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SEG05AGO
Segunda-feira
5 de Agosto de 2019
Ano 44 • N.º 15709

Kz 45,00
Director: VÍCTOR SILVA
Director-Adjunto: CAETANO JÚNIOR
www.jornaldeangola.co.ao

MINISTRO DAS FINANÇAS, ARCHER MANGUEIRA

NESTA EDIÇÃO

ADRIANO B. DE VASCONCELOS
Não se passa aqui
Estado pagou 211 mil milhões
de kwanzas da dívida pública
em Luanda
OPINIÃO • 7

IMPOSTOS EM SÃO TOMÉ

O Estado já pagou 211 mil milhões de
kwanzas da dívida pública reclamada
por empresas nacionais, da qual 84 mil
milhões em “cash”, 123 mil milhões atra-
vés de Títulos do Tesouro e oito mil
milhões por compensação fiscal, anun-
ciou o ministro das Finanças, Archer Archer Mangueira reconheceu que a
Mangueira. Em declarações ao Jornal de dívida às pequenas e médias empresas
Angola , o ministro informou que o Exe- levou muitas delas à falência, mas garantiu
cutivo assinou, até agora, 304 acordos que esforços têm sido envidados para
para a liquidação da dívida contraída ultrapassar o problema, que persiste
pelo Estado junto de empresas nacionais. desde 2014. POLÍTICA • 2

DR

MATERNIDADE
FMI elogia empresário

Vidas
angolano Mello Xavier
ÚLTIMA • 32

MOÇAMBIQUE
Dissidentes da Renamo

em risco
preocupam líder do MDM
ÁFRICA • 10

LIVRO DE SALAS NETO

por “erro
médico”
Muitas têm sido as vidas postas em
risco por “coisas” esquecidas no
“As Kassumunas do Bairro corpo das parturientes depois de
Indígena” nas bancas operações de cesariana, mas quase
desde sexta-feira nenhum caso chega aos tribunais.
CULTURA • 29 DESTAQUE • 4 | 5

CHINA
Ruas e praças de Hong
Kong “invadidas” DEBATE NA ESPECIALIDADE
por manifestantes

Parlamento discute diplomas sobre as autarquias

MUNDO • 11

COSTA DO MARFIM
Angola marca presença POLÍTICA • 2
na Cimeira África-EUA
ECONOMIA • 13
ANDEBOL SÉNIOR FEMININO CUNENE REGRESSO À RDC
JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO

CUANDO CUBANGO
Novo governador já sabe
o que tem pela frente
REGIÕES • 23
1º de Agosto conquista primeiro mundial Deputados
preocupados
OHIO E TEXAS de clubes na China DESPORTO • 30
com abertura
de furos de água
Os deputados do círculo
provincial do Cunene estão
preocupados com os atra-
sos que se verificam na
abertura de furos de água
para acudir as populações
e o gado nas zonas dadas
como muito críticas, na
Tiroteios deixam rasto sequência da seca severa
de mortes nos EUA que afecta a região Sul do
ÚLTIMA • 32 país. Há muita burocracia
no processo. POLÍTICA• 3
Governador
do Kassai
pede cautela
aos refugiados
Depois de actos de vanda-
lismo de refugiados con-
goleses no Lóvua, para
pressionar o regresso ao
país de origem, o governa-
dor do Kassai (RDC), Martin
Mulamba, foi à Lunda-
Norte e advertiu que quem
quiser regressar a casa, de
forma intempestiva, fica
sem os kits de reintegração
do ACNUR. POLÍTICA • 3
2 POLÍTICA
MAIS DE 300 ACORDOS ASSINADOS
Estado paga 211 mil milhões
de kwanzas a empresas locais
O ministro das Finanças reconheceu que a dívida às pequenas e médias empresas angolanas levou muitas delas à falência,
mas garantiu que, apesar da crise financeira, esforços têm sido envidados para ultrapassar o problema, que persiste desde 2014
João Dias
O Executivo assinou, até ao
momento, 304 acordos para
a liquidação da dívida con-
traída pelo Estado junto de
empresas nacionais, infor-
mou, ao Jornal de Angola, o
ministro das Finanças.
Segundo Archer Man-
gueira, foram já pagos 211
mil milhões de kwanzas,
dos quais 84 mil milhões
em “cash”, 123 mil milhões
através de Títulos do Tesouro
e oito mil milhões por com-
pensação fiscal.
O ministro reconheceu
que a dívida às pequenas e
médias empresas angolanas
levou muitas delas à falência,
mas garantiu que, apesar da
crise económica e financeira
que o país atravessa, esforços
têm sido envidados para
ultrapassar o problema, que
persiste desde 2014.
Archer Mangueira justi-
ficou a lentidão no processo
de pagamento da dívida com
a certificação daquele tipo
de dívidas que não se encon-
tra no sistema integrado de
gestão financeira do Estado.
“Esta dívida que não está
registada significa que foi
contraída sem obedecer às
regras de execução do Orça-
mento Geral do Estado”, afir-
mou o ministro, esclarecendo
que, nestes casos, o processo
é mais moroso.
“Se não forem observados,
as entidades certificadoras
podem correr o risco de
pagarem dívida que a opo-
sição, em muitas ocasiões,
reclama e chama de dívida
falsa. Temos de evitar pagar
DEBATE NA ESPECIALIDADE
Assembleia Nacional discute
diplomas sobre as autarquias
Adelina Inácio
Os deputados discutem
hoje, na especialidade, as
propostas de Lei sobre a
Organização e Funciona-
mento das Autarquias
Locais e de Lei da Tutela
Administrativa sobre as
Autarquias Locais.
A primeira proposta
visa definir o modo de
organização e funciona-
mento das autarquias, com
vista à sua instituciona-
lização, como forma de
Archer Mangueira defendeu um ambiente muito mais facilitado para a realização de negócios
dívida de serviço não con-
traído”, defendeu Archer
Mangueira, admitindo que,
nestas situações, o processo
tem a sua complexidade.
Prometeu, entretanto, que
“vamos agilizar, sem faltar
ao rigor”.
Archer Mangueira subli-
nhou q ue q uando a sua
equipa chegou ao Ministério
das Finanças, em 2017, o
processo de regularização
da dívida estava parado, o
que levou à elaboração de
uma estratégia de regula-
rização que começou a ser
implementada em Janeiro
de 2018. Neste ano, disse,
foi possível estabelecer 220
acordos de regularização
da dívida, que representa
um total de 353 mil milhões
de kwanzas, dos quais 124
foram pagos em “cash” e
129 em Títulos do Tesouro.
materializar a descentrali-
zação administrativa. O
diploma aplica-se aos
órgãos autárquicos, nomea-
damente o presidente da
câmara, assembleia muni-
cipal, órgãos desconcen-
trados e descentralizados
da câmara municipal e aos
conselhos municipais.
Já a proposta de Lei da
Tutela Administrativa sobre
as Autarquias Locais tem em
vista o estabelecimento do
regime jurídico da tutela
administrativa, a que ficam
Credoras e devedoras
fiscais ao mesmo tempo
Face à lentidão no processo
de pagamento dos atrasa-
dos, os empresários ango-
lanos integrados em oito
associações defendem a
necessidade de se tornar
mais célere a tramitação
dos processos de reconhe-
cimento e certificação da
dívida pública, tendo em
conta que as empresas, por
vezes, se deparam com a
condição de cre dora s e
devedoras do Estado ao
mesmo tempo.
Além disso, os empre-
sários defendem a criação
de condições que permi-
tam a negociação entre
bancos e as empresas para
a recuperação do crédito
malparado registado na
CIRC (Central de Infor-
mação de Risco de Cré-
sujeitos os órgãos e titulares
de órgãos das autarquias,
independentemente da cate-
goria, bem como o regime
sancionatório aplicável.
Amanhã, os deputados à
Assembleia Nacional vão
apreciar, na generalidade,
as propostas de lei de Vídeo-
Vigilância e das Vítimas, Tes-
temunha s e Arguido s
Colaboradores em Processo
Penal. Ainda na generalidade,
os parlamentares discutem
a Proposta de Lei das Acções
Encobertas para Fins de Pre-
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
dito), bem como imple-
mentar, na qualidade de
regulador de mercado de
seguros, mecanismos que
permitam a introdução do
seguro de crédito agro-
pecuário, para aumentar
as garantias de produção
e de crédito bancário das
unidades produtivas.
Re l a t iva m e n t e a o s
procedimentos aduanei-
ros, o ministro falou do
Asycuda, uma plataforma
tecnológica que visa redu-
zir significativamente a
burocracia, no que toca aos
procedimentos aduaneiros.
Para Archer Mangueira, é
importante continuar a
fazer todo o esforço para
que, nos diferentes domí-
nios e sectores, exista um
ambiente muito mais faci-
litado para a realização
de negócios.
venção e Investigação Cri-
minal, da Identificação ou
Localização Celular e Vigi-
lância Electrónica para fins
de prevenção e repressão
criminal, bem como a Pro-
posta de Lei do Passaporte
Angolano e sobre a entrada
dos cidadãos nacionais.
Além da votação da can-
didatura para o preenchi-
mento de uma vaga para
juiz conselheiro do Tribunal
Constitucional, na agenda
dos deputados constam
ainda as propostas de lei
que alteram o Código do
Imposto sobre Rendimento
de Trabalho e o Regime Por-
tuário e Aduaneiro Especial
para a Província de Cabinda,
bem como a Proposta de
Lei de Autorização Legis-
lativa que Altera a Pauta
dos Direitos de Importações
e Exportações.
Plataformas logísticas
De acordo com a informa-
ções a que o Jornal de Angola
teve acesso, no quadro do
encontro entre o Presidente
da República e as associações
empresariais, o país vai con-
tar, em breve, com uma Rede
Nacional de Plataformas
Logísticas (RNPL).
No âmbito do Programa
de Implementação, o Execu-
tivo angolano prevê, para o
período 2018-2022, a con-
clusão dos investimentos
em curso em quatro plata-
formas, nomeadamente no
Lambe (Malanje), Soyo
(Zaire), Menongue (Cuando
Cubango) e Luau (Moxico).
Para a sua operacionalização,
o Executivo está a mobilizar
investidores privados.
Até à data, foi efectuado
um investimento global em
14 plataformas logísticas
orçadas em seis mil milhões
de kwanzas. A previsão é
que, até ao final do ano,
seja concluída a infra-estru-
tura do Soyo, cuja execução
física está na ordem dos 70
por cento.
Segundo dados fornecidos
pela Associação de Conces-
sionários de Equipamentos
e Transportes Rodoviários
(ACETRO), 80 por cento do
mercado automóvel é domi-
nado pelo comércio “para-
lelo” (gray mark). Por isso, a
associação defende a neces-
sidade de se inverter a ten-
dência e que a inversão não
Deputados têm hoje uma agenda bastante preenchida
Segunda-feira
5 de Agosto de 2019
será conseguida apenas com
alterações legislativas, mas,
sobretudo, com a adopção,
da parte dos concessionários,
de políticas e estratégias de
negócios mais atractivas e
adequadas à realidade do
mercado nacional.
Para mudar o quadro, o
Ministério dos Transportes
sugere que as concessionárias
reforcem a estratégia de negó-
cios no que toca à venda, dis-
ponibilidade de veículos e
retoma das viaturas usadas
nas transacções comerciais.
Em 2014, a ACETRO ven-
deu 44.536 viaturas, num
conjunto de mais de 20 con-
cessionárias. Em 2018, todas
as concessionárias juntas e
em todo o país venderam
3.146, um decréscimo de 92.9
por cento. Entretanto, no
mercado “paralelo” foram
importadas 8.440 viaturas,
em 2017, enquanto o mercado
oficial importou 2.165.
“Estes números revelam
que o ‘paralelo’ tinha 88 por
cento do mercado. Quem dis-
ponibilizou as divisas para a
operação de importação,
quem disponibilizou as licen-
ças de importação e quem
terá aplicado os impostos?”,
questionou Jaime Freitas,
vice-presidente da ACETRO.
A última reunião do Con-
selho de Ministros , realizada
no dia 31 de Julho, contou
com a participação de asso-
ciações empresariais.
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
POLÍTICA Segunda-feira
5 de Agosto de 2019
COMBATE À SECA NO CUNENE
Atraso na abertura de furos
preocupa parlamentares
Domingos Calucipa | Ondjiva
Os deputados do círculo pro-
vincial do Cunene manifes-
taram preocupação face aos
atrasos que se verificam na
abertura de furos de água
para acudir as populações e
o gado nas zonas dadas como
muito críticas, na sequência
da seca que afecta a região.
Ao falar na sexta-feira no
final de um encontro com o
governador da província,
Vigílio Tyova, no qual apre-
sentaram o balanço de uma
visita de três dias às distintas
comunidades e fazendas
agrícolas dos municípios de
Ombadja, Curoca e Cua-
hama, os deputados disseram
ter constatado morosidade
e burocracia no processo de
criação de furos de água que
precisam de ser removidos.
Segundo o coordenador
do grupo de deputados, Sér-
gio Vaz, tratando-se de um
programa de emergência, a
sua execução não pode levar
muito tempo, porque a popu-
lação precisa já de água e de
alimentos, pois não pode
esperar por mais tempo.
“Numa altura em que o
programa emergencial já
leva perto de quatro meses
desde o seu lançamento, na
província ainda não se vis-
lumbram os seus grandes
efeitos, principalmente
PELA ELEIÇÃO COMO DIRECTOR DO IHMT
Presidente felicita
médico angolano
O Presidente João Lourenço
felicitou, ontem o médico
angolano Filomeno Fortes,
pela recente eleição como
director do Instituto de
Higiene e Medicina Tropical
(IHMT) de Portugal.
Em nota postada na sua
conta no Twitter, o Chefe de
Estado considera que esta
eleição representa o reco-
nhecimento da dedicação
de Filomeno Fortes aos estu-
dos e ao trabalho e que “este
é o caminho do sucesso”.
“Parabéns ao Prof. Doutor
Filomeno Fortes pela con-
quista, ao atingir por mérito
o prestigiado lugar de director
do Instituto de Medicina Tro-
pical de Portugal", escreveu
o Presidente João Lourenço.
A eleição de Filomeno
Fortes, especialista em doen-
ças tropicais e coordenador
do doutoramento em Ciên-
cias Biomédicas da Univer-
sidade Agostinho Neto, em
Luanda, ocorreu na semana
passada, em Lisboa, depois
de um concurso internacio-
nal em que teve como outro
finalista o médico brasileiro
Roberto de Andrade Medro-
nho, da Universidade Federal
do Rio de Janeiro.
Na apresentação pública
da proposta de acção para o
IHMT para o período de
quanto à criação de novos
furos de água e a reabilitação
de tantos outros inoperantes,
em número de mais de 170”,
disse Sérgio Vaz. Outras difi-
culdades residem na insu-
ficiência de camiões para
levar a água às zonas mais
afectadas, situação que se
agrava ainda mais com o pés-
simo estado das vias de
comunicação, acrescentou o
coordenador do grupo de
deputados, que afirmou ter
recebido do governador
garantias de tudo estar a ser
feito no sentido de acelerar
o processo de abertura de
furos. Sérgio Vaz disse ter
constatado atrasos na dispo-
nibilização dos recursos finan-
ceiros, que ainda obedecem
a concursos públicos para a
execução dos projectos para
os quais estão destinados.
O deputado disse entender
que, para uma situação de
emergência como é o caso
da que se vive no Cunene,
o concurso público devia ser
dispensado porque atrasa
bastante o processo de inter-
venção nas comunidades
atingidas. “Os atrasos na
implementação dos furos,
conforme os deputados ouvi-
ram do governador, têm a
ver também com a aquisição
de equipamentos que tiveram
de ser adquiridos fora do
país”, disse Sérgio Vaz.
2019-2023, Filomeno Fortes
defendeu o reforço do pres-
tígio nacional e internacional
do instituto, bem como as
parcerias com os Países Afri-
canos de Língua Oficial Por-
tuguesa.
Filomeno Fortes já desem-
penhou vários cargos em
Angola, incluindo os de
director nacional de Controlo
de Endemias, chefe do
Departamento de Controlo
de Doenças da Direcção
Nacional de Saúde Pública
e director do Programa de
Controlo da Malária.
A nível internacional foi
nomeado, em 2012, secre-
tário-geral da Federação
Internacional das Doenças
Tropicais. Filomeno Fortes
é o primeiro estrangeiro a
assumir a direcção do IHMT,
instituição que coordena
todos os programas de saúde
a nível da Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa
(CPLP), cuja presidência
rotativa será assumida por
Angola, no próximo ano.
Fundado em 1902, o Ins-
tituto dedica-se ao ensino e
à investigação da Saúde
Pública, Medicina Tropical,
Ciências Biomédicas e Epi-
demiologia, com especial inci-
dência na ligação com os países
de língua oficial portuguesa.
CUANDO CUBANGO
MPLA
pede rigor
na inspecção
do PIIM
Carlos Paulino | Menongue
A coordenadora do grupo de
acompanhamento do Bureau
Político do MPLA para a pro-
víncia do Cuando Cubango
pediu, na cidade de Menon-
gue, aos militantes do seu
partido para serem rigorosos
na fiscalização do Plano Inte-
grado de Intervenção nos
Municípios (PIIM), de modo
a garantir que a execução
do mesmo se reflicta na
melhoria das condições de
vida dos cidadãos.
Maricel Capama, que
falava quinta-feira no semi-
nário sobre a implementação
do PIIM, dirigido aos quadros
militantes do partido na pro-
víncia, disse que o MPLA vai
realizar em todos os muni-
cípios da província palestras
de esclarecimento sobre o
rigor a ter em conta pelos
militantes na fiscalização
dos projectos a serem exe-
cutados no âmbito do plano.
O PIIM no Cuando Cubango
está avaliado em mais de 15
mil milhões de kwanzas e inclui
a implementação de diversos
projectos sociais e económicos
ao longo deste ano. “É um plano
sério, que deve cumprir com
os objectivos para os quais foi
criado, no sentido de melhorar
as condições de vida dos cida-
dãos em todos os municípios
d o p a í s ” , d i s s e Ma r i c e l
Capama, salientando que, por
este facto, o PIIM deve ser
apresentado aos militantes e
amigos do partido.
BENGUELA
Partidos
defendem
combate à
intolerância
Os representantes, na pro-
víncia de Benguela, de partidos
políticos com assento no Par-
lamento defenderam mais
união, diálogo e convivência
entre os militantes das dife-
rentes formações, para se
combater os casos de intole-
rância política.
A intenção foi manifestada
quinta-feira, após um encon-
tro com o delegado provincial
do Ministério do Interior,
comissário Aristófanes dos
Santos, que abordou com os
políticos a situação de into-
lerância política em Benguela.
Em declarações à im-
prensa, o secretário do Depar-
tamento de Informação e
Propaganda do Comité Pro-
vincial de Benguela do MPLA,
David Nahenda, defendeu a
convivência entre os dife-
rentes partidos.
A mesma opinião foi par-
tilhada pelo secretário pro-
vincial da UNITA, Alberto
Ngalanela, para quem o nível
de intolerância política em
Benguela é preocupante.
REFUGIADOS NA LUNDA-NORTE
Governador congolês
pede cautela no regresso
Martin Mulamba pediu calma aos seus compatriotas, uma
vez que o ACNUR e parceiros trabalham para o seu regresso
Governador do Kassai Central (à esquerda) terminou na quinta-feira visita à Lunda-Norte
Isidoro Samutula / Dundo
O governador da província
do Kassai Central, República
D e m o c rá t i c a d o C o n g o
(RDC), advertiu os refugiados
congoleses acolhidos na
Lunda-Norte desejosos de
regressar ao país de forma
voluntária que podem fazê-
lo, mas sem os kits de rein-
tegração do ACNUR previsto
para facilitar o recomeço da
vida nas suas comunidades.
Martin Mulamba, que con-
cluiu na quinta-feira uma
visita de trabalho à província
da Lunda-Norte, pediu calma
e serenidade aos seus com-
patriotas, uma vez que o Alto
Comissariado das Nações
Unidas para os Refugiados
(ACNUR) e parceiros traba-
lham, de forma contínua,
para que o processo de repa-
triamento decorra o mais
depressa possível.
O governador congolês
reafirmou a estabilidade polí-
tica e social do seu país, mas
manifestou o desejo de ver
os seus compatriotas regres-
sarem no âmbito de um pro-
cesso que resulte do consenso
entre as diferentes agências
das Nações Unidas e os Gover-
nos de Angola e do Congo
Democrático. Kassai Central
é uma das regiões congolesas
que partilha milhares de qui-
lómetros de fronteira com a
província da Lunda-Norte.
Durante o encontro com
as autoridades da Lunda-
Norte, Martin Mulamba des-
tacou a importância dos
assuntos tratados nos domí-
nios da segurança e comércio
fronteiriço, saúde e vias de
comunicações e também disse
ter solicitado apoios em meios
de transporte para os refu-
giados que queiram regressar
de forma voluntária.
O oficial sénior de Pro-
tecção do ACNUR em Angola,
Wellington Carneiro, referiu
que os refugiados congoleses
na Lunda-Norte têm o direito
de retornar ao seu país com
ou sem assistência, mas rei-
terou a disposição do orga-
nismo que representa em
continuar a trabalhar para
criar condições e garantir
um repatriamento organi-
zado o mais breve possível.
“Os refugiados são livres
de tomar as suas decisões em
relação ao regresso. Mas o
ACNUR só vai apoiar com kits
de reintegração os refugiados
que forem repatriados no qua-
dro do acordo tripartido”, afir-
mou Wellington Carneiro.
Os refugiados
congoleses têm o
direito de retornar
ao seu país com ou
sem assistência,
mas o ACNUR
reiterou a
disposição em
continuar a
trabalhar para
criar as condições
e garantir um
repatriamento
organizado
O grupo técnico bilateral,
que analisou os mecanismos
de cooperação entre as pro-
víncias da Lunda-Norte e do
Kassai Central (RDC), realçou
a intenção de continuar-se
a trabalhar para o contínuo
repatriamento dos imigrantes
ilegais da RDC, mas aponta
a necessidade de o mesmo
(repatriamento) ser comu-
nicado 72 horas antes às auto-
ridades congolesas, para que
estas possam criar as con-
dições de recepção.
A intensificação do patru-
lhamento ao longo da fronteira
comum para combater a imi-
gração ilegal e os crimes trans-
fronteiriços mereceu também
o aval das partes, segundo o
comunicado final divulgado
no final da reunião.
3
BENJAMIN CÂNDIDO | EDIÇÕES NOVEMBRO | DUNDO
As duas partes ressaltaram
a necessidade de realização
de jornadas sincronizadas
de vacinação e a criação de
uma plataforma de partilha
de informações epidemio-
lógicas, a nível das províncias
congolesas que fazem fron-
teira com a Lunda-Norte,
nomeadamente Kassai, Kassai
Central, Kwango e Lualaba.
As partes manifestaram
ainda a intenção da cons-
trução, ao longo da fronteira
comum, de instalações sani-
tárias públicas para assegurar
a higiene e a sanidade da
população residente nessas
áreas. A parte congolesa
avançou a ideia da construção
de um centro especializado
em emergências epidemio-
lógicas, em Kananga.
As autoridades da Lunda-
Norte e de Kassai Central
também defenderam, no
documento final, o incre-
mento de relações formais
entre as Câmaras de Comér-
cio das duas províncias,
visando a criação de um
fórum para a troca de expe-
riências sobre assuntos eco-
nómicos.
O funcionamento dos mer-
cados ao longo da fronteira é
essencial, mas deve respeitar
as normas internacionais que
prevêem o exercício da acti-
vidade comercial numa zona
neutra, destaca ainda o comu-
nicado. No domínio da Edu-
cação, as delegações acordaram
a preparação de projectos de
cooperação entre as univer-
sidades Lueji a Nkonde (Lunda-
Norte), Notre Dame du Kasayi
e a Pedagógica do Kananga.
O governador da Lunda-
Norte, Ernesto Muangala,
reconheceu que as relações
entre as duas províncias vizi-
nhas têm conhecido melho-
rias em vários domínios e
realçou a estabilidade ao longo
da fronteira, que permite a
livre circulação de pessoas e
bens nos dois sentidos.
4 DESTAQUE Segunda-feira
5 de Agosto de 2019

“DISTRACÇÃO MÉDICA” ABALA PARTURIENTES

nova ecografia, sugerindo,
por outro lado, a realização
de um TAC, porque presumia

Vidas em risco
haver um tumor no intestino.
Depois do exame, orientou
uma consulta de Cirurgia.
Marisa Raimundo explica
que a marcou dias depois,

por “coisas”
numa outra clínica. A ope-
ração não foi realizada, por-
que o médico dizia que o
TAC estava inconclusivo.
“O médico tinha receio

esquecidas no
que fosse um tumor e
p e d iu pa ra fa ze r n ovo s
exames”, lembrou.
No dia 10 de Junho, voltou
à Maternidade Lucrécia

corpo depois da
Paim, para marcar uma con-
sulta com o médico que a
tinha operado. “Pelo cor-
redor, cruzei-me com o
doutor. Mostrei-lhe os exa-

cesariana
mes para que avaliasse a
minha situação”.
Conta que o médico obser-
vou-a, em seguida, nas con-
sultas externas, tendo pedido
apoio a outros dois colegas
Quatro evidências de que entre as (um cirurgião e uma gine-
cologista). Os três concluíram
paredes de unidades hospitalares haver uma massa, de acordo
abundam procedimentos que com a ecografia. O médico
informou que o problema
colocam em risco a vida de não era ginecológico, pro-
pacientes. E o problema ganha pondo o regresso à clínica
maior dimensão, se juntarmos o onde o fez, para obter um
relatório conclusivo do TAC.
testemunho de um médico: o O médico insistiu,
Hospital Josina Machel recebe dizendo: “não é um pro-
blema ginecológico e vou
pacientes com algum instrumental fazer-te o favor de aten-
ou material gastável esquecidos der-te na próxima quarta-
durante a operação feira, 17 de Julho.”
“Pedi-lhe que me recei-
tasse alguma coisa por causa
das dores, mas ele disse que
não”, afirmou a mulher,
recordando que o médico
Rodrigues Cambala que fez o TAC ficou estupe-

