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Isabella Morais de Souza

João Pedro da Silva Fernandes


Samuel Lorenzato Vasconcellos

Projeto acústico – Teatro ao ar livre


em uma galeria de arte

Trabalho Prático
da disciplina
TAU065/TAU022–
Tópicos em
conforto ambiental:
Projeto acústico,
do curso de
Arquitetura e
Urbanismo da
Universidade
Federal de Minas
Gerais.

Professor: Victor Mourthé


Belo Horizonte
1º Semestre de 2019
1. INTRODUÇÃO

O presente relatório se trata do projeto arquitetônico


e acústico de uma galeria de arte com um cinema ao ar
livre, desenvolvido pelo próprio grupo para ser executado
em um lote vago localizado na Rua Tomé de Souza, 962,
bairro Funcionários.

O cinema ao ar livre é a parte do projeto que


receberá o tratamento acústico, tendo em vista a
necessidade de uma boa sonoridade para um espaço que
abriga esse tipo de atividade e a implicância que tal
sonoridade trará para o entorno. Para tal, foi realizado o
estudo de reverberação e isolamento, e partir deles obteve-
se orientação para o emprego dos materiais adequados.

(O ponto de partida para os estudos de acústica do


ambiente escolhido foi a NBR 12179 - Tratamento de
acústica em recintos fechados. Esta norma da ABNT define
parâmetros sobre os principais pontos a serem observados
na execução de um projeto dessa natureza.
Entretanto, a abordagem da norma é superficial e
incompleta. A acústica modal, por exemplo, é tratada de
maneira simplória, sem aprofundamentos. A norma
também é limitada ao listar e sugerir materiais e métodos
construtivos. Porém, de uma forma geral, tomando-a como
ponto de partida junto às aulas e orientações da disciplina,
foi possível conduzir o trabalho de maneira satisfatória -
para um primeiro contato com o tema - e extrair
interessantes resultados que serão apresentados adiante.)
2. METODOLOGIA

O espaço de trabalho disponível para a realização


do projeto do cinema era de 310 m² (figura 1). A proposta
do cinema não abrange toda essa dimensão, restringindo-
se à 80 m² (figura 2).

Após levantamento e análise do ambiente, o


tratamento acústico baseou-se no condicionamento e
privacidade acústica. Para o condicionamento não foi
realizado estudo modal ou geométrico, visto que só há um
tipo de envolvimento das pessoas com a prática do cinema,
que é o de espectador. O estudo realizado foi o de
reverberação, que leva em conta a volumetria, uso e
ocupação do ambiente e tem como parâmetro o tempo
ótimo de reverberação.

Para a privacidade acústica, levou-se em conta a


vizinhança do ambiente trabalhado, o uso para o qual o
ambiente é destinado

Em termos de privacidade acústica, levou-se em


consideração a vizinhança do ambiente escolhido, o tipo de
uso do ambiente e o tempo de exposição recomendado.

Dessa forma, foi possível estabelecer ao final dos


estudos os melhores materiais a serem utilizados na
execução do projeto.
Figura 1 - Espaço disponível para o cinema.
Figura 2 - Proposta.
3. RESULTADOS
3.1. ESTUDO DE REVERBERAÇÃO
Para o estudo de reverberação foi feito
levantamento de todos os materiais que revestem o
ambiente, junto com seus coeficientes de absorção (α)
para determinadas frequências e áreas superficiais.
Aplicando a Fórmula de
𝑛𝑛. αi) foi possível obter dados relativos a APS - Absorção
Sabine (∑𝑛 𝑛
parcial =
1
pela superfície, que quando divididos pela superfície total
do ambiente possibilitaram a obtenção dos α médios do
ambiente sem tratamento. Um estudo análogo foi realizado
com ambiente agora ocupado por pessoas.
Com os valores de αm calculou-se a absorção
através da fórmula:
𝑛

(− ∑. 𝑛𝑛). ln(1 − αm) + 4mv


𝑛=1

Com todos os dados anteriormente descritos foi


possível calcular o Tempo de Reverberação do Ambiente
(TR). O dados relativos ao Tempo de Reverberação Ótimo
(TRo) foram baseados nas recomendações da NBR
12179, que variam de acordo com o volume do espaço e
seu respectivo uso - depois de aplicados fatores de
correção. A tabela com as informações supracitadas
podem ser observadas na Figura 3 - Tempo de
reverberação (sem tratamento), abaixo. A partir do TR e
TRo foi gerado um gráfico - Figura 4
- TR e TRo (sem tratamento) - para criar uma imagem
visual do objetivo do estudo.

