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GRU, exclusivamente na Caixa Economica Federal sob os codigos UG 090017, GESTAO 00001 e recolhimento
18.710-0, nos termos da Resolucao 426 de 14 de setembro de 2011 c/c Resolucao 411 de 21/12/2010 ambas do
Conselho de Administracao do Tribunal Regional Federal da 3a Regiao. Apos, dirigir-se a Secao de Atendimento
do Arquivo Judiciario Central, na Rua Vemag, 668 - Vila Carioca - Sao Paulo, no periodo de 19 de janeiro a 02 de
fevereiro de 2015 das 9h as 19h, conforme Edital de Eliminacao de Autos Findos nº 52/2014 - CIVEL/SP,
publicado em 09/10/2014.
mento do Arquivo Judiciario Central, na Rua Vemag, 668 - Vila Carioca - Sao Paulo, no periodo de 19 de janeiro
a 02 de fevereiro de 2015 das 9h as 19h, conforme Edital de Eliminacao de Autos Findos nº 52/2014 - CIVEL/SP,
publicado em 09/10/2014.
09/10/2014.
2) Por Dependência:
II - Redistribuídos
Distribuídos____________________________: 000076
Distribuídos por Dependência______________: 000015
Redistribuídos__________________________: 000015
JUIZ(A) DISTRIBUIDOR(A)
7ª VARA CÍVEL
EDITAL DE INTIMAÇÃO
COM PRAZO DE 90 (NOVENTA) DIAS
O MM. Juiz Federal SILVIO LUÍS FERREIRA DA ROCHA, da 10ª Vara Federal Criminal de São Paulo, na
forma da lei, etc.,
FAZ SABER a todos que o presente edital virem, ou dele tiverem conhecimento, com prazo de 90 (noventa) dias,
que CLOVENILSON DE SOUZA BARBOSA, brasileiro, casado, filho de Manoel Clóvis de Barbosa de Souza e
Maria da Saúde Pereira de Souza, nascido aos 11.07.1976, em Juriti/PA, RG nº 1523692-7 SSP/AM ou
53.903.933 SSP/SP (na denúncia, consta o nº 15236927 SSP/PA), CPF nº 655.164.002-87, tendo como último
endereço conhecido Rua Francisco Gomes, nº 53, Jardim Paraíso, CEP: 02417-060, São Paulo/SP, estando em
local incerto e não sabido, foi denunciado pelo MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, nos autos do processo nº
0012197-34.2009.403.6181 como incurso no art. 334, 1º, e no art. 333, ambos do Código Penal, e como não foi
Vistos em sentença.
Na fase do art. 402 do Código de Processo Penal, as partes nada requereram (fls. 205).
Em memoriais, o Ministério Público Federal postulou a condenação do réu nos termos da denúncia, sustentando,
em resumo, que foram suficientemente comprovadas a prática dos crimes atribuídos a ele (fls. 213/218).
A defesa pugna pela absolvição, afirmando que as provas produzidas não confirmam a prática do delito previsto
no art. 333 do Código Penal, sendo que apenas a versão de Alexsander Ferreira da Silva milita em seu desfavor.
Quanto ao descaminho, argumentou que apenas fazia o transporte das mercadorias, não tendo agido com dolo.
Salientou que o réu possui pouca instrução e que se preocupava apenas em fazer o carreto e ser pago por ele (fls.
220/225).
É o relatório.
Fundamento e decido.
O artigo 399, 2º, do Código de Processo Penal, com redação dada pela Lei 11.719/08, explicitou o princípio da
identidade física do juiz, ao estabelecer que o magistrado que presidir a instrução deve proferir a sentença.
Conforme diversos precedentes do Superior Tribunal de Justiça, o dispositivo há de ser aplicado em consonância
com o artigo 132, do Código de Processo Civil, que igualmente trata do princípio da identidade física do juiz, mas
excepciona sua aplicação nos casos em que o juiz que participou da instrução tenha sido convocado, licenciado,
aposentado ou afastado por qualquer motivo, hipótese em que o feito poderá ser sentenciado pelo sucessor (artigo
3º, do Código de Processo Penal). Confira-se STJ, AgRg no AREsp 214163/DF, Sexta Turma, Rel. Ministra
Assusete Magalhães, DJe 10/05/13.
