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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

PRÓ-REITORIA EM PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO


COMITÊ GESTOR INSTITUICIONAL DE FORMAÇÃO INICIAL E
CONTINUADA DE PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA

JOSÉ GONÇALVES DO NASCIMENTO JÚNIOR

AS NOVAS METODOLOGIAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA:


O NOVO OLHAR SOBRE A APRENDIZAGEM DO ALUNO NOS ANOS FINAIS
DO ENSINO FUNDAMENTAL

SOBRAL
2018
JOSÉ GONÇALVES DO NASCIMENTO JÚNIOR

AS NOVAS METODOLOGIAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA:


O NOVO OLHAR SOBRE A APRENDIZAGEM DO ALUNO NOS ANOS FINAIS
DO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Coordenação do Curso de Especialização
em Gênero e Diversidade na Escola como
requisito parcial à obtenção do título de
Especialista.

Orientador: Prof. Ms. Emmanuel Alves Carneiro

SOBRAL
2018
JOSÉ GONÇALVES DO NASCIMENTO JÚNIOR

AS NOVAS METODOLOGIAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA:


O NOVO OLHAR SOBRE A APRENDIZAGEM DO ALUNO NOS ANOS FINAIS
DO ENSINO FUNDAMENTAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Coordenação do Curso de Especialização
em Gênero e Diversidade na Escola como
requisito parcial à obtenção do título de
Especialista.

Aprovada em: ___/___/______.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________
Orientador: Prof. Ms. Ms. Emmanuel Alves Carneiro
Universidade Federal do Ceará (UFC)

_________________________________________
Professora Vanessa Pinto Rodrigues Farias

_________________________________________
Professor Ms. Edvaldo Costa Rodrigues
Primeiramente a Deus, pelo dom da vida em
abundância. A minha mãe Ivonete Machado
(in memoria) com seu saber, me ensinou que
respeitar as diferenças é o caminho para uma
sociedade justa. A minha família, base da
minha estrutura. A todos que direta ou
indiretamente contribuíram para que eu
realizasse com sucesso o meu Trabalho de
Conclusão de Curso (TCC). Dedico.
RESUMO

O presente trabalho tem como tema: “As Novas Metodologias para o Ensino de História”.
Deste modo, a pesquisa gira em torno como fazer para que uma prática educativa busque
colaborar no processo de ensino aprendizagem nos alunos dos anos finais. Sabe-se, que
ensinar História, teoricamente, deixou de ser memorização de datas e nomes, a disciplina
passou a oferecer ao aluno a possibilidade de construir conhecimento a partir de próprias
experiências e vivencia cultural em sala de aula. A escolha pela temática justifica-se que
nasceu da minha experiência vivenciada em sala de aula, analisando algumas dificuldades que
os professores encontram para desenvolver o trabalho com a disciplina de História. No entanto
cabe o professor ficar atento e observar os conteúdos que são trabalhados, pois devem ser
englobados diante da realidade que cerca o universo particular de nossos alunos, para que
consigam realizar sua própria abstração do conhecimento, podendo assim, refletir sobre sua
realidade cotidiana, e possam futuramente desenvolver critérios que serão dignos de defender
suas ideias e perspectivas de uma sociedade justa. Nesta pesquisa tem como objetivo geral
mostrar como é trabalhada as novas metodologias para ensino de História, bem como
buscando um novo olhar na aprendizagem dos alunos dos anos finais do ensino fundamental.
E como objetivos específicos: Conceituar a importância do ensino de História. Conhecer as
novas metodologias para o ensino de História e trabalhar a interdisciplinaridade na disciplina
de História. A metodologia aplicada nesta pesquisa é bibliográfica, e de campo, utiliza-se
como ferramenta para auxiliar na pesquisa, além das bibliografias publicadas em relação ao
tema do estudo, observações na sala de aula da escola pesquisada. Os autores FREIRE (1987),
PCNs (1998), BRODBECK (2012), FONSECA (2003) entre outros para o embasamento
teórico desse estudo. Espera-se que esse trabalho científico possa contribuir com outros
pesquisadores para dar continuidade nas investigações acerca do tema, bem como mostrando
que trabalhar com as novas metodologias possam fornecer condições para que o aluno possa
participar do processo de fazer história, principalmente pela valorização da diversidade dos
pontos de vista dos discentes dos anos finais do ensino fundamental.

