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UNIDADE I

A ECONOMIA NO BRASIL E CÁLCULOS BÁSICOS


Professor Me. Fábio Oliveira Vaz

#INTRODUÇÃO#
Caro(a) aluno(a)! Trabalhar com números e cálculos é sempre algo que causa
certo espanto, porém não podemos trabalhar nossas ações estratégicas sem
entender de mercado financeiro e sua importância em nossas ações.
Neste material pretendemos ampliar seus conhecimentos sobre esta área, com
a compreensão de conceitos básicos, porém essenciais para entender e aplicar
conhecimentos financeiros a gestão dos negócios.
O mercado possui variações constantes e precisam ser analisadas com muito
critério para evitar surpresas ao adquirir bens ou serviços, pois reflete um grande
investimento por parte de quem o adquire.
Todos esses cálculos e teorias são essenciais para utilização no cotidiano, além
de fornecer formas para facilitar sua as análises e decisões com base em
números e informações financeiras.
Ao falarmos de situação econômica de nosso país precisamos entender que
existe e sempre haverá uma variação constante, sendo positivas e negativas, e
isso deve ser levado em conta no momento de uma tomada de decisão de
investimento.
Aqui começamos a compreender alguns termos pertinentes a ao conteúdo de
finanças e que devem fazer parte de sua realidade de trabalho, pois falar de
imóveis é falar de vendas, juros, parcelamentos, comissões e outros assuntos
em torno do tema financeiro.
Começaremos esta unidade falando da economia brasileira, na sequência
entendendo um pouco sobre cálculos comerciais e conceitos da matemática
básica.
#INTRODUÇÃO#

CONJUNTURA ECONÔMICA BRASILEIRA


Figura 01 – Crescimento Econômico
Fonte: o autor

A economia nos cerca, por isso precisamos entende-la, pois nossas decisões do
uso do dinheiro, como investimentos, influenciarão no futuro dos nossos
negócios e na perpetuidade da empresa no mercado.
Segundo Raymundo (2006) a alternância do dólar em frente a nossa modela, o
real, é algo comum e rotineiro no mercado financeiro, pois dependendo do risco
que o país oferece para os investidores, menos dólares temos em nosso país,
logo, o valor do dólar acaba subindo. Fato que o inverso também é verdade pois
quanto menos risco o país oferece, mais dólares entram, fazendo a moeda
americana diminuir de valor frente ao real.
Uma outra questão que merece nossa atenção é que variações no dólar podem
causar aumento ou diminuição da inflação, mudança na autonomia de compra
das pessoas e variação dos custos envolvidos em insumos ou outros materiais
importados.
Por isso busque conhecer ainda mais sobre o mercado de bolsas, dólar,
sociedades anônimas, mercado de ações, que podem ser grandes fontes de
investimento e mudança de realidade do mercado das finanças e as empresas.
Temos como exemplo o mercado da bolsa no Brasil, que se mantém firme
mesmo passando por algumas crises na economia mundial e que demonstra
claramente como o mercado é volátil e incerto, por isso entender o que acontece
e como tomar decisões é essencial.

#SAIBAMAIS#
O site “Fundamentus” disponibiliza informações financeiras e fundamentalistas
das empresas com ações listadas na Bovespa. Possui um completo banco de
dados apresentado de forma acessível para auxiliar o investidor a encontrar as
melhores opções de investimento.
Fonte: Fundamentus… (2017, on-line).
#SAIBAMAIS#
Um grande alerta é que no Brasil temos uma carga tributária muito alta em
relação a outros países, o que dificulta a sobrevivência das empresas. Para
termos uma ideia, esses tributos em nosso país podem alcança 36% do PIB
(Produto Interno Bruto) e isso pouco se reflete em benefícios ao país, as pessoas
e aos negócios.
Além disso, temos um elevado valor de juros, onde o Brasil detém a fama de ter
os maiores juros do mercado, se comparado com o resto do mundo.
Um bom planejamento passa por analisar cada detalhe do mercado,
principalmente do financeiro, pois a empresa depende de decisões que
envolvam dinheiro que seja lucrativa e se perpetue no mercado.

MATEMÁTICA COMERCIAL

Figura 02 – Matemática e finanças


Fonte: o autor

Todos nós que queremos ter visão estratégica de negócios precisamos conhecer
os conceitos básicos dos cálculos voltados ao comércio, entendo os cálculos
básicos que são extremamente úteis nos negócios.
Na visão de Francisco (1999), a atual economia que é vista como globalizada,
exige que os profissionais busquem conhecer os aspectos financeiros e
comerciais dos cálculos, para melhor compreender questões de juros, taxas,
impostos e outros assuntos que interferem em nosso dia a dia.
Imagine quando você precisa comprar um bem e precisa financiar em 120 vezes,
com determinado valor de juros, que resultará em um valor futuro maior, e que a
vista poderia ser mais barato, isso pode interferir em nossas decisões.
Francisco (1999) reforça que os cálculos financeiros oferecem ferramentas para
que consigamos calcular e tomar decisões embasados em informações corretas,
isso nos dá mais segurança para avaliar como investir nosso precioso dinheiro.
Por isso, acompanhe todo esse material para compreender as questões
financeiras e com isso estar melhor preparado para tomadas de decisão em um
mercado altamente complexo.
Neste momento iremos rememorar conceitos essenciais e básicos para
posteriormente nos aprofundarmos nos cálculos financeiros.

#REFLITA#
Quem nunca enfrentou dificuldades em cálculos ao menos uma vez na vida?
Tenha foco para compreender e vencer esses desafios.
(o autor)
#REFLITA#

3. REGRA DE TRÊS
Na visão de Gremaud (2003) esta regra ajuda a conhecer o valor desconhecido
em uma proporção, podendo ser 2 razões, também chamada de simples, ou com
mais valores, sendo conhecida como composta. Podem ainda ter uma relação
direta, ou até mesmo podem ser inversas, como iremos compreender na
sequência.

3.1. Regra de Três Simples


Gremaud (2003) enfatiza que ela será simples no momento que avalia duas
grandezas comparadas, onde são aplicadas do seguinte modo:
a) Diretamente Proporcional
Gremaud (2003, p. 35) essas grandezas serão diretamente proporcionais devido
a sua ligação feita diretamente, quando uma diminui a outra faz a mesma
diminuição ou ainda se uma aumenta a outra também aumenta.
Vamos entender através de um exemplo:
1. Imaginemos que é necessário nos preparar para uma obra, onde 5
construtores fazem 550 metros de reboco por mês. Desta forma, quantos
construtores são necessários para a produção de 1650 metros de reboco por
mês?
As grandezas têm relação direta, ou seja, quanto mais betoneiras, mais lajes
produzidas, como a seguir:

Essa relação acontece da seguinte maneira: X construtores estão para 1.650


metros de reboco, assim como cinco construtores estão para 550 metros de
reboco.
Precisamos encontrar o valor de X, onde as razões são proporcionais e utilizando
a regra com multiplicação cruzada. Veja a resolução a seguir:

Resposta: são necessários 15 construtores.

b) Inversamente Proporcional
Neste caso existe uma relação inversa, ou seja, quando uma grandeza diminui
a outra aumentará, e o contrário também é verdadeiro. Vamos entender isso
através de um exemplo:
1. A empresa Z, contrata 24 operários para erguer um prédio em 48 meses.
Quantos operários são necessários para erguer esta mesma obra em 36
meses?
Operários Meses
X 36
24 48

Como a relação é inversa, se aumentar o número de operários, menor será o


tempo necessário para erguer o prédio. Para a resolução deste cálculo
precisamos inverter uma das grandezas para utilizar a regra de 3, como
apresentado a seguir:

Operários Meses
X 48
24 36

Perceba que agora fica fácil fazer o cálculo, como se apresenta na resolução a
seguir:
X = 48
24 36

X = 24 x 48
36
X = 32
Resposta: precisaria de 32 operários.
2. Pensemos em um avião que mantendo a velocidade de 256 km/h faz um
percurso em 6 horas. Porém precisamos descobrir qual deveria ser a
velocidade para percorrer essa distância em 4 horas?

Resposta: a velocidade será de 384 Km/h.

3.2. Regra de Três Composta


Esta regra de 3 é assim chamada por existirem 3 ou mais grandezas para
analisarmos e calcularmos, podendo ter as mesmas regras anteriormente vistas,
sendo diretas ou inversamente proporcionais.
Vamos fazer um exemplo para melhor compreender?
1. Uma organização contratada consegue construir em 90 dias uma
residência com 200m², utilizando-se de 10 operários. Nesse sentido,
quantos dias seriam necessários para construir 300m² com 30 operários?
Aqui temos 3 grandezas relacionadas, e com base nas informações fornecidas
vamos montar uma tabela para facilitar a compreensão e o cálculo.

Tabela 01 – Exemplo de regra de 3

Dias M2 Número de Operários

X 300 30

90 200 10

Tabela 01 – Regra de 3
Fonte: o autor
A dúvida aqui é encontrar o número de dias, logo ele será nosso “X”, lembrando
que com mais operários menos tempo de construção, porém quanto mais metros
construídos mais tempo de construção. Número de operários e dias são
inversamente proporcionais, vamos a resolução:

Tabela 02 – Regra de 3

Dias M2 Número de Operários

X 300 10

90 200 30

Tabela 02 – Regra de 3
Fonte: o autor

Resposta: demoraria 45 dias.

#REFLITA#
Tempo é dinheiro.
(Benjamim Franklin)
#REFLITA#

2. Com 9 operários uma empresa executou um buraco de 9 metros de


comprimento, 5 metros de profundidade e 4,5 metros de largura, em 8 dias
de 7 horas de trabalho. A dúvida é, em quantos dias esta mesma empresa
demoraria tendo 8 trabalhadores, com o dobro de poder de trabalho, para
abrir um buraco de 6 metros de comprimento, onde a dificuldade é o triplo
do primeiro buraco?

Tabela 03 – Regra de 3

DIAS OPERÁRIOS GRAU DE COMPRIMENTO GRAU DE


ATIVIDADE DIFICULDADE
X 8 2 6 3

8 9 1 9 1

Tabela 03 – Regra de 3
Fonte: o autor

Observação: como a atividade não fala a largura e profundidade do buraco


levemos em consideração as mesmas medidas apresentadas anteriormente.
Primeiro passo: verificar as grandezas que são inversamente proporcionais a
“Dias”.
Operários: é inversamente proporcional, pois quanto mais operários menos
dias.
Grau de atividade: é inversamente proporcional, pois quanto mais ativos,
menos dias se leva para realizar o trabalho.
Comprimento: é diretamente proporcional, pois quanto mais comprido, mais dias
são necessários.
Grau de dificuldade: é diretamente proporcional, pois quanto mais difícil mais
dias são necessários.
Segundo passo: vamos inverter as grandezas inversamente proporcionais.

Tabela 04 – Exemplo de regra de 3

DIAS OPERÁRIOS GRAU DE COMPRIMENTO GRAU DE


ATIVIDADE DIFICULDADE

X 9 1 6 3

8 8 2 9 1

Tabela 04 – Regra de 3
Fonte: o autor

Resposta: seriam necessários 9 dias.

#SAIBAMAIS#
A Regra de Três Simples ajuda a encontrar um Quarto valor que não
conhecemos apenas usando outros três valores que temos. É uma ferramenta
que pode te ajudar em vários cálculos e facilitar sua vida.
Fonte: o autor.
#SAIBAMAIS#

PORCENTAGEM

Figura 03 – Porcentagem
Fonte: o autor

Conforme Raymundo (2006), dá-se o nome de percentagem ou porcentagem à


parte calculada sobre uma quantidade de 100 unidades, ou seja, é uma parte de
100, ou 0,01 (1÷100).
Toda razão a/b, na qual b = 100, é uma porcentagem e o símbolo que a
representa é %.
Para Puccini (2009) existem vários meios para se resolver um problema que
necessite do uso de porcentagem como, por exemplo, regra de três simples e o
cálculo direto por calculadoras.
Vamos entender por meio de um exemplo: sobre porcentagem de um número
(%).
1. Se um bem é vendo por R$ 200.000,00 e o vendedor sem uma comissão
de 5% de comissão, qual será o valor dessa comissão?
5% de 200.000,00
5 ÷ 100 x 200.000,00
0,05 x 200.000,00
R$ 10.000,00
2. Você acaba de receber R$ 30.000,00 de comissão por vender um imóvel.
Sendo sua comissão de 6% sobre valor de venda. Mas qual é esse valor de
venda?
Aqui você precisa entender a aplicação da regra de 3, veja:
6 está para 100, assim como 30 mil está para X
6 30.000
100 X

X = 500.000,00
Assim, o valor da venda é R$ 500.000,00 e 6% desse valor é R$ 30.000,00.
500.000,00 x 0,06 = 30.000,00.
Então você poderia, simplesmente, dividir 30.000,00 por 0,06 e chegaria à
resposta de R$ 500.000,00.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebemos até aqui que a matemática financeira não é um “bicho de sete
cabeças”, é possível aplicar esses cálculos básicos de forma simples e rápida.
Claro que não estamos aqui tentando esgotar tudo sobre esses assuntos, mas
sim apresentando o que será útil para o seu cotidiano no trabalho como gestor.
Para você que recebe comissões, a porcentagem é algo essencial e usual para
os cálculos do seu rendimento após uma venda comissionada. Além da Regra
de Três que pode ajudar a encontrar valores que não estão explícitos ou que
precisam ser encontrados a partir de outros dados.
Segundo Fallet (2011), tudo isso não funciona sem inserirmos a realidade
econômica brasileira no contexto de tomada de decisão financeira, pois essa
realidade influenciará diretamente os juros e o valor de nossa moeda perante
outros países.
Esses cálculos que foram apresentados nesta Unidade precisam ser
compreendidos para a evolução da compreensão da matemática financeira,
principalmente a forma de lidar com a porcentagem em sua forma normal ou
transformada em índice, que agiliza posteriores cálculos após encontrado.
Para fixar os conteúdos, refaça os exemplos apresentados e faça a atividade de
estudo proposta na sequência, isso o auxiliará a fixar o conteúdo e o levará ao
desenvolvimento dos conhecimentos sobre matemática financeira.
Não tenha medo de crescer, evolua constantemente, pois quem busca alcança
e quem luta pode chegar a vitória. Quem fica parado começa a andar para trás.
Hirschfeld (2000) enfatiza que aquele que domina as informações pode dominar
o mercado, por isso é essencial entender esse conteúdo, para que sua análise
crítica possa ser bem mais apurada e possa leva-lo a uma tomada de decisão
bem mais assertiva.
O sucesso é para aqueles que buscam e lutam por ele, por isso, é extremamente
importante que você busque por ele incansavelmente.
Nos vemos na próxima Unidade, até lá!