Considerando que o magistrado que presidiu a instrução do feito foi promovido para a 30ª Subseção Judiciária do
Estado de São Paulo/SP (cf. Resolução do TRF da 3ª Região nº 104, de 09.05.2013), esta magistrada pode proferir
sentença sem violação ao princípio da identidade física.
O processo tramitou de forma regular, com observância do contraditório e da ampla defesa. Não há preliminares a
I- Contrabando ou descaminho
A conduta narrada pelo parquet se subsume ao tipo penal do art. 334, 1º, c e d, do Código Penal, in verbis:
Art. 334 Importar ou exportar mercadoria proibida ou iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou
imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de mercadoria:
Pena - reclusão, de um a quatro anos.
1º - Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)
a) pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei; (Redação dada pela Lei nº 4.729, de
14.7.1965)
b) pratica fato assimilado, em lei especial, a contrabando ou descaminho; (Redação dada pela Lei nº 4.729, de
14.7.1965)c) vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou
alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, mercadoria de procedência estrangeira que introduziu
clandestinamente no País ou importou fraudulentamente ou que sabe ser produto de introdução clandestina no
território nacional ou de importação fraudulenta por parte de outrem; (Incluído pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)d)
adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial,
mercadoria de procedência estrangeira, desacompanhada de documentação legal, ou acompanhada de documentos
que sabe serem falsos. (Incluído pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)2º - Equipara-se às atividades comerciais, para os
efeitos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive o
exercido em residências. (Redação dada pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)
3º - A pena aplica-se em dobro, se o crime de contrabando ou descaminho é praticado em transporte aéreo.
(Incluído pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965)
A materialidade restou comprovada pelos seguintes documentos: auto de prisão em flagrante (fls. 2/8), boletim de
ocorrência n.º 6507/2009 (fls. 10/13), auto de exibição e apreensão (fls. 14/16), auto de infração e termo de
apreensão e guarda fiscal (fls. 107/110), ofício oriundo da Receita Federal do Brasil anexado a fls. 106 e
declaração de revelia acostada a fls. 20 dos autos apensos.
O ordenamento dispensa a necessidade de exame pericial direto quando os vestígios houverem desaparecido
(artigo 158 e 167, do Código de Processo Penal). Considerando que a autoridade fiscal determinou a aplicação da
pena de perdimento das mercadorias (fls. 20 dos autos apensos), o auto de infração e termo de apreensão e guarda
fiscal é hábil a comprovar a materialidade delitiva, sendo inclusive dispensável que consigne expressamente o
valor dos tributos sonegados, pois a Receita Federal do Brasil, órgão responsável pela apuração do crédito
tributário, informou qual foi valor do tributo sonegado (fls. 106).
Como bem mencionado pelo Ministério Público Federal (fls. 214), [o] documento de fl. 106 da lavra da Receita
Federal permite calcular, em vista da quantidade de cigarros apreendidos em poder do acusado [80 caixas], o valor
dos tributos sonegados: R$ 98.855,98 (noventa e oito mil oitocentos e cinqüenta e cinco reais e noventa e oito
centavos).
Certa a materialidade, passo ao exame da autoria.
As mercadorias foram apreendidas em poder do acusado, quando conduzia veículo que as acondicionava.
A testemunha Alexsander Ferreira da Silva, policial militar que participou da abordagem, afirmou que, no dia dos
fatos, estavam realizando um bloqueio denominado direção segura e por volta das 3h50 avistaram uma Van
branca no final da avenida que, ao perceber o bloqueio, desligou os faróis, engatou a marcha ré e tentou fugir. Ele
e seu parceiro [Roberto Adão Junior] conseguiram interceptá-lo e verificaram que o réu transportava diversas
caixas de cigarro contrabandeado (cf. depoimento registrado em CD - fls. 210).
O policial militar Roberto Adão Junior, referido pela testemunha acima, prestou depoimento no auto de prisão em
flagrante. Relatou que o acusado tentou fugir do bloqueio, tendo sido interceptado por ele e por Alexsander. Disse
que ao ser indagado sobre o motivo de tentar escapar à atuação policial, respondeu que o fez porque transportava
uma carga que iria lhe complicar. CLOVENILSON teria admitido que transportava cigarro paraguaio e que teria
adquirido a carga de um desconhecido em um posto de gasolina na via marginal Tietê. De acordo com a
testemunha, o veículo conduzido pelo acusado estava completamente carregado com caixas de cigarros advindos
do Paraguai (fls. 5).