Palavras-Chave: Ensino de História. Novas Metodologias. Anos Finais


ABSTRACT

The present work has as its theme: "The New Methodologies for Teaching History". Thus, the
research revolves around how to make an educational practice seek to collaborate in the
process of teaching learning in the students of the final years. It is known that to teach History,
theoretically, is no longer memorization of dates and names, the discipline began to offer the
student the possibility of building knowledge from their own experiences and cultural
experience in the classroom. The choice for the subject is justified because it was born from
my experience in the classroom, analyzing some difficulties that the teachers find to develop
the work with the discipline of History. However, it is up to the teacher to be attentive and
observe the contents that are worked, because they must be encompassed before the reality
that surrounds the particular universe of our students, so that they can realize their own
abstraction of knowledge, being able to reflect on their daily reality, and may in future develop
criteria that will be worthy to defend their ideas and perspectives of a just society. In this
research the general objective is to show how the new methodologies for teaching History are
worked, as well as seeking a new look at the learning of the students of the final years of
elementary school. And as specific objectives: Conceptualize the importance of teaching
History. To know the new methodologies for the teaching of History and to work the
interdisciplinarity in the discipline of History. The methodology applied in this research is
bibliographical, and in the field, it is used as a tool to aid in the research, besides the published
bibliographies in relation to the subject of the study, observations in the classroom of the
researched school. The authors FREIRE (1987), PCNs (1998), BRODBECK (2012),
FONSECA (2003) among others for the theoretical basis of this study. It is hoped that this
scientific work can contribute with other researchers to continue the research on the subject,
as well as showing that working with the new methodologies can provide conditions for the
student to participate in the process of making history, mainly by valuing diversity from the
points of view of students in the final years of elementary school.

Keywords: Teaching History. New Methodologies. Final Years


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INTRODUÇÃO

Os estudos históricos são fundamentais para a construção da identidade social do


indivíduo, uma vez que podem possibilitar a percepção dele como sujeito e agente da História
ao identificar as relações dos diferentes grupos humanos em tempos e espaços diversos.
Ensinar História passa a ser, então, fornece condições para que o aluno possa
participar do processo de fazer história, principalmente pela valorização da diversidade dos
pontos de vista.
O ensino de História nos anos finais do ensino fundamental deve ter esse caráter
transformador, despertando o aluno para a condição de sujeitos que fazem História ao longo
do tempo e dos espaços. A construção de novas formas de intervenção no ato de fazer história
precisa perceber a escola como uma instituição social plural, que se educa para a vida e para
a cidadania.
É importante registrar que a História e a têm como objeto de estudo aspectos
específicos da realidade e do conhecimento. A História nos auxilia nessa tarefa. Ela é
fundamental para a formação da consciência histórica do educando, para a formação do
cidadão.
A presente pesquisa trabalha com uma questão para atingir os objetivos propostos.
Diz respeito as novas metodologias de ensino de História nos anos finais do ensino
fundamental, que busca conhecimento, motivação e competências na aprendizagem: quais os
métodos que podem ser trabalhados para desenvolver um novo olhar no ensino de História?
A fim de proporcionar uma melhor compreensão do questionamento que norteia
a presente pesquisa, o ensino da História deve oferecer ao aluno um estimulo para a
compreensão da realidade. É importante que aos alunos dos anos finais sejam motivados a
falar, expor suas ideias sobre vários assuntos, debatê-los com os colegas e reformulá-los.
Neste trabalho tem como objetivo geral mostrar como são trabalhadas as novas
metodologias para ensino de História, bem como buscando um novo olhar na aprendizagem
dos alunos dos anos finais do ensino fundamental. E como objetivos específicos: Conceituar
a importância do ensino de História e conhecer as novas metodologias para o ensino de
História em sala de aula.
Vale ressaltar que as metodologias geram novas aprendizagens, contudo, cabe ao
professor ficar atento, observando cada etapa do aluno no seu desenvolvimento, além de
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desenvolver a capacidade e avaliar permanentemente o processo de aprendizagem, estando


