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A mecanização agrícola pode ser interpretada de várias maneiras. Para uns é sinónimo de
tractorização, enquanto que para outros pode implicar o aumento de produção por trabalhador e
por hectare de terra cultivada.
Uma operação agrícola moderna envolve o uso de vários insumos ou "inputs" no ciclo de
produção. Estes insumos incluem, sementes, água de rega, fertilizantes, herbicidas e insecticidas e
o equipamento agrícola. O equipamento agrícola por si só não multiplica a produção, mas actua
como um instrumento para assegurar um resultado desejado, com a aplicação dos outros
insumos.
Então pode-se dizer que o equipamento agrícola e as técnicas associadas com o seu uso,
constituem duma maneira geral, o campo da Mecanização Agrícola.
A matéria a ser considerada neste campo, em termos de exploração agrícola é regra geral
dividida em dois grandes grupos:
A Maquinaria da Exploração
Ainda que as tarefas agrícolas duma exploração sejam feitas por um implemento agrícola,
ele não poderá funcionar se não aliado por uma forma de energia. Daqui se depreende que a
maquinaria e a fonte de potência são complementares.
Essas operações podem num todo ou em parte serem mecanizadas. Algumas são
realizadas manualmente como a sacha ou a colheita de alguma fruta. Outras como o
beneficiamento do solo e o seu preparo são geralmente mecanizadas.
Estes termos embora muitas vezes usados como sinónimos, têm significados diferentes
em mecânica agrícola.
Máquina - conjunto de órgãos restringidos nos seus movimentos por obstáculos fixos e
de resistência suficiente para transmitir o efeito de forçar e transformar energia.
2 .O PREPARO DO SOLO
2.1 INTRODUÇÃO
O solo providencia a base para qualquer actividade cultural. Ele alimenta a semente
desde a germinação até ao crescimento completo, e providencia a base para a multiplicação da
cultura, produção de alimentos e fibras.
O grau de desbravamento depende do uso final que se irá dar á terra, assim:
- Condições do solo - solos leves como os areno-francos, retêm as raízes mais levemente
que os argilosos pesados, que neste caso as raízes devem ser cavadas antes da remoção das
árvores. A presença de rochas e troncos também afectam o tipo de equipamento a seleccionar.
De qualquer modo nunca devemos esquecer, que seja qual for o método de
desbravamento, o objectivo é conservar a camada superior do solo, "top soil", pois esta perda
pode estar associada á remoção de árvores e outro tipo de vegetação, se o solo vier a ser usado
para fins agrícolas.
- Corte da vegetação ao nível do solo e sua recolha para queima. As raízes são deixadas
para decomposição ou para serem retiradas posteriormente.
Esses tractores são munidos de lâminas dianteiras, lisas ou dentadas, que cortam ou arrancam as
plantas. As lâminas podem estar munidas de "facões" ou "ferrões" que cortam ou quebram os
troncos e tocos. Eles podem também estar equipados de correntes grandes e pesadas que ao
serem arrastadas, vão tombando, desenraizando e arrancando a vegetação.
Os tipos de lâminas mais vulgarmente utilizados na parte frontal dos tractores de esteiras
são:
As partes actuantes da lâmina desmatadora do tipo k/g são as que se seguem e podem ser
vistas nas figuras 2.2a e 2.2b.
A barra de guia serve para proteger o tractor e tractorista e empurrar o material cortado
para a frente e para a direita, não é barra de derrubar ou de forçar, devendo fazer o contacto com
a vegetação depois da borda cortante.
- O ferrão serve para rachar e enfraquecer as árvores grandes, afim de serem cortadas numa
só passada e, tambem para lascar fora parte dos tocos, quando cortando-os rente ao chão.
2.4.2.2 O CORRENTÃO
O correntão usado em desbravamento é o mesmo que se usa na amarra e ancoragem de
navios. São feitos com elos de aço com diâmetros de 45 a 70 mm e comprimentos de 80 a 150
m, e por vezes mais. Sua classificação depende do peso, Kg/m, e seu comprimento.
O uso deste método para ser eficiente deve ter uma área mínima que justifique o seu
transporte até ao local, pois as operações de carga e descarga, são difíceis e por vezes caras.
Outro limitante é a densidade da vegetação (até aprox. 2500 itens por hectare), e o diâmetro
das árvores (inf. a 45 Cm).
Durante a utilização do Correntão deve-se usar anéis giratórios, que funcionam como
distorcedores, facilitando a acção do correntão.
Além das laminas e correntões também se usam os seguintes equipamentos nos trabalhos
de desbravamento:
2.4.2.3 O TREE-PUSHER
O uso do correntão de ferro pode ser mais efectivo se usado em conjunto com Tree-
pusher, que pode derrubar as árvores maiores.
Uma das extremidades é fixa no tractor, a outra tem uma lança com ponta (um braço) e é
o que realiza o trabalho de empurrar a árvore, encostando a ponta da lança no tronco da árvore a
3, 4 ou 5 metros (baseado no princípio da alavanca, no caso formada pela própria árvore)
fazendo-a tombar.
2.4.2.4 O ROLO-FACA
O cilindro do rolo faca é um tambor que pode funcionar vazio ou cheio de água ou areia,
conforme o peso requerido.
São grades robustas de arrasto (atreladas), com discos grandes (30 a 36") e recortados,
podem realizar bom trabalho de desmatamento, quando a vegetação for de pequeno diâmetro. A
grade vai tombando a vegetação, os discos vão rolando sobre o material, picando-o e
incorporando-o parcialmente no solo.
Após a operação de arrancamento da vegetação é feita a limpeza da gleba, e esta pode ser feita
com o seguinte equipamento: Lâminas frontais especiais do tipo K/G, Lâminas frontais do tipo
Bulldozer e/ou Ancinhos ou "rake".
O material arrancado ou cortado é amontoado em leiras, daí porque esta operação recebe
o nome de enleiramento.
O correntão, puxado por dois tractores de esteiras da mesma potência, leva vantagem,
em termos de rendimento, em relação a outros sistemas. No entanto ele só pode ser usado
quando a vegetação for constituída de árvores até 45 cm de diâmetro, não muito densas, em
solos secos de topografia boa e regular.
Quanto ao tamanho, o correntão deve ter 2 a 3 vezes mais que a distancia entre os dois
tractores, quer dizer que a distancia entre tractores deverá ser 1/3 do comprimento do correntão.
O arrancamento da vegetação deve ser feito em faixas, quanto mais longas maior o
rendimento. Um tractor desloca-se por dentro da vegetação, e o outro pela faixa já desbastada.
Por vezes é necessário duas passadas pela mesma faixa, numa primeira passada a
vegetação, ou parte só tomba, necessitando uma segunda passada, em sentido contrário, o que
na prática se chama o "arrepio". Deve-se no entanto evitar essa situação, que encarece muito os
custos do desmatamento.
Cte = V*L*Ef/10000
onde:
Caso se utilize o arrepio o Cte terá de ser multiplicado por um factor 0,5.
Cte = (V*L*Ef/10000)*0.5
Tal como ilustra a figura 2.7 deslocamento da máquina deve ser no sentido anti-horário e
deve deslocar desmatando uma faixa. O tractor avança contínuamente, cortando rente ao chão
tudo o que estiver á sua frente. O material cortado escorrega pelo lado direito da lâmina, ficando
sempre limpa a parte da frente do tractor. O material vai sendo junto formando um cordão do
lado direito .
A lamina frontal pode ser usada para desmatação de qualquer tipo de vegetação. No
entanto, para áreas com plantas de diâmetros inferiores a 30 cm, deve-se preferir o correntão,
que apresenta maior rendimento.
Caso existam árvores para aproveitamento da sua madeira, na zona a desmatar estas
deverão ser deixadas intactas, para posteriormente se fazer o derrube com moto-serras.
Grande parte do material pode ser aproveitado para carvão, lenha, moirões de cerca ou
outros fins.
2.5.3 O ENLEIRAMENTO
O restolho deve ser enleirado, onde posteriormente o material vai-se decompor ou ser
queimado. Vendo a fig. 2.8, deve-se realçar o seguinte:
- As leiras devem ser dispostas em nível, caso não seja possível devem ser colocadas no
sentido de cortarem o escoamento das águas e espaçadas de 60 a 100 metros.
- O enleiramento pode ser feito com lâminas K/G ou com ancinhos especiais, os quais
dão melhores rendimentos.
Geralmente uma só passagem com a grade é suficiente, podendo-se no entanto dar uma
segunda passagem com uma grade mais leve, com o objectivo de nivelar ou acertar o terreno.
Este tipo de preparo do solo, envolve geralmente movimentar terras de um lado para
outro (da zona desbravada) usando o seguinte equipamento:
- Bulldozer - onde a lâmina corta e empurra o solo até á zona onde necessita de ser cheia.
Geralmente, é usada para levar terra até uma distancia de 25 m.
- Criar uma boa cama para a semente, quer física, química e biológicamente, adequando o
crescimento da cultura.
- Deixar o terreno em condições para que o ar possa circular fácilmente através dele.
3.1. Introdução
O arado é o implemento mais usado para se fazer uma lavoura e é tambem conhecido por
charrua. A lavoura pode ser feita por outros implementos como a enxada rotativa, o arado
gradeador e a grade.
É muito difícil, ou mesmo impossível saber-se quando, onde e que povo, pela primeira
vez fez uso de um arado. A história do arado confunde-se com a do homem sedentário e da
agricultura. Os povos da antiguidade, atribuiam a idealização do arado aos seus deuses Ceres,
Minerva e Osíris. Na China eram usados há 3.000 anos antes de Cristo e consta que na
Mesopotâmia há uns 5.000 a. C..
Figura 3.1-
Arado
Clássico
Primitivo
“Marrecha”
Embora o uso do arado tenha sido feito por vários povos na antiguidade, a sua evolução e
aprefeiçoamento foi muito lenta.
As charruas de aivecas são constituidas por diversos orgãos com diferentes funções, tal
como esta patente na figura 3.3, mas podemos pô-los em dois grandes grupos:
— orgãos activos.
— orgãos não activos ou de engate e suporte.
Orgãos activos são aqueles que contactam ou realizam trabalho no terreno, e numa
charrua de aiveca são os seguintes:
— Sega - colocada á frente da aiveca. Sua função, é cortar a terra e preparar a parede
vertical do rego, diminuindo o esforço e desgaste no peito da aiveca.
1. De faca ou recta.
2. De disco.
— Relha - é uma peça em forma de trapézio, colocada na parte da frente da aiveca, tem como
função fazer o corte horizontal da terra, no fundo do rego.
As relhas podem ter várias formas, entre elas as mais conhecidas são a recta, bico de pato
e formão móvel (Figura 3.5). A relha recta possui um canto fortemente aguçado, a de bico de
pato pode ser utilizada em terrenos pedregosos e a de formão móvel é a mais utilizada, pois é
ajustável e afiado dos dois lados, podendo-se revirá-lo quando um dos lados se gasta, e pode-se
afiá-lo e voltar a usar.
— Formão - barra de ferro aguçada em bizel, tem por finalidade facilitar o abicamento ou
penetração da charrua e evitar o desgaste excessivo da relha.
— Chapa de encosto - é uma chapa que está no prolongamento do bico da relha, recebendo a
força lateral provocada pelo reviramento da leiva, e encosta na parede lateral do rego. Serve
para orientar a charrua e alinhar o tractor e o rego.
As aivecas de uso geral, implicam um corpo adequado para trabalho superficial contínuo até
uma profundidade de 200 mm. (números 1 e 3 da Figura 3.5)
Estes termos básicos são várias vezes suplementados por "alta velocidade" que pode
implicar, baixa necessidade de tracção, partes gastas fácilmente renováveis ou dispositivos
especiais de protecção contra obstáculos. (números 3 e 4 da Figura 3.5)
São os que fazem a ligação dos orgãos activos á estrutura do conjunto e deste ao tractor.
Sendo os principais os seguintes:
— Alavanca de reviramento - é a haste que tem por função virar os orgãos activos da
charrua, para cortar nouto sentido. Só se encontra em charruas reversíveis, caso o reviramento
seja automático, existe uma corrente de reversão.
a) Relha
Relha efectua o corte horizontal do prisma, iniciando o seu volteio. Sua forma é
trapezoidal e está disposta num ângulo de aproximadamente 45 graus em relação á direcção do
avanço.
Sua superfície adopta uma ligeira inclinação ou ângulo de penetração, para assegurar a
profundidade de trabalho, que está compreendida entre 15 a 20 graus. O arado de aivecas
necessita de duas sucções por baixo da aresta de corte. Estas são chamadas de sucção vertical e
horizontal.
