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Avaliação da aprendizagem

Uma vista da teoria dialógica da aprendizagem

Diego Fernandes de Oliveira1

Quando se propõe uma discussão sobre a avaliação da aprendizagem, uma única


certeza podemos afirmar: não há unanimidade sobre os pontos de vista.

Percebemos que dentro das possibilidades acerca da ideia de avaliação da


aprendizagem, de certo modo, subdividir-se em três grupos ideológicos diferentes.

Em um primeiro grupamento ter-se-ia as ditas teorias “clássicas”, o pensar, segundo


a qual caracteriza a aprendizagem como um fenômeno passivo de ser quantificado por
instrumentos variados, como provas e entre outros. Onde colocamos em seu ser um
determinado conteúdo quantificavel no educando.

Teríamos também uma dita avaliação da aprendizagem híbrida onde parte dos
conceitos da teoria “clássica” se faz presente e fundem-se com conceitos e
procedimentos das teorias dialógicas. Essas: foco de minha busca por entendimento
neste ensaio.

Acredito que uma teoria dialógica se faz necessária de ser constituída por dois
fenômenos humanos, a coletividade discursiva e o sentimento de aceitação, ou melhor,
do acolhimento, pelo educador, ao educando, e do educando, ao educador.

A coletividade discursiva consiste no fenômeno de relacionamento humano onde


existe por meio do discurso entre indivíduos um mútuo entendimento, um
relacionamento propiciado pelo respeito ao desenvolvimento de uma virtude cidadã na
consciência de cada indivíduo.

1
Graduando em Filosofia pelo IFCH. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas sob a matricula
200610059911.
O ato cidadão consiste justamente no ato de relacionar-se em sua vida social onde
seja permitida a livre prática de suas virtudes para alcançar o bem maior, que é a vida
feliz.

Este conjunto, com o sentimento de aceitação, a meu ver, fundamenta uma teoria
dialógica. O acolhimento faz-se necessário em razão de que o outro não pode
relacionar-se livremente, consequentemente, sem este o entendimento de ambas as
partes não acolhem em sua consciência a necessidade de troca entre educador e
educando.

O filósofo Luckese e o professor Romão trazem afirmações que fortalecem tais


proposições:

“Avaliar um educando implica, antes de mais nada, acolhe-lo no seu ser e no seu
modo de ser, como está, para a partir daí, decidir o que fazer.”

(Luckese)

“Um processo de descoberta coletiva, mediatizada pelo diálogo entre educador e


educando.”

(Romão)

É através da discursividade coletiva dialógica que podemos detectar o que


realmente o educando sabe quando erra, balizando o momento seguinte do discurso
educacional. Serve como fio condutor da modelagem da consciência do educando.

Ciente da desenvoltura discursiva do educando podemos, ao longo de um tempo


tomar a atitude de julga-lo e , portanto, avalia-lo enquanto parâmetro pré-estabelecido
em um planejamento pedagógico com objetivos claros e possíveis nas condições sociais,
culturais, e econômicas do educando.

Tal avaliação, que se pautou, em todo momento, no diálogo coletivo e acolhido pelo
educador dentro de parâmetros pré-analisados se conduzindo pelo erro apontado pelo
educando levando, assim, a uma prática processual de construção que se modela sempre
pelo outro por meio do pensar dialógico, também pode ser vista como uma prática
investigativa, se focarmos na ideia de analisarmos cada educando pelos estímulos (o
“erro”) que vão apresentando ao longo do processo da coletividade discursiva
acolhedora.
Tais estímulos se colocam como um mapa construtor de um caminho a ser
desvelado pelo educador ao longo do processo dialógico da aprendizagem.

Quando um educando discursa demonstra quem ele é, e este discurso demonstra


para o educador os caminhos a serem tomados no momento de julgar o educando e
posteriormente avalia-lo. É justamente onde se encontra um grande problema. Como
fazer uso de tais mecanismos dialógicos de forma justa no momento de julgar e,
consequentemente, avaliar o educando?

Para problemas como esse faz-se necessário um projeto político pedagógico que
não fique unicamente na gaveta e que seja elaborado com base em um estudo prévio da
sociedade, da cultura e de outros fatores inerentes ao educando, traçando assim, metas
claras em relação aos objetivos possíveis de serem alcançados.

Não podemos avaliar sem um parâmetro, um horizonte a buscar. Que


desenvolvimento queremos para nossos educandos? Sem responder a esta questão não
podemos sequer pensar em avaliar.

Podemos acreditar em que uma avaliação dialógica consista justamente em um


processo coletivo discursivo, acolhido pelo educador, pautando-se numa investigação
constante através dos discursos dos educandos, que sinalizam suas crenças verdadeiras.
Para o educador, por meio destas que são encaradas normalmente como erro, servir-se
de como um condutor para remodelar estas crenças. O resultado desse processo é uma
avaliação de aprendizagem dialógica.

Referencia bibliográfica:
Romão, José Eustáquio. Avaliação dialógica: desafios e perspectivas -9° Ed – São Paulo:
Cortez,2011.

Esteban, Maria Teresa.(org) A avaliação no cotidiano escolar In Uma prática em busca de


novos sentidos . 5°ed – Petrópolis:DP et alii, 2008.

Luckesi,Cipriano Carlos. O que é o ato de avaliar a aprendizagem?

Oliveira,Inês Barbosa. A avaliação e currículo no cotidiano escolar in escola,currículo e


avaliação. 3° Ed- ( série cultura, memória e currículo; v 5 )- São Paulo: Cortez, 2008.

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