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COMÉRCIO EXTERIOR

1. TEORIAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

TRÊS ACONTECIMENTOS DO COMÉRCIO MUNDIAL QUE


LEVARAM A REALIDADE ATUAL

DECADÊNCIA DO FEUDALISMO

SURGIMENTO DA FILOSOFIA
MERCANTILISTA

CICLO DOS SISTEMAS COLONIAIS DAS


NACÕES-ESTADOS EUROPEIAS

 Feudalismo: sistema autossuficiente que consistia na busca da satisfação das necessidades


básicas por meio da produção interna.

 Mercantilismo/Colonialismo: Sistema de funcionamento do comércio internacional o qual


está associado com as necessidades do estado. Está imerso na Revolução Industrial.

A colonização do continente europeu abriu um leque de possibilidades para o comércio da


época, uma dimensão internacional nunca antes vista.
O comércio estava organizado pelas autoridades estatais por meio da fronteira e dos impostos
que eram cobrados. O objetivo principal era alcançar a maior vantagem possível para o país
colonial, o que em outras palavras significa dizer, explorar o país colonizado.

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1.1. ADAM SMITH

Adam Smith (1723 – 1790), economista e filósofo escocês, foi um dos maiores expoentes da
economia clássica, visto o êxito conquistado com sua obra (“A riqueza das nações”, 1776)
sobre o funcionamento da produção e dos mercados no conjunto do sistema econômico.

Para ele, o estado deveria ter o menor nível possível de intervencionismo na economia, pois
sendo livre, sem intervenção alguma dos órgãos externos, a economia se regularizaria de
forma automática, como se houvesse uma mão invisível por trás, fazendo com que os preços
fossem ditados pelo próprio mercado, conforme sua necessidade.

 Mão de Obra: Vantagem Absoluta

Smith era de opinião que a produção de um produto necessitará da mão de obra para sua
realização, e considerava que determinados países possuíam habilidades especiais ou
recursos naturais com os quais conseguiam produzir um mesmo produto num menor número
de horas, denominando-se tal fato de “vantagem absoluta”.

 Divisão de trabalho  Aumento da produtividade

Através do estudo e da análise dos primeiros acontecimentos ocorridos com a Revolução


Industrial Inglesa (segunda metade do século XVIII), Smith concluiu que a divisão de trabalho
e a criação de trabalhadores qualificados em uma determinada área ou função causam um
aumento substancial da produtividade.

Graças à contextualização dos seus trabalhos, se percebe a importância da indústria de


manufatura e seu conjunto como criador e potencializador de riqueza:

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“(…) é verdade que as nações mais opulentas geralmente superam todos os seus vizinhos
tanto na agricultura como nas manufaturas; geralmente, porém distinguem-se mais pela
superioridade na manufatura do que pela superioridade na agricultura”.

Dessa forma, afirma que o ideal para cada país é a especialização da produção de produtos
que tenham vantagem absoluta, visto que proporcionaria uma vantagem competitiva perante
os demais países, pois conseguiriam obter produtos a baixo preço e, simultaneamente, se
diminuiria o valor daqueles elaborados dentro do próprio país.

 Tamanho do mercado

Smith reconheceu que o comércio internacional era uma ferramenta para a expansão dos
mercados e uma maneira de ampliar as dimensões do mercado doméstico. Conseguiu com tal
visão uma série de vantagens que tinham a ver com a expansão exterior e comercial com
outros países, que são a economia de escala e a eficiência na utilização dos recursos
disponíveis.

 Limitações

Percebemos as seguintes limitações em seus estudos:


- Desenvolveu o conceito de “vantagem absoluta”, mas não descreveu nem especificou
como conseguir tal vantagem.
- Não esteve voltado a pensar sobre o que fazer com os países que não possuíam
vantagem absoluta em nenhum produto.

1.2. DAVID RICARDO

Economista inglês, David Ricardo (1772 – 1823) foi membro da corrente de pensamento
clássico econômico e escreveu “Princípios de economia política” (1819), onde se percebe uma
evolução dos pensamentos de Adam Smith.

