO ALEGRE
“Um único laço entre os eventos profanos da Festa e a sua área religiosa é a dos leilões
efetuados depois da cada novena e, com maior brilho, após as novenas da cidade,
quando são feitos em frente à igreja” P. 185
- espaço onde se realizam festas profanas.
A ORDEM DO RITUAL: RELAÇÕES E PSIÇÕES NA FESTA
- O responsável tradicional pela Festa é o festeiro, o imperador do Divino” p. 186
- divisão d afazeres e posições abaixo dos festeiros – p. 187
Requisitos anunciado pelo Padre:
“Ser pessoa frequente a igreja, pelo menos na missa de Natal durante a Semana Santa
e na cerimônia da Festa do Divino; não frequentar o centro espírita (existente na
cidade); ser generoso” p. 188
- condição econômica ficava escondida mas era fator determinante na cidade;
- relações de ocupações da festa de 1975 p. 188
“Ao lado dos agentes já mencionados, devem ser colocadas as autoridades civis,
também responsáveis por esferas de comando da Festa” p. 188
- personagens e especialistas;
A FESTA CMO RELIGIÃO
“Relativamente isolados da própria cidade de Goiás – a antiga capital do Estado, não
distante de Mossâmedes hoje mais do que sete léguas – e de uma vida religiosa urbana,
os habitantes de Mossâmedes produziram formas de culto e de crença em tudo iguais
as de outras áreas sem padre do estado.” P. 190
- pagamento da promessa – p. 191
“A festa do Divino é um conjunto de rituais oscilantes entre cerimonias religiosas e
festejos profanos de comemoração do Espirito Santo, todos compreendidos como uma
situação anual de pratica de rituais católicos não-eclesiais (folias), de reprodução, na
cidade, dos ritos de igreja (missas, novenas e procissões) e de trocas de bens e de
serviços de produção de lazer” p. 192
- se caracteriza:
a) acontecimento urbano numa sociedade rural;
b) empréstimo urbano trazido pelos indiginas depois transformado em uma de
sociedade produtores rurais;
c) esta sobre domínio eclesial e da burguesia local;
d) se caracteriza mais como um festival religioso que uma romaria penitencial;
e) aproveito individual para saldar promessas.
“ A festa do Espirito Santo expressa em cada um dos seus momentos de notação
francamente religiosa o universo de crenças e legitimações e a prática de uma
religiosidade de sujeitos dominantes da sociedade” p. 193
A FESTA COMO UM FESTEJO
Três atributos principais para explicar a festa: “o excesso consciente, a afirmação
celebrativa e a justaposição” p. 194
- aflição p. 196
- diferenças: festa e romaria p. 196
“A Festa do Divino Espirito Santo é uma combinação alternativa de cerimonias religiosas
e festividades profanas, com proclamada dominância das primeiras sobre as segundas e
com momentos de tensão derivados dos efeitos da oposição entre ambas” P. 196
- o autor representa as oposições da seguinte maneira:
FESTA DO ESPIRITO SANTO
Estrutura de dominação – rituais de exaltação da divindade e de legitimação da
sociedade através do sagrado (classes dominantes);
Estrutura dominada – participam do ritual como forma de contrição e conformidade na
busca de solução do saldos ou realização de um milagre. (Classes dominadas);
P. 197
- carnaval x religioso p. 199;
“Uma festa de santo de igreja opera por uma totalização de um cosmo ordenado. De
modo diferente do carnaval, que separa radicalmente o profano do sagrado.” P. 199
“Em uma festa de santos os rituais religiosos e os festejos profanos se combinam
alternativamente p. 200
- no carnaval não há distinções entre pessoas, todos são chamados a pular o carnaval;
- na folia do Divino, “o que melhor caracteriza um aparente bando errante de cantadores
é a presença de uma ordem hierárquica” p. 201
- “folião das folias” – compromisso com a missão sagrada; p. 202
“a festa reúne na cidade (...) uma população de pessoas dispersas pelas fazendas, de
trabalhadores rurais e seus familiares em espaços urbanos opostos aos de seus dias de
trabalho na lavoura” p. 202
“Este caráter de reproduzir ritualmente em escala ampliada, as relações do sagrado e
do profano é o principal traço indicador da festa de santo” p. 203
- na festa do santo se reproduz em escala ampliada as relações do cotidiano;
“Todos os participantes sentem-se obrigados aos mesmos compromissos religiosos e
aos mesmos proveitos profanos. Entende-se que tudo que se faz e se repete durante os
dias de festa pertence igualmente a todos” p. 204
IMPORTANTE – Maximização das relações pessoais – p. 204/205
- diferenças nas roupas.
CAPITULO V
A DANÇA DOS CONGOS
ESSES NEGROS NA RUA...
- Dificuldade em reunir o grupo;
- não são só pretos;
- os congos ainda se apresentam anualmente, mesmo que sem brilho e pompa;
“ O foco substantivo do estudo sobre a Dança dos Congos em Goias, é o conhecimento
das formas de relações entre negros e brancos, tal como elas aparecem simbolicamente
codificadas em um ritual folclórico do Catolicismo Popular” p. 209
- comparações entre as cavaladas e o congo.