Marisa Raimundo, caminha

aos solavancos, até aproxi-
mar-se do cadeirão. A mão
direita finca a coluna verte-
bral e a esquerda descerra
os punhos e adianta-se no
assento, para manter o tronco
firme. Um gemido meio dis-
farçado deixou brechas para
que se dê conta das dores.
Os movimentos frouxos tam-
bém. Marisa está, apenas, há
12 horas desde que recebeu
alta de uma segunda cirurgia,
que ocorreu, como diz, por
culpa de um erro médico.
Foi na noite de uma sexta-
feira, dia 22 de Fevereiro
deste ano, que a mulher, de
35 anos, foi submetida a uma
cesariana, na Maternidade
Lucrecia Paím, em Luanda,
para dar vida ao quarto filho.
Conta que lhe foi dada alta
médica dois dias depois. Em
Abril, Marisa Raimundo
começou a sentir ligeiras
dores na região abdominal,
que aos poucos se foram tor-
nando mais fortes.
“Eram dores muito estra-
nhas, que pareciam agu-
lhas a picar”, relatou, numa
voz roufenha.
Numa manhã do mês de
Maio, deslocou-se a um posto
de saúde, em Viana, próximo
de casa, tendo a médica de
serviço solicitado uma eco-
grafia. O exame dava conta
da existência de uma infla-
mação. A receita baseou-se
em antibióticos para com-
bater as dores.
Apesar dos remédios,
disse, as dores na região
abdominal não paravam. De
regresso ao posto de saúde
em Viana, a médica, que, a
“As 24 horas mais difíceis” de uma missionária
Numa paróquia da Igreja Cató-
lica, em Luanda, a reportagem
do Jornal de Angola conversou
com uma missionária, que,
sob anonimato, descreveu as
24 horas mais difíceis da sua
existência, devido a um erro
médico que por pouco lhe
tirava a vida.
Em 2012, foram-lhe detec-
tados miomas uterinos, ainda
em fase inicial. A recomenda-
ção da equipa médica de tomar
os medicamentos para vencer
os miomas não surtiu efeito.
Dois anos depois, já em missão
em São Tomé e Príncipe,
durante uma consulta de
rotina, uma médica informou-
lhe que não precisava de ope-
rar, porque muitas mulheres
convivem com miomas.
Em 2015, depois de tratar
de um problema no ouvido,
em Portugal, a madre apro-
veitou a oportunidade para
fazer outra consulta de rotina.
O médico avaliou os resulta-
dos dos exames e sentenciou:
“não te enganes a tomar a
medicação, pois todo o
mioma é um corpo estranho
e tem de ser retirado”.
“Comecei a notar que havia
princípio, orientava a con-
clusão da medicação, aceitou
as súplicas da mulher e reco-
m e n d o u q u e vo l ta s s e à
Maternidade Lucrécia Paim,
onde tinha sido operada.
Marisa Raimundo dirigiu-
se ao Banco de Urgência da
referida maternidade com
a última ecografia.
“Perguntaram-me se tinha
opiniões diferentes”, contou
a madre, que, no regresso
a Angola, em 2016, trouxe
também na memória a inten-
ção de resolver o problema
dos miomas que estavam
em progressão.
Antes de fazer a cirurgia,
foram-lhe recomendadas duas
injecções, que custaram 250
mil kwanzas. “As ampolas
eram muito caras, mas não
tive outra saída”, avança. Apa-
rentemente, os remédios,
comprados numa farmácia
na cidade do Lubango, Huíla,
estavam prontos para lhe
serem aplicados, até que a
mãe da missionária, uma
enfermeira, observou algo de
errado nas ampolas.
“Já não me lembro do nome
dessas ampolas, mas as que
foram adquiridas destina-
vam-se a homens. A farmácia
pediu desculpas pelo erro”.
Sexta-feira, 18 de Agosto de
2017, numa clínica no Lubango,
cujo nome a mulher prefere
não citar, as condições para a
cirurgia estavam criadas. “Pare-
ceu-me ser uma equipa boa.
Já no Bloco Operatório, todos
rezaram antes de começar a
dinheiro para fazer uma nova
ecografia. Eu disse que sim
e logo fui à área vocacionada”,
disse. O resultado do exame
condizia com o do ante-
rior, solicitado pela médica
de Viana.
Já no Banco de Urgência,
as dores ganhavam contor-
nos incontroláveis, lembra.
Uma enfermeira pediu, deli-
operação”, recorda. Depois da
cirurgia, a missionária ardia de
dores no abdómen. Dada a afli-
ção, chamou a enfermeira, que
disse serem as dores normais
e passageiras. Contudo, inten-
sificaram-se entre as 13 e as 16
horas. Conta que nem posição
para dormir encontrava. O
médico observou e corroborou
com a enfermeira: “é normal
essa dor, vai passar”.
A equipa médica só não adi-
vinhava que as dores na zona
da operação avolumavam-se
a cada minuto. “Às 16 horas,
notei que a barriga estava a
ter um outro formato e fechava-
se no centro, como se tivesse
um cinto apertado”.
A persistência da mãe da
paciente forçou os médicos a
realizarem uma ecografia.
Parecia haver sangue acumu-
lado. Ainda assim, o médico
pediu 24 horas para avaliar a
evolução. A madre conta que
arfava e já não conseguia andar.
“Sentia uma vontade de ir
à casa de banho. Não conse-
g u i a c o l o c a r- m e e m p é .
Quando coloquei a cabeça no
ombro da minha mãe, 'apa-
guei”, disse. Ao despertar,
cadamente, ao médico para
que Marisa fosse assistida
de imediato, devido à pres-
são alta.
“ Pu s e ra m - m e nu m a
maca. Em seguida, fui sub-
metida a uma curetagem,
porque acharam um líquido
no útero. Suportei aquela
dor toda...”, conta, virando-
se para o chão. O tratamento
olhou para os lados, pois já
não se lembrava do que suce-
deu. “Um médico perguntou-
me como me sentia, eu
disse-lhe que queria ter o
mesmo descanso...”
No dia 19, sábado, voltou
ao Bloco Operatório. “Despertei
e já estava na unidade de cui-
dados intensivos. Um técnico
do laboratório gritou: “ela
acordou, ela acordou...”. Fez-
se um ligeiro silêncio. Ele vol-
tou-se à missionária, sem dizer
uma palavra.
À pergunta sobre o que acon-
teceu tem duas versões. A pri-
meira: esqueceram-se de
algum material de cirurgia no
abdómen. A segunda: esque-
ceram-se de canalizar um órgão
no abdómen.
“As enfermeiras disseram
q u e t i ve s o r te , p o rq u e a
equipa médica ainda não
tinha deixado o hospital”,
afirma. “Quando vivemos
momentos de perigo, per-
cebemos que a vida é pas-
sageira. Por isso, é essencial
fazermos sempre o bem”, diz
a mulher, lamentando que
o s m é d i co s n ã o te n h a m
admitido o erro.
foi sol de pouca dura. A dor
retornou no terceiro dia.
Marisa recorreu a casa da
mãe, porque não se sentia
muito bem. “O meu esposo
trabalha fora de Luanda e
t ive d e p e d i r a j u d a ao s
meus pais para ir a uma
clínica”, salientou.
Já numa outra unidade
privada, o médico pediu
facto por saber que os seus
colegas não conseguiram
fazer a leitura”.
Marisa conta que regressou
a casa em sofrimento e lágri-
mas. Inconformada, no dia
seguinte, 11 de Julho, foi à
consulta de Cirurgia que
tinha agendada numa uni-
dade privada. O médico tam-
bém recorreu aos colegas
para determinar o resultado
dos exames que tinha em
mãos. Não tardou, veio a
resposta: tinha de ser eva-
cuada a uma outra clínica,
por, supostamente, haver
uma inflamação.
Transferida, mal a médica
observou os exames, ordenou
a sua entrada no Bloco Ope-
ratório. “Eram 19 horas e só
despertei às 23 horas e logo
disseram-se que a operação
foi um sucesso.” A causa de
tanto sofrimento chocou-a:
“ A s e n h o ra n ã o t i n h a
nenhum tumor; eram com-
pressas esquecidas no abdó-
men, aquando da cesariana”,
informou-lhe a médica.
“Disse-me que a compressa
já estava deteriorada e foi reti-
rado pus em quantidade”,
explica. Marisa Raimundo
afirma que não tem, até
agora, acompanhamento de
um psicólogo. “Senti-me
muito mal (…), tive um trans-
torno psicológico muito
grande. Sofri muito…”, sus-
surra, numa voz melancólica
com lágrimas a cobrirem
os olhos. Durante o período
que durou a situação, a
jovem teve de deixar de
amamentar o filho, que tem
apenas quatro meses.
“Só quero justiça”, acres-
centa, de forma pausada, a
DESTAQUE Segunda-feira
5 de Agosto de 2019 5
DR

mulher sobre quem um

mau procedimento fez com
que anulasse o Curso de
Ciências Políticas e Rela-
ções Internacionais. Com
o apoio da família, pensa
em intentar uma acção
judicial contra o hospital.
Advogada e Maternidade
Marisa Raimundo constituiu
uma advogada, que está a
tratar do processo para uma
acção contra a Maternidade
Lucrécia Paím.
Nancy André, a advo-
gada, disse que daria
entrada, na Procuradoria-
Geral da República, de uma
queixa contra a Materni-
dade, para que a sua cons-
tituinte seja indemnizada.
A advogada afirmou ainda
que vai remeter uma cópia
à Maternidade, para o caso
de a instituição querer nego-
ciar, antes que o processo
Parte frontal do edifício da Maternidade Lucrécia Paím
tramite em julgamento.
“Estamos a concluir a par-
ticipação e logo que estiver
concluída vamos entregar
à PGR”, reiterou a advogada.
Entretanto, a nossa repor-
tagem deslocou-se à Mater-
nidade Lucrécia Paím, para
recolher a reacção sobre o
caso. A secretária de direc-
ção, Maria Agostinho, infor-
mou que a directora só fala-
ria deste assunto se Marisa
Ra i mu n d o f i ze ss e u m a
reclamação ao hospital.
“Não temos nenhuma
informação. Assim que a
paciente informar o que se
passou, a direcção do hos-
pital estará em condições
para prestar declarações
ao Jornal”, acrescentou.
“A minha irmã perdeu o filho”
Quer ser apenas identificada
por Isabel. Acedeu falar em
nome da irmã - esta não o
faz, por temer represálias -,
que, há um mês, perdeu o
filho e vive acamada desde
o dia em que foi dar à luz por
cesariana, na Maternida do
Huambo.
Depois da cirurgia, em Feve-
reiro deste ano, Isabel conta
que a irmã, de 30 anos, rece-
beu alta. Não obstante a medi-
cação, no mês seguinte,
começou a queixar-se de dores
fortes no abdómen, propria-
mente na zona da operação.
No princípio, os familiares
deduziram tratar-se de capri-
chos. Depois de uma semana
e meia, o que parecia “birras”
estava a ganhar contornos
preocupantes. “Voltamos ao
hospital, mas os médicos diziam
que era normal, qu e mais tarde
passava”, conta a irmã.
Em Junho, as dores propa-
garam-se. A zona de cirurgia
cheirava a podre, o leite do
peito estava misturado com
pus e sangue.
“Os médicos voltaram a fazer
outra cirurgia e encontraram
uma zona completamente
infectada com sangue e pus.
O leite materno estava conta-
minado com pus. Após alguns
dias, o bebé teve de ser inter-
nado e acabou por morrer.
Isabel revela que a morte do
sobrinho aconteceu no mesmo
dia do internamento, “em razão
das complicações provocadas
pelo leite materno 'estragado'
e pela má assistência médica”.
Nem a segunda cirurgia
resolveu o problema. A paciente
continua acamada, agora em
casa. A zona da cirurgia não
está cicatrizada e a ferida con-
tinua dorida, sem sinais de
melhoria. Nesta altura, os
familiares estão a amealhar
alguns trocados para procurar
um tratamento rigoroso no
exterior do país. A mãe está
em Luanda, à procura de apoio
na Junta de Saúde.
“Ela não está bem...”, balbucia
em tom amargo. “Os médicos
deixaram uma compressa e
não fecharam correctamente
um órgão”, denuncia a irmã.

“Deixaram uma compressa” “Não existem normas de actuação na prestação de cuidados”

Há 14 anos, Ana Paula entrou pressa”, recorda com o rosto | EDIÇÕES NOVEMBRO

na Maternidade Lucrécia Paim,
para dar à luz. Por algumas
complicações, foi levada ao
Bloco Operatório. Três dias
depois, estava em casa, já no
seio da família.
Paula descreve que, após
um mês, começou a sentir
dores estranhas no abdó-
men. Ao retornar ao hospital,
os médicos apalparam a
zona da cirurgia e percebe-
ram que tinham deixado
uma compressa.
“Fui submetida a uma nova
cirurgia e retiraram a com-
carregado de alívio.
“Não tive problemas no aten-
dimento quando voltei para
reclamar. A zona não tinha
infectado”, acrescenta Ana
Paula, lembrando que não pro-
cessou a Maternidade porque
tudo terminou bem e eles pedi-
ram desculpas.
Admitiu que já acompanhou
muitos casos de esqueci-
mento de compressas, e
recentemente uma amiga
viveu a mesma situação, que
lhe causou grandes problemas
de saúde.
DR
O médico cirurgião Renato
Palma admitiu que os erros
acontecem devido à demanda
das instituições e, sobretudo,
das maternidades, que ainda
são em número reduzido,
principalmente com quali-
dade assistencial.
“Estas unidades têm uma
demanda a duplicar ou triplicar
e com um pessoal reduzido e
que muitas vezes faz turnos
repetidos”, disse, argumen-
tando que a demanda faz com
que a perícia médica diminua,
porque o organismo atinge o
esgotamento. O especialista
acrescenta que a demanda faz
com que se esqueça um ins-
trumento ou material dentro
do abdómen da paciente.
Ao corroborar com a opinião
do porta-voz da Ordem dos
Médicos, Renato Palma defende
a realização de verificação do
material, antes e depois da
cirurgia, para evitar consequên-
cias que coloquem em risco a
vida do paciente e do recém-
nascido. Explicou que a paciente
com parto por cesariana fica
internada entre três e cinco
dias, para acompanhar-se a
evolução. Antes da alta médica,
acrescenta, a paciente deve
passar por uma revisão da cavi-
dade, que pode incluir análises
das secreções a nível da ferida
e órgão genital, Raio X, exame
de sangue e ecografia.
Renato Palma disse, por
outro lado, que o país não dis-
põe de normas de actuação
para o mesmo tipo de presta-
ção de cuidados, pois o corpo
clínico de cada instituição de
saúde decide da sua forma.
Logicamente, afirma o espe-
cialista, “se cada instituição Cirurgião defende verificação do material depois da operação
tiver a sua norma, é muito difícil
haver um documento que vai Pacientes no Josina Machel “Quando isto acontece,
reger as formas de prestação O médico admitiu que o Hospital causa uma quantidade de pus
de uma mesma patologia e Josina Machel recebe pacientes, e pode provocar uma falência
fica um terreno fértil para ocor- provenientes de outras unida- múltipla de órgãos, insufi-
rência de situações do género”. des, com algum instrumento ciência cardíaca e renal,
Ao indicar que a elaboração ou material gastável esquecido levando o paciente à morte”.
das normas é responsabilidade durante a operação. Acrescentou que as com-
das academias ou institutos, Ao apontar que situações plicações podem ser piores
disse que o médico, como qual- deste género não podem suce- naqueles casos em que se
quer ser humano, tem a capa- der, Renato Palma disse que, esquece de uma lâmina de
cidade de esquecer, mas a nalguns casos, a compressa bisturi, pinças ou um sepa-
presença de uma norma de actua- esquecida é expelida pelas fezes rador, porque com o movi-
ção permite seguir os passos e, outras vezes, pode apodrecer mento o paciente pode ter
antes e depois de cada cirurgia. na cavidade abdominal. um órgão perfurado.

Hamilton dos Prazeres nega o caso de compressa esquecida

Caso do Huambo é desconhecido Não se encerra a cirurgia sem a contagem

O director-geral do Hospital tado pela senhora Isabel como O porta-voz da Ordem dos Médicos DR

Regional do Huambo, Hamil- tendo ocorrido a situação, de Angola, Jeremias Agostinho,

ton dos Prazeres Tavares, disse,
ao Jornal de Angola, desco-
nhecer a existência de um caso
com parturiente, em cujo orga-
nismo tenha sido esquecida
qualquer compressa.
“Não existe, na nossa
maternidade, qualquer caso
ocorrido com parturiente em
quem foi esquecida qualquer
compressa por altura da rea-
lização de uma cesariana no
período evocado pela senhora
Isabel”, afirma.
A posição do clínico surge
no seguimento da denúncia
da senhora identificada por
Isabel, cuja irmã terá sofrido
uma cesariana, na Mater-
nidade do Huambo, e a
equipa médica terá deixado
uma compressa.
“A unidade materno-infantil
do nosso hospital não dispõe
de registo deste caso, porque,
durante esse meio ano apon-
não há, nos nossos relatórios,
qualquer situação registada
nos nossos serviços operató-
rios da maternidade. E mais
dificil fica porque a pessoa
não se identifica”, afirma.
Em relação à morte do bebé,
o clínico explica que a situação
relatada por Isabel não dá
lugar à contamição dos mami-
los, por se tratar de órgãos
completamente diferentes.
Segundo o médico, a infec-
ção verificada no mamilo de
uma mulher após o período
de parto é quase sempre resul-
tado de incumprimento de
regras elementares, que devem
ser tidas em conta no período
da amamentação.
Se não forem observadas,
acrescenta, dão lugar à cha-
mada “mastite purperar, que
provoca uma colecção de pus
e incha os mamilos.”
Fernando Cunha, no Huambo
esclareceu que, em situações ligadas
a erros médicos, o paciente pode
queixar-se à Inspeção Geral da Saúde
e à Ordem dos Médicos. Estas enti-
dades avaliam se houve negligência
por parte do médico.
“Analisamos, se for reincidente,
se a instituição tem condições para
a realização de tal cirurgia e se foi
feita da melhor forma possível ou
se houve negligência”.
Além de medida disciplinar, os
profissionais podem ver a carteira
cassada. O médico salientou que
não se encerra a cirurgia sem que
se faça contagem, mesmo que o
material esteja com sangue.
“Se o enfermeiro entregar 20 pares
de compressas, depois do procedi-
mento, ele tem de contar se os 20
pares foram retirados, bastando faltar
uma para não se encerrar”, explica.
Acrescenta que algumas complicações
surgem também por falta de cuidados
do paciente depois da operação. Erros médicos por negligência podem levar a cassação da carteira profissional
6 OPINIÃO Segunda-feira
5 de Agosto de 2019

EDITORIAL IMAGEM DO DIA

Jardim infantil situado na vila de Catete, província de Luanda, com equipamentos

O pagamento da dívida pública

degradados, mas que, mesmo assim atraem muitas crianças diariamente
JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO

É uma boa notícia o facto de o Estado estar a pagar, sob diferentes modalidades,
a dívida pública que contraiu a empresas nacionais. É sabido que muitas em-
presas nacionais foram à falência em virtude do não pagamento pelo Estado
do que devia a muitas unidades de produção privadas, nomeadamente pe-
quenas e médias, que são numerosas.
Muitas destas empresas que hoje cobram as suas dívidas ao Estado querem
continuar a realizar actividade produtiva, o que é bom para a economia, até
porque é do interesse do Estado que hajam investidores privados a contribuir
para o crescimento económico.
É verdade que o processo de pagamento de dívida contraída pelo Estado
é em muitos casos complexo, tendo em conta o facto de muitos procedimentos
legais não terem no passado sido observados, mas espera-se que se encontrem
as melhores soluções para que o Estado e os empresários nacionais que
agiram de boa fé não sejam lesados.
A economia angolana precisa de muitas pequenas e médias empresas,
devendo-se criar mecanismos céleres para a certificação da dívida, evitan-
do-se excesso de burocracia. Há muitos empresários angolanos que querem
trabalhar, e se eles tiverem as suas empresas a funcionar, estas criarão
muitos empregos.
As autoridades querem que seja o sector empresarial privado a criar um
elevado número de empregos, e o pagamento da dívida pública por parte do
Estado é uma via para que se reduza o desemprego e se aqueça a economia.
A redução do desemprego pode contribuir para que muitas famílias vivam
com menos dificuldades.
Estamos em crise económica e financeira e a experiência de outros países
pela mesma situação mostrou-nos que, por via da actividade produtiva de
pequenas e médias empresas, podem-se resolver muitos problemas. Que
haja pois criatividade e dinamismo para se resolver o problema do pagamento
da dívida do Estado a empresas nacionais, muitas das quais se encontram
paralisadas há vários anos. É preciso perceber que uma das soluções para
sairmos da crise é a revitalização do empresariado nacional privado.
O importante é que haja realmente vontade do Estado de pagar o que
deve a empresas nacionais, e há informações fornecidas pelo ministro das
Finanças que provam que as autoridades estão apostadas em pagar tudo o
que as instituições públicas devem a empresários nacionais. Segundo o
ministro das Finanças, já foram pagos a empresas nacionais 211 mil milhões
de kwanzas, dos quais 84 mil milhões em “cash”, 123 milhões por títulos de
tesouro e oito mil milhões por compensação fiscal.
O Estado é uma pessoa de bem e uma das suas principais funções é a pro-
moção do bem-estar das populações. O Estado, por via de acções orientadas
para o crescimento económico, pode fazer com que milhares de famílias
tenham rendimentos e vivam com melhor qualidade de vida.
Que se continue a pagar a dívida a empresas nacionais, para que estas
possam, elas também, se tornar em factor importante para a luta contra a
pobreza no nosso país. O empresário angolano deve ser considerado parte
da resolução dos problemas de Angola.

CARTAS DOS LEITORES

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PROPRIEDADE
Víctor Silva (presidente) Edições Novembro, E.P.
ADMINISTRADORES EXECUTIVOS
Caetano Pedro da Conceição Júnior
As livrarias da República. O que me chamou se houver financiamento da ac-
SEDE:
José Alberto Domingos
Rui André Marques Upalavela Rua Rainha Ginga, 12-26 Gostaria que houvessem empre- a atenção foi o facto de os em- tividade empresarial, vão ganhar
Caixa Postal 1312 - Luanda
Luena Kassonde Ross Guinapo
Redacção: 222 020 174 sários a preocupar-se também presários nacionais terem abor- todos os angolanos.
ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS Telefone geral (PBX): 222 333 344
Filomeno Jorge Manaças Fax: 222 336 073 em criar negócios ao nível das li- dado a questão do crédito à pro- Júlio António
Mateus Francisco João dos Santos Júnior Telegramas: Proangola
vrarias, para que os angolanos dução. Fiquei com a impressão Cassenda
pudessem ter acesso a obras de de que os empresários nacionais
diferente natureza. Há no país precisam de financiamento para
muita gente que gosta de ler e de alavancar os seus projectos pro- Desistências no Girabola
DIRECTOR: Ferraz Neto (subeditor) e Pereira Dinis aumentar os seus conhecimentos, dutivos. Oxalá que dentro em Soube que uma equipa que as-
Víctor Silva
DIRECTOR-ADJUNTO:
EDIÇÕES ESPECIAIS: mas as poucas livrarias que exis- breve os bancos comerciais es- cendeu à primeira divisão do
Adalberto Ceita, André dos Anjos, Domingos dos Santos,
Caetano Júnior
Leonel Kassana e Yara Simão tem praticam preços elevados, ini- tejam disponíveis para conceder nosso futebol desistiu de parti-
DIRECTOR EXECUTIVO:
Guilhermino Alberto
FOTOGRAFIA:
bindo uma franja considerável da crédito a empresários nacionais, cipar nele, por falta de dinheiro.
EDITOR EXECUTIVO:
Francisco Bernardo (editor-chefe),
José Cola (editor),
população de adquirir livros. Hoje para que haja muitas empresas É uma pena que uma equipa que
Diogo Paixão Dombele Bernardo, Domingos Cadência, Eduardo Pedro, João Gomes, temos no país mais de vinte insti- a funcionar no país. Com muitas tenha feito muito esforço para
Maria Augusta, Miqueias Machangongo, Mota Ambrósio, Paulo Mulaza, Kindala
SUB-EDITOR EXECUTIVO:
Cândido Bessa Manuel, Santos Pedro, Agostinho Narciso, Vigas da Purificação, Contreira Pipas tuições de ensino superior e era empresas a funcionar, os jovens subir de divisão seja obrigada a
bom que os estudantes tivessem desempregados, que não são desistir, para a tristeza dos seus
CORRESPONDENTES PROVINCIAIS:
GRANDE REPÓRTER: Adão Diogo (Lunda Sul), a possibilidade de comprar livros poucos, poderão ter a possibili- adeptos. Penso que é necessário
Luísa Rogério Alberto Coelho (Cabinda),
João Mavinga (Zaire), a baixos preços. Não tenho conhe- dade de conseguir emprego. Têm repensar os modelos de finan-
Vladimir Prata (Namibe),
EDITORIAS:
POLÍTICA: Esídoro Natalício (Cuanza-Norte), cimento de que a importação de de ser sobretudo as empresas a ciamento de equipas da primeira
Luís Pedro (Cuanza-Sul),
Santos Vilola (editor-chefe),
Fonseca Bengui (sub-editor) e Bernardino Manje (subeditor) Noé Jamba (Bengo), livros goze de isenções fiscais, mas, absorver a mão de obra ango- divisão por parte do Estado. Se
Francisco Curinhingana (Malanje)
Adelina Inácio, João Dias, Edna Dala,
Garrido Fragoso e Gabriel Bunga Fernando Cunha (Huambo), a não haver isenções era bom que lana desocupada, por razões que o Estado não está em condições
João Constantino (Bié),
OPINIÃO: José Chaves (Andulo), se considerasse a possibilidade de todos nós conhecemos. É preciso de financiar todas as equipas
Ambrósio Clemente (editor-chefe), Faustino Henrique (subditor) Jaime Azulay (Benguela),
SOCIEDADE: Jesus Silva (Lobito), os importadores de livros serem confiar na capacidade dos em- do Girabola, era se calhar melhor
Estanislau Costa (Huíla),
Nhuca Júnior (editor),
Alberto Pegado (editor), Joaquim Aguiar (Lunda-Norte), desonerados de elevadas taxas de presários angolanos. que se pensasse num outro mo-
Silvino Paulo (Uíge),
José Meireles (editor),
Rodrigues Cambala, André da Costa, Kilssia Ferreira, Manuela Gomes, Lourenço Manuel (Cuando Cubango), impostos. Conheço estudantes uni- É certo que no passado houve delo de organização do Girabola,
Quinito Kanhamei (Cunene),
Augusto Cuteta, Alexa Sonhi, César André, César Esteves, Edivaldo Cristóvão,
Carla Bumba e Mazarino da Cunha Samuel António (Moxico), versitários que estão no segundo empresários desonestos que nada que fosse menos oneroso para
REGIÕES: ano ou mesmo no terceiro e ainda fizeram em prol do crescimento os clubes. Temos um vasto terri-
Sérgio Chivaca (editor-chefe), PAGINAÇÃO E ARTE:
Béu Pombal (subeditor), Salvador Escórcio (Editor), Soares Neto, Eugénia Victor, Augusta Lucéu, Tomás Cruz, não leram um livro com mais de económico do país. Mas estes tório, e os bilhetes de passagem
Filipe Eduardo Noé Pungue, Evaristo Sacupalica, João Augusto, Josefa Abreu, Maria Messele, Alberto
ECONOMIA:
Bumba, Inês Quingando, Margarida Zilungo, Maria da Silva, António Saldanha, quinhentas páginas. Limitam-se são uma minoria. Há muitos an- de avião não são baratos, para
Henrique Faztudo, António Quipuna, Raúl Geremias, João Mundaka, Ana Paula Dias ,
Cristóvão Neto (editor-chefe),
Armando Estrela (subeditor),
Isabel Fragão, Manuel Cassenda, Francisco da Silva, João Mundaka, Rui Jacinto, a ler fascículos resumidos, que os golanos em todo o país com von- só me referir às despesas com
Bruno Bernardo, Luquemba Pedro
Ana Paulo, Kátia Ramos, Madalena José, Natacha Roberto e Victorino Joaquim professores vão fazendo ao longo tade para ajudar a economia viagens. O futebol é também o
MUNDO:
Bernardino Fançony (editor-chefe), António Canepa
CARTOON E ILUSTRAÇÃO:
Armando Pululo e Casemiro Pedro do ano lectivo, ou fazem pesquisas angolana a crescer. Acredito que desporto-rei no nosso país, e faz
DESPORTO: na Internet. sentido que se tomem medidas
Amândio Clemente (editor-chefe),
Anaximandro Magalhães (subeditor), António Cristóvão, COPY DESK: MARGARIDA AFONSO para que tenhamos um campeo-
Armindo Pereira, Teresa Luís, Vivaldo Eduardo, Rui Ramos, Arlindo Soares e Esperança Vieira Dias
António de Brito e Honorato Silva
Maianga ESCREVA-NOS nato sem perturbações. Penso
CULTURA: O Jornal de Angola Cartas recebidas na que devemos agir em função da
António Bequengue (editor-chefe), Adriano Melo (subeditor), utiliza os serviços da ANGOP, AFP, Reuters, EFE e Prensa Latina Rua Rainha Ginga, 12-26
Francisco Pedro (subeditor),
Caixa Postal 1312 - Luanda nossa realidade, no interesse do
Amilda dos Santos, Manuel Albano, Mário Cohen e Roque Silva
PUBLICIDADE: Empresas e desempregados nosso futebol.
GENTE E FIM-DE-SEMANA: (+244) 937 550 262 ou por e-mail:
António Cruz (editor-chefe),
Isaquiel Cori (editor) (+244) 949 770 006 e-mail: publicidade@jornaldeangola.com Li notícias sobre a recente reunião SEBASTIÃO SANTOS
escrevaconnoscoJA@gmail.com Marçal
Edna Cauxeiro (subeditora), entre empresários e o Presidente
OPINIÃO Segunda-feira
5 de Agosto de 2019
PERSPECTIVA
Adriano Botelho de Vasconcelos
Não se passa aqui em Luanda
Hoje, não se consegue esconder ou fingirmos que
não se vê a tragédia da seca no Cunene, que, de
tempos em tempos, chegava às nossas salas na
hora dos noticiários sem perturbar a ordem linear
e apaziguada das coisas, quase como se o mundo
fosse feito de inevitabilidades que só os deuses
dominam. O importante para a política era que
cada um se sentisse um simples peão do seu
próprio espaço, num individualismo sem a força
da identidade existencial, sendo limitativos os
olhares: “Não se passa aqui, em Luanda”, era um
refinado modo de defesa já que quem podia, o
Governo, nada fazia, sendo mais fáceis as condo-
lências oficiais e diplomáticas às desgraças alheias
e em países distantes que poucos conheciam no
mapa mundo.
Muitos deputados falavam desses riscos, mas
os ouvidos do Executivo estavam fechados. Vive-
mos um quadro diferente: o poder público, na ac-
tual legislatura, avançou na criação de uma Co-
missão de Acompanhamento da Situação de Emer-
gência. É uma atitude louvável, antes tarde do
que nunca, uma nova ordem que evitará a fuga
das entidades às calamidades cíclicas. Sem que
nos percamos em discursos, urge delinear e pre-
parar as soluções, até as mais modestas, para
prover o futuro das aldeias assoladas pela seca.
Os rurais esqueléticos pouco ou nada podiam
fazer por eles próprios, se não acreditassem num
deus que, recebendo dádivas de sal das mãos de
gémeos, tratasse de atirar do céu de azul claro
uns pingos de chuva. Na verdade, se tinha chegado
ao ponto em que o país institucional se estava a
habituar a ver a tragédia humana sem se condoer.
Infelizmente pensavam ser algo normal, muito
próprio do infortúnio dos rurais.
Na reunião do CC do MPLA, onde o ministro
da Energia e Águas apresentara, em nome do Exe-
cutivo, os projectos dos transvases e canais de
adução de águas no rio Cunene, eufórico por ter
em mãos o Decreto Presidencial que fecha para
sempre a imagem mais penosa do país, pedi a
palavra para dizer: “Presidente, sendo um líder
forte, não deixe de concretizar esse projecto que
vai salvar vidas e bens”. Discorri, como mau exem-
plo, que no Brasil o povo Nordestino, apesar das
intermináveis colecções de mortes, a decisão po-
lítica tinha levado mais de trinta anos para ter o
seu transvase depois de tantos chumbos por força
do veto dos ambientalistas e de governos federais
atarefados em outras agendas.
“Não deixe de mandar publicitar esse feito”,
pedi, com voz tocada pela emoção. Que tenha
o decreto entre os seus feitos no que mais toca
a todos: humanização. É algo que quando con-
cluído, finalmente deixaremos de ver os nossos
irmãos entrarem nas nossas salas através de
imagens confrangedoras. No Nordeste distante
ou no Cunene, essas são situações que eviden-
ciam a incúria dos políticos. Nesse caso de tra-
gédia, ninguém deveria jogar com as articulações
configuradas nos pendentes à secretaria dos
decisores. Nem se pode, no nosso país, esperar
de braços erguidos pelas sagradas doações ex-
ternas como forma de “garantia” dos equilíbrios
orçamentais que deveriam contar com as gri-
tantes calamidades.
Quando vi o Presidente João Lourenço no
meio do deserto, com tempo suficiente para vi-
venciar as dores alheias, entendi que o país é
mesmo outro. “Caem assim os pedestais do po-
der”, disse alguém que me é próximo e com
toda razão. São momentos que, como esse, en-
riquecem os valores de condescendência da
Nação baseado em gestos e actos de conforto
que fazem muito mais que qualquer efeito do
bastão absoluto. Em muitas partes do mundo
os presidentes tentam parecer seres normais,
para lá das fotografias e manchetes dos jornais
que os coloquem em melhor posição nas son-
dagens. Rejeitam plenamente o poder absoluto
que os torna em seres especiais, sempre numa
atitude zangada, e, o pior, de ouvidos muito
sensíveis. Muitos líderes não se enxergavam
em cobrar dos eleitores o “custo dos seus sacri-
CITAÇÕES
“Este importante
acontecimento dá-
nos fortes razões
para saudar
vivamente, em
fícios”, quando poderiam, “muito bem”, estar nome do Executivo,
com a mão lambuzada num negócio. Acham do povo angolano
piamente que só eles sabem o que é passar e no meu próprio,
uma noite em claro: “Só de café”, por conta da o entendimento
gentalha que nunca os entenderá, confessavam. alcançado entre
O ombro a ombro do Presidente João Lourenço, moçambicanos
leve o tempo que levar, seja uma atitude que que acreditam
não morra, uma prática que impele os líderes na via do diálogo
a ver o país através das almas de quem sofre, construtivo, para
não bastam os brilhantes relatórios. pôr termo a um
Quando fui preso no longínquo ano de 1976, conflito que
o Onambwe, chefe da Segurança de Estado, vi- durante anos
rou-se para mim e disse com o coldre à mostra: dividiu e separou-
“Você não deve escrever, já temos o Poeta Maior”. vos das questões
Eu, descalço, andrajoso e algemado. Desde esse centrais do
dia da nossa infância política, senti-me muito desenvolvimento
triste, angustiado pelo castigo por cada verso e da construção
que escrevi. É essa descrença que me faz des- do bem-estar e
prezar os políticos que acham que só eles podem felicidade do povo
pensar, e, ou inculcar-nos o mais severo vazio de Moçambique”
para que só os seus verbos tenham sentido. Ele
nunca me soube ouvir e entender, porque o seu João Lourenço,
Presidente da República, em
ódio estava a criar em seu âmago a maior escu- mensagem dirigida ao seu
homólogo de Moçambique ,
ridão que um político pode viver. Ouvir demora- para saudar a assinatura do
damente as gentes do deserto pode fazer toda acordo de paz entre
o Governo deste país
diferença, ajuda a corrigir as políticas, apanhar e a Renamo
os saberes antigos dos aldeões que conhecem
as plantas, que resistem, mas, acima de tudo,
fazer com que o Executivo, um velho sistema de “Eliminar o
decisões, leve as soluções que mudem esse ciclo tratamento
de dor que abana o hino. desumano de
No filme “O Rapaz que Prendeu o Vento”, pe- crianças presas em
lícula de estreia de Chiwetel Ejiofor, nomeado conflitos armados
para um Óscar, uma história verídica que retrata é de suma
a seca que assolou o Malawi, em 2001, e que ar- importância e é
rasara a aldeia, o povo sem forças em coro acusa: algo com o qual
“Ninguém nos vem ajudar”. Os celeiros vazios todos podemos
aconselhavam uma só refeição. O pai, desolado, concordar, não
perguntou aos filhos e à esposa que refeição importando as
preferiam fazer para enganar o estômago. “O nossas posições
jantar, porque o estômago não pode dormir políticas ou quão
vazio”, sugeriu a esposa. “O pequeno almoço, enraizados sejam
gosto”, respondeu William. Existem muitas cenas os nossos
do filme que nos comovem, porque são belas as desacordos”
lições de vida que nelas encontramos. A câmara
Maria de Jesus
de Ejiofor capta todos os ângulos da vila, e o Ferreira,
filme, sem ser fastidioso, é muito dinâmico e Representante permanente
de Angola junto das Nações
poético. Suas lentes conseguem belas fotografias Unidas
que realçam os detalhes: a vida. Mesmo nesse
quadro dantesco de uma seca longa, o presidente
do Partido da União Nacional, com fito na ree- “O Conselho de
leição, não teve qualquer vergonha na cara ao Segurança (da
namorar, em troca de nada,o voto aos famintos, ONU) reiterou
aldeões sem onde cair vivos. Implorou no comício grave preocupação
que votassem nele, apesar de não se interessar pela situação de
pelo seu sofrimento. O chefe da aldeia, ao tomar segurança nas
a palavra, sem papas na língua, acusou: “A má- zonas afectadas
quina económica não está virada para nós, o po- pelo surto do ébola,
vo”, aplausos e acrescentou: “Um Presidente em particular os
que finge ver a catástrofe sem fazer nada, não ataques ao pessoal
terá o nosso voto”. “Precisamos de subsídios de ligado à ajuda
emergência”. O chefe da vila, garbosamente ves- humanitária
tido, é violentamente retirado do palco pelos e a médicos”
seguranças do palácio. É espancado atrás do
Declaração do
palco, enquanto as dançarinas da cidade subiam Conselho de
o tom grave dos cânticos, só para que ninguém Segurança da ONU
se apercebesse da barbárie. Na refrega entre os sobre o surto de
ébola no Congo
camponeses e os verdugos, o chefe da aldeia Democrático
veio a falecer um mês depois do desafio da sua
vida em falar por todos.
É o William Kamkwamba, hoje engenheiro, que “É preciso abordar
com a sua abnegada aposta, aos 13 anos, convence as causas
o pai a destruir a sua bicicleta, uma relíquia que profundas dos
igualmente oferece a estatura de distinção social conflitos, incluindo
às famílias pobres, para construir o moinho de exploração ilícita,
vento. Juntou ainda outros recursos catados na tráfico de recursos
lixeira da vila: tubos para fazer as quatro pás, fios naturais, ciclos
de cobre e tantos outros artefactos que deixaram recorrentes de
erguida a engenhoca. violência e
Com ela retirou do fundo do poço a água que melhorias na
serviu para irrigação do cultivo e salvar as famílias. segurança em
Hoje, os habitantes de Kasungu, orgulhosos pelos algumas partes
feitos do seu filho, abrem sulcos na terra e plantam da RDC”
sem esperar pela chuva. Acreditam que “Deus é
Idem
como o vento, toca em tudo”.
7
ANÁLISE
Eduardo Magalhães |*
Sectores público e privado devem estar
unidos para a superação dos problemas
No seu discurso de abertura no Fórum com os Empresários Na-
cionais, aquilo que o Presidente da República, João Lourenço,
chamou de “profundo reconhecimento (…) pela actividade dos
empresários, por serem parceiros muito importantes do Executivo
no esforço comum de desenvolvimento do país” é, de facto, a
convicção de que a política em curso no país contempla a presença
do sector privado como uma das bases de sustentação dos
aspectos sociais e económicos que se pretende atingir.
Debater os interesses comuns e as tarefas que podem e devem
ser desenvolvidas através de uma parceria público/privada,
constitui importante passo para que todas as condições sejam
criadas para a diversificação da economia, geração de postos de
trabalho e também que este momento vivido no nosso país seja
aproveitado para o desenvolvimento de soluções criativas, sólidas
e inovadoras. Nesse sentido, a actividade empresarial em Angola
deve ser estimulada e valorizada, e encontros entre governantes
e empresários são salutares para isto.
Uma vez mais as medidas tomadas contra a corrupção e a im-
punidade foram ressaltadas como indispensáveis para remover
os obstáculos à viabilidade do sector privado. Nas palavras do
Presidente, “estes fenómenos distorcem por completo os princípios
básicos da transparência e da justiça, desvalorizam a procura do
mérito e da eficiência e colocam os menos capazes, os menos
competentes a vingar e a prosperar na sociedade em detrimento
daqueles que têm como principal capital a dedicação ao trabalho
árduo e o respeito das regras da concorrência”.
O apelo feito aos empresários, para a construção de uma
sociedade onde os bens, serviços e recursos gerados pelas empresas
sirvam realmente a economia, ratificam a preocupação do executivo
com a criação de riqueza e emprego no nosso país. São essas con-
quistas que permitirão que empresários e empresas cumpram o
seu papel neste importante momento da vida económica de Angola.
Daí a importância das medidas tomadas pelo executivo que visam
combater a concorrência desleal e o branqueamento de capitais.
Os desafios dos empresários são grandes e o executivo sabe da
importância das reformas em curso. Desde a preparação de medidas
das políticas do Executivo para a economia nacional, tem havido
este importante diálogo no âmbito do processo de inclusão da
classe empresarial nas acções que visam combater a existência do
ambiente de recessão económica e os consequentes níveis inde-
sejáveis de desemprego em Angola. Esta compreensão é necessária,
pois os problemas devem ser vistos como desafios de todos e o in-
vestimento privado é parte importante na superação dos mesmos.
Os investimentos nas infra-estruturas de água e luz, por exemplo,
permitem que o empresariado nacional aplique com maior intensidade
os seus recursos financeiros nas variadas actividades de indústria,
comércio e serviços. Em suma, todos os ramos da nossa economia
devem ser pensados e preparados para a superação dos problemas
que vivemos. “As medidas no domínio fiscal, cambial, migratório,
medidas de apoio à produção nacional, medidas de atracção e
captação do investimento privado, medidas de apoio ao acesso ao
crédito, entre outras, para tornar mais atractivas as condições para
o investimento dos empresários nacionais e estrangeiros em Angola”,
foram algumas das acções destacadas pelo Chefe do Executivo.
Angola é um país que oferece inúmeras oportunidades aos in-
vestidores. Ainda que seja muito importante que o investidor es-
trangeiro reconheça no nosso país um destino seguro, devemos
todos perceber que também o investidor nacional deve ser esti-
mulado a participar das iniciativas do Executivo, com o objectivo
de mudar pela positiva o actual cenário no qual estamos inseridos.
O Executivo está comprometido com os esforços para a dinamização
da actividade económica privada, com destaque para o sector
produtivo, pois é daí que surgem os postos de trabalho, a oferta
de bens e serviços e, com isso, a redução das importações de pro-
dutos que podem, e devem, ser produzidos em solo angolano,
mas que ainda chegam de outras paragens.
Devemos valorizar o facto de o Banco de Desenvolvimento de
Angola ter sido orientado pelo Executivo no sentido de utilizar re-
cursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento para bonificar as
taxas de juro para créditos destinados aos investimentos nos pro-
dutos prioritários definidos no âmbito do PRODESI. A necessidade
de tornar a economia angolana mais sustentada e menos depen-
dente do petróleo impõe o acesso ao crédito por parte dos em-
presários, pois as suas actividades devem ser estimuladas, por
tudo o que representam para a economia.
O próprio Presidente da República foi conclusivo quanto ao
papel do Executivo em todo este processo de fomento da economia
do sector produtivo: “coordenar e regular o desenvolvimento
económico do país”. Que esta busca por soluções, resultante das
parcerias entre os sectores público e o privado, seja exitosa e
capaz de dar as respostas que o nosso país e a nossa sociedade
precisam para a superação dos actuais obstáculos.
* Director Nacional de Comunicação Institucional.
A sua opinião não engaja o MCS
8 Segunda-feira
5 de Agosto de 2019

