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INSTRUÇÕES PARA A PREPARAÇÃO E SUBMISSÃO DE

TRABALHOS AO COMITÊ CIENTÍFICO DO XLVII CONGRESSO


BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA

Arthur Kenji Tokita – Arthur.tokita@hotmail.com


Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação
Zeferino Vaz Distrito - Av. Albert Einstein - 400 Cidade Universitária - Barão Geraldo,
Campinas - SP, 13083-852

Carlos Enrique Rodrigues Bortoloto - carlosbortoloto@gmail.com


Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação
Zeferino Vaz Distrito - Av. Albert Einstein - 400 Cidade Universitária - Barão Geraldo,
Campinas - SP, 13083-852

Haryton D. Pereira - hrtnpereira@gmail.com


Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação
Zeferino Vaz Distrito - Av. Albert Einstein - 400 Cidade Universitária - Barão Geraldo,
Campinas - SP, 13083-852

Resumo: Este documento apresenta o comportamento da máquina de indução, utilizada como


motor, no qual foi analisado através de experimentos em laboratório de máquinas elétricas. O
experimento feito pelo motor de indução pode ser dividido em algumas partes, tais como
averiguar e entender a relação de transformação entre o estator e o rotor, aferir a corrente de
partida, determinar os parâmetros do circuito equivalente do motor assim como reproduzir a
curva de conjugado pela velocidade do mesmo.

Palavras-chave: Máquina de Indução, Motor de Indução, Experimento em laboratório.

1 INTRODUÇÃO

As máquinas de indução são formadas pelo estator e pelo rotor. No laboratório


possui máquinas trifásicas, cujo enrolamento do estator é formado por bobinas que
são interligadas entre si, formando circuitos defasados no espaço de 120º elétricos. A esses
circuitos são aplicadas tensões senoidais defasadas de 120º entre si no tempo e como resultado
é gerado um campo girante, que induz tensão no enrolamento do rotor.
O rotor pode ser composto por três enrolamentos similares ao do estator (rotor
bobinado), como as máquinas do laboratório, ou pode ser composto por um conjunto de barras
condutoras conectadas em seus extremos por dois anéis (rotor tipo gaiola de esquilo). Tanto nas
máquinas de rotor bobinado quanto nas máquinas de gaiola de esquilo, o princípio de
funcionamento é o mesmo. Se o enrolamento do rotor for curto-circuitado, aparecerá correntes
induzidas, que gerarão campo magnético no rotor em oposição ao campo do estator, resultando
na produção de torque fazendo com que o rotor gire a uma certa velocidade. Para existir
correntes induzidas no rotor, a velocidade mecânica do eixo deverá ser sempre diferente da
velocidade do campo girante, caso contrário, um condutor sobre o rotor estaria sujeito a um
campo invariante, e não terá correntes induzidas. Por isso são chamadas de máquina
assíncrona. A relação entre a velocidade síncrona e a velocidade do rotor é denominado
escorregamento.
No laboratório foi tomando a máquina de indução como motor e a máquina síncrona
como gerador. Para medir a corrente de partida do motor, foram elaboradas duas montagens,
uma com o rotor em curto e a segunda com o rotor conectado ao reostato. Para o levantamento
da relação de transformação entre rotor e estator, determinação dos parâmetros do circuito
equivalente do motor e levantamento da curva de conjugado X velocidade serão feitos dois
ensaios: o primeiro com rotor em curto circuito, no qual a tensão nele induzida produzirá
corrente induzida, que interage com o campo girante no entreferro produzindo torque, assim o
rotor passa a girar na direção do campo girante, de forma a diminuir a velocidade relativa entre
os dois. O rotor chega a uma velocidade de equilíbrio em regime permanente menor do que a
velocidade síncrona do campo girante do estator; e o segundo com o rotor bloqueado, no qual
ao aplicar tensões reduzidas ao estator da máquina e manter o rotor bloqueado, deve-se observar
que a máquina opera com baixo escorregamento e então aplicar uma tensão com frequência
reduzida pois os valores da resistência e da indutância de dispersão do rotor podem ser
diferentes dos valores obtidos com frequência nominal.

2 METODOLOGIA

Antes de iniciar o experimento, é preciso garantir que os valores nominais de cada


máquina não sejam ultrapassados, a fim de evitar que as mesmas sejam danificadas. Por isso
deve-se levar em conta os dados nominais das máquinas do laboratório que será utilizada.
Medimos então as resistências do rotor e do estator, descontando os valores dos cabos.
Conectamos e partimos a MI para fazermos leituras referentes a frequência e amplitude da
tensão induzida no rotor, variando o valor de um reostato conectado aos enrolamentos do rotor.
Foi montado a MI com a intenção de medirmos a relação de transformação da máquina,
e notamos o sentido do campo girante de acordo com a ordem da ligação das fases da máquina.
Executamos a partida da MI, com o propósito de verificarmos a intensidade da corrente
de partida, utilizando um reostato e variando o seu valor. Anotamos os valores das correntes
para os valores do reostato.
Monitorando as tensões e correntes de armadura da MI, ligamos a MS como carga, para
podermos analisar os valores de conjugado em função da velocidade da MI. Para variarmos a
carga acoplada a MI, variamos o banco de resistores que estavam conectados a MS que estava
funcionando como gerador. Para então levantarmos as características do circuito equivalente
fizemos os ensaios a circuito em vazio, e com o rotor bloqueado.