A razão para estas sucções é bem explicada pela analogia com o pé humano. No pé há
um arco, por dentro, que o ajuda a soltar-se da terra. Da mesma maneira, a sucção no fundo da
aiveca, entre a ponta da relha e o calcanhar ou talão, ajuda a aiveca na marcha pelo solo.
Também há uma sucção, quando a aiveca é deitada horizontalmente, corespondendo estes
angulos a dimensões que vão de 0,48 a 1,25 cm, dependendo do projecto, se a sucção for
insuficiente a aiveca não operará a uma profundidade e largura desejada.
A relha apoia-se no solo pela aresta anterior ou fio, e o seu extremo (que é o primeiro a
entrar em contacto com o solo) é submetido a intenso desgaste. Para lhe dar maior horas de
utilização pode adoptar várias formas, que o reforçam e inclusive pode prover-se de uma ponta
postiça, chamada formão ou barra rectangular de ponta aguçada, que se pode avançar á medida
que se desgasta.
Quando a relha e o formão tiverem o fio, o estado deste condicionam em caso de não
reunir características adequadas a um aumento do esforço do tractor.
b) Aiveca
Aiveca com a relha, são as peças básicas que definem o arado e o seu trabalho, dando
continuação á relha, efectua a elevação, giro duplo e desagregação do prisma. Sua superfície
adopta diversas formas, de acordo com a qualidade da terra a trabalhar e o tipo de lavoura que se
deseja.
Os modelos básicos das aivecas são os seguintes e podem ser vistos na figura 3.6:
Helicoidal, o prisma experimenta uma torsão lenta e relativamente suave, é ideal para solos
pesados.
De tiras, emprega-se quando o terreno é pegajoso e custa a deslizar pela superfície da aiveca.
Qualquer destas formas pode ser curta ou comprida, as primeiras para terras ligeiras e
secas, as segundas para terrenos fortes e húmidos.
Afim de diminuir a fricção entre o prisma de terra e o arado, pode-se utilizar uma lamina
de água entre ambos. A diminuição do coeficiente de fricção chega até 80% para um teor de
humidade do solo entre 22 e 24% , com uma diminuição da força na barra da ordem dos 60% .
Empregam-se pulverizadores entre a relha e a aiveca, alimentados por água á pressão a partir de
A aiveca é sólidamente unida por parafusos ao corpo ou núcleo e apoia a parte posterior
(orelha) mediante um perno sobre o encosto lateral. A parte média que recebe o impacto do
prisma e inicia o volteio chama-se estômago ou ventre.
Como materiais utiliza-se a chapa de aço endurecida na sua superfície para diminuir o
desgaste. O tipo triplex, consta de três capas, a inferior e superior de aço duro e a intermédia de
aço macio que actua como amortecedor, absorvendo os impactos sem se romper.
c) A Sega
A função da sega é de efectuar o corte vertical do terreno, é colocada sobre o timão do
arado á frente da relha e aiveca. A sua presença não é imprescindível, e para determinadas
lavouras pode ser desmontada.
. Sega recta ou de faca, adopta a forma de uma peça de aço de secção triangular
e de forma parecida a uma faca com o gume virado para a frente. É unida ao timão pelo extremo
superior por um entalhe, o extremo inferior fica acima do formão ou extremo da relha e um
pouco mais adiantado, com o objectivo de facilitar o corte vertical. Em alguns modelos a sega e
o extremo da relha unem-se. Apresenta uma ligeira inclinação de uns 5 graus em relação á chapa
de encosto e em relação á perpendicular é de 30 a 35 graus (Figura 3.7).
d) A Chapa de Encosto
Consiste em uma placa de aço que limita um dos bordos da aiveca, apoia-se pela parte
traseira, que é reforçada por uma peça recambiável chamada talão ou calcanhar, enquanto que a
parte frontal encaixa na forma que a relha adopta. Protege o arado da fricção lateral contra a
parede do sulco, absorvendo os esforços que se produzem lateralmente.
e) Corpo ou Núcleo
É uma peça de ferro fundido maleável, com rigidez suficiente, sobre cujas as faces se
montam a relha, a aiveca, o formão (se houver), e a chapa de encosto, ao mesmo tempo que se
une ao chassis ou timão, por intermédio da coluna ou teiró.
É a viga que une os elementos de trabalho ou activos com o chassis. Consiste num braço
que pode ter várias formas, indeformável perante os esforços a suportar, pois variar a sua
simetria significaria variação na regulação do arado,e com isso a qualidade de trabalho.
Dada a grande capacidade de tracção dos tractores actuais e para evitar avarias ou
possíveis rupturas por travamento do arado durante a lavoura, enquanto o tractor continuaria a
sua marcha, idealizaram-se uma série de sistemas de segurança para protecção do arado.
Em alguns modelos consiste em que a coluna possa girar para trás sobre o eixo que a une
ao chassis, vencendo a resistencia de uma mola ou de um parafuso que actua como fusível. Em
outros modelos, o dispositivo de segurança é situado no cabeçote de engate do terceiro ponto,
de forma que sempre que o esforço no terreno é superior á tensão de uma mola de segurança,
esta comprime desengatando o implemento. Um outro método de protecção é o trabalho em
regime de esforço constante, com o hidráulico do tractor.
É uma peça montada sobre o timão, com posição adiantada em relação á aiveca, logo atrás
da sega de disco. Sua forma é análoga á aiveca, mas em tamanho reduzido, pois tem por função
cortar um pequeno prisma de terra, que é depositado no oco que deixa quando um prisma
assenta no outro. Emprega-se em solos cuja vegetação se deseja enterrar completamente assim
como restos vegetais ou abono organico e esterco depositado sobre o solo se deseja enterrar
completamente.
Como nos arados de aivecas, as peças destes arados se classificam em activas e não
activas, sendo a parte activa os discos fazendo estes o trabalho da relha do formão da aiveca e
dos acrescentos.
3.3.1 Classificação
Montado
Semi-montado
Rebocado ou de arrasto
- Corpo, Chassis ou Viga Principal - pode ser de estrutura tubular ou monobloco, nele
estão acoplados os restantes orgãos, formando assim o esqueleto ou estrutura principal do arado.
- Roda Guia - componente responsável pela estabilidade lateral do arado assim como
pelo controlo da profundidade de
aração.
O prisma de terra cortado pela aiveca é substituído aqui por uma banda de solo de secção
plana na parte superior correspondente á superfície do terreno e cujos os lados são curvos de
secção elíptica. O fundo do sulco ou soleira plana desaparece para dar lugar a um fundo curvo
em forma de cristas, pelo passo de cada disco.
O seu emprego é recomendável em solos com possibilidade de oferecer prisões á passagem dos
implementos, em solos arenosos, pois o disco é menos exposto á abrasão e o gume sofre menos
desgaste, visto ser muito amplo (ao longo do perímetro), ainda que diminua uns centimetros de
diâmetro.
O arado de discos é traccionado dentro do solo pelo seu peso próprio e não devido á
sucção como no caso das aivecas, por isso os arados de discos são construídos com mais peso
do que os outros tipos e ocasionalmente pesos adicionais são incorporados para ajudar a
penetração.
3.3.4 Discussão
A liberdade é minima nos conjuntos montados pois estão interligados por três pontos,
constituindo practicamente uma peça única.
Os arados de discos podem ser do tipo que joga terra só para um lado, á direita do
tractorista, estes são os arados fixos, e podem ser reversíveis, ou seja os discos mudam de
posição (são tombados), podendo jogar terra para um lado e para o outro. Os arados reversíveis
podem tomar outros nomes como, arados de tombo de vai-vem e de encosta.
Os arados fixos são mais leves, exigem menor esforço de tracção, são mais baratos e
mais sólidos. A maioria dos arados de discos existentes são do tipo fixo, embora do ponto de
vista do controlo da erosão se deva preferir os reversíveis.
Estes arados podem ter discos lisos ou recortados, são mais comuns e recomendados
para a maioria das situações os de discos lisos. Os de discos recortados são indicados para
terrenos mais sujos, em palhadas de milho ou de arroz, em canaviais, etc, quando se exige um
trabalho mais eficaz de picagem ou trituração. Os recortados são mais eficientes, os lisos nestas
situações não funcionam bem, "embucham muito".
Os arados de aiveca são normalmente mais leves, e quando bem projectados e bem
reguladosn possuem maior capassidade de penetreção, exigindo menos peso e menor tração.
Em condições favoraveis, solos limpos livres de pedras e raizes, leves e bastante trabalhados,
pouco humidos, não muito duri, pode utilizar-se o arado de aiveca.
Entretanto como na maioria dos casos os solos de Moçambique não apresentam estas
caracteristicaS, prefere-se o arado de discos.
- Podem ser utilizados nas lavouras de terrenos secos e duro onde a aiveca não consegue
penetrar.
- Trabalham relativamente bem em terrenos sujo, onde existem restos de culturas, vegetação
rasteira e até em áreas recem desbravadas.
- Nos solos barrentos onde aiveca trabalha mal, os arados de discos realizam uma boa aração.
- Em solos com pedras, com troncos ou raizes, onde não passam aiveca, os arados de dicos
quando não conseguem arranca-los ou corta-los, rolam por cima e seguem em frente.
- O arado de disco é pouco exigente em regulação e ainda consegue dar bom rendiemnto com
discos pouco afiados.
- Enquanto que nos arados de aiveca o atrito é grande, pois a aiveca é arrasdtado pelo solo no
arado de discos, estes rolam pelo solo, havendo uma diminuição de atrito grande.
- Estas charruas (as de disco) realizam um mao reviramento do solo, pelo que deixam um
trabalho de menor qualidade, especialmente quando a lavoura visa por enterramento de palhas,
materia organica, etc; e profundiadde de trabalho mais limitado.
O que vem a seguir é um resumo sobre o engate com desenvolvimento sobre os aspectos
prácticos e cuja a influência é decisiva na qualidade duma lavoura.
O engate aos três pontos (ETP), está situado na parte traseira do tractor e consta de dois
braços ou uniões inferiores e um terceiro braço ou ponto superior, equidistante dos anteriores e
situado no vértice superior, formando um triangulo.
Os extremos que se unem ao tractor, fazem-no através de rótulas que conferem ao engate
mobilidade e capacidade de deformação suficiente e necessária para as operações de engate e
durante o trabalho. As duas uniões inferiores podem ser imobilizadas por meio de correntes
tensoras ou barras estabilizadoras.
Os extremos livres, tambem equipados com rótulas esféricas engatam mediante cavilhas
com o cabeçote do implemento, cuja forma triangular rígida constitui a união entre o implemento
e o tractor.
Através do ETP o tractor absorve durante a lavoura a resistencia que oferece o solo ao
ser removido pelo implemento, força que se traduz numa translacção de pesos do eixo dianteiro
ao traseiro aumentando assim a capacidade de traccionamento do tractor.
Esta translacção de forças não deve ser tal que deixe o tractor sem peso nas rodas
dianteiras.
Este equilíbrio dinâmico, sumamente sencível, é determinado em grande parte pela forma
e disposição do ETP e portanto do cabeçote do implemento, que deve coincidir com as medidas
que melhor se adaptem ás uniões superior e inferiores.
As posições relativas dos pontos de engate superior e inferiores, dependem das condições
do terreno e da profundidade a que se deseje trabalhar.
O bom ajuste da abertura do angulo que formam entre si as barras inferiores, faz com que
o esforço do tractor se aproveite o máximo, já que se é muito aberto o implemento está muito
perto do tractor, aligeirando o peso do implemento e reduzindo a capacidade de tracção, e vice
versa. Este é um detalhe importante e que se bem escolhido, elimina em grande parte a
necessidade de utilizar os contra-pesos.
- Linha de Carga - é a linha recta que une o centro de carga e o centro de potencia.
Idealmente o centro de carga e o centro de potencia, quando o implemento está correctamente
montado, deve sempre ficar numa linha recta paralela á direcção de deslocamento.
Todas forças actuando num arado em trabalho podem ser equilibradas em relação a um
ponto teórico, o centro de carga ou resistencia. Se uma única corrente fosse presa neste ponto, a
charrua poderia ser puxada em direcção rectilínea a uma profundidade e largura uniforme.
b) Ajustes Verticais
Da mesma maneira será exercida muita força sobre as rodas do arado se a união no prato
do implemento é muito acima, causando mau trabalho e desgaste excessivo dos mancais das
rodas.