Figura 3 - Tempo de reverberação (sem tratamento)


Figura 4 - TR e TRo (sem tratamento)

O mesmo foi feito para o novo ambiente, já com as


modificações de materiais, área e volume propostas. Todos
os dados acrescidos na tabela tinham seus impactos
observados em tempo real na tabela antes gerada, dando
maior condição de verificar o progresso do estudo. Abaixo
- Figura 5 - Tempo de reverberação (com tratamento) -, a
tabela com os dados relativos ao estudo do tempo de
reverberação do espaço modificado pelo projeto.
Figura 5 - Tempo de reverberação (com tratamento)

Figura 6 - TR e TRo (com tratamento)


Os dados da Figura , acima, mostram que o objetivo
do estudo foi alcançado. A curva relativa ao tempo de
reverberação do ambiente projetado se aproxima à curva
relativa ao tempo ótimo de reverberação, respeitando uma
margem de erro tolerada de ±10%, com exceção dos α em
125Hz e 500Hz.
3.2. ESTUDO DE ISOLAMENTO
Para o estudo do isolamento foi considerado
primeiramente o tipo de ruído gerado no ambiente
projetado - tomando por referência um trecho de uma
apostila distribuída pelo professor -: "música de rock
amplificada". A partir dos dados espectrais sonoros (em
dB) relativos à essa informação, foram aplicados fatores de
correção para dB(A). Considerando, de acordo com a
legislação brasileira, que uma pessoa pode ficar exposta à
uma fonte de 90db por um período de no máximo 4 horas,
aplica-se esse critério aos valores antes obtidos,
encontrando um valor adequado da fonte.
Com base nas orientações da NBR 10152 - Níveis
de ruído para conforto acústico - identificou-se o valor de
ruído tolerado pela vizinhança - nível crítico - que, como
pode ser observado nas Figuras 1 e 2 já apresentadas,
consiste apenas em um escritório no andar acima - que foi
interpretado como um dormitório - para considerar o pior
caso. Subtraindo o nível crítico de ruído do valor ideal da
fonte, ajustado para dB, obtém-se um valor que serve de
referência para identificação do método construtivo a ser
escolhido.
Na Figura 7 - Isolamento acústico abaixo é possível
verificar os dados obtidos através dos processos descritos
acima.
Figura 7 - Isolamento acústico
O método construtivo - sugerido por um trecho de
uma apostila distribuída pelo professor- relativo ao valor
obtido pelos estudos de isolamento foi adaptado, uma vez
que o ambiente estudado já estava construído e só
precisava sofrer adequação acústica, como mostra a
Figura 8 - Detalhe do isolamento.

Figura 8 - Detalhe do isolamento

A montagem do sistema de isolamento deve ainda


conter leve inclinação em direção ao chão, assim como o
posicionamento dos vidros duplos das janelas, a fim de
quebrar paralelismos que possam causar problemas como
a presença de ondas estacionárias. O forro foi rebaixado
em 20cm e foi adicionada uma porta dupla ao ambiente,
como mostram as Figuras 9 e 10 abaixo.

*Observação: todos os materiais utilizados estão


presentes nas tabelas das Figuras 3 e 5.
4. CONCLUSÃO
O trabalho de desenvolver um projeto acústico logo
no 2º período da universidade - mesmo sem cursar a
disciplina TAU-078 - Acústica de ambientes - sem dúvida
foi muito edificante. Ainda que o resultado apresente várias
deficiências em sua forma final - como já dito anteriormente
-, e apesar das dificuldades relacionadas à representação
da proposta e falta de conhecimento dos materiais
acústicos, entrar em contato com o processo de
desenvolvimento e suas etapas tão cedo é extremamente
motivacional.
Pretendo me matricular novamente na disciplina -
em períodos mais avançados, em que espero estar mais
preparado - com o intuito de conduzir um novo projeto, ou
mesmo participar de um grupo de estudos sobre o tema,
caso a ideia comentada pelo professor venha a se
concretizar.

5. REFERÊNCIAS
• NBR 12197 - Tratamento de acústica em recintos fechados
• NBR 10152 - Níveis de ruído para conforto acústico
• http://www.owa.com.br/produtos/forros-minerais-owa
• LACAM \u2013 LABORATÓRIO DE CONTROLE
AMBIENTAL \u2013 DEPTO DE TECNOLOGIA \u2013
FAU/UnB DISC. CONFORTO SONORO
\u2013 MAR/2006
Organização: Loureley Leão e Maria Luísa Carvalho \u2013
Revisão: Profa. Rosana S. Clímaco
• Relatório técnico do tratamento acústico - Plenário e
auditório (Acústica de salas)
• Catálogo e manual isosound
• Handbook for Sound engineers - Glen M Ballou

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