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O QUE É PATOLOGIA?
O termo patologia*, etimologicamente, significa o estudo das doenças.
Entretanto, limitar a patologia a uma definição tão simplista é empobrecer a sua
amplitude. O campo de abrangência da patologia exige uma conceituação mais
elaborada, como:
*do grego, páthos: sofrimento ou doença1, e lógos: palavra, tratado, estudo, ciência,1,ou linguagem, proposição, definição, razão2.
2
*do grego, mycrós: pequeno, curto1, bíos:vida,1,2 e do grego: lógos: palavra, tratado, estudo, ciência 1,, ou linguagem,
proposição, definição, razão 2
**do grego, bakteria: bastão1, e lógos: palavra, tratado, estudo, ciência 1,, ou linguagem, proposição, definição, razão 2
***do grego, vírus: vírus1,2, e lógos: palavra, tratado, estudo, ciência 1,, ou linguagem, proposição, definição, razão 2
****do grego, mykes: cogumelo, e lógos: palavra, tratado, estudo, ciência 1,, ou linguagem, proposição, definição, razão 2
*****do grego, parasitos, e do latim, parasitu: animal que se alimenta do sangue do outro ou vegetal que se alimenta da
seiva do outro1, e do grego, lógos: palavra, tratado, estudo, ciência 1,, ou linguagem, proposição, definição, razão 2
*do grego, nosos: doença1 e do grego, logos: palavra, tratado, estudo, ciência 1,, ou linguagem, proposição, definição,
razão 2
patológicos. Porém, a presença dessas lesões não altera o estado de saúde dos
indivíduos portadores das mesmas. Entretanto, se informarmos a uma pessoa
emocionalmente lábil que a presença de uma pinta enegrecida na pele situada
na região plantar do pé pode significar uma lesão cancerosa altamente
maligna, denominada melanocarcinoma, capaz de matá-la em poucos meses,
essa pessoa poderá ficar nervosa, prostrada, indisposta, portanto doente,
mesmo que a lesão em questão continue a ser um simples nevus e não um
melanocarcinoma.13
NOSOLOGIA
Alterações Alterações
funcionais estruturais
Alterações Alterações
bioquímicas morfológicas
LESÃO
Fatores genéticos:
Fatores imunológicos:
Fatores hormonais:
Fatores psíquicos:
Fatores regressivos:
ETIOLOGIA
Fatores Fatores
intrínsecos extrínsecos
Econômicas
Genéticos Ambientais sociais Educacionais
Imunológicos Políticas
Hormonais Ambientais físicos
Psíquicos Ambientais químicos
Regressivos Ambientais biológicos
*do grego, páthos: sofrimento ou doença1, e do grego, gígnomai: gerar, ou do grego, gen: raiz, ou do grego, génesis, ou do
latim, gênese: geração, criação. 1, 2
PATOGENIA
Constituição
Predisposição Refratariedade
Agressão
Defesa
Homeostasia Lesão
Alterações de desenvolvimento:
*do grego, a: privação, negação e do grego, gígnomai: gerar, ou do grego, gen: raiz, ou do grego, génesis, ou do latim,
gênese: geração, criação. 1, 2
**do grego, a: privação, negação e do grego plásis: ação de modelar, dar feição, formador de, multiplicação, proliferação
1, 2
***do grego, hipo sob, debaixo de, embaixo, e do grego plásis:ação de modelar, dar feição, formador de, multiplicação,
proliferação 1, 2
****do grego, ektós: fora de, e do grego, topos: lugar. 1, 2
*****do grego, súmphusis: ação de nascer ou crescer junto, união, coesão.1
******do grego, sténos: estreito, apertado.1
*******do francês, atrésie: esteritamento de canal, imperfuração; do grego, a: privação, negação e do grego, trêsis: ação
de fazer orifício.1
Outro exemplo é a atresia esofágica com a porção proximal do esôfago,
ligada à faringe, terminando em fundo cego, com segmento esofágico
representado por cordão fibroso não canalizado ligando-se com a porção
distal do esôfago que chega ao cárdia. Geralmente a atresia esofágica é
associada com fístula conectando o fundo cego proximal com a traquéia ou o
fundo cego distal com a traquéia ou com um brônquio principal. Há
necessidade de correção cirúrgica para a manutenção da vida do indivíduo.