Então resumindo podemos dizer que se a chapa de encosto ou a roda guia (traseira) faz
muita pressão no fundo do rego devemos levantar o engate no prato de união e vice-versa caso
não exista mesmo nenhuma pressão.
c) Ajustes Horizontais
O ajuste horizontal dos arados é o que maior dificuldade apresenta na agricultura. Onde possível
o centro de potencia, a linha de carga e o centro de resistencia devem estar numa linha
paralela á direcção de deslocação, mas em certas circunstancias, e especialmente em lavouras
O centro de resistencia do arado fica mais próximo da terra arada do que da linha traçada através
do centro de potencia paralela á direcção de deslocamento. Este arranjo leva-nos inevitávelmente
ao que é chamada "tracção lateral", um termo que se refere á tendencia dos dois centros, quando
o arado está em trabalho, a mover-se lateralmente e ficar alinhado.
Potencia consumida para sobrepor esta tracção lateral é desperdiçada, e o centro de resistencia
deveria locar-se o mais directamente atrás possível do centro de potencia.
Quando é impossível eliminar a tracção lateral completamente, o engate deve ser feito de tal
maneira que possa distribui-la entre o tractor e o arado de acordo com a quantidade que cada um
poderá aguentar. Se o engate está em off-set isto é descentrado na traseira do tractor até que
esteja em posição ideal para o arado, o tractor absorve toda a tracção lateral; mas a menos que
ele seja pesado e a resistencia do arado leve, caso contrário a frente do tractor deslizará de
encontro ao solo arado, tornando difícil a direcção do tractor.
Com um engate ideal para o tractor, por outro lado, toda a tracção lateral é deslocada para o
arado, o qual terá a tendencia de deslizar em torno da linha atrás do centro de potencia, tornando
impossível a realização de um bom trabalho. A posição práctica fica entre estes dois extremos.
Quando se trabalha em pendentes pode-se usar o engate descentrado em linha recta ou engate
em angulo para manter o tractor sobre o terreno, facilitando a sua direcção.
a) A Ordem De Acoplamento
Um principio geral á respeiar é que para um tractor receber um arado, um tractor deve
estar em condições de operá-lo com eficiência. Os principais elementos relacionados com a
- Ângulo de corte dos discos - os discos podem ser ajustados em angulos verticais e
horizontais. A regulação vertical permite que o disco fique mais em pé ou mais deitado, sendo o
angulo minimo de 15 graus e o máximo de 25 graus em relação á vertical. A regulação horizontal
permite que o disco vire mais á direita ou esquerda, indo dos 45 aos 60 graus. Esta regulação
está directamente ligada á penetração e pressão lateral.
- O ângulo vertical está relacionado com a penetração do disco no solo e, portanto com
a profundidade da aração, á medida que se diminui o angulo a partir dos 25 o, ficando o disco
mais em pé, aumenta-se a capacidade de penetração.
Como regra geral pode-se dizer que o disco deitado é melhor para terra mole, e o
disco em pé é o certo para terra dura. O disco em pé corta mais fundo e mais estreito e o
deitado mais raso e mais largo.
Quando se pretende dar maior capacidade de corte ao arado, deve-se dar maior
pressão e peso aos discos, diminuindo a pressão sobre a roda guia. Nos solos húmidos e
soltos (pouco duros e fácilmente penetráveis) deve-se diminuir a pressão ou peso sobre os
discos.
Se a frente do tractor "puxar" para a direita dar á roda guia um angulo maior
para a direita, se a frente puxar para a esquerda diminuir o angulo da roda guia.
Os discos devem ter todos o mesmo tamanho, devem estar igualmente espaçados e
devem apresentar a mesma angulação.
O primeiro sulco exige uma regulação especial, diferente da regulação para a aração
comum. No local da aração em terreno plano procede-se da seguinte forma:
3. Gire a luva telescopica do braço superior do terceiro ponto do ETP do tractor, de maneira
que ele empurre o mastro do arado para trás, até notar que a movimentação da luva se torna
difícil.
5. Solte a mola da roda de sulco (roda guia) de maneira que o arado se apoie principalmente
sobre o último disco.
6. Com o arado assim regulado, abra o primeiro sulco do talhão a ser arado, utilizando-se
apenas do último disco.
A velocidade do tractor deverá ser superior áquela de lavoura, isto faz com que a terra
cortada seja atirada a uma certa distancia, deixando um sulco limpo e em condições adequadas
para a regulação do arado para a lavoura normal.
1. Gire a manivela de nivelamento do braço inferior direito do tractor, de maneira que esse
ponto fique 5 a 10 cm abaixo do seu correspondente esquerdo.
2. Gire a luva telescópica do braço superior do tractor encurtando-o até que o bordo do
primeiro disco deixe uma folga de aprox. 3 a 5 cm do solo.
3. Regule a mola da roda guia de maneira que ela exerça a menor pressão possível.
Assim:
Quant.detrab. Executado (Hectares)
CAPACIDADE DETRABALHO= --------------------------
Unidade de tempo (Horas)
3.6.2 EXERCÍCIO
.A eficiencia é de 80% .
. Qual a área efectivamente arada, por cada arado num dia de 8 horas?
Os parâmetros básicos do solo de coesão e de fricção devem ser conhecidos para uma
situação particular. Contudo não é fácil obter valores fiéis para esta propriedade do solo sem
um equipamento de teste bem elaborado, nem tão pouco é fácil aplicar estas teorias. Contudo
alguns exemplos particulares podem ilustrar os princípios gerais.
A figura 3.21 mostra a força horizontal necessária para puxar um dente de 50 mm de largura e
uma ângulação de 90 graus sobre um solo com valores de “c” e “ ”variáveis, sendo “c” a
coesão do solo e “ ”o angulo de fricção do solo
Do gráfico da mesma figura pode-se ver que a força de tracção é dobrada quando o ângulo
varia de 30 a 90 graus, a força vertical também muda, enquanto que para o caso de 30 graus
de angulação o arado tende a afundar no solo, no caso de 90 graus ele necessitará de uma
força vertical para o manter a profundidade de trabalho. desejada.
A figura 3.22 mostra a situação para um e dois dentes; na situação de mais de um dente e se
eles estão montados suficientemente próximos para que haja sobreposição das linhas esféricas
de perturbação do solo, então a tracção de um set de dentes é menor do que o total para cada
dente considerado individualmente, isto é a força para os dois dentes é 1,5 vezes mais daquela
para um se eles estão aproximados mais do que duas vezes a profundidade de corte, veja fig.
3.22
As teorias não estão bem desenvolvidas para arados de aivecas, pois os formatos dos corpos
são bem mais complexos, e então para estes casos podem ser usados mapas ou gráficos
obtidos de resultados de vários testes de campo.
A força para traccionar qualquer arado é igual a área da secção da leiva ( mais
aproximadamente possível medida pelo sulco aberto) vezes a resistência desse solo à lavoura.
A partir da resistência que apresentam as diversas classes de solos ao serem removidos pelo
arado, estabeleceu-se um coeficiente de lavoura que nos indica a força necessária para
remover uma certa área, correspondente à secção do sulco, assim podemos ter:
Resistência
Tipo de solo (Kgf/dm2)
Muito solto Menor que 30
Solto De 30 a 40
Médio De 40 a 60
Tendente a
compacto De 60 a 80
Compacto De 80 a 100
Muito compacto Maior que 100
É de notar que estes valores pecam um pouco pois não apresentam a variação da resistência
com a variação da velocidade de corte, sempre que possível dever-se-á referir a valores de
gráficos como os apresentados na fig. 3.23
Quanto à velocidade de deslocação, esta está muito dependente dos factores que influenciam a
potência , no entanto ela pode variar entre os 3 a 6 km/h. A velocidade tem efeitos
importantes no tipo de trabalho feito. Onde o solo tem condições apropriadas para a formação
de boa superfície de lavoura, quanto maior a velocidade, dentro dos limites normais, maior
será o efeito de pulverização.
Este assunto pode ser visto entre as páginas 76 e 83 de “Maquinas Agrícolas para
Mobilização do solo” de Rui Fernando Carvalho
A operação é realizada com subsoladores, traccionados por tractores. Pode ser feita
paralelamente a outras actividades e assim hoje em dia as industrias produtoras de enxadas
rotativas estão adaptando a esses implementos 2,3 ou mais subsoladores, colocados atrás das
enxadas, possibilitando a realização do preparo do solo (aração e gradagem ) e a subsolagem
ao mesmo tempo.
A subsolagem devera ser justificada primeiramente por um teste das condições do solo. O
trabalho do subsolador tem a sua aplicação no controlo da humidade do solo. A passagem do
subsolador seguindo as linhas de nível, divide o terreno numa série de escalões que actuam
como barreiras à água da chuva, que tem a tendência de escorrer pelo declive abaixo.
Esta operação é profunda, entre os 50 e 70 cm, sem inversão dos distintos horizontes de solo
sendo esta sua característica mais destacada : não volteia , nem saca terra para exterior. Nos
solos que necessitam de subsolagem, esta realiza-se em cada 4-5 anos, para romper a crosta
ou capa dura que se forma pela, passagem de tractores e implementos de lavoura. Esta crosta
impede o desenvolvimento em profundidade das raízes reduzindo a água e quantidade de
elementos nutritivos na camada delimitada.
O subsolador rompe, com extremo anterior da relha o solo que fica gretado, aumentando de
maneira considerável os espaços para a água e ar. Deve-se ter em conta que a absorção de
nutrientes, como potássio, depende particularmente da aeração. o oxigénio transportado as
camadas inferiores permite a actividade das bactérias aeróbicas, que actuando sobre a matéria
orgânica, a transforma em nitratos absorvíveis pelo sistema radicular.
O subsolador suspendido (a) rompe a crosta endurecida (b); esta operação permite a subida de
humidade por capilaridade e a alimentação das raízes também encontram maiores quantidade
Existe vários métodos que permitem quebrar esta crosta. O trabalho pode ser feito através de
arrações mais profundas, pode ser feito, pelo plantio de determinados vegetais que tenham
raízes robustas e profundas, mas o processo mais indicado é o realizado pelos subsoladores e
a operação chama- se subsolagem.
3.9.2 O Subsolador
Chassis ou barra
Braçadeira e/ou cabeçote
Haste, braço, suporte ou ferro
Relha, lâmina, faca, bico ou ponteira
Pino de encosto
Pino de segurança
4. AS GRADES
4.1 INTRODUÇÃO
Então a gradagem não se faz somente para fins estéticos mas, principalmente, para que o
terreno se apresente como melhor leito para a sementeira e apresente tambem melhores
condições para receber outras operações como plantio, aplicação de defensivos, etc.
Alem disto as grades realizam uma série de outras actividades tais como:
Grades de arrasto:
Rígidas
Flexíveis
Oscilantes
Grades rodantes:
Compilado por Tc. Amilcar Sabonete 60
Destorroadoras ou Norueguesas
De Discos
Estas grades se designam de arrasto por em virtude de operarem arrastadas pelo terreno
e estas podem ser de três tipos.
Um termo de referencia para este tipo de grade é a espessura do dente, que geralmente
varia de 1/2" (12,5 mm) até 3/4" (19 mm), com secção quadrada.
As grades semeadoras são implementos ligeiros com dentes direitos muito próximos.
Devido ao zig-zag do chassis os dentes estão desfazados de maneira que aqueles que estão atrás
não fiquem nos sulcos dos da frente (fig. 4.2).
Estas grades não têm chassis rígido; uma grande vantagem destas grades é a de combinarem
ou de se adaptarem, devido ao seu chassis flexível, ás irregularidades superficiais do solo, e de
possuirem dentes que penetram efectivamente no solo. São constituidas dum certo número de
elementos enganchados uns nos outros e cada um compreendendo um certo número de dentes,
que podem ser de arame grosso (fig.4.4).
Estas grades têm como orgãos activos dentes em aço especial, com grande capacidade de
resistencia a choques e desgaste, montados em duas longarinas transversais, animadas de rápido
movimento de vai-vem alternado, que lhes é transmitido por um sistema de biela-manivela,
accionado pela tomada de força (fig. 4.5).
figura 4.5
Os bicos, animados dum rápido movimento lateral que, juntamente com o andamento da
grade, sujeita os aglomerados a desfazerem-se pois os embates são muito mais violentos e
repetidos do que nas outras grades.Assim, acelera e intensifica o destorroamento permitindo uma
boa sementeira.
Estas grades têm uma tarefa muito árdua no que respeita a vibrações provocadas pelo
movimento recíproco das longarinas, e outro é no que respeita aos rolamentos que trabalham
muito junto ao solo e por isso se desgastam mais rápidamente.
. No desfazer das leivas deixadas pelas charruas, onde no convenha trazer para a
superfície camadas inferiores, cuja maior humidade possa afectar o trabalho imediato
dos semeadores, causando uma maior secagem da zona radicular das plantas.
O pequeno tamanho destas grades torna practicável o engate de outro implemento, como
um semeador leve, directamente atrás.
