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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

CAMPUS FORTALEZA
DEPARTAMENTO DA INDÚSTRIA
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

RELATÓRIO DE ENSAIO PRÁTICA


01- METALOGRAFIA
FORTALEZA- CEARÁ

2017

DANIEL SILVA DE OLIVEIRA (TECNÓLOGO EM MECATRÔNICA)

FRANCISCA KARLA (TÉCNICO EM MECÂNICA)

FRANCISCO ADRIANO (TÉCNICO EM MECÂNICA)

ISRAEL SILVA DE PAZ (TÉCNICO EM MECÂNICA)

PEDRO HENRIQUE CHAVES VASCONCELOS (TÉCNICO EM MECÂNICA)

TIAGO MELO DA SILVA (TÉCNICO EM MECÂNICA)

RELATÓRIO DE ENSAIO PRÁTICA


01- METALOGRAFIA

Relatório Técnico do ensaio de metalografia do aço


ABNT 1020 composição 99% de Ferro, 0,2% de
Carbono e 0,8% de outros materiais. Este relatório
faz parte da unidade curricular de Ciência e
Tecnologia dos Materiais dos cursos Técnico em
Mecânica e Tecnólogo em Mecatrônica do IFCE
Campus Fortaleza.

Orientador:
Prof.: Eloy
RELATÓRIO DE ENSAIO PRÁTICA 01- METALOGRAFIA

Resumo

Este relatório tem como objetivo o ensaio metalográfico para a análise óptica de uma
amostra metálica do aço ABNT 1020, visualizando sua microestrutura, na qual podemos
definir as suas respectivas fases. Durante o processo passamos por diversas etapas até
conseguir uma amostra nítida para comparar através de normas afim de classificar os
tipos de estruturas cristalinas formadas durante o ensaio, bem como definir o contorno de
grãos para o aço ABNT 1020. Esta prática foi de extrema importância na solidificação da
parte teórica e da visualização da microestrutura.

Palavras-chave: Aço ABNT 120, Metalografia, Perlita, Ferrita, Microestrutura,


Propriedades do Aço.

Abstract

This report aims at the metallographic test for the optical analysis of a metal sample of
steel ABNT 1020, visualizing its microstructure, in which we can define their respective
phases. During the process we went through several steps until we obtained a clear
sample to compare through standards in order to classify the types of crystalline
structures formed during the test, as well as to define the grain boundary for ABNT 1020
steel. This practice was extremely important in solidification of the theoretical part and
visualization of the microstructure.

Palavras-chave: Steel ABNT 120, Metallography, Perlite, Ferrite, Microstructure, Steel


Properties.
1. DEFINIÇÕES

1.1. Metalografia

A Metalografia fazendo parte da Ciência dos materiais, é o estudo da morfologia e


estrutura dos metais. A metalografia é uma área da materialografia que além do estudo
dos materiais metálicos, compreende a plastografia (materiais plásticos ou poliméricos) e
a ceramografia (materiais cerâmicos).
Neste Material enunciaremos a pratica Metalografia no que diz respeito à preparação das
amostras

1.2. Aço ABNT 1020


O aço SAE 1020 é um dos aços ao carbono mais comumente utilizado pois possui
excelente relação custo-benefício comparado com aços mais "ligados".
Ele possui excelente conformabilidade e soldabilidade (veja mais propriedades
comentadas abaixo).

1.2.1. Aplicações dos aços SAE 1020


É utilizado em engrenagens, eixos, virabrequins, pinos guia, anéis de engrenagem,
colunas, catracas, capas, tubos entre outros.

1.2.2. Composição Química


São aços carbonos constituídos basicamente de ferro, carbono, silício e manganês.
Outros são resíduos do processo de fabricação.