Hereditárias aneuploidia
Não-disjunção cromossomica
mosaicismo
Alterações Deleção
cromossômicas
Etiologia Translocação
não hereditárias
Físicas
Ambientais Químicas
Alterações do Biológicas
desenvolvimento Agenesia
Aplasia
Hipoplasia
Ectopia
Nosologia
Duplicação
Sínfise
Estenose
Atresia
Alterações de crescimento:
do idoso, que além do enrugamento pela perda do trofismo, fica mais escura,
acastanhada.
Os órgãos internos também sofrem hipotrofia, como o fígado e o coração,
que ficam menores e de cor acastanhada, aspecto denominado de atrofia
parda.
*do grego: hypér: posição superior, além, excesso e do grego, trophé: nutrição 1, 2
* do grego: hypér: posição superior, além, excesso e do grego, plásis:ação de modelar, dar feição, formador de,
multiplicação, proliferação 1, 2
**do grego, meta: mudança, posterioridade, além de, transcendência, e do grego, plásis:ação de modelar, dar feição,
formador de, multiplicação, proliferação 1, 2
***do latim, dis: separação, disjunção, dispersão, negação ou do grego, dys: mau estado, dificuldade, perturbação,
oposição e do grego, plásis:ação de modelar, dar feição, formador de, multiplicação, proliferação 1, 2
Neoplasia*: é o processo patológico que ocorre quando a lesão é
caracterizada por proliferação celular anormal, não-coordenada com o tecido
do qual ela se originou, geralmente formando uma massa tumoral –
neoplasma – cujo crescimento persiste de modo autônomo após cessado o
estímulo que o provocou, dependendo apenas do suprimento sanguíneo do
hospedeiro, sem finalidades úteis, sendo predatório para o hospedeiro e
podendo provocar reações de defesa deste, geralmente de caráter
imunológico.
Embora a neoplasia esteja representada habitualmente por uma massa
tumoral, nem todo tumor é neoplásico. Uma área localizada de inchaço –
edema – fazendo parte de uma resposta inflamatória do organismo é
morfologicamente um tumor, mas não é neoplasia. Um sangramento
localizado formando um hematoma também é uma lesão tumoral sem ser
neoplásica.
Por outro lado, há neoplasias que não formam neoplasmas. Na maioria
dos processos cancerosos leucêmicos as células neoplásicas predominam
circulando no sangue periférico, sem formar tumores.
As neoplasias tanto em seus aspectos patológicos, clínicos ou cirúrgicos
são estudadas na área médica denominada oncologia**. Os serviços de
oncologia costumam limitar sua ação ao diagnóstico e tratamento de
cânceres, deixando os tumores benignos sob a responsabilidade dos clínicos e
cirurgiões gerais.
No entanto, as neoplasias são classificadas em malignas – cânceres – e
benignas.