#LEITURA COMPLEMENTAR#
Como lidar com aumento do financiamento imobiliário
Para quem acompanha nossos relatórios, isto não é novidade. Houve uma
sequência de aumentos nas taxas dos financiamentos imobiliários em 2015, o
que representou uma alta entre 12% e 17% em relação às taxas praticadas ao
fim de 2014.
Mas esse não foi o único aumento no componente dos custos. A correção
monetária por meio da Taxa Referencial (TR) subiu bastante, passando de um
patamar de 0,19% ao ano, em 2013, para 0,86%, em 2014, e 1,80%, em 2015.
O efeito duplo é relevante no bolso do comprador. O custo total de juros e de
correção monetária esperado subiu entre 32% e 42%, dependendo do tipo de
financiamento (a exceção é o programa Minha Casa Minha Vida, que quase não
teve aumento).
Um comprador que financiar R$ 100 mil em 30 anos pelo Sistema Financeiro da
Habitação (SFH), modalidade de crédito da Caixa Econômica Federal (CEF)
voltado para a aquisição de imóveis de até R$ 750 mil, pagará R$ 41 mil A MAIS
de juros e de correção monetária.
Para os financiamentos fora do SFH, a situação é pior. Um financiamento de R$
100 mil terá um adicional de juros e de correção monetária de R$ 58 mil.
E, nesse contexto, uma pergunta frequente que recebo é: vale a pena esperar
os financiamentos abaixarem para fazer um negócio melhor?
O mais importante é reparar que há uma correlação direta entre os custos de
financiamento e os preços dos imóveis.
Um aumento dos custos de financiamento aumenta a prestação do empréstimo,
diminui o poder de compra e, dependendo da situação geral da economia, força
uma queda nos preços dos imóveis.
Essa redução do valor dos imóveis pode vir disfarçada por um longo período de
corrosão dos preços em comparação com a inflação, ou seja, preços parados
em um ambiente de inflação, o que significa uma perda real.
Ao mesmo tempo, há liquidações pontuais de empresas e pessoas com a corda
no pescoço, o que os índices não capturam.
Este é o ambiente de negócios no momento. Preços pressionados para baixo
por conta de financiamentos mais caros e de renda per capita decrescente.
O maior perigo de esperar que as taxas de juros caiam para fazer um
financiamento é que, na mesma hora em que o financiamento cair e apresentar
preços convidativos, deve-se esperar um movimento de aumento dos preços
dos imóveis.
O cenário mais provável é aquele em que se economiza de um lado –
financiamento – para gastar no outro – imóvel mais caro.
Outro ponto importante é que não há nenhum fator indicando que possa haver
uma queda na taxa de juros de financiamento.
Os imensos saques da poupança – principal fonte de financiamento do setor
imobiliário – só aumentam os custos dos bancos, que são devidamente
repassados ao consumidor.
Além disso, a persistente inflação não abre espaço para uma redução da taxa
de juros.
As oportunidades de descontos em imóveis no momento e a ausência de algum
sinal de que as taxas vão cair formam um cenário em que não faz sentido
segurar o financiamento de uma compra de imóvel.
Se, no futuro, os juros forem reduzidos, você sempre terá a opção de realizar a
portabilidade de seu financiamento para conseguir juros menores.
Essa é uma alternativa grátis que o sistema possibilita – de trocar seu
financiamento facilmente, então, é seu dever aproveitá-la de forma inteligente.
Ficar esperando taxas menores de financiamento não faz sentido se o sistema
permite que você se aproveite de taxas menores por meio da portabilidade.
Entretanto, mais inteligente do que usar a portabilidade é minimizar ao máximo
o uso de financiamento na sua vida financeira.
Se você só comprar imóveis que caibam em seu bolso, começando com um
muito pequeno, se necessário, e aos poucos fazendo upgrades, sem usar
financiamento, a diferença final será assustadora.
Se o imóvel dos seus sonhos custa R$ 500 mil e você deu a sorte de achar uma
taxa amiga de TR + 8% (geralmente reservada para o servidor público), você
vai pagar R$ 940 mil em 30 anos, incluindo juros e correção monetária.
Ao adquirir um imóvel menor e aplicar o dinheiro que seria usado nas
prestações, você pode comprar o mesmo imóvel desembolsando um total de
R$ 529 mil em cerca de 11 anos.
É uma diferença de R$ 411 mil entre as opções.

Fonte: Fenelon (2016, on-line).


#LEITURA COMPLEMENTAR#

#MATERIAL COMPLEMENTAR#
#LIVRO#
Título: A Magia Da Matemática
Autor: Ilydio Pereira de Sá
Editora: Ciência Moderna
Ano: 2007
Sinopse: o livro pretende mostrar – por meio de atividades lúdicas, histórias
sobre a Matemática e os matemáticos, desafios diversos e estudo de
importantes conteúdos matemáticos – que a Matemática não é uma ciência
difícil, árida, pesada, pronta, sem utilidade ou destinada apenas a um seleto
grupo de 'iniciados'. A Matemática é para todos e pode ser estudada (e
entendida!) de forma agradável e contextualizada. O autor, com mais de 30 anos
de experiência em classes da Educação Básica e do Ensino Superior, é mestre
em Educação Matemática e tem se dedicado, entre outras atividades, à
formação de profissionais na área.

#WEB#
o vídeo mostra uma aula de matemática de Marcos Aba, na qual ele ensina a
calcular porcentagem, dando também ênfase na conta de "divisão". Para saber
mais detalhes, acesse o conteúdo disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=ZZXcTQpbdaE>. Acesso em: 12 jul. 2017.
#WEB#
UNIDADE II
JUROS E DESCONTOS
Professor Me. Fábio Oliveira Vaz

INTRODUÇÃO
A partir daqui iremos aprofundar em cálculos financeiros, compreendendo sobre
os juros e suas influências sobre o capital, além de entender sobre os conhecidos
descontos.
Fique atento, pois esses são os cálculos que você mais irá utilizar no seu
cotidiano de trabalho na gestão de empresas, pois envolvem os cálculos sobre
juros, descontos e valor futuro de dinheiro investido.
O dinheiro passa por valorização durante o tempo que é investido e precisamos
entender com clareza para que consigamos tomar decisões estratégicas
envolvendo investimentos.
Claro que não queremos torná-lo um matemático, mas sim alguém capaz de
olhar as informações e compreender os contextos que estão inseridos e, com
isso, facilitar uma decisão coerente.
Além disso, nesta Unidade ficará mais fácil entender e usar a HP12C como
ferramenta essencial para cálculos financeiros, pois ela facilita sua vida para que
não precise utilizar fórmulas complexas em uma calculadora científica.
Aliás, o que menos queremos é perder tempo com cálculos maçantes e
complexos, o que acaba transformando a matemática financeira em algo ruim de
estudar, pelo contrário, aqui veremos que é muito simples aplicar os
conhecimentos utilizando a calculadora HP12C como sua parceira.
Neste momento, abra sua mente e busque compreender cada cálculo e sua
importância dentro da sua profissão ou até mesmo para melhor controlar suas
finanças pessoais.
Vamos começar essa Unidade falando sobre os juros conhecidos como
“simples”, passando pelos “compostos” e uma breve explanação sobre a
utilização da HP12C.

JURO SIMPLES
Figura 04 – Juros simples
Fonte: freepik.com

Ao pensar em Juros entendemos que é a valorização de um capital, ou seja,


dinheiro remunerado. Desta forma o juro é o retorno sobre um empréstimo
durante seu tempo de uso, quase como um aluguel.

Entendendo Juros e Taxa de Juros


Pensando em Juro, ele sempre é visto em forma de valor monetário, podemos
usar como exemplo um juro de R$ 50,00 ao mês ou R$ 4.000,00 gerados no final
de um período de empréstimo.
Já na visão de Fallet (2011) a taxa de juro é representada no formato de
percentual, e dentro das fórmulas você irá ver essa taxa com a letra “i”, inclusive
na HP-12C.
Podemos ver a taxa através do exemplo a seguir:
● Forma percentual: 12% ao mês, 28% ao ano, 0,7% ao dia.
● Forma unitária: 0,12 ao mês; 0,28 ao ano; 0,007 ao dia.
Para transformar uma taxa percentual em unitária basta dividir por 100. Desta
forma, 25% é igual a 25 ÷ 100, ou 0,25.
Observação: cuidado com as fórmulas, sempre que for aplicar um cálculo
utilizando fórmulas trabalhe no formato unitário, desta forma, quando a taxa, for
de 8%, o “i” na fórmula será substituído por 0,08 (8÷100).
Apenas na HP12C é que utilizamos o valor na forma percentual.

Fórmula para calcular o Juro Simples


Quando trabalhamos com juros simples entendemos que não existe a
capitalização dos juros, ou seja, não é o chamado juros sobre juros, isso será
visto nos juros compostos.
Desta forma, temos uma fórmula para calcular os juros simples, da seguinte
forma:

Na tabela a seguir percebemos como funciona o cálculo dos juros simples, onde
trabalhamos com uma taxa de 10% ao período.

Tabela 05 – Juros simples com taxa de 10% ao período.


Juros
N C J Montante (M)
Acumulados
0 100,00 - - 100,00
1 100,00 10,00 10,00 110,00
2 100,00 10,00 20,00 120,00
3 100,00 10,00 30,00 130,00

Fonte: o autor

Na tabela temos o cálculo dos juros que representam no final do período um


acréscimo de R$ 30,00:
J=Cxixn
J = 100,00 x 0,10 x 3
J = 30,00

A partir daqui iremos entender que diversos cálculos podem ser feitos através da
calculadora HP12C, pense nela como um facilitador de processos e iremos
entender um pouco mais sobre ela na sequência de nossos estudos.
Figura 04 - Calculadora HP12C
Fonte: Epx… ([2017], on-line).

#SAIBA MAIS#
A Calculadora Financeira HP12C foi desenvolvida para facilitar os cálculos
financeiros, juros, depreciação, valor do dinheiro no tempo entre outros cálculos.
Por ser preparada para isso, se torna muita mais eficiente e rápido utilizá-la.
Fonte: o autor
#SAIBA MAIS#

Com base no exemplo anterior podemos calcular utilizando a HP12C, iniciando


com o zerar de sua memória teclando em sequência f CLx para zerar todas as
suas memórias, em seguida digite da seguinte forma na HP12C para obter o
resultado:

Tabela 06 – Exemplo na HP-12C

100 CHS PV 120 i 90 n f int R x<>y

Fonte: o autor

Observação: é importante que para utilização da HP12C em juros simples, a


taxa deve ser anual e o período sempre em dias, como a seguir:
Portanto: 10% ao mês = 120% ao ano e 3 meses = 90 dias.

#SAIBA MAIS#
Podemos definir juros como o rendimento de uma aplicação financeira, valor
referente ao atraso no pagamento de uma prestação ou a quantia paga pelo
empréstimo de um capital. Atualmente, o sistema financeiro utiliza o regime de
juros compostos, por ser mais lucrativo. Os juros simples eram utilizados nas
situações de curto prazo. Hoje não utilizamos a capitalização baseada no regime
simples, mas, de qualquer forma, vamos entender como ele funciona.
Os juros simples são calculados com base no capital inicial (C), período a
período. Por isso o valor dos juros simples é constante em cada período de
tempo.
Exemplo 1
Fernando aplicou R$ 1.200,00 em uma instituição bancária que paga juros
simples de 2,5% ao mês. Qual será o montante no final de 10 meses?
O montante do juro simples e dado pela expressão: M = C + J
Fórmula para o cálculo de juros simples: J = C * i * n , em que:
J = juros
C = capital
i = taxa
n = tempo (período de aplicação)
M = montante

Dados do exercício:
J=?
C = 1.200
i = 2,5% = 2,5/ 100 = 0,025 (taxa unitária)
n = 10 meses

Desenvolvendo
J = 1200 * 0,025 * 10
J = 300

M = 1200 + 300
M = 1500

O montante ao final de 10 meses será de R$1.500,00.

Exemplo 2
Um capital de R$ 2.000,00, aplicado no sistema de juros simples, produziu um
montante de R$ 2.720,00 após 12 meses de aplicação. Qual foi a taxa de juros?
Dados:
C = 2.000
M = 2.720
J = M – C = 2720 – 2000 = 720
n = 12 meses
i=?

J=C*i*n
720 = 2000 * 12 * i
720 = 24000 * i
i = 720/24000
i = 0,03 ou 3%

A taxa de juros usada foi de 3%.

Exemplo 3
Um capital de R$ 1.000,00, aplicado a juros simples com uma taxa de 2% ao
mês, resultou no montante de R$ 1.300,00 após certo tempo. Qual o tempo da
aplicação?
C = 1.000
M = 1.300
J = 1300 – 1000 = 300
i = 2% = 2/100 = 0,02
n=?

J=C*i*n
300 = 1000 * 0,02 * t
300 = 20 * t
n = 300/20
n = 15 meses

O tempo de aplicação foi de 15 meses.

Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/aplicacao-juros-
simples.htm
#SAIBA MAIS#
MÉTODO HAMBURGUÊS

Figura 05 – Método Hamburguês


Fonte: freepik.com

Neste método percebemos a utilização da cobrança de juros através do regime


de juros simples para créditos rotativos bancários, segundo Gremaud (2003).
Isso é aplicado em limites de contas bancárias e cheques especiais que tem
cálculos de juros diários e apresentados ao final de cada mês gerando um
montante.
Desta forma precisamos avaliar quantos dias determinado valor ficou sendo
utilizado no limite e assim encontrar ao final do mês o saldo médio que
multiplicado pela taxa de juros diária resulta no saldo devedor diário, como o
exemplo a seguir:
1) Através do Método Hamburguês, encontro e calcule o juro que o banco
irá cobrar no mês, com uma taxa de 6% ao mês sobre a utilização do limite
da conta.

Tabela 07 - Cálculo do saldo médio devedor pela Método Hamburguês


Saldo(D) x
DATA Depósitos Cheques Saldo
nº de dias
01/11 0,00
02/11 2.000,00(D) 2.000,00(D) x 10 20.000,00
12/11 4.000,00(C) 1.800,00(D) 200,00(C) - -
15/11 1.200,00(C) 4.500,00(D) 3.100,00(D) x 11 34.100,00
26/11 200,00(C) 2.600,00(D) 5.500,00(D) x 4 22.000,00
=∑ 76.100,00
∑/30 2.536,67
Fonte: o autor.

Observação: perceba que as letras D = Débito (ou saldo negativo) e C =


Crédito (ou saldo positivo).
Cálculo:
J=C.i.n
Na qual:
J: é o juro do período
C: é a somatória sempre dividida por 30, porque o mês comercial tem 30 dias
(76.100,00/30 = 2.536,67), ou seja, é a média diária do saldo devedor.
i: 6% a.m.
n: como é um só período (um mês) = 1
J = 2.536,67 × 0,06 × 1
j = 152,20
Através do cálculo descobrimos que o juro que será cobrado no mês pela
utilização do limite da conta conforme a tabela é de R$ 152,20 com taxa de
6% ao mês.

DESCONTO SIMPLES

Figura 06 – Desconto Simples


Fonte: freepik.com

Segundo Hirschfeld (2000), desconto é visto como o abatimento sobre um valor


que será pago de forma antecipada, ou seja, retirando o juro pelo adiantamento
do pagamento.
A fórmula do desconto simples é similar ao dos juros simples, apenas com
alterações de nomenclatura, ou seja:
Valor Nominal (VN) é o valor referente ao vencimento do pagamento.
Valor atual (VA) é o valor pela antecipação, sem os juros.
Com isso temos a seguinte fórmula para se cálculo:

D = VN - VA

Existem dois tipos de descontos simples:


a) O Desconto Comercial Simples, que é conhecido como Bancário ou “por
fora” é o desconto mais usado pelos bancos ou pelo comércio.
Para Hirschifeld (2000), esse desconto deve ser aplicado com o seguinte cálculo:

VAcs = VN [1 – (i x n )]
Onde: VAcs = Valor Atual com desconto comercial simples.

Vamos aplicar em um exemplo:


Temos uma duplicata no valor de R$ 100,00 que teve uma quitação antecipada
em 3 meses antes do seu vencimento. Se a taxa de juros cobrada é de 10% ao
mês, qual será o desconto pela antecipação?
VAcs = VN [1 – (i . n)]
VAcs = 100 [1 – ( 0,10 . 3 )]
VAcs = 100 (1 – 0,30)
VAcs = 100 (0,70) = 70,00
Ela foi quitada por R$ 70,00; seu desconto foi de R$ 30,00 (100,00 – 70,00).
Perceba que o valor do desconto é o valor nominal menos o valor atual.
D = VN – VA
D = 100 – 70 = 30,00

#REFLITA#
As empresas que querem fazer boas negociações, precisam estar prontas para
conceder descontos ou parcelamentos diferenciados?
Fonte: o autor.
#REFLITA#

b) Desconto Racional simples, é mais conhecido como desconto real ou “por


dentro”:
Seu cálculo se dá com base no Valor Atual (VA):
Onde: VArs é o Valor Atual com desconto racional simples .
Vejamos sua aplicação:
Em um desconto racional simples, de uma duplicata de R$ 100,00, a taxa
de 10% ao mês, antecipado 3 meses, qual o novo valor a ser pago?