aberto à possibilidade de reestruturação do trabalho proposto.
Justifica-se que, a realização deste artigo foi motivada pela experiência
profissional como professor de Historia nos 6º e 9º ano do Ensino Fundamental na escola
pesquisada. Outro motivo que levou à concretização deste trabalho foi que, dentro da minha
experiência percebi a necessidade de transmitir conhecimento os inovadores aos alunos. Onde
leciono as minhas aulas de Historia de uma Escola de Tempo Integral no Caracará distrito de
Sobral, onde observei como as novas metodologias trabalhadas possibilitam ao aluno buscar
o entendimento dos conteúdos, uma vez que o discente passa a acreditar na sua capacidade de
pensar, interpretar e criar, além de estimular o seu desejo de aprender cada vez mais.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e de campo realizada na Escola Maria de
Fatima e com autores que fundamentaram a pesquisa como: FREIRE (1987), PCNs (1998),
BRODBECK (2012), FONSECA (2003) entre outros para o embasamento teórico desse
estudo. Utilizou-se como ferramenta para auxiliar na pesquisa, além das bibliografias
publicadas em relação ao tema do estudo, observações na sala de aula. Foi possível o
pesquisador está em contato direto com tudo que é escrito, dito ou filmado sobre o assunto,
pois as observações e registros foram das quatro turmas do 6º ao 9º ano do Ensino
Fundamental do Centro de Educação Integral Maria Fatima, da rede pública município de
Sobral-CE.
Neste trabalho o capítulo aborda: “Um Novo Olhar nas Novas Metodologias para
o Ensino de História”. Um estudo que gira em torno como fazer para que uma prática
educativa busque colaborar no processo de ensino aprendizagem nos alunos dos anos finais.
Sabe-se, que ensinar História, teoricamente, deixou de ser memorização de datas e nomes, a
disciplina passou a oferecer ao aluno a possibilidade de construir conhecimento a partir de
próprias experiências e vivencia cultural em sala de aula.
Espera-se que esses registros possam contribuir com outros pesquisadores para
dar continuidade nas investigações acerca do tema, visto que é um campo vasto e essa não é
uma pesquisa fechada, pois na educação não há fórmulas nem modelos prontos, pois cada
professor tem seu jeito e deve considerar as especificidades e o tempo de cada aluno.
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1 O NOVO OLHAR NA APRENDIZAGEM DO ALUNO PARA O ENSINO DE


HISTÓRIA.

As novas metodologias no ensino de História são métodos que tem como ponto de
partida o diálogo professor e aluno. Ela se destina a promover ações de intervenção na
realidade, surgindo como parte da rotina no contexto escolar, com práticas educativas bastante
diferenciadas para as aulas de História.
Desta forma, a metodologia como uma atividade de grande potencial, ela nos permite
criar situações que estimula dos participantes uma reflexão sobre as ações. Tais atividades que
proporcionam ainda alargar as relações entre os envolvidos no contexto escolar.
Sabe-se que os métodos utilizados dependem muito da criatividade do educador e da
necessidade da turma, quando há um preparo para o desenvolvimento do trabalho com a
prática tudo fica mais atraente e chamativo para o educando, trazendo assim a atenção para o
meio e fazendo os mesmos aprenderem com vontade.

1.1 A HISTÓRIA COMO DISCIPLINA ESCOLAR

Ensino de História pode ser caracterizado a partir de dois grandes momentos. O


primeiro teve início na primeira metade do século XIX, com a introdução da área no currículo
escolar. Após a Independência, com a preocupação de criar uma genealogia da nação,
elaborou-se uma história nacional, baseada em uma matriz europeia e a partir de pressupostos
eurocêntricos. O segundo momento ocorreu a partir das décadas de 30 e 40 deste século,
orientado por uma política nacionalista e desenvolvimentista. O Estado também passou a
realizar uma intervenção mais normativa na educação e foram criadas as faculdades de
filosofia no Brasil, formando pesquisadores e professores, consolidando-se uma produção de
conhecimento científico e cultural mais autônoma no país.
O ensino de História na escola fundamental brasileira esteve, desde sua inclusão nos
programas escolares (século XIX), fortemente articulado às tradições europeias, sobretudo à
historiografia francesa. Durante o século XIX e início do século XX, privilegiava-se o ensino
da História Universal. O ensino de História do Brasil era visto em conjunto com a História
Universal numa posição secundária. Essa concepção curricular ficou conhecida, entre nós,
como “europocêntrica” ou “europocentrismo”. Ou seja, a história ensinada a partir de um
centro – a história da Europa.
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As experiências norte-americanas chegaram ao Brasil no ensino de História e