3 RESULTADO E DISCUSSÃO

Analisando a tabela 1, a seguir:

Tabela 1: Resistências do estator e do rotor da máquina de indução antes e depois do experimento


Resistência Valor à frio (Ohms) Valor à quente (Ohms)

Entre fases 1 e 2 do estator 1,1 1,6

Entre fases 2 e 3 do estator 1,1 1,4


Entre fases 3 e 1 do estator 1,1 2,3

Entre terminais X e Y do rotor 1,0 0,3

Entre terminais X e Z do rotor 0,7 0,3

Entre terminais Z e Y do rotor 0,5 0,4


Fonte: Elaborada pelos autores

3.1 VARIAÇÃO DE FREQUÊNCIA E DA AMPLITUDE DA TENSÃO INDUZIDA


NO ROTOR EM FUNÇÃO DA VELOCIDADE
No início da partida da máquina de indução temos um escorregamento muito grande,
mas a ao decorrer um certo tempo o escorregamento vai diminuindo até o valor estacionário de
regime, dado o grande escorregamento, teremos uma frequência maior induzida no rotor da MI.
Da mesma forma o termo R2’/s apresenta o seu menor valor possível na partida (s=1), isto
implica numa maior corrente de partida, no lado do estator, então induzindo uma tensão maior
no lado do rotor da MI.
Conforme a MI entra em regime, notamos que tanto a tensão, quanto a frequência
induzidas no rotor diminuem, uma vez que o escorregamento diminui para o valor de regime.

3.2 MEDIÇÃO DA RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO ENTRE ROTOR E


ESTATOR
Tabela 2: Tensões medidas entre estator e rotor
Tensão aplicada no estator Tensão medida no rotor Rel. de
[V] [V] transformação

222,6 74,2 3
Fonte: Elaborada pelos autores

Neste ensaio, foi aplicado uma tensão de 222,6V no estator da MI, mantendo o rotor em
aberto, e medindo sua tensão. O sentido do campo girante foi verificado de modo que giramos
o rotor manualmente, onde no sentido horário, do lado acoplado, a tensão induzida diminui,
pois foi alinhado manualmente o campo induzido no rotor ao campo induzido no estator. Tal
fenômeno pode ser verificado dado o item anterior, onde conforme o escorregamento diminui
a tensão induzida no rotor também diminui.

3.3 CORRENTE DE PARTIDA DA MÁQUINA DE INDUÇÃO.

Tabela 3: Correntes de partida na máquina de indução


Rotor em curto [A] Rotor ligado ao reostato trifásico [A]

34.0 7.4
Fonte: Elaborada pelos autores

Resistência maior no secundário do transformador causa uma corrente de pico menor ja


que as resistências do reostato ficam em série.
Com a resistência maior, a máquina demora mais para chegar na velocidade nominal.
Isso ocorre pois a potência mecânica neste caso é menor devido ao aumento da resistência do
secundário, além da corrente no primário ser menor devido à resistência maior. (Pmec = Pe -
3*R1*I1² - 3*R’2*I’2²).

3.4 LEVANTAMENTO DA CURVA DE CONJUGADO X VELOCIDADE


Tabela 4: Dados de operação da máquina de indução com a máquina síncrona ligada à carga de 60, 40 e 20 Ω .
60 Ohms 40 Ohms 20 Ohms

Tensão entre duas fases do estator [V] 223.9 223.1 222.7

Corrente do estator [A] 4.5 4.7 5.3

Fator de potência 0.32 0.383 0.564

Potência ativa [W] 560 703 1170

Velocidade [rpm] 1780 1775 1762


Fonte: Elaborada pelos autores

Figura 1: Curva I x rpm

Fonte: Elaborada pelos autores

A tensão induzida no rotor depende linearmente da frequência relativa entre estator e


rotor, consequentemente, a corrente idem: A equação para a corrente é a mesma apenas
dividindo o resultado pela resistência do secundário. Portanto, está de acordo com o que se
espera do comportamento da máquina.