VAr s = 76,92

Para calcular de forma direta também é possível utilizar a seguinte fórmula:

Com base nos dados do exemplo:

:. :. Drs = 23,08
JUROS COMPOSTOS

Figura 07 – Juros compostos


Fonte: freepik.com

Nos juros compostos, ou capitalização composta, todos os juros são


capitalizados a cada período, desta forma temos a formação do conhecido “juros
sobre juros”, na visão de Raymundo (2006).

Comparando os regimes de capitalização


Para entendermos as diferenças entre juros simples e juros compostos, vamos
aplicar um exemplo e simular suas diferenças, conforme a seguir:

Se temos um capital de R$ 1.000,00 que será aplicado com juros de 10% ao


mês, durante 3 meses, teremos os seguintes resultados em comparação:

Tabela 08 - comparação entre juros simples e composto


Capitalização simples ou linear Capitalização Composta .
Período Juros Montante Período Juros Montante
1º mês 100,00 1.100,00 1º mês 100,00 1.100,00
2º mês 100,00 1.200,00 2º mês 110,00 1.210,00
3º mês 100,00 1.300,00 3º mês 121,00 1.331,00
Fonte: o autor.

Com base neste exemplo percebemos que ao fim do período temos uma
diferença de R$ 31,00 a mais na capitalização composta, o que reflete a
formação dos juros através dos juros sobre juros.

A utilização da Calculadora Financeira Hp-12c

Figura 08 – Juros compostos


Fonte: o autor

A calculadora HP-12C é possivelmente a máquina financeira mais popular no;


mundo das finanças. Ela possui até três funções por tecla: brancas, laranjas e
azuis.
As funções brancas automáticas, ou seja, apertando-se a tecla esta função será
ativada e as amarelas e azuis aparecem acima e abaixo das teclas – para ativá-
las é necessário que se pressione antes a tecla (f) para ativar as funções laranjas
e (g) para as funções azuis.
Algumas operações básicas na HP-12C:
● Ligar e desligar a calculadora: on.
● Apagar o que tem no visor: CLX.
● Apagar o conteúdo de todos os registros: (f) REG.
● Apagar o conteúdo das memórias financeiras: (f) FIN.
● Introduzir um número: número + ENTER.
● Operações básicas: (número) ENTER (número) operação;
ex: 12 ENTER 43 + = 55.
● Potenciação: (número) ENTER (potência) (yx);
ex: 5 elevado a 3, 5 ENTER 3 yx 125.
● Raiz, qualquer raiz pode se transformada em uma potência de índice
fracionário: (número) ENTER (número) (1/x) (yx);
ex: raiz sétima de 2.187 > 2187 ENTER 7 (1/X) (YX) 3.
● Armazenar um número na memória: (número) ENTER (número da
memória onde quer armazenar de 0 a 9 ou ainda de .0 a .9).
● Buscar um número na memória: (RCL) (número da memória onde foi
armazenado).
● Fixar quantidade de casas decimais: (f) (número de casas decimais
desejados).

Figura 09 - Funções e teclas da HP12C


Fonte: Google Store ([2018], on-line).

Cálculo do montante
Nos juros compostos teremos uma forma diferente de calcular o montante, o que
veremos a seguir:
Exemplo: Calcule o montante de uma aplicação de R$ 100,00, a uma taxa
de 10% ao mês durante um período de 4 meses.

Tabela 09 – cálculo do montante


Número de
Juros
períodos Capital (C) Juros (J) Montante (M)
acumulados
(n)
0 R$ 100,00 - - R$ 100,00
1 R$ 100,00 R$ 10,00 R$ 10,00 R$ 110,00
2 R$ 110,00 R$ 11,00 R$ 21,00 R$ 121,00
3 R$ 121,00 R$ 12,10 R$ 33,10 R$ 133,10
Fonte: o autor.

Com isso percebemos que a taxa de 10% gera juros a cada período formando
um montante de R$ 133,10.
Porém para esse cálculo não podemos esquecer que a taxa e o período
precisam estar em uma mesma medida de tempo, onde se a taxa estiver ao
mês o período também deve ser ao mês.

O valor futuro ou montante deve ser calculado através da seguinte fórmula:


M = C . (1+ i)n ou FV = PV . (1+ i)n
Onde: M = montante ou valor futuro.
C = capital ou valor presente.
i = taxa.
n = período.
Exemplo: calcule o montante ou valor futuro de um valor de R$ 100,00 aplicados
durante 3 meses com uma taxa de 10% ao mês.
M = C . (1+ i)n
M = 100,00 . (1+ 0,10)3
M = 133,10

#SAIBA MAIS#
A HP 12c calcula juros simples com base em um período de 360 ou 365 dias.
Além disso, com o juro acumulado no visor, a quantia total pode ser calculada
(principal somado ao juro acumulado) pressionando .
Para calcular os juros em um período de 360 ou 365 dias:

1. Digite ou calcule o número de dias e pressione .

2. Digite a taxa de juros anual e pressione .

3. Digite a quantia do principal e pressione .


4. Pressione:

 para calcular e exibir o juro acumulado em um período de


360 dias.

 para calcular e exibir o juro acumulado em um


período de 365 dias.
5. Pressione para calcular o total do principal e o juro acumulado agora
no visor.
Os valores de n, i e PV podem ser inseridos em qualquer ordem.

Fonte: https://support.hp.com/br-pt/document/c02182417

#SAIBA MAIS#

EQUIVALÊNCIA ENTRE TAXAS DE JUROS


Em juros compostas existem as questões relacionadas as taxas equivalentes,
onde um capital que é aplicado em certo tempo gerará montantes equivalentes
mesmo com variação de tempo.

Capitalização

Figura 10 – Capitalização
Fonte: o autor

Nos juros compostos a equivalência de taxas dependerá do período de


capitalização.
Desta forma, quando o temos uma taxa de capitalização em um período
menor e buscamos a equivalência no período maior, ou seja, temos ao mês
e queremos encontrar ao ano, utilizamos a seguinte fórmula:
ip> = (1+ip<)n – 1
Na qual:
i p> , é a taxa do período maior e ip<, é a taxa do período menor
Vejamos o exemplo:
Uma taxa de 1% ao mês equivale a qual taxa em um ano?
i p> = (1+ip<)n – 1
i p> = (1+0,01)12 – 1 = 12,68% ao ano.
Com a hp 12c
1 ENTER 0,01 +
12 yx
1 -
100 x

Descapitalização

Figura 11 – Descapitalização
Fonte: freepik.com

Neste caso temos uma taxa que foi capitalização em um período maior e
queremos encontrar o período menor, neste caso a fórmula tem uma pequena
mudança:
ip< = (1+ip>)(1/n) – 1
Veja o exemplo:
Temos uma taxa de 12% ao ano, encontre a taxa equivalente ao mês.
ip< = (1+ip>)(1/n) – 1
ip< = (1+0,12)(1/12) – 1
ip< = 0,95% ao mês.
Na HP12C, utilizamos as seguintes funções:
1 ENTER 0,12 +
1 ENTER 12 ÷ yx
1 -
100 x

Cálculo do período
A letra “n” representa o período de aplicação de um capital, esse período pode
ser encontrado tendo o capital, o montante gerado e a taxa, desta forma
podemos utilizar a seguinte fórmula:

n= ou n=

Vamos entender essa aplicação através do exemplo:


Para obter um montante de R$ 133,10, a uma taxa de 10% ao mês e um
capital de R$ 100,00, quanto tempo esse capital deve ser aplicado?

n= :. n=

n= :. n=3
Ou seja, 3 meses pois a taxa está expressa em meses.

Na HP12C esse cálculo se torna mais simples, sendo da seguinte forma:


100 CHS PV
133,10 FV
10 i
n (Resposta, 3)
Importante: o exemplo gerou um resultado 3, um número inteiro, quando
acontecer de gerar um número fracionado a HP arredonda automaticamente
para o número superior.
DESCONTO COMPOSTO
Como vimos no estudo dos juros simples o desconto é visto como a redução do
valor dos juros devido a um pagamento antecipado, o que muda é a forma de
calcular isso nos juros compostos, pois os juros são capitalizados período a
período.
Com isso encontramos dois tipos de descontos compostos, a saber:
a) o comercial, também chamado de bancário ou “por fora”.
b) o racional, também chamado de real ou “por dentro”.

Desconto Composto Comercial


Esse desconto é calculado sobre o valor nominal, também conhecido como
desconto bancário.
Para encontrar o valor atual vamos aplicar um exemplo:
Uma duplicata no valor de R$ 100,00, foi paga 3 meses antes da data de
vencimento, tendo como taxa de desconto 10% ao mês. Calcule o valor a
ser pago.
VN = 100,00

0 1 2 3

72,90 VA
Este valor pode ser calculado com a aplicação da fórmula a seguir:
VAcc = VN . (1 – i)n
Onde:
VAcc = valor atual com o desconto comercial composto, é o valor do pagamento
com abatimento devido à antecipação.
VN = valor nominal, valor escrito no título. É o valor no seu vencimento.
VAcc = 100,00(1- 0,10)3
VAcc = 100,00 (0,90)3
VAcc = 100,00 . 0,729 = 72,90

Lembre-se que na HP12C esse cálculo se torna mais fácil e rápida, apenas
informando a taxa de forma negativa para que o desconto seja aplicado ao valor
do montante e gere o novo valor. Para isso basta seguir os passos a seguir:
f REG f 2
100,00 CHS PV (VN negativo = - 100,00)
10 CHS i ( taxa negativa = - 10%)
3 n FV (VA ou valor atual = 72,90)
Perceba que as fórmulas não mudam das dos juros compostos, o que muda é
apena os nomes, porém a lógica é a mesma e a fórmula também.

Cálculo do desconto
O valor do desconto é a diferença entre o valor nominal e o valor atual.
D = VN – VA
D = 100,00 – 72,90 = 27,10
Pode ser calculado com a fórmula:

Usando o mesmo exemplo:


Dcc = 100,00[1-(1-0,10)3]
Dcc = 100,00[1-(0,90)3]
Dcc = 100,00 (1-0,729)
Dcc = 100,00 . 0,271 Dcc = 27,10

Com a hp 12c
100,00 CHS PV
10 CHS i (taxa negativa = - 10%)
3 n FV RCL PV +

Cálculo do valor nominal


O valor nominal (VN) é o valor expresso no título. Se forem informadas as outras
variáveis, é possível calculá-lo com a seguinte fórmula:

Exemplo: encontre o valor nominal de uma duplicata que foi antecipada em


3 meses, sendo pago R$ 72,90, e a taxa de desconto comercial composto é
de 10% ao mês.

Com a hp 12c:
72,90 CHS FV
10 CHS i ( taxa negativa = - 10%)
3 n PV

Cálculo da taxa
Para encontrar a taxa, siga a seguinte fórmula:

Exemplo: qual é a taxa de desconto de um título de R$ 100,00 que na


antecipação ficou por R$ 72,90, sendo essa antecipação de 3 meses?
i = 1- (72,90/100,00)1/3
i = 1- (0,7290)0,3333
i = 1 – 0,90 = 0,10 ou 10% ao mês.
Com a hp 12c
f REG f 2
100,00 CHS PV
72,90 FV
3 n
i
A resposta é –10. Ou 10% ao mês negativo, porque esse é o percentual
retirado do valor nominal.

Cálculo do período
Para encontrar o período do desconto basta utilizar a fórmula a seguir:

Exemplo:
Qual foi o período de antecipação de um título de R$ 100,00, com taxa de
10% ao mês que gerou um valor com desconto de R$ 72,90?

Três meses, pois a taxa está expressa em mês.


Com a hp 12c
f REG f 2
100,00 CHS PV
72,90 FV
10 CHS i
n

Desconto Composto Racional

Figura 12 – Desconto Racional


Fonte: freepik.com

Esse tipo de desconto é conhecido como “real” e é baseado no valor atual. Nele
temos a equivalência com a capitalização composta, onde temos apenas
mudanças de nomes dos itens na fórmula, porém mantendo a forma de cálculo.

Cálculo do valor atual


Exemplo: uma duplicata com valor de R$ 100,00, tendo sido paga 3 meses
antes de vencer, em um desconto racional, com taxa de 10% ao mês, gera
qual valor para pagamento?
VN = 100,00
0 1 2 3

VArc=75,13

Neste caso utilizamos a formula a seguir para seu cálculo:

.
Onde:
VArc = valor atual com desconto racional composto é o valor do pagamento com
desconto pela antecipação. Pode ser considerado como o Capital.
VN = valor nominal, valor que está escrito no título. É o valor no seu vencimento.
Nesse caso, também pode ser entendido como o montante.

Com a hp 12 c
f REG f 2 100,00 CHS FV 10 i 3n PV

Cálculo do desconto
O desconto nada mais é do que o valor nominal menos o valor atual.
D = VN – VA
D = 100,00 – 75,13 = 24,87
Neste caso podemos utilizar a seguinte fórmula:

Usando o exemplo anterior:

Drc = 100,00 ( 1 - 0,7513 )


Drc = 100,00 . 0,2487 Drc = 24,87

Com a hp 12 c
100,00 FV 3 n 10 i PV RCL FV + (Resposta = 24,87)

Cálculo do valor nominal


O valor nominal nada mais é do que o valor que se encontra em uma duplicata,
a partir desse dado e com a fórmula a seguir podemos encontrar esse valor
nominal tendo as outras informações para aplicação do cálculo:
VN rc = VA (1+i)n
Exemplo: calcule o valor nominal de uma duplicata paga 3 meses antes de
seu vencimento pelo valor de R$ 75,13, tendo uma taxa de desconto
racional de 10% ao mês.
VN rc = 75,13 (1,1)3
VN rc = 100,00
Com a hp 12 c:
f REG f 2
75,13 CHS PV
10 i
3n
FV (Resposta 100,00)

Cálculo da taxa
A taxa no desconto racional utiliza a mesma fórmula dos juros compostos,
apenas com alguns nomes diferentes, veja:

Exemplo: enconre a taxa de desconto racional de um título de R$ 100,00,


pago com desconto por R$ 75,13, com 3 meses de antecipação.

i = 0,10 ou 10% ao mês

Com a hp 12 c
f REG f 2
75,13 CHS PV
100,00 FV
3 n
i (resposta 10% ao mês)

Cálculo do período
O cálculo do período do desconto racional composto também é feito com a
mesma fórmula do período dos juros compostos:

Exemplo: calcule o tempo que foi antecipado um titulo com valor nominal
de R$ 100,00, com pagamento de antecipação de 10% ao mês, gerando um
valor de R$ 75,13.
n = 3 (três meses, pois a taxa está expressa em meses)
Com a hp 12c
f REG f 2
75,13 CHS PV
100,00 FV
10 i
n (resposta 3)

Lembre-se da dica, a HP12C é uma ferramenta importantíssima para facilitar


todos esses cálculos, como já foi demonstrado. Por isso indico a aquisição de
uma como forma de melhorar a sua visão faz finanças.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não se limite apenas a esses estudos, a internet possui vários exemplos para
que você possa praticar e desenvolver ainda mais seus conhecimentos em
matemática financeira.
Além disso, com a aplicação do método hamburguês você poderá ter um prévia
de quanto pagará se precisar usar o limite de sua conta ou o cheque especial,
tomara que nunca precise, mas isso o ajudará a se preparar e evitar surpresas.
Perceba que cada teoria até aqui apresentada busca o levar a compreender o
uso do dinheiro e sua variação através do tempo e isso é algo que todos nós
deveríamos compreender, pois, nos ajudaria muito a controlar nosso dinheiro e
não permitir que paguemos juros desnecessários por falta de controle.
Apenas um lembrete: fuja das fórmulas, use a HP como sua aliada, é bem mais
fácil e simples após compreender como ela funciona.
A matemática financeira não é do mal, apenas incompreendida pela cultura de
não valorizar as questões que envolvem valores e cálculos, a questão é que sem
esse conhecimento não teremos uma vida financeira controlada chegando até a
gerar endividamentos por desconhecer essa realidade.
Faça e refaça as atividades para fixar o conhecimento, não há uma maneira de
aprender sobre juros e descontos mais efetiva do que usar a prática a seu favor.
Esperamos que tenha gostado do conteúdo, nos vemos na próxima Unidade!

