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LEGISLAÇÃO

A fonte mais importante do nosso ordenamento jurídico é a Lei, pois é ela


que preenche a todos os requisitos de segurança e certeza do sistema, que são: ser
escrita; editadas por autoridades competentes; estabelecida consoante os critérios
fixados por normas superiores; objetiva regulamentar a sociedade (grau de
generalidade). A Lei é estrutura base do ordenamento jurídico e deve estabelecer
regras para o futuro, sendo: abstratas, garantindo dessa forma a certeza do
ordenamento, e gerais, devendo se dirigir à totalidade dos cidadãos, garantindo
assim a igualdade do sistema.
O ordenamento federal nacional caracteriza as leis em quatro categorias
quanto à hierarquia:
- Leis Constitucionais: São as normas mais importantes do ordenamento
jurídico nacional, é o seu fundamento. Um dos princípios pertinentes à
Constituição Federal é o princípio da supremacia Constitucional, tal principio faz
com que as demais normas do ordenamento sejam materialmente e formalmente
compatíveis com a Constituição. Entende-se por validade formal a obediência às
regras que disciplina a criação de normas, e por validade material, a não
contradição entre o que determina a constituição e as demais normas do sistema.
- Leis Infraconstitucionais: Nessa categoria incluem-se as leis ordinárias,
aprovada por maioria simples do congresso, regulamenta assuntos que não estejam
no rol de competências privativas de outras autoridades, as leis complementares,
que exigem um quórum mais significativo pela especificidade de sua matéria, que
é de maioria absoluta, e as leis delegadas, que são elaboradas pelo Presidente da
República, com a autorização do Congresso, mas com restrições às matérias, no
entanto encontra-se em desuso desde 1992 e as medidas provisórias, que são de
uso do poder executivo, sem a necessidade de autorização do Congresso. Deve ser
utilizado para casos urgentes, mas no Brasil, seu uso é abusivo.
- Decretos regulamentares: São atos de competência do Poder Executivo
para concretizar as leis. Há ainda decretos legislativos, para deliberação do
Congresso e os decretos judiciários.
- Normas Internas: Assim como os decretos regulamentares, não são leis no
sentido estrito ou formal, ou seja, fruto de uma decisão majoritária do legislativo,
mas têm por finalidade regulamentar situações específicas da administração
pública.
Quanto aos tratados e convenções internacionais, o Supremo tribunal
Federal já se manifestou no sentido de considerar que tais documentos possuem
caráter supralegal, mas inferior à constituição. Os tratados provêm de acordos
firmados entre as vontades dos Estados, e as convenções através de organismos
internacionais, onde o que foi aprovado é posteriormente submetido aos estados
participantes e, se ratificados conforme procedimentos estabelecidos
constitucionalmente passam a ter força legal.

DOUTRINA
Entende-se por doutrina “o conjunto da produção intelectual dos juristas,
que se empenham no conhecimento teórico do direito” [10]. É aquilo que é
transmitido pelos doutos, pessoas que se dedicam à interpretação do texto legal.
São muitos, aqueles que não aceitam a doutrina como uma fonte do direito
alegando que os ensinamentos dado pelos juristas, por mais sábio que fossem, não
teriam força para determinar a norma jurídica que deva ser cumprida pelos juízes,
pois tais argumentos podem sempre serem contrapostos com argumentos
contrários, não dando uma certeza jurídica.
A doutrina, de fato, não pode ser utilizada como uma fonte do direito a ser
aplicada nos tribunais, os juízes não são obrigados a levar em conta a opinião dos
doutrinadores, pois os textos doutrinários não possuem força jurídica. No entanto,
é inegável o relevante papel que a doutrina exerce no meio jurídico. É graças a ela,
por exemplo, que conceitos jurídicos são determinados, auxiliando no
entendimento do texto legal, ela inova as formas de interpretar, preenche lacunas
entre outras importantes funções.
Um ótimo exemplo dado para relatar a importância da doutrina e dado por
Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona quando “na construção pretoriana,
anteriormente à Constituição Federal de 1988, da reparabilidade do dano moral,
negada frontalmente no inicio pelo Supremo Tribunal Federal, mas admitida,
posteriormente, sem que houvesse qualquer modificação legislativa genérica, em
face da evolução dos estudos sobre responsabilidade civil”.
A doutrina mantem-se sempre atual, ela segue o curso do tempo, não fica
estático como a letra das leis, ela traz ideias novas pois está sempre em mutação,
ela organiza melhor o direito, para que com isso possa haver um melhor
entendimento dele, desenvolve um papel critico perante as normas, essencial para
se ter uma visão mais clara da norma a ser aplicada.