Estas grades são assim designadas pois os orgãos activos rolam sobre o terreno e podem
ser:
A grade de acção simples tem dois conjuntos ou secções de discos, um ao lado do outro,
com os discos voltados para dentro ou para fora, movimentando a terra só para um lado.
As grades de arrasto tractorizadas, mais pesadas que as montadas, com discos recortados
ou recortados e lisos com diametros de 20 até 36", são mais recomendadas para áreas grandes
em terras mais duras e mais sujas. Realizam bom trabalho nas operações de corte e picagem de
restos de culturas e ervas. As grades de arrasto normalmente realizam um trabalho melhor do que
as montadas, mas apresentam problemas no transporte e manobras, daí porque se partiu para as
grades montadas/atreladas, que podem ser transportadas através dos três pontos, e na área de
trabalho, podem ser arrastadas pela barra de tracção.
O chassis pode ser fixo ou articulável. O articulável permite alterar o ângulo da secção
dos discos que presos a uma série de vigas de ferro dispostos no sentido transversal e
longitudinal.
O chassis conforme seja a sua construção e disposição dá grades em "V" e em "X" com
duas, quatro ou mais secções de discos (fig.4.6 e 4.7)
Os discos que são perfurados na sua parte central, são colocados no eixo e separados
entre si por encostos. Numa extremidade do eixo, este leva uma anilha com porca, e na outra
extremidade uma anilha grande chamada calota. Entre o último e penúltimo disco, nas duas
extremidades e envolvendo o eixo vão montados os mancais.
Os orgãqos activos das grades só são os discos, pois são os únicos que entram em
contacto e trabalham o solo.O afastamento entre cada disco é de 15 a 25 cm, o seu diametro
entre 16 a 24" para as grades consideradas ligeiras e as pesadas têm discos de maiores diametros,
o número de discos em cada corpo é variável.
As grades são montadas de forma a que os discos do corpo traseiro cortem no intervalo
dos da frente e assim haver um bom nivelamento, sendo a sua concavidade inversa.
- Velocidade de deslocamento.
- Regulação.
Discos mais espaçados entre si, com mais concavidade, maior peso e afiação externa,
porporcionam maiores profundidades.
A velocidades menores o aprofundamento é maior.
A velocidade de deslocamento não deve ser excessiva senão a grade salta alem de não
aprofundar. A gradagem deve ser em treceira marcha e em condições especiais, em quarta
marcha a velocidades de 4 a 6 km por hora.
Não esquecer de soltar a barra de tracção do tractor (retirar o pino) para contornar as
curvas, quando se trabalha com a grade de arrasto.
No caso das grades em "V" (tambem chamadas grades em "off-set") as curvas devem ser
feitas sempre que possível, do lado em que as secções estão mais próximas (do lado do vértice
do "V" formado pelas secções anterior e posterior),
Quando se fazem curvas no sentido contrário pode-se danificar o cabeçalho da grade e fazer
sulcos profundos, facilitando a erosão do terreno.
No caso destas grades em "off-set" possuirem comando hidráulico para abertura e fecho
dos corpos, as curvas tanto podem ser pela direita como pela esquerda, desde que se feche a
grade antes disso (isto deve ser feito com o tractor em andamento).
Para que na gradagem, não fiquem sulcos abertos entre as várias "passadas" da grade,
deve-se obedecer ao seguinte esquema:
É muito comum verem-se grades com os discos da frente cortando mais do que os de
trás, grades que deixam "facões" ou faixas sem trabalhar, grades que puxam ou rabeiam o tractor
e daí por diante.
Diz-se que uma grade está correctamente regulada, quando dentre outras coisas:
- Porporciona uma máxima largura de trabalho.
- Atinge a profundidade desejada ou pré-estabelecida em todos os discos.
- Não rabeia o tractor.
- O trabalho é igual ou uniforme em toda a faixa.
A grade em "X" de levante hidráulico, é uma das mais comuns e mais usadas. São
utilizadas para completar o trabalho dos arados, realizando o destorroamento e o nivelamento do
terreno.
- Regular a folga entre as bordas dos discos da extremidade interna da secção traseira. A
folga ou espaço entre os dois discos deve ser de 30 a 35 cm. Esta regulação é feita
movimentando-se para a frente ou para trás, as barras ou suportes dos conjuntos dos discos
- Nas grades em "X" a folga entre os dois conjuntos dianteiros deve ser de 1 cm. Entre os
conjuntos traseiros a folga deve ser de 35 a 40 cm nas grades de 22 discos e de 40 a 45 cm nos
modelos de 26 a 30 discos. Caso haja instrução dos fabricantes, esta deve ser respeitada
- Regular a folga entre as bordas dos discos internos da secção dianteira, da mesma
maneira que no caso anterior para a barra ou suporte dos discos de trás.
- Nivelar o chassis.
Além da angulação entre secções, as grades "off-set" ainda exigem regulação que lhes
possibilite trabalhar mais ou menos desfazadas em relação ao tractor.
Para que o tractor possa executar perfeitamente o seu trabalho, sem puxar para os lados
e sem rabear, a grade deve ser correctamente engatada.
A grade "off-set" em trabalho, está sujeita a uma série de forças e resistencias (laterais,
longitudinais, etc) que actuam em todas as direcções, tentando desviá-la, levantá-la, etc. Essas
forças encontram-se num determinado ponto, e é sobre esse ponto (ou sobre a linha longitudinal
que passa por esse ponto) que se deve realizar a tracção. A "busca" desse ponto, é feita
movimentando-se ou deslocando a grade para a direita ou para a esquerda.(fig4.15)
Resumindo a grade deve estar de maneira que o seu centro de resistencia esteja na
mesma linha de tracção do tractor, para evitar um deslocamento lateral da grade.
Esta regulação é feita pela mudança do ponto de engate entre o conjunto de chapas
triangulares na barra "off-set", as chapas triangulares podem ser deslocadas para a
direita ou para a esquerda.
4.7 RESUMO
Os discos têm geralmente de 18 a 24" (457 a 610 mm) de diametro; eles rodam com o
deslocamento da grade, e a sua acção não é diferente da de um arado pequeno. A acção precisa,
contudo, depende do tamanho dos discos, a profundidade de corte e especialmente o angulo das
barras ou corpos em relação á linha de deslocamento.
Quando nos interessa uma penetração máxima, as secções devem ser postas o mais
paralelamente possível á linha de tracção.
Os discos recortados ou dentados penetram melhor que os lisos, por esta razão existe a
tendência de os usar nos corpos dianteiros das grades em "X"; como regra geral estes
implementos em tandem são arranjados de maneira a trabalhar com uma angulação dos corpos
variando dentre 15 a 25 graus. Duma maneira geral é desejável sempre afinar os corpos da frente
com angulos maiores que os de trás. Um implemento muito usado é o de controlo hidráulico de
10Pés (3m) de largura e tem o ângulo de frente de 20 graus fixo com o disco recortado e os
corpos traseiros com discos lisos podendo variar nas posições de 12, 16 e 20 graus.
Quando as grades de disco são usadas em tractores ligeiros e médios é vantajoso reduzir
a carga sobre o tractor nas curvas. Em alguns tractores isto consegue-se ligando o mecanismo de
levantamento hidráulico a um dispositivo que altera o angulo dos discos. Accionando
rápidamente a alavanca de controlo de levantamento endireita-se os discos, enquanto que um
ajuste fino do angulo de trabalho pode ser conseguida pela alavanca de controlo do ajuste.
Outro inimigo das grades (e aliás de quase todos implementos) é a ferrugem. Muitas
grades ficam expostas permanentemente ao sol, cacimbo, chuva sendo até por vezes guardadas
junto de fertilizantes ou outros químicos nocivos.
Os discos e mancais são presos ao eixo, devendo ficar justos. Quem garante esse aperto é
a porca colocada no extremo do eixo; quando ela se solta ou afrouxa, os discos passam a
trabalhar folgados ou soltos, em consequencia disso pode acontecer o desgaste e
arredondamento do eixo, (que é de secção quadrada) e também o mesmo pode acontecer com o
furo central do disco que também é quadrado.
- Ajustar várias vezes ao dia a porca que prende os discos ao eixo. Alem disso verificar
diáriamente os parafusos e porcas, reapertando se necessário.
- Limpar, podem ser lavadas mas deverão ser secas antes de se guardar.
- Pincelar ou dar um banho de óleo nos discos, e fazer uma pintura do chassis com tinta
própria.
- Em seguida ela pode ser guardada, em lugar seco, abrigada do sol, chuva e outras
intempéries. Deve ser calçada, sobre tacos de madeira, de forma a que os discos não contactem
com o solo.
Nos meses de menos serviço, sobretudo nos meses que antecedem ou precedem a época
do uso da grade, fazer uma revisão geral, como substituir peças gastas ou quebradas, realizar
5.1. Escarificadores
5.1.1. Introdução
Os escarificadores ou cultivadores são alfaias de lavoura.
A escarificação, deve ser realizada com o escarificador ou com o cultivador, que são
alfaias de lavoura, que tanto se podem assemelhar as grades, no caso de trabalharem nas camadas
superficiais, como por vezes se podem assemelhar aos subsoladores, no caso de trabalharem as
camadas mais profundas, a sua principal diferenciação está no seu comprimento e configuração
dos dentes.
Estas alfaias podem atingir profundidades que as grades não alcançam, e são empregues
na conservação do solo, mantendo-o em bom estado de mobilização e podem ser utilizados
principalmente para os seguintes casos:
- Na preparação do terreno desde que não haja necessidade de revirar a leiva, ou seja
quando se dispensa a charrua, principalmente em terrenos duros onde a charrua não consegue
entrar, dá-se então uma passagem com o escarificador, e posteriormente utiliza-se a charrua.
- Sementeiras de rego ou sulco, tais como o milho e girassol, em que os sulcos abertos
pelo escarificador com ferros de margear, depois de lançada a semente e o adubo, são cobertos
com uma grade de arrasto (excepto as oscilantes).
- Bico helicoidal, faz bom levantamento de palhas, e preparação do solo (Figura 3a.2).
- Bico curvo de ponta afiada, muito utilizado para regenerar pastagens, aumenta a
capacidade de retenção das águas (Figura 3a.3).
- Bico sulcador, largo e bombeado, bom para mistura dos restolhos, preservar a terra
contra erosão do vento e chuvas (Figura 3a.4).
- Bico cavador, para trabalhos em terrenos secos, corta o solo com mais vigor (Figura
3a.5).
2 - Bico Extirpador - tem a forma de uma seta curva, com as arestas ligeiramente
afiadas. Sua posição de trabalho é quase paralela á superfície do terreno, faz mobilizações
ligeiras, destroi plantas infestantes, cortando-lhes a raíz logo abaixo da superfície do solo. Esse
tipo de bico pode variar de 6” à 12” (Figura 3b).
3 - Bico Margeador - tem a forma de uma aiveca dupla (Figura 3c). Em operação
produz um pequeno rego, e faz um ligeiro reviramento do solo; é frequentemente utilizado em
sementeiras em linha como por exemplo em milho e girassol. Monta-se o margeador sobre o
dente e sobre o margeador vai o bico apertado com parafusos ao dente. Os margeadores são
montados no chassi pelas colunas, cujas distâncias entre si podem ser alteradas, afim de
podermos obter os espaçamentos necessários para cada cultura. Ocasionalmente os regos
formados podem ser ligados em intervalos para ajudar a conservação do solo e da água, contudo
esta ligação torna difícil futuras operações mecanizadas como retirada de ervas daninhas e alem
disso pode produzir condições desfavoráveis ao uso do tractor.
Outro tipo de dente é o de "mola de três folhas", das quais somente a exterior é fixa ao
chassi, Figura 5. Em regime de trabalho leve, somente é operada a folha exterior, enquanto
para trabalho pesado todas as três molas são operadas.
Há outros, cujo tipo de dente tem a forma direita e rígida, aproximadamente vertical, e
com a ajuda de rodas de profundidade possibilitam a escolha de uma grande gama de
profundidades de trabalho no solo. Por outro lado pode haver também a possibilidade de
angulação dos dentes, para trás cerca de 30 graus.
Muitos tipos de escarificadores têm dentes cuja flexibilidade é conseguida através de uma
mola separada (escarificador de molas). Os braços estão apertados a molas resistentes, que
permitem ceder, sem dano para a alfaia, quando encontram qualquer obstáculo e retomar a
posição inicial e normal quando este é ultrapassado.
Um implemento, combinado de vários tipos, tem dentes para trabalho ligeiro (superficial)
na frente e dentes para trabalho severo atrás. Outros têm três linhas de dentes, com dois ou três
dentes subsoladores na fila traseira.