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AVISO
CONCURSO PÚBLICO DE INGRESSO
No âmbito do Concurso Público de Ingresso publicado no Jornal de Angola, no dia 18 de Maio de 2019, e na sequência dos Testes Psicotécnicos realizados no
dia 20 de Julho de 2019, vimos publicar o número de candidatos que passaram para a fase de Testes de Conhecimento, em função da percentagem do resultado
da avaliação obtida.

Conforme descrito na tabela abaixo, as percentagens de acertos mencionadas para cada categoria são os resultados mínimos, tendo em conta a média sustentável
por vaga, sendo que, os candidatos que tiveram avaliação igual ou superior estão habilitados ao Teste de Conhecimento.

% N.º de Candidatos aprovados N.º de Média de Candidatos

Categoria Acertos para Teste de Conhecimento Vagas por Vaga
Técnico Superior Tributário de 2.ª Classe 85% 1279 57 22
Técnico Tributário de 3.ª Classe 91% 410 17 24
Técnico Médio Tributário de 3.ª Classe 96% 220 11 20
Escriturário-Dactilógrafo 90% 166 6 28
Motorista de Pesados de 2.ª Classe 86% 25 1 25
Operário Qualificado de 2.ª Classe 88% 175 7 25
Total - 2.275 99 24

Para a confirmação do resultado da avaliação dos Testes Psicotécnicos, devem consultar o site www.agt.minfin.gov.ao.

Os Testes de Conhecimento serão realizados em data a anunciar.

Administração Geral Tributária, em Luanda, 29 de Julho de 2019.

A Presidente do Corpo do Júri

Inalda Marcela F. da Conceição(10.411)
(10411)

República de Angola
Ministério da Agricultura e Florestas
Instituto de Desenvolvimento Agrário
Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Comercialização
SADCP-C&H-SAMAP

Solicitação de Manifestação de Interesse

PARA CONTRATAÇÃO DE EMPRESA DE CONSULTORIA PARA FORNECER ASSISTÊNCIA TÉCNICA
NO APOIO AO INCREMENTO DA PRODUÇÃO E DA COMERCIALIZAÇÃO:
CONCURSO N.º 4.1.1 /C2/C/SADCP/19
O Governo de Angola (GOA) recebeu financiamento do FIDA para o custo do Projecto de Desenvolvimento
da Agricultura Familiar e Comercialização para as Províncias do Cuanza Sul e Huíla, e pretende aplicar
parte dos recursos para serviços de consultoria.
Os serviços de consultoria (“os Serviços”) é para fornecer uma assistência técnica de longo prazo para a
implementação do componente 2 - apoio para aumentar a produção e comercialização.
O Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Comercialização para as Províncias do Cuanza
Sul e Huíla convida, por este meio, “Empresas de Consultoria” elegíveis para manifestarem o seu interesse em
fornecer os Serviços. Consultores interessados devem fornecer informações demonstrando que possuem as
qualificações e experiência relevantes necessárias para executar os Serviços. As empresas interessadas devem
preencher o modelo anexado para a manifestação de interesse e enviá-lo para o endereço indicado abaixo
Os critérios da lista curta são:
Qualificações e experiência
I. Experiência anterior com trabalhos / projectos semelhantes;
II. Experiência de trabalho em áreas e condições similares;
III Capacidade demonstrada de consultores para realizar o trabalho;
IV. Grau de especialização no contrato; e
V. Referências de clientes anteriores, bancos, etc.
Chama-se a atenção dos Consultores interessados para a política do FIDA sobre situações de conflito de
interesses que deve ser evitada, conforme descrito nas Directrizes para Contratação de Projectos do IFAD
- Setembro de 2010.
Um Consultor será seleccionado de acordo com o método de Selecção Baseada em Qualidade e Custo
(QCBS) estabelecido nas Directrizes de Aquisição de Projectos do FIDA - edição Setembro de 2010.
Mais informações podem ser obtidas no endereço abaixo durante o horário de expediente das 8h00 às 15
h00 (horário de Luanda).
As manifestações de interesse devem ser entregues por escrito no endereço abaixo (pessoalmente ou por
correio) até às 14:00 horas (hora de Luanda) de 19 de Agosto de 2019.
SERVIÇOS DE CONSULTORIA PARA FORNECER ASSISTÊNCIA TÉCNICA NO APOIO AO
INCREMENTO DA PRODUÇÃO E DA COMERCIALIZAÇÃO: CONCURSO N.º 4.1.1 /C2/C/SADCP/19
SAMAP PIU Unidade de Aquisições
Augusto Pedro Guimbi (Project Coordenador), Bairro Azul, Travessa da Samba, Casa N.º 03,
Luanda-Angola
Email: apguimbi@gmail.com com CC para dsjcolaco@gmail.com
CARTA DE INTERESSE
[Local, Data]
Para:
Ministério da Agricultura e Florestas
Instituto de Desenvolvimento Agrário
Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Comercialização para as Províncias do Cuanza Sul e Huíla
SERVIÇOS DE CONSULTORIA PARA FORNECER ASSISTÊNCIA TÉCNICA NO APOIO AO INCRE-
MENTO DA PRODUÇÃO E DA COMERCIALIZAÇÃO: CONCURSO N.º 4.1.1 /C2/C/SADCP/19
SAMAP PIU Unidade de Aquisições
Augusto Pedro Guimbi (Project Coordenador), Bairro Azul, Travessa da Samba Casa N.° 03,
Luanda-Angola
Email: apguimbi@gmail.com e CC para dsjcolaco@gmail.com
Estimados Senhores:
Em resposta à Solicitaçãode Manifestação de Interesse (REOI) publicado em [inserir data de publicação]
para [Inserir título de atribuição dos serviços], Referência de Aquisições [Inserir Referência de concurso] Eu,
[inserir nome] gostaria de expressar o interesse de realizar os serviços acima como mencionado na Solici-
tação da Manifestação de Interesse.
Estou anexando as informações solicitadas, no formato solicitado, para suas informações e registos.
Declaro que as informações fornecidas são completas e correctas.
Entendemos que você não está obrigado a aceitar qualquer manifestação recebida. Nós permanecemos,
Com os melhores cumprimentos,
Assinatura Autorizada [Na íntegra e iniciais]: Nome e Título do Signatário:
(500.991)
Segunda-feira
5 de Agosto de 2019 9
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Fundo de Fomento Habitacional (FFH)