* do grego: néos: novo e do grego, plásis:ação de modelar, dar feição, formador de, multiplicação, proliferação 1, 2
** do grego: ógkos: volume, massa, inchaço do grego, e lógos: tratado, estudo 1, 2
A neoplasia maligna costuma ter maior grau de indiferenciação. As
células geralmente têm pouca semelhança com as células do tecido original,
havendo, então, pleomorfismo celular, com núcleos celulares grandes –
relação núcleo/citoplasmática aumentada – hipercromáticos – com cromatina
grosseira –, aberrantes – anaplasia* –, chegando a formar células gigantes
tumorais. O crescimento é rápido – aumenta muito seu tamanho em semanas
ou meses – e, em razão disso, apresenta numerosas mitoses, muitas delas
atípicas, no corte histológico. Como o crescimento às vezes é muito rápido, o
estroma vascular do tecido de origem da neoplasia não consegue acompanhar
a multiplicação celular e muitas células neoplásicas morrem – necrose – e há
lesão de vasos sanguíneos – hemorragia – sendo comum a presença de focos
de necrose e hemorragia nos cânceres mais agressivos. O crescimento é
invasivo aos tecidos vizinhos à neoplasia, tornando-a sem limites precisos e
sem encapsulamento, sendo difícil sua enucleação no procedimento cirúrgico
de retirada da neoplasia. As neoplasias malignas podem invadir vasos
sanguíneos e linfáticos e disseminar pelo organismo, instalando-se em
lugares diferentes de seus locais de origem – metástases**
Quanto à nomenclatura dos cânceres, os tumores malignos mesenquimais,
endoteliais e correlatos recebem o nome genérico de sarcoma*** pelo
aspecto semelhante à carne de peixe, enquanto que os tumores malignos de
origem epitelial recebem o nome genérico de carcinoma**** pelo aspecto
infiltrativo como patas de caranguejo. Como exemplos, podemos citar:
Neoplasias malignas epiteliais: carcinoma epidermóide, escamoso ou
espino-celular – do epitélio pavimentoso da pele, esôfago, bronquial etc.;
carcinoma basocelular – das células da camada basal da epiderme; carcinoma
folicular – de células epiteliais foliculares da tireóide; adenocarcinoma – de
células glandulares das mucosas gástrica e intestinal, de glândulas salivares,
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* do grego: anaplásis: remodelação, nova formação; do grego, aná: em ascensão, invertido, contrário, de novo, reiterado,
ação contrária, duas vêzes e do grego, plásis:ação de modelar, dar feição, formador de, multiplicação, proliferação 1, 2
**do grego, metástasis: deslocamanto, afastamento, mudança de lugar; do grego, meta: mudança, posterioridade, além de,
transcendência, e do grego, stásis: estabilidade, fixidez 1, 2
***do grego, sárks: carne e do grego, ogköma: inchaço, tumor
****do grego, karkinos: caranguejo, câncer e do grego, ogköma: inchaço, tumor
Alterações do
crescimento Gigantismo
Acromegalia
Sistêmicas
Nanismo
Progéria
Nosologia
Atrofia / Hipotrofia
Hipertrofia
Localizadas Hiperplasia
Metaplasia
Displasia
Benígna
Neoplasia
Malígna Câncer
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Alterações metabólicas:15
depósito mais intenso nos indivíduos de etnia negra. Ela funciona como
proteção aos raios solares. Nas exposições prolongadas aos raios solares há
aumento deste pigmento, como mecanismo protetor.
A melanina é produzida a partir da tirosina que é transformada em
diidrofenilalanina – DOPA – pela ação da tirosinase. A polimerização da
diidrofenilalanina forma o pigmento melânico. A deficiência hereditária da
tirosinase causa diminuição na produção do pigmento melânico, ficando o
indivíduo com pele, olhos e cabelos claros, caracterizando o albinismo.
Na insuficiência adrencortical crônica primária, geralmente auto-imune ou
conseqüente a infecções – doença de Addison –, há aumento da produção de
ACTH – hormônio adrenocorticotrófico – pela hipófise e conseqüente
aumento da produção de melanina por provável ação melanotrófica do
ACTH. Uma das características clínicas dessa doença é a hiperpigmentação
da pele.
A hemossiderina é um pigmento derivado da hemoglobina na destruição
normal das hemácias ou em áreas de hemorragia tecidual. Na degradação da
hemoglobina o núcleo heme libera ferro que é armazenado nas células
associado a uma proteína – apoferrritina – sob a forma de ferritina. A união
de micelas de ferritina forma a hemossiderina, um pigmento castanho-
amarelado, cor de ferrugem. Em condições normais, pequenas quantidades de
hemossiderina são vistas em células fagocitárias mononucleares de órgãos
que provocam a degradação de hemácias, como medula óssea, baço e fígado.