Ao ser preso, CLOVENILSON afirmou que um conhecido, de apelido Zé, demais dados ignorados, que lhe
ofereceu uma carga de cigarros paraguaios, descaminhados, para que fossem vendidos na feira da madrugada na
Não há dúvidas de que o réu, de maneira livre e consciente, recebeu cigarros oriundos do Paraguai,
desacompanhados da respectiva documentação legal. Tais cigarros seriam vendidos na região da Rua Vinte e
Cinco de Março, ou na feira da madrugada, restando patente a finalidade mercantil, diante da expressiva
quantidade apreendida (80 caixas).
O fato de o réu ter alegado, em juízo, que desconhecia o teor da carga que transportava, é irrelevante para a
caracterização da sua responsabilidade pela prática do delito, uma vez que tinha consciência, segundo ele próprio
relatou, da ilegalidade dos produtos. Ademais, a tentativa frustrada de burlar o bloqueio policial e a afirmação de
que, atualmente, não mexe mais com isso, reforçam a conclusão de que tinha consciência da natureza ilícita das
mercadorias que tinha em seu poder.
Também não mitiga a sua participação no crime a versão de que as mercadorias pertenciam a Zé Paraíba, pois, no
mínimo, CLOVENILSON aderiu ao dolo do tal Zé, contribuindo, ativamente, para que as mercadorias pudessem
ser vendidas no comércio informal, nos termos do artigo 29, caput, do Código Penal.
Anoto que as testemunhas da defesa José Luis Figueredo Bruce e José Raimundo Pereira de Oliveira apenas
confirmaram que o réu trabalha com carretos, há longa data, nada acrescentando sobre a elucidação dos fatos em
exame.
A relação de contrariedade entre a conduta e o ordenamento jurídico decorre de sua perfeita subsunção formal e
material ao tipo legal, pois ausentes quaisquer causas excludentes da ilicitude.
Finalmente, não estão presentes quaisquer causas que atenuem ou eliminem a culpabilidade ou juízo de
reprovação da conduta. Vejamos:
O acusado, ao tempo da ação, era imputável, pois possuía capacidade de querer e entender as proibições jurídicas
(artigos 26, 27, 28, 1º, do Código Penal). Detinha potencial consciência da ilicitude de sua conduta, em especial
porque trabalha diariamente com o transporte de mercadorias.
Além disso, a conduta foi praticada dentro de circunstâncias de normalidade, de forma que era exigível
comportamento diverso do acusado, que não agiu sob coação ou em obediência a ordem hierárquica (artigo 22).
Assim, ausentes causas excludentes de ilicitude e da culpabilidade, reconheço presentes todos os elementos
constitutivos do delito previsto no artigo 334, 1º, alíneas c e d, do Código Penal Brasileiro.
Passo a fundamentar a dosimetria da pena, seguindo sistema trifásico previsto no artigo 68 do Código Penal.
Na primeira fase (art. 59, CP), no exame da culpabilidade, considerada como juízo de reprovação que recai sobre
o autor de um fato típico e ilícito, verifico que se ateve aos lindes normais do tipo em questão.
O acusado não ostenta antecedentes criminais e não constam nos autos quaisquer elementos que comprovem algo
desabonador de sua conduta social e personalidade.
Quanto aos motivos do crime, não há nada de relevante a ser considerado. As circunstâncias são normais à espécie
delitiva e o Estado, vítima do delito, não contribuiu para a conduta delitiva.
As consequências do delito não justificam a majoração da reprimenda penal, pois o valor do tributo sonegado não
pode ser considerado exorbitante, aproximadamente noventa e oito mil reais, cifra que não é alta diante dos
valores que ordinariamente se observa em lançamentos fiscais que materializam delito de sonegação fiscal. O fato
de se tratar de cigarro igualmente não justifica a majoração da pena, pois se trata de produto que sempre causa
males à saúde, de forma que sua criminalização como contrabando, infelizmente, volta-se muito mais à proteção
de interesses de grandes indústrias tabagistas.
Desta forma, fixo a pena base no mínimo legal de um ano de reclusão.
O crime de corrupção ativa, conforme imputado pela acusação, encontra-se tipificado no art. 333 do Código
Penal, in verbis:
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou
retardar ato de ofício:Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de
12.11.2003)
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda
ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.
