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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE LETRAS
Letras Língua Portuguesa a Distância
Disciplina: Metodologia 3
Professor: Álisson da Hora

Aluno(a): __________________________________________ Data: ___ / ___ / ___

Polo:

PROVA REGULAR

Texto 1

A leitura é uma experiência e se encontra, como tal, submetida a um conjunto de


variáveis que a priori não são da competência da teoria literária. No grande jogo das
interpretações, as forças do desejo e as tensões da ideologia têm um papel decisivo.
Em todo caso esse jogo só é possível na medida em que os textos o permitem. Isso
não significa que um texto autoriza qualquer leitura, mas que ele próprio possui um
jogo. (Michel Charles apud Vicent Jouve, A leitura, p.31)

1 – A partir da leitura do Texto 1 discorra brevemente acerca do papel do leitor na


tríade “autor – obra – público”.

Texto 2

Os autores jogam com os leitores e o texto é o campo do jogo. O próprio texto é o


resultado de um ato intencional pelo qual um autor se refere e intervém em um mundo
existente, mas, conquanto o ato seja intencional, visa a algo que ainda não é acessível
à consciência. Assim o texto é composto por um mundo que ainda há de ser
identificado e que é esboçado de modo a incitar o leitor a imaginá-lo e, por fim, a
interpretá-la. Essa dupla operação de imaginar e interpretar faz com que o leitor se
empenhe na tarefa de visualizar as muitas formas possíveis do mundo identificável, de
modo que, inevitavelmente, o mundo repetido no texto começa a sofrer modificações.
Pois não importa que novas formas o leitor traz à vida: todas elas transgridem - e, daí,
modificam - o mundo referencial contido no texto. Ora, como o texto é ficcional,
automaticamente invoca a convenção de um contrato entre autor e leitor, indicador de
que o mundo textual há de ser concebido, não como realidade, mas como se fosse
realidade. Assim o que quer que seja repetido no texto não visa a denotar o mundo
mas apenas um mundo encenado. Este pode repetir uma realidade identificável, mas
contém uma diferença decisiva: o que sucede dentro dele não tem as consequências
inerentes ao mundo real referido. Assim, ao se expor a si mesma a ficcionalidade,
assinala que tudo é tão-só de ser considerado como se fosse o que parece ser; noutras
palavras, ser tomado como jogo. (Wolfgang Iser, apud Luiz Costa Lima, p. 107)

2 – Articulando os textos 1 e 2, escreva sobre a relação entre autor e leitor dentro


do “jogo” no qual a leitura acaba se tornando.
Texto 3

A literatura não apenas tem a palavra em sua constituição material, como também a
escrita é seu veículo predominante. A prática da literatura, seja pela leitura, seja pela
escritura, consiste exatamente em uma exploração das potencialidades da linguagem,
da palavra e da escrita, que não tem paralelo em outra atividade humana. Por essa
exploração, o dizer o mundo (re) construído pela força da palavra, que é a literatura,
revela-se como uma prática fundamental para a constituição de um sujeito da escrita.
Em outras palavras, é no exercício da leitura e da escrita dos textos literários que se
desvela a arbitrariedade das regras impostas pelos discursos padronizados da
sociedade letrada e se constrói um modo próprio de se fazer dono da linguagem que,
sendo minha, é também de todos. (Rildo Cosson, Letramento literário, p.16)

3 – A partir do Texto 3 faça uma breve reflexão acerca da importância do


Letramento Literário.

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