Geografia por meio da disciplina “Estudos Sociais”. Nos anos 1930, no interior do movimento
de renovação educacional, o educador Anísio Teixeira publicou uma proposta de ensino de
Estudos Sociais inspirada no modelo americano. A partir daí, a possibilidade de implantação
de Estudos Sociais nos currículos passou a ser parte do debate educacional. Há registros de
experiências nas diversas épocas, com destaque para a introdução dos Programas de Estudos
Sociais nos currículos das escolas experimentais e dos colégios vocacionais nos anos 1960.
Na década de 1960, os Estudos Sociais passam a ser considerada disciplina
obrigatória na escola primária e disciplina optativa no ensino médio, de acordo com a Lei de
Diretrizes e Bases de 1961. Após o Golpe Militar de 1964, cresceu a importância de Estudos
Sociais relacionados à formação moral e cívica dos cidadãos. Da mesma forma, nesse
momento histórico a política educacional brasileira passa a ter como principal referência o
modelo de educação norte-americano. Os Estudos Sociais foram consolidados no currículo
escolar dos anos iniciais da escolaridade obrigatória (FONSECA, 2003; PCNs, 1998).
Nos anos 1970, o ensino de História na escola fundamental norteou-se, basicamente,
pelas diretrizes da Reforma Educacional de 1971. A Lei 5.692/71 consolidou medidas que já
vinham sendo adotadas durante os anos 1960, institucionalizou algumas experiências já
realizadas e estabeleceu as diretrizes educacionais em consonância com o projeto de educação
mais amplo do Estado Brasileiro. Uma dessas medidas foi a criação dos Cursos de Formação
de Professores - Licenciatura Curta em Estudos Sociais, com o objetivo de formar professores
para as disciplinas História, Geografia, Estudos Sociais, OSPB (Organização Social e Política
do Brasil) e EMC (Educação Moral e Cívica). Essas últimas tornaram-se disciplinas
obrigatórias do currículo com objetivos explícitos e implícitos de difundir valores, ideias e
conceitos vinculados à ideologia do regime militar, instaurado no Brasil a partir do Golpe
Militar de 1964.
Nos anos 1970, o processo de organização dos professores ganhou força no contexto
de lutas pela democratização do país e por melhores condições de trabalho. No interior do
movimento social organizado, multiplicaram-se as críticas ao ensino de História vigente,
desencadeando um debate nacional acerca da História ensinada, dos currículos, dos livros
didáticos e das metodologias de ensino. A partir daí, por pressões das associações científicas
e sindicais, iniciam-se processos de mudanças em vários estados e municípios do Brasil. Em
seguida às eleições diretas para os governos estaduais, com vitória dos candidatos da oposição
nos principais estados da Federação, tiveram início às mudanças nas Secretarias de Educação
e, como ato contínuo, as reformas curriculares. Os anos 1980 foram marcados por um repensar
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coletivo, debates, discussões e publicações, enfatizando a renovação das práticas de ensino de


História entre nós.
Durante os anos 1980, houve um intenso diálogo entre professores de ensino
fundamental, médio e superior acerca das mudanças no ensino de História. Ao mesmo tempo,
as pesquisas em História e Educação foram revistas e ampliadas no interior das universidades;
também cresceu, quantitativa e qualitativamente, a produção de livros acadêmicos, didáticos
e paradidáticos.
Nesse contexto de repensar as áreas da História, Geografia e Educação, ganharam
força as propostas curriculares de ensino da História e da Geografia no currículo escolar desde
os anos iniciais do ensino fundamental. Os currículos foram reformulados e as configurações
da história ensinada revelaram uma diversidade de concepções. É interessante salientar que,
no interior das mudanças, um dos vieses da renovação foi a introdução da concepção de ensino
de História temático. A fragmentação, a linearidade, a chamada “história oficial”, até então
características do ensino de História e Estudos Sociais, foram combatidas e substituídas por
outras histórias, outras abordagens problematizadoras de diversas dimensões da realidade
social em diferentes tempos.
A construção de uma nova imagem do ensino de História dos anos 1980,
manifestadas nas propostas curriculares, pelas experiências que as embasaram e os
desdobramentos, ocorreu na tentativa de se enfrentar a problemática da exclusão no ensino
fundamental. Por caminhos distintos, as duas propostas buscavam resgatar projetos históricos,
os diversos agentes, as múltiplas vozes representativas de uma época. Procurava-se dar voz
aos excluídos, ora tentando romper com a forma tradicional de ensinar história, ora tentando
introduzir novos materiais, novas fontes, novas questões.

As propostas curriculares passaram a ser influenciadas, também, pelo debate entre


as diversas tendências historiográficas. Os historiadores voltaram-se para novas
problemáticas e temáticas de estudo, sensibilizados por questões ligadas à história
social, cultural e do cotidiano, sugerindo possibilidades de rever, no ensino
fundamental, o formalismo das abordagens históricas sustentadas nos eventos
políticos e administrativos dos estados ou exclusivamente nas análises econômicas
estruturais. (PCNs, 1997, p 27).