Os temas seguintes podem ser consultados no livro entitulado “Máquinas agrícolas para a
mobilização do solo” de Rui Fernando de Carvalho:
5.2.1. introdução
A operação de implementos pela tomada de força do tractor deverá ser feita com muito
cuidado, pois qualquer anomalia, no solo ou na máquina poderá afectar desastrosamente os
mecanismos de transmissão de potência.
Mesmo assim, esta alfaia possue algumas vantagens dentre as quais as principais são as
seguintes:
Afofamento bastante perfeito do solo, e bom trabalho de incorporação de restos vegetais.
Exige menor número de passagens.
Bons resultados em preparo do solo, que há muito tempo esteja abandonado, ou terrenos
que nunca foram utilizados.
As enxadas rotativas aproveitam melhor a potência do tractor. O tractor é,
indiscutivelmente, a melhor fonte de potência para o accionamento de máquinas e implementos
Enxadas rotativas para tomada de potência em tractores. Podem ser montadas, através
do engate dos três pontos, ou então, podem ser de arrasto, montadas sobre duas rodas. Neste
caso, quando são arrastadas, a potência para movimentar as enxadas é fornecida por um eixo
cardam.
- O rotor é geralmente accionado duma das extremidades (caso das fresas excentricas),
evitando assim uma faixa não cultivada no centro (caso das fresas axiais), permitindo ainda
cultivo por baixo de arvoredos (figura 7).
- Velocidades típicas para fresas de 18" (457 mm) de diâmetro de rotor, é cerca de 125 a
250 rpm. Isto dá uma velocidade de lâmina da ordem de 13 milhas/h ou 21 km/h.
- As facas podem ter diversas formas consoante a aplicação e tipo do solo, como ilustra a
figura 8.
- A largura normal de corte anda á volta dos 4 a 8 pés (1,2 a 2,4m), mas máquinas acima
dos 10 pés (3m) de largura são disponíveis para o uso com tractores de grande potência. Pode-se
considerar uma profundidade normal de trabalho até cerca de 10" (250mm).
- Os tamanhos das fresas são muito variáveis, indo de 1 hp (0.75Kw) até 100 hp (75kw), sendo
no entanto diferentes os tipos dela.
- Placa de impacto
A placa de impacto também chamada de "saia" ou anteparo traseiro, é colocada atrás das
enxadas, sendo fixa ao chassi da máquina através de dobradiças. A placa de impacto tem duas
funções:
- protecção, evitando que pedras, pedaços de paus, etc., sejam arremessados a grandes
distancias, podendo inclusive alcançar o operador;
- Fazer variar o tamanho das partículas do solo; quando se levanta a placa de impacto, os
torrões cortados pelas enxadas são atirados livremente á distancia; quando a placa de impacto
está fexada os torrões são jogados contra a placa, havendo choque e uma subdivisão dos
mesmos.
A regulação da profundidade é dada por patins ou rodas de sustentação, e pode ser também feita
pelo sistema de levantamento hidráulico do tractor moderno. Algumas firmas estão adaptando ás
enxadas rotativas a um sistema subsolador, em que estes são colocados na parte posterior, logo
atrás das enxadas.
As regulações, afinações e manutenção deste equipamento podem ser vistas no livro de Rui de
Carvalho entitulado “Máquinas agrícolas para mobolidade do solo”.
6.1. Introdução
A ideia de semear utilizando-se máquinas é muito antiga e já era comum aos persas e
hindus, muito embora a ideia não tenha sido adoptada pelos europeus até ao final do século
XVII.
Em finais deste século, esta semeadora foi aperfeiçoada pelo inglês Jethro Tull, o qual
reconheceu as vantagens da sementeira mecânica em um solo preparado convenientemente, em
1785 James Cook projectou uma semeadora cujo princípio chegou até á actualidade e foi
extensivamente utilizada na Inglaterra.
A sementeira é uma das muitas operações agrícolas, sobre a qual existe uma vasta
informação acumulada da experiência de milhares de anos, e relativamente de poucos factos
científicos palpáveis, mesmo tendo em vista a experimentação incansável que se tem feito
ultimamente.
A maior dificuldade em chegar a factos concretos é que na natureza existe uma série de
variáveis que não são controláveis. Assim por exemplo, mesmo que o experimentador controle
com sucesso a quantidade de sementes depositadas por unidade de área, o espaçamento entre
filas e a profundidade de sementeira, ele difícilmente poderá esperar controlar o clima, o
comportamento do solo sob várias condições climáticas ou ainda a incidência de certo tipo de
doenças.
Por estas razões, os melhores conselhos ou regras são mais em termos gerais que em termos
específicos.
Existe também a diferença entre os espaçamentos entre plantas ou sementes assim como
na sua profundidade.
Em geral, para um máximo rendimento da colheita, cada cultura tem uma população de
plantas recomendada, isto é número total de plantas por hectare que se consegue tendo
espaçamentos diferentes, entre linhas e entre plantas na mesma linha.
Para as culturas e raízes vegetais, há limite muito estreito das populações de plantas a
fim de obter um máximo rendimento, sobre uma combinação particular de factores de solo e
fertilidade. Como regra geral o número de plantas por unidade de área, para máximo rendimento,
aumenta com aumento da fertilidade.
1. Um meio de regular o caudal de sementes, isto é a quantidade de semente para uma dada
área;
2. Um meio de variar a profundidade.
3. Um meio de variar a distância:
entre linhas.
entre plantas ou sementes na mesma linha.
Então se uma máquina tem somente o primeiro destes factores é chamada de semeador a
lanço.
Se a máquina tem um arranjo que pode ser usado para variar a distância entre linhas além
dos outros é chamado de semeador por linhas.
Se a máquina pode ser usada para variar o espaçamento entre plantas na mesma linha,
assim como o espaçamento entre linhas, além dos outros factores é chamado de semeador de
precisão.
Têm em geral a configuração como a da Figura 11, com uma estrutura protegida e uma
tremonha que se desenvolve ao longo da largura. A semente é enviada desta caixa (tremonha) por
mecanismos de alimentação movimentados por engrenagens movidas por uma ou duas rodas de
deslocação. Há um dispositivo de controlo para cada linha, e uma embreagem é incluida para pôr
o mecanismo de alimentação a funcionar ou não.
A semente desce através de tubos até aos sulcadores que abrem sulcos no solo. A
densidade da semente é ajustada por alterações ou no mecanismo de alimentação ou nas
engrenagens de accionamento. O espaçamento entre filas e profundidade de sementeira é
ajustado pela afinação dos sulcadores.
6.3.2. Tremonha
Pode ser trapezoidal, rectangular ou oval no seu formato, e pode ser feita de madeira,
chapa metálica ou ainda de uma combinação de materiais. A capacidade desta caixa pode variar
em função do tamanho da máquina.
As sementes caem nestes entalhes do rolo estriado, por gravidade, e são descarregados
nos sulcadores, por rotação do rolo.
O veio alimentador, ao qual estão fixos o rolo estriado e o orgão de corte, pode ser
movido por uma alavanca, geralmente dum dos lados da tremonha. Esta alavanca é movida numa
escala pré-determinada, também montada na tremonha.
Cada disco alimentador é alojado num distribuidor que se monta por baixo da abertura da
tremonha. Assim que as rodas começam a rodar, a semente é levada pelas ondulações através dos
pratos divisórios para um ponto fora da caixa, onde cai nos tubos.
Num lado das falanges as ondulações e a distância destas aos pratos divisórios são mais
pequenas do que no lado oposto. Ambos lados podem ser usados, ajustando a posição da tampa
na tremonha do lado que não interessa, ficando assim com a possibilidade de se fazer uma
descarga fina ou então uma descarga grosseira.
A sega suffolk foi muito utilizada, sendo no entanto preferida agora e cada vez mais a de
disco. Na suffolk , o sapato de ferro fundido, corta um sulco no solo e a semente é distribuida
pelo tubo. Em boas condições esta sega trabalha satisfactóriamente, e o solo vai caindo sobre a
semente, cobrindo-a bem.
Na sega de disco (em forma de frigideira em aço endurecido), o disco corta abre um
sulco, e a semente é distribuida para uma "mala" ou "bota", fixa do lado convexo do disco,
mesmo abaixo e atrás do seu centro.
As segas são geralmente fixadas a alavancas que se articulam sobre uma barra cruzada á
frente do semeador.
6.3.8. Agitador
O agitador é um dispositivo vibratório existente na tremonha, accionado pelas rodas de
transporte do semeador que mantêm ou asseguram um escoamento livre das sementes, Figura
15.
Geralmente o semeador leva uma alavanca com uma escala dando diferentes vazões de
semente.
3 - Calcular a largura do semeador "W", isto é o número de segas vezes a distância entre segas.
4 - Calcular o comprimento de deslocamento "L" necessário para cobrir digamos 0,1 Ha:
Área coberta = W.L
1 Ha = 10.000 m2
0.1 Ha = 1000 m2
então o comprimento para cobrir 0.1 Ha = 1000/W = L
10 - Caso não sejam semelhantes, então deverà ajustar o veio alimentador na intensão de
aumentar ou diminuir a descarga conforme o necessário e repetir o processo, até que os valores
se ajustem.
11 - Da mesma maneira se poderá fazer um teste no campo, atando sacos aos tubos de
sementeira e fazendo-se medições para uma ou duas passagens de comprimento conhecido.
6.5.2. Exercício
Suponha que um semeador 5 por 150 mm, necessita fazer uma sementeira de 80 kg de
trigo por Ha. Se o diametro da roda é de 1000 mm, calcule:
a) Largura de trabalho?
7.1. Introdução
Um factor essencial para todos os sistemas permanentes de uma exploração agrícola, é o
retorno de nutrientes ao solo, retirados pelas diferentes culturas. A perda de nutrientes pode ser
resultado de um cultivo mau, que por sua vez pode originar erosão do solo ou remoção do "top
soil" ( que é a maior fonte de nutrientes). Por isso é necessário a reposição das fracções retiradas
ou perdidas de nutrientes, e isto consegue-se pela aplicação de fertilizantes.
Geralmente os fertilizantes orgânicos são aplicados a granel, na ordem de muitas toneladas por
hectare, enquanto o químico raramente excede os 300 kg/ha.
2. Mecanismo de medição;
3. Estrutura de suporte.
Também é essencial se ser capaz de incorporar o fertilizante no solo e isto é feito com o
uso de um implemento agricola (por ex. uma grade de disco) ou providenciando um dispositivo
de cobertura como componente adicional na màquina.
7.3.1.1.1. Constituição
1. A unidade de armazenamento, que consiste numa caixa parecida com um atrelado. O
lado posterior é aberto para permitir a fixação do dispositivo de medição de destribuição.
a) Uma banda constituída por duas correntes ligadas por ripas formando o avental na
base da caixa. Quando a corrente se movimenta carrega o adubo ou estrume para a extremidade
traseira da máquina, de onde ele cai para o solo depois de ser triturado (pelo misturador) em
pequenos pedaços.
Os tipos de bomba usados são os centrifugos pois podem dar maiores pressões, e
manusear este tipo de fluido.
Disco rotativos (ou discos) geralmente accionados pela tomada de força. O fertilizante cai da
tremonha no disco que o espalha até 6 a 9 metros.
1. Controlo do fluxo de fertilizante que cai da tremonha no disco rotativo, por meio de
um obturador ajustável.
É usado um aplicador de lâmina fina para abrir uma incisão no solo; o liquido é
descarregado através de orificios laterais no tubo de descarga; o gás é injectado a 10-15 cm
abaixo da superficie e imediatamente coberto para prevenir que se escape.
Figura 19. Sistema de fertilização gasoso. A- válvula de abertura; B- flúxo de amónia; C- válvula
auto-compensatória de medição; D- tanque de amónia líquida; E- lâmina estreita de incisão.
A amónia anidrica deve ser manuseada com muito cuidado pois o seu vapor pode
originar queimaduras ou mesmo morte. O armazenamento em grandes quantidades deve ser feito
por especialistas, e os regulamentos e leis do estado para o seu uso são muito restritas. Portanto
em países em vias de desenvolvimento o uso destes fertilizantes é pouco comum por causa do
dispendio nas infraestruturas necessárias e também pelos aspectos de segurança envolvidos.
7.4. Uso de dispositivos de distribuição de fertilizante e semeadores
Como vimos anteriormente, muitos componentes dum sistema usado para aplicação de
fertilizantes (excepto mecanismos de medição) são similares aos usados para sementeira, por isso
é possivel montar dispositivos para distribuição de fertilizantes em semeadores.
As principais são:
1. Lavar o espalhador com água de cal ocasionalmente a fim de neutralizar àcidos. Lavar até
desaparecer qualquer vestigio de fertilizante.