COSTUMES
Tem-se por costume o hábito social constatado em uma sociedade. Para ser
classificado como tal, tem de haver o uso constante e notório. Diferencia-se da
jurisprudência pelo fato de esta ser de uso exclusivo dos operadores do direito,
enquanto os costumes são desenvolvidos pela sociedade como um todo e sobre
algo que ela considera como socialmente obrigatória.
Trata-se de uma fonte com menos certeza e segurança jurídica pelo fato de,
ao contrário do que ocorre no processo de elaboração das leis, sua formulação não
segue um rito formal, sua origem segue processos difusos, mas há a exigência da
observância de dois elementos, o relacional ou subjetivo, onde se tem a certeza da
necessidade social da prática, e o substancial, ou objetivo, que é a sua prática
permanente no decurso do tempo.
Contudo, uma importante questão é levanta quando fala-se de costume: de
onde o costume retira a sua autoridade? Para tal questionamento, dois caminhos
podem ser tomados, ou essa fundamentação se dá através de uma posterior
fundamentação legislativa, ou se dá pela aceitação do juiz. O primeiro caminho, o
da confirmação através do legislativo, é intolerável, pois concede um monopólio
da produção normativa, descaracterizando o costume como fonte formal. O
costume nasce no seio da sociedade, sendo uma fonte espontânea do direito, que se
forma gradualmente, não se cria de modo imediato conforme a vontade do
legislativo. O segundo caminho, o da aceitação pelos juízes, é por sua vez é
aceitável. Para os defensores dessa teoria, o costume adquire sua autoridade
quando ele se torna reconhecido e aplicado pelos tribunais.
O costume pode ser classificado de três formas: praeter legem; secundum
legem; contra legem.
- Praeter legem: esse costume desempenha um papel de complementação
do ordenamento jurídico, disciplinando matéria desconhecida pela lei, através de
eventuais omissões do legislador.
- Secundum legem: tal costume é aquele que age conforme a lei, que a
concretiza sendo aplicado de modo subsidiário. A lei reconhece a eficácia jurídica
do costume.
- Contra legem: o costume contra legem é de grande impasse no meio
jurídico, pois se trata de uma prática contrária ao direito já codificado. De um lado,
encontram-se doutrinadores que discordam de tal costume, pois consideram que
sua aceitação seria uma afronta à constituição, admitindo a possibilidade de
revogação de normas que foram estabelecidas por autoridades legislativas,
seguindo os devidos critérios de validade formal e material. A outra corrente de
doutrinadores adota postura oposta, admitindo a possibilidade dos costumes contra
legem, afirmando que o real direito não é aquele que ninguém mais segue e nem
são mais aplicados pelos tribunais. Para eles, o real direito é aquele que é vivido
diariamente pelos membros da sociedade, tendo sim força para suprir a lei que já
se tornou letra morta.

SÚMULA
Um verbete que registra a interpretação pacífica ou majoritária adotada por
um Tribunal a respeito de um tema específico, a partir do julgamento de diversos
casos análogos.
Serve de referência para os magistrados, jugarem futuros casos similares. E
não possui teor obrigatório, prevalece a livre convicção do juiz.
Súmula é o resultado decorrente do conjunto de decisões judiciais, sendo
assim, uma parte haurida da jurisprudência.
A Súmula não interfere na Livre Convicção do Magistrado e podem ser
criadas por diversos Tribunais como síntese da Jurisprudência.
SÚMULA VINCULANTE
Um verbete que registra a interpretação pacífica, e só pode ser criada com a
aprovação de dois terços dos membros do Supremo Tribunal Federal, dotada de
teor obrigatório: obrigam a Administração Pública direta e indireta, nas esferas
Federal, Estadual e Municipal e todos os demais Juízes e Tribunais a seguir o
conteúdo da Súmula Vinculante.
Importante enfatizar que, a livre convicção do magistrado é violada, pois a
súmula tem caráter obrigatório.
Súmula Vinculante é dotada de teor obrigatório, e diferente da Súmula, ela
só pode ser criada pelo STF mediante decisão de dois terços de seus membros.

ANALOGIA
A Analogia é um termo que pode ser definido como o estabelecimento de
uma semelhança entre dois ou mais objetos de discussão. Na esfera do Direito,
caracteriza-se pela inserção ou integração, em um hiato jurídico, da legislação
utilizada em um caso parecido.
O conceito de analogia acontece quando são comparados casos com
aspectos similares com o objetivo de obter a mesma resposta. De forma simples, é
a aplicação de uma interpretação jurídica previamente utilizada, em uma hipótese
semelhante que não conte com uma disposição legal para sua regulação.
O fundamento primordial dessa hipótese é o princípio da igualdade
jurídica, que assegura solucionar igualmente atos infracionais semelhantes.
A analogia é fundamentada no Artigo 3º do Código de Processo Penal;
Artigo 108, inciso I, do Código Tributário Nacional; Artigo 140 do Código de
Processo Civil; Artigo 4º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro; e
Artigo 8º da Consolidação das Leis do Trabalho.
Há alguns contextos nos quais ela não se aplica, tais como leis fiscais e
fiança. No direito penal, ela nunca é utilizada para prejudicar o acusado, ou seja, in
malam partem. Por ser um princípio democrático, só poderá ser aplicada in bonam
partem, em benefício do acusado.
Para que a analogia ocorra, é aplicado o princípio da mão e da luva, que
afirma que a luva deve se encaixar perfeitamente na mão, não devendo sobrar ou
faltar nenhum dedo. A interpretação é a seguinte: a analogia cabe somente nos
casos em que a lei se encaixa perfeitamente no fato sob julgamento.