Essa nova produção acadêmica foi absorvida parcialmente pela expansão editorial na
área do ensino de História e de historiografia. Introduziu-se, na mesma época, a preocupação
em desenvolver nos estudantes domínios procedimentais de pesquisa histórica no espaço
escolar e atitudes intelectuais de desmistificação das ideologias, da sociedade de consumo e
dos meios de comunicação de massa.
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A História tem permanecido no currículo das escolas, constituindo o que se chama


de saber histórico escolar. No diálogo e no confronto com a realidade social e educacional, no
contato com valores e anseios das novas gerações, na interlocução com o conhecimento
histórico e pedagógico, o saber histórico escolar tem mantido tradições, tem reformulado e
inovado conteúdos, abordagens, métodos, materiais didáticos e algumas de suas finalidades
educacionais e sociais.

1.2 O PROFESSOR DE HISTÓRIA E AS NOVAS METODOLOGIAS EM SALA DE


AULA

Nos tempos atuais faz-se necessário um repensar imediato na forma de ministrar as


aulas na disciplina de História, discutir e analisar a metodologia a fim de se obter uma
qualidade de ensino em todos os níveis, onde o aluno possa desenvolver seu raciocínio e sua
capacidade critica imprescindíveis na formação do “cidadão crítico”, e no desenvolvimento
intelectual do aluno, de modo que consiga ampliar capacidades de observar, descrever,
identificar semelhanças e diferenças entre acontecimentos atuais e mais distantes no tempo,
além de estabelecer relações entre presente e passado.
No entanto, há muitas formas de se trabalhar os conteúdos escolares pelos
professores, porém, mesmo com tantas metodologias a disposição dos profissionais da
educação, observa-se que o ensinamento de tais conteúdos se limita em aulas expositivas, e
ainda, em alguns casos, sem a intenção de proporcionar para o aluno uma forma crítica de
conhecer o passado histórico.

É fundamental que os professores se preocupem, desde o Ensino Fundamental, em


incentivar os alunos a construírem relações entre os diferentes conteúdos presentes
nas diversas disciplinas do currículo. Exemplo: propiciar uma conversa de forma
que percebem que a ciência também tem uma história, assim como o país, o estado
ou a comunidade. Mostrar que os problemas ambientais, são, ao mesmo tempo
problemas de saúde, de ciências, de cidadania, de matemática, possibilitando assim
uma visão não fragmentadas de conteúdo. (BRODBECK,2012, p 19.)

Além disso, cabe ao professor à delicada tarefa de esclarecer os temas trabalhados


em sala de aula, inclusive considerando que mais do que ensinar História, sua função é orientar
o aluno a aprender História – o que é muito diferente. Assim, partindo do momento presente,
e valendo-se do valioso patrimônio de conhecimentos acumulados ao longo do tempo, a sala
de aula, sobe orientação do professor, pode se transformar em espaço privilegiado para se
conceber uma nova estética de mundo. Note-se que, ao se responsabilizar o professor pelo
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comando da sala de aula, não se está propondo nenhuma forma de controle autoritário, que
deve ser líder do ambiente escolar. Desse modo, Fonseca (2003, p. 18) destaca que:

A proposta de metodologia de Ensino de História que valoriza a problematização, a


análise crítica da realidade, concebe alunos e professores como sujeitos que
produzem história e conhecimento em sala de aula. Logo, são pessoas, sujeitos
históricos, que cotidianamente atuam, transformam, lutam e resistem-nos diversos
espaços de vivências: em casa, no trabalho, na escola, ... Essa concepção de ensino
e aprendizagem facilita a revisão do conceito de cidadania abstrata, pois ela nem é
apenas herdada via nacionalidade, nem liga-se a um único caminho de
transformação política. Ao contrário de restringir a condição de cidadão a de mero
trabalhador e consumidor, a cidadania possui um caráter humano e construtivo, em
condições concretas de existência.