3. Aplicar òleo pesado sobre as partes que tenham maior predominância a oxidar.
1. Insectos, voando em redor das plantas ou escondidos nelas (nas folhas, flores ou na
zona radicular);
2. Fungos;
3. Bactérias e vírus;
4. Culturas mistas com plantas altas e baixas (amendoim intercultivado com a mapira).
Por exemplo, quimicos que necessitam de ser ingeridos (venenos estomacais) por
insectos relativamente imóveis devem ser aplicados de maneira a cobrirem bem as plantas,
enquanto que para insectos com maior actividade, como as lagartas, não é necessário uma
cobertura tão efectiva, pois com a movimentação destes insectos (maior) facilita-se o seu
contacto com o químico.
Os pesticidas sistémicos são quimicos que são aplicados em qualquer parte da planta, são
absorvidos e espalham-se por toda a planta e se ingeridos pela peste ocasionam a morte.
Outros materiais como alguns dos fungicidas cúpricos são em forma de suspensão. Eles
podem-se misturar fácilmente com àgua, mas necessitam duma agitação contínua durante o
trabalho para garantir uma pulverização com a mesma proporção ou força na aplicação. Estes
materiais requerem máquinas de aplicação usando bicos maiores, e por isso chamamos de
máquinas de " alto volume ".
Alguns herbicidas têm uma acção mais selectiva se aplicados com grandes volumes de
àgua. Estes são regra geral herbicidas de contacto.
Com pulverização a " alto volume " as gotas são maiores com tendência a coalescer, a
juntar e cobrir toda a superfície, e o excedente escorrendo para fora. Portanto este tipo é usado
quando precisamos uma cobertura efectiva. Uma vantagem mais deste tipo, é que as gotas
grandes descarregadas, a alta pressão, têm maior poder de penetração do que as goticulas no
caso de pulverização a "baixo volume" e são mais efectivas em conseguir uma cobertura
completa em culturas densas ou atingir infestantes a baixo nivel em culturas altas; e ainda há o
menor perigo do spray ser arrastado para culturas vizinhas.
As vantagens de pulverizar a " baixo volume ", quando é praticável, são obvias. As
máquinas projectadas para este fim podem ser relativamente leves e baratas e devido à pequena
quantidade de àgua necessária, os rendimentos são altos, e os custos de mão de obra mais baixos.
Quando o químico aplicado está na forma liquida, àgua ou o óleo é o agente mais comum
de transporte. Muitas vezes é feito o uso de dois agentes em simultâneo.
8.4.1. Os fumigadores
4. Um soprador de descarga, que cria uma corrente de ar que vai transportar as particulas
do pó quimico até ao alvo.
Os fumigadores podem ser operados manualmente ou não. Os tipos manuais podem ser
montados aos ombros ( na acção de fumigação os ventos predominantes devem ser usados para
transportar o pó para o alvo ).
Os fumigadores accionados pela tomada de força, usam parte da sua potência para o
accionamento de um agitador de pó na tremonha.
8.4.2. Os pulverizadores
Como anteriormente dito, este equipamento baseia-se numa forma liquida, geralmente
àgua, como agente transportador do produto químico. O produto quimico com a àgua pode
fazer os seguintes tipos de " misturas ":
2. Suspensão - na qual o quimico (na forma sólida em pó) permanece flutuando em àgua e
necessita constante agitação.
8.4.2.1.1. Os tanques
O aço só é satisfatório se devidamente galvanizado ou tratado devidamente depois do
fabrico para prevenção contra corrosão e ataque químico.
Materiais plásticos de muitos tipos são cada vez mais usados tendo em conta serem livres
de corrosão, e na sua facilidade de fabrico em formas suaves que evitam a dificuldade de agitar
em formatos abruptos ou cantos lisos.
Onde existe a agitação mecânica, esta geralmente é feita por veios horizontais com pás
rectas, rodando a 100-120 R.P.M. . As velocidades altas existe o problema de formação de
espumas, além do fenómeno de ocasionar uma subida logaritmica no dispendio de energia.
As bombas de pistão de alta e média pressão foram muito usadas antigamente em máquinas de
alto rendimento, e ainda o são por muitos fabricantes. No entanto têm um custo inicial elevado;
têm tendência a necessitar de uma manutenção mais atenciosa e cara e ainda com o
desenvolvimento de novos métodos de distribuição que não necessitam pressões elevadas, a
tendência é cairem em desuso para fins gerais.
Bombas de roletes de nylon são geralmente usadas para pulverizadores de baixo e médio
volume. Os roletes são mantidos contra os diferentes orificios no rotor da bomba e vão-se
afastando destes (orificios) por força centrifuga, deslocando pequenas porções de liquido.
Bombas de diafragma e centrifugas, por outro lado, são as apropriadas para manuseio de
materiais abrasivos e têm cada vez mais a tendência de " destronar " outros tipos para uso em
A natureza do spray pode ser controlada, variando o numero e tamanho dos orificios do
prato de turbilhão, e pelo uso de discos com orificios de vários tamanhos. Como regra geral os
bicos de turbilhão são usados em pulverizadores de "alto volume" e tendem a operar com
pressões na ordem dos 60 a 100 PSI (4.2 a 7.0 bar) ou menos como 10 a 20 PSI (0.7 a 1.4 bar).
As pressões empregues neste tipo de bicos anda à volta dos 30 a 60 PSI (2 a 4 bar). A
utilização de pressões maiores pode criar uma atomização alta e por isso maiores possibilidades
de arrastamento.
O tamanho da gota é uma função do tipo de bico e pressão de trabalho. Este tamanho é
dado em geral em microns (10-6 m ou mm). O bico também desenvolve uma certa trajectória de
distribuição da gota e isto indica também a intensidade das gotas (tamanho e numero), assim
como a largura da banda coberta pelo pulverizante.
O tamanho médio da gota é expresso pelo diâmetro médio volumétrico (DMV) que
deriva da devisão do volume total das gotas em duas porções, tais que o volume total de gotas
menor que DMV é igual ao volume total de gotas maior que DMV.
Se a particula é muito pequena, pode-se desviar fácilmente do alvo; isto para além de
acarretar perda de pesticida, pode ainda poluir o meio e tornar-se desastroso para a saúde do
Homen.
Com partículas maíores hà menor perigo de deriva, mas partículas menores dão um
controlo mais efectivo com fungicidas, insecticidas e muitos herbicidas.
O principio básico é termos um material líquido que é vertido sobre um disco em alta
rotação (9000 RPM) que vai "partir" o liquido em particulas pequenas, que são transportadas até
ao alvo.
É possivel aplicar 5 litros de pesticida por hectare usando este equipamento
comparado com 200 litros ou mais por hectare.
As instruções para uso especificam que deverá haver uma brisa (5 a 25 Km/h ) afim de
transportar por deriva as particulas de spray do operador até á àrea a ser tratada.
A densidade ou fluxo de saída da garrafa para o disco é regulada pelo tamanho do bico e
fluidez do produto. A adição de 20 % de um anti-evaporante ( òleo ) deve ser misturado com o
produto afim de prevenir uma evaporação muito rápida das partículas.
Este tipo de aplicação (CDA) é uma operação rápida ; um operador andando a 3.6 Km/h
(1 m/s) cobrindo 10 metros por passo deve tratar 1 ha em 1000 s (ou cerca de 3.6 ha/h) o que é
extremamente rápido comparando com o método convencional, 1 ha/dia. Ventos da ordem de 1 a
20 Km/h são aceitáveis para estas operações.
8.7. Calibração
Os pulverizadores de campo modernos são na maíoria accionados pelo PTO e com um
dado set de bicos e pressão. A descarga de spray por minuto permanece constante, e a
quantidade de spray aplicado por àrea é inversamente proporcional à velocidade de
deslocamento.
A maioria dos fabricantes fornece gráficos mostrando os fluxos de aplicação com vários
bicos a diferentes pressões e a uma velocidade padrão de 64 Km/h ou 4 M.P.H. e aconselham os
operadores a variar a velocidade de deslocamento afim de fazer ajustes menores no fluxo de
aplicação.
1 - Decidir por tentativa preliminar, com o tanque meio cheio de àgua, que bicos,
velocidade do motor e mudança assegurará estarmos dentro da gama recomendada.
2 - Medir 100 m no campo a ser pulverizado e medir o tempo exacto levado a percorrer
esta distância para a velocidade do motor escolhida e mudança escolhida.
3 - Com a máquina estacionária numa superficie plana, eleminar os bicos em falha (juízo
visual), ou medindo a variação da pressão, ± 5 % fora da pressão média escolhida.
- Os bicos deverão ser limpos com água pura e nunca com arames ou outros materiais.
- Se mudar dum quimico para outro, o tanque deve ser drenado e lavado com àgua e detergente.
- Quimicos concentrados, para diluíção, nunca deverão ser postos directamente no tanque vazio,
mas sim primeiro dever-se-á enche-lo até metade com água e depois adicionar-se o quimico.
- Quando não estão em uso, os bicos devem ser removidos e guardados separadamente depois
de limpos e secos, as correias folgadas e todas as partes cinemáticas lubrificadas.
8.8. Precauções
Como medida de precaução deve-se seguir sempre as instruções de segurança fornecidas
com o quimico a aplicar, tanto no manuseio, como no armazenamento e aplicação.
9. MÁQUINAS DE COLHEITA
9.1 GENERALIDADES
Grande parte das culturas, tais como os cereais, necessitam que o grão se separe da planta. A este
trabalho se chama debulha e é executado pela debulhadora, depois do cereal ter sido previamente
ceifado pela ceifeira; caso o equipamento execute simultaneamente as duas operaçSes, então dá-
se o nome de ceifeira debulhadora.
Grãos
cereais (trigo, milho, arroz, etc)
oleaginosas (girassol, amendoim, etc)
VANTAGENS:
Diminuição do custo da debulha.
Redução da mão de obra livre.
O terreno fica livre mais depressa .
Distribuíção da palha sobre o terreno, caso não se
pretenda aproveitá-la.
Pode-se comercializar a cultura mais depressa.
INCONVENIENTES:
O investimento necessário é maior.
É necessário maior potência do motor.
Maiores possibilidades das sementes virem húmidas .
9.2.1 - Agronómicos
Afim de se obter o máximo das vantagens de uma ceifeira debulhadora é
necessário a avaliação de todos factores :
a) A alternativa
.Na destribuição das culturas deve considerar-se a capacidade de trabalho do equipamento,
assim como os seus imperativos de amortização.
.Dever-se-á também procurar uma certa continuidade no trabalho da máquina, escolhendo
espécies e variedades, dentro de cada época, de maturação escalonada.
b) Época de maturação
a) Recuperação
O aproveitamento pode ser feito : Com uma enfardadeira acoplada na própria ceifeira
debulharora. Esta solução é possivel mas tem a desvantagem de atrasar o trabalho, diminuindo a
manobrabilidade da máquina. Por outro lado, proporciona fardos pequenos e mal feitos, muito
sensiveis á penetração da àgua da chuva e quase desatam com muita facilidade, dada a baixa
pressão da enfardadeira. É claro que a utilização de uma enfardadeira de média ou alta pressão
com cordel ou arame, evita os inconvenientes citados e permite colocar maior quantidade de
palha em igual volume.
b) Enterramento
É uma das soluçSes para exploraçSes sem gado ou com excedentes de palha. Normalmente
pode-se queimar primeiro para facilitar a lavoura de enterramento.
A ceifeira debulhadora pode estar ainda provista de um triturador que a traça antes de a
expulsar para o terreno. Esta é uma solução conveniente sempre que a potência disponivel seja
suficiente, pois a palha fica em melhores condiçSes de ser enterrada.
Compilado por Tc. Amilcar Sabonete 133
Pode-se ainda utilizar um espalhador em vez do triturador.
b) Em tégão
A ceifeira debulhadora, leva uma caixa, tremonha ou tégão que se despeja periódicamente em
reboques, que esvaziam automáticamente por báscula, ou fundo móvel. É a solução ideal visto
que é a única que dá lugar a uma total mecanização do trabalho, acompanhada de uma
substancial economia de mão de obra. Em contra partida estas vantagens só podem obter-se a
troco de um equipamento minimo, que pode variar segundo o destino emediato do grão.
c) Equipamento misto
1 - Rebocadas pelo tractor e accionadas pela tomada de força - a máquina é rebocada por um
tractor e os seus orgãos accionados pela tomada de força .
CARACTERIZAÇÃO
Este capim, pode ser ou uma cultura que não é usada para consumo humano (como a
luzerna) ou subprodutos de culturas de consumo humano.
