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An g e l o b r u c c u l e r i , s. j .
A DEMOCRACIA
CADERNO XIV
1. A justiça social
2. A função social da propriedade
j. O capitalismo
4. A economia soviética
5. O justo salário
6. O trabalho
7. O Estado e 0 indivíduo
8. A involução da civilização
9. A Igreja e a civilização
10. Moralidade da guerra
11. A familia cristã
12. A ordem internacional
13 . O comunismo
14. A democracia
15. A s Greves
16. Objecções do comunismo contra a Igreja
17. O verdadeiro aspecto do comunismo.
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 N G E L O B R U C C U L E R I , S. J .
REDACTOR DE «LA C IV ILTÀ CATTOLICA»
A DEMOCRACIA
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Ruo do Boavisffl, 591 *Tel, 27875* PORTO
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( i) Rom. x iii, i.
DEMOCRACIA E ESCOLÁSTICA 17
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DEMOCRACIA E RELIGIÃO
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(i) Jo. V II I , J I .
C a p ít u l o III
DEMOCRACIA E MORAL
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SUFRÁGIO UNIVERSAL
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Perguntemos, antes de mais nada, quais são os seus
caracteres. À fórmula sufrágio universal, não se deve cer
tamente atribuir uma significação literal, uma interpre
tação absoluta, como se o qualificativo universal indicasse
o sufrágio de todos, sem limite algum. Com o atributo
universal quer-se indicar a tendência dos regimes demo
cráticos para ampliar o eleitorado administrativo e político
a todos os cidadãos; na prática, contudo, devem excluir-se,
pelo menos, os incapazes de exercer qualquer direito.
Comummente considera-se o sufrágio como univer
sal, quando se faz coincidir a capacidade eleitoral com
a capacidade civil de agir (i). Um sufrágio universal
e integral como poderia ser aquele que concede o voto
mesmo aos menores (2), nunca se praticou. Até hoje
uma boa metade da população, a feminina, mesmo nas
nações mais progressivas, não teve o direito do sufrágio
ou, pelo menos, a plenitude dos direitos eleitorais.
Entre nós, na Itália, o sufrágio universal data de 1913,
quando com a lei de 30 de Junho de 1912 foram supri
midas as incapacidades do censo e da cultura, e os elei
tores subiram de dois milhões para oito milhões e meio.
Com a lei de 6 de Dezembro de 1918 o direito foi con
cedido a todos os cidadãos masculinos de maior idade
e os eleitores subiram para pouco mais de onze milhões;
número que nas próximas eleições deverá, pelo menos,
ascender ao dobro com o voto das mulheres. Também
nas outras nações o sufrágio, primeiro restrito a alguns
grupos foi aumentando pouco a pouco, de maneira que
hoje não é uma honra inteiramente indevida o de quali
ficá-lo como universal.
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Mais que o carácter extrínseco da extensão, devemos
conhecer o seu valor sob o ponto de vista moral. Con
siderado em si mesmo, não é senão um direito público,
isto é, um poder, um instrumento, concedido ao cidadão,
com que faz sentir o peso da sua vontade nos negócios
de interesse público e participa, de algum modo, no
governo. Como tal não pode ser incriminado pelo mora
lista, mas antes aprovado. Em particular, porém, pode
dirigir-se de maneira que não corresponda à equidade e
justiça; sem dizer que, como qualquer outro mecanismo
da arte política, sendo manejado pelo homem, pode ser
sujeito das piores causas.
Como quer que seja, visto que o sufrágio universal,
por natureza é um de tantos meios da técnica política,
a Igreja tem para com ele a mesma atitude que tem para
com qualquer meio do tecnicismo político, por exemplo,
para com as formas de governo.
Não se liga a uma nem a outra, mas faz tudo para que
ambas sirvam para o triunfo da justiça, para a conservação
da prosperidade material e elevação moral dos povos.
Com os sistemas eleitorais, a Igreja procede do mesmo
modo. Daqui a sua insistência para que os católicos usem
da arma do sufrágio para participar nos negócios públicos.
Leão X III numa Encíclica ao episcopado brasileiro,
insiste em que os católicos vão às umas e tomem parte
na câmara legislativa e julga oportuno que tomem até
parte membros do clero, que com sabedoria e moderação
saibam defender os interesses da religião (i).
Na Immortale D ei encontram-se as mais vibrantes
exortações para que os católicos usem os hodiernos
instrumentos políticos, não para aprovar o que neles
há de reprovável mas para os tornar fonte de genuíno
e verdadeiro bem púbhco e injectar em todas as veias
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PARTIDOS POLÍTICOS
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(i) O. p. 128-138-139.
PARTIDOS POLÍTICOS 105
R EPRESEN TA ÇÃ O PROPORCIONAL
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O sistema proporcional, enquanto tutela a igual
dade dos votantes, atribuindo a cada um dos votos a
a sua importância, enquanto dá o seu valor ao voto de
quem pertence a maioria, como o voto de quem milita
numa modesta minoria; enquanto, para dizer em poucas
palavras, concorre para a racionalização das eleições,
influi não pouco para a sua moralização.
Como nos demonstra a história eleitoral, por causa
dos interesses que encerram e das paixões que irrompem
e explodem pelo triunfo destes mesmos interesses, as
lutas políticas prestam-se a violar as normas morais.
Intrigas desleais, fraudes, intimidações, mentiras, vio
lências, todas as armas que servem para enganar, caluniar
e vilipendiar são empregadas contanto que se vençam
os inimigos.
Em muitos países, as lutas eleitorais, sejam embora
um tanto moderadas no comportamento externo, não
se distinguem muito, por valor moral, das lutas dos
gladiadores e dos combates dos selvagens.
«Suponhamos que se pode aplicar a análise química
a uma eleição política, que se pode decompor a maioria
vitoriosa e investigar os seus elementos e as suas forças
que unem claramente os eleitores que a compõem,
ver-se-ia certamente que espécie de maioria se conse
guiria ter, de quantos elementos é composta, com que
vínculos se mantém unida e quais os vários e multi
formes motivos que contribuíram para esta sua for
mação.
«Que lucram a justiça e a moralidade não o diremos,
nem como os males do sufrágio universal aumentam
cada vez mais» (i).
Certamente o sistema da maioria torna mais difícil a
luta das urnas, sobretudo quando os adversários equi-
( i) A . B r u n ia l t i , O . c if . , p. 362.
REPRESENTAÇÃO PROPORCIONAL 115
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O D E V E R D E VOTO
N A H O R A PR E SE N T E
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Págs.
I n t r o d u ç ã o ................................................................................................ 5
OS PRINCÍPIOS D A D EM O CRACIA
OS ÓRGÃO S D A D EM O CRACIA
A PÊN D IC E
Bibliografia............................................................................... 139
COMPOSTO E IMPRESSO NAS O FIC IN A S DA
GRÁFICA DE COIMBRA
B A I R R O D E S. J O S É , 2 — COIMBRA
OUTRAS O BRAS
DA
Agostinho Veloso, S. J.
O Problema do Pensamento Parábolas de Sempre (Poesias)
à luz do Pensamento de Deus Vitral Antigo (Poesias)
Naturalismo Rotário e Nas Encruzilhadas do Pensamento
Sobrenaturalismo Cristão (2 volumes)
Colecção Juventude
Tom Playfair Ada Merton
Percy Winn Uma vez só!
Harry Dee
A cidade à beira mar
Cláudio Lightfoot
J. Bujanda, S. J»
Teologia Dogmática A origem do homem e a
Teologia Moral para os fiéis teologia católica
Teologia do Além
A. Freire, S. J.
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