Direito Objetivo e Direito Subjetivo


O direito objetivo é o conjunto de normas que o estado mantém em vigor.
Constitui uma entidade objetiva frente aos sujeitos de direitos, que se regem
segundo ele.
Sendo assim, é o conjunto de normas que obrigam a pessoa a um
comportamento consentâneo com a ordem social. Ou seja, através das normas,
determina a conduta que os membros da sociedade devem observar nas relações
sociais. O direito objetivo é tudo que está previsto na lei, como por exemplo, o
caso da gestante que tem direito a licença à maternidade, esse direito está previsto
na lei, na constituição.
Também chamado de direito positivo, pois é um direito posto. Ou seja, o
conjunto de regras (leis, costumes, regulamentos) que preside à nossa vida em
sociedade. A norma de agir (NORMA AGENDI).
Então, podemos chamar de direito objetivo, o conjunto de regras vigentes
num determinado momento, para reger as relações humanas, e que são impostas
coativamente, à obediência de todos. Ou melhor, pode definir-se como o complexo
das regras impostas aos indivíduos nas suas relações externas, com caráter de
universalidade, emanadas dos órgãos competentes segundo a constituição e
tornadas obrigatórias mediante coação
É o conjunto de leis vigentes, que nasceram da vontade geral e passam a
integrar o ordenamento jurídico. Como por exemplo, a Constituição, as
legislações, Penal, Civil, de Proteção e Defesa do Consumidor, etc.
O Direito Objetivo estabelece normas de conduta social. De acordo com
elas, devem agir os indivíduos.
Já o direito subjetivo, designa a faculdade da pessoa de agir dentro das
regras do direito (FACULTAS AGENDI). É o poder que as pessoas têm de fazer
valer seus direitos individuais.
Então, nasce da vontade individual. É a faculdade de alguém fazer ou
deixar fazer alguma coisa, de acordo com a regra de ação, ou seja, de acordo com
a norma. Os direitos subjetivos revelam poder e dever. Poder de cobrar e dever de
pagar uma dívida. Está ligado a pessoa, exige o direito objetivo que está na lei. Por
exemplo, posso exigir a licença à maternidade, sendo esse direito objetivo. Mas
preciso provar esse direito subjetivo, ou seja, preciso provar que estou grávida. É
aquele que pode ser exigido pelo seu titular,
Assim, direito subjetivo é a prerrogativa do indivíduo invocar a lei na
defesa de seu interesse, ou ainda, os direitos subjetivos encontram proteção na
norma, do Direito Objetivo. É este que os garante. Em outras palavras, é o Direito
Objetivo que confere às pessoas direitos subjetivos.
Portanto, o direito objetivo indica o ordenamento positivo colocado diante
de nós e o direito subjetivo a faculdade de exigir seu cumprimento.

NORMA JURÍDICA
Podemos definir norma jurídica como um conjunto de normas que
compõem o ordenamento jurídico, é responsável por regular a conduta do
indivíduo, uma regra de conduta imposta, é a proposição normativa inserida em
uma fórmula jurídica (lei, regulamento), garantida pelo Poder Público (Direito
Interno) ou pelas organizações internacionais (Direito Internacional). Compõe-se,
em sua maioria, de preceito e sanção. Sua principal função é coagir os sujeitos a se
comportarem da forma por ela esperada. Tem por objetivo principal a ordem e a
paz social e internacional. Desempenha várias funções, que não devem ser
confundidas com as finalidades ideais da norma (justiça, segurança, etc.).
A norma jurídica, quando disciplina condutas, se caracteriza pela
bilateralidade. Além disso, a norma jurídica prevê uma condição, que ocorrendo,
forçosamente, produzirá um efeito jurídico. Desempenha várias funções:
- Função Distributiva
- Função de Defesa Social
- Função Repressiva
- Função Coordenadora
- Função de Garantia e Tutela de Direitos e de Situações
- Função Organizadora
- Função Arrecadadora de Meios
- Função Reparadora
A norma Geral é aplicável a todas as relações jurídicas ou a um conjunto
amplo delas. É destinada a todos os cidadãos. Pode se referir a aspectos diversos,
quais sejam a dimensão territorial de sua aplicação. Não propõe qualquer tipo de
distinção ou diferenciação entre entes de Direito Público. Dentro da norma geral, a
norma abstrata é aquela que conduz a análise do caso específico de um indivíduo,
analisando – o em suas circunstâncias, em seus detalhes, ou seja, como ocorreu
realmente.
A norma jurídica é imperativa, pois contém um comando, uma prescrição,
impondo um tipo de conduta que tem de ser observado. Seu caráter imperativo
significa imposição de vontade. Conforme explica Paulo Nader, “a norma não
imperativa não pode ser jurídica.”.
Coercibilidade é uma qualidade que a norma jurídica tem, de autorizar a
utilização da força física para o seu cumprimento, é a possibilidade do uso da
coação. A coercibilidade da norma impõe o que o Estado estabelece para
administrar e reger o bem comum.
Podem-se classificar os destinatários da norma jurídica em: mediatos, que
são os tribunais, órgãos estatais e organismos internacionais; e imediatos, são
todas as pessoas que estiverem na situação prevista pela norma.
Na Teoria Pura do Direito, Kelsen visa separar a Ciência do Direito das
demais teorias, criando, assim, a teoria pura, sem qualquer influência de outros
valores, buscando extrair o verdadeiro conteúdo da ordem jurídica. Conforme
afirma Tércio Sampaio Ferraz Jr, “o pensamento de Kelsen seria marcado pela
tentativa de conferir à ciência jurídica um método e um objeto próprios, capazes de
superar as confusões metodológicas”. Nela, o autor estabelece ser o Direito um
conjunto sistemático, que visa normatizar a conduta humana e institui a sanção
como fator primordial para que haja distinção entre a Ciência do Direito e as
demais ordens sociais. Tentando construir uma estrutura comum a todos os
ordenamentos, Kelsen classifica as normas como sendo primárias (quando
prescrevem uma sanção) e secundárias (quando prescrevem um comportamento).
INSTRUMENTO DE CONTROLE SOCIAL

Existem diversos meios que servem para regular a condutas dos membros
da sociedade visando à harmonia da vida social. Entre eles podemos destacar a
religião, a moral, as regras de trato social e, obviamente, o Direito.
Paulo Nader (2007, p.31) afirma que “o mundo primitivo não distinguiu as
diversas espécies de ordenamentos sociais. O Direito absorvia questões afetas ao
plano da consciência, própria da moral e da religião, e assuntos não pertinentes à
disciplina e equilíbrio da sociedade, identificados hoje por usos sociais.”
No entanto, é certo que hoje não podemos confundir as diferentes esferas
normativas. Cada instrumento de controle social possui uma faixa de atuação, um
objetivo específico.
A faixa de atuação do Direito é regrar a conduta social, visando à ordem e
o bem comum. Por este motivo, ele irá disciplinar apenas os fatos sociais mais
relevantes para o convívio social. Ele irá disciplinar, principalmente, as relações de
conflitos e, quanto às relações de cooperação e competição, somente onde houver
situação potencialmente conflituosa.
Betioli ressalta que:
“O direito não visa ao aperfeiçoamento interior do homem; essa meta
pertence à moral. Não pretende preparar o ser humano para uma vida supraterrena,
ligada a Deus, finalidade buscada pela religião. Nem se preocupa em incentivar a
cortesia, o cavalheirismo ou as normas de etiqueta, campo específico das regras de
trato social, que procuram aprimorar o nível das relações sociais.” (2008, p.8-9)
Há vários pontos de divergência entre direito e religião. Legaz e Lacambra
aponta duas diferenças estruturais: a alteridade e a segurança. Segundo o autor
(1961, p.419), “a alteridade, essencial ao direito, não é necessária à religião.” O
próximo, o semelhante é um elemento circunstancial e não um elemento essencial
na idéia religiosa. O mais importante é a prática do bem. A religião é uma relação
entre o homem e Deus e não entre o homem e os demais. Para o Direito, no
entanto, o que importa é o comportamento humano e social.
A segunda diferença estrutural diz respeito à segurança. Para a religião a
segurança é algo inatingível e espiritual, porquanto que para o direito, se alcança a
partir da certeza ordenadora.
Em relação às diferenças existentes entre o direito e a moral, podemos
apontar algumas das distinções feitas por Paulo Nader (2007, p.40-44). Segundo o
autor, “o direito se manifesta mediante um conjunto de regras que definem a
dimensão da conduta exigida, que especificam a fórmula do agir”. Ao contrário da
moral que possui diretrizes mais gerais.
As normas jurídicas possuem uma “estrutura imperativo-atributiva, isto é,
ao mesmo tempo em que impõem um dever jurídico a alguém, atribuem um poder
ou direito subjetivo a outrem”. A moral, por sua vez, com uma estrutura mais
simples, impõe apenas deveres.
Enquanto a moral se preocupa com a vida interior das pessoas, como a
consciência, o direito cuida, em primeiro plano, das ações humanas. O animus do
agente só será considerado quando necessário.
Além disso, a moral, bem como todas as demais regras sociais, se distingue
do direito, pois carece de coercibilidade e de heteronomia. O direito, ao revés, é
imposto independentemente de vontade de sujeição e possui formas de garantir o
respeito e obediência a seus preceitos.