Diante do assunto abordado a aprendizagem é o centro da atividade escolar. Por


influência, o professor caracteriza-se como um profissional da aprendizagem. O professor
apresenta e explica conteúdos, organiza situações para a aprendizagem de conceitos, de
métodos, de formas de agir e pensar, em suma, promove conhecimentos que possam ser
mobilizados em competências e habilidades que, por sua vez, instrumentalizam os alunos para
enfrentar os problemas do mundo.
A disciplina de História, então, deve funcionar como instrumento capaz de levar
o aluno a perceber-se como parte de um amplo meio social. Assim, mesmo partindo das
relações mais imediatas, por meio do estudo da História, o aluno poderá compreender as
determinações sociais, temporais e espaciais presentes na sociedade. Por isso, recomenda-se
que o desenvolvimento de capacidades de leitura.
É na sala de aula que se realiza um espetáculo cheio de vida e sobressaltos. Cada
aula é única. Nesse espetáculo, a relação pedagógica é, por essência, plural; uma relação em
que o professor fornece a matéria para raciocinar. Ensina a raciocinar, mas acima de tudo,
ensina que é possível raciocinar. (SNYDERS 1995, p 109). Desta forma, o professor de
história ajuda o aluno a adquirir as ferramentas de trabalho necessárias para aprender a pensar
historicamente, o saber- fazer, o saber- fazer- bem, lançando os germes do histórico.
A prática de trabalhar com aulas diversificadas é fundamental para a
integração e desenvolvimento dos conhecimentos e competências dos alunos promovendo
uma efetiva interdisciplinaridade. Desenvolver um novo conhecimento com base as
metodologias de ensino de História.
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1.2.1 Novas metodologias no ensino de História

 Documentos históricos- apresenta-se algumas possibilidades e formas de utilizar


documentos históricos em sala de aula, tendo como objetivo aproximar o aluno desse tipo
de linguagem, com sua função e com o que esse documento pode revelar de uma sociedade,
de uma temporalidade e do processo de construção do conhecimento. Possibilitando o
reconhecimento pelo aluno, da noção de documentos históricos, levando-o ao
questionamento dos usos e funções que ele assume em determinadas sociedades e
temporalidades.
 Trabalhando imagens- Quando se trabalha com a análise de uma imagem, alguns
procedimentos são necessários no processo de ensino e aprendizagem, para que não se perca
a intencionalidade: usar imagens sempre como forma de aprendizado e conhecimento. Por
isso, qualquer imagem precisa ser bem utilizada e bem explorada e, quando necessário,
articulada a um texto, passível de ser interpretada, pois, representa uma determinada época.
Dessa forma, se constituirá em uma autêntica fonte de informação, de pesquisa e de
conhecimento, a partir da qual o aluno pode perceber diferenças e semelhanças entre épocas,
culturas e lugares distintos.
 Trabalhando Jornal em sala de aula - utilizar os jornais como fontes de pesquisa em sala
de aula, o professor terá uma responsabilidade a mais, que muito além de situar a produção
jornalística em seu tempo e espaço, é ensinar o aluno ler esse jornal. Apresenta-se como
proposta de ensino com uso de jornais na aula de história percebendo que os jornais são
ferramentas fundamentais e indispensáveis para a produção e reprodução do conhecimento
histórico. É fundamental que o professor saiba quais os temas serão trabalhados para cada
faixa etária.
 Dinâmica de debates- as situações de debate e a troca de opiniões através de leitura de
textos produzidos pelos alunos são sugeridas em várias atividades como uma possibilidade
de socialização e melhoria do aprendizado. Através dos debates e das apresentações orais
podem ser trabalhadas as capacidades de falar, ouvir e argumentar. A dinâmica de debate
seja sempre planejada pelo professor e as regras definidas e explicadas claramente, para que
todos possam participar e para que a atividade seja produtiva, considerando o tempo
disponível, o respeito às diversas opiniões e os objetivos propostos para a dinâmica do
trabalho.
14

 Entrevista- as atividades que recorrem a conversas e entrevistas são importantes pois