AS VERSÕES LOCAIS SOBRE UM RITUAL DE NEGROS
- Pouco conhecimento sobre o congo apresentado pelos moradores;
- “coisa de pretos”;
A) ORIGEM E SIGNIFICDO: VERSÕES DE BRANCOS E PRETOS
- Os negros são os que elaboram melhor versão sobre a dança;
“De modo geral os negros aceitam que a Daança rememora uma longínqua luta entre
dois povos rivais, sendo pelo menos um deles, africano.” P. 214
“Mesmo vindo da Africa e rememorando lutas entre grupos de guerreiros inimigos, a
Dança é uma forma de culto e homenagem aos guerreiros inimigos, a Dança é uma
forma de culto e homenagem aos santos católicos protetores dos negros: Nossa Senhora
do Rosário e São Benedito” p. 214
- mito sobre a festa em homenagem a alforria dos negros p . 215
B) IMPRESSÕES DA DECADÊNCIA
“As pessoas da cidade não se empenham mais em assistir à Dança, e os que o fazem não
conseguem guardar o mesmo respeito” P. 217
- Primeiro – mudanças na cor do terno;
Segundo – já não tem mias espaço nas festas tradicionais e os mais jovens não
demonstram interesse;
“Hoje os Congos não entram na Igreja, seja ela a Catedral de Santana, seja a do Rosário.
Também não há qualquer solenidade litúrgica de qye i terno participe” p. 219
- a dança do Congo tem que procurar espaço dentro da festa dos santoa=s, se
redefinindo dentro delas “como um ritual aos poucos transformado em espetáculo” p.
220
SOCIEDADE E RITUAL: AS ARTICULAÇÕES SOCIAIS DA DANÇA DOS CONGOS
A) AS RELAÇÕES INTERNAS: APRENETS, PEDREIROS E GUERREIROS
- A dança sempre foi um acontecimento urbano;
- as posições ocupadas na dança são via de regras vitalícias;
- no relato de muitos –no tempo antigo era só admitido negros;
- José Arruda;
“Os integrantes do Congo consideram-se obrigados a acata as ordens de José Arruda
dentro da esfera do ritual” P. 226
B) AS RELAÇÕES EXTERNAS: CONGOS, BRANCOS E PADRES
“Quando os Congos saem as ruas e vão aso lugares de embaixada ingressam em uma
ordem mais complexa de relações, na esfera da festa, assim como na esfera da
sociedade” p. 216
- prefeitura não ajuda com valores regulares;
- considerado mais como um espetáculo ou como brincadeira do que um ritual religioso;
- as diferenças étnicas usadas no passado ainda hoje são usadas nos espaços próprios
de apresentação o ritual;
- espaço do negro – p. 229
AS SEQUENCIAS DA DANÇA DOS CONGOS
A) DESAFIO-LUTA-CONCILIAÇÃO
Posição dos figurantes – p. 231
“Ao figurar lutas entre dois grupos rivais, um invadido e vencedor, outro, invasor e
vencido, o ritual se desdobra em momentos sequentes de desafio, luta e conciliação” p.
232
- sequencia de atos – p. 232
B) CONGOS E CONGADAS: RITUAIS DO BEM E DO MAL
- Quadro com resumo das congadas – p. 234/235;
- na luta “Bem x mal” há relações de identidade que se aproximam;
- Quadro comparativo – p. 237
A FALA DOS CONGOS: IDENTIDADE DE NEGROS E FÉ DE CRISTÃO
A) BRANCOS E NEGROS: O NÍVEL DAS RELAÇÕES INTERÉTNICAS
Dupla oposição;
“BRANCO X NEGRO + CRISTÃO X NÃO-CRISTÃO” p. 238
- com a exceção de lugares com a dança em decadência não há negros na congada;
“Superioridade” do branco representada em três momentos: 1) aqueles a quem se
homenageia; 2) como referência; 3) como juízes ou referência do controle de atuação
dos congos. P. 239
- os brancos trazidos como sinal de superioridade em várias falas e cenas da congada; p.
240
- Tabela: Articulação de identidade negro/branco a dança dos Congos em Goiás – p. 241
B) CRISTÃOS E NÃO-CRISTÃOS: O NPIVEL DA CRANÇA
“O lado do vencedor proclama logo de saída uma crença católica” p. 247
“Uma possível crença de negros, ao ser confrontada com a dos brancos, aparece como
marginal e discutível (crença desvalorizada)”. P. 247
GUERREIROS A PÉ, GUERREIROS A CAVALO: CONGOS E CAVALEIROS
Nas congadas “um confronto de lados ou, se quisermos, de crenças religiosas, é
reproduzido simbolicamente diante de uma assistência.” P. 249
a) Vitória de um dos lados;
b) Conciliação dos dois lados com a passagem dos vencidos;
- Diferenças entre as Cavalhadas e as Congadas;
“As cavalhadas são em tudo uma solenidade” P. 251
- No fim das cavalhadas os mouros convertidos se tornam iguais em tudo aos cristãos;
nas congadas, os negros continuam sendo pretos, “um modo empobrecido de
participação na sociedade” P. 251
- COMPARAÇÃO ESQUEMÁTICA – P. 252

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