ANÚNCIO DE ABERTURA DE PROCEDIMENTO

Concurso Público n.º 011/FFH/2019
O Fundo de Fomento Habitacional (FFH) vem, tornar público, nos termos do dis-
posto no n.º 1 do artigo 69.º da Lei n.º 09/16, de 16 de Junho – Lei dos Contratos
Públicos, que está aberto o Concurso Público para prestação de Serviços de
Segurança nas Centralidades afectas ao Fundo de Fomento Habitacional.
Dados da Entidade Pública Contratante (EPC)
1.1. Designação (UO/OD): Fundo de Fomento Habitacional
1.2. Endereço: Rua Rainha Ginga, n.º 73, Bloco A2
1.3. Localidade: Luanda
1.4. Província: Luanda
1.5. Telefone/Fax: +244 946 204 499
1.6. Correio electrónico/ Endereço internet: / www.ffh.ao
1.7. Tipo de entidade contratante e suas principais actividades: a Entidade Con-
tratante é uma pessoa colectiva de direito público, que integra a administração
indirecta do Estado, que goza de personalidade e capacidade jurídica e é dotada
de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, tutelada pelo Ministério
das Finanças e pelo Ministério do Ordenamento doTerritório e Habitação, tendo
como âmbito de actuação todo o território nacional, e ao qual compete a) Asse-
gurar, em representação do Estado, a titularidade dos projectos habitacionais
ao abrigo do Programa Nacional do Urbanismo e Habitação ou adquiridos com
recurso aos activos do FFH; b) Proceder à venda dos imóveis que forem colo-
cados à sua disposição pelo Executivo com essa finalidade, sem prejuízo da fa-
culdade de poder terceirizar esse serviço, c) Proceder à gestão dos recursos
resultantes da venda do património habitacional do Estado afecto ao FFH; d)
Conceder garantias, mediante autorização do órgão de superintendência; e)
Fazer o redesconto de carteiras hipotecárias das instituições financeiras; f) Criar
mecanismos de bonificação dos juros dos empréstimos habitacionais; g) Adquirir
projectos habitacionais inacabados directamente aos construtores e comprado-
res finais das habitações; h) Captar recursos no mercado financeiro, necessários
à prossecução dos seus objectivos, mediante autorização do Titular do departa-
mento ministerial responsável pelas finanças públicas; i) Assegurar as interven-
ções de natureza financeira no sector da habitação da competência do Estado,
financiando as actividades de promoção, urbanização, construção e gestão das
habitações, em especial as habitações de carácter social; j) Coordenar e prepa-
rar, em conjunto com o Instituto Nacional de Habitação, as medidas de política
financeira do sector; k) Contribuir para o financiamento de programas habitacio-
nais de interesse social, promovidos pelos sectores público, cooperativo e pri-
vado; l) Acompanhar a execução das medidas ou política e os programas de
promoção habitacional, de acordo com os planos e preceitos normativos apro-
vados; m) Proceder ao estudo de soluções e das normas técnico-económicas
mais adequadas à prossecução da política da habitação; n) Avaliar os custos do
Sector Público na execução da Política Geral da Habitação; o) Acompanhar a
execução dos projectos de habitação financiados, subsidiados ou sobre os quais
incida garantia dada pelo Estado; p) Dinamizar a execução dos planos de habi-
tação promovidos e apoiados pelo Estado; q) Promover e fomentar a cooperação
e o intercâmbio com base no estudo comparado e na partilha de experiências
com instituições similares de âmbito nacional e internacional; r) Exercer as de-
mais atribuições estabelecidas por lei, ou determinadas superiormente, (cfr. as
alíneas a) a r) do artigo 4.º do Estatuto Orgânico do Fundo de Fomento Habita-
cional, aprovado pelo Decreto Presidencial n.º 297/18, de 14 de Dezembro).
1.8. A EPC está a contratar por conta de outras entidades? Não.
2. Objecto do Contrato ou da Aquisição
Designação dada ao contrato pela EPC: Contrato de Prestação de Serviço de
Segurança nas Centralidades afectas ao FFH.
2.1. Tipo de contrato: Prestação de Serviços.
2.2. Local de execução da empreitada: Centralidades afectas ao FFH
2.3. O anúncio implica a celebração de um contrato público: sim.
2.4. O concurso está aberto à participação de entidades estrangeiras: Sim
Breve descrição das prestações do objecto do contrato: Prestação de Serviços
de Segurança nas Centralidades afectas ao Fundo de Fomento Habitacional.
2.5. Valor estimado do contrato: Kz. 820.560.000,00 (Oitocentos e Vinte Milhões
e Quinhentos e Sessenta Mil Kwanzas).
2.6. Prazo para a execução dos serviços: 12 (doze) meses.
3. Informações relativas aos concorrentes e às propostas
3.1. Documentos de habilitação:
a) Registo Comercial de constituição e das alterações do Pacto Social;
b) Cópia da Publicação do Pacto Social em Diário da República;
c) Cópia do BI dos Sócios;
d) Cópia do Cartão de Contribuinte;
e) Certificado de Registo Estatístico;
f) Certificados de Registo Criminal dos Representantes Legais da Sociedade;
g) Alvará Comercial;
h) Documento que habilita a exercer actividade, emitido pelo Ministério
do Interior;
i) Certidão Contributiva original ou cópia autenticada – Emitida pelo Instituto Na-
cional de Segurança Social (INSS);
j) Comprovativo da Regularização da Situação Tributária Perante o Estado an-
golano – emitido pela respectiva Repartição Fiscal;
k) Comprovativo da Entrega da Declaração Fiscal mais Recente;
3.2. Admissão de propostas variantes: não.
3.3. Exigência de caução provisória: não.
4. Critério de adjudicação
Proposta economicamente mais vantajosa, tendo em conta os critérios enuncia-
dos nas peças do procedimento.
5. Processo
5.1. Prazo para a recepção de pedidos das peças do procedimento ou para ace-
der aos documentos:
Data: a partir do dia 07 de Agosto de 2019, até ao dia 30 de Agosto de 2019, às
15 horas.
Data do Acto Público: dia 02 de Setembro de 2019, às 10 horas.
5.2. Preço e condições de obtenção das peças do procedimento:
5.2.1. Preço: A aquisição das cópias das peças do procedimento está sujeita ao
pagamento de uma taxa no valor de Akz. 100.000,00 (Cem Mil Kwanzas), a ser
pago na Conta do FFH no banco BCI n.º do IBAN AO06 0005 0000 2042 3448
1019 7.
5.2.2. Os interessados devem fazer prova do pagamento do valor previsto na
alínea a).
5.3. Prazo para apresentação das propostas:
Data: até ao dia 30 de Agosto de 2019, às 15 horas.
5.4. Valor da caução definitiva: 5% (cinco por cento) do preço do lote a que se
propõe.
6. Informações Complementares
6.1 Endereço e pontos de contacto onde podem ser obtidas as informações adi-
cionais, as peças do procedimento e enviadas as propostas:
6.2 Designação Oficial: Fundo de Fomento Habitacional
6.2.1 Endereço: Rua da Missão, n.º 73, Bloco A2
6.2.2 Localidade: Luanda
6.2.3 Província: Luanda
6.2.4 Código Postal: _______
6.2.5 Telefone: +244 946 204 499
6.2.6 Correio electrónico/ ffh@minfin.gov.ao
Fundo de Fomento Habitacional, a 1 de Agosto de 2019.
O Presidente do Conselho de Administração
_______________________________
Hermenegildo Cardoso
(10.402)
10 ÁFRICA
PROCESSO DE PAZ EM MOÇAMBIQUE
Simango pede maior transparência na reintegração social
Líder do MDM
preocupado com
dissidentes da Renamo
Daviz Simango, líder do Movimento
Democrático de Moçambique, a terceira
força política do país, está preocupado
com os militares dissidentes da Renamo
e pede maior transparência no processo
de desmobilização e reintegração social
de membros daquele partido, enquanto
a Comunidade de Santo Egódio defende
a irreversibilidade do processo de paz
O líder do Movimento
Democrático de Moçambique
(MDM), Daviz Simango,
defendeu ser decisivo “aca-
rinhar a expectativa” da des-
mobilização dos guerrilheiros
da Renamo, no actual quadro
precário da paz, para quebrar
ciclos de violência pós-elei-
toral e insurgências.
Em declarações à Lusa,
Daviz Simango sugeriu que
a contestação de uma ala da
Renamo (Resistência Nacio-
nal Moçambicana maior
partido da oposição) à lide-
rança do partido e do pro-
cesso de Desmobilização,
Desarmamento e Reinte-
gração (DDR) social, iniciado
esta semana, resulta da falta
de transparência.
O líder da terceira força
política moçambicana cha-
mou à atenção para a neces-
sidade de se promover a
inclusão, para não se “abrir
uma porta para a insurgência
no futuro” e prejudicar o
acordo de cessação de hos-
tilidades militares.
“Não basta a gente assinar
por assinar, para transpor-
tarmos a imagem de que em
Moçambique há ciclos elei-
torais em paz”, disse Daviz
S i m a ngo , e m a lu são ao
acordo de cessação das hos-
tilidades, para o fim formal
DR
dos confrontos entre as for-
ças governamentais e o
braço armado da Renamo,
assinado a 1 de Agosto na
Gorongosa, entre o Presi-
dente moçambicano e o líder
daquele partido.
Daviz Simango mani-
festou preocupação com a
contestação inédita dos
guerrilheiros, insistindo na
necessidade de integração
e gestão das expectativas
do grupo para a vida futura,
após a desmobilização.
Em causa estão as con-
testações de um grupo de
guerrilheiros, liderado pelo
major-general da Renamo
Mariano Nhungue, que se
auto-denomina “Junta Mili-
tar da Renamo”.
O grupo exige a renúncia
do líder do partido, Ossufo
Momade, acusando-o de
estar a “raptar e isolar” oficiais
da Renamo que estiveram
sempre ao lado do antigo
presidente do partido, Afonso
Dhlakama, que morreu a 3
de Maio do ano passado.
“Nós temos consciência
de que parte das pessoas,
que eventualmente não
estejam integradas, são pes-
soas que cumpriram a mis-
são no processo de criação
e desenvolvimento da pró-
pria democracia.
São pessoas úteis e impor-
tantes na nossa sociedade,
são nossos irmãos, são pes-
soas amáveis”, precisou
Daviz Simango, que defen-
deu a publicação da lista dos
guerrilheiros a integrar para
a transparência do processo
de DDR.
“As pessoas querem a paz,
todos eles querem integra-
ção, único problema aqui é
a comunicação, é o problema
de ouvir e assegurar as moti-
vações”, sublinhou, susten-
tando que “o moçambicano
não tem interesse nenhum
em, de ciclo eleitoral em
ciclo eleitoral, estar a gastar
os pacatos recursos finan-
ceiros” para gestão de con-
fl i t o s p r o v o c a d o s p o r
intolerâncias políticas.
A autoproclamada Junta
Militar da Renamo ameaçou
quarta-feira com acções mili-
tares se o Governo moçam-
bicano insistir em negociar
com o presidente do partido,
considerando que o processo
do diálogo viola o espírito
dos acordos de paz celebrados
pelo líder histórico do partido,
Afonso Dhlakama.
Na quinta-feira, o Presi-
dente moçambicano, Filipe
Nyusi, e o líder da Renamo,
Ossufo Momade, assinaram
o acordo de cessação das
hostilidades, para o fim for-
mal dos confrontos entre as
forças governamentais e o
braço armado do principal
partido da oposição.
O processo de paz para
Moçambique prevê ainda
u m ac o rd o d e pa z m a i s
amplo, que deverá ser assi-
nado na próxima semana,
desta feita em Maputo, e
prevê a integração nas forças
de segurança do contingente
armado da Renamo.
O acordo de cessação de
hostilidades foi assinado,
na quinta-feira, no meio de
contestação da Junta Militar
da Renamo à liderança do
partido e ao rumo das nego-
ciações de paz, e um dia após
um ataque a um camião de
carga e a um autocarro de
passageiros, que resultou
em um morto.
Comunidade
de Santo Egídio
O padre Ângelo Romano,
que em nome da Comuni-
dade de Santo Egídio par-
ticipou nas negociações de
paz em Moçambique, disse,
sábado, que os moçambi-
canos nascidos após a guerra
civil, metade da população
total, foram e serão um
“obstáculo” a eventuais ten-
tativas de retrocesso no pro-
cesso de paz.
Para aquele membro da
Comunidade de Santo Egídio,
o factor mais importante
para o sucesso das negocia-
ções, e que “tem de ser con-
siderado”, foi “a vontade de
paz do povo moçambicano”.
O padre Romano acres-
centou: “se alguém pensar
em propor o conflito, vai
encontrar esse obstáculo
pela frente, que é uma gera-
ção que quer um país sempre
mais moderno, mais avan-
çado e com a sua dinâmica
democrática normal”.
Assim, na sua opinião, a
vontade dessa geração foi
um grande contributo para
a paz e será no futuro uma
guardiã dessa mesma paz.
Breves
ETÍOPIA
ABIY AHMED AMEAÇA
BLOQUEAR OS ACESSOS
À INTERNET E CAUSA
PREOCUPAÇÃO
O Primeiro-Ministro etíope,
Abiy Ahmed, que tem sido
elogiado por reformas
que incluem a libertação
de prisioneiros políticos
e o fim do estado de
emergência, ameaçou que
as paralisações da Internet
poderão ficar para sempre,
o que deixa muitos etíopes
preocupados, num
período de realização
de exames nacionais.
Segundo a Reuters, o Chefe
do Governo etíope disse
ontem que a Etiópia quer
a Internet para ajudar ao
desenvolvimento, mas
adverte que não pode ser
“água e ar”. No fim de
Junho, uma tentativa de
golpe de Estado causou
um corte geral na Internet
que deixou muita gente
assustada já que o país,
uma das economias de
África com mais rápido
crescimento económico
e com uma das maiores
populações do continente,
depende bastante
de acesso à Internet
Alp Toker, director
executivo da NetBlocks,
uma organização sem fins
lucrativos que monitoriza a
censura na Internet,
condenou a decisão.
LÍBIA
AUTORIDADES ANUNCIAM
O ENCERRAMENTO DE TRÊS
CENTROS QUE ESTAVAM
A ACOLHER MIGRANTES
O ministro líbio do Interior,
Fathi Bashagha, anunciou
ontem que a Líbia prevê
fechar três dos seus
maiores centros de
acolhimento de migrantes,
segundo a BBC. Os centros
em questão encontram-se
localizados em Misrata,
Tajoura e Khoms. Um
destes centros foi
bombardeado no mês
passado e situa-se perto de
onde as facções rivais da
Líbia estão em confronto.
Esta decisão foi tomada
após as críticas que se
seguiram ao ataque
mortífero com mísseis em
Julho num campo de
migrantes. “O ataque
qualificado de escandaloso
pode constituir crime de
guerra”, disseram na altura
Ghassan Salame, enviado
da ONU para a Líbia, e
Michelle Bachelet, alta
comissária da ONU para os
Direitos Humanos.
Segundo diplomatas,
o Conselho de Segurança
da ONU não conseguiu
condenar o ataque após os
Estados Unidos se terem
recusado em aprovar uma
declaração conjunta.
O centro de acolhimento
de Tajoura encontra-se
também perto da zona de
combate entre o Governo
de Tripoli, reconhecido
pela ONU, e o Exército
Nacional Líbio, baseado
na cidade de Benghazi,
que prometeu assumir
o controlo da capital.
FORÇAS ARMADAS DA GUINÉ-BISSAU
Bianguê Na Ntan garante
fidelidade dos militares
O chefe das Forças Armadas
guineenses, Biaguê Na Ntan,
afirmou, sábado, que enquanto
estiver à frente da institui-
ção não haverá golpe no
país e que muitos o acusam
injustamente de ser o
suporte do actual Presi-
dente, José Mário Vaz.
“Comigo à frente das For-
ças Armadas não há lugar
para golpe de Estado. As pes-
soas podem falar à vontade,
eu fico calado, porque sei o
que quero para este país, eu
e os meus oficiais”, declarou
o general Na Ntan, citado pela
Lusa, ao receber um prémio
que lhe foi atribuído por uma
empre sa de guine en s e s
sediada nos Estados Unidos.
A empresa decidiu home-
nagear o chefe do Estado-
Maior General das Forças
Armadas (CEMGFA) pelo
papel na estabilização da
Guiné-Bissau, onde, consi-
dera, não houve sobressaltos
militares nos últimos cinco
anos, como ocorria regular-
mente antes.
Num discurso em crioulo,
o CEMGFA guineense apro-
Comandante guineense apela ao respeito pela Constituição
CONTESTAÇÃO NA ARGÉLIA
Manifestantes apelam
à desobediência civil
Os argelinos voltaram a
manifestar-se, na cidade
capital (Argel), pelo 24º fim-
de-semana consecutivo e
pela primeira vez foram fei-
tos apelos à “desobediência
civil”, após a recusa, pela
hierarquia militar, de aceitar
“ me dida s de apazigua-
mento” e ter optado pela
manutenção de um forte
dispositivo de segurança.
“A desobediência civil está
a chegar!”, foi a nova palavra
de ordem lançada pela mul-
tidão de manifestantes que
desfilou, sábado sem inci-
dentes no centro da capital
argelina. A mobilização voltou
a registar uma forte partici-
pação, mesmo que tenha sido
mais reduzida face aos grandes
cortejos dos primeiros meses
do “Hirak”, o movimento de
contestação ao poder iniciado
a 22 de Fevereiro.
Em Constantine e Annaba,
as terceira e quarta maiores
cidades do país, foram tam-
bém escutados apelos à deso-
bediência civil, e ainda em
Segunda-feira
5 de Agosto de 2019
ve i to u p a ra a b o rd a r o s
comentários que disse ter
ouvido nos últimos meses
a respeito do seu posicio-
namento em relação ao Pre-
sidente do país, José Mário
Vaz, também conhecido
por “Jomav”.
“Oiço muita gente a dizer:
O general Biaguê é quem
tem ajudado a que o Jomav
não seja derrubado. Peço às
pessoas que consultem a
Constituição da República.
Na nossa Constituição está
lá claro. O comandante
supremo das Forças Armadas
é o Presidente da República.
É da lei”, observou o res-
ponsável militar.
Para Biaguê Na Ntan ,
“mesmo que tenha sido uma
criança a ser escolhida pelos
guineenses como Presidente
da República, todos os mili-
tares terão de o respeitar”,
disse, para salientar que
“quem não concordar com
isso terá de mudar a Consti-
tuição”. “As Forças Armadas
apenas cumprem a Consti-
tuição da República”, disse
Biaguê Na Ntan.
DR
Bord Bou Arreridj (150 qui-
lómetros a sudeste de Argel),
um dos berços da contesta-
ção, referiram jornalistas
locais citados pela agência
noticiosa AFP.
À semelhança das últi-
mas semanas, numerosos
veículos da Polícia estavam
posicionados dos dois lados
das ruas do centro da cidade
percorridas pelos manifes-
tantes.“Gaïd, demissão”, foi
outra exigência repetida pelos
manifestantes, numa refe-
rência ao chefe de Estado-
Maior das Forças Armadas,
general Ahmed Gaïd Salah,
o verdadeiro “homem forte”
do país, após a demissão do
Presidente Abdelaziz Bou-
teflika, a 2 de Abril, por pres-
são popular.
Para além da contestação
aos símbolos do regime, o
movimento de contestação
também tem manifestado
a sua oposição ao diálogo
com o Governo do Presi-
d e nte i nte r i n o d o pa í s ,
Abdelkader Bensalah.
MUNDO Segunda-feira
5 de Agosto de 2019
AMEAÇA DE ATAQUES
Tensão na Caxemira indiana EUA
cessar-fogo
obriga a retirada de turistas em Idleb
A tensão na fronteira indo-
paquistanesa, na disputada
região de Caxemira, aumentou
nos últimos dias com o reforço
de militares indianos e a saída
forçada, por ordens de Nova
Deli, da quase totalidade dos
turistas, justificada com ale-
gadas ameaças terroristas.
O secretário-geral da
Sociedade de Agentes de Via-
gem da Caxemira, Athar
Yamin, citado pela agência
EFE, afirmou que 99 por
cento dos “21 mil turistas e
cerca de oito mil peregrinos”
que se encontravam na região
abandonaram Caxemira, res-
tando apenas “entre 200 e
250 turistas que viajam em
áreas remotas”.
Yamin confirmou que
“todos os hotéis em Srinagar
estão vazios, assim como as
casas flutuantes no famoso
lago Dal” na cidade, a capital
de Verão de uma região muito
procurada durante esta época
por turistas que procuram
Região disputada pela Índia e Paquistão é alvo de atentados
CONFLITO NO IÉMEN
ONU e rebeldes confirmam
retomada da ajuda alimentar
A Organização das Nações
Unidas (ONU) e os rebeldes
Houthi anunciaram ontem
um acordo para retomar o
fornecimento de alimentos
nas zonas do Iémen con-
troladas por rebeldes, uma
vez que a ajuda foi suspensa
em Junho.
A suspensão parcial da
ajuda na capital iemenita,
Sanaa, foi decidida após
acusações de que os rebel-
des estavam a desviar os
bens alimentares.
Por outro lado, os rebeldes
acusaram o Programa Ali-
mentar Mundial (PAM), que
é a maior agência humani-
tária do mundo, de enviar
alimentos fora de prazo de
validade para o Iémen.
Segundo o porta-voz do
PAM, Herve Verhoosel, o
acordo alcançado com os
rebeldes Houthi é “um passo
importante” para salvaguar-
dar e garantir a operação
humanitária no Iémen.
Sem avançar com por-
menores do acordo, Herve
Verhoosel disse que as duas
partes estão a trabalhar nos
detalhes técnicos, de acordo
saúdam
temperaturas amenas. A
situação, sem precedentes
em Caxemira, ocorreu depois
de as autoridades indianas
terem pedido, na sexta-feira,
a suspensão de uma famosa
peregrinação hindu a uma
caverna no Himalaia (na
zona de maioria muçulmana)
e determinado a retirada de
todos os turistas após “relatos
de ameaças terroristas”.
A Caxemira indiana, uma
das áreas mais militarizadas
do mundo e disputada pela
Índia e pelo Paquistão, registou
também um aumento inco-
mum de forças de segurança.
“O aumento das forças
de segurança e os anúncios
do Governo indicam clara-
mente que Nova Deli se está
a mobilizar para algo em
g ra n d e n a C a xe m i ra ” ,
defendeu, em declarações
à agência de notícias EFE,
um membro da Ordem dos
Advogados da região, que
pediu anonimato.
DR
com a Associated Press. Ape-
sar de ter sido anunciado
ontem , o líder reb elde ,
Mohammed Ali al-Houthi,
afirmou que o acordo foi
assinado no sábado.
Em Maio, os rebeldes do
Iémen devolveram um car-
regamento do PAM destinado
a alimentar cerca de 100 mil
famílias no país devastado
pela guerra e no limiar da
fome, anunciou um porta-
voz da agência humanitária.
A rejeição da remessa
ocorreu quando o PAM estava
em negociações tensas com
os rebeldes, conhecidos
como Houthis, que bloquea-
ram a tentativa da agência
de registar milhões de ieme-
nitas que precisavam de
ajuda, usando a biometria
como forma de impedir o
roubo de ajuda alimentar.
O PAM culpou os rebel-
des por roubarem a ajuda
alimentar, acrescentando
que o carregamento rejei-
t a d o t a m b é m p r i va r i a
milhares de famílias de
ajuda extremamente neces-
sária. Em Junho, o PAM sus-
pendeu parcialmente a ajuda,
SÍRIA
O Departamento de Estado
norte-americano saudou
ontem o cessar-fogo na
região de Idleb, no noroeste
da Síria, e pediu o fim dos
ataques a civis.
“O que é realmente impor-
tante é que os ataques a civis
acabem. Apreciaremos todos
os esforços para alcançar este
importante objectivo”, disse
a porta-voz da diplomacia
dos EUA, Morgan Ortagus.
“Saudamos os esforços da
Turquia e da Rússia, que tra-
balharam em conjunto para
restaurar o cessar-fogo”,
acrescentou, agradecendo
também ao Secretário-Geral
da ONU, António Guterres,
o “investimento pessoal na
tragédia de Idleb”.
Desde Abril, a onda de vio-
lência no noroeste da Síria já
matou mais de 400 civis e for-
çou mais de 440 mil pessoas
a fugir para a fronteira turca,
segundo as Nações Unidas.
Na quinta-feira à noite,
o Governo sírio, liderado
pelo Presidente Bashar al-
Assad, aprovou “sob condi-
ções” uma trégua na região
de Idleb, dominada pelo
grupo 'jihadista' Hayat Tahrir
al-Sham (HTS), um antigo
ramo sírio da Al-Qaeda.
O Governo sírio condicio-
nou o cumprimento do ces-
sar-fogo à implementação
do acordo celebrado em
Setembro de 2018 entre a Rús-
sia e a Turquia para criar uma
“zona desmilitarizada” na
região de Idleb, livre de qual-
quer presença “jihadista”.
uma vez que as conversações
com os Houthis não tiveram
resultados e depois de a agên-
cia acusar os rebeldes de
continuarem a roubar ajuda
e de usarem milhões de dóla-
res de doações internacionais
para a economia de guerra.
Segundo o PAM, a suspen-
são afectou 850 mil pessoas
em Sanaa, capital iemenita,
onde ocorreu a maior parte
do roubo.
O PAM tem enviado ajuda
alimentar no valor de 100
mil milhões de dólares (87,8
milhões de euros) por mês
para o Iémen.
Os rebeldes, que controlam
o norte do Iémen, responde-
ram com uma feroz campanha
nos meios de comunicação
contra o PAM, acusando-o de
enviar comida estragada.
Dias antes da suspensão
da ajuda, David Beasley, direc-
tor executivo do PAM, referiu
ao Conselho de Segurança
das Nações Unidas (ONU)
que a agência descobriu, no
final de 2018, “evidências
sérias de que a comida estava
a ser desviada e a ir para as
pessoas erradas”.
PRESSÃO POPULAR
Ruas e praças de Hong Kong
“invadidas” por manifestantes
Forças da ordem prenderam dezenas de pessoas acusadas
de acções violentas na região administrativa especial chinesa
Grupo de manifestantes aproveita a situação para vandalizar vários estabelecimentos
Milhares de manifestantes
pró-democracia voltaram a
desfilar, no fim-de-semana,
nas ruas de Hong Kong, para
manter a pressão sobre as
autoridades, no rescaldo de
confrontos com a Polícia,
que levaram à detenção de
20 pessoas, noticiou a AFP.
A ex-colónia britânica,
que atravessa a maior crise
política, desde que rein-
tegrou o território chinês
em 1997, vai já no oitavo
fim-de-semana consecu-
tivo de grandes manifes-
tações, frequentemente
s eguida s de confronto s
e nt re p e q u e n o s g r up o s
radicais e as autoridades.
Para ontem à tarde esta-
vam previstas duas mani-
festações, que precedem a
uma greve geral convocada
para hoje. Milhares de mani-
festantes marcharam sábado
nas ruas do bairro residencial
de Tseung Kwan O.
“Estou mais preocupada
do que optimista”, disse à
AFP, no meio da multidão,
Florence Tung, uma advo-
gada estagiária, de 22 anos.
“Parece-nos que, inde-
pendentemente de quantos
somos, não podemos mudar
o nosso Governo”, acres-
centou, em referência ao
facto de os dirigentes da
cidade não serem eleitos por
sufrágio universal.
Ka i Ho u , d e 4 1 a n o s ,
disse, não apoiar as tácticas
violentas da franja mais
radical de manifestantes,
embora concorde com os
objectivos gerais.
“Ninguém concorda com
as acções radicais, mas o
objectivo é simples: querem
fazer de Hong Kong um lugar
melhor”, explicou.
Mais de 20 manifestantes
foram detidos, após os pro-
testos que ocorreram entre
sábado e a madrugada de
ontem em Hong Kong.
De acordo com a imprensa
local, mais de duas dezenas
de pessoas foram detidas sob
acusações de reunião ilegal
e agressão em Tsim Sha Tsui,
Mong Kok e Wong Tai Sin,
onde decorreram confrontos
entre activistas e a Polícia.
Ex-colónia
britânica atravessa
a maior crise
política desde
a reintegração no
território chinês,
em 1997, com
protestos seguidos
de confrontos
com a Polícia
A Polícia disse que alguns
“manifestantes radicais”
lançaram extintores, tijolos,
garrafas de vidro e outros
objectos contra as autorida-
des, depois de se recusarem
a dispersar.
Em sentido contrário, a
Polícia de choque lançou
gás lacrimogéneo e 'spray'
pimenta para forçar a dis-
persão, levando muitos
moradores a juntarem-se
ao protesto contra a Polícia,
que acusaram de perturbar
11
DR
a comunidade. Num comu-
nicado, a Polícia salientou
que os manifestantes se des-
viaram da rota autorizada
para a manifestação, causa-
ram cortes de trânsito e reu-
niram-se ilegalmente em
frente à esquadra da Polícia
de Wong Tai Sin.
Hong Kong vive há dois
meses um clima de contes-
tação social, que partiu da
aversão a uma proposta de
Lei que permitiria, ao
Governo e aos tribunais da
região administrativa espe-
cial, a extradição de sus-
p e ito s d e c r i m e s pa ra
jurisdições sem acordos
prévios, como é o caso da
China continental.
A proposta foi, entre-
tanto, suspensa, mas as
manifestações generaliza-
ram-se e denunciam agora
aquilo que os manifestantes
afirmam ser uma “erosão
das liberdades” na antiga
colónia britânica.
A transferência de Hong
Kong e Macau para a Repú-
blica Popular da China, em
1997 e 1999, respectivamente,
decorreu sob o princípio “um
país, dois sistemas”, preci-
samente o que os opositores
às alterações da lei garantem
estar agora em causa.
Para as duas regiões admi-
nistrativas especiais da China
foi acordado um período de
50 anos com elevado grau
de autonomia, a nível exe-
cutivo, legislativo e judiciário,
sendo o Governo central chi-
nês responsável pelas rela-
ções externas e a defesa.
12 Segunda-feira
5 de Agosto de 2019

PUBLICIDADE

(500.998)
ECONOMIA
COLECTAS FISCAIS
No Cuanza-Norte o valor quase que duplicou e no Cuando Cubango aumentou 35 por cento
Províncias emitem sinais
de melhoria nas receitas
Pelo menos no Cuanza-Norte e Cuando Cubango, as receitas
registaram, no primeiro semestre deste ano, aumentos substanciais
Lourenço Bule
No Cuanza-Norte, os valores
arrecadados, durante o período
em referência, quase que
duplicaram comparativamente
ao igual período do ano ante-
rior, tendo passado de dois
mil milhões, 445 milhões 41
mil e 121 kwanzas, para 4 mil
milhões, 475 milhões 549 mil
e 455 kwanzas.
Os dados constam do rela-
tório semestral da Delegação
Provincial de Finanças, citado
pela Angop. O documento
indica o Imposto sobre o
Lucro da Actividade Econó-
mica, no valor de 2 mil
milhões 13 milhões, 591 mil
e 145 kwanzas, como sendo
o que mais receitas rendeu
aos cofres do Estado, seguido
do Imposto sobre Rendi-
mento de Trabalho (IRT) com
mil milhões 610 milhões 238
mil e 294 kwanzas.
Entre as rubricas, os tri-
butos que mais renderam,
segundo o documento, são
o Imposto de Consumo, com
592 milhões 719 mil e 372
k wa n z a s , s e g u i d o d o
Imposto de Selo, com 155
milhões 349 mil e 19 kwan-
zas e o Imposto sobre Patri-
mónio, com 25 milhões, 542
mil e 15 kwanzas.
Em virtude de albergar
o maior parque industrial
da província, onde se situam
os maiores contribuintes,
o município de Cambambe
foi a região da província
que maior volume de recei-
tas arrecadou para os cofres
do Estado no período em
análise, tendo totalizado 2
mil milhões, 933 milhões,
572 mil e 747 kwanzas, o
correspondente a 65,55 por
Segunda-feira
5 de Agosto de 2019
cento do volume geral das
arrecadações.
A seguir, vem a repartição
de Ndalatando (capital da
província) com uma receita
de mil milhões 516 milhões
506 mil e 704 kwanzas ( 33,88
por cento), enquanto a repar-
tição de Camabatela, muni-
cípio de Ambaca, amealhou
apenas 25 milhões e 470 mil
kwanzas (0,57 por cento).
No Cuando
Cubango, a
Repartição Fiscal
arrecadou 2 mil
milhões de
kwanzas, mais
35 por cento em
relação a igual
período de 2018
O Cuanza-Norte conta
actualmente com repartições
fiscais instaladas em três dos
dez municípios da província,
estando a extensão da acti-
vidade tributária dependente
do aumento dos recursos
humanos e da criação de
condições de infra-estruturas
nalguns municípios onde a
actividade económica já jus-
tifica a existência dos refe-
ridos serviços.
Cuando Cubango
Na província do Cuando
Cubango, a Repartição Fiscal
de Menongue arrecadou,
durante o período em análise,
2 mil milhões de kwanzas,
mais 35 por cento em relação
a igual período de 2018.
O chefe da Repartição
Fiscal de Menongue, Stefânio
Benza de Castro, defendeu,
à saída de um encontro com
NICOLAU VASCO | EDIÇÕES NOVEMBRO
o novo governador do
Cuando Cubango, Júlio Bessa,
o melhoramento da estrada
internacional 140, que liga
o troço rodoviário Caiundo-
Catuitui, para que a província
arrecade, ainda mais, receitas
fiscais, através da delegação
aduaneira do Catuitui, que
neste momento regista uma
fraca movimentação devido
ao estado avançado de degra-
dação das vias de acesso.
Stefânio Benza de Castro
afirmou que o desenvolvi-
mento sócio-económico
da província do Cuando
Cubango, depende, neces-
sariamente, do aumento da
arrecadação de receitas e,
por este facto, é necessário
construir-se postos fiscais
em todos os municípios e
melhorar as infra-estruturas
rodoviárias, para permitir
melhor circulação de pessoas
e mercadorias.
Fez saber que a província
do Cuando Cubango conta
apenas com uma repartição
fiscal, sedeada na cidade
de Menongue. “Apresenta-
mos as nossas linhas de
força ao novo governador
do Cuando Cubango, no que
se refere ao aumento da
arrecadação de receitas
aduaneiras e fiscais, com a
construção de mais postos
fiscais em oito dos nove
municípios que compõem
a província”, disse.
O troço Caiundo-Catuitui,
que dá acesso à Delegação
Aduaneira de Catuitui deve
ser reabilitado o mais rápido
possível, tendo em vista que
é uma via internacional que
dá acesso à Namíbia, Bos-
twana, Zimbabwe e África
do Sul, disse.
DIPLOMACIA ECONÓMICA
Angola participa no fórum
África-América em Abidjan
Ana Paulo
Angola participa, com cinco
associações empresariais,
no 18º Fórum sobre a Lei de
Crescimento e Oportunida-
des para África (AGOA), do
Governo dos Estados Unidos
com os seus parceiros do
continente, em Abidjan,
Costa de Marfim, que decorre
desde ontem.
No encontro, que decorre
sob o lema “AGOA e o futuro:
Desenvolver um Novo Para-
digma de Negócios para
Orientar o Comércio e o
Investimento entre os Esta-
dos Unidos da América e
África”, com término pre-
visto para amanhã, as agre-
miaçõ e s empre sariai s
integram uma delegação ofi-
cial encabeçada pelo secre-
tário de Estado do Comércio,
Amadeu Leitão Nunes.
Na opinião do director
nacional de Intercâmbio do
Ministério do Comércio, Rui
Livramento, o fórum é mais
uma oportunidade para o
país, particularmente os
empresários, estabelecerem
Amadeu Leitão encabeça delegação angolana em Abidjan
COOPERAÇÃO
Portugal defende relação
mais próxima com África
Portugal quer promover
uma colaboração mais pró-
xima entre a União Europeia
(UE), que presidirá proxi-
mamente e a União Africana
(UA), segundo informação
divulgada ontem.
No mesmo diapasão, ali-
nha a África do Sul que pre-
sidirá, proximamente, à
União Africana. Os dois
países realizaram, na sexta-
feira, em Pretória, a sexta
ronda de consultas políticas,
presidida pela secretária
de Estado dos Negócios
Estrangeiros e da Coope-
ração, Teresa Ribeiro, e pelo
vice-ministro para as Rela-
ções Internacionais e Coo-
peração da África do Sul,
Alvin Botes.
“Foi acordado que a África
do Sul e Portugal devem pro-
mover uma colaboração mais
próxima entre a União Euro-
peia e a União Africana”,
adianta o comunicado final
do encontro.
A África do Sul assume em
2020 a presidência da União
Africana e Portugal a liderança
do Conselho da União Euro-
contactos com investidores
de outros países, incluindo
norte-americanos.
Como um dos principais
instrumentos da política
norte-americana de aproxi-
mação à África subsaariana,
o AGOA foi criado em 2000
com o objectivo de promover
e facilitar as trocas às expor-
tações dos países da região
para os Estados Unidos.
Angola é um dos princi-
pais parceiros comerciais
dos Estados Unidos na África
subsaariana. Da América,
o país importa, fundamen-
talmente, bens alimentares
e b eb i d a s , e n q u a nto a s
exportações circunscrevem-
se ao petróleo bruto, um
quadro que as autoridades
angolanas procuram alterar,
com a diversificação da base
de exportação.
Rui Livramento lembrou
que Angola tem em curso um
Programa de Apoio à Produ-
ção, Diversificação das Expor-
tações e Substituição de
Importações (PRODESI), que
pode ser encaixado nas faci-
lidades que o AGOA oferece.
VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO
peia no primeiro semestre de
2021, tendo como tema as
relações com África.
Durante o encontro, os
representantes dos dois exe-
cutivos apresentaram as prio-
ridades para as respectivas
presidências das duas orga-
nizações regionais.
As consultas bilaterais
p e r m it i ra m , s egu n d o o
Governo português, “efec-
tuar um balanço da coope-
ração em vários sectores e
Lisboa manifestou o interesse em expandir o português
13
NAMIBE
Moçâmedes expande
rede doméstica de
distribuição de água
Quatro mil e 50 ligações
domiciliares de água, das 10
mil previstas até ao final do
ano, foram instaladas de
Janeiro a Junho, nos bairros
do município sede de Moçâ-
medes (Namibe), no âmbito
do programa “Água Para
Todos”, o que corresponde a
uma execução de 40 por cento.
Os munícipes de Santo
Antão reafirmam a “grande
expectativa” em relação ao
projecto de abastecimento
de água potável e sanea-
mento para esta ilha, cujo
lançamento, adiado já por
algumas vezes, pode acon-
tecer já em Agosto.
Em declarações ontem à
Angop, o presidente do Con-
selho de Administração da
Empresa Pública de Águas
e Saneamento no Namibe,
Arlindo Tavares, informou
que no primeiro semestre
foram contemplados os bair-
ros Boa Esperança, Forte
Santa Rita e Saco-mar.
Para segunda fase, que
arrancou neste segundo
semestre, disse, o projecto
contemplará os bairros Valódia,
Saidy-Mingas II e 4 de Março,
para completar as mais de 10
mil ligações domiciliares.
Além destas novas ligações,
prosseguiu, está em curso o
projecto de substituição das
ligações antigas e precárias,
para melhorar o fornecimento
da água aos mais de 25 mil
clientes controlados.
Ainda em curso, segundo
disse, estão as obras de
expansão da rede de água e
a colocação de condutas para
o abastecimento às escolas
da periferia da cidade.
identificar formas de refor-
çar o relacionamento entre
os dois países”.
Os dois executivos subli-
nharam o registo positivo
mútuo de apoio a candida-
turas a cargos internacio-
nais, reiterando a intenção
de continuar, bem como
enfatizaram a vontade e
aumentar a colaboração
bilateral na área da defesa,
designadamente na segu-
rança marítima, operações
de paz, formação e treino
militar e indústria da defesa.
Na educação, Portugal
manifestou o seu interesse
em continuar a apoiar o
ensino de português nas
escolas sul-africanas, à base
de um acordo que já existe.
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Aquisição de Nacionalidade Angolana por naturalização, em que é reque-
rente Abdulay Sedú Bonfim da Fonseca, casado, de trinta e oito anos de
idade, natural de Guadalupe-São Tomé, de nacionalidade Santomense, filho
de Maurício Dias da Fonseca e de Maria da Conceição Elba Bonfim, resi-
dente em Luanda, Bairro Camama, Sonho da Casa Própria, Rua 4, casa nº
12 E, Zona 20
==== Nos termos do disposto na Lei nº 2/16 de 15 de Abril são, por este
meio, convidadas todas as pessoas certas e incertas para virem no prazo
de 15 dias fazerem a oposição que julgarem existir, perante esta Loja a con-
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por quinze dias nos lugares designados por lei.
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operações de Riser/BHA’s/PGB/casing/well head, testes e activação das funções do BOP...
e) Remoção e substituição de anel de vedação da cabeça do poço
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GABINETE DA PROCURADORA DA
REPÚBLICA JUNTO DO SIC
PEDIDO DE COMPARÊNCIA
A Digna Magistrada do Ministério Público junto do
Serviço de Investigação Criminal solicita a comparên-
cia, nas horas normais de expediente o senhor MAURO
DOMINGOS DE OLIVEIRA PINDA, a fim de tratar de as-
suntos do seu interesse, devendo para o efeito dirigir-se
às instalações da PGR/SIC -Geral, sita no Bairro Neves
Bendinha, Travessa Jaca Calandula, contactar o Gabinete
de Apoio da Procuradoria Titular.
Gabinete da Sub-Procuradora Geral da República
junto do SIC, em Luanda, aos 31 Julho de 2019.
A Sub-Procuradora Geral da República
Elizete da Graça João Paulo Francisco
(10.394)
CONVOCATÓRIA
ABANDONO DE TRABALHO
Serve a presente para convocar todos os sócios da so-
ciedade comercial por quotas, denominada PORTALJAF A empresa Robert Hudson Lda. comunica ao cola-
LDA., para a Assembleia-Geral Extraordinária da socie- borador abaixo mencionado que, se encontra em si-
dade, a ter lugar na Rua Rainha Ginga, no Hotel Conti- tuação de ABANDONO DE TRABALHO, pelo facto
nental, n.º 18/21, em Luanda, no próximo dia 22 de de estar ausente da empresa, há mais de duas se-
Agosto de 2019. manas consecutivas, sem qualquer justificação para
o efeito.
A Assembleia-Geral terá início às 15h00, e subordinar-se-
á à seguinte Ordem de Trabalhos: LEANDRO DE OLIVEIRA ANTÓNIO MORAIS
Ponto Um: Mudança da Sede Social; Informamos que, o mesmo deverá, no prazo de três
Ponto Dois: Cessão das quotas dias úteis após esta publicação, justificar documen-
Qualquer sócio ou sócia que esteja ausente ou impedido
talmente as razões da sua ausência. Caso não jus-
(a), poderá fazer-se representar por apenas uma pessoa tifique, iremos considerar efectivo o abandono de
com o competente instrumento de representação, nos ter- trabalho, ao abrigo do artigo 229.º alínea C) da LGT.
mos da lei.
Luanda, 1 de Agosto de 2019. Luanda, aos 29 de Julho 2019.
O Sócio-Gerente A Direcção Administrativa
Jorge Azevedo Rodrigo Alves Finkler
(10.401) (500.978)

ESCOLA DE CONDUÇÃO
ACADÉMICA, LDA.