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 Vantagem comparativa

David afirmou que além de se possuir uma vantagem absoluta em relação a outro país, existirá
algum produto que a diferença de tal vantagem seja maior, de maneira que dito país deveria
se especializar em sua produção. Tal feito, denomina-se vantagem comparativa. No âmbito
do comércio internacional, cada país possui uma vantagem comparativa de um só produto,
ainda assim, terá designado um determinado esquema de produção.

Para David Ricardo, aqueles países que possuem um baixo nível de produtividade dentro do
mercado doméstico, fato que poderia levá-lo a falência, podem se desenvolver e crescer até
chegar a serem competitivos, graças à vantagem absoluta.

Sua teoria da vantagem competitiva também afirma que as nações podem evoluir e aumentar
o nível de riqueza por meio da especialização de um conjunto de intercâmbios de comércio
internacional, chegando a atingir taxas de consumo mais elevadas em comparação a limitar a
produção por si mesmos.

1.3. ELI HECKSCHER E BERTIL OHLIN

Eli Heckscher (1879 – 1952), nascido em Estocolmo, dedicou sua vida ao estudo da economia
política, a estatística e a história da economia. Já o ganhador do Prêmio Nobel de Economia
em 1977, Bertil Ohlin (1899 – 1979), nascido na Suécia, se dedicou a estudar as teorias do
comércio e as finanças internacionais.

As teorias econômicas sobre o comércio internacional dão uma reviravolta radical no início do
século XX, graças ao trabalho destes dois autores.

 Modelo de Heckscher-Ohlin

A teoria de Heckscher-Ohlin considera dois fatores de produção fundamentais:


- Mão de obra

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- Capital

E será a tecnologia o elemento determinante na forma de combinar tais fatores. A teoria


explica que cada sistema de produção de um determinado produto vai necessitar uma
determinada combinação desses três elementos.

 Teoria da proporção dos fatores de produção

De acordo com esta teoria, tendo em conta que todos os países têm acesso ao mesmo
desenvolvimento tecnológico e ao mesmo nível de produtividade (mão de obra), pode-se dizer
que a intensidade dos fatores utilizados na fabricação do produto dependerá unicamente da
tecnologia utilizada e do seu modelo de produção. Da mesma forma, esta teoria enfatiza que
a vantagem comparativa destes países se encontra no custo dos fatores de produção, que
estão envolvidos diretamente no preço final dos produtos.

 Vantagem dos fatores de produção

Os países que têm grande quantidade de fatores de produção deveriam especializar-se no


funcionamento dos produtos que estão associados com tal fator abundante, além do baixo
preço:
- Países com mão de obra barata e abundante deveriam se especializar na fabricação de
produtos que requerem o uso intensivo da mão de obra e importar produtos que
requerem grande investimento.
- Países com abundância de capital deve se especializar na produção de bens que
exigem uma inversão grande de capital, trazendo de outros países, a grande
quantidade de mão de obra necessária.

 Princípio da compensação

Situação de mercado que consiste em que quando se produz um intercâmbio de livre


comércio e aparecem os benefícios de maior produção e maior consumo, é possível que os

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setores beneficiados pelo contexto transfiram parte de seus bens aos setores que não
recebem mais-valia proveniente do comércio exterior.

 Premissas da teoria dos fatores de produção

- Equilíbrio comercial (2 x 2 x 2): A teoria pressupõe dois países, dois produtos e dois
fatores de produção. Por tal razão, deve-se salientar que, se dois países atingem o seu
nível máximo de produção em todos os tipos de produtos, e comercializam apenas
entre eles, diz-se que atingiram um equilíbrio comercial.
- Excessiva especialização produtiva: Um aumento na especialização do produto que
possua maiores fatores de produção levará ao aumento da necessidade de unidade do
fator de produção para conseguir um mesmo nível produtivo como consequência da
escassez do fator de produção devido a uma excessiva especialização produtiva. Como
resultado se reduz a produtividade e a vantagem comparativa do país num produto
concreto, pois a oferta dos fatores de produção não é lineal, e a linha de produção
diminuirá a partir de um determinado ponto de produção.
- Concorrência justa e equilíbrio: O mercado em que se intercambia o investimento e a
produção é competitivo, sem retaliação. Além disso, os fatores de produção (mão de
obra e capital) se desenvolvem num ambiente de oferta e demanda equilibrados, isto
é, em cada fator se paga seu valor verdadeiro. Por outro lado, o intercâmbio do
comércio mundial se faz através da justa competência, isso é, não existem países que
exerça controle de mercado de outros.
- Não mobilidade: Os fatores de produção (capital e mão de obra) são imóveis, ou seja,
não se podem ultrapassar fronteiras para participar no processo de produção de outro
país.

