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ÍNDICE
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 2
A QUÍMICA COMO CIÊNCIA ........................................................................ 3
ÁREAS CLÁSSICAS DA QUÍMICA ................................................................ 4
CONHECIMENTO ACUMULADO EM QUÍMICA ...................................... 5
ALGUNS LIVROS BÁSICOS EM QUÍMICA ..................................................... 7
IMPORTÂNCIA DO EXPERIMENTO EM QUÍMICA...................................... 9
RELATÓRIO....................................................................................................... 13
IMPORTÂNCIA DA AULA TEÓRICA .............................................................. 14
PARTICIPAÇÃO NA VIDA ACADÊMICA ........................................................ 15
INICIAÇÃO CIENTÍFICA ................................................................................. 16
PÓS-GRADUAÇÃO ........................................................................................... 18
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 19
Nota sobre os Autores ...................................................................................... 19
INTRODUÇÃO
O universitário brasileiro, de modo geral, desconhece os aspectos mais importantes do seu
curso de graduação e, como consequência, conduz seus estudos apenas na medida exata da
aprovação nas diversas disciplinas. O objetivo deste trabalho é nortear os alunos de Química na
aquisição de uma visão acadêmica global.
Os destinatários imediatos deste GUIA são todos os calouros de Química, contudo, acredi-
tamos que a maioria dos assuntos tratados são também de utilidade aos veteranos, principal-
mente os relativos a iniciação científica e pós-graduação.
Pelas características deste trabalho, todo profissional da Química teria condição de redigí-
lo, acrescentando sua experiência e apresentando uma exposição melhor que a nossa. Também
os alunos, seguramente, terão algumas sugestões a apresentar. Portanto, convocamos todos a
melhorar este texto.
Os interessados poderão adaptar o texto básico do GUIA à sua escola e distribuí-lo aos
alunos dos cursos de graduação em química, seguindo a iniciativa da Universidade Federal do
Piauí. Cópia deste texto escrito no processador Word for Windows 2.0, está disponível em
disquete (solicitar aos autores) e em BBS (ligar para (011) 818-3828 e, via modem, copiar
arquivo INFOQUIMICA - Série Beta, BB56003Z.DOC).
Teresina, junho de 1995
RELATÓRIO
O relatório deve conter as seguintes partes: título, sumário, introdução teórica, parte experi-
mental, resultados e cálculos, discussão, conclusão e bibliografia.
TÍTULO: Frase sucinta que indica o principal objetivo da experiência.
SUMÁRIO: Resumo de no máximo cinco linhas de tudo o que foi feito, inclusive dos
resultados alcançados.
INTRODUÇÃO TEÓRICA: Descrição de toda teoria necessária ao entendimento da
prática e da discussão dos resultados. Deve ser uma síntese própria dos vários livros con-
sultados. Nesta introdução deve conter o objetivo do trabalho. O professor percebe facil-
mente quando o aluno começa a encher linguiça. Evite rodeios.
PARTE EXPERIMENTAL: Descrever o procedimento experimental, ressaltando os prin-
cipais materiais e equipamentos utilizados.
RESULTADOS E CÁLCULOS: Consiste na apresentação de todos os dados colhidos
em laboratório ou calculados a partir deste . Devem ser apresentados na forma de tabelas,
gráficos, etc., de modo a comunicar melhor a mensagem.
DISCUSSÃO: Discutir os dados obtidos à luz da teoria exposta e comparar com os dados
da literatura. A discussão é a parte do relatório que exige maior maturidade do aluno.
CONCLUSÃO: Síntese pessoal sobre as conclusões alcançadas com o seu trabalho. Enu-
mere os resultados mais significativos do trabalho.
REFERÊNCIAS: Livros e artigos usados para escrever o relatório. Devem ser indicados
cada vez que forem utilizados.
INICIAÇÃO CIENTÍFICA
FINALIDADE DA INICIAÇÃO CIENTÍFICA
As disciplinas teóricas e práticas nos revelam o patrimônio da ciência até aquele instante,
dando a chave para o entendimento de fatos ou nos desafiando com fatos ainda não interpreta-
dos; contudo, não basta conhecer as Leis e os dramas da ciência de nossa época, é necessário
também fazer ciência.
Talvez o principal objetivo da iniciação científica seja aprender o modo de trabalho do
pesquisador: dimensionar o problema, procurar as formas de solucioná-lo, desenvolver as habi-
lidades requeridas para a aplicação dos métodos e técnicas, analisar os resultados obtidos à luz
do patrimônio da ciência e redigir a sua pequena contribuição.
ESCOLHA DO TRABALHO/ORIENTADOR
Geralmente os professores se sentem seguros quando orientam na área que tem grande
domínio, pois já mantêm um contato regular com a literatura especializada.
