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O livro analisa a crise financeira de 2007 tendo como foco principal os Estados Unidos. Inicialmente, a crise se deu com o colapso dos empréstimos de alto risco conhecidos como "subprimes", que repercutiu amplamente no sistema financeiro interligado. Isso caracterizou uma "crise do neoliberalismo", pois evidenciou as contradições que impediam o crescimento autônomo sob o modelo neoliberal. Adicionalmente, o livro destaca a financeirização da economia e a emergência de uma nova classe gerencial que admin
O livro analisa a crise financeira de 2007 tendo como foco principal os Estados Unidos. Inicialmente, a crise se deu com o colapso dos empréstimos de alto risco conhecidos como "subprimes", que repercutiu amplamente no sistema financeiro interligado. Isso caracterizou uma "crise do neoliberalismo", pois evidenciou as contradições que impediam o crescimento autônomo sob o modelo neoliberal. Adicionalmente, o livro destaca a financeirização da economia e a emergência de uma nova classe gerencial que admin
O livro analisa a crise financeira de 2007 tendo como foco principal os Estados Unidos. Inicialmente, a crise se deu com o colapso dos empréstimos de alto risco conhecidos como "subprimes", que repercutiu amplamente no sistema financeiro interligado. Isso caracterizou uma "crise do neoliberalismo", pois evidenciou as contradições que impediam o crescimento autônomo sob o modelo neoliberal. Adicionalmente, o livro destaca a financeirização da economia e a emergência de uma nova classe gerencial que admin
PROFESSOR ÁLVARO LUIZ HEIDRICH MARCELO BERGAMIN DUARTE
O livro “A Crise do Neoliberalismo”, de Gérard Duménil e Dominique Lévy,
tem como objetivo inicial, e principal, estabelecer uma linha temporal que analisa todo o processo político e econômico que levou à crise financeira iniciada em 2007. Todo esse estudo realizado pelos autores tem como principal objeto de análise os Estados Unidos, muito por ter sido lá o estopim da crise e por lá estarem localizados os principais agentes da pesquisa exposta na obra, além de, obviamente, ser a economia hegemônica mundial! A análise dos autores no livro trata inicialmente do desenvolvimento do modelo da fase atual do capitalismo, fase neoliberal, para poder ter um entendimento geral das razões internas que levaram ao colapso e à chamada “Grande Contração”. Um formato de abordagem interessante, pois facilita a compreensão e a visualização geral do panorama da situação e das reações dos agentes juntamente com os impactos crescentes de suas ações. Além disso, como a obra é desenvolvida e dividida em partes (nove delas) é possível ter uma fluidez no entendimento. Por isso é fácil ter uma compreensão linear do estudo. Inicialmente, a crise se deu com o colapso dos empréstimos de subprimes, que seriam empréstimos de alto risco pela baixa garantia de retorno, muito utilizadas na questão das hipotecas nos Estados Unidos. Esse colapso inicial repercutiu em maior escala financeira posteriormente. Isso caracteriza uma rede financeira muito interligada, principalmente quando se trata dos bancos e agências controladoras de crédito. portanto, caracterizando o que os autores chamam de “crise do neoliberalismo”, pois ressaltou que o modelo neoliberal sofreria dessas contradições que impediriam o crescimento autônomo das economias e empresas nos Estados Unidos, e como consequência, no resto do mundo também. Com o destaque para o desenvolvimento da economia moderna feito na obra, é perceptível que houve uma financeirização do capital, ou seja, o capital gerado a partir da produção fabril, por exemplo, perde espaço para um capital financeiro que giraria em torno dos créditos, empréstimos, juros e movimentações similares. Sendo quase que como um “capital imaginário” pois não passa por um processo de produção concreto. Isso marca o avanço do neoliberalismo a partir da segunda metade do século XX, sendo a aliança das classes capitalistas e das classes gerenciais de alto escalão que movimentam tais processos com o intuito de expandir tal “ideologia” hegemônica imperialista que vinha surgindo cada vez mais intensa durante esse período posterior a crise do dólar. Essa questão volta a caracterizar e destacar/expor/evidenciar mais a questão da divisão de classes e o surgimento de uma nova classe “gerencial”. O surgimento de uma classe gerencial caracteriza ainda mais a existência concreta de uma divisão de classes e de, com o neoliberalismo, uma ordem social perpetuada por esse novo estágio do capitalismo moderno. Essa nova ordem se sustenta nas alianças das antigas classes capitalistas e das classes gerenciais em prol de uma governança corporativa que visaria manter a hegemonia financeira de uma minoria privilegiada. Essa hegemonia financeira vinha através da abertura de mercado uma determinada “desregulamentação” nesse quesito. Isso faria com que o mercado fosse mai autônomo e aparte do estado, o que foi justamente essa não influência gritante do estado nas economias que veio a levar a “crise do neoliberalismo”. Essa classe gerencial destacada pelos autores seriam os administradores das propriedades dos capitalistas. Ou seja, eles não são os detentores dos meios de produção mas ao mesmo tempo não são parte do proletário por terem altas remunerações e participação no lucro. Isso caracteriza a tripolarização das classes destacadas pelos autores da obra. mesmo com a financeirização do capital e da produção, ainda existe uma forte exploração da força de trabalho das classes populares por parte das classes gerenciais. Portanto essa tripolarização destacada seria muito focada nas altas classes, pois, novamente, ainda haveria uma relação de poder e dominação entre as classes, onde há uma hierarquia muito forte e definida em cima das classes populares. Pelo fato de os Estados Unidos ser a principal e mais influente economia da atualidade, o estudo da obra foi feito sobre a perspectiva desse estado. Sendo um dos primeiros países a ter um modelo neoliberalista, os Estados Unidos da América(EUA), como modelo internacional de economia desenvolvida, foi espelho a ser seguido pelos demais países capitalistas devido a sua influência e também a sua ideologia imperialista de dominação financeira sobre economias emergentes e periféricas. Por isso a crise que teve início nos EUA com os empréstimos de subprimes logo se espalhou por parte da União Europeia e mundo!