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1.4. WASSILY LEONTIEF


Economista americano de origem russa, Leontief (1906 – 1999) comprovou a teoria dos
fatores de produção e a influência no comércio mundial, através da análise especifica das
importações e exportações dos Estados Unidos em 1947.

Baseado na teoria dos fatores de produção, conclui que os Estados Unidos são um país com
grande disponibilidade de capital, mas com pouca disponibilidade de mão de obra.

A hipótese inicial dessa análise é que tal pais necessitava estar especializado na produção e
importação de bens muito poderosos no uso do capital, ao mesmo tempo em que deveria
importar produtos que necessitavam grande uso de mão de obra.

- Comprovação
A fim de demonstrar sua teoria, Leontief realizou uma análise dos inputs-outputs que
estavam relacionados ao processo de elaboração de cada produto, de maneira que
desmembrou a mercadoria em seu valor de mão de obra, capital e outros elementos,
para a obtenção final de cada produto.
- Resultados
Demonstrou que todos os produtos exportados pelos Estados Unidos eram mais
intensos, referente a mão de obra, que aqueles importados.
- Consequências
Houve um novo debate sobre a existência de outros fatores complementares aos
fatores de produção:
 A diferença entre o trabalhador com e sem qualificação
Os sistemas de produção não são lineares, variam dependendo do país de origem
devido as variáveis alheias ao processo produtivo.
As dificuldades que aparecem como resultado das diferentes ideias sobre os
fatores de produção e sua importância verdadeira no mercado mundial, tem como
consequência a aparição de um grupo de autores cujo objetivo foi encontrar

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alternativas teóricas que analisem e justifiquem a origem das leis do comércio


internacional.

1.5. STAFFAN BURENSTAM LINDER

Economista político sueco, Linder (1931 -2000) aparece nesse novo contexto de investigação
por meio de uma obra que mudou radicalmente a tendência dos estudos tradicionais. Deixou
de lado a investigação da oferta ou da produção para centrar na demanda de produtos.

Linder explica que o comércio de produtos manufaturados tinha origem na homogeneidade


ou diversidade da oferta nos diferentes mercados nacionais, e não como afirmavam as demais
teorias, pelos custos de produção dos produtos.

Explica que a demanda por produtos tem um impacto fundamental na regulação e a


regulamentação dos movimentos do comércio mundial mediante as seguintes premissas:
- Crescimento da renda per capita: se aumenta a renda per capita de um país, se produz
um aumento na complexidade e na qualidade de tais produtos demandados por sua
população.
- Segmentação dos mercados: as empresas manufatureiras carecem de conhecimento
sobre aqueles mercados externos que são distintos em relação a demanda de
produtos. A lógica de expansão seria em direção aos países que compartilham um
mercado com um sistema de demanda semelhante ao da sede da empresa. Pode-se
dizer então que há uma segmentação dos mercados, e que se deve conhecer e estudar
o segmento em que a oferta dos produtos se encaixa.

 Conclusões da sua obra

 Aspecto positivo: a importância do estudo da demanda como um fator adicional que


rege as leis das trocas comerciais, enquanto se observa esse processo de seleção dos
mercados dependendo da oferta e da demanda.

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 Aspecto negativo: radical segmentação das relações comerciais entre os países com
diferenças significativas quanto a renda per capita e estrutura da demanda. Exemplo:
México e Estados Unidos ou China, Europa e Estados Unidos.

1.6. RAYMOND VERNON

Economista americano e reconhecido professor da Universidade de Harvard. Com Vernon


(1913 – 1999), a evolução da teoria econômica do comércio internacional vai crescendo em
relação ao desenvolvimento econômico dos países industrializados e das novas versões de
produto que vão surgindo no mercado, além das novas tecnologias que se incorporam na
cadeia de produção. Sua obra “Teoria do ciclo do produto” (1966) envolve uma mudança em
relação às abordagens tradicionais.

 Hipótese de Vernon

 Importância do produto: deve-se centrar a análise mais nos países, na tecnologia


utilizada na fabricação e nos fatores que intervém cada produto do que no produto
em si.
 Ênfases na informação e conhecimento do processo de produção.
 O conhecimento passa a ser uma das variáveis de maior importância na decisão de
comercializar ou investir.

 Premissas teóricas

a) Novas tecnologias: as inovações tecnológicas são uma chave primordial para a


elaboração de novas formas de produção mais eficientes, e para a criação de novos
produtos capazes de atender às necessidades da demanda do mercado. De acordo
com tal premissa, são os países industrializados quem a adotam visto que para a
modernização tecnológica é preciso mão de obra especializada e grande quantidade
de capital.

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b) Ciclo do produto: o processo de produção e a tecnologia vinculada ao mesmo evoluem


em 3 fases denominadas ciclo do produto. Com início através do aumento do processo
de comercialização do produto, resultando que o sistema de manufatura se padroniza
e se estende a mão de obra de baixa qualificação, permitindo assim um transbordar
de produção e movimentos do comércio em direção a outros países menos
desenvolvidos com pouco acesso a recursos tecnológicos, dispondo assim dispor de
mão de obra barata e pouco especializada.

 Teoria do ciclo do produto

Esta teoria é formada por dois elementos fundamentais, a oferta (custos de produção) e a
demanda (padrão de vida dos consumidores). Qualquer variação entre essas dimensões
implicaria uma mudança nos fluxos de produção e, portanto, do comércio exterior.

A continuação, vemos as três fases que distingue Vernon:

1. Produto novo:
Em tal fase o produto precisa estar em contato com o mercado de origem, onde estão as
circunstâncias ideais para o processo inovador: informação, comunicação entre profissionais
qualificados e especializados e o alto grau de industrialização do meio.
Para a inovação no sistema produtivo de um produto e para a oferta de produtos se precisa
grandes quantidades de capital e mão de obra altamente especializada, ambos dedicados a
investigação e ao desenvolvimento.
Nessa fase, o produto ainda não encontrou sua padronização, seja na sua essência, seja no
processo de fabricação, ao mesmo tempo em que apresenta um elevado custo de produção
e requer um controle contínuo de uma equipe qualificada.
Referente a organização do mercado, nessa fase, o produto encontra-se numa situação de
monopólio por parte dos responsáveis da venda e fabricação. Tal fato revela a obtenção de
elevadas margens de lucro e a manutenção de um oneroso processo de produção.
Por outro lado, a elasticidade do preço é pouca, quase nula, e o consumidor doméstico de alto
poder aquisitivo pode-se permitir, ainda assim, a comprar o produto.

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2. Maturidade do produto:
Conforme avança o processo de fabricação, o produto vai se padronizando e a necessidade de
mão de obra qualificada vai diminuindo. Isso tem como consequência a redução dos custos
de produção. Com isso aparecem novos competidores fabricando o mesmo produto dentro
do mercado, de maneira que aumenta a pressão sobre o preço e uma diminuição nas margens
de lucro.
Nessa fase, os países inovadores iniciam uma expansão a outros países aumentando suas
vendas. Essa situação de aumento da concorrência no mercado interno implica o surgimento
de outros centros de produção nos países onde o trabalho é mais barato e com preços mais
competitivos. Isso obriga os fabricantes a expandir o processo de produção para países com
menor custo para tirar proveito da vantagem competitiva, de modo que se evite perder a
quota do mercado ou market share.

3. Padronização do produto:
Esta é a fase na qual a fabricação chega a sua padronização, de maneira que o país de
produção será aquele que tiver menor custo. Deslocando a vantagem competitiva dos países,
desde um país inicial com grandes recursos de inovação tecnológica e um mercado de alto
nível aquisitivo para países com vantagens comparativas em relação aos custos de produção.
Nessa etapa, o preço do produto está mais baixo e as margens de lucro menores. O país que
foi o mercado original do produto passa a ser o importador neto e volta a reiniciar o ciclo
produtivo por meio da incorporação de novos sistemas de produção e novos produtos.