Tabela 1: Composição do Aço 1020

Elemento Concentração (%)


Manganês 0,3 a 0,6
Carbono 0,18 a 0,23
Enxofre 0,05
Fósforo 0,04
Ferro Restante
Fonte: Internet
2. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

2.1. Corte
Os corpos-de-prova foram seccionados com discos de Carbeto de Silício (SiC), em uma
cortadeira elétrica da marca DISCOTON-2, com dimensões de corte predefinidas, tendo o
formato circular , a fim de facilitar sua identificação.
Figura 1: Máquina de Corte

Fonte: Próprio Autor

2.1.2. Características
- Fluido Refrigerante para não deixar a peça superaquecer.
- Disco mais duro que a peça a ser cortada (existe uma escala de dureza).
- Centralizar a peça entre as garras da máquina para facilitar o corte e padroniza-lo.
Figura 2: Processo de Fixação da peça para o corte

Fonte: Próprio Autor

2.1.3. Procedimento para o corte (pode variar com a troca do equipamento)


1 - Colocar a amostra no centro da mesa de fixação. O centro da mesa também é o
centro do disco.
2 - Fixar firmemente o corpo de prova com ambas às morsas;
3 - Após ter se certificado da correta fixação do corpo de prova, posicionar o protetor
acrílico do disco;
4 - Verificar se o disco encontra-se em sua posição de descanso, sem tocar na amostra;
5 - Ligar o motor de acionamento do disco. Isto faz com que a bomba de fluido de corte
também seja ligada; (no caso de equipamentos automáticos).
6-Verificar se a amostra está sendo resfriada pelo fluido de corte.
7 - Aplicar uma carga moderada do disco sobre o corpo de prova (evitando solavancos
que podem romper o disco de corte) até que o corpo de prova esteja cortado;
8 - Retornar o disco a sua posição de descanso e desligar o motor.
9 - Soltar o corpo de prova da mesa de fixação;
10 - Efetuar a limpeza do equipamento.
2.2. Embutimento
O embutimento da amostra é preconizado para ajudar no manuseio de peças pequenas e
evitar a danificação da lixa ou do pano de polimento, polimento da superfície, que traz
sérias dificuldades na análise. O embutimento consiste em envolver a amostra com um
material adequado, no caso baquelite (resina do petróleo) formando um corpo único.
Figura 3: Baquelite

Fonte: Próprio Autor


Figura 4: Maquina de Embutimento

Fonte: Próprio Autor


2.2.1. Preparação para o Embutimento

 Lubrificar êmbolo inferior


Figura 5: Lubrificação do êmbolo inferior

Fonte: Próprio Autor

 Escolher uma face da peça cortada e centraliza-la no êmbolo

 Subir o êmbolo inferior até tocar no superior


Figura 6: Embolo Inferior

Fonte: Próprio Autor


 Pegar a baquelite e depositar uma colher cheia na máquina

Figura 7: Deposito da baquelite

Fonte: Próprio Autor

 Lubrificar êmbolo superior

 Pressionar os êmbolos até chegar uma pressão de 2000Kgf


Figura 8: Pressão de embutimento

Fonte: Próprio Autor


 Deixar 7min de aquecimento
Figura 8: Tempo de aquecimento

Fonte: Próprio Autor

 Manter a pressão de 2000Kgf


Figura 9: Pressão de 2000Kgf

Fonte: Próprio Autor

 Refrigerar (Resfriamento a água)


Figura 10: Corpo de prova embutido

Fonte: Próprio Autor

2.3. Lixadeira

Devido ao grau de perfeição requerida no acabamento de uma amostra metalográfica


idealmente preparada, é essencial que cada etapa da preparação seja executada
cautelosamente, é um dos processos mais demorados da preparação de amostras
metalográficas. Operação que tem por objetivo eliminar riscos e marcas mais profundas
da superfície dando um acabamento a esta superfície, preparando-a para o polimento.
Existem dois processos de lixamento: manual (úmido ou seco) e automático.

Figura 10: Máquina Lixadeira

Fonte: Próprio Autor


2.3.1. Lixas d’água de granulometria #220, #320, #400,# 600, # 1200

Nesta etapa do procedimento, usaram-se lixas de Carbeto de Silício (SiC), pois


apresentam uma boa resistência ao desgaste e não formar ondulações quando estiver
na atuação com a água. As amostras serão lixadas na seqüência de lixas com
granulometria #220, #320, #400, #600 e #1200 em lixadeiras refrigeradas a água. Para
uma mesma granulometria da lixa, a amostra deverá ser passada sempre no mesmo
sentido e deve estar pressionada contra a lixa de forma que não crie desnivelamento
no corpo de prova. Para a lixa subsequente, a amostra deverá estar numa posição de
90º em relação a anterior. O tempo de lixamento em cada etapa deverá ser suficiente
para que os riscos da etapa anterior desapareçam. Segue-se uma lavagem em água
corrente e depois com álcool para melhorar a atuação do secador, evitando que a
peça oxide durante a troca de lixas.

