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Composição da mesa:
_Vereador Renato Cinco - Mediação
_Paulo O. Saad – Representante do SARJ (Sindicato dos Arquitetos do Rio de Janeiro)
_Rose Compans – Representante do CAU/RJ (Conselho de Arquitetos do Rio de
Janeiro)
_Luis Gabriel Denadai - Coordenador de Planejamento Local da SMUIH
_Diego Silva –IPTD (Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento)
Paulo Saad: O projeto de lei simplifica alguns mecanismos, mas não nega os princípios
dos planos urbanísticos - parâmetros entre outras contradições legais que podem ser
questionadas por associação de moradores e demandas serão direcionadas para o MP.
A discussão da simplificação contribui para o desmonte do estado do RJ, junto com o
desmonte das equipes técnicas. Outra questão é a interpretação dos arquitetos sobre a
legislação urbanística que deve ser julgada pelo Poder Executivo, de responsabilidade
da Prefeitura Municipal, como também do construtor. Nisto, o arquiteto responsável
fica à mercê das vontades dos construtores, por isso a necessidade da Prefeitura como
órgão “fiscalizador”. O arquiteto não deve ser responsabilizado, uma vez que o
cliente/construtor é o proprietário, logo a Prefeitura deve ter essa ciência.
Luiz Gabriel: O PD prevê que a atualização de quatros códigos, com prazo. O Eduardo
Paes enviou os projetos de lei já no final de mandato. Com isso, o secretário Índio
alegou que deveriam ser revistas novamente antes da sua aprovação. Indicou que no Rio
de Janeiro há centenas de ocupações sem regularização.
Diretrizes principais do trabalho: a legislação necessita de simplificação para que
asregras sejam universais; os problemas de “ondas” na legislação para os
licenciamentos; Arquitetura legal: consultorias que conseguem brechas para a
construção; manter o texto da lei mais enxuto, pois há uma dificuldade de compreensão
da lei tanto por arquitetos quando pela população.
Indicação de normas, ao invés de colocar integralmente no texto da lei, o que poderia
compactar a lei e melhorar a sua compreensão, pois as normas (Bombeiros, ABNT, por
exemplo) são atualizadas constantemente; simplificação das “burocracias” na Secretaria
Municipal - melhorar as questões sobre a concentração do poder de decisão no
licenciamento; para isso, um projeto de licenças online (autodeclaração) como a
experiência de BH chamada “Licença Já”. Para o projeto de lei, a análise efetiva para
elementos externos da edificação; fomentar o adensamento da cidade aonde tem
infraestrutura - aproveitar bairros próximos da centralidade (Méier, Tijuca, São
Cristóvão); a atual legislação é elitista, onde contribui para a disseminação
dosconjulgados(“quitinetes”) em favelas - edificações na ilegalidade. Necessita a
flexibilização da lei para a possibilidade de construir com redução de exigências, para
um modo de viver mais barato. A ideia que a legislação seja aberta, que possa abranger
outros elementos, para baratear o acesso, manutenção e as construções.
Falas:
Heitor Ferreira: indicou sobre uma legislação municipal falha, principalmente sobre o
código de obras, que aborda a calçada como passeio (impressivas nomenclaturas na lei);
casos de não incorporação de normas na lei; apontou que atua por pela visão integrada
(sistema normativo de uso e ocupação do solo) no código de obras.
Vinícius (aluno da UFF): indicou que foram poucos as falas da mesa sobre as favelas,
pela falta de contexto sobre qual é o caráter da habitação nesses espaços (direito ou
produto); e apontou sobre que reconhece o caráter do poder maioritário do mercado
imobiliário neste processo de revisão.
Manoel Vieira: criticou sobre a falta de uma relação com a realidade para a aplicação da
lei, uma vez que o município possui desigualdades; a questão do estacionamento
apresentada na mesa deve ser repensada; não é simplificando a legislação que irá
resolver os enclaves existentes.
Pedro da Luz (presidente IAB/RJ): necessidade de transparência nos processos para a
construção da legislação urbanística; reconhecer as diversidades no processo de
produção da cidade, que é monopolizado; pulverização para a construção da cidade -
pulverizar pequenos empreendimentos; a legislação não toca sobre o valor da terra, para
romper com os grandes empreendedores/construtores.
Cristina Nacif (Profª UFF): quem está produzindo o projeto de lei não reconhece a
produção do espaço do Rio de Janeiro; é necessário haver projetos e estudos com
trabalho de campo para pensar a cidade novamente e contribuir para produção do
projeto de lei para um novo código de obras, que deve vir antes da revisão da lei de uso
e ocupação do solo.
Karina (arquiteta da UFF): as falas da mesa sobre a minuta do projeto de lei só
representa os interesses do mercado imobiliário; antes de reduzir a vaga de
estacionamento é necessário investir em transporte público.
Considerações finais:
Gabriel: declarou que não há uma reflexão direcionada para o mercado imobiliário, e
que não houve interferência política por parte do Secretário Municipal; o código de
obras está na procuradoria; Indicou que há um acompanhamento das ações da Secretaria
em um blogchamado “smurj”; Sobre a questão dos estacionamentos apresentada por
Diego Silva, Gabriel indicou que o valor cobrado para a vaga de rua deveria ser mais
cara para limitar o uso do carro particular. Ainda, indicou sobre a necessidade da
ampliação da integração tarifária no transporte público, o que poderia, segundo ele,
mitigar os problemas de trânsito na cidade.
Diego: retificou os estudos indicados na sua fala são de uma organização não
governamental, então não há interesses do mercado imobiliário; a experiência do
México condiz a um processo de várias etapas, onde a questão da vaga de
estacionamento é um fator estratégico com medidas para combater o nível de poluição;
utilizou o exemplo do Terminal Alvorada e sua distância com o Barra Shopping,
indicando que a quantidade de vagas do shopping prioriza o uso do carro; ainda,
indicouque a ampliação doMetrô até a localidade de Jardim Oceânico, na Barra da
Tijuca, não diminuiu o uso de carro particular na região.
Rose: indicou ser importante a discussão sobre a formulação do novo código de obras,
contudo a revisão da lei de uso e ocupação do solo deveria virem primeiro, pois ela
pode limitar simplificações ruins na lei; apontou que se deve considerar a questão da
moradia também como uma questão de saúde pública.
Avisos: