Sei sulla pagina 1di 3

Aula 02- Português no Enem e vestibulares- NORMA CULTA E VARIAÇÕES

Por dentro de variantes linguísticas: cai direto no Enem!


Saiba por que as variantes não devem ser consideradas como simples erros
Variantes linguísticas, ou variações linguísticas, são tópicos de Língua Portuguesa que caem muito nas provas do
Enem, e nos vestibulares de importantes faculdades e universidades. E não é para menos, pois pode-se dizer que elas são
a cereja do bolo! Isso porque as variantes são a grande ressalva das exigências da norma padrão da língua, a chamada
norma culta.
Durante o estudo de uma comunidade linguística, pode-se perceber a existência de diversidade ou variação no
modo de falar. Estas maneiras diferentes de falar chamam-se variedades linguísticas, e ocorrem dentro de uma mesma
comunidade de fala, pois pessoas de origem geográfica, de idade e de sexo diferentes falam distintamente e, assim, os
falantes adquirem as variedades linguísticas.
É perceptível que a língua não é utilizada da mesma forma pelos falantes. Alguns fatores podem influenciar o
emprego da língua, como a região geográfica, as identidades sociais, as situações sociais, os jargões profissionais, etc.
Cada um deles gerará uma variação linguística diferente do idioma:
1. Variação diacrônica - A língua varia no tempo e essa variação passa a ser notada ao comparar dois estados de uma
língua.
- O pronome tu, por exemplo, antigamente, era o único pronome de segunda pessoa do singular; entretanto, com o tempo,
outras formas de tratamento surgiram, como Vossa Mercê e Vossa Majestade. A palavra “vossa mercê” se transformou
sucessivamente em “vossemecê”, “vosmecê”, “vancê” e “você”.
2. Variação diatópica - A língua varia no espaço pois pode ser empregada diferentemente dependendo do local em que
o indivíduo está. Diz respeito às diferenças linguísticas que podem ser vistas em falantes de lugares geográficos diferentes.
- A macaxeira, por exemplo, muito consumida no Norte e no Nordeste, é chamada de aipim ou mandioca no Sudeste.
- Outro exemplo é a palavra “mexerica”, que, em algumas regiões, é conhecida como “bergamota” e, em outras, como
“tangerina”.
No entanto, essa variação não se trata apenas de uma variação no léxico: questões fonéticas e gramaticais também são
amplamente consideradas.
3. Variação diastrática - A língua varia de acordo com fatores sociais, como faixa etária, grau de escolaridade e grupo
profissional e é marcada pelas gírias, jargões e pelo linguajar singelo, já que são aspectos característicos de certos grupos.
3. 1 - Fator etário: A idade dos participantes da comunicação é um dado relevante, já que, a partir dela, serão feitas
escolhas linguísticas diferentes. Isso é visível na comparação entre um jovem e uma pessoa mais velha, em que cada um
usará vocábulos mais comuns à sua geração
3.2 - Fator da escolaridade: Este fator se liga a uma
categoria essencial, que é a educação. Na escola,
aprende-se a usar a língua em situações formais de
acordo com a “norma padrão” ou “norma culta”.

3.3 - Fator profissional: Cada grupo profissional possui


um conjunto de nomes e expressões que se ligam à
atividade desempenhada; ou seja, esse fator trata do
jargão típico de cada área. O campo do Direito, por
exemplo, utiliza palavras relacionadas a leis, a artigos e
a determinados documentos, assim como a área da
Medicina utiliza um vocabulário que apenas os médicos
são capazes de entender.

4. Variação diafásica - A língua varia de acordo com o contexto comunicativo, isto é, a ocasião determina o modo de
falar, que pode ser formal ou informal. Esta variação, portanto, refere-se ao registro empregado pelo falante em
determinado contexto interacional, ou seja, depende da situação em que a pessoa está inserida.
Em uma palestra, por exemplo, um professor
deve utilizar a linguagem formal, isto é, aquela que
respeita as regras gramaticais da norma padrão. Por
outro lado, em uma conversa com os amigos, esse
mesmo professor pode se expressar de forma mais
natural e espontânea, sem a obrigação de refletir sobre a
utilização da língua de acordo com a norma culta.