#LEITURA COMPLEMENTAR#
Desconto Comercial ou Racional? Qual a diferença e como calcular
Saber o que são o desconto racional e o desconto comercial é importante para
quem precisa saber matemática financeira e também muito útil na prática, no
dia a dia de quem faz negócios – quem não faz?
Aparentemente difícil de entender, a diferença entre desconto racional e
desconto comercial na verdade é bastante simples – pode ser compreendida
para “nunca mais” ser esquecida.
Para quem ainda não conhece ou nunca ouviu falar, desconto racional e
desconto comercial são simplesmente duas formas usuais – bem diferentes
entre si – de calcular um desconto, um abatimento, sobre um valor a ser
liquidado antecipadamente.
Mais importante que saber seus nomes ou definições (ver no fim do artigo) é ter
toda a atenção e cuidado ao usá-los, ao fazer cálculos de “desconto” para
pagamentos ou recebimentos antecipados – a diferença entre os critérios pode
ser a diferença entre o lucro e o prejuízo.
Muito bem. Vamos ver e entender como calcular os dois tipos e avaliar a
diferença entre eles. De uma só vez, com um só exemplo:
Você tem uma conta de R$ 100,00 para pagar daqui a 60 dias. Sabendo que
ela foi calculada com juros de 10% a.m. Qual o valor “certo” para pagá-la já? -
Não responda ainda.
Seu credor informa que calcula usando o “desconto racional” e propõe R$ 83,33.
Você está de acordo? Aceita?
Você pede um tempo para analisar:
Raciocínio 1: 10% de 100 é 10. Dois meses seriam 20. Eu deveria pagar 80,00.
Porque não?
Raciocínio 2: qual o valor que tomado hoje a 10% a.m. daria 100 daqui a 60
dias? Fácil, é só calcular qual o valor que com 20% de juros dá 100. Você faz a
conta ( 100 / 1,20 ) e encontra exatamente os 83,33.
Raciocínio 3: você pensa um pouco mais e verifica que 83,33 daqui a um mês
já seria 91,67.
( 83,33 x 1,10 ), e com mais um mês 100,83. Confere as contas dividindo 100,83
por 1,10 duas vezes e bate com o 83,33. Verifica de outra forma, agora dividindo
100 por 1,10 também duas vezes, e encontra 82,64.
80,00 ou 83,33 ou 82,64? Qual o “certo”?
Na prática, os 3 modos de calcular são usados. O “certo” será o “negociado” e
aceito pelas partes.
Só falta saber o nome de cada um:
Desconto Comercial: é o “raciocínio” 1.
Desconto Racional: é o “raciocínio” 2.
Desconto Racional Composto: “raciocínio” 3.
Diferença entre o Comercial e o Racional
Desconto Comercial é calculado sobre o valor nominal e Desconto Racional é
calculado sobre o valor atual.
Qual usar? Você escolhe, negocia – decide.
Para quem precisa ou quer saber, seguem as
Definições e Fórmulas:
Desconto: é a diferença entre o valor nominal ( Vn = valor indicado no título ou
valor no vencimento) e o valor atual ( Va = valor do título calculado para antes
do vencimento).
D = Vn - Va
Desconto Racional: é o equivalente ao juro simples produzido pelo valor atual
no período correspondente. Também chamado de “desconto por dentro”.
Dr = Vn – Va = Vn - Vn / ( 1 + i . n ) = Vn . i . n / ( 1 + i . n )
Desconto Comercial: é o equivalente ao juro simples produzido pelo valor
nominal no período correspondente. Também chamado de “desconto por fora”.
Alguns o chamam de “desconto irracional”.
Dc = Vn . i . n
Desconto Racional Composto: é o Desconto Racional calculado com juro
composto.
Drc = Vn - Vn / ( 1 + i ) ^ n
Sendo “i” a taxa de desconto (ou taxa de juro), “n” o número de períodos antes
do vencimento e “^” o símbolo de potência).

Fonte: Charbel Atalla Antonio ([2017], on-line).


#LEITURA COMPLEMENTAR#

#MATERIAL COMPLEMENTAR#
#LIVRO#

Título: Juros Bancários. Limites e Possibilidades


Autor: Alcio Manoel de Sousa Figueiredo
Editora: Juruá
Ano: 2007
Sinopse: juros Bancários: Limites e Possibilidades é obra de grande valor. Não
só pela forma didática como é exposta a matéria, mas também pelo seu
conteúdo, profundo, meticuloso, com suporte na mais abalizada doutrina e
jurisprudência. Normalmente, temas desse jaez, num primeiro momento, não
aguçam muito a curiosidade dos operadores jurídicos não envolvidos
diretamente no tema, pois "juros", "capitalização", "spread" etc., são assuntos
costumeiramente mais relacionados às Ciências da Administração, Economia
ou da Matemática Financeira.
#LIVRO#

#WEB#
Aqui, você verá dicas importantes sobre o cálculo dos juros simples e do juro
composto. Ótima para prática a aplicação dos conceitos e das fórmulas. Acesse
o conteúdo disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=fBqfutC1MmY>.
Acesso em 14 jul. 2017.
#WEB#
UNIDADE III
RENDAS E EMPRÉSTIMOS
Professor Me. Fábio Oliveira Vaz

INTRODUÇÃO
Nesta Unidade, veremos a importância de compreender o tema renda e como
ele é utilizado para gerar montantes para retirada futura, como é o caso das
aposentadorias, aluguéis etc.
Além disso, passaremos pelo tema mais temido e que impacta nossas finanças,
a INFLAÇÃO. Compreender seu funcionamento é essencial para perceber seu
impacto em nosso dinheiro. Aliás, veremos como ela é calculada e com base em
que é gerada.
Outro assunto que abordaremos são as taxas de juros, parcelas e empréstimos,
tema que é comum no meio empresarial, principalmente para os financiamentos
que envolvem valores altos e parcelas por um longo período de tempo.
Por isso, quando dizemos que iremos parcelar algo com juros, por um longo
período, precisamos compreender que para a dívida ser liquidada é necessário
amortizar o débito após o pagamento de cada parcela, isso nos leva a buscar
entender os tipos de amortizações existentes e onde são aplicadas.
Termos complexos? Por isso, iremos compreendê-los nesta Unidade e veremos
como aplicar cada teoria na prática.
Mais uma vez, veremos que a complexidade está mais no medo da disciplina e
iremos perceber que esse medo é mais lenda do que realidade. Falaremos de
renda, juros, amortização, empréstimos, inflação de maneira simples e didática.

RENDAS OU ANUIDADES

Figura 13 – Rendas
Fonte: freepik.com
Ao pensar em rendas temos que entender que elas servem para duas coisas:
a) o pagamento de uma dívida parcelada, ou a compra de um bem em
prestações.
b) a constituição de um montante em dinheiro no futuro como, por exemplo,
uma série de depósitos em caderneta de poupança que é capitalizada.

Figura 13 - Classificação das rendas


Fonte: adaptado de Francisco (1999).

Se em algum momento da sua vida você realizou uma compra parcelada ou


guardou dinheiro em poupança, você está diante de uma anuidade ou renda
certa. Quando nosso objetivo é constituir um capital em uma data futura temos
um processo de capitalização. Se por outro lado nosso objetivo é pagar uma
dívida temos um processo de amortização. Veja que a discussão gira em torno
de entradas e saídas de recursos de forma sucessiva que é a característica
principal desse assunto, o processo de repetição de um pagamento ou
recebimento. Veremos adiante os principais tópicos do tema e suas aplicações.
O tópico a ser abordado agora tratará das rendas certas ou anuidades, que
representam uma importante aplicação da Matemática Financeira e que
percebemos facilmente no nosso cotidiano, desde o pagamento dos aluguéis até
as compras parceladas.

#SAIBA MAIS#
Renda, também conhecida como anuidade, é todo valor utilizado
sucessivamente para compor um capital ou pagar uma dívida. As rendas são um
dos principais conceitos que baseiam os financiamentos ou empréstimos.
Nessas rendas são realizadas uma série de pagamentos (parcelas ou termos)
para arrecadar um fundo de poupança, pagar dívidas, financiar imóveis, etc.
No caso da poupança, para acumularmos determinado valor, realizamos vários
pagamentos que geram um montante ao final, chamado de montante equivalente
da renda.
Já no pagamento de uma dívida, os débitos são feitos posteriormente, ou seja,
as prestações são pagas ao credor com períodos e parcelas determinadas. Um
exemplo, é o pagamento de uma aluguel. Esse pagamento de dívidas é chamado
de amortização. Existem diversos tipos de sistemas de amortização, são eles:
Sistema de Amortização Francês, Sistema de Amortização Constante (SAC),
Sistema de Amortização Alemão, etc., sendo que cada um têm sua
particularidade.
Dentro da renda, são trabalhados os seguintes conceitos:
 Número de prestações ou termos de renda: quantidade de pagamentos
ou recebimentos feitos;
 Valores dos termos de renda: valor de cada termo da renda;
 Período de Vencimento: data de vencimento ou pagamento dos termos
da renda.
As rendas de acordo com as formas de pagamento podem ser divididas em:
Rendas Certas
As rendas certas, também chamadas de séries periódicas uniformes, são
aquelas em que todos os elementos já estão pré-determinados e podem ser
classificados de acordo com o tempo, a variação dos elementos, o valor, o
período do vencimento, etc, que por sua vez podem ser divididas em:
 Rendas Postecipadas: Rendas em que o pagamento é feito apenas ao
final de cada período. Ex.: faturas de cartão de crédito, empréstimos e
financiamentos, etc.
 Rendas Antecipadas: Rendas em que há a exigência do pagamento ser
feito no início de cada período. Ex.: financiamentos pagos à vista.
 Rendas Diferidas: O período de pagamento está num prazo entre o início
da compra do período de pagamento da primeira parcela. Ex.: Essas
séries são utilizadas em promoções de “Compre hoje e comece a pagar
em tal dia.”
Rendas Aleatórias
As rendas aleatórias são utilizadas quando alguns de seus elementos não
podem ser previamente determinados. Ex.: o seguro de vida, com relação ao
valor do seguro (de acordo com a causa da morte) e a data do recebimento (data
da morte) que não podem ser determinados durante o fechamento do contrato.

Classificação das rendas


Como foi dito, as rendas são uma sucessão de pagamentos ou depósitos em
determinado período e tempo. Mas, ainda de acordo com cada tipo de elemento
que estiver determinado no contrato, elas podem ser classificadas de formas
diferentes. Veja:
 Rendas Temporárias: quando os pagamentos possuem um prazo para
acabar.
 Rendas Perpétuas: quando os pagamentos são infinitos.
 Rendas Fixas ou Uniformes: quando os pagamentos são iguais.
 Rendas Variáveis: quando os pagamentos mudam.
 Rendas Constantes: quando os termos são constantes. Ex.: Prestações.
 Rendas Variáveis: quando as rendas são variáveis. Ex.: Depósitos
crescentes na poupança.
 Rendas Imediatas: quando o primeiro pagamento é feito no primeiro
período (mês) da série.
Fonte:
http://www.okconcursos.com.br/apostilas/apostila-gratis/132-matematica-
financeira/1306-rendas-em-matematica-financeira#.XEhoWlxKi00
#SAIBA MAIS#

Calculando a Renda: Valor Atual:


A atualidade do valor de uma renda pode ser encontrada através da aplicação
de algumas fórmulas, como veremos a seguir:
a) Quando as parcelas ou pagamentos são feitos sem entrada, também
chamados de postecipados:

Nesta fórmula temos:


Ap :que é o valor nas parcelas postecipadas, visto como Capital.
PMT é o valor de cada parcela ou prestação.

Vejamos um exemplo de aplicação:


Para achar o valor na atualidade de uma dívida, que foi adquirida em 7
pagamentos mensais, postecipados, a um valor de R$ 500,00, e a taxa
sendo de 4,5% ao mês, faremos da seguinte forma:

Ap= 5,89267 . 500 = 2.946,34

b) Quando as parcelas ou pagamentos são feitos com uma entrada,


também conhecidos como antecipados.
Neste caso o Aa são as parcelas que serão quitadas de forma antecipada.
Vejamos o Exemplo:
Encontre o valor atualizado de uma pendência financeira, paga em 7 meses,
de forma antecipada, com o valor de R$ 500,00 a uma taxa de 4,5$ ao mês.

Aa= 6,15784 . 500 = 3.078,92

RENDA PERPÉTUA
Esta renda leva esse nome pois não existe uma previsão para seu término, é
considerado um número de parcelas ou pagamentos infinitos. Temos como
exemplo os aluguéis, condomínio, Netflix, internet, etc. As parcelas ou
prestações utilizam a função PMT (Periodic Payment Amount).

Valor atual da renda perpétua


Utilizamos a seguinte fórmula para seu cálculo:

Na qual:
VARP = valor atual de uma renda perpétua
PMT = Valor das parcelas

Exemplo:
Se temos uma taxa de 1,2% ao mês e uma renda perpétua de R$ 100,00,
qual será o valor atual dessa renda perpétua?
Seria a mesma coisa de perguntar qual o valor que preciso para sacar R$
100,00 por mês com uma taxa de 1,2% ao mês.
VArp = 8.333,33

Cálculo da taxa de uma renda perpétua


A taxa pode ser encontrada da seguinte forma:

1) Um bem que tem seu valor estimado em R$ 60.000,00 e tem um aluguel


no valor de R$ 900,00 tem qual taxa correspondente?

i = 0,015 ou 1,5% (taxa ao mês considerando que o aluguel seja mensal)

2) Veja esse exemplo: Se você quer se aposentar daqui a 25 anos e ter uma
renda perpétua de R$ 1.500,00, qual deve ser o valor dos depósitos e qual
o montante necessário (postecipado), sabendo que a taxa de juro é de 1,5%
ao mês?
a) Primeiro Passo: é preciso encontrar quanto você precisa daqui a 25 anos
para conseguir uma renda perpétua de R$ 1.500,00?

Ela precisará de R$ 100.000,00.


b) Segundo Passo: qual o valor dos depósitos mensais nos próximos 25 anos
(n = 300 meses) para juntar os R$ 100.000,00?
Com os depósitos postecipados (sem entrada)
100.000,00 = 5.737,25 . PMT

PMT = 100.000 PMT = 17,43


5.737,25

Com a hp 12c
G 8 (Para cálculo dos pagamentos sem entrada ou postecipados)
f CLX f 2
100.000 CHS FV
1,5 i
300 n
PMT (Resposta 17,43)

Veja que as rendas ou anuidades são formas de pensar no futuro, como o


dinheiro pode gerar benefícios ao longo do tempo, e isso o ajuda a planejar seu
futuro de sua aposentadoria dentro de um mercado financeiro.

INFLAÇÃO, DEFLAÇÃO E ÍNDICES DE PREÇO


Figura 14 – Inflação
Fonte: freepik.com

Na visão de Gremaud (2003), a inflação é vista como o aumento dos preços de


diversos itens dentro de um determinado tempo. Porém não podemos dizer que
se um único produto sofre aumento que temos uma inflação.
Já a deflação acontece quando os preços reduzem de forma generalizada, ou
seja, os juros não ocorrem, isso pode acontecer devido ao excesso de produtos
no mercado ou falta de consumidores.
Na visão de Gremaud (2003, p. 54) temos os seguintes tipos clássicos e inflação:
● a inflação de demanda, devido ao excesso de procura em relação à
produção.
● a inflação de custos, resultante do aumento dos custos de produção,
como salários e matéria-prima, que podem ter sido elevados por
pressões de sindicatos ou de grupos econômicos, ou ainda, pela
inflação de demanda preexistente.
● a inflação inercial, causada pela indexação ou correção monetária,
regida pela ideia de que simplesmente porque houve inflação no
período atual, no período seguinte também haverá.
● a inflação estruturalista, sobretudo nos países em desenvolvimento,
nos quais as condições econômicas são deficientes e há conflitos
distributivos de renda.
● a inflação causada pela desvalorização cambial, que eleva o custo das
importações que deve ser repassado ao produto final.

#SAIBA MAIS#
Índices de preço
Como a inflação deve ser medida de forma contínua e generalizada, necessária
se faz a elaboração de índices desses aumentos. No Brasil, são vários esses
medidores, os quais serão citados o INPC e o IGP-M.
O INPC – Índice nacional de preços ao consumidor – é elaborado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e considera a variação do custo de
vida dos assalariados que recebem de 1 a 8 salários mínimos por mês, nas
seguintes regiões metropolitanas: Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte,
Curitiba, Salvador, Fortaleza, Belém, São Paulo, Recife, Brasília e Goiânia. O
período é o mês calendário.
O IGP-M – Índice Geral de Preços de Mercado – é medido pela Fundação Getulio
Vargas e considera a média ponderada de outros três índices: o Índice de Preços
por Atacado – Disponibilidade Interna, o Índice de Preços ao Consumidor e o
Índice Nacional do Custo da Construção. O período da pesquisa compreende do
dia 21 do mês anterior ao dia 20 do referido mês.
O INCC – Índice Nacional do Custo da Construção – também é elaborado pela
Fundação Getúlio Vargas e mede a evolução dos custos de construções
habitacionais. Ele é mensal e envolve 18 capitais: Aracaju, Belém, Belo
Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia,
João Pessoa, Maceió, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador,
São Paulo e Vitória.
Fonte:
http://portalibre.fgv.br/main.jsp?lumChannelId=402880811D8E34B9011D92B61
60B0D7D
#SAIBA MAIS#

Índice de Preços – IGP - M


Segundo Hazzan e Pompeo (2010), o Índice Geral de Preços de Mercado
(IGP-M) é um dos mais populares indicadores de inflação utilizado no Brasil,
calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e publicado mensalmente na
revista Conjuntura Econômica.
O IGP-M é calculado da seguinte maneira:
● IPA (Índice de preços por atacado, isto é, um indicador que mede as
variações de preços de produtos em transações feitas no atacado) com
peso 0,6.
● IPC (Índice de preço ao consumidor, que mede as variações dos preços
dos produtos de consumo e famílias) do Rio de Janeiro (local onde fica a
FGV) com peso 0,3.
● INCC (Índice Nacional do Custo da Construção) com peso 0,1.
O IGP-M foi concebido no final de 1940 para ser uma medida abrangente do
movimento de preços. Entendia-se por abrangente um índice que englobasse
não apenas diferentes atividades, como também etapas distintas do processo
produtivo.
Construído dessa forma, o IGP poderia ser usado como deflator do índice de
evolução dos negócios, daí resultando um indicador mensal do nível de atividade
econômica.
Veja sua utilização através da Tabela 10:

Tabela 10 - Simulação de IGP-M


Mês IGP-M

janeiro 1.092,1834

fevereiro 1.103,1052

março 1.109,9445

abril 1.114,9392

maio 1.119,7334

Fonte: o autor.
Vamos usar os dados da tabela para calcularmos a inflação do mês de fevereiro,
março e abril.
Inflação = (Mês atual ÷ Mês anterior) –1
fevereiro = inflação = (1.103,1052 ÷ 1.092,1834) -1 = 0,009999 = 0,9999%
março = inflação = (1.109,9445 ÷ 1.103,1052) -1 = - 0,006200 = 0,6200%
abril = inflação = (1.114,9392 ÷ 1.109,9445) -1 = - 0,004494 = 0,4494%
Se quisermos calcular a taxa acumulada trimestral de fevereiro, março e abril
teremos que fazer a soma das inflações:
Inflação acumulada = 0,9999 + 0,6200 + 0,4494 = 2,069% ao período.

#SAIBA MAIS#
O Índice de Preços no Consumidor (IPC) é um índice que quantifica o custo de
um determinado cabaz fixo de bens de consumo em diferentes momentos. Este
cabaz é constituído por diversos tipos de bens, sendo atribuído aos respectivos
preços uma determinada ponderação de acordo com os hábitos de consumo da
população.
A utilidade do IPC reside no facto de ser através dele que é calculada a taxa de
inflação: algebricamente, a taxa de inflação é calculada como a taxa de variação
do IPC entre dois períodos.

Fonte: Knoow ([2017], on-line).


#SAIBA MAIS#
EMPRÉSTIMOS E SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO

Figura 15 – Empréstimos
Fonte: freepik.com

Provavelmente que em algum momento de sua vida, você já tenha realizado


alguma operação de empréstimo. Senão, vejamos o seguinte: você tem cartão
de crédito? Caso tenha, é provável que você já tenha emprestado dinheiro à
operadora do seu cartão de crédito objetivando devolvê-lo na data do pagamento
da fatura. Então estas operações nos acompanham muito mais do que podemos
imaginar.
Neste tópico, veremos as modalidades e os conceitos sobre a temática. O
empréstimo é uma modalidade de dívida e surge quando uma determinada
quantia é emprestada por um período de tempo determinado.
Quem contraiu a dívida é obrigado a devolver (restituir) o valor tomado (principal)
acrescidos dos juros devidos. Os empréstimos podem ser de curto, médio ou
longo prazo. As formas de cálculo são na maioria das vezes semelhantes, mas
nas operações de longo prazo temos algumas características específicas que os
diferenciam das características de curto e médio prazo.
O principal tópico de diferença entre os prazos dos empréstimos reside na forma
de reembolso adotado e a forma de determinação dos juros efetivamente
cobrados nos empréstimos de longo prazo. Vale ressaltar que tratamos aqui de
juros compostos e os juros sempre serão calculados sobre o saldo devedor.
Por fim é importante ressaltar que os juros sempre serão calculados sobre o
saldo devedor.
Vejamos alguns termos importantes que precisamos conhecer:
Credor: Pessoa ou instituição que fornece o empréstimo.
Devedor: Pessoa ou instituição que recebe o empréstimo.
Encargos Financeiros: Custo da operação (juros) para o devedor que retorna
para o credor.
Amortização: Pagamento do principal (capital emprestado), geralmente por
meio de parcelas periódicas.
IOF: Imposto sobre Operações Financeiras.
Saldo Devedor: Valor da dívida em um determinado momento, depois de
deduzido o valor já pago ao credor a título de amortização.
Prestação: É composta pela soma do valor da amortização mais os encargos
financeiros devidos em determinado período.
Carência: É o período concedido ao credor para início do pagamento do
principal. Pode também ser utilizada para postergar o início do pagamento dos
juros.

SAC (Sistema de Amortização Constante)


Neste sistema, as parcelas de amortização são iguais, como sugere sua
denominação. Os juros são decrescentes, visto que incidem sobre o saldo
devedor – restante a amortizar – e, consequentemente, as parcelas são
decrescentes.
O cálculo do valor das amortizações é simples: basta dividir o valor principal –
Empréstimo, Valor Financiado ou Aplicação – pelo número de prestações. No
cálculo dos juros, leva-se em conta sempre o saldo devedor do período
imediatamente anterior. Podemos representar o sistema SAC graficamente da
seguinte forma:

Figura 16 – Sistema SAC


Fonte: o autor

Observe este exemplo do SAC sem carência:


Um valor emprestado de R$ 24.000,00 foi feito através do sistema SAC. O
pagamento será feito em 4 anos (n), sendo um pagamento por ano, a uma taxa
de 8% ao ano. Desenvolva a planilha que mostre as amortizações.
1º passo: antes da elaboração da planilha, é necessário calcular as
Amortizações, dividindo o valor do empréstimo pelo número de períodos, como
segue:
R$: 24.000,00 ÷ 4 = 6.000,00 por ano
2º Passo: para preencher a tabela SAC a seguir, no tempo 0 (zero), representa-
se o empréstimo adquirido.
3º Passo: no tempo 1 (um), representam-se:
● Os juros do período que é o valor do empréstimo
(R$: 24.000,00) x taxa 8% (0,08) = R$ 1.920,00.
● O saldo corrigido que é dado pelo saldo devedor
(R$ 24.000,00) + os juros do período (R$ 1.920,00) = R$ 25.920,00.
● Prestação é a soma da amortização
(R$ 6.000,00) + os juros do período (R$1.920,00) = R$ 7.920,00.
● Saldo devedor é obtido pelo saldo corrigido
(R$ 25.920,00) - a prestação (R$ 7.920,00) = R$18.000,00; ou
o saldo devedor (R$24.000,00) menos a amortização (R$ 6.000,00).
4º Passo: refazem-se as mesmas operações do tempo 1 para os demais tempos
até o término. Veja a Tabela 5.

Tabela 11 - Cálculo da tabela SAC


ANO Juros do Saldo Amortização Prestação
Constante
Saldo Devedor
(Final) Período Corrigido (Amort. + Juro)

0 24.000,00
1 1.920,00 25.920,00 6.000 7.920,00 18.000,00
2 1.440,00 19.440,00 6.000 7.440,00 12.000,00
3 960,00 12.960,00 6.000 6.960,00 6.000,00
4 480,00 6.480,00 6.000 6.480,00 0,00
Fonte: o autor.

Para reforçar, segue um esquema de como calcular e aplicar a tabela SAC:


❖ 1º passo: antes da elaboração da planilha, é necessário calcular as
Amortizações: Empréstimo ÷ período = amortização constante.
❖ 2º Passo: para preencher a tabela SAC a seguir, no tempo 0 (zero),
representa-se o empréstimo adquirido no saldo devedor.
❖ 3º Passo: no tempo 1 (um), representam-se:
➢ Os juros do período que é o valor do empréstimo x taxa.
➢ O saldo corrigido que é dado pelo saldo devedor + juros do período.
➢ Prestação é a soma da amortização mais os juros do período.
➢ Saldo devedor é obtido pelo saldo corrigido menos a prestação.
❖ 4º Passo: refazem-se as mesmas operações do tempo 1 para os demais
tempos até o término.
Quando houver carência, é preciso corrigir o saldo, para depois aplicar a tabela,
como vimos em rendas diferidas.

#REFLITA#
Conhecer como o dinheiro trabalha com os juros e é amortizado para encerrar
uma dívida nos mostra como os financiamentos funcionam, ter esse
conhecimento pode te ajudar a se tornar um profissional mais perspicaz?
Fonte: o autor.
#REFLITA#

Sistema Price ou Sistema Francês de Amortização


Este sistema de amortização tem como característica principal o valor constante
das parcelas em termos nominais. Durante o período de pagamentos, o devedor
vai desembolsando o mesmo valor da prestação, sabendo que na composição
do valor da parcela temos a amortização e os juros. Durante a vigência da série
de pagamentos, o devedor vai pagando o mesmo valor da parcela, mas cabe
ressaltar que esta parcela é composta por amortização e juros. Então, devemos
observar que sua participação vai mudando conforme o andamento da série de
pagamentos. Assim, apesar de o valor da parcela ser o mesmo, os percentuais
de juros e de amortização vão se alterando.
Figura 17 – Sistema Price
Fonte: o autor

Veja pelo gráfico acima que o valor da parcela permanece inalterado (R$ 100,00)
mais os valores referentes a juros e amortizações vão se alterando durante o
período de pagamentos.
Para a presente modalidade de amortização, o valor dos juros é decrescente, o
que implica dizer que a amortização é crescente em ordem progressiva. As
principais utilizações desse sistema são: financiamentos imobiliários, CDC e
empréstimos.

Tabela 12 - Notações da hp 12c para cálculos pelo Sistema Price


Elementos Notação Na hp 12c
Capital / Valor presente / Valor atual C PV
Valor da prestação PMT PMT
Taxa i I
Períodos / Número de termos n N
Juros ( das parcelas ) J 1 f AMORT
Amortização ( das parcela ) A x‫ﮑ‬y
Saldo Devedor sd RCL PV
Fonte: o autor.

Vamos ver um exemplo de aplicação:


Um valor emprestado de R$ 75.000,00 foi adquirido por uma empresa para
investimento em equipamentos, deve ser pago em 10 bimestres com parcelas
iguais e consecutivas, sem entrada, à taxa de 5% ao bimestre. Construa a
planilha demonstrando as amortizações.
Porém, antes de se montar a planilha, deve-se calcular as prestações
constantes. Para encontrar esse valor, utiliza-se a seguinte fórmula.
Ou de forma mais fácil na HP 12C:
75.000 CHS PV
10 n
5i
PMT = 9.712,88
Também é possível seguir um esquema para facilitar a aplicação da tabela como
demonstrado a seguir:
● 1º passo: antes de se montar a planilha, deve-se calcular as prestações
constantes pela HP:
○ 75.000 CHS PV
○ 10 n
○ 5i
○ PMT = 9.712,88
● 2º Passo: para preencher a tabela PRICE a seguir, no tempo 0 (zero),
representa-se o empréstimo adquirido no saldo devedor.
● 3º Passo: no tempo 1 (um), representam-se:
○ Os juros do período que é o valor do empréstimo x taxa.
○ O saldo corrigido que é dado pelo saldo devedor + juros do
período.
○ Amortização é a prestação menos os juros do período.
○ Saldo devedor é obtido pelo saldo corrigido menos a prestação.
● 4º Passo: refazem-se as mesmas operações do tempo 1 para os demais
tempos até o término.

Tabela 13 - Cálculo pelo sistema Price


ANO Juros do Prestação Amortização
Saldo Corrigido Saldo Devedor
(Final) Período Constante (Prest. - Juro)

0 75.000,00
1 3.750,00 78.750,00 9.712,88 5.962,88 69.037,12
2 3.451,86 72.488,98 9.712,88 6.261,02 62.776,10
3 3.138,81 65.914,91 9.712,88 6.574,07 56.202,03
4 2.810,10 59.012,13 9.712,88 6.902,78 49.299,25
5 2.464,96 51.764,21 9.712,88 7.247,92 42.051,33
6 2.102,57 44.153,90 9.712,88 7.610,31 34.441,02
7 1.722,05 36.163,07 9.712,88 7.990,83 26.450,20
8 1.322,51 27.772,71 9.712,88 8.390,37 18.059,83
9 903,00 18.962,83 9.712,88 8.809,88 9.249,95
10 462,50 9.712,44 9.712,88 9.250,38 0,43*
Fonte: o autor.