Os alunos que desejam começar um trabalho de pesquisa raramente tem um interesse espe-
cífico. Geralmente escolhem apenas uma das grandes áreas da Química com a qual tenha mais
afinidade (Orgânica, Físico-Química, Analítica ou Inorgânica) e daí procuram um professor da
área para orientá-los.
O relacionamento aluno/orientador está sujeito a todas as variantes do relacionamento
humano. Portanto, a centralidade nos objetivos do trabalho e a compreensão mútua garantem o
bom êxito do trabalho.
RELATÓRIO DE PESQUISA
Após os primeiros contatos com o orientador deverá surgir o projeto de pesquisa que defi-
ne, de modo claro, os objetivos do trabalho, sua importância e o cronograma. O projeto é um
guia, ao menos no início, no desenvolvimento do trabalho.
Desde o início o aluno deverá anotar, de forma sistemática, todos os resultados e observa-
ções feitas durante o trabalho. Este material será precioso no momento de escrever o relatório
parcial ou final da pesquisa.
O relatório de pesquisa é um documento técnico do ocorrido durante o trabalho, deverá
apresentar os resultados obtidos e a perspectiva de desenvolvimento, como também as dificul-
dades. É uma prestação de contas para o orientador e/ou para a instituição.
DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
Não tem sentido que um trabalho de pesquisa fique esquecido para sempre num canto de
laboratório. Esse deverá ser apresentado à comunidade científica seja em encontros, congres-
sos, seminários ou através de artigos científicos publicados em revistas especializadas.
A divulgação científica é o resultado da reflexão sobre o trabalho desenvolvido. Deve
conter uma explicação do problema, o modo como outros pesquisadores o estudaram e o modo
como foi enfrentado no seu trabalho. Deve conter os principais resultados, uma análise e dis-
cussão dos mesmos e terminar com a conclusão sobre o trabalho. Além disso a divulgação
cientifica enriquece o trabalho, pois pode abrir novas perspectivas e advir daí sugestões para
trabalhos científicos posteriores.
PÓS-GRADUAÇÃO
Pós-graduação é o nome genérico que é dado aos cursos que têm como requisito mínimo a
conclusão do curso de graduação; são eles: Especialização (lato sensu), Mestrado e Doutora-
do (stricto sensu).
O curso de Especialização tem carga horária de 360 horas e pode exigir a apresentação de
um trabalho monográfico ao final do curso.
O curso de Mestrado tem duração de 2 a 3 anos e é obrigatória a apresentação de uma
dissertação sobre o trabalho realizado no período. Não é necessário ter feito Especialização
para ingressar no Mestrado.
O curso de Doutorado tem duração de 3 a 5 anos, exigindo trabalho mais aprofundado de
pesquisa. As teses de Doutorado devem ser trabalhos inéditos de pesquisa. É possível, ao aluno
de mestrado, solicitar mudança para doutorado, desde que o andamento do trabalho e o seu
desempenho justifiquem a mudança.
Os cursos de Mestrado e Doutorado exigem a orientação de um professor que tenha o
título de Doutor ou equivalentes (D. Sc. = Doctor of Science ou Ph. D. = Doctor of Philosophy).
Muitas universidades brasileiras possuem curso de pós-graduação em nível de mestrado e dou-
torado na área de Química. Os alunos de pós-graduação recebem bolsas de estudo que permitem
engajar-se no trabalho de pesquisa em tempo integral.
O Pós-doutorado não constituí um título em si, é apenas um estágio que os Doutores po-
dem fazer para consolidar ou atualizar seus conhecimentos numa determinada área. O período
deste estágio pode ser de 6 meses a dois anos. O Pós-doutorado pode ser feito várias vezes
durante a carreira do Pesquisador.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Universidade procura formar o profissional da Química que saiba vencer os desafios
presentes e futuros da profissão. Portanto, conhecer as tendências da Química nos próximos
anos ajudará a preparar-se melhor para o desafio profissional que os espera. Por isso, vale a
pena manter um olho nos classificados e o outro em artigos como o de G. M. Whitesides - What
will chemistry do in next twenty years? Angew. Chem. Int. Ed. Engl., 29, 1209-1218 (1990).
Hoje em dia, não basta mais ter o Diploma para ter emprego garantido. Em todos os setores
que necessitam de um profissional da Química, exigem competência. O empenho durante todo
o curso assegurará o êxito profissional.
José Machado Moita Neto nasceu em Teresina-PI em 1960. Fez curso Técnico em Quí-
mica no Colégio Diocesano, onde lecionou de 1978 a 1984. Graduou-se na Universidade
Federal do Piauí em Licenciatura em Química e Engenharia Civil. É Professor do Departa-
mento de Química da UFPI desde 1983. Fez Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado em
Físico-Química na Universidade Estadual de Campinas.