 O investimento

A teoria do ciclo do produto de Vernon teve seu grande impacto nos estudos econômicos e
influência na visão da economia global, com a imersão de uma nova variável que explica os
fluxos do comércio mundial: o investimento. Introduz-se tal variável advertindo sobre a
liberdade de circulação dos investimentos entre países, deixando pra trás a natureza
inalterada de tal variável. Além disso, estava relacionada diretamente com a localização dos

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centros de produção a nível internacional dependendo da fase de maturidade em que se


situava cada produto.

 Limitações da Teoria do Ciclo do Produto.

 A teoria se dirige aos produtos de alto componente tecnológico, no entanto, existem


aqueles em que o componente material ou humano é mais relevante do que o
componente de inovação tecnológica.
 Esta teoria destina-se aos produtos cujo objetivo ou processo final é transformá-los
em produtos de consumo de massa. Por isso é necessário chegar a um nível de
universalização e um alto grau de consumo e produção para poder apreciar cada fase
do ciclo produtivo.

 CRÍTICA À TEORIAS ECONÔMICAS

Nos anos 80, as tendências do comercio internacional dão lugar a uma crítica das teorias
econômicas do momento e ocorrem fatos difíceis de explicar:
 Existe um crescimento rápido, permanente e sustentado do comércio mundial, apesar
disso não se pode explicar com as investigações realizadas a fragmentação existente entre
diferentes países.
 Exagerado crescimento do déficit comercial dos Estados Unidos, mais um declive na
competitividade internacional das empresas americanas, eventos que dão lugar as
investigações que denominam o fenômeno de “falência da teoria do comércio”.

1.7. PAUL KRUGMAN

No contexto citado anteriormente, das críticas ao comércio internacional, surge Krugman


(1953 - ), economista e jornalista divulgador americano, atualmente professor de economia
e assuntos internacionais da Universidade de Princeton. Sua teoria centrava na análise dos
custos de produção (como o custo e o preço controlam e dirigem as tendências do comércio
mundial). Krugman parte de uma abordagem microeconômica para a estrutura do mercado e

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desenvolve sua teoria com base em dois aspectos do pensamento: economia de escala interna
e externa.

a) Economias de escala interna:


Refere-se a situação em que o custo por unidade do produto final depende
diretamente da dimensão da empresa, ou seja, quanto maior o tamanho da empresa,
maior o lucro e preço mais baixo do produto.
As empresas que possuam uma alta economia de escala têm possibilidade de
monopolizar um setor econômico, de maneira que se cria um mercado imperfeito, o
que pode afetar a largo prazo o mercado mundial, visto que tal imperfeição se estende
ao comércio mundial causado pela venda de produtos de baixo preço que serão
competitivos em outros países.
A relação entre o monopólio do mercado doméstico e a influência no mercado
internacional pode ser explicada com a teoria da vantagem competitiva. Quando um
país alcança a economia de escala, significa que investiu grandes quantidades de
recursos para o desenvolvimento de tal economia de escala. Ao mesmo tempo, deixa
outros sectores, possibilitando a especialização em um determinado e, por
conseguinte, a vantagem comparativa, permitindo que outros países se especializem
nessas áreas abandonadas.
As vezes um país pode se dedicar a exportar e importar um determinado produto, já a
especialização na hora de fabricá-lo pode variar de um país para outro. Portanto,
existem situações em que se importam produtos de terceiros países mesmo tendo
empresas competentes que o fabriquem dentro do país importador.

b) Economias de escala externas:


A eficiência, a competitividade, a redução de custos e a otimização de recursos não
sempre dependem de uma única empresa, senão que podem depender de um grupo
de empresas que formam o setor e que se dedicam a fabricação do mesmo produto.
De tal forma, um país pode ter vantagem competitiva num produto devido a existência
de pequenas empresas que unidas formam um grande setor, o qual é competitivo em
relação ao comércio internacional.

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