Figura 11: Demonstração da técnica de lixamento

Fonte: Próprio Autor

A técnica de lixamento manual consiste em se lixar a amostra sucessivamente com lixas


de granulometria cada vez menor, mudando-se de direção (90°) em cada lixa
subsequente até desaparecerem os traços da lixa anterior.
2.4. Polimento

Figura 12: Politriz(máquina de polimento)

Fonte: Próprio Autor

Antes de nós passarmos para a etapa do polimento tivemos que visualizar no


microscópio óptico com aumento de 500x no plano escuro como estava a estrutura do
corpo de prova, pois poderia existir alguma falha devido ao processo de lixamento.

Inicialmente, o polimento grosso é feito na Politriz com pano de nylon, pasta de


diamante de 6 m e lubrificante especial para polimento (alumina inicial com
granulometria de 1µm e alumina final com granulometria de 0,05µm) mais detergente,
para evitar o atrito entre o corpo e o pano. Neste caso, a superfície da amostra é
passada em todos os sentidos até que os riscos da lixa sejam eliminados. Segue-se
uma lavagem cuidadosa com algodão, detergente e água; depois é borrifado álcool no
corpo de prova e feita a secagem com o secador inclinado em 30º.
O polimento final é feito com pano tipo camurça e pasta de diamante de 1 m. A
amostra é passada em todos os sentidos, tentando diminuir a pressão no estágio final,
até eliminar por completo os riscos do polimento anterior tornando-se a amostra
totalmente espelhada.
2.4.1. Cuidados que devem ser observados no polimento:

 A superfície deve estar rigorosamente limpa;

 A escolha adequada do material do polimento;

 Evitar polimentos demorados;

 Nunca polir amostras diferentes sobre o mesmo pano de polimento (por causa da
diferença de dureza entre elas, um pequeno cavaco da amostra mais dura irá riscar a
mais macia);

 Evitar fricção excessiva;

 Evitar pressão excessiva sobre a amostra. (aplicar um pouco mais que o próprio peso
da amostra)

Figura 13: Processos de polimento

Fonte: Próprio Autor


2.4.2 Visualização no Microscópio e Polimento Final

Foram necessárias mais duas visualizações da estrutura cristalina no plano escuro com
aumento de 500x e 1000x antes que o corpo de prova fosse para o ataque químico,
pois o processo de polimento poderia não ter sido suficiente para retirar todos os riscos
do corpo, prejudicando assim, a visualização dos grãos no plano claro após o ataque
químico. A primeira visualização foi feita após 10 minutos de polimento na POLITRIZ
com aplicação da Alumina inicial com granulometria de 0.1um e a outra visualização foi
feita após 10 minutos de polimento na POLITRIZ com aplicação de Alumina Final com
granulometria de 0.05um.
Figura 14: Analise Microscópica

Fonte: Próprio Autor


Figura 15: Amostra fotográfica

Fonte: Próprio Autor


2.4.3. Procedimento para o polimento (pode variar conforme o equipamento
usado)

1- Verificar se o pano da Politriz é adequado para o tipo de abrangente e se encontra


em condições de uso

2- Verificar se o pano de polimento está limpo

3- Verificar se o motor está funcionando corretamente

4- Ligar a água (bem pouco)

5- Se for polir com alumina coloque a mesma sobre o pano de polimento e abra a
agua (bem pouco) para a lubrificação e eliminação de impurezas, se for polir com
pasta de diamante espalhe a mesma sobre o pano e lubrifique com álcool.

6- Segurar a amostra levemente encima do pano de polimento, se recomenda


movimentar a amostra o no sentido inverso ao do movimento do pano, mas para
iniciantes recomenda-se apenas segurar a amostra encima do pano para não
riscar.