3.5 DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS DO CIRCUITO EQUIVALENTE DA


MÁQUINA DE INDUÇÃO

Tabela 5: Dados medidos no ensaio em vazio


Frequência de alimentação [Hz] 60

Tensão de alimentação [V] 223.5

Corrente do estator [A] 4.4


Potência ativa de entrada [W] 390
Fonte: Elaborada pelos autores

Tabela 6: Dados medidos no ensaio de rotor bloqueado


Frequência de alimentação [Hz] 60

Tensão de alimentação [V] 68.6

Corrente do estator [A] 9.0

Potência ativa de entrada [W] 303


Fonte: Elaborada pelos autores

A partir desses dados da tabela os scripts executados no software Matlab


proporcionaram os seguintes resultados:

Parâmetros da MI para o circuito equivalente na figura abaixo:

X1 = j2.1169 Ohms ; X’2 = j2.1169 Ohms; R’2 = 0.5469 Ohms; Xm = j26.4308 Ohms

Figura 2: Circuito equivalente da MI

Fonte: Elaborada pelos autores

A partir dos parâmetros podemos calcular a corrente de partida fazendo s=1 obtendo
uma corrente I’2=29.88 A, que é um valor aproximado da corrente medida (34 A). As
discrepâncias se devem à imprecisão dos instrumentos e erros experimentais.

O valor medido para a resistência do rotor é o valor de R2 sem refletir ele no primário do modelo
da MI, ou seja, para esse valor que encontramos (R’2 = 0,54 Ohm), é necessário dividir pela
relação de transformação ao quadrado, encontrando o valor de 0,5469/3² = 0,06 Ohms. A
diferença nos resultados se deve ao fato do ohmímetro não ser preciso para baixas resistências,
pois tem impedâncias internas e dos cabos.

A partir desses parâmetros podemos calcular o equivalente Thevenin do lado esquerdo do


circuito, obtendo os seguintes resultados, para o modelo da figura abaixo:
Vth = 117,51 + j2,8814
Zth = 0.5997 + j1.9746

Para o cálculo do torque com os valores medidos fizemos a seguinte relação:

Tmec = Pmec/w

Sendo que, Pmec é a diferença entre a potência de entrada medida no ensaio com cargas e a
potência a vazio, que foi medida no ensaio a vazio da MI. O w também é medido através do
medidor de rpm do laboratório. Para converter para [rad/s] basta apenas multiplicar por pi/30.
O gráfico de Torque medido em função de w está a seguir:

Figura 3: Torque medido calculado com os parâmetros do circuito

Fonte: Elaborada pelos autores

Utilizando os parâmetros do circuito equivalente de Thevènin e a equação de torque do material


auxiliar:

(1)
Onde s é o escorregamento e ws é a velocidade síncrona, traçamos a curva de Torque variando
o escorregamento de 0 a 1 e obtivemos o seguinte gráfico:
Figura 4 : Curva do Torque em função de w com os parâmetros do circuito

Fonte: Elaborada pelos autores

E os valores medidos em laboratório se encaixam da seguinte forma no gráfico de torque:

Figura 5 : Curva do Torque junto com os valores medidos em laboratório

Fonte: Elaborada pelos autores

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Assim, com a execução do experimento, foi possível analisar o comportamento de uma


máquina de indução em formato de motor e de uma máquina síncrona servindo como gerador
e alimentando diversas cargas (20, 40 e 60 Ohms), nos quais foram ensaiadas por resistores de
potência, para suportar altas correntes, em associação para atingir diversos valores de
resistência equivalente. Através do experimento notamos que a máquina de indução pode ser
partida de maneira mais suave com a adição do reostato em série com os enrolamentos do
rotor, de modo a diminuir a corrente induzida e portanto oferecendo um curso mais longo para
que a máquina atingisse a velocidade terminal.
Outra coisa que observou-se foi na velocidade do motor de indução, no qual diminuía de
acordo com a diminuição da carga que era colocada na saída do gerador síncrono. Isso ocorria
porque, com a diminuição da carga, aumentava-se a corrente fornecida, pois a tensão era
sempre ajustada para 120V nos terminais do gerador e a potência deveria se conservar. Sendo
assim, a “carga” imprimida no eixo do motor de indução na realidade era maior, e, como
quanto maior a carga maior o escorregamento, a velocidade de rotação diminuía à medida que
a resistência ficava menor.

Agradecimentos
Em importante à todo o corpo docente que ensinou, apoiou e auxiliou nos processos feitos
em laboratório, e de maneira geral aos equipamentos e oportunidades fornecidas pela
instituição: Universidade Estadual de Campinas.

5 REFERÊNCIAS
Apresentadas em ordem alfabética e de acordo com a Norma ABNT - NBR 6023.

Livros:
FITZGERALD, A.E.; KINGSLEY, C.; UMANS, S. D. - Máquinas Elétricas: Conversão
eletromecânica de energia – processos dispositivos e sistemas. São Paulo. Ed. McGraw-Hill
do Brasil. 1975.

FREITAS W. Notas de Aula de ET620- Máquinas Elétricas. Plataforma Moodle Unicamp.


2018.

Giesbrecht, M. Roteiro 4 R4 Arquivo. Plataforma Moodle Unicamp. 2018.

P. C. Sen - Principles of electric machines and power electronics - 2nd ed., John Wiley and
Sons, 1997.

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