auxiliam no conhecimento da história uns dos outros, no diálogo com a família e coa as
pessoas mais velhas, levando assim à percepção da história de vida e das memorias. As
entrevistas podem ser uma boa oportunidade para os alunos para os alunos perceberam que
existem diferentes formas de compreender uma mesma realidade, estabelecendo um
confronto entre os pontos de vista.
 Visitas a Museu - na visita a um museu para analisar uma determinada civilização, o
professor despertará no aluno uma discussão em relação ao conceito de cultura e como ela
reage às mudanças provocadas pelo tempo, mostrando o movimento dialético da história.
Além do mais, analisando uma determinada peça do museu, os alunos compreenderão
melhor a linha do tempo, pois estarão diante de um objeto que não faz parte de seu cotidiano
e através dessa análise fica mais evidente a diferença temporal entre um período e outro.
Utilizando essa metodologia, o professor desenvolverá sua habilidade de pesquisador e o
senso crítico dos alunos em relação ao campo de horizonte dos estudos de história.
 História e Cinema- O cinema constitui-se em documento, fonte para historiadores
produzirem o conhecimento histórico, e recurso pedagógico para a formação da consciência
histórica dos alunos. O cinema em sala de aula exige uma metodologia específica e cabe ao
professor escolher como apresentar aos estudantes o filme: se completo ou selecionar alguns
fragmentos que atendam às expectativas de aprendizagem contempladas em seu
planejamento.
 Música e História - O trabalho com música no ensino de História exige uma abordagem
específica e cabe ao professor selecionar seu material e escolher a opção metodológica mais
adequada para facilitar o processo de ensino e aprendizagem. Ao escolher a música como
um recurso didático é necessário planejar seu uso, ou seja, determinar em qual momento da
aula a canção será usada e com qual será sua finalidade. A música, compreendida como um
objeto de aprendizagem, permite múltiplos usos e leituras. Os objetos de aprendizagem
servem para ilustrar, mobilizar, explicar ou problematizar um determinado conteúdo ou
conceito.
 História e Cidade – construir referenciais para que os alunos possam pensar as modificações
ocorridas nas cidades, refletindo sobre as permanências e transformações desses espaços.
Espera-se que os alunos realizem as conexões com os processos históricos dessas mudanças
e seus impactos na vida de seus habitantes, nos seus aspectos social, econômico e cultural.
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 Os jogos nas aulas de História – desenvolvendo vários jogos nas aulas de História, servem
bem ao propósito de dinamização das aulas, verificação do aprendizado ou da memorização
de conteúdo seguindo o propósito de trabalhar o jogo como um simulador de vivencias e
dinamizador da imaginação e da criatividade. Os jogos são representados em forma lúdica e
participativa de desenvolver atividades no ensino de História. Estimular os alunos a
desenvolver habilidades de pesquisa e composição de personagens históricos, além do
trabalhar colaborativo entre alunos e professor.
 Clube da História - Levar o aluno a tornar-se capaz de apreender a informação e usá-la de
forma prática em seu proveito ao logo da sua vida , tendo adquirido a capacidade de
ponderar, concluir e expressar esta conclusão será um ser pensante capaz de garantir sua
liberdade de ação e pensamento contra a manipulação de qualquer tipo. A através do Clube
da História despertar nos alunos do Fundamental II o gosto pela disciplina de História;
desconstruir a cultura enraizada de trabalhar a História como uma disciplina objetiva; elevar
o nível de fluência de leitura e escrita do aluno, bem como a sua interpretação; desenvolver
atividades em consonância com outras disciplinas e promover o protagonismo individual e
coletivo do aluno.
 Soletrando de História- O Projeto Soletrando pretende abordar as normas e convenções
relacionadas ao ensino da escrita – de maneira lúdica e, por meio de uma gincana, em que
os alunos deverão soletrar, corretamente, palavras com regularidade e irregularidades
ortográficas, trabalhadas em sala de aula. Serão vencedores aqueles que conseguirem acertar
o maior número de palavras. As palavras para o soletrando é retirado do livro didático de
História, é uma atividade que garante aprendizagens significativas para o maior número
possível de alunos. O objetivo do projeto é fazer com que todos os alunos avancem em
relação aos seus conhecimentos sobre ortografia.

METODOLOGIA: contextualização da pesquisa

O estudo realizado e apresentado neste artigo trata-se de uma pesquisa


exploratória, com uma abordagem qualitativa a qual Segundo Gil (2002) a pesquisa
exploratória tem como objetivo familiarizar o pesquisador com o problema envolvendo
levantamento bibliográfico, experiências práticas com o problema estimulando a compreensão
16

e permitindo formular problemas mais precisos ou criar hipóteses que possam ser pesquisadas
por estudos posteriores.
O pesquisador pode, ao desenvolver o seu estudo, utilizar os dois métodos,
usufruindo, por um lado, da vantagem de poder explicitar todos os passos da pesquisa e, por
outro, da oportunidade de prevenir a interferência de sua subjetividade nas conclusões obtidas
(NEVES, 1996).
Os sujeitos da pesquisa foram: os alunos e o professor de História das turmas de
6º ao 9º Ano do ensino fundamental, bem como as turmas observadas, a qual foi indagada
sobre a aceitação em participar da pesquisa. O professor é efetivo no município, e graduado
em História e especialista em Gestão Social. O mesmo leciona na escola há
Neste contexto, percebeu-se que as Metodologias desenvolvidas visam a
construção da autonomia do desempenho na aprendizagem, no diagnóstico e na intervenção
para a melhoria da qualidade das aulas de História.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Todos os alunos observados nesta pesquisa, ao assistir minhas aulas ministradas