EFICÁCIA DA LEI NO TEMPO E NO ESPAÇO

Vigência
A vigência da norma equivale ao seu período de vida, desde o início da sua
obrigatoriedade e observância até a sua revogação, quando deixa de existir no
mundo jurídico. Tal ocorre no período de vacatio legis¹. Bem por isso, afirma
Arnaldo Vasconcelos: “A vigência significa disponibilidade temporal da norma”.
Para Paulo Nader “o atributo jurídico denominada vigência significa que a
norma, por atender a determinados requisitos técnico-formais que a norma jurídica
de elaboração e positividade, acha-se posta à executoriedade. É com ela que a
norma jurídica obtém obrigatoriedade e são estabelecidos seus marcos temporais
de validez: início e fim da obrigatoriedade.” ²

Revogação
A revogação é o fenômeno pelo qual uma lei perde a sua vigência. A lei
perde a sua vigência em algumas situações específicas como: na revogação por
outra lei, desuso e desuso de tempo.

Alguns tipos de revogação:


Revogação expressa: é o cancelamento ou anulação de um texto ou norma
por escrito.
Revogação tácita: é quando um texto de lei ou norma não tem mais
utilidade de aplicação pratica e mesmo sem ser expressamente cancelada e editada,
ninguém faz mais uso.
Revogação total (ab-rogação): quando a lei é revogada por outra lei: nesse
caso a lei poderá revogar a totalidade da lei anterior. Toda lei antiga desaparece
mediante a publicação de uma nova lei.
Revogação de fato: Quando a norma cai em desuso.
É verificado quando a lei não é aplicada da forma prevista, ou seja, a
autoridade a quem incumbia garantir a observância da lei não é aplicada. Pode o
desuso se dar também de forma espontânea, quando as pessoas deixam, aos
poucos, de observar a norma em suas relações sociais.
Revogação parcial (derrogação): a norma posterior/superior, revoga
parcialmente a outra norma, havendo supressão de trechos de seu texto.
Exemplo: art. 2045, CC, "revogam –se… e a Parte Primeira do Código
Comercial, lei 556, de 25 de junho de 1850".

Retroatividade
No que se trata a retroatividade, a lei retroage caso traga algum benefício
ao réu.
Isso acontece também no que a doutrina chama de Abolitio criminis. É
quando o fato deixa de ser considerado crime. Um exemplo disso é a lei do
adultério. O adultério era considerado crime, mas em um determinado tempo
deixou de ser, portanto se a sociedade entende que não há mais crime nessa
conduta, a lei retroage para atingir todos os fatos anteriormente praticados.