A versão do acusado não convence, em especial porque não se vislumbram motivos para que os policiais tenham
faltado com a verdade quando depuseram perante a Autoridade Policial e, quanto ao policial Alexsander, quando
prestou depoimento em juízo. Sabe-se que é possível que policiais militares, pela pouca formação jurídica,
permitam que o corruptor pratique atos materiais para concretizar o pagamento de quantia já oferecida, no
A relação de contrariedade entre a conduta e o ordenamento jurídico decorre de sua perfeita subsunção formal e
material ao tipo legal, pois ausentes quaisquer causas excludentes da ilicitude.
Finalmente, não estão presentes quaisquer causas que atenuem ou eliminem a culpabilidade ou juízo de
reprovação da conduta. Vejamos:
O acusado, ao tempo da ação, era imputável, pois possuía capacidade de querer e entender as proibições jurídicas
(artigos 26, 27, 28, 1º, do Código Penal).
Além disso, a conduta foi praticada dentro de circunstâncias de normalidade, de forma que era exigível
comportamento diverso do acusado, que não agiu sob coação ou em obediência a ordem hierárquica (artigo 22).
Assim, ausentes causas excludentes de ilicitude e da culpabilidade, reconheço presentes todos os elementos
constitutivos do delito previsto no artigo 333, do Código Penal Brasileiro.
Passo a fundamentar a dosimetria da pena, seguindo sistema trifásico previsto no artigo 68 do Código Penal.
Na primeira fase (art. 59, CP), no exame da culpabilidade, considerada como juízo de reprovação que recai sobre
o autor de um fato típico e ilícito, verifico que se ateve aos lindes normais do tipo em questão.
O acusado não ostenta antecedentes criminais e não constam nos autos quaisquer elementos que comprovem algo
desabonador de sua conduta social e personalidade.
Quanto aos motivos do crime, não há nada de relevante. As circunstâncias são normais à espécie delitiva e o
Estado, vítima do delito, não contribuiu para a conduta delitiva. As consequências do delito não justificam a
majoração da reprimenda penal, pois não houve corrompimento de servidores depois da oferta do dinheiro.
A dosimetria da pena de multa deve obedecer aos mesmos critérios de fixação da pena privativa de liberdade,
atendendo-se, principalmente, à situação econômica do réu (artigos 59 e 60, do Código Penal). Neste sentido:
CRIMINAL. RESP. PECULATO-FURTO. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO ART. 619 CPP. AUSÊNCIA DE
CONTRADIÇÃO OU AMBIGÜIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EVIDENTE PROPÓSITO
INFRINGENTE DO JULGADO. OFENSA A DISPOSITIVO DE LEI FEDERAL. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. PLEITO DE DESCLASSIFICAÇÃO PARA O DELITO DE ESTELIONATO.
SERVIDOR PÚBLICO. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. ÓBICE DA SÚMULA 7/STJ.
NÃO-CONHECIMENTO. PENA DE MULTA. SITUAÇÃO ECONÔMICA DO RÉU. SÚMULA 7/STJ.
DOSIMETRIA DA PENA PECUNIÁRIA. ILEGALIDADE NÃO DEMONSTRADA. PROVA PERICIAL.
INDEFERIMENTO DE DILIGÊNCIA REQUERIDA NA FASE DO ART. 499 DO CPP. FACULDADE DO
JUIZ. CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. NOTIFICAÇÃO PRÉVIA DO ACUSADO.
DISPENSABILIDADE. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E DESPROVIDO.(...)
VII - É imprópria a alegação de deficiência na fixação da pena de multa, se a mesma foi correta e
Tendo em vista que CLOVENILSON, mediante mais de uma ação, praticou dois crimes diversos (concurso
material heterogêneo), as penas acima fixadas devem ser somadas, totalizando 3 (três) anos de reclusão e 10 (dez)
dias-multa (1 ano do descaminho + 2 anos e 10 dias-multa pela corrupção ativa).
Quanto ao valor do dia-multa, fixo-o em um trigésimo do salário mínimo nacional vigente à data do fato, pois não
há elementos categóricos relativos à situação financeira do acusado, que demonstrou, em seu interrogatório, ser
pessoa de poucas posses (artigo 49, 1º, e artigo 60, ambos do Código Penal).