com a junção da metodologia expositiva auxiliada pelas mídias e dinâmicas. Onde percebi
uma motivação, curiosidade, e espírito critico frente aos conteúdos históricos. Os alunos
aprendem mais, e tiram melhores notas nas avaliações. Destaca-se, que ao dinamizar suas
aulas os professores recebem mais contribuições e participações dos alunos, pois aumenta o
contexto a ser explorado e discutido em relação à gama de conceitos, características, fatos
relevantes, ponto de vista de um determinado assunto ou conteúdo estudado.
Verifiquei, quando minhas aulas são apresentadas sobre metodologia explicativa
com a introdução de vídeos, filmes, documentários e imagens os alunos demonstram
comportamento mais motivado. Isto se deve a um cenário propicio de argumentos e que pode
provocar discussão sobre o tema no grupo, onde cada membro tira suas dúvidas, contribui
com seu entendimento ou conhecimento. A imagem é importante, pois enaltece a mente
humana para o aprendizado, quando visualizamos uma imagem acabamos por reviver aquele
momento.
Outras atividades que ajuda na aprendizagem do aluno, a visita ao museu enriquece
o conhecimento sobre a história cultural. A questão da cidadania na escola apresenta uma forte
e positiva consciência do professor em promover espaços em sala de aula para discussões com
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a finalidade de formar cidadãos críticos frente aos conteúdos e consequentemente atuantes em


nossa sociedade. O clube da História composta pelos alunos, com objetivo de levar o aluno a
tornar-se capaz de apreender a informação e usá-la de forma prática em seu proveito ao logo
da sua vida.
Estas ferramentas facilitam o meu trabalho, despertando atenção do aluno para
aprender. Claro que esta prática com bastante frequência, pode tornar as aulas cansativas e
desinteressantes aos olhos do público alunado. Uso dessas ferramentas deve ser tratado de
forma a complementar as aulas, e não substituí-las, e que a associação é necessária com a
finalidade de promover mais o conhecimento.
Em nossa atualidade, o que resta ao professor não é apenas superar o ensino
tradicional dos conteúdos, e práticas de repetição ou leitura da teoria muito presente na
disciplina de História, é necessário superar também as dificuldades diárias encontradas nas
escolas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho mostrou-se que uma boa metodologia em sala de aula é de suma
importância na aprendizagem do aluno. Diante das atividades executadas na sala de aula
possibilita estimular o interesse aos alunos e professores de maneira ativa e participativa nas
diferentes etapas.
Durante a pesquisa observei é fundamental conhecer os alunos, a história e as
dificuldades de cada um é uma maneira de ajudar no meu trabalho pedagógico. Um
conhecimento que é construído durante o ano letivo, à medida que os alunos tenham
oportunidades de se relacionar e desenvolver as atividades propostas.
Antigamente, a metodologia do ensino da Historia baseada na repetição enfadonha
dos conteúdos pelos alunos. Portanto, percebi um novo olhar na metodologia nas aulas de
Historia como os alunos mudaram suas concepções diante dos conteúdos trabalhados na
disciplina. Verificou uma mudança na forma de pensar, debater e pesquisar. O professor ajuda
o aluno adquirir ferramentas para aprendizagem e conhecimento.
Claro, que o professor ainda enfrentar muitos desafios para torna uma aula
atrativa, dinamizada. Pois cada aula é única, precisa ser um historiador e pesquisador nas suas
aulas.
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Diante de todas as questões discutidas ao longo deste estudo fica claro que o
educador não pode deixar de trabalhar a realidade do aluno, buscando enriquecer seu dia a dia
na escola com aquilo que, de forma mais rápido, vai propiciar construção de conhecimentos,
como a metodologia de ensino.
Compreendeu-se a extrema importância deste estudo para a minha formação
profissional, foi bastante proveitoso e enriquecedor. Veio como soma aos conhecimentos já
adquiridos e fortalecimento para o meu desempenho profissional

REFERÊNCIAS

BRODBECK, Marta de Souza Lima. Vivenciando a História- metodologia de Ensino de


História. Curitiba. Base Editorial, 2012.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17ª Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de história: experiências,


reflexões e aprendizados. São Paulo: Papirus, 2003.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, Editora Atlas, 2002.

NEVES, J. L. Pesquisa qualitativa: características, usos e possibilidades. Cadernos de


Pesquisas em Administração, v. 1, n.3, 2º sem., 1996.

Parâmetros Curriculares Nacionais: História /Secretaria de Educação Fundamental. Brasília:


MEC /SEF, 1998.

SNYDERS, Georges. Feliz a Universidade. Estudo a partir de algumas biografias. Rio de


Janeiro: Paz e Terra,1995

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