Sociedade de Comércio e Indústria, Lda Rua da Total, N.º 1 – MORRO BENTO

Contribuinte Nº 5401114125 LUANDA – ANGOLA

ABANDONO DE TRABALHO ABANDONO DE TRABALHO ABANDONO DO TRABALHO

A Direcção do Caldeirão Comércio e Indústria, Lda. co-
munica ao sr. FRANCISCO LOURENÇO QUISSUEIA
que deve comparecer nesta Direcção no prazo de 3
(Três) dias úteis, a contar da data desta publicação, por
se encontrar ausente do seu posto de trabalho há mais
de 10 dias úteis. Findo este prazo, a empresa irá consi-
derar a sua conduta como efectiva e nos termos do dis-
posto do Artigo 229.º, alíneas 4 e 5, da L.G.T.
considera-lo-á desvinculado por “ Auto de Abandono de
Trabalho”, cessando automaticamente o vínculo laboral
que detinha com V. Exa.
Luanda, 1 de Agosto de 2019.
A DIRECÇÃO
(10.387)
A SOCIGRÁFICA comunica ao trabalhador
Mário Nicolau Diogo que deve comparecer na
empresa, sita na Rua Dona Xepa, Distrito do
Benfica, Município de Talatona, a fim de tratar
de assunto relacionado com o seu vínculo la-
boral. Pelo que, deverá no prazo de 3 (três)
dias, a partir da data desta publicação, justificar
documentalmente a sua ausência, sob pena de
ser declarado Abandono de Trabalho, conforme
o previsto na Lei 7/75, de 15 de Junho da Lei
Geral de Trabalho vigente.
Luanda, 2 de Agosto de 2019.
Augusto Xavier Joaquim
(10.392)
A ESCOLA DE CONDUÇÃO ACADÉMICA comunica à
Sra. Maria Mbanzaneno.
Que se encontra em situação de abandono de trabalho
há mais de dez (10) dias úteis consecutivos, sem qual-
quer justificação para o efeito. A mesma deverá, no
prazo de cinco dias úteis, após a publicação do pre-
sente anúncio, justificar documentalmente as razões da
sua ausência.
Caso não o faça e de acordo com o disposto no Artigo
229.º, número 2, alínea C) da LGT, considerar-se-á como
abandono de trabalho.
Luanda, 25 de Julho de 2019.
A DIRECÇÃO
Íris Cláudia Cabral Guedes Rodrigues
(Gerente)
(10.396)
16 Segunda-feira
5 de Agosto de 2019

PUBLICIDADE

(500992)

AVISO
A EMPRESA NACIONAL DE EXPLORAÇÃO DE AEROPORTOS E NAVEGA-
ÇÃO AÉREA informa que, no âmbito da cisão, pretende efectuar o Fecho de
Contas a 31 de Julho de 2019.

Para tal, serve-se do presente para levar ao conhecimento dos seus clientes, for-
necedores, prestadores de serviço, e público em geral, que remetam as seguintes
informações:

1. Os extractos de contas de CLIENTES com saldo devedor e ou credor a 31 de

Julho de 2019;

2. Os extractos de contas de FORNECEDORES com saldo credor e ou devedor

a 31 de Julho de 2019;

3. Todas as facturas em aberto e respectivas taxas de câmbio, caso o extracto

esteja em moeda estrangeira a 31 de Julho.

A informação em causa deverá ser remetida à Direcção de Contabilidade e Fi-

nanças da ENANA-EP, sita no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, edifício
das Chegadas 1.º andar, nas horas normais de expediente, num prazo de 15
(Quinze) dias, a contar da data de publicação/recepção, pelo que, as futuras em-
presas declinarão toda e qualquer responsabilidade pela não apresentação no
prazo estipulado.

Gabinete do Coordenador da Comissão de Gestão da ENANA-EP, aos 29 de

Julho de 2019.

O Coordenador da Comissão de Gestão

MÁRIO MIGUEL DOMINGUES
(500.995) (500.986)
Segunda-feira
5 de Agosto de 2019 17
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EXPO 2020 – DUBAI, UAE

Durante seis meses, entre 20 de Outubro de 2020 e 10 de Abril de 2021,
Dubai sediará a Expo 2020. A Exposição Mundial deverá atrair 25 milhões
de visitantes, com 70% desses visitantes vindos de fora dos Emirados
Árabes Unidos.

Para obter o privilégio de hospedar este evento, Dubai foi obrigado a

apresentar uma proposta. Nessa proposta, o chefe do comité da Expo
2020 destacou a forte infra-estrutura de Dubai, o apoio de seus mora-
dores à candidatura e o compromisso da cidade em tornar essa expo-
sição extraordinária.

Felizmente, Dubai teve sucesso, recebendo 116 de 164 votos.

A candidatura de Dubai para sediar a Expo 2020 foi declarada vitoriosa em

27 de Novembro de 2013. Houve uma enorme celebração, com fogos de
artifícios no Burj Khalifa em Dubai e o Sheikh Mohammed bin Rashid Al
Maktoum, Vice-Presidente e Primeiro-Ministro dos Emirados Árabes Uni-
dos e Governante de Dubai, prometeu "surpreender o mundo em 2020". O
tema principal da Expo 2020 Dubai, que será a primeira Exposição Mundial
a ser realizada na região do Oriente Médio, Norte da África e Sul da Ásia
(MENASA), é 'Conectando Mentes, Criando o Futuro', com subtemas como
'Oportunidade' , 'Mobilidade' e 'Sustentabilidade'.

A Expo mostrará a inovação, incentivará a colaboração e celebrará a cria- (900.000f)

tividade humana, com inovadores de todo o mundo, convidados a com-

partilhar ideias sobre o futuro da educação, emprego, modelos financeiros,
transporte, viagens e exploração, melhorando a mobilidade para pessoas
com deficiência e comunidades desconectadas, proteger os ecossistemas
naturais e promover a biodiversidade, as mudanças climáticas, a gestão
de recursos, cidades sustentáveis e outros desafios que o mundo enfrenta
actualmente. A Expo 2020 pode ser vista como uma espécie de “Feira Mun-
dial”, apresentando as melhores inovações que a humanidade tem a ofe-
recer. Ela consistirá de uma série de pavilhões conectados por temas
comuns que se aplicam a toda a humanidade. A Expo oferece uma plata-
forma para os melhores e mais brilhantes do mundo para exibir suas ideias
mais criativas e engenhosas. Por exemplo, a Expo 2015 incluiu invenções
como árvores solares e elevadores economizadores de energia.

A Expo 2020 Dubai receberá 190 países, cada um ocupando um pavilhão

no local da Expo 2020 Dubai com 4,38km², localizado no Sul de Dubai, pró-
ximo ao Aeroporto Internacional Al Maktoum. Os visitantes podem viajar
até lá em 16 minutos a partir da Dubai Marina na Dubai Metro Route 2020 -
que transportará até 46.000 passageiros por hora - e serão recebidos pelo
Al Wasl Plaza, a impressionante estrutura que será o coração da Dubai
Expo. A cúpula translúcida, projectada pela firma de arquitectura Adrian
Smith + Gordon Gill Architecture (AS + GG), tem 65m de altura e 150m de
diâmetro e abrigará fontes, cachoeiras, parques, pátios com palmeiras e
três pavilhões representando a Expo 2020. Dubai sub-temas. Quando a es-
curidão cai, a cúpula se transformará em uma tela de 360º. Fora dos temas-
chave, um dos empates será a arquitectura contemporânea em exibição,
com cada país exibidor tentando impressionar.

(500.976) (500.982)
18 NECROLOGIA Segunda-feira
5 de Agosto de 2019

FALECEU FALECEU FALECEU FALECEU

JÚLIA MONIZ ANDRÉ CASSUA MUHONGO SILVESTRE GUIDO RIBEIRO SILVESTRE GUIDO RIBEIRO CASTELBRANCO
CASTELBRANCO

Manuel Júnior (esposo), Armando Moniz.
Carlos Moniz, Daniel Moniz (irmãos), Edvaldo
Cuano, Diamantino Cuano, Ilda Cuano,
Dorca Cuano, Adilson Cuano, Celto Cuano
(filhos), António Sebastião, Adelino Sebastião
Moniz (sobrinhos) e demais familiares
comunicam o falecimento deJÚLIA MONIZ,
ocorrido dia 2/8/2019, por morte súbita. O
funeral realiza-se hoje, 5/08/2019, às 10h00,
no cemitério da Funda. (10.472)
Rita Zua Samba (esposa), Helena Muhongo,
Teresa Muhongo, Valdemiro Muhongo,
Cila, Muhongo, Mariano Muhongo (filhos)
cumprem o doloroso dever de comunicar
o falecimento de seu esposo e pai ANDRÉ
CASSUA MUHONGO, ocorrido dia 1/8/19,
por doença. O funeral realiza-se amanhã,
terça-feira, dia 6/8/19, no cemitério de
Santa Ana, às 10h00. (10449)
Filomena, Staline, Luena e Manucho
comunicam o falecimento do seu ente
querido SILVESTRE GUIDO RIBEIRO
CASTELBRANCO, ocorrido dia 1/8/2019,
por doença. O velório decorreu ontem,
domingo, 4/8/2019, pelas 18h00, no
Velório do Governo Provincial de Luanda
(Sant'Ana). O funeral realiza-se hoje,
segunda-feira, 5/8/2019, às 11h00, no
Cemitério de Sant'Ana. (500.999)
Maria Lídia Teixeira (esposa), Mariano Castelbranco e Joaquim Sousa (sobrinhos),
Luena Castelbranco, Patrick Castelbranco, Joaquim Castelbranco, Isolete Castelbranco,
Augusto Castelbranco (filhos) e demais familiares comunicam o falecimento do seu
ente querido SILVESTRE GUIDO RIBEIRO CASTELBRANCO, ocorrido no dia 1/8/2019,
por doença. O velório decorreu ontem, domingo, dia 4/8/2019, pelas 18h00, no Velório
do Governo Provincial de Luanda (Sant'Ana). O funeral realiza-se hoje, segunda-feira,
5/8/2019, às 11h00, no Cemitério de Sant'Ana. (10453)

FALECEU FALECEU FALECEU FALECEU FALECEU

TERESA LUÍS DE OLIVEIRA
ANTÓNIO (Avozinha)
Manuel Neto Kassapa, Fernando de Oli-
veira (Nido), Luzia de Oliveira, Maria
Luís de Oliveira, Ana Luís de Oliveira,
Manuela de Oliveira (Peroca) e demais
familiares cumprem o doloroso dever
de comunicar o falecimento de TERESA
LUÍS DE OLIVEIRA ANTÓNIO (Avozinha),
ocorrido dia 3/8/2019, em Luanda, por
doença. O funeral realizar-se-á em data
a anunciar oportunamente. (10.471)
TERESA LUÍS DE OLIVEIRA
ANTÓNIO (Avozinha)
Vanda António, Mauro António, Nilson
António, Eliandra António (filhos), netos
e demais familiares cumprem o doloroso
dever de comunicar o falecimento de
TERESA LUÍS DE OLIVEIRA ANTÓNIO
(Avozinha), ocorrido dia 3/8/2019, em
Luanda, por doença. O funeral realizar-
se-á em data a anunciar oportunamente.
(10.470)
PEDRO ÁLVARO EDUARDO
Luzia Álvaro Ambrósio, João Cândido,
José Eduardo (Zeca), Maria da Conceição
Eduardo, Felisbina Eduardo, Manuel
Jesus Eduardo e demais familiares cum-
prem o doloroso dever de comunicar o
falecimento do seu ente querido PEDRO
ÁLVARO EDUARDO, ocorrido no dia
3/8/2019, em Luanda, por doença. O
funeral realizar-se-á em data a anunciar
oportunamente. (10.468)
PEDRO ÁLVARO EDUARDO
Pedro Dias, Moneza Dias, Fernando
Domingos, Luísa Domingos, Aníbal Dias,
Graça Domingos, Maria Alice Dias, Celes-
tina Dias, João Samuel Dias, Rebeca
Domingos e demais familiares comunicam
o falecimento do seu ente querido PEDRO
ÁLVARO EDUAR DO, ocorrido dia
3/8/2019, em Luanda, por doença. O
funeral realizar-se-á em data a anunciar
oportunamente. (10.468a)
MARIA PAULA TERESA
(Tia Popolo)
Antónia da Mata, Filomena Chivia, Jacinto
Cango, Júlio Custódia, Guilhermina Luísa
Fortunato (irmãos), primos, sobrinhos,
netos e bisnetos cumprem o doloroso
dever de comunicar que o funeral de
sua querida MARIA PAULA TERESA (Tia
Popolo), se realiza hoje, segunda-feira,
5/8/19, saindo o préstito de sua residência
sita em Viana, para o cemitério do Benfica,
às 10h00. (10442)

FALECEU FALECEU RECORDAÇÃO FALECEU FALECEU

MARIA PAULA TERESA
(Tia Popolo)
Domingos Sunglês (esposo), Osvaldo,
Epifânia, Geleon Sheila Nadia e Jandira
(filhos) cumprem o doloroso dever de
comunuicar que o funeral de sua esposa
e mãe MARIA PAULA TERESA (Tia
Popolo), se realiza hoje, dia 5 de Agosto
de 2019, às 10h00, partindo de sua resi-
dência em Viana, para o cemitério do
Benfica. (10442a)
JOANA FALCÃO MALHEIROS
DOS SANTOS (Janina)
Altina Francisca, Admir Heleno, Marcelino,
Maria Alina, irmã, filhos, genro, noras,
sobrinhos, netos, bisnetos e demais
familiares e amigos comunicam que será
rezada Missa do 30.º Dia, em memória
de JOANA FALCÃO MALHEIROS DOS
SANTOS (Janina), hoje, segunda-feira,
dia 5/8/2019, na Igreja do Carmo, às
18h30. (10454)
JAIME MANUEL PINTO
Querido irmão, hoje distante recordamos
com saudades a visão acolhedora dos
momentos felizes que vivemos; a família
Pinto, Nazaré, Filomena, Ventura, Elias,
Adão, Bob, Jordão; esposa Jerusa,
cunhado Stone, filhos e afilhado comu-
nicam que será rezada Missa em sua
memória pelo 1º aniversário do seu
desaparecimento físico. (10.430)
BERNARDO COMBO
Deodato Combo, Vanilson Combo, Geovânia
Combo, Glória Combo e Edson Combo
(filhos), David Nanikutonda, Pascoal, Sawa,
Filipe e Verónica (irmãos), Paulino Castelo
(sobrinho) comunicam o falecimento do
seu ente querido BERNARDO COMBO,
ocorrido no dia 1/8/2019, por doença. O
funeral realiza-se hoje, 5/8/2019, às 10h00,
n o c e m i t é r i o d o C a m a m a . Te l f :
933576123/946778219. (10.458)
BERNARDO COMBO
Deodato Combo, Vanilson Combo, Geo-
vânia Combo, Glória Combo e Edson
Combo (filhos), Paulino Castelo (sobrinho)
comunicam o falecimento do seu ente
querido BERNARDO COMBO, ocorrido
no dia 1/8/2019, por doença. O funeral
realiza-se hoje, dia 5/8/2019, às 10h00,
n o c e m i t é r i o d o C a m a m a . Te l f :
933576123/946778219.
(10.458a)

FALECEU FALECEU MISSA RECORDAÇÃO FALECEU

DANIEL BRITO ALMEIDA
Miriam Almeida (esposa), Marco Almeida,
Alexandra Almeida (filhos) e demais
familiares têm o doloroso dever de comu-
nicar o falecimento do seu ente querido
DANIEL BRITO ALMEIDA, ocorrido em
Luanda, no dia 1 de Agosto de 2019, por
doença. O funeral realiza-se amanhã,
dia 6 de Agosto de 2019, às 10h00, no
cemitério de Sant'Ana. (10.463)
SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 9H ÀS 18H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 9H ÀS 14H
DANIEL BRITO ALMEIDA
Marco e Alexandre Almeida (Xanda)
(filhos) cumprem o doloroso dever de
comunicar o falecimento do seu pai
DANIEL BRITO ALMEIDA, ocorrido em
Luanda, no dia 1/8/2019, por doença. O
funeral realiza-se amnahã, dia 6/8/ 2019,
partindo o préstito fúnebre do Quartel
dos Bombeiros (junto ao Hospital Militar),
às 10h00, para o cemitério de Sant'Ana.
(10.463a)
MARIA HELENA BARRADAS
FREITAS RESENDE
A família comunica que será rezada Missa
do 30º Dia, em memória de MARIA
HELENA BARRADAS FREITAS RESENDE,
hoje, 5 de Agosto de 2019, na Igreja de
São Joaquim, na Praia do Bispo, pelas
18h30. Desde já, agradecemos a presença
de todos que puderem participar.
(10.457)
JOSÉ JOÃO MANUEL
(Zéqueno)
Pelo segundo aniversário (4/8/2019) do
passamento físico daquele que foi um
dos fundadores e líder incontestável do
agrupamento musical Os Jovens do
Prenda. JOSÉ JOÃO MANUEL (Zéqueno),
a Comissão de reestruturação dos Jovens
do Prenda assim como todos os elementos
da mesma Orquestra, rendem a devida
homenagem ao mago da guitarra angolana.
Paz à sua alma. (10.476)
JEREMIAS MATONDO VOVA
O Pastor Mistério Soares Vova (irmão)
e Maria Eduardo Vova (cunhada) cumprem
o doloroso dever de comunicar que o
funeral do seu querido Pastor JEREMIAS
MATONDO VOVA, se realiza-se hoje,
segunda-feira, dia 5 de Agosto de 2019,
pelas 9h00, no cemitério de Sant'Ana.
(10.439R)
Segunda-feira
5 de Agosto de 2019 19
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(700.052)

REPÚBLICA DE ANGOLA
REPÚBLICA DE ANGOLA TRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA
GOVERNO PROVINCIAL DE LUANDA 2ª SECÇÃO DE FAMÍLIA
Urbanização Nova Vida, Rua nº 54, Edifício João Alves Monteiro, 1º andar, porta nº 23-Distrito
COMISSÃO DE GESTÃO DA ELISAL EP do Kilamba-Kiaxi-Luanda/Angola

ANÚNCIO 2ª Publicação

CONVOCATÓRIA
A comissão de Gestão da ELISAL EP convoca todos os funcioná-
rios públicos e agentes administrativos afectos à empresa ELISAL
EP, no sentido de comparecerem à sede da Instituição, fazendo-
se acompanhar do original do BI e do processo individual, para o
efeito de prova de vida, a ser efectuada no período de 5 a 10 de
O DOUTOR SÍLVIO SILVA, JUIZ DE DIREITO DA SEGUNDA SECÇÃO DA SALA DE FAMÍLIA DO TRIBU-
NAL DE LUANDA.
FAZ SABER QUE, por este Tribunal e nos autos de REGULAÇÃO DO EXERCÍCIO ÚNICO DA AUTORI-
DADE PATERNAL, em que é Requerente O DIGNO CURADOR DE MENORES em representação da menor
ELIANA EDUARDA GONÇALVES GASPAR e ANA PAULA GONÇALVES GASPAR e Requerida ALBER-
TINA MARIA DA CONCEIÇÃO GONÇALVES, residente em parte incerta na República de Portugal, que cor-
rem éditos de TRINTA DIAS, a partir da data da segunda e última publicação, citando a Requerida, para no
prazo de TRINTA DIAS, findo os éditos contestar, querendo o pedido formulado pelo Requerente na referida
acção, conforme a Petição Inicial, cujo duplicado se acha patente no Cartório desta Secção, sita na Urbani-
zação Nova Vida, rua número cinquenta e quatro, edifício João Alves Monteiro, primeiro andar, porta número
vinte e três, em Luanda.

Agosto de 2019. Por ser verdade e para constar passei o presente Edital e outros de igual teor, que serão afixados nos lugares
determinados por Lei.

Luanda, 19 de Julho de 2019.

“JUNTOS É POSSÍVEL”
O JUIZ DE DIREITO,
Dr. SÍLVIO SILVA
Comissão de Gestão da ELISAL EP, em Luanda, a 1 de Agosto de
O ESCRIVÃO DE DIREITO
2019. PAULO MAURÍCIO
(10.405) (10.431)

(700.011)
20 Segunda-feira
5 de Agosto de 2019

PUBLICIDADE

REPÚBLICA DE ANGOLA REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DE RECURSOS MINERAIS E PETRÓLEOS MINISTÉRIO DE RECURSOS MINERAIS E PETRÓLEOS
DIRECÇÃO NACIONAL DE RECURSOS MINERAIS DIRECÇÃO NACIONAL DE RECURSOS MINERAIS

EDITAL N.º 72/DNRM/2019 EDITAL N.º 71/DNRM/2019

1.º AVISO 1.º AVISO

Em conformidade com o estipulado no artigo 104.º do Código Mineiro, e tendo em conta que a Em- Em conformidade com o estipulado no artigo 104.º do Código Mineiro, e tendo em conta que a Em-
presa AFRIEMP, LDA. requereu os direitos mineiros para a prospecção de Mármore, numa superfície presa GUEFACIC, LDA requereu os direitos mineiros para a prospecção de Terras Raras, numa
de 30 ha, situada na Serra da Uimba-APA, Comuna do Kapangombe, Município da Bibala, Província área de 309 km2, situada na localidade do Curoca Norte, Município do Virei, Província do Namibe,
com as coordenadas geográficas a seguir discriminadas; são notificadas todas as pessoas singulares
do Namibe, com as coordenadas geográficas a seguir discriminadas; são notificadas todas as pessoas ou colectivas para junto à Direcção Nacional dos Recursos Minerais fazerem valer os seus direitos,
singulares ou colectivas para junto à Direcção Nacional dos Recursos Minerais fazerem valer os seus sob pena de preclusão do direito à reclamação, no prazo de 15 (Quinze) dias, a contar da data da
direitos, sob pena de preclusão do direito à reclamação, no prazo de 15 (Quinze) dias, a contar da publicação deste Edital.
data da publicação deste Edital.
Vértice Latitude Longitude Vértice Latitude Longitude
A 15º 11´ 22´´S 12º 54´24´´E A 16º 12´ 34´´S 12º 58´01´´E
B 15º 11´ 09´´S 12º 54´44´´E B 16º 12´ 35´´S 13º 07´00´´E
C 15º 11´ 21´´S 12º 54´52´´E C 16º 22´ 32´´S 13º 08´03´´E
D 15º 11´ 33´´S 12º 54´34´´E D 16º 22´ 22´´S 12º 58´10´´E

DIRECÇÃO NACIONAL DE RECURSOS MINERAIS, em Luanda, aos 23 de Julho de 2019. DIRECÇÃO NACIONAL DE RECURSOS MINERAIS, em Luanda, aos 18 de Julho de 2019.

O DIRECTOR NACIONAL O DIRECTOR NACIONAL

(10378) (10355)
André Francisco Buta Neto André Francisco Buta Neto

PRECISA-SE
Perito em Redacção de Artigos, com disponibilidade entre 1/09/19 e 31/01/20 (5 meses), para
REPÚBLICA DE ANGOLA
integrar o Projecto de Intervenção Nutricional. TRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA
1.ª SECÇÃO DA SALA DO CÍVEL E ADMINISTRATIVO
Requisitos:
• Licenciatura na área das Ciências da Saúde ou da Vida (Medicina, Nutrição, Dietética, Ciências
PROC. N.º 0773/2018-B

Biomédicas, Biologia, Bioestatística ou outro relevante na mesma área);

ANÚNCIOS
• Mestrado em áreas da Nutrição, Epidemiologia ou Bioestatística; 1.ª PUBLICAÇÃO
• Preferência para Doutorados na área das Ciências da Saúde ou da Vida; O Excelentíssimo Dr. Juiz de Direito da 1.ª Secção da Sala do Cível e Administrativo do Tribunal Provincial de
• Domínio da Língua Inglesa. Luanda.
FAZ SABER QUE, por esta Secção correm uns autos de ACÇÃO EXECUTIVA PARA O PAGAMENTO DE QUAN-
Responsabilidades gerais pretendidas: TIA CERTA SOB FORMA COMUM ORDINÁRIA, que o EXEQUENTE BANCO MILLENNIUM ATLÂNTICO,S.A.,
• Analisar dados que foram recolhidos no projecto, entre Março de 2015 e Agosto de 2017; com sede em Luanda, na Rua do Centro de Convenções de Talatona, Via S8, GUO5B, Condomínio Cidade Finan-
• Aplicar de forma independente métodos estatísticos de análise temporal e avaliar o impacto de ceira, Edifício Atlântico, Bloco 7/8, move contra o EXECUTADO ANGELINO BEIA PENA, residente em Luanda, na
cada uma das intervenções; Rua B, Casa n.º 20, Bairro Vila Chinesa, Viana, na qualidade de avalista, correm anúncios de 10 (DEZ) dias, com
• Redigir, sob orientação do investigador principal do projecto, bem como de outros investiga- a dilação de 30 (TRINTA) dias, contados a partir da publicação deste anúncio, Citando o EXECUTADO, para no
dores do CISA, pelomenos 2 manuscritos para publicação em revistas internacionais indexadas prazo de 10 (DEZ) dias, pagar a quantia exequenda, nomear bens à penhora ou deduzirem embargos, na acção
da especialidade; acima mencionada, sob cominação legal, conforme o requerimento inicial que se encontra patente no Cartório desta
• Elaborar relatórios mensais das suas actividades. 1.ª Secção do Cível e Administrativo do Tribunal Provincial de Luanda, sito na Rua Amílcar Cabral, n.º 27, 1.º andar.
Para constar, lavrou-se o presente anúncio e dois de igual teor, que serão afixados nos lugares designados por lei.
Enviar a candidatura para inis.minsa@gmail.com – com carta de candidatura, Curriculum Vitae e
Diplomas, até 15 de Agosto de 2019.
LUANDA, 25 DE JUNHO DE 2018
Feito em Luanda, aos 29 de Julho de 2019. - O JUIZ DE DIREITO
OSVALDO MALANGA
O DIRECTOR ADMINISTRATIVO DO INIS A ESCRIVÃ DE DIREITO

(10251) (10306)
DR. ZINGA JOÃO DAVID CLEMENTINA LOURENÇO

RECRUTAMENTO
Cross Media Comunicação & Imagem recruta para
o seu quadro de pessoal:
REPÚBLICA DE ANGOLA
TRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA
SALA DO CÍVEL E ADMINISTRATIVO - 1.ª SECÇÃO

CURSOS DE: - Jornalistas; editores e repórteres PROC. N. º 1315 / 2017 - B

- Secretária de direcção ANÚNCIO
- Coordenadora de distribuição 2.ª Publicação
• MEDIÇÕES E ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL;
A Excelentíssima Dr.ª Juíza de Direito da Primeira Secção da Sala do Cívil
Localização: Avenida Hoji-ya-Henda 67 B e Administrativo do Tribunal Provincial de Luanda.
• FISCALIZAÇÃO DE OBRAS;
FAZ SABER QUE, por esta Secção, correm termos, uns autos de ACÇÃO
Email: info@revistakwanzayetu.ao DECLARATIVA DE CONDENAÇÃO SOB A FORMA ORDINÁRIA, que o
• GESTÃO DE PROJECTOS, PLANEAMENTO DE OBRAS
• DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS (BETÃO E METÁLICAS); autor GASPAR MATIAS SIMÃO, residente em Luanda, Bairro Cazenga,
robconsultor@gmail.com Zona 18, Casa n.º 26, move contra a ré EDNA FERREIRA, solteira, de
(10345)
nacionalidade angolana, residente nesta Cidade de Luanda, na Centrali-
• DIMENSIONAMENTO DE FUNDAÇÕES;
• DIMENSIONAMENTO DE REDES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUAS; dade de Kilamba, Bloco M, n.º 10, R/C. Correm éditos de 20 (vinte) dias,
com dilatação de 60 (sessenta), contados a partir da publicação deste
OBS: Certificado reconhecido pelo INEFOP, Material de apoio e anúncio, citando a Ré acima identificada, para no prazo de 20 (vinte) dias,
instalação dos softwares. contestar a presente acção, por força do disposto nos artigos 233.º, 480.º
e 486.ᴼ, n.º 1, todos do Código de Processo Civil, tudo como melhor
Os cursos de (Medições e Orçamento e Fiscalização de Obras)
consta do duplicado da petição inicial que se encontra à sua disposição
disponíveis em 3 períodos: no Cartório desta Primeira Secção da Sala do Cívil e Administrativo do Tri-
Manhã, Tarde, Noite e aos sábados. bunal Provincial de Luanda, sito na Rua Amílcar Cabral, n.º 27, 3.º Andar.
Para constar, lavrou-se o presente EDITAL e dois de igual teor, que serão
fb.com/portecosconsultores afixados nos lugares determinados por Lei.
Rua Reverendo Pedro Neto, n.º 2, Kinaxixi-Luanda LUANDA, 14 DE JUNHO DE 2019.