2.5. Ataque Químico

Figura 16: Corpo de prova + ácido Nital

Fonte: Autor
Seu objetivo é permitir a identificação (visualização) dos contornos de grão e as
diferentes fases na microestrutura. Um reagente ácido é colocado em contato com a
superfície da peça por certo tempo. O reagente causará a corrosão da superfície. Os
reagentes são escolhidos em função do material e dos constituintes macroestruturais
que se deseja contrastar na análise metalográfico microscópica
Tanto para os aços ao carbono, como para os ferros fundidos, usa-se o Nital, cuja
composição corresponde a 98% de ácido nítrico (HNO3) e 2% de álcool etílico
(C2H6O). O ataque é feito por imersão da amostra em um recipiente, chamado relógio
de vidro, com o reagente, durante um período necessário para que ocorra a revelação
da microestrutura do material, os tempos usados foram, 2 minutos e 10 segundos,
dividos em sete seções, este tempo de contato foi o suficiente para que o aspecto
brilhante desapareça, ou seja, que a amostra fique fosca, sem que prevaleça o ataque.
Figura 17: Ataque químico

Fonte: Autor
Figura 18: Soprador

Fonte: Autor
3. RESULTADOS
3.1. Estrutura Cristalina

Nos aços SAE 1020, podemos observar as fases (Ferrita e Perlita), presentes neste
material, bem como os contornos de grãos. No campo escuro do microscópio podemos
ver os arranhões e no campo claro ver a corrosão.
O objetivo final do experimento foi ver a formação:
a) Perlita e Perrita.
b) Lamelas nos grãos de Perlita
c) Contornos de Grãos bem definidos
A parte clara nas figuras representa a Ferrita, não oxidada. A perlita é o componente do
carbono representado pela parte escura. Dentro da Perlita podemos ver a formação de
lamelas.

Figura 18: Visualização microscópica do corpo de prova

Fonte: Próprio Autor


Figura 19: Micrografia SAE 1020. Ampliação 200x

Fonte: Próprio Autor


Figura 20: Micrografia SAE 1020. Ampliação 500x

Fonte: Próprio Autor


Figura 21: Micrografia SAE 1020. Ampliação 1000x

Fonte: Próprio Autor

4. Conclusões
Portanto, concluímos principalmente que a prática metalográfrica foi de extrema
importância para a aprendizagem de todos, pois podemos ver e fazer o que foi
aprendido em sala de aula, contribuindo para o entendimento básico das estruturas
cristalinas.
Passamos pelo processo de embutimento do corpo de prova- Aço ABNT 1020 – com
resina baquelite, mantendo a pressão da máquina sempre em 2000 toneladas por 7
minutos, tempo recomendável para a peça se embutida, esse processo foi de bastante
utilidade, pois permite um melhor manuseio da peça na etapa do lixamento.

É de extrema importância que todos os lixamentos sejam bem realizados, pois pode
acarretar em prejuízos mais lá na frente, como na visualização dos contornos de
grãos.

Outro processo que requer bastante atenção de todos é o processo de lavagem da


peça em todos os momentos, ao trocar de lixa e ao sair do polimento, pois devemos
ter cuidado para evitar a oxidação da peça assim como a queima da sua superfície.

Existem duas etapas a serem seguidas no processo de polimento, o inicial e o final, os


dois são bem similares alterando apenas a granulometria da alumina, para que não
ocorra risco na amostra e sim o contrário. É um processo cauteloso, pois não
podemos aplicar muita pressão sobre o corpo, esse fator (pressão) determinará se o
processo irá ser bem sucedido ou não.

Notamos também que os usos de algumas substâncias simples são muito importantes
como o detergente que evita o atrito entre o pano e a peça na Politriz e o álcool que
por ser volátil ajuda na secagem da peça, evitando queimaduras na sua superfície.

Desse modo, ao finalizarmos todas as etapas inclusive a do ataque químico com Nital,
que fez com que a peça ficasse opaca, permitindo a visualização dos grãos, fomos ao
microscópio óptico, aonde tivemos uma aprendizagem e aonde percebemos que todos
os nossos esforços valeram, pois as estruturas estavam lá, assim como estão nos
livros e nas explicações.

* Observações :

O corpo de prova já veio cortado em ¼ .

Ácido nital estava pouco concentrado, causando assim a demora do


ataque químico no corpo de prova.
A vazão da água durante vários momentos, principalmente durante o embutimento e
lixamento estava baixa e comprometeu um pouco na analise final.

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