O acusado não é reincidente, portanto, diante do quantum da pena fixada, cabível o regime aberto, conforme o
artigo 33, 2º, alínea c e 3º, do Código Penal.
Diante do quantum de pena privativa de liberdade aplicada, é cabível sua substituição por pena restritiva de
direito, pois o acusado não é reincidente, o delito foi praticado sem violência ou grave ameaça e as circunstâncias
judiciais indicam que a substituição é suficiente para reprovação e prevenção (artigo 44 do Código Penal).
Assim, substituo a pena de reclusão imposta ao acusado, sem prejuízo da pena de multa, por duas penas restritivas
de direitos, nos termos do artigo 44, 2º, do Código Penal.
Já tendo sido fixada pena de multa quanto ao delito de corrupção ativa (súmula 171 do STJ), entendo ser
suficiente e razoável a substituição por uma pena de prestação de serviços à comunidade e uma pena de limitação
de fim de semana.
Deixo de efetuar a substituição por pena de prestação pecuniária, pois há indícios de que esta, em que pese seu
efeito retributivo, afetará diretamente o sustento do acusado, que demonstrou ser pessoa de poucas posses (fls.
209-210). Além disso, a fixação de prestação pecuniária em valor baixo não atenderia às finalidades da
reprimenda penal, em especial porque o réu já sofreu prejuízo material pela perda das mercadorias pelas quais
supostamente pagou e pela apreensão de R$ 2.500,00 que ofereceu aos policiais.
Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE a pretensão punitiva deduzida na denúncia, para o fim de CONDENAR
o réu CLOVENILSON DE SOUZA BARBOSA, brasileiro, casado, filho de Manoel Clóvis de Barbosa de Souza
e Maria da Saúde Pereira de Souza, nascido aos 11.07.1976, em Juruti/PA, RG nº 1523692-7 SSP/AM ou
53.903.933 SSP/SP (na denúncia, consta o n.º 15236927 SSP/PA), CPF nº 655.164.002-87, como incurso nas
penas previstas no art. 334, 1º, alíneas c e d, e no art. 333, na forma do art. 69, todos do Código Penal, impondo-
lhe a pena de três anos de reclusão, a ser cumprida inicialmente no regime aberto, além de pena pecuniária de dez
dias-multa, cada qual equivalente a um trigésimo do salário mín imo nacional vigente à data do fato (outubro de
2009).
Substituo a pena privativa de liberdade fixada por uma pena de prestação de serviços à comunidade e uma pena de
limitação de fim de semana, ambas com mesma duração da pena privativa de liberdade substituída (artigo 55, do
Código Penal), conforme condições a serem fixadas pelo juízo das execuções, nos termos dos artigos 46 e 48 do
Código Penal.
O réu tem o direito de apelar em liberdade, pois não há elementos a justificar a decretação da prisão preventiva
(artigo 387, 1º, do CPP).
Condeno o réu ao pagamento das custas e despesas processuais, nos termos do artigo 804, do CPP (STJ, REsp
81.304/DF, Quinta Turma, Rel. Ministro Edson Vidigal, DJ 14/09/98).
I - Distribuídos
1) Originariamente:
2) Por Dependência:
Distribuídos____________________________: 000173
Distribuídos por Dependência______________: 000001
Redistribuídos__________________________: 000000
JUIZ(A) DISTRIBUIDOR(A)
ATA DE DISTRIBUIÇÃO AUTOMÁTICA
2) Por Dependência:
II - Redistribuídos
Distribuídos____________________________: 000309
Distribuídos por Dependência______________: 000018
Redistribuídos__________________________: 000005
JUIZ(A) DISTRIBUIDOR(A)
ATA DE DISTRIBUIÇÃO AUTOMÁTICA
I - Distribuídos
1) Originariamente:
2) Por Dependência:
II - Redistribuídos
Distribuídos____________________________: 000205
Distribuídos por Dependência______________: 000006
Redistribuídos__________________________: 000003
JUIZ(A) DISTRIBUIDOR(A)
ATA DE DISTRIBUIÇÃO AUTOMÁTICA
I - Distribuídos
1) Originariamente:
2) Por Dependência:
Distribuídos____________________________: 000576
Distribuídos por Dependência______________: 000006
Redistribuídos__________________________: 000000
JUIZ(A) DISTRIBUIDOR(A)