www.portecos.com ESTÁ CONFORME

A JUÍZA DE DIREITO

LUANDA, 16 DE JULHO DE 2019

academia@portecos.com /SÍLVIA FRANCISCO/

O ESCRIVÃO DE DIREITO,
(9776) (10362b)
+244 943 245 005 / +244 991 277 050
(10.037)
/ANTÓNIO CABRAL JOÃO VICENTE/
Segunda-feira
5 de Agosto de 2019
Gabinete de Comunicação e Gestão da Marca
Complexo Garden Towers, Torre BAI
Baicomunicacao@bancobai.ao
www.bancobai.ao
NOTA DE ESCLARECIMENTO
O Jornal de Angola publicou, na sua edição de
1 de Agosto de 2019, pág. 15, um anúncio
subscrito pelo Tribunal Provincial de Luanda -
1.ª Secção da Sala do Cível e Administrativo,
no qual é referido que o Banco Angolano de In-
vestimentos S. A. (BAI) é representado pelo Dr.
José de Lima Massano numa Acção movida
por esse banco contra as pessoas designadas.
O BAI vem esclarecer que o Dr. José de Lima
Massano, à data da instauração da referida
Acção, era o presidente da comissão executiva
deste banco, pelo que, de acordo com os es-
tatutos societários, era o seu representante e
responsável em juízo ou fora dele.
Entretanto, a 27 Outubro de 2017, data poste-
rior à da instauração do processo em causa
(Proc. 1318/2017 - C), o Dr. José de Lima Mas-
sano foi nomeado para exercer a função de
Governador do Banco Nacional de Angola,
tendo assim, a partir dessa data, deixado de re-
presentar o BAI, sendo este agora represen-
tado pelo seu actual presidente da comissão
executiva em todos os processos em curso, in-
dependentemente da data da sua instauração.
Gabinete de Comunicação e Gestão da Marca.
(500.994)
21
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TELEVISÃO PÚBLICA DE ANGOLA
Anúncio de Abertura de Procedimento de Concurso Público
a que se refere o n.° 1 do artigo 69.° da presente Lei
Concurso Público n.º 001/TPA/2019
A TELEVISÃO PÚBLICA DE ANGOLA, vem tornar público, nos termos do disposto no
n.º 1 do artigo 69.° e do Anexo VI, da Lei n.° 9/16, de 16 de Junho - Lei dos Contratos Pú-
blicos, que está aberto o Concurso Público para Aquisição de Bens e Serviços que se
destinam a modernização de todos os Estúdios de Informação e da Redacção de Notícias
da TPA – E.P.
1. Dados da Entidade Pública Contratante (EPC)
1.1. Designação (UO / OD): TELEVISÃO PÚBLICA DE ANGOLA – TPA – E.P.
1.2. Endereço: Avenida Ho Chi Min
1.3. Localidade: Maianga 1.4. Província: Luanda
1.5. Telefone / Fax: 929234442 / 993917196
1.6. Correio electrónico / Endereço internet (URL): concurso@tpa.ao / www.tpa.ao
1.7. Tipo de entidade contratante e suas principais actividades:Audiovisual
1.8. A EPC está a contratar por conta de outras entidades? X Sim Não
2. Informações relativas ao contrato
2.1. Designação dada ao contrato pela EPC: Aquisição de Sistemas e Equipamentos de
Automação para a Produção de Conteúdos de Televisão
2.2. Tipo de contrato:
Empreitada de obras públicas
X Aquisição de bens móveis
X Aquisição de serviços
Serviço de consultoria
Locação de bens móveis
Concessão de obras públicas
Concessão de serviços públicos
Outro Qual:______________________________________
2.3. Local da realização das obras, da entrega dos bens ou da prestação dos serviços:
Sede e Centro de Produção de Camama;
2.4. O concurso implica a celebração de um contrato público: X Sim Não
2.5. O concurso está aberto à participação de entidades estrangeiras: X Sim
2.6. Breve descrição das prestações objecto do contrato: Vide Caderno de Encargos
Não
2.7. Valor estimado do contrato (se aplicável): AOA 1.869.589.161,00 (Mil Milhões, Oito-
centos e Sessenta e Nove milhões, Quinhentos e Oitenta e Nove Mil, Cento e Sessenta
e Um Kwanzas)
2.8. Prazo de execução do contrato: 6 (Seis) meses
3. Informações relativas aos concorrentes e às propostas
3.1. Documentos de habilitação: Habilitação para o exercício da actividade profissional;
Lista de fornecimentos de bens e serviços prestados, que inclua referências relevantes;
Descrição do equipamento técnico dos candidatos; Relação dos técnicos ao serviço
das empresas candidatas, com as respectivas habilitações literárias e profissionais;
Descrição dos processos e dos métodos adoptados pelos candidatos para garantia de
qualidade quanto à execução do contrato; e, Certificados emitidos por entidades oficiais
ou independentes.
3.2. Admissão de propostas variantes:
Sim
Não
3.3. Exigência de caução provisória:
X Sim Valor: 5% do Valor da proposta
Não
4. Critério de adjudicação
Preço mais baixo
X Proposta economicamente mais vantajosa, tendo em conta os factores enunciados nas
peças do procedimento.
5. Processo
5.1. Condições para obtenção das peças do procedimento:
5.1.1. Prazo para recepção de pedidos das peças do procedimento ou para aceder aos
documentos:
Data: 05/8/2019 Hora: 09h00
5.1.2. Preço e condições de obtenção das peças do procedimento (se aplicável):
Preço: AOA 250.000 Condições: As peças do procedimento podem ser obtidas até
ao dia 9/8/2019, entre as 08h00 e 15h00, no endereço indicado no ponto 6.1
5.2. Prazo para apresentação das propostas:
Data: 18/9/2019 Hora: 15h00
5.3. Valor da caução definitiva: 10 % do preço global da proposta
6. Informações Complementares
6.1. Endereço e ponto de contacto onde podem ser obtidas as informações adicionais,
as peças do procedimento e enviadas as propostas:
6.1.1. Designação oficial: Televisão Pública de Angola, TPA-E.P
6.1.2. Endereço: Edifício sito na Avenida Ho Chi Min
6.1.3. Localidade: Maianga 6.1.4. Província: Luanda – Angola
6.1.5. Telefone / Fax: 929234442 / 993917196
6.1.6. Correio electrónico / Endereço internet (URL): concurso@tpa.ao / www.tpa.ao
Televisão Pública de Angola, em Luanda, aos 2 de Agosto de 2019.
TELEVISÃO PÚBLICA DE ANGOLA,
Francisco José Mendes
(10.408)
22 Segunda-feira
5 de Agosto de 2019

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RELATÓRIO E CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 - ENP

BALANÇO PATRIMONIAL
EMPRESA: EMPRESA NACIONAL DE PONTES - EP
Exercício em 31 de Dezembro de 2018
Valores expressos em Kwanzas

RELATÓRIO E CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 - ENP

RELATÓRIO E CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 - ENP
EMPRESA: EMPRESA NACIONAL DE PONTES - EP
Demonstração de Fluxo de caixa
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZA (Método Directo) em 31 de Dezembro de 2018 Valores expressos em Kwanzas

EMPRESA: EMPRESA NACIONAL DE PONTES - EP

Exercício em 31 de Dezembro de 2018

Valores expressos em Kwanzas

(10388)
REGIÕES
5 de Agosto de 2019
NOVO GOVERNADOR DO CUANDO CUBANGO
Várias entidades do Governo e da sociedade civil participaram na cerimónia de recepção do novo governador provincial
Júlio Bessa informado sobre
as dificuldades da província
Antigo vice-governador de Luanda tem o desafio de imprimir mais dinâmica
na reabilitação e construção de estradas que interligam os municípios da província
Lourenço Bule | Cuando Cubango
A reabilitação e construção
das vias que ligam a cidade
de Menongue às restantes
localidades da província foi
o tema que dominou o
encontro de auscultação que
o novo governador provin-
cial, Júlio Bessa, manteve
com as autoridades tradi-
cionais, eclesiásticas, antigos
combatentes e técnicos do
Ministério das Finanças.
Durante a sessão, que teve
lugar na sala de reuniões do
Governo Provincial, os par-
ticipantes defenderam a
asfaltagem urgente do troço
Caiundo-Catuitui, por ser
uma via internacional que
pode contribuir para o cres-
cimento do Cuando Cubango.
Entre as preocupações apre-
CRIMINALIDADE
Bié regista oito homicídios em uma semana
Mário de Carvalho | Cuito
Um total de oito homicí-
dios foi cometido em sete
dias na província do Bié,
refere a nota do balanço
semanal da Polícia local.
Os homicídios, praticados
por autores desconhe-
cidos, foram por acusação
de feitiçaria, divergências,
questões passionais e por
desobediência.
Destes crimes, cinco
foram por espancamento,
dois por acidente de via-
ção e um com objecto
Segunda-feira
sentadas a Júlio Bessa, des-
tacam-se a melhoria dos
sectores da Saúde, Educação,
Energia e Águas.
O governador foi ainda
informado sobre a falta de
pagamento de subsídios às
autoridades tradicionais,
antigos combatentes e vete-
ranos da pátria, bem como
a falta de apoio aos peque-
nos agricultores.
As entidades que reu-
niram com o governador
apresentaram preocupa-
ções relativas à falta de
infra-estruturas desportivas
e de lazer, as dificuldades
que os antigos combatentes
encontram para adquirirem
residências em projectos
habitacionais e a paralisa-
ção das obras do pólo uni-
versitário de Menongue,
afecto à Universidade do
contundente. A faixa etária
das vítimas vai dos 20 aos
58 anos de idade e tiveram
como locais de ocorrência
os municípios do Cuito,
Andulo e Nharêa.
No período em análise,
o Comando Provincial da
Polícia registou 72 crimes
de natureza diversa, que
resultaram na detenção
de 48 pessoas indiciadas
c o m o s u p o s ta s au to ra s
dos delitos.
Dentre os detidos, 37 são
do sexo masculino e 11 do
feminino, na ordem de, um
funcionário público, um
Cuito Cuanavale. Os parti-
cipantes no encontro pedi-
ram rigor na fiscalização das
obras, transparência na ges-
tão do erário, solução para
as ravinas, transparência nos
concursos públicos para
admissão de quadros nos
sectores da Educação e da
Saúde e maior investimento
na agricultura.
Resposta do governador
Em resposta, o governador
Júlio Bessa prometeu resolver
“a breve trecho” algumas
inquietações apresentadas
na reunião.
Quanto aos concursos
públicos nos sectores da
Saúde e Educação, Júlio
Bessa assegurou que vai tra-
balhar para garantir trans-
parência e justiça, “para
que os candidatos sejam
comerciante, sete estudantes,
nove camponeses e vinte e
seis desocupados.
No âmbito do processo
de desarmamento da popu-
lação, a Polícia recolheu um
p ro j é c t i l d e R P G - 7 e m
estado obsoleto. A nota
salienta que os 72 crimes
cometidos mereceram pro-
cedimento judicial, com o
esclarecimento na ordem
dos 79 por cento.
Sinistralidade rodoviária
Uma pessoa morreu e 11
outras ficaram feridas na
sequência de 14 acidentes
JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO
admitidos por mérito e não
por compadrio”.
Sobre as ravinas e a asfal-
tagem do troço Caiundo-
C a t u i t u i , o g ove r n a n t e
prometeu envidar esforços
para a solução destas ques-
tões. “O posto fronteiriço de
Catuitui, que liga a região
do Cuando Cubango e a
Namíbia, pode ser uma mais
valia para o crescimento da
província e da região cen-
tro-sul do país.”
Em relação ao s e ctor
agrícola, Júlio Bessa disse
que a província do Cuando
Cubango deve atrair empre-
sários nacionais e estran-
geiros para investirem na
região, “uma vez que dispõe
de recursos hídricos e solos
férteis para a prática da agri-
cultura em grande escala,
que gera sustentabilidade.
de viação ocorridos na
província durante os últi-
mos sete dias.
Os acidentes consistiram
em atropelamentos, cho-
ques entre veículos auto-
móveis, colisões entre
automóveis e velocípedes
e embate entre motociclos.
Excesso de velocidade,
mau estado de algumas
estradas, imprudência,
desrespeito aos sinais
luminosos, mudança de
direcção irregular, entre
outras irregularidades,
foram as principais causas
dos sinistros.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Incumprimento da mesada
lidera a lista dos conflitos
Kayila Silvina | Mbanza Kongo
A falta de assistência aos
filhos em caso de separação
dos pais e a fuga à paterni-
dade continuam a liderar os
conflitos familiares registados
pelo Gabinete Provincial da
Acção Social, Família e Igual-
dade de Género no Zaire.
Dados da instituição indi-
cam o registo, de Janeiro a
Junho do ano em curso, de
77 casos de conflitos fami-
liares, com destaque para
abandono de lar, incum-
primentos de mesada,
agressão física, violência
sexual e psicológica.
Dos casos registados, 67
tiveram solução por via de
aconselhamento e dez
f o ra m t ra n s f e r i d o s a o s
órgãos de Justiça, por trans-
cenderem as competências
da instituição.
Isabel Salvador, do Gabi-
nete Provincial da Acção
Social, Família e Igualdade
d e G é n e ro , d i s s e q u e o
excesso de responsabilidade
familiar, decorrente da cul-
tura da poligamia, tem estado
na base dos conflitos, por
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Cunene com mais
mestres de ofícios
Elautério Silipuleni | Ondjiva
Um grupo de 165 jovens
concluiu, no Cunene, a pri-
meira fase do curso de for-
mação profissional nas áreas
de Informática, Contabili-
dade, Gestão de Empresas,
Pastelaria e Produção de
Sabão, nos centros de for-
mação do Instituto Nacional
de Emprego e Formação Pro-
fissional (INEFOP).
De acordo com a chefe dos
s e r v i ç o s d o I N E F OP n o
Cunene, Maria Baltazar, a
acção formativa começou em
Março nos centros e pavilhões
de artes e ofícios dos muni-
cípios do Cuanhama, Nama-
cunde, Ombadja e Cuvelai.
“Esta formação não ter-
mina aqui. É o início de um
longo ciclo de aprendiza-
gem. Os cursos profissionais
pretendem ajudar as pes-
soas, principalmente os
jovens, a abrir o seu próprio
negócio, através das incu-
b a d o ra s d e e m p re sa s ” .
Maria Baltazar apelou aos
recém-formados no sen-
Número de quadros aumentou na província nos últimos dias
23
incumprimento de mesada
registado pela instituição.
Fez saber que o Gabinete
Provincial da Acção Social,
Família e Igualdade de Género
tem realizado palestras sobre
a Lei contra a Violência Domés-
tica e campanhas de sensibi-
lização sobre os perigos da
gravidez precoce.
O Gabinete Provincial da
Acção Social, Família e Igual-
dade de Género apela às
famílias a pautarem pelo
diálogo na resolução dos
problemas que concorrem
para a destruição de um
agregado familiar, pedindo
a colaboração da população
na denúncia de actos que
prejudiquem a convivência
das famílias.
Isabel Salvador aconselha
os pais e encarregados de edu-
cação no sentido de manterem
o diálogo permanente com
os filhos adolescentes e
denunciar todos os actos cri-
minosos e os prevaricadores.
Enalteceu o papel desempe-
nhado pela mulher rural no
desenvolvimento agrícola, na
segurança alimentar e garante
do sustento das famílias.
tido de aplicarem na prática
o que aprenderam, para
contribuírem na redução
do desemprego.
Na província do Cunene,
acrescentou, existem vários
centros de formação téc-
nico-profissional, onde são
ministrados cursos de Car-
pintaria, Electricidade, Mecâ-
nica, Serralharia, Construção
Civil, entre outros.
Explicou que após a for-
mação, em conexão com o
Centro de Emprego, os for-
mandos são encaminhados
para as empresas, mediante
um plano de necessidades
dos empregadores.
Ma r i a B a l ta za r d e u a
conhecer que 500 jovens
continuam em formação,
nas especialidades de Agri-
cultura, Mecânica de Auto-
móveis, Canalização,
Carpintaria, Pintura e Estu-
que, Alvenaria, Serralharia
e Electricidade.
O INEFOP na província
do Cunene funciona desde
2001 e já formou oito mil e
305 jovens.
EDIÇÕES NOVEMBRO
24
(800.0007)
REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DO ORDENAMENTO DO TERITÓRIO E HABITAÇÃO
INSTITUTO GEOGRÁFICO E CADASTRAL DE ANGOLA
GABINETE DO DIRECTOR GERAL
EDITAL N.º 006/19
PROCESSO DE CONCESSÃO N.º 1217-LA/17
Tendo, o senhor Óscar Rabeiro Bonome, requerido o direito de superfície de uma parcela de terreno urbano com
uma área de 51.379,79 m2 (cinquenta e um mil trezentos e setenta e nove vírgula setenta e nove metros quadrados),
para Construção de um Centro de Formação Tecnologica de Produção e Introdução de Sistema de Purificação de
Àgua, bem como a primeira escola de pilotagem de Drones, localizado no distrito urbano de Cabolombo, municipio
de Belas, Província de Luanda, feita a demarcação provisória a mesma ficou com as seguintes confrontações: a
Norte com uma rua projectada e terrenos de terceiros não cadastrados, a Sul com terrenos de terceiros não ca-
dastrados, a Este e Oeste com a rua projectada e terrenos de terceiros não cadastrados.
São, por este meio, convocadas todas as pessoas que se julgarem com direitos sobre o mesmo terreno, a virem
comprová-lo neste Instituto Geográfico e Cadastral de Angola, no prazo de 30 dias a contar da data da publicação
deste Edital.
GABINETE DO DIRECTOR GERAL DO INSTITUTO GEOGRÁFICO E CADASTRAL DE ANGOLA, EM LUANDA,
AOS ______ DE ___________ DE 2019.
O DIRECTOR GERAL
DOMINGOS ARMANDO
= Eng.º Geógrafo =
(10.432)
ABANDONO DE TRABALHO
A Direcção da Three Bones Catering, Lda. vem, por meio desta, comunicar
que o trabalhador abaixo mencionado encontra-se em situação de abandono de
trabalho, Edson Vladimiro Marques, conforme alínea C) do n.º 2 do artigo
229.º da Lei Geral de trabalho, se nos próximos (5) cinco dias úteis subsequen-
tes a está comunicação não apresentar provas das razões da ausência e da
impossibilidade de cumprimento e obrigação de informar e justificar à entidade
empregadora, de acordo ao artigo 144.º da LGT,caso contrário, considerare-
mos sua atitude como acto de renúncia do cargo, ficando V.Sª demitido por
abandono do emprego, na forma do dispositivo citado na consolidação da Lei
Geral de Trabalho.
Luanda, aos 2 de Agosto de 2019.
Luísa Joysse Fortunato da Silva
(10.429)
Segunda-feira
5 de Agosto de 2019
PUBLICIDADE
(800.007)
ABANDONO DE TRABALHO
A Direcção de Recursos Humanos da ARTIEL CONSTRUÇÕES ( SU), com sede
na Rua da Sonef, km 26, Bairro e Município de Viana, Província de Luanda, vem,
por meio desta, comunicar que a trabalhadora abaixo mencionada encontra-se em
situação de abandono de trabalho, de acordo ao artigo 229.º da Lei Geral de Tra-
balho por estar ausente há mais de 15 dias sem justificar o motivo ao empregador.
Desde já, solicitamos que no prazo de 5 dias úteis a contar com a data da publica-
ção do presente artigo, apresente-se para justificar a sua ausência.
Clemilde de Álvaro Quiteque
Luanda, aos 2 de Agosto de 2019.
Departamento de Recursos Humanos
(10.427)
ABANDONO DE TRABALHO
A Direcção da Three Bones Catering, Lda. vem, por meio desta, comunicar que
a trabalhadora abaixo mencionada encontra-se em situação de abandono de tra-
balho, Elisa Freitas Leopoldina Londa, conforme alínea C) do n.º 2 do artigo
229.º da Lei Geral de Trabalho, se nos próximos (5) cinco dias úteis subse-
quentes à esta comunicação não apresentar provas das razões da ausência e
da impossibilidade de cumprimento e obrigação de informar e justificar à enti-
dade empregadora, de acordo ao artigo 144.º da LGT, caso contrário, consi-
deraremos sua atitude como acto de renúncia do cargo, ficando V.Sª demitida
por abandono do emprego, na forma do dispositivo citado na consolidação da
Lei Geral de Trabalho.
Luanda, aos 2 de Agosto de 2019.
Luísa Joysse Fortunato da Silva.
(10.429a)
Segunda-feira
5 de Agosto de 2019 25
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(500.810)

