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– A nossa confiança na oração de petição tem o seu fundamento na infinita bondade de Deus.
– A intercessão da Virgem.
Para nos animar a esta oração de súplica, Jesus quis dar-nos todas as
garantias possíveis, ao mesmo tempo que nos mostrava as condições a que
devem obedecer sempre as nossas preces. O Evangelho da Missa fala-nos de
uma viúva que clamava sem cessar perante um juiz iníquo; este resistia a
atendê-la1, mas, pela insistência da mulher, acabou por prestar-lhe ouvidos.
Deus aparece na parábola em contraste com o juiz. E Deus não fará justiça
aos seus escolhidos que clamam a ele dia e noite, e tardará em socorrê-
los? Se esse juiz que era injusto e iníquo decidiu finalmente fazer justiça, o que
não fará Aquele que é infinitamente bom, justo e misericordioso?
Jesus conclui assim a parábola: Prestai atenção ao que diz este juiz iníquo.
E Deus não fará justiça aos seus escolhidos que clamam a ele dia e noite, e
tardará em socorrê-los? Santo Agostinho comenta: “Portanto, devem estar bem
confiantes os que pedem a Deus com perseverança, porque Ele é a fonte da
justiça e da misericórdia”2. Se a constância abranda um juiz “capaz de todos os
crimes, com quanto maior razão devemos prostrar-nos e rogar ao Pai das
misericórdias, que é Deus?”3
“Mas a grande miséria que nos faz sofrer, a grande necessidade a que
queremos pôr remédio é o pecado, o afastamento de Deus, o risco de que as
almas se percam por toda a eternidade”14. O estado da alma dos que convivem
conosco deve ser a nossa primeira preocupação, o pedido mais urgente que
elevamos diariamente ao Senhor, certos de que nos escutará.
(1) Lc 18, 1-8; (2) Santo Agostinho, Catena Aurea, vol. VI, pág. 295; (3) Teofilacto, Catena
Aurea, vol. VI, pág. 296; (4) Santo Agostinho, Sermão 61, 6-7; (5) São Josemaría
Escrivá, Forja, n. 66; (6) Ti 5, 16; (7) cfr. Jo 15, 16; 16, 26; (8) cfr. São Cirilo de
Jerusalém, Comentário ao Evangelho de São João, 16, 23-24; (9) Ti 5, 11; (10) cfr. Êx 34, 6;
Joel 2, 13; Lc 1, 78; (11) cfr. São Tomás de Aquino, Suma teológica, I, q. 21, a. 4; II-II, q. 30, a.
4; (12) São Tomás de Aquino, Suma teológica, I, q. 21, a. 3; (13) João Paulo II, Carta
Encíclica Dives in misericordia, 30.11.80, 2; (14) São Josemaría Escrivá, Amar a la Iglesia, 2ª
ed., Palabra, Madrid, 1986, págs. 77-78; (15) Concílio Vaticano II, Constituição Lumen gentium,
58; (16) Jo 2, 11; (17) Santo Afonso Maria de Ligório, Sermões abreviados, 48; (18) São
Josemaría Escrivá, Forja, n. 272.