Ultratividade
A ultratividade é a lei que permanece em vigor para aquele que praticou o
ato mesmo que a lei nova entre em vigor e seja pior para o réu.
Exemplo: hoje foi praticado o fato (a lei vigente atua sobre ele), daqui a
seis meses entra em vigor uma nova lei que piora a situação do réu. Então ela não
retroage (já que a nova lei já está retroagindo uma lei antiga), portanto, essa lei que
já foi revogada pela nova lei permanece para o réu que praticou o ato ilícito.
Em suma: se a nova lei for mais benéfica para o réu, ela retroage, se for
prejudicial, ela não pode retroagir.
Vacatio legis, é uma expressão em latim que significa “vacância da lei”. É
o período que a lei tem para entrar em vigor, ou seja, de sua publicação até o início
de sua vigência.
LEI NO TEMPO
Antes de entrar em vigor, a lei passa por todo um procedimento
específico. Além disso, depois de devidamente elaborada, publicada e promulgada
(ou seja que teve seu conteúdo divulgado), a lei pode passar um tempo de espera
para produzir efeitos- juridicamente esse tempo de espera é conhecido por vacatio
legis (uma expressão latina que significa “lei vaga” o tempo de vocatios varia de
lei para lei, quanto mais complexa, maior é possibilidade do tempo de vocatio ser
mais longo.
A vacatio é importante para as pessoas se acostumarem com a nova lei (a
eficácia dessa lei no tempo será exigida após esse tempo de reconhecimento).
Existem leis que produzem efeitos de imediato, assim que são publicadas,
geralmente por serem de pouco impacto. São as leis cujos artigos finais deixam os
termos expresso “Esta lei entra vigor na data de sua publicação”
EFEITO REPRISTINATÓRIO
A declarada lei de inconstitucionalidade tem como efeito tornar a lei
inconstitucional nula, seja no controle difuso, seja no controle concentrado. A
diferença entre um sistema e outro reside no âmbito subjetivo de sua eficácia,
enquanto, no primeiro, o reconhecimento opera efeitos entre as partes do processo,
enquanto, no segundo, o efeito é geral.
Nesse sentido, a doutrina e a jurisprudência que a lei declarada
inconstitucional, não pode gerar quaisquer efeito, nem mesmo o de provocar
revogação de diplomas normativos e ela anteriores.
Daí surgiu o efeito repristinatório, segundo o qual a lei revogada por outra
lei declarada inconstitucional volta a vigorar.
CONFLITO DE LEI NO TEMPO
Como é de conhecimento de todos, a lei, em regra, é feita para valer para o
futuro.
Segundo Maria Helena Diniz, quando uma lei modifica ou regula, de forma
diferente, a matéria versada pela lei anterior, seja em decorrência da ab-rogação
(revogação total da lei anterior) ou pela derrogação (revogação parcial da lei
anterior), podem surgir conflitos entre as novas disposições e as relações jurídicas
já consolidadas sob a égide da velha norma revogada.
Sendo assim, o doutrinador Carlos Roberto Gonçalves faz o seguinte
questionamento: Será que é possível a aplicação da lei nova às situações
anteriormente constituídas?
Para solucionar tal questão, a doutrina utiliza dois critérios. O primeiro
critério diz respeito às disposições transitórias, às quais são elaboradas pelo
legislador, no próprio texto normativo, destinadas a evitar e a solucionar conflitos
que poderão surgir do confronto da nova lei com a antiga lei. Tais normas são
temporárias e conciliam a nova lei com as relações já definidas pela norma
anterior. O segundo critério, como bem explica Maria Helena Diniz, diz respeito
ao princípio da retroatividade e da irretroatividade das normas.
A regra adotada pelo ordenamento jurídico é de que a norma não poderá
retroagir, ou seja, a lei nova não será aplicada às situações constituídas sobre a
vigência da lei revogada ou modificada (princípio da irretroatividade). Este
princípio objetiva assegurar a segurança, a certeza e a estabilidade do ordenamento
jurídico.
É possível afirmar, ainda, que o referido princípio apresenta duplo
fundamento, sendo um de ordem constitucional e outro de ordem
infraconstitucional. Vejamos:
O art. 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal prevê que: “A lei não
prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.”
Já o art. 6º, da LINDB diz o seguinte: “A lei em vigor terá efeito imediato
e geral, respeitando o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.”
Sendo assim, tendo como parâmetro estes dois fundamentos, é possível
observar que a regra da irretroatividade não é absoluta, tendo em vista que convive
com outro preceito de direito intertemporal, que é o da eficácia imediata e geral da
lei nova. Ou seja, em alguns casos a lei nova poderá retroagir. Além disso, Carlos
Roberto Gonçalves afirma que a irretroatividade das leis não possui caráter
absoluto, por razões de políticas legislativas, que por sua vez podem recomendar
que, em determinadas situações, a lei seja retroativa, atingindo os efeitos dos atos
jurídicos praticados sob o império da norma antiga.
Nessa perspectiva, é possível se olvidar que a lei nova alcance os casos
pendentes e futuros decorrentes de situações pretéritas que se realizem sob a égide
da lei revogada, não abrangendo os fatos passados, nos quais se incluem o ato
jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.
CONFLITO DE LEI NO ESPAÇO
O conflito de leis no espaço tem duas causas fundamentais, o intercâmbio
entre os diferentes países e a diversidade legislativa, pois cada país tem suas leis.
Nos conflitos de leis no espaço, aplica-se o princípio da territorialidade e o
da extraterritorialidade.
O Direito Internacional privado fornece os elementos para que se decida
qual a legislação que deve ser aplicada ao caso concreto, para dirimir os conflitos
que envolvem as partes de vários países. Por exemplo, Um francês, de 17 anos,
domiciliado no Paraguai, está no Brasil e pretende celebrar testamento. Pergunta-
se: Ele tem capacidade civil? No caso, precisará analisar três leis envolvidas.

A justiça e o Direito
Introdução
Inicia-se com a indagação: “ Parece que a Justiça e o direito têm trazido
para o mundo mais problemas que soluções. Para justificar é sitada que já
houveram guerras, revoltas e assassinatos em nome da Justiça.
Em seguida é comentado sobre a maneira que a justiça é representada:
Mulher segurando balança;
Mulher segurando balança e um martelo de madeira;
Mulher segurando balança e espada.
Quanto simbologia do direito ele traz algumas frases:

De Cicero: Summum ius suma injura (Um direito perfeito é a máxima


injustiça);