(500.916)
26 SOCIEDADE
PARA MELHOR SERVIR A POPULAÇÃO
Os distribuidores vão poder receber a energia em alta ou média tensão e obter lucro na ordem dos 18 e 25 por cento
Privados podem comercializar
água potável e energia eléctrica
O IRSEA quer que o distribuidor cobre apenas os dias que forneceu energia
eléctrica e água ao cliente, uma forma de obrigar a instalação de contadores
Rodrigues Cambala
As entidades privadas podem
entrar, actualmente, na acti-
vidade de produção, distri-
buição e comercialização de
energia e água, com a alte-
ração da Lei Geral de Elec-
tricidade, em 2015, e o
recente corte da subvenção
por parte do Estado.
O anúncio foi feito, ontem,
pelo presidente do Conselho
de Administração do IRSEA
(Instituto Regulador dos Ser-
viços de Electricidade e
Água), Luís Mourão, em
e n t rev i s ta a o J o r n a l d e
Angola, que referiu que a Lei
Geral de Electricidade 14/96
foi alterada com este objec-
tivo e adicionado o segmento
comercializador.
As entidades interessadas
devem remeter os pedidos
ao Ministério da Energia e
Águas, definir o preço e ava-
liar as condições técnicas
com o regulador.
Nesta alteração, explica
Luís Mourão, introduziu-se,
igualmente, a possibilidade
de os distribuidores obterem
concessão para uma provín-
cia e ou licenças para os sis-
temas isolados.
Luís Mourão esclareceu
que a tarifa, fixada pelo
Estado, além de baixa, inibia
as entidades de entrarem no
ramo como distribuidores,
porque teriam que receber
subsídio do Estado.
“As pessoas não queriam
entrar com esta modalidade”,
admitiu, para indicar que, hoje,
o tarifário permite a presença
de distribuidores privados.
O presidente do IRSEA
sustentou que os distribui-
dores vão poder receber a
energia em alta ou média
tensão e, dependendo do
volume de venda em baixa
tensão, obter um lucro na
ordem dos 18 e 25 por cento.
O objectivo, assegurou, é
fazer com que a população
seja melhor atendida e a
ENDE seja desafogada, uma
vez que atende hoje um
milhão e meio de clientes.
Preço da água
Ao informar que alguns
investidores já mostraram
interesse em entrar no mer-
cado, Luís Mourão disse que
o sector das Águas está, igual-
mente, preparado para ter
distribuidores e agentes que
vão fazer o tratamento e dis-
tribuição do precioso líquido.
A ideia é fazer
com que a
população seja
melhor atendida
e a ENDE seja
desafogada,
uma vez que
atende hoje um
milhão e meio
de clientes
O presidente do IRSEA
avançou que a tarifa da água
é diferente a nível das pro-
víncias, em razão de, neste
sector, o sistema não ser inter-
ligado como na electricidade.
“O sistema tecnológico e
os custos são diferentes para
cada localidade”, acentuou.
Em função disso, acres-
centou, as tarifas são aplicadas
em conformidade com os cus-
tos para que as empresas de
água tenham alguma renta-
bilidade e sejam sustentáveis.
“Quanto maior for o volume
de água, melhor. E se a venda
for melhor, a tarifa é mais
baixa”, frisou, esclarecendo
que se fosse estabelecida
uma tarifa uniforme, “alguns
teriam excedentes e outros
mais problemas”.
Resolução de Conflitos
O presidente do IRSEA disse
que o instituto tem estado a
ajudar a população e enti-
dades privadas a porem
termo a desacertos com os
distribuidores. “Somos, no
entanto, a estrutura em
s egunda in stância para
mediar estes pequenos pro-
blemas”, informou.
Questionado sobre o sec-
tor com mais mediações,
lembrou que, há uns anos,
o das Águas teve muitos pro-
blemas, porque os sistemas
provinciais não estavam bem
estruturados e dependiam
das direcções provinciais de
Energia e Águas.
“Com a constituição das
empresas e a aprovação do
tarifário, que ocorreu em
Junho do ano passado, a acti-
vidade melhorou substan-
cialmente. Hoje, não temos
muitos problemas”, assegu-
rou Luís Mourão, sustentando
que está em curso uma ava-
liação do impacto das tarifas
aprovadas na água, no sentido
de apurar a possibilidade de
subir ou baixar.
A re dução , explicou ,
depende da oferta, ou seja “
se a oferta subir demais e
verificar-se que os custos
não subiram tanto, faz-se um
reajuste até para compensar
o cliente, pagando menos”.
Actualmente, em parceria
com o Banco Mundial, o
IRSEA está a elaborar novos
regulamentos para o sector
das Águas, designadamente
o regulamento tarifário, da
qualidade de serviço e das
ANTÓNIO SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO
relações comerciais. O ins-
tituto prevê, até ao final do
ano, submeter estes regu-
lamentos à aprovação.
Pagar apenas o consumo
Sobre as estimativas na tarifa
da água, realçou estar melhor
estruturada, por ser fixada
dentro dos limites máximos,
sobretudo para os clientes
desprovidos de contadores.
“ Quem e stiver numa
categoria limitada, de zero
a cinco metros cúbicos, sem
contador, não pode pagar
mais de cinco metros cúbi-
cos. Quem estiver na cate-
goria de cinco a 10 metros
cúbicos não pode pagar mais
d e 1 0 m e t ro s c ú b i c o s ” ,
exemplificou, admitindo
que é feita desta forma para
obrigar as empresas de água
a instalarem contadores.
Adiantou que só se pode
cobrar acima dos limites se
a empresa tiver um histórico
deste cliente, que prove que
este consome acima das
quantidades ou já teve antes
um contador.
Para o caso de electrici-
dade, Luís Mourão argumen-
tou ser uma questão que tem
de ser resolvida, uma vez que
todos os clientes estão enqua-
drados numa categoria tari-
fária e potência contratada.
O IRSEA quer que o dis-
tribuidor cobre apenas os dias
que forneceu a energia eléc-
trica ao cliente, o que não tem
acontecido com os clientes
que pagam por estimativa.
“ Q u a n d o s e fi c a s e m
energia durante uns dias, o
cliente paga o mesmo valor
do mês anterior. Queremos
alterar este quadro, para que
o cliente pague em função
dos dias que teve energia no
mês”, disse.
CONSTRUÇÃO DO HOSPITAL DO BIÉ
Ministra rejeita má
qualidade de material
A ministra da Saúde, Sílvia
Lutucuta, refutou, na cidade
do Cuito, província do Bié,
informações postas a circular
nas redes sociais segundo
as quais o material usado
na construção do novo Hos-
pital Geral do Bié é de “pés-
sima qualidade”.
A governante, que fez
uma visita de trabalho de 24
horas ao Cuito, onde presidiu
ao acto nacional da “Cam-
panha de Bloqueio da Polio-
mielite”, discorda com tais
informações, justificando
que o material que está a ser
usado na obra é “totalmente
moderno”, garantindo que
a unidade hospitalar terá
equipamentos de ponta.
Sílvia Lutucuta desafiou
os “críticos”, sobretudo os
jovens da província, a visi-
tarem primeiro o empre-
endimento e, caso constatem
eventuais falhas, sugiram às
autoridades os melhoramen-
tos, ao invés de “crucificarem
as entidades, sem dados”.
A ministra da Saúde infor-
mou, por outro lado, que o
novo Hospital do Bié, em
construção cinco quilóme-
tros a sul da cidade do Cuito,
pela empresa espanhola de
construção civil “Makiber
Lda”, terá capacidade para
300 camas.
Além disso, continuou,
o hospital deve dispor de
todos os serviços de uma
unidade de referência, pelo
que os utentes locais dei-
xarão de percorrer longas
distâncias na busca de cui-
dados de saúde.
O responsável-adjunto
da empresa construtora,
Jesus José Rocha, informou
que a obra, na qual 150 jovens
ganharam o primeiro
emprego, está a 75 por cento
de execução física, assegu-
rando o cumprimento dos
JORNALISMO ONLINE
Profissionais estão melhor
esclarecidos sobre a matéria
Vinte e cinco profissionais de
vários órgãos de comunica-
ção social estatais e privados,
frequentam, na cidade de
Benguela, um curso sobre
jornalismo online e novas
tecnologias de informação,
numa promoção da Embai-
xada americana.
A acção formativa, com
duração de dois dias, que ter-
minou ontem, contou com
a parceria da Voz da América
e visa ajudar a fortalecer a
democracia no país, capaci-
tando os jornalistas, enquanto
partícipes desse processo.
Temas como “As eleições
e a democracia”, “Eleições
locais angolanas e seu con-
texto”, “Ambiente digital em
Angola”, “Recursos digitais
para cobertura de notícias”,
“Impacto mundial da cober-
tura eleitoral”, “Identificação
de páginas falsas”, dentre
Segunda-feira
5 de Agosto de 2019
prazos contratuais de dois
anos, com termo previsto
para Março de 2020.
Iniciados em Fevereiro
de 2018, numa área de 50
mil metros quadrados, os
trabalhos contam já com o
muro de vedação, constru-
ção de cinco casas para
médicos, um jango para aco-
modação de familiares e um
parque de estacionamento
para cem viaturas.
O actual Hospital Geral
do Bié, erguido na década
de 1940 e com capacidade
para 400 camas, tem 620
funcionários, dos quais 20
médicos, entre nacionais
e estrangeiros. Para o pre-
enchimento dos recursos
humanos, necessita de,
pelo menos, mais 40 novos
q uadro s de diferente s
especialidades.
A unidade sanitária apre-
senta fissuras em quase todas
as enfermarias. Devido à
degradação, os serviços de
maternidade, com 75 camas,
foram transferidos, em 2017,
para as instalações onde
funciona o Centro Materno
Infantil do Cuito.
O sector da Saúde na pro-
víncia dispõe de 3.570 fun-
cionários, sendo 84 médicos
(13 nacionais), enfermeiros
e pessoal de apoio hospitalar,
que trabalham em 175 uni-
dades sanitárias.
PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO
Ministra Sílvia Lutucuta
outros, foram abordados
pelos participantes.
Os prelectores foram os
jornalistas Mayra Fernandes,
editora de multimédia da
VOA, e Teixeira Cândido,
secretário-geral do Sindicato
dos Jornalistas Angolanos.
Em declarações à Angop,
o assessor de Imprensa e Pro-
gramas da Embaixada ame-
ricana em Angola, Phil Nelo,
disse que acção formativa
visa dotar os profissionais
de ferramentas que lhes per-
mitam dominar melhor o
jornalismo online, visando
o aumento da audiência.
Lembrou que o jornalista
deve estar bem preparado
para ultrapassar o “cidadão
repórter”, que posta infor-
mações nas redes sociais.
“O texto do jornalista deve
ser o mais completo possí-
vel”, enfatizou.
SOCIEDADE
5 de Agosto de 2019
NAMIBE
Bispo apela
à preservação
de bens públicos
O bispo da D i o c e s e d o
Namibe, D.Dionísio Hisi-
lenapo, apelou, no sábado,
em Moçâmedes, aos muní-
cipes a colaborarem na
preservação e conservação
dos bens públicos postos
à sua disposição.
Ao falar na missa de acção
de graças que antecede os
170 anos da fundação da
cidade de Moçâmedes, assi-
nalado ontem, 4 de Agosto,
o prelado católico apelou à
mudança de consciência dos
munícipes, sobretudo dos
adolescentes e jovens.
Ne sta conformidade ,
exortou - o s a terem um
comportamento digno
perante a sociedade, pau-
tando por condutas que
dignifiquem o bom nome
da província.
D.Dionísio Hisilenapo,
que considerou a cidade de
Moçâmedes como uma das
mais antigas de Angola,
exortou a sociedade nami-
bense a cuidar e preservar
o seu património histórico,
com vista a atrair turistas
à região.
“ A nossa cidade não deve
apresentar-se como uma
cidade -fantasma, mas sim
onde existem regras e ordem
que são cumpridas pelos
seus munícipes, onde a soli-
dariedade, irmandade e uni-
dade nacional devem estar
sempre presentes no seio
dos seus habitantes” , disse.
D.Dionísio Hisilenapo
salientou a necessidade dos
cidadãos criarem programas
em conjunto com a admi-
nistração municipal, como
a limpeza e manutenção
dos jardins, ruas, esgotos,
plantação de árvore s ,
dando , a ssim , uma b oa
imagem à cidade e um bom
ambiente para aqueles que
nela habitam.
O prelado considerou as
cidades de Moçâmedes,
Lubango, Ondjiva, Menon-
gue e Saurimo as que ainda
conservam a cultura dos
seus povos, daí ter aconse-
lhado os estudantes univer-
sitários a apostarem em
trabalhos de investigação
com o objectivo de saberem
mais sobre os hábitos e cos-
tumes destes povos.
O bispo católico mostrou-
se preocupado com o com-
portamento de alguns
munícipes, sobretudo dos
que vivem em alguns bairros
periféricos da cidade, que
persistem em deitar o lixo
ao chão, mesmo com con-
tentores à disposição, além
d e d e s t r u í re m e s c o l a s ,
bibliotecas, cemitérios, igre-
jas e outros serviços.
Com vista a saudar os
170 anos da fundação da
cidade de Moçâmedes, a
administração municipal
agendou um vasto pro-
grama de actividades cul-
turais e recreativas.
Ontem, o dia esteve reser-
vado à realização do Caldo
Poeira no Quintal, que contou
com a animação dos Kiezos,
no parque do campismo, na
Praia das Miragens.
Segunda-feira
27
EM TODO PAÍS MEDIDAS PREVENTIVAS ESTÃO TRAÇADAS
LARDEF apoia filiados
nas políticas de inclusão
“Virus ébola é uma
César André
A Liga de Apoio à Integração dos Deficientes (LARDEF)
tem, nos últimos anos, apoiado os associados, facilitando-
ameaça para Angola”
lhes o acesso à formação profissional, visando a sua inserção OMS pretende enviar uma equipa ao país para avaliar
no mercado de trabalho, anunciou, ontem, em Luanda, o a implementação do Plano Nacional de Contingência
coordenador nacional de programas para Mobilização e M. MACHANGONGO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Advocacia da associação.
Em declarações ao Jornal de Angola, António Afonso
disse que a LARDEF tem apoiado os associados, dando-
lhes oportunidade de formação e, posteriormente, enqua-
drá-los no mercado do emprego. Lembrou que é importante
que as pessoas com deficiência estejam bem preparadas
tecnicamente, tendo em conta que ainda se assiste a actos
de discriminação em algumas instituições.
Para os casos de discriminação, António Afonso disse
que a associação tem trabalhado junto das instituições,
passando mensagens no sentido das empresas adap-
tarem-se à realidade das pessoas com deficiências,
visando criar um ambiente acessível, de acordo com
as suas capacidades.
António Afonso solicitou apoio para as pessoas deficientes
e repudiou os actos de discriminação por parte do empre-
gador, colocando em causa a competência profissional
dos deficientes.
António Afonso disse que no âmbito das políticas de
fomento do auto emprego, a LARDEF, em parceria com o
Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional
(INAFOP), têm ministrado cursos básicos de pequenos
negócios, que visa capacitar os associados para as formas
como iniciar um negócio e os métodos de gestão para
evitarem falência. Hernando Agudelo diz ser importante criar mecanismos de resposta aos casos suspeitos
A LARDEF tem realizado acções de sensibilização junto
de pessoas com deficiência, contribuindo assim para
melhorar a sua auto estima, mostrando-lhes que estão Rodrigues Cambala ser maior. O representante lizarem caminhos fora de
num mundo competitivo. Antes de serem deficientes são, da OMS lembrou que, controlo das autoridades,
acima de tudo, cidadãos, que devem conhecer as suas O representante das OMS aquando dos anteriores sur- facilitando a entrada e o alas-
capacidades e os seus direitos e dar o seu contributo em (Organização Mundial da tos, Angola já tinha um Plano tramento de doenças.
prol do desenvolvimento do país. Saúde) em Angola considerou Nacional de Contingência, Hernando Agudelo calcula
António Afonso disse ainda que, nos últimos anos, a que o ébola é uma ameaça que obedeceu agora a uma que o controlo de passageiros
associação tem desenvolvido actividades de advocacia, para o país, embora esteja revisão, com o ressurgi- nos pontos fronteiriços ter-
sensibilização e “lobyng”, assim como a implementação no nível dois em termos de mento da doença no Congo. restres, portos e aeroportos
de microprojectos geradores de rendimento a favor das territórios em risco que par- Ao conceder uma lista facilitam a identificação de
pessoas com deficiência e suas famílias. tilham fronteira com a Repú- com itens padronizados que casos suspeitos e aplicar
DOMBELE BRERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO blica Democrática do Congo. os países devem seguir para as medidas de prevenção
Hernando Agudelo reco- evitar o contágio, a OMS e controlo.
nheceu que a doença é alta- exorta os países a activarem Questionado se existem
m e n t e t ra n s m i s s ív e l e medidas de prevenção e pre- unidades de saúde instaladas
complicada de ser gerida, parar equipas capazes de dar nas fronteiras, Hernando
daí que a OMS recomenda respostas a um eventual caso. Agudelo afirmou: “Há gente
um plano de preparação e Em Angola, o treino das treinada e o Plano Nacional
prontidão com procedi- equipas decorre, principal- de Contingência tem vários
mentos que visam diminuir mente, a nível das províncias itens e períodos para serem
o risco de introdução do que fazem fronteira com a implementados. Com as
vírus ébola. RD Congo, designadamente condições criadas, as pes-
O Plano Nacional de Con- Zaire, Uíge, Lundas Norte e soas suspeitas vão ser colo-
tingência (PNC) dispõe de Sul e Moxico. Com o apoio cadas em quarentena até
mecanismos de resposta para da OMS, efectivos das Forças realizar exames de diag-
garantir uma acção imediata Armadas e da Polícia fron- nóstico sobre a febre.”
Pessoas com deficiências sentem-se discriminadas face à presença de um caso teiriça foram treinados pelo “Angola tem uma fronteira
suspeito, identificar preco- Ministério da Saúde a lidarem de dois mil quilómetros com
cemente e interromper a cir- com o surto. a RD Congo e é impossível
culação do vírus. “Está a ser criada uma controlar, mas a maior parte
PERISCÓPIO Os nove países que fazem
fronteira com a RD Congo
consciência preventiva no
seio da população, de modo
das pessoas passa pelos pos-
tos oficiais de emigração”,
Remendos de cimento elaboraram uma lista de
medidas, missões de ava-
liação de nível regional e
a estar em alerta”, atestou
Hernando Agudelo.
O funcionário das Nações
avançou Hernando Agudelo,
acrescentando que o país tra-
çou o plano em Janeiro, mas
Luciano Rocha está-se mesmo a ver, o material global, grau de implemen- Unidas defendeu ser funda- o surto ainda não terminou,
mais indicado. Além, claro, da tação do PNC, exercícios mental, em caso de diag- daí que tem de implementar
Luanda é , desde há uns anos, questão estética. simulados dirigidos, moni- nóstico, a população saber actividades programadas,
a cidade do cimento, assim em D e p o i s , co m o u m m a l torização e avaliação. as formas de manuseamento, para que se continue em
jeito de moda que, infelizmente, nunca vem só, as “obras” Hernando Agudelo disse desde o ponto de vista clínico, alerta permanente.
ao contrário de outras, não é demoram uma imensidão de que Angola deve ter capa- de contacto com doentes e O escritório regional da
passageira e sequer nos refe- tempo, quando recomeçam - cidade de reacção rápida cadáveres, porque “a doença OMS pretende enviar, em
rimos à construção de prédios, nem sempre tal sucede -, está diante de um caso suspeito é altamente transmissível” breve, uma equipa ao país
mas a remendos de passeios. tudo como no início ou pior. de ébola, uma vez que as . para avaliar a implementação
Qualquer ronda pela cidade E se alguma vez acabam, ficam, medidas exigem supervisão Vigilância redobrada do Plano Nacional de Con-
prova isso. Os buracos e bura- não raro, os vestígios do dis- e simulações, para garantir Hernando Agudelo pediu tingência, informou Her-
cões nos passeios, entre outras parate, como os restos do que uma preparação adequada. que se redobre a vigilância nando Agudelo.
armadilhas que passaram a foi utilizado na “obra”. “Temos de estar em alerta epidemiológica, uma vez “A importância de um
caracterizar Luanda, num aten- Mas, como diz dona Vira, com a situação da RD Congo, que o país tem, novamente, plano é a sua implemen-
tado à segurança de peões, zungueira de muitos anos, “por- apesar do surto estar ainda um surto de pólio, que exige tação”, sustentou Hernando
especialmente crianças, defi- quê admirar, mano? Em Luanda longe, ou seja, a mais ou do Ministério da Saúde uma Agudelo, salientando que
cientes físicos e idosos, ou per- temos sempre de desadmirar. menos dois mil quilómetros investigação rápida dos a intervenção do Estado
manecem ignorados por quem Vamos fazer mais como? Eles de Luanda e mil de Kins- casos suspeitos. angolano não é muito lenta,
devia cuidar da segurança dos é que mandam”. hasa”, disse, afirmando que Quanto às restrições de porque “a resposta inicial
habitantes da província ou... Talvez um dia, os luanden- o surto chegou à província viagens de cidadãos con- em relação à elaboração
são remendados com cimento! ses se cansem de desadmirar de Goma, e por esta região goleses, indicou que uma de medidas preventivas
Que, com um clima como o e deixem de tropeçar em tanto ter ligação directa com Kins- medida do género pode foi rápida, logo depois do
nosso, quente e chuvoso, é, disparate. h a sa e e ste ú lt i m o c o m aumentar o fluxo irregular surgimento da doença na
Angola, a preocupação deve ou ilegal de pessoas a uti- RD Congo”.
28 Segunda-feira
5 de Agosto de 2019

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TERCEIRA REGIÃO TRIBUTÁRIA

(Luanda e Bengo)

AVISO DE APREENSÃO N.º 55

A Terceira Região Tributária avisa que nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 509.º, conjugado com os artigos 481.º e 512.º todos do Código Aduaneiro, procedeu
à apreensão das viaturas demoradas, abaixo indicadas:

TERMINAL DA MULTIPARQUES
Lote Marca Modelo Chassi Ano Importador Data de Chegada DU
20/19 Máquina Empilhadeira S/Referência S/Data N/Identificado N/Identificada NT/DU
21/19 Tractores Apromau 500363 2018 N/Identificado N/Identificada NT/DU
22/19 Tractores Apromau 500364 2018 N/Identificado N/Identificada NT/DU
23/19 Tractores Apromau 500365 2018 N/Identificado N/Identificada NT/DU
24/19 Tractores Apromau 500366 2018 N/Identificado N/Identificada NT/DU
26/19 Howo 336 LZZ5BLNFXJN433621 S/Data N/Identificado N/Identificada NT/DU
27/19 Iveco Truck 480 308546 S/Data N/Identificado N/Identificada NT/DU
29/19 2050 B-10M 478341 S/Data N/Identificado N/Identificada NT/DU
30/19 2050 B-10M 104019 S/Data N/Identificado N/Identificada NT/DU
31/19 Hyundai Accent KMHCT41DSFU749385 2014 N/Identificado N/Identificada NT/DU
32/19 Hyundai Accent KMHET41D3FU771708 2014 N/Identificado N/Identificada NT/DU
33/19 Hyundai Elantra KMHDH4AE1FU354215 2014 N/Identificado N/Identificada NT/DU

O prazo para a interposição do recurso hierárquico com fundamento na não susceptibilidade do confisco das mercadorias apreendidas é de dez dias úteis, contados
da data da publicação do presente aviso, conforme preceitua o artigo 514.º do Código Aduaneiro.

As mercadorias apreendidas estão sujeitas a confisco, no caso de não ser interposto, no prazo fixado o recurso a que se refere o parágrafo anterior.

Terceira Região Tributária, em Luanda, aos 29 de Julho de 2019.

A DIRECTORA REGIONAL
Eurídice Cristina F. Bárber A. Alves
(10.410)

TERCEIRA REGIÃO TRIBUTÁRIA

(Luanda e Bengo)

AVISO DE APREENSÃO N.º 56

A Terceira Região Tributária avisa aos importadores abaixo indicados, que nos termos do artigo 509.º, n.º 1, alínea b), conjugado com os
artigos 512.º e 481.º todos do Código Aduaneiro, procedeu à apreensão das mercadorias demoradas, abaixo indicadas:

CENTRO LOGÍSTICO ADUANEIRO (KM 33, VIANA)

Lote Contentor Tipo Mercadoria Importador BL Data de Chegada DU

19/16 CLHU8986365 40 Vinagre Nova Invest S309786064 13.02.2015 240615010104/Aguarda Pagamento

39/16 GCNU4673738 40 Açúcar Nova Invest S309786064 13.02.2015 240615010104/Aguarda Pagamento

O prazo para a interposição do recurso hierárquico com fundamento na não susceptibilidade do confisco das mercadorias apreendidas é
de dez dias úteis, contados da data da publicação do presente aviso, conforme preceitua o artigo 514.º do Código Aduaneiro.

As mercadorias apreendidas estão sujeitas a confisco, no caso de não ser interposto, no prazo fixado o recurso a que se refere o
parágrafo anterior.

Terceira Região Tributária, em Luanda, aos 29 de Julho de 2019.