O candidato deve saber que as variações linguísticas podem ser compreendidas a partir da análise de diferentes
fenômenos:
 Os grupos sociais que não possuem acesso à língua formal usam a língua, tanto na modalidade escrita como a modalidade
oral, de forma diferente;
 Um mesmo grupo social expressa-se de maneira diferentes. Isto significa que um mesmo grupo social utiliza a língua de
acordo com a situação de uso;
 Na fonologia, as diferenças são mais acentuadas, assinalando-se não só na emissão das vogais, como na das consoantes.
Questões
1) (ENEM) Motivadas ou não historicamente, normas prestigiadas ou estigmatizadas pela comunidade sobrepõem-se ao
longo do território, seja numa relação de oposição, seja de complementaridade, sem, contudo, anular a interseção de usos
que configuram uma norma nacional distinta da do português europeu. Ao focalizar essa ao longo do território, seja numa
relação de oposição, seja de complementaridade, sem, contudo, anular a interseção de usos que configuram uma norma
nacional distinta da do português europeu. Ao focalizar essa a pensar na bifurcação das variantes continentais, ora em
consequência de mudanças ocorridas no Brasil, ora em Portugal, ora, ainda, em ambos os territórios. CALLOU, D. Gramática,
variação e normas. In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. (orgs). Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007 (adaptado).O português
do Brasil não é uma língua uniforme.
A variação linguística é um fenômeno natural, ao qual todas as línguas estão sujeitas. Ao considerar as variedades
linguísticas, o texto mostra que as normas podem ser aprovadas ou condenadas socialmente, chamando a atenção do leitor
para
a) desconsideração da existência das normas populares pelos falantes da norma culta.
b) difusão do português de Portugal em todas as regiões do Brasil só a partir do século XVIII.
c) existência de usos da língua que caracterizam uma norma nacional do Brasil, distinta da de Portugal.
d) inexistência de normas cultas locais e populares ou vernáculas em um determinado país.
e) necessidade de se rejeitar a ideia de que os usos frequentes de uma língua devem ser aceitos.
2) (ENEM)
TEXTO I
Antigamente
Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos
braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir.
Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as
plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. Não ficava mangando na rua, nem escapulia do mestre, mesmo que não
entendesse patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro smart calçava botina de botões para comparecer todo liró
ao copo d’água, se bem que no convescote apenas lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram um precipício,
jogando com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pôr as barbas de molho
diante de um treteiro de topete, depois de fintar e engambelar os coiós, e antes que se pusesse tudo em pratos limpos, ele
abria o arco. ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983 (fragmento).
TEXTO II
Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-
se, pelo emprego de palavras obsoletas, que itens
lexicais outrora produtivos não mais o são no português
brasileiro atual. Esse fenômeno revela que
a) a língua portuguesa de antigamente carecia de termos
para se referir a fatos e coisas do cotidiano.
b) o português brasileiro se constitui evitando a
ampliação do léxico proveniente do português europeu.
c) a heterogeneidade do português leva a uma
estabilidade do seu léxico no eixo temporal.
d) o português brasileiro apoia-se no léxico inglês para
ser reconhecido como língua independente.
e) o léxico do português representa uma realidade
linguística variável e diversificada
3) (Pucpr) Qual o jeito correto de pronunciar Roraima?
“Roráima” ou “Rorâima”, como você preferir. É que, segundo os linguistas, as regras fônicas de uma palavra são
regidas pela língua falada. Portanto, não há certo ou errado. Há apenas a maneira como as pessoas falam.
O que se observa na língua portuguesa falada no Brasil é que sílabas tônicas que vêm antes de consoantes nasalizadas
(como “m” ou “n”) também se nasalizam (aperte o seu nariz e repita a palavra cama. Sentiu os ossinhos vibrarem? É a tal
nasalização). Por isso, a gente diz “cãma” – o “ca” é a sílaba tônica e o “m” é nasalizado. Se a sílaba que vier antes dessa
mesma consoante não for uma sílaba tônica, a pronúncia passa a ser opcional: você escolhe – “bánana” ou “bãnana”.
No caso de Roraima, a sílaba problemática (“ra”) é tônica e vem antes do “m”. Mas aí entra em cena o “i”, que acaba
com qualquer regra. A mesma coisa acontece com o nome próprio Jaime: tem gente que nasaliza, tem gente que não.
Então, fique tranquilo: se você sempre falou “Rorâima”, siga em frente – ninguém pode corrigi-lo por isso. No máximo,
você vai pagar de turista se resolver dar umas voltas por lá – os moradores do estado, não adianta, são unânimes em falar
“Roráima”. Marina Bessa. Disponível em: <super.abril.com.br/cultura/qual-jeito-corretopronunciar-roraima-447648.shtml>.
Indique a alternativa FALSA em relação ao texto.
a) As palavras andaime e Elaine são exemplos que comprovam que a presença do “i” acaba com a regra para explicar o
fenômeno, conforme mencionado no segundo parágrafo.
b) Nas entrelinhas, o texto mostra que a variação na pronúncia dos sons que compõem as palavras do vocabulário é um
fenômeno próprio das línguas.
c) O título do texto induz o leitor a esperar uma resposta que exclua uma das possibilidades de pronúncia, mas essa
expectativa acaba sendo contrariada.
d) A pronúncia da primeira sílaba da palavra camareira pode ou não ser nasalizada, pelo mesmo motivo que justifica o
fato com a palavra banana.
e) Pela regra apresentada no segundo parágrafo, pode-se deduzir que as palavras Ana, pano e cano são sempre
pronunciadas com a primeira vogal nasalizada.
4) (Upe) Verbos
A professora pergunta para a Mariazinha:
– Mariazinha, me dê um exemplo de verbo.
– Bicicreta! – respondeu a menina.
– Não se diz “bicicreta”, e sim “bicicleta”. Além disso, bicicleta não é verbo. Pedro, me diga você um verbo.
– Prástico! – disse o garoto.
– É “plástico”, não “prástico”. E também não é verbo. Laura, é sua vez: me dê um exemplo correto de verbo – pediu a
professora.
– Hospedar! – respondeu Laura.
– Muito bem! – disse a professora. Agora, forme uma frase com este verbo.
– Os pedar da bicicreta é de prástico!
ABAURRE, Maria Luiza e PONTARA, Marcela. Gramática – Texto: análise e construção de sentido. Volume único. São Paulo: Moderna, 2006.
A compreensão do texto leva o leitor a concluir que
a) a professora logrou êxito no seu intuito de ensinar a classe de palavras ‘verbo’.
b) embora os alunos soubessem o assunto, optaram por responder incorretamente.
c) os alunos e a professora demonstram domínio da mesma variedade linguística.
d) a resposta que foi considerada correta pela professora era, na verdade, incorreta.
e) somente Laura respondeu corretamente, o que demonstra seu domínio do assunto.
6. (Enem) Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos
nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual;
contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte,
Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita
o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um
sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the;
já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os
paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer. Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09
maio 1998 (fragmento adaptado).
Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de
diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se
a) na fonologia.
b) no uso do léxico.
c) no grau de formalidade.
d) na organização sintática.
e) na estruturação morfológica.

Potrebbero piacerti anche