O excesso de ferro provoca acúmulo localizado ou sistêmico de
hemossiderina nas células.
Como exemplo de acúmulo localizado, podemos considerar uma área de
sangramento – hematoma – onde há degradação de hemoglobina e formação
de hemossiderina que é fagocitada por macrófagos, encarregados de limpar a
área da lesão, e dá cor de ferrugem para a área, quando está ocorrendo a
reabsorção do hematoma. Também é comum o encontro de macrófagos
carregados de hemossiderina nos pulmões, na congestão passiva crônica
pulmonar, freqüente na insuficiência cardíaca.
Como exemplo de pigmentação sistêmica, nas anemias hemolíticas há
destruição anormal de hemácias com liberação de ferro e acúmulo de
hemossiderina – hemossiderose – que é depositada em vários órgãos.
A bilirrubina também é um pigmento derivado da destruição da
hemoglobina. O anel porfirínico do núcleo heme dá origem à biliverdina, que
é precursora da bilirrubina indireta – reação de Van den Bergh indireta. Esta
é conjugada ao ácido glicurônico no fígado, por ação da glicuronil
transferase, formando a bilirrubina direta – reação de Van den Bergh direta –
ou conjugada. Esta é transportada pelos canalículos biliares, fazendo parte da
constituição da bile.
Quando há destruição intensa de hemácias – anemias hemolíticas, por
exemplo – há aumento de bilirrubina indireta. Quando há obstrução das vias
biliares – obstrução calculosa do colédoco, por exemplo – impedindo a
passagem de bilirrubina direta para a luz intestinal, esta aumenta na
circulação sanguínea. Quando há lesão dos hepatócitos – hepatite viral, por
exemplo –, alterando a metabolização normal da bilirrubina e dificultando a
saída de bilirrubina pelos canalículos, também haverá acúmulo de bilirrubina.
Na hepatite viral a agressão do vírus ao hepatócito provoca degeneração
celular caracterizada geralmente por hialinização citoplasmática, já discutida
neste capítulo. Se a agressão é intensa ou persistente, pode envolver todas as
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Alteração hidrópica
Alteração glicídica
Alteração lipídica
Corpúsculo de Russel
Alteração protéica Corpúsculo de Mallory
(alteração hialina) Corpúsculo de Councilman
Alteração hialino-goticular
Arteriolosclerose
Mucóide
Alterações metabolicas reversíveis Alteração glicoprotéica Mucinosa
Amiloidose
Antracose
Exógena
Silicose
Alteração
pigmentar Lipofuscina
Endógena Melanina
Hemosiderina
Bilirrubina
Autólise
Apoptose
Coagulativa
Liquefativa
Necrose Caseosa
Esteatonecrose
Gangrenosa
Alterações inflamatórias:17
Rubor Calor
Tumor
Aumento do Aumento da
Resposta vaso
volume permeabilidade Exudação Tumefação
Célula normal vascular dilatação
sanguíneo capilar
Agente Irritação
agressor nervosa
Dor Limitação
Libertação de da função
Lesão e morte
mediadores químicos
celular
e substâncias ácidas
Resposta
Marginação Pavimentação Diapedese Migração Acúmulo
celular
Assim, esta reação pode evoluir para uma restituição integral dos tecidos
envolvidos no processo inflamatório – resolução –, caracterizando a cura
completa.
Pode haver uma reparação da área envolvida pelo processo de
regeneração e/ou cicatrização, caracterizando a cura incompleta.
A reparação é por regeneração quando há substituição parcial do tecido
lesado por novas células parenquimatosas, geralmente desobedecendo a
arquitetura normal do órgão lesado. Outra maneira de reparação é por
cicatrização. Esta se inicia com infiltrado de células mononucleares –
linfócitos, plasmócitos e macrófagos – acompanhado de migração de
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Morte somática
Alterações circulatórias:20
Edema:
O acúmulo hídrico anormal, localizado ou generalizado, nos espaços
intersticiais dos tecidos ou nas cavidades serosas é denominado edema.
Quando o edema é acentuado e generalizado denomina-se anasarca.
Quando ele se localiza nas cavidades serosas recebe os nomes de ascite ou
hidroperitônio – edema da cavidade peritonial –, derrame pleural hídrico ou
hidrotórax – edema da cavidade pleural –, derrame pericárdico hídrico ou
hidropericárdio – edema da cavidade pericárdica e hidrocele – edema da
túnica vaginal. Todas essas condições citadas podem aparecer tanto na
insuficiência cardíaca como na insuficiência renal.
Quando o edema é de baixa densidade – geralmente menor que 1020g/ml
–, com pouca proteína, é denominado transudato. É o que ocorre, por
exemplo, nas insuficiências renal e cardíaca. Quando o edema é de alta
densidade – geralmente maior que 1020g/ml –, com muita proteína e,
inclusive, elementos celulares, é denominado exsudato. É o que ocorre, por
exemplo, em quadros de broncopneumonia, com envolvimento da cavidade
pleural pelo exsudato purulento – derrame pleural purulento ou piotórax.
Os principais distúrbios dinâmicos causadores de edema são:
1. aumento da pressão hidrostática sanguínea:
Exemplo: a insuficiência das câmaras cardíacas direitas com deficiência
da musculatura cardíaca em bombear sangue para os pulmões, provoca
aumento da pressão venosa no ventrículo e no átrio direitos. Em
conseqüência há aumento da pressão hidrostática nas veias cavas e seus
ramos, provocando extravasamento de líquido plasmático para o interstício,
causando edema principalmente dos membros inferiores, onde a pressão
hidrostática venosa é mais acentuada.
2. diminuição da pressão osmótica sanguínea:
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Desidratação:
É a perda de água corpórea com diminuição da mesma nos tecidos. A
desidratação pode ocorrer por diminuição da ingestão, como por exemplo,
nos indivíduos que estão em estado de coma sem reposição hídrica adequada
via parenteral.
Ela também ocorre por aumento de perdas pela pele – como ocorre nas
queimaduras e na sudorese intensa por calor excessivo –, por via intestinal –
nas diarréias crônicas e vômitos freqüentes – ou pelos rins – na poliúria do
diabete insípido e nas doenças renais.
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Hemorragia:
É a liberação dos elementos sanguíneos, principalmente hemácias, para
fora da parede vascular, geralmente conseqüente à ruptura do vaso sanguíneo,
ou pode ocorrer devido a passagem de hemácias pela parede vscular íntegra –
diapedese ou discrasia sanguínea. A ruptura vascular pode causar acúmulo
localizado de sangue no tecido ou órgão – hematoma – ou acúmulo
localizado nas cavidades serosas como na pleural – hemotórax –, na
peritonial - hemoperitônio –, na pericárdica – hemopericárdio – ou na túnica
vaginal peri-testicular – hematocele.
As conseqüências da hemorragia dependem da quantidade de sangue
perdido, da velocidade com que ocorre o extravasamento sanguíneo e do
local atingido pela hemorragia. Por exemplo, a perda súbita de vinte por
cento do volume sanguíneo total é grave, podendo causar choque
hipovolêmico. Por outro lado, perdas maiores em períodos mais prolongados,
como em certas parasitoses – ancilostomíase, por exemplo – podem causar
apenas anemia. Quanto à localização, uma pequena hemorragia no tronco
cerebral pode comprometer os centros vitais, causando a morte orgânica.
Trombose:
Quando o organismo sofre lesão vascular, ele possui um mecanismo de
coagulação capaz de permitir a correção da área lesada, evitando perda
sanguínea importante. Com a ação da tromboplastina – existente nas
plaquetas e nos tecidos – há ativação da protrombina – formada no fígado
com o auxílio da vitamina K – que, sob a ação de sais de cálcio e fatores
plasmáticos, é ativada e forma trombina. Esta atua sobre o fibrinogênio
plasmático – proteína solúvel – transformando-o em fibrina – proteína
insolúvel – capaz de aderir à parede dos vasos, juntamente com as plaquetas e
as hemácias, formando um coágulo, evitando o sangramento. A medida que a
lesão vascular é corrigida pelo organismo, mecanismos fibrinolíticos
dissolvem o coágulo e desobstruem novamente a luz vascular. Porém, se essa
obstrução permanecer como uma massa sólida intravascular ou mesmo
intracardíaca, formada de elementos sanguíneos – hemácias, fibrina e
plaquetas – obliterando totalmente – trombo oclusivo – ou parcialmente –
trombo mural – a luz vascular, saímos do estado fisiológico para o
patológico, estabelecendo-se a trombose. Esta é, portanto, o processo de
formação de um trombo. O trombo pode ser vermelho – geralmente venoso,
formado principalmente por hemácias –, branco – geralmente arterial,
formado principalmente por fibrina e plaquetas – ou misto – mais freqüente.
Há vários fatores responsáveis pela instalação de um trombo, sendo
considerados os principais:
1. lesão endotelial: a lesão de células endoteliais dos vasos torna irregular
a camada íntima dos mesmos, facilitando a adesividade das plaquetas. É o
que ocorre nos processos inflamatórios das veias – flebites – e artérias –
arterites e na formação de placas ateromatosas na parde interna de vasos
arteriais – aterosclerose.
2. estase sanguínea: os vasos venosos apresentam velocidade da corrente
sanguínea menor que os vasos arteriais, sendo que o fluxo sanguíneo desses
vasos depende inclusive do movimento dos músculos comprimindo as
paredes venosas e ajudando a impulsão sanguínea. O indivíduo com
insuficiência cardíaca das câmaras direitas apresenta estase venosa
importante, com represamento do sangue na circulação de retorno,
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luz vascular, com falta de oxigenação do tecido irrigado por aquele vaso –
anóxia – podendo ocorrer necrose isquêmica do tecido envolvido.
Infarto: é uma área localizada de necrose que pode ocorrer por obstrução
localizada da irrigação arterial ou mesmo por obstrução da drenagem venosa
do tecido atingido.
O infarto é denominado isquêmico ou anêmico quando resulta,
geralmente, da oclusão embólica ou trombótica de um ramo arterial terminal
de um tecido parenquimatoso. Habitualmente o infarto anêmico é
representado por área de necrose coagulativa, como por exemplo, o infarto do
miocárdio, o infarto renal e o infarto esplênico. Em circunstâncias especiais,
a área do infarto é representada por necrose liquefativa, como é o caso do
infarto ou derrame cerebral.
O infarto é denominado hemorrágico quando há extravasamento de
hemácias na área de necrose. Isso acontece, por exemplo, quando há
obstrução da circulação venosa de retorno ou em órgãos com dupla
circulação arterial, como os pulmões, ou com múltiplas anastomoses, como
os intestinos.
Infarto Anêmico
Hemorrágico
Hipovolêmico
Sintomas
(anamnese) Síndrome
Sinais
Manifestações clinicas (semiologia) Observação clínica
Exames
paraclínicos Diagnóstico
* do grego, aná: em ascensão, invertido, contrário, de novo, reiterado, ação contrária, duas vezes e do grego, mimnésko:
lembrar, recordar
** do grego, semeion: sinal e do grego, lógos: tratado, estudo
*** do grego, diá: reconhecer, separação, através de, e do grego, gnósis: conhecimento, sabedoria
MOLÉSTIA: Regeneração
Reparação Cura incompleta
Evolução
Cicatrização
Enfermidade Afecção