A DIRECTORA REGIONAL
Eurídice Cristina F. Bárber A. Alves(10.414) (10.414)
CULTURA
5 de Agosto de 2019
Lirismo poético de uma
juventude inquieta e talentosa
Kiocamba Kassua, um dos fundadores do Movimento Lev’arte, lança “Outros sorrisos nos nossos
lábios”, livro de estreia, com venda e sessão de autógrafos no Camões-Centro Cultural Português
Jomo Fortunato
N u m a a l t u ra e m q u e a
juventude angolana, pro-
veniente do período do pós-
guerra, corria e ainda corre,
sérios riscos de desvios
comportamentais, surgiu
a 20 Julho de 2006, o Movi-
mento Lev’arte, do qual o
poeta Kiocamba Kassua foi
um dos seus mais impor-
tantes fundadores, uma
agremiaçãoliterária que
juntou jovens entusiastas
e p o e ta s ta l e n to s o s e m
torno de tertúlias, recitais
de poesia, debates sobre
assuntos literários e edição
de títulos bibliográficos.
Com lançamento mar-
cado para quarta-feira,
“Outros sorrisos nos nossos
lábios”, poemas, é o culminar
de um longo processo de
activismo literário, em torno
do prestigiado Movimento
Leva´rte.
O surgimento do Movi-
mento foio lançamento de
uma pedra no monótono
charco literário luandense,
agitando e promovendo o
reencontro de uma juventude
ávida de saber e de divulga-
ção das suas criações no
domínio da poesia, sobretudo
do texto poético dito. A ver-
dade é que já estão na história
das letras, nomes como, João
Papelo, Kardo Bestilo, Mira
Clok, Kátia Santos, e, obvia-
mente, Kiocamba Kassua,
incluindo outras personali-
dades proeminentes da mais
recente história da comu-
nidade literária angolana.
Sabe-se que a poesia
angolana, foi, ao longo da
história, uma importante
“AS KASSUMUNAS DO BAIRRO INDÍGENA”
Salas Neto lança segundo livro no Rangel
Matadi Makola
Sensível à presença de todos
que estiveram à hora mar-
cada, Salas Neto não quis
fazer vista grossa e esperar
por mais gente para garantir
o sucesso da sessão de venda
e autógrafos de “As Kassu-
munas do Bairro Indígena
– Ensaio para uma auto-
biografia avulsa”, o mais
recente livro de crónicas,
lançado na sexta-feira, na
Casa de Cultura do Rangel
“Njinga Mbande”.
De veteranos a novatos,
uma audiência de jornalistas
e amigos fez-se presente
Segunda-feira
ferramenta de contestação
anti-colonial, viveu um longo
período naturalista, român-
tico, e, sobretudo, contes-
tatário e tem evocado, mais
recentemente, o lirismo e
liberdade subjectiva dos seus
poetas mais jovens, instau-
rando a construção livre e a
sucessiva desconstrução de
mundos possíveis. Neste sen-
tido, o Movimento Lev’arte
surgiu numa linha de con-
tinuidade da criação poética
anunciada por José da Silva
Maia Ferreira, Joaquim Dias
Cordeiro da Mata, o pai da
literatura angolana, António
Jacinto e do poeta maior, o
Dr. António Agostinho Neto.
De natureza inclusiva, as
sessões do Movimento Lev’arte,
a muitas das quais tivemos a
oportunidade de assistir, cons-
tituíram sempre uma singular
oportunidade de empreender
uma reflexão especulativa
sobre a natureza e mecanis-
mos de construção textual da
poesia, valorizando as diversas
vozes da poética angolana
que têm absorvido, ao logo
da sua gloriosa história, múl-
tiplas marcas, caminhadas e
peregrinações, onde os silên-
cios gritaram de mágoa, e,
hoje, os desesperos ressus-
citam de esperança, no pro-
cesso heróico e irreversível
da construção da “Nova
Angola”, neste novo ciclo da
História em que vivemos.
Poesia
O Movimento Lev´arte não
acredita no fim da poesia, tal
como advogam alguns pro-
fetas da necrologia do verso,
pois consideram-na cada vez
mais viva e actuante, num
atempadamente, pontificando
figuras como Eliza Coelho,
Rosalina Mateta, Raimundo
Salvador, Kajim Ban-Gala e
Reginaldo Silva, que fez o
exercício de descer o seu Morro
da Maianga e chegar a tempo.
Assim, sem mais delon-
gas, Patrícia Faria, prata da
casa, assumiu a moderação
do evento. Chamou de ime-
diato Salas Neto ao palco do
auditório, onde este sentou
repousadamente ao seu lado,
num sofá cuja cor vermelha,
certamente por acidental
audácia ou propositado rigor
da harmonia cromática, cui-
dava condizer com uma das
EDIÇÕES DO MOVIMENTO LEV’ARTE
Kiocamba Kassua tem estreia no mundo literário marcada para quarta-feira no Camões
mundo vertiginosamente
globalizado e diverso. Julga-
mos que um dos nobres
objectivos do Movimento
Lev’arte, a par de outros não
menores, é o de legitimar,
no sentido pedagógico, a his-
tória da poesia angolana,
consubstanciada na produção
jovem e dos seus mais dignos
poetas, invertendo a tendên-
cia de um certo tipo de criação
de pendor subversivo, que
desrespeita o bom nome das
instituições angolanas.
Fundadores
Jovens como Kardo Bestilo,
Dilson de Sousa, Manuela
Alfredo, Synia Jordão, Ângelo
Reis e Kiocamba Cassua deci-
diram fundar o Movimento
Lev’arte, com o objectivo de
suas vestimentas. Como
sempre nos habituou, a
“negra caliente” estava
esbelta, trajou vestido preto
e oferecia aquele olhar calo-
roso que lhe nasce nos seus
olhos singulares.
Senhora de ponderação
e de equilíbrio, foi nas ves-
tes de apresentadora da
obra que a consagrada jor-
nalista Luísa Rogério apon-
tou Salas Neto nos seguintes
termos: “Será provavel-
mente o melhor cronista
da actualidade. Já que as
dúvidas existem e os pre-
textos também, é com cer-
teza um dos maiores”.
levar a literatura, com foco
na poesia, em todo território
nacional e no mundo. A
acção cultural do Movimento
desdobra-se numa agenda
de múltiplos eventos, com
destaque para, “Poesia à volta
da fogueira” e “Poesia eu
vivo”, incluindo conferências
sobre literatura. Segundo
podemos ler no seu mani-
festo, “O que nos move é o
gosto pela literatura e huma-
nização do comportamento
das pessoas através da arte,
incentivo à leitura e criati-
vidade artística nas suas mais
diversas disciplinas.
Depoimento
João Papelo, membro do
Movimento Lev’arte, fez o
seguinte depoimento sobre
O jornalista Luís Fer-
nando, outro cronista, a
quem se atribuiu a tarefa de
prefaciar o livro, diz num
d o s p o nto s q u e a ob ra
“enquanto produto livresco,
não pode ser uma proposta
que se receba na doce quie-
tude das dezenas de outros
livros que enchem anual-
mente os auditórios que
resistem ao abandono e ao
empobrecimento quase trá-
gico das casas consagradas
às Letras e suas periferias.
Porque é um livro que carrega
a aura guerreira e a irredu-
tibilidade de um homem que
despreza o miserabilismo e
DR
Kiocamba Cassua, que con-
sidera, para além de poeta,
um colega e amigo, “As noites
de recitais de Luanda têm
protagonistas, artistas e pro-
motores que levam o mani-
festo artístico quase como
um estilo de vida. Arautos
e mobilizadores de uma
comunidade literária jovem
que se deu a ver, logo no
começo do século. XXI. Kio-
camba Cassua faz parte
desta plêiade de artistas,
por um lado, e de promo-
tores, por outro. A dedicação
com que se dá pela causa
literária fê-lo granjear sim-
patia dos círculos literários
mais críticos, dentro e fora
de Luanda. Kiocamba Cas-
sua não é resultado de um
a c a s o . E m e rg e d e u m a
Jornalista
autografou
dezenas de
exemplares do
segundo livro
aceita como único caminho
o da luta, o da coragem, o
do enfrentamento sem
medos de todas as adver-
sidades, mesmo quando
estas investem sob a forma
cruel de uma devastadora
patologia limitadora.”
29
escola literária, e, natural-
mente, tem referências e
interferências. O Círculo
L i te rá r i o J o rg e Ma c e d o
(extinta escola que ensinava
teorias literárias a aspirantes
a escritores, fundada pelo
escritor homónimo, no Cen-
tro Recreativo Kilamba), de
que fez parte, aprendendo o
bê-á-bá da produção literária,
ao lado de promissores como
Tony Kapwete, João Jorge ou
Eurico Lando “Massundidi”,
foi um marco importante na
vida literária de Kiocamba
Cassua. “Gotinhas do Meu
Sangue”, “Terras Áridas do
Mal”, “África”, entre outros
poemas, destacaram-no em
palco, na cidade ou na peri-
feria, onde se organizasse
qualquer recital.
Os poemas, incluídos no
livro “Outros Sorrisos nos
Nossos Lábios”, marcaram,
não só a história de Kiocamba
Cassua, mas de uma geração
jovem (incluindo o autor
destas linhas) que, com
esforço, dedicação e ousadia,
conseguiu demarcar o seu
lugar na história de literatura
angolana recente. O Movi-
mento Lev’Arte, que este
ano completou treze anos
desde a sua fundação, foi o
principal motor impulsio-
nador desta alvorada de
talentos. Como poeta vin-
culado a este movimento e
como cidadão engajado,
sem pretensiosismos, Kio-
camba Cassua viajou o país
inteiro para divulgar autores
angolanos e massificar o
hábito pela escrita e leitura,
eixos-centrais de toda a
acção do Movimento
Lev’Arte. Bem-haja”.
DR
Do amingo e cronista
Kajim Ban-Gala ouvimos
que este senhor Salas Neto
“é um cronista de uma esti-
lística absolutamente ino-
vadora, desde o linguajar,
estrutura frásica e estilo
de humor”.
30 DESPORTO
AFROBASKET DE SUB-16
Atleta Sara Caetano liderou os indicadores do certame que consagrou a selecção do Mali
Angola arrebata bronze
no Africano do Rwanda
A jogadora angolana Sara Caetano integrou o cinco
ideal da competição com o troféu de melhor cestinha
Armindo Pereira
A Selecção Nacional de bas-
quetebol feminino de Sub-
16 baixou uma posição em
relação à edição passada, ao
conquistar a medalha de
bronze no Afrobasket da
categoria, sábado último, no
Rwanda, fruto da vitória
sobre a congénere de
Moçambique, por 67-59, na
prova vencida pelo Mali.
Para além do terceiro lugar
no pódio, a base angolana
Sara Caetano, afecta à equipa
d a s Fo r m ig u i n h a s d o
Cazenga, integrou o “cinco
ideal” da competição, ao
destacar-se como a melhor
cestinha com 165 pontos,
em cinco partidas.
A capitã do “cinco” nacio-
nal obteve uma média
“impressionante” de 31,8
pontos, 15 ressaltos e 2,7
assistências por partida.
Incompreensivelmente a
organização atribuiu o troféu
de Jogadora Mais Valiosa
(MVP) à maliana Mariam
Coulibaly com médias de
NACIONAL DE BASQUETEBOL
ASA procura apoios
para o campeonato
A direcção do Atlético Sport
Aviação (ASA) está a envidar
esforços para encontrar
patrocinadores no sentido
de garantir a presença da
equipa sénior masculina de
basquetebol na época
2019/2020 no Campeonato
Nacional, com início previsto
para Outubro próximo.
Em declarações ao Jornal
de Angola, o director-geral
da agremiação aviadora,
Morais Bumba, lamentou o
actual quadro e avançou que
todas as empresas adjudi-
26,8 pontos, 5 ressaltos e
3,2 assistências por jogo. A
ela juntaram-se Maimouna
Haidara (Mali), Malak Sadek
(Egipto) e Maria Najjuma
(Uganda). Ao longo da com-
petição, o site oficial da
F I BA Á f r i ca d e stac o u a
habilidade e capacidade
técnica da jogadora de 15
anos, 1, 72 metros. “A capitã
angolana é admirável pela
forma como lidera a equipa,
sobretudo pela sua visão
de jogo para cada detalhe.
Isso a distingue das demais
jogadoras e a sua presença
na q uadra é facilmente
notada”, lê-se numa das
publicações.
Na partida inaugural, no
duelo lusófono, frente a
Moçambique, Caetano desta-
cou-se com um duplo-duplo.
Marcou 30 pontos, capturou
19 ressaltos , fez quatro assis-
tências e igual número de roubos
de bola. Seguiu-se a equipa da
casa, e mais uma vez a jogadora
notabilizou-se com 33 pontos.
Antes do encerramento
da fase de grupos, Sara logrou
cadas ao Ministério dos
Transportes “receberam
orientações superiores” para
suspender todo e qualquer
tipo de apoio ao clube. “O
facto é que os patrocinadores
cancelaram tudo, alegando
não terem orientação superior,
entenda-se do ministério.
Dizem apenas que tão logo
tenham luz verde, não haverá
qualquer problema em alocar
as verbas ao ASA”, lamentou.
“Neste momento não lhe
posso dar qualquer resposta.
Não temos garantias e não
DR
27 pontos e nove ressaltos,
no desafio contra a Tanzânia.
Angola qualificou-se direc-
tamente para a meia-final,
em virtude da ausência da
África do Sul, no Grupo B.
No entanto, as orientadas
de Fernando Sapalo não con-
seguiram jogar contra a
defesa à zona imposta pelas
egípcias e perderam, por 71-
50. Sara Caetano voltou a
destacar-se com mais um
duplo-duplo: 34 pontos e 12
ressaltos. A base concretizou
68 por cento do total de pon-
tos da Selecção Nacional.
No re encontro com
Moçambique, para atribuição
do terceiro lugar, as angolanas
voltaram a sorrir, fruto do
triunfo, por 67-59, com favo-
ráveis 38-19, ao intervalo.
Sara Caetano anotou 31 pon-
tos, capturou ainda 26 res-
saltos, deu três tampões e fez
igual número de assistências.
O Mali levou a melhor
sobre o Egipto, ao vencer,
por 84-48, na final do cam-
peonato, disputado no pavi-
lhão Amahoro.
podemos dizer que sim, e
no meio da época não poder
honrar o compromisso com
os jogadores. Estamos a
aguardar por novas orien-
tações. Todas as empresas
afectas ao sector dos trans-
portes “cortaram” o apoio
ao ASA. Vamos aguardar
por novas orientações e
acreditar que melhores
dias virão”, concluiu.
Rogério Galiza, Roberto
Fortes e Reggie Moore ruma-
ram para o Interclube, ao
passo que Teotónio Dó assi-
nou pelo 1º de Agosto, e Bráu-
lio Morais está em vias de
rubricar contrato com o Gali-
tos FC de Portugal da primeira
divisão, onde pode juntar-
se ao poste angolano Jone
Pedro. Todos faziam parte do
plantel da equipa aviadora.
Armindo Pereira
Breves
DRAYMOND GREEN
RENOVA CONTRATO
POR QUATRO ANOS
COM OS WARRIORS
O basquetebolista norte-
americano Draymond Green,
tricampeão da NBA, renovou
com os Golden State
Warriors por quatro anos,
até 2024, confirmou ontem o
seu agente, Rich Paul, ao
canal televisivo ESPN.
Draymond Green, de 29
anos, ficava livre em Julho
de 2020, mas o jogador
optou por prolongar o
vínculo contratual com os
Warriors por mais quatro
anos, por valores a rondar
os 118 milhões de dólares.
Desde a estreia na NBA, em
2012, Draymond Green
possui uma média de 9,1
pontos por jogo, 6,9
ressaltos e 4,6 assistências e
foi, juntamente com
Stephen Curry e Klay
Thompson, um dos obreiros
dos títulos conquistados em
2015, 2017 e 2018.
Apesar da saída de Kevin
Durant, para os Brooklyn
Nets, os Golden State
Warriors mantêm nas suas
fileiras Draymond Green,
Stephen Curry, Klay
Thompson e D’Angelo
Russell, quatro jogadores
‘all-star’.
FILHO DE SCHUMACHER
VENCE PRIMEIRA
CORRIDA NA FÓRMULA 2
O alemão Mick Schumacher,
que é filho do mítico
Michael Schumacher,
garantiu, ontem, a primeira
vitória na Fórmula 2, após
ter assegurado o primeiro
lugar no circuito de
Hungaroring, na Hungria.
Schumacher, de 20 anos,
que contou com o apoio da
irmã, mãe e avó, não
escondeu a satisfação pelo
triunfo. “Genial. Penso que
isso resume bem o que
aconteceu. É um alívio,
depois de muita má sorte.
Estava sob pressão, pois
temos um carro de alta
performance e os resultados
não estavam a corresponder
às expectativas”.
MÁRQUEZ DOMINA
E ALCANÇA A SEXTA
VITÓRIA DA ÉPOCA
Marc Márquez (Honda)
conquistou, ontem, a vitória
no GP da República Checa,
décima ronda da temporada
de MotoGP, numa corrida
que dominou desde o início.
O pentacampeão do
mundo que saiu da “pole
position”, assumiu o
comando da corrida logo na
largada e controlou as 20
voltas ao circuito de Brno,
para conquistar a sua 50ª
vitória no Moto GP em 76
corridas realizadas na
categoria rainha.
Uma corrida que iniciou
com um atraso de 40
minutos, devido à chuva
que caiu antes e deixou a
pista bastante molhada.
Apesar da corrida ter
começado mais tarde,
alguns pontos do circuito
estavam molhados, mas a
situação foi melhorando, e
permitiu que todos os
pilotos largassem com
pneus Slick.
MUNDIAL DE CLUBES DE ANDEBOL
1º de Agosto conquista
título inédito na China
António de Brito
A equipa sénior feminina
de andebol do 1º de Agosto
conquistou, ontem, a pri-
meira edição do Campeo-
nato do Mundo de Clubes,
designado “Super Globo”,
ao derrotar na final o Chi-
nese National Club, por 27-
22, em jogo disputado no
Pavilhão de Wuxi, China.
Motivada com a vitória
nas meias-finais diante da
Universidade de Concórdia
do Brasil, a formação militar
entrou determinada e sempre
esteve a liderar o marcador.
Decorridos três minutos de
jogo, o 1º de Agosto vencia,
por 4-0.
Apostado em erguer o pri-
meiro troféu da competição,
o técnico Morten Soubak
lançou para a quadra o “sete”
inicial constituído por Elo-
neidys Guevara , Helena
Paulo, Vilma Silva, Liliana
Machado, Wuta Dombaxi,
Cristiane Mwacessa e Alber-
tina Kassoma, com o dis-
positivo táctico (5-1). Em
ataque planeado, o 1º de
Equipa militar entra para a história ao conquistar Super Globo
FÓRMULA 1
Lewis Hamilton regressa
aos triunfos na Hungria
O britânico Lewis Hamilton
(Mercedes) conseguiu ontem
a oitava vitória da temporada
no Mundial de Fórmula 1, ao
vencer o Grande Prémio da
Hungria, graças à estratégia
de duas paragens nas boxes.
Hamilton, que largou da
segunda posição, chegou ao
primeiro lugar na 67ª das 70
voltas da corrida no circuito
de Hungaroring, ultrapas-
sando o holandês Max Vers-
tappen (Red Bull), que partira
da 'pole position' e liderava
desde o início. O campeão do
mundo garantiu, assim, a 81ª
vitória da carreira, com 17,796
segundos de vantagem para
o piloto holandês, que se apro-
ximou do segundo lugar do
campeonato, do finlandês
Valtteri Bottas (Mercedes),
que foi apenas oitavo.
Sebastian Vettel (Fer-
rari) foi o terceiro classi-
ficado, já a mais de um
minuto do vencedor.
Segunda-feira
5 de Agosto de 2019
Agosto dificultava a estratégia
montada pela equipa anfitriã,
que não encontrava espaço
de manobra para visar a
baliza defendida pela cubana
Eloneidys Guevara.
Apesar das trocas cons-
tantes de jogadoras, o técnico
da formação chinesa não
encontrava alternativas para
parar o 1º de Agosto, que ao
intervalo já vencia (13-10).
No regresso dos balneários,
as campeãs africanas man-
tiveram o domínio e controlo
do jogo, circulando a bola.
Melhor na abordagem do jogo
e folgado no placar, o treinador
dinamarquês deu-se ao luxo
de rodar a equipa.
Em declarações ao Jornal
de Angola, Carlos Hendrick
d a S i lva , p re s i d e nte d e
direcção do 1º de Agosto,
congratulou-se com o feito
alcançado pela equipa.
“Angola e o 1º de Agosto
estão orgulhosos por esta
conquista. Não esperáva-
mos por este feito, mas nin-
guém pode tirar mérito pela
ausência das equipas euro-
peias. Somos campeões”.
JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO
No campeonato, Lewis
Hamilton alargou a vantagem,
tendo agora 250 pontos, con-
tra os 192 de Bottas e os 181
de Verstappen, que ainda
somou um ponto extra por
ter conseguido a melhor volta
da corrida, com 1.17,183
minutos, batendo o recorde
do circuito de Hungaroring,
fixado em 2004 pelo alemão
Michael Schumacher.
DR
Britânico reforça a liderança
DESPORTO Segunda-feira
5 de Agosto de 2019
AMISTOSO
Petro bate
Académica na
apresentação
aos adeptos
O Petro de Luanda, vice-
campeão nacional, derrotou
o n t e m a Ac a d é m i c a d o
Lobito, por 2-0, no Estádio
Municipal dos Coqueiros,
em jogo de apresentação do
plantel aos sócios e adeptos
do clube, depois de ter efec-
tuado o estágio de pré-época,
na África do Sul.
Num jogo de duas partes
diferenciadas, a Académica
sobrepôs-se à formação
petrolífera na etapa inicial,
pois dificultou a estratégia
apresentada por António
Cosano. Os "estudantes"
lobitangas faziam marcação
a toda dimensão do terreno.
Os tricolores do Eixo Viário
experimentavam sérias difi-
culdades para sair a jogar de
trás para a frente.
O avançado Yano
na cobrança de um
livre, com a parte
interna do pé
direito apontava o
primeiro golo com
a camisola tricolor,
aos sessenta
minutos
No segundo tempo, o con-
junto petrolífero alterou a
estrutura táctica e surgiu
mais esclarecido, o que obri-
gou a Académica a defen-
der-se à entrada da área.
Contratado ao Progresso
Sambizanga, o avançado
Yano na cobrança de um
livre, com a parte interna do
pé direito apontava o pri-
meiro golo com a camisola
tricolor, aos 60 minutos. Vol-
vidos oito minutos, Megue
ampliava o resultado, numa
tabelinha com Yano, ex-
companheiro no Progresso.
Apesar da derrota, a Acadé-
mica valorizou o espectáculo,
uma vez que disputou o jogo
pelo jogo.
Na presente época fute-
bolística, o Petro de Luanda
vai competir em três frentes,
designadamente Girabola,
Taça de Angola e Liga dos
Clubes Campeões Africanos.
No arranque do campeonato,
a equipa treinada pelo espa-
nhol Tony Cosana desloca-
se a Benguela, onde "baptiza"
o Wiliete local, que substituiu
o Benfica do Lubango, que
desistiu alegadamente por
dificuldades financeiras.
Para os compromissos que
se avizinham, o técnico
António Cosano vai trabalhar
com 27 jogadores, nomea-
damente Elber, Gerson,
Nathan e Mualucano
(guarda-redes); Arycleni,
Musah, Wilson, Tó Carneiro,
Nary, Eddie Afonso, Danilson
e Kelson (defesas); Megue,
Diógenes, Manguxui, Job,
Benvindo, Isaac Mensah,
Além, Bugos, Dos Santos e
Muila (médios); Jacques
Tuyisenge, Gladilson, Tony,
Yano e Telmo (avançados).
António de Brito
EM DESVANTAGEM NA SUPERTAÇA
1º de Agosto sem margem
para erro frente ao confrade
Campeão angolano pretende apresentar uma postura diferente
a fim de virar o resultado e erguer o primeiro troféu da época
Desportivo pretende contrariar favoritismo do tetracampeão e levar a taça para a Huíla
António de Brito
As formações do 1º de Agosto
e do Desportivo da Huíla vol-
tam a defrontar-se hoje às
17h00, no Estádio Municipal
dos Coqueiros, em jogo da
segunda “mão” da Supertaça
de Angola em futebol, três
dias depois de os “militares”
da Frente Sul terem vencido,
por 1-0, no Estádio do Fer-
roviário, com golo de Manico.
Em desvantagem na eli-
minatória, o campeão do
Girabola e da Taça de Angola
joga o tudo ou nada diante
d o fi n a l i s ta ve n c i d o d o
segundo troféu mais impor-
tante do calendário de com-
p e t i ç õ e s d a Fe d e ra ç ã o
Angolana de Futebol (FAF).
Depois do tropeço no
reduto adversário, o 1º de
Agosto vai aparecer com
uma postura diferente da
do primeiro desafio, de
modo a inverter a elimina-
tória. Aliás, não há outra
alternativa para uma equipa
que pretende erguer o pri-
meiro troféu da temporada.
Na deslocação a Luanda,
o Desportivo da Huíla não
vai ter seguramente um
minuto de sossego, uma
vez que a formação do Rio
Seco entra decidida e deter-
minada em virar o resul-
tado, com o intuito de
vencer o encontro por uma
INGLATERRA
Manchester City vence
Liverpool nos penaltis
O Manchester City venceu,
ontem, o Liverpool na mar-
cação de grandes penalida-
des e conquistou a Supertaça
da Inglaterra.
Num encontro que teve
que ser decidido na marcação
de grandes penalidades, foi
margem folgada de golos.
Apesar de favorito, o 1º
de Agosto tem de fazer um
jogo bastante prático, por-
que a equipa treinada por
Mário Soares não vem a
Luanda com o propósito de
conservar a vantagem da
primeira “mão”.
O Desportivo é um con-
junto com alguma “matrei-
rice” , que dá sempre
i n i c i a t i va d e j o g o a o s
adversários, para depois
sair em contra golpe e mar-
car. A equipa de Dragan
Jovic tem de fazer um jogo
inteligente , de forma a
neutralizar os pontos fortes
do adversário. Ao contrário
do primeiro jogo, caso queira
reverter a história, a for-
mação militar tem de pro-
curar concretizar em golo
as oportunidades que even-
tualmente possa criar no
decorrer do desafio.
Se durante a primeira
parte, o 1º de Agosto não
marcar e chegar ao intervalo
empatado, as coisas podem
complicar-se na etapa com-
plementar, porquanto o Des-
portivo vai optar pelo jogo
defensivo, a fim de preservar
a vitória conseguida na pas-
sada sexta-feira.
Depois das ilações tiradas
da primeira partida, o técnico
bósnio vai lançar uma equipa
consistente e focada no ata-
o City o primeiro a marcar.
Sterling começou por dar
vantagem aos “citizens”,
num lance em que Alisson
ficou mal na fotografia, aos
12 minutos.
Já n a s e g u n d a p a r te ,
Matip empatou para os 'reds'
ARÃO MARTINS | EDIÇÕES NOVEMBRO
que, sem descurar o sector
defensivo. Ausente no jogo
do Lubango, por estar a con-
tas com uma lesão, Mabululu
está recuperado e é opção
para o ataque militar.
Com esses ingredientes,
e s p e ra - s e p o r u m j o g o
empolgante e de prognóstico
bastante reservado. Qual-
quer das equipas pode ven-
cer a Supertaça, mas a
balança pende claramente
para o 1º de Agosto, porque
joga em casa e tem o apoio
incondicional dos seus exi-
gentes adeptos. Os coman-
dados de Mário Soares vão
enfrentar dois adversários,
um nas quatro linhas e outro
nas bancadas.
Uma eventual vitória sobre
o Desportivo vai servir de
motivação para o 1º de Agosto,
tendo em vista o desafio do
fim-de-semana diante do
Kikosi Maalum Cha Kuzia
Magendo (KM KM ) da Tan-
zânia, a decorrer no arqui-
pélago de Zanzibar, a contar
para a primeira “mão” da
penúltima eliminatória de
acesso à fase de grupos da
Liga dos Clubes Campeões
Africanos de futebol.
Este é o 32º jogo entre
os emblemas, com supre-
macia do 1º de Agosto, que
venceu 22, perdeu dois e
empatou sete. Marcou 55
golos e consentiu 23.
à passagem do minuto 77.
Mohamed Salah quase sen-
tenciava a partida na ponta
final, mas um defensor dos
“citzens” evitou o golo em
cima da linha.
Após o tempo regulamen-
tar, a partida teve que ser
decidida na marcação das
grandes penalidades. Com
o português Bernardo Silva
a não tremer nos momentos
decisivos, acabou por ser
Georginio Wijnaldum a falhar
para os “reds”. Gabriel Jesus
acab ou p or converter o
penalti decisivo para o City.
31
FORA DE JOGO
Amândio Clemente
Lavar roupa suja
Ponto 1-Passados mais de quinze dias depois de ter-
minada a disputa da Taça de África das Nações
(CAN'2019), no Egipto, que consagrou a Argélia como
campeã, os adeptos, seguidores e entusiastas do
futebol nacional continuam a aguardar pelo balanço,
que deve ser feito, pela direcção da Federação Angolana
da modalidade, encabeçada por Artur Almeida e Silva.
O fracasso da participação angolana é um facto
consumado, mas ficam por esclarecer os acontecimentos
que ocorreram durante o estágio de preparação e no
palco da competição. Terão tido influência no desem-
penho da Selecção Nacional? É uma pergunta, que
certamente, merece uma resposta e cabe ao elenco
dirigido por Artur Almeida dá-la.
Ponto dois- Outra pergunta que também deve
merecer resposta é: quando é que a direcção da FAF vai
finalmente realizar a prometida conferência de imprensa
de “lavagem da roupa suja”, anunciada na cidade do
Cairo por um dos executivos de Artur Almeida e Silva?
Estamos expectantes para conhecermos os contornos
da novela do “paga e não paga” as diárias e prémios de
qualificação dos jogadores e equipa técnica.
Ponto três - É justo que os contribuintes saibam
da actual situação do seleccionador nacional, que se
recusou a treinar a equipa nacional. A FAF deve ter
uma explicação sobre as razões do não do treinador
sérvio. Afinal, o homem continua ou não a comandar
os destinos dos Palancas Negras? A nação futebolística
espera ser esclarecida.
Ponto quatro - O recente fracasso no apuramento
para o CHAN também deve ser explicado. Porque
razão é que teve de ser José Silvestre "Pelé" a orientar
a equipa. Não estamos a questionar a sua qualidade
e capacidade técnica, mas o certo é que o homem,
como se diz na gíria, "foi lançado às feras".
Ponto cinco - Começa a ser preocupante o silêncio
ruidoso da FAF sobre as questões acima expostas, que
revela haver a pretensão de deixar passar o tempo,
para que a opinião pública esqueça e não cobre as
justificações que lhe são devidas.
Ponto seis - O prometido é devido e a opinião
pública continua à espera de testemunhar a lavagem
de roupa suja, que continua, a nosso ver, a crescer de
volume. Será que a máquina de lavar da FAF ainda
está por ser importada ou avariou sem ter sido utilizada?
JOGADOR ANGOLANO
Daniel Sardinha assina
com o SG Sacavenense
Armindo Pereira tinuidade e começar a carreira
do Daniel numa equipa de
O avançado angolano Daniel seniores, onde poderá ganhar
Kluiverth Sardinha, de 19 maturidade competitiva. Tudo
anos, rubricou um acordo ficará dependente das opor-
válido por uma época com tunidades que vir a ter, mas
o Sport Grupo Sacavenense estou convicto que fizemos
da terceira divisão portuguesa uma boa escolha”, analisou o
que este ano, além do “Cam- empresário Wilson Sardinha.
peonato da Série D”, vai dis- Apesar de possuir nacio-
putar a Taça de Portugal, na nalidade angolana e portu-
primeira época numa equipa guesa, o representante do
de seniores. jogador não descarta a pos-
A informação foi avan- sibilidade do extremo direito
çada, ao Jornal de Angola , representar a Selecção Nacio-
pelo empresário e irmão do nal. O SG Sacavenense é uma
atleta, Wilson Sardinha,
proprietário da “Premium
Football”, empresa de gestão
das mais antigas agremiações
do concelho de Loures, fun-
dado a 19 de Março de 1910.
desportiva e agenciamento
de atletas. O acordo foi cele-
brado na última sexta-feira
Rui Sousa é o actual técnico
da equipa, onde milita o tam-
bém angolano Edson Nves,
na sede da agremiação, em de 23 anos.
Sacavém, na presença do No ano passado, Daniel
presidente da agremiação, Sardinha conquistou o seu
Manuel do Carmo. primeiro título com a camisola
“Depois de passar pela do FC Alverca, após vitória
equipa de juniores do FC sobre o Belenenses na penúl-
Alverca, achamos ser este o tima jornada do campeonato
momento certo para dar con- português de juniores.

SEG05AGO
ALTO
Saúde
Campanha contra a “pólio”
Angola realiza mais uma cam-
panha de vacinação contra a
poliomielite, o que demonstra
o empenho das autoridades
na erradicação da doença. A
operação foi lançada no mu-
nicípio do Chitembo, província
do Bié, pela ministra da Saúde,
Sílvia Lutucuta. Tal como nos
anos anteriores, espera-se
uma grande mobilização de
pessoas e meios, afinal está
em causa a saúde das nossas
crianças. As consequências da
“pólio”, também chamada pa-
ralisia infantil, são conhecidas
e todos os esforços destinados
a prevenir a doença devem
ser apoiados.
BAIXO
Acidentes mortais
Caos na Ho Chi Minh
Volta e meia os acidentes pro-
vocam o caos na circulação
rodoviária na Rua Ho Chi Minh,
no troço entre o Largo das He-
roínas e a Faculdade de Direito
da Universidade Agostinho
Neto. Se juntarmos os atrasos
do INEMA na assistência e
transporte dos sinistrados pa-
ra os hospitais concluiremos
que o melhor será colocar bar-
reiras sonoras e quebra molas
nas passadeiras para reduzir
o ímpeto velocista dos auto-
mobilistas e motociclistas que,
sistematicamente, no local,
roubam a vida aos peões que
por ali circulam, devido à ino-
perância da única passagem
aérea junto à Faculdade de
Arquitectura da Universidade
Agostinho Neto, há algum tem-
po, e que também não satisfaz
o fluxo na área.
SÁBADO
Asteróide passa
próximo da Terra
Um a ste ró i d e d e 5 7 0
metros de diâmetro vai pas-
sar junto ao planeta Terra
no sábado. O corpo rochoso
espacial vai passar a uma
distância de cerca de 0,049
FMI ELOGIA GRUPO MELLO XAVIER
Cervejeira Rosema paga
160 mil euros em impostos
A cervejeira Rosema, do
empresário Mello Xavier,
entregou já perto de 160 mil
euros de impostos ao Estado
são-tomense e mereceu elo-
gios da representante do FMI
para São Tomé e Príncipe,
Xiangming Li, que visitou a
fábrica na semana passada.
Quase mês e meio após
receber de volta a cervejeira,
depois de oito anos ilegal-
mente sob controlo de um
grupo de empresários são-
tomenses (com conivência
do Governo à época, liderado
por Patrice Trovoada), Mello
Xavier conseguiu, com a
mesma linha de produção,
contribuir para os cofres do
Estado com mais de 160 mil
euros num único mês, o que
não acontecia durante a ges-
tão passada.
A maior fábrica do país,
a cervejeira Rosema contri-
buiu assim com uma “parte
significativa” para o salário
da função pública em São
Tomé e Príncipe. O empre-
sário Mello Xavier garante
que o objectivo é resgatar
o prestígio da fábrica, que
já chegou a contribuir com
a totalidade dos salários
públicos no país.
Mello Xavier prepara,
ainda para este ano, a entrada
em funcionamento da
segunda linha de enchi-
mento com uma capacidade
de 30 mil garrafas por hora,
cinco vezes a produção
actual, que é de seis mil. A
fábrica deixou também de
importar garrafas da Europa,
preferindo abastecer-se da
Vidrul, de Angola.
“Estamos também a con-
tribuir para o aumento das
exportações angolanas e a
diversificação das receitas
de Angola”, disse o empre-
sário em declarações ao Jor-
nal de Angola, sublinhando
que existe, entre os dois paí-
ses, um Acordo de Protecção
recíproca de investimentos
unidades astronómicas (7,4
milhões de quilómetros) da
Terra, a uma velocidade de,
aproximadamente 16.740
quilómetros por hora.
Os especialistas Lindley
A Rosema é a única fábrica de cerveja em São Tomé e Príncipe
que não estava a ser cum-
prido pelo anterior Governo
são-tomense. Os investi-
mentos de Mello Xavier
ocorrem numa altura em
que, de acordo com o Fundo
Monetário Internacional,
São Tomé e Príncipe precisa
melhorar “o nível das recei-
tas” bem como “ raciona-
lizar as despesas”.
O FMI acusou o Governo
do ex-Primeiro-Ministro de
São Tomé e Príncipe, Patrice
Trovoada, de ter escondido
várias dívidas e despesas.
De acordo com aquela orga-
nização, as ocultações leva-
ram o país a uma situação
de endividamento “pratica-
mente descontrolada” e
antecipam tempos difíceis
que os são-tomenses terão
que enfrentar.
A Rosema é a única cer-
vejeira de São Tomé e Prín-
cipe. Construída pelos
alemães da ex-RDA, a fábrica
viria a ser vendida, em con-
curso público supervisionado
pelo Banco Mundial, pelo
Governo são-tomense na
década de 1980, totalmente
saqueada e paralisada.
Mello Xavier venceu o
concurso, através da empresa
angolana Ridux, de que é
proprietário em sociedade
com a mulher, de naciona-
Johnson e Kelly Fast disseram
à CNN que não há razões para
preocupações, até porque é
bastante comum que corpos
espaciais deste género pas-
sem junto ao planeta Terra.
O rastreamento desses
objetos é principalmente um
mecanismo de defesa, para
garantir que nenhum esteja
perto de atingir a Terra. “É
de tamanho moderado e mais
ou menos benigno", avaliou
Lindley Johnson.
DR
lidade portuguesa, e pôs em
prática um plano que cul-
minou com a recuperação e
entrada em funcionamento
da cervejeira.
Em 2009, o contencioso
entre a empresa JAR e a Ridux
levou o Tribunal Marítimo
de Luanda a solicitar ao
Supremo Tribunal de São
Tomé a penhora das acções
da Rosema. Meses depois, o
Tribunal Marítimo de Luanda
viria a devolver a Mello
Xavier o direito de proprie-
dade da cervejeira, anulando
a penhora.
Lançamento
comemorativo
A Rosema lança hoje, em
homenagem aos 83 anos de
Manuel Pinto da Costa, fun-
dador da Nação são-tomense,
a nova imagem da cerveja,
que durante vários anos che-
gava ao público sem rótulos
e em garrafas envelhecidas.
“Queremos mostrar o trabalho
de modernização que estamos
a fazer”, disse Mello Xavier,
destacando a normalização
do pagamento dos salários e
a reposição da segurança
social dos trabalhadores,
além da retoma da respon-
sabilidade social, com o apoio
a crianças e camadas mais
desfavorecidas da região.
DR
SANTUÁRIO DE FÁTIMA
Milhares de fiéis levaram
festa africana à Cova da Iria
O Santuário de Fátima
viveu, no fim-de-semana,
um dia de festa com a 25ª
peregrinação das comuni-
dades católicas africanas, sob
a presidência do cardeal cabo-
verdiano D. Arlindo Furtado.
“Fátima é um altar do
mundo , tamb ém para o
mundo lusófono. Sempre foi
para nós uma referência fun-
damental”, referiu o bispo de
Santiago à Agência Ecclesia.
A iniciativa, promovida
pela Capelania das Comuni-
dades Católicas Africanas de
Lisboa, teve como lema "A
Virgem Maria, discípula do
Senhor", num programa de
oração, encontro e convívio.
O cardeal D. Arlindo Fur-
tado sublinhou a importância
deste encontro como tempo
de “revigoramento da fé e
de encontro social”, entre
amigos, com importância
“humana e social”.
O prelado destacou a
dimensão da peregrinação,
na vida dos católicos, onde
quer que se encontrem, como
marca de “comunhão humana
e cidadania comum”, tanto
para os “portugueses que são
emigrantes” como para “os
estrangeiros que estão em
Angola esteve representada no Santuário de Fátima, em Portugal
EM OHIO E TEXAS
Tiroteios fazem dezenas
de mortos e feridos nos EUA
Pelo menos, dez pessoas
morreram, incluindo o ata-
cante, e 16 ficaram feridas
no tiroteio, ontem, na cidade
norte-americana de Dayton,
Ohio, informou a Polícia.
“O atirador morreu. Há
outros nove mortos. Pelo
menos 16 pessoas foram
transferidas para hospitais
da área com ferimentos”,
confirmou o Departamento
de Polícia de Dayton na sua
conta no Twitter.
O tiroteio ocorreu na área
da East 5th Street, no distrito
de Oregon, a oeste do centro
de Dayton, para onde se diri-
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Portugal”. “Somos membros
de uma única família e isso
é muito bonito e é muito
importante”, declarou. O
programa da peregrinação
ao Santuário Mariano da Cova
da Iria proporciona diversos
momentos de encontro, cele-
bração e comemoração,
desde 1994.
A Capelania dos Africa-
nos insere-se no apoio dos
Missionários Espiritanos
aos imigrantes desde o iní-
cio da década de 1980. Com
o decorrer dos anos e com
o fluxo migratório em Por-
tugal sentiu-se a necessi-
dade de uma reorganização
da actividade pastoral junto
dos imigrantes.
O responsável pela Cape-
lania, padre Andrew Prince,
falou num dia de “alegria”,
que junta, em Fátima, pes-
soas de várias nacionalidades
e mesmo quem se afastou
até da vida eclesial.
“Há necessidade de sair,
de encontrar outras pessoas,
outras realidades, para poder
transmitir a fé”, afirmou o
religioso espiritano. Angola,
Cabo Verde e Guiné-Bissau
estiveram representados com
dezenas de peregrinos.
DR
giram vários polícias e ambu-
lâncias. Este tiroteio ocorreu
horas depois de um outro,
num supermercado Walmart,
em El Paso, Texas, onde mor-
reram pelo menos 20 pessoas
e 26 ficaram feridas.
O Presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump,
c o n d e n o u o t i ro te i o d e
sábado, em El Paso, subli-
nhando que “não só foi trá-
gico”, como também “um
acto de cobardia”.
O governador Greg Abbott
lamentou o que considerou
um dos “dias mais mortíferos
da história do Texas”.