Ditado Romano: Dura lex sed lex (A lei é dura mas é lei).
Finaliza trazendo algumas indagações:
Para ser justo basta aplicar a lei?
A justiça significa somente aplicar o direito?
Pode-se pensar em justiça e injustiça no universo do Amor?
É possível ser justo e amoroso ao mesmo tempo?
1: A justiça e o Direito como temas filosófi
É usada a tragédia Antígona, de Sófocles (496-406 a.C.), para da dualidade
entre justiça e direito.
Então é listado alguns questionamentos extraídos da obra de Sóflocres:
A) Direito Positivo X Direito Natural;
B) Diferença entre legal e legitimo;
C) Oposição entre bem publico e tirania;
D) A prevalência da visão do governo sobre a do individuo;
E) O fenômeno do processo truncado;
F) A resistência ao poder tirânico
2: A tradição aristotélica: Justiça, Direito, Virtude e Fins
O tema da Justiça é ainda hoje, compreendido à luz da obra Ética
nicomaqueia, de Aristótoles. Ele deu um tratamento tal à ideia de Justiça que tudo
parece ter sido dito, constituindo um patrimônio inesgotável que pode ser
aumentado, mas cujo núcleo essencial permanece o mesmo.
A presença da concepção aristotélica nas teorias jurídicas e politicas da
atualidade pode ser concebida pelo modo como a justiça é vista como um valor
ético social positivo, de acordo com o qual, em situações bilaterais
normativamente reguladas, se atribuem a uma pessoa aquilo que é devido. (Suum
cuique tribuere)
2.1: A virtude, a Justiça e o Direito
Aristóteles situa o tema da Justiça na reflexão sobre as virtudes e, para
tanto, parte da observação dos comportamentos com o objetivo de identificar os
seus fins. Virtudes são disposições que se criam nos indivíduos pela repetição de
atos bons, de modo que o hábito de praticar atos bons leva a agir de forma
parecida diante de situações também parecidas. O contrario da virtude é o vício,
que também se produz nos indivíduos por uma repetição de atos, porem atos não
bons. (eudaimonía)
2.2: Justiça distributiva e comutativa
A diferença entre justiça distributiva e comutativa dá-se em razão dos bens
e das pessoas envolvidas.
Justiça distributiva: manifesta-se na distribuição de funções de governo, de
administração da riqueza ou das outras coisas que devem ser divididas entre os
cidadãos que compartilham dos benefícios outorgados pela constituição da cidade.
Justiça comutativa: desempenha uma função corretiva nas relações entre os
particulares e se preocupa com o relacionamento mútuo entre dois sujeitos.
2.3: Justiça como igualdade
Aristóteles estabelece uma relação indissociável entre as ideias de Justiça e
de igualdade, a ponto de identificar o justo como igual. No livro V da ética
nicomaqueia, ele da a entender que, se um justo é o desigual, o justo é o igual. E,
já que o igual é o meio termo, o justo será um meio termo. A igualdade é, então,
expressão da justiça nas relações das pessoas e entre estas e a sociedade, pois a
Justiça existe onde está o equilíbrio. Onde não existe o justo meio há injustiça. A
igualdade serve, portanto, como um critério para aferir a Justiça, pois tornar igual é
o seu propósito.
Aristóteles não afirma, porém, que a igualdade seja absoluta. Embora ele
pense que, se as pessoas não são iguais, elas não tem uma participação igual nas
coisas, ele também afirma que não há igualdade quando pessoas iguais tem e
recebem quinhões desiguais ou pessoas desiguais recebem quinhões iguais.
2.4: A justiça, o Direito e a convivência huma
Segundo Tomás de Aquino, a virtude humana é algo capaz de tornar bons o
ato humano e o próprio homem. Essa concepção é perfeitamente exemplificada
pela Justiça, que, portanto, é uma vitude.
A justiça regula as operações humanas e orienta de duas maneiras o
individuo em suas relações: primeiro, na sua relação com outros indivíduos;
segundo, nas suas relações com a comunidade. A essência da Justiça é manter os
homens em sociedade e em mútuas relaçoes., nesse caso, o objeto da Justiça são as
nossas relações com os outros.
Aristóteles divide a Justiça em duas: a institucional (instituições, sistemas
sociais, caráter, forma de agir e virtude moral e pessoal) e a política (Estado e
exigência política).
Para ser justo, primeiramente precisa ser virtuoso, que precisa ser
voluntário e por fim ter vontade.
A Justiça “dar a cada um o seu direito” através da igualdade.
2.5: Justiça e Equidade
Ser justo é manter equilíbrio entre bens e deveres e a quebra desse
equilíbrio traz a injustiça.
A justiça é o resultado da igualdade. Será?
No direito quem reestabelece a Justiça é o juiz que precisa ser virtuoso e
possuir o conhecimento da lei. Ele em sua sentença, não determina nada mais do
que a parte de cada um.
É ilusório supor que todos os problemas do ato de julgar estariam
resolvidos com o conhecimento da lei. Por isto, quando ela é omissa, faz-se
necessário uma correção que seria a equidade.
A equidade significa interpretar um problema ou a própria lei afim de
trazer resultados justos para ambos os lados. (Jurisprudência)
3: A Modernidade e a Atualidade: separação entre Justiça e Direito
Aristóteles sustenta ser justo algo correto e conforme á lei; o injusto seria o
ilegal e o desigual. As pessoas injustas expressam sua injustiça de duas formas:
sendo desiguais ou sendo infratores das leis.
No primeiro caso, a injustiça revela-se na ambição, ou seja, no fato de
almejarem e de perseguirem, de maneira irrestrita, apenas os bens.
No segundo caso, quer dizer, o da injustiça como ilegalidade, o problema
está no descumprimento da lei.
3.1: Contratualismo liberal e Justiça
Jhon Rawls (1921-2002) : Uma Teoria da Justiça.
“Quais princípios morais devem governar uma sociedade justa.”
Contrato movido por meio de imperativos morais-Kant.
“Justiça representaria um sacrifício racional e prudente de parte de nossos
bens em nome de um bem maior: mais segurança e estabilidade.”
Característica para o sucesso do contrato social é a ignorância acerca das
particularidades onde a sociedade existirá, estritamente racional.
Igualdade e Obrigatoriedade de analisar as condições gerais.
3.2: Liberalismo e Justiça
Robert Nozick (1938-2002) : Anarquia, Estado e utopia.
Os cidadãos devem tomar decisões sobre suas concepções de vida boa,
dentro da esfera privada protegida por seus direitos.
“A liberdade de alguém só pode ser limitada em nome da liberdade de
outra pessoa, de modo que apenas os limites protetores das oportunidades de todos
os outros indivíduos para realizar livremente seus atos podem justificar tal limite,
sendo esse, precisamente, o papel do Estado.”.
Aquisição original, transferência e retificação.
Trata-se de uma teoria para proprietários, na qual o comprometimento do
Estado com a promoção da distribuição dos bens não faria nenhum sentido.
3.3 Comunitarismo e Justiça
A é desenvolvida a comparação/rivalidade entre: liberalismo e
comunitarismo.
Dando ênfase a visão liberal de liberdade individual e a visão comunitarista
de ordem social.
4: Razão e Critérios
Livro V da ética nicomaqueia- busca da igualdade no campo da justiça.
Justiça como encarnação da razão- seu significado vinculado á ideia do
estabelecimento de relações da ligação de aspectos entre si e do pensamento.
Influência de Aristóteles através da razão.
Aspectos formal e material para correta distribuição de bens.