As formas mais simples são os despositivos manuais como a foice, podendo a forma e tamanho
variar considerávelmente de região para região. ( Figura 9.1)
As ceifeiras foram inicialmente para corte de capim mas podem ser adaptadas para o corte de
cereais. Geralmente usam-se 2 tipos de ceifeiras :
Ceifeiras reciprocras ou de barra.
Ceifeiras rotativas .
A ceifeira de barra cortante, tem duas placas, uma das quais é estacionária. A outra move-se
reciprocamente (vai-vem), sobre a estacionária à medida que a ceifeira vai avançando através da
cultra, cortando-a, como uma tesoura.
Para um corte normal, um ajuste particular deve ser providenciado entre a lamina de corte e o
porta-lamina. Se houver uma folga muito grande ou pequena a operação de corte será
compremetida, assim como um desgaste prematuro das peças.( Figura 9.2 ).
Para um corte limpo, a lamina deve ser mantida com ligeira pressão, "gentilmente" sobre a
chapa ou placa de desgaste; isto consegue-se de seguinte modo:
Quando a ceifeira está em operação, a barra de corte apoia-se suavemente em dois "sapatos"
situados em cada extremidade. O "sapato" externo, que pode ser provido com uma pequena
roda, facilitando o ajuste da altura de corte, leva fixo um divisor e uma chapa de fiada que vai
definir a carreira de erva ou cereal cortado pela gadanha. O divisor separa a faixa a ser cortada
do resto da cultura, e a chapa com o "pau da erva" acoplado, rola a faixa cortada, de maneira a
dar espaço, para a passagem entre as faixas, aos rodados .
9.4.2 AJUSTES
Outro aspecto a ter em conta, é que o centro da secção da lamina e o centro das placas de
desgaste coícidam ao fim de cada tempo (movimento alternativo). Se isto não acontece, teremos
um corte irregular ao fim de cada tempo e um dos lados da secção da lamina cortará mais ou
menos do que o outro.
Nas gadanheiras modernas projectadas para cortes a altas velocidades, têm um deslocamento
apreciávelmente maíor do que a distância entre os centros dos dedos (ex: 95 - 120 mm e 76.2
mm) . O objectivo disto é a tentativa de evitar cortar durante a parte do curso em que a
velocidade da lamina é muito pequena, e também para permitir uma alimentação máxima de
cultura a entrar na zona de corte entre a lamina e a placa de desgaste .
Todas as formas de gadanheiras accionadas por veio PTO têm a vantagem que a velocidade
da lamina e a de avanço, até um certo limite, são independentemente variáveis pela escolha duma
engrenagem. Isto apresenta uma vantagem, quando lidamos com culturas densas que necessitam
velocidades de avanço lentas e quando lidamos com a necessidade de aparar uma pastagem a
altas velocidades de avanço.
Forças desequilibradas
Aumento dos cursos
Uso de amortecedores de vibração
Uso de duas barras em movimento.
As gadanheiras incluídas nesta secção são aquelas que possuem laminas rotativas em relação a
um veio delgado. São em geral de dois tipos, de tambor accionadas pelo topo, por um veio e
engrenagens ou simplesmente por correias em "V" ; o outro tipo são as de disco que têm o
mecanismo de corte accionado por engrenagens helicoidais montadas numa caixa ligeira e fina
abaixo das laminas.
Os suportes das laminas ou facas nas rotativas de tambor tendem a ser maiores em diametro
do que as de disco. Uma máquina pequena com 1.7 m de largura de corte tem geralmente dois
tambores ou quatro discos.
Os seguradores das laminas nas gadanheiras rotativas de tambor devem ser inclinados para
fora, para permitir que o braço da lamina, no caso de chocar com um obstáculo imóvel, possa
mover para trás e para cima, providenciando uma altura livre de 100 mm.
OPERAÇÃO
A velocidade de avanço em boas condiçSes pode ser até ao limite de 9 ãPH ou 14.5 Km/h.
Requesitos em potência são da ordem dos 20 HP ou 15 Kw por metro de largura de corte.
Os tambores ou discos devem ser verticalmente ajustados, senão ficaremos com faixas de
capim não cortado entre os pares de rotores.
Nas gadanheiras rotativas de tambor é importante primeiro ganhar velocidade antes de entrar
na cultura a ser cortada e depois mantêr o avanço.
As correias devem estar sempre bem esticadas. O seu bambeamento não só origina um
aumento de calor das correias mas também uma perda de velocidade e a possibilidade de a
cultura emaranhar-se à volta dos tambores.
A perda de nutrientes começa assim que se faz o corte da cultura, e continua enquanto a ceifa
permanecer no campo. A principio maiores perdas devem-se á respiração, mas quando é feita a
fenação as perdas nos estágios seguintes são maiores ligadas à quebra das folhas, lavagem pela
chuva, branqueamento pelo sol, moldação pela humidade continua e aquecimento pela
decomposição da matéria organica.
Em adição a estas perdas, algumas delas são dificeis de se evitar, havendo ainda a salientar as
perdas mecanicas, devido ás acçSes do uso imperfeito ou incorrecto das laminas.
9.6.1 O ESPALHADOR
Dois tipos de condicionadores, aplicando dois principios mecanicos diferentes, agem de maneiras
distintas (ao mesmo tempo que se procede ao corte, ou imediatamente depois) de maneira a
acelarar e a uniformisar a secagem das diferentes partes das plantas forrageiras cortadas.
No primeiro caso, realiza-se entre dois rolos, um esmagamento dos caules e posteriormente a
amontoação em "acordeão" para as dispôr em leiras regulares e arejadas.A este tipo chamamos
condecionadores a rolos.
Depois de secar a cultura cortada, sobre o terreno , ela deve ser recolhida e arrumada em fardos,
trouxas ou feixes. Estas trouxas obviamente ocuparão bastante espaço e para resolver isto, uma
máquina para apanhar o feno ou ceifa foi dimensionada, permitindo ainda a sua compressão e
amarra em fardos.
A forma dada a estes fardos pode ser rectangular (ex:34*45*90 cm) podendo também ser
cilindrica; no entanto os tamanhos e densidades, variam de máquina para máquina.
3 - O pistão Como num ã.C.I., tem a função de comprimir o material movido pelos
braços alimentadores até à camara de enfardamento. O pistão é provido de uma faca ou lamina
que permite o corte de porções segundo dimensões pré- determinadas.
O material sai da camara, comprimido em fardos, mas de forma a prevenir a sua desintegração
posterior, o fardo deve ser amarrado com fibra, corda ou arame, e isto consegue-se com um
dispositivo especial, chamado mecanismo de nós, o qual enrola uma quantidade certa de fio à
volta do fardo e dá um nó.
1 - Corte
2 - Recolha
3 - Transporte
4 - Enchimento do silo
Máquinas separadas podem ser usadas para cada uma destas fases ou operaçSes, mas hoje
em dia o uso das (auto)combinadas de forragem são geralmente muito comuns e possibilitam
simultaneamente o corte, fragmentação e enchimento do material no atrelado numa só operação.
Estas combinadas podem ser do tipo de rolo cilindrico, do tipo de volante ou misto.
CONSTITUIÇÃO
9.7.1 INTRODUÇÃO
Nos campos de colheita, existe uma série de equipamentos usados, entre as quais :
Contudo o material cortado tem de sofrer outras alterações, como a recolha do campo,
debulha, enfileiramento da palha debulhada, limpeza e ensacamento ou armazenamento. Estas
operações quando executadas manualmente requerem muitas mão-de-obra, muito tempo,
alem de ser um trabalho pesado; dai a utilização de uma maquina que pussa executar todas
1- Colheita e uma tarefa árdua e intensiva, sendo por isso melhor ser mecanizada,
4- As tarefas ou operações posteriores podem ser executadas mais tarde em recintos cobertos
permitindo ao agricultor o uso imediato do campo para outras operações de preparo.
5- Máquinas projectadas para colheita, para debulha e limpeza como operações singulares são
mais fáceis de manter, mais simples e mais baratas e de fácil operação
Ver processos semi-mecanizados para debulha e limpeza do grão ,no capitulo 18,”tressing
equipamento” do livro “:do livro “Introduction to Agricultural mechanization”.
9.7.2 COMBINADAS
9.7.4 FUNCIONAMENTO
A cultura é apanhada pelo molinete, e transportada pelo sem-fim para o centro da mesa onde é
apanhada por um elevador de corrente e pás que a eleva até ao cilindro debulhador, onde de
dá a debulha principal, quando a cultura passa entre o cilindro batedor e o côncavo. A palha
grande com ainda algum grão e pequenos fragmentos passam para uns agitadores ou
vibradores chamados cavalos, enquanto que os grãos e fragmentos são recolhidos pela peneira
principal.
A grande vantagem das combinadas, à parte de deixar livre o tractor que em tempo de outras
operações andava ocupado, é que ela pode ir directamente sobre uma cultura, sem necessitar
de abertura prévia e pode cortar na direcção mais conveniente. Tem também uma grande
variação de velocidade de avanço, sem estágios de accionamento mecânicos ou hidrostáticos,
o que permite trabalhar satisfatoriamente e efectivamente numa vasta gama de culturas. O
Grandes avanços foram feitos e continuam sendo feitos nas autocombinadas, facilidade a
operação e ajustes durante o trabalho, como : ajustes das folgas do côncavo e batedor sem
parar a maquina, alteração a velocidade do batedor em trabalho, controlo hidráulico
independente da altura da barra de corte e da altura e avanço do molinete.
Uma opção muito exigida pelos utilitários é a capacidade de parar instantaneamente o fluxo da
cultura dentro da máquina se acontecer algum bloqueio ou avaria. Em algumas séries de
autocombinadas um controlo eléctrico- hidráulico desengata imediatamente os mecanismos
sob alimentação e activa um accionamento inverso dos mecanismos por motor hidrostáticos
de 6 HP.
A faca com dentes em serrilha é virtualmente universal. Esta tipo de facas trabalham por
longos períodos sem necessitarem de afiamento, e têm o seu melhor corte nas culturas
levantadas e secas. Podem ter desvantagens em relação as facas de secção lisa quando
cortando culturas contendo grande proporção de infestantes.
A cultura é geralmente levada para o centro da mesa por um semi-fim de grande diâmetro e
dai transportada para o cilindro debulhador por elevadores de correntes. O cilindro é
normalmente do tipo de batedor de barras, contudo o tipo de batedores de dedos ou molas
(tanbém chamado batedor americano, pois teve origem nos E.U.A.), é geralmente usado para
o arroz. Foi interrompido o seu uso na Europa devido a quebra excessiva da palha seca,
aumentando os problemas na separação do grão , tornando também a feitura de fardos mais
difícil, além de absorver mais potência.
O batedor de barras é mais tolerante em situações de infestantes verde e condições de debulha
húmida. A maior parte ou percentagem da debulha é feita entre o batedor e o côncavo e as
folgas andam á roda de 2,5 para 1 ( de frente para trás ).
O grão do côncavo e dos cavalos passam até um tabuleiro principal (ou cirandas principal)
que por movimentos alternativos de persianas fazem uma limpeza fina e transportam o grão
até uma banda elevadora de grão .
Um jacto de ar, faz também a separação da palha fina de grão e este passa a uma ciranda ou
peneira fina . O grão daqui vai para o elevador de grãos. O material que cai para fora do topo
das cirandas passa através dum elevador que os retorna ao dispositivo da debulha.
9.7.5.3 OPERAÇÃO
Geralmente é possível obter uma amostra de grão perfeita com uma combinada, nem tão
pouco é desejável fazer isso. É importante que o batedor e vibradores tenha um tamanho
suficiente e proporcional ao tamanho da barra de grão e da palha. O grão debulhado pode
conter corpos estranhos ( grãos infestantes ) que não se consegue remover efectivamente
quando húmidos, e muitas vezes é melhor deixar parte da limpeza que deverá ser feita
posteriormente em máquinas separadas dentro dos recintos de processamento e/ ou
armazenamento, ao invés de a atrazar o processo de colheita.
Devemo-nos lembrar que a razão da “combinação “ é comandada mais pelo volume de palha
manuseada pela máquina, do que pelo peso do grão. Infestantes ,clima húmido, palha húmida,
todos reduzem o “ output” da máquina . Cardos e outras sementes “sumarentas “ de
infestantes entopem os vibradores e os crivos ,e pode ser necessário parar a máquina e fazer a
limpeza frequentemente quando as condições de operações são más.
Culturas com maturações irregular são, regra geral, primeiro cortadas, espalhadas e reviradas,
mas há condições onde o uso de reguladores de crescimento do tipo de “de secante “ pode
providenciar uma alternativa para um processamento directo com a combinada, a um baixo
custo.