Tabela 14 - Cálculo pelo Sistema Price com hp12c (Sem Begin, Teclar g END)
Passos Dígitos Visor
1º F REG f 2 0 Limpa a HP 12 –C
2º 75.000,00 CHS PV -75.000,00 Valor do bem
3º 10 n 10 Períodos
4º 5i 5 Taxa
5º PMT 9.712,84 Valor da prestação
6º 1 f ( AMORT) 3.750,00 Juros
7º X<>Y 5.962,84 Amortização
8º RCL PV -69.037,16 Saldo devedor
9º CHS 69.037,16
10º 1 f ( AMORT) 3.451,86 Juros
11º X<>Y 6.260,98 Amortização
12º RCL PV -62.776,18 Saldo devedor
13º CHS 62.776,18
14º 1 f ( AMORT) 3.138,81 Juros
15º X<>Y 6.574,03 Amortização
16º RCL PV -56.202,15 Saldo devedor
17º CHS 56.202,15
18º 1 f ( AMORT) 2.810,11 Juros
19º X<>Y 6.902,73 Amortização
20º RCL PV -49299,42 Saldo devedor
21º CHS 49.299,42
22º 1 f ( AMORT) 2.464,97 Juros
23º X<>Y 7.247,87 Amortização
24º RCL PV -42.051,55 Saldo devedor
25º CHS 42.051,55
26º 1 f ( AMORT) 2.102,58 Juros
27º X<>Y 7.610,26 Amortização
28º RCL PV -34.441,29 Saldo devedor
29º CHS 34.441,29
30º 1 f ( AMORT) 1.722,06 Juros
31º X<>Y 7.990,78 Amortização
32º RCL PV -26.450,51 Saldo devedor
33º CHS 26.450,51
34º 1 f ( AMORT) 1.322,53 Juros
35º X<>Y 8.390,31 Amortização
36º RCL PV -18.060,20 Saldo devedor
37º CHS 18.060,20
38º 1 f ( AMORT) 903,01 Juros
39º X<>Y 8.809,83 Amortização
40º RCL PV -9.250,37 Saldo devedor
41º CHS 9.250,37
42º 1 f ( AMORT) 462,52 Juros
43º X<>Y 9.250,32 Amortização
44º RCL PV -0,05 Saldo devedor
45º CHS 0,05

Fonte: o autor.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A tentativa até aqui foi explanar os conteúdos da maneira mais didática e
explicada possível, para que você possa colocar em prática cada assunto.
Ficou claro durante esta Unidade que o uso da HP-12C facilita muito os cálculos
financeiros, pois as fórmulas acabam sendo longas e podem induzir ao erro por
exigirem várias informações e esquemas.
Foi apresentado uma padronização das teclas com as fórmulas para evitar
confusões na compreensão e aplicação dos cálculos. Vimos que “PV” serve para
valor presente, “FV” para valor futuro, “PMT” para parcelas, “I” para taxas e “N”
para períodos. Lembrando disso, basta informar para a HP o que você tem de
informação e perguntar o que você não tem.
Foi possível perceber que os financiamentos utilizam dois métodos principais,
que é o Price e o SAC. Onde o SAC você terá a amortização constante e o que
diminui é a parcela, mais utilizado para financiamentos de longo prazo. Já no
Price, o que é fixo é a parcela, mas a amortização aumenta com o passar do
tempo, muito utilizado para financiamento de curto e médio prazos.
Todos esses conteúdos são essenciais para quem trabalha com parcelamentos
e financiamentos, pois auxilia no cálculo e a avaliar qual a melhor forma de
parcelar um bem ou um item.
Por isso, sempre que possível refaça as atividades e exemplos para reforçar o
conhecimento e a aprendizagem sobre os assuntos e cálculos que foram aqui
apresentados. Perceba que conhecer como trabalhar com valores e dinheiro é
essencial para termos uma melhor compreensão e tomada de decisão.
Até a próxima Unidade!

#LEITURA COMPLEMENTAR#
O Valor do dinheiro no tempo
Sempre tive a noção de que juntar dinheiro é importante e que precisamos
reservar um percentual da nossa renda para alcançar um objetivo futuro; seja
uma viagem, um carro novo, um apartamento ou a aposentadoria.
Essa é a postura financeira que adoto em todas as minhas decisões de compra
e tem me deixado bem longe das dívidas ruins (explicarei sobre “dívida ruim”
em outro post). Porém, uma coisa que nunca paramos para pensar com calma
é a relação que o dinheiro tem com o tempo.
Todos concordam que, se um amigo pedir emprestado R$1.000,00 hoje e
garantir que te devolverá os mesmos R$1.000,00 daqui a um ano, você ficará
com uma pulga atrás da orelha pensando que daqui a um ano esses mil reais
não valerão a mesma quantia.
Esse sentimento de que o dinheiro do passado não compra o mesmo produto
no presente e que o dinheiro de hoje não comprará o mesmo produto no futuro
está diretamente ligado ao assunto desse post: valor do dinheiro no tempo.
O poder de compra do dinheiro sofre influências da inflação, da variação cambial
e dos juros, e essa flutuação pode diminuir o poder do dinheiro. O contrário
também é verdadeiro, ou seja, o poder de compra do seu dinheiro hoje pode
aumentar no futuro, desde que você invista corretamente.
O contrário da perda do poder de compra é o aumento desse poder. Ainda
pensando no exemplo do smarthone acima, se, ao invés de ter guardado o
dinheiro embaixo do colchão, você o tivesse investido em algum lugar que
acompanhasse a inflação, você teria os mesmos R$1.090,00 ao final dos 12
meses e, portanto, conseguiria comprar o celular desejado, pois o rendimento
compensaria a perda provocada pela inflação.
Agora imagine se você conseguisse investir esse dinheiro em algo que
superasse as perdas provocadas pela inflação!? Se conseguir isso você estará
aumentando o poder de compra do seu dinheiro.
Suponha que você tenha investido num fundo que rendeu 1% ao mês durante
esses 12 meses. No final do período aqueles R$1.000,00 se transformaram em
R$1.126,83.
Como agora o smartphone custa R$1.090,00, você consegue comprá-lo à vista
e ainda terá R$36,83 de troco pra comprar uma capinha legal. Isso sem
considerar que geralmente pagando à vista você ainda pode negociar um
desconto no valor.
O que gostaria de fixar na sua mente até aqui é que existem várias opções de
investimento no mercado que garantem um retorno acima da inflação, ou seja,
você conseguirá facilmente aumentar o poder de compra do seu suado dinheiro
investindo nos lugares certos.

Fonte: Cunha (2015, on-line).


#LEITURA COMPLEMENTAR#
#MATERIAL COMPLEMENTAR#
#LIVRO#

Título: Matemática Financeira e Suas Aplicações


Autor: Alexandre Assaf Neto
Editora: Atlas
Ano: 2016
Sinopse: este livro foi escrito com o intuito de cobrir não somente os
fundamentos teóricos da Matemática Financeira, como também de desenvolver
suas principais aplicações práticas. As extensas aplicações da matéria são
processadas de forma a adaptar o conhecimento teórico a uma situação prática,
não havendo preocupações maiores com relação aos detalhes normativos da
operação, bastante mutáveis em nossa economia.
#LIVRO#

#WEB#
Conheça um pouco mais sobre a forma de amortização pela Tabela Price,
acessando o conteúdo disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=L8FrWgX_e1c>. Acesso em: 22 jun. 2016.
#WEB#
UNIDADE IV
VIABILIDADE DE PROJETOS E EMPREENDEDORISMO
Professor Me. Fábio Oliveira Vaz

INTRODUÇÃO
Empreendedorismo é um neologismo derivado da livre tradução da palavra
entrepreneurship e utilizado para designar os estudos relativos ao
empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de atividades, seu universo
de atuação. A palavra empreendedor, de emprego amplo, é utilizada para
designar principalmente as atividades de quem se dedica à geração de riquezas,
seja na transformação de conhecimento em produtos ou serviços, na geração do
próprio conhecimento ou na inovação em área como marketing, produção,
organização entre outros.
Não se pode dissociar o empreendedor da empresa que ele criou. Ambos fazem
parte do mesmo conjunto e devem ser percebidos de forma holística: a empresa
tem a cara do dono. O empreendedor é alguém capaz de desenvolver uma visão,
mas não só deve saber persuadir terceiros, sócios, colaboradores, investidores,
convencê-los de que sua visão poderá levar todos a uma situação confortável no
futuro. O empreendedor é alguém que acredita que pode colocar a sorte a seu
favor, por entender que ela é produto do trabalho duro.
Um dos principais atributos do empreendedor é identificar oportunidades e
agarrá-las e buscar os recursos para transformá-las em negócio lucrativos. Não
é indispensável que ele possua os meios necessários à criação de sua empresa.
Mas deve ser capaz de atrair tais recursos, demonstrando o valor do seu projeto
e comprovando que tem condições de torná-lo realidade. O dinheiro é visto pelo
empreendedor como uma medida de desempenho, como meio para realizar os
seus objetivos, mas raramente como objetivo em si mesmo.
Aqui entenderemos um pouco sobre a relação entre empreendedor e mundo
financeiro.

FINANÇAS E EMPREENDEDORISMO
Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto,
levam à transformação de ideias em oportunidades.
Segundo Timmons (citado por DOLABELA, 2006), “o empreendedorismo é uma
revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do que a revolução
industrial foi para o século 20”, ao comparar com a revolução industrial, a grande
responsável por radicais mudanças no século 20, demonstra o grau de
importância para a sociedade do tema empreendedorismo.
Uma outra definição interessante é a de Schumpeter (citado por FILION,1999),
que expõe que “empreendedorismo está na percepção e aproveitamento das
novas oportunidades no âmbito dos negócios ... sempre tem a ver com criar uma
nova forma de uso dos recursos nacionais, em que eles sejam deslocados de
seu emprego tradicional e sujeitos a novas combinações.”
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas -
SEBRAE (2009), o empreendedor tem como característica básica o espírito
criativo e pesquisador. Ele está constantemente buscando novos caminhos e
novas soluções, sempre tendo em vista as necessidades das pessoas.
A essência do empresário de sucesso é a busca de novos negócios e
oportunidades e a preocupação sempre presente com a melhoria do produto.
Enquanto a maior parte das pessoas tende a enxergar apenas dificuldades e
insucessos, o empreendedor deve ser otimista e buscar o sucesso, apesar das
dificuldades.

EMPREENDEDOR OU ADMINISTRADOR?
Todo empreendedor necessariamente deve ser um bom administrador para
obter sucesso, mas nem todo administrador é um bom empreendedor. O trabalho
do administrador seria o ato de planejar, organizar, dirigir e controlar (PODC). As
demandas especificam o que deve ser feito e restrições são os fatores internos
e externos da organização que limitam o que o responsável pelo trabalho
administrativo pode fazer.
Segundo Hampton (1991), os administradores se diferem por ocupar um nível
na hierarquia, que define como os processos administrativos são alcançados, e
o conhecimento que tem no geral da empresa. O trabalho administrativo pode
ser identificado como de supervisão, médio e alto.
Os supervisores tratam de operações de uma unidade específica, como uma
seção ou departamento. Os Administradores médios ficam entre os mais baixos
e os mais altos níveis da hierarquia em uma organização. Já os administradores
de alto nível são aqueles que têm a mais alta responsabilidade e a mais
abrangente rede de interações.
Lembremos que o empreendedor tem algo a mais: características e atitudes que
o diferenciam do administrador tradicional, e que para ter sucesso ele possui
características extras, além do atributo do administrador, e alguns atributos
pessoais que, somados a características sociológicas e ambientais, permitem o
nascimento de uma nova empresa dando uma ideia, surgindo uma inovação, e
desta, uma nova empresa.
Os empreendedores de sucesso são visionários, sabem tomar decisões, são
indivíduos que fazem a diferença, sabem explorar ao máximo as oportunidades,
são determinados e dinâmicos, dedicados, otimistas, independentes, ficam ricos,
são líderes, organizados, sabem planejar, possuem conhecimento, assumem
riscos e criam valor para a sociedade.

#SAIBA MAIS#
O empreendedor é alguém que realiza suas visões e seus sonhos, tudo isso por
meio de planejamento, pesquisa e foco em direção ao que se deseja. Nada deve
ser feito por impulso ou sem análise, é necessário planejamento.
Fonte: o autor.
#SAIBA MAIS#

PLANO DE NEGOCIOS E FINANCEIRO

Figura 17 – Plano de Negócios


Fonte: o autor

Um plano de negócio é um documento que descreve por escrito os objetivos de


um negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos sejam
alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Um plano de negócio permite
identificar e restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado.
Lembremos ainda que a preparação de um plano de negócio não é uma tarefa
fácil, pois exige persistência, comprometimento, pesquisa, trabalho duro e muita
criatividade.
Existe um velho ditado que diz: “Se quiser que algo seja bem-feito, faça você
mesmo”. Nada mais certo do que essa expressão popular, principalmente
quando se trata da elaboração de um plano de negócio.
Elaborando pessoalmente o seu plano de negócio, você tem a oportunidade de
preparar um plano sob medida, baseado em informações que você mesmo
levantou e nas quais pode depositar mais confiança. Quanto mais você conhecer
sobre o mercado e sobre o ramo que pretende atuar, mais bem-feito será seu
plano.
E tão importante quanto, o Plano Financeiro é aquele que deve apresentar em
números todas as ações planejadas de sua empresa e as comprovações,
através de projeções futuras (quanto precisa de capital, quando e com que
propósito). Deve conter itens como fluxo de caixa, balanço, ponto de equilíbrio,
necessidades de investimento, lucratividade prevista, prazo de retorno sobre
investimentos entre outros.
ESTRUTURA DE UM PLANO DE NEGÓCIOS
Existem alguns tipos de estrutura de plano de negócios, que variam conforme o
autor, o tipo de empresa e objetivo a que ele se destina. Segue alguns tipos
diferentes de estrutura de plano de negócios.
Chiavenato (2006) apresenta a seguinte estrutura:
1. Sumário executivo
2. Descrição da empresa
3. Definição do Negócio
4. Plano de marketing
5. Aspectos de Recursos Humanos
6. Aspectos Operacionais
7. Aspectos Econômico-Financeiros
Dornelas (2005) sugere a seguinte estrutura de plano de negócios para
pequenas empresas prestadoras de serviço:
1. Capa
2. Sumário
3. Sumário Executivo
4. O Negócio
a. Descrição do Negócio
b. Descrição dos Serviços
c. Mercado
d. Localização
e. Competidores (concorrência)
f. Equipe Gerencial
g. Estrutura Funcional
5. Dados Financeiros
a. Fontes de Recursos Financeiros
b. Investimentos Necessários
c. Balanço Patrimonial (projeto para três anos)
d. Análise do Ponto de Equilíbrio
e. Demonstrativo de Resultados (projetado para três anos)
f. Projeção de Fluxo de Caixa (horizonte de três anos)
g. Análise de Rentabilidade
6. Anexos
#REFLITA#
Quantas empresas falidas e falindo, quantos prejuízos a todos os envolvidos.
Por quê? Não seria por falta de análise? Vale a pena refletir sobre isso!
(o autor)
#REFLITA#

CAPA: informações necessárias e pertinentes


Uma capa é simplesmente uma capa, nela você escreve o título do seu
documento e pronto, correto? Não, muito pelo contrário, a capa de um plano de
negócios é o cartão de visitas da sua empresa. Essa capa deve ser visualmente
agradável e deve passar as informações certas para que a pessoa que receber
o plano de negócios, independente dos objetivos do recebimento por parte dela,
sinta-se atraída a lê-lo. A capa, apesar de não parecer, é uma das partes mais
importantes do Plano de Negócio, pois é a primeira coisa que é visualizada por
quem lê o seu Plano de Negócio, portanto, é necessário que seja feita de
maneira limpa, objetiva e com as informações necessárias e pertinentes.
Se sua empresa já existe, provavelmente ela tem uma marca, portanto seria
ótimo incluir essa marca na capa do seu plano de negócios, dessa forma, quem
for ler saberá antes de ler qualquer palavra de quem veio esse plano de negócios
e se lhe interessa ou não. Se sua empresa não existe ainda e não tem uma
marca, essa seria uma ótima hora para encontrar algo que represente a ideia por
trás dessa empresa, não precisa necessariamente ser a marca final dessa
empresa, mas algo que transcreva visualmente essa empresa.
Juntamente com a marca da empresa, você terá o título do documento, que será
“Plano de Negócios”, pois uma pessoa que recebe esse documento deverá
somente pela capa, saber que aquilo se trata de um plano de negócios, da
empresa cuja marca está estampada nele. Caso isso ainda não deixe claro do
que se trata aquele plano de negócios, você poderá incluir um subtítulo com uma
frase curta sobre o que essa empresa faz, por exemplo, algo do tipo
“Desenvolvimento de Sistemas para Web”.
Além desses itens, essa capa deverá ter um rodapé no qual vão estar os dados
de contato da empresa, pois não adianta nada um investidor receber seu plano
de negócios, achar a ideia ótima, ter milhões de dólares para investir nela, mas
não conseguir encontrá-lo para dar essa maravilhosa notícia. Esses dados de
contato devem incluir site, e-mail, telefone e endereço caso todos existam. Além
disso, no rodapé deverá conter o nome de quem o escreveu e seu cargo na
empresa, seguido da data de criação, a informação de versão desse documento
(algo do tipo versão 1, ou versão 2), e o número de cópias desse documento (no
formato “Cópia X de X”).
Anexos: Essa seção deve conter todas as informações que você julgar
relevantes para o melhor entendimento de seu Plano de Negócio. Por isso, não
tem um limite de páginas ou exigências a serem seguidas. A única informação
que você não pode esquecer de incluir é a relação dos curriculum vitae dos
sócios da empresa. Poderão ser anexadas, ainda, informações como fotos de
produtos, plantas da localização, roteiro e resultados completos das pesquisas
de mercado realizadas, material de divulgação de negócio, folders, catálogos,
estatutos, contrato social da empresa, planilhas financeiras detalhadas e muito
mais.