A Luta pelo Direito


A LUTA PELO DIREITO
Direito Positivo e Direito Social = Evolução.
A Jurisdição não pode ser imutável.
Critério de Justiça mais altruísta e menos egoísta.
“Ganharás o pão com o suor do teu rosto, somente através da luta
encontrarás o teu Direito.”

A luta pelo direito Individual


No capítulo II, é abordada a temática da moral, para Ihering todo ser
vivente tem o instinto de conservação de sua existência, mas o ser humano, além
disso, possui também a necessidade de defender sua moral também
A direito, sendo assim, se encarrega de proteger tanto a integridade física
como a moral, caso contrário as pessoas desceriam ao nível dos animais.
Para o autor, aceitar uma injustiça pacificamente é abandonar a moral,
todavia, tal abandono só é justificável quando lutar por esse direito signifique por
em risco a própria existência: “tal é o caso em que um bandido nos põe na colisão
de escolher a bolsa ou a vida”(p.42)
De acordo com Rudolf Von Ihering a relação entre direito abstrato e
concreto torna se estreita pois, a partir da defesa do direito individual há também a
defesa do direito em todo seu sentido amplo.
A luta pelo direito subjetivo
O direito subjetivo corresponde ás possibilidade ou poderes do agir, que a
ordem jurídica garante alguém.

A Luta pelo direito coletivo


“O indivíduo que age como uma minhoca, não deve reclamar ao ser
pisoteado...”
“Si vis pacem parabellum”

A concepção de justiça para Ihering

Para Ihering, os indivíduos que são conformados, que não se levantam


contra as injustiças, não são dignos de reclamar.
Ihering discorre sobre o porquê de algumas pessoas lutarem, enquanto que
outras ficam acomodadas, explicando que é uma questão muito subjetiva, de
escolha de cada indivíduo, comparando o camponês com o comerciante. Para o
camponês, o que lhe incomoda é quando mexem com sua terra, enquanto que para
o comerciante, o que o faria lutar, seria uma taxação sobre seu comércio, ou algo
ligado ao seu crédito, ou seja, nós lutamos tão somente quando nossos direitos são
atacados, quando nossos interesses estão em jogo. A justiça para o camponês é
diferente da justiça para o comerciante.
Porém alguns indivíduos não pensam na justiça para si, mas nela abraçando
a todos, independente de ganhar algo com aquilo, ou seja, não é uma luta
utilitarista, por interesse próprio. E é em razão desses indivíduos não acomodados,
que não são covardes, que não lutam por seus interesses apenas, que o direito vai
sendo conquistado, e, ironicamente, é por causa desses inconformados que os
“covardes” têm a vida que tem

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