Ajuste incorrecto do “pic- up” pode levar a grandes perdas na barra de corte , particularmente
em culturas deitadas ou muito maduras.
Como regra geral, em culturas deitadas, o rolo deve estar bem afrente com os dentes
justamente a “escovarem “o solo quando a barra de corte estiver a 75 mm ( 3”) acima do solo.
Em culturas levantadas o rolo deve estar posto de maneira que as barras de suporte dos
dentes (pentes) atinjam a cultura cerca de 150 mm abaixo da espiga. Se repararmos que
algum grão está-se soltando das espiga deve-se reduzir a velocidade do “pic-up”.
Se o aumento da velocidade do batedor ainda não é efectivo deve-se então reduzir a folga
batedor - côncavo
Se a debulha esta a ser limpa e o grão a sair partido o primeiro passo deve se aumentar a folga
do batedor côncavo. Depois disto se persistir a quebra do grão , deve-se então reduzir a
velocidade do batedor
Deve-se ter sempre em conta que o ajustamento num componente particular da combinada
implica efeitos nos outros componentes.
Se uma combinada estiver bem afinada, as perdas excessivas de grãos atras, geralmente
indicam que os mecanismos de debulha e limpeza são chamadas a operar além da sua
capacidade, e portanto deve-se reduzir o avanço da máquina.
É muito difícil dar valores específicos de capacidade de uma combinada, pois as condições
variam bastante.
A capacidade é dada em ton/h, mas a figura para grão tem pouco significa, pois é geralmente a
capacidade da máquina de lidar com mais palha que limita o “ouput”. Assim quando se fazem
testes, a palha deve ser passada através da máquina a uma grande vazão, e a capacidade é
expressa como o caudal máximo ou M. O G ( material other grain) passado para um nível de
perdas de grão admitido (por exemplo,1 % ).
Assim. para uma combinada com uma saída de palha de 10 ton/h a uma dada percentagem de
perda de grão, numa cultura típica de trigo com uma razão grão/palha de 1/1, a saída de grão
é de 10 ton/h
Muitas farms não podem depender somente da àgua publica canalizada, pois mesmo que
existente, é em geral económicoinstalar uma estação de bombagem onde exista uma fonte
adequada de água.
Há no entanto o perigo de poluição de muitas fontes, mas muitas vezes apesar de impropria
para o consumo humano, ela poderá ser utilizada para outros fins. É muito importante
primeiro fazer-se testes completos da qualidade da água, antes de se embarcar num programa
extensivo de fornecimento.
O caudal necessário por dia, é um factor que depende em larga escala do tipo de exploração;
no entanto ela deve-se basear em estimativas parciais como abaixo se indica:
Por cabeça/dia
A vantagem do emprego de tanques de grande capacidade por gravidade é que fornecem uma
boa reserva nas horas de pico, em cujas necessidades podem ultrapassar a capacidade da
bomba .
. Balde
. Cesto oscilante
. Parafuso de arquimedes
. Roda persa
. Bomba de correntes
Consistem essencialmente dum pistão em movimento dentro dum cilindro. Este movimento
conjugado com um sistema de válvulas, permite levantar água dum nível para outro .
O volume do cilindro é pequeno; deslocamentos de volume por cada tempo são da ordem dos
0.04 Lts e a bomba é invariávelmente horizontal de dupla acção.
Uma instalação típica com um motor de 1 HP (0.25 Kw) dará uma descarga de 300 Gal ou
1350 Lts por hora contra uma altura total de 120 Ft ou 36 metros .
Bombas a pistão de baixa rotação e serviço severo dão descargas com alturas totais muito
maiores. Este tipo é em geral mais caro do que as bombas de alta rotação a pistão
.
O motor é do tipo de "caixa de esquilo", com um cilindro de liga metálica afim de proteger o
estator, da àgua. O rotor é de metal não corrosivo e é imerso na àgua.
A corrente elétrica é conduzida para o motor por cabo protegido à prova de àgua e o controlo
pode ser por interruptor on-off ou então por sistemas automáticos.
Bombas para exploraçSes agricolas, são geralmente escolhidas tendo como factor decisivo a
enesistência de falhas na operação e custos iniciais baixos, ficando em segundo plano a
efeciência mecanica do equipamento.
Para poços pouco profundos a escolha cai geralmente para bombas horizontais a pistão e
bombas centrífugas simples; contudo para alturas maiores (abaixo do solo) a opção é
geralmente para as bombas submersiveis.
Bombas a pistão geralmente custam menos em operação do que as centrífugas, mas estas
últimas estão menos sujeitas a problemas mecanicos e são preferidas quando a àgua tem
muitas impurezas.
Fonte de àgua
Volume de àgua a ser bombado
Altura de carga
Altura de sucção
Fonte de potência
A TERMINOLOGIA
Legenda:
HT = Altura total ou manométrica
H1 = Altura de sucção
H2 = Altura de descarga
H3 = Altura por perdas (por fricção) de carga.
HT = H1 + H2 + H3
Altura de sucção : É a altura vertical (H1) do nivel de àgua até á linha central da bomba.
Altura de descarga : É a altura vertial do centro da bomba até ao ponto onde a àgua è
descarregada (H2) .
Existem tabelas que dão valores médios de perdas de carga para diferentes diametros e
caudais em cada material empregue para a sua construção.
Potência útil da bomba - Potência correspondente ao trabalho realizado pela bomba. Se Q for
o caudal bombado, em m3/s, H a altura total em m e "Ô" a densidade em N/m3:
ÔQH
Potência útil = Pu = ---------- ( C.V ) ou
736
ÔQH
Pu = -------- ( Kw )
1000
Se a curva (I) se localizar toda inferiormente à curva (V), a bomba não é adaptada à
instalação defenida por (V), não debitando consequentemente qualquer caudal.
1 - O ponto correspondente a Q=0 da curva (I) deve ser superior ao ponto correspondente
a Q=0 da curva (V).
2 - A àrea compreendida entre o eixo vertical e as curvas (I) e (V) (àrea tracejada da
figura) deve ser o maior possivel, compativel com um bom rendimento.
3 - A estabilidade de regime da bomba é tanto maior quanto maior fôr o raio de curvatura
das curvas (I) e (V).
4 - O ponto de funcionamento deve localizar-se ligeiramente para lá do ponto
correspondente ao ponto de rendimento máximo, µã, para ter em conta uma eventual
diminuição de caudal devido ao envelhecimento da instalação.
10.4 CONDIÇOES DE ARRANQUE
Como se sabe, a potência P, de uma máquina rotativa é dada por P = nB , sendo n o numero
de rotaçSes e B o momento ou binário.
No sistema internacional as unidades são: n - rotaçSes por segundo ou Rot/s e B - Newton
metro (Nã) o que virá pois P em Nã/s.
Durante o periodo de arranque, o binário de arranque deve ser sufeciente para : vencer atritos
nas chumaceiras, empanques, etc; vencer a inercia da bomba; incrementar a potêcia da bomba,
durante a acelaração, até atingir o valor de regime que se considerará coincidente com o valor
nominal,P0.
Uma bomba centrifuga se estiver instalada em boas condiçSes, e houver cuidados com a
exploração e manutensão, tem uma duração bastante longa e geralmente livre de avarias.
Indicam-se a seguir os principais pontos a ter em vista:
1 - A bomba deve ser colocada tão próximo, quanto possivel, do liquido a elevar, afim de
evitar grandes alturas de aspiração. Na conduta de aspiração devem evitar-se curvas e outros
acessórios que aumentem as perdas de carga.
2 - A bomba deve ser protegida contra inundações. O motor eléctrico deve ser instalado em
lugar seco (exceptuam-se os casos de bombas submersiveis).
4 - O grupo motor-bomba deve ser assente e nivelado antes de ser ligado às tubagens de
aspiração e compressão. Estas devem justapôr-se às respectivas falanges, sem exercerem
qualquer esforço sobre a bomba, de tal modo que os parafusos sirvam unicamente para aperto
de vedação; assim estas tubagens devem ter suportes muito próximos da bomba.
6 - A tubagem de aspiração deve estar isenta de qualquer entrada de ar, sobretudo para
grandes alturas de aspiração.Nunca deve ser completamente horizontal. Deve sempre
apresentar uma inclinação ascendente para a bomba, mesmo que seja reduzida. Devem-se
evitar pontos altos .
7 - Quando houver necessidade de intercalar um cone de redução, este deve ser excentrico,
afim de evitar a formação de bolsas de ar na parte superior (veja a Figura 18.38 - No caso de
ser necessária uma curva á montante da aspiração, deve utilizar-se uma curva de raio grande.
Devem ser eleminados, também, todos os estrangulamentos na aspiração.
9 - Deve evitar-se a entrada de corpos estranhos na tubagem de aspiração (salvo no caso de
bombas especialmente adaptadas a esse fim). Para isso deve prever-se um sistema de ralo ou
grelha. Deve dar-se a estes elementos uma secção útil nunca inferior á secção de tubagem de
aspiração e, alem disso, tal que a velocidade através da secção útil não exceda 0.6 m/s .
11 - Deve garantir-se também que a bomba seja ferrada (conduta de aspiração e bomba cheias
de àgua), antes de ser posta em funcionamento.
12 - Uma bomba de escoamento radial, para cargas grandes ou médias, requer menos potência
no arranque se a válvula de saída estiver fechada. Assim aconselha-se a fechar esta válvula
antes do arranque.
14 - Devem evitar-se grandes apertos nos bucins da bomba. No ponto óptimo de aperto deve
correr uma gota de àgua pelo bucim.
10.7 AVARÍAS
Resumem-se as principais avarias das bombas centrifugas e as suas causas mais frequentes :
1 - Não hà caudal - Bomba não ferrada; velocidade muito baixa; altura de aspiração ou de
compressão muito grandes; propulsor completamente entupido; sentido de rotação errado.
3 - Principais agentes corrosivos: àcido sulfurico, àcido cloridrico, etc; no caso de misturas
defenir percentagens.
9 - Viscosidade .
A forma como se irriga uma zona, pode variar dentro dos seguintes grupos :
A experiência mostra por vezes que onde o fornecimento de àgua é fácilmente disponivel, a
irrigação de culturas como a beterraba, batata e pastagens pode ser económico,
especialmente em zonas secas.
Infelizmente, os fornecimentos de àgua são limitados e restringem um alargamento da prática
de rega. Onde a desponibilidade de àgua é fácil, decidir que culturas regar e quando regar, não
é um problema simples, tendo em conta o factor inconstante do clima.
Nos tempos secos eles decidem mantêr o equipamento de rega mais ou menos continuo, e
regam as culturas que lhes darão maior retorno.
Com a fruta e vegetais, muito depende do mercado; é impossivel formular regras definitivas.
Muitos factores jogam na escolha do equipamento e como muitos destes são interligados, um
estudo detalhado é preciso ser feito. Uma vez decidido sobre o tipo de equipamento de
distribuição é necessário determinar :
1 - Area máxima a ser coberta simultaneamente - isto dependerá da àrea total da cultura e da
densidade de
aplicação.
A fim de achar o rendimento necessário da bomba é necessário calcular a altura total para a
qual a bomba deve funcionar. Isto é a soma de :
-Altura de sucção.
-Altura estática (distância vertical entre a bomba e o ponto mais alto de descarga)
-Perdas por fricção nos tubos de descarga, válvulas e curvas.
-Pressão necessária nos bicos.
A pressão necessária estará geralmente na região dos 30 - 50 PSI ( 1.87 - 3.45 Bar ); contudo
para aspersores maiores "Rain Star" a pressão andará à volta dos 80 PSI (5.5 Bar ).
Conhecendo a altura total e o caudal, fácilmente se pode calcular a potência absorvida, pela
bomba e conhecendo a efeciência da bomba pode-se obtêr a potência motora teòrica. Se
usarmos um motor elétrico, a potência necessária é muito próxima da calculada, mas com um
M.C.I.é sempre aconselhável permitir uma margem considerável acima da potência calculada.
No caso de unidades pequenas o tamanho do ã.C.I. necessário para um trabalho satisfatório e
contínuo é cerca de 50 % acima do calculado.
Os tubos de descarga podem ser potáveis, de metal leve (aluminio ou galvanizados). ãuitos
preferem no entanto a instalação da tubagem principal, a baixo do solo, alimentando os
campos agricolas, pela instalação de fontenários em intervalos ao longo dos morros não
lavrados, de maneira que só a linha de aspersores precisa ser movida.
Deve-se mantêr uma pressão da ordem dos 30 -50 PSI (1.87 - 3.45 bar) nos bicos e no caso
das linhas oscilatórias um jacto de 40 Ft (12 m) é geralmente atingido.