#REFLITA#
Finanças sem controle, leva você e seu negócio à ruína, não concorda?
(o autor)
#REFLITA#

PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Para fazer um plano de negócios, deve-se ter em mente que uma das partes
mais importantes é o planejamento financeiro. Isso, porque no final das contas,
“não importa” qual é o produto, segmento de mercado que pretende alcançar ou
mesmo a maneira como vai colocar tudo isso em prática, se não tiver previsão
de receitas suficientes que permitam isso ou que sejam atraentes para potenciais
investidores. Obviamente que não se consegue chegar em um plano financeiro
de um plano de negócios bem feito sem muitas outras informações, mas pensar
nele, planejar e ter em mente como ele vai se concretizar é essencial.
É preciso ter em mente que um dos principais motivos de falência de novas
empresas é a falta de visão empresarial para a criação de uma boa estrutura
financeira, planejada e direcionada para o desenvolvimento da empresa.
E como fazer o plano financeiro no plano de negócios?
Para se fazer um bom planejamento financeiro não é necessário ser um
economista. Basta identificar os detalhes do novo negócio, estabelecer metas,
considerar os recursos a serem aplicados em cada caso e convertê-los em
realidade. Veja um passo a passo para chegar nesse resultado:
Passo 1: Defina o investimento inicial necessário
Você deve analisar friamente o investimento inicial necessário e verificar todas
as despesas para implantação do negócio como, por exemplo, os gastos com
instalação, suprimentos, equipamentos eletrônicos, sede física, mobiliário e tudo
o mais que for necessário para montar o seu empreendimento.
Vamos supor que um empreendedor precise de R$30.000 para iniciar o seu
negócio, mas tem apenas R$10.000.
Ter essa noção vai permitir que ele saiba exatamente o que fazer antes de entrar
de cabeça no negócio. Nesse caso, o empreendedor teria três opções:
 pedir um empréstimo/investimento com uma grande preocupação em
como os juros iriam afetar os resultados não operacionais do negócio;
 refazer o plano financeiro analisando reduções de custo e como isso
afetaria o resultado final;
 desistir da ideia, por ter menos dinheiro do que o necessário.
Pode até parecer cruel, mas a vida dos negócios é assim, ou você fica atento e
toma decisões difíceis logo no primeiro passo ou estará fadado ao fracasso.
Passo 2: Faça uma projeção de despesas e receitas
Se você tem o capital necessário para o passo inicial, precisa verificar qual é o
custo do negócio girando normalmente e isso envolve projeções de despesas e
receitas. É preciso calcular atentamente todos os demais custos exigidos e o
quanto você pode e conseguirá vender ao longo desse processo.
Exemplo:

Tabela 15 – projeção de despesas

Fonte: o autor.

Um grande problema é a impressionante quantidade de empreendedores que


tendem a ser extremamente otimistas ao fazer suas projeções. Se você quiser
fugir desse risco, tente abordagens nas quais você já tenha informações do seu
negócio funcionando, mesmo que de maneira embrionária, em versão beta ou
com capacidade inferior ao seu objetivo final.
Passo 3: Análise dos principais indicadores de viabilidade
Os indicadores são produzidos tendo como base os valores anteriormente
calculados, com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento e crescimento do
seu negócio. Veja quais são os principais indicadores:
 VPL – Valor presente líquido;
 TIR – Taxa interna de retorno;
 Payback – Tempo para recuperar investimento feito no negócio.
Dependendo do investidor, pode ser que outros indicadores possam ser
solicitados, mas de maneira geral, caso a empresa tenha esses 3, já se terá uma
boa noção.
Um exercício interessante de se fazer nesses momentos é o de calcular um
possível valuation, já que isso te daria uma boa noção de quanto pedir em troca
de que porcentagem das suas ações em casos de investimentos.
Um empreendedor de sucesso nunca se acomoda, para não perder a
capacidade de fazer com que simples ideias se concretizem em negócios
efetivos. Manter-se sempre dinâmico e cultivar certo inconformismo diante da
rotina é um de seus lemas preferidos.
O otimismo é uma característica das pessoas que enxergam o sucesso, em vez
de imaginar o fracasso. Capaz de enfrentar obstáculos, o empresário de sucesso
sabe olhar além e acima das dificuldades.

Planejamento e plano de negócios


Liderar é saber definir objetivos, orientar tarefas, combinar métodos e
procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo das metas traçadas e
favorecer relações equilibradas dentro da equipe de trabalho, em torno do
empreendimento. Dentro e fora da empresa, a pessoa que lida com negócios faz
contatos. Seja com clientes, fornecedores e empregados. Assim, a liderança tem
que ser uma qualidade sempre presente.
Existe uma importante ação que somente o próprio empreendedor pode e deve
fazer pelo seu empreendimento: planejar, planejar e planejar. No entanto, é
notória a falta de cultura de planejamento do brasileiro, que por outro lado é
sempre admirado pela sua criatividade e persistência.
Os fatos devem ser encarados de maneira objetiva. Não basta apenas sonhar,
deve-se transformar o sonho em ações concretas, reais, mensuráveis. Para isso,
existe uma simples, porém, para muitos, tediosa, técnica de se transformar
sonhos em realidade: o planejamento.

#SAIBA MAIS
Com tudo que vemos na atualidade sobre gestão estratégica e educação
corporativa começamos a perceber a real necessidade da correta gestão de
pessoas com foco em gerir e direcionar os colaboradores ao objetivo e metas da
empresa ou organização. Chiavenato (1999) o foco de uma correta gestão de
pessoas é alinhar todos os processos e pessoas com as estratégias da
organização.

O treinamento e desenvolvimento dos colaboradores está atrelado a um modelo


de gestão com foco na educação contínua e na valorização das pessoas como
diferencial competitivo da organização, ou seja, isso é uma mudança completa
de cultura organizacional com foco em inovação e conhecimento.

Se voltarmos aos primórdios da utilização da gestão de pessoas percebemos


que anteriormente os processos e treinamentos eram voltados muito mais para
os processos e operações do que propriamente para as pessoas. Na visão de
Chiavenato (1999) foi só a partir da evolução dos modelos de gestão que o foco
para a ser nas pessoas, desenvolvendo programas que buscam o
desenvolvimento humano e profissional através de treinamentos bem
elaborados e planejados.
Segundo Marras (2001, p.145) “Treinamento é um processo de assimilação
cultural a curto prazo, que objetiva repassar ou reciclar conhecimento,
habilidades ou atitudes relacionadas diretamente à execução de tarefas ou à sua
otimização no trabalho”. Robbins (2002, p. 469) comenta que “A maioria dos
treinamentos visa à atualização e ao aperfeiçoamento das habilidades técnicas
dos funcionários”.

Entende-se que o treinamento é uma forma de valorizar as pessoas e suas


potencialidades que podem ser utilizadas na organização para um melhor
atendimento aos clientes, sendo visto como capital humano da organização, que
nunca é igual, pois as pessoas são diferentes e isso reflete nos resultados da
organização.

Já o desenvolvimento é conceituado por (CHIAVENATO, 2009 p.39) como


“educação que visa ampliar, desenvolver, e aperfeiçoar a pessoa para seu
crescimento profissional em determinada carreira na organização ou para que
se torne mais eficiente e produtivo em seu cargo”.

Para Vargas (1996, p. 126):

Treinamento e desenvolvimento são a aquisição sistemática de


conhecimentos capazes de provocar, a curto ou longo prazo, uma mudança
na maneira de ser e de pensar do indivíduo, através da internalização de
novos conceitos, valores ou normas e da aprendizagem de novas
habilidades.

Veja que o treinamento envolve a busca pela melhoria do comportamento das


pessoas através de processos sistemáticos, já o desenvolvimento são técnicas
e procedimentos que possam levar as pessoas a crescerem dentro da
organização, o que por consequência traz melhores resultados para a empresa.

A grande competição do mercado tem exigido das organizações uma busca por
gerir seus negócios com foco estratégico. Por isso a gestão de pessoas é vista
como a forma de conseguir fazer com que as estratégias sejam executadas com
eficiência, através da utilização das potencialidades de cada pessoa dentro de
um grupo de trabalho.

Segundo Girardi (2008, p.67) “A atuação estratégica integra o contexto


organizacional atual, dinâmico e competitivo, resultando no desempenho eficaz
e no desenvolvimento das organizações”.

Segundo Girardi (2008, p 91) “A Estratégia Organizacional está centrada nas


pessoas, é preciso valorizá-las, colocá-las diante de desafios e oportunidades
reais de desenvolvimento, e elas trarão competitividade à organização” Ou seja,
recurso humano é fundamental para qualquer organização atingir os seus
objetivos.
Eboli (2004) afirma que cada vez mais as pessoas são vistas como diferencial,
isso causado maior exigência e uma busca por indivíduos que tenham facilidade
ao autodesenvolvimento e a uma aprendizagem contínua. Ou seja, isso
demonstra que cada vez mais as pessoas precisam ser gestoras de seu trabalho
e coordenadoras de seus próprios recursos, informações e decisões.

Dentro deste contexto percebe-se que um colaborador que não e prepara e


busca atualização não consegue agregar valor à organização que faz parte, nem
é gerador de inovação e conhecimento. O novo perfil do profissional é de ser
alguém questionador que muda as realidades com vistas a um futuro melhor e
diferenciado.

As pessoas, na atualidade, precisam buscar constantemente o


autodesenvolvimento com foco no crescimento de suas qualificações e alcance
de melhores patamares em sua carreira. Isso reforça que a educação precisa
ser constante, pois mudança do mundo e do mercado também é constante.

Como afirmar Freire (1996) a educação e a formação constante precisam estar


unidas com o objetivo da geração do conhecimento e da aprendizagem. Isso só
reforça que quem precisa mudar somos nós, as pessoas, para que sejamos os
agentes transformadores da realidade social e organizacional.

Desenvolver pessoas não é apenas transferir informações mas é o aprendizado


de novos conhecimentos para tornar as pessoas mais eficientes em suas
funções. Esse aprendizado leva os indivíduos a uma mudança de postura, onde
deixamos de ser passivos e começamos a ser ativos transformadores de
realidade, e é exatamente isso que as empresas buscam constantemente nesse
mercado tão competitivo.

Quando as empresas e organizações incentivam o aprendizado de cada pessoa,


consegue desenvolver as potencialidades individuais e com isso haverá uma
partilha de conhecimentos entre cada pessoa agregando valor e gerando
diferencial competitivo. Eboli (2004) afirma que essas atitudes levam as pessoas
a desenvolver o processo motivacional gerando resultados maximizados dentro
das organizações.

Chiavenato (2009) enfatiza que ainda, na atualidade, existem empresas que não
tem a visão correta de gestão de pessoas, ainda focadas nos processos e não
valorizando as pessoas como diferencial competitivo, isso acaba desmotivando
as pessoas e gerando uma empresa travada e pouco competitiva.

O novo modelo de organização exige que seus colaboradores e gestores sejam


rápidos, flexíveis, proativos e criativos para lidar com as dinâmicas complexas
do mercado atual. A educação corporativa veio como ferramenta essencial para
o treinamento e desenvolvimento do capital intelectual e do conhecimento com
objetivo de melhores resultados.
A Gestão de Pessoas deve ser uma forma de implementar a área de
treinamento, valorizando o capital humano. Com isso podemos citar Abbad e
Vargas (2006) que elencam cinco conceitos que estão conectados com a
aprendizagem e que melhoram o processo de treinamento de desenvolvimento,
a saber:

● informação,

● instrução,

● treinamento,

● desenvolvimento e

● educação.

Esse desenvolvimento humano pode acontecer através de diversas ferramentas


que devem ser utilizadas nessa educação contínua, como: leitura, observação,
pesquisas, conversas, viagens, salas de aula, por meios eletrônicos. Tudo sendo
usado para desenvolver o aprendizado.

Isso só demonstra que as organizações precisam renovar a gestão de pessoas


e o treinamento e desenvolvimento, pois não devemos apenas treinar mas sim
levar as pessoas a pensar e desenvolver suas competências através da
educação corporativa.

Meister (1999) afirma que o aprendizado contínuo com a educação corporativa


exige que as pessoas e a organizações estejam comprometidos com ensino,
aprendizagem e educação, com vistas ao desenvolvimento das pessoas.

As empresas e organizações precisam de maior eficiência se querem se manter


nesse mercado tão dinâmico e complexo, principalmente com as tecnologias que
têm transformado os clientes em pessoas mais exigentes e com informações
mais detalhadas ao alcance de um clique na internet. Precisamos de
colaboradores com maior competência e qualidade para gerarmos diferencial
competitivo em relação aos concorrentes.

Fonte: o autor.

#SAIBA MAIS

Na atualidade, até mesmo pelas questões tecnológicas, existe uma vasta


disponibilidade de informações circulando no mundo todo e sobre o mundo todo,
a um clique de distância. Com isso as pessoas passam a ver muitas coisas ao
mesmo tempo, isso demonstra que a informação pertence a todos e está ao
alcance de todos. Mas isso não é o suficiente para gerar conhecimento, se faz
necessário absorver as informações importantes e transformá-la em
conhecimento e inovação, segundo afirma Bresciani (1999).

Já na visão de Pagnozzi (2002), o conhecimento é algo valioso e mais poderoso


do que os recursos naturais, industriais ou até mesmo do que dinheiro. As
empresas de sucesso são aquelas que conseguem trabalhar com as melhores
informações e as utilizam de maneira estratégica e eficaz.

No novo modelo de negócios a informação se tornou recurso econômico gerador


de receitas e benefícios, ou seja, a boa informação vale mais do que dinheiro.
Isso demonstra que as pessoas são as geradoras de diferencial competitivo para
as organizações, pois são elas que absorvem e transformam as informações e
ações estratégicas e conhecimento.

Na visão de Eboli (2004), o conhecimento é fonte de vantagem competitiva para


as organizações que querem uma gestão sustentável e duradoura. A visão é que
gerar e transferir conhecimento na empresa é um processo de aprendizagem,
que deve ser contínuo.

Eboli (2004, p. 56) diz que:

Gerir o conhecimento de forma a favorecer a inteligência empresarial e o


seu alto desempenho, otimizando processos de pesquisa e validação do
conhecimento, de educação das pessoas para que assimilem os
conhecimentos essenciais, de divulgação dos conhecimentos
organizacionais transformando-se em inteligência empresarial e a
aplicação de ações que estimulem as pessoas a atuar, colocando em
prática os conhecimentos assimilados, é neste momento que o
conhecimento torna-se competência.

O conhecimento deve ser o foco central das organizações, sem essa busca é
muito difícil uma empresa obter sucesso em seus empreendimentos. Devemos
encarar que as pessoas são as grandes geradoras de diferencial competitivo e,
por isso, precisamos investir em educação para gerar diferenciais com uso dos
potenciais profissionais que existem dentro de nossa organização.

A gestão do conhecimento não é uma prática nova, pois na visão de Devenport


e Prusak (1998), mesmo antes de se falar nesse tema muitos gestores já
enxergavam e valorizavam o know-how e experiência de seus colaboradores,
somente na década de 1990 que a gestão do conhecimento é vista como
estratégia organizacional.

As organizações passaram a valorizar e ter essa nova postura devido a diversos


fatores, os quais podemos destacar:

● o aprofundamento do processo de globalização, que caracteriza-se pela


internacionalização das economias, a queda das barreiras alfandegárias
e o surgimento de grandes blocos econômicos regionais.
● o advento das tecnologias de informação e comunicação (TICs), que
passaram por um processo acelerado de aperfeiçoamento técnico e
trouxeram uma maior facilidade de ordenar, armazenar, recuperar e
disseminar informações. O desenvolvimento de redes de computadores e
softwares de gerenciamento permitiu que isto ocorresse com custos
relativamente baixos.

● a emergência de novos formatos de organização do trabalho e da


produção, com a adoção de estruturas mais flexíveis e horizontais no
lugar dos ícones da era industrial, como a especialização, produção em
escala e padronização, comando baseado na hierarquia e verticalização
da produção.

● a incorporação de inteligência a um conjunto crescente de produtos e


serviços, o que por sua vez provoca um declínio relativo na importância
dos ativos convencionais (capitais físicos) como geradores de riqueza e
atribui maior peso aos ativos intangíveis (softwares, patentes, royalties,
marcas, relacionamento, talentos, habilidades, experiência, etc).

Na visão de Bresciani (1999) o conhecimento é o resultados de um processo


complexo, que envolve valores dos indivíduos e do seu ambiente cultural, onde
o fluxo de informações é diverso, formando o perfil de cada colaborador da
empresa, isso leva a formação da cultura organizacional.

Esta cultura é formada por comportamentos e valores que são compartilhados


entre as pessoas ou grupos, gerando comportamentos específicos e
diferenciados de empresa para empresa.

Carvalho (2001) afirma que para compreendermos a cultura organizacional é


necessário entender que a organização é uma formação cultural que varia
dependendo do ambiente que estão inseridas, agregando valores, crenças,
diferenças regionais e de nacionalidades, entre outros fatores.

Dependendo como é a cultura organizacional de uma empresa pode facilitar a


implantação de um projeto de educação corporativa. Nesse sentido Tanure
(2006) comenta que existem organizações que iniciam já abertas e dispostas ao
aprendizado e mudar a realidade, tendo as seguintes premissas como foco:

● Gestão do equilíbrio;

● Criação de um novo ambiente revitalizador;

● Construção de relações de confiança e percepção de justiça.

As organizações perceberam que a educação precisa ser contínua, onde o foco


é a competitividade, a agilidade, o foco deve ser o cliente, a busca pela gestão
sustentável, compromisso e apoio, além de colaboratividade para atingir
resultados maximizados.

Por isso muitas empresas começam a investir em projetos para transformação


da cultura organizacional, com foco em mudar os comportamentos individuais e
criar um ambiente proativo para eficiência no atendimento às necessidades do
mercado consumidor. Essa mudança só acontece quando todos compreendem
que é necessário mudança, onde os líderes e gestores passam a ser educadores
diante de uma equipe que esteja aberta às mudanças, gerando conhecimento e
melhor assimilação das informações.

Um projeto de educação corporativa pode levar a empresa a desenvolver uma


cultura organizacional flexível e preparada para um mercado que exige mais e
precisa de atendimento diferenciado. Eboli (2004) afirma que a educação
corporativa leva a um fortalecimento, integração e disseminação de uma cultura
organizacional participativa, colaborativa e proativa, onde os valores e a ética
são pautadas como diferenciais no atendimento aos consumidor que deseja um
atendimento que supra seus desejos e necessidades.

Percebemos que a educação e o conhecimento são geradores de mudanças


extremamente positivas em um ambiente organizacional, valorizando cada
pessoa, mas também agregando valores no grupo que atuará no processo
organizacional. Isso só reforça que nesse modelo de educação a empresa passa
a ter comportamentos estratégicos e vantagem competitiva perante seus
concorrentes.

A gestão de pessoas e do conhecimento tem sido a grande busca das


organizações como forma estratégica para atingir melhores resultados no
mercado competitivo. Através da implantação da uma gestão voltada a educação
corporativa isso tem mudado radicalmente e várias organizações têm
conseguido maximizar seus resultados e criando aprendizado e conhecimento
dentro de seus ambientes.

Por definição da Gestão do Conhecimento é vista como um conjunto de


estratégias que levam à criação e compartilhamento de conhecimento e fluxos
de informações para gerar novas idéias e solucionar problemas para uma melhor
tomada de decisão. Ao mesmo tempo que a Gestão de Pessoas é buscar
qualidade, formação de habilidades e aumento de desempenho para geração de
uma melhor capacitação profissional.

Essas duas visões precisam trabalhar juntas para que a organização tenha uma
postura estratégica e inovadora perante o mercado e concorrentes. O desafio é
gerar o anseio por parte dos colaboradores em querer desenvolver suas
competências e desenvolver um indivíduo que trabalhe de forma proativa e
colaborativa em foco a atingir os resultados planejados pela empresa ou
organização.
Isso nos leva a entender que a gestão de pessoas e do conhecimento busca
desenvolver as pessoas, levando a busca por um aprendizado contínuo e que
se integre às estratégias organizacionais, melhorando todos as aspectos
internos da gestão.

Isso tudo só acontece acompanhado com muito planejamento e em paralelo com


os interesses da organização, de forma que o ambiente propicie que as pessoas
desenvolvem seu processo motivacional e com isso atinjam melhores
resultados.

A gestão do conhecimento tem o poder de levar as pessoas a desenvolver seu


autoconhecimento, isso torna os indivíduos em pessoas sempre atualizadas e
preparadas, agregando valor em suas vidas pessoais e profissionais.

O foco das organizações deve ser desenvolver as pessoas de forma contínua,


gerando o desenvolvimento das habilidades e competências, de forma a gerar
melhores relacionamentos e trabalhos em equipe, com isso fortalecendo toda a
organização. Perceba que isso é um processo e precisa ser trabalho dia após
dia para que os resultados sejam realmente alcançados.

Isso precisa ser bem entendido, pois dentro das organizações as pessoas não
são iguais, elas receberam formações diferentes, filosofias, ideias e influências
que tornam cada pessoa única e diferenciada. Por isso implantar uma gestão do
conhecimento e de pessoas exige que os gestores enxerguem essas diferenças
e trabalhem cada pessoa de forma personalizada com foco em maximizar o
resultado em conjunto. Parece estranho, mas quando cada um de nós conhece
nossas capacidades isso facilita o trabalho em equipe.

Em meio a tantas tecnologias aumentou muito a diversidade e diferenças entre


as pessoas, por isso a necessidade de desenvolver ferramentas que facilitem o
desenvolvimento das competências de forma eficiente, e de forma que valorize
as pessoas que buscam aprimoramento. Nesse sentido as empresas precisam
ter um bom sistema de recrutamento e seleção, para que já seja filtrado as
pessoas que querem fazer a diferença. Infelizmente existem indivíduos que não
querem esse crescimento e isso pode prejudicar a organização em atingir seus
objetivos.

Isso só reforça a ideia que tudo no mundo muda, evolui e se transforma. Com a
Gestão de Pessoas não é diferente, precisamos estar preparados para as
mudanças e com isso achar formas de gerenciar as pessoas e a organização
com o máximo aproveitamento das potencialidades.

Com isso, percebe-se que existem várias formas de gerenciamento, exatamente


pelas diferenças existententes entre as pessoas e os ambientes organizacionais.
Mas mesmo com toda essa diversidade é necessário buscar a geração de
conhecimento e o desenvolvimento contínuo das competências dos indivíduos,
e com isso será possível chegar a resultados muito maiores e melhores.

O sucesso é apenas uma questão de fazer as escolhas certas pautados em


valorizar a educação e o conhecimento.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Perceba que entender de empreendedorismo e mercado é essencial para
sermos um profissional completo e com comportamentos voltados a desenvolver
o ambiente onde estivemos atuando.
Ser empreendedor não é apenas abrir uma empresa e sim agir com visão de
crescimento e com foco em atingir objetivos estratégicos. Mas para tanto se faz
necessário a busca de conhecimento, através de cursos, projetos, cursos
superiores, pós-graduações que o levarão a aprimorar essa visão de maneira
eficiente e objetiva.
Todo empreendimento precisa ser planejado e verificar a viabilidade de
execução desse projeto, pois envolverá dinheiro, recursos humanos,
equipamentos e outros fatores que exigem um planejamento apurado e
detalhado.
Por isso, precisamos compreender que não existe sucesso sem conhecimento e
planejamento. Se você quer abrir uma empresa o primeiro passo é entender o
mercado e suas variações, além de levantar quais serão os custos e
investimentos necessários para que seu empreendimento tenha saúde.
Lembre-se, tudo precisa de planejamento, você não faz uma viagem sem
planejar, logo, um empreendimento não será diferente, principalmente se você
quer que ele tenha uma vida longa e saudável em um mercado competitivo e
exigente. Ser empreendedor exige cuidados, por isso, não devemos fazer as
coisas só porque achamos interessante. Primeiramente devemos avaliar e
pesquisar. Mais adiante entenderemos como funciona um plano de negócios
para somar com os conhecimentos até aqui explanados e discutidos.
Até a próxima!

#LEITURA COMPLEMENTAR#
O que é empreendedorismo?
Empreendedores questionam a realidade e fazem acontecer a evolução todos
os dias, em todas as partes do Brasil e do mundo. Ao inovar e solucionar
problemas de outras pessoas, de outras empresas ou de toda a sociedade, um
empreendedor e seu novo negócio promovem um grande desenvolvimento.
Nós acreditamos que o exemplo desses empreendedores é fonte de inspiração
para fazer mais e melhor, e que quanto maior o sonho, maior a disposição para
enfrentar obstáculos.
O empreendedorismo pode estar latente ou manifestado de diferentes formas.
Há pessoas com um forte espírito empreendedor que o exercem em diferentes
lugares e situações: em casa, quando decidem fazer uma reforma que otimize
o espaço; na empresa em que trabalham, quando um projeto precisa ser levado
adiante; na vida, quando chega o momento de mudar. Há pessoas que aplicam
todo esse potencial em um novo negócio – do tamanho que seja, contribuem
gerando empregos para sua comunidade, gerando renda para a economia local,
e solucionam uma demanda por meio da inovação.
Há ainda pessoas que fazem desse negócio algo muito maior. São
empreendedores de alto impacto, que transformam sonhos grandes em
iniciativas de alto impacto, revolucionam seus mercados, crescem e fazem
crescer, sem pegar atalhos e servindo de exemplo para gerações futuras.
Desde que a Endeavor foi fundada, acreditamos muito na força do exemplo
como fonte de inspiração para novos empreendedores de alto impacto ajudarem
o Brasil a crescer.
Por isso, buscamos sempre apoiar empreendedores que admiramos: os
Empreendedores Endeavor – dentre os quais estão nomes como Wilson Poit,
Leila Velez, Marcelo Sales e Bento Koike – nos ajudam nessa missão, junto a
uma rede incrível de embaixadores e mentores, que disseminam a causa.
Cada indústria tem sua lista de jargões. São vários os termos que você vai
encontrar pela frente ao longo de sua jornada. Como empreendedor, é
importante que você esteja familiarizado. Aqui vão 25 deles:
Aceleradora: A aceleração dentro de uma aceleradora pode incluir apoio
financeiro, mas está baseada principalmente no suporte à criação e ao
desenvolvimento do negócio, com sessões de coaching e/ou mentoring durante
um período. Enquanto as incubadoras estão mais ligadas a universidades e a
projetos governamentais, as aceleradoras são financiadas com capital privado
e apoiam startups, empresas de alto potencial de crescimento.
Break-even: Em português, break-even é “ponto de equilíbrio”. Acontece
quando os custos da empresa são iguais às suas receitas. Como tudo que a
empresa recebe paga somente as despesas, o lucro (ou resultado do período),
acaba sendo 0, nesse caso.
Capital de giro: Capital de giro são os recursos financeiros utilizados para cobrir
os custos do dia a dia da empresa e para sustentá-la entre o pagamento de
despesas e o recebimento da receita de clientes.

Fonte: Endeavor… ([2017], on-line).


#LEITURA COMPLEMENTAR#

#MATERIAL COMPLEMENTAR#
#LIVRO#
Título: Gestão da Inovação e Empreendedorismo
Autor: Geciane Porto
Editora: Elsevier
Ano: 2013
Sinopse: esta obra traz uma abordagem nova na medida em que reúne, em um
único material, os conteúdos relacionados à inovação e empreendedorismo. O
principal diferencial é a consolidação de cinco grandes blocos de assuntos:
inovação, empreendedorismo, propriedade intelectual, transferência de
tecnologia e elaboração de projetos de P&D&I, discutidos em uma linguagem
voltada para pesquisadores e empreendedores de negócios de base
tecnológica. Desta forma, constitui-se em um material fundamental para
gestores de empresas, integrantes de órgãos de fomento e de Núcleos de
Inovação Tecnológica (NIT), além de empreendedores individuais e
pesquisadores de áreas tecnológicas que desejam abrir suas empresas.
#LIVRO#

#WEB#
Neste Link, você pode saber um pouco mais sobre os 3 elementos básicos do
empreendedorismo. ACESSE O MATERIAL DISPONÍVEL EM:
<https://www.youtube.com/watch?v=o5I9cx2Tb64>. Acesso em: 23 jun. 2017.
#WEB#

REFERÊNCIAS
Bruno Cunha: <http://www.brunocunha.com/blog/financas/valor-dinheiro-no-
tempo/>. Acesso em: 20 jul. 2018.
CHARBEL:<http://operandobien.blogspot.com.br/2007/10/desconto-comercial-
ou-racional-qual.html>. Acesso em 14 jul. 2018.
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo, dando asas ao espírito
empreendedor São Paulo: Saraiva, 2009.
DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa. São Paulo: Cultura Editores
Associados, 2006.
Endeavor: <https://endeavor.org.br/tudo-sobre/empreendedorismo/>. Acesso
em 21 jul. 2017.
EPX: <https://epxx.co/ctb/hp12c.html>. Acesso em 13 jul. 2017.
FALLET João, BC surpreende e reduz Selic, mas Brasil ainda tem juros mais
altos do mundo. Disponível em:
<http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/09/110831selicanalisejf.shtml>
Acesso em: 13 Fev. 2018
FENELON (Empiricus), Marcio (2016):
<https://www.empiricus.com.br/newsletters/imoveis/como-lidar-com-aumento-
do-financiamento-imobiliario//>. Acesso em: 20 jul. 2018.
FRANCISCO, Walter D. Matemática financeira. 7. ed. 6. tiragem. São Paulo:
Atlas, 1999.
FUNDAMENTUS: (www.fundamentus.com.br).
GOOGLESTORE:<https://play.google.com/store/apps/details?id=com.hp.hp12c
>. Acesso em 24 jul. 2018.
GREMAUD, Amaury Patrick. Et al. Manual de economia; Organizadores: Diva
Benevides Pinho, Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos. 4. Ed. São Paulo:
Saraiva, 2003.
HAZZAN, S.; Pompeo, J. N. (2004). Matemática financeira. São Paulo: Saraiva.
HIRSCHFELD, Henrique. Engenharia econômica e análise de custos. São
Paulo: Atlas, 2000.
KNOOW: <http://knoow.net/cienceconempr/economia/indice-precos-no-
consumidor-ipc/>.
PUCCINI, Abelardo de Lima. Matemática financeira, objetiva e aplicada. São
Paulo: Saraiva, 2009.
RAYMUNDO, Pedro José, FRANZIN, Narciso A. O valor do dinheiro no tempo:
matemática comercial e financeira. 2. ed. Maringá: Editora Clichetec, 2009.
XAVIER, Carlos Magno S. Gerenciamento de projetos, como definir e